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A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 1
A NBC TA 200 é a “mãe das demais normas de auditoria das
demonstrações contábeis” e que define o alcance e a autoridade das demais
normas. A NBC TA 200 define os objetivos gerais do auditor.
OBJETIVO DA AUDITORIA
Nos termos da NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários e esse
objetivo é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
Para deixar bem claro o que significa esse objetivo e o processo de
auditoria contábil, vamos abordar alguns aspectos dessa definição:
Aumentar o grau de confiança A opinião profissional e independente
do auditor sobre as demonstrações contábeis é que aumenta a confiança e a
credibilidade sobre as mesmas. Assim, usuários de demonstrações contábeis
beneficiam-se da segurança, trazida pela auditoria, de que elas não contêm
distorções relevantes.
Por parte dos usuários São muitos os usuários das demonstrações
acompanhadas da opinião do auditor, como, por exemplo, os acionistas
investidores, o conselho de administração, o comitê de auditoria, a diretoria da
empresa, o fisco e o mercado em geral. É por isso que se diz que o auditor
independente assume uma responsabilidade de ordem pública.
Expressão de opinião A auditoria conduzida em conformidade com as
normas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar a
opinião sobre as demonstrações. O auditor busca evidências suficientes e
adequadas que lhe dê segurança razoável sobre se as demonstrações estão
livres de distorções relevantes. A opinião será expressa mediante relatório de
auditoria em forma de parecer, a ser publicado em conjunto com as
demonstrações contábeis.
Em todos os aspectos relevantes A relevância (ou materialidade)
constitui aspecto fundamental em auditoria contábil. O conceito reconhece que
algumas questões contábeis são importantes para uma apresentação adequada
das demonstrações contábeis, e outras, não. Portanto, mediante julgamento
profissional, o auditor define o que é relevante para as demonstrações e o que
siginificaria uma distorção capaz de influenciar as decisões econômicas de um
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usuário das demonstrações. Nesse sentido, o auditor planeja seus exames para
encontrar omissões ou distorções que, individualmente ou em conjunto, sejam
materiais e capazes de prejudicar os usuários.
As normas exigem que o auditor defina a materialidade para as
demonstrações como um todo e também para cada saldo de conta a ser
testada. Nesse sentido, materialidade é um valor mínimo de distorção (por erro
ou fraude) estabelecido pelo auditor a partir do qual ele entende que afeta de
forma relevante as demonstrações e prejudica os usuários, ou seja, a
materialidade refere-se à relevância das distorções agregadas nas
demonstrações contábeis.
Assim, distorções acima do nível ou valor definido são materiais ou
relevantes. Distorções abaixo do valor são toleráveis e não ensejam
modificação no parecer do auditor.
Para compreender melhor o conceito de materialidade das demonstrações
contábeis ou de um saldo contábil, não se deve confundi-lo com o tamanho das
demonstrações ou com o tamanho de um saldo contabilizado. Isso porque uma
conta com saldo muito pequeno pode estar subavaliada (com saldo a menor por
omissão de lançamento) de forma material.
O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na
execução da auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas sobre
a auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis. A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um
todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções
que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um
todo.
Em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório
financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis
pela governança na elaboração das demonstrações contábeis, que é aceitável
em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou
que seja exigida por lei ou regulamento.
Materialidade ou relevância é a magnitude das
distorções existentes em uma demonstração contábil
que prejudica um usuário dessas demonstrações.
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A NBC TA 200 diferencia e define as estruturas de relatório financeiro:
estrutura de apresentação adequada e de conformidade (compliance).
A expressão “estrutura de apresentação adequada” é utilizada para se
referir a uma estrutura de relatório financeiro que exige conformidade com as
exigências dessa estrutura e:
a) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a
apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser
necessário que a administração forneça divulgações além das
especificamente exigidas pela estrutura; ou
b) reconhece explicitamente que pode ser necessário que a
administração se desvie de uma exigência da estrutura para
conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis.
Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em
circunstâncias extremamente raras.
A expressão “estrutura de conformidade” (compliance) é utilizada para se
referir a uma estrutura de relatório financeiro que exija a conformidade com as
exigências dessa estrutura, mas não reconhece os aspectos contidos em (a) e
(b) acima.
A forma da opinião do auditor depende da estrutura de relatório financeiro
aplicável e de lei ou regulamento, que sejam aplicáveis.
Quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de
apresentação adequada, como geralmente ocorre no caso de demonstrações
contábeis para fins gerais, a opinião exigida pelas normas é se as
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os
aspectos relevantes.
Quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de
conformidade (compliance), a opinião exigida é se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura.
Entenderam a diferença entre estrutura de apresentação
adequada e estrutura de conformidade?
A diferença básica é que na de conformidade, não se permite que a
administração faça divulgações adicionais além das exigidas na estrutura e a
administração deixe de cumprir excepcionalmente uma determinada exigência.
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Essa flexibilidade existe na estrutura de apresentação adequada, como na
maioria das empresas que aplicam as normas e práticas contábeis publicadas
pelo CFC ou pelo Comitê de Pronunciamento Contábil - CPC e publicam Balanço
Patrimonial, Demonstração de Resultado, Fluxo de Caixa, Mutações do
Patrimônio Líquido e as Notas Explicativas.
ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO
ADEQUADA
ESTRUTURA DE
CONFORMIDADE
- Permite divulgações adicionais
(flexível).
- Opinião do auditor se as
Demonstrações contábeis foram
apresentadas adequadamente.
- Não reconhece a necessidade de
divulgações além das exigidas na
estrutura.
- Opinião do auditor se as DC
foram elaboradas em
conformidade com a estrutura.
RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO E DO AUDITOR
As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade,
elaboradas pela sua administração, com supervisão geral dos responsáveis pela
governança.
As normas de auditoria independente não impõem responsabilidades à
administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõem às leis
e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Por óbvio, as
normas de auditoria são dirigidas aos auditores e não à administração e
ao conselho de administração.
Contudo, a auditoria é conduzida com base na premissa de que a
administração e os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas
responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A
auditoria das demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a
administração ou os responsáveis pela governança.
Que responsabilidades são essas?
Responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável,
incluindo quando relevante sua apresentação adequada;
Responsabilidade pelo tipo de controle interno que como
administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela
governança determinam ser necessário para permitir a elaboração
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de demonstrações contábeis que estejam livres de distorção
relevante devido a fraude ou erro; e
Responsabilidade por fornecer ao auditor:
a) acesso a todas as informações, as quais a administração e,
quando apropriado, aqueles responsáveis pela governança
tenham conhecimento, que sejam relevantes para a elaboração e
apresentação das demonstrações contábeis; tais como registros e
documentação, e outros assuntos;
b) informações adicionais que o auditor possa solicitar da
administração e, quando adequado, dos responsáveis pela
governança para a finalidade da auditoria; e
c) acesso irrestrito às pessoas da entidade das quais o auditor
determine ser necessário obter evidências de auditoria.
Aqueles que estão iniciando o estudo da auditoria podem estar se
perguntando: Afinal, quem são os responsáveis pela governança?
Nos termos da NBC TA 200, responsável pela governança é a pessoa
ou organização com a responsabilidade de supervisionar de forma geral a
direção estratégica da entidade e obrigações relacionadas com a
responsabilidade da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de
relatório financeiro.
Nas grandes empresas, existem os responsáveis pela gestão (diretoria) e
os responsáveis pela governança (conselho de administração, por exemplo). Os
gestores ou diretores conduzem os negócios da empresa e prestam contas,
elaborando as demonstrações contábeis e outros relatórios. Os responsáveis
pela governança definem estratégias e supervisionam e controlam os atos de
gestão. Os responsáveis pela governança assumem uma função mais de
controle, representando o dono da empresa (acionistas e cotistas). É por isso
que muitos afirmam que o Conselho de Administração é o principal agente de
governança nas empresas.
As NBC TAs estabelecem que, geralmente, a administração é responsável
por elaborar as demonstrações e os responsáveis pela governança por
supervisionar essa tarefa. Contudo, em algumas empresas essas funções são
compartilhadas, não havendo separação clara entre administração e
governança. Nesses casos, todos são responsáveis pela elaboração das
demonstrações e implantação e manutenção dos controles.
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A elaboração das demonstrações contábeis, pela administração e, quando
adequado, pelos responsáveis pela governança requer:
• a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável, no contexto
de leis ou regulamentos relevantes.
• a elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com essa
estrutura.
• a inclusão de descrição adequada dessa estrutura nas demonstrações
contábeis.
A elaboração das demonstrações contábeis exige que a administração
exerça julgamento ao fazer estimativas contábeis razoáveis nas circunstâncias,
assim como ao selecionar e ao aplicar políticas contábeis adequadas. Esses
julgamentos são estabelecidos no contexto da estrutura de relatório financeiro
aplicável.
As responsabilidades do auditor independente estão restritas ao seu
objetivo principal de expressar opinião sobre as demonstrações contábeis.
Portanto, deve o auditor aplicar os procedimentos de auditoria, em
cumprimento às normas e à legislação, para obter evidência de auditoria
suficiente e adequada que lhe dê segurança razoável para expressar opinião
sobre as demonstrações financeiras.
Qualquer que seja a estrutura de relatório financeiro adotado pela
entidade, o auditor deve expressar sua opinião sobre as demonstrações no seu
relatório ou parecer, contendo de forma concisa a conclusão se as
demonstrações financeiras foram ou não elaboradas, em todos os seus
aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório que seja aplicável.
