a maçonaria e a independência do brasil · a periodicidade e hábitos de leitura são...

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Informativo Maçônico Online Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J Vitória-ES, Setembro de 2013 - Ano V - Nº 52 - Circulação em todo território nacional - e-mail: [email protected] A Proclamação da Independência François-Rene Moreaux A Maçonaria e a Independência do Brasil A História da nossa Independência está intimamente ligada com a Fundação do Grande Oriente do Brasil, Obediência Mater da Maçonaria Bra- sileira. A Maçonaria divulgava as idéias liberais visando combater os princípios absolutistas e mercantilistas. Apesar do farto material docu- mental existente, pouco se publica sobre o papel importante, decisivo e histórico que a Maçonaria, como Instituição, teve nos fatos que precipi- taram a proclamação da Independência do Brasil. Páginas 05 e 06 Maçons Famosos: Alexander Fleming Alexander Fleming foi o descobridor do antibiótico penicilina . Sua descoberta nunca foi por ele patenteada. Os polpudos honorári- os advindos das firmas produtoras da penicili- na eram canalizados para organizações de caridade maçônicas. > 09 Ubaldino do Amaral Laelso Rodrigues Ubaldino do Amaral e Laelso Rodrigues, juntos com inúmeros outros maçons, são também heróis e construto- res de uma estrutura social que a cidade de Sorocaba não pode prescindir. Hoje 80% do trabalho social, educacio- nal e de saúde de Sorocaba, são dirigidos pela maçonaria, pontuando também de repercussão nacional o Banco de Olhos de Sorocaba, a maior reserva de córneas do país. > 02 De Ubaldino do Amaral a Laelso Rodrigues

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Informativo Maçônico OnlineFiliado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

Vitória-ES, Setembro de 2013 - Ano V - Nº 52 - Circulação em todo território nacional - e-mail: [email protected]

A Proclamação da IndependênciaFrançois-Rene Moreaux

A Maçonaria e a

Independência do Brasil

A História da nossa Independência está intimamente ligada com a Fundação do Grande Oriente do Brasil, Obediência Mater da Maçonaria Bra-sileira. A Maçonaria divulgava as idéias liberais visando combater os princípios absolutistas e mercantilistas. Apesar do farto material docu-mental existente, pouco se publica sobre o papel importante, decisivo e histórico que a Maçonaria, como Instituição, teve nos fatos que precipi-taram a proclamação da Independência do Brasil. Páginas 05 e 06

Maçons Famosos: Alexander Fleming Alexander Fleming foi o descobridor do antibiótico penicilina .Sua descoberta nunca foi por ele patenteada. Os polpudos honorári-os advindos das firmas produtoras da penicili-na eram canalizados para organizações de caridade maçônicas.

> 09 Ubaldino do Amaral Laelso Rodrigues

Ubaldino do Amaral e Laelso Rodr igues , juntos com inúmeros outros maçons, são também heróis e construto-res de uma estrutura social que a cidade de Sorocaba não pode prescindir. Hoje 80% do trabalho social, educacio-nal e de saúde de Sorocaba, são dirigidos pela maçonaria, p o n t u a n d o t a m b é m d e repercussão nacional o Banco de Olhos de Sorocaba, a maior reserva de córneas do país.

> 02

De Ubaldino do Amarala Laelso Rodrigues

02

Entre os anos 1869 e 2013, centenas de maçons concorreram incomparavelmente em ação constru-tiva da história de Sorocaba. Inicialmente, 28

fundando a Loja Maçônica “Perseverança III”. Entre eles, Ubaldino do Amaral, um dos 24 semeadores que plantaram uma boa semente que ao nascer resultou numa trincheira do idealismo atravessando os anos, firmando-se no conceito maçônico paulista e brasileiro. Após, outros 22, já em 1963, criaram a Fundação Ubaldino do Amaral, o único vivo hoje, Laelso Rodrigues.

Ao longo de todos estes anos nunca desanimaram, enfrentaram forças poderosas e as vezes muito resistentes. Hoje a Loja “Perseverança III” integra a história da notável cidade de Sorocaba. História de liberdade, de luta em favor dos menos favorecidos. Sem excesso de reconhecimento, é indispensável à cidade e seu povo. Pedaço da história de Sorocaba. Leia mais

Representando o Grande Oriente do Brasil e o seu Grão-Mestre Geral, Marcos José da Silva, estive no dia 29 de julho, na sessão magna de comemoração dos 144 anos da Loja, instalada em prédio próprio de 8 andares, no centro da cidade, ocupando dois pavimentos.

Pesquisei o significado da palavra “sorocaba”, e encontrei que ela vem do tupi, “soroc” (rasgar) e “aba” (lugar), “terra rasgada”, simbolizando a entrada da colonização pelos bandeirantes.

Imenso foi o prazer de reencontrar o Grão-Mestre Geral Honorário do Grande Oriente do Brasil, Laelso Rodrigues, muito saudável e alegre. Ser humano que presidiu a instituição Grande Oriente do Brasil, durante 7 anos, administração que integrei com honra e dedicação, exercendo a Coordenação Nacional do Programa Maçonaria a Favor da Vida – Contra as Drogas e Secretaria Geral de Interior e Relações Públicas.

O evento presidido pelo Venerável Mestre José Delfino Feliciano Filho, homenageou com gratidão as entidades administradas pela Loja “Perseverança III”. Associação Protetora dos Insanos de Sorocaba – 95 anos de existência, que presta grandioso serviço na saúde, administrando 5 CAPs; Vila dos Velhinhos de Sorocaba – 79 anos, que acolhe 251 idosos; Fundação Ubaldino do Amaral – 49 anos, que edita diariamente o Jornal Cruzeiro do Sul; Liga Sorocabana de Combate ao Câncer – 38 anos; Fraternidade Cruzeiro do Sul – 34 anos; Fundação Cultural Cruzeiro do Sul – Rádio Cruzeiro FM – 18 anos e a Fundação Educacional Politécnica de Sorocaba – Colégios Politécnico e Monteiro Lobato, que atendem gratuitamen-te a 1310 jovens, selecionados através de critérios socioe-conômicos, com assistência integral e sem custos.

Na mesma ocasião foi inaugurada a “Vitrine Filatélica

Maçônica”. Mostra permanente de selos comemorativos de “Vultos da Maçonaria Brasileira”, concessão e entrega de medalhas em homenagem aos maçons João Luis Monteiro, Lauri Lopes e Carlos Hingst Corrá. Conheci mais de perto a célula social beneficente e educacional, que resiste com o mesmo vigor e cresce a cada ano no aspecto maçônico e administrativo, especialmente atingindo altíssimo conceito como instituição séria e exclusivamente voltada para a prática social. Ao ser fundada em 31 de julho d e 1 8 6 9 , n a s c e u c o m o b i n ô m i o : LIBERDADE/EDUCAÇÃO, preservado até os dias de hoje.

Suas instituições têm papeis preponderantes no desenvolvimento político, econômico, cultural e social, com destaque para a Fundação Ubaldino do Amaral, atualmente presidida por Laelso Rodrigues. Em 1963 adquiriu o histórico jornal “Cruzeiro do Sul”, fundado em 12 de junho de 1903. Hoje, órgão de divulgação da cidade e região, com parque gráfico moderno, mais de 300

funcionários, editado diariamente, com 28 mil exemplares de segunda a sábado e 32 mil aos domingos, em sistema de assinatura e entrega em domicílio.

Fui presenteado com a obra de José Aleixo Irmão, intitulada “A Perseverança III e Sorocaba” em 6 volumes, narrando com documentos, detalhes e muitos registros, a história da Loja desde o ano de 1869.

Ubaldino do Amaral foi um dos fundadores da Loja “Perseverança III”, idealizador e incentivador da chamada “sociedade emancipadora”, desenvolvida dentro e principalmente fora da Loja, através dos seus meios de projeção que prosperavam socialmente e no fundo da alma de todos.

Ubaldino do Amaral, foi líder abolicionista, e republi-cano, que após a Proclamação da República exerceu no novo regime funções da maior relevância e integrou a diretoria de várias organizações, apoiadas pelos maçons da época, como a Estrada de Ferro Sorocabana.

Já em campanha pela libertação dos escravos, Ubaldino do Amaral em plena atividade jornalística, publicou no dia 15 de abril de 1870, um dos muitos artigos que produzia para o jornal “O Sorocabano”, assim se manifestando:

“Nestes dias em que a cristandade comemora o aconte-cimento mais notável da história, resumindo em breve quadro a vida de Jesus Cristo, desde a entrada triunfal em

Jerusalém, até a ressurreição gloriosa, lembra um fato ocorrido no Grande Oriente (Beneditinos) ou seja, a ideia de se formar sociedades que algumas senhoras organiza-ram no Rio de Janeiro e em São Paulo para libertação de escravas.

Esse acontecimento, de grande alcance social, a nosso ver, não é só a redenção do cativo, para quem chega enfim uma gota do sangue derramado na cruz, senão também a nobilitação da mulher, cuja vida por bem da nossa educa-ção asiática, dividia-se até agora em dois períodos, o das modas e o do beatismo inteligente, que a invasora horda dos jesuítas explora ao seu sabor. Desejamos que os senhores sorocabanos adotem a generosa ideia, fazendo assim entrada na comunhão social de que vivem desterra-dos.

Oferecemo-lhes nosso fraco auxílio, e pomos à sua disposição as colunas desta folha para quaisquer publica-ções”.

A Loja “Perseverança III” não somente pregava. Mais do que as palavras, valiam os exemplos e os fatos. Nesse ano, além do trabalho desenvolvido, fora das suas colunas e rapidamente mostrados, prosseguia no auxílio à liberta-ção dos escravos, já agora mais incentivada com o projeto de lei maçônica, apresentado por Ruy Barbosa. Assim é que destinou valores para libertação de escravos, fazendo subscrição para referido fim, inclusive cancelando não se gastar com ceias e banquetes, o dinheiro destinado à “Caixa de Emancipação”, deliberando-se em sessão de 30 de outubro de 1870, a liberdade que se daria a algumas crianças. Foi a primeira loja maçônica a comprar alforrias para os escravos, montando a primeira escola para filhos de escravos, isto cerca de 15 anos antes da libertação oficial.

Faço aqui uma conexão desta maravilhosa história social e maçônica, buscando Ubaldino do Amaral em 1869 e ligando-o com o mesmo valor histórico, dedicação e amor à Sorocaba, ao cidadão admirado por todos os maçons do Brasil, Laelso Rodrigues, hoje dirigindo uma empresa com moderno parque gráfico, novo centro administrativo e de comunicação em condições as mais modernas, que ele foi um dos fundadores em 1963.

