a pesquisa científica em auditoria

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1 ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS (406C) A PESQUISA CIENTÍFICA EM AUDITORIA: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA A PARTIR DE TESES E DISSERTAÇÕES DO SUL E DO SUDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2014 ANDRÉA OLIVEIRA DA SILVEIRA Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) [email protected] SIGRID KERSTING CHAVES Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) [email protected] CAROLINE DE OLIVEIRA ORTH Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) [email protected] CLÓVIS ANTÔNIO KRONBAUER Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) [email protected] RESUMO Tendo em vista que a auditoria é uma área das Ciências Contábeis e que assume a posição de controle na prática contábil, é de extrema importância verificar a tendência de crescimento ou de retração da pes- quisa e do conhecimento desenvolvido ao longo do tempo. O objetivo do artigo é realizar análise biblio- métrica nas teses e dissertações dos dez Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) da Região Sul e Sudeste do Brasil, cuja nota de avaliação da Capes seja 4, 5 e 6 e que tenham versado sobre o tema Auditoria. A Bibliometria consiste na aplicação de técnicas estatísticas e matemáticas para descrever aspectos da literatura e serve para medir a produção cientifica (ARAÚJO, 2006). Para Ribeiro (2015) e Leite Filho (2008), os estudos bibliométricos buscam mapear a literatura científica existente com um conjunto de objetivos possíveis e o uso de indicadores bibliométricos pode ser útil para avaliar a pesquisa acadêmica, orientar rumos e estratégias de financiamento de pesquisas. Os dados foram coletados nos sites da CAPES e dos PPGCC’s. A pesquisa compreendeu as dissertações e teses defendidas nos 10 programas no período de 2010 a 2014. Os principais resultados obtidos no estudo indicam que: a) 4% e 3% das dissertações e teses do período versam sobre o tema Auditoria, respectivamente. b) A universidade que mais estudou o tema no nível de mestrado no período analisado foi a UFSC, seguida da UFMG, FURB e da UFRJ. A única universidade que estudou o tema em nível de doutorado no período analisado foi a USP. c) Auditoria Independente foi a área mais estudada, seguida por Comitê de Auditoria, Parecer de Auditoria e Percepção do Auditor. d) Ques- tionário foi o instrumento mais utilizado pelos autores, seguido pela utilização de construtos. e) As fontes bibliográficas internacionais representam 53% e as fontes nacionais representam 47%. A média é de 111 fontes bibliográficas utilizadas, composta por 36 periódicos internacionais, 18 livros nacionais, 12 normas nacionais e, por último, 9 artigos nacionais, ou seja, os trabalhos estudados utilizaram quatro vezes mais artigos internacionais do que nacionais em suas bibliografias. f) Dos 7 artigos internacionais mais citados, apenas 1 se refere a auditoria, os demais artigos versam sobre governança corporativa, disclosure, proprie- dade, dentre outros, diferentemente das 6 principais obras nacionais, cuja maioria se refere especificamente a auditoria. g) Finalmente, dos 7 principais artigos internacionais mais citados, apenas 2 são recentes (ano 2001), sendo que 4 são anteriores à década de 1990, enquanto que as 6 principais citações nacionais são de trabalhos recentes. Palavras-chave: Auditoria. Bibliometria. Stricto Sensu.

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

(406C) A PESQUISA CIENTÍFICA EM AUDITORIA: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA A PARTIR DE TESES E DISSERTAÇÕES DO SUL E DO SUDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2014

ANDRÉA OLIVEIRA DA SILVEIRAUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)[email protected]

SIGRID KERSTING CHAVESUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)[email protected]

CAROLINE DE OLIVEIRA ORTHUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)[email protected]

CLÓVIS ANTÔNIO KRONBAUERUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)[email protected]

RESUMO

Tendo em vista que a auditoria é uma área das Ciências Contábeis e que assume a posição de controle na prática contábil, é de extrema importância verificar a tendência de crescimento ou de retração da pes-quisa e do conhecimento desenvolvido ao longo do tempo. O objetivo do artigo é realizar análise biblio-métrica nas teses e dissertações dos dez Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) da Região Sul e Sudeste do Brasil, cuja nota de avaliação da Capes seja 4, 5 e 6 e que tenham versado sobre o tema Auditoria. A Bibliometria consiste na aplicação de técnicas estatísticas e matemáticas para descrever aspectos da literatura e serve para medir a produção cientifica (ARAÚJO, 2006). Para Ribeiro (2015) e Leite Filho (2008), os estudos bibliométricos buscam mapear a literatura científica existente com um con junto de objetivos possíveis e o uso de indicadores bibliométricos pode ser útil para avaliar a pesquisa acadêmica, orientar rumos e estratégias de financiamento de pesquisas. Os dados foram coletados nos sites da CAPES e dos PPGCC’s. A pesquisa compreendeu as dissertações e teses defendidas nos 10 programas no período de 2010 a 2014. Os principais resultados obtidos no estudo indicam que: a) 4% e 3% das dissertações e teses do período versam sobre o tema Auditoria, respectivamente. b) A universidade que mais estudou o tema no nível de mestrado no período analisado foi a UFSC, seguida da UFMG, FURB e da UFRJ. A única universidade que estudou o tema em nível de doutorado no período analisado foi a USP. c) Auditoria Independente foi a área mais estudada, seguida por Comitê de Auditoria, Parecer de Auditoria e Percepção do Auditor. d) Ques-tionário foi o instrumento mais utilizado pelos autores, seguido pela utilização de construtos. e) As fontes bibliográficas internacionais representam 53% e as fontes nacionais representam 47%. A média é de 111 fontes bibliográficas utilizadas, composta por 36 periódicos internacionais, 18 livros nacionais, 12 normas nacionais e, por último, 9 artigos nacionais, ou seja, os trabalhos estudados utilizaram quatro vezes mais artigos internacionais do que nacionais em suas bibliografias. f) Dos 7 artigos internacionais mais citados, apenas 1 se refere a auditoria, os demais artigos versam sobre governança corporativa, disclosure, proprie-dade, dentre outros, diferentemente das 6 principais obras nacionais, cuja maioria se refere especificamente a auditoria. g) Finalmente, dos 7 principais artigos internacionais mais citados, apenas 2 são recentes (ano 2001), sendo que 4 são anteriores à década de 1990, enquanto que as 6 principais citações nacionais são de trabalhos recentes.

