a missÃo da igreja
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DEFINIÇAO DA MISSAO E CRITICA A MISSÃO QUE AS IGREJAS ATUAIS VEM DESEMPENHANDO.TRANSCRIPT
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A missão da Igreja frente ao desafio das Grandes Cidades
José Carlos Cruqui
Resumo:
Este artigo busca ampliar a compreensão da missão da Igreja, e ao mesmo tempo
contém uma crítica a missão hoje realizada pelas igrejas num geral, principalmente nas grandes cidades brasileiras onde a desigualdade social mais se evidência, e
este texto também aponta e denuncia o problema da omissão que as Igrejas normalmente fazem, ou seja o não tomar partido em algumas questões colocam a culpa sobre os ombros da Igreja moderna, e que tendo a mensagem de esperança
para este mundo caótico e problemático se omite e faz uma missão distorcida nas grandes Cidades.
Palavras-chave: Missão; Teologia; Igreja; eclesiologia; social.
Introdução
Este artigo trará uma definição do que seja a missão da Igreja, entenderemos
que a missão da Igreja não é somente espiritual, mas que ela é também uma missão
para os dias atuais e não somente um evento que nos levará a alcançar posições
melhores num mundo pós-apocalipse.
Faremos uma crítica ao serviço que a Igreja vem prestando a sociedade,
questionando se a mesma esta cumprindo seu papel, formam-se teólogos que não
cumprem a função da teologia, formam-se líderes que cada dia mais se afastam da
missão da Igreja, esses líderes não se posicionam, não tomam partido, o que
veremos a seguir é uma reflexão sobre o tema proposto, a missão da Igreja nas
grandes cidades.
A metodologia utilizada foram fontes bibliográficas, e pesquisas na internet,
em sites relacionados com a sociedade e com missões.
O problema.
É difícil dizer qual é a missão da Igreja, delimitar essa missão não é algo fácil
de fazer, pois há quem concorde e muitos que também discordam do que seja a
missão da Igreja.
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Para muitos Lideres, Pastores e Missionários, que por anos se dedicam ao
evangelismo, rompem barreiras, estipulam planejamentos evangelísticos, e
realmente fazem esse trabalho com fé, crendo estarem fazendo a missão da Igreja,
Eu louvo e aprecio o trabalho de tais missionários.
Mas precisamos dizer que essa é apenas uma parte da missão, ou uma das
missões da Igreja, é muito mais contundente e abrangente, não é apenas na esfera
espiritual, a missão vai mais distante do que isso, ela começa muitas e muitas vezes
no social, para só depois então ter algum reflexo no espiritual. Mas mesmo em face
do problema vamos tentar fazer uma definição do que seja a missão da Igreja.
Qual é a missão da Igreja?
Definir missão da Igreja como já dissemos não é algo fácil, incorremos no
risco de errar na definição ou por simplificá-la, ou por exagerar no anseio de ir o
mais profundo possível, não queremos fazer cobranças infundadas.
Pensando na missão da Igreja, voltamos nossos olhares para o que a Bíblia
nos diz, encontramos diversos textos, mas Tiago é determinante, quando nos diz
que a fé é morta sem as obras, conforme descrito no seu livro:
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou irmã estiverem nus
e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá dai? Assim também a fé, se não tiver as obras, é
morta em si mesma. ( Tg 2:14-17)
A missão da igreja segundo a própria Bíblia está muito além da fé, é
necessário demonstração dessa fé de um modo prático, ou seja, atos da fé, para
com seu semelhante.
Ainda pensando na missão do homem, somos levados ao ato da criação
encontrada em Gênesis, observemos o texto bíblico:
E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre o gado, sobre os animais selvagens e sobre todo o animal rastejante
que se arrasta sobre a terra. E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus os abençoou e lhe disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeita-a;
dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo os animais que rastejam sobre a terra. ( Gn 1:26-28)
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Neste texto notamos dois principais motivos pelos quais homem e mulher
foram criados, notamos ali a ordenança para o homem sujeitar e dominar sobre a
terra, mas como seria esta sujeição e este domínio?
Conforme nos esclarece por exegese bíblica o Dr. Christopher J. H. Wright,
em que nos da uma visão mais profunda dos objetivos da criação, e do significado
da ordenança divina sobre esta sujeição e domínio.
