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A expansão do agronegócio no Brasil

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Page 1: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A expansão do agronegócio no

Brasil

Page 2: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A modernização do espaço rural

brasileiro – Produção de riqueza e degradação

ambiental Desde o Período Colonial, a modificação do

espaço natural brasileiro ocorre de forma

desenfreada.

O fato é que o Brasil não adotou plenamente

uma política agrária de desenvolvimento

sustentável, mesmo sendo a única forma de não

comprometer o nosso rico patrimônio natural.

Page 3: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Desde o século XVI, o litoral oriental do país vem

perdendo o território da Mata Atlântica, dando

lugar a grandes plantações de cana-de-açúcar,

cacau e outros produtos.

As fronteiras agrícolas expandiram-se, e fazendas

de café ocuparam o lugar da exuberante

vegetação dos trópicos nos estados: Rio de

Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e o sul de

Minas Gerais

Depois do ciclo do café, o rápido crescimento

urbano desencadeou o surgimento de uma

poderosa zona policultura no Centro-Sul,

provocando prejuízos ao meio ambiente.

Page 4: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

As pastagens para o gado bovino expandiram-se

pelo sul da Bahia e pelo norte do Espírito Santo,

destruindo o que restava de Mata Atlântica.

O Cerrado tem sido o ecossistema que mais sofre

com o aumento das áreas cultivadas, devido a

expansão das lavouras de soja, arroz e girassol,

principalmente em Goiás, Tocantins e Mato

Grosso, que diminuiu 20% da área de vegetação

nativa original.

A substituição das matas que seguem o curso dos

rios por áreas plantadas faz com que o solo, sem

raízes, seja carregado pelas chuvas até os rios.

Page 5: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Os rios sofrem com a diminuição da profundidade

e da largura do seu leito. Onde o rio era profundo

e largo e havia grande quantidade de peixes,

existem agora apenas bancos de areia.

Page 6: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Transformação de paisagens naturais em paisagens

humanizadas – A agropecuária A agropecuária sempre desempenhou um papel

de destaque na economia nacional e é uma das

mais antigas atividades econômicas praticadas

no Brasil. Desde o início da ocupação do

espaço brasileiro, as paisagens naturais foram

gradativamente substituídas por lavouras,

campos pastagens e povoados.

Page 7: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Existem diversas maneiras de usar o solo para o

plantio, destacando-se a agricultura de

subsistência e a comercial.

A agricultura de subsistência é mantida

geralmente pelo trabalho familiar, em

propriedades de pequena extensão chamadas de

minifúndios, nos quais o alimento colhido

geralmente serve apenas para o sustento dos

habitantes locais, as sobras da produção são

comercializadas nos povoados vizinhos para

aquisição de roupas, calçados e outros bens

de consumo.

Page 8: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A agricultura comercial desenvolve-se em

grandes propriedades, os latifúndios, na sua

maioria dedicando-se à monocultura, cultivo de

um só produto, comunmente voltada para

abastecer o mercado externo.

Com o objetivo de aumentar a produtividade,

foram aprimoradas as técnicas de cultivo e

investidas elevadas quantias para modernizar

as áreas agrícolas onde se destacam o cultivo

de trigo, uva, milho, soja, arroz e tabaco no sul

do Brasil, e laranja, algodão, café, amendoim e

cana-de-açúcar na região sudeste.

Page 9: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

No litoral oriental do nordeste e no Recôncavo

Baiano com a produção de cana-de-açúcar e

cacau.

Nos latifúndios, cuja tecnologia usada é regular ou

avançada, os trabalhadores geralmente

recebem salários muito baixos. Em

propriedades com grandes investimentos em

novos equipamentos e na fertilidade do solo, a

produtividade é elevada.

Naquelas áreas em que há menor preocupação

com a modernização , as safras rendem

menos, mas, produzem mais que as lavouras

de subsistência.

Page 10: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

O sistema de produção baseado na monocultura

em latifúndios, comum em áreas tropicais, é

chamado de plantation, que destina-se a

exportação. Entretanto, existem lavouras

comerciais, onde a produção é voltada para

abastecer o mercado interno, como o feijão do

norte do Paraná.

