a joia que não tem preço - chevra...
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Edição nº65, Setembro 2016 — Elul 5776 — Ano 20 — chevrakadisha.org.br/pdfa/
I N F O R M A
Há poucos dias, li um midrash do Rabino
Go´el Elkarif que gostaria de compartilhar
com vocês.
Conta-se que certo dia uma menina de 9
anos entra em uma joalheria para comprar
um bracelete exposto na vitrine.
O dono da joalheria mostra a joia
e pergunta: “Para quem
você quer dar este
presente?”.
A menina res-
ponde: “Para
minha i rmã
mais velha que
tão bem cui-
dou de mim e de
meus irmãos na
ausência de nossos
falecidos pais”.
Ao saber do preço –
$ 3.000,00 –, a garota tirou
da bolsa um punhado de moedas que tota-
lizavam pouco menos de $ 3,00.
O homem então diz: “Uau, é exatamente
isso que custa o bracelete! Faça um cartão
bem bonito enquanto vou embrulhá-lo”.
Pouco tempo depois, a irmã mais velha da
menina chega à loja querendo devolver a
joia, constrangida pela irmã mais nova ter
levado algo tão caro sem pagar.
“Você não poderia estar mais errada”,
A joia que não tem preçodisse o joalheiro. “Ela me pagou totalmente:
$ 3,00 e um coração partido. Quero lhe dizer
uma coisa: sou viúvo, pessoas entram na
minha loja todos os dias e compram peças
caras podendo pagar por elas. Quando sua
irmã entrou aqui, a lembrança
de minha saudosa esposa
voltou a mim e pude
novamente sentir o que
signifi ca o amor.”
Durante as Grande
Festas, nos dirigimos
ao Todo Poderoso,
querendo comprar
algo muito caro: a
vida. Mas não pode-
mos pagar por ela.
Não temos dinheiro
sufi ciente para pagar; não
temos méritos.
Nos dirigimos a D´us e esvazia-
mos nossos bolsos, dando a Ele quaisquer
méritos que tenhamos, mais as promessas
para o futuro. Mas, na realidade, o que tem
signifi cado é o verdadeiro amor que sentimos
e que possa tocar o Seu coração. Este é o
totalmente pago a que se refere o joalheiro.
Shaná Tová Umetuká,
Claudio R. Hirschheimer
Presidente
Paisagismo
Grama esmeralda passa a compor os jardins
A “grama esmeralda” passará a ser
a espécie padrão nos jardins que
recobrem as sepulturas, a partir
deste ano.
Mais resistente às mudanças cli-
máticas e ervas daninhas, além de
possuir aspecto denso e uniforme, a
planta irá, gradativamente, substi-
tuir os tipos ‘pingo de ouro’ e ‘amen-
doim’ nos campos santos do Butantã
e do Embu.
A alteração no paisagismo dos se-
tores e quadras contribuirá positiva-
mente tanto para a aparência quanto
para a durabilidade dos jardins.
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Como fi ca o impacto das crises eco-nômicas no planejamento fi nanceiro de longo prazo?As variáveis macroeconômicas (infl ação
e juros principalmente) acabam tendo
um impacto mais atenuado quando
consideramos um prazo muito longo.
Ou seja, importa menos o valor em si da
infl ação, mas sim a diferença de como
corrigimos receitas e despesas e como os
investimentos se comportam em relação
ao valor dos juros reais que são praticados
no país para o longo prazo. Por isso, num
estudo atuarial, uma crise econômica em
determinado ano tende a ser compensa-
da nos anos seguintes. O estudo acaba
demonstrando que uma consistência de
orçamentos anuais equilibrados se torna
uma peça fundamental na perpetuidade
da entidade, juntamente com uma boa
governança no processo de investimento
das reservas fi nanceiras.
Há quanto tempo você atua como voluntário na comunidade?Nos últimos 20 anos tive momentos de
dedicação à comunidade, assim como
meu avô, Michel Rabinovich, que também
atuou na Chevra desde o seu início. Aos
24, fui eleito conselheiro da Hebraica e
já tive oportunidade de ter sido diretor
de juventude tanto na Hebraica como
na Fisesp.
Para você, o que é ser voluntário?
