a palavra huzzé origem e significado

63
A Palavra Huzé

Upload: wagner-cruz

Post on 07-Jan-2017

49 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra Huzé

Page 3: A palavra huzzé  origem e significado

A palavra Huzzé é utilizada como exclamação, ou aclamação, dentro dos rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito. Sua origem dentro da estrutura do Rito Escocês Antigo e Aceito é incerta; nos primeiros rituais dos graus simbólicos, editados pelo Grande Oriente de França em 1804, não consta nenhuma interjeição ou aclamação quando da abertura e encerramento dos trabalhos maçônicos.A primeira menção que ocorre a essa exclamação aparece no ritual do Rito Escocês Antigo e Aceito publicado pelo Grande Oriente de Bélgica em 1820 e aparece com a grafia Houzzai, que nada mais é que a transcrição fonética francesa para a palavra inglesaHuzzah.Nos rituais editados pelo Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito para a Jurisdição Meridional dos EUA em 1872 revisados por Albert Pike surge a palavra Huzza, sem o “H”, e Albert Mackey em sua Enciclopédia da Maçonaria, publicada em 1873, apenas consta no verbete Huzza, como sendo a saudação do Rito Escocês Antigo e Aceito, sem maiores explicações. Segundo o Oxford English Dictionary a definição para a palavraHuzzah é a seguinte: HUZ·ZAH ou também HUZ·ZAInterjeiçãoExpressão de alegria ou encorajamento;Expressão de triunfo ou aprovação.

SubstantivoUm grito de huzzah; ou um grito de hurráUma saudação.

Etimologia

Variação do inglês arcaico medieval derivada da palavra franco-normanda, hisser: hastear O dicionário não menciona qualquer forma específica de derivação. Consideram-se duas origens para a expressão, uma literária e outra militar.

Page 4: A palavra huzzé  origem e significado

SubstantivoUm grito de huzzah; ou um grito de hurráUma saudação.

Etimologia

Variação do inglês arcaico medieval derivada da palavra franco-normanda, hisser: hastear O dicionário não menciona qualquer forma específica de derivação. Consideram-se duas origens para a expressão, uma literária e outra militar.

Page 5: A palavra huzzé  origem e significado

Os primeiros registros literários aparecem em 1573 e constam de algumas peças de William Shakespeare, entre elas “A Tragédia de Macbeth” e “Othelo, o Mouro de Veneza”. De acordo com um grande número de escritores dos séculos 17 e 18, Huzzah era originalmente utilizada como uma saudação dos marinheiros ingleses como forma de saudação e quando em brindes por alguma vitória, ou mesmo quando grandes oficiais embarcavam ou desembarcavam das naus capitanias. O escritor e cronista inglês John Dunton (1659-1733), em sua obra “Cartas da Nova Inglaterra”, publicado em 1686, registra o costume militar de se saudar as autoridades com gritos de Huzzah: “Nosso Capitão, ordenou uma salva de tiros completa com todos os canhões de nossa embarcação; a cada disparo, os céus se encheram de gritos de júbilos e saudações e ouvíamos por todos os lados Huzzahs e Hurrahs”. O poeta Alexandre Pope, em sua obra “Um Ensaio sobre o Homem”, publicado em 1734, também apresentaHuzzah como uma interjeição de saudação. As últimas menções a Huzzah na literatura inglesa aparecem no século 19.

Charles Dickens, na obra “Oliver Twist”, publicado entre 1837-39, mostra:

“Fortes batidas, grossas e pesadas, sacudiram as portas e as janelas inferiores, bem como as persianas de toda a construção; e assim que ele deixou de falar surgiu uma explosão de huzzahs do meio da multidão”.E Mark Twain a apresentou na obra “Tom Sawyer”, publicada em 1876: “… a população se reuniu em torno de si… e varreu magnificamente as ruas principais com gritos de huzzahsapóshuzzahs!” Huzzah pode ser categorizada no mesmo patamar de outras interjeições inglesas, como hoorah ou hooray. De acordo com os Dicionários Ingleses, sobretudo o Oxford English Dictionary,Huzzah seria uma forma mais literária e dignificante, enquanto que horray seria uma aclamação mais popular, sendo encontra nos dialetos das periferias de Londres.

Page 6: A palavra huzzé  origem e significado

“Fortes batidas, grossas e pesadas, sacudiram as portas e as janelas inferiores, bem como as persianas de toda a construção; e assim que ele deixou de falar surgiu uma explosão de huzzahs do meio da multidão”.E Mark Twain a apresentou na obra “Tom Sawyer”, publicada em 1876: “… a população se reuniu em torno de si… e varreu magnificamente as ruas principais com gritos de huzzahsapóshuzzahs!” Huzzah pode ser categorizada no mesmo patamar de outras interjeições inglesas, como hoorah ou hooray. De acordo com os Dicionários Ingleses, sobretudo o Oxford English Dictionary,Huzzah seria uma forma mais literária e dignificante, enquanto que horray seria uma aclamação mais popular, sendo encontra nos dialetos das periferias de Londres.

Page 7: A palavra huzzé  origem e significado

A prova disto pode ser encontrada nos gritos de saudação das equipes de remo do Magdalene College, da Universidade de Cambridge, que celebram suas vitórias com três saudações de “Huzzah”.

De qualquer forma, a origem da palavra não está de toda clara, mas pode estar associada aos gritos de guerra dos pelotões militares, sendo encontrada entre as tropas inglesas, escocesas, suecas, dinamarquesas, alemãs, russas e prussianas. Há até uma palavra muito semelhante, de origem mongol, remontando aos primeiros anos do século 13, com a mesma significação de saudação e júbilo. O fato é que, ao longo dos séculos 17 e 18, Huzzah foi identificada como um grito de guerra das tropas avançadas da marinha inglesa, bem como do exército e do corpo de Granadeiros Britânicos. Durante o século 18, três “huzzahs” eram dados pela infantaria britânica antes do toque de carga, como meio de reforçar a moral das tropas e intimidar os inimigos. O livro “Casacas-vermelhas: Os soldados britânicos na era da cavalaria e dos mosquetes”, de autoria do Brigadeiro Edward Richard Holmes (1946), historiador militar inglês, indica que eram dados dois gritos curtos de “huzzah”, seguidos de um terceiro mais longo, antes do toque dado pelos clarins. A mesma palavra foi incorporada à “Canção dos Granadeiros”, de 1745, cuja tradução livre segue abaixo:

“E quando o cerco se levanta,Para a cidade nos dirigimos,Para nos unirmos aos citadinosCom gritos de ‘Huzzah, meus bons rapazes,Já chegam os Granadeiros!’Toda cidade os recebe.‘Huzzah, meus bons rapazes,Já chegam os Granadeiros!’Quem os conhece não dúvida de sua coragemCantemos, cantemos, e exultemosHuzzah para os Granadeiros!”De qualquer forma, a vinculação da palavra à Maçonaria é evidente: A pretensa origem do Rito de Heredom, do qual o Rito Escocês Antigo e Aceito derivou posteriormente, vinculado às tropas escocesas que acompanharam o exílio da família Stuart em França poderia ser uma indicação de sua adoção como grito de aclamação ou de júbilo dado no início e término dos trabalhos. Outro fator é a vinculação do Rito de Heredom e do Rito Escocês Antigo e Aceito às tropas prussianas de Frederico II, segundo consta a lenda, o organizador do Rito na Europa. Argumentos tais como que esta exclamação prepararia no início dos trabalhos o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo por Irmãos, e que ao término dos mesmos aliviaria as tensões surgidas, levando-se em conta aspectos místicos, físicos e psíquicos, não cabe em qualquer trabalho mais sério que pretenda investigar histórica e fundamentalmente a Maçonaria. O importante é a consciência de que a palavra Huzzah e suas corruptelas afrancesada e aportuguesada, Huzzai e Huzzé, respectivamente, apenas significam um grito de saudação, ou como consta literalmente em nossos rituais, um grito de aclamação, não possuindo nenhum outro significado maior ou esotérico. É apenas um grito de exaltação como os constantes dos demais Ritos, como “Vivat, vivat, vivat”, do Rito Adonhiramita, e “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, do Rito Moderno. Fabio Pedro-Cyrino, M.I., 33REAA, 9RMSecretário Estadual de Orientação RitualísticaGrande Oriente do Brasil / Grande Oriente de São Paulo

.

Page 8: A palavra huzzé  origem e significado

“E quando o cerco se levanta,Para a cidade nos dirigimos,Para nos unirmos aos citadinosCom gritos de ‘Huzzah, meus bons rapazes,Já chegam os Granadeiros!’Toda cidade os recebe.‘Huzzah, meus bons rapazes,Já chegam os Granadeiros!’Quem os conhece não dúvida de sua coragemCantemos, cantemos, e exultemosHuzzah para os Granadeiros!”De qualquer forma, a vinculação da palavra à Maçonaria é evidente: A pretensa origem do Rito de Heredom, do qual o Rito Escocês Antigo e Aceito derivou posteriormente, vinculado às tropas escocesas que acompanharam o exílio da família Stuart em França poderia ser uma indicação de sua adoção como grito de aclamação ou de júbilo dado no início e término dos trabalhos. Outro fator é a vinculação do Rito de Heredom e do Rito Escocês Antigo e Aceito às tropas prussianas de Frederico II, segundo consta a lenda, o organizador do Rito na Europa.

Argumentos tais como que esta exclamação prepararia no início dos trabalhos o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo por Irmãos, e que ao término dos mesmos aliviaria as tensões surgidas, levando-se em conta aspectos místicos, físicos e psíquicos, não cabe em qualquer trabalho mais sério que pretenda investigar histórica e fundamentalmente a Maçonaria. O importante é a consciência de que a palavra Huzzah e suas corruptelas afrancesada e aportuguesada, Huzzai e Huzzé, respectivamente, apenas significam um grito de saudação, ou como consta literalmente em nossos rituais, um grito de aclamação, não possuindo nenhum outro significado maior ou esotérico. É apenas um grito de exaltação como os constantes dos demais Ritos, como “Vivat, vivat, vivat”, do Rito Adonhiramita, e “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, do Rito Moderno. Fabio Pedro-Cyrino, M.I., 33REAA, 9RMSecretário Estadual de Orientação RitualísticaGrande Oriente do Brasil / Grande Oriente de São Paulo

.

