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A Logística Brasileira Hoje e Suas Tendências

Prof. Manoel A. S. Reis, PhD

I SEMINÁRIO DE INFRAESTRUTURA DA BRITCHAMSegmento de Transportes no Brasil

São Paulo – 18 de Novembro de 2010

1. Características Brasileiras

2. Transportes no Brasil

2.1 Presente

2.1 Futuro

3. Competitividade Brasileira nas Exportações

A LogísticaBrasileira Hoje e Suas Tendências © Prof. Manoel AS Reis

2

Pontos Fortes do Brasil

� Grande extensão - 8,5 milhões de km2

� Recursos abundantes e clima ameno

� Grandes cadeias exportadoras de commodities(café, soja, açúcar, etanol, suco de laranja, carnes, celulose e papel, minério de ferro).

� Expressão em combustíveis renováveis.

� Produtividade agrícola crescente e 3º maior exportador mundial de produtos agropecuários


3

Pontos Fracos do Brasil

� Infraestrutura logística insuficiente, incluindo

ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos e armazéns.

� Baixo volume de produtos de maior valor agregado

� 85% da população e do PIB na costa.

� 73% da produção no sul e sudeste


4

PIB x População no Brasil


28%Nordeste

13%

PopulaçãoRegião

PIB

8 %

Norte

5%

7 %Centro Oeste

9%

15%Sul17%

42 %

Sudeste

56%

Fonte: Banco Central e IBGE

5

Na Região Costeira85 % da população

86% do PIB

No Sul e Sudeste73% da produção

Pontos Fracos do Brasil

� Baixa participação no comércio mundial

� Relação (comércio exterior/PIB) baixa

� Relação (industrializados/básicos) decrescente nas exportações


6

Comércio Exterior BrasileiroExportações, Importações e Saldo Comercial(1950-2008)

A LogísticaBrasileira Hoje e Suas Tendências © Prof. Manoel AS Reis7

Bilh

ões

de

US

$ F

OB

Fonte: Secex – Secretaria de Comércio Exterior – MDIC

Comércio Exterior BrasileiroExpo e Impo % das Exportações Mundiais (1950 2008)-

8

Par

tici

paç

ão %

1968

1950

1952

1954

1956

1958

1960

1962

1964

1966

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1990

1992

1994

1996

1998

1988

2000

2002

2004

2006

2008

Source: Secex – Secretaria de Comércio Exterior – MDIC


8

Comércio Exterior BrasileiroExportações e Importações % do PIB (1950 a 2008)

9


Po

rcen

tag

em d

o P

IB

1968

1950

1952

1954

1956

1958

1960

1962

1964

1966

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1990

1992

1994

1996

1998

1988

2000

2002

2004

2006

2008


9

Comércio Exterior BrasileiroParticipação por Categoria nas Exportações (1964-2008)

Po

rcen

tag

em

BásicosManufaturados Semi-Manufaturados



10



2.1 Presente

2.1 Futuro



11

Matriz de Transportes no Brasil (tkm)Modais de Transporte


12


Matriz de Transportes no Brasil (tkm)Diversos Países

17.0

3.0

9.2

8.5

7.6

9.2

Extensão territorial — terrestre2)

milhões de km2Extensão territorial — terrestre2)

milhões de km2

Rússia

Canadá

Austrália

EUA

Brasil 3)

Índia

1) Não considera transporte dutoviário e aéreo. 2) Extensão territorial totalFonte: CIA Factbook 2003; Ministério dos Transportes; IBGE; Anuário Estatístico 2001 –GEIPOT

81%

50%

43%

43%

24%

8%

50%

43%

53%

32%

62%

11%

4%

25%

46%

0.1%

14%

11%

Ferroviário Rodoviário Hidroviário

Rússia

Canadá

Austrália

EUA

Brasil

Índia

Matriz de transportes1)Matriz de transportes1)

Transportes no Brasil © Prof. Manoel

AS Reis 14

Malha Rodoviária Federal

Fonte: Secretaria dos Transportes do Estado de SP - 2006

EstadoPista

Simples%

Minas Gerais 10.060 17,4%Rio Grande do Sul 5.292 9,1%Bahia 4.304 7,4%Mato Grosso do Sul 3.355 5,8%Maranhão 3.255 5,6%Paraná 3.164 5,5%São Paulo 1.052 1,8%Demais Estados 27.357 47,3%

