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Experimento da Filadélfia, indicam uma aplicação imprópria e inapropriada de segredos e de energiasespirituais e a sua utilização egoísta, unilateral e autoritária.

Parece ironia o fato de que a Merkabah e a Teoria dos Campos Unificados tenham tanto em comum, poisambas permitem o acesso a dimensões mais elevadas, apesar de que a Merkabah tem uma naturezaestritamente espiritual e a outra uma intenção e um objetivo aparentemente nefastos. No entanto, eu acredito,sem a menor sombra de dúvida, que o acesso à quarta dimensão realizado pelo homem, em função de suascaracterísticas não espirituais, terá um escopo e uma aplicação limitados, e ao final fracassará, a não ser queo homem aceite direcionar todo esse conhecimento para propósitos altruísticos. Com toda a certeza, apesarde tecnologicamente compatível com a Merkabah, o nível de conscientização e a intenção são enormementediferentes, e pode-se questionar até que ponto ele terá acesso ao segredo.

Utilizando os critérios dos ETs Greys de Zeta Reticuli e outros afins, o governo americano poderiapossivelmente acessar esse mundo secreto e evoluído através da inteligência e da tecnologia, mas haverialimitações na sua abrangência e dimensão, devido à falta de espiritualidade. Os Ets Greys fizeram isso eescolheram abandonar sua espiritualidade e humanidade, divorciando-se, portanto, das sagradas qualidadeshumanas que nos vinculam com o Espírito e o Deus Criador, que são, acima de tudo, amor e perdão.Imagina-se que, na suposição de que o governo do mundo tenha acessado e apreendido até certo ponto a

quarta dimensão, seu escopo e desempenho serão limitados a uma dimensão linear, o que impedirá a suaentrada nos aspectos mais elevados da quarta dimensão e do mundo espiritual. Assim isolados, eles existirãonum estado de suspensão animada num mundo destituído de amor e de espiritualidade. Honestamentefalando, antes eles do que eu!

Declarei anteriormente que a Merkabah e o Cinturão de Fótons estão vinculados de maneira muito próximae divina. Cientificamente o Cinturão de Fótons se refere à Idade de Ouro, ou de 2.000 anos de luz; suaradiação é chamada radiação manásica. Espiritualmente, no entanto, podemos considerar a Idade de Ouro ede luz como sendo representativa da morada do Cristo. Seguindo este pensamento, a radiação manásica é aemanação ou radiação do poder e da presença do Cristo. Assim relacionados, podemos facilmente ver ainterconexão entre Merkabah, Cinturão de Fótons e Cristo. O Cinturão de Fótons está numa quarta dimensão

de consciência, um grau acima da nossa terceira dimensão e, portanto, não podemos entrar nessa dimensãomais elevada até que tenhamos completo domínio sobre a terceira dimensão.

O instrumento que mede nossa consciência planetária e que determina o percentual da humanidade que estápronto para ascender à Era de Ouro ou de luz, que na verdade é a Consciência Crística, é a Merkabah e os 24Anciãos que, juntamente com Cristo, determinam e selecionam quais de nós somos elegíveis para apromoção da terceira para a quarta dimensões. Esta consciência coletiva forma o veículo através do qualevoluiremos da quarta para a quinta dimensão. Entretanto, nada disso acontecerá se não fizermos nossaparte, que consiste em transmutar nosso corpo físico em um corpo de luz, assim como o grande Mestre Jesuso fez. Como conseguiremos isso? Infelizmente não será tão fácil, porque temos sido doutrinadoserradamente e ensinados por aqueles que nos trouxeram para este planeta com o único propósito de nos

controlar e de nos usar. Esses são os povos Wormwood (vermes da madeira), ou os deuses menores, que noseu cuidado para nos controlar e nos usar, criaram para nós um mundo de ilusão e irrealidade. Porconseguinte, tudo o que consideramos ser verdadeiro é pervertido e completamente falso; seu objetivoprincipal é nos manter confusos, num mundo de esquecimento e ilusão. Por ironia, o objetivo da Merkabah édeterminar quais de nós nos apercebemos do fato de que fomos enganados e induzidos a crenças errôneas, equais dentre nós estão prontos para quebrar as amarras que nos restringem, e declarar: "Basta!". Jáparticipamos por um tempo demasiadamente longo desse jogo de ilusões. Acabou. Agora conhecemos averdade e é tempo de retornarmos às nossas origens. A longa farsa terminou! Que assim sejaI Estamosdiante de uma oportunidade agora, mas quantos de nós responderão de maneira favorável?

A Merkabah é de natureza cíclica; ela avalia nossa consciência planetária a cada 26.000 anos (maisprecisamente, a cada 10.500 anos, com um intervalo de 4.000 anos de luz entre eles). Observe que tratamosde generalidades. Em 1995 atingimos o pico de um período de 10.500 anos de trevas, de acordo com aNASA e manuscritos bíblicos encontrados em Damasco (a cidade mais antiga do mundo), e encerraremosnosso atual nível de consciência e entraremos na Idade de Ouro, ou Cinturão de Fótons, no ano 2000. A

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partir do momento em que este texto foi escrito, isto significa que nos restam apenas três anos neste nível deconsciência, com a responsabilidade de, mais uma vez, respondermos ao chamado de retorno ao nosso lar ounegarmos e repetirmos o ciclo de 10.500 anos de trevas. Esperemos que nessa próxima oportunidadevejamos o erro de nosso comportamento, que foi baseado em esquecimento, ilusão e engano, e que jamaisteve a menor intenção de nos favorecer. Os Grandes Embusteiros, os deuses menores, nos tornaram vítimas.Ainda que sob a ótica mundana e materialista isto parece ser assustador e menos que benigno, não tem umaabrangência e um propósito espirituais que envolvem a Merkabah e provavelmente, creiam ou não, o "DeusCriador".

Permitam-me prosseguir um pouco além. Erradamente, a maior parte dos povos da Terra acredita que oDeus Criador é perfeito, estacionário e que não se expande. Se o Deus Criador fosse estacionário e perfeito,não haveria mais criação, o que causaria um estado constante de entropia. Assim, a longo prazo, toda acriação deixaria de existir. Se alguém desejar conhecer um aspecto do Criador, saiba então que se trata doaspecto "E se?". E se eu fizer isto, o que acontecerá? O Criador está vivo e chero de energia, inteligência e,sim, de curiosidade. E se...? O que acontecerá com esta nova criação?

À medida que caminhamos, tenhamos sempre em mente que tudo o que foi dito tem relação direta ouindireta com o Cinturão de Fótons e a Merkabah, os quais, juntamente com o nosso planeta, você e eu, estão

interconectados. Não podemos ficar isolados uns dos outros permanentemente, porque todos somos partesinerentes do plano e da consciência divinos.

Reflitamos a respeito da situação da nossa posição planetária no que diz respeito aos outros planetas dosistema solar. Como mencionado anteriormente, nós somos especiais, assim como é especial o nosso papel

 junto ao Criador e aos outros planetas do sistema solar. Neste momento presente, nós somos o foco principalda atenção divina. Todas as preocupações concernentes à mudança para a Merkabah e o Cinturão de Fótonsconvergem para o planeta Terra. Todos os outros planetas já atingiram um estado de prontidão e ascensão, eagora todos os olhos se voltam para nós e nossa tardia ascensão, para que possamos integrar a Confederaçãodos Planetas. Sem a nossa presença, o processo de ascensão e Merkabah não se completará e nemacontecerá. Desde que o centro de tudo depende de nos juntarmos aos outros planetas para assegurar um

movimento integrado em direção à Merkabah e ao Cinturão de Fótons, muitos dos eventos citados emprofecias não ocorrerão, tais como a mudança do eixo da Terra (como sempre foi o caso no passado), oadvento de uma terceira Guerra Mundial, a contínua repressão por parte dos deuses menores para nosaprisionar aqui na Terra, e muitos outros. Por necessidade, tudo isso agora deverá ser controlado etransmutado com o objetivo de assegurar uma promoção bem sucedida deste estado tridimensional paradimensões mais elevadas.

Isto, certamente, permite visualizamosr outras possibilidades que não são compatíveis com os eventosesperados ou citados em profecias. Faz mais sentido se pensarmos que nós, como sistema solar, estamoscompletando um ciclo maior que corresponde, como explicado anteriormente, a 208 milhões de anos, e estefato indubitavelmente se torna o arauto de uma mudança de rota. Presumindo-se que tudo isto seja verdade,

as tão alardeadas mudanças na Terra, assim como o colapso dos governos, ciência e religião, poderão nãoacontecer. Ao invés disso, através de um processo espiritual de mudança, todos poderão ser transformadoscom muito sucesso em elementos superiores de consciência e poderão ser poupados dessas adversidades,mas não contem com isso porque, conforme se sabe, a Lei espiritual de Retribuição ainda está em ação.Como Jesus disse, "Tudo o que semeastes, assim colherás". Só o tempo dirá.

De acordo com esta hipótese, tudo será transmutado para um estado de luz, que certamente existe, e estamosprogressivamente sendo mais e mais banhados e impregnados pela luz do Cristo e pela convivência com umnúmero cada vez maior de ETs cristãos e altamente evoluídos. De fato, há muitos dentre nós que nasceramde pais mortais, mas que, na realidade, são mais espirituais e extra-terrestres do que humanos. Na grandemaioria, são jovens e perfeitamente conscientes de sua origem, de quem são, e de que não têm limitações.Eles desempenharão papeis importantes num futuro próximo, mas no momento ainda não têm consciênciado seu papel de especial importância.

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No pólo oposto, no entanto, neste momento cerca de dois terços da população mundial não têm consciênciada sua cristandade ou, se têm, não tomam conhecimento dela. Isto significa que dois bilhões de pessoasestão prontas para a ascensão, enquanto que quatro bilhões não estão, ou escolheram não estar prontas paraascensionar para a quarta e quinta dimensões. De acordo com as regras do jogo, todos nós, antes dedescermos para esta dimensão inferior, aceitamos e concordamos que a negação em aceitar a vinda daconsciência Crística e suas energias transformadoras, podem somente resultar no ônus de um novo períodode 10.500 anos de trevas e negatividade. Se, realmente este estado de consciência tiver terminado, entãonaturalmente o resgate será feito de alguma outra maneira, na medida justa equivalente à falta cometida. AsLeis Universais/do Criador são exatas e também devem cumpridas com determinação e pelas consciênciasantagônicas a elas.

Como anteriormente mencionado, as especificidades da Merkabah podem ser comparadas à GeometriaSagrada ou ao tetraedro sagrado, ou seja, a pirâmide com três faces triangulares e uma base triangular. AGeometria Sagrada é, indubitavelmente, a chave para a vida, mas como tem sido sempre explicado, suaprática é muito demorada e complicada. Infelizmente aqueles que tiveram a boa sorte de participarpessoalmente de um workshop sobre Merkabah, sempre, ao final, consideram-na como a única solução. Istoé tolice e perigoso, e certamente cheira a pensamento errôneo e exaltação do ego. Um outro aspecto doassunto é o ensino e a prática. Novamente observamos o perigo para o professor que não esteja muito bem

preparado e que não tenha uma total compreensão dos sagrados princípios envolvidos, pois poderá ensinarerradamente e possivelmente causar um prejuizo irreparável para o aluno. Não pense que isso não acontece.

Há anos venho ensinando como curar, com ênfase nas RESPONSABILIDADES DE CURAR, pois se trata,indubitavelmente, da arte metafísica mais mal praticada e que tem passado por uma grande sorte de abusos.Na maior parte das vezes o que se vê é "um macaco de imitação" sem nenhuma preocupação com o fato deser a técnica verdadeira ou não. "Realmente isto foi o que meu professor ensinou e portanto deve estarcerto". Enquanto isso o aluno pode ter sido doutrinado erradamente e pode estar espalhando doenças, aoinvés de curá-las. Segredos espirituais devem ser ensinados de maneira correta e responsável, porque emcontrário, se tornam perigosos para a humanidade e uma bênção para as forças das trevas.

Permita-me dar um exemplo do que estou dizendo. Vamos, neste caso, enfocar a cura com as mãos, quetrabalha com o corpo e a aura. Invariavelmente quando se observa alguém envolvido nesse tipo de cura,observa-se que o curador retira suas mãos do corpo ou da aura do paciente e vigorosamente sacode suasmãos fora do corpo ou da aura do paciente. O objetivo é livrar suas mãos e o recipiente das energias doentesque se acumularam em suas mãos durante o processo de cura. Mestres de cura podem etericamente retiraresses resíduos de suas mãos à medida em que estão trabalhando, mas o que acontece com os que não sãocapazes de transmutar as doenças enquando estão atuando? É aí que reside o perigo. A maioria não sabe quea energia doente tem inteligência e que, quando sumariamente removida de seu hospedeiro e jogada foraaleatoriamente, entra em pânico e começa imediatamente a buscar um novo hospedeiro, isto é, vaiprogressivamente se alojando na aura e no corpo do novo hospedeiro. Assim, por ignorância eirresponsabilidade, a doença se espalha.Talvez o paciente, já em processo de cura, se sinta melhor, mas o

que acontece com a pessoa que, sem saber, contraiu a doença? Portanto, pode-se ver o perigo que há naprática das artes espirituais.

Se você decidir participar de um workshop sobre Merkabah, verifique as credenciais dos professores antesde se inscrever. Se tiver alguma dúvida durante o processo de aprendizado, questione o professor. Isto é paraa sua própria proteção e a daqueles a quem você for ensinar no futuro. Se este for o caso, seja lá o que vocêfizer, mantenha os ensinamentos simples e compreensíveis. A Merkabah é a mais recente novidade da antigaarte da espiritualidade e muitos gostariam de se envolver nisso, mas tome cuidado, pois como todas as artesespirituais, ela também tem seus perigos inerentes.

Entretanto, a Merkabah não é o único caminho de volta para a Fonte ou para se atingir o  Cinturão de Fótons. A atual e mais simples metodologia é a de aprender a viver e falar em Amor, Luz e equilíbrio, ou serinundado pela Consciência Crística, ou dominar os Sete Princípios  – todos eles utilizando as energias deDeus ou do Cristo, e que automaticamente levarão você à Merkabah.

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Sem considerarmos a Geometria Sagrada, com que se parece a Merkabah? Já dissemos que seu veículo esuas partes componentes são o tetraedro. A Merkabah em seus estágios iniciais de formação é a consciênciaespiritual acumulada da humanidade, que cria a interconexão, o tubo da ascensão entre a Terra e o campoprincipal de Merkabah. O processo requer um terço da população existente no planeta para formar o tubo(etérico) de ascensão. No momento em que escrevo estamos avançando nisso.

Antigas tradições místicas (como a Kabbalah), e informação contemporânea canalizada (como "As Chavesde Enoch") falam de Merkaba como sendo um veículo para viagem inter-dimensional. Na medida que nosaproximamos do momento da "Mudança", ensinamentos outrora secretos sobre a Merkaba estão vindo à luz.É possível criar um campo de Merkaba vivo por meio da meditação?

Este campo facilitaria a comunicação com seu Eu Superior? É a Merkaba um meio de Ascensão?

A MERKABA A palavra Merkaba é composta de três palavras menores - Mer, Ka, e Ba que, assim como asusamos, vêm de antigos textos egípcios. Essa palavra tem várias pronúncias, nos diferentes idiomas, taiscomo: Merkabah, Merkava e Merkavah. Apesar de haver várias pronúncias dessa palavra, geralmentepodemos pronunciá-la como se se tratassem de três palavras separadas ( isto é, com a mesma acentuação emcada sílaba).

"Mer" refere-se a um tipo específico de luz que foi compreendida no Egito somente na décima-oitavadinastia. Era vista como se existissem dois campos de luz girando em direções opostas, no mesmo lugar,gerados por um certo tipo de respiração,

"Ka" refere-se à interpretação do espírito do indivíduo a respeito de sua realidade particular.

Em nossa realidade específica, "Ba" é geralmente definida como o corpo ou realidade física. Em outrasrealidades onde os espíritos não têm corpos, Ba refere-se aos seus conceitos ou interpretação da realidadeque são trazidos para eles.

Assim, a Merkaba é um campo de luz girando em duas direções opostas que afeta espírito e corposimultaneamente. É um veículo que pode levar o espírito e o corpo ( ou sua interpretação da realidade) deum mundo, ou dimensão, para outro. Na realidade, Merkaba é muito mais do que isto, porque pode criarrealidade assim como viajar entre realidades. Para nosso uso aqui, nós enfocaremos principalmente seuaspecto como veículo inter-dimensional ( Merkaba significa "carruagem"em Hebraico), que nos permitiráretornarmos ao nosso original elevado estado de consciência.

Uma vez tendo sido iniciado o campo de Merkaba em torno do seu corpo, ele criará um disco que se estendepor 55 pés (dezoito metros mais ou menos) da base de sua columa vertebral, e que em realidade se parecemuito com um disco voador. Quando você está na Merkaba, seus pensamentos e sentimentos tornam-semilhares de vêzes mais poderosos. Você também será capaz de criar um campo magnético que manterá sua

memória intacta de tal maneira que você se torna imortal. Em outras palavras, não haverá solução decontinuidade em sua memória. Aqueles que forem incapazes de iniciar sua Merkaba terão sua memória e suamente apagadas quando o campo magnético em torno da Terra entrar em colapso, e terão que começar tudode novo. Como podemos ver, não se trata de um processo como o de reencarnação. É mais como desligarum computador e perder todos os arquivos.

Você será capaz de se locomover entre os níveis dimensionais, mas perderá a consciência sobre o outro lado.No entanto, algumas pessoas altamente evoluídas ( duas, trabalhando juntas para construir Merkaba), serãocapazes de levar aproximadamente 150.000 pessoas com elas.

Para ser claro, retornar ao nosso estado original é um processo natural que pode ser fácil ou difícildependendo de nossos padrões de crenças. No entanto, só o fato de nos envolvermos com as relaçõestécnicas de Merkaba tais como: corrigir nossos padrões de respiração ou mentalizar as conexões infinitaspara todos os padrões de Vida, por exemplo, não é suficiente. Há ainda um outro fator que é até maisimportante do que a própria Merkaba, é compreender, realizar e viver o Amor Divino. Porque é o Amor

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Divino (às vezes chamado Amor Incondicional) o fator principal que permite a Merkaba tornar-se umcampo vivo de luz. Sem o Amor Divino, a Merkaba é apenas uma máquina, e essa máquina terá limitaçõesque nunca permitirão ao espírito que a criou retornar para casa, e alcançar o mais elevado nível deconsciência - o lugar onde não há níveis.

Nós precisamos experienciar e expressar o Amor Divino para podermos atingir uma certa dimensão ( e omundo dirige-se rapidamente para aquele lugar elevado! ). Realmente, nós estamos deixando o lugar deseparatividade onde nós vemos apenas a nós mesmos de dentro dos corpos olhando para fora. Esta visão terádesaparecido em breve, para ser substituida por uma nova realidade, onde todos nós teremos o sentido deunidade absoluta com toda vida; e esse sentido crescerá mais e mais na medida que nos movemos para o altoatravés de cada nível na nossa jornada para CASA.

A MERKABA E A BÍBLIA Apesar de Merkaba ser usualmente considerada uma palavra egípcia, elatambém aparece na língua hebraica. Nas versões inglesas da Bíblia, é geralmente traduzida como"carruagem ". As letras hebraicas que formam a palavra Merkaba são Mem-Resh-Caph-Beth, da palavra raízResh-Caph-Beth, que significa "viajar". Mer-Ka-Ba e duas palavras relacionadas, mer-kab e re-kev, sãogeralmente traduzidas como "carruagem" ou às vezes como "vagão", mas ela são realmente equivalentes àpalavra inglesa "vehicle" (veículo) ou "condução" , isto é, algo que transporta você a algum lugar. Esta raíz

veio para o hebraico moderno na palavra rakevet, que significa "estrada de ferro".A história fica mais interessante quando nos lembramos que o mais antigo ensinamento da Kabbalah ( isto é,a tradição mística e oculta dentro do Judaismo), era a meditação Merkaba. O Talmud menciona a meditaçãoMerkaba quando diz que Judah, o Príncipe, proibiu que fosse mencionada no Mishnah, presumivelmente porcausa de seu ensinamento místico. No entanto, referências a ela no Tosefta, que é um tipo de apêndice doMishnah, bem como alguns manuscritos remanescentes apontam a meditação Merkaba como tendo sidopraticada pelo menos até o segundo século antes de Cristo.

Apesar de só podermos especular, parece que praticantes de Merkaba combinavam meditação, prece eposturas de Yoga de tal forma que eles ascendiam ou descendiam no seu Merkaba, nos seus "veículos" , a

reinos onde eles literalmente viam anjos, salões celestiais, e o próprio Trono de Glória. Agora, uma perguntaque nos vem à mente é a seguinte "Onde será que os cabalistas realmente foram?" A resposta parece ser que"eles viajaram para outras dimensões da realidade".

Tanto a comunidade científica como os estudantes de misticismo e ocultismo parecem caminhar para umentendimento compartilhado de que, até onde vai a realidade, o que vemos não é tudo o que existe,isto é, arealidade física que percebemos não é a única que existe. É a única na qual estamos sintonizados, e está cadavez mais óbvio que há outras realidades, ou dimensões da realidade, como queiram,que existemsimultaneamente no tempo e espaço com esta nossa. Pode-se pensar como os canais na televisão. Se alguemdissesse para você, "Minha TV não pega o canal SBS, mas na noite passada eu instalei um antena de satélitee assisti um filme no SBS", você não responderia dizendo, "Você apenas sonhou que assistiu o SBS" ou

"Você apenas teve uma alucinação em que assistia o SBS". É aceitável que uma antena de satélite permitasintonizar numa freqüência que a TV não consegue. Eu diria que, da mesma forma, os praticantes demeditaçao Merkaba e os profetas também, foram capazes de dominar a arte de sintonizar dimensões derealidade diferentes e mais elevadas.

