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A Investigação em PAM.

O caso específico da valorização do rosmaninho-menor

Fernanda Maria Grácio Delgado Ferreira de Sousa

06-03-2013 Jornada do empreendedorismo na ESAS Iniciativas em Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM)

A Investigação em PAM. O caso especifico da valorização do rosmaninho-menor

Apresentação

Enquadramento

Rosmaninho-menor (Lavandula

luisieri)

Desafios

Investigação em PAM

Perspectivas futuras

Nomenclatura. Caracterização

fitossociológica, morfológica,

genética e química.

Bioactividade e germinação.

Conclusões.

02-03-2011 2 06-03-2013 ESAS

Jornada do empreendedorismo na ESAS Iniciativas em Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM



Inventariação, identificação

taxonómica, botânica e

fitossociológica

Agronómica

Mercados e comercialização

Adaptação ornamental

02-03-2011 3 06-03-2013 ESAS

Jornada do empreendedorismo na ESAS Iniciativas em Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM)

Diversidade química e composição dos óleos essenciais*

Diversidade molecular

Atividade biológica

Inovação industrial

Medicinal

Pesticidas

Alimentar Agro-alimentar, Farmacêutica,Cosmética e Perfumaria



QREN, AGRIMED, AGRO, EDP, FCT POCTI, Praxis, Interreg ,RITECA I E

II, PRODER, IC PME, CITED, Projetos nacionais

Tipologia dos projetos

02-03-2011 4 06-03-2013 ESAS


• INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO,

• DEMONSTRAÇÃO, • CONSOLIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS E

RECURSOS EM INVESTIGAÇÃO , • INOVAÇÃO • COOPERAÇÃO INTERTERRITORIAL • INVESTIGAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA • COOPERAÇÃO TRANSNACIONAL • TRANFERÊNCIA DE TECNOLOGIA • CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


Investigação em PAM 1983 -1ªs Jornadas Nacionais de

Plantas aromáticas e óleos essenciais- Coimbra

Divulgação da investigação

Encontros, Jornadas, Colóquios,

Congressos

02-03-2011 5 06-03-2013 ESAS


1989- 1ªs Jornadas Ibéricas de Plantas Medicinales, Aromáticas y

de Aceites esenciales - Madrid

1991 – 2ªs Jornadas Ibéricas de Plantas Medicinais Aromáticas e de

Óleos essenciais - Lisboa

1996 – 1º Colóquio Nacional de Plantas Aromáticas e Medicinais-

Vilamoura

1998 – I Encontro Internacional de Plantas Aromáticas e Medicinais do

Mediterrâneo - Ansião

1999 -I Congresso de Plantas Aromáticas e Medicinais de Língua

Oficial Portuguesa - Ansião

2007 – II Colóquio Nacional de Plantas Aromáticas e Medicinais –

Caldas do Gerês

Após 2007- Diversas iniciativas regionais e internacionais


O caso especifico da valorização do rosmaninho-menor

06-03-2013 6 ESAS

Alguns trabalhos e instituições

Trabalhos de investigação com plantas aromáticas e óleos essenciais com referência a variedades químicas e actividades

biológicas realizados em Portugal 1 Espécies aromáticas, caso das do género Rosmarinus, Eucalyptus, Juniperus, Thymus e Salvia-

Investigadores do Laboratório de Farmacognosia da Faculdade de Farmácia da Universidade de

Coimbra (Cardoso do Vale, J., Cavaleiro, C., (Fernandes, Aloísio;1939), Martins, A.P., Proença da

Cunha, A., Roque, O.R., Salgueiro, L., entre outros).

Em diversas espécies aromáticas da flora de Portugal pela equipa do Departamento de Biologia Vegetal

/Centro de Biotecnologia Vegetal / Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, (Ascensão, L.,

Barroso, J.G., Figueiredo, A.C., Miguel, M.G., Pedro, L.G., Trindade, H., entre outros) e, da mesma

Universidade pelo Centro de Biologia Ambiental (Antunes, T., Sevinate-Pinto, I., entre outros).