TOTAL 57.839 100,0%


AS Reis 15

Malha Estadual Pavimentada


EstadoPista

SimplesPista Dupla

Total %

São Paulo 14.617,3 3.760,2 18.377,5 18,3%Paraná 10.073,0 215,3 10.288,3 10,2%Minas Gerais 9.309,6 3,0 9.312,6 9,3%Bahia 7.364,3 9,9 7.374,2 7,3%Goiás 6.890,0 70,0 6.960,0 6,9%Rio Grande do Sul 4.923,9 144,3 5.068,2 5,0%Ceará 4.961,0 91,1 5.052,1 5,0%Maranhão 3.397,8 0,0 3.397,8 3,4%Santa Catarina 3.246,7 32,5 3.279,2 3,3%Rio Grande do Norte 2.951,6 32,6 2.984,2 3,0%Demais Estados 28.080,1 484,7 28.564,8 28,4%

TOTAL 95.815,3 4.843,6 100.658,9 100,0%


AS Reis

16

Transporte RodoviárioParticipação – Países de Grande Extensão

Fonte: Monthly Bulletin of Statistics, Transport Statistics for Europe, World Development Indicators(Banco Mundial)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Brasil

EUA

Austrália

China

Participação do Rodoviário na Matriz de Transportes

17A LogísticaBrasileira Hoje e Suas Tendências © Prof. Manoel AS Reis

Santarém

Sistema Ferroviário Brasileiro28.558 km

18

Transporte Fluvial no BrasilSistema Brasileiro de Hidrovias

� Bacia Sul� Hidrovia Jacuí – Taquari –

Lagoa dos Patos� Bacia do Prata

� Hidrovia Tietê-Paraná� Hidrovia Paraguai-Paraná

(Corumbá - Nueva Palmyra)

� Bacia Amazônica� Hidrovia Amazonas-Negro,

(Belém e Manaus)� Hidrovia Madeira-

Amazonas (Porto Velho a Manaus).


AS Reis


AS Reis

19

Transporte Marítimo de CargasCabotagem no Brasil

Fronteiras Nacionais

Secas 15.719 km

Costa 7.367 km


Cabotagem

�� Principais Portos

Cerca de 40 Portos Marítimos Públicos no Brasil.


20

Transportes no BrasilPortos Marítimos no Brasil

Portos Participação

Santos 25,4%Vitória 7,7%

Paranaguá 7,2%Rio Grande 5,6%

Rio de Janeiro 5,1%Total dos 5 Portos 51,0%

Outros Portos 49,0%


Apesar do elevado número de portos, grande maioria tem baixaprodutividade e pela concentração da produção há também grandeconcentração de cargas.



2.1 Presente

2.1 Futuro



22

Baixos Níveis de Investimento


AS Reis 23

Investimentos do Ministério dos Transportes / PIB (%)

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

75 77 79 81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 1 3 5 7

Fonte: PNLT – Plano Nacional de Logística e Transportes, 2010


� Baixos níveis de investimento em infraestrutura trouxeram problemas a serem superados, distribuídos em todos os modos de transporte, gerando ineficiências, custos adicionais e acidentes.

� Rodovias� Níveis insuficientes de conservação e recuperação;� Déficit de capacidade da malha em regiões

desenvolvidas;� Inadequação de cobertura nas regiões em

desenvolvimento.


AS Reis

24



� Ferrovias� Invasões de faixa de domínio;� Quantidade excessiva de passagens de nível;� Falta de contornos em áreas urbanas;� Extensão e cobertura insuficiente da malha.

� Portos� Limitações ao acesso marítimo;� Restrições ao acesso terrestre (rodo e ferroviário);� Deficiências de retro área e berços;� Modelo gerencial da Administração Portuária

desatualizado.


AS Reis

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� Hidrovias� Restrições de calado;� Deficiências de sinalização e balizamento;� Restrições à navegação pela inexistência de eclusas.


AS Reis

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Importância para o Desenvolvimento

� Brasil precisa crescer de forma sustentada e a taxas superiores às atuais.

� Vinculação entre infraestrutura e crescimento econômico.

� Prioridade: recuperação e preservação do patrimônio.

� Avaliação do desempenho do sistema existente

� Parceria privada, complementar à ação do Estado.


AS Reis

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Diretrizes de Política do PNLT

� Atender à demanda do crescimento interno e do comércio exterior.