Palavras-chave: Auditoria. Bibliometria. Stricto Sensu.

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20º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE • FORTALEZA • CE

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1. INTRODUÇÃOA palavra auditoria origina-se do latim audire que significa ouvir e como o próprio nome indica, “a es-

sência do trabalho de auditoria consiste na audição de informações sobre fatos sujeitos à auditoria para que o auditor possa formar opinião a respeito de sua adequação em relação a determinadas normas” (PEREZ JUNIOR, 2011, p. 1). Oliveira e Carvalho (2008) afirmam que, para os dias mais atuais, a auditoria funciona para determinar até que ponto há conformidade com o que é estabelecido pelas normas e o que é divulgado aos usuários externos das demonstrações contábeis.

Tendo em vista que a auditoria é uma área das Ciências Contábeis e que assume a posição de controle na prática contábil, é de extrema importância verificar a tendência de crescimento ou de retração da pes-quisa e do conhecimento desenvolvido ao longo do tempo. Alguns pesquisadores da área contábil vêm apre-sentando levantamentos sobre a produção científica em auditoria, demonstrando a evolução da pesquisa acadêmica sobre esse tema, como os estudos de Oliveira e Camargo (2008); Cunha, Correa e Beuren (2010); Camargo et al. (2013) e Ribeiro (2015), todos no âmbito nacional. Já as pesquisas internacionais que se destacam são a de Lesage e Wechlter (2007) e Porta, Amaral e Pinho (2015).

Todavia, tais estudos buscaram identificar o tema auditoria em artigos ou em trabalhos apresentados em eventos e congressos, não se detendo em investigar o que está sendo pesquisado pelos discentes dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) em Ciências Contábeis, com exceção do estudo apresentado por Olivei-ra e Camargo (2008) que comtemplaram também dissertações e teses. A fim de contribuir e complementar os estudos já realizados, o presente estudo objetiva verificar o que mestrandos e doutorandos estão pesqui-sando sobre o tema auditoria e quais os assuntos estão sendo abordados.

Neste contexto, a questão de pesquisa que norteará este estudo é: Qual o perfil da produção acadêmica sobre o tema auditoria que está sendo abordado nas teses e dissertações de discentes em Ciências Contábeis do sul e sudeste do Brasil no período de 2010 a 2014?

A escolha dos PPG’s das regiões sul e sudeste do país justifica-se por serem as regiões com maior con-centração de mestrados e doutorados em Ciências Contábeis no Brasil. Além disso, a escolha do período também é justificada por ser um período de grandes mudanças na área contábil, o que incorreu em mudan-ças também para a auditoria. A partir da lei 11.638/2007 ocorreu uma padronização internacional da con-tabilidade, ocasionando em modificações na estrutura nas demonstrações contábeis, bem como nas práticas contábeis do país. Essa lei reforçou a obrigatoriedade da fiscalização por parte da CVM em assegurar que as empresas de capital aberto estejam divulgando suas informações contábeis de acordo com os padrões internacionais de contabilidade (MAIA, FORMIGONI e SILVA, 2012). Deste modo, é importante averiguar se essas modificações nas Normas Brasileiras de Auditoria influenciaram a escolha do tema de pesquisa por partes dos discentes.

Para fazer essa investigação fez-se uso da bibliometria a qual proporciona investigar aspectos quantita-tivos da produção acadêmica, mapear a estrutura de um campo científico, servindo, ainda, como ferramenta para análise do comportamento dos pesquisadores em suas decisões na construção deste conhecimento (CAMARGO et al., 2013 e VANTI, 2002).

O estudo, além desta introdução, contém uma revisão da literatura em que são abordados aspectos da bibliometria e auditoria, além de estudos que versam sobre as produções científicas em auditoria já realiza-das. Na sequência apresentam-se os aspectos metodológicos, seguidos da apresentação e análise dos dados, da conclusão e das referências utilizadas em sua elaboração.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA2.1 Bibliometria

Conhecida originalmente como Bibliografia Estatística, a Bibliometria consiste na aplicação de técnicas estatísticas e matemáticas para descrever aspectos da literatura e serve para medir a produção cientifica (ARAÚJO, 2006). Serve, também, como ferramenta para análise do comportamento de pesquisadores em suas deliberações na construção destes campos do conhecimento e/ou temas (LEITE FILHO, 2008).

Para Ribeiro (2015) e Leite Filho (2008), os estudos bibliométricos buscam mapear a literatura científi-ca existente com um con junto de objetivos possíveis e o uso de indicadores bibliométricos pode ser útil para avaliar a pesquisa acadêmica, orientar rumos e estratégias de financiamento de pesquisas. Araújo (2006)

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

explica que a bibliometria utiliza mais métodos quantitativos, enquanto que a bibliografia estatística utiliza métodos discursivos. Assim, pode-se dizer que a bibliometria estuda os aspectos quantitativos da produção científica o que possibilita a minimização da subjetividade inerente à indexação e recuperação das informa-ções, para a construção do conhecimento (CAMARGO et al., 2013).

Martins et al. (2012) afirmam que com a aplicabilidade da bibliometria na gestão da informação, do conhecimento e planejamento científico e tecnológico é possível avaliar a produtividade dos pesquisadores, identificar os centros de pesquisas mais desenvolvidos e ainda reconhecer quando uma área científica está se tornando mais sólida no meio acadêmico.