Em numerosas espécies aromáticas por investigadores do ex-Instituto Nacional de Engenharia,

Tecnologia e Inovação/Departamento de Tecnologia de Indústrias Químicas (Carmo, M., Costa,

M.C., Duarte, F., Frazão, S., Marcelo-Curto, M.J., Nogueira, T., Pateira, L., Tavares, R., Savluchinske-

Feio S., Venâncio, F., entre outros).

-Em diversas espécies aromáticas (Origanum spp., Thymus spp.) na Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade do Algarve (Faleiro, M.L., Miguel, M.G., entre outros)

- Em plantas aromáticas por técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve

(Bento, F., Cavaco, T., Costa, M., Galego, L., Gonçalves, V., entre outros).

.



06-03-2013 7 ESAS

Alguns trabalhos e instituições

Trabalhos de investigação com plantas aromáticas e óleos essenciais com referência a variedades químicas e actividades

biológicas realizados em Portugal 2 Em actividade antioxidante, cultura in vitro e composição do óleo essencial de Salvia spp. e em outras plantas aromáticas por Universidade do Minho (Fernandes Ferreira, M., Guedes, A.P., Dias, A., Lima, C.F., Pereira-Wilson, C., Ramos, A.A, entre outros). - Em plantas aromáticas da flora de Portugal por Universidade de Évora (Serrano, E., Tinoco, T.). - Em plantas aromáticas do concelho de Bragança, da Sub-região do Alto Tâmega e Barroso e da Terra Quente Transmontana pelos investigadores Morgado, J., Neto, F., Simões, M., Dias, S., com o apoio da DRAP-Norte do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. - Em plantas aromáticas tais como Lavandula spp. por Professores do Instituto Politécnico de Castelo Branco (Delgado, F. e outros). - Em plantas aromáticas como Mentha spp. e Lavandula spp. por Professores da Universidade da Beira Interior (Rodilla, J.M., e outros). - Em plantas aromáticas como Mentha spp. por Professores do Instituto Superior de Agronomia (Moldão-Martins, M., Monteiro, A., Rodrigues, L., Vasconcelos, T.,), da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (Teixeira, G., entre outros) e da Escola Superior Agrária de Elvas (Póvoa, O.). - Em espécies aromáticas como Eucalyptus spp. por Professores da Universidade de Aveiro (Cavaleiro, J.A.S., Silvestre, A.J.D., entre outros). - Em plantas aromáticas como Laurus spp. e Origanum spp., entre outras, por Professores da Universidade da Madeira (Castilho, P. e outros). - Em plantas aromáticas por Professores da Universidade dos Açores (Medeiros, J.R., Barreto, M.C., entre outros). - Em plantas aromáticas por Professores do Instituto Politécnico de Santarém (Gaspar, N., e outros).

.



06-03-2013 8 ESAS

Alguns projetos

•Projecto AGRIMED (1988-1990)" Medicinal, Aromatic and Spicy Crop.(Produção de

plantas aromáticas para obtenção de óleos essenciais com fins condimentares. Estudo de

variedades e técnicas culturais) ". Aprovado para o INIA, ISA, EFN, ESACB e DRATM.

•ProjectoJ.N.I.C.T.(STRIDE A-AMB) (1993-1995). "Fotopesticidas de origem vegetal"

I.T.Q.B.

•Projecto PAMAF IED (1995-1998) "Plantas aromáticas e condimentares. Selecção e

avaliação de usos tradicionais e aplicações alternativas em agro-industrias" em conjunto

ESACB, EAN, EAN-ex-ENTPA, DRAAG, DRABI, DRATM.

•Projecto PAMAF IED (1997-1999) “Utilização sustentável de águas residuais e resíduos

orgânicos ” (flor de corte) em conjunto com DRABI e SMAS de Castelo Branco.

