a meio caminho - entre a imagem gravada e a imagem impressa

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  • 7/29/2019 A Meio Caminho - Entre a Imagem Gravada e a Imagem Impressa

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    19 Encontro da Associao Nacional de Pesquisadores em Artes Plsticas

    Entre Territrios 20 a 25/09/2010 Cachoeira Bahia Brasil

    como objeto o momento do encontro, das trocas entre as superfcies, o momento

    intermedirio entre a imagem gravada e a imagem impressa, o imprimir.

    Feito de entrelaamentos, assim como as impresses e as superfcies dos corpos, opresente texto entrecruza filosofia e histria da arte, bem como a produo de

    artistas contemporneos, na busca de construir ns de ligao que acompanhem,

    questionem e alimentem os entrelaamentos prticos e matricos, e, que reflita os

    procedimentos grficos em sua potncia dialtica e construtiva, pela produo de

    texturas mnimas regidas pelo ttil, que surgem do contato, da matria, ou seja, do

    corpo em contato com a matria. O corpo no domnio das pequenas percepes,

    das misturas e do que resta delas, os vestgios. O corpo como territrio da arte,

    como territrio de atravessamentos.

    Primeiramente deixemos de lado pensamentos radicalmente tcnicos e nos aliemos

    a idias construtivas, como as proferidas por Helio Oiticica, as quais compartilham

    de que a arte verdadeira no separa a tcnica da expresso, a tcnica corresponde

    ao que expressa a arte, e por isso no algo artificial que se aprende e adaptado

    a uma expresso, mas est indissoluvelmente ligada a mesma2. Durante minha

    prtica percebi trs momentos que considero significativos para se pensar a tcnicaaliada expresso. Tanto na gravura quanto na fotografia de base qumica a matriz,

    ou o negativo, inscrito, gravado, sensibilizado. Corpos matrizes carregados de

    marcas, traos; imagens superficiais desejantes de trocas, de duplicao. Esse

    corpo contm, em sua superfcie, imagens em latncia, em construo. Eles

    mesmos so corpos em transformao. Os corpos esto sempre se encontrando,

    modificando. A materializao do encontro vestgio, a impresso, o que resta

    da troca entre as superfcies. Assim a imagem impressa vista como uma imagemvestgio, um trao do acontecimento, corpo impresso.

    A presente pesquisa articulada a partir desses tempos e desses

    corpos/superfcies: corpo da matriz, corpo da impresso e o instante das misturas

    entre a imagem inscrita contida no territrio da matriz e a imagem impressa contida

    em outro territrio de superfcie acolhedora, a impresso. O corpo dessa pesquisa

    articula trs corpos numa tentativa de poetizar, filosofar sobre o fazer artstico, o

    processo criativo: corpo matriz, corpo acontecimento e corpo impresso.

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    no corpo que algo acontece: na superfcie do territrio corporal que os movimentos

    do corpo, os acontecimentos, se mostram pelas pequenas inscries. A superfcie

    da matriz trabalhada como corpo, como espessura, e nesse territrio que

    ocorrem as variaes do corpo, ele envolve os corpos. As superfcies esto

    rigorosamente ao lado, ou melhor, em volta e so apreendidas por uma viso

    prxima, ttil ou hptica.3, assim como a superfcie da matriz. Atravessadas pelos

    gestos, as superfcies mostram, deixam ver as marcas. O que era gesto agora

    vestgio, assim como esse vestgio de gesto deixa gestos outros em outras

    superfcies. A superfcie da matriz o espao do acontecimento, um corpo matriz.

    Ela que lugar de troca do corpo, o limite que borra, como coloca Deleuze o

    contorno como uma membrana percorrida por uma dupla troca.4. Ao mesmotempo guarda e perde, deixa rastros e vestgios, escritura feita de encontros,

    efmera e varivel.

    No contato entre as superfcies tudo magia, acontecimento quando um corpo

    matriz deseja vitalidade costurando laos, trocando marcas e impresses entre as

    interioridades e exterioridades. Estado em contnua resoluo. O corpo matriz,

    mutante, parece desejar nesse momento -- o do imprimir -- abrigar, mesmo que

    temporariamente, esta indeterminao pulsante, essa modificao constante em um

    corpo que vestgio, um corpo impresso. Mas aqui, nessa superfcie textual que

    territrio inscrito por palavras, pretendo focar o contato entre as superfcies/corpos, o

    imprimir, o corpo acontecimento, o momento da criao, da troca, ou seja, o

    encontro que acontece no limite, num territrio que comum aos dois corpos, as

    duas imagens. O imprimir, que esse territrio de ningum, est a meio caminho

    entre inscrio e impresso.