Page 9: A palavra huzzé  origem e significado

Argumentos tais como que esta exclamação prepararia no início dos trabalhos o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo por Irmãos, e que ao término dos mesmos aliviaria as tensões surgidas, levando-se em conta aspectos místicos, físicos e psíquicos, não cabe em qualquer trabalho mais sério que pretenda investigar histórica e fundamentalmente a Maçonaria. O importante é a consciência de que a palavra Huzzah e suas corruptelas afrancesada e aportuguesada, Huzzai e Huzzé, respectivamente, apenas significam um grito de saudação, ou como consta literalmente em nossos rituais, um grito de aclamação, não possuindo nenhum outro significado maior ou esotérico. É apenas um grito de exaltação como os constantes dos demais Ritos, como “Vivat, vivat, vivat”, do Rito Adonhiramita, e “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, do Rito Moderno. Fabio Pedro-Cyrino, M.I., 33REAA, 9RMSecretário Estadual de Orientação RitualísticaGrande Oriente do Brasil / Grande Oriente de São Paulo

.

Page 10: A palavra huzzé  origem e significado

Huzzé e a Barca de RaA mitologia egípcia

Dos povos da antiguidade, os egípcios certamente são os mais estudados. Mesmo antes da descoberta da Pedra da Roseta, em 1799, a cultura egípcia já desafiava a curiosidade dos exploradores europeus. Riquíssima em personagens que possivelmente provêm de períodos anteriores ao dinástico (c. 3.100 a.C.), a mitologia egípcia sempre foi pródiga na criação de divindades, heróis, vilões e lendas para explicar não só acontecimentos corriqueiros do dia-a-dia, mas também para dar uma dimensão mágica às questões religiosas e espirituais.

Nas dezenas de séculos que durou sua civilização, tanto os personagens mitológicos quanto os relatos em que estes estavam envolvidos sofreram diversas mutações, adaptando-se às questões sociais e aos valores dos períodos históricos nos quais estavam inseridos. Assim, os mesmos deuses, semideuses e entes mágicos adquiriram personalidades, nuances e contornos diversos, tornando quase impossível uma descrição única de suas características ao longo das diversas dinastias. Horus, por exemplo, uma das divindades mais antigas, assume tantos papéis e desempenha funções tão diferentes ao longo dos séculos, que se tentássemos montar um painel dos traços comuns a todas as suas versões, talvez acabássemos apenas com seu nome.Uma civilização sofisticada como a do Egito, desenvolvida no calor inclemente do norte da África, tinha, como não poderia deixar de ser, um rico folclore em torno do trânsito solar[1]. Dentre os vários relatos fantásticos que contam histórias sobre o Sol, o da Barca de Ra ou Barca do Sol ocupa um papel de destaque. É contado em duas versões principais. A versão cosmológica é uma criativa tentativa de justificar porque o Sol nascia para iluminar o dia e se punha, trazendo a escuridão da noite. Já a versão mística, embora se valha praticamente dos mesmos personagens da cosmológica, busca explicar um dos maiores mistérios da criação: o que acontece depois da morte? Para tanto, elabora uma série de situações que descrevem a peregrinação dos mortos no caminho do além-túmulo, até alcançarem o direito a uma nova vida.As duas versões envolviam cultos próprios, revestidos da maior dramaticidade. Ambas dispunham de rituais diurnos e noturnos. Os rituais noturnos, especialmente, eram imersos em tensão e comoção, na eterna dúvida sobre se o Sol nasceria pela manhã[2]ou, no caso da versão mística, se o morto poderia viver novamente.O que veremos a seguir é como eram esses mitos e o que eles têm a ver com a maçonaria e com o uso da palavra Huzzé.

Page 11: A palavra huzzé  origem e significado

Nas dezenas de séculos que durou sua civilização, tanto os personagens mitológicos quanto os relatos em que estes estavam envolvidos sofreram diversas mutações, adaptando-se às questões sociais e aos valores dos períodos históricos nos quais estavam inseridos. Assim, os mesmos deuses, semideuses e entes mágicos adquiriram personalidades, nuances e contornos diversos, tornando quase impossível uma descrição única de suas características ao longo das diversas dinastias. Horus, por exemplo, uma das divindades mais antigas, assume tantos papéis e desempenha funções tão diferentes ao longo dos séculos, que se tentássemos montar um painel dos traços comuns a todas as suas versões, talvez acabássemos apenas com seu nome.

Uma civilização sofisticada como a do Egito, desenvolvida no calor inclemente do norte da África, tinha, como não poderia deixar de ser, um rico folclore em torno do trânsito solar[1]. Dentre os vários relatos fantásticos que contam histórias sobre o Sol, o da Barca de Ra ou Barca do Sol ocupa um papel de destaque. É contado em duas versões principais. A versão cosmológica é uma criativa tentativa de justificar porque o Sol nascia para iluminar o dia e se punha, trazendo a escuridão da noite. Já a versão mística, embora se valha praticamente dos mesmos personagens da cosmológica, busca explicar um dos maiores mistérios da criação: o que acontece depois da morte? Para tanto, elabora uma série de situações que descrevem a peregrinação dos mortos no caminho do além-túmulo, até alcançarem o direito a uma nova vida.As duas versões envolviam cultos próprios, revestidos da maior dramaticidade. Ambas dispunham de rituais diurnos e noturnos. Os rituais noturnos, especialmente, eram imersos em tensão e comoção, na eterna dúvida sobre se o Sol nasceria pela manhã[2]ou, no caso da versão mística, se o morto poderia viver novamente.O que veremos a seguir é como eram esses mitos e o que eles têm a ver com a maçonaria e com o uso da palavra Huzzé.

Page 12: A palavra huzzé  origem e significado

Uma civilização sofisticada como a do Egito, desenvolvida no calor inclemente do norte da África, tinha, como não poderia deixar de ser, um rico folclore em torno do trânsito solar[1]. Dentre os vários relatos fantásticos que contam histórias sobre o Sol, o da Barca de Ra ou Barca do Sol ocupa um papel de destaque. É contado em duas versões principais. A versão cosmológica é uma criativa tentativa de justificar porque o Sol nascia para iluminar o dia e se punha, trazendo a escuridão da noite. Já a versão mística, embora se valha praticamente dos mesmos personagens da cosmológica, busca explicar um dos maiores mistérios da criação: o que acontece depois da morte? Para tanto, elabora uma série de situações que descrevem a peregrinação dos mortos no caminho do além-túmulo, até alcançarem o direito a uma nova vida.

As duas versões envolviam cultos próprios, revestidos da maior dramaticidade. Ambas dispunham de rituais diurnos e noturnos. Os rituais noturnos, especialmente, eram imersos em tensão e comoção, na eterna dúvida sobre se o Sol nasceria pela manhã[2]ou, no caso da versão mística, se o morto poderia viver novamente.O que veremos a seguir é como eram esses mitos e o que eles têm a ver com a maçonaria e com o uso da palavra Huzzé.

Page 13: A palavra huzzé  origem e significado

As duas versões envolviam cultos próprios, revestidos da maior dramaticidade. Ambas dispunham de rituais diurnos e noturnos. Os rituais noturnos, especialmente, eram imersos em tensão e comoção, na eterna dúvida sobre se o Sol nasceria pela manhã[2]ou, no caso da versão mística, se o morto poderia viver novamente.O que veremos a seguir é como eram esses mitos e o que eles têm a ver com a maçonaria e com o uso da palavra Huzzé.A versão cosmológicaO Sol do poderoso deus Ra já havia desaparecido atrás das montanhas ao longe, deixando como prova de sua passagem apenas o vermelho-alaranjado do céu e a silhueta das figueiras que, pouco a pouco, iam perdendo nitidez.

Na Barca de Ra tudo era silêncio. À medida que o Sol se punha e que as trevas do submundo (Duat) envolviam a nau, o medo e a apreensão se instalavam no coração dos tripulantes. A partir daquele instante, navegariam nas águas do caos. Ra, ao centro, mantinha sua serena austeridade, como a transmitir confiança aos companheiros de viagem. Todos tinham um papel a desempenhar. Destacadamente, a atuação de Heka, Set, Hu e Sia[3] seria determinante. Se vencessem Apep[4], a demoníaca serpente, novamente o Sol faria jus ao ressurgimento no leste. Para tanto, Heka garantiria que as magias praticadas contra Apep pelos sacerdotes tivessem eficiência plena. Set, por sua vivência marcial, asseguraria ao monstro um oponente cuja fúria estava à altura de sua malignidade. Sia traçaria os planos para a previsivelmente turbulenta viagem e Hu se encarregaria de verbalizá-los, comandando as ações e garantindo que fossem desempenhadas adequadamente. Além de terem a incumbência de zelar pela segurança de Ra, ambos, Hu e Sia, seriam os principais responsáveis por levar a viagem a bom termo.Enquanto isso, nos templos de Abydos, desde o início do poente, os sacerdotes se revezavam em fervorosas preces, buscando com isso fortalecer os integrantes da Barca e aumentar a intensidade dos feitiços e maldições que, através de Heka, fariam exaurir as forças da horrenda e descomunal serpente.As águas do caos pareciam calmas quando, repentinamente, um grito aterrador atravessou a escuridão. Tomada de surpresa, a tripulação mal havia se recomposto do susto quando a quilha da Barca bateu em algo que a fez adernar. Era Apep, que contorcia seu enorme corpo sob a pequena embarcação na tentativa de tombá-la e garantir desta forma que a escuridão eterna se instalasse no céu do Egito.À medida que a noite avançava, mais intensas eram as sensações de que o naufrágio era iminente e maior o desespero. Bramidos alucinantes, urros encolerizados. Deuses contra monstro, luz contra trevas. Por horas a fio Hu e Sia, com manobras audazes, conseguiram evitar que as investidas de Apep tivessem sucesso. Mas estavam à beira da exaustão.Já era alta madrugada e a serpente parecia perto de conseguir seu intento, quando Ra fez um sinal e Hu ordenou a Set que tentasse destruí-la.A primeira oportunidade logo surgiu. Foi numa tentativa do descomunal réptil abocanhar Ra. Set saltou sobre ele como um raio e, valendo-se do elemento surpresa, tentou asfixiar a fera. O que se seguiu foi aterrorizante. Set e a serpente engalfinharam-se, revolvendo furiosamente as águas do caos e fazendo com que a Barca ficasse ao sabor das ondas e redemoinhos, quase soçobrando não fossem a precisão das orientações de Sia e a firmeza de Hu ao comandar. Lamentos, gemidos, gritos, ruídos indecifráveis. Terror. O cheiro do medo no ar… inquietação. Por fim, ao perceber a serpente extenuada pelos vãos esforços de afundar a Barca, pelas maldições que lhe foram lançadas e pelos golpes que lhe aplicara, Set conseguiu imobilizá-la e desferiu-lhe uma estocada sob a base da cabeça, matando-a instantaneamente.Prova tua morte, ó Apep! Retrocede! Retira-te, ó inimigo de Rá! Cai! Sê repelido! Volta e recua! Eu te faço voltar e te corto em pedaços! Ra triunfou sobre Apep! Prova a tua morte, Apep![5] , ecoavam os hinos no templo.Trazido de volta à Barca, Set foi recebido com alegria pelos companheiros. Mas, acossado pela vaidade, ufanou-se de ter sido o único responsável pela morte da traiçoeira cobra, o que provocou a ira de Ra, que imediatamente o fez abandonar a embarcação, deixando-o numa das margens do caos.Hu prosseguiu no comando, ordenando as manobras previstas por Sia, até que, finalmente, com Ra são e salvo, puderam concluir sua vitoriosa peregrinação pelo submundo.A estrela da manhã brilhava no céu. A despeito das dificuldades e obstáculos da viagem, a Barca de Ra, trazendo consigo o astro-rei, poderia novamente cumprir sua viagem no firmamento egípcio.Os primeiros raios de luz apontavam no horizonte.Reunidos num dos altares e banhados pela claridade, desgastados, mas ansiosos por aquele momento, os sacerdotes, num misto de alívio e intensa emoção, saudavam os principais responsáveis pelo feito. Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 14: A palavra huzzé  origem e significado