Vale notar que a opinião do auditor não fornece qualquer
segurança sobre a viabilidade futura da entidade, nem quanto à
eficiência e eficácia de como são conduzidos os negócios da entidade,
pois esse não é o objetivo da auditoria de demonstrações contábeis.
Uma entidade pode ter seus negócios conduzidos de forma péssima, mas o seu
balanço patrimonial pode espelhar de forma apropriada a péssima posição
patrimonial e financeira e, portanto, a opinião do auditor sobre o balanço não
conterá qualquer ressalva. Portanto, um parecer de auditoria sem ressalvas não
significa um atestado de boa gestão ou garantia de viabilidade futura da
entidade.
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Demonstrações contábeis para fins gerais e para propósitos especiais
As demonstrações contábeis podem ser elaboradas em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro desenhada para satisfazer:
as necessidades de informação financeira comuns de um amplo leque
de usuários (isto é, “demonstrações contábeis para fins gerais”);
ou
as necessidades de informação financeira de usuários específicos
(isto é, “demonstrações contábeis para propósitos especiais”).
As demonstrações financeiras para fins gerais são aquelas exigidas pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovadas pelo CFC e outros
órgãos reguladores, quais sejam o balanço patrimonial e as demonstrações do
resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa,
acompanhadas das respectivas notas explicativas.
São exemplos de demonstrações contábeis para propósitos especiais
demonstrações financeiras elaboradas de acordo com:
a) base de caixa (Demonstração de Recebimentos e Pagamentos de um
condomínio, por exemplo);
b) cláusulas de um contrato em que as partes envolvidas estabelecem os
critérios a serem utilizados;
c) base fiscal para acompanhar a declaração de Imposto de Renda;
d) critérios estabelecidos por uma agência reguladora.
A estrutura de relatório financeiro aplicável muitas vezes abrange normas
de contabilidade estabelecidas por organização normatizadora autorizada ou
reconhecida ou por exigências legislativas ou regulamentares. Em alguns casos,
a estrutura de relatório financeiro pode abranger normas de informação contábil
estabelecidas por organização normatizadora autorizada ou reconhecida e
exigências legislativas ou regulamentares.
Outras fontes podem fornecer orientação sobre a aplicação da estrutura
de relatório financeiro aplicável. Em alguns casos, a estrutura de relatório
financeiro aplicável pode abranger tais fontes ou pode até mesmo consistir
nelas. Tais fontes podem incluir:
• o ambiente legal e ético, incluindo estatutos, regulamentos, veredictos e
obrigações éticas profissionais em relação a assuntos contábeis;
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• interpretações contábeis publicadas de diferente autoridade emitidas por
organizações normatizadoras, profissionais ou reguladoras;
• pontos de vista publicados de diferentes autoridades sobre assuntos
contábeis emergentes, emitidos por organizações normatizadoras, profissionais
ou reguladoras;
• práticas gerais e de indústria amplamente reconhecidas e
prevalecentes; e
• literatura contábil.
Considerações específicas para auditoria de entidades do setor público
Os mandatos de auditoria para auditoria de demonstrações contábeis de
entidade do setor público podem ser mais detalhados do que os de outras
entidades. Como resultado, a premissa relativa às responsabilidades da
administração sobre a qual é conduzida a auditoria das demonstrações
contábeis do setor público pode incluir responsabilidades adicionais, tais como a
responsabilidade pela execução de transações e eventos em conformidade com
a legislação, regulamentação ou outra autoridade.
As NBC TAs são relevantes para trabalhos no setor público. As
responsabilidades do auditor do setor público, porém, podem ser afetadas pelo
contrato de auditoria, ou por obrigações sobre entidades do setor público
decorrentes de lei, regulamento ou outra autoridade (por exemplo, diretrizes
ministeriais, exigências de política governamental ou resoluções do legislativo),
que podem ter um alcance mais amplo do que uma auditoria de demonstrações
contábeis em conformidade com as NBC TAs.
Essas responsabilidades adicionais não são discutidas nas NBC TAs. Elas
podem ser discutidas nos pronunciamentos normatizadores nacionais, ou em
orientação desenvolvida pelas agências de auditoria governamentais.
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR
Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais
do auditor são:
obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis
como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando
assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações
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contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e
apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-
se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as
constatações do auditor.
Outras responsabilidades de comunicação
O relatório (parecer) do auditor sobre as demonstrações contábeis não é o
único “produto” da auditoria. O auditor também pode ter outras
responsabilidades de comunicação e de relatório, perante os usuários, a
administração, os responsáveis pela governança ou partes fora da entidade, a
respeito dos assuntos decorrentes da auditoria.
Essas outras responsabilidades podem ser estabelecidas pelas NBC TAs,
por lei ou regulamento aplicável, como, por exemplo, NBC TA 260 –
Comunicação com os Responsáveis pela Governança, e item 43 da NBC TA 240
que trata da responsabilidade do auditor em relação a fraude, no contexto da
auditoria de demonstrações contábeis.
Entre as questões a serem discutidas e/ou comunicadas à administração e
aos responsáveis pela governança, incluem-se:
Controles internos.
Práticas contábeis importantes.
Estimativas contábeis e julgamentos realizados pela administração.
Ajustes contábeis significativos.
Descobertas de fraudes.
Divergências com a administração.
Dificuldades encontradas na realização da auditoria.
Note que o principal objetivo do auditor é expressar opinião em relatório
sobre a adequação das demonstrações contábeis. Todavia, o auditor pode emitir
outros relatórios, como por exemplo para: apresentar comunicações específicas
aos responsáveis pela governança; comunicar deficiências de controles
internos; comunicar a ocorrência de fraudes etc.
O que significa segurança razoável?
Como base para a opinião do auditor, as normas exigem que ele obtenha
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
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livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou
erro.
Asseguração razoável é um nível elevado de segurança, mas não é um
nível absoluto. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de
auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o
risco de auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante).
Limitação inerente da auditoria
Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de
auditoria. Como vimos antes, o auditor não é obrigado e não pode reduzir o
risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de
que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido à
fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como
resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor
obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas
(convincentes) ao invés de conclusivas.
As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da:
natureza das informações contábeis;
natureza dos procedimentos de auditoria; e
necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período
de tempo razoável e a um custo razoável.
Limitações decorrentes da natureza das informações contábeis
• Existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não
fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que
tenham sido solicitadas pelo auditor. Portanto, o auditor não pode ter
certeza da integridade da informação, embora tenha executado os
procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as
informações relevantes foram obtidas.
Limitações decorrentes da natureza dos procedimentos de auditoria
• A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente
organizados para sua ocultação. Portanto, os procedimentos de
auditoria aplicados para coletar evidências de auditoria podem ser
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ineficazes para a detecção de distorção relevante que envolva, por
exemplo, conluio para a falsificação de documentação que possa fazer o
auditor acreditar que a evidência de auditoria é válida quando ela não
é. O auditor não é treinado nem obrigado a ser especialista na
verificação de autenticidade de documentos.
• A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de
busca, que podem ser necessários para tal investigação.
Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco
inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis
não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e
executada em conformidade com as normas de auditoria. Portanto, descoberta
posterior de uma distorção relevante das demonstrações contábeis, resultante
de fraude ou erro, não indica por si só, uma falha na condução de uma
auditoria em conformidade com as normas de auditoria.
Contudo, os limites inerentes de uma auditoria não são justificativas para
que o auditor se satisfaça com evidências de auditoria menos que persuasivas
(convincentes). Se o auditor executou ou não uma auditoria em conformidade
com as normas de auditoria é determinado pelos procedimentos de auditoria
executados nas circunstâncias, a suficiência e adequação das evidências de
auditoria obtidas como resultado desses procedimentos e a adequação do
relatório do auditor com base na avaliação dessas evidências considerando os
objetivos gerais do auditor.
E quando o auditor não consegue obter segurança razoável para
opinar sobre as demonstrações contábeis?
Nesse caso, a NBC TA 200 estabelece que, quando a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para
atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor deve
abster-se de emitir sua opinião ou renunciar ao trabalho, quando a
renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.
Portanto, diante de uma limitação no trabalho ou ausência de evidência e,
por consequência, de segurança razoável, o auditor tem três saídas:
1ª - Se a limitação é relevante, mas não generalizada, o auditor pode
optar pela opinião com ressalva em seu relatório;
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2ª - Se a ressalva for insuficiente nas circunstâncias para atender aos
usuários, o auditor deve optar pela abstenção de opinião em seu relatório;
3ª - Se é muito grave a limitação e o auditor conclui que não existe
segurança para continuar o trabalho, ele pode renunciar, caso a renúncia seja
possível e permitida por lei ou regulamento.
O que são evidências de auditoria?
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de
auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às
demonstrações contábeis e outras informações.
Portanto, as evidências constituem todos os meios de prova obtidos pelo
auditor para ajudá-lo a formar uma base razoável para emissão de opinião
sobre as demonstrações contábeis que estão sendo auditadas.
Em geral, mais evidência é necessária para contas que são materiais para
as demonstrações contábeis do que para contas que não são. No mesmo
sentido, mais evidência será necessária para contas que apresentam maior risco
de distorções relevantes.
A suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da
evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também
pela qualidade de tal evidência.
A adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da
evidência de auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento
de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor.
O que é uma distorção?
Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a
divulgação de uma demonstração contábil relatada (divulgada nas
demonstrações) e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é
exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
Portanto, pode envolver o registro de uma operação por valor inadequado,
um erro de classificação ou uma falha na divulgação de informação em Nota
Explicativa, por exemplo.
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As distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor
expressa uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as distorções também
incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no
julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis
estejam apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes.
RISCO DE AUDITORIA
O risco de auditoria é a probabilidade de que o auditor emita uma
opinião inadequada sobre um objeto que contém distorções ou irregularidades
relevantes. Ou seja, é o risco do auditor contábil emitir opinião sem ressalva
para as demonstrações contábeis que contenham erros ou fraudes relevantes.
Cuidado em prova: Para fins das NBC TAs, o risco de auditoria não
inclui o risco de que o auditor possa expressar uma opinião de que as
demonstrações contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o caso.
Esse risco geralmente é insignificante. Além disso, o risco de auditoria é um
termo técnico relacionado ao processo de auditoria; ele não se refere aos riscos
de negócio do auditor, tais como perda decorrente de litígio, publicidade
adversa ou outros eventos surgidos em conexão com a auditoria das
demonstrações contábeis.
O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do
risco de detecção. Isso porque o auditor considera o risco de distorção
relevante, avaliando o risco inerente e o risco de controle, para estabelecer o
nível de risco que deve aceitar em seus testes: o chamado risco de detecção.
Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de
detecção tem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção
relevante no nível da afirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de
distorção relevante que o auditor acredita existir, menor é o risco de detecção
que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas as evidências de auditoria
exigidas pelo auditor.
Atenção para não confundir em prova os conceitos:
Risco de distorção relevante é o risco ou a probabilidade de ocorrência de
erro e fraude relevante e é avaliado pelo auditor considerando-se o risco
inerente e o risco de controle.
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Risco inerente (ou intrínseco) é a probabilidade de distorções relevantes
não levando em conta os controles internos existentes. Depende da natureza da
entidade ou da área ou da conta examinada, sem considerar os controles.
Risco de controle é a probabilidade de que os controles internos não
previnam ou detectem erros e fraudes relevantes. É uma função da eficácia dos
controles internos.
Risco de detecção se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de
auditoria a um nível baixo aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do
procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.
O risco de detecção se relaciona com a natureza, época e extensão dos
procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de
auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Portanto, é uma função da eficácia
de um procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.
Algumas medidas ajudam os auditores a aprimorarem a eficácia de um
procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que
um auditor possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado, aplicar
erroneamente um procedimento de auditoria adequado ou interpretar
erroneamente os resultados da auditoria. Portanto, reduzem o risco de
detecção. São elas:
a) planejamento adequado;
b) designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho;
c) aplicação de ceticismo profissional; e
d) supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado,
Explicando melhor o processo de avaliação de riscos:
O primeiro passo é entender cada um dos conceitos e depois a relação
entre os riscos.
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Existe o risco do auditor emitir uma opinião inadequada sobre as
demonstrações, prejudicando um acionista da empresa, por exemplo. É a
probabilidade do auditor emitir opinião sem ressalva sobre as demonstrações,
afirmando que elas são verdadeiras e corretas e, na realidade, elas não são.
Esse é o risco de auditoria.
Para diminuir esse risco a um nível aceitável (não existe risco zero), o
auditor avalia a probabilidade de existir distorções (erros e fraudes) relevantes
nas demonstrações (risco de distorção relevante) considerando e avaliando
a natureza da atividade da organização auditada ou de cada conta das
demonstrações (risco inerente) e também se os controles associados são
adequados (risco de controle).
As normas geralmente não se referem ao risco inerente e ao risco de
controle separadamente, mas a uma avaliação combinada dos riscos de
distorção relevante. Contudo, o auditor pode fazer avaliações separadas ou
combinadas do risco inerente e do risco de controle, dependendo das técnicas
de auditoria ou metodologias e considerações práticas.
A avaliação dos riscos de distorção relevante pode ser expressa em
termos quantitativos, como porcentagens, ou em termos não quantitativos
(risco baixo, médio ou alto, por exemplo). De qualquer maneira, a necessidade
de que o auditor faça avaliações adequadas é mais importante do que as
diferentes abordagens pelas quais elas são feitas.
Então, sabendo-se qual o risco de distorção (alto, médio ou baixo), o
auditor pode definir o risco que ele está disposto aceitar em seus testes e
procedimentos de auditoria. Quando o risco de distorção relevante é alto, em
função da fragilidade dos controles da empresa, o auditor deve reduzir o risco
de não detectar erros e fraudes relevantes, que é chamado de risco de
detecção.
E como o auditor diminui o risco de detecção?
Aplicando procedimentos que permitam a obtenção de provas/evidências
mais robustas, confiáveis e convincentes e ampliando a extensão dos
procedimentos.
Por exemplo, para diminuir o risco de detecção em auditoria de contas a
receber, o auditor faz a confirmação externa do saldo com os devedores
(natureza dos testes - evidência documental e externa), mediante uma amostra
maior de devedores (maior extensão ou quantidade de itens testados ou de
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 16
prova obtida). Com isso, o risco de auditoria (probabilidade de errar em sua
opinião) ficará em um patamar mínimo aceitável.
REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA AUDITORIA
A NBC TA 200 estabelece alguns requisitos necessários para o exercício da
auditoria independente:
1. Requisitos Éticos
2. Ceticismo Profissional
3. Julgamento Profissional
4. Condução da auditoria em conformidade com as NBC Tas.
Requisitos Éticos Relacionados à Auditoria
O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes, inclusive as relativas
à independência, no que diz respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações
contábeis. As exigências éticas relevantes abrangem o Código de Ética
Profissional do Contabilista, relacionadas à auditoria de demonstrações
contábeis, bem como as NBC PAs (normas profissionais) aplicáveis.
Os princípios fundamentais de ética profissional para o auditor quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis são:
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
(e) Comportamento (ou conduta) profissional.
O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais do
CFC relacionadas mostram como a estrutura conceitual deve ser aplicada em
situações específicas. Fornecem exemplos de salvaguardas que podem ser
apropriadas para tratar das ameaças ao cumprimento dos princípios
fundamentais e fornece, também, exemplos de situações onde não há
salvaguardas disponíveis para tratar as ameaças.
No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto,
exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas
profissionais do CFC, se exige que o auditor seja independente da entidade
sujeita a auditoria. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a
capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por
influências que poderiam comprometer essa opinião. A independência aprimora
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 17
a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter
postura de ceticismo profissional.
Ceticismo Profissional e Julgamento Profissional
As normas destacam que o auditor independente deve manter atitude de
ceticismo profissional e utilizar o seu julgamento profissional para a condução
apropriada da auditoria.
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora
e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou
fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.
O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a:
• evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos
e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria;
• condições que possam indicar possível fraude;
• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de
auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs.
A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é
necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de:
• ignorar circunstâncias não usuais;
• generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de
auditoria;
• uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a
extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados
destes.
Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e
experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria,
contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de
ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.
O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da
auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais
relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao
longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do
conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias.
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 18
O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre:
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e
a coleta de evidências de auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das
NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas,
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.
O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a
auditoria. Ele também precisa ser adequadamente documentado. Neste
aspecto, é exigido que o auditor elabore documentação de auditoria suficiente
para possibilitar que outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com
a auditoria, entenda os julgamentos profissionais significativos exercidos para
se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante a
auditoria.
Condução da Auditoria em Conformidade com as NBC TAs
A NBC TA 200 estabelece ainda que o auditor deve observar todas as NBC
TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante para a auditoria
quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação
específica.
O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria
(brasileiras e internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido
com as exigências desta Norma e de todas as demais NBC TAs relevantes para
a auditoria.
Portanto, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a
menos que, nas circunstâncias da auditoria:
a) a NBC TA inteira não seja relevante. Por exemplo, se a entidade não
tem a função de auditoria interna, nenhum aspecto da NBC TA 610 –
Utilização do Trabalho de Auditoria Interna é relevante.
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 19
b) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não
existir. Por exemplo, o requisito de modificar a opinião do auditor se
houver uma limitação de alcance (NBC TA 705 – Modificações na Opinião
do Auditor Independente) representa uma exigência condicional explícita.
Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não
considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o
auditor deve executar procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o
objetivo dessa exigência.
Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o
auditor deve avaliar se isso o impede de cumprir os objetivos gerais de
auditoria e se isso exige que ele, em conformidade com as NBC TAs, modifique
sua opinião ou renuncie ao trabalho (quando a renúncia é possível de acordo
com lei ou regulamento aplicável).
RESUMO:
QUAIS SÃO AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR INDEPENDENTE DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS:
Avaliar riscos de distorções relevantes nas DC
Obter evidência suficiente e apropriada/segurança razoável
Emitir opinião/relatório sobre as DC
Comunicar-se de acordo com as normas (Não-conformidades, fraudes etc)
Cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à
independência
Planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional
Exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria
Observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria
NÃO SÃO RESPONSABILIDADES OU OBRIGAÇÕES DO AUDITOR
INDEPENDENTE DAS DC:
Atestar a eficácia da administração
Assegurar a continuidade da empresa auditada
Revelar distorções (erros e fraudes) irrelevantes
Prevenir e detectar fraudes
Eliminar o risco de auditoria
Elaborar demonstrações contábeis e implantar normas
Ter certeza da integridade das informações fornecidas pela entidade
Proceder à investigação de fraude mediante busca e apreensão de
documentos
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 20
Cumprir normas que não sejam relevantes para a auditoria
***************************************************************
A seguir, passamos a comentar algumas questões sobre as disposições da
NBC TA 200. Para aqueles que preferem solucionar as questões e depois
conferir o gabarito, lembro que as questões estão ao final do material sem os
nossos comentários.