Ubaldino do Amaral e Laelso Rodrigues, juntos com inúmeros outros maçons, são também heróis e construtores de uma estrutura social que a cidade de Sorocaba não pode prescindir. Hoje 80% do trabalho social, educacional e de saúde de Sorocaba, são dirigidos pela maçonaria, pontuan-do também de repercussão nacional o Banco de Olhos de Sorocaba, a maior reserva de córneas do país.

Vou aprofundar na leitura dos seis volumes intitulados “A Perseverança III e Sorocaba”, para conhecer sua gloriosa história através da obra do maçom José Aleixo Irmão, que junto com Laelso Rodrigues foi um dos 22 que tiveram a visão de instituírem a Fundação Ubaldino do Amaral e adquirir o Jornal Cruzeiro do Sul, que continua comprometido com a liberdade e educação.

Nossas homenagens a estes dois bandeirantes, Ubaldino do Amaral e Laelso Rodrigues.

*Barbosa Nunes é Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil

GeralSetembro 2013

Ubaldino do Amaral Laelso Rodrigues

Informativo Maçônico OnlineFiliado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião de O Malhete

Diretor Responsável: Ir Luiz Sérgio de Freitas CastroJornalista Resp.: Ir Danilo Salvadeo - FENAJ-ES 0535-JPAssessoria Jurídica: Ir Edson Neves Said - OAB-ES 5120

Redação: Av. João Felipe Calmon, 839 - Centro - Linhares-ES CEP.: 29.900-023Tel.: (27) 3371-6244 - Cel. 9968-5641 - e-mail: [email protected]

Barbosa NunesGrão Mestre Geral Adjunto

A periodicidade e hábitos de leitura são ingredientes necessários para que possa-mos enriquecer nossa base de conhecimen-

tos, porque a leitura quando exercitada de forma constante nos possibilita estarmos sempre nos atua-lizando com as informações que nos chegam a todo instante e de todos os cantos do planeta.

Todos nós sabemos que a cada novo dia nós esta-mos nos defrontando com situações diferentes, com novos desafios, mais conhecimentos e isto deve ser encarado com muita responsabilidade, porque se traduz na mola mestra para nos impulsi-onar a melhorar cada vez mais a nossa performan-ce, seja no âmbito pessoal e familiar, sejana convi-vência profissional.

Os desafios com que nos defrontando no nosso dia a dia fazem parte da dinâmica da vida e, para que tenhamos condições desuperá-los, precisamos antes de qualquer coisa,desenvolver a capacidade do auto motivar-se, porque estes desafios são cons-tantes e necessários para nos ajudar acrescer na escala evolutiva do progresso.

É certo que ninguém consegue motivar alguém se estealguém não tiver um motivo ou uma razão plausível que justifique este desejo interiorpara que consiga conquistar uma autoestima forte e posi-tiva, porque somente assim terá condições de des-pertar esta forçapara começar a trabalhar forte suas potencialidades com vistas à conquista da auto realização.

A essência da palavra motivação por si só já justifica e o seu sentido. Se separarmos a palavra em duas metades, veremos queamotivação se tra-duz em ter-se um MOTIVO (um ambiente propí-cio)para gerar umaAÇÃO. Portanto, não basta apenas querer é preciso agir e despertar este desejo

interior visando o seu crescimento pessoal, pois caso contrário, jamais iremos conseguiratingir os nossos objetivos.

É evidente que todos nós temos um projeto de vida, porém, o que estamos fazendo para tornar este projetonuma conquista? Muitas das vezes eles ficam apenas no campo da intenção,porém, falta ação, e uma coisa é certa,ter intenção e não agir é ficar no campo da ilusão.

Nós podemos até mesmo tentar mudar o com-portamento de uma pessoa, porém, ela só vai mudar se quiser. Para tanto, precisamos primeiro criar algumas situações favoráveis para que ela desperte este desejo e, isto só será possível se ela perceber que esta mudança lhe trará algum benefí-cio.

Sabemos que não é fácil mudar uma pessoa, pois a mudança é um ato voluntário que vai depen-der fundamentalmente de vários fatores, como por exemplo: a índole que é mediada com base no ambiente familiar,no nível deconvivência no campo profissional, nos relacionamentos interpes-soais, nível cultural, criação de um ambiente pro-pício para tanto, dentre outros.

Pensem comigo! Quem não gosta de receber um elogio por uma tarefa bem feita? Quem não gosta de receber um elogio por ter conquistado algo a custa de um trabalho responsável e bem sucedido?

Orgulhar-se de algo bem feito se traduz numa excelente fonte de motivação.

É óbvio que qualquer pessoa gosta de receber elogios. Em muitas situações basta um simples “tapinha” nas costas que já é suficiente para elevar sua auto estima. Existem muitas outras maneiras de se conseguir fazer com que a pessoa repense suas atitudes e passe a investir mais em si.

Estes são apenas alguns exemplos de como uma pessoa pode ser tocada para que assuma compro-missos consigo mesma e desperte este desejo de rever suas atitudes.

Que tal se começarmos a aprender a reconhecer e criar modelos de recompensas que se traduzam em desejos, como por exemplo, incentivos finan-ceiros, premiações ou até mesmo um simples elo-gio verbal. Procedendo assim estaremos criando

uma atmosfera propícia para que comecemos a despertar o desejo da mudança interior.

Para conseguirmos este propósito se faz neces-sário canalizar toda a nossa energia no sentido de identificar situações favoráveis para estimular essa força interior de que todos nós somos dotados e que nos impulsiona a sermos melhores do que já somos.

Abraham Maslow foi um psicólogo e consultor americano que desenvolveu uma teoria da motiva-ção,segundo a qual as necessidadeshumanas estão dispostas em uma escala sequencial de prioridades para que se consiga de fato desenvolver a auto moti-vação.

Segundo Maslow, para que uma pessoa desen-volva esta capacidade ela precisa conquistar alguns degraus nesta escala de prioridades, como: as necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima e por fim a auto realização.

Esta teoria de Maslow é conhecida e respeitada como uma das mais importantes teorias para con-quistar a auto transcendência.

Portanto, vamos manter esta chama acesa, prin-cipalmente nos momentos de incertezas, porque um grande diferencial das pessoas de sucesso é exatamente conseguir vislumbrar oportunidades aonde outros só vêm problemas.

“Existem homens que lutam um dia, estes são bons. Existem homens que lutam um mês, estes são muito bons. Existem homens que lutam um ano, estes são importantes e, existem homens que lutam a vida inteira, estes são insuperáveis”.Berthold Brecht (dramaturgo e poeta alemão).

Pensem nisso!Tomé Castro é consultor comercial

e palestrante motivacional.

(11) 97151-2748.

Setembro 2013 03Opinião

*IrTomé CastroConsultor Comercial

e Palestrante

04 Setembro 2013 Geral

O alcoolismo é um problema milenar, não se sabe ao certo quando o homem passou a fazer uso de álcool para realizar os primeiros brin-

des. Mas podemos trabalhar com a hipótese de que desde quando o homem espremeu as primeiras uvas, o álcool passou a fazer parte de eventos e comemora-ções.

O primeiro caso de alcoolismo na Bíblia, consta em Gênesis, Cap. 09, V. 20 a 24, quando Noé se embebedou e seus filhos o viram nu. O segundo caso consta em Gênesis, Cap. 19, V. 29 a 38, quando as duas filhas de Ló o embebedaram para com ele dei-tar-se e conservar a descendência de seu pai. E cons-ta ainda em Provérbios, Cap.23, V. 20 a 35, onde o Rei Salomão com toda sua sabedoria demonstra os malefícios que o álcool provoca na vida do homem. Desta feita, temos a percepção de que desde os pri-mórdios da humanidade o álcool está presente em nossa sociedade.

Contemporaneamente, o álcool, através de seus usuários compulsivos vem causando grandes estra-gos, desmoralizando seus consumidores, destruindo famílias, causando acidentes e mortes. Vale lembrar que o alcoolismo é uma doença catalogada no CID 10 da O.M.S. (Organização Mundial da Saúde), porém não há exame laboratorial que identifique a doença, pois ela além de ser física é mental e espiri-tual. O diagnóstico tem que partir do próprio alcoóli-co, através da aceitação de que é portador do alcoo-lismo. O alcoolismo é uma doença progressiva (nin-guém começa bebendo uma garrafa de whiski ou um engradado de cerveja), reflexiva (as atitudes do bebedor afeta toda a família) e de terminação fatal (leva a loucura ou a morte prematura). Importante frisar que o alcoolismo é uma doença incurável, (não existe cura na medicina, porém em A.A. a doença pode ser detida). É também a doença da negação, (o alcoólico e muitas vezes a própria família não aceita tal condição em relação ao membro). Muitas das vezes acha que é somente uma fase e que tudo volta-rá ao normal. Mas isto não é verdade.

O alcoolismo atinge todas as classes sociais. Se uma pessoa ao tomar o primeiro trago sente vontade de continuar a beber, “deve ficar com a barba de molho”, pois é sinal que se tornará um bebedor com-pulsivo, ou seja, alcoólatra. E a maior vítima do alco-olismo é a família, pois temos visto inúmeros divór-

cios, agressões físicas, filhos abandonando seus lares e até homicídios, principalmente entre os côn-juges por causa da bebida.

Mas em 10 de junho de 1935, em Akron, Ohio – EUA – na minha concepção por obra divina, Bill

Wilson (corretor da bolsa de valores de New York) e Robert Holbrook Smith (médico cirurgião), conhe-cidos como Bill e Dr. Bob, ambos alcoólicos, perce-beram que quando um alcoólico trocava suas expe-riências sobre seu beber com outro, a compulsão pela bebida diminuía e em muitos casos até desapa-recia. Assim, o dia 10 de junho de 1935 é a data da fundação de Alcoólicos Anônimos (A.A.). Em 1947 foi fundado o primeiro Grupo de A.A. no Brasil, mais especificamente na cidade do Rio de Janeiro. Atualmente a Irmandade de Alcoólicos Anônimos já alcançou mais de 180 países. Alcoólicos Anônimos é uma IRMANDADE de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperan-ças, a fim de resolver seus problemas com o álcool.