Na Barca de Ra tudo era silêncio. À medida que o Sol se punha e que as trevas do submundo (Duat) envolviam a nau, o medo e a apreensão se instalavam no coração dos tripulantes. A partir daquele instante, navegariam nas águas do caos. Ra, ao centro, mantinha sua serena austeridade, como a transmitir confiança aos companheiros de viagem. Todos tinham um papel a desempenhar. Destacadamente, a atuação de Heka, Set, Hu e Sia[3] seria determinante. Se vencessem Apep[4], a demoníaca serpente, novamente o Sol faria jus ao ressurgimento no leste. Para tanto, Heka garantiria que as magias praticadas contra Apep pelos sacerdotes tivessem eficiência plena. Set, por sua vivência marcial, asseguraria ao monstro um oponente cuja fúria estava à altura de sua malignidade.

Sia traçaria os planos para a previsivelmente turbulenta viagem e Hu se encarregaria de verbalizá-los, comandando as ações e garantindo que fossem desempenhadas adequadamente. Além de terem a incumbência de zelar pela segurança de Ra, ambos, Hu e Sia, seriam os principais responsáveis por levar a viagem a bom termo.Enquanto isso, nos templos de Abydos, desde o início do poente, os sacerdotes se revezavam em fervorosas preces, buscando com isso fortalecer os integrantes da Barca e aumentar a intensidade dos feitiços e maldições que, através de Heka, fariam exaurir as forças da horrenda e descomunal serpente.As águas do caos pareciam calmas quando, repentinamente, um grito aterrador atravessou a escuridão. Tomada de surpresa, a tripulação mal havia se recomposto do susto quando a quilha da Barca bateu em algo que a fez adernar. Era Apep, que contorcia seu enorme corpo sob a pequena embarcação na tentativa de tombá-la e garantir desta forma que a escuridão eterna se instalasse no céu do Egito.À medida que a noite avançava, mais intensas eram as sensações de que o naufrágio era iminente e maior o desespero. Bramidos alucinantes, urros encolerizados. Deuses contra monstro, luz contra trevas. Por horas a fio Hu e Sia, com manobras audazes, conseguiram evitar que as investidas de Apep tivessem sucesso. Mas estavam à beira da exaustão.Já era alta madrugada e a serpente parecia perto de conseguir seu intento, quando Ra fez um sinal e Hu ordenou a Set que tentasse destruí-la.A primeira oportunidade logo surgiu. Foi numa tentativa do descomunal réptil abocanhar Ra. Set saltou sobre ele como um raio e, valendo-se do elemento surpresa, tentou asfixiar a fera. O que se seguiu foi aterrorizante. Set e a serpente engalfinharam-se, revolvendo furiosamente as águas do caos e fazendo com que a Barca ficasse ao sabor das ondas e redemoinhos, quase soçobrando não fossem a precisão das orientações de Sia e a firmeza de Hu ao comandar. Lamentos, gemidos, gritos, ruídos indecifráveis. Terror. O cheiro do medo no ar… inquietação. Por fim, ao perceber a serpente extenuada pelos vãos esforços de afundar a Barca, pelas maldições que lhe foram lançadas e pelos golpes que lhe aplicara, Set conseguiu imobilizá-la e desferiu-lhe uma estocada sob a base da cabeça, matando-a instantaneamente.Prova tua morte, ó Apep! Retrocede! Retira-te, ó inimigo de Rá! Cai! Sê repelido! Volta e recua! Eu te faço voltar e te corto em pedaços! Ra triunfou sobre Apep! Prova a tua morte, Apep![5] , ecoavam os hinos no templo.Trazido de volta à Barca, Set foi recebido com alegria pelos companheiros. Mas, acossado pela vaidade, ufanou-se de ter sido o único responsável pela morte da traiçoeira cobra, o que provocou a ira de Ra, que imediatamente o fez abandonar a embarcação, deixando-o numa das margens do caos.Hu prosseguiu no comando, ordenando as manobras previstas por Sia, até que, finalmente, com Ra são e salvo, puderam concluir sua vitoriosa peregrinação pelo submundo.A estrela da manhã brilhava no céu. A despeito das dificuldades e obstáculos da viagem, a Barca de Ra, trazendo consigo o astro-rei, poderia novamente cumprir sua viagem no firmamento egípcio.Os primeiros raios de luz apontavam no horizonte.Reunidos num dos altares e banhados pela claridade, desgastados, mas ansiosos por aquele momento, os sacerdotes, num misto de alívio e intensa emoção, saudavam os principais responsáveis pelo feito. Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 15: A palavra huzzé  origem e significado

Sia traçaria os planos para a previsivelmente turbulenta viagem e Hu se encarregaria de verbalizá-los, comandando as ações e garantindo que fossem desempenhadas adequadamente. Além de terem a incumbência de zelar pela segurança de Ra, ambos, Hu e Sia, seriam os principais responsáveis por levar a viagem a bom termo.Enquanto isso, nos templos de Abydos, desde o início do poente, os sacerdotes se revezavam em fervorosas preces, buscando com isso fortalecer os integrantes da Barca e aumentar a intensidade dos feitiços e maldições que, através de Heka, fariam exaurir as forças da horrenda e descomunal serpente.

As águas do caos pareciam calmas quando, repentinamente, um grito aterrador atravessou a escuridão. Tomada de surpresa, a tripulação mal havia se recomposto do susto quando a quilha da Barca bateu em algo que a fez adernar. Era Apep, que contorcia seu enorme corpo sob a pequena embarcação na tentativa de tombá-la e garantir desta forma que a escuridão eterna se instalasse no céu do Egito.À medida que a noite avançava, mais intensas eram as sensações de que o naufrágio era iminente e maior o desespero. Bramidos alucinantes, urros encolerizados. Deuses contra monstro, luz contra trevas. Por horas a fio Hu e Sia, com manobras audazes, conseguiram evitar que as investidas de Apep tivessem sucesso. Mas estavam à beira da exaustão.Já era alta madrugada e a serpente parecia perto de conseguir seu intento, quando Ra fez um sinal e Hu ordenou a Set que tentasse destruí-la.A primeira oportunidade logo surgiu. Foi numa tentativa do descomunal réptil abocanhar Ra. Set saltou sobre ele como um raio e, valendo-se do elemento surpresa, tentou asfixiar a fera. O que se seguiu foi aterrorizante. Set e a serpente engalfinharam-se, revolvendo furiosamente as águas do caos e fazendo com que a Barca ficasse ao sabor das ondas e redemoinhos, quase soçobrando não fossem a precisão das orientações de Sia e a firmeza de Hu ao comandar. Lamentos, gemidos, gritos, ruídos indecifráveis. Terror. O cheiro do medo no ar… inquietação. Por fim, ao perceber a serpente extenuada pelos vãos esforços de afundar a Barca, pelas maldições que lhe foram lançadas e pelos golpes que lhe aplicara, Set conseguiu imobilizá-la e desferiu-lhe uma estocada sob a base da cabeça, matando-a instantaneamente.Prova tua morte, ó Apep! Retrocede! Retira-te, ó inimigo de Rá! Cai! Sê repelido! Volta e recua! Eu te faço voltar e te corto em pedaços! Ra triunfou sobre Apep! Prova a tua morte, Apep![5] , ecoavam os hinos no templo.Trazido de volta à Barca, Set foi recebido com alegria pelos companheiros. Mas, acossado pela vaidade, ufanou-se de ter sido o único responsável pela morte da traiçoeira cobra, o que provocou a ira de Ra, que imediatamente o fez abandonar a embarcação, deixando-o numa das margens do caos.Hu prosseguiu no comando, ordenando as manobras previstas por Sia, até que, finalmente, com Ra são e salvo, puderam concluir sua vitoriosa peregrinação pelo submundo.A estrela da manhã brilhava no céu. A despeito das dificuldades e obstáculos da viagem, a Barca de Ra, trazendo consigo o astro-rei, poderia novamente cumprir sua viagem no firmamento egípcio.Os primeiros raios de luz apontavam no horizonte.Reunidos num dos altares e banhados pela claridade, desgastados, mas ansiosos por aquele momento, os sacerdotes, num misto de alívio e intensa emoção, saudavam os principais responsáveis pelo feito. Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 16: A palavra huzzé  origem e significado

As águas do caos pareciam calmas quando, repentinamente, um grito aterrador atravessou a escuridão. Tomada de surpresa, a tripulação mal havia se recomposto do susto quando a quilha da Barca bateu em algo que a fez adernar. Era Apep, que contorcia seu enorme corpo sob a pequena embarcação na tentativa de tombá-la e garantir desta forma que a escuridão eterna se instalasse no céu do Egito.À medida que a noite avançava, mais intensas eram as sensações de que o naufrágio era iminente e maior o desespero. Bramidos alucinantes, urros encolerizados. Deuses contra monstro, luz contra trevas. Por horas a fio Hu e Sia, com manobras audazes, conseguiram evitar que as investidas de Apep tivessem sucesso. Mas estavam à beira da exaustão.