A natureza multi-dimensional da realidade, assim como a habilidade de se movimentar entre dimensões,também explicam como seres como os anjos são capazes de desaparecer à vontade, simplesmente ligando oudesligando a sua sintonização na nossa dimensão de realidade. Os devas, as fadas, os OVNIs, tudo pode sersimilarmente explicado. De fato, os Mestres nos ensinam que níveis dimensionais são separados porfrequências de ondas (por exemplo: a terceira dimensão tem uma freqüência de onda de 7,3cm) e 90 graus.Você pode ter ouvido histórias de OVNIs cruzando os céus, fazendo uma curva de 90 graus edesaparecendo. Os seres nesse OVNI uniram suas consciências e provocaram uma mudança específicadentro deles mesmos, relacionada com esses 90 graus. Quando eles assim o fazem por meio da respiração ede sua conexão, eles conseguem fazer um navio inteiro desaparecer e penetrar no nível dimensional em queeles estão sintonizados. Mas, voltemos à Bíblia.

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O mais incrível exemplo de Merkaba é encontrado num outro livro profético, segundo Reis, na história deElias. Na tradição judaica Elias é o mais querido de todos os profetas. Uma taça de vinho é dedicada a ele nacerimônia da Páscoa, e uma cadeira é destinada a ele nos rituais de circuncisão. Esses gestos simbólicosconvidam Elias a se juntar aos celebrantes. Por que é Elias convidado e nenhuma outra figura bíblica,histórica ou lendária? Porque a tradição judaica diz que será Elias quem virá para anunciar a chegada daRedenção. Nos Evangelhos, Elias é mencionado mais de 24 vezes e é sempre em relação a isto. Por que temElias tal honra? Por que não Moisés, ou o Rei Davi, que afinal das contas é a raíz da linhagem que deveráproduzir o Messias?

A tradição judaica afirma que Elias será o precursor do Messias porque.... ELIAS NUNCA MORREU!Assim diz a Bíblia. No segundo capítulo do segundo livro de Reis, lemos que Elias e seu discípulo Elisha,caminhavam em judá. Em Bethel, a irmandade dos profetas veio saudar Elias, e 50 membros da irmandadeos seguiram até a vau do Jordão. O que era essa irmandade de profetas? A frase hebraica que os descreve é

 b’naiha-nevi’ im, e não aparece em nenhuma outra citação na Bíblia. Este fato por si só aponta para algomuito especial, talvez essas irmandades fossem antigas escolas de mistérios judaicas, semelhantes ás escolasde mistério do Egito e da Pérsia, onde se ensinava a fazer viagens inter-dimensionais .

A história continua. Elias e Elisha atravessaram o Jordão. Repentinamente uma Merkaba de fogo aparece e

Elias desaparece num turbilhão. Só isso. Na terceira dimensão da realidade, na qual estamos sintonizados,Elias desapareceu!

Acontece que muitos estudiosos de tendência racionalista explicam esses versículos da seguinte maneira:Elisha teve uma "visão" de uma carruagem de guerra, de fogo, e em seu estado dissociado, ele "imaginou"algo caótico ( o turbilhão) e foi assim que ele experienciou a morte de seu mestre. No entanto, achamosmuito curioso o uso dessa palavra "turbilhão" que indica, pode-se crer, que estamos lidando aqui com algoalem de uma alucinação.

Sabe-se que uma viagem inter-dimensional envolve campos energéticos girando em direções opostas,vórtices, se você preferir, ou "turbilhões", se você estiver apreciando da perspectiva da época, o ano 850 a.

C. Este detalhe da história apoia a noção de que Elias viajou para algum outro lugar. Para muitos, issoparece absurdo, portanto, talvez um outro detalhe que sugira claramente que há algum mistério escondidonessa história da Ascensão de Elias. E é o fato de que esse dois versículos, e em nenhum outro lugar daBíblia hebraica, a palavra "turbilhão" foi escrita incorretamente.

Para os estudiosos Masoretic, em Tiberius, que revisaram a pronúncia da Bíblia Hebraica no ano 900 D.C.,terem errado a grafia de "turbilhão" apenas nesses dois versículos, significa que havia uma tradição oralmantida viva desde o exílio na Babilônia, isto é, por 1 400 anos se dizia, "Soletre como s’oroh em qualquer 

outro lugar na Bíblia, mas nestes dois versículos soletre suh-orah"! A sobrevivência desta estranhapronúncia, diligentemente transmitida oralmente de geração a geração, após tantas andanças e mudanças dopovo judeu, indica que há algo muito especial nesses versículos.

Qualquer interpretação de documentos e tradições tão antigas, está sempre aberta a questionamentos. Noentanto, parece óbvio que esta tradição contínua de grafia errada dessa palavra hebraica que significaturbilhão, foi feita para alertar para o fato de que há algo muito esquisito nesta história. Seria pedir muitodizer que isto significa para nós: Não aceite que Elisha tenha tido uma visão de uma carruagem de guerra defogo, e um turbilhão no qual Elias parece ter desaparecido.

Imagine, ao invés, que Elias entrou numa Merkaba, um veículo forma-pensamento, e ascendeu para fora denossa dimensão de realidade, em campos de energia movendo-se em direções contrárias, o turbilhão, semdeixar seu corpo físico.

Num pouco conhecido texto da Kabbala, a Midrash para Provérbios, o Rabino Ishmael diz:

Se aparecer perante o Senhor alguem que tenha estudado o Talmud, o Santo Senhor dirá a ele: "Meu filho, jáque você estudou o Talmud, por que também não estudou a Merkaba, para perceber o meu esplendor? Pois

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nenhum deleite tenho eu na minha criação que iguale aquele que me é dado quando estudiosos olham alemda Torah e vêem e crêem e meditam sobre:

Meu trono, e o hashmal visto por Ezequiel, e as torrentes de fogo sob meu trono, e as pontes que osatravessam, e os ofanim ( um tipo de anjo ), e os gilgalim (outro tipo de anjo ). E não é para isso a minhagrandeza, e a Minha glória e a Minha beleza: para que meus filhos conheçam Meu esplendor vendo tudoisto?

O Rabino Ishmael conclui:

E isto é o que o Rei Davi queria dizer quando escreveu os Salmos: "Ó Senhor, quão variada é tua Obra!

Copyright © flordavida.us Tradução: Daniele Alvim Direitos de tradução garantidos por lei. 

Ativando o Merkabah  

Apostila Merkabah  Melchisedek  

 ATIVANDO O MERKABAH 

Ativação simples da Merkabah para criar equilibrioO Octaedro ou o Holograma do Equilíbrio 

 Através desta meditação, Tom Kenyon ensina uma simples ativação da Merkabah para criar equilibrio 

Sugerimos que você experimente isso, brinque com isso e se torne um mestre dessa simples forma

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geométrica. Carregue-o em sua consciência todo o tempo para que você possa criar conforme sua vontadeou conforme você precisar, tanto para com você ou com as pessoas que você está conectada.

Imagine-se envolto por uma pirâmide de luz que se espalha sobre você e, uma pirâmide abaixode você, no sentido invertido onde as bases se juntem. Você se encontra no centro dela. Se vocêestiver deitado, você está no quadrado onde as bases se tocam. Você pode fazê-la do tamanho

que você quiser desde que você esteja envolto por ela. Se você estiver de pé ou sentado, o

vértice do octaedro percorre o centro do seu corpo. 

Esse octaedro equilibra energia. É o equilíbrio dos aspectos masculinos e femininos da consciência Não odeixe lograr você. É uma poderosa ferramenta para equilibrar energias sutis. Sugerimos que crie isso váriasvezes ao dia e de uma forma agradável. Faça isso várias vezes para que essa forma possa ser criadainstantaneamente, à medida que você precisar, sem pensar nela. Um dos efeitos colaterais de energiascaóticas na terra é que, as forças magnéticas estão e irão ser perturbadas. Isso tende a fazer com que aspessoas se sintam irritadas, explosivas, irracionais, depressivas, sobrecarregadas e tendem a sustentarestados mentais, emocionais e energéticos negativos. Quando você se encontrar em um desses estados,imediatamente crie o holograma ao seu redor e, em poucos minutos, você estará experimentando um estadode calma e equilíbrio. Quando perceber que uma determinada área da terra está perturbada, você como um

guardião, uma deusa, um deus ou um criador, tem o direito de enviar o holograma para aquele luga.Na sua imaginação, cubra toda essa área que está perturbada, com a luz do octaedro, e assim você estaráemitindo vibrações equilibradoras. Sob nosso ponto de vista, essa é a forma com que você melhor podecontribuir nesses tempos efêmeros e turbulentos. Outro aspecto que gostaríamos que vocês entendessemclaramente é que, existem seres entre vocês que desejam aumentar o caos, o terror e as catástrofes. Quandoquer que um evento desses ocorra no futuro e lhes cause medo vocês podem, com segurança, supor queesses seres estão, de alguma forma, envolvidos. Enviando hologramas pra equilibrar essa, ou essas, áreas deconflito, você estará criando antídotos para o veneno deles. Para seu bem e para o bem da TERRA,sugerimos que você se torne mestre em usar esse holograma.

Anjo de Luz 

Links: 

Merkabah

Sintonia Saint Germain

Ativando o Merkabah  

Apostila Merkabah  

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Sintonia Saint Germain

 Merkaba 

Consciência e ativação de seu veículo de luz 

MER, significa luz, KA significa espírito e BA significa corpo.

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A Merkaba é o veículo de luz do ser humano, capaz de transportar o espírito (em estágios maisavançados até o corpo físico) para outras dimensões. 

Através de estudos dos ensinamentos sagrados de Lemuria, Atlantida

e antigo Egito, unificando com conhecimentos e estudos sobre físicaquântica e geometria sagrada foi possível a descoberta de umpoderoso conjunto de técnicas que possibilitam alcançar a ativação

completa do corpo e veículo de luz. 

Juntamente com a abertura do chacra cardíaco e alcance da vibraçãode amor incondicional, somos capazes de fazer uma limpeza dos

canais energéticos e sutis de nossos corpos, ampliando e elevandonossa consciência.

Através da geometria sagrada, trazemos à consciência a existência devários campos magnéticos que circundam nossos corpos (um deles é

o campo formado pela estrela tetraédrica – ver figura abaixo), e

através da meditação da Merkaba, conseguimos acessar estescampos, acionando nosso veículo de luz e projetando nosso ser para outras dimensões. 

A conscientização e ativação do veículo Merkaba de luz pode trazer váriosbenefícios ao ser humano: 

  Acelera consideravelmente o processo de ascenção 

  Possibilita uma ampliação da auto consciência, assim como daconsciência das relações com outros seres, planeta e universo, num geral 

  Ativação dos canais energéticos dos corpos físico e sutis 

  Harmonia e integração completa do ser 

  Acelera e aumenta os insights – auto consciência 

  Melhora o desempenho do corpo físico 

  Ativa áreas do cérebro, aumentando o potencial 

  Aumenta o potencial energético geral 

  Aumento de habilidades como telepatia, clarividência, bilocação, multilocação, etc... 

  Possibilita o alcance da imortalidade física 

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A Merkaba é um campo de luz que gira em sentidos contrários e que afeta espírito e corposimultaneamente. É um veículo que pode levar espírito e corpo (ou a interpretação darealidade de uma pessoa) de um mundo ou dimensão para uma outra. Na verdade, aMerkaba é muito mais do que isso, porque ela pode criar uma realidade tanto quanto se

mover entre realidades. Para nossos propósitos, entretanto, nos concentraremosprincipalmente no seu aspecto como um veículo interdimensional (Mer-Ka-Vah significacarruagem em hebraico) que nos ajudará a voltar ao nosso estado mais elevado deconsciência original.

Merkabah é uma energia que, segundo nosso entendimento, não tem dono e não pode serqualificada. Podemos tentar qualificá-la, assim como alguns o fizeram com a GeometriaSagrada, mas só podemos fazê-lo em relação a generalidades, uma vez que se trata deenergia e de substância etérica do Deus Criador. Seu propósito aparente é observar ascriações divinas e avaliar para o Criador se aquela consciência específica atingiu o nívelprescrito, em quantidade e espécie, que lhe permita ascender a um nível mais elevado de

consciência ou dimensão. 

O que é a Merkabah, em sua consistência? Significativamente ela é constituída pelasinteligências combinadas dos 24 Anciãos, aos quais podemos nos referir como os "Deusesdas Mudanças", assim como nove dos Deuses das Mudanças fazem parte do ConselhoCrístico. Esses 24 Anciãos não devem ser confundidos com os 24 Anciãos que estão àMão Direita do Criador e que, por direito, são deuses criadores e podem comandar (assimcomo o faz o Único Criador) legiões de universos, mas que preferem serviraltruisticamente às necessidades do existente Mega-Criador. A Merkabah é destinada aavaliar as formas distintas de consciência e inteligência e, periodicamente, facilitar suaintegração ao nível imediatamente superior de consciência, quando for apropriado eaceitável. Este é um processo contínuo em todos os universos, permitindo ao Criadorresgatar o que foi criado e que possa ter-se perdido temporariamente. A Merkabah,conforme declarado em vários livros recentemente publicados, pode ser comparada àutilização da Geometria Sagrada, e apesar de seus resultados serem aparentemente exatose compensadores, envolve um procedimento e uma disciplina muito complicados para aspessoas comuns; portanto, seu objetivo e eficácia podem ser limitados. Presumindo-seque assim seja, o seguinte texto servirá para simplificar o assunto. 

Como declarado anteriormente, Merkabah é uma energia sagrada, formada e controladapor uma inteligência superior para identificar em qualquer dimensão aqueles elementos de

consciência que já estão prontos para a ascensão. Acredita-se que este processo deascensão é baseado numa razão de proporção que provavelmente atinge os 33,33%, ou umterço da população atual da Terra. Pesquisas sobre referências a este fenômeno,registradas pelos antigos em seus escritos e memórias, parecem confirmar este percentuale também indicar que, a menos que um terço de qualquer população planetária tenha

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atingido o prescrito estado de consciência, assim tornando-se qualificada para ascensão, aMerkabah não será ativada. 

A Merkabah é constituída de através de energias exclusivas e pré-determinadas que semovimentam em rotações opostas ou contrárias, isto é, por uma energia no vórtex, girandono sentido horário, e outra no sentido anti-horário, que formam um portal para a dimensãoseguinte, através do qual as consciências qualificadas podem elevar-se. Uma explanação

mais simplificada é a seguinte: para que possamos nos qualificar, cada um de nós precisatransformar o corpo material (físico) num corpo de luz, que então nos forneceráautomaticamente a chave para a passagem através da Merkabah para o Cinturão de Fótons(a Consciência Crística). 

Nós precisamos unificar a terceira e a quarta dimensões através da transformação donosso corpo de luz. A Teoria dos Campos Unificados não é nova, na medida em que osEstados Unidos a descobriram na década de 40 e desastradamente brincaram com ela noque ficou conhecido como o Experimento da Filadélfia. Nesse horrendo e vulgarizadoexperimento, os Estados Unidos desmaterializaram e transportaram um navio da Marinha,das Instalações Navais da Filadélfia para as Instalações Navais de Norfolk, com toda a sua

tripulação a bordo, sem que ela tivesse conhecimento e sequer suspeitasse do acontecido.Os resultados que se seguiram, apesar de satisfatórios para o navio, foram totalmenteamorais e desastrosos para a tripulação. Um grande percentual de seus membros foijogado no convés e nas amuradas do navio, presos em alçapões sem a menorpossibilidade de conseguir escapar e sem esperança de ajuda de qualquer espécie. Os quenão foram lançados nos alçapões e sobreviveram, tornaram-se mentalmente insanos emais tarde foram internados no Hospital de Administração dos Veteranos para pacientespsiquiátricos. 

A Teoria dos Campos Unificados, mesmo com sua eventualidade questionável, permitiuentão aos Estados Unidos e, mais especificamente à NASA e aos militares, uma passagem

para a quarta dimensão. Deste experimento sem precedentes, evoluíram os projetosMontauk e HAARP, nenhum dos quais provou estar atendendo aos melhores interesses dahumanidade. Todos esses três projetos, começando com o Experimento da Filadélfia,indicam uma aplicação imprópria e inapropriada de segredos e de energias espirituais e asua utilização egoísta, unilateral e autoritária. 

Parece ironia o fato de que a Merkabah e a Teoria dos Campos Unificados tenham tanto emcomum, pois ambas permitem o acesso a dimensões mais elevadas, apesar de que aMerkabah tem uma natureza estritamente espiritual e a outra uma intenção e um objetivoaparentemente nefastos. No entanto, eu acredito, sem a menor sombra de dúvida, que oacesso à quarta dimensão realizado pelo homem, em função de suas características não

espirituais, terá um escopo e uma aplicação limitados, e ao final fracassará, a não ser queo homem aceite direcionar todo esse conhecimento para propósitos altruísticos. Com todaa certeza, apesar de tecnologicamente compatível com a Merkabah, o nível deconscientização e a intenção são enormemente diferentes, e pode-se questionar até queponto ele terá acesso ao segredo. 

Utilizando os critérios dos ETs Greys de Zeta Reticuli e outros afins, o governo americanopoderia possivelmente acessar esse mundo secreto e evoluído através da inteligência e datecnologia, mas haveria limitações na sua abrangência e dimensão, devido à falta deespiritualidade. Os Ets Greys fizeram isso e escolheram abandonar sua espiritualidade ehumanidade, divorciando-se, portanto, das sagradas qualidades humanas que nosvinculam com o Espírito e o Deus Criador, que são, acima de tudo, amor e perdão. Imagina-se que, na suposição de que o governo do mundo tenha acessado e apreendido até certoponto a quarta dimensão, seu escopo e desempenho serão limitados a uma dimensãolinear, o que impedirá a sua entrada nos aspectos mais elevados da quarta dimensão e do

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mundo espiritual. Assim isolados, eles existirão num estado de suspensão animada nummundo destituído de amor e de espiritualidade. Honestamente falando, antes eles do queeu! 

Declarei anteriormente que a Merkabah e o Cinturão de Fótons estão vinculados demaneira muito próxima e divina. Cientificamente o Cinturão de Fótons se refere à Idade deOuro, ou de 2.000 anos de luz; sua radiação é chamada radiação manásica .

Espiritualmente, no entanto, podemos considerar a Idade de Ouro e de luz como sendorepresentativa da morada do Cristo. Seguindo este pensamento, a radiação manásica é aemanação ou radiação do poder e da presença do Cristo. Assim relacionados, podemosfacilmente ver a interconexão entre Merkabah, Cinturão de Fótons e Cristo. O Cinturão deFótons está numa quarta dimensão de consciência, um grau acima da nossa terceiradimensão e, portanto, não podemos entrar nessa dimensão mais elevada até quetenhamos completo domínio sobre a terceira dimensão. 

O instrumento que mede nossa consciência planetária e que determina o percentual dahumanidade que está pronto para ascender à Era de Ouro ou de luz, que na verdade é aConsciência Crística, é a Merkabah e os 24 Anciãos que, juntamente com Cristo,

determinam e selecionam quais de nós somos elegíveis para a promoção da terceira para aquarta dimensões. Esta consciência coletiva forma o veículo através do qual evoluiremosda quarta para a quinta dimensão. Entretanto, nada disso acontecerá se não fizermosnossa parte, que consiste em transmutar nosso corpo físico em um corpo de luz, assimcomo o grande Mestre Jesus o fez. Como conseguiremos isso? Infelizmente não será tãofácil, porque temos sido doutrinados erradamente e ensinados por aqueles que nostrouxeram para este planeta com o único propósito de nos controlar e de nos usar. Essessão os povos Wormwood (vermes da madeira), ou os deuses menores, que no seu cuidadopara nos controlar e nos usar, criaram para nós um mundo de ilusão e irrealidade. Porconseguinte, tudo o que consideramos ser verdadeiro é pervertido e completamente falso;seu objetivo principal é nos manter confusos, num mundo de esquecimento e ilusão. Por

ironia, o objetivo da Merkabah é determinar quais de nós nos apercebemos do fato de quefomos enganados e induzidos a crenças errôneas, e quais dentre nós estão prontos paraquebrar as amarras que nos restringem, e declarar: "Basta!". Já participamos por umtempo demasiadamente longo desse jogo de ilusões. Acabou. Agora conhecemos averdade e é tempo de retornarmos às nossas origens. A longa farsa terminou! Que assimsejaI Estamos diante de uma oportunidade agora, mas quantos de nós responderão demaneira favorável? 

A Merkabah é de natureza cíclica; ela avalia nossa consciência planetária a cada 26.000anos (mais precisamente, a cada 10.500 anos, com um intervalo de 4.000 anos de luz entreeles). Observe que tratamos de generalidades. Em 1995 atingimos o pico de um período de

10.500 anos de trevas, de acordo com a NASA e manuscritos bíblicos encontrados emDamasco (a cidade mais antiga do mundo), e encerraremos nosso atual nível deconsciência e entraremos na Idade de Ouro, ou Cinturão de Fótons, no ano 2000. A partirdo momento em que este texto foi escrito, isto significa que nos restam apenas três anosneste nível de consciência, com a responsabilidade de, mais uma vez, respondermos aochamado de retorno ao nosso lar ou negarmos e repetirmos o ciclo de 10.500 anos detrevas. Esperemos que nessa próxima oportunidade vejamos o erro de nossocomportamento, que foi baseado em esquecimento, ilusão e engano, e que jamais teve amenor intenção de nos favorecer. Os Grandes Embusteiros, os deuses menores, nostornaram vítimas. Ainda que sob a ótica mundana e materialista isto parece ser assustadore menos que benigno, não tem uma abrangência e um propósito espirituais que envolvema Merkabah e provavelmente, creiam ou não, o "Deus Criador".