    No momento entre a gravao e a impresso, o acontecimento imprimir a

    articulao entre a imagem gravada e a imagem impressa, a troca que transforma

    as superfcies, e por um fantasiar cria no apenas um prximo passo, no sentido

    cronolgico, uma regra, ou mais um dos tantos procedimentos relacionados s

    tcnicas grficas, mas acontecimentos, encontros que atravessam as

    superfcies/corpos. Nos encontros a matria revela; nos contatos uma matria se

    forma. Frma que forma o tecido de ns e de dobras que apontaro para umamarca, uma presena/ausncia. das percepes e sensaes dos momentos de

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    gravar e imprimir que se desenvolve a materialidade, as texturas to caras

    pesquisa. O infinitamente pequeno, o detalhe contido na textura dessas superfcies.

    Durante as prticas grficas, o gravador ou o fotgrafo, encontra no acontecimento,no momento do contato entre as superfcies, ou, na alquimia do encontro o desejo

    de uma boa imagem. Pensando nesse entre, no contato contido no imprimir, do

    quanto existe um desejo neste momento, certa expectativa, uma espcie de

    esperana, ligeira espera: quantos entrelaamentos bem sucedidos? O que ir se

    mostrar em imagem vestgio? Quanta fora devo imprimir? E, ao mesmo tempo,

    quo delicado tenho de agir, pois as marcas do menor contato aparecem, deixam

    vestgios... o aprendizado desse ato fascinante, um momento do segredo da

    mistura. O imprimir o lugar da experincia e da criao. Para Suely Rolnik5, ao

    referir-se a prtica artstica participativa de Lygia Clark, artista e obra se fazem

    simultaneamente em criaes espontneas, nos encontros. Nesses encontros o

    artista opera na materialidade de seu trabalho, pois nela, na materialidade, que se

    inscrevem as marcas de seu encontro, marcas de experincia; vestgios da criao

    que carregam a potncia de se refazerem, recriarem pela subjetividade do

    participador (espectador), atravs desses vestgios, ou mesmo pelo momento da

    criao, da feitura, do contato com a materialidade que foi tantas vezes proposto por

    Lygia Clark. Os vestgios podem ser pensados como substituio de algo que

    aconteceu: uma cicatriz, uma ferida ou apenas uma linha. Talvez por isso eles

    remetam a uma ausncia, a um acontecimento anterior marcado, onde que se v

    so seus restos ou rastros.

    A criao surge no encontro, naquilo que atravessa o territrio de vizinhana

    corporal, formando dentros efmeros, sensaes, que se desdobram para dilurem-se novamente no fora, em inscries, em impresses. O trabalho proposto para

    reflexo nesse artigo tem seu incio numa ao coletiva que contou com a

    participao dos colegas (artistas) e do professor de uma disciplina do curso de

    mestrado. Esse trabalho, de carter propositivo, procurou explorar as possibilidades

    e experimentar meios outros de abordar a transferncia das marcas, o encontro do

    artista com o material, ou seja, o momento de imprimir. A partir do contato manual

    dos artistas com uma folha de papel vegetal, proporcional a mdia da medida damo humana, construiu-se marcas de contato, marcas sonoras e fsicas contidas na

    superfcie de cada papel.

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    Cada artista tinha consigo um pedao de papel entre as mos, as mos tocam o

    material que acolhe o toque. Com tamanho de aproximadamente 15X12cm esses

    retngulos de papel vegetal foram amassados, rasgados, dobrados, etc. de

    diferentes e imprevisveis maneiras de faz-lo. A mo que tocava o papel deixava

    vestgios dessa ao em forma de trao e em forma sonora. Marcas produzias pelo

    toque no papel, gravadas por uma cmera de imagem e som.

    A ao intituladaAo coletiva CONTTIL teve como objetivo pensar no somente

    o corpo marcado, a pele que se marca com o tempo pelo vivido, como pensado no

    trabalho Pginas de Tempo, realizado em 2007, e que tem em seu fazer o ato de

    imprimir a superfcie corporal. Pensado como um memorial de acontecimentos e

    experincias vividas pelo corpo, esse objeto livro, feito de pginas/impresses em

    alginato6 que contm as inscries do corpo de minha av, amplia o pequeno, o sutil

    em um instante em forma de vestgio.

    Fig. 1. Paginas de tempo, Impresses em alginato e linha de costura cirrgica, 13X19X1,5cm, 2007.