A produção agrícola brasileira é bastante

diversificada, mas nem sempre suficiente para

atender a demanda, como a soja, o café, a

laranja e o trigo.

Page 11: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A grande dificuldade para o produtor rural

brasileiro tem sido a oscilação dos preços do

mercado consumidor, devido à concorrência

internacional.

Muitas vezes o valor conseguido pela safra não

cobre os custos de produção, fazendo com que

muitos agricultores de médio e de pequeno porte

a entregarem suas propriedades aos bancos e

outros credores.

Os agricultores que destinam sua produção ao

mercado interno são atingidos pela falta de

garantia de preços e pela ação dos

“atravessadores” e intermediários.

Page 12: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

No ano de 2000 os produtores rurais brasileiros

não conseguiram preço para a safra de milho que

cobrisse, ao menos, as despesas com o plantio,

adubação e colheita. Isso levou a muitos

lavradores a trocarem o milho pela soja.

Em 2002, o Brasil teve problemas com o

abastecimento de milho, que é essencial para

avicultura e para o rebanho suíno.

Page 13: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Os rebanhos brasileiros no contexto atual

A pecuária brasileira é uma das mais

desenvolvidas do mundo. Possuímos o segundo

maior rebanho de gado bovino, mas o maior

rebanho comercial.

A Campanha Gaúcha, ou Pampas, é a maior

área de campos limpos do Brasil, onde a

economia de vários municípios está relacionada

à criação de gado.

Page 14: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

O termo gaúcho – homem que lida com o

rebanho – serve para identificar as pessoas que

nascem nesse estado. No interior nordestino, o

vaqueiro é a que melhor caracteriza o sertanejo.

O nordeste foi a primeira área do Brasil onde a

pecuária bovina, e até hoje o gado rústico, de

pequeno porte, é resistente ao Sol e às condições

adversas do clima semiárido.

No Mato Grosso do Sul o peão toca as boiadas

para longe das áreas alagáveis, conduzindo-as

pela imensidão da planície pantaneira.

Page 15: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Gaúcho Vaqueiro

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O Mato Grosso do Sul é detentor do maior

rebanho bovino nacional, as enormes áreas

planas de pastagens naturais permitiram o grande

desenvolvimento da pecuária de corte.

Os melhores rebanhos brasileiros estão em Minas

Gerais, em São Paulo e no norte do Paraná.

Na produção de leite e derivados, o sul de Minas

Gerais, destaca-se nacionalmente o sul de Minas

Gerais. Esse estado possui o segundo maior

rebanho bovino do Brasil, de pecuária leiteira e de

corte, com destaque no Triângulo Mineiro e no

norte de Minas.

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Page 18: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Minas Gerais, São Paulo e o Paraná alcançaram

grande rentabilidade, graças a modernização da

criação bovina.

O Sudeste e o Sul se destacam na criação de

gado confinado, chamado de criação intensiva.

Raças europeias, asiáticas e norte-americanas,

de fácil de ganho de peso ou alta produtividade

leiteira, são as preferidas.

O uso de tecnologias como máquinas

ordenhadeiras e inseminação, buscam a melhoria

da qualidade do rebanho e a produtividade ,

visando a lucratividade.

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O Centro-Sul exporta carne bovina para diversos

países, tornando o Brasil um dos maiores

exportadores mundiais de carne.

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Aves, suínos, ovinos e caprinos Apenas a China, por ser o país mais populoso

do planeta, e os Estados Unidos, por serem

altamente desenvolvidos, superam o Brasil em

produção industrial de frangos.

A avicultura brasileira, notadamente a criação

de frangos destina-se ao mercado interno e

externo.

No Sul do país, Paraná e o Rio Grande do Sul

são os principais fornecedores.

Page 22: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Estima-seque cerca de 70% da carne de frango

produzida no Brasil é destinada ao mercado

interno.

China, os Estados Unidos e a Alemanha, são os

países que superam a produção brasileira.

Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul

destacam-se na produção de carne suína e

derivados.