Permitam-me prosseguir um pouco além. Erradamente, a maior parte dos povos da Terraacredita que o Deus Criador é perfeito, estacionário e que não se expande. Se o Deus

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Criador fosse estacionário e perfeito, não haveria mais criação, o que causaria um estadoconstante de entropia. Assim, a longo prazo, toda a criação deixaria de existir. Se alguémdesejar conhecer um aspecto do Criador, saiba então que se trata do aspecto "E se?". E seeu fizer isto, o que acontecerá? O Criador está vivo e chero de energia, inteligência e, sim,de curiosidade. E se...? O que acontecerá com esta nova criação? 

À medida que caminhamos, tenhamos sempre em mente que tudo o que foi dito tem

relação direta ou indireta com o Cinturão de Fótons e a Merkabah, os quais, juntamentecom o nosso planeta, você e eu, estão interconectados. Não podemos ficar isolados unsdos outros permanentemente, porque todos somos partes inerentes do plano e daconsciência divinos. 

Reflitamos a respeito da situação da nossa posição planetária no que diz respeito aosoutros planetas do sistema solar. Como mencionado anteriormente, nós somos especiais,assim como é especial o nosso papel junto ao Criador e aos outros planetas do sistemasolar. Neste momento presente, nós somos o foco principal da atenção divina. Todas aspreocupações concernentes à mudança para a Merkabah e o Cinturão de Fótonsconvergem para o planeta Terra. Todos os outros planetas já atingiram um estado de

prontidão e ascensão, e agora todos os olhos se voltam para nós e nossa tardia ascensão,para que possamos integrar a Confederação dos Planetas. Sem a nossa presença, oprocesso de ascensão e Merkabah não se completará e nem acontecerá. Desde que ocentro de tudo depende de nos juntarmos aos outros planetas para assegurar ummovimento integrado em direção à Merkabah e ao Cinturão de Fótons, muitos dos eventoscitados em profecias não ocorrerão, tais como a mudança do eixo da Terra (como semprefoi o caso no passado), o advento de uma terceira Guerra Mundial, a contínua repressãopor parte dos deuses menores para nos aprisionar aqui na Terra, e muitos outros. Pornecessidade, tudo isso agora deverá ser controlado e transmutado com o objetivo deassegurar uma promoção bem sucedida deste estado tridimensional para dimensões maiselevadas. 

Isto, certamente, permite visualizamosr outras possibilidades que não são compatíveiscom os eventos esperados ou citados em profecias. Faz mais sentido se pensarmos quenós, como sistema solar, estamos completando um ciclo maior que corresponde, comoexplicado anteriormente, a 208 milhões de anos, e este fato indubitavelmente se torna oarauto de uma mudança de rota. Presumindo-se que tudo isto seja verdade, as tãoalardeadas mudanças na Terra, assim como o colapso dos governos, ciência e religião,poderão não acontecer. Ao invés disso, através de um processo espiritual de mudança,todos poderão ser transformados com muito sucesso em elementos superiores deconsciência e poderão ser poupados dessas adversidades, mas não contem com issoporque, conforme se sabe, a Lei espiritual de Retribuição ainda está em ação. Como Jesus

disse, "Tudo o que semeastes, assim colherás". Só o tempo dirá. 

De acordo com esta hipótese, tudo será transmutado para um estado de luz, quecertamente existe, e estamos progressivamente sendo mais e mais banhados eimpregnados pela luz do Cristo e pela convivência com um número cada vez maior de ETscristãos e altamente evoluídos. De fato, há muitos dentre nós que nasceram de paismortais, mas que, na realidade, são mais espirituais e extra-terrestres do que humanos. Nagrande maioria, são jovens e perfeitamente conscientes de sua origem, de quem são, e deque não têm limitações. Eles desempenharão papeis importantes num futuro próximo, masno momento ainda não têm consciência do seu papel de especial importância. 

No pólo oposto, no entanto, neste momento cerca de dois terços da população mundialnão têm consciência da sua cristandade ou, se têm, não tomam conhecimento dela. Istosignifica que dois bilhões de pessoas estão prontas para a ascensão, enquanto que quatrobilhões não estão, ou escolheram não estar prontas para ascensionar para a quarta e

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quinta dimensões. De acordo com as regras do jogo, todos nós, antes de descermos paraesta dimensão inferior, aceitamos e concordamos que a negação em aceitar a vinda daconsciência Crística e suas energias transformadoras, podem somente resultar no ônus deum novo período de 10.500 anos de trevas e negatividade. Se, realmente este estado deconsciência tiver terminado, então naturalmente o resgate será feito de alguma outramaneira, na medida justa equivalente à falta cometida. As Leis Universais/do Criador sãoexatas e também devem cumpridas com determinação e pelas consciências antagônicas aelas. 

Como anteriormente mencionado, as especificidades da Merkabah podem ser comparadasà Geometria Sagrada ou ao tetraedro sagrado, ou seja, a pirâmide com três facestriangulares e uma base triangular. A Geometria Sagrada é, indubitavelmente, a chave paraa vida, mas como tem sido sempre explicado, sua prática é muito demorada e complicada.Infelizmente aqueles que tiveram a boa sorte de participar pessoalmente de um workshopsobre Merkabah, sempre, ao final, consideram-na como a única solução. Isto é tolice eperigoso, e certamente cheira a pensamento errôneo e exaltação do ego. Um outro aspectodo assunto é o ensino e a prática. Novamente observamos o perigo para o professor quenão esteja muito bem preparado e que não tenha uma total compreensão dos sagrados

princípios envolvidos, pois poderá ensinar erradamente e possivelmente causar umprejuizo irreparável para o aluno. Não pense que isso não acontece. 

Há anos venho ensinando como curar, com ênfase nas RESPONSABILIDADES DE CURAR,pois se trata, indubitavelmente, da arte metafísica mais mal praticada e que tem passadopor uma grande sorte de abusos. Na maior parte das vezes o que se vê é "um macaco deimitação" sem nenhuma preocupação com o fato de ser a técnica verdadeira ou não."Realmente isto foi o que meu professor ensinou e portanto deve estar certo" . Enquantoisso o aluno pode ter sido doutrinado erradamente e pode estar espalhando doenças, aoinvés de curá-las. Segredos espirituais devem ser ensinados de maneira correta eresponsável, porque em contrário, se tornam perigosos para a humanidade e uma bênção

para as forças das trevas. 

Permita-me dar um exemplo do que estou dizendo. Vamos, neste caso, enfocar a cura comas mãos, que trabalha com o corpo e a aura. Invariavelmente quando se observa alguémenvolvido nesse tipo de cura, observa-se que o curador retira suas mãos do corpo ou daaura do paciente e vigorosamente sacode suas mãos fora do corpo ou da aura do paciente.O objetivo é livrar suas mãos e o recipiente das energias doentes que se acumularam emsuas mãos durante o processo de cura. Mestres de cura podem etericamente retirar essesresíduos de suas mãos à medida em que estão trabalhando, mas o que acontece com osque não são capazes de transmutar as doenças enquando estão atuando? É aí que resideo perigo. A maioria não sabe que a energia doente tem inteligência e que, quando

sumariamente removida de seu hospedeiro e jogada fora aleatoriamente, entra em pânico ecomeça imediatamente a buscar um novo hospedeiro, isto é, vai progressivamente sealojando na aura e no corpo do novo hospedeiro. Assim, por ignorância eirresponsabilidade, a doença se espalha.Talvez o paciente, já em processo de cura, sesinta melhor, mas o que acontece com a pessoa que, sem saber, contraiu a doença?Portanto, pode-se ver o perigo que há na prática das artes espirituais. 

Se você decidir participar de um workshop sobre Merkabah, verifique as credenciais dosprofessores antes de se inscrever. Se tiver alguma dúvida durante o processo deaprendizado, questione o professor. Isto é para a sua própria proteção e a daqueles aquem você for ensinar no futuro. Se este for o caso, seja lá o que você fizer, mantenha osensinamentos simples e compreensíveis. A Merkabah é a mais recente novidade da antigaarte da espiritualidade e muitos gostariam de se envolver nisso, mas tome cuidado, poiscomo todas as artes espirituais, ela também tem seus perigos inerentes. 

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Entretanto, a Merkabah não é o único caminho de volta para a Fonte ou para se atingir oCinturão de Fótons. A atual e mais simples metodologia é a de aprender a viver e falar emAmor, Luz e equilíbrio, ou ser inundado pela Consciência Crística, ou dominar os SetePrincípios – todos eles utilizando as energias de Deus ou do Cristo, e queautomaticamente levarão você à Merkabah. 

Sem considerarmos a Geometria Sagrada, com que se parece a Merkabah? Já dissemos

que seu veículo e suas partes componentes são o tetraedro. A Merkabah em seus estágiosiniciais de formação é a consciência espiritual acumulada da humanidade, que cria ainterconexão, o tubo da ascensão entre a Terra e o campo principal de Merkabah. Oprocesso requer um terço da população existente no planeta para formar o tubo (etérico)de ascensão. No momento em que escrevo estamos avançando nisso. 

Antigas tradições místicas (como a Kabbalah), e informação contemporânea canalizada(como "As Chaves de Enoch") falam de Merkaba como sendo um veículo para viageminter-dimensional. Na medida que nos aproximamos do momento da "Mudança",ensinamentos outrora secretos sobre a Merkaba estão vindo à luz. É possível criar umcampo de Merkaba vivo por meio da meditação? 

Este campo facilitaria a comunicação com seu Eu Superior? É a Merkaba um meio deAscensão? 

A MERKABAA palavra Merkaba é composta de três palavras menores - Mer, Ka, e Ba que, assim comoas usamos, vêm de antigos textos egípcios. Essa palavra tem várias pronúncias, nosdiferentes idiomas, tais como: Merkabah, Merkava e Merkavah. Apesar de haver váriaspronúncias dessa palavra, geralmente podemos pronunciá-la como se se tratassem detrês palavras separadas ( isto é, com a mesma acentuação em cada sílaba). 

"Mer" refere-se a um tipo específico de luz que foi compreendida no Egito somente nadécima-oitava dinastia. Era vista como se existissem dois campos de luz girando emdireções opostas, no mesmo lugar, gerados por um certo tipo de respiração, 

"Ka" refere-se à interpretação do espírito do indivíduo a respeito de sua realidadeparticular. 

Em nossa realidade específica, "Ba" é geralmente definida como o corpo ou realidadefísica. Em outras realidades onde os espíritos não têm corpos, Ba refere-se aos seusconceitos ou interpretação da realidade que são trazidos para eles. 

Assim, a Merkaba é um campo de luz girando em duas direções opostas que afeta espíritoe corpo simultaneamente. É um veículo que pode levar o espírito e o corpo ( ou suainterpretação da realidade) de um mundo, ou dimensão, para outro. Na realidade, Merkabaé muito mais do que isto, porque pode criar realidade assim como viajar entre realidades.Para nosso uso aqui, nós enfocaremos principalmente seu aspecto como veículo inter-dimensional ( Merkaba significa "carruagem"em Hebraico), que nos permitirá retornarmosao nosso original elevado estado de consciência. 

Uma vez tendo sido iniciado o campo de Merkaba em torno do seu corpo, ele criará umdisco que se estende por 55 pés (dezoito metros mais ou menos) da base de sua columavertebral, e que em realidade se parece muito com um disco voador. Quando você está na

Merkaba, seus pensamentos e sentimentos tornam-se milhares de vêzes mais poderosos.Você também será capaz de criar um campo magnético que manterá sua memória intactade tal maneira que você se torna imortal. Em outras palavras, não haverá solução decontinuidade em sua memória. Aqueles que forem incapazes de iniciar sua Merkaba terãosua memória e sua mente apagadas quando o campo magnético em torno da Terra entrar

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em colapso, e terão que começar tudo de novo. Como podemos ver, não se trata de umprocesso como o de reencarnação. É mais como desligar um computador e perder todosos arquivos. 

Você será capaz de se locomover entre os níveis dimensionais, mas perderá aconsciência sobre o outro lado. No entanto, algumas pessoas altamente evoluídas ( duas,trabalhando juntas para construir Merkaba), serão capazes de levar aproximadamente

150.000 pessoas com elas. Para ser claro, retornar ao nosso estado original é um processo natural que pode ser fácilou difícil dependendo de nossos padrões de crenças. No entanto, só o fato de nosenvolvermos com as relações técnicas de Merkaba tais como: corrigir nossos padrões derespiração ou mentalizar as conexões infinitas para todos os padrões de Vida, porexemplo, não é suficiente. Há ainda um outro fator que é até mais importante do que aprópria Merkaba, é compreender, realizar e viver o Amor Divino. Porque é o Amor Divino(às vezes chamado Amor Incondicional) o fator principal que permite a Merkaba tornar-seum campo vivo de luz. Sem o Amor Divino, a Merkaba é apenas uma máquina, e essamáquina terá limitações que nunca permitirão ao espírito que a criou retornar para casa, e

alcançar o mais elevado nível de consciência - o lugar onde não há níveis. 

Nós precisamos experienciar e expressar o Amor Divino para podermos atingir uma certadimensão ( e o mundo dirige-se rapidamente para aquele lugar elevado! ). Realmente, nósestamos deixando o lugar de separatividade onde nós vemos apenas a nós mesmos dedentro dos corpos olhando para fora. Esta visão terá desaparecido em breve, para sersubstituida por uma nova realidade, onde todos nós teremos o sentido de unidadeabsoluta com toda vida; e esse sentido crescerá mais e mais na medida que nosmovemos para o alto através de cada nível na nossa jornada para CASA. 

A MERKABA E A BÍBLIA

Apesar de Merkaba ser usualmente considerada uma palavra egípcia, ela também aparecena língua hebraica. Nas versões inglesas da Bíblia, é geralmente traduzida como"carruagem ". As letras hebraicas que formam a palavra Merkaba são Mem-Resh-Caph-Beth, da palavra raíz Resh-Caph-Beth, que significa "viajar". Mer-Ka-Ba e duas palavrasrelacionadas, mer-kab e re-kev, são geralmente traduzidas como "carruagem" ou às vezescomo "vagão", mas ela são realmente equivalentes à palavra inglesa "vehicle" (veículo) ou"condução" , isto é, algo que transporta você a algum lugar. Esta raíz veio para o hebraicomoderno na palavra rakevet, que significa "estrada de ferro". 

A história fica mais interessante quando nos lembramos que o mais antigo ensinamentoda Kabbalah ( isto é, a tradição mística e oculta dentro do Judaismo), era a meditaçãoMerkaba. O Talmud menciona a meditação Merkaba quando diz que Judah, o Príncipe,proibiu que fosse mencionada no Mishnah, presumivelmente por causa de seuensinamento místico. No entanto, referências a ela no Tosefta, que é um tipo de apêndicedo Mishnah, bem como alguns manuscritos remanescentes apontam a meditação Merkabacomo tendo sido praticada pelo menos até o segundo século antes de Cristo. 

Apesar de só podermos especular, parece que praticantes de Merkaba combinavammeditação, prece e posturas de Yoga de tal forma que eles ascendiam ou descendiam noseu Merkaba, nos seus "veículos" , a reinos onde eles literalmente viam anjos, salõescelestiais, e o próprio Trono de Glória. Agora, uma pergunta que nos vem à mente é aseguinte "Onde será que os cabalistas realmente foram?" A resposta parece ser que "elesviajaram para outras dimensões da realidade". 

Tanto a comunidade científica como os estudantes de misticismo e ocultismo parecemcaminhar para um entendimento compartilhado de que, até onde vai a realidade, o que

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vemos não é tudo o que existe,isto é, a realidade física que percebemos não é a única queexiste. É a única na qual estamos sintonizados, e está cada vez mais óbvio que há outrasrealidades, ou dimensões da realidade, como queiram,que existem simultaneamente notempo e espaço com esta nossa. Pode-se pensar como os canais na televisão. Se alguemdissesse para você, "Minha TV não pega o canal SBS, mas na noite passada eu instaleium antena de satélite e assisti um filme no SBS", você não responderia dizendo, "Vocêapenas sonhou que assistiu o SBS" ou "Você apenas teve uma alucinação em queassistia o SBS". É aceitável que uma antena de satélite permita sintonizar numafreqüência que a TV não consegue. Eu diria que, da mesma forma, os praticantes demeditaçao Merkaba e os profetas também, foram capazes de dominar a arte de sintonizardimensões de realidade diferentes e mais elevadas. 

A natureza multi-dimensional da realidade, assim como a habilidade de se movimentarentre dimensões, também explicam como seres como os anjos são capazes dedesaparecer à vontade, simplesmente ligando ou desligando a sua sintonização na nossadimensão de realidade. Os devas, as fadas, os OVNIs, tudo pode ser similarmenteexplicado. De fato, os Mestres nos ensinam que níveis dimensionais são separados porfrequências de ondas (por exemplo: a terceira dimensão tem uma freqüência de onda de

7,3cm) e 90 graus. Você pode ter ouvido histórias de OVNIs cruzando os céus, fazendouma curva de 90 graus e desaparecendo. Os seres nesse OVNI uniram suas consciênciase provocaram uma mudança específica dentro deles mesmos, relacionada com esses 90graus. Quando eles assim o fazem por meio da respiração e de sua conexão, elesconseguem fazer um navio inteiro desaparecer e penetrar no nível dimensional em queeles estão sintonizados. Mas, voltemos à Bíblia. 

O mais incrível exemplo de Merkaba é encontrado num outro livro profético, segundoReis, na história de Elias. Na tradição judaica Elias é o mais querido de todos os profetas.Uma taça de vinho é dedicada a ele na cerimônia da Páscoa, e uma cadeira é destinada aele nos rituais de circuncisão. Esses gestos simbólicos convidam Elias a se juntar aos

celebrantes. Por que é Elias convidado e nenhuma outra figura bíblica, histórica oulendária? Porque a tradição judaica diz que será Elias quem virá para anunciar a chegadada Redenção. Nos Evangelhos, Elias é mencionado mais de 24 vezes e é sempre emrelação a isto. Por que tem Elias tal honra? Por que não Moisés, ou o Rei Davi, que afinaldas contas é a raíz da linhagem que deverá produzir o Messias? 

A tradição judaica afirma que Elias será o precursor do Messias porque.... ELIAS NUNCAMORREU! Assim diz a Bíblia. No segundo capítulo do segundo livro de Reis, lemos queElias e seu discípulo Elisha, caminhavam em judá. Em Bethel, a irmandade dos profetasveio saudar Elias, e 50 membros da irmandade os seguiram até a vau do Jordão. O queera essa irmandade de profetas? A frase hebraica que os descreve é b’naiha-nevi’ im, e

não aparece em nenhuma outra citação na Bíblia. Este fato por si só aponta para algomuito especial, talvez essas irmandades fossem antigas escolas de mistérios judaicas,semelhantes ás escolas de mistério do Egito e da Pérsia, onde se ensinava a fazer viagensinter-dimensionais . 

A história continua. Elias e Elisha atravessaram o Jordão. Repentinamente uma Merkabade fogo aparece e Elias desaparece num turbilhão. Só isso. Na terceira dimensão darealidade, na qual estamos sintonizados, Elias desapareceu! 

Acontece que muitos estudiosos de tendência racionalista explicam esses versículos daseguinte maneira: Elisha teve uma "visão" de uma carruagem de guerra, de fogo, e em seuestado dissociado, ele "imaginou" algo caótico ( o turbilhão) e foi assim que eleexperienciou a morte de seu mestre. No entanto, achamos muito curioso o uso dessapalavra "turbilhão" que indica, pode-se crer, que estamos lidando aqui com algo alem de

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uma alucinação. 

Sabe-se que uma viagem inter-dimensional envolve campos energéticos girando emdireções opostas, vórtices, se você preferir, ou "turbilhões", se você estiver apreciandoda perspectiva da época, o ano 850 a. C. Este detalhe da história apoia a noção de queElias viajou para algum outro lugar. Para muitos, isso parece absurdo, portanto, talvez umoutro detalhe que sugira claramente que há algum mistério escondido nessa história da

Ascensão de Elias. E é o fato de que esse dois versículos, e em nenhum outro lugar daBíblia hebraica, a palavra "turbilhão" foi escrita incorretamente. 

Para os estudiosos Masoretic, em Tiberius, que revisaram a pronúncia da Bíblia Hebraicano ano 900 D.C., terem errado a grafia de "turbilhão" apenas nesses dois versículos,significa que havia uma tradição oral mantida viva desde o exílio na Babilônia, isto é, por 1400 anos se dizia, "Soletre como s’oroh em qualquer outro lugar na Bíblia, mas nestesdois versículos soletre suh-orah"! A sobrevivência desta estranha pronúncia,diligentemente transmitida oralmente de geração a geração, após tantas andanças emudanças do povo judeu, indica que há algo muito especial nesses versículos. 

Qualquer interpretação de documentos e tradições tão antigas, está sempre aberta aquestionamentos. No entanto, parece óbvio que esta tradição contínua de grafia erradadessa palavra hebraica que significa turbilhão, foi feita para alertar para o fato de que háalgo muito esquisito nesta história. Seria pedir muito dizer que isto significa para nós: Não aceite que Elisha tenha tido uma visão de uma carruagem de guerra de fogo, e um turbilhão no qual Elias parece ter desaparecido. 

