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A mediunidade como instrumentação da vida surge em toda a parte. O lavrador é o médium da colheita, a planta é o médium da frutificação e a flor é o médium do perfume. Em todos os lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam e moldando-lhes a manifestação, segundo as nossas possibilidades.. Mecanismos da Mediunidade: F. C. Xavier_André Luiz

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A mediunidade como instrumentação da vida surge em toda a parte.

O lavrador é o médium da colheita, a planta é o médium da frutificação e a flor é o

médium do perfume.

Em todos os lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam

e moldando-lhes a manifestação, segundo as nossas possibilidades..

Mecanismos da Mediunidade: F. C. Xavier_André Luiz

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ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA 3º ANO – ESTUDO MEDIÚNICO

AULA Nr. 19 DE GRAÇA RECEBESTE,

DE GRAÇA DAI ***

Cap. 28: Charlatanismo e Trapaça Itens 304 a 323

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A mediunidade é uma faculdade

concedida por Deus às criaturas, que

nada pagam por ela.

Quando desenvolveu a mediunidade

nos seus discípulos e os mandou

trabalharem com ela em favor da

humanidade, Jesus lhes disse:

“- De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus.10)

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (1/14)

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O Mestre não somente recomendou o exercício gratuito da mediunidade, ele o exemplificou, nada cobrando dos discípulos pelo desenvolvimento mediúnico que neles promoveu e jamais cobrando nada de ninguém por qualquer das obras espirituais que realizou, até mesmo as curas.

Ao expulsar os vendilhões do Templo de Jerusalém, deu enérgica demonstração de que... • não se deve comercializar com as coisas

espirituais, • nem torná-las objeto de especulação • ou meio de vida.

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (2/14)

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PORQUE O EXERCÍCIO MEDIÚNICO NÃO PODE SER COBRADO?

O trabalho que fazemos na vida terrena é com o corpo ou

com o intelecto e o pagamento que recebemos por ele...

• se destina à nossa sobrevivência corpórea, e

• ao atendimento de nossas necessidades materiais.

Como cada qual tem sua capacidade ou aptidão, todos

podem trabalhar e ganhar o seu pão de cada dia...

(com exceção das crianças, dos idosos, dos muito

deficientes ou enfermos).

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (3/14)

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O trabalho com a mediunidade é uma situação muito diferente,

pois trata-se de uma faculdade que:

a) Enseja um trabalho que é espiritual e só se realiza com o

concurso dos Espíritos desencarnados;

b) Tem por finalidade fazer o intercâmbio entre o plano material

e o espiritual, promovendo o esclarecimento, a ajuda mútua

e a fraternidade entre os encarnados e os desencarnados;

c) Precisa estar ao alcance de todos os seres humanos, mas

só pode ser exercido por médiuns, que são minoria na

humanidade.

PORQUE O EXERCÍCIO MEDIÚNICO NÃO PODE SER COBRADO?

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (4/14)

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1) Aos pobres, poderá ser dificultado ou impedido o

acesso ao esclarecimento, ao conforto e ajuda espiritual.

“Deus quer que a luz chegue a todos, não quer que o mais

pobre dela fique privado e possa dizer:

• não tenho fé, porque não pude pagar;

• não tive consolo de receber encorajamentos e os

testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou

pobre”.

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (5/14)

SE A MEDIUNIDADE FOR COMERCIALIZADA OU

PROFISSIONALIZADA, PODERÁ OCORRER:

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2) O médium estará recebendo o pagamento pelo trabalho dos

Espíritos, o que é imoral.

No transe mediúnico, somos intermediários, mas os Espíritos é que

falam, escrevem, ensinam e produzem os fenômenos.

• Como vender então o que não se originou das nossas idéias,

pesquisas ou qualquer outra espécie de trabalho pessoal?

• Como receber pelo trabalho dos Espíritos um pagamento em

coisas materiais, que só a nós beneficia e não a eles?

• No caso de serem Espíritos familiares e amigos, não nos repugna

expô-los para, com isso, lucrar alguma coisa material?

SE A MEDIUNIDADE FOR COMERCIALIZADA OU

PROFISSIONALIZADA, PODERÁ OCORRER: (cont.)