•Projecto Ciência-Viva(1998-1999) da ESECB“ Horto de Amato Lusitano”- Colaboração

científica e apoio técnico .

•Programa AGROnº 34 (2001-2004) “Etnobotânica, o uso e a gestão das plantas

aromáticas e medicinais e a sua utilização sustentável como contributo para a valorização

do meio rural” Aprovado entre DRAEDM, COVICÔA, INIA-

EAN,ESACB,ESAE,ICN/PNPG,ICN/PNSAC, UTAD.

•Programa AGRO nº 800 (2004-2007) " Rede Nacional para a conservação e utilização

das plantas aromáticas e medicinais" Aprovado entre DRAEDM, ICETA FFP, FCUP DB,

FFUC, DRATM, DRABL, ESAC, DRABI, UBIDQ, ESACB, FCL, DGPC, INIA/EAN,

DRRALG, UAEST, FERNUA, ICN, ERVITAL.

.

Contexto Agro 800 - RNPAM

06-03-2013 9 ESAS

Jornada do empreendedorismo na ESAS Iniciativas em Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM)

06-03-2013 ESAS 10

Working

Group

Ethnobotanical

Studies

Conservation Collecting Propagation

studies

Characterization Evaluation

In

situ

Ex

situ

Seed

other Morphological

Biochemical Biological Biomass

Post

harvest

Package

studies

EDM X X X X X X

TM X X X X X X X

BL X X X

BI X X X X X X X X

LX X X X X X

AL X X X X

ALG X X X X X X X X

IDE&D AGRO 800_Rede Nacional para a conservação e utilização de PAM.

Contexto


Contexto

Lavandula luisieri

Conclusões

Desafios

06-03-2013 11 ESAS

Com base nestas premissas e inicialmente integrado no projeto IDE&D AGRO 800, foi efectuada uma inventariação regional das espécies aromáticas e medicinais (PAM) da Beira Interior, tendo em vista a criação da Rede Nacional para a conservação e utilização de PAM.

Selecção de uma espécie endémica da região da Beira Interior, contribuindo para o seu melhor conhecimento,

preservação e valorização.

Objectivos

Lavandula luisieri

Conclusões

Desafios

06-03-2013 12 ESAS

Enquadramento

Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez

1 - Os parâmetros morfológicos, genéticos e ecológicos

que contribuem para a melhor caracterização da espécie

foram avaliados e quantificados em quatro populações da

Beira Interior sul.

2- A composição química dos óleos essenciais de folhas

e inflorescências de plantas in situ e ex situ foi analisada de

2005 a 2007. Em 2009 estudou-se a composição química ao

longo dos diversos estados fenológicos.

3 - A bioatividade do óleo essencial e extrato metanólico foi

testada em pragas agrícolas.

4 - Testes de germinação em condições controladas de

temperatura e luz foram efetuados, tendo sido sempre

considerado a origem e o tempo de conservação dos

diásporos.



Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez

Nomenclatura e distribuição


Lavandula luisieri

06-03-2013 14 ESAS

Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez in Lazaroa 1: 110 (1979)

LAMIACEAE = LABIATAE L. stoechas var. luisieri Rozeira in Brotéria, CI. Nat. 18:69 (1949)

L. stoechas subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira in Agron. Lusit. 245: 172 (1964)

Distribuição geográfica dos locais de estudo


Lavandula luisieri

06-03-2013 15 ESAS

Caracterização fitossociológica e ecológica


Lavandula luisieri

06-03-2013 16 ESAS

Espécies da composição florística e variáveis ambientais Análise Canónica de Correspondência (CCA)/Teste de premutação Monte Carlo

Diagrama de ordenação da CCA

Caracterização Genética


Lavandula luisieri

06-03-2013 17 UTL-ISA

Material e Métodos

Resultados Análise por AFLP (Amplified

Fragment Length Polymorphism)