Imagine, ao invés, que Elias entrou numa Merkaba, um veículo forma-pensamento, eascendeu para fora de nossa dimensão de realidade, em campos de energia movendo-seem direções contrárias, o turbilhão, sem deixar seu corpo físico. 

Num pouco conhecido texto da Kabbala, a Midrash para Provérbios, o Rabino Ishmael diz: 

Se aparecer perante o Senhor alguem que tenha estudado o Talmud, o Santo Senhor dirá a ele: "Meu filho, já que você estudou o Talmud, por que também não estudou a Merkaba,para perceber o meu esplendor? Pois nenhum deleite tenho eu na minha criação que iguale aquele que me é dado quando estudiosos olham alem da Torah e vêem e crêem e meditam sobre:  

Meu trono, e o hashmal visto por Ezequiel, e as torrentes de fogo sob meu trono, e as pontes que os atravessam, e os ofanim ( um tipo de anjo ), e os gilgalim (outro tipo de anjo  ). E não é para isso a minha grandeza, e a Minha glória e a Minha beleza: para que meus filhos conheçam Meu esplendor vendo tudo isto?  

O Rabino Ishmael conclui: 

E isto é o que o Rei Davi queria dizer quando escreveu os Salmos: "Ó Senhor, quão variada é tua Obra! 

Como a Queda de Atlântida Mudou Nossa Realidade Um pouco menos que 13.000 anos atrás, algo muito dramático aconteceu na história denosso planeta que nós vamos explorar em grande detalhe, porque o que aconteceu no

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passado está agora afetando cada aspecto de nossa vida hoje. Tudo o queexperimentamos em nossa vida diária, incluindo as tecnologias particulares que usamos,as guerras que irrompem, os alimentos que comemos e até mesmo o modo comopercebemos nossas vidas, é o resultado direto de uma certa seqüência de eventos queaconteceram durante o fim dos tempos Atlantes. As conseqüências desses eventosantigos mudaram inteiramente o modo como vivemos e interpretamos a realidade. 

Tudo está conectado! Existe apenas uma Realidade e um Deus, mas existem muitas,muitas maneiras pelas quais esta única Realidade pode ser interpretada. Na verdade, onúmero de maneiras de interpretar a Realidade é simplesmente infinito. Há certasrealidades sobre as quais muitas pessoas têm concordado e, estas realidades, sãochamadas níveis de consciência. Por razões nas quais nos envolveremos, há realidadesespecíficas nas quais números extremamente grandes de seres estão se concentrando, oque inclui o que você e eu estamos experimentando neste momento.

Uma vez, existimos na Terra em um nível muito alto de consciência que era bem além dequalquer coisa que possamos imaginar hoje. Dificilmente teremos a capacidade deimaginar onde uma vez estivemos porque, quem fomos naquele tempo está bem fora do

contexto do que somos agora. Por causa dos eventos particulares que aconteceramentre 16.000 e 13.000 anos atrás, a humanidade caiu daquele nível através de muitasdimensões e tons, aumentando em densidade, até alcançarmos este plano em particularque chamamos de terceira dimensão no planeta Terra, o mundo moderno.

Quando caímos – e foi como uma queda – estávamos em uma espiral de consciência semcontrole movendo-nos para baixo através de dimensões de consciência. Estávamos forade controle e era muito parecido como cair no espaço. Quando chegamos aqui naterceira dimensão, certas mudanças específicas ocorreram, ambas fisiologicamente e namaneira como funcionamos na Realidade. A mudança mais importante foi no modo comorespiramos o prana, uma palavra hindu para energia de vida e força deste universo. O

prana é mais crítico para nossa sobrevivência que o ar, a água, o alimento ou qualqueroutra substância, e a maneira pela qual absorvemos esta energia em nosso corpo afetaradicalmente como percebemos a Realidade.

Nos tempos de Atlântida e, anteriormente, o modo como respirávamos o prana estavadiretamente relacionado aos campos de energia eletromagnética que cercam nossoscorpos. Todas as formas de energia em nossos campos são geométricas, e aquela com aqual estaremos trabalhando é uma estrela tetraedro, que consiste de dois tetraedrosentrelaçados [Fig. 1-1]. Uma outra maneira de pensar nela, é como uma estrela de Davidtridimensional.

O vértice do tetraedro superior termina umpalmo acima da base do tetraedro invertido e, o

vértice do tetraedro invertido termina um palmoabaixo da base do tetraedro superior. Um tubo de

conexão corre do vértice superior ao ponto mais

baixo através dos centros principais de energia docorpo ou, chacras. Este tubo, para seu corpo, tem

o diâmetro do círculo que você faz quando tocaseu dedo médio ao polegar. Parece um tubo de

vidro fluorescente, exceto porque ele tem uma

estrutura cristalina nas pontas que se encaixamnos dois vértices da estrela tetraedro. 

Antes da queda de Atlântida, costumávamos transportar o prana simultaneamente para

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cima e para baixo neste tubo e, os dois fluxos de prana se encontravam dentro de um denossos chacras. Especificamente, onde o prana se encontra, sempre foi um aspectoimportante desta ciência antiga que, ainda hoje está sendo estudada em todo o universo.

Um outro ponto importante no corpo humano é a glândula pineal, localizada quase nocentro da cabeça e que é um fator importante na consciência. Esta glândula degenerou-se do seu tamanho original, comparado a uma bola de ping-pong, ao seu tamanho atual,

de uma ervilha seca, porque nos esquecemos de como usa-la há um longo tempo atrás –

 e se você não a usa, você a perde.

A energia prânica costumava fluir através do centro da glândula pineal. Esta glândula, deacordo com Jacob Liberman, autor de Light, the Medicine of the Future (Luz, A Medicinado Futuro), parece um olho e, em alguns aspectos, é literalmente um globo ocular. Éredonda e tem uma abertura em uma parte; nesta abertura fica uma lente para focalizar aluz. É oca e tem receptores internos de cor. Seu campo primário de visão – embora istonão tenha sido determinado cientificamente – é para cima em direção aos céus. Assimcomo nossos olhos podem ver até 90º para os lados a partir da direção que focam, aglândula pineal também pode "ver" tanto quanto 90º a partir de sua direção definida.

Assim como nós não podemos olhar por trás de nossas cabeças, a glândula pineal nãopode olhar para baixo em direção a Terra.

Dentro da glândula pineal – apesar de seu tamanho diminuto – estão todas as geometriassagradas e todo o entendimento de como a Realidade foi criada exatamente. Esta tudo lá,em cada indivíduo. Mas estes entendimentos não estão acessíveis para nós agoraporque perdemos nossas memórias durante a Queda, e sem nossas memóriascomeçamos a respirar de um modo diferente. Ao invés de absorver o prana através daglândula pineal e circulá-lo para cima e para baixo em nosso tubo central, começamos arespirá-lo através de nosso nariz e boca. Isso fez com que o prana se desviasse daglândula pineal, o que resultou em visualizarmos as coisas de uma maneira totalmente

diferente, através de uma interpretação diferente (chamada de bem e mal ou consciênciapolarizada) da Única Realidade. O resultado dessa consciência polarizada faz-nos pensarque estamos dentro de um corpo olhando para fora, de algum modo separado do queestá "lá". Isto é pura ilusão. Parece real, mas não há nenhuma verdade nesta percepção.É meramente a visão da realidade que temos deste estado errôneo.

Por exemplo, não há nada errado com nada do que acontece, porque Deus esta nocontrole da criação. Mas de um ponto de vista, de uma visão polarizada, olhando oplaneta e a forma como ele evolui, não deveríamos ter caído aqui. Em uma curva normalde evolução, não deveríamos estar aqui. Algo nos aconteceu que não deveria teracontecido. Nós passamos por uma mutação – tivemos uma quebra cromossômica, você

poderia dizer. Por isso a Terra tem estado em alerta vermelho por quase 13.000 anos, emuitos seres e níveis de consciência têm trabalhado juntos para descobrir como pôr-nosde volta no caminho (DNA) onde estávamos antes.

O efeito desta queda da consciência e os esforços decorrentes para pôr-nos de volta natrilha são algo realmente muito bom – algo inesperado, algo surpreendente – aconteceu.Seres de todo o universo que têm tentado ajudar-nos com o nosso problema iniciaramvários experimentos conosco em uma tentativa para ajudar, alguns legalmente e outrossem licença. Um experimento particular está resultando em um cenário que ninguém emnenhum lugar nunca sonhou que se tornaria realidade, exceto uma pessoa em umacultura singular de um passado distante.

A MerkabaHá um outro fator importante no qual vamos nos concentrar nesta estória. Treze mil anosatrás estávamos conscientes de algo sobre nós mesmos que nos esquecemos

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completamente desde então: Os campos de energia geométricos em torno de nossoscorpos podem ser ativados de um modo particular, que está também conectado à nossarespiração. Estes campos costumavam girar bem próximos a velocidade da luz em tornode nossos corpos, mas eles diminuíram a velocidade e pararam de girar depois daQueda. Quando este campo é reativado e gira, é chamado de Merkaba, e sua utilidadenesta Realidade é incomparável. Ela nos dá uma consciência expandida de quem somos,nos conecta com níveis mais elevados de consciência e re-armazena a memória com asinfinitas possibilidades de nosso ser.

Uma Merkaba giratória saudável tem de 50 a 60 pés de diâmetro, proporcional a altura deuma pessoa. A rotação de uma Merkaba giratória pode ser mostrada no monitor de umcomputador usando instrumentos apropriados, e sua aparência é idêntica ao envelope decalor infravermelho da galáxia [Fig. 1-2] – a mesma forma básica de um disco voadortradicional.

A palavra Merkaba é constituída de três palavras menores, Mer, Ka e Ba, e o modo comoas estamos usando, veio dos antigos egípcios. É vista em outras culturas comomerkabah, merkaba e merkavah. Há várias pronúncias, mas geralmente você a pronuncia

como se as três sílabas fossem separadas, com tonicidades iguais em cada. Mer refere-se a um tipo específico de luz que foi compreendido no Egito somente durante a oitavadinastia. Foi vista como dois campos de luz girando em sentidos contrários no mesmoespaço, que são gerados por certos padrões de respiração. Ka refere-se ao espíritoindividual e Ba refere-se à interpretação do espírito de sua realidade particular. Em nossarealidade particular, Ba é geralmente definido como o corpo ou realidade física. Emoutras realidades onde espíritos não têm corpos, refere-se aos conceitos ouinterpretação da realidade que trazem consigo.

Por isso a Merkaba é um campo de luz girando em sentidos contrários que afeta espíritoe corpo simultaneamente. É um veículo que pode levar espírito e corpo (ou a

interpretação da realidade de uma pessoa) de um mundo ou dimensão para uma outra.Na verdade, a Merkaba é muito mais do que isso, porque ela pode criar uma realidadetanto quanto se mover entre realidades. Para nossos propósitos, entretanto, nosconcentraremos principalmente no seu aspecto como um veículo interdimensional (Mer-Ka-Vah significa carruagem em hebraico) que nos ajudará a voltar ao nosso estado maiselevado de consciência original.

Retornando ao Nosso Estado OriginalPara ser claro, retornar ao nosso estado original é um processo natural que pode ser fácilou difícil de acordo com nossos padrões de crença. Entretanto, simplesmente tornar-seenvolvido com as relações técnicas da Merkaba, tais como, corrigir nossos padrões de

respiração ou realizar mentalmente as infinitas conexões com todos os padrões de vida,por exemplo, não é suficiente. Pelo menos, um outro fator é bem mais importante que aprópria Merkaba, e é o entendimento, a realização e o viver o amor divino. Porque é oamor divino, às vezes referido como amor incondicional, que é o fator principal quepermite que a Merkaba torne-se um campo vivo de luz. Sem o amor divino, a Merkaba ésimplesmente uma máquina, e esta máquina terá limitações que nunca permitirão que oespírito que a criou retorne para casa e alcance os mais elevados níveis de consciência – o plano onde não existem níveis.

Devemos experimentar e expressar amor incondicional a fim de mover-nos além de umacerta dimensão, e o mundo está se dirigindo rapidamente para este local mais elevado.Estamos nos distanciando do local do separatismo onde vemos a nós mesmos dentro deum corpo, olhando para fora. Esta visão desaparecerá em breve, para ser substituída poruma visão diferente da realidade onde teremos o senso e o conhecimento da unidadeabsoluta em toda forma de vida; e este senso crescerá mais e mais ao passo que

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continuarmos a nos mover para cima através de cada nível em nossa jornada para casa.

Posteriormente, exploraremos modos especiais de como abrir o coração – para acendero amor compassivo e incondicional de modo que você possa ter uma experiência direta.Se você puder simplesmente deixar isto acontecer, poderá descobrir coisas a respeito desi próprio que não sabia antes.

Caro leitor: Há procedimentos em seminários que não podem ser reproduzidos em fitascassetes ou neste livro porque são totalmente experimentais. São tão importantes quantoo conhecimento, porque sem eles o mesmo não tem valor. O único meio pelo qualpodemos dar estas experiências agora é através da tradição oral através de umseminário ao vivo. Porém, isto poderá mudar no futuro.

Uma Realidade Mais Elevada e Inclusiva Um outro componente no qual iremos nos concentrar tem muitos nomes, mas em termosatuais é geralmente referido como o eu superior. Na realidade do eu superior, nósliteralmente existimos em outros mundos além deste. Existem tantas dimensões emundos que quase superam a capacidade humana em concebê-los. Estes níveis são

muito específicos e matemáticos, e o espaço e os comprimentos de onda em e entre elessão idênticos às relações dentro das oitavas musicais e outros aspectos da vida. Masneste momento, sua consciência da terceira dimensão foi provavelmente tolhida de seuaspecto mais elevado, por isso você está consciente apenas do que está acontecendoaqui na Terra. Esta não é a norma para seres existentes no estado normal atual. A normaé que os seres tornem-se primeiramente conscientes de vários níveis de uma só vez,como acordes em música, até finalmente, quando eles se desenvolverem, tornarem-seconscientes de tudo em todos os lugares de uma só vez. O exemplo a seguir não écomum, mas demonstra sobre o que está sendo falado.

Estou me comunicando com alguém neste momento que está consciente de muitos

níveis de uma só vez. Os cientistas que a estão estudando estão sem palavras, eles nãopodem entender como ela faz o que está fazendo. Ela pode estar sentada em uma sala eainda afirmar estar observando do espaço. A NASA a testou pedindo a ela para "ver" umsatélite específico e dar informações específicas que poderiam ser conhecidas apenaspor alguém que estivesse realmente lá. Ela forneceu a eles leituras de seus instrumentos,que estou certo de que parecia impossível para os cientistas. Ela disse que estavavoando ao lado do satélite e simplesmente os leu. Seu nome é Mary Ann Schinfield. Ela étotalmente cega e ainda pode caminhar ao redor de uma sala sem que ninguém saiba queela não pode ver. Como ela faz isto?

Recentemente ela me ligou, e enquanto estávamos conversando ela perguntou se eugostaria de ver através de seus olhos. É claro que eu disse que sim. Com umas poucasrespirações, meu campo de visão se abriu, e eu estava olhando para ou através do queparecia uma enorme tela de televisão que preencheu meu campo de visão. O que eu viera assombroso. Parecia que eu estava me movendo muito rápido através do espaçosem um corpo. Eu pude ver as estrelas, e naquele momento Mary Ann e eu, vendoatravés de seus olhos, estávamos nos movendo ao lado de uma série de cometas. Elaestava muito próxima de um deles.

Foi uma das experiências fora do corpo mais reais que eu já tive. Ao redor do perímetrodesta tela de TV havia cerca de doze ou quatorze telas de TV menores, cada umafornecendo imagens extremamente rápidas. Uma delas no canto superior direito estavapiscando rapidamente imagens em movimento, tais como, triângulos, lâmpadas, círculos,linhas onduladas, árvores, quadrados, etc. Foi esta tela que disse a ela o que estava noespaço adjacente a onde seu corpo estava localizado. Ela pôde "ver" através destasimagens aparentemente desconexas. Havia uma outra tela no canto inferior esquerdo por

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onde ela se comunicava com outra vida extraterrestre que estava dentro deste sistemasolar.

Aqui está uma pessoa que está em um corpo tri-dimensional na Terra, mas que temcompleta memória e experiência de viver em outras dimensões. Esta maneira deinterromper a Realidade é incomum. Pessoas normalmente não vêem dentro de telas deTV, mas existimos em muitos outros mundos muito embora a maioria de nós não esteja

consciente disto.Você existe atualmente em provavelmente cinco ou mais níveis. Embora haja uma quebraentre esta dimensão e outras, quando você se conecta com seu eu superior vocêconserta esta quebra, após a qual você começa a se tornar consciente de níveis maiselevados e os níveis mais elevados começam a prestar mais atenção em você – e acomunicação começa! Esta conexão com o eu superior é provavelmente a coisa maisimportante que poderia acontecer em sua vida – mais importante que entender qualquerinformação que estarei fornecendo. Conectar-se ao eu superior é mais importante queaprender a ativar a Merkaba, porque se você se conectar ao seu Eu, você obteráinformações absolutamente claras sobre como proceder passo a passo através de

qualquer realidade e como autoguiar-se de volta ao lar na completa consciência de Deus.Quando você se conecta com seu eu superior, o resto acontece automaticamente. Vocêainda terá que viver sua vida, mas tudo que você fizer terá grande poder e sabedoriadentro de suas ações, pensamentos e emoções.

Exatamente como se conectar com o eu superior é o que muita gente, incluindo eumesmo, têm tentado entender. Muitas pessoas que têm tentado fazer esta conexão dealgum modo freqüentemente não sabem o que aconteceu. Neste curso eu tentareiexplicar exatamente como se conectar com seu eu superior. Eu farei o melhor que puder.

Realidades dos Lados Esquerdo e Direito do Cérebro

Há mais um componente para este quadro. Eu estarei gastando talvez metade de nossotempo em informações sobre o lado esquerdo do cérebro como geometrias e fatos etodos os tipos de informações que para muitas pessoas espiritualistas poderia parecertotalmente irrelevante. Estou fazendo isto porque quando nós caímos, nos dividimos emdois – na verdade três, mas inicialmente em dois – principais componentes, que

chamamos masculino e feminino. O lado direito do cérebro, que controla o lado esquerdode nosso corpo, é nosso componente feminino, apesar de não ser verdadeiramentemasculino ou feminino. É onde nosso aspecto psíquico e emocional vive. Estecomponente sabe que há somente um Deus e esta unicidade é tudo que existe. Emboraele não possa realmente explicá-lo, ele apenas sabe a verdade. Portanto não há muitos

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problemas com o componente feminino.

O problema está no lado esquerdo do cérebro – o componente masculino. Por causa danatureza de como o lado masculino do cérebro está orientado - uma imagem refletida dofeminino – ele tem seu componente lógico frontal (mais dominante), enquanto o femininotem seu componente lógico na parte posterior (menos dominante). O lado esquerdo docérebro não experimenta a unicidade quando olha a Realidade; tudo o que ele vê é

divisão e separação. Por esta razão, nosso aspecto masculino está tendo dificuldadesaqui na Terra. Até mesmo nossos principais livros sagrados tais como o Alcorão, a BíbliaHebraica e a Bíblia Cristã têm dividido tudo em opostos. O lado esquerdo do cérebroexperimenta a existência de Deus, mas então há também o demônio – talvez não tão fortequanto Deus, mas uma influência enorme. Por isso até mesmo Deus é visto em termos dedualidade, como um pólo das forças opostas da escuridão e da luz. (Isto não é verdadeem todas as seitas destas religiões. Poucas delas vêem que há somente um Deus.)

Até o lado esquerdo do cérebro, ser capaz de ver a unidade em tudo, saber que háverdadeiramente um espírito, uma força, uma consciência movendo-se através deabsolutamente tudo o que existe – até ele conhecer esta unidade além de qualquer

dúvida - a mente ficará separada dela própria, de sua totalidade e da plenitude de seupotencial. Mesmo que haja a mais leve dúvida sobre a unidade, o aspecto do ladoesquerdo do cérebro nos impedirá e não poderemos mais caminhar sobre as águas.Lembre-se que, até Tomé, caminhou sobre as águas por um breve momento quandoJesus o pediu. Mas uma pequena célula em seu dedão disse: "Espere um minuto, eu nãoposso fazer isso", e Tomé afundou na água fria da realidade polarizada.

Aonde Iremos com Estas Informações Estou dedicando muito do nosso tempo a mostrar-lhe além de qualquer sombra dedúvida que há somente uma imagem em tudo. Existe uma e somente uma imagem quecriou tudo o que existe, e esta imagem é a mesma que formou o campo eletromagnético

em torno de seu corpo. As mesmas geometrias que estão no seu campo podem serencontradas ao redor de tudo – planetas, galáxias, átomos e tudo o mais. Examinaremosesta imagem em grande detalhe.

Nós também entraremos na história da Terra, porque é muito importante para a nossasituação atual. Não poderemos realmente entender como chegamos aqui se nãosoubermos o processo que nos guiou até este ponto. Por isso gastaremos uma parteconsiderável de tempo falando sobre o que aconteceu há muito tempo atrás; então,lentamente avançaremos até chegarmos ao que está acontecendo hoje. Está tudoamarrado. A mesma coisa tem acontecido todo o tempo e ainda está acontecendo – naverdade, nunca parou.

Aqueles de vocês nos quais predomina o lado direito do cérebro podem sentir-seinclinados a pular esta matéria sobre o lado esquerdo do cérebro, ainda que seja muitoimportante para que vocês mantenham-se determinados. É através do equilíbrio que asaúde espiritual retorna.