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (6/14)

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3) Teremos de assegurar resultados, mas não poderemos fazer.

Porque a mediunidade é uma faculdade fugidia, instável, com a

qual ninguém pode contar com certeza, já que não funciona sem o

concurso dos Espíritos.

Ora, os Espíritos, quando bons, não se prestam ao comércio

mediúnico, pois não irão concorrer para a cupidez e ambição do

seu intermediário, e, quando maus, também não gostam de ser

explorados e nem sempre querem atuar.

“Explorar a mediunidade é, portanto, dispor de uma coisa de que

realmente não é dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga”.

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (7/14)

SE A MEDIUNIDADE FOR COMERCIALIZADA OU

PROFISSIONALIZADA, PODERÁ OCORRER: (cont.)

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4) Atrairá para junto do médium Espíritos inferiores.

Como os bons Espíritos não se prestam a esse comércio e se

afastam, os que ficam junto do médium mercenário ou

ambicioso são Espíritos levianos, pseudo-sábios ou até

malévolos, mas, no mínimo, ignorantes.

O médium que vende seu trabalho mediúnico expõe-se à

influência dos Espíritos inferiores, dos quais se fez comparsa

e cúmplice, e com isso compromete sua situação espiritual,

presente e futura.

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (8/14)

SE A MEDIUNIDADE FOR COMERCIALIZADA OU

PROFISSIONALIZADA, PODERÁ OCORRER: (cont.)

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5) Lançaremos descrédito sobre a mediunidade.

Quando nos fazemos pagar pelo exercício mediúnico, acarretamos descrédito sobre nós mesmos e para o intercâmbio espiritual.

Isso traz grave prejuízo para o progresso moral da humanidade, pois,

desacreditando da manifestação mediúnica, a humanidade perde sua

fonte de informações, conforto e ajuda espiritual.

“A mediunidade séria nunca pode constituir uma profissão, isso a desacredita moralmente e a assimilaria aos ledores da ‘buena dicha’. Esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, a ignorância e a crueldade dos supersticiosos, foi que levou Moisés a proibi-la (vide Deuteronômio, vers. 9:14).

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (9/14)

SE A MEDIUNIDADE FOR COMERCIALIZADA OU

PROFISSIONALIZADA, PODERÁ OCORRER: (cont.)

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5) Lançaremos descrédito sobre a mediunidade (cont.).

“O Espiritismo, compreendendo a feição honesta do fenômeno,

elevou a mediunidade ao grau de missão.

A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente,

religiosamente”. (A. Kardec, E.S.E. cap. 26 Dai de Graça o que de Graça Recebestes)

Observemos que “pagamento” não é somente o dinheiro, mas

tudo aquilo que represente remuneração, lucro, vantagem,

interesse puramente pessoal, satisfação da vaidade e do orgulho.

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (10/14)

SE A MEDIUNIDADE FOR COMERCIALIZADA OU

PROFISSIONALIZADA, PODERÁ OCORRER: (cont.)

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• Mas será no interesse da causa ou no seu próprio que o dá?

• E não será porque ele entrevê ai uma ocupação lucrativa?

• Por este preço, encontram-se sempre pessoas devotadas.

Porventura haverá somente este trabalho à sua disposição?

Quem não tiver com que viver, procure recurso fora da mediunidade.

Se quiser, consagre-lhe materialmente o tempo disponível.

Os Espíritos levarão em conta o seu devotamento e sacrifício, ao passo que se afastam de quem dela faça escabelo. (= pequeno apoio para os pés).

Quando um médium dá seu tempo ao público, dizendo que o faz no interesse da Casa Espírita,

mas não pode dá-la de graça, perguntamos com Kardec:

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (11/14)

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• A parte dessas considerações morais, não contestamos de modo nenhum que possa haver médiuns interesseiros honrados e conscienciosos, porque há pessoas honestas em todas as profissões;

• Mas se convirá, pelos motivos que expusemos, que o abuso tem mais razão de estar com os médiuns pagos do que junto àqueles que, olhando a faculdade como um favor, não a empregam senão para prestar serviços gratuitamente.

• Com a gratuidade dos serviços no meio espírita, tem-se assegurado o afastamento de pessoas interesseiras e mal intencionadas.