1) (TRT/24ª REGIÃO/FCC/2011) Ao conduzir uma auditoria de
demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter
segurança
(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando
que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de parecer financeiro.
(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres
de distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos considerados, em conformidade com
a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente.
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 200, norma do CFC que trata dos
objetivos gerais da auditoria independente das demonstrações contábeis, ao
conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor
são:
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 21
a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como
um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se
causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse
sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável; e
b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se
como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do
auditor.
Logo, a alternativa “A” é a correta.
2) Acerca do conceito e dos objetivos da auditoria é correto afirmar
que:
I. A auditoria compreende o exame de documentos e registros e
obtenção de informações e confirmações, internas e externas,
relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a
exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles
decorrentes.
II. É dever do auditor emitir um relatório a respeito das possíveis
deficiências de controles internos observadas no transcurso de seu
trabalho.
III. Asseguração razoável é um nível elevado de segurança conseguido
quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente
de que não existe risco de distorções nas demonstrações contábeis.
IV. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria
e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar opinião
quanto à certeza da integridade das informações contidas nas
demonstrações contábeis.
Estão corretas as afirmativas:
A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) I, III e IV apenas.
D) II, III e IV apenas.
E) I, II, III e IV.
SOLUÇÃO: A afirmativa I está correta. A auditoria compreende o exame de
documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e
confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio,
objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações
contábeis deles decorrentes.
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 22
A afirmativa II também está correta. Embora não seja a principal
obrigação do auditor, é seu dever emitir um relatório a respeito das possíveis
deficiências ou ineficácias de controles internos observadas no transcurso de
seu trabalho.
A afirmativa III está incorreta. Asseguração razoável não é um nível
absoluto de segurança. Portanto, o auditor não é obrigado e não pode reduzir o
risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de
que as demonstrações contábeis estão livres de distorção devido à fraude ou
erro.
A afirmativa IV também está incorreta. A auditoria possui suas limitações.
Assim, existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não
fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido
solicitadas pelo auditor. Portanto, o auditor não pode ter certeza da integridade
da informação, embora tenha executado os procedimentos de auditoria para
obter certeza de que todas as informações relevantes foram obtidas.
O gabarito é a letra A, pois estão corretas apenas as afirmativas I e II.
3) Com relação às normas de auditoria independente das
demonstrações contábeis é correto afirmar que
A) o objetivo da auditoria é revelar fraudes relevantes nas
demonstrações contábeis e isso é alcançado mediante a expressão de
uma opinião pelo auditor sobre as demonstrações contábeis.
B) a hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as
demonstrações contábeis contêm distorção relevante constitui, na
acepção das normas brasileiras de contabilidade, um tipo de risco
considerado insignificante.
C) quando não for possível obter segurança razoável e a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para
atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor
deve emitir opinião adversa ou renunciar ao trabalho.
D) risco de detecção é o risco de que o auditor expresse uma opinião de
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem
distorção relevante.
E) para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente para eliminar o risco de auditoria.
SOLUÇÃO: A NBC TA 200 estabelece que “o risco de auditoria não inclui o risco
de que o auditor possa expressar uma opinião de que as demonstrações
contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o caso. Esse risco
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 23
geralmente é insignificante”. Quando o auditor está diante de uma possível
distorção relevante, ele aprofunda os exames e aplica procedimentos adicionais
para se certificar de que realmente a distorção é relevante. A alternativa correta
é a B.
Na letra A, segundo a NBC TA 200 o objetivo da auditoria é aumentar o
grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários e esse
objetivo é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
A opinião profissional e independente do auditor sobre as demonstrações
contábeis é que aumenta a confiança e a credibilidade sobre as mesmas. Assim,
usuários de demonstrações contábeis beneficiam-se da segurança, trazida pela
auditoria, de que elas não contêm distorções relevantes.
Na letra C, também em conformidade com a NBC TA 200, quando o
auditor não consegue obter segurança razoável para opinar sobre as
demonstrações contábeis, a norma estabelece que, quando a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender
aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor deve abster-se
de emitir sua opinião ou renunciar ao trabalho, quando a renúncia for
possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.
Na letra D, o certo seria o risco de auditoria. O risco de detecção se
relaciona com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos que são
determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo
aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de
sua aplicação pelo auditor.
Por fim, na letra E, não existe risco zero em auditoria. Asseguração
razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes
em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de
auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião é persuasiva e
não conclusiva.
4) Assinale a alternativa incorreta.
A) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem
distorção relevante.
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e
do risco de detecção.
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 24
C) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da qualidade da
evidência de auditoria.
D) risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações
contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria e consiste
em dois componentes: risco inerente e risco de controle.
E) o auditor deve exercer o julgamento profissional e manter o
ceticismo profissional ao longo de todo o planejamento e na execução
da auditoria e, entre outras coisas, identificar e avaliar os riscos de
distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou
erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente,
inclusive o controle interno da entidade.
SOLUÇÃO: Nos termos da NBC TA 200, evidências de auditoria são as
informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que
se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações
contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e
outras informações. Para fins das NBC TAs, suficiência das evidências de
auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria e adequação é a
medida da qualidade da evidência de auditoria; isto é, sua relevância e
confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a
opinião do auditor. O gabarito é a letra C. As demais alternativas estão
corretas.
5) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) Estrutura de relatório
financeiro aplicável, nos termos da TA 200, é a estrutura de relatório
financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos
responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações
contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do
objetivo das demonstrações contábeis ou seja exigida por lei ou
regulamento. É utilizada para se referir a uma estrutura de relatório
financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura e
(A) prevê o mesmo modelo de demonstrações contábeis para qualquer
tipo de entidade, com vistas à harmonização de normas contábeis.
(B) reconhece explicita ou implicitamente que, para conseguir a
apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser
necessário que a administração forneça divulgações além das
especificamente exigidas pela estrutura.
(C) prevê que caberá ao auditor fornecer os modelos adequados de
relatórios a serem utilizados pela entidade, a partir de 2010.
(D) reconhece explicitamente que a administração não se desvie de
uma exigência da estrutura para conseguir uma apresentação
adequada das demonstrações contábeis.
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 25
(E) reconhece que o auditor deve manter seu planejamento inicial
constante até o final dos trabalhos.
SOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 200, a expressão “estrutura de apresentação
adequada” é utilizada para se referir a uma estrutura de relatório financeiro que
exige conformidade com as exigências dessa estrutura e reconhece explícita ou
implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça
divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura. Portanto, o
gabarito é a letra B.
6) (TRF/1ª REGIÃO/FCC/2011) Considere as assertivas a seguir:
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de
busca, que podem ser necessários para tal investigação.
II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais
necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na
administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo
grau.
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um
risco inevitável de que algumas distorções relevantes das
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria
seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as
normas legais de auditoria.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I.
(D) II.
(E) III.
SOLUÇÃO: Vamos examinar cada uma das assertivas.
A assertiva I é incorreta. A auditoria não é uma investigação oficial de
suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais
como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação.
Perceba que a banca examinadora utiliza o mesmo estilo das bancas em geral
de incluir ou excluir uma negação em uma assertiva. No caso, o erro estava
somente na supressão da palavra “não”. Portanto, muita atenção em prova.
A assertiva II é incorreta. Não há exigência nas normas de auditoria de
que o auditor assine declaração de independência. Existem certas salvaguardas
quando presentes as ameaças à independência do auditor, dentre as quais o
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 26
auditor declinar ou abster-se de participar como membro da equipe em
situações de ameaças de familiaridade com a entidade auditada. Ainda nesta
aula veremos mais a respeito das normas de independência.
A assertiva III é correta. Em decorrência das limitações inerentes de uma
auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja
adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de
auditoria. Portanto, descoberta posterior de uma distorção relevante das
demonstrações contábeis, resultante de fraude ou erro, não indica por si só,
uma falha na condução de uma auditoria em conformidade com as normas de
auditoria.
Pelo exposto, o gabarito é a letra “E”.
7) (ICMS/RIO/FGV/2011) De acordo com Conselho Federal de
Contabilidade, assinale a alternativa correta.
(A) A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer
sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for
pertinente, a legislação específica. Na ausência de disposições
específicas, prevalecem as normas emitidas pelo Corecon.
(B) O parecer do auditor independente emitido na modalidade sem
ressalvas representa garantia de viabilidade futura da entidade,
atestando a eficácia da administração na gestão dos negócios.
(C) As "práticas contábeis adotadas no Brasil" compreendem a
legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade,
emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos,
as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados
pelos órgãos reguladores, e práticas pelas entidades em assuntos não
regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração
e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitidas pelo CFC e, por
conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.
(D) A fim de que a opinião da entidade de auditoria seja isenta,
imparcial, deve ela ser independente (quando externa) ou autônoma
(quando interna), emitindo sua opinião de forma isenta. Isso significa
que não deve ser vinculada à entidade auditada. Se, por algum motivo,
pairarem dúvidas acerca desse atributo, o ideal é que se publique, em
jornal de grande circulação, a relação dos sócios da empresa de
auditoria.