2.2 Dos Aspectos Históricos da AuditoriaDos aspectos da auditoria como, por exemplo, sua origem e evolução, há alguns trabalhos que relatam

essas informações, tais como: Cardozo (1997), Pacheco, Oliveira e La Gamba (2007), Ricardino e Carvalho (2004), Silva (2010) e Souza, Dyniewicz e Kalinowski (2010). Não há registros históricos que relatem preci-samente, as primeiras utilizações dos procedimentos de auditoria. De acordo com os autores mencionados anteriormente, há indícios da utilização de práticas de auditoria nos povos egípcio, sumério, babilônio, sírio, cretense, grego e romano, os quais registravam a escrituração do seu patrimônio.

O início da prática da auditoria está relacionado à busca por informações mais confiáveis das empresas operantes no mercado de capitais, já que são consideradas como principal fonte da realidade econômico--financeira das corporações do ponto de vista do investidor. No entanto, as crises, as fraudes contábeis e os demais escândalos corporativos determinaram a regulamentação da atividade e aceleraram os estudos e as pesquisas sobre o tema (RIBEIRO, 2015).

No Brasil, segundo Ricardino e Carvalho (2004, p.22), “é difícil determinar a exata data em que foi pro-cedido o primeiro trabalho de auditoria no Brasil [...] a primeira empresa de Auditoria Independente a se estabelecer no Brasil foi a Deloitte Touche Tohmatsu, que instalou seu primeiro escritório no Rio de Janeiro, em 1911, e o segundo em Recife, em 1917”.

Os autores Attie (2012), Crepaldi (2006), Kronbauer e Silva (2012), Pacheco, Oliveira e La Gamba (2007), Ricardino e Carvalho (2004), Silva (2010), Souza, Dyniewicz e Kalinowski (2010) e até mesmo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON (2007), são unânimes ao afirmarem que a audi-toria no Brasil surgiu em decorrência da evolução da contabilidade e da instalação de empresas internacio-nais, esta devido a necessidade de ter suas demonstrações contábeis auditadas e aquela devido a seu caráter informativo e gerencial.

Conforme Oliveira et al. (2008), a evolução da auditoria no Brasil deve-se a presença cada vez maior de subsidiárias e filiais de multinacionais de países como Estados Unidos, Japão, Inglaterra e ainda a legislação tributária e fiscal que também são propulsoras da evolução das práticas contábeis e de auditoria no país.

Fazendo-se um retrospecto sobre a auditoria no Brasil no âmbito normativo, em 1965, a Lei 4.728, que regulamentou o mercado de capitais, trouxe em seu texto, pela primeira vez, o termo “auditor independen-te”. Porém, foi em 1968 que a auditoria foi efetivamente oficializada pelo Banco Central do Brasil (PACHECO, OLIVEIRA e LA GAMBA, 2007). Em 1972, por meio da Resolução n. 321, o CFC (Conselho Federal de Conta-bilidade) aprovou as normas e os procedimentos de auditoria elaborados pelo IBRACON. Segundo Cardozo (1997), esta resolução constituiu “o primeiro documento oriundo de um órgão profissional regulamentando a auditoria no Brasil”.

A partir disso, conforme relatam Ricardino e Carvalho (2004), houve um aumento no número de em-presas de auditoria no país causado pelo crescimento de empresas, sociedades anônimas, que recorriam ao mercado de capitais. Então, em 1976, é criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por meio da Lei 6.385. Tal lei estabelece que a CVM registre e fiscalize os Auditores Independentes, habilitando-os a auditar as companhias de capital aberto. Ainda, no mesmo ano, a Lei 6.404 (Lei das Sociedades por Ações) estabe-lece a obrigatoriedade de Auditoria Independente para empresas de capital aberto.

No ano de 1972, é criado o Instituto Brasileiro de Contadores e, posteriormente, no ano de 1997, a Reso-lução n. 820 do CFC aprovou a NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.

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No ano de 2007, a Lei 11.638 alterou as leis 6.385 e 6.404/76 determinando o padrão internacional para as normas e demonstrações contábeis. Neste mesmo ano, foi criado o Comitê Gestor da Convergência no Brasil que é composto pelo Conselho Federal de Contabilidade, pelo Instituto dos Auditores Indepen-dentes do Brasil – IBRACON, pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e pelo Banco Central do Brasil – BACEN. O Comitê Identifica e monitora as ações implantadas (no início para viabilizar) e, atualmente, para acompanhar a convergência, tanto das normas contábeis, quanto das normas de auditoria, bem como de assuntos regulatórios.

Apresentados os principais aspectos inerentes a origem e evolução da auditoria no Brasil e no mundo, cabe abordar os principais estudos no meio acadêmico sobre o tema auditoria.

2.3 Principais Estudos sobre Produções Científicas em AuditoriaFazendo-se uma busca nas produções científicas, nos últimos anos, que abordam o tema Auditoria, é

notável que não há muitos estudos se comparados a outros assuntos como: contabilidade tributária, conta-bilidade financeira e contabilidade de custos. Com o objetivo de verificar a produção científica sobre audi-toria em teses e dissertações, são descritos na sequência estudos relacionados ao tema objeto de pesquisa.