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (12/14)

Quando um médium dá seu tempo ao público, dizendo que o faz no interesse da Casa Espírita,

mas não pode dá-la de graça, perguntamos com Kardec: (cont.)

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A REMUNERAÇÃO ESPIRITUAL

Todo bem que fazemos,

porém, sempre tem sua

recompensa espiritual.

Afirmou Jesus que “digno é o

trabalhador do seu salário”.

É a lei de ação e reação que

sempre dá às criaturas

segundo suas obras.

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (13/14)

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O médium que exerce sua faculdade como Jesus recomenda, sem

interesses materiais ou egoístas, não deixará de receber um natural

salário espiritual, pois conseguirá consequências felizes como estas:

a) Pagar suas dívidas espirituais anteriores, pelo bem que ensejar com

seu trabalho mediúnico, e adquirir méritos para novas realizações;

b) Acelerar o próprio progresso, pelo desenvolvimento que lhe vem pelo

exercício de sua faculdade e pelo conhecimento que adquire sobre a

vida imortal;

c) Conviver com bons Espíritos e receber a proteção deles, em virtude

da tarefa redentora a que se vincula.

A REMUNERAÇÃO ESPIRITUAL (cont.)

Aula 17: De Graça Recebeste, de Graça Dai (14/14)

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Se entre as vidas magnificentes da Terra uma existe, na qual a mediunidade comparece com todas as características, essa foi a vida gloriosa do Cristo.

Surge o Evangelho do contato entre dois mundos.

Zacarias, o sacerdote, faz-se clarividente de um instante para outro e vê um mensageiro espiritual que se identifica pelo nome de Gabriel, anunciando-lhe o nascimento de João Batista.

O mesmo Gabriel, na condição de embaixador celestial, visita Maria de Nazaré e saúda-lhe o coração lirial, notificando-lhe a maternidade sublime.

Nasce, então, Jesus sob luzes e vozes dos Espíritos Superiores.

17 – Na Glória do Cristo Reunião pública de 29.02.1960 Quest. nº 46 - Par. 7

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Usando o magnetismo divino que lhe é próprio, o Excelso Benfeitor...

• Transforma a água em vinho, nas bodas de Caná.

• Intervém nos fenômenos obsessivos de variada espécie, nos quais as entidades inferiores provocam desajustes diversos, seja na alienação mental do obsidiado de Gadara ou na exaltação febril da sogra de Pedro.

• Levanta corpos cadaverizados e regenera as forças vitais dos enfermos de todas as procedências.

• Apazigua elementos desordenados da Natureza e multiplica alimentos para as necessidades do povo.

• Sonda os ideais mais íntimos da filha de Magdala, quanto lê na samaritana os pensamentos ocultos.

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• Ora no horto, antes da crucificação, assinalando a presença de enviados divinos.

• Conversa, ele mesmo, com desencarnados ilustres, no cimo do Tabor, ante os discípulos espantados.

• Avisa a Pedro que Espíritos infelizes procurarão induzi-lo à queda moral, e faz sentir a Judas que não desconhece a trama de sombras de que o apóstolo desditoso está sendo vítima.

E, depois da morte, volta a confabular com os amigos, fornecendo-lhes instruções quanto ao destino da Boa-Nova.

• Reaparece, plenamente materializado, diante dos aprendizes, no caminho de Emaús, e, mais tarde, em Espírito,

• Procura Saulo de Tarso, nas vizinhanças de Damasco, para confiar-lhe elevada missão entre os homens.

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E porque o jovem perseguidor do Evangelho nascente se mostre traumatizado, ante o encontro imprevisto, busca ele próprio a cooperação de Ananias para socorrer o novo companheiro dominado de assombro. (Saulo de Tarso)

É inútil, assim, que cristãos distintos, nesse ou naquele setor da fé, se reúnam para confundir respeitosamente a mediunidade em nome da metapsíquica ou da parapsicologia, que mais se assemelham a requintados processos de dúvida e negação. Porque ninguém consegue empanar os fatos mediúnicos da vida de

Jesus, que, diante de todas as religiões da Terra, permanece por Sol indiscutível,

a brilhar para sempre.