Quando o lado esquerdo do cérebro enxerga a unidade absoluta, começa a relaxar e ocorpo caloso (a tira de fibras que liga os dois hemisférios) abre-se de um novo modo,permitindo uma integração entre os dois lados. O elo entre os lados esquerdo e direito docérebro se expande, o fluxo inicia, a informação é passada para trás e para frente, e oslados opostos do cérebro começam a se integrar e sincronizar um com o outro. Se vocêestiver sendo monitorizado, você poderá realmente ver isto acontecer. Esta ação ativa aglândula pineal de uma maneira diferente e torna possível através de sua meditaçãoativar o corpo luminoso da Merkaba. Então, o processo inteiro de regeneração erecuperação de nossos níveis mais elevados de consciência anteriores pode prosseguir.

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um processo de crescimento.

Se você estiver estudando qualquer outra prática espiritual, você não precisa parar a fimde começar o trabalho com a Merkaba – a menos que, é claro, seu professor não queiramisturar tradições. Outras meditações que estejam baseadas na verdade podem serextremamente úteis uma vez que a Merkaba esteja girando, porque então, resultadosnotáveis poderão evoluir muito, muito rapidamente. Vou me repetir apenas para que você

saiba com toda certeza: o corpo de luz da Merkaba não contradiz ou inibe nenhuma outrameditação ou religião que apóie a crença de que há apenas um Deus.

Até agora falamos apenas sobre o ABC da espiritualidade. Estes são apenas os passosiniciais. Mas esses primeiros passos são os mais importantes que eu conheço.

O lado direito do seu cérebro pode adorar toda esta informação e arquivá-la emescaninhos cuidadosamente rotulados; isto é bom. Ou, você pode simplesmente relaxare ler isto como uma história de aventura, uma fantasia. Não importa como você o leia, ofato de você estar lendo esse livro é o que o importa, e você receberá seja lá o queestiver destinado a receber. No espírito da unicidade, então, vamos embarcar juntos

nessa jornada de exploração.

Desafiando os Padrões de Crença de Nossos PaisMuitas idéias nas quais acreditamos hoje e "fatos" que nos foram ensinados na escolasimplesmente não são verdadeiros, e as pessoas estão agora começando a reparar istoem todo o mundo. É claro que, esses padrões eram geralmente consideradosverdadeiros naquele tempo em que foram ensinados, mas então, os conceitos e as idéiasmudaram e, à geração seguinte foram ensinadas diferentes verdades.

Por exemplo, o conceito do átomo mudou dramaticamente tantas vezes nos últimosnoventa anos que a esta altura eles realmente não aderem ao conceito. Eles usam um

conceito, mas com o entendimento de que podem estar errados. Uma vez o átomo foicomparado a uma melancia e os elétrons como sementes dentro da melancia. Nósrealmente sabemos muito pouco sobre a Realidade que existe ao nosso redor. A FísicaQuântica mostrou-nos agora que, a pessoa que executa a experiência influencia oresultado. Em outras palavras, a consciência pode mudar o resultado de umaexperiência, dependendo de seus padrões de crença.

Existem outros aspectos de nós mesmos que tomamos como verdadeiros que podemnão ser verdadeiros absolutamente. Uma idéia que foi mantida por muito tempo é a deque somos o único planeta existente com vida. No fundo de nossos corações sabemosque isto não é verdade, mas este planeta não admitirá esta verdade nos tempos atuaismuito embora haja evidências poderosas de aparições de OVNI’s que têm vindo de todasas partes do mundo, sem parar, por cerca de cinqüenta anos. Nenhum outro assuntocomo os OVNI’s teria sido tão acreditado e aceito pelo mundo se este assunto nãotivesse sido tão assustador. Portanto, vamos olhar para uma evidência que sugere quehá uma consciência mais elevada no universo, não apenas nas estrelas, mas talvez bemaqui na Terra.

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DESLOCAMENTO CONSCIENTE

CÓSMICO

Para o deslocamento, utilizamos o pensamento que transporta o nosso espírito. Nós somos Luz, e o Sol é a presençada Luz no nosso Planeta. Ao seguir a sua Luz e conduzir o nosso pensamento determinando que o mesmo se poste

no local onde o sol esteja iluminando com intensidade, podemos chegar em qualquer parte do planeta em que o sol

esteja presente, seja no Japão, Tailândia, Áustria, etc. O importante é desenvolver a capacidade de se deslocar

conscientemente, sem dependência de tempo ou de qualquer conhecimento externo, mas sim pela vontade e o

querer experienciar. A fórmula é navegar a mente no espaço, utilizando a luz do Sol, e conscientemente nos

colocarmos aonde o mesmo esteja mais intenso.

Deslocar-se no espaço para qualquer zona estelar dimensional só é possível utilizando-se a Merkabah de Luz, que é o

nosso Corpo de Luz Espiritual. Enquanto não se consegue ainda utilizar o próprio veículo de Luz, é necessário utilizar-

se o Sol, a Merkabah do Sol, para se transportar conscientemente. Usamos o pensamento para nos conectarmos aoSol e nos deslocarmos no espaço. Então, para que haja concentração, é necessário que se fixe o pensamento em

determinada coisa. Se quero me deslocar para o sol, terei que fixar o meu pensamento no sol. Sem treinamento,

sem concentração, torna-se difícil o deslocamento.

Considerações sobre concentração:

Existe um mar, e há um barquinho que é o nosso corpo, a nossa vida; quem está navegando esse barco é o nosso

Espírito. Constantemente o nosso Espírito sai desse barco, porque muitas vezes estamos pensando no que deixamos

para trás ou no que vamos encontrar. O nosso espírito se desloca de acordo com o pensamento e vai então para

estes lugares, enquanto o nosso corpo fica. Se o barquinho estiver no “piloto automático” do nosso subconsciente, e

vier uma onda, vocês não têm como se desviarem dela, acabam afundando, pois não conseguiram desviar o barco da

onda com a rapidez que se fazia necessária. Porque a agilidade, a capacidade de raciocinar está no Espírito. O que

estava faltando ali era a presença de espírito, porque o nosso Espírito vai estar onde estiver o nosso pensamento.

Recomendações para quem tem dificuldade de concentrar-se para o exercício de deslocamento:

a) é necessário se autocomandar para se desligar de outros sentimentos que estejam bloqueando a concentração;

deve se fortalecer; também é necessário saber qual o tipo de relacionamento com o sol. Tem um bom

relacionamento com ele?

b) conscientizar-se de que o sol vai emprestar a sua Luz, para que você se projete com consciência em outro lugar,

para que você converse com outros, troque informações. Traga essas informações pois isso confirma a sua projeção.

No início você vai achar que é a sua imaginação que está criando tudo isso.

c) a meditação nesse trabalho é muito importante, porque no momento em que você começa a se desligar do

barulho lá de fora, começa a se desligar de tudo, e começa a entrar em sintonia com você próprio, você se

interioriza.

d) há uma prática de meditação muito rápida: coloque uma música suave para tocar e acompanhe-a com o

pensamento.

e) de olhos fechados, concentre-se, não pense em nada, só na música. Se for uma música envolvente ela o levará

para outro estágio de consciência.

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f) Então, para que comece a pensar em uma coisa que deseje muito conquistar. Por exemplo: “Eu desejaria muito ter

um contato com uma pessoa de quem gosto.” Então, ela vai ser o foco da sua atenção, da sua concentração. Outra:

“Gostaria muito de ver tal cor”. Então, pense na cor, podendo primeiro pegar um papel com aquela cor e visualizá-la.

De olhos fechados, mantenha aquele quadro, aquela cor - isso lhe ajudará a se concentrar, a meditar.

g) nesse momento você vai se afastando das coisas materiais; é um treinamento para que sua mente se reeduque.

1 - Deslocamento Cósmico Consciente:

Para que se faça um deslocamento consciente é necessário que se esteja acordado, e se lembre de tudo, porque

senão o que há é um deslocamento inconsciente.

I - O exercício de início deve ter a duração de 5 minutos de concentração; depois vai-se diminuindo o tempo para 4

minutos, 3 minutos, até atingir o mínimo possível. O ideal seria a pessoa fazer este exercício durante sete dias. O

objetivo é se fazer este deslocamento de uma forma cada vez mais rápida.

Vamos ao exercício:

a) inicialmente, faz-se um pequeno relaxamento, uma concentração, e em seguida procura-se mentalizar/visualizar o

Sol, porque o Sol passa a ser a referência de luz para se deslocar dentro do sistema solar.

b) fechar os olhos e pensar que se está deslocando até o Sol. Você naturalmente será atraído até ele, porque quando

se pensa no Sol, logo se vai para ele. O problema consiste em se estar consciente. Muitas vezes pode-se só sentir a

energia dele, o calor, não será preciso ver o Sol, o mais importante é sentí-lo. Imagine o Sol brilhante e sinta o seu

calor na pele e etc... (Para facilitar, você pode se sentar ao Sol e sentir o seu calor e etc...) Fique assim por alguns

momentos. Em seguida, mande um comando à sua mente para ir para o Sol. Imagine-se dentro do Sol, sinta o seu

calor, sinta o seu calor amoroso.

c) ao sentir o seu calor, sua energia, mentalize, mande o comando: “Quero ir para o lugar onde o Sol está brilhando

mais intensamente neste momento” (esta meditação pode ser feita à noite).

d) automaticamente, você irá se deslocar para algum lugar, vai ver pessoas, coisas, monumentos, cidades, etc.

porque você está se conduzido para onde há luz, e através da luz vai poder ver.

e) ao avistar alguém, procure aproximar-se, manter diálogo. Não se preocupe com a língua porque a comunicação

será através da linguagem do pensamento.

f) procure fixar bem o que você viu, procure lembrar o que foi conversado e os detalhes que possam trazer alguma

contribuição ao esclarecimento daquilo que presenciou.

II - Quando você tiver conseguido fazer o deslocamento acima, você pode começar a se deslocar para umaregião/cidade específica que queira ir. Para isto, ao chegar ao Sol, basta pedir para ir ao lugar que você deseja.

III - Após ter realizado por alguns dias os dois exercícios acima, passe ao seguinte exercício:

a) ao você chegar ao Sol, deve pedir para ser encaminhado à base em Marte. Lá, deverá encontrar-se com Ashtar ou

outro ser; e você poderá lhe fazer várias perguntas. Fique atento para a experiência que irá lhe ocorrer.

b) em seguida, peça para ir para Vênus.

c) treine então, o deslocamento para o Sol, e deste direto para Vênus. Isto é, ao chegar ao Sol peça ao Sol que o leve

para Vênus.

2- Ativação das Células Temporais

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Antes de se ativar a Merkabah, é necessário que se ative as células temporais do corpo físico. Isto porque, ao se

ativar a Merkabah, há uma expansão da consciência, e se as células temporais não estiverem ativadas, haverá

dificuldades de se "caber" no corpo físico, isto é haverá dificuldades da consciência superior ser confinada num

invólucro bem menor, que é o corpo físico.

A Merkabah é o seu corpo de Luz. Para usá-la é preciso atingir um nível de consciência superior. Quando a Merkabah

é ativada, se passa para a 5a dimensão, e o corpo consciencial é expandido de tal forma que se torna maior que você

próprio, não cabendo mais no corpo físico. Então, é preciso primeiramente ativar as células temporais que existemem cada um de vocês para que ocorra a expansão do corpo físico, de modo a permitir o encaixe da consciência

superior.

Quando isso ocorre, vocês automaticamente começam a se auto-iluminar. A ativação das células temporais permite

a integração da consciência física com a consciência superior, através da ligação da Estrela da Terra — com a qual

estamos ancorados nesta realidade — com a Estrela de Vênus, que é a Estrela de nosso Eu Superior.

Essa ativação é necessária para que a consciência superior possa caber no corpo físico. Com essa ativação irão

retornar para o corpo físico de forma rápida e irão sentir toda a paz, e toda a energia — que é amor — que

conseguirem acessar em Vênus. Essa integração com a Estrela de Vênus é a integração do Amor Divino.

Basta se fazer este exercício uma única vez.

Passemos ao exercício:

desloque-se até o Sol, e que de lá se desloque até Marte.

chegando a Marte, peça a ativação das células temporais do seu corpo.

em seguida você verá uma nave e deverá nela entrar.

a partir daí a experiência é individual.

fique atento aos detalhes.

NOTA 1: caso você tenha dificuldade em se deslocar para o Sol, pois tenha algum receio do seu calor, ou porque não

gosta muito do Sol, ou seja porque motivo for que o Sol não lhe seja algo agradável, substitua o Sol pelo sol central

de seu próprio corpo. Imagine um sol interno, e trabalhe com ele, isto é faça os exercícios com este sol interno.

NOTA 2:

Para se fazer o deslocamento consciente cósmico para o Sol, vai-se com a consciência da 4ª dimensão (mental

concreto), e para Vênus vai-se com a consciência da 5a dimensão (mental superior).

Marte está passando para a 5a dimensão. Existem dois portais estelares entre Marte e Vênus. Para se ir para a 5a

dimensão (onde se encontra Vênus) ou outra qualquer acima,precisa-se sempre passar por estes portais. É por isto

que se passa por Marte antes de se ir a Vênus no exercício de deslocamento consciente cósmico.

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Melchizedek

Segundo as antigas tradições, é uma sociedade secreta cujo sacerdócio se revela de acordo com as necessidades da

época, que visa satisfazer o propósito divino e o restabelecimento da Lei. A tal conhecimento, a tradição relaciona

"O Espírito de Verdade" como Centro Imperecível (ou Shambalah), consagrado pelos povos orientais denominados:

Agartha, Argandhi, Eredemi, ou Salém.

O Culto da Igreja de Melki-tsedek está acima das manifestações religiosas. Este Culto sempre existiu, como ciência

divina e a mais preciosa de todas as religiões porque torna o ligar o homem a Deus ( da palavra religare= religião),

sem necessidade de sacerdote ou qualquer outro intermediário.

Sua origem precede dos meados da terceira Raça-Mãe ( a Lemuriana) formando a Grande Hierarquia Oculta.

Com o decorrer do tempo recebem o nome de Sudha- Dharma-Mandalan, na antiga Aryavartha - na Índia - mas para

todos os efeitos "Excelsa Fraternidade".

Durante a quarta raça-mãe, Atlante, o sacerdócio de Melki-tsedek, teve que enfrentar um magno problema; da

grande queda angélica, ou seja a "união entre os deuses e os filhos dos homens"( Gen 6:4) conhecido pela Igreja por

ser citado na Gênesis, diferindo apenas na tradição oriental, o nome "Devas"´para o de "anjos", na tradiçãoocidental.

Todas as tradições de valor no mundo, se originaram de uma fonte única, imperecível, que foi expressa na linguagem

hierática de todos os tempos por aquela misteriosa terra chamada Salém, Agartha ou Shambalah. Os povos se ligam,

de uma forma ou outra, através de suas tradições e símbolos, mitos e lendas, a este Centro, e a razão de

conservarem a mesma unidade é que descendem de uma fonte única.

Religião, filosofia e sistemas sociais crescem e decaem periodicamente em váriospovos, quando se corrompem e aí,

se manifesta o "Espírito de Verdade" para renovar a face das coisas, descerrar novos horizontes que até então

estavam fechados pela ignorância, incompreensão e maldade dos homens.

Alguns dirigentes - os que realmente orientam os homens no sentido de sua verdadeira evolução - são

representantes diretos ou indiretos deste "Centro" e cuja manifestação se processa através do "Tulkuísmo"

fenômeno milenarmente conhecido das tradições orientais e que vem sendo explicado e orientado através de alguns

"Colégios Iniciáticos" a longos anos.

Tais dirigentes são expressões do REX MUNDI "Rei do Mundo, conhecido como Melki-tsedek e esotericamente, com

o nome de Rigden -Djyepo (palavra tibetana de origem agartha com o significado "Rei do Jivas" ou dos seres da

terra).

Daí ser a manifestação ideoplástica do homem cósmico, isto é, "sem pai, sem mãe, sem genealogia, que não temprincípio de dias , nem fim da vida "(Heb 7:3).

Jesus, quando instruia-nos a largar pai e mãe, bens materiais para conseguir a vida eterna, também baseava-se nesse

princípio.

Melki-tsedek, o Rei de Salém, representa o sacerdote do Altíssimo, contemporâneo de Abraão, rei da Justiça e da Paz

(Heb :1 a 3).

Seu nome refere-se ao REX MUNDI, figurando também na tradição judaico-cristã (Heb 7 26).

O Rei do Mundo é assim chamado por possuir os dois poderes: o temporal, como rei e o espiritual, como sacerdote(Heb:cap 6 e 7).

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Ele é apontado com muito outros nomes: No Tibet, como Akdorge, do mesmo modo que na Índia; Na Mongólia

exterior é chamado de "Senhor de Endemi; Mas na verdade esotérica ou Teosofia, chamou-se "Beja ou semente dos

Avatares", razão pela qual o próprio Jesus lhe prestava homenagem e Abraão lhe pagou dízimos.

O atributo TSEDEK, "Justiça, Retidão", agregado ao hebraico; MELEK, "Rei", para formar o nome de Melki-tsedek,

significa "O Rei por Excelência", enquanto tal qualidade o caracteriza como tal. É interessante notar que se agrega o

títula de "Rei de Salém", quer dizer: "Rei da Integridade, Paz e Perfeição", qualidade estas que encarna o verdadeiro

adepto da arte real, sacerdote ou ministro da suprema realidade.

Unicamente seres muito especiais, através da história, têm sido capazes de perceber o verdadeito conceito e a

importância que abarca a clássica fórmula da Ordenação Sacerdotal:

"E para sempre serás Sacerdote da Ordem de Melki-Tsedek" (Salmo 110- 4) (Vide GEN 15, 17 A 20, SALM 15, HEB 5 A

7) Trechos dos Manuscritos do Mar Morto Esta é a história de Salém segundo ouvi dos lábios de Melquisedeque por

ocasião da festa de Sukot, quinze dias depois do livramento de Ló e suas filhas.

Tudo começou com um sonho no coração de um homem chamado Adonias; Ele possuía de muitas riquezas, mas a

nada prezava mais que a justiça e a paz que nascem da sabedoria e do amor.

Cansado com as injustiças que predominavam por toda a terra de Canaã, Adonias resolveu edificar um reino que

fosse regido por leis de amor e de justiça. O nome da capital desse reino seria Salém, a Cidade da Paz.

Os súditos de Salém não empunhariam arcos e flechas, mas seriam treinados na arte musical; Cada habitante de

Salém teria sempre ao alcance de suas mãos um instrumento musical, para expressar por meio dele a paz e a alegria

daquele novo reino. Juntos, formariam uma poderosa orquestra na luta contra a desarmonia que nasce do orgulho e

do egoísmo.

O primeiro passo de Adonias para a concretização de seu plano, foi elaborar as leis do novo reino, as quais ele as

escreveu em um pergaminho. Os súditos de Salém não poderiam mentir, furtar, odiar, nem matar seus semelhantes.

O orgulho e o egoísmo eram apontados como causa de todo o mal, portanto, não poderiam existir naquele lugar de

paz..

As leis do pergaminho requeriam a prática da humildade, da sinceridade, da amizade, e, acima de tudo, do amor que

é a maior de todas as virtudes.

Depois de registrar no pergaminho as leis que regeriam aquele reino, Adonias passou a arquitetar Salém. Seria uma

cidade a princípio pequena, com habitações para mil e duzentas pessoas. Como lugar de sua edificação, foi escolhida

uma região alta de Canaã, ao ocidente do Monte das Oliveiras. Em pouco tempo, a realização de Adonias começou a

atrair pessoas de todas as partes que, de perto e de longe, vinham para conhecerem os palácios e as mansões que

estavam sendo edificados. Admirados ante a beleza daquela cidade tão alva, os visitantes perguntavam sobre quemseriam os seus moradores.

Adonias mostrava-lhes o pergaminho, dizendo que Salém destinava-se aos limpos de coração - aqueles que

estivessem dispostos a obedecerem suas leis.

A edificação da cidade foi finalmente concluída e Salém revelou-se formosa como uma noiva adornada, à espera de

seu esposo.

Assentado em seu trono, Adonias examinava agora os numerosos pretendentes a súditos que chegavam de todas as

partes. Aqueles que, prometendo fidelidade às leis, eram aprovados, recebiam três dotes do rei: o direito à uma

mansão, vestes de linho fino e um instrumento musical no qual deveriam praticar.

A cidade ficou finalmente repleta de moradores. Cheio de alegria, Adonias convocou a todos para a festa de

inauguração de Salém, no decorrer da qual proclamou um decreto que determinaria o futuro daquele reino,

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dizendo:- A partir deste dia, que é o décimo do sétimo mês, seis anos serão contados, nos quais todos os moradores

serão provados. Somente aqueles que permanecerem leais, progredindo na prática das leis do pergaminho, serão

confirmados como herdeiros deste reino de paz. Aqueles que forem enlaçados por culpas e transgressões, serão

banidos pelo juízo.

As palavras do rei levou a todos a um profundo exame de coração, e alegraram-se com a certeza de que alcançariam

vitória sobre todo o orgulho e egoísmo, que são as raízes de todos os males.

Adonias tinha um único filho a quem dera o nome de Melquisedeque. A beleza, ternura e sabedoria desse filho

amado, haviam sido sua inspiração para a edificação fundação de seu reino.

Melquisedeque tinha doze anos de idade, quando Salém foi inaugurada. Era plano de Adonias coroá-lo rei sobre os

súditos aprovados, ao fim dos seis anos. Este plano, o manteria em segredo até o momento devido.