Deus instrui a espécie humana não apenas para povoar a terra, mas também para subjugar a terra e para governar sobre as demais criaturas. As
palavras kabas (sujeitar) e radah (governar) são palavras fortes, com o sentido de impor sua vontade sobre outros...A primeira palavra, sujeitar, implica provavelmente não mais do que a tarefa da agricultura, mesmo que
agora inclua muitos outros produtos da engenhosidade e dos esforços humanos. A segunda palavra dominar, é mais específica. Descreve a responsabilidade que os seres humanos possuem e não foi dada a
nenhuma outra espécie – a tarefa de governar ou exercer domínio sobre o restante da criação. Com essa palavra Deus está passando as mãos humanas uma forma delegada de sua própria autoridade real sobre toda a
criação.... Dessa forma, o domínio humano sobre o restante da criação deve refletir o próprio reinado de Deus. A imagem de Deus não é uma autorização para um abuso arrogante, e sim um padrão dado a nós para
refletirmos, humildemente, o caráter de Deus. (Wright, 2012, p. 62,63,64)
Com estas palavras em mente entendemos então que a missão dos filhos de
Deus por criação é a de sujeitar e dominar sobre a terra, mas que esse domínio
deve ser mais num sentido de cuidado, como um rei que cuida de seu Reino, sendo
que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus, e essa imagem e
semelhança exige de nós uma postura de cuidador de nosso planeta.
Ainda buscando referenciar a nossa missão, voltamos para o texto bíblico, na
fala de Jesus no evangelho de Lucas, quando ele (JESUS) anuncia sua missão:
E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espirito do Senhor é sobre mim, pios que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do
coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. ( Lc 4:17-19)
Conforme lemos, a missão de Jesus não era somente Espiritual, havia
também um dever social em suas obras e milagres. E ele nos envia a continuar sua
missão da mesma maneira como ele havia sido enviado ele envia os seus discípulos
(Jo 17:18).
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Logo entendemos que a missão da Igreja é ser a imagem de Deus
“dominando” (cuidando) de toda a terra, e dar continuidade a missão iniciada por
nosso Senhor Jesus.
Evangelizar, curar os quebrantados, pregar a liberdade aos cativos, dar vista
aos que estão cegos pelo pecado, enfim é anunciar que há boas notícias
“evangelho”, para todos, mostrar que na Igreja há um lugar para todos e que todos
encontram na Igreja espaço para realizar sua missão.
Resumindo a missão da Igreja podemos listar de forma simples o seguinte:
1. A Igreja ( enquanto filhos de DEUS) criados a sua imagem devem
demonstrar de forma moral essa Imagem de DEUS;
2. A Igreja ( enquanto seguidora dos ensinos de JESUS) deve dar
continuidade a sua missão, ele confiou a nós a sua missão;
3. A Igreja como representante do DIVINO, tem sua função de revelar a
outras pessoas que há algo além deste mundo físico, isso nos torna de
certa forma mais altruístas, pois as ações terão um peso eterno;
4. A Igreja enquanto detentora dos atributos morais de DEUS, deve usar
desses atributos com ações sociais, contundentes;
5. Ir e pregar, em resposta a grande comissão do evangelho de Marcos
que nos diz: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda a
criatura. (Mc 16:15)”, ir e pregar, é a missão. Mas conforme o
professor Fernando Enéas da FEPAR/PR, este verbo “Ide” no original
grego é um gerúndio, que deveria ser entendido como “INDO”, ou seja,
então não é uma ação única, é algo que deve acontecer sempre em
nossa caminhada, a igreja deve sempre estar pregando.
6. Por último, mas não menos importante, temos uma reflexão ecológica
sobre a questão da missão da Igreja, ou seja a Igreja enquanto
detentora do cuidado da terra para seu SENHOR, deve agir como um
mordomo fiel que de tudo dará contas ao SENHOR da vinha.
Conforme Almeida, o que se espera da Igreja, é um padrão diferenciado:
Mesmo sabedores da imperfeição das comunidades locais, ainda é na Igreja que esperamos encontrar os melhores padrões de uma vida comunitária que valoriza as pessoas pelo que elas são e não pelo que têm. É na igreja que vemos a importância das relações familiares, entre marido e mulher e
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pais e filhos. Ali é o ambiente onde as pessoas podem encontrar a razão de sua existência além de ser inseridos num lugar que tem como objetivo a solidariedade e o apoio nas dificuldades, sejam elas quais forem. (Ameida, 2006, p. 222).
Em seu livro uma vida com propósitos Rick Warren, nos diz que fomos feitos
para uma missão, ele também nos diz que esta missão é tanto comum como
especifica, ou seja a minha missão é ao mesmo tempo a nossa missão como Igreja.
Deus esta atuando no mundo e quer que você se junte a ele. Essa
atribuição é conhecida como sua missão. Deus quer que você tenha tanto um ministério no corpo de Cristo quanto uma missão no mundo. Seu ministério é seu serviço junto aos que crêem, e sua missão é seu serviço
junto aos que não crêem... A missão da sua vida é tanto comum quanto específica. Parte dela é responsabilidade compartilhada com todos os outros cristãos, e a outra parte é uma tarefa separada exclusivamente para
você. (Warren, 2002, p. 243)
Com base nisto podemos dizer então que há uma missão particular e
exclusiva que só eu e você poderemos realizar, e há aspectos dessa missão que
realizamos numa Koinonia, que é então exercida pelo corpo ao qual estamos
inseridos. Isso nos torna responsáveis independente das ações de nossa
congregação local. Ou seja a missão é do grupo, mas ela é antes de tudo minha e
sua, então temos que assumir nossa Missão independente de unção e de
designação dos lideres, pois já fomos designados por nosso Rei.