Extracção de ADN

Quantificação e controlo da quantidade de ADN

Restrição e Ligação :

1º PCR – enzimas de restrição 2º PCR – ligação por adaptadores

Produção de fragmentos amplificados (AFLP) – Eco RI –

Mse I – através de 3 pares de primers

Detecção dos fragmentos por electroforese capilar

determinando a presença (1) ou ausência(0) dos fragmentos polimórficos

Análise de resultados de clusters : coef. Jaccard e análise

fenigramática de médias aritméticas

com o algoritmico UPGMA

(Unweighted Pair Group Method) Dendrograma após análise multivariada MVSP (Multivariate Statistical Package)

Similaridade%

100 70 40

48%

CARAH - Bélgica

Caracterização Morfológica


Lavandula luisieri

29-11-2010 18 ESAS

Material e Métodos

Ano 2006/ex situ Ano 2008/ in situ

Amostra de 10 plantas /

Local

Análise de resultados:

Dados qualitativos

Análise percentual 3º fase análise

canónica discriminante,

teste de significância de Wilks’lambda

(Maroco,2003)

2ª fase análise de variância univariada ,Teste Sheffée p>0,05 (Zar,1999)

1ª fase estatística simples para análise da

variabilidade da amostra (Hidalgo,2003)

Análise de resultados:

Dados de natureza quantitativa

4 Espiga

4.1 Largura (mm)

4.2 Comprimento (mm)

4.3 Forma 1-cónica estreita; 3-cónica; 5-cónica truncada; 7-cilíndrica; 9-sub-cilíndrica; 11-

ovóide; 13-fusiforme;15-rômbica estreita

4.4 Secção da espiga 1-quadrangular; 3-redonda

4.5 Largura das brácteas férteis (mm)

4.6 Forma das brácteas férteis 1-linear; 3-linear-lanceolada; 5-cuneiforme; 7-obovada; 9-obovada-romboide; 11-

rombóide-ovada; 13-obovada-orbicular; 15-ovada-orbicular;

17-ovada-mucronada; 19-cordado-reniforme; 21-cordada-mucronado; 23-

obtriangular; 25-sub-orbicular; 27-sub-rectangular; 29-cordada

4.7 Cor principal das brácteas férteis 1-branca; 3-verde; 5-verde amarelado; 7-verde acinzentado; 9-violeta; 11-púrpura-

avermelhado; 13-castanho; 15-púrpura

4.8 Presença de bractéoles 1-presente às vezes; 3-sempre presente

4.9 Brácteas estéreis 1-ausente; 3-presente

4.10 Comprimento das brácteas estéreis (mm)

4.11 Forma das brácteas estéreis 1-linear; 3-elíptica; 5-oblonga; 7-oblanceolada; 9-sub-orbicular; 11-ovada; 13-

obovada; 15-obovada-orbicular; 17-espatulada

4.12 Cor principal das brácteas estéreis 1-branca; 3-verde; 5-esverdeado; 7-amarelado; 9-purpúrea; 11-liliacínea; 13-

pálido-liliacínea; 15-violácea

4.13 Ondulação das margens das brácteas

estéreis

1-fraca; 3-média; 5-forte

Caracterização Morfológica


Lavandula luisieri

06-03-2013

19 ESAS

Resultados

Características diferenciadoras ex situ Comprimento da haste floral (54,6-

70,5cm/ 18,4-29,7cm in situ)

Comprimento da espiga (6,3-6,8cm/

4,7-6,0cm in situ)