O Brasil fornece cerca de 10% das exportações

de carne suína no mundo, lucrando

aproximadamente US$ 1 bilhão por ano.

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Page 24: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Os caprinos e os ovinos não oferecem ao Brasil o

mesmo destaque da pecuária mundial.

A criação de ovelhas tem ampliado no sul do

Brasil, motivada pelo clima subtropical e o pasto

dos campos, nos Pampas Gaúchos.

A criação de cabras no Sertão Nordestino está

sendo incentivada, pela adaptação do rebanho ao

clima semiárido.

O intenso calor e os campos alagados favorecem

a expansão do rebanho de búfalos na Amazônia

(Ilha de Marajó e litoral do Amapá). Cerca de 1,15

milhão de búfalos tornam a região Norte a maior

produtora.

Page 25: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Ovinos Caprinos

Page 26: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Búfalos

Page 27: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Extrativismo vegetal e comprometimento do

ambiente O extrativismo vegetal é a mais antiga atividade

econômica praticada em todo o território

brasileiro, e de grande importância para a

geração de empregos.

A borracha foi um importante produto de

exportação, mas mesmo com a queda do preço

no mercado mundial, ainda emprega muitos

trabalhadores na região Norte.

Atualmente a castanha-do-pará ganhou grande

destaque.

Page 28: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A política de desenvolvimento sustentável no

Amapá tem se preocupado com a preservação da

castanheira. Técnicos do governo estadual

entendem que, além de gerarem lucros ajudam na

preservação da Floresta Amazônica e de todo o

ecossistema.

No Nordeste, a carnaúba, o babaçu e a oiticica se

destacam como fonte de renda e como

fornecedoras de materiais importantes.

Page 29: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Carnaúba

Page 30: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A carnaúba permanece verde o ano todo, e pode

alcançar 20 metros de altura. Dela se aproveita

tudo, o caule é usado na construção de casas, o

fruto serve como alimento pro gado, as folhas,

fornecem um pó que pode ser transformado em

cera, utilizada na fabricação de vela, isolantes,

lubrificantes, vernizes, fósforos e outros.

O babaçu, que produz cachos de grande porte

carregados de pequenos e duríssimos cocos, nos

quais se encontram amêndoas. As amêndoas são

transformadas por indústrias em gordura,

podendo ser utilizado na fabricação de alimentos

ou no preparo de sabão.

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Page 32: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A oiticica, palmeira que chega a atingir 30 metros

de altura, fornece sementes para a produção de

óleo, muito utilizado pela indústria química.

A extrativismo predatório de madeira no Centro-

Oeste, que desmatou mais de 900 mil hectares de

florestas nos últimos anos tem gerado sérios

problemas ambientais, como: a desertificação, o

empobrecimento do solo e o desaparecimento de

nascentes.

Já nas áreas de Floresta Atlântica, no ES, em SP

e no PR, ocorre a retirada do palmito da juçara,

utilizado na culinária. Os palmiteiros estão

levando a extinção da palmeira.

Page 33: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Juçara

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A extração de araucárias, imbuias e outras

madeiras também está proibida, mas indústrias de

confecção de móveis realizam cortes ilegais.

A coleta de erva-mate é uma atividade antiga na

Região Sul. Os índios guaranis, já consumiam a

infusão de folhas de mate. O aumento do

consumo no Centro-Oeste e Sul do Brasil,

Paraguai, Argentina e Uruguai, proporcionou o

desenvolvimento da indústria da erva-mate.

A erva-mate tem uma grande capacidade de

regeneração.

As indústrias passaram a produzir saches para

chá e refresco em pó.

Page 35: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Erva-mate

Araucária

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A silvicultura, consiste no plantio de árvores de

maneira planejada para a obtenção da celulose,

matéria-prima do papel, bem como para

fabricação de casas e móveis, ou a obtenção do

látex, nos estados do Sudeste, Norte e sul do

Brasil.

O Paraná foram plantadas grandes áreas de

pinheiros, pois possuem um rápido crescimento e

baixos custos para manutenção do cultivo.

No Espírito Santo, o eucalipto se adaptou as

condições de clima e solo.