O príncipe, com suas virtudes e simpatia, tornou-se logo muito querido de todos em Salém. Ele tinha sempre nos

lábios um sorriso e uma palavra de carinho.

Apreciava estar junto aos súditos em seus lares, recitando-lhes as leis do pergaminho em forma de lindas canções

que vivia a compor. Sua presença trazia ao ambiente uma atmosfera de felicidade e paz. Esse amado príncipepossuía, de fato, todas as virtudes necessárias para ser rei de uma Salém vitoriosa.

Adonias edificara uma mansão especial junto ao palácio, com o propósito de ofertá-la ao súdito cuja vida

expressasse mais perfeitamente as leis do pergaminho. Diariamente ele observava os moradores, procurando entre

eles essa pessoa a quem desejava honrar.

Passeava pelas alamedas de Salém, quando, por entre o trinar de pássaros, Adonias ouviu uma voz semelhante a de

seu filho. Ao voltar-se para ver quem era, encontrou um belo jovem que cantarolava uma canção. Ao contemplar em

sua face o brilho da sabedoria e da pureza, Adonias alegrou-se por haver encontrado aquele a quem poderia honrar.

Aquele jovem, que era uma cópia fiel do príncipe, chamava-se Samael.

Colocando-lhe um anel no dedo, o rei conduziu-o ao palácio, onde, recebido por Melquisedeque que ofereceu-lhe

muitos presentes, entre os quais o direito de estar sempre ao seu lado.

Adonias preparou um grande banquete em honra a Samael, para o qual todos foram convidados. Ao contemplá-lo

ao lado do rei, os súditos o aclamaram com alegria, acreditando ser o próprio príncipe.

Exaltavam com júbilo as virtudes daquele formoso jovem, quando revelou-se Melquisedeque, posicionando-se com

um sorriso à direita de seu pai.

No banquete, Samael foi honrado por todos. Realmente ele era digno de residir na mansão do monte, pois havia

nele um perfeito reflexo das virtudes que coroavam o amado príncipe.

Salém crescia em felicidade e paz.Com alegria, os súditos reuniam-se a cada dia ao amanhecer para ouvirem,

cantarem e tocarem as sublimes composições de Melquisedeque, que inspiravam atos de bondade e paz.

Entre as amizades nascidas e fortalecidas em virtude da música harmoniosa, sobressaia aquela que unia o príncipe a

Samael. Desde que passara a residir na mansão do monte, Samael tornara-se seu companheiro constante. Passavam

longas horas juntos, meditando sobre as leis do pergaminho.Com admiração, o súdito honrado via o filho de Adonias

transformar aquelas leis em lindas canções.

As doces melodias nasciam dos seus lábios como o perfume de uma flor.

Consciente da importância da música na preservação da harmonia e paz em Salém, o príncipe, além do canto,

passou a dedicar-se à música instrumental, sendo o seu instrumento preferido o alaúde. Era por meio desse

instrumento que conseguia expressar com maior perfeição a riqueza de seu íntimo.

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Dos seis anos de prova, cinco, finalmente, passaram. Adonias, feliz por ver que até ali todos os habitantes de Salém

haviam permanecido leais aos princípios contidos no pergaminho, convocou-os para um banquete, no qual faria

importantes revelações.

Tendo tomado seus lugares diante do trono, os súditos, com alegria uniram as vozes entoando os cânticos da paz,

sendo regidos por Samael.

Depois de ouvi-los, o rei, emocionado, dirigiu-se a seu filho, abraçando-o em meio aos aplausos da multidão

agradecida. Todos reconheciam que a paz e a alegria em Salém, eram em grande medida devidas ao amor e

dedicação do querido príncipe, que era o autor daquelas doces canções.

Naquele momento de reconhecimento e gratidão, Adonias revelou os seus planos mantidos até então em

segredo.Com voz pausada, disse-lhes: - Súditos deste reino de paz, minh’alma está repleta de alegria por contemplar

nesse dia vossas faces mais radiantes que outrora. Vossas vestes continuam alvas e puras, como quando as

recebestes de minhas mãos. A harmonia de vossas vozes e instrumentos, hoje são maiores.

Tendo dito estas palavras, o rei acrescentou com solenidade:-Um ano de prova ainda resta, ao fim do qual sereis

examinados. Permanecendo fiéis como até aqui, sereis honrados confirmados como súditos deste reino de paz.

Contudo, se alguém for achado em falta, será banido, ainda que este julgamento nos traga muita tristeza esofrimento. As palavras do rei levaram os súditos a uma profunda reflexão. Todos, examinando-se, indagavam

reverentes: - Estaremos aprovados?!Certos de que seriam vitoriosos, pois amavam Salém e suas leis, uniram as

vozes num cântico expressivo de fidelidade. Ao terminarem o cântico, Adonias revelou-lhes seu grande segredo:

- Aqueles que forem aprovados, herdando este reino de paz, receberão como rei o meu filho , a quem darei o trono

glorificado dessa Salém vitoriosa.A revelação do rei foi aclamada por todos com muito júbilo. Adonias, contudo,

ainda não lhes revelara todo o seu plano, por isso pedindo-lhes silêncio, prosseguiu:

- O meu filho empunhará um cetro especial, no qual selarei todo o direito de domínio seu cetro , simbolizando toda a

harmonia, será um alaúde.Diante desta revelação que a todos sensibilizou, o príncipe prostrando-se aos pés de seupai, chorou motivado por muita alegria. Enquanto isto, todos o aplaudiam com euforia, ansiando ver o raiar desse

dia em que a paz seria vitoriosa.

Adonias, chamando para junto de seu filho a Samael, concluiu dizendo:- No governo dessa Salém vitoriosa, tenho

proposto fazer de Samael o primeiro depois de Melquisedeque. A ele será confiado o pergaminho das leis, devendo

ser o guardião da honra desse reino triunfante.

Samael, ao conhecer os planos de Adonias quanto ao futuro de Salém, encheu-se de euforia. Contemplava agora

risonho aquela cidade sem igual, imaginando seu futuro de glória. Considerando as palavras do rei, de que ele seria o

segundo no reino, deixou ser dominado por um sentimento de exaltação. Ele, que até ali, em obediência às leis do

pergaminho, vivera uma vida de humildade, começava a orgulhar-se de sua posição. Em seu devaneio sentia-se junto

ao trono, tendo os súditos de Salém a seus pés, aclamando com louvores sua grandeza. Samael, totalmente

dominado por esse sentimento, não dava por conta de que estava sendo conduzido para um caminho perigoso. O

orgulho que o seduzira, estava gerando o egoísmo que logo se manifestaria em cobiça.

Uma semana após a revelação de Adonias, os súditos promoveram uma festa em homenagem a Melquisedeque, o

futuro rei de Salém. Vendo-o aclamado por tantos louvores, Samael teve o coração tomado por um estranho

sentimento de inveja, fruto do orgulho e do egoísmo. Não podia suportar o pensamento de ser deixado em segundo

plano. Não era ele tão formoso e sábio quanto o príncipe?!

Era quase impossível disfarçar tal sentimento de infelicidade.

Outrora, Samael encontrara indizível prazer nos momentos em que, ao lado do príncipe, recitava as leis contidas no

pergaminho, que eram transformadas em lindas canções. Agora, tais momentos tornaram-se desagradáveis, pois

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aqueles princípios contrariavam os seus ideais. Decidiu, contudo, não revelar seus sentimentos de revolta.

Suportaria o antiquado pergaminho até que, com sua autoridade, pudesse bani-lo do novo reino que seria

estabelecido. Não seria ele o guardião daquelas leis? Essa "vitória" procuraria alcançar mediante sua influência

e sabedoria.

Julgando poder influenciar o filho de Adonias com seus sonhos de grandeza, Samael aproximou-se dele com euforia,

e passou a falar-lhe das glórias do reino vindouro, onde os dois, cobertos de honras, desfrutariam dos louvores de

uma Salém vitoriosa. Seriam eles os heróis do mais perfeito reino estabelecido entre os homens.

As delirantes palavras do súdito honrado trouxeram preocupação e tristeza ao coração do jovem príncipe, pois não

refletiam os ensinamentos de amor e humildade do pergaminho.

Vendo o seu íntimo amigo em perigo, Melquisedeque, com uma ternura jamais revelada, conduziu-o para junto do

trono, onde, tomando o pergaminho, passou a ler compassadamente os seguintes parágrafos:

- O reino de Salém será firmado sobre a humildade ,pois esta virtude é a base de toda verdadeira grandeza.

A humildade é fruto do amor, sendo contrária ao orgulho, que pode manter uma criatura presa ao pó, fazendo-a

contentar-se com suas limitações ,iludindo-a como se as mesmas fossem de infinito valor.

A humildade consiste no esquecimento de si, e este, numa vida de abnegado serviço pelos semelhantes.

Samael, esforçando-se para encobrir sua indignação ante a leitura do pergaminho que para ele era ultrapassado,

disse ao príncipe, em tom de conselho amigo:

- Meu bom companheiro, reinaremos numa Salém vitoriosa, que fulgurará muito acima deste pergaminho ,cujos

princípios foram cumpridos fielmente nesses anos de prova. A plena liberdade não será a glória de Salém? Pois saiba

que, completa liberdade não coexistirá com estas leis, cujo objetivo encerra-se ao fim dos cinco anos. Caberá a nós

dois coroarmos Salém com a honra de uma total liberdade, que gerará uma felicidade sem fim. Tal liberdade éimpossível existir sob as limitações do pergaminho.

O filho do rei ficou muito abalado ante as palavras de seu amigo, que evidenciavam loucura. Como libertá-lo desse

caminho de morte?!

Ninguém em Salém, além de Melquisedeque, conhecia a triste condição de Samael. Com paciência, o príncipe

procurava conscientizá-lo do real valor do pergaminho, cujas leis não podiam jamais ser alteradas, pois isto seria o

fim de toda a paz.

Os conselhos do príncipe despertaram finalmente o seu coração. Meditando sobre suas palavras, conscientizou-se

de estar seguindo por um caminho enganoso.

Ao ver nos olhos daquele a quem tanto amava as lágrimas do arrependimento, o filho de Adonias alegrou-se com

sua vitória sobre o orgulho e o egoísmo.

Os dias que seguiram-se à libertação, foram cheios de realizações; O príncipe revelava-se ainda mais amigo, disposto

a dar tudo de si para que seu companheiro pudesse prosseguir triunfante no caminho da humildade. Naqueles dias

de júbilo, foi dada a ele a honra de conhecer o cetro que estava sendo moldado.

Num momento de descuido, Samael que voltara a desfrutar paz de espírito, permitiu que seu coração novamente

ficasse possuído por um sentimento de grandeza, que fez desencadear nova tormenta em sua alma. Esse sentimento

misto de orgulho e cobiça lhe sobreveio no momento em que o príncipe mostrava-lhe o dourado alaúde, no qual

estava sendo impresso o selo de todo o domínio.

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De sua mansão Samael contemplava Salém em seu resplendor matinal. Vendo-a, qual noiva adornada à espera de

seu rei, cobiçou-a. Em seu delírio passou a formular planos de conquista. Já podia sentir-se exaltado sobre o seu

trono, tendo nas mãos o cetro precioso. Todos aclamariam-no como o libertador da opressão daquelas leis. Salém

seria um reino de completa liberdade e prazer. Dominado por esta cobiça, passou a maquinar planos de conquista.

Samael decidiu agir sutilmente entre os súditos, levando-os a ver no pergaminho um impecílio à real liberdade. Em

sua missão de engano, agiria com aparente bondade, revelando interesse pelo crescimento da felicidade de todos.

Pondo em prática seus planos, passou a visitar os súditos em suas mansões, falando-lhes das glórias do reino

vindouro, onde desfrutariam completa liberdade.

Grande era a sua influência em Salém. Todos admiravam sua beleza e sabedoria, tendo-o como um perfeito apóstolo

da justiça e do amor. Ninguém podia imaginar que em meio àquela atmosfera de júbilo e gratidão uma armadilha

sutil estava sendo colocada, nas garras da qual muitos poderiam cair por descuido.

Em sua sedutora missão, Samael não falava contra o pergaminho, aliás, louvava-o por haver exercido naqueles seis

anos prestes a findarem ,uma missão de prova.

Em sua lógica, contudo, procurava mostrar que, no reino vindouro, quando todos estivessem aprovados, estariamacima daquelas leis. Seus argumentos, aparentemente corretos, preparavam-lhe o caminho para afirmar

abertamente que, no novo reino, a existência do pergaminho, seria um entrave à concretização da verdadeira

liberdade.

As sementes da rebelião lançadas por Samael não tardaram a germinar no coração de muitos em Salém. Isto

acontecia a seis meses do Yom Kipur, quando o destino de todos seria selado. Um terço dos habitantes ,seduzido

pelo terrível engano, exaltava-o agora, em completo desprezo às leis e ao príncipe, a quem julgavam ultrapassados.

Adonias, que sofria ao ver o surgimento de toda essa rebeldia, convocou os súditos para uma reunião de

emergência. Na face de todos podia-se ver as contrastantes disposições.

Com voz compassiva, o rei passou a revelar-lhes, como jamais fizera antes, a grande importância das leis registradas

no pergaminho, mostrando que elas eram a base de toda a prosperidade e paz. Se tais leis fossem banidas, toda

felicidade e glória se extinguiriam, dando lugar ao caos.

Depois de mostrar a necessidade das leis, Melquisedeque, movido por um forte desejo de salvar aqueles a quem

tanto amava, ergueu diante de todos o pergaminho e, com voz cheia de bondade ofereceu-lhes o perdão e a

oportunidade de recomeçarem no caminho da paz. Suas palavras a todos emocionou, ficando até mesmo Samael

ficou a princípio motivado, contudo, o orgulho impediu-lhe novo arrependimento. Desta maneira, o súdito honrado,

quando ainda podia olhar arrependido para o pergaminho, endureceu-se em sua rebeldia, decidindo prosseguir até

o fim. Esta decisão, todavia, não a manifestaria prontamente, pois idealizara um traiçoeiro plano.

Ao findar o encontro da oportunidade, Samael convocou seus seguidores para uma reunião secreta, que foi realizada

sob o manto da noite, junto ao riacho de Cedrom que ficava fora dos muros de Salém.

Após maldizer o pergaminho e a todos aqueles que o defendiam, ,começou a falar-lhes de seus planos de vingança e

traição:- Como vocês sabem, os seis anos da prova estão se esgotando, restando, a partir de hoje, vinte e quatro

semanas para o dia da coroação. Se vocês quiserem ter-me como rei em lugar de Melquisedeque, poderei roubar-

lhe o cetro, apoderando-me do reino.

Samael passou a explicar-lhes os lances da traição, dando-lhes as devidas orientações sobre a maneira de agirem a

partir daquela data:- Precisamos manter uma aparência de fidelidade ao pergaminho e ao príncipe até que chegue o

momento de agirmos. O golpe será dado na noite que antecede o dia da coroação. À meia-noite, furtivamente nos

ausentaremos de Salém. Roubarei nessa noite o cetro e, juntos, fugiremos para o profundo vale onde estão as

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cidades de Sodoma e Gomorra. Ali nos armaremos, e marcharemos contra Salém, subjugando nossos inimigos.

Acabaremos então com o pergaminho e com todos aqueles que se recusarem prestar obediência ao nosso governo.

Sobrevieram dias de aparente tranqüilidade e paz Samael, fingindo fidelidade, estava sempre ao lado do príncipe,

demonstrando admiração pelas suas novas composições que exaltavam as leis do pergaminho. Os seguidores de

Samael, da mesma maneira, uniam as vozes em louvores que expressavam a grandeza dos princípios aos quais

repugnavam.

Melquisedeque, cheio de alegria por ver aproximar-se o dia de sua coroação, ensaiava com os súditos os cânticos da

vitória, os quais compusera especialmente para aquela ocasião.Com felicidade falava a todos sobre seus sonhos em

tornar Salém cada vez mais honrada por sua beleza e harmonia.

Samael, em sua maldade velada, zombava do príncipe. Já previa a dor que lhe traria o golpe da traição.

Naqueles dias de aparente paz, o súdito rebelde procurou conhecer o lugar em que o cetro ficaria oculto até o dia da

coroação. O príncipe, sem nada desconfiar, revelou-lhe todo o segredo: a sala, o cofre com seu enigma, o rico estojo

e, finalmente o tesouro. Contemplando-o o astuto Samael animou-se ao ver estampado em seu bojo o selo do

domínio; Compreendeu que, aquele que o possuísse, teria nas mãos o reino de Salém. Somente alguns dias, pensou,

e teria sob seu poder aquele instrumento precioso.

O sol declinou trazendo para Salém o dia que significaria vitória ou derrota.

Pouco antes do anoitecer, Samael deixara o palácio onde passara todo o dia ao lado do príncipe, ajudando-o nos

preparativos para a cerimônia da coroação.

Dirigindo-se para sua mansão, saudou as trevas com um sorriso maldoso. Como ansiara por aquela noite!

Enquanto os fiéis, embalados pela emoção da feliz vitória , revisavam sob a luz de candeias os adornos de seus

instrumentos, de vestes e mansões, certificando-se que seriam aprovados na manhã seguinte, Samael e seus

seguidores faziam seus últimos preparativos para desferirem o golpe.

À meia-noite, seguindo as instruções de Samael, todos os seus seguidores abandonaram silentemente suas mansões,

rumando-se ao profundo vale de Cedrom, onde esperariam pelo seu novo rei.

Samael, por sua vez, dirigiu-se aos fundos do palácio, por onde esperava entrar sem ser notado, indo ao encontro do

cetro. Evitando qualquer ruído, transpôs o portal, dirigindo-se silentemente à sala que guardava o precioso cetro.

Naquele momento, o príncipe que, insone rolava em seu leito, pressentindo algum perigo, dirigiu-se ao quarto de

seu pai e o despertou dizendo:- Meu pai, ouvi ruídos de passos no interior do palácio.

Afagando a cabeça de seu filho, Adonias, sonolento respondeu-lhe:

- Filho, não se preocupe. Deite-se comigo e durma tranqüilamente. Daqui a pouco raiará o alvorecer e você terá nas

mãos o alaúde dourado.O príncipe, tranquilizado pelas palavras confiantes de seu pai, entregou-se a um sono de

lindos sonhos em que vivia ao lado de Samael e de todos os súditos de Salém, os momentos festivos da coroação.

Enquanto isso, o rebelde com as mãos trêmulas, apossava-se do cetro. Naquele momento, teve a idéia de levar

somente o alaúde, deixando o estojo em seu devido lugar.Com um sorriso cheio de maldade, imaginou o momento

em que o rei entregaria ao seu filho aquele estojo vazio.

Levando consigo o cetro, Samael dirigiu-se apressadamente ao lugar em que seus seguidores o aguardavam. Ao

encontrá-los, deu vazão a todo o seu orgulho proclamando:- Agora eu sou o rei de Salém. Quem possui um cetrocomo o meu?

Com ele domino a terra e o mar.A minha força está nas trevas , pois através dela o conquistei.

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Festejando a vitória, a turba ruidosa afastou-se para distante de Salém, seguindo rumo às cidades corrompidas da

planície, onde pretendiam armarem-se para a conquista de seu reino.

O sol surgiu no horizonte, trazendo a luz do dia da expiação (Yom Kipur)..Despertando de seu sono de lindos sonhos,

o príncipe apronta-se para a cerimônia do juízo e da coroação. Vestes especiais de linho fino, adornadas com fios de

ouro e pedras preciosas, foram-lhe preparadas. Depois de vestir-se, Melquisedeque encaminhou-se para o encontro

de seus súditos, na extremidade

sul de Salém. Dali os conduziria numa marcha festiva rumo ao palácio situado ao norte, sobre o monte Sião.

Adonias, fazendo soar um longo chifre, convocou a todos para a reunião do julgamento. Deixando suas mansões,

todos os remanescentes dirigiram-se para a praça do portão sul, levando consigo seus instrumentos musicais.

Ao encontrar-se com aqueles fiéis, Melquisedeque ficou surpreso pela ausência de muitos. Esse mistério doía-lhe na

alma, pois lhe ocultava-lhe a face mais querida de seu amigo Samael.

Deixando seus seguidores reunidos, o príncipe saiu à procura dos ausentes. Em sua busca infrutífera, dirigiu-se

finalmente à mansão do monte, onde chamou por Samael; Sua voz, contudo, não trouxe nenhuma resposta além de

um eco vazio, que traduzia ingratidão.

Lendo no triste vazio a traição, sentiu vontade de chorar. Num só momento veio-lhe à mente todo o passado

daquele a quem buscara com tanta dedicação conservá-lo em sua glória, através de conselhos sábios. Recordou

daqueles dias que seguiram à sua recuperação; Como se alegrara com a certeza de que seu amigo não mais voltaria

a cair! Levando-o a pressentir a tragédia, veio-lhe a lembrança as indagações de Samael sobre o alaúde, o qual

mostrou-lhe num gesto de amizade. A memória deste fato, somada aos passos ouvidos no interior do palácio

naquela noite, deu-lhe a certeza que Salém corria perigo. Não suportando essa possibilidade de traição, prostrou-se

em pranto, ferido pela terrível ingratidão daquele a quem dedicara tanto amor.

Curvado pela dor, permaneceu por algum tempo procurando encontrar algum consolo. Enxugou finalmente as

lágrimas, decidido a fazer qualquer sacrifício a fim de devolver a Salém sua glória e poder, redimindo-lhe o cetro das

mãos da rebeldia.

Consolado pela certeza da vitória, Melquisedeque retornou para junto dos súditos fiéis. Ocultando-lhes seu

sofrimento, bem como o motivo da ausência de tantos, o príncipe guiou-os em marcha triunfal rumo ao palácio.