    Em CONTTIL continuo proporcionando a viso do espectador, pelas marcas

    impressas nos papis, um corpo/papel marcado, mas tambm um corpo que marca,

    que tem essa possibilidade. Esse corpo marcado, utilizado como matriz para as

    impresses produz marcas em outras superfcies, em outros corpos. Aqui o

    encontro, o corpo acontecimento, ou seja, o territrio entre o desejo do

    artista/participador e o realizado, a marca no papel, que est em jogo na

    reproduo sonora do toque das mos dos artistas no papel e na possibilidade de

    um novo tocar pelo espectador/participador, que se v ante um pedao de papel, um

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    corpo acolhedor, uma materialidade. A magia do trabalho, o momento da criao

    potncia no encontro do participador com o registro desses gestos primeiros, gestos

    de contato e na possibilidade de faz-los. O que ficou tanto em forma de som e

    imagem, quanto na materialidade fsica do papel amassado so, acredito, registros,

    imagens vestgio.

    Fig. 2. Registro Ao CONTTIL, papel vegetal, aproximadamente 15X12cm, 2009.

    Fig. 3. Registro Ao CONTTIL, papel vegetal, aproximadamente 15X12cm, 2009.

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    Fig. 4. Registro Ao CONTTIL, papel vegetal, aproximadamente 15X12cm, 2009.

    Desse modo a participao do outro se torna efetiva; o espectador participa da

    construo do trabalho. Fazer uma impresso deixar marcado um gesto7,

    construir uma espcie de memria deformada. Do toque das mos no papel (o

    amassar, o dobrar, o cortar, etc.) nasce uma espcie de luta, de jogo que se renova

    quando se marca de novo. Todo toque seminal. Pensado como gesto criador, ele

    desencadeia transformaes na superfcie do papel, o qual pode ser pensado, assim

    como a pele, como espao vivencial que nasce do toque, do contato entre corpo e

    superfcie, ou melhor, entre territrios.

    Questionado enquanto ao criadora, o gesto de contatar as superfcies, de imprimir

    marcas corporais, pode ser pensado como um gesto anacrnico que retoma o que

    talvez seja um gesto inaugural da idia de criao, manifestada pelo homem pr-

    histrico: as impresses corporais nas paredes das cavernas. Essas imagens,

    imagens de contato, so vistas como manifestaes da vontade criadora do homem,de seu desejo de marcar, de fazer, utilizando como instrumento intermedirio seu

    prprio corpo.

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    Fig. 5. Contorno de mo na caverna de Peche Merle Frana.

    Mnica Zielinsky, ao comentar as facetas que envolvem uma exposio, e como

    curadora, nesse caso de uma exposio de Iber Camargo, aponta para a

    importncia de se tentar buscar no tempo, mesmo que deslocado do tempo de

    feitura da obra, sermos contemporneos a ela, e nos diz isso quer dizer: apreender

    em profundidade, e atravs das marcas deixadas, o seu vivo processo de trabalho,

    as verdades e interrogaes da sua elaborao.8. Essa atitude nos possibilita

    vivenciar o momento de feitura do processo artstico; a maneira de cada um; tentarfazer com ele, o artista. Assim que se pode pensar nos entrelaamentos do

    processo de execuo, como se indagasse a magia que parece existir entre o

    desejo da criao e o criado.

    Quando as mos encontram a superfcie do papel, elas o impressionam ao amassar,

    dobrar, rasgar. O gesto cria marcas, um novo espao, um territrio de contato, um

    territrio transformado. A possibilidade de se formar novos territrios, a partir do

    contato corporal, pode resultar em uma nova percepo espao-temporal que

    aberta s estimulaes imprevisveis realizadas pelo participante da ao, o qual

    compe uma experincia sensorial. A relao entre as superfcies, do corpo e do

    papel, entre o proposto e o possvel faz desse trabalho uma obra aberta, que

    prope a participao, a ocupao de um territrio criativo por gestos construtivos.

    O leitor se excita, portanto, ante a liberdade da obra, sua infinita proliferabilidade,

    ante a riqueza de suas adjunes internas, das projees inconscientes que

    acompanham, ante o convite que (a obra) lhe faz (...), empenhando-se numatransao rica em descobertas cada vez mais imprevisveis9.

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    O artista como propositor, o que pensava Lygia Clark em suas proposies/aes.

    A artista procura promover um encontro do espectador/participador com esse

    territrio criativo inscrito por gestos que criam e transformam. Palavras da prpria

    Lygia: o Caminhando permite... a transformao de uma virtualidade em um

    empreendimento concreto10. Uma virtualidade produzida no fora que se

    concretizar na criao de uma nova forma. Com o Caminhando a artista abre a

    possibilidade da uma experincia construda por meio de gestos que atravessam a

    superfcie e percorrem o sensorial. Interessada na manifestao de uma criatividade

    que afirma a experincia inaugurada pela ao do participante, pela construo da

    marca em sua impreviso e risco, para Lygia a obra o ato, e o nico sentido resideem faz-la, em constru-la, experenci-la.