(E) Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o
auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 27
estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na
NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. O cumprimento desses
princípios não é exigido dos auditores.
SOLUÇÃO: A letra A está incorreta. Nos termos da NBC T 11 (norma já
revogada), a auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer sobre a sua
adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas
Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica.
Contudo, na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já
consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos
próprios.
A letra B está incorreta. O parecer do auditor independente restringe-se
aos objetivos da auditoria independente das demonstrações contábeis.
Portanto, o parecer ou opinião expressa na modalidade sem ressalvas não
representa garantia de viabilidade futura da entidade ou atestado de eficácia da
administração na gestão dos negócios.
A letra C está correta e constitui o gabarito da questão. No caso do Brasil,
como definido no item 7 da NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações
Contábeis, “práticas contábeis adotadas no Brasil” compreendem a legislação
societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as
orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e
práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que
atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância
com as normas contábeis internacionais.
A letra D está incorreta. A primeira parte da assertiva está correta,
quando aponta que a auditoria externa deve ser independente e a auditoria
interna autônoma. Contudo, na segunda parte, quando pairarem dúvidas acerca
do atributo da independência, existem certas salvaguardas e ações a serem
adotadas para eliminar ou reduzir as ameaças à independência. Dentre as
salvaguardas não existe a publicação, em jornal de grande circulação, da
relação dos sócios da empresa de auditoria.
Por fim, a letra E também está incorreta. Os princípios fundamentais de
ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de
demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional do
Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. O erro está,
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 28
por óbvio, na afirmação de que o cumprimento desses princípios não é exigido
dos auditores.
8) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) O ceticismo profissional é
necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria. Isso
inclui questionar evidências de auditoria contraditórias e a
confiabilidade dos documentos e respostas a indagações e outras
informações obtidas junto à administração e aos responsáveis pela
governança. Também inclui a consideração da suficiência e adequação
das evidências de auditoria obtidas considerando as circunstâncias, por
exemplo, no caso de existência de fatores de risco de fraude, for a
única (...) evidência que corrobore um valor relevante da demonstração
contábil.
O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, considerando
o disposto na NBC TA 200 e correlatas o indicado nas alternativas a
seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.
(A) evidências de auditorias que contradigam outras evidências
obtidas.
(B) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos
documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências
de auditoria.
(C) condições que possam indicar possível fraude.
(D) circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de
auditoria além dos exigidos pelas NBC TA s.
(E) transações rotineiras desenvolvidas por controladas avaliadas pelo
método da equivalência patrimonial.
SOLUÇÃO: Nos termos da NBC TA 200, ceticismo profissional é a postura que
inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar
possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das
evidências de auditoria. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo,
a:
a) evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;
b) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos
e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria;
c) condições que possam indicar possível fraude;
d) circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de
auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs.
Pelo exposto, as alternativas A, B, C e D correspondem à necessidade do
auditor de estar alerta mantendo o ceticismo profissional.
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 29
A alternativa E constitui o gabarito da questão. O ceticismo profissional
não é necessário diante de transações rotineiras desenvolvidas por controladas
avaliadas pelo método da equivalência patrimonial.
9) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) O julgamento profissional
é essencial para a condução apropriada da auditoria. A característica
que distingue o julgamento profissional esperado do auditor é que esse
julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento
e experiência tenham ajudado no desenvolvimento das competências
necessárias para estabelecer julgamentos razoáveis. (...) O julgamento
profissional NÃO é necessário, em particular, nas decisões sobre
(A) materialidade e risco de auditoria.
(B) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e
a coleta de evidências de auditoria.
(C) avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e
se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos
das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor.
(D) avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura
de relatório financeiro aplicável da entidade.
(E) extração de conclusões não baseadas nas evidências de auditoria
obtidas.
SOLUÇÃO: Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento
e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de
auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos
cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.
O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre:
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e
a coleta de evidências de auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das
NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas,
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 30
A única alternativa da questão em que o julgamento profissional não é
necessário é a “E”. O auditor não pode utilizar o julgamento profissional para
extrair conclusões não sustentadas por fatos e circunstâncias do trabalho ou por
evidência de auditoria. O gabarito é a letra E.
10) (TCE/RS/FMP/2011 – com ajustes) Acerca do risco de auditoria,
assinale a alternativa correta.
A) É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não
detectem uma distorção existente que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções.
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e
do risco de detecção.
C) De acordo com o CFC, pode ser classificado o risco de auditoria em
risco de controle e risco inerente.
D) A identificação dos riscos de auditoria, de responsabilidade
exclusiva do auditor, permite a esse profissional a obtenção de
segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante devido a erro e fraude.
E) Não é considerada como limitação inerente da auditoria a natureza
dos procedimentos de auditoria.
SOLUÇÃO: A letra A está incorreta. O risco de detecção é o risco de que os
procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um
nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
A letra B está correta. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção. Se o risco de distorção relevante é
alto, o auditor tem que reduzir o risco de detecção em seus testes substantivos,
para que o risco de auditoria fique em um nível mínimo aceitável. O gabarito é
a letra B.
A letra C está incorreta. De acordo com a NBC TA 200, pode ser
classificado o risco de auditoria em risco de distorção relevante e de detecção.
O risco de distorção relevante é que se classifica em risco de controle e risco
inerente.
A letra D está incorreta. A identificação dos riscos de auditoria, de
responsabilidade exclusiva do auditor, permite a esse profissional a obtenção de
segurança razoável e não absoluta de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante devido a erro e fraude.
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AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM NORMAS DE AUDITORIA
Prof. Marcelo Aragão 31
A letra E está incorreta. A natureza dos procedimentos de auditoria é
considerada como limitação inerente da auditoria. Por exemplo, os
procedimentos de auditoria são realizados a base de testes e aplicados para
coletar evidências de auditoria podem ser ineficazes para a detecção de
distorção relevante que envolva, por exemplo, conluio para a falsificação de
documentação que possa fazer o auditor acreditar que a evidência de auditoria
é válida quando ela não é.
11) (Analista/SUSEP/ESAF/2010) O auditor externo, ao realizar os
procedimentos para avaliação de três processos da empresa a ser
auditada, constatou a seguinte situação:
Área 1: Baixo nível de risco, com baixa probabilidade de ocorrência de
erros e/ou fraudes.
Área 2: Alto nível de risco, com média probabilidade de ocorrência de
erros e/ou fraudes.
Área 3: Alto nível de risco, com alta probabilidade de ocorrência de
erros e/ou fraudes.
Com base nas conclusões acima, pode-se afirmar que o auditor:
a) não deverá realizar testes para a área 1, visto que o risco e a
probabilidade de ocorrência de erros é baixa.
b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas
as áreas.
c) somente deverá realizar testes nas áreas 2 e 3, as quais apresentam
risco alto.
d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2, os
testes de auditoria poderão ser suportados por relatórios de
confirmação feitos pela administração da empresa.
e) deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as
normas de auditoria.
SOLUÇÃO: Repare que o enunciado apresenta uma avaliação de riscos para os
processos de três áreas da empresa, apontando alternativas quanto à forma de
aplicação de procedimentos pelo auditor.
Ressaltamos que a avaliação de riscos é feita levando-se em consideração
a probabilidade de ocorrência do evento e o impacto nos objetivos da área
ou conta, caso ocorra, o que a banca denomina de nível de risco ou de
incidência. Por maior ou menor que seja a probabilidade, o nível de risco ou
impacto nos objetivos da empresa sempre é mais preocupante.
O auditor avalia os riscos na fase de planejamento da auditoria, para
determinar qual a extensão dos testes a serem aplicados na área em questão.
Assim, em relação à área 1 (baixo risco), deverá aplicar testes considerando
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Prof. Marcelo Aragão 32
pequenas amostragens (menor extensão). Por outro lado, com relação às áreas
2 e 3 (alto risco), deverá aplicar testes considerando grandes amostragens
(maior extensão).
As normas de auditoria estabelecem que, mesmo que o auditor avalie os
riscos como baixos, ele não pode deixar de aplicar procedimentos ou testes
substantivos em relação à área ou conta sob exame. Ele sempre precisará obter
alguma evidência para cada área ou saldo de conta significativo. Assim, ele
deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as
normas de auditoria, em maior ou menor extensão, conforme os riscos
avaliados. Portanto, a alternativa correta é a “e”.
12) (ISS Rio/ESAF/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos
assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o risco
de detecção em uma auditoria.
a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado.
b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados.
c) Aplicação do ceticismo profissional.
d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria.
e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações.
SOLUÇÃO: O risco de detecção é o risco do auditor não detectar em seus
testes de auditoria uma distorção relevante. Quando o risco de existirem
fraudes e erros relevantes é maior, o risco de detecção a ser aceito pelo auditor
tem que ser reduzido, mediante, por exemplo, formação da equipe com
auditores mais experientes, aumento da supervisão, aplicação do ceticismo
profissional, alteração da natureza e época e ampliação da extensão dos
procedimentos de auditoria.
Quando o auditor diminui o escopo de exame e reduz o número de
transações analisadas ele aumenta o risco de detecção em uma auditoria.
Portanto, a alternativa falsa e que constitui o gabarito da questão é a “e”.