Lesage e Wechlter (2007) buscaram identificar os principais tópicos sobre auditoria abordados nos principais periódicos e analisar a sua evolução durante o século 20. Oliveira e Carvalho (2008) analisaram a produção científica sobre auditoria em anais, periódicos, dissertações e teses dos programas de mestrado e doutorado em Ciências Contábeis listados nos indicadores da CAPES, no triênio de 2004-2006. Cunha, Cor-rea e Beuren (2010) buscaram identificar os assuntos pesquisados na área de auditoria publicados em pe-riódicos nacionais e internacionais de contabilidade listados no Qualis CAPES, no período de 2005 a 2008. Barbosa el al. (2012) analisaram o perfil dos artigos sobre auditoria apresentados no Encontro da Asso-ciação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD), no período de 2001 a 2011. Martins et al. (2012) verificaram a produção em auditoria nas publicações em contabilidade no Congresso USP de Contabilidade de Controladoria, no período de 2004 a 2009, e no Congresso ANPCONT (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis), no período de 2007 a 2009. Peleias et al. (2013) buscaram identificar e analisar as características bibliométricas de artigos sobre Controle Interno e Gestão de Riscos apresentados no Congresso USP (de Controladoria e Contabilidade e de Iniciação Cientí-fica) e no EnANPAD, entre 2001 e 2011. Camargo et al. (2013) identificaram as características da produção científica em auditoria desenvolvida no Brasil, entre os anos de 2005 e 2010. Beuren e Zonatto (2014) definiram o perfil de artigos sobre controle interno no setor público, publicados em periódicos nacionais e internacionais indexados na base de dados Scopus. Marassi, Brizolla e Cunha (2014) identificaram redes sociais sobre o tema rodízio de auditoria nas bases Science Direct e Scopus entre os anos de 1996 e 2012. E finalmente, Ribeiro (2015) realizou uma investigação sobre a produção acadêmica do tema auditoria publi-cada em periódicos brasileiros no período de 1999 a 2013.

Analisando os estudos expostos anteriormente, verifica-se uma conformidade no modo como foram realizadas as pesquisas e no que tratam os dados e as informações divulgadas. Observa-se que os autores, em sua maioria, buscaram identificar o tema auditoria em periódicos ou em trabalhos apresentados em eventos e congressos. Mesmo sendo estas pesquisas de extrema importância para a área, há lacunas a serem preenchidas. Desta forma, este estudo busca contribuir, gerando informações sobre o que é abordado em dissertações e teses dos programas de pós-graduação do sul e sudeste do Brasil, que estão relacionados ao tema auditoria.

Neste sentido, esta pesquisa focará em uma análise sobre o número de dissertações e teses defendidas dentre o período de 2010 a 2014 que abordaram o tema auditoria. A seguir, esses aspectos sobre a pesquisa serão mais esclarecidos.

3. METODOLOGIAPara investigar a pesquisa bibliométrica sobre o tema Auditoria nas Teses e Dissertações defendidas

dentre os anos de 2010 a 2014, foram escolhidos os Programas de Pós Graduação em Ciências Contábeis stricto sensu do Brasil avaliados pela CAPES com notas 4, 5 e 6, da região Sul e Sudeste do Brasil. Assim, che-gou-se aos 10 PPG´s de Mestrado e Doutorado (Quadro 1).

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

QUADRO 1 – PPG´S CIÊNCIAS CONTÁBEIS SUL E SUDESTE COM NOTAS 4, 5 E 6

IES com Mestrado N ESTADO INÍCIO NOTA

FUCAPE 1 ES 2001 4

FURB 2 SC 2002 4

UFMG 3 MG 2006 4

UFPR 4 PR 2005 4

UFRJ 5 RJ 1998 5

UFSC 6 SC 2004 4

UNIFECAP 7 SP 1999 4

UNISINOS 8 RS 1999 5

USP 9 SP 1970 6

USP/RP 10 SP 2005 4

IES com Doutorado N ESTADO INÍCIO NOTA

FUCAPE 1 ES 2010 4

FURB 2 SC 2008 4

USP 3 SP 1978 6

Fonte: elaborado pelos autores.

O Quadro 1 evidencia os 10 PPG´s (Mestrados Acadêmicos e Doutorados) investigados neste estudo. Para obtenção da quantidade de teses e dissertações dos anos de 2010 a 2012, foram utilizados os relatórios da última avaliação trienal da CAPES. Para a obtenção da quantidade de teses e dissertações dos anos de 2013 e 2014 foram utilizados os sites dos PPG´s, bem como o da CAPES (Plataforma Sucupira). Diante disso, chegou-se à relação divulgada nas Tabelas 1 e 2.

TABELA 1 – DISSERTAÇÕES DOS PPG´S CIÊNCIAS CONTÁBEIS DO SUL E SUDESTE COM NOTAS 4, 5 E 6

PPG Estado 2010 2011 2012 2013 2014 Total

FUCAPE ES 0 1 3 1 2 7

FURB SC 14 12 15 13 9 63

UFMG MG 10 13 6 5 8 42

UFPR PR 16 17 10 8 13 64

UFRJ RJ 12 10 8 6 11 47

UFSC SC 12 8 14 19 18 71

UNIFECAP SP 17 19 13 13 20 82

UNISINOS RS 16 17 28 37 20 118

USP SP 17 16 11 16 12 72

USP/RP SP 14 9 11 15 11 60

TOTAL 128 122 119 133 124 626

Fonte: elaborado pelos autores.

TABELA 2 – TESES DOS PPG´S CIÊNCIAS CONTÁBEIS DO SUL E SUDESTE COM NOTAS 4, 5 E 6

PPG Estado 2010 2011 2012 2013 2014 Total

FUCAPE ES 1 2 3

FURB SC 3 5 3 2 13

USP MG 16 13 18 11 13 71

TOTAL 16 16 23 15 17 87

Fonte: elaborado pelos autores.

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Para obtenção dos dados pesquisou-se nas 626 dissertações e 87 teses, no título ou palavras-chave, o termo “Auditoria”. Em todos os trabalhos, a disponibilidade dos mesmos foi em meio eletrônico, e foram acessados diretamente dos respectivos sites dos PPG´s.