O único requisito para tornar-se membro de Alcoólicos Anônimos é o desejo de parar de beber. Para ser membro de A.A. não há necessidade de pagar taxas nem mensalidades; A irmandade é auto-suficiente graças às contribuições expontânea de seus próprios membros. Alcoólicos Anônimos não está ligado a nenhuma seita ou religião, nenhum movimento político, nenhuma organização ou insti-tuição, não entra em controvérsia, não apóia nem combate quaisquer causas. “O propósito primordial do A.A. é manter seus membros sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade.” Qual-quer pessoa pode participar das reuniões de A.A, não importa qual seja sua condição social, nível intelec-

tual ou grau de instrução. A linguagem de A.A. é muito simples, pois é a

linguagem do coração, e essa qualquer um é capaz de entender e de usar. Esta irmandade é tão fantástica que em A.A., não existem diretores ou pessoas investidas de autoridades, mas sim companheiros que se dispõem a colaborar com a irmandade, pres-tando serviço voluntariamente. Seus líderes são ape-nas servidores de confiança, não têm poderes para governar. A.A. pode ser comparado a um templo sustentado por três pilares: Um é a religião, outro é a medicina e o terceiro é a própria experiência com pessoas que têm sofrido com o alcoolismo. Os três legados de A.A. são: Recuperação, Unidade e Servi-ço.

O programa de A.A se baseia em Doze Passos e Doze Tradições. Os Doze Passos contém sugestões para a recuperação individual e as Doze Tradições contém sugestões para guiar os companheiros den-tro da Irmandade, visando a sua unidade como um todo. Para conseguir se recuperar o alcoólico que procura ajuda precisa aceitar o primeiro passo que diz: “Admitimos que éramos impotentes perante o álcool, que tínhamos perdido o domínio sobre nos-sas vidas”. O diabético é impotente perante o açú-car, mas governa a sua vida. O tuberculoso perante o “Bacílo de Koch”, mas não perde o domínio de si mesmo. O alcoólatra é impotente perante o álcool, porém é incapaz de governar sua vida com acerto.

Conforme dito anteriormente, para ser membro de Alcoólicos Anônimos o ÚNICO REQUESITO é o desejo de abandonar a bebida. Os membros de Alcoólicos Anônimos, em relação à bebida, só têm compromisso com o dia de hoje. Eles permanecem 24 horas abstêmio, e ao vencer estas primeiras 24 horas renovam seu propósito, evitando o primeiro gole “só por hoje”. Através deste programa de 24 horas existem membros de A.A. que contam com 30, 40 e até 50 anos de sobriedade contínua. Aos duvido-sos podemos dizer: “Talvez você não seja alcoólatra, afinal de contas. Por que não tenta seguir bebendo controladamente, lembrando-se sempre do que A.A. diz à respeito do alcoolismo. As pessoas que estive-rem interessadas em conhecer a Irmandade de Alcoólicos Anônimos poderá fazer contato através da Central de Serviços de A.A., situada na Av. Jerô-nimo Monteiro, número 124, sala 208, tel.: (27) 3223-7268 - Vitória, Espírito Santo.

*O Ir∴ Geraldo Ribeiro da Costa Jr

é Advogado - Apr∴ Maçom, membro da

ARLS“Cavaleiros da Justiça” - Or∴ de Vitória -ES

*Geraldo Ribeiro da Costa Jr

Advogado

Setembro 2013 05

Pelo Pacto Colonial, as colônias eram instrumentos de geração de riqueza. As Metrópoles (países pos-suidores de colônias) competiam entre si na produ-

ção de riqueza, explorando cada vez mais suas colônias.As colônias não podiam ter objetivos internos nem

projetos de desenvolvimento próprio. Só podiam produzir o que a Metrópole não produzia. Assim, a colônia não podia concorrer com a Metrópole.

Portugal é que determinava quem podia ou não vender para o Brasil. O interessado devia pagar um Imposto de 24% para Portugal para poder vender no Brasil.

Como a exploração metropolitana era excessiva e os colonos não tinham o direito de protestar, cresceu o des-contentamento dos brasileiros.

Iniciam-se então as rebeliões conhecidas pelo nome de Movimentos Nativistas, quando ainda não se cogitava na separação entre Portugal e Brasil. Estampava-se em nosso País o ideal da liberdade. A primeira delas foi a Revolta de Beckman em 1684, no Maranhão.

No início do século XVIII, com o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, alguns grupos pensa-ram na Independência Política do Brasil, de forma que os brasileiros pudessem decidir sobre seu próprio destino. Ocorreu, então, a Inconfidência Mineira (1789) que mar-cou a história pela têmpera de seus seguidores; depois a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817), todas elas duramente reprimidas pelas autoridades portuguesas. Em todos estes movimentos a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes, de caráter maçônico tais como: "Cavaleiros da Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa da Paraíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons.

A História da nossa Independência está intimamente ligada com a Fundação do Grande Oriente do Brasil, Obe-diência Mater da Maçonaria Brasileira. A Maçonaria divulgava as idéias liberais visando combater os princípi-os absolutistas e mercantilistas.

Apesar do farto material documental existente, pouco se publica sobre o papel importante, decisivo e histórico que a Maçonaria, como Instituição, teve nos fatos que precipitaram a proclamação da Independência do Brasil.

Em sua obra "História de Portugal", Oliveira Martins situa, com certa propriedade, que "quem separou o Brasil foi D. João VI".

Na realidade, ao elevar o Brasil à condição de Reino Unido ao de Portugal e Algarves, a 16 de dezembro de 1815, D. João VI abria o caminho da independência. Embo-ra alguns autores o tenham pintado como um bonachão, que só se preocupava com as futricas da Corte e em comer meia dúzia de franguinhos por dia - o que já se comprovou ser um falso retrato - ele tinha um tino político extraordi-nário, que o habilitara a prever a marcha dos acontecimen-tos a partir do estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro e da revolta das colônias espanholas.

Sabendo que o Brasil marcharia para a independência, planejou garantir, para a Casa de Bragança, ambos os tro-nos. E tanto amava ele o Brasil, que, ao deixar de ser regen-te, tornando-se rei de Portugal, depois da morte de sua

mãe, D. Maria I, chegou a assinar um decreto nomeando D. Pedro I regente de Portugal, permanecendo ele mesmo no Brasil. Os acontecimentos em Por-tugal, porém, exigiram sua presença, forçando a uma alteração dos planos; ele retornaria a Lisboa, deixando D. Pedro I no Brasil, com instruções prati-camente explícitas para se colocar à frente do movimento emancipador, como comprovam suas palavras ao príncipe, dois dias antes de sua partida: "Pedro, se o Brasil se separar de Portu-gal, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para alguns desses aventureiros".

Por isso, depois da volta de D. João VI a Lisboa, ampliou-se a política de reação a tudo quanto se tinha fundado no Brasil: A abertura dos portos em 1808, a todas as Nações Amigas (só a Inglaterra era amiga, pois França era inimiga); criação do Banco do Brasil em 1810; construção da Casa da Moeda; inauguração da Biblioteca Nacional; instalação da Fábrica de Pólvora; construção do Jardim Botânico; fundação de duas Faculdades de Medicina; fundação da Imprensa Régia e revogação de uma lei ante-rior que proibia a instalação de indústrias no Brasil.

A permanência de D. Pedro I no Rio de Janeiro decep-cionou a Assembléia das Cortes, que esperava o retorno de toda a família real e o consequente abandono da terra bra-sileira ao Governo das Juntas Provinciais, cuja formação era ruidosamente promovida em Lisboa.

Pressentiam os portugueses que o engrandecimento do Brasil ocasionaria sua inevitável emancipação política, o que seria de resultados desastrosos para a Metrópole, que tinha nesta opulenta colônia seu maior sustentáculo eco-nômico. Com essa clara visão do futuro, resolveram as Cortes empenhar-se em inglória batalha, no sentido de fazer o Brasil regredir, para enfraque-cer-lhe o nacionalismo crescente.

Afinal, em 29 de setembro de 1821, aprovaram-se os Decretos nº 124 e 125.

O primeiro extinguia os governos provinciais independentes, restabele-cendo as juntas provisórias de governo com toda a autoridade e jurisdição na parte civil, econômica, administrativa e de polícia, ficando subordinados às juntas todos os magistrados e autorida-des civis. O segundo, como ponto nevrálgico, determinava o imediato regresso a Portugal do Príncipe D. Pedro I.

Nos redutos maçônicos, particular-mente na Loja “Comércio e Artes”, que se reinstalara em 24 de junho daquele ano (1821), intensificou-se o trabalho pela organização, no reino

ultramarino, de um governo livre e independente, sob a regência do Prín-cipe D. Pedro I, que por influência dos maçons se rebelara contra os Decre-tos 124 e 125.

Naqueles três meses seguintes, tal era o burburinho da nacionalidade que o Intendente-Geral da Polícia, João Inácio da Cunha, comunicou-se com o Ministro do Reino, por ofício de conteúdo sigiloso, informando-lhe da impossibilidade de agir com as tropas de que dispunha, pois estavam os seus integrantes, na maioria, filia-dos à Maçonaria. E terminava o ofício com o seguinte enunciado: “... o movi-mento da Independência é por dema-sia generalizado pela obra maldita dos maçons astuciosos, sob a chefia

de Gonçalves Ledo”.Núcleo da ideia de emancipação, a Loja “Comércio e

Artes”, sob a liderança de Gonçalves Ledo, trabalhava infatigavelmente. Desponta, no entanto, um ardoroso patriota e maçom, o Capitão-Mor José Joaquim da Rocha, e planeja o empreendimento de que resultou “O FICO”, definitivo ato de rebeldia de D. Pedro I contra as Cortes de Lisboa, que insistiam em seu retorno a Portugal.

Os decretos das Cortes chegam ao Rio de Janeiro, no dia 09 de dezembro de 1821. Precisamente nesse dia, José Joaquim da Rocha funda em sua casa o “CLUBE DA RESISTÊNCIA”. O Clube visava, precipuamente, proje-tar com segurança a adesão de D. Pedro I ao movimento nacionalista. Para evitar a vigilância da Polícia, reuniam-se na residência de José Joaquim da Rocha, na Rua da Aju-da, e muitas vezes na cela de Frei Sampaio, no Convento de Santo Antônio, onde se realizavam verdadeiras Sessões Maçônicas.

Depois do vitorioso episódio do FICO, o “Clube da Resistência”, sob a direção de José Joaquim da Rocha, foi transformado em “Clube da Independência” e, mais tarde, na Loja “09 de janeiro”.

Portugal ficou furioso e mandou tropas para cá, que o Imperador logo tratou de mandar de volta.