Ser voluntário é aceitar um compromisso
sério que exige dedicação, responsabili-
dade e humildade para escutar e tomar
decisões, sendo exercido com o máximo
de desprendimento de interesses pessoais
e vaidades, na busca apenas de contribuir
com a causa comunitária.
“Serviço prestado pela Chevra é perpétuo”Voluntário Marcos Rabinovich elaborou ferramenta que auxilia na gestão dos cemitérios
A preocupação com o risco futuro de
abandono dos cemitérios israelitas, como
já ocorreu em outros países, incluindo os
Estados Unidos, fez a diretoria da Chevra
elaborar um planejamento estratégico para
os próximos 100 anos.
Os recursos provenientes da quitação
defi nitiva, por exemplo, são direciona-
dos ao chamado fundo perpétuo, que,
nos moldes de um plano de previdência,
permitirá a manutenção dos campos
santos quando eles deixarem
de gerar receita, como já é o
caso do Cemitério Israelita de
Vila Mariana.
Para auxiliar a entidade
na gestão do patrimônio no
longo prazo, o voluntário
Marcos Rabinovich fez um es-
tudo atuarial inédito. “É uma
ferramenta importante para a
tomada de decisões que vão
ter impacto no futuro”, diz.
Formado em administração e
em direito, com larga experi-
ência no mercado fi nanceiro,
Rabinovich fala a seguir sobre
o estudo, que começou a de-
senvolver há cerca de três anos.
Para que serve o estudo atuarial?É uma ferramenta que, a partir de dados
estatísticos, consegue gerar indicadores
para ajudar a entidade a projetar a relação
entre receitas e despesas futuras para a
tomada de decisões de hoje. Com o estudo,
podemos avaliar a evolução da reserva
fi nanceira necessária para a Chevra se
perpetuar e, assim, entender os impactos
que teríamos nos orçamentos futuros.
Dessa forma, tivemos mais conforto em
aplicar em 2016 um reajuste menor do que
a infl ação em parte dos serviços de venda
de campas e sepultamentos face a crise
que atinge as famílias nestes últimos anos.
Quais as principais difi culdades na elaboração de um estudo atuarial para a gestão de cemitérios?As incertezas que envolvem a projeção
fi nanceira para os próximos cem anos de
uma entidade que, conceitualmente, é
perpétua. Costumo dizer que, se numa
Acervo Chevra
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loja você compra um bem à vista e paga
a prazo, por exemplo em 10 parcelas,
na Chevra a pessoa paga praticamente à
vista por um serviço que será prestado
infi nitamente. Dessa forma, os recursos
recebidos hoje e os seus resultados fi nan-
ceiros devem sustentar a despesa com a
manutenção deste serviço de conservação
indefi nidamente. Por isso, devemos olhar
o patrimônio da Chevra muito mais como
uma reserva fi nanceira fundamental do
que como recursos disponíveis.
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Chevra Kadisha Informa
Sede antiga é comprada por igreja adventistaO imóvel da rua Prates, no Bom Retiro, que a Chevra ocupou por 63
anos, seguirá com a vocação religiosa. No fi nal de agosto, após intensas
negociações, foi concretizada a sua venda para a União Central Brasileira
da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
O prédio será utilizado como templo. “Temos amor e simpatia grande
pela comunidade judaica”, disse o pastor Romualdo Larroca,
após assinatura da escritura.
O presidente Claudio Hirschheimer e a presidente do Conselho
Deliberativo, Clara Kochen, felicitaram a aquisição do imóvel
e desejaram sucesso aos novos proprietários. “Muito agradável
ter tido vocês como parceiros”, declarou Hirschheimer.
As placas históricas e os retratos dos ex-presidentes que
ocupavam as paredes da antiga sede foram transferidos para
o Cemitério Israelita do Butantã.
Congresso InternacionalGrupo de pesquisadores latino americanos, acompanhados pela historiadora
Paula Janovitch (de preto, à direita), durante visita ao Cemitério Israelita do
Butantã, na manhã de 24 de julho passado, como parte das atividades do VII
Congresso Internacional Imagens da Morte (http://7imagensdamorte.wix.
com/imagensdamorte). O encontro, realizado pela primeira vez em São Paulo,
entre 23 e 27/07, constitui o principal fórum de discussão interdisciplinar
em torno das temáticas da morte, do morrer e dos mortos na América Latina.