Optou-se por procurar a palavra “Auditoria” somente no título e nas palavras-chave por entender que este procedimento possibilitou encontrar os trabalhos que versassem diretamente sobre o tema ora inves-tigado. Tal opção buscou minimizar a utilização de dissertações e teses que não tenham relação direta com o tema auditoria.

4. SÍNTESE DOS RESULTADOS4.1 Análise das Dissertações e Teses da Amostra

Para a análise bibliométrica foram selecionados 26 trabalhos acadêmicos (23 dissertações e 3 teses) na-cionais de 2010 a 2014 cujo tema principal se referisse a auditoria. Para isso foram lidos os títulos e resumos destes. Os trabalhos acadêmicos se referem aos últimos cinco anos, sendo coletados trabalhos de dez Progra-mas de Pós Graduação – PPG de Ciências Contábeis brasileiros. A Tabela 3 sumariza as dissertações coletadas:

TABELA 3 – DISSERTAÇÕES SOBRE AUDITORIA

IES ESTADO 2010 2011 2012 2013 2014 TOTAL %

UFSC SC 1 0 3 0 2 6 8%

FURB SC 0 0 1 2 1 4 6%

UFMG MG 1 2 0 0 0 3 7%

UFRJ RJ 1 1 0 0 1 3 6%

UNIFECAP SP 0 0 1 0 1 2 2%

USP SP 2 0 0 0 0 2 3%

USP/RP SP 0 1 0 0 1 2 3%

UNISINOS RS 0 1 0 0 0 1 1%

FUCAPE ES 0 0 0 0 0 0 0%

UFPR PR 0 0 0 0 0 0 0%

Total Dissertações sobre Auditoria 5 5 5 2 6 23

% sobre o Total de Dissertações da IES 4% 4% 4% 2% 5% 4%

Fonte: elaborado pelos autores.

Nota-se que, de um universo de 626 dissertações, 4% (23) se propuseram a estudar auditoria. Este resultado está alinhado com o estudo de OLIVEIRA e CARVALHO (2008), o qual identificou 33 estudos sobre o tema em um universo de 653 teses e dissertações (stricto sensu e lato sensu), o que representou 5% no triênio 2004-2006.

A universidade que mais estudou o tema no período analisado foi a UFSC (8% do seu total de 71 disser-tações), seguida da FURB (6% de 63), UFMG (7% de 42) e UFRJ (6% de 64). Nas dissertações da UniFECAP, USP, USP/RP e UNISINOS, o assunto “auditoria” aparece timidamente (de 1% a 3% das dissertações), já na UFPR e FUCAPE, tal assunto não foi estudado no período analisado. Ressalta-se que há Mestrado Profissio-nal na FUCAPE, o que pode justificar a ausência do tema nas dissertações do Mestrado Acadêmico. O baixo nível de estudo sobre auditoria da UniFEPAC contraria o estudo de OLIVEIRA e CARVALHO (2008), que apontava o Mestrado da UniFECAP como o que mais estudou o tema, no triênio de 2004-2006 (8 de 33, ou seja, 24%). A Tabela 4 sumariza as teses coletadas:

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

TABELA 4 – TESES SOBRE AUDITORIA

IES ESTADO 2010 2011 2012 2013 2014 TOTAL %

USP SP 2 1 0 0 0 3 4%

FUCAPE ES 0 0 0 0 0 0 0%

FURB SC 0 0 0 0 0 0 0%

Total Teses sobre Auditoria 2 1 0 0 0 3

% sobre o Total de Teses da IES 13% 6% 0% 0% 0% 3%

Fonte: elaborado pelos autores.

Nota-se que, de um universo de 87 teses evidenciadas na Tabela 2, 3% (3) se propuseram a estudar auditoria. A universidade que estudou o tema no período analisado foi a USP (4% do seu total de 71 teses). As teses dos PPG’s da FUCAPE e FURB (3 e 13 teses, respectivamente)não tiveram como objeto o estudo da auditoria. Os PPG de UFPR, UFRJ, UFSC, USPRP e UNISINOS não constam na tabela, pois iniciaram a menos do que quatro anos, portanto, não há teses para a pesquisa.

TABELA 5 – DISSERTAÇÕES E TESES POR REGIÃO

Dissertações Teses Total %

SUL 10 0 10 38%

SUDESTE 13 3 16 62%

Total 23 3 26 100%

Fonte: elaborado pelos autores.

A Tabela 5 resume a procedência dos trabalhos acadêmicos da amostra, evidenciando a predominância da região sudeste na produção acadêmica sobre auditoria, quando comparada à região sul do Brasil. Final-mente, elaborou-se a Tabela 6, apresentando o gênero dos autores.

TABELA 6 – GÊNERO DOS AUTORES E ORIENTADORES

Gênero Autores Orientadores

Feminino 14 54% 2 8%

Masculino 12 46% 24 92%

Total 26 100% 26 100%

Fonte: elaborado pelos autores.

Percebe-se pelos dados da Tabela 6 que há equilíbrio entre os gêneros dos autores, no entanto, o gênero masculino predomina nos orientadores, representando 92% do total.

4.2 Análise sobre a Pesquisa Realizada pela Amostra4.2.1 Temáticas das Dissertações e Teses

A Tabela 7 apresenta o número (n) de dissertações e teses dentre as temáticas estudadas neste artigo que abordaram os temas: evidenciação; gestão; governança corporativa; parecer de auditoria; percepção; prestação de serviços; procedimentos e práticas e outros.

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TABELA 7 – TEMÁTICAS ESTUDADAS

Temáticas abordadasTemáticas Estudadas

TotalAuditoria Independente

Comitê de Auditoria

Auditoria Pública

Auditoria Interna

n 13 6 4 3 26

Evidenciação 0 2 0 0 2

Gestão 0 0 1 1 2

Governança Corporativa 1 0 0 0 1

Parecer de Auditoria 3 1 0 0 4

Percepção 3 0 1 1 5

Prestação de Serviços 1 0 0 1 2

Procedimentos e Práticas 1 1 0 0 2

Outros 4 2 2 0 8

Fonte: elaborado pelos autores.