13) (ISS/BH/FDC/2012) O risco de auditoria é uma função dos riscos
de distorção relevante e dos riscos de detecção. Os riscos de distorção
relevante podem existir em dois níveis: no nível geral das
demonstrações contábeis e no nível da afirmação para classes de:
A) saldos contábeis, demonstração de valor adicionado e notas
explicativas.
B) contas contábeis, saldos contábeis e notas explicativas.
C) transações, contas contábeis e fluxo de caixa.
D) transações, saldos contábeis e divulgações.
E) operações, fluxo de caixa e divulgações.
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Prof. Marcelo Aragão 33
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 200, os riscos de distorção relevante
podem existir em dois níveis: "1) Nível geral da demonstração contábil; e 2)
Nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e
divulgações." Logo, o gabarito da questão é a alternativa D.
14) (ISS/BH/FDC/2012) Uma auditoria é conduzida por um auditor
independente que apresenta relatório com sua opinião sobre as
demonstrações contábeis. Nesse tipo de auditoria, o objetivo do auditor
independente é:
A) Validar que as demonstrações contábeis estão livres de fraude.
B) Verificar que todos os saldos das contas contábeis estão livres de
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
C) Obter segurança razoável de que o balanço patrimonial e a
demonstração do resultado estão livres de distorção relevante causada
por erro.
D) Verificar que todos os atos da administração foram registrados
corretamente nas demonstrações contábeis e estão livres de distorção
causada por erro.
E) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante, independentemente se causada por
fraude ou erro.
SOLUÇÃO: De acordo com o item 5 da NBC TA 200, temos que: "(...) obtenha
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou
erro". Logo, a alternativa correta é a E.
15) (ISS/SP/FCC/2012) No processo de auditoria, o auditor
A) não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha
executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que
todas as informações relevantes foram obtidas.
B) pode, tendo aplicado os procedimentos de auditoria, atestar a
integridade da informação, mas não pode se eximir de certificar, por
meio de seu relatório, a exatidão das demonstrações contábeis.
C) não deve atestar a integridade das informações contábeis, das notas
explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa, enquanto
não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações
em conjunto.
D) deve, em conjunto com a administração, atestar que todos os
processos, riscos e possibilidades de fraudes foram avaliados e ter
certeza da integridade da informação.
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Prof. Marcelo Aragão 34
E) pode, após ter executado todos os testes, ter a certeza da
integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis
exigidas em seu parecer de auditoria.
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 200, em função das limitações inerentes
da auditoria, existe a possibilidade de que a administração ou outros possam
não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido
solicitadas pelo auditor.
Portanto, o auditor não pode ter certeza da integridade da informação,
embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de
que todas as informações relevantes foram obtidas. A alternativa correta é a A.
16) (CGU/ESAF/2012) Na execução de uma auditoria, espera-se do
auditor independente que
a) exerça o seu direito de busca de documentos, no caso de suspeita de
fraude.
b) assegure a eficácia com a qual a administração conduziu os negócios
da entidade.
c) otimize o planejamento dos trabalhos de modo a reduzir o risco de
auditoria a zero.
d) aplique os mesmos procedimentos a entidades de pequeno, médio
ou grande porte.
e) mantenha-se cético ao questionar evidências de auditoria
contraditórias.
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 200, o ceticismo profissional é a postura
que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar
possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das
evidências de auditoria. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo,
a evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas. Logo, na
execução de uma auditoria, espera-se do auditor independente mantenha-se
cético ao questionar evidências de auditoria contraditórias. A alternativa E é a
correta.
Na letra A, o auditor não tem poderes de busca e apreensão de
documentos, pois a auditoria não é uma investigação de suposto delito.
Na letra B, não se espera do auditor contábil que assegure a eficácia com
a qual a administração conduziu os negócios da entidade, pois esse não é o
propósito da auditoria independente das demonstrações contábeis.
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Prof. Marcelo Aragão 35
Na letra C, para que o risco de auditoria fosse reduzido a zero ou
eliminado, o auditor teria que examinar todas as transações contábeis, o que
seria impossível, e mesmo assim, ainda existiria o risco do auditor errar em
seus testes e na interpretação dos resultados. Portanto, não existe a hipótese
de se otimizar o planejamento dos trabalhos de modo a reduzir o risco de
auditoria a zero.
Na letra D, dependendo do porte da entidade, o planejamento será mais
ou menos formal e o auditor aplicará os procedimentos de auditoria
necessários, de acordo com as caraterísticas da entidade.
17) (TRT/24ª REGIÃO/FCC/2011) O Código de Ética Profissional do
Contabilista, bem como as NBC-PAs (Normas Profissionais do Auditor
Independente), estabelecem princípios fundamentais de ética
profissional relevantes para o auditor, quando da condução de auditoria
de demonstrações contábeis, e fornece estrutura conceitual para a
aplicação desses princípios, que estão em linha com os princípios
fundamentais, cujo cumprimento pelo auditor é exigido pelo Código
IFAC (International Federation of Accountants). Tais princípios são:
(A) perspicácia, objetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade.
(B) perspicácia, subjetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade, conduta profissional.
(C) integridade, subjetividade, zelo profissional, confidencialidade,
conduta profissional.
(D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade, conduta profissional.
(E) perspicácia, competência e zelo profissional, transparência, conduta
profissional.
SOLUÇÃO: Em conformidade com a NBC TA 200, os princípios fundamentais de
ética profissional para o auditor quando da condução de auditoria de
demonstrações contábeis são:
1. integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentos
profissionais e comerciais;
2. objetividade – não permitir que comportamento tendencioso, conflito
de interesse ou influência indevida de outros afetem o julgamento
profissional ou de negócio;
3. competência profissional e devido zelo – manter o conhecimento
e a habilidade profissionais no nível necessário para assegurar que o
cliente ou empregador receba serviços profissionais competentes com
base em acontecimentos atuais referentes à prática, legislação e
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Prof. Marcelo Aragão 36
técnicas, e agir diligentemente e de acordo com as normas técnicas e
profissionais aplicáveis;
4. sigilo profissional – respeitar o sigilo das informações obtidas em
decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais e, portanto,
não divulgar nenhuma dessas informações a terceiros, a menos que
haja algum direito ou dever legal ou profissional de divulgação, nem
usar as informações para obtenção de vantagem pessoal ilícita pelo
auditor ou por terceiros;
5. comportamento ou conduta profissional – cumprir as leis e os
regulamentos pertinentes e evitar qualquer ação que desacredite a
profissão.
Portanto, a alternativa “D” é o gabarito da questão.
18) (AUDITOR/CAGE/RS/FUNDATEC/2014) De acordo com a NBC TA
200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução de uma
Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, são
responsabilidades do auditor independente:
I - Elaborar as demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua
adequada apresentação.
II - Emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis em análise
foram ou não elaborados, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Para tanto, deve obter
segurança razoável de que estas demonstrações contábeis estão livres
de distorções relevantes, quer sejam por fraude ou por erro.
III - Manter o sistema de controle interno necessário para permitir a
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes,
independente se causadas por fraude ou erro.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
SOLUÇÃO: Elaborar as demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua adequada
apresentação e manter o sistema de controle interno necessário para permitir a
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes,
independente se causadas por fraude ou erro são responsabilidades da
administração e não objetivos do auditor independente. As afirmativas I e III
estão incorretas.
A NBC TA 200 - OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA
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Prof. Marcelo Aragão 37
De acordo com a NBC TA 200, constitui objetivo geral do auditor emitir
uma opinião sobre se as demonstrações contábeis em análise foram ou não
elaborados, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável. Para tanto, deve obter segurança razoável de que
estas demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes, quer
sejam por fraude ou por erro. A afirmativa II está correta.
Logo, o gabarito é a letra B.
19) Com relação à NBC TA 200, assinale a alternativa correta
A) as normas de auditoria emitidas pelo CFC não são relevantes para
trabalhos no setor público.
B) lei ou regulamento não podem estabelecer as responsabilidades da
administração ou dos responsáveis pela governança, em relação a
relatórios financeiros produzidos pela entidade auditada.
C) as demonstrações contábeis não podem ser elaboradas em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para satisfazer
as necessidades de informação financeira de usuários específicos, isto
é, “demonstrações contábeis para propósitos especiais”.
D) as normas exigem que o auditor faça avaliações sempre combinadas
do risco inerente e do risco de controle.
E) as normas reconhecem que, em circunstâncias excepcionais, o
auditor se afaste de um requisito relevante, deixando de atender a
exigência considerada como não relevante.
SOLUÇÃO: A letra A está incorreta. As NBC TAs são relevantes para trabalhos
no setor público. As responsabilidades do auditor do setor público, porém,
podem ser afetadas pelo contrato de auditoria, ou por obrigações sobre
entidades do setor público decorrentes de lei, regulamento ou outra autoridade
(por exemplo, diretrizes ministeriais, exigências de política governamental ou
resoluções do legislativo), que podem ter um alcance mais amplo do que uma
auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as NBC TAs.
A letra B está incorreta. Lei ou regulamento podem estabelecer as
responsabilidades da administração e, quando apropriado, dos responsáveis
pela governança, em relação a relatórios financeiros. Entretanto, a extensão
dessas responsabilidades, ou a forma que elas são descritas, podem ser
diferentes. Apesar dessas diferenças, uma auditoria em conformidade com NBC
TAs é conduzida com base na premissa de que a administração e, quando
adequado, os responsáveis pela governança reconhecem e entendem que eles
têm essa responsabilidade
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A letra C está incorreta. As demonstrações contábeis podem ser
elaboradas em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para
satisfazer as necessidades de informação financeira de usuários específicos, isto
é, “demonstrações contábeis para propósitos especiais”.