Além disso, D. Pedro I formou um novo ministério, que tinha brasileiros e portugueses, mas a chefia era de um brasileiro: José Bonifácio de Andra-da e Silva. (foto à esquerda)

E tratou de convocar uma Assem-bléia Constituinte, para elaborar uma Constituição para o Brasil - que só foi se reunir um ano depois.

Continua na página 06

Capa

D. João VI

06 Setembro 2013

Prosseguiu desenvolvendo-se, intensamente, o movi-mento da emancipação política, sempre com a iniciativa dos maçons. Mário Melo, em seu livro “A Maçonaria no Brasil”, anota que ninguém era iniciado nas Lojas Maçôni-cas sem que fosse conhecida sua opinião sobre a Indepen-dência do Brasil e os candidatos assinavam um termo de compromisso de defendê-la.

No dizer do historiador Assis Cintra, “a independência era fatal, era um fruto maduro pendente da árvore, prestes a ser colhido. Em todos os recantos fervilhava o ardor patrió-tico. Nas Lojas Maçônicas, generais, doutores, juízes, almirantes, funcionários públicos, capitalistas, fazendei-ros, artífices e até padres dos mais ilustres desse tempo, conspiravam”.

O papel fundamental exercido pela nascente Maçonaria brasileira - através do Grande Oriente do Brasil - no movi-mento emancipador brasileiro, não pode ser deslustrado. Todavia, não pode, também, prevalecer na mente dos maçons influenciados por mistificadores da História, a ideia de que quem fez a independência foi a Maçonaria e que D. Pedro I limitou-se, simplesmente, a referendá-la, pois, como já foi esclarecido, o príncipe, seguindo a dire-triz traçada por seu pai, marcharia, de qualquer maneira, ao encontro desse objetivo. É claro que a ação maçônica con-tribuiu para acelerar a marcha dos acontecimentos e que a iniciação de D. Pedro I serviu aos interesses de ambas as partes, pois os maçons, com o regente entre eles, puderam influenciá-lo a antecipar a ruptura com Portugal.

Domingos Alves Branco Muniz Barreto, em sessão da loja “Comércio e Artes”, propôs que se desse ao Príncipe um título conferido pelo povo, de “Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil”. A idéia foi aprovada por todos e mar-caram a data de 13 de maio, dia do Aniversário de D. João VI. D. Pedro I disse que aceitava o título, mas sem o “Prote-tor”, apenas como “Defensor”.

Era preciso, ainda, fazer maçom o Príncipe D. Pedro I. José Bonifácio já lhe falara da Maçonaria, da ação de Gon-çalves Ledo e outros líderes maçônicos.

Não seria ele o primeiro Príncipe a conhecer os precei-tos da Ordem. Reis e Imperadores, na Europa, haviam sido maçons. Assim, a 13 de julho de 1822, foi aprovada sua proposta de admissão, endossada por José Bonifácio. A 02 de agosto de 1822, D. Pedro I era iniciado na Loja “Comér-cio e Artes”, “ardendo em curiosidade, e a fantasia desper-tada pelo mistério de um rito perfumado de magia oriental” – como escreve Pedro Calmon, em “A Vida de D. Pedro I”.

Recebeu o nome histórico de “Guatimozim”. Mas, por que “Guatimozim” e o que significava isso? Trata-se do último imperador Asteca morto em 1522, conforme conta-nos, parabolicamente, o historiador Rocha Martins, em sua obra “A Independência do Brasil”.

Da ata da nona sessão do Grande Oriente do Brasil - Assembléia Geral - realizada no 13º dia do 5º mês maçôni-co do Ano da Verdadeira Luz 5822 (02 de agosto de 1822), consta ter o Grão-Mestre da Ordem, conselheiro José Boni-fácio de Andrada e Silva, proposto a iniciação de Sua Alte-za D. Pedro de Alcântara. E que, "aceita a proposta com unânime aplauso, e aprovada por aclamação geral, foi ime-diata e convenientemente comunicada ao mesmo propos-to, que se dignando aceitá-la, compareceu logo na mesma sessão e sendo também logo iniciado no primeiro grau na forma regular e prescrita na liturgia, prestou o juramento da Ordem e adotou o nome heroico de Guatimozin". Na décima sessão, realizada a 05 de agosto, Guatimozin rece-beu o grau de Mestre Maçom.

Da iniciação ao Grão-Mestrado, o certo é que o ingresso de D. Pedro I na Maçonaria resultou de sua mais íntima ligação com a causa da independência. Foram os maçons que o proclamaram Imperador e, em consequência, a pró-pria libertação política do Brasil, em sessão de 20 de agosto de 1822 do Grande Oriente do Brasil, quando D. Pedro I se encontrava em viagem para São Paulo.

Na verdade, como afirmam os historiadores, maçônicos e profanos, no dia 20 de agosto de 1822, Gonçalves Ledo propôs e se aprovou por unanimidade “que fosse inabala-velmente firmada a proclamação de nossa independência e

da realeza constitucional na pessoa do augusto príncipe”. Aliás, o próprio Gonçalves Ledo, em vibrante artigo no “Revérbero”, já o concitara antes: “Príncipe! Não despre-zes a Glória de ser o fundador de um novo império”.

Em nota à margem do livro “História da Independência do Brasil”, de Adolfo Varnagem, escreve o Barão do Rio Branco. “No dia 23, em outra sessão, ainda presidida por

Gonçalves Ledo, continuou-se a discussão. Por proposta sua, foram nomeados os emissários, que deviam ir tratar a aclamação nas diferentes províncias, entre eles, Januário Barbosa, designado para ir a Minas, João Mendes Viana, para Pernambuco, e José Gordilho de Barbuda, para a Bahia. Vários maçons ofereceram as somas necessárias para as despesas de viagem”.

No dia 14 de agosto de 1822, D. Pedro I viajou para São Paulo para resolver um problema político. Deixou que Dona Leopoldina, sua mulher, ficasse no poder durante sua ausência. Quando as coisas já tinham se acalmado e ele seguia para Santos, chegaram ao Rio de Janeiro ordens das Cortes: D. Pedro I deveria voltar para Portugal naquele instante, José Bonifácio deveria ser julgado, e um novo ministério seria criado para colocar ordem na sociedade. Tudo isso destruía todas as medidas de D. Pedro I.

Dona Leopoldina e José Bonifácio mandaram seus mensageiros correrem com essas notícias. Um mensageiro conseguiu encontrar D. Pedro I às margens do riacho Ipi-ranga, em São Paulo.

Era à tarde do dia 07 de setembro de 1822. D. Pedro I leu os decretos e perguntou ao Padre Belchior: O padre aconselhou D. Pedro I a proclamar a independência do Brasil. Senão, ele seria feito das Cortes. prisioneiro

Não tinha jeito! Trinta e oito pessoas assistiram à cena: D. Pedro I desembainhou a espada, ergueu-a para o alto e gritou: “INDEPENDÊNCIA OU MORTE!”.

Segundo Adelino de Figueiredo Lima, em “Nos Basti-dores do Mistério”, “INDEPENDÊNCIA OU MORTE” era a denominação de uma das “palestras” da sociedade secreta “Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”, conhecida por “Apostolado” - baseada na Carbonária euro-péia - que foi instalada no dia 02 de junho de 1822, quinze dias antes da fundação do Grande Oriente e dela fazia parte o próprio Gonçalves Ledo, assim como vários de seus seguidores. Sabe-se, hoje, que essa sociedade foi fundada por José Bonifácio. D. Pedro I era, com o título de Archon-te-Rei, o presidente, sendo José Bonifácio, já então Grão-Mestre da Maçonaria, seu lugar-tenente. O “Apostolado”, a que também pertenciam outros maçons ilustres, possuía rituais próprios, liturgia bastante severa e sinais e palavras de reconhecimento, exprimindo motivos patrióticos, o que evidenciava os fins políticos da sociedade.

Indiscutível, afinal, é que a independência política de nossa terra foi, certamente, assinalada com o FICO, em 09 de janeiro, declarada pela Maçonaria em 20 de agosto e consagrada em 07 de setembro, com o brado do Maçom D. Pedro I.

Disse-o bem Gustavo Barroso, em sua obra “História Secreta do Brasil”: “A Independência do Brasil foi realiza-da à sombra da Acácia, cujas raízes prepararam o terreno para isso”.

FONTES: Texto do Ir:. JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE; Do Pó dos Arquivos – Ir:. JOSÉ CASTELLANI; Texto do Ir:. ROBERTO MASSARU WATANABE

Adaptação do texto pelo Ir:. ANTÔNIO CÉSAR DUTRA RIBEIRO. NOTA: O Grande Oriente do Brasil foi fundado no Rito Adoniramita

em 17.06.1822, admitiu o Rito Moderno em 1831 e o Rito Escocês Antigo e Aceito em 1832. Adiante reconheceu os Ritos Schröeder ou Rosa-Cruz Retificado em 1864, o York em 1872 e o Brasileiro em 1914, pois o Especial Rito Brasileiro de 1878, fundado em Pernambuco não procurou reconheci-mento e extinguiu-se.

Continuação .....

Gonçalves Lêdo

D. Pedro I

Informativo maçônico, político e cultural

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Setembro 2013 07

Não há de se ter dúvida, está nascendo no Brasil, depois das manifestações de junho de 2013, uma nova cultura política na sociedade brasileira. Os

tempos são outros. As redes sociais estão cada vez mais tomando corpo e interagindo as pessoas no sentido de criar elos que possibilitem uma melhor articulação de grupos e de camadas sociais que antes não se comunicavam, não reclamavam os seus direitos e nem protestavam contra os desmandos dos maus agentes públicos que extrapolam as suas funções e cometem os mais abusivos, ilegais e imorais desvios de conduta.

Isso foi um excelente começo, porém muito ainda há de se fazer. A sociedade como um todo evolui lentamente quando se trata de avançar em seus valores culturais, mor-mente numa democracia que recentemente aflorou e que ainda está se desenvolvendo. Vários equívocos ainda são praticados no que tange a uma melhor distribuição da riqueza. A distribuição de valores financeiros (as famosas bolsas) a título de política social da erradicação da pobreza valoriza somente o consumo em detrimento da produção. As pessoas não se interessam em produzir porque recebem

do poder público o dinheiro suficiente para sobreviver (consumir) e que, diga-se de passagem, é muito pouco.