    O movimento corporal do participante como gesto da criao. O ato de cortar a fita

    de Moebius, na proposio intitulada Caminhando, exigiria uma atividade crescente

    do espectador, como nos diz Lygia: Daqui em diante atribuo uma importncia

    absoluta ao ato imanente realizado pelo participante11. O sentido do objeto passa a

    depender inteiramente de experimentao. O objeto perde sua autonomia, ele

    apenas uma potencialidade12, atualizada ou no pelo receptor. Lygia quer chegar ao

    ponto mnimo da materialidade do objeto (...)13. O objeto artstico o ato, a ao do

    outro, encarnada num pedao de papel, ou numa tira de moebius; superfcies que

    carregam a potncia do contgio do espectador/participador.

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    Fig. 6. Lygia Clark, Caminhando, 1964

    Fig. 7. Lygia Clark, Caminhando, 1964

    O participante, ao construir as marcas do contato, tatua a superfcie plana do papel

    vegetal e vai registrando, a cada investida, esse encontro, vestgio de um territrio

    de misturas, entre mo e papel. No h lugar nem forma (maneira) de marcar

    determinados que indiquem o caminho para a construo da ao, apenas marcas a

    serem construdas ao acaso dos encontros. Esse espao entre o desejo da imagem,

    pelo participante, e a imagem inscrita, materializada no papel provoca uma espcie

    de memria ttil que, por vezes, invisvel aos que apenas miram as marcas

    radicalmente; esse territrio entre desejo e realizao abre uma qualidade invisvel,

    uma durao sensvel.

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    Acredito que a ao CONTTIL pode resgatar, ou mesmo incitar a percepo do

    mnimo resgatado, dos pequenos movimentos, dos gestos produzidos pelo corpo,

    que, no cotidiano, muitas vezes se encontram adormecidos pelas aes

    mecanizadas, pela rotina. A proposio inibe o esquecimento das pequenas atitudes

    no intencionais, indicando que todo toque, contato, pode ser uma fonte produtora

    de descobertas, e recupera coisas absolutamente comuns. O ato de tocar, amassar,

    cortar, produzir uma marca, que dura um instante, , na verdade, um estado, um

    estado entre estados, em transformao, em construo no prprio movimento

    investido, no vivido.

    1 Essa pesquisa se encontra a meio caminho do perodo para sua realizao.

    2 OITICICA, Helio. A transio da cor do quadrado para o espao e o sentido de construtividade. In:FERREIRA, Gloria e COTRIM, Cecilia (orgs). Escritos de artista: anos 60 e 70. Rio de Janeiro:Jorge Zahar Ed. 2006, p. 83

    3 DELEUZE, Gilles. Francis Bacon: Lgica da sensao. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2007,p.15.

    4 Idem, ibidem p.20.

    5 ROLNIK Suely. Lygia Clark e o hbrido arte/clnica, Disponvel em:acesso em 12/04/2008.

    6 Material utilizado para fazer impresses dentrias

    7 Imprimir a repetio de um gesto pr-histrico. Assim se pode pens-la como um gestoanacrnico.

    8 ZIELINSKY, Mnica. Iber Camargo: caminhos de uma potica. Disponvel em: acesso 19/01/2010.>

    9 ECO, Umberto. Obra Aberta. So Paulo: Perspectiva, 1976. p.160.

    10

    CLARK, Lygia. "1964: Caminhando", In: Lygia Clark. Col. Arte Brasileira Contempornea. Funarte,Rio de Janeiro,1980. p.25.

    11 CLARK, Lygia. In: FABBRINI, Ricardo N. O espao de Lygia Clark. So Paulo: Atlas, 1994. p.56.

    12 CLARK, Lygia. "1964: Caminhando", apud Lygia Clark. Col. Arte Brasileira Contempornea.Funarte, Rio de Janeiro,1980; p.26.

    13 ROLNIK Suely. Lygia Clark e o hbrido arte/clnica, Disponvel em:acesso em 12/04/2008. p. 4.

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    Carolina Corra Rochefort

    Mestranda em Poticas Visuais (IA/UFRGS); Especialista em Poticas Visuais: Gravura,

    Fotografia e Imagem Digital (FEEVALE, 2008); Bacharelado em Artes Visuais (UFPel,2004), Integrante do Grupo de Pesquisa: Percursos Poticos: procedimentos e grafias nacontemporaneidade (UFPel).