A letra D está incorreta. As NBC TAs geralmente não se referem ao risco
inerente e ao risco de controle separadamente, mas a uma avaliação combinada
dos “riscos de distorção relevante”. Contudo, o auditor pode fazer avaliações
separadas ou combinadas do risco inerente e do risco de controle, dependendo
das técnicas de auditoria ou metodologias e considerações práticas.
A letra E está correta. As normas permitem e estabelecem requisitos de
documentação nas circunstâncias excepcionais em que o auditor afasta-se de
um requisito relevante. Nesse caso, as normas não requerem o atendimento de
exigência que não é relevante nas circunstâncias da auditoria.
20) Assinale a alternativa incorreta quanto às normas de auditoria das
demonstrações contábeis.
A) o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a expressão
de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
B) a opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um
todo, portanto, o auditor é responsável pela detecção de quaisquer
distorções nas demonstrações contábeis.
C) em geral, as distorções são consideradas relevantes se for razoável
esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões
econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações
contábeis.
D) quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de
apresentação adequada, como geralmente ocorre no caso de
demonstrações contábeis para fins gerais, a opinião do auditor é se as
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em
todos os aspectos relevantes.
E) asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque
há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de
que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas
conclusões e sua opinião é persuasiva e não conclusiva.
SOLUÇÃO: A alternativa incorreta é a B. Segundo a NBC TA 200, a opinião do
auditor considera as demonstrações contábeis como um todo, o que significa
que auditor é responsável pela detecção de distorções que sejam relevantes
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Prof. Marcelo Aragão 39
para as demonstrações contábeis como um todo. Portanto, o auditor não é
responsável pela detecção de distorções irrelevantes.
21) (AFRFB/ESAF/2012) O auditor externo, ao ser contratado para
auditar o Hotel Paraíso Azul S.A., constata em seus registros que a
ocupação média do hotel é de 90% dos quartos.
50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não
identificam parte dos hóspedes. O sindicato dos hotéis da região
divulgou, em relatório atualizado, que a ocupação dos hotéis na região
não ultrapassa 70%.
O noticiário da região dá indícios que vários negócios estão sendo
usados para lavagem de dinheiro. A situação apresentada pode
evidenciar para o auditor um risco
a) de negócio e detecção.
b) de fraude e de controle.
c) de distorção relevante e de controle.
d) de detecção e distorção relevante.
e) residual e de fraude.
SOLUÇÃO: O enunciado aponta para indícios de fraudes na ocupação e na
receita do hotel, haja vista que a ocupação (90%) é incompatível com a
ocupação informada pelo sindicato dos hotéis da região (não ultrapassa 70%),
além de que 50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro. Essas
situações indicam a possível ocorrência (risco) de fraude, em conformidade com
o noticiário da região que dá indícios de que vários negócios estão sendo usados
para lavagem de dinheiro.
Além do risco de fraude, há um risco de que os controles internos do hotel
possam não prevenir ou detectar as fraudes, na medida em que o auditor
constatou que os registros indicam que a ocupação média do hotel é de 90%
dos quartos e ainda que os livros não identificam parte dos hóspedes.
Logo, a situação apresentada pode evidenciar para o auditor um risco de
fraude e de controle. O gabarito é a letra B.
22) (CAGE/RS/FUNDATEC/2014) A NBC TA 200 – Objetivos Gerais do
Auditor Independente e a Condução de uma Auditoria em Conformidade
com Normas de Auditoria, estabelece que o risco de distorção relevante
é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria. Este consiste em dois componentes, quais
sejam:
A) Risco do negócio e risco de detecção.
B) Risco de detecção e risco de controle.
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Prof. Marcelo Aragão 40
C) Risco de controle e risco inerente.
D) Risco inerente e risco de detecção.
E) Risco significativo e risco de controle.
SOLUÇÃO: A NBC TA 200 estabelece que o risco de distorção relevante é o
risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes
da auditoria. Este consiste em dois componentes, quais sejam: o risco de
controle (de que os controles da entidade não consigam prevenir e detectar
distorções relevantes) e o risco inerente (de que existam distorções nas
demonstrações, sem considerar os controles como respostas). O gabarito é a
letra C.
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1) (TRT/24ª REGIÃO/FCC/2011) Ao conduzir uma auditoria de
demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter
segurança
(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando
que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de parecer financeiro.
(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres
de distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos considerados, em conformidade com
a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente.
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Prof. Marcelo Aragão 41
2) Acerca do conceito e dos objetivos da auditoria é correto afirmar
que:
I. A auditoria compreende o exame de documentos e registros e
obtenção de informações e confirmações, internas e externas,
relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a
exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles
decorrentes.
II. É dever do auditor emitir um relatório a respeito das possíveis
deficiências de controles internos observadas no transcurso de seu
trabalho.
III. Asseguração razoável é um nível elevado de segurança conseguido
quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente
de que não existe risco de distorções nas demonstrações contábeis.
IV. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria
e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar opinião
quanto à certeza da integridade das informações contidas nas
demonstrações contábeis.
Estão corretas as afirmativas:
A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) I, III e IV apenas.
D) II, III e IV apenas.
E) I, II, III e IV.
3) Com relação às normas de auditoria independente das
demonstrações contábeis é correto afirmar que
A) o objetivo da auditoria é revelar fraudes relevantes nas
demonstrações contábeis e isso é alcançado mediante a expressão de
uma opinião pelo auditor sobre as demonstrações contábeis.
B) a hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as
demonstrações contábeis contêm distorção relevante constitui, na
acepção das normas brasileiras de contabilidade, um tipo de risco
considerado insignificante.
C) quando não for possível obter segurança razoável e a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para
atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor
deve emitir opinião adversa ou renunciar ao trabalho.
D) risco de detecção é o risco de que o auditor expresse uma opinião de
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem
distorção relevante.
E) para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente para eliminar o risco de auditoria.
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4) Assinale a alternativa incorreta.
A) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem
distorção relevante.
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e
do risco de detecção.
C) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da qualidade da
evidência de auditoria.
D) risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações
contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria e consiste
em dois componentes: risco inerente e risco de controle.
E) o auditor deve exercer o julgamento profissional e manter o
ceticismo profissional ao longo de todo o planejamento e na execução
da auditoria e, entre outras coisas, identificar e avaliar os riscos de
distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou
erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente,
inclusive o controle interno da entidade.
5) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) Estrutura de relatório
financeiro aplicável, nos termos da TA 200, é a estrutura de relatório
financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos
responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações
contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do
objetivo das demonstrações contábeis ou seja exigida por lei ou
regulamento. É utilizada para se referir a uma estrutura de relatório
financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura e
(A) prevê o mesmo modelo de demonstrações contábeis para qualquer
tipo de entidade, com vistas à harmonização de normas contábeis.
(B) reconhece explicita ou implicitamente que, para conseguir a
apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser
necessário que a administração forneça divulgações além das
especificamente exigidas pela estrutura.
(C) prevê que caberá ao auditor fornecer os modelos adequados de
relatórios a serem utilizados pela entidade, a partir de 2010.
(D) reconhece explicitamente que a administração não se desvie de
uma exigência da estrutura para conseguir uma apresentação
adequada das demonstrações contábeis.
(E) reconhece que o auditor deve manter seu planejamento inicial
constante até o final dos trabalhos.
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6) (TRF/1ª REGIÃO/FCC/2011) Considere as assertivas a seguir:
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de
busca, que podem ser necessários para tal investigação.
II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais
necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na
administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo
grau.
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um
risco inevitável de que algumas distorções relevantes das
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria
seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as
normas legais de auditoria.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I.
(D) II.
(E) III.
7) (ICMS/RIO/FGV/2011) De acordo com Conselho Federal de
Contabilidade, assinale a alternativa correta.
(A) A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer
sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for
pertinente, a legislação específica. Na ausência de disposições
específicas, prevalecem as normas emitidas pelo Corecon.
(B) O parecer do auditor independente emitido na modalidade sem
ressalvas representa garantia de viabilidade futura da entidade,
atestando a eficácia da administração na gestão dos negócios.
(C) As "práticas contábeis adotadas no Brasil" compreendem a
legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade,
emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos,
as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados
pelos órgãos reguladores, e práticas pelas entidades em assuntos não
regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração
e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitidas pelo CFC e, por
conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.
(D) A fim de que a opinião da entidade de auditoria seja isenta,
imparcial, deve ela ser independente (quando externa) ou autônoma
(quando interna), emitindo sua opinião de forma isenta. Isso significa
que não deve ser vinculada à entidade auditada. Se, por algum motivo,
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pairarem dúvidas acerca desse atributo, o ideal é que se publique, em
jornal de grande circulação, a relação dos sócios da empresa de
auditoria.
(E) Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o
auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis
estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na
NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. O cumprimento desses
princípios não é exigido dos auditores.
8) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) O ceticismo profissional é
necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria. Isso
inclui questionar evidências de auditoria contraditórias e a
confiabilidade dos documentos e respostas a indagações e outras
informações obtidas junto à administração e aos responsáveis pela
governança. Também inclui a consideração da suficiência e adequação
das evidências de auditoria obtidas considerando as circunstâncias, por
exemplo, no caso de existência de fatores de risco de fraude, for a
única (...) evidência que corrobore um valor relevante da demonstração
contábil.