A ideia, no fundo, é criar um enorme “curral” de eleito-res fiéis e dependentes que jamais irão questionar, também por falta de educação e consequente falta de informação, e assim vai-se consolidando um projeto de poder que pode se manter por vários anos. Tudo está voltado para o pleito eleitoral, “se dá voto então vamos fazer”. Somos vistos tão somente como eleitores, diferente das democracias mais consolidadas onde o cidadão tem a consciência do seu papel como contribuinte. Estamos classificados como a sexta economia do mundo, mas o povo carece de tudo: saúde, educação, segurança, previdência social, infraestru-tura, etc. Se quisermos ter uma vida digna temos que pagar tudo duas vezes através dos planos de saúde, aposentadoria complementar, escola particular, segurança privada e assim por diante.

A carga tributária é extorsiva, mas a contrapartida não justifica os valores pagos. Os gastos governamentais são abusivos e desnecessários, por isso, como se sabe, não sobra dinheiro para o investimento. Tem muita gente “tra-balhando” e muito pouca eficiência. Criam-se ministérios e secretarias pra qualquer coisa, com o intuito de alojar os aliados políticos e garantir os votos necessários para apro-var as demandas do interesse, principalmente, dos partidos políticos. Na verdade os anseios populares ficam sempre no segundo plano. Há séculos ouvimos falar da seca no nordeste, da falta de moradia, de escolas e de hospitais. Nas

campanhas eleitorais os discursos são os mesmos e iguais uns dos outros, parece que todos os partidos têm o mesmo programa e a mesma ideologia. Direita, esquerda, centro; os adversários corruptos de ontem são os mais fiéis compa-nheiros de luta de hoje, não existe coerência. E o pior: O voto é obrigatório. É chegada a hora da cobrança, do toma lá, dá cá.

Cabe aqui uma linha de raciocínio em que as pessoas devem ter a convicção de serem, em primeiro lugar, os contribuintes que garantem, a duras penas, os custos das políticas sociais que são aleatoriamente implantadas, e por isso mesmo podem e têm o direito de exigir o devido respe-ito enquanto responsáveis por todo o processo evolutivo da sociedade. Entra governo, sai governo, independente do partido político que assume a gestão pública e a reforma tributária, política, fiscal, previdenciária, da educação, da saúde, da habitação, da segurança pública e tantas outras não saem do papel, todas são sempre adiadas por pura con-veniência e/ou por interesses escusos. O pagamento aos que patrocinam as campanhas, que são cada vez mais one-rosas, é feito sob a forma de obras públicas, informações privilegiadas, favores políticos e tráfico de influência, práticas corriqueiras na política nacional. É muito comum ouvir dos políticos a frase: “No meu governo”. Quanta pretensão! Ele (a) governa sozinho (a)? O governante sim-plesmente aplica os recursos que são arrecadados do con-tribuinte, de forma direta ou indireta, e desse modo todos nós somos cidadãos contribuintes muito antes de sermos cidadãos eleitores, mesmo porque praticamos o ato de contribuir todos os dias.

Mestre Instalado

Crônicas

Diz a lenda que três súditos, já não suportando tantas leis que aquele rei não parava de promulgar, decidiram abandonar o reino e fundar um país para eles, não sem antes jurarem uns perante os outros que em seu país não haveria leis. Um país definitivamente sem leis para que se pudesse ser efetivamente feliz. Depois de dias de viagem encontraram um lugar que parecia ser o ideal pois tinha de onde se tirar alimento e água em abundância. Um deles, com fobia de animais rasteiros, cortou uns paus e improvi-sou uma cama para não dormir no chão. Foi ele o último a ir ao rio tomar banho e, quando voltou, sua cama estava ocu-pada. Ao reclamar com o companheiro que a cama lhe per-tencia foi prontamente advertido: “em nosso país não há leis”. No outro dia foi a vez de um outro receber a mesma advertência quando foi reclamar que as frutas que colhera haviam sido devoradas por seus amigos. Em muito pouco tempo o clima já não era mais amistoso entre eles vez que cada um tinha de se preocupar em se preservar ou se defen-der do outro. Até que ficou insuportável e eles sentaram para conversar:

- Não é possível continuar desse jeito; precisamos fazer algumas leis!

Tudo leva a crer que outrora eles não se rebelavam ape-nas contra a lei mas sobretudo contra a obrigação de ter de respeitar os outros. O respeito imposto, coersitivo. Eis aí o principal objeto de uma lei: impor coersitivamente o respe-ito mútuo.

A função primordial da lei é assegurar a harmonia entre os cidadãos. Evidentemente que de forma geral a lei tem maior amplitude: regular ações do governo, dispor sobre autoridades e responsabilidades, etc., mas aqui estamos vendo a lei como instrumento de concórdia entre as pesso-as. Ou seja, estamos vendo uma lei em tese desnecessária.

Dentre os muitos conceitos de ética que li, o que mais gostei foi : “Ética é um conjunto de valores morais e princí-pios que norteiam a conduta humana na sociedade” (em http://www.suapesquisa.com/o-que-e/etica-conceito.htm - sem indicação do autor). Não consegui um conceito que disso-ciasse ética de moral pois gostaria de dar uma conotação mais intrínseca já que moral advém de valores adquiridos. Gostaria de dar um conceito de ética dentro de sua ideia primitiva como sendo obtenção de uma sensação de bem estar advinda de atitude que lhe trouxesse satisfação simul-taneamente para si e para outras pessoas. Era assim que se pensava ética nas primeiras incursões sobre o vocábulo. Assim, a pessoa buscava o seu bem estar associado ao bem estar coletivo. Ética não é, pois, uma norma de conduta, mas um desejo de bem viver.

A maior aliada da ética é a empatia. É ela que nos orien-ta o que sentiríamos se estivéssemos do outro lado. A preo-

cupação de promover o bem estar das outras pessoas ou do nosso interlocutor nos leva a uma conduta de respeito e de simpatia o que, é claro, provoca no outro o desejo de retri-buir. Teríamos aí a ética no sua essência, espontânea e pro-motora do bem estar. Ao contrário do que pode parecer, é aí que exercemos a nossa plena liberdade. A liberdade de constituir um ambiente de paz e harmonia.

Nessa linha temos como indevido o termo “código de ética” porque código nesse sentido tem caráter normativo e, mesmo que não traga em si sansões pelo não cumpri-mento, não deixa de expressar a vontade de outro e aí já não seria ética, mas norma de conduta, que, em campo restrito, tem a mesma conotação de lei.

A constante análise das consequências de nossos atos retroalimenta nossas ações futuras e nos impelem a corrigir (espontaneamente) eventuais deslises ou ações que tenham levado a resultado diferente do que esperávamos produzir.

Por esse ângulo de visão concluímos que a lei regulado-ra de conduta advém da incapacidade de se buscar o bem estar coletivo.

A história dos personagens da introdução deste trabalho poderia ter um final diferente. Se eles tivessem o senso de ética, por certo ajudariam o companheiro a construir sua cama e a disponibilizariam para ele; não mexeriam nas futas dos outros sem que lhes fossem oferecidas, o que naturalmente acabaria acontecendo e assim a história ter-minaria com o clássico e desejado fim de toda histária: “e foram felizes para sempre”.

Anos atraz (...) fui visitar o escritorio onde trabalhava um tio cuja especialidade era cálculos estruturais em tempos de pranchetas, não de autocad. Lá vi pela primeira vez a frase-título e fiquei encucado tentando "calcular" sua abrangência. Onde queria chegar o autor da eresia e se ele mesmo acreditava naquilo. Os tempos eram outros e até o nome da empresa se colocava às claras ( Vitória a Minas) como convinha ser para o bem de todos e o progresso da nação... E hoje, como se deve ler a frase? Mudou na essência seu surreal sentido? Mudou? Observador free lancer das boas novas trazidas pela midia ao cotidiano patropi eu percebo que o sarcasmo oculto fez escola e acabou tornando autêntico o adágio que anuncia: água dura

em pedra mole tanto fura até que bate. E está batendo forte sempre que, pasmo, sou informado pela máquina de fazer idiotas à cerca de fatos tipo DEPUTADO ALEGA SER A ÉTICA ALGO SUBJETIVO ou CÂMARA MANTEM O MANDATO DE DEPUTADO PRESO POR CORRUPÇÃO E O MESMO APELA AOS COLEGAS VIA PÉSSIMA QUALIDADE DO MARMITEX SERVIDO NO XADREZ. Tá certa a frase e estão sertos os deputados que da corruptela se locupletam, ate porque de locupletar e corromper eles entendem muito bem, porem sertos mesmos estão aqueles que os elegeram ao votarem erado, legitimando o desmando.

Sertos mesmo estão os detratores dos bons costumes e opositores dos valores que dignificam o ser humano; sertos ainda estão os que se calam ante inversões absurdas dos valores que se desgastam em luta inglória por uma cultura autêntica e dignificante, capaz de mudar o mundo na direção da evolução e do respeito.

Sertos tanto quanto estes estão aqueles que ignoram o ato de ser gentil e abusam da grosseria e violência como status quo.

Sertos estão os responsaveis pela midia massiva quando cospem nas nossas salas palavras de nenhum calão emolduradas por exposições lascivas e ofensoras àqueles cuja postura respeitosa passa a ser confundida com covardia ou alienação.

Sertos são os vendilhões do templo quando descaradamente exploram as fraquezas de quem, órfãos de dignidade agarram-se a milagreiros opulentos e insaciaveis; sertos, finalmente, estamos nós que continuamos deixando a vida nos levar como se no mosaico chamado humanidade cada qual tivesse seu proprio meio para sobreviver no isolamento social avalisando o serto como certo e fingindo perceber o erado como errado.

Dedicado a "Tio" Luiz de Souza Freitas

ARLS Luz do Planalto

Or de Serra - ES

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Pouca gente fora da área da saúde conhece o conceito de "prevenção quaternária". Proposto pelo médico belga Marc Jamoulle, ele é defini-

do como o conjunto de ações para evitar ou atenuar as consequências de tratamentos ou intervenções desne-cessárias no cuidado do paciente.

Normalmente, nunca paramos para pensar nisso: terapias desnecessárias ou excessivas ou até aquelas bem indicadas podem fazer mal. Isso tem um nome também pouco familiar ao público leigo: iatrogenia. O termo se refere a doenças ou alterações patológicas criadas por efeitos colaterais dos medicamentos ou de tratamentos.

Não é um conceito novo. Desde o tempo de Hipó-crates que é reconhecido o potencial efeito lesivo das ações terapêuticas no processo de cura.

Só um exemplo: Um estudo em um hospital uni-versitário nos EUA concluiu que mais de 1/3 das doen-ças eram iatrogênicas. Dessas, uma em cada dez eram

graves e 2% dos casos resultaram em morte. A maioria das complicações esteve associada ao uso de remédi-os.