Verifica-se dentre as dissertações e teses que versaram sobre auditoria nos últimos 5 anos, Audito-ria Independente foi a área mais estudada, seguida por Comitê de Auditoria, Auditoria Pública e Auditoria Interna. Os temas Parecer de Auditoria e Percepção do Auditor foram os mais estudados nas dissertações e teses que versaram sobre auditoria nos últimos 5 anos. Este resultado está em linha com o trabalho de Camargo e Pepinelli (2011).

Sobre o parecer de auditoria, Dagostini (2013) estudou a relação das características do comitê de audi-toria e do conselho de administração com o tipo de relatório de auditoria independente. Já Camargo (2012) estudou as determinantes dos pareceres dos auditores independentes emitidos às companhias da Bovespa. Ricci (2014) análisou o conteúdo dos relatórios de auditoria das empresas de tecnologia da informação no Brasil. Por fim, Jacques (2011) estudou a relação entre evidenciação de informações nos pareceres de audi-toria e o valor das ações de companhias listadas na Bovespa.

Já sobre percepção na auditoria, Lélis (2010) estudou a percepção de auditores e auditados sobre as práticas de Auditoria Interna em uma empresa do setor energético. Pepinelli (2012) estudou as competên-cias do auditor, através de estudo empírico sobre a percepção dos auditados. Já Mafra (2014) analisou a percepção dos auditores fiscais sobre as auditorias realizadas nos municípios pelo Tribunal de Contas de SC. Por fim, a tese de Benetti (2011) versou sobre a percepção do papel da informação contábil e a relevância do IFRS através de um survey internacional com diretores financeiros, analistas financeiros e auditores.

Foram agrupados em “Outros” nove trabalhos, que versaram sobre carência de profissionais no merca-do de trabalho, escolha do auditor, rodízio de auditoria, qualidade da auditoria e evolução da contabilidade no Brasil, dentre os quais destacamos: Nez (2014) estudou a influência do Board Interlocking no rodízio obrigatório da auditoria independente. A dissertação de Amorim (2010) estudou as determinantes da ca-rência de auditores independentes no mercado brasileiro. Já a tese de Braunbeck (2010) estudou as deter-minantes da qualidade das auditorias independentes no Brasil. Por fim, Silva (2010) demonstrou a evolução de 1997 a 2008 e também os fatores que podem influenciar a escolha de um auditor pela empresa auditada.

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

4.2.2 Estratégias de pesquisaA Tabela 8 evidencia que o questionário foi o instrumento mais utilizado pelos autores das dissertações

e teses, seguido pela utilização de construtos.

TABELA 8 – ESTRATÉGIAS DE PESQUISA

Principais N

Questionário 11

Criação de Construto 5

Estudo de Caso 3

Documental 4

Bibliográfica 3

Total 26

Fonte: elaborado pelos autores.

Chama-se a atenção que 100% da amostra da FURB (4 dissertações) utilizaram a criação de Construto como estratégia em suas análises. O fato de ser o mesmo professor orientador nas 4 dissertações pode aju-dar a explicar essa conclusão. Ademais, 66% da amostra da UFSC (4 de 6 dissertações) utilizaram o ques-tionário para obtenção de dados, porém, o professor orientador não é o mesmo nas 4 dissertações da UFSC. Por fim, 66% (2 de 3) das teses que versaram sobre auditoria nos últimos 5 anos utilizaram o questionário como ferramenta.

4.2.3 Principais populaçõesA Tabela 9 demonstra a predominância da pesquisa sobre auditoria nas empresas de capital aberto

listadas na BM&F Bovespa:

TABELA 9 – PRINCIPAIS POPULAÇÕES

Populações N

Bovespa 13

Marinha do Brasil 2

Setor Energético 1

Setor de TI 1

Estado de SC 1

Europa e Brasil 1

Cooperativas Agropecuárias 1

Região Sul do Brasil 1

Outras 5

Total 26

Fonte: elaborado pelos autores.

Percebe-se a baixa disposição a estudar a auditoria internacional, o que foi feito por apenas um traba-lho, a tese de Benetti (2011), que estudou a percepção do papel da informação contábil e a relevância do IFRS através de um survey internacional com diretores financeiros, analistas financeiros e auditores.

Na linha de “outras” foram agrupadas populações diversas, tais como a do trabalho de Grabert (2014), que estudou se há impacto da sinalização de mudanças de procedimentos da auditoria independente (tais como natureza, tempo e extensão) sobre as escolhas contábeis feitas pelo agente auditado. A população de tal dissertação se compôs de quatro turmas de MBA relacionados às áreas de contabilidade e finanças, pro-fissionais auditores e alunos de mestrado e doutorado em contabilidade.

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4.3 Análise da bibliografia utilizada pelas dissertações e teses da amostra

Das 2.772 fontes bibliográficas usadas nos 26 estudos, 17% são livros, 40% artigos, 13% de Normas e 6% de teses e dissertações. Dissertações e teses apresentaram baixo índice de uso, a mesma conclusão de PELEIAS et al (2013). A média de fontes por trabalho foi de 111 por trabalho.

TABELA 10 – MAPEAMENTO DA BIBLIOGRAFIA DOS 26 TRABALHOS

Tipo n Média de 26 % de 2772

Periódicos, Revistas e Congressos 1113 45 40%

Livros 484 19 17%

Normas 360 14 13%

Teses/Dissertações 179 7 6%

Outras Obras 636 25 23%

Total 2772 111 100%

Fonte: elaborado pelos autores.

Ao separar as fontes internacionais e nacionais, verifica-se que mais da metade foi fonte internacional (1480, o que representa 53%) e 1292 fontes nacionais (47%).