O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, considerando
o disposto na NBC TA 200 e correlatas o indicado nas alternativas a
seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.
(A) evidências de auditorias que contradigam outras evidências
obtidas.
(B) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos
documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências
de auditoria.
(C) condições que possam indicar possível fraude.
(D) circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de
auditoria além dos exigidos pelas NBC TA s.
(E) transações rotineiras desenvolvidas por controladas avaliadas pelo
método da equivalência patrimonial.
9) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) O julgamento profissional
é essencial para a condução apropriada da auditoria. A característica
que distingue o julgamento profissional esperado do auditor é que esse
julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento
e experiência tenham ajudado no desenvolvimento das competências
necessárias para estabelecer julgamentos razoáveis. (...) O julgamento
profissional NÃO é necessário, em particular, nas decisões sobre
(A) materialidade e risco de auditoria.
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(B) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e
a coleta de evidências de auditoria.
(C) avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e
se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos
das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor.
(D) avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura
de relatório financeiro aplicável da entidade.
(E) extração de conclusões não baseadas nas evidências de auditoria
obtidas.
10) (TCE/RS/FMP/2011 – com ajustes) Acerca do risco de auditoria,
assinale a alternativa correta.
A) É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não
detectem uma distorção existente que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções.
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e
do risco de detecção.
C) De acordo com o CFC, pode ser classificado o risco de auditoria em
risco de controle e risco inerente.
D) A identificação dos riscos de auditoria, de responsabilidade
exclusiva do auditor, permite a esse profissional a obtenção de
segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante devido a erro e fraude.
E) Não é considerada como limitação inerente da auditoria a natureza
dos procedimentos de auditoria.
11) (Analista/SUSEP/ESAF/2010) O auditor externo, ao realizar os
procedimentos para avaliação de três processos da empresa a ser
auditada, constatou a seguinte situação:
Área 1: Baixo nível de risco, com baixa probabilidade de ocorrência de
erros e/ou fraudes.
Área 2: Alto nível de risco, com média probabilidade de ocorrência de
erros e/ou fraudes.
Área 3: Alto nível de risco, com alta probabilidade de ocorrência de
erros e/ou fraudes.
Com base nas conclusões acima, pode-se afirmar que o auditor:
a) não deverá realizar testes para a área 1, visto que o risco e a
probabilidade de ocorrência de erros é baixa.
b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas
as áreas.
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c) somente deverá realizar testes nas áreas 2 e 3, as quais apresentam
risco alto.
d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2, os
testes de auditoria poderão ser suportados por relatórios de
confirmação feitos pela administração da empresa.
e) deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as
normas de auditoria.
12) (ISS Rio/ESAF/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos
assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o risco
de detecção em uma auditoria.
a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado.
b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados.
c) Aplicação do ceticismo profissional.
d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria.
e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações.
13) (ISS/BH/FDC/2012) O risco de auditoria é uma função dos riscos
de distorção relevante e dos riscos de detecção. Os riscos de distorção
relevante podem existir em dois níveis: no nível geral das
demonstrações contábeis e no nível da afirmação para classes de:
A) saldos contábeis, demonstração de valor adicionado e notas
explicativas.
B) contas contábeis, saldos contábeis e notas explicativas.
C) transações, contas contábeis e fluxo de caixa.
D) transações, saldos contábeis e divulgações.
E) operações, fluxo de caixa e divulgações.
14) (ISS/BH/FDC/2012) Uma auditoria é conduzida por um auditor
independente que apresenta relatório com sua opinião sobre as
demonstrações contábeis. Nesse tipo de auditoria, o objetivo do auditor
independente é:
A) Validar que as demonstrações contábeis estão livres de fraude.
B) Verificar que todos os saldos das contas contábeis estão livres de
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
C) Obter segurança razoável de que o balanço patrimonial e a
demonstração do resultado estão livres de distorção relevante causada
por erro.
D) Verificar que todos os atos da administração foram registrados
corretamente nas demonstrações contábeis e estão livres de distorção
causada por erro.
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E) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante, independentemente se causada por
fraude ou erro.
15) (ISS/SP/FCC/2012) No processo de auditoria, o auditor
A) não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha
executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que
todas as informações relevantes foram obtidas.
B) pode, tendo aplicado os procedimentos de auditoria, atestar a
integridade da informação, mas não pode se eximir de certificar, por
meio de seu relatório, a exatidão das demonstrações contábeis.
C) não deve atestar a integridade das informações contábeis, das notas
explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa, enquanto
não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações
em conjunto.
D) deve, em conjunto com a administração, atestar que todos os
processos, riscos e possibilidades de fraudes foram avaliados e ter
certeza da integridade da informação.
E) pode, após ter executado todos os testes, ter a certeza da
integridade da informação atestando todas as demonstrações contábeis
exigidas em seu parecer de auditoria.
16) (CGU/ESAF/2012) Na execução de uma auditoria, espera-se do
auditor independente que
a) exerça o seu direito de busca de documentos, no caso de suspeita de
fraude.
b) assegure a eficácia com a qual a administração conduziu os negócios
da entidade.
c) otimize o planejamento dos trabalhos de modo a reduzir o risco de
auditoria a zero.
d) aplique os mesmos procedimentos a entidades de pequeno, médio
ou grande porte.
e) mantenha-se cético ao questionar evidências de auditoria
contraditórias.
17) (TRT/24ª REGIÃO/FCC/2011) O Código de Ética Profissional do
Contabilista, bem como as NBC-PAs (Normas Profissionais do Auditor
Independente), estabelecem princípios fundamentais de ética
profissional relevantes para o auditor, quando da condução de auditoria
de demonstrações contábeis, e fornece estrutura conceitual para a
aplicação desses princípios, que estão em linha com os princípios
fundamentais, cujo cumprimento pelo auditor é exigido pelo Código
IFAC (International Federation of Accountants). Tais princípios são:
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(A) perspicácia, objetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade.
(B) perspicácia, subjetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade, conduta profissional.
(C) integridade, subjetividade, zelo profissional, confidencialidade,
conduta profissional.
(D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade, conduta profissional.
(E) perspicácia, competência e zelo profissional, transparência, conduta
profissional.
18) (AUDITOR/CAGE/RS/FUNDATEC/2014) De acordo com a NBC TA
200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução de uma
Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, são
responsabilidades do auditor independente:
I - Elaborar as demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua
adequada apresentação.
II - Emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis em análise
foram ou não elaborados, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Para tanto, deve obter
segurança razoável de que estas demonstrações contábeis estão livres
de distorções relevantes, quer sejam por fraude ou por erro.
III - Manter o sistema de controle interno necessário para permitir a
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes,
independente se causadas por fraude ou erro.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
19) Com relação à NBC TA 200, assinale a alternativa correta
A) as normas de auditoria emitidas pelo CFC não são relevantes para
trabalhos no setor público.
B) lei ou regulamento não podem estabelecer as responsabilidades da
administração ou dos responsáveis pela governança, em relação a
relatórios financeiros produzidos pela entidade auditada.
C) as demonstrações contábeis não podem ser elaboradas em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para satisfazer
as necessidades de informação financeira de usuários específicos, isto
é, “demonstrações contábeis para propósitos especiais”.
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D) as normas exigem que o auditor faça avaliações sempre combinadas
do risco inerente e do risco de controle.
E) as normas reconhecem que, em circunstâncias excepcionais, o
auditor se afaste de um requisito relevante, deixando de atender a
exigência considerada como não relevante.
20) Assinale a alternativa incorreta quanto às normas de auditoria das
demonstrações contábeis.
A) o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a expressão
de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
B) a opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um
todo, portanto, o auditor é responsável pela detecção de quaisquer
distorções nas demonstrações contábeis.
C) em geral, as distorções são consideradas relevantes se for razoável
esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões
econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações
contábeis.
D) quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de
apresentação adequada, como geralmente ocorre no caso de
demonstrações contábeis para fins gerais, a opinião do auditor é se as
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em
todos os aspectos relevantes.
E) asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque
há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de
que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas
conclusões e sua opinião é persuasiva e não conclusiva.
21) (AFRFB/ESAF/2012) O auditor externo, ao ser contratado para
auditar o Hotel Paraíso Azul S.A., constata em seus registros que a
ocupação média do hotel é de 90% dos quartos.
50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não
identificam parte dos hóspedes. O sindicato dos hotéis da região
divulgou, em relatório atualizado, que a ocupação dos hotéis na região
não ultrapassa 70%.
O noticiário da região dá indícios que vários negócios estão sendo
usados para lavagem de dinheiro. A situação apresentada pode
evidenciar para o auditor um risco
a) de negócio e detecção.
b) de fraude e de controle.
c) de distorção relevante e de controle.
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d) de detecção e distorção relevante.
e) residual e de fraude.
22) (CAGE/RS/FUNDATEC/2014) A NBC TA 200 – Objetivos Gerais do
Auditor Independente e a Condução de uma Auditoria em Conformidade
com Normas de Auditoria, estabelece que o risco de distorção relevante
é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria. Este consiste em dois componentes, quais
sejam:
A) Risco do negócio e risco de detecção.
B) Risco de detecção e risco de controle.
C) Risco de controle e risco inerente.
D) Risco inerente e risco de detecção.
E) Risco significativo e risco de controle.