Ao aproximarem-se do monte Sião, galgaram os alvíssimos degraus da escadaria, sendo seguidos pela multidão

exultante. Doía-lhe na alma a expectativa de ver morrer nos lábios dos fiéis, naquela manhã, o seu alegre canto,

devido o golpe da traição.

Encontravam-se agora no interior do palácio, diante do magnífico trono que esperava pelo jovem rei. Na base dotrono, jazia aberto, em meio a um arranjo de flores, o pergaminho das leis. Junto dele podia-se ver a linda coroa,

feita de ouro e pedras preciosas, bem como o estojo daquele cetro que simbolizava toda a harmonia de Salém.

Os súditos estavam felizes, pois sabiam que seriam achados dignos de herdar aquele reino de paz. Aguardavam

agora o momento da coroação, quando o seu novo rei os regeria de seu trono com seu cetro precioso, num cântico

triunfal.

Em meio aos aplausos das hostes vitoriosas, Melquisedeque dirigiu-se a seu pai, que o recebeu com um carinhoso

abraço. O momento era deveras solene. As hostes silenciaram-se na expectativa da coroação. O estojo seria aberto

e, todos testemunhariam a exaltação do querido príncipe.

Com o coração pulsando forte pela alegria, Adonias curvou-se sobre o estojo, abrindo-o cuidadosamente; Ao

encontrá-lo vazio, a alegria de seu semblante deu lugar à uma expressão de indizível preocupação e tristeza, pois

naquele cetro selara o destino daquele reino de paz.

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Ao ver seu pai e todos os súditos aflitos pela ausência do cetro e de tantos amigos que deveriam estar com eles

naquele momento, Melquisedeque consolou-os com a promessa de que buscaria o cetro. Inconscientes dos riscos e

perigos que aguardavam o príncipe em seu caminho, os súditos despediram-se dele, vendo-o partir apressadamente.

O alvorecer daquele dia que seria o da coroação, alcançou os rebeldes distantes de Salém, a caminho das cidades da

planície. Naquele manhã, Samael encheu-se de fúria ao ver que o precioso alaúde estava adornado com inscrições

das leis contidas no pergaminho. Tomando uma pedra pontuda, passou a danificar o cetro, raspando-lhe todas as

palavras de amor e justiça. Suas harmoniosas cordas estavam agora desafinadas sobre o seu bojo ferido, mascontinuava sendo precioso, pois sobre ele jazia selado o domínio de Salém. Possuí-lo, significava ser dono de todo o

poder. Ao chegarem à altura em que o caminho bifurcava-se, Samael ordenou a seus seguidores que prosseguissem

rumo a Gomorra, enquanto ele iria até Sodoma, onde permaneceria por dois dias, juntando-se depois a eles.

Esperou pela noite para entrar em Sodoma. Quando ali entrou, caminhou pelas ruas estreitas sem ser notado, até

encontrar uma casa isolada sobre uma elevação. Fazendo do cetro sua arma, invadiu a casa matando seus

moradores, enquanto dormiam. Apossou-se dessa maneira daquela residência onde, solitário, maquinaria seus

planos para a tomada de Salém. O entardecer daquele dia que seria o da coroação, alcançou o filho de Adonias a

caminhar pelo pedregoso caminho rumo ao vale. Seus olhos carregados de tristeza e anseio voltam-se para o solo,

em busca dos rastros dos rebeldes. A lembrança da ingratidão daqueles a quem tanto amava, o fez chorar. Suaslágrimas, refletindo os últimos lampejos daquele sol poente, assemelham-se a gotas de sangue jorrando de um

coração ferido. Ele chorava não por causa dos perigos que lhe sobreviriam naquela fria noite, mas pela infeliz sorte

daqueles que haviam trocado a paz de Salém pela violência daquelas cidades da planície.

O seu único consolo era a lembrança daqueles que, apesar de todas as tentações, haviam permanecido fiéis. A eles

prometera devolver o cetro, e isto o faria apesar de qualquer sacrifício.

Depois de uma longa noite de insônia em que o príncipe ficou recostado ao lado do caminho, raiou a luz de um dia

que seria decisivo.

Ao aproximar-se de Sodoma naquela manhã, o pensamento de estar tão próximo do cetro de sua amada Salém, fezcom que se esquecesse de toda a fadiga, abreviando seus passos rumo ao desafio.

Ao abeirar-se do grande portão da cidade, ficou tomado por um temor, ao ouvir ruídos espantosos de desarmonia,

que traduziam o orgulho, o egoísmo e a cobiça que ali dominavam todos os corações, fazendo-os explodir na orgia

de uma maldade sem fim.

Seria um grande risco expor-se à violência gratuita daquela cidade. Esse pensamento o fez deter-se a um passo do

portal, onde estremecido curvou a fronte em indizível luta íntima. Era tentado a recuar, mas lutava com todas as

forças de sua alma contra esse pensamento de fracasso.

Pensando na triste sorte de Salém, cujo domínio estava sendo pisado no interior daquela cruel Sodoma,

Melquisedeque tomou uma firme decisão: como um destemido guerreiro haveria de avançar, e, mesmo que tivesse

de enfrentar o acúmulo de todos os perigos, prosseguiria, até erguer em suas mãos vitoriosas o cetro amado.

Resoluto e esperançoso, transpôs o portão de Sodoma, mergulhando naquele mundo estranho. Tudo ali era o

oposto de Salém, começando pelas pedras ásperas e sujas de suas construções. Sodoma era um reino de trevas.

A presença contrastante do príncipe foi logo notada por muitos que, em tumulto o acercaram. A pureza de caráter

expressa em sua meiga face e o esplendor de suas vestes, encheram-nos de espanto, e recuaram como que vencidos

por uma força invisível. Dominados pela fúria , passaram a perseguí-lo à distância, decididos a fazê-lo recuar.

Jogavam-lhe pedras e lama tentando macular-lhe as vestes, mas não o atingiam, enquanto ele avançava em suaansiosa busca. Desistiram finalmente de perseguí-lo, ao entardecer.

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O filho de Adonias percorrera todas as ruas e becos à procura do precioso cetro, mas em vão. Ao ver tombar no

horizonte o sol, anunciando a chegada de mais uma escura e fria noite, seu coração ficou opresso por uma grande

agonia. Ali, naquele último beco, quase que vencido pela exaustão e pelo desespero, inclinou a fronte, desfazendo-

se em pranto. Seus lábios, pronunciaram em meio aos soluços as seguintes palavras:- Salém, Salém, você não pode

perecer! O seu cetro precisa ser redimido das garras da rebeldia! Mas quando e onde vou encontrá-lo?! Já não

restam forças em mim, e a esperança de redimi-lo antes da noite me abandona!

O príncipe, em sua suprema angústia, não percebia que outro gemido de dor, procedente de cordas arrebentadas deum alaúde humilhado, fazia-se ouvir naquele entardecer.

Subtamente, o fraco gemido penetrou seus ouvidos, reanimando-o com a certeza de que o grande momento da

redenção havia chegado. Enxugando as lágrimas, reuniu as últimas forças correndo em direção à uma pequena casa

situada sobre um monte, de onde parecia vir o som.

Ao dirigir-se à porta entreaberta, deteve-se ao contemplar uma cena chocante, de humilhante escravidão: Samael,

envolvido por um manto sujo, castigava o cetro de Salém. Tanto o rapaz quanto o cetro achavam-se tão

desfigurados, que não restavam neles quase que nenhum traço da glória perdida. Aquele cetro, contudo, mesmo

arrasado como estava, era muito precioso, pois nele jazia o selo do domínio de Salém.

A contemplação daquele que fora seu maior amigo e daquele cetro idealizado como símbolo de toda a harmonia, em

tão trágica condição, comoveu profundamente o príncipe, fazendo-o chorar em alta voz. Somente então o súdito

rebelde percebeu sua presença indesejada. Estremecido, levantou-se, e, cheio de ira perguntou-lhe:- O que o trouxe

a Sodoma?

Apontando para o cetro danificado, Melquisedeque exclamou:- A glória de Salém está destruída!!!

Com uma gargalhada, Samael zombou de sua tristeza ,dizendo:

- Agora eu sou o rei de Salém. Vocês que são fiéis ao pergaminho, tornar-se-ão meus escravos.

Sem se importar com as palavras de afronta de Samael, o príncipe, movido por uma infinita angústia, lhe disse:-

Samael, Salém está ferida por sua traição. Por que você trocou o seu lar de justiça e amor por esse vale de injustiça,

ódio e morte?! Agora, se não deseja retornar à Salém arrependido, devolva-lhe o cetro.

Foi para redimi-lo que, a despeito de todos os perigos, desci a esse vale hostil.

Conhecendo o propósito do príncipe, o rebelde encheu-se de raiva e cerrando os punhos disse-lhe :- Eu o odeio

Melquisedeque!

Tendo dito isto, arremessou o cetro ao chão, e pisando-o acrescentou:

- Tenho vontade de fazer o mesmo com você.

Diante dessa afronta, o príncipe não sentiu nenhum temor, mas compaixão. Transportando-se ao feliz passado,

lembrava-se dos momentos felizes em que tinha sempre ao seu lado a Samael; Ele era um jovem puro e humilde de

coração;

Por que permitira ser escravizado pela ilusão do orgulho e do egoísmo?! Quão doloroso era ver aquele jovem que,

por sua beleza e simpatia, havia sido honrado acima de todos os súditos, agora arruinado pela cobiça! Não fora o

sonho do príncipe ter junto ao seu trono glorificado, aquele que lhe era o mais precioso amigo?! Essa tragédia feria-

lhe a alma. Contudo, a triste condição do cetro o atingia ainda mais, pois ele fora feito como o símbolo de toda aharmonia ,e estava sendo desfeito sob os pés da ingratidão.

Surpreso por não ver nos olhos de Melquisedeque nenhuma expressão de temor, porém de piedade, Samael sentiu-

se frustrado em suas afrontas que visam amedrontá-lo, levando-o desistir de sua missão.

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Diante da postura digna do príncipe, que em silente dor o contemplava, sentiu-se envergonhado. Essa fraqueza,

contudo, foi banida pelo orgulho que dominava o seu coração. Começou então a planejar algo terrível, para

humilhar e ferir o príncipe, fazendo-o sofrer ainda mais.Com escárnio disse-lhe:

- O cetro de Salém poderá ser seu, se você conseguir pagar-me o preço de seu resgate.Com um brilho nos olhos, o

príncipe perguntou-lhe:

- Qual é o preço?Samael, com um sorriso maldoso, respondeu-lhe pausadamente:

- O preço não é ouro nem prata, mas dor e sangue. Você deverá despir-se completamente de suas vestes, deitando-

se ao chão. Deverá suportar nessa condição, espancamentos, até que o sol se ponha. Se você estiver disposto a

submeter-me, sem reagir, o cetro será inteiramente seu.Estremecido ante tão cruel proposta, o filho de Adonias

olhou para o sol que pairava distante sobre uma nuvem. Passou a travar em seu coração uma luta intensa. A

princípio, o horror do sacrifício quase o dominou, levando-o recuar, mas o pensamento de ver Salém escravizada

pela rebeldia, levou-o finalmente à decisão de pagar o preço do resgate, entregando-se ao humilhante sofrimento.

Tendo tomado a firme decisão de resgatar o cetro, o príncipe, tirou as vestes, colocando-as sobre uma pedra.

Deitou-se em seguida naquele solo frio, com a fronte voltada para o poente.

Impiedosamente, Samael começou a espancá-lo, fazendo uso do próprio cetro como instrumento de tortura.

Gemendo pela dor dos golpes que o faziam sangrar, o príncipe mantinha o olhar fixo no sol que parecia deter-se

sobre a nuvem. Atordoado pela dor, contemplou finalmente o sol prestes a se pôr. Alentado pela vitória que se

aproximava,murmura baixinho:- Salém, Salém, daqui a pouco terei em meus braços o teu cetro precioso que, em

minhas mãos, tornar-se-á num instrumento de justiça e paz.

Ouvindo a promessa do príncipe feita por entre gemidos, Samael bradou-lhe com fúria:- O teu sofrimento não trará

nenhum alvorecer para Salém ,pois tuas mãos jamais serão capazes de tocar no cetro.

Depois de fazer essa afronta, Samael apossou-se de uma pedra pontuda, preparando-se para desferir os últimos

golpes. Enquanto pensava sobre a feliz vitória de Salém, Melquisedeque sentiu seu braço direito sendo comprimido

pelos pés de Samael. Seguiu a esse rude gesto um golpe que o fez contorcer-se em agonia. Sua mão fora vazada

cruelmente, passando a jorrar abundante sangue da ferida aberta. Essa mesma violência foi descarregada logo

depois sobre sua mão esquerda.

Não suportando a agonia causada por esses derradeiros golpes, o filho de Adonias, ensangüentado, mergulhou nas

trevas de um profundo desmaio Ao cessar de golpear o príncipe, o súdito rebelde ficou possuído por um estranho

horror ao contemplar na face daquele que somente lhe fizera o bem, o torpor da morte. Procurava não recordar o

passado, mas, irresistente, sentia ser arrastado aos dias de sua feliz inocência em Salém. Revestido de ricas vestes

estava sempre ao lado do príncipe que, com dedicação, ensinava-lhe a cada dia suas canções que falavam de paz.

Nas indesejadas lembranças pelas quais era arrastado, reviveu seus primeiros passos no caminho do orgulho e do

egoísmo. Lembrou-se dos incessantes conselhos e rogos daquele que fora seu melhor amigo, para que desistisse

daquele caminho que poderia conduzi-lo à infelicidade.

Depois de ser arrastado em lembranças por todo aquele passado de felicidade destruída por sua culpa, Samael teve

consciência de sua ingratidão. Horrorizado pelo que fizera, curvou-se sobre o corpo ensangüentado de

Melquisedeque, e desesperou-se ao vê-lo sem vida. Não suportando o peso da grande culpa, deixou às pressas

aquele lugar, desejando ocultar-se distante, sob as trevas da fria noite.

Depois de um profundo desmaio, o príncipe começou a voltar à consciência; Em delírios que o transportavam ao seiode sua amada Salém, ele revivia momentos vividos e sonhados: Com alegria contemplava a face de seu maior amigo,

para quem estendeu a mão com um sorriso. Mas seu gesto foi frustrado por uma profunda dor. Em meio aos

aplausos dos súditos vitoriosos, recebe de seu pai o cetro, mas ao tocá-lo, sente uma irresistível dor em suas mãos.

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Com esses sonhos frustrados pela dor, Melquisedeque despertou para a realidade. Estava nu, ferido e solitário, em

um lugar perigoso, longe do abrigo e carinho de Salém. Mais doloroso era pensar que tudo aquilo fora a retribuição

de alguém que fora o alvo principal de todas as dádivas de seu amor.

O príncipe, sem poder mover-se, considerando a grande traição passou a chorar sem consolo. Lamentava não por

sua dor, mas pela perdição daqueles que haviam trocado o carinho e a justiça de Salém pelo desprezo e ódio que os

reduziriam finalmente a cinzas sobre aquele vale condenado.

Através das lágrimas, o príncipe contemplava o céu que, semelhante a um manto tinto de sangue, estendia-se

banhado na luz do sol poente. Lembrou-se então do alaúde pelo qual pagara tão alto preço. Onde estaria ele?

Em sua desesperada fuga, Samael deixara o cetro abandonado junto ao corpo ferido de Melquisedeque. Quando ele

o viu, esqueceu-se de toda a dor, e abraçou-o com suas mãos feridas. Acariciando-lhe o bojo arruinado, disse-lhe

com um sorriso:- Você é meu novamente. Eu o comprei com o meu sangue".

Samael que, dominado pelo estranho horror, fugira após cometer o horrível crime, deteve-se a um passo do portão

de Sodoma. Ali, impulsionado pelo orgulho, arrependeu-se com indignação de sua fraqueza. Por que fugira depois de

conquistar tão grande vitória? Não era seu plano destruir o reino de Salém, para estabelecer seu próprio reino?

Lembrando-se do cetro, decidiu retornar para tomá-lo. Por que o deixara abandonado junto ao cadáver daqueleodiado príncipe?

Reunindo suas poucas forças, Melquisedeque dirigiu-se tropegamente ao lugar em que deixara suas vestes.

Depois de vestir-se, tendo junto ao peito o cetro amado, o filho de Adonias, com profunda emoção fez um

 juramento antes de deixar aquele lugar de seu sofrimento. Acariciando o cetro diz-lhe:- Meu querido cetro, você foi

criado como um emblema da harmonia que procede da justiça e do amor. Toda a glória de Salém repousava sobre

você quando a rebeldia em sua ingratidão escravizou-o, arrastando-o para este vale hostil. Aqui você foi ferido e

humilhado, vindo a tornar-se um instrumento de impiedade nas mãos do tirano. Eu, porém, o redimi com o meu

sangue. Agora nossas feridas serão restauradas, e em breve seremos entronizados em meio aos louvores de umaSalém vitoriosa. Quando esse sonho se concretizar, testemunharemos juntos o fim daqueles que se levantaram

contra nós para nos ferir. Samael e seus seguidores serão devorados pelo fogo que reduzirá às cinzas Sodoma e

Gomorra.

Concluindo seu solene juramento ,o jovem príncipe, já oculto pelas trevas da noite e deixou aquela colina, e sobre

ela as marcas de seu sofrimento. Desde que o filho do rei partira, prometendo retornar com o cetro, Salém vivia

momentos de indizível anseio. Em pranto, o rei e os súditos remanescentes lembravam-se de todo aquele feliz

passado desfeito pela ingratidão dos rebeldes.

O que mais lhes torturava era a ausência do príncipe e do cetro, sem os quais todo o brilho daquele reino de paz se

ofuscaria.

Desejando consolar o coração de seus súditos, Melquisedeque avançava em meio à noite rumo aos montes que

cercavam Salém. Ainda que enfraquecido e ferido, prosseguia em sua marcha ascendente, esperando alcançar sua

pátria pela manhã.

Aquela longa e escura noite foi finalmente vencida pelos raios do alvorecer. Em Salém a esperança em rever

Melquisedeque com o seu cetro estava quase banida quando, ao olharem para o Monte das Oliveiras, viram-no

descendo pelo caminho do Getsêmani. Quando o encontraram no profundo vale de Cedrom, ficaram assustados

com sua aparência: sua face estava pálida e seu manto encharcado de sangue. Mesmo assim, ele sorria expressando

grande alegria.

Ao perguntarem-no sobre o porque daquelas marcas de sangue, Melquisedeque retirou de sob o manto suas mãos

feridas, revelando-lhes entre elas o cetro redimido.

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Depois de contar-lhes os passos que o levaram ao resgate do cetro, os súditos, emudecidos, prostraram-se

reverentes aos seus pés, aclamando-o como seu redentor e rei.

Em meio aos louvores das hostes redimidas, o príncipe foi introduzido no palácio real, onde sob os cuidados de seu

amoroso pai, deveria restabelecer-se de seu sofrimento. O cetro desfigurado, agora mais precioso, seria também

restaurado, devendo tornar-se mais belo que antes.

O dia da coroação foi fixado para o próximo Yom Kipur. Naquele dia, Melquisedeque selaria com o cetro restaurado

o triunfo de todos os fiéis, bem como a condenação dos rebeldes.

Poucos instantes após a saída de Melquisedeque, Samael chegara ao local onde o deixara aparentemente sem vida,

ao lado do alaúde. Sem entender aquele misterioso desaparecimento, ele prosseguiu para Gomorra, onde seus

seguidores o esperavam. a Ao vê-los, proclamou sua "vitória" sobre o odiado príncipe e sobre o cetro, os quais

massacrara em Sodoma, não restando aos seguidores do pergaminho nenhuma esperança.

Suas palavras agradaram a turba rebelde, que passou a comemorar a "conquista" entregando-se à orgia. Zombavam

agora da justiça e do amor, exaltando a Samael como rei vitorioso.

Obteriam agora armas, com o propósito de avançarem sobre Salém, desferindo-lhe o último golpe; Juntaram-se aeles em seu maléfico propósito, muitos criminosos que foram recebidos como mestres no manejo de arcos e flechas.

Em sua loucura, Samael ordenou o banimento de todo calendário, pois em seu reino de "liberdade" não estariam

sujeitos a nenhum cômputo de tempo. As leis da moralidade foram também banidas, surgindo com isso um

completo caos. Essa desordem, revelou-se de maneira mais patente no barulho estridente e cacofônico, ao qual

proclamaram como a nova música.

Dominados pelo egoísmo, Samael e seus seguidores alimentavam-se de ilusões, inconscientes de que seus dias

estavam contados. Os frutos da rebelião não tardariam em atrair sobre eles o fogo da destruição.

Dividindo seus seguidores em pequenos grupos, Samael passou a comandá-los em atos violentos que aterrorizavamos moradores das planícies; Por esse tempo, eles escondiam-se nas cavernas situadas próximas ao mar salgado.

O respeito e o medo dos guerrilheiros de Samael, levou finalmente os reis de quatro cidades a procurarem-no,

propondo alianças de paz. Eram eles: Bara, rei de Sodoma, Bersa, rei de Gomorra, Senaab, rei de Adama, Semeber,

rei de Seboim e Segor, o rei de Bela. Por essa época, esses reis pagavam tributos a Cordolaomor, rei de Elam que,

acompanhado pelos exércitos de quatro outras cidades, os haviam subjugado no vale de Sidim junto ao mar salgado.