Já era alta madrugada e a serpente parecia perto de conseguir seu intento, quando Ra fez um sinal e Hu ordenou a Set que tentasse destruí-la.A primeira oportunidade logo surgiu. Foi numa tentativa do descomunal réptil abocanhar Ra. Set saltou sobre ele como um raio e, valendo-se do elemento surpresa, tentou asfixiar a fera. O que se seguiu foi aterrorizante. Set e a serpente engalfinharam-se, revolvendo furiosamente as águas do caos e fazendo com que a Barca ficasse ao sabor das ondas e redemoinhos, quase soçobrando não fossem a precisão das orientações de Sia e a firmeza de Hu ao comandar. Lamentos, gemidos, gritos, ruídos indecifráveis. Terror. O cheiro do medo no ar… inquietação. Por fim, ao perceber a serpente extenuada pelos vãos esforços de afundar a Barca, pelas maldições que lhe foram lançadas e pelos golpes que lhe aplicara, Set conseguiu imobilizá-la e desferiu-lhe uma estocada sob a base da cabeça, matando-a instantaneamente.Prova tua morte, ó Apep! Retrocede! Retira-te, ó inimigo de Rá! Cai! Sê repelido! Volta e recua! Eu te faço voltar e te corto em pedaços! Ra triunfou sobre Apep! Prova a tua morte, Apep![5] , ecoavam os hinos no templo.Trazido de volta à Barca, Set foi recebido com alegria pelos companheiros. Mas, acossado pela vaidade, ufanou-se de ter sido o único responsável pela morte da traiçoeira cobra, o que provocou a ira de Ra, que imediatamente o fez abandonar a embarcação, deixando-o numa das margens do caos.Hu prosseguiu no comando, ordenando as manobras previstas por Sia, até que, finalmente, com Ra são e salvo, puderam concluir sua vitoriosa peregrinação pelo submundo.A estrela da manhã brilhava no céu. A despeito das dificuldades e obstáculos da viagem, a Barca de Ra, trazendo consigo o astro-rei, poderia novamente cumprir sua viagem no firmamento egípcio.Os primeiros raios de luz apontavam no horizonte.Reunidos num dos altares e banhados pela claridade, desgastados, mas ansiosos por aquele momento, os sacerdotes, num misto de alívio e intensa emoção, saudavam os principais responsáveis pelo feito. Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 17: A palavra huzzé  origem e significado

Já era alta madrugada e a serpente parecia perto de conseguir seu intento, quando Ra fez um sinal e Hu ordenou a Set que tentasse destruí-la.A primeira oportunidade logo surgiu. Foi numa tentativa do descomunal réptil abocanhar Ra. Set saltou sobre ele como um raio e, valendo-se do elemento surpresa, tentou asfixiar a fera. O que se seguiu foi aterrorizante. Set e a serpente engalfinharam-se, revolvendo furiosamente as águas do caos e fazendo com que a Barca ficasse ao sabor das ondas e redemoinhos, quase soçobrando não fossem a precisão das orientações de Sia e a firmeza de Hu ao comandar. Lamentos, gemidos, gritos, ruídos indecifráveis. Terror. O cheiro do medo no ar… inquietação.

Por fim, ao perceber a serpente extenuada pelos vãos esforços de afundar a Barca, pelas maldições que lhe foram lançadas e pelos golpes que lhe aplicara, Set conseguiu imobilizá-la e desferiu-lhe uma estocada sob a base da cabeça, matando-a instantaneamente.Prova tua morte, ó Apep! Retrocede! Retira-te, ó inimigo de Rá! Cai! Sê repelido! Volta e recua! Eu te faço voltar e te corto em pedaços! Ra triunfou sobre Apep! Prova a tua morte, Apep![5] , ecoavam os hinos no templo.Trazido de volta à Barca, Set foi recebido com alegria pelos companheiros. Mas, acossado pela vaidade, ufanou-se de ter sido o único responsável pela morte da traiçoeira cobra, o que provocou a ira de Ra, que imediatamente o fez abandonar a embarcação, deixando-o numa das margens do caos.Hu prosseguiu no comando, ordenando as manobras previstas por Sia, até que, finalmente, com Ra são e salvo, puderam concluir sua vitoriosa peregrinação pelo submundo.A estrela da manhã brilhava no céu. A despeito das dificuldades e obstáculos da viagem, a Barca de Ra, trazendo consigo o astro-rei, poderia novamente cumprir sua viagem no firmamento egípcio.Os primeiros raios de luz apontavam no horizonte.Reunidos num dos altares e banhados pela claridade, desgastados, mas ansiosos por aquele momento, os sacerdotes, num misto de alívio e intensa emoção, saudavam os principais responsáveis pelo feito. Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 18: A palavra huzzé  origem e significado

Por fim, ao perceber a serpente extenuada pelos vãos esforços de afundar a Barca, pelas maldições que lhe foram lançadas e pelos golpes que lhe aplicara, Set conseguiu imobilizá-la e desferiu-lhe uma estocada sob a base da cabeça, matando-a instantaneamente.Prova tua morte, ó Apep! Retrocede! Retira-te, ó inimigo de Rá! Cai! Sê repelido! Volta e recua! Eu te faço voltar e te corto em pedaços! Ra triunfou sobre Apep! Prova a tua morte, Apep![5] , ecoavam os hinos no templo.Trazido de volta à Barca, Set foi recebido com alegria pelos companheiros. Mas, acossado pela vaidade, ufanou-se de ter sido o único responsável pela morte da traiçoeira cobra, o que provocou a ira de Ra, que imediatamente o fez abandonar a embarcação, deixando-o numa das margens do caos.

Hu prosseguiu no comando, ordenando as manobras previstas por Sia, até que, finalmente, com Ra são e salvo, puderam concluir sua vitoriosa peregrinação pelo submundo.A estrela da manhã brilhava no céu. A despeito das dificuldades e obstáculos da viagem, a Barca de Ra, trazendo consigo o astro-rei, poderia novamente cumprir sua viagem no firmamento egípcio.Os primeiros raios de luz apontavam no horizonte.Reunidos num dos altares e banhados pela claridade, desgastados, mas ansiosos por aquele momento, os sacerdotes, num misto de alívio e intensa emoção, saudavam os principais responsáveis pelo feito. Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 19: A palavra huzzé  origem e significado

Hu prosseguiu no comando, ordenando as manobras previstas por Sia, até que, finalmente, com Ra são e salvo, puderam concluir sua vitoriosa peregrinação pelo submundo.A estrela da manhã brilhava no céu. A despeito das dificuldades e obstáculos da viagem, a Barca de Ra, trazendo consigo o astro-rei, poderia novamente cumprir sua viagem no firmamento egípcio.Os primeiros raios de luz apontavam no horizonte.Reunidos num dos altares e banhados pela claridade, desgastados, mas ansiosos por aquele momento, os sacerdotes, num misto de alívio e intensa emoção, saudavam os principais responsáveis pelo feito.

Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 20: A palavra huzzé  origem e significado

Ajoelhavam-se em direção ao nascente e exclamavam a uma só voz: Hu Sia! Hu Sia!, Hu Sia!O Sol voltara a brilhar… A versão místicaComo dissemos antes, esta versão da Barca de Ra se utiliza basicamente dos mesmos protagonistas da versão cosmológica, embora com diferentes ênfases.O Sol da versão cosmológica transforma-se aqui no morto que almeja o renascimento ou, como querem alguns, a libertação eterna. Para conseguir seu intento, o finado deveria, durante a vida, ter pautado suas atitudes pela pureza e pela correção.

O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 21: A palavra huzzé  origem e significado

O julgamento de sua conduta seria conduzido por Ma’at, agora à frente da Barca, garantindo, em primeiro lugar, que o coração do morto fosse colocado no prato de uma balança e comparado com o peso de uma pena no outro prato. Isso indicaria a pureza de suas ações. Fosse bom, e o coração seria mais leve que a pena. Caso a balança de Ma’at pendesse para o lado do coração, estaria condenado à escuridão e aos tormentos perenes no submundo, que eram reservados aos adeptos do mal. Um lugar de incessantes castigos, repleto de entes maléficos gerados pelas perversidades mundanas, que despiriam o corpo do falecido e destroçariam suas entranhas como abutres, deixando-o ao sabor da decomposição.

Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes. Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 22: A palavra huzzé  origem e significado

Os maus teriam seus corações arrancados e suas almas baficariam perdidas, sem terem como voltar ao corpo original. Ficariam entregues à sede e à fome, e só teriam acesso às águas pútridas emanadas das fossas da impiedade. Ma’at não mais ouviria suas súplicas e, como Set, teriam que deixar a Barca. Seu tormento jamais cessaria. Já os bons, veriam suas esperanças de renascimento se materializarem como um raio de luz ao amanhecer, enquanto os sacerdotes responsáveis por ajudá-los em sua vitória sobre a morte cantariam hinos e comemorariam exultantes.

Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia! Ecos de Hu e SiaNão temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 23: A palavra huzzé  origem e significado

Celebrariam a força de Ra e saudariam aqueles que transportaram o morto pelas águas do caos e o levaram incólume ao seu auspicioso destino final, bradando: Hu Sia! Hu Sia! Hu Sia!

Ecos de Hu e Sai

Não temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 24: A palavra huzzé  origem e significado

Ecos de Hu e Sai

Não temos como afirmar que a lenda da Barca de Ra era exatamente assim. Algumas versões posteriores transformam Ra em Horus e, ao que parece, surge por isso um novo relato para a epopeia da Barca, embora com moral condizente com a anterior. Os egiptólogos nos dão conta de que em algumas dinastias acreditava-se na existência de duas barcas, uma noturna (Mesektet) e outra diurna (Mandjet), cujas tripulações variavam entre si, embora na versão diurna Hu e Sia sempre estivessem presentes, em geral apresentados como uma dupla inseparável. Tão inseparável, que nos tempos que se seguiram passaram a ser referidos por uma palavra só: husia e variações desses fonemas.

Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 25: A palavra huzzé  origem e significado

Acreditamos que o Huzzé do Rito Escocês Antigo e Aceito venha daí.Até há algum tempo os estudiosos imaginavam que Sia e Hu pudessem ser personagens menores no panteão egípcio, mas as descobertas das últimas décadas mostraram que eram deuses importantes, e mesmo o Papiro de Ani, também conhecido como Livro dos Mortos, relata cerimônias realizadas em sua homenagem[6]. Sia personificava a percepção, o planejamento perspicaz. Hu representava a voz de comando, a fala que infunde respeito.

Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 26: A palavra huzzé  origem e significado

Indícios de sua influência podem ser encontrados na cultura árabe pré-islâmica, onde Uzza era uma deusa cultuada como uma das três filhas do deus supremo, protetoras da cidade de Meca. A tradição diz que era a estrela da manhã (Vênus), o que mostra que, de fato, está relacionada a Hu e Sia. Seu nome tem a mesma raiz de Izza, que significa glória. Os nabateus, povo ancestral semita, a consideravam a deusa da fertilidade. Uma notável surpresa para nós maçons é que, posteriormente, na época de Maomé, havia uma tribo numerosa, denominada Ghatafan, que reverenciava a acácia egípcia sob este nome[7].

Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 27: A palavra huzzé  origem e significado

Na mesma linha das semelhanças fonéticas, a tradição judaica menciona um certo Husai, Uzzah ou Uzziah, fiel conselheiro de Davi[8], e, mais tarde, o Sefer Zohar[9] refere-se a Uzza como um anjo que se opôs à criação do homem. Já na Grécia, Aristóteles utilizava a palavra Ousia para expressar as qualidades essenciaisde algo.É impossível garantir que todos esses nomes tenham Hu e Sia como origem, mas, certamente, alguns deles são repercussões da exaltação àquelas divindades nos vibrantes rituais egípcios.