TABELA 11 – BIBLIOGRAFIA INTERNACIONAL X NACIONAL

Tipo n Internacional Média de 26 Nacional Média de 26

Periódicos, Revistas e Congressos 1113 891 36 222 9

Livros 484 32 1 452 18

Normas 360 67 3 293 12

Teses/Dissertações 179 16 1 163 7

Outras Obras 636 474 19 162 6

Total 2772 1480 59 1292 52

Fonte: elaborado pelos autores.

A Tabela 11 demonstra que da média de 111 fontes utilizadas, a maior parte (36, ou seja, 32%) adviram de periódicos internacionais, 18 (16%) de livros nacionais, 12 (10,8%) foram de normas nacionais. Por último foram consultados artigos nacionais representando 8%, ou seja, as dissertações e teses da amostra utilizaram quatro vezes mais artigos internacionais do que nacionais em suas bibliografia.

Já a Tabela 12 demonstra a diferença da representatividade de periódicos, livros e normas na literatura internacional e nacional utilizada pelos trabalhos analisados.

TABELA 12 – MAPEAMENTO DA BIBLIOGRAFIA DOS 25 TRABALHOS

Tipo n Internacional % de 1.480 Nacional % de 1.292

Periódicos, Revistas e Congressos 1113 891 60% 222 17%

Livros 484 32 2% 452 35%

Normas 360 67 5% 293 23%

Teses/Dissertações 179 16 1% 163 13%

Outras Obras 636 474 32% 162 13%

Total 2772 1480 100% 1292 100%

Fonte: elaborado pelos autores.

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

Enquanto que na literatura internacional 60% são os periódicos, os nacionais representam apenas 17%. Já os livros nacionais representam 35% da literatura nacional, enquanto que apenas 2% da literatura internacional utilizada pela amostra. No mesmo sentido verifica-se nas normas: 23% da literatura nacional utilizada pelos trabalhos acadêmicos analisados refere-se a normas, enquanto que da literatura internacio-nal, apenas 5% é composta por normas.

4.3.1 Obras mais citadas4.3.1.1 Artigos internacionais mais citados

Através da análise bibliométrica realizada nas dissertações e teses investigadas verificou-se que da quantidade média de 36 artigos internacionais utilizados em cada trabalho (conforme demonstrado na Ta-bela 11), o artigo de Jensen e Meckling (1976), intitulado como “Theory of the firm: managerial behavior,a-gency costs and ownership structure” foi citado por 64% da amostra. Já o de Shleifer e Vishny (1997) com o título “A Survey of Corporate Governance” publicado no The Journal of Finance, foi citado por 36% da amostra.

Ademais, verificou-se também que apenas 1 se refere a auditoria, os demais artigos versam sobre Gover-nança Corporativa, Disclosure, Propriedade, dentre outros. Percebe-se também que dentre as obras citadas nos trabalhos analisados apenas 2 são recentes (ano 2001), sendo que 4 são anteriores à década de 1990.

4.3.1.2 Livros nacionais sobre auditoria mais citadosNo levantamento dos livros nacionais mais citados, foram considerados apenas aqueles cujo título

constasse o termo “auditoria”, ou seja, foram desconsideradas obras que versassem sobre metodologia de pesquisas e teoria contábil, tais como: MARTINS, Gilberto de Andrade; THEÓPHILO, Carlos Renato. Metodo-logia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. Sao Paulo: Atlas (edições 2007 e 2009) (15 citações), GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas (edições 1991 a 2009) (13 citações), HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999 (7 citações) e LOPES, Alexsandro Broedel; MARTINS, Eliseu. Teoria da contabilidade: uma nova abordagem. São Paulo: Atlas (edições 2004 a 2007) (8 citações).

Assim, através da análise bibliométrica realizada nas dissertações e teses investigadas verificou-se que da quantidade média de 18 livros nacionais de auditoria utilizados em cada trabalho (conforme demonstra-do na Tabela 11), o livro de Boynton, Johnson e Kell (2002) foi citado por 44% da amostra. Já o de Almeida (edições de 1996 a 2012) foi citado por 40% da amostra.

4.3.1.3 Obras nacionais mais citadasVerificou-se que da quantidade média de 9 artigos internacionais utilizada em cada trabalho (conforme

demonstrado na Tabela 11), o artigo de Ricardino e Carvalho (2004) foi citado por 36% da amostra. Já a tese de Silveira (2004) foi citado por 24% da amostra. Foram citados também os trabalhos de Silveira (2002); Oliveira e Santos (2007); Peleias, Segreti e Costa (2009); e Formigoni, Antunes e Leite (2008).

Diferentemente das obras internacionais, as obras nacionais mais citadas referem-se a auditoria, e são recentes, pois todas são de, no máximo, a década anterior, enquanto que os artigos internacionais mais cita-dos eram de mais de duas décadas atrás, em sua maioria.

4.3.2 Periódicos e congressos4.3.2.1 Periódicos internacionais com maior número de citações

Verificou-se que, da quantidade total de 891 artigos internacionais utilizados nos 26 trabalhos (conforme demonstrado na Tabela 11), 370 se referem aos seguintes periódicos: The Accounting Review; Journal of Ac-counting & Economics; Journal of Accounting Research; Journal of Financial Economics; e Accounting Horizons.

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4.3.2.2 Artigos nacionais com maior número de citaçõesVerificou-se que, da quantidade total de 222 artigos nacionais utilizados nos 26 trabalhos (conforme de-

monstrado na Tabela 11), 141se referem a 3 periódicos brasileiros e a 2 congressos nacionais: Revista Conta-bilidade & Finanças – FEA/USP; Congresso USP de Controladoria e Contabilidade; Revista Contabilidade Vista & Revista; Revista de Administração (RAE); e Encontro Nacional De Pesquisa Em Administração – enANPAD

5. CONCLUSÃOPara a análise bibliométrica foram selecionados 26 trabalhos acadêmicos (23 dissertações e 3 teses)

nacionais de 2010 a 2014 cujo tema principal se referisse a auditoria. Para isso foram lidos os títulos e re-sumos destes. Os trabalhos acadêmicos se referem aos últimos cinco anos, sendo coletados trabalhos de dez Programas de Pós Graduação – PPG de Ciências Contábeis brasileiros.