Dados da literatura médica apontam que a iatroge-nia provoca em torno de 250 mil mortes por ano nos EUA, metade delas associadas a efeitos secundários de remédios prescritos pelos médicos. Por incrível que pareça, já é a terceira causa de morte por lá.

Talvez por falta de informação ou por uma questão cultural, não nos damos conta sobre o perigo dos medi-camentos. Normalmente, o paciente que sai de uma consulta sem um pedido de exame ou um remedinho fica insatisfeito com o médico, acha que foi mal aten-dido. O médico, sem tempo ou paciência para o diálo-go, pede exame ou prescreve medicamentos sem necessidade. E assim caminha a nossa medicina.

A ideia da prevenção quaternária é identificar os pacientes em risco de excesso de medica-ções/tratamentos e sugerir alternativas eticamente aceitáveis.

A meta é a prevenção do excesso de diagnósticos, de tratamentos e de medicamentos, além de propagar vários alertas, tais como não confundir fator de risco com doença e evitar coisas do tipo:

os exames de rotina ("check-up") ou exames complementares desnecessários

o intervencionismo tecnológico na saúde o tratamento farmacológico do colesterol alto

em prevenção primária o tratamento hormonal de substituição durante

a menopausa o uso de antibióticos indiscriminadamente (mui-

tas vezes desnecessários, com o consequente aumento não justificado das resistências bacte-rianas)

o diagnóstico genético desnecessário o sobrediagnóstico e o sobretratamento da hipe-

ratividade e do déficit da atençãoPensei sobre isso ao ler a reportagem publicada no

sábado sobre as metas para os valores máximos de colesterol "ruim", que vão ficar mais rígidas no Brasil. Pelo andar da carruagem, praticamente todas as mulheres a partir de 45 anos estarão sujeitas a receber prescrição de estatina, um despropósito na avaliação de muitos médicos.

Valeria aqui o velho ditado "é melhor prevenir que remediar". Pena que, mesmo estando na boca e na memória dos brasileiros, ele seja tão pouco aplicado no dia a dia. Atividade física e alimentação balancea-da, essas sim são fontes inquestionáveis de saúde físi-ca e mental.

*Cláudia Collucci é repórter especial da Folha de S. Paulo, especializada na área da saúde

Uma pesquisa publicada hoje pelo "British Medical Journal" pode amargar o café da manhã de muita gente: o consumo diário de um ou mais copos de suco de fruta eleva em até 21% o risco de desenvolver diabetes tipo 2.A doença, que é considerada uma epidemia mundial, afeta 347 milhões de pessoas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).O estudo, liderado por Isao Muraki, da Escola Médica de Harvard (EUA), analisou dados de mais de 187 mil homens e mulheres acompanhados por 24 anos para saber se o consumo de diferentes tipos de fruta poderia influenciar positiva ou negativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.Mais de 12 mil participantes (6,5%) receberam diagnóstico da doença durante o estudo. O diabetes tipo 2, diretamente relacionado à obesidade, é caracterizado pela resistência do corpo à ação da insulina, que controla os níveis de açúcar no sangue,

ou pela produção insuficiente do hormônio.Trabalhos anteriores já haviam tentado averiguar se o consumo de frutas poderia reduzir o risco de diabetes, mas, segundo os autores, não havia sido encontrada ligação forte entre uma coisa e outra.Por isso eles decidiram analisar cada fruta separadamente. Mirtilo, uva e maçã, consumidos três vezes por semana, foram as frutas que mais diminuíram o risco de diabetes, em 26%, 12% e 7%, respectivamente.Já o melão foi a única fruta cujo consumo esteve ligado a um aumento dos casos de diabetes. Os autores também notaram um aumento no risco de desenvolver a doença entre os que tomavam suco de fruta.Segundo os cálculos do estudo, trocando os sucos por um consumo frequente de quaisquer frutas inteiras, o risco de diabetes cai 7%; a queda pode ser maior dependendo da escolha de cada um (de novo, uva e mirtilo deram os melhores resultados).De acordo com Daniela Jobst, nutricionista funcional e membro do Instituto de Medicina Funcional dos EUA, a diferença de resultado entre as frutas tem a ver com seu índice glicêmico (potencial de cada uma de gerar "picos" na produção de insulina) mas, talvez principalmente, aos nutrientes que cada uma delas

tem."O diabetes envolve um processo de estresse oxidativo, aumenta a quantidade de radicais livres. Frutas como mirtilo e uvas têm fitoquímicos antioxidantes."O problema dos sucos é que, em relação à fruta inteira, eles têm muito menos fibras, o que eleva a velocidade da absorção do açúcar, gerando os picos que podem ser prejudiciais ao organismo.Melhor eliminar o suco da dieta? "Não precisa. Dá para acrescentar fibras ao suco, para tornar a digestão mais lenta. Uma folha, como couve, ou grãos como linhaça e chia são boas opções.»

Fonte: Folha de S.Paulo

Debora MismettiEditora de Ciência + Saúde

SaúdeSetembro 2013

Setembro 2013 09

Sir Alexander Fleming foi o descobridor da proteína antimicrobiana chamada lisozima e do antibiótico penicilina obtido a partir do fungo

Penicillium notatum.Alexander Fleming nasceu em Lochfield, no

sudoeste da Escócia, e estudou medicina na Universidade de Londres. Concluindo o curso em 1906, começa a pesquisar, em seguida, substâncias com potencial bactericida que não fossem tóxicas ao organismo humano. Trabalhou como médico microbiologista no Hospital de St. Mary, Londres, até o começo da Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra foi médico militar nas frentes de batalha da França e ficou impressionado pela grande mortalidade nos hospitais de campanha causada pelas feridas de arma de fogo que resultavam em gangrena gasosa. Finalizada a guerra, regressou ao Hospital St. Mary onde buscou intensamente um novo anti-séptico que evitasse a dura agonia provocada pelas infecções durante a guerra.

Os dois descobrimentos de Fleming ocorreram nos anos 20 e ainda que tenham sido acidentais demonstram a grande capacidade de observação e intuição deste médico britânico. O descobrimento da lisozima ocorreu depois que o muco de seu nariz, procedente de um espirro, caísse sobre uma placa de cultura onde cresciam colônias bacterianas. Alguns dias mais tarde notou que as bactérias haviam sido destruídas no local onde se havia depositado o fluido nasal.

Ele chegou à descoberta da penicilina e de suas propriedades antibióticas em 1928, ao observar uma cultura de bactérias do tipo estafilococo e o desenvolvimento do mofo a seu redor, onde as bactérias circulam livres. O laboratório de Fleming estava habitualmente bagunçado, o que resultou em uma grande vantagem para sua segunda importante descoberta. Em Setembro de 1928, Fleming estava realizando vários experimentos em seu laboratório e ao inspecionar suas culturas antigas antes de destruí-las notou que a colônia de um fungo havia crescido espontaneamente, como um contaminante, numa das

placas de Petri semeadas com Staphylococcus aureus. Fleming observou outras placas e comprovou que as colônias bacterianas que se encontravam ao redor do

fungo (mais tarde identificado como Penicillium notatum) eram transparentes devido a uma lise bacteriana. A lise significava a morte das bactérias, e no caso, das bactérias patogênicas (Staphylococcus aureus) crescidas na placa. Ainda que tenha reconhecido imediatamente a importância deste seu achado, seus colegas subestimaram-no.

Aprofunda a pesquisa e constata que uma cultura líquida de mofo do gênero Penicillium evita o crescimento dos estafilococos. Publica os resultados desses estudos no British Journal of Experimental Pathology em 1929, mas não obtém reconhecimento nem recursos financeiros para aperfeiçoar o produto durante os anos seguintes.

Howard Walter Florey, Ernest Boris Chain e Norman Heatley foram os grandes responsáveis para transformar a penicilina em medicamento antibiótico, porém isso somente foi possível após Fleming ter tomado os créditos pela pesquisa clínica gerenciada por Florey. A equipe de Florey foi responsável por criar uma maneira de extração e de purificação como também pelos ensaios clínicos. A produção industrial começou nos Estados Unidos (EUA) no início da II Guerra Mundial. Fleming, Florey e Chain recebem juntos o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1945.

Sir Alexander Fleming foi Venerável Mestre da Santa Maria Lodge nº 2682, no ano de 1925 e, posteriormente, em 1936, também foi Venerável Mestre da Misericórdia Lodge nº 3286; em 1942 serviu como Grande Diácono da Grande Loja Unida da Inglaterra. Sua descoberta científica da penicilina nunca foi por ele patenteada, assim como ele nunca aceitou dinheiro para seu uso pessoal.

Os polpudos honorários advindos das firmas produtoras da penicilina eram canalizados para organizações de caridade maçônicas ou outras entidades beneficentes. Ao Real Colégio de Cirurgia, onde Fleming trabalhava e lecionava, foi doada a importância equivalente a 5,5 milhões de marcos, para novas investigações científicas. A elevada importância foi arrecadada unicamente entre os Maçons ingleses. Este fato nunca foi revelado ou publicado pela imprensa profana.

Outras curiosidades não reveladas: para obter o máximo de dinheiro para auxiliar as vítimas da última guerra, os Maçons ingleses graduados mandaram fundir suas medalhas e condecorações de ouro, no ano de 1940, obtendo a soma equivalente a 337.572 marcos para tal fim.

Fonte: Wikipédia Fleming, ao centro, recebendo o prêmio Nobel do rei Gustavo V da Suécia

Maçons Famosos

*Ir Francisco Feitosa

Editor da Revista Arte Real

10 Setembro 2013 Geral

Na edição de nº 7 de nossa Revista Arte Real, lançada em setembro de 2007, publicamos uma matéria de nossa autoria, intitulada “Despertai, Farroupilhas!

Despertai!”, um caloroso chamamento ao leitor, elucidan-do-lhe quanto à origem da mais duradoura Revolução, que a história brasileira já conheceu. Para tanto, utilizamo-nos da compilação de um parágrafo do famoso “Balaústre 67”. Também, na oportunidade, enfatizamos o que e como foi motivada a Revolta dos Farrapos, fazendo analogia com o caótico momento atual que estamos atravessando, princi-palmente, no meio político, razão de escolhermos esse título.

Posteriormente, tivemos acesso, através da Lista de Discussão Maçônica “Mestre-Maestro”, a uma mensagem de parte do nosso Irmão Dante Cezar Melo Rostirola - Ministro da Cultura e Propaganda do GORGS - filiado às Lojas Simbólicas Inconfidência e Inconfidência II, de São Leopoldo, e meu Confrade na Loja de Pesquisas Francisco Xavier Ferreira, de Porto Alegre, explicitando a origem do famoso Balaústre 67, da Loja Maçônica Philantropia e Liberdade, do Oriente de Porto Alegre-RS, datado, de 18 de setembro de 1835, no qual foram, supostamente, relata-dos os preparativos para a Revolta, levada a efeito dois dias após.