As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa. Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 28: A palavra huzzé  origem e significado

As variações que julgamos potencialmente provenientes de Hu e Sia são aquelas que têm conotação de aprovação, regozijo ou júbilo – algo equivalente às interjeições salve ou viva em português – ou que, de alguma forma, mostram semelhanças com o papel que ambos representavam nos mitos. O caminho para os nossos rituaisA primeira citação de huzza na lingua inglesa data de 1573. O Dicionário Oxford de Inglês diz que nos séculos XVII e XVIII huzza era um cumprimento ou saudação usada por marinheiros para homenagear quem embarcava ou desembarcava. Na realidade, uma interjeição exclamativa.

Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11]. O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 29: A palavra huzzé  origem e significado

Menciona-se também que a expressão era um grito repetido em uníssono, sincronizadamente, quando os marujos atuavam em conjunto para puxar os cabos das velas ou as amarras da embarcação[10].Há relatos de que nos séculos XVIII e XIX três huzzas eram dados pelo exército britânico antes das cargas de infantaria, como meio de ganhar moral e de intimidar o inimigo. Há quem diga que eram dois huzzas curtos seguidos de um terceiro, mais longo, dado durante a carga final.De todo modo, e embora não existam provas documentais sobre isso, é possível deduzir que, a partir do Egito, a reverência a Hu e Sia tenha se espalhado por todo o Oriente Médio, como ocorreu com várias divindades[11].

O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 30: A palavra huzzé  origem e significado

O Olho de Horus, por exemplo, era – e ainda é – presença frequente na proa das embarcações mediterrâneas. Da mesma maneira, é bem plausível que Hu e Sia tenham se tornado, por motivos óbvios, inspiradores ou padroeiros dos navegantes da região e que seus vestígios tenham sido repassados a outros povos.Foi dessa forma, acreditamos, que o brado utilizado no R.E.A.A. deve ter chegado aos marinheiros ingleses e depois, pelo fato da Inglaterra ser um país onde as atividades navais ocupavam grande destaque, passado ao resto da sociedade não só como exclamação de alegria e aprovação, mas também como designativo de união e atitude solidária. Disso, talvez, advenha sua adoção pela maçonaria.

Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 31: A palavra huzzé  origem e significado

Mackey diz os que antigos manuscritos franceses do R.E.A.A. mencionavam a palavra Hoschea como aclamação, que ele supõe que seja uma corruptela do Huzza inglês. No mesmo livro, apresenta um poema que parece ser um ritual em versos, datado de 1750, que diz numa de suas estrofes, “A multidão com trêshuzzés conclui.”[12].O mais antigo ritual impresso do R.E.A.A., do ano de 1804[13], publicado na França, já faz menção à tradicional manifestação.

Page 32: A palavra huzzé  origem e significado

Conclusão

São várias as lições que podem ser tiradas do simbolismo subjacente à mitologia que envolve Hu e Sia. A mais evidente é que, como Sia, temos que desenvolver nossa sensibilidade e nossa capacidade de percepção para, com isso, podermos, como Hu, comandar nossa vida com sabedoria e serenidade. Outra, é que a vida é um ciclo que alterna claridade e escuridão e que, se nos momentos mais críticos tivermos tranquilidade e acreditarmos firmemente na superação dos obstáculos, voltaremos a navegar em águas plácidas, rumo a um recomeço ou, se preferirmos, um novo amanhecer.

Outra ainda, é que, por mais sucesso que tenhamos em alguma atividade, nossas vitórias são resultantes, direta ou indiretamente, da participação de várias pessoas. Não reconhecer isso é sucumbir ao feitiço da vaidade, uma inimiga capaz de nos deixar à margem do que seria nosso processo de crescimento.Por fim, talvez devamos admitir a participação divina em nossa evolução, embora reconhecendo que esta é, paradoxalmente, individual e precisa ser conquistada por cada um de nós, pelos nossos próprios esforços, mormente considerando que há mesmo “muito mais coisas entre o céu e a terra…”.Para tanto, precisaríamos aceitar, também – porque se aguçarmos a percepção, como Sia, sentiremos isso em nossas vidas – que essa evolução se processe pelo enfrentamento corajoso das provas interpostas em nossos percursos, todas elas cada vez mais sutis, exigindo decisões também sempre mais refinadas, que são aprimoradas e fortalecidas pelos valores e vibrações da corrente iniciática a que estivermos ligados no trajeto até a liberdade.Essas provas, das menores às maiores, sempre nos apresentam a opção de dois caminhos, como uma polaridade divina necessária, metafísica, evidentemente preservando nosso livre arbítrio. Mas isso todos nós já sabemos razoavelmente bem. O que difere esta concepção das demais é a constatação de que uma sequência de caminhos adotados equivocadamente, os chamados caminhos de esquerda – das paixões e intransigências – ilusórios e mais fáceis, pode nos levar à perda irreparável de valores edificantes, arremessando-nos irremediavelmente, perdidos, para dentro do velho e dantesco labirinto, em cujo portal está a sentença: “lasciate ogne speranza, voi ch’entrate[14]”. Para evitar isso, é necessário fortalecer nosso Hu interior para que ele nos guie à senda da luz.Essa dicotomia, entendida como instrumento de evolução, nos é transmitida pela sagrada iniciação e nos oferece um ciclo específico de experiências que precisamos viver e vencer para aprender como chegar ao reino dos céus conscientemente… entrar, enfim, num próximo ciclo por opção própria, jamais por intermediação de terceiros nas nossas relações com Deus.Assim, a partir dessa divina dualidade, e segundo decisão pessoal inarredável, podemos construir nossas próprias pontes, saltando o abismo da morte definitiva, o labirinto onde poderemos ficar irremediavelmente presos, deixando no lugar de partida tudo o que já não se preste ao progresso ou que deva ser descartado para, quem sabe, aproveitamento em outro estado de evolução.Entretanto, essa polaridade, inevitável, parece claro, nos oferece a salvação -gradativamente, em cada etapa do trabalho para a evolução da consciência – para nos tornarmos heróis de nós mesmos, verdadeiros Hércules, vencedores de todos os difíceis trabalhos que irremediavelmente se sucedem e precisam ser vencidos, como condição “sine qua non” para termos o direito de vivenciar o novo ciclo, como Hiram, que a cada nova volta do sol – ele próprio – percorre[15] as 12 colunas de vivências indispensáveis e conquista o direito de renascer para uma nova luz, sem que ela o cegue.Será que é isso mesmo?! Ou isso é apenas o caminho de aproveitamento das energias que contemos, e que a verdadeira Maçonaria nos propõe, mas que, por não entendermos direito, desperdiçamos pela estrada da vida apaixonada, onde prevalecem as ilusões dos sentidos. “Chi lo sa?[16]”Em resumo, é possível aceitar a mortalidade da alma humana que não alcança os níveis mínimos de consciência para o novo ciclo, nesta vida ou em futuras. Mas, destaque-se, faz-se referência aqui à alma universal – “mahatma” – que registra, para aproveitamento futuro, as experiências de todos que conquistam o direito de entrar na barca da salvação.Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma. Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 33: A palavra huzzé  origem e significado

Outra ainda, é que, por mais sucesso que tenhamos em alguma atividade, nossas vitórias são resultantes, direta ou indiretamente, da participação de várias pessoas. Não reconhecer isso é sucumbir ao feitiço da vaidade, uma inimiga capaz de nos deixar à margem do que seria nosso processo de crescimento.Por fim, talvez devamos admitir a participação divina em nossa evolução, embora reconhecendo que esta é, paradoxalmente, individual e precisa ser conquistada por cada um de nós, pelos nossos próprios esforços, mormente considerando que há mesmo “muito mais coisas entre o céu e a terra…”.

Para tanto, precisaríamos aceitar, também – porque se aguçarmos a percepção, como Sia, sentiremos isso em nossas vidas – que essa evolução se processe pelo enfrentamento corajoso das provas interpostas em nossos percursos, todas elas cada vez mais sutis, exigindo decisões também sempre mais refinadas, que são aprimoradas e fortalecidas pelos valores e vibrações da corrente iniciática a que estivermos ligados no trajeto até a liberdade.Essas provas, das menores às maiores, sempre nos apresentam a opção de dois caminhos, como uma polaridade divina necessária, metafísica, evidentemente preservando nosso livre arbítrio. Mas isso todos nós já sabemos razoavelmente bem. O que difere esta concepção das demais é a constatação de que uma sequência de caminhos adotados equivocadamente, os chamados caminhos de esquerda – das paixões e intransigências – ilusórios e mais fáceis, pode nos levar à perda irreparável de valores edificantes, arremessando-nos irremediavelmente, perdidos, para dentro do velho e dantesco labirinto, em cujo portal está a sentença: “lasciate ogne speranza, voi ch’entrate[14]”. Para evitar isso, é necessário fortalecer nosso Hu interior para que ele nos guie à senda da luz.Essa dicotomia, entendida como instrumento de evolução, nos é transmitida pela sagrada iniciação e nos oferece um ciclo específico de experiências que precisamos viver e vencer para aprender como chegar ao reino dos céus conscientemente… entrar, enfim, num próximo ciclo por opção própria, jamais por intermediação de terceiros nas nossas relações com Deus.Assim, a partir dessa divina dualidade, e segundo decisão pessoal inarredável, podemos construir nossas próprias pontes, saltando o abismo da morte definitiva, o labirinto onde poderemos ficar irremediavelmente presos, deixando no lugar de partida tudo o que já não se preste ao progresso ou que deva ser descartado para, quem sabe, aproveitamento em outro estado de evolução.Entretanto, essa polaridade, inevitável, parece claro, nos oferece a salvação -gradativamente, em cada etapa do trabalho para a evolução da consciência – para nos tornarmos heróis de nós mesmos, verdadeiros Hércules, vencedores de todos os difíceis trabalhos que irremediavelmente se sucedem e precisam ser vencidos, como condição “sine qua non” para termos o direito de vivenciar o novo ciclo, como Hiram, que a cada nova volta do sol – ele próprio – percorre[15] as 12 colunas de vivências indispensáveis e conquista o direito de renascer para uma nova luz, sem que ela o cegue.Será que é isso mesmo?! Ou isso é apenas o caminho de aproveitamento das energias que contemos, e que a verdadeira Maçonaria nos propõe, mas que, por não entendermos direito, desperdiçamos pela estrada da vida apaixonada, onde prevalecem as ilusões dos sentidos. “Chi lo sa?[16]”Em resumo, é possível aceitar a mortalidade da alma humana que não alcança os níveis mínimos de consciência para o novo ciclo, nesta vida ou em futuras. Mas, destaque-se, faz-se referência aqui à alma universal – “mahatma” – que registra, para aproveitamento futuro, as experiências de todos que conquistam o direito de entrar na barca da salvação.Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma. Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 34: A palavra huzzé  origem e significado

Para tanto, precisaríamos aceitar, também – porque se aguçarmos a percepção, como Sia, sentiremos isso em nossas vidas – que essa evolução se processe pelo enfrentamento corajoso das provas interpostas em nossos percursos, todas elas cada vez mais sutis, exigindo decisões também sempre mais refinadas, que são aprimoradas e fortalecidas pelos valores e vibrações da corrente iniciática a que estivermos ligados no trajeto até a liberdade.Essas provas, das menores às maiores, sempre nos apresentam a opção de dois caminhos, como uma polaridade divina necessária, metafísica, evidentemente preservando nosso livre arbítrio. Mas isso todos nós já sabemos razoavelmente bem.