Comprimento do pedúnculo (3,7-

4,5cm / 1,8-2,8cm in situ) Arbustos

semi˗lenhosos a

lenhosos de porte

arbustivo erecto

Brácteas férteis

ovado-mucronado a

cordadomucronado

Espigas cónicas

cónicotruncadas

Brácteas estéreis de

4-6, oblanceoladas ,

violáceas

Corola de côr púrpura-

anegrada e um anel de

pêlos inseridos na abertura

da fauce

Variabilidade ecológica, morfológica e genética


Lavandula luisieri

06-03-2013 20 ESAS

Variabilidade ecológica, morfológica e genética


Lavandula luisieri

29-11-2010 UTL-ISA 21

Caracterização química


Lavandula luisieri

06-03-2013 22 ESAS

Classe química do óleo essencial P05 M05 VVR05 CF05

F I Fv Iv F Iv Fv I Iv I

Monoterpenos hidrocarbonados 0.00 0.00 1.34 2.61 0.36 1.31 0.00 3.44 1.15 3.07

Monoterpenos oxigenados 16.66 26.66 24.34 32.9 37.7 53.07 15.02 24.63 20.53 20.05

Sesquiterpenos hidrocarbonados 9.31 12.82 0.70 0.85 0.44 4.35 0.84 0.76 1.38 0.90

Sesquiterpenos oxigenados 0.00 0.00 8.57 8.69 9.22 4.90 18.63 8.90 18.58 8.08

Ésteres derivado de monoterpenos 29.86 34.68 52.88 25.5 25.03 12.66 52.59 12.61 29.41 21.04

Frações químicas dos óleos essenciais obtidos de folhas e inflorescências de L. luisieri

(%) por hidrodestilação em Clevenger (2h) e análise por GC-MS.

Folhas verdes, Fv; inflorescências verdes, Iv; inflorescências secas, I; folhas secas, F.

Penamacor (P05), Mata (M05), Vila Velha de Ródão (VVR05), Casal da Fraga (CF05).

Compostos mais abundantes entre populações:

1- Acetato trans-α-necrodilo 2 – Fenchona (VVR05 e M05) 3 – Cânfora e 1,8- Cineol (em todas as populações)

Quimíotipos ?



Lavandula luisieri

06-03-2013 23 ESAS

Classe química P06 CB06 CB07

Iv Fv Iv Lv I

Monoterpenos oxigenados 17.51 16.7 30.88 27.79 85.21

Ésteres derivado de monoterpenos 45.62 43.97 19.15 28.32 6.71

Inflorescências, Iv; folhas, Fv; inflorescências, I; folhas, F; obtidas por hidrodestilação em

Clevenger (2h) e o óleo essencial analisado por GC-MS. População in situ:Penamacor (P06); ex situ: Castelo Branco 2006 (CB06) e 2007 (CB07)

Compostos mais abundantes:

1- Acetato trans-α-necrodilo (terpenos

ciclopenténicos derivados do necrodano) 2 – Cânfora 3 – 1,8- Cineol

ACTUALMENTE A espécie L. luisieri é a única espécie vegetal, fonte de derivados de necrodano.



Lavandula luisieri

06-03-2013 24 ESAS

No caso da L. luisieri da Beira Interior predominam nos óleos essenciais o acetato trans--necrodilo e a cânfora nas inflorescências e o acetato trans--necrodilo e o 1,8-cineol, nas folhas exibindo pouca variabilidade na sua composição . O rosmaninho-menor da Beira interior é um quimiótipo distinto dos quimiótipos L. stoechas e L. luisieri de Espanha e do sul de Portugal.

1,8-cineol (>85%) fenchona

Cânfora(>77%) Terpenos ciclopenténicos derivados

do necrodol (60%)

Populações Espanholas

1,8-cineol (>26%) acetato trans--necrodilo (11-18%)

Populações do Algarve



Lavandula luisieri

06-03-2013 25 ESAS

•O estudo químico do óleo essencial das populações de L. luisieri da Beira Interior evidenciou baixa variabilidade na sua composição e o acetato de trans-α-necrodilo presente em todas as partes das planta analisadas, assim como o 1,8-cineol e a cânfora.