Teologia da missão integral
Já tem alguns anos que essas questões vêm sendo debatidas entre os lideres
das Igrejas, a questão social tem entrado na discussão como missão da Igreja. No
Brasil esta questão apareceu após Congresso Internacional de Evangelização
Mundial realizado em Lausanne, Suiça, em 1974. Onde se reunirão lideres de 150
países, nesse congresso se estabeleceu um pacto entre esses lideres.
Reproduziremos abaixo o item 5 constante neste pacto que trata do papel
social da igreja:
5. A responsabilidade social cristã Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto,
devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem
distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de
termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja
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reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação
política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem,
de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos
ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio
a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
(http://missao-integral.blogspot.com.br/2007/12/pacto-de-lausanne.html, blog de ALAN DE OLIVEIRA, acessado em 15/11/2012.)
O pacto assinado em Lausanne, sem dúvida nenhuma provocou na Igreja um
novo mover para o social que até então era negligenciado por algumas, pensava-se
em missão da igreja apenas o evangelismo, e até se fazia uma ou outra ação que
visava o social, mas após o pacto notou-se no Brasil um novo ardor social.
Então fica entendido que além da evangelização a Igreja tem sua
responsabilidade social e moral, e a mesma deve desenvolver tanto um como o
outro papel.
A missão nas grandes cidades
A igreja na grande cidade tem sua missão colocada á prova, visto que seu
papel não é apenas evangelizar. Então sabemos que evangelizar o homem da
cidade é diferente de evangelizar o índio, ou o homem do campo ávido por crer, na
cidade há muitos problemas: há a prostituição, o roubo, a enganação, a fome, o
abandono, as favelas, o afastamento da escola que condena a uma vida medíocre e
sem expressão.
Há por outro lado a vida enclausurada, escondida, trancada, velada, e às
vezes até falsa, mas que se gaba de caminhar entre um shopping e outro.
Nas grandes cidades devido a multiplicação de igrejas é possível encontrar-se
numa mesma rua, duas, três ou quem sabe até mais igrejas, disputando a atenção
dos transeuntes que vez por outra arriscam a entrar numa delas.
Dessa “disputa” evangélica surgiram novos modelos tentando acompanhar a
modernidade e a evolução dos tempos nas grandes metrópoles.
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Definitivamente fazer missões em tempos modernos e nas grandes
metrópoles, cidades estas que não tiram sequer um cochilo, exige um novo
missionário, uma nova abordagem, é necessário que o novo missionário faça uma
releitura do seu tempo, utilize novos métodos, novos mecanismos, sem esquecer o
social que é a palavra de ordem para as grandes cidades.
A Igreja, que tem a teologia como matéria principal, deve lembrar-se do dever
da teologia nos grandes centros metropolitanos.
A teologia tem um papel importante para a igreja, Marcos Adoniram Lemos
Monteiro afirma:
O primeiro e principal instrumento que a Igreja tem nas mãos é o teológico. É no silêncio da voz teológica que a ansiedade e a perplexidade da Igreja extravasam em gritos e gemidos. A teologia fornece alguns aspectos
indispensáveis ao pastor e à Igreja que desejam se posicionar na cidade e oferece respostas para as dúvidas e inquietações que acompanham aqueles que se movimentam.(Monteiro, 2007, pg. 16)
Sabemos que nas grandes cidades, o social é buscado, é esperado e
almejado, algumas Igrejas utilizam-se do social apenas como uma ferramenta de
evangelismo, isso não é de todo mau, mas o que preocupa é a intenção por traz
desse evangelizar os pobres, a classe pobre acaba virando uma massa de manobra
na mão de algumas Igrejas, é fato que há suas exceções, mas a grande maioria
enxerga no pobre mais um número para seu rebanho. A Igreja fazendo isto nem esta
resolvendo o problema como também não esta cumprindo com o seu papel de
evangelizar.
Ela “a igreja” esta vivendo de a falsa ideia de dever cumprido, quando vai ás
praças distribui meia dúzia de refeições canta-se um hino ou dois, balança-se,
sacode-se, pula e pronto, acabou, cada um volta a sua rotina. E a igreja segue seu
caminho dizendo a si mesma que realizou o seu papel. Mas seria mesmo esta a
missão da Igreja? Porque será que vemos muitas Igrejas ainda que estejam
inseridas na sociedade se afastam da POLIS e de suas questões.