O que difere esta concepção das demais é a constatação de que uma sequência de caminhos adotados equivocadamente, os chamados caminhos de esquerda – das paixões e intransigências – ilusórios e mais fáceis, pode nos levar à perda irreparável de valores edificantes, arremessando-nos irremediavelmente, perdidos, para dentro do velho e dantesco labirinto, em cujo portal está a sentença: “lasciate ogne speranza, voi ch’entrate[14]”. Para evitar isso, é necessário fortalecer nosso Hu interior para que ele nos guie à senda da luz.Essa dicotomia, entendida como instrumento de evolução, nos é transmitida pela sagrada iniciação e nos oferece um ciclo específico de experiências que precisamos viver e vencer para aprender como chegar ao reino dos céus conscientemente… entrar, enfim, num próximo ciclo por opção própria, jamais por intermediação de terceiros nas nossas relações com Deus.Assim, a partir dessa divina dualidade, e segundo decisão pessoal inarredável, podemos construir nossas próprias pontes, saltando o abismo da morte definitiva, o labirinto onde poderemos ficar irremediavelmente presos, deixando no lugar de partida tudo o que já não se preste ao progresso ou que deva ser descartado para, quem sabe, aproveitamento em outro estado de evolução.Entretanto, essa polaridade, inevitável, parece claro, nos oferece a salvação -gradativamente, em cada etapa do trabalho para a evolução da consciência – para nos tornarmos heróis de nós mesmos, verdadeiros Hércules, vencedores de todos os difíceis trabalhos que irremediavelmente se sucedem e precisam ser vencidos, como condição “sine qua non” para termos o direito de vivenciar o novo ciclo, como Hiram, que a cada nova volta do sol – ele próprio – percorre[15] as 12 colunas de vivências indispensáveis e conquista o direito de renascer para uma nova luz, sem que ela o cegue.Será que é isso mesmo?! Ou isso é apenas o caminho de aproveitamento das energias que contemos, e que a verdadeira Maçonaria nos propõe, mas que, por não entendermos direito, desperdiçamos pela estrada da vida apaixonada, onde prevalecem as ilusões dos sentidos. “Chi lo sa?[16]”Em resumo, é possível aceitar a mortalidade da alma humana que não alcança os níveis mínimos de consciência para o novo ciclo, nesta vida ou em futuras. Mas, destaque-se, faz-se referência aqui à alma universal – “mahatma” – que registra, para aproveitamento futuro, as experiências de todos que conquistam o direito de entrar na barca da salvação.Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma. Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 35: A palavra huzzé  origem e significado

O que difere esta concepção das demais é a constatação de que uma sequência de caminhos adotados equivocadamente, os chamados caminhos de esquerda – das paixões e intransigências – ilusórios e mais fáceis, pode nos levar à perda irreparável de valores edificantes, arremessando-nos irremediavelmente, perdidos, para dentro do velho e dantesco labirinto, em cujo portal está a sentença: “lasciate ogne speranza, voi ch’entrate[14]”. Para evitar isso, é necessário fortalecer nosso Hu interior para que ele nos guie à senda da luz.

Essa dicotomia, entendida como instrumento de evolução, nos é transmitida pela sagrada iniciação e nos oferece um ciclo específico de experiências que precisamos viver e vencer para aprender como chegar ao reino dos céus conscientemente… entrar, enfim, num próximo ciclo por opção própria, jamais por intermediação de terceiros nas nossas relações com Deus.Assim, a partir dessa divina dualidade, e segundo decisão pessoal inarredável, podemos construir nossas próprias pontes, saltando o abismo da morte definitiva, o labirinto onde poderemos ficar irremediavelmente presos, deixando no lugar de partida tudo o que já não se preste ao progresso ou que deva ser descartado para, quem sabe, aproveitamento em outro estado de evolução.Entretanto, essa polaridade, inevitável, parece claro, nos oferece a salvação -gradativamente, em cada etapa do trabalho para a evolução da consciência – para nos tornarmos heróis de nós mesmos, verdadeiros Hércules, vencedores de todos os difíceis trabalhos que irremediavelmente se sucedem e precisam ser vencidos, como condição “sine qua non” para termos o direito de vivenciar o novo ciclo, como Hiram, que a cada nova volta do sol – ele próprio – percorre[15] as 12 colunas de vivências indispensáveis e conquista o direito de renascer para uma nova luz, sem que ela o cegue.Será que é isso mesmo?! Ou isso é apenas o caminho de aproveitamento das energias que contemos, e que a verdadeira Maçonaria nos propõe, mas que, por não entendermos direito, desperdiçamos pela estrada da vida apaixonada, onde prevalecem as ilusões dos sentidos. “Chi lo sa?[16]”Em resumo, é possível aceitar a mortalidade da alma humana que não alcança os níveis mínimos de consciência para o novo ciclo, nesta vida ou em futuras. Mas, destaque-se, faz-se referência aqui à alma universal – “mahatma” – que registra, para aproveitamento futuro, as experiências de todos que conquistam o direito de entrar na barca da salvação.Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma. Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 36: A palavra huzzé  origem e significado

Essa dicotomia, entendida como instrumento de evolução, nos é transmitida pela sagrada iniciação e nos oferece um ciclo específico de experiências que precisamos viver e vencer para aprender como chegar ao reino dos céus conscientemente… entrar, enfim, num próximo ciclo por opção própria, jamais por intermediação de terceiros nas nossas relações com Deus.Assim, a partir dessa divina dualidade, e segundo decisão pessoal inarredável, podemos construir nossas próprias pontes, saltando o abismo da morte definitiva, o labirinto onde poderemos ficar irremediavelmente presos, deixando no lugar de partida tudo o que já não se preste ao progresso ou que deva ser descartado para, quem sabe, aproveitamento em outro estado de evolução.

Entretanto, essa polaridade, inevitável, parece claro, nos oferece a salvação -gradativamente, em cada etapa do trabalho para a evolução da consciência – para nos tornarmos heróis de nós mesmos, verdadeiros Hércules, vencedores de todos os difíceis trabalhos que irremediavelmente se sucedem e precisam ser vencidos, como condição “sine qua non” para termos o direito de vivenciar o novo ciclo, como Hiram, que a cada nova volta do sol – ele próprio – percorre[15] as 12 colunas de vivências indispensáveis e conquista o direito de renascer para uma nova luz, sem que ela o cegue.Será que é isso mesmo?! Ou isso é apenas o caminho de aproveitamento das energias que contemos, e que a verdadeira Maçonaria nos propõe, mas que, por não entendermos direito, desperdiçamos pela estrada da vida apaixonada, onde prevalecem as ilusões dos sentidos. “Chi lo sa?[16]”Em resumo, é possível aceitar a mortalidade da alma humana que não alcança os níveis mínimos de consciência para o novo ciclo, nesta vida ou em futuras. Mas, destaque-se, faz-se referência aqui à alma universal – “mahatma” – que registra, para aproveitamento futuro, as experiências de todos que conquistam o direito de entrar na barca da salvação.Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma. Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 37: A palavra huzzé  origem e significado

Entretanto, essa polaridade, inevitável, parece claro, nos oferece a salvação -gradativamente, em cada etapa do trabalho para a evolução da consciência – para nos tornarmos heróis de nós mesmos, verdadeiros Hércules, vencedores de todos os difíceis trabalhos que irremediavelmente se sucedem e precisam ser vencidos, como condição “sine qua non” para termos o direito de vivenciar o novo ciclo, como Hiram, que a cada nova volta do sol – ele próprio – percorre[15] as 12 colunas de vivências indispensáveis e conquista o direito de renascer para uma nova luz, sem que ela o cegue.Será que é isso mesmo?!

Ou isso é apenas o caminho de aproveitamento das energias que contemos, e que a verdadeira Maçonaria nos propõe, mas que, por não entendermos direito, desperdiçamos pela estrada da vida apaixonada, onde prevalecem as ilusões dos sentidos. “Chi lo sa?[16]”Em resumo, é possível aceitar a mortalidade da alma humana que não alcança os níveis mínimos de consciência para o novo ciclo, nesta vida ou em futuras. Mas, destaque-se, faz-se referência aqui à alma universal – “mahatma” – que registra, para aproveitamento futuro, as experiências de todos que conquistam o direito de entrar na barca da salvação.Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma. Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 38: A palavra huzzé  origem e significado

Ou isso é apenas o caminho de aproveitamento das energias que contemos, e que a verdadeira Maçonaria nos propõe, mas que, por não entendermos direito, desperdiçamos pela estrada da vida apaixonada, onde prevalecem as ilusões dos sentidos. “Chi lo sa?[16]”Em resumo, é possível aceitar a mortalidade da alma humana que não alcança os níveis mínimos de consciência para o novo ciclo, nesta vida ou em futuras. Mas, destaque-se, faz-se referência aqui à alma universal – “mahatma” – que registra, para aproveitamento futuro, as experiências de todos que conquistam o direito de entrar na barca da salvação.

Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma. Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 39: A palavra huzzé  origem e significado

Disso tudo, evidencia-se a necessidade de conhecer, pelo menos em linhas gerais, “a constituição oculta do homem”, antes estudada nos excelsos colégios iniciáticos, ora levemente citada e simbolizada no avental maçônico.Mas, ainda assim, os mistérios do pós-vida permanecerão.Coincidentemente, o mito da Barca de Ra faz lembrar também os relatos daqueles que passaram por experiências de quase-morte: o túnel, a escuridão inicial, a luz magnífica, tangível, envolvente. Depois, a paz indizível, o encontro com entes queridos, a doce alegria, a ternura do amor.Alguns cientistas defendem que estas impressões são apenas decorrência da privação de oxigênio ou da liberação de endorfinas em casos de trauma.

Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 40: A palavra huzzé  origem e significado

Quem sabe? Se for assim, todos nós, quando chegar a hora, usufruiremos de sensações similares.Pelo sim, pelo não, já não tenho dúvidas sobre o que fazer e dizer quando chegar lá. Levantarei meus olhos e, com o coração tomado pela gratidão, exclamarei tão alto quanto possa: Huzzé! Huzzé! Huzzé! … e me deixarei levar pela divina luz!