Fortalecido pelas alianças, Samael tornou-se mais ousado em suas investidas, levando o terror e a destruição aos

territórios de cidades distantes. Os exércitos de Cordolaomor e seus aliados que retornavam nesses dias de outras

conquistas, enfurecidos pelas provocações de Samael, marcharam contra os quatro reis, vencendo-os novamente novale de Sidim. Foi nessa ocasião que levaram cativos os habitantes de Sodoma, entre os quais encontrava-se o meu

sobrinho Ló.

Acovardados diante do furor dos cinco reis, Samael e seus seguidores esconderam-se em suas cavernas, ao norte do

mar salgado.

Os doze meses contados a partir do grande sacrifício estavam prestes a terminar.

O cetro, totalmente restaurado, resplandecia em seu estojo, enquanto o príncipe, igualmente restabelecido das

feridas causadas pela rebeldia, alegrava-se ao ver chegar o Yom Kipur de sua coroação. Enquanto isso, ele compunha

lindas canções que expressavam o seu amor por Salém.

Naqueles doze meses, a cidade da paz tornara-se mais bela, sendo adornada qual noiva para o grandioso dia da

coroação.

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À uma semana para o Yom Kipur, Samael, totalmente inconsciente de que o dia de seu julgamento se aproximava,

reuniu os seus seguidores, anunciando-lhes que a próxima missão seria a conquista de Salém. Antes de avançarem,

contudo, ele subiria sozinho para verificar os pontos vulneráveis da cidade.

Depois de ser aplaudido pela turba, Samael partiu em sua missão de reconhecimento. Enquanto avançava sozinho,

procurava não lembrar-se daqueles momentos que trouxeram-lhe terror pela culpa, mas, dominado por uma força

superior, foi arrastado em suas lembranças para aquele monte da cruel tortura.

Todo o seu passado começou a vir-lhe à lembrança, como um peso esmagador.

Quando despertou-se de suas lembranças das quais não conseguiu fugir, já era noite. A escuridão que o envolvia

pareceu-lhe o prenúncio de um triste fim. Esse desânimo, contudo, procurou bani-lo com a lembrança do exército

que o esperava, pronto para cumprir suas ordens, na conquista de Salém, onde não haveria lembranças daquele

pergaminho.

O alvorecer o alcançou próximo de Salém. Ao avistar o monte das Oliveiras, veio-lhe à lembrança a última vez que o

transpôs, deixando para trás a cidade vencida.

Quantas noites haviam passado desde então? Ele perdera a noção de tempo, não sabendo que justamente dozemeses haviam se passado. Não podia imaginar que, raiava naquela manhã o Yom Kipur, o dia de seu julgamento.

Ao chegar ao topo do monte das Oliveiras naquela manhã, Samael surpreendeu-se ao ver que a cidade tornara-se

mais bonita que outrora; Toda ela estava adornada de ramos e flores, como uma donzela à espera de seu noivo.

Contudo, Salém estava abandonada, não havendo nenhum sinal de vida em todas as suas mansões. Isto o fez

concluir que os golpes que haviam aniquilado o príncipe e o cetro, trouxeram como conseqüência todo aquele

abandono. Ele não sabia, contudo, que naquele momento todos os remanescentes daquele reino, encontravam-se

ocultos no grande salão do palácio, aguardando pelo momento mais glorioso, da coroação de Melquisedeque.

Imaginando-se exaltado sobre o trono abandonado, tendo a seus pés os exércitos vitoriosos, o rebelde penetrou na

cidade, dirigindo-se apressadamente ao palácio. Ao transpor o portal principal que dá entrada ao salão principal,

ficou surpreso ao ver ali reunidos uma multidão de fiéis. Sobre um áureo tablado, enfeitado de flores talhadas em

pedras preciosas, encontra-se o trono vazio. Na base do trono estava o pergaminho das leis, uma coroa de ouro

cheia de pedras preciosas e o estojo que deixara vazio naquela noite de traição. Sem entender o enigma, Samael

escondeu-se por trás de uma coluna, temendo ser reconhecido, e ficou observando.

Os súditos, com expressão de feliz expectativa olhavam para o trono vazio. Onde encontravam eles motivos para

toda essa alegria, se haviam perdido o seu rei juntamente com o cetro? Samael questionava sobre esse mistério,

quando Adonias, aplaudido pelos súditos, encaminhou-se para junto do trono.Com voz cheia de emoção pela vitória,

o fundador de Salém anunciou que havia chegado o momento tão sonhado da coroação. Um brado de triunfo ecoou

pelos ares quando, anunciado pelo seu pai, entrou o amado príncipe encaminhando-se em direção do trono. Ao vê-

lo coberto por um manto de glória, Samael ficou possuído por um terrível pavor, e procurou fugir. Descobriu,

contudo, que todos os portais do grande salão estavam fechados por fora.

Teve início a cerimônia da coroação. Era um momento deveras solene. Adonias, num gesto reverente, tomou a rica

coroa, colocando-a na fronte de seu filho.

Prostrando-se depois sobre o estojo, abriu-o cuidadosamente, tirando dele o alaúde restaurado, cuja beleza e brilho

eram muito superiores à sua primeira condição, ao sair das mãos de Adonias o seu luthier. Assentando-se no trono

em meio às aclamações dos súditos, Melquisedeque passou a dedilhar o cetro, tirando dele acordes de muita

harmonia e paz. Todos se aquietaram para ouvirem suas novas composições que expressavam o seu profundo amorpelo cetro e por todo aquele reino de paz.

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Grande emoção invadia o coração de todos naquele momento, levando-os às lágrimas. Samael, sem forças para

reagir, sentia-se torturado por aqueles acordes que torturavam faziam reviver em sua mente suas oportunidades

perdidas, numa terrível tortura para sua consciência.

Melquisedeque compusera para aquele momento especial, canções que retratavam os momentos mais marcantes

da história de Salém; Quando passou a cantar sobre a amizade que tinha por Samael, sua voz embargava-se pelas

lágrimas que não conseguia conter. Triste para ele era cantar sobre a queda daquele que era-lhe o maior amigo!

Cantou então sobre o alto preço que teve de pagar pela reconquista do cetro, que representa a honra de Salém.

Ao contemplarem aquelas mãos marcadas pelas cicatrizes, tocando com tanta maestria e carinho o cetro

restaurado, os súditos tomados por forte emoção, prostraram-se em pranto.

Ao ver nas nãos de Melquisedeque aquele alaúde que, em suas mãos fora instrumento de tortura, Samael

compreendeu, tarde demais o quanto errara, desviando-se dos conselhos do príncipe; Quantas vezes aquelas mãos

sobre as quais descarregara toda aquela violência haviam sido estendidas num esforço de salvá-lo, e ele as havia

negligenciado. Agora, era tarde demais! Tarde demais!!!

Os súditos triunfantes que, reverentes, haviam sido conduzidos a todo aquele passado de felicidade, traição, dor e

triunfo, uniram finalmente as vozes numa jubilosa proclamação:Verdadeiros e justos são os teus princípios, ó rei deSalém.

Digno és de reinar em glória e majestade entre os louvores de teus fiéis, porque em teu sacrifício nos livraste das

ameaças das trevas, fazendo renascer em nosso coração a alegria do alvorecer.

Esse cântico de exaltação foi seguido pela cerimônia de confirmação de todos os fiéis em sua vitória. O filho de

Adonias, com o seu cetro redimido, passou a selar com um toque especial do cetro, a vitória de cada um. Formou-se

para tanto uma longa fila de fiéis exultantes.

Os súditos confirmados, à medida em que iam recebendo o toque de aprovação do rei, posicionavam-se ao lado

direito do trono, onde permaneciam aguardando pela confirmação dos outros.

Os olhares que, iluminados de alegria, haviam acompanhado o selamento dos últimos justos, pousaram sobre a

figura estranha de Samael que, dominado por uma força irresistível, encaminhava-se cabisbaixo em direção do

trono. Seu aspecto era horrível: seu semblante havia sido deformado pelo mal; suas vestes estavam sujas e mal

cheirosas; tudo nele repugnava, ao ponto de ninguém reconhecê-lo.

Em meio ao espanto dos súditos, Melquisedeque ergueu-se de seu trono como que ferido por uma grande dor; De

seus lábios os súditos ouvem uma dolorosa exclamação:

- Samael, Samael!!!A figura deplorável daquele que fora tão belo, encheu a todos de tristeza, e começaram aprantear. Eles lamentavam por saber que o destino de Samael e de todos aqueles que o seguiram, poderia ter sido

muito diferente, se eles houvessem atendido aos rogos de amor de Adonias e de seu filho. Não era o plano do rei e o

sonho de Melquisedeque tê-lo como o guardião do pergaminho, sendo o segundo em honra naquele reino?

Samael que, reconhecendo sua desventura, aproximara-se cabisbaixo do trono, ao presenciar toda aquela

lamentação, é novamente iludido pelo orgulho, julgando tratar-se de uma demonstração de fraqueza de seus

inimigos. A lembrança de seu exército que fortalecido o aguarda na planície, ilude-o com a certeza de que será

vitorioso sobre Salém.Com esse pensamento, ergue a fronte marcada pelo ódio e, fitando o rei, levanta o punho

cerrado e o desafia, desdenhando de sua autoridade, com a ameaça de tomar-lhe o trono.

Ainda que condoídos por sua perdição, os súditos de Salém não suportaram a ousada afronta daquele enlouquecido

 jovem que, depois de causar tanto sofrimento, ainda era capaz de erguer-se com tamanho desafio.

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O vitorioso rei que com tanto prazer selara com o seu cetro a conquista dos fiéis, ergueu-o dolorosamente para o

selamento da triste sorte dos rebeldes. Imobilizado por uma força estranha, Samael, sem desviar os olhos do cetro,

ouviu dos lábios do rei a proclamação de seu julgamento e de todos os seguidores:

Prisioneiros de uma força invisível, ficariam retidos em suas cavernas por seis anos, sendo depois visitados pelo fogo

do juízo que os destruiria juntamente com as cidades que a eles se aliaram.

Ao ir para a cama depois daquele dia de tantas emoções, o jovem rei, imerso nas lembranças daquele passado de

felicidade e dor, rolava em sua cama insone. Quando finalmente adormeceu, teve um sonho muito significativo.

No sonho, apareceu-lhe um anjo luminoso, que saudou-o com um sorriso, dizendo-lhe que todo o Universo

acompanhava com atenção todo aquele drama que estavam vivendo, que o mesmo tinha um sentido prefigurativo,

retratando acontecimentos passados e futuros, que envolvia todo o vasto universo.

As palavras do anjo despertaram em Melquisedeque um grande desejo de conhecer a história desse drama cósmico.

Conhecendo o seu anseio, o anjo arrebatou-o no sonho revelando-lhe um distante futuro. Diante de seus olhos

manifestaram-se as glórias de uma nova e esplêndida Salém, cujas muralhas e mansões eram feitas de pedras

preciosas; Os portais da cidade eram de pérolas. Suas amplas avenidas eram de ouro puro. A cidade eraquadrangular e se estendia por centenas de quilômetros. Estava dividida em dois setores distintos: Norte e Sul. Ao

Sul elevavam-se incontáveis mansões, habitações eternas de anjos e de seres humanos redimidos; Ao Norte havia

um lindo paraíso ao qual o anjo revelou ser o jardim do Éden. Ali, em ambas as margens do rio da vida, havia campos

repletos de todo tipo de vegetação, com flores e frutos em abundância. Viviam ali em perfeita harmonia, todas as

espécies de insetos, aves e animais.

No meio do paraíso podia-se ver uma montanha fulgurante, a qual o anjo afirmou ser o monte Sião, o lugar do trono

de Deus. Era daquele monte que emanava o rio da vida, fluindo por toda a cidade.

Quando alcançaram o topo da montanha sagrada, o rei de Salém ficou deslumbrado com o cenário visto ao seu

redor. Encontrava-se na parte mais elevada de Sião a mais linda de todas as edificações revelado pelo anjo como o

palácio de Deus. Aquela magnífica construção era sustentada por sete colunas, todas de ouro transparente,

engastadas de lindas pérolas. Ao redor do palácio, floresciam a mais exuberante vegetação: havia ali o pinheiro, o

cipreste, a oliveira, a murta, a romãzeira e a figueira, curvada ao peso de seus figos maduros.

Enquanto admirava-se ante a beleza daquele lugar, o anjo disse-lhe que a nenhum ser humano fora dado o privilégio

de ver o interior daquele palácio de Deus. A ele seria dada esta honra, pois fora escolhido para ser o portador das

mais amplas revelações sobre o reino da luz.

Ao transporem com reverência um dos portais de pérolas, prostraram-se em adoração, enquanto ouviam o cântico

de uma multidão de serafins, que circundavam o trono, em constante louvor Àquele que Era, que É e que SempreSerá.

Ao olhar para Aquele que estava assentado sobre o trono, Melquisedeque ficou surpreso ao descobrir a figura de um

homem. Ele estava coberto por um manto de linho fino, de uma alvura sem igual, e tinha sobre a cabeça uma coroa

formada por sete coroas sobrepostas, repletas de pedras preciosas.

Ao olhar para as mãos que sustentavam o cetro, o filho de Adonias ficou surpreso ao descobrir nelas cicatrizes de

ferimentos, semelhantes àquelas em suas mãos.

O anjo afirmou-lhe ser o Messias, a manifestação visível de Yahwéh, o Deus Invisível.

Atraído para o cetro resplandecente, com o qual o Messias governava sobre todo o Universo, o rei de Salém viu nele

o selo do domínio, e nele escrito o nome:

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Israel.

Tomado por profunda emoção, Melquisedeque prostrou-se ante o Rei daquela eterna Salém, e, revivendo ali a

história de sua pequena cidade, teve desejo de conhecer o grande drama da história universal. Conhecendo o desejo

de seu coração, o anjo disse-lhe:

- Agora lhe farei conhecer a história desta gloriosa Salém. Tudo o que lhe for mostrado na visão, você deverá

registrar fielmente em seis pergaminhos que serão costurados um ao outro, formando um único rolo. Você terá seis

anos para escrevê-los. Ao fim dos sete anos, você receberá das mãos de um ancião um vaso contendo um rolo

especial, com muitas revelações importantes, destacando-se a história de Salém. Você tomará esse rolo, e o

costurará como o primeiro dos sete, formando um único rolo. Depois de selá-lo, você e o ancião o guardarão no

vaso, levando-o para uma caverna que eu lhes mostrarei ao norte do mar salgado, onde permanecerá esquecido até

que chegue os últimos dias, quando será resgatado e revelado ao mundo por meio de um pequeno beduíno.Depois

de falar ao rei de Salém estas palavras, o anjo conduziu-o em visão a um infinito passado, quando o Universo ainda

não existia.

Uma história muito parecida com a de Salém passou a desdobrar-se diante de seus olhos; porém, numa dimensão

infinitamente maior, começando pela criação do reino da luz.Com admiração contemplou a formação de bilhões de

mundos e estrelas, repletos de vida e felicidade que passaram a girar em torno da Salém Celeste, o paraíso de Deus.

Sua atenção voltou-se depois para o mais belo de todos os querubins que, honrado pelo Criador, passou a residir

com Ele em Seu palácio. Uma eternidade de felicidade e paz parecia embalar aquele reino, quando a mesma

experiência de egoísmo e rebeldia vivida por Samael, começou a repetir-se na vida daquele anjo amado.

Cenas de uma grande rebelião começaram a ser mostradas a Melquisedeque, envolvendo todos os habitantes do

Universo. O querubim honrado, semelhante a Samael, seduzira um terço das hostes que, passaram a reverenciá-lo

como rei.

Em meio às cenas daquele grande conflito, o rei de Salém testemunhou a criação do planeta Terra, sobre a qualsurgiu o homem como cetro racional daquele reino disputado.

Com agonia viu o momento em que o chefe da rebelião aproximou-se sutilmente do paraíso, apossando-se do ser

humano, depois de seduzi-lo com tentações.

Ouviu então o seu brado, numa proclamação de vitória. A partir daquele momento, o inimigo de Deus passou a

arruinar o ser humano, apagando nele todos os traços da glória divina, como Samael fizera com o cetro.

A sua própria experiência, ao declarar naquela manhã aos súditos de Salém sua decisão de ir em busca do cetro

perdido, começou a repetir-se diante de Seus olhos.

Reunindo as hostes que haviam permanecido fiéis ao Seu governo, o Criador passou a revelar um plano de resgate:

Ele haveria de ir em busca do homem, e o remiria, ainda que isto lhe custasse infinito sacrifício. Diante desta

revelação, o filho de Adonias prostrou-se comovido, ao descobrir que em sua vida tivera a honra de retratara o

próprio Messias. Todo o drama vivido pelo filho de Adonias em sua angustiante busca, até o momento de seu

suplício pela redenção do cetro, foi ganhando amplitude naquela visão que abarcava toda uma eternidade. Diante

de seus olhos desfilavam cenas de uma grande batalha que, sem trégua se estenderia até o dia do juízo final, quando

o Messias vitorioso empunhará o cetro redimido, selando com ele a condenação de todas as hostes rebeldes.

Através das revelações recebidas do anjo, Melquisedeque tomou conhecimento do grande livramento alcançado dez

dias antes de sua coroação, em Rosh Hashaná, quando diante de trezentos pastores com seus vasos incendiados,exércitos de cinco reis tombaram, saindo livres os cativos.

Conhecendo nossa intenção de subir à Salém por ocasião de Sukot, o rei fez preparativos para uma grande festa, na

qual comemoraríamos juntos a vitória sobre toda a desarmonia gerada pelo orgulho e pelo egoísmo.

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Foi por isso que ao chegarmos a Salém, ficamos surpresos com toda aquela honrada recepção.

Ocupar-me com o relato de todos esses acontecimentos, fez-me passar por todo este sétimo ano, quase sem notar

os seus dias, que passaram velozes. Estamos hoje às portas de um novo Rosh Hashanah, quando os 300 pastores

tocarão os chifres, convocando todos aqueles que possuem as pérolas, para a reunião solene de Yom Kipur. Cinco

dias depois seremos recebidos em Salém para a festa de Sukot.

A certeza de que acontecimentos importantes ainda deverão ser relatados até o momento em que o vaso será

deixado na caverna, fez-me reservar um espaço no rolo, no qual registrarei, dia após dia, os fatos, até a consumação

desta história.

Hoje é Rosh Hashaná, o dia mais feliz de minha vida, pois meus braços puderam envolver finalmente o filho da

promessa. A primeira coisa que Sara fez ao recebê-lo, foi colocar-lhe em sua mãozinha direita a segunda pérola que

o Messias lhe dera no dia de sua conversão, na qual estava escrito nome Isaque que significa "riso", o nome de

Melquisedeque e o nome de Salém.

Dois dias antes do Yom Kipur, Isaque foi circuncidado, conforme a ordem de Yahwéh.

Desde que os pastores começaram a tocar seus chifres em Rosh Hashanah, todos aqueles que possuíam pérolas dovaso, deixaram suas tendas, dirigindo-se em pequenos grupos, para junto do Carvalho de Mambré.

Ao chegar o Yom Kipur, o dia da reunião solene, meus pastores informaram-me que todos que aqueles que haviam

recebido pérolas, haviam comparecido ao encontro, não faltando nenhuma pessoa. Era maravilhoso ver a alegria

estampada no semblante de toda aquela multidão, que ansiava pela subida à Salém. Todos tinham uma história para

contar, de como foram mal compreendidos e humilhados por aqueles que não receberam a salvação representada

pelas pérolas. O único consolo que tinham naquele tempo, vinha da certeza de que subiriam a Salém para a festa de

Sukot.

No primeiro dia da festa de Sukot, a multidão foi subdividida pequenos grupos de doze pessoas, para subirmos em

ordem à Salém.

Tendo o vaso com o rolo em minhas costas, posicionei-me à frente da multidão, sendo seguido por Sara e Isaque,

que vinham montados num camelo; Logo atrás vinha Ló e suas filhas; um pouco atrás, os trezentos pastores

seguidos por todos os fiéis.

Iniciávamos nossa escalada quando, acompanhado por todos os seus súditos, surgiu Melquisedeque vindo ao nosso

encontro, fazendo vibrar pelos ares o som festivo de muitos instrumentos musicais, comemorando a grande vitória.

Depois de saudar-nos, o filho de Adonias conduziu-nos numa marcha festiva até adentrarmos os portais de Salém,

que encontra-se agora mais bonita que outrora.

Diante do trono, todos os remidos foram coroados por Melquisedeque,começando em seguida o grande banquete.

Grande foi a alegria do rei de Salém quando entreguei-lhe o vaso com o meu manuscrito. Levando-me para uma sala

especial do palácio, ele mostrou-me os seis manuscritos nos quais registrara a história do Universo, segundo fora-lhe

mostrada em sonho.

Ao receber o meu manuscrito, ele o costurou aos demais, vindo a ser o primeiro do grande rolo.

No último dia da festa de Sukot, o rolo foi aberto diante de toda a multidão de fiéis.

Depois de ler uma boa parte do meu manuscrito, o filho de Adonias, tomando em seus braços o pequeno Isaque,

afirmou:- Na descendência desta criança haverá de cumprir-se todas as coisas escritas neste manuscrito.

Tendo dito isto, o rei o abençoou, devolvendo-o à Sara.

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Depois de abençoar Isaque, Melquisedeque passou a falar sobre o futuro do rolo que permaneceria por quase

quatro milênios ocultos em uma caverna, sendo finalmente encontrado por um beduíno da tribo de Taamireh. Ao

sair de sua caverna, o rolo enfrentaria a oposição de muitos eruditos que o declarariam apócrifo. Viria, contudo, o

momento, em que suas revelações seriam confirmadas, e muitos seriam transformados pelas suas mensagens,

preparando-se para o dia do juízo final.