Segundo nosso Irmão Dante Rostirola, esse Balaústre foi uma composição fictícia do Irmão Dante Bósio, para uma palestra, proferida por ele no Oriente de Camaquã, RS, nos festejos da Semana Farroupilha, há cerca de 15 anos.

A palestra, contendo a inserção nela do Balaústre, ima-ginado pelo Irmão Bósio, que, na ocasião, chamou a aten-ção da platéia, iniciando sua fala, mais ou menos assim: "imaginem o que poderia ter acontecido, se houvesse uma Ata registrando os primórdios da Revolução Farroupi-lha...".

O original dessa palestra ficou em poder da Loja anfitriã e, segundo nosso Irmão Rostirola, depois de algum tempo, outro Irmão, que editava um Jornal Maçônico, no Rio Gran-de do Sul, publicou o dito Balaústre em seu jornal, com algumas inserções, ainda mais cavalheirescas, e a estória passou a ser história. Esse assunto incomoda, até hoje, o Irmão Dante Bósio, atualmente, já bem velhinho e adoen-tado, que, ainda, guarda uma cópia da referida palestra e da Ata para quem quiser ver, pois é um Maçom de grande conhecimento e teve a melhor das boas intenções, quando a imaginou. Nosso Irmão Rostirola, assim que teve conheci-mento do fato, há cerca de 10 anos, procurou o Irmão Bósio, que, na oportunidade, mostrou-lhe, em cópia carbo-no, a Palestra apresentada, pois o original, como já foi dito, ficou na Loja Maçônica, existente no Oriente de Camaquã.

Observamos que, se o Rito, praticado na época, fosse o Adhonhiramita, ao convertermos sua data para o calendá-rio maçônico vigente, de então, que iniciava, com relação ao calendário gregoriano, no dia 21 de cada mês, encontra-remos o vigésimo quarto dia do mês de Elul de 5.835. Caso o Rito praticado fosse o Francês ou Moderno, iniciando no dia 1º, ainda assim, o mês não corresponderia ao de mês de

Tishrei, ou Tirsi, como foi escrito pelo autor, pois o calen-dário hebraico civil inicia-se no “Rosh Hashaná” (cabeça do ano), após a Lua Nova, que somente ocorreu, naquele ano, no dia 24 de setembro, portanto o mês, ainda, seria Elul e não Tishrei.

Notamos, aqui, um erro de interpretação, lembrando o que ocasionou a escolha do Dia do Maçom em 20 de agos-to, quando os Irmãos queriam fazer alusão à mesma data da 14ª Assembléia Geral do GOB, 20º dia do sexto mês (9 de setembro), quando foi proclamada a Independência do Brasil em um Templo Maçônico, mas isso é outro assunto.

Na verdade, a montagem desse Balaústre foi, apenas, para abrilhantar a palestra do valoroso Irmão Dante Bósio, sem a menor intenção de forjar sua autenticidade, fazendo questão de enfatizar esse particular na abertura de sua fala. O Balaústre original daquela memorável Sessão, de cuja existência não sabemos, talvez, tenha sido extraviado ou sucumbido às chamas, no incêndio do galpão do GOB, quando diversos documentos históricos foram destruídos.

Enfim, um conto, a que somado um ponto, acabou virando história e paradigma da atuação maçônica naque-las escaramuças entre os fazendeiros gaúchos e o governo de então, virando uma revolução e, mais tarde, quando os positivistas precisavam de exemplos contundentes para basear suas ideias modificadoras, uma guerra: a Guerra dos Farrapos.

Eisntein já dizia que é mais fácil quebrar o átomo do que um paradigma. E, aqui entre nós, esse é o mais puro exem-plo disso: o Balaústre 67. �

Há uma década, esse fictício Balaústre circula no meio maçônico. Rostirola, afirma, assim como a Revista Arte Real, que não quer, com isso, menosprezar a atuação maçô-nica naquele episódio importantíssimo da história do Bra-sil e, muito menos, desestimular os Irmãos que tomam as linhas, contidas naquela Ata, como guia de sua atuação. Sua intenção, como amante da verdade, é, apenas, colocar à luz da razão esse assunto.

Nosso Irmão Rostirola, afirma, ainda: “Devemos, pois, saber que, também, de uma lenda, de uma estória, podere-mos extrair virtuosos ensinamentos para as nossas vidas“.�

Parabenizamos nossos Irmãos do passado e miramo-nos em seus exemplos de luta, determinação e restauração dos direitos e da justiça sociais, tão menosprezados por nossos políticos.

Despertai, povo brasileiro! Despertai, Maçonaria! Des-pertai Farroupilhas! Res Non Verba!

Para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhe-cer o fictício e poético Balaústre 67, transcrevemo-lo abaixo, na íntegra, e solicitamos que, antes de repassá-lo aos Irmãos, informem que se trata, apenas, de uma bela Peça de Arquitetura, o que, em nada, desmerece o original, muito menos a bravura de nossos valorosos Irmãos Farrou-pilhas.

“Aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 de E:. V:.e da 5835 V:.L:., reunidos em sua sede, situada na Rua da Igreja, nº 67, em lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos tiranos, abaixo da abóbada celeste do Zenith, aos 30º Sul e 5º de latitude da América Brasileira, no Vale de Porto Ale-gre, Província de São Pedro do Rio Grande, nas dependên-cias do Gabinete de Leituras, onde funciona a Loj:. Maç:.Philantropia e Liberdade, com o fim de, especifica-mente, traçarem as metas finais para o início do movimen-to revolucionário com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos e a dignidade do povo Rio-grandense, a Sessão foi aberta pelo Ven:.Mestre, Ir:. Bento

Gonçalves da Silva. Registre-se, a bem da verdade, ainda, as presenças dos IIr:.José Mariano de Mattos, ex- Ven:., José Gomes de Vasconcellos Jardim, Pedro Boticário, Vicente da Fontoura, Paulino da Fontoura, Antônio de Souza Neto e Domingos José de Almeida, o qual serviu como secretário e lavrou a presente Ata. Logo de início, o Ven:. Mestre, depois de tecer breves considerações sobre os motivos da presente reunião, de caráter extraordinário, informou a seus pares que o movimento estava prestes a ser desencadeado. A data escolhida é o dia vinte de setem-bro do corrente, isto é, depois de amanhã. Nessa data, todos nós, em nome do Rio Grande do Sul, nos levantare-mos em luta contra o imperialismo que reina no país. Na ocasião, ficou acertada a tomada da capital da província pelas tropas dos IIr:.Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Tanto Vasconcellos Jardim como Onofre Pires, ao serem informados, responderam que estariam a postos, aguardando o momento para agi-rem. Também se fez ouvir o nobre Ir:.Vicente da Fontoura, que sugeriu o máximo cuidado, pois, certamente, o Presi-dente Braga seria avisado do movimento. O Tronco de Beneficência fez a sua circulação e rendeu a medalha cunhada de 421$000, contados pelo Ir:.Tes:.Pedro Boticá-rio. Por proposição do Ir:.José Mariano de Mattos, o Tron-co de Beneficência foi destinado à compra de uma Carta da Alforria de um escravo de meia idade, no valor de 350$000, proposta aceita por unanimidade. Foi realizada poderosa Cadeia de União, em que, pela justiça e grande-za da causa, pois, em nome do povo Riograndense, lutari-am pela Liberdade, Igualdade e Humanidade, pediam a força e a proteção do G:.A:.D:.U:. para todos os IIr:.e seus companheiros que iriam participar das contendas. Já eram altas horas da madrugada quando os trabalhos foram encerrados, afirmando o Ven:.Mestre que todos deveriam confiar nas LL:. do G:.A:.D:.U:.. Como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, eu, Domingos José de Almeida, Secretário, tracei o presente Balaústre, a fim de que a história, através dos tempos, possa registrar que um grupo de maçons, homens livres e de bons costumes, empe-nhou-se com o risco da própria vida, em restabelecer o reconhecimento dos direitos dessa abençoada terra, berço de grandes homens, localizada no extremo Sul de nossa querida Pátria. Oriente de Porto Alegre, aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 da E:.V:., 18º dia do sexto mês, Tirsi, da V:.L:. do ano de 5835.

Ir:.Domingos José de Almeida – Secretário”.

Setembro 2013 11Falando de Vinhos

“O vinho é uma coisa maravilhosamente apropriada ao homem, tanto na saúde como na doença, se bebido com moderação e na medida exata, conforme a constituição de cada indivíduo.” Hipócrates (460-367 a.C.) – o Pai da Medicina

O vinho bebido com moderação, durante as refeições, regularmente e por quem não tem contra-indicação ao uso de bebidas alcoólicas é muito favorável à saúde. Vejamos o porquê.

Os principais responsáveis pelas virtudes terapêuticas do vinho são os POLIFENÓIS, que são originários principalmente da casca e semente das uvas. Isso porque eles têm um potente efeito anti-oxidante e uma ação antibiótica [eles matam um número grande de bactérias e inibem o crescimento de vários vírus, entre os quais o do herpes, o da gripe e o da poliomielite].

O que chamou a atenção do mundo em geral e dos médicos em particular para os benefícios do vinho para a saúde foi o PARADOXO FRANCÊS. Pois os franceses apesar de comerem muitas gorduras, fumarem mais que em outros países industrializados e terem menos atividade física (todos estes fatores facilitadores para doenças cardíacas), têm menos

doenças do coração e morrem menos por isso. Este é o paradoxo francês. E a explicação para ele foi que os franceses tomam mais vinho, sempre durante as refeições e que gastam cerca de 1 hora para fazer uma refeição.

As pessoas que bebem vinho moderadamente, durante as refeições e regularmente têm 20% menos câncer de qualquer tipo. E as que têm câncer e bebem vinho da mesma maneira têm sobrevida maior. E os pacientes que têm câncer e fazem tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia e bebem vinho regularmente, moderadamente nas refeições, toleram bem mais este tratamento.

O vinho melhora a consistência, elasticidade, hidratação e microcirculação da pele. O efeito da ação dos polifenóis do vinho na recuperação da pele é impressionante. Impressiona talvez porque seja o lugar onde se pode enxergar o seu efeito diretamente.