TaharáO Rabino Shie Pasternak durante recente
capacitação no Recife sobre o ritual da
Tahará (banho de purifi cação antes do
sepultamento). Com apoio da Conib – Con-
federação Israelita do Brasil, Pasternak e
a enfermeira Sandra Segal transmitiram os
ensinamentos religiosos para integrantes
das comunidades judaicas de Fortaleza,
Natal e da capital pernambucana. Sandra,
inclusive, elaborou um manual de pro-
cedimentos, que vem sendo adotado por
hospitais da região na lida com corpos de
pacientes de origem judaica até a chegada
da Chevra Kadisha local.
Divulgação Conib
Contas aprovadasO Conselho Deliberativo reiterou os pareceres do Conselho Fiscal e da
auditoria externa (Audisa) que aprovaram as demonstrações contábeis e
fi nanceiras da Chevra no exercício de 2015. “Ainda que as receitas tenham
sido menores do que o previsto no orçamento, foram compensadas pelo
controle e pela redução dos custos”, disse Flavio Derdyk, conselheiro fi scal,
durante Assembleia realizada no fi nal de julho.
Gustavo Gerchmann
Tatiane Pattaro
Acima: entrada do antigo prédio; à esquerda, Claudio Hirschheimer, Clara Kochen e Romualdo LarrocaA
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Chevra Kadisha Informa
CalendárioConfi ra abaixo as datas no período de setembro a dezembro, nas quais, por motivos religiosos,
os cemitérios fecham para visitação e cerimônias.
Ter o domHá momentos na vida em
que temos a necessidade de fa-
zer afl orar de dentro de nossas
almas um dom que recebemos.
Precisamos de colaboradores
que, voluntariamente, se pro-
ponham a apoiar pessoas ou
famílias em difíceis momentos
de perda e dor.
Temos a proposta de oferecer
treinamento, apoio e supervi-
são adequados àqueles que
vierem se juntar a nós.
Entre em contato através do
nosso site: chevrakadisha.org.
br/faleconosco.
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EXPEDIENTE – Coordenação: Boris Ber. Edição: Roberta Jovchelevich (Mtb. 22.908). Projeto gráfi co e diagramação: Formato Editoração e Design. Impressão: Spel Gráfi ca e Editora. Tiragem: 16.500 exemplares. • ACISP (sede administrativa): Av. Pedroso de Morais, 457 – 5º andar, cj. 501, CEP 05419-000 – São Paulo-SP – Brasil Telefone (11) 3329-7070. • Em caso de falecimento, entre em contato pelo tel. (11) 3329-7070 (opção 1) ou pelo celular (11) 99155-3550. • Atendimento 24 horas, durante o Shabat e festas judaicas: (11) 99155-3550.• www.chevrakadisha.org.br. Curta nossa página no Facebook
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Calendário Gregoriano Festividade Data Hebraica Dia da Semana
04/09 2º Rosh Chodesh Elul 1º Elul Domingo
03/10 1º Rosh Hashaná 5777 1º Tishrei Segunda-feira
04/10 2º Rosh Hashaná 5777 2º Tishrei Terça-feira
12/10 a 02/11
Iom Kipur 5777 a 2º Rosh Chodesh Cheshvan 10º Tishrei a 1º Cheshvan Quarta / Quarta
12/10 Iom Kipur 10° Tishrei Quarta-feira
16/10 Véspera de Sucot 14º Tishrei Domingo
17/10 Primeiro dia de Sucot 15º Tishrei Segunda-feira
18/10 Segundo dia de Sucót 16º Tishrei Terça-feira
23/10 Véspera dos últimos dias de Sucot 21º Tishrei Domingo
24/10 Shmini Atzeret 22º Tishrei Segunda-feira
25/10 Simchat Torá 23º Tishrei Terça-feira
1º/11 1º Rosh Chodesh Cheshvan 30º Tishrei Terça-feira
02/11 2º Rosh Chodesh Cheshvan 1º Cheshvan Quarta-feira
1º/12 Rosh Chodesh Kislev 1º Kislev Quinta-feira
25 a 31/12 1º a 8º dias de Chanucá 25º Kislev a 2º Tevet Domingo / Sábado
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