Page 37: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Silvicultura

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No Acre são utilizadas técnicas na extração de

madeiras nobres sem causar prejuízos a

natureza.

Projetos do governo federal auxilia agricultores

assentados em áreas de reforma agrária a utilizar

a floresta sem destruí-la.

Page 39: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

As questões sociais do meio rural

“Se as cidades forem destruídas e os campos

conservados, as cidades ressurgirão; mas se

queimarem os campos e conservarem as cidades,

estas não sobreviverão”. Benjamin Franklin

Isso por que o campo produz alimentos, através

da agropecuária, para o abastecimento das

populações urbanas. Em troca, os camponeses

recebem das cidades os produtos

industrializados e serviços indispensáveis como

a assistência médica.

Page 40: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

A zona rural brasileira apresenta alguns

problemas: a maioria dos camponeses não é

proprietário das terras onde trabalha, e costumam

ser assalariados permanentes ou temporários,

parceiros, arrendatários ou posseiros.

Os trabalhadores permanentes, são aqueles que

recebem salários e possuem direitos trabalhistas,

e são apenas 15% da mão de obra do campo.

Parceiros e arrendatários, são trabalhadores

temporários que utilizam a terra para desenvolver

suas lavouras e criações. Os arrendatários

compram o direito de uso, como se fosse um

aluguel, pago em dinheiro ou em produtos.

Page 41: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Os trabalhadores temporários, não têm salário

fixo, pois recebem pelos serviços prestados,

durante a colheita, quando necessita-se mais mão

de obra. Os esses trabalhadores vão se alimentar,

a comida já está fria, daí o nome “boias-frias”.

Muitas terras, principalmente as improdutivas, são

ocupadas por pessoas que simplesmente se

instalam e organizam o espaço, plantando e

construindo sua moradia. Esses trabalhadores

são chamados de posseiros.

Page 42: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

“Boia-fria”

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Estrutura fundiária, reforma agrária e conflitos de terras

Apesar da modernização da agricultura

brasileira, existem graves problemas agrários,

como a má distribuição de terras e a exploração

dos trabalhadores rurais. Essa modernização

intensifica a concentração nas mãos de grandes

empresas rurais, apresentando dois lados, o

positivo, são feitos investimentos nessas

propriedades, aumentando a produtividade, o

negativo, força a migração de pequenos

proprietários para outros lugares.

Page 44: A modernização do espaço rural brasileiro – Produção de riqueza e degradação ambiental Período Colonia Desde o Período Colonial, a modificação do espaço

Como é o caso dos brasiguaios, agricultores que

ultrapassam as fronteiras brasileiras para habitar

no Paraguai.

Na últimas décadas, a intensa migração de

sulistas para o Mato Grosso, o sul do Pará e

Rondônia, tem substituindo a mata por campos de

cultivo de soja, destinadas à exportação.

A estrutura fundiária brasileira apresenta um

grande contraste, cerca de 44% do espaço

agrário pertence a um pequeno grupo de

latifundiários, enquanto um elevado número de

minifundiários correspondem a menos de 3% da

área rural

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Visando uma distribuição mais equilibrada das

terras, é imprescindível acelerar a reforma

agrária, processo que deverá distribuir terras e

garantir financiamentos, a fim de obter aumento

da produção, bem como a infraestrutura

indispensável para o escoamento de produtos.

Os pequenos têm maior dificuldade de acesso ao

crédito agrícola e a insumos (adubos, fertilizantes

e pesticidas, mas mesmo assim os minifúndios

são responsáveis por grande parte da produção

de gêneros básicos consumidos pelos brasileiros.

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A reforma agrária é fundamental para o desenvolvimento econômico, social e político do país.

Benefícios: inibe o êxodo rural, contêm a urbanização, diminui os conflitos e violência no campo, contribui no combate à fome e à subnutrição e reduz os preços dos alimentos no mercado interno.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) atua em vários estados, com apoio de entidades religiosas, sociais e políticas, no intuito de forçar o governo a acelerar o processo de reforma agrária. As ocupações têm deflagrado graves conflitos, resultando na morte de muitos trabalhadores.

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