As pessoas que vivem em regiões vitivinícolas morrem depois, pois vivem 25 a 45% mais. As pessoas que envelhecem tomando v inhos regularmente, moderadamente e durante as refeições, envelhecem com melhor qualidade de vida e têm melhor comunicação, melhor nível de atenção, menos agitação, menos incontinências e QI mais elevado.

As mulheres que tomam 2-3 taças de vinho ao dia, regularmente, ganham massa óssea e têm menos osteoporose e têm atenuada as manifestações do climatério e menopausa.

Na fase inicial, o vinho inibe em até 80% o crescimento do HIV. Os pacientes c/ AIDS e que estão fazendo tratamento com o coquetel antiviral e bebem vinho moderadamente, regularmente, durante as refeições, têm um maior período de latência [i.e. o

período em que ficam com o vírus sem manifestar a doença], têm mais apetite e com isso ganham peso e têm um grande ganho psicológico.

As pessoas que tomam vinho durante as refeições têm melhor digestão.

Os polifenóis têm ação preventiva e curativa na placa e cárie dentária, que é causada pelo Streptococcus mutans. No Japão já existem várias patentes de creme dental a base de polifenóis. O vinho tem uma ação anti-inflamatória bem definida, isto é, ele diminui as manifestações de artrites.

Os polifenóis do vinho são uma barreira, as manifestações alérgicas.

Foi encontrada uma substância na casca da uva que baixa a Pressão Arterial. Logo haverá remédio para Pressão Alta feito da casca da uva.

O vinho é, pelos seus componentes, a bebida mais favorável para os obesos e diabéticos.

Hoje instituições que são muito severas nos seus critérios científicos, como o FDA [Food and Drug Administration], AHA [American Hart Association], SBH [Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial] e NSA [National Stroke Association] reconhecem que as pessoas que não têm contra-indicação a ingesta de bebidas alcoólicas, e que bebem vinho com moderação, regularmente e durante as refeições, tem benefícios para a saúde.

Para que se possa usufruir as virtudes terapêuticas do vinho é necessário que se tenha sempre em mente as palavras do médico e alquimista suíço Paracelso que viveu entre os anos de 1493 e 1541: “Só a dose faz o veneno” .

Saúde!!!

Dr. Jairo Monson de Souza Filho

Médico [email protected]

Os queijos e os vinhos estão entre as mais apetitosas e gastronômicas especialidades produzidas pelo homem. Ambos, encontram-se no mercado com os tipos os mais variados, podendo-se classificá-los em função de suas características. Assim, de forma simplificada, quanto à dureza da pasta há queijos de pasta mole, semiduro ou duro; com relação aos aromas e sabores, podem ser suaves, médios ou fortes; cremosos ou ácidos. Os vinhos, por sua vez, podem ser brancos ou tintos; secos, meio-doces ou doces; licorosos ou fortificados; jovens ou de guarda; delgados ou encorpados; tranqüilos ou espumantes.

Sendo especialidades, há harmonizações entre eles que são mais recomendadas que outras, ainda que o gosto de cada um deva prevalecer. Assim, em geral, os queijos cremosos harmonizam melhor com espumantes e vinhos brancos; os ácidos, com tintos frutados e de acidez não muito elevada; os de pasta dura, com tintos encorpados; os azuis, com licorosos ou fortificados. Tem-se o privilégio de harmonizar esses produtos em recepções e durante as refeições,

ou, segundo alguns, a qualquer momento. A harmonização entre diferentes tipos de queijos e de vinhos é um excelente exercício para o aprendizado dessa maravilhosa e prazerosa atividade, que faz parte da arte de bem-viver.

Este conhecimento adquirido permitiu constatar que o vinho t into muda de sabor quando acompanhado com queijos. Sabe-se que as harmonizações podem ser ativas ou passivas, dividindo-se estas últimas em positivas e negativas. As positivas são classificadas como sendo de atenuação unilateral ou recíproca, de exaltação, de similitude e de continuidade. Essas percepções são conhecidas e, de uma certa forma, descritas. Entretanto, no caso de queijos e de vinhos tintos, elas não tinham sido até então objeto de avaliação através da análise sensorial. E isto foi feito na Universidade da Califórnia, em Davis, e apresentado durante o 56º Encontro Anual da Sociedade Americana de Enologia e Viticultura, realizado em junho passado, em Seattle, WA, por B. Madrigal-Galan e H. Heymann.

O trabalho delas consistiu em avaliar o efeito de diferentes tipos de queijo nas características sensoriais de vinhos tintos. Os vinhos avaliados foram os varietais Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir e Syrah, todos eles secos. Os queijos testados foram Mozzarella e Telame (pasta amole), New York Cheddar e Vermont Cheddar (pasta média a dura),

Emmental e Gruyère (pasta dura) e Roquefort e Gorgonzola (queijos azuis). Os vinhos foram avaliados antes e depois de colocar os queijos na boca e mastigá-los. A análise sensorial foi realizada por 11 degustadores treinados, utilizando a análise quantitativa descritiva.

Os resultados mostram que houve efeito significativo do queijo nas características sensoriais do vinho tinto. Desta forma, descritores como adstringência, pimentão verde e carvalho diminuíram consideravelmente nos vinhos após os degustadores terem mastigado os queijos. Por outro lado, os queijos tipo Cheddar propiciaram aumento do caráter manteiga e os queijos azuis - Roquefort e Gorgonzola - causaram aumento do amargor dos vinhos. Constatou-se, também, que esses efeitos foram observados independentemente do tipo de vinho varietal testado.

Depreende-se que, se por um lado, vinhos e queijos podem harmonizar bem e propiciar momentos agradáveis, por outro, durante uma análise sensorial de vinhos, os queijos não devem ser utilizados, pois interferem de forma significativa em seus descritores sensoriais.

Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho em Bento Gonçalves/RS.

[email protected]

*Dr. Alberto Miele

Dr. em Viticultura-Enologia

12 Setembro 2013 Fatos e Flashs

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[email protected]

Recebido em Belo Horizonte pelo Grão-Mestre Esta-dual Amintas Xavier e Conselheiro Federal Lindemberg Castorino da Costa, o Sapientíssimo Irmão Barbosa Nunes, foi conduzido pelo Eminente à histórica cidade de Tiradentes, quando em solenidade em homenagem ao Dia do Maçom, recebeu em 19 de agosto o "Colar do Mérito Cívico Joaquim José da Silva Xavier", concedido pela Ordem dos Cavaleiros da Inconfidência Mineira, presidida pelo dinâmico e Grão-Mestre da Instituição, Irmão Celso Rafael de Oliveira.

Presentes se encontravam dezenas de maçons, muitas autoridades, entre eles os Veneráveis Mestres das Lojas "Umbral das Vertentes" e "Liberdade e Fraterninade Pra-dense", respectivamente dos Orientes de Tiradentes e Pra-dos, Irmãos Gelson Inácio da Silva e Manoel Messias de Alves de Lima. Também os Deputados Federais Valmir Neves Lombello, Tarcisio Nonato de Paula, Gabriel Cam-pos de Oliveira, Deputado Estadual Júlio do Pilar Bologna-ni, Coordenador Regional César Murilo Trindade Velho e os Irmãos Cláudio Marcio Ferreira, Marco Antônio da Silva Rios, Luis Claudio da Silva e Gustavo Rodrigues

Dias.A Ordem dos Cavaleiros da Inconfidência Mineira é

uma instituição cívica, filantrópica e cultural que tem como pilar do seu objetivo social um dos mais importantes movi-mentos sócio/culturais e históricos do Estado de Minas Gerais, a Inconfidência Mineira.

No evento realizado no dia 22 de agosto em homenagem ao dia do maçom, no templo 5 do Palácio do Lavradio RJ. O Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Marcos José da Silva, entregou Título de Membro Honorário ao Grão-Mestre do GOB-RJ, Eminente Irmão Edimo Muniz Pinho.

A celebração contou com a presença de autoridades, entre eles o Irmão Adilson Fernandes do Santos, Secretário Geral de Orientação Ritualística do GOB, Irmão Matheus Casado Martins, Assessor do Grão-Mestre Geral, Secretários do GOB-RJ, Irmão João Membro do Conselho de Contas do GOB-RJ, Veneráveis Mestres de diversas Lojas, Deputados Federais e Estaduais. Os Anfitriões, Valorosos Irmãos da A:.R:.L:.S:. Jerusalém, capitaneados pelo Irmão Paulo Monteverde, que organizou junto a administração da Loja.

O Irmão Orador apresentou uma peça de

arquitetura e o Grão-Mestre Geral esclareceu dúvidas sobre a restauração de peças e sobre obras a serem realizadas no Palácio do Lavradio.

Fonte: Secretaria-Geral de Comunicação e Informática

A Academia Paraibana de Letras Maçônicas promo-veu, na noite do sábado 17 de agosto, mais um evento literário, desta feita fazen-do uma homenagem ao Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquer-que, paraibano de Caba-ceiras e que idealizou a Academia Militar das Agulhas Negras (RJ), c o m a p a l e s t r a “MARECHAL JOSÉ PESSOA: O HERÓI QUE A PARAÍBA ESQUECEU”, proferi-da pelo Acadêmico Guilherme Travassos Sarinho, ocupante da cadeira n.º 04 daquela Casa de Letras. A brilhante apresentação foi prestigiada por vários acadêmicos, convidados e autoridades maçônicas, destacando-se o Irmão Otacilio Batista de Almeida Filho, Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro para os Estados da Paraíba e Pernambuco e Deputado da Poderosa Assembléia Estadual Legislativa do GOBPB.

Ao final, o Acadêmico Guilherme Sarinho recebeu a láurea de "Palestrante Emérito", entregue pelo também Acadêmico Afrânio Aragão.

Marechal José Pessoa

APLM presta homenagem ao Marechal José Pessoa

A S e c r e t a r i a d e Orientação Ritualística do Grande Oriente do Brasil -Espírito Santo (GOB-ES), dando continuidade ao p r o j e t o d e m i n i s t r a r orientação ritualística às lojas, realizará no dia 05 de outubro de 2013, nas dependências da ARLS Humildade e Fraternidade, Oriente de Vitória – ES, Seminário de Estudos Ritualísticos do Rito Escocês Antigo e Aceito, onde serão ministradas instruções teóricas e práticas para Aprendizes, Companheiros, Mestres e Mestres Instalados, como também Legislação Maçônica.

Este evento está sendo promovido pela ARLS Humildade e Fraternidade, com participação de Irmãos de diversas lojas da Grande Vitória.

Para maiores informações e inscrição, favor entrar em contato com o Ir.'. Jônice Motta, através do telefone (27)9271-5236 -e-mail [email protected]