Page 41: A palavra huzzé  origem e significado

NOTAS:[1] A maioria das civilizações desenvolveu mitos solares, que são aqueles que, como o nome indica, usam figurativamente o ciclo do pôr e nascer do sol como uma metáfora para a existência. Eles contam histórias de deuses ou heróis, mostrando que foram capazes não só de vencer seus desafios em vida, mas também de triunfar sobre a morte. As lendas de Horus, Odin, Mithra, Prometeu,Thor, Osíris e muitas outras são consideradas mitos solares. Na maçonaria, a lenda de Hiram é, por excelência, um relato solar.[2] Imagine-se o terror e o desespero das pessoas quando ocorria um eclipse solar.[3] Pronuncia-se também sei, esia e esie.[4] Apófis, para os gregos.

[5] Passagem do Livro para derrotar Apep, compilado por egiptólogos.[6] Na sua tentativa de convencer Ma’at, a deusa da justiça, de que é merecedor de outra vida, o morto diz: “eu realizei as cerimônias de Hu e Sia”, como prova de ter cumprido obrigações religiosas.[7] Albert Pike, no livro Moral e Dogma, faz menção a essa reverência. Diz ele: “A Acácia genuína, também, é a espinhosa tamareira, a mesma árvore que cresceu em torno do corpo de Osíris. Era uma planta sagrada para os árabes, que dela fizeram o ídolo Al-Uzza, que Maomé destruiu. É um arbusto abundante no Deserto de Thur, e dela foi feita a “coroa de espinhos” que foi colocada na fronte de Jesus de Nazaré. É um tipo de planta que era associada à imortalidade por causa de sua tenacidade em manter-se viva, pois era sabido que, quando colocada como batente de porta, criava raízes novamente e estirava ramos floridos sobre a soleira.”[8] Crôn 27:33 e outros. Em português, Husai se transformou em Osias. Pode ser que o nome derive de Hu Sia, mas não há qualquer indício que possibilite esta conclusão.[9] O Livro dos Esplendores, obra cabalística hebraica surgida na Espanha, por volta de 1.280 d.C..[10] O mesmo dicionário sugere a possibilidade de que huzza seja proveniente da mesma raiz que hoist = içar. Parece pouco provável, mas mesmo isso não descarta a hipótese de que Hu e Sia tenham dado origem às duas palavras.[11] Sabemos que as mitologias grega e romana, que são muito bem documentadas, incorporaram inúmeros deuses e deusas originalmente egípcios.[12] The mob with three huzzas conclude, no original. É preciso lembrar que, neste caso, a palavra huzza pode estar sendo usada como sinônimo de saudação ou exclamação.[13] O ritual de 1804, em linhas gerais, reproduz os procedimentos praticados pelos maçons da Grande Loja dos “antigos” de Londres.[14] Abandonem toda a esperança, vós que estais aqui![15] Na visão geocêntrica, adotada pela Ordem.[16] Quem sabe? em italiano. BibliografiaHARRIS, J. R., Boanerges, University Press, Cambridge, EUA, 1913.MACKEY, A. G., Encyclopedia of Freemasonry and its Kindred Sciences, The Masonic History Company, London, UK,1914MCCLENACHAN, C. T., The Book of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Masonic Publishing Co., New York, 1884BOTTANI, A, CARRARA, M. e GIARETTA P., Individuals, Essence and Identity: Themes of Analytic Metaphysics, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The Netherlands, 2002POE, M., Ancient Egyptian Metaphysics, http://www.sacred-texts.com/bos/bos446.htmGONZALEZ-WIPPLER, M., The Complete Book of Spells, Ceremonies and Magic, Llewellyn Publications, St. Paul, MN, EUA, 2004VAN DEN DUNGEN, W., The Royal Ritual of Rebirth & Illumination, http://pt.scribd.com/doc/154258722/1-The-Pyramid-Text-of-UNAS-wim-Van-Den-Dungen-2007-68pCASTEL, E., Gran Diccionario de Mitología Egipcia, Editorial Aldebarán, Madrid, Espanha, 2001BUDGE, E. A. W. (trad.), Papirus of Ani – Egyptian Book of the Dead, Dover Publications, EUA,1967PINCH, G., Magic in Ancient Egypt, British Museum Press, London, UK, 1994Britannica Encyclopedia of World Religions, Encyclopædia Britannica, Inc., Chicago, EUA, 1999Rite Ecossais Ancien & Accepté – Guide des Maçons Écossais, Pesquisa e Tradução: Oficina de Restauração do Rito Escocês Antigo e Aceito, Porto Alegre, BrasilThe Oxford English Dictionary, Clarendon Press, Oxford, UK, 2013

Page 42: A palavra huzzé  origem e significado

[5] Passagem do Livro para derrotar Apep, compilado por egiptólogos.[6] Na sua tentativa de convencer Ma’at, a deusa da justiça, de que é merecedor de outra vida, o morto diz: “eu realizei as cerimônias de Hu e Sia”, como prova de ter cumprido obrigações religiosas.[7] Albert Pike, no livro Moral e Dogma, faz menção a essa reverência. Diz ele: “A Acácia genuína, também, é a espinhosa tamareira, a mesma árvore que cresceu em torno do corpo de Osíris. Era uma planta sagrada para os árabes, que dela fizeram o ídolo Al-Uzza, que Maomé destruiu. É um arbusto abundante no Deserto de Thur, e dela foi feita a “coroa de espinhos” que foi colocada na fronte de Jesus de Nazaré.

É um tipo de planta que era associada à imortalidade por causa de sua tenacidade em manter-se viva, pois era sabido que, quando colocada como batente de porta, criava raízes novamente e estirava ramos floridos sobre a soleira.”[8] Crôn 27:33 e outros. Em português, Husai se transformou em Osias. Pode ser que o nome derive de Hu Sia, mas não há qualquer indício que possibilite esta conclusão.[9] O Livro dos Esplendores, obra cabalística hebraica surgida na Espanha, por volta de 1.280 d.C..[10] O mesmo dicionário sugere a possibilidade de que huzza seja proveniente da mesma raiz que hoist = içar. Parece pouco provável, mas mesmo isso não descarta a hipótese de que Hu e Sia tenham dado origem às duas palavras.[11] Sabemos que as mitologias grega e romana, que são muito bem documentadas, incorporaram inúmeros deuses e deusas originalmente egípcios.[12] The mob with three huzzas conclude, no original. É preciso lembrar que, neste caso, a palavra huzza pode estar sendo usada como sinônimo de saudação ou exclamação.[13] O ritual de 1804, em linhas gerais, reproduz os procedimentos praticados pelos maçons da Grande Loja dos “antigos” de Londres.[14] Abandonem toda a esperança, vós que estais aqui![15] Na visão geocêntrica, adotada pela Ordem.[16] Quem sabe? em italiano. BibliografiaHARRIS, J. R., Boanerges, University Press, Cambridge, EUA, 1913.MACKEY, A. G., Encyclopedia of Freemasonry and its Kindred Sciences, The Masonic History Company, London, UK,1914MCCLENACHAN, C. T., The Book of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Masonic Publishing Co., New York, 1884BOTTANI, A, CARRARA, M. e GIARETTA P., Individuals, Essence and Identity: Themes of Analytic Metaphysics, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The Netherlands, 2002POE, M., Ancient Egyptian Metaphysics, http://www.sacred-texts.com/bos/bos446.htmGONZALEZ-WIPPLER, M., The Complete Book of Spells, Ceremonies and Magic, Llewellyn Publications, St. Paul, MN, EUA, 2004VAN DEN DUNGEN, W., The Royal Ritual of Rebirth & Illumination, http://pt.scribd.com/doc/154258722/1-The-Pyramid-Text-of-UNAS-wim-Van-Den-Dungen-2007-68pCASTEL, E., Gran Diccionario de Mitología Egipcia, Editorial Aldebarán, Madrid, Espanha, 2001BUDGE, E. A. W. (trad.), Papirus of Ani – Egyptian Book of the Dead, Dover Publications, EUA,1967PINCH, G., Magic in Ancient Egypt, British Museum Press, London, UK, 1994Britannica Encyclopedia of World Religions, Encyclopædia Britannica, Inc., Chicago, EUA, 1999Rite Ecossais Ancien & Accepté – Guide des Maçons Écossais, Pesquisa e Tradução: Oficina de Restauração do Rito Escocês Antigo e Aceito, Porto Alegre, BrasilThe Oxford English Dictionary, Clarendon Press, Oxford, UK, 2013

Page 43: A palavra huzzé  origem e significado

É um tipo de planta que era associada à imortalidade por causa de sua tenacidade em manter-se viva, pois era sabido que, quando colocada como batente de porta, criava raízes novamente e estirava ramos floridos sobre a soleira.”[8] Crôn 27:33 e outros. Em português, Husai se transformou em Osias. Pode ser que o nome derive de Hu Sia, mas não há qualquer indício que possibilite esta conclusão.[9] O Livro dos Esplendores, obra cabalística hebraica surgida na Espanha, por volta de 1.280 d.C..[10] O mesmo dicionário sugere a possibilidade de que huzza seja proveniente da mesma raiz que hoist = içar. Parece pouco provável, mas mesmo isso não descarta a hipótese de que Hu e Sia tenham dado origem às duas palavras.