A nossa teologia hoje não tem cumprido seu papel conforme diz Marcos
Adoniram Lemos Monteiro em sua obra, para ele a teologia hoje praticada não
demonstra Deus:
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A teologia praticada no nosso século é inadequada e inconsistente,
tanto na forma como no conteúdo. Ela é insuficiente na forma por rejeitar a realidade tal como se apresenta, não revolver essa mesma realidade com os instrumentos científicos de análise e não demonstrar (ou demonstrar
apenas parcialmente) o mistério de Deus na história. Um exemplo disso é o modo como a Igreja aborda a si mesma e à
cidade. A Igreja percebe a cidade como fruto de um processo histórico
contínuo e como uma extensão geográfica do campo, ou seja, algo perfeitamente natural e harmônico. Isso significa que a Igreja não sabe observá-la. A cidade atual representa uma descontinuidade, fruto de uma
ruptura histórica e geográfica. A urbanização nos países do Terceiro Mundo acontece tão
rapidamente que as cidades se transformam num câncer histórico não
planejado, chegando mesmo a se assemelhar visualmente a um tumor cancerígeno. (Monteiro, 2007, pg 17,18)
Pensa-se num modelo de evangelismo que não fica fora a TV, e a internet,
mas e a missão de ser igreja? E a missão de levar o amor de Deus aos homens e
clamar por justiça? sim a justiça, somos a igreja de Deus, e ele é um ser justo e
bom.
Nas grandes cidades há um campo aberto para a igreja realizar a sua missão,
pois é evidente as injustiças sejam sociais ou não. É evidente a fome, o desejo por
justiça, a igreja de nosso tempo tem que tomar partido.
Assumir sua missão e tomar partido em favor dos pobres e oprimidos, contra
os opressores capitalistas que nas grandes cidades exploram e escravizam os
menos afortunados viventes, que duvidam até da existência de um Deus bondoso,
visto que a Igreja sua representante se cala diante das injustiças e não cumpre o
papel de divulgadora de boas e novas notícias, e fica transmitindo o velho discurso
do passado, inovando apenas em formas de culto e música, mas se afastando cada
vez mais das questões politicas que dirigem e orientam a PÓLIS1.
O evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens.
Queremos concluir com a máxima da teologia da missão integral, ou seja,
abrange todos os sentidos, é uma teologia completa e inteira, que abrange todas as
esferas do humano.
O evangelho todo, sem nada deixar do que aprendemos de nosso Mestre,
para o homem todo, em todas as esferas de suas necessidades, sejam elas
espirituais ou até mesmo materiais, para todos os homens, independente de sua
1 pólis (πολις) - plural: poleis (πολεις) – usado como sinônimo de CIDADE.
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cor, raça, ou credo, more ele numa mansão ou em casa de ribeirinhos, ou seja, de
um extremo ao outro das classes sociais. Por isto é chamada de missão integral.
Isto é papel da Igreja, conforme Osmar Ludovico escreve:
A Igreja certamente tem um papel fundamental no nosso país como
instrumento de transformação, desenvolvimento e justiça, por uma evangelização acompanhada de ações sociais, educacionais e de cidadania, restaurando o homem brasileiro em todas as suas dimensões.
(Osmar Ludovico, disponível em: http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=52&materia=264 - Acessado em 17/11/2012.)
Todas as igrejas devem e precisam fazer um novo discurso nas grandes
cidades, inovar no discurso e na prática do mesmo, tomar o partido dos pobres,
viúvas e órfãos, e mostrar o que é evangelho de verdade, que o evangelho não é
apenas mudança de roupas e de corte de cabelo, é papel da Igreja enquanto
representante do Divino, mostrar que o evangelho é esperança para esta vida e
além dela. Enfim o desafio social para a Igreja nas grandes cidades, é como um
gigante que a desafia.
Referências bibliográficas
Bíblia Sagrada. Bíblia de Estudo Plenitude, Almeida Revista e Corrigida, SBB,
1995.
Alan de Oliveira, Blog Missão integral - Igreja transformando o mundo!, disponível
em:http://missao-integral.blogspot.com.br/2007/12/pacto-de-lausanne.html,
acessado em 15/11/2012.
Osmar Ludovico, A Missão Integral, Revista Enfoque Gospel, edição 52, disponível
em : http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=52&materia=264,
acessado em 17/11/2012.
Monteiro, Marcos Adoniram Lemos. UM JUMENTINHO NA AVENIDA, Missão da
Igreja e as Cidades, Viçosa, Mg, Editora Ultimato, 2007.
Wright, Christopher J.H. A Missão do Povo de Deus, Uma teologia Bíblica da
Missão da Igreja. São Paulo, Sp, Editora Vida Nova, 2012.
Ameida, Marcos O.N. de. A missão integral no contexto urbano. 2006.