Percebeu-se que, de um universo de 626 dissertações, 4% (23) se propuseram a estudar auditoria. A universidade que mais estudou o tema no período analisado foi a UFSC (8% do seu total de 71 dissertações), seguida da FURB (6% de 63), UFMG (7% de 42) e UFRJ (6% de 64). E, de um universo de 87 teses, 3% (3) se propuseram a estudar auditoria. A única universidade que estudou o tema no período analisado foi a USP (4% do seu total de 71 teses). As teses dos PPG da FUCAPE e FURB (3 e 13 teses, respectivamente) não tiveram como objeto o estudo da auditoria.

Evidenciou-se a predominância da região sudeste na produção acadêmica sobre auditoria, quando comparada à região sul do Brasil. Demonstrou-se que há equilíbrio no gênero entre os autores que optaram pelo tema “auditoria” em suas dissertações e teses, no entanto, o masculino predomina nos orientadores, sendo 92% do total.

Das 26 dissertações e teses que versaram sobre auditoria nos últimos 5 anos, Auditoria Independente foi a área mais estudada, seguida por Comitê de Auditoria, Auditoria Pública e Auditoria Interna. Os temas Parecer de Auditoria e Percepção do Auditor foram os mais estudados nas dissertações e teses que versaram sobre auditoria nos últimos 5 anos.

Com relação a metodologia empregada, percebeu-se que o questionário foi o instrumento mais utiliza-do pelos autores, seguido pela utilização de construtos. Ademais, verificamos a predominância da pesquisa sobre auditoria nas empresas de capital aberto listadas na BM&F Bovespa. Ainda, chama a atenção a baixa disposição dos autores a estudar a auditoria internacional.

Das 2.772 fontes bibliográficas usadas nos 26 estudos, verificamos que mais da metade é de fonte in-ternacional (1.480, o que representa 53%) e 1.292 fontes nacionais (47%). A média de 111 fontes utilizadas é composta na maior parte por 36 de periódicos internacionais, 18 de livros nacionais, 12 de normas nacio-nais e, por último, 9 artigos nacionais, ou seja, se utilizou quatro vezes mais artigos internacionais do que nacionais nas bibliografia.

No mesmo sentido, enquanto que na literatura internacional 60% são os periódicos, os nacionais re-presentam apenas 17% do total nacional utilizado. Já os livros nacionais representam 35% da literatura nacional, enquanto que apenas 2% da literatura internacional utilizada pela amostra é composto por livros. O meso se verifica nas normas: 23% da literatura nacional utilizada pelos trabalhos acadêmicos analisados refere-se a normas, enquanto que da literatura internacional, apenas 5% é composta por normas.

Dos 7 artigos internacionais mais citados, apenas 1 se refere a auditoria, os demais artigos versam so-bre Governança Corporativa, Disclosure, Propriedade, dentre outros. Percebe-se também que apenas 2 são recentes (ano 2001), sendo que 4 são anteriores à década de 1990. Já das 6 principais citações nacionais, a maioria se refere a auditoria, e são recentes, de, no máximo, a década anterior.

Como sugestão para pesquisas futuras, recomenda-se estudar a disseminação dos autores dos 26 tra-balhos em periódicos e congressos nacionais, a atualização do currículo lattes dos autores e orientadores, se os trabalhos analisados se tornaram artigo em periódicos nacionais, quantos artigos constam na relação dos principais periódicos e congressos nacionais e internacionais (370 e 141 respectivamente), bem como fazer a análise dos anos a que se referem tais artigos. Estudar as redes sociais entre os autores, verificar quanto da bi-bliografia internacional é em inglês e em outros idiomas e a idade da bibliografia utilizada pelos 26 trabalhos.

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

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_______. Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76 e da Lei 6.385/1976 e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em 17 jul. 2015.

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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n. 321 de 14 de abril de 1972. Aprova as Normas e os Procedimentos de Auditoria anexos que, elaborados pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

________. Resolução n. 820 de 17 de dezembro de 1997. Aprova a NBC T 11 – Normas de Auditoria Indepen-dente das Demonstrações Contábeis com alterações e dá outras providências.

________. Resolução n. 1.329 de 18 de março de 2011. Altera a sigla e a numeração de normas interpretações e comunicados técnicos.

Page 14: a pesquisa científica em auditoria

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IBRACON – INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL. Auditoria Registros de uma Pro-fissão, 2007.

DAGOSTINI, L. Relação das características do comitê de auditoria e do conselho de administração com o tipo de relatório de auditoria independente. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Pro-grama de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade de Blumenau, 2013.

GRABERT, B.M. Sinalização de mudanças de procedimentos de auditoria e escolha contábil. Disserta-ção (Mestrado em Ciências Contábeis) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade de Ribeirão Preto, 2014.

JACQUES, F. V. S. A relação entre evidenciação de informações nos pareceres de auditoria e o valor das ações de companhias abertas listadas na BOVESPA. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Pro-grama de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade do Vale dos Sinos, 2011.

KRONBAUER, C.A.; SILVA, J.I. Auditoria: aspectos conceituais e normativos. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2012. (EAD)

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Page 15: a pesquisa científica em auditoria

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

PEPINELLI R. C. C.: Competências do auditor: um estudo empírico sobre a percepção dos auditados das empresas registradas na CVM. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Programa de Pós-Gra-duação em Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2012.

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