[11] Sabemos que as mitologias grega e romana, que são muito bem documentadas, incorporaram inúmeros deuses e deusas originalmente egípcios.[12] The mob with three huzzas conclude, no original. É preciso lembrar que, neste caso, a palavra huzza pode estar sendo usada como sinônimo de saudação ou exclamação.[13] O ritual de 1804, em linhas gerais, reproduz os procedimentos praticados pelos maçons da Grande Loja dos “antigos” de Londres.[14] Abandonem toda a esperança, vós que estais aqui![15] Na visão geocêntrica, adotada pela Ordem.[16] Quem sabe? em italiano. BibliografiaHARRIS, J. R., Boanerges, University Press, Cambridge, EUA, 1913.MACKEY, A. G., Encyclopedia of Freemasonry and its Kindred Sciences, The Masonic History Company, London, UK,1914MCCLENACHAN, C. T., The Book of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Masonic Publishing Co., New York, 1884BOTTANI, A, CARRARA, M. e GIARETTA P., Individuals, Essence and Identity: Themes of Analytic Metaphysics, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The Netherlands, 2002POE, M., Ancient Egyptian Metaphysics, http://www.sacred-texts.com/bos/bos446.htmGONZALEZ-WIPPLER, M., The Complete Book of Spells, Ceremonies and Magic, Llewellyn Publications, St. Paul, MN, EUA, 2004VAN DEN DUNGEN, W., The Royal Ritual of Rebirth & Illumination, http://pt.scribd.com/doc/154258722/1-The-Pyramid-Text-of-UNAS-wim-Van-Den-Dungen-2007-68pCASTEL, E., Gran Diccionario de Mitología Egipcia, Editorial Aldebarán, Madrid, Espanha, 2001BUDGE, E. A. W. (trad.), Papirus of Ani – Egyptian Book of the Dead, Dover Publications, EUA,1967PINCH, G., Magic in Ancient Egypt, British Museum Press, London, UK, 1994Britannica Encyclopedia of World Religions, Encyclopædia Britannica, Inc., Chicago, EUA, 1999Rite Ecossais Ancien & Accepté – Guide des Maçons Écossais, Pesquisa e Tradução: Oficina de Restauração do Rito Escocês Antigo e Aceito, Porto Alegre, BrasilThe Oxford English Dictionary, Clarendon Press, Oxford, UK, 2013

Page 44: A palavra huzzé  origem e significado

[11] Sabemos que as mitologias grega e romana, que são muito bem documentadas, incorporaram inúmeros deuses e deusas originalmente egípcios.[12] The mob with three huzzas conclude, no original. É preciso lembrar que, neste caso, a palavra huzza pode estar sendo usada como sinônimo de saudação ou exclamação.[13] O ritual de 1804, em linhas gerais, reproduz os procedimentos praticados pelos maçons da Grande Loja dos “antigos” de Londres.[14] Abandonem toda a esperança, vós que estais aqui![15] Na visão geocêntrica, adotada pela Ordem.[16] Quem sabe? em italiano. BibliografiaHARRIS, J. R., Boanerges, University Press, Cambridge, EUA, 1913.MACKEY, A. G., Encyclopedia of Freemasonry and its Kindred Sciences, The Masonic History Company, London, UK,1914MCCLENACHAN, C. T., The Book of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Masonic Publishing Co., New York, 1884BOTTANI, A, CARRARA, M. e GIARETTA P., Individuals, Essence and Identity: Themes of Analytic Metaphysics, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The Netherlands, 2002POE, M., Ancient Egyptian Metaphysics, http://www.sacred-texts.com/bos/bos446.htmGONZALEZ-WIPPLER, M., The Complete Book of Spells, Ceremonies and Magic, Llewellyn Publications, St. Paul, MN, EUA, 2004VAN DEN DUNGEN, W., The Royal Ritual of Rebirth & Illumination, http://pt.scribd.com/doc/154258722/1-The-Pyramid-Text-of-UNAS-wim-Van-Den-Dungen-2007-68pCASTEL, E., Gran Diccionario de Mitología Egipcia, Editorial Aldebarán, Madrid, Espanha, 2001BUDGE, E. A. W. (trad.), Papirus of Ani – Egyptian Book of the Dead, Dover Publications, EUA,1967PINCH, G., Magic in Ancient Egypt, British Museum Press, London, UK, 1994Britannica Encyclopedia of World Religions, Encyclopædia Britannica, Inc., Chicago, EUA, 1999Rite Ecossais Ancien & Accepté – Guide des Maçons Écossais, Pesquisa e Tradução: Oficina de Restauração do Rito Escocês Antigo e Aceito, Porto Alegre, BrasilThe Oxford English Dictionary, Clarendon Press, Oxford, UK, 2013

Page 45: A palavra huzzé  origem e significado

BibliografiaHARRIS, J. R., Boanerges, University Press, Cambridge, EUA, 1913.MACKEY, A. G., Encyclopedia of Freemasonry and its Kindred Sciences, The Masonic History Company, London, UK,1914MCCLENACHAN, C. T., The Book of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Masonic Publishing Co., New York, 1884BOTTANI, A, CARRARA, M. e GIARETTA P., Individuals, Essence and Identity: Themes of Analytic Metaphysics, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The Netherlands, 2002POE, M., Ancient Egyptian Metaphysics, http://www.sacred-texts.com/bos/bos446.htmGONZALEZ-WIPPLER, M., The Complete Book of Spells, Ceremonies and Magic, Llewellyn Publications, St. Paul, MN, EUA, 2004VAN DEN DUNGEN, W., The Royal Ritual of Rebirth & Illumination, http://pt.scribd.com/doc/154258722/1-The-Pyramid-Text-of-UNAS-wim-Van-Den-Dungen-2007-68pCASTEL, E., Gran Diccionario de Mitología Egipcia, Editorial Aldebarán, Madrid, Espanha, 2001BUDGE, E. A. W. (trad.), Papirus of Ani – Egyptian Book of the Dead, Dover Publications, EUA,1967PINCH, G., Magic in Ancient Egypt, British Museum Press, London, UK, 1994Britannica Encyclopedia of World Religions, Encyclopædia Britannica, Inc., Chicago, EUA, 1999Rite Ecossais Ancien & Accepté – Guide des Maçons Écossais, Pesquisa e Tradução: Oficina de Restauração do Rito Escocês Antigo e Aceito, Porto Alegre, BrasilThe Oxford English Dictionary, Clarendon Press, Oxford, UK, 2013

Page 46: A palavra huzzé  origem e significado

GONZALEZ-WIPPLER, M., The Complete Book of Spells, Ceremonies and Magic, Llewellyn Publications, St. Paul, MN, EUA, 2004VAN DEN DUNGEN, W., The Royal Ritual of Rebirth & Illumination, http://pt.scribd.com/doc/154258722/1-The-Pyramid-Text-of-UNAS-wim-Van-Den-Dungen-2007-68pCASTEL, E., Gran Diccionario de Mitología Egipcia, Editorial Aldebarán, Madrid, Espanha, 2001BUDGE, E. A. W. (trad.), Papirus of Ani – Egyptian Book of the Dead, Dover Publications, EUA,1967PINCH, G., Magic in Ancient Egypt, British Museum Press, London, UK, 1994Britannica Encyclopedia of World Religions, Encyclopædia Britannica, Inc., Chicago, EUA, 1999

Rite Ecossais Ancien & Accepté – Guide des Maçons Écossais, Pesquisa e Tradução: Oficina de Restauração do Rito Escocês Antigo e Aceito, Porto Alegre, BrasilThe Oxford English Dictionary, Clarendon Press, Oxford, UK, 2013

Page 47: A palavra huzzé  origem e significado

Rite Ecossais Ancien & Accepté – Guide des Maçons Écossais, Pesquisa e Tradução: Oficina de Restauração do Rito Escocês Antigo e Aceito, Porto Alegre, BrasilThe Oxford English Dictionary, Clarendon Press, Oxford, UK, 2013

Page 48: A palavra huzzé  origem e significado

Palavra - Definição• A Palavra é:

–Som ou um símbolo, com um ou mais significados, que expressa vontade e entendimento.

–Estabelece relações humanas e acontecimentos (positivos e negativos).

Page 49: A palavra huzzé  origem e significado

PalavraProcesso de Construção

• É formada através do processo lógico entre:– Raciocínio,– Conceitos e– Sentimentos.

Page 50: A palavra huzzé  origem e significado

PalavraProcesso de Construção

• Podemos afirmar que a Palavra tem como característica:– A Criação.– A tangibilidade da idéia.– A formação da:

• Cultura e• Conhecimento.

Page 51: A palavra huzzé  origem e significado

PalavraPrincipais Pilares

• Este Processo de Construção deve primar pela:– Reflexão,– Consciência

plena e– Responsabilidad

e.

Page 52: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra Huzé• A palavra HUZÉ tem

origem hebraica, embora em árabe seja pronunciada “HUZZA.

• Para os antigos árabes ‘HUZZA” era o nome dado a uma espécie de acácia consagrada ao sol, como símbolo da imortalidade.

Page 53: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra Huzé• Sua tradução significa força

e vigor, palavras simbólicas que fazem parte da tríplice saudação feita na Cadeia de União: Saúde, Força e Vigor.

• Na Inglaterra a aclamação “HUZÉ” tem a pronúncia UZEI, tomada do verbo TO HUZZA (aclamação) como sentido “viva o rei”.

Page 54: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzéMaçonaria - Significados

• Pequeno Vademecum Maçônico (Ir.´. EchLemos):– Houzé – Grito de alegria dos maçons do

rito escocês.• Dicionário de Maçonaria (Ir.´. Gervasio de

Figueiredo):– Houzé – Grito de aclamação do

maçon escocês.• Dicionário Maçônico (Ir.´. Rizzardo

daCamino):– Huzzé é apresentado como uma corruptela

de HUZZA, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”.

Page 55: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzéPronúncia

• Deve-se pronunciar “HUZÉ”, tendo a sensação de estar passando do escuro da noite para o alaranjado da manhã, da dúvida para a certeza, da angústia para serenidade.

Page 56: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzéPronúncia

• Deve ser clamada com um sopro forte, quase gritado, em dois sons, a fim de que se conserve todo efeito esotérico desta saudação.

• Exprime a idéia de que Deus é sabedoria, força e beleza.

Page 57: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzéUtilização em Loja

• O valor do HUZÉ está no som, a energia provocada elimina as vibrações negativas.

• Essa exclamação prepara o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo pelos IIr.´.

Page 58: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzéUtilização em Loja

• Quando em Loja, surgirem discussões ásperas e o V.´.M.´. receiar-se que o ambiente posssa ser ‘perturbado” suspenderá os trabalhos, e comandará a expressão HUZÉ, de forma tríplice, reiniciando os trabalhos, o ambiente será outro, ameno e harmônico.

Page 59: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzéUtilização em Loja

• Ao término dos trabalhos é exclamado para “aliviar” as tensões surgidas.

• Toda liturgia maçônica compreende os aspectos místicos, físicos e psíquicos.

Page 60: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzzeAplicabilidade em Vida

• O HUZÉ que provoca a expulsão do ar impuro, substituído pelo “Prana” que se forma no Templo, harmoniza o ambiente.

• Deve o Maçom exclamar o HUZÉ, de forma conscientemente para obter os bons resultados, portanto deve ser aprendida e ensinada, para que possas ser exercitada com Sabedoria Força e Beleza.

Page 61: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzzeAplicabilidade em Vida

• Na Maçonaria, quem grita HUZÉ retira de si o peso da agonia, da ansiedade e do medo.

• Após a aclamação o Maçom liberta-se de todas as pressões e poderá com muita tranqüilidade participar dos trabalhos.

Page 62: A palavra huzzé  origem e significado

A Palavra HuzéConclusão

• As Palavras possuemEnergia.

• E pelo treino podemos concentrar a energia onde desejamos.

• Pelo poder do Huzé, podemos aumentar nossa auto-confiança.

Page 63: A palavra huzzé  origem e significado

ARBLS “Colunas em Progresso” Irm Roberto Lico – MM

Or de Guaratinguetá - SP GOSP - GOB

[email protected]