� Reduzir os níveis de ineficiência quanto a custos, tempos de viagens e acidentes.

� Estruturar corredores para escoamento da produção.

� Estimular a maior participação dos modos hidroviário e ferroviário (intermodalidade).

� Apoiar o desenvolvimento da indústria do turismo.� Consolidar a ligação do Brasil com os países

limítrofes (integração da América do Sul)


AS Reis

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Fundamentos Lógicos do PNLT

� Novo patamar de investimentos públicos em transportes.

� Resgate do planejamento.

� Fortalecimento da capacidade de gestão do setor.

� Ampliação das parcerias com a iniciativa privada.


AS Reis

29


Transporte de Cargas no BrasilMatriz de Transportes Revista


58

25

13

3,60,4

30

35

29

51

0

10

20

30

40

50

60

2005 2015 2020 2025

Rodoviário

Ferroviário

Aqüaviário

Dutoviário

AéreoPo

rcen

tag

em Rodovia

Ferrovia

Hidrovia

DutoviaAéreo

Fonte: PNLT – Plano Nacional de Transportes e Logística – 2010


Programa de Expansão Ferroviária11.800 km = 10.700 bitola larga (1,60 m)

+ 1.100 km bitola estreita (1,00 m)Investimento total estimado = US$ 30 bilhões

Fonte: PNLT – Plano Nacional de Transportes e Logística – 2010

Conexões com o Pacífico


Rotas Marítimas para a ÁsiaDistância

(Milhas)

1 Sudeste – Yokohama Canal do Panamá 12.300

2 Sudeste - Yokohama Cabo Horn 12.900

3 Sudeste - Yokohama África do Sul 11.300

4 Peru - Yokohama Rodovia - Pacífico 8.700

5 Porto Velho - Yokohama Rios Madeira e Amazonas - Canal do Panamá 10.300

ROTAS POSSÍVEIS

33A LogísticaBrasileira Hoje e Suas Tendências © Prof. Manoel AS Reis



2.1 Presente

2.1 Futuro



34

Competitividade Brasileira – ExportaçõesPesquisa sobre Competitividade

� As informações a seguir provêm do artigo:

� SANTOS, J.B, PIGNANELLI, A., REIS, M.A.S., Brazilian Competitiveness on International Trade. SanDiego: POMS Conference, 2008

� originado de pesquisa do GVcelog – Centro de Estudos de Logística e Supply Chain da EAESP-FGV.


35

Competitividade Brasileira – ExportaçõesConsiderações Gerais

� A despeito do significado econômico do Brasil (10ª

economia do mundo), seu comércio internacional tem sido tradicionalmente baixo, representando:� 1,1 % das exportações mundiais de bens => 23ª (OMC, 2005)� 0,6 % das exportações mundiais de serviços => 35ª posição

(OMC, 2005)

� No entanto, nos últimos anos o comércio exterior brasileira vem crescendo vigorosamente.

� Se essa alta taxa de crescimento se mantiver, os gargalos a seguir relatados limitarão o crescimento e a competitividade do país no mercado global, se não resolvidos com presteza.


36

Competitividade Brasileira – ExportaçõesGargalos e Setores

� Exportadores brasileiros enfrentam mais de 50 gargalos classificados nos 11 setores abaixo:1) Falta de incentivo público2) Dificuldades para oferecer preços competitivos3) Excesso de impostos4) Infraestrutura deficiente5) Complexidade do sistema legal6) Burocracia7) Qualidade logística8) Complexidade documental9) Baixa eficiência nas informações10) Dificuldade de acesso a suporte financeiro11) Limitações internas das empresas


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Competitividade Brasileira – ExportaçõesVariáveis Moderadoras

� Além dos 11 setores a pesquisa considerou 5 variáveis moderadoras:

1) Porte da empresa2) Experiência em exportação3) Segmento industrial4) Tipo de transporte5) Importância estratégica das exportações para a

empresa


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Competitividade Brasileira – ExportaçõesCriticidade dos Setores


Alta criticidadeAlta criticidadeAlta criticidadeAlta criticidade Média criticidadeMédia criticidadeMédia criticidadeMédia criticidadeBaixaBaixaBaixaBaixa

criticidadecriticidadecriticidadecriticidade

Obrigado

Prof. Manoel AS Reis

[email protected]

55 11 3799-3249

www.fgv.br/gvcelog


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