1,8-cineol

Cânfora

Ac. trans-α-necrodilo

Considerações finais

Cromatograma de folhas em plena floração

Cromatograma inflorescências em plena floração

Bioactividade de óleos e extractos


-menor

da Beira Interior

Lavandula luisieri

06-03-2013 26 ESAS

Spodoptera littoralis Myzus persicae Rhopalosiphum padi

O:Lepidoptera O: Hemiptera- Homoptera

CSIC - Madrid

Objectivos: Análise da capacidade repelente e fago-inibidora dos óleos e extratos para pragas de elevada incidência sobre culturas hortícolas com importância económica, com alta capacidade de transmissão de vírus (afideos)

Bioactividade de óleos e extractos


Lavandula luisieri

06-03-2013 27

ESAS

Resultados

Acção fago-inibidora de óleo essencial e extractos de Lavandula luisieri (100 mg / cm2)

Origema Parte da

plantab

Extractoc S.

littoralis M. persicae R. padi

%FId %C

e %T

e %C

e %T

e

P06 Is OE 82*±4.43 67±3.3

5

33*±3.35 62±2.90 38*±2.90

CB06 Is OE 51±4.11 59±2.23

41±2.23 56 ±1.34 44±1.34

Fs OE 90*±3.16 64±4.0

2

36*±4.02 65±4.25 35*±4.25

Fs+Is MeOH 56± 3.16 70±3.80

30*±3.80 64±3.57 33*±3.57

CB07

Is OE 95*±1.58 98±0.8

9

2*± 0.89 96±2.23 4*±2.23

Fs OE 98*±0.94 99±0.89

1*± 0.89 99±0.89 1*±0.89

Is MeOH 70±3.48 68±3.8

0

32*±3.80 60±2.46 40±2.46

Fs MeOH 67±9.17 63±6.48

37*±6.48 73± 4.02 27*±4.02

aPenamacor 2006 (P06), Castelo Branco 2006 e 2007(CB06-07).

b, F, Folhas verdes; Fs, Folhas secas; I, Inflorescências

verdes; Is, Inflorescências secas cOE, óleo essencial; MeOH, extracto metanólico.

d% FI , percentagem de fago inibição.

eT e C correspondem à % de afídeos instalados em discos de folhas tratadas e

controlo, respectivamente.

Germinação


Lavandula luisieri

06-03-2013 28 ESAS

M ODALI DADE CONDIÇÕES TEM PO DE

CONSERVAÇÃO

(DI AS) TEM PERATURA

(ºC) FOTOPERÍODO

(HORAS)

A 25º 8 40

B 8/16º 8 40,75 C 25º 8 75

D 25º 16 75

E 8/16º 8 110

F 8/16º 8 288

G 25º 8 288

Germinação


Lavandula luisieri

06-03-2013 29 ESAS

Taxa de germinação (%) com 40 dias de

conservação

a aa

aa

aaa

60

70

80

90

100

8/16ºC; 8h 25ºC; 8h

Condições de germinação

Taxa d

e

germ

inação

(%

)

VVR

M

CF

P

Germinação


Lavandula luisieri

06-03-2013 30 ESAS

Taxa de germinação (%) com 288 dias

de conservação

a

a

a

b

bab

b ab

60

70

80

90

100

8/16ºC; 8h 25ºC; 8h

Condições de germinação

Taxa d

e

germ

inação

(%

)

VVR

M

CF

P


06-03-2013 31 ESAS

Conclusões

Lavandula luisieri

Conclusões

1. A população de Vila Velha de Ródão é a mais ancestral, exibe maior variabilidade genética e é a mais adequada à adaptação face às alterações climáticas.

2. As sementes nas núculas não perdem a viabilidade até 1 ano de conservação.

3. O componente principal dos óleos das populações da Beira Interior, tanto in situ como ex situ é o acetato trans--necrodilo. Comportando-se como populações distintas das conhecidas até ao momento. Composto nunca identificado em L. stoechas.

4. Elevada actividade fago-inibidora dos óleos da população de Penamacor. Ecótipo promissor para a valorização da espécie.

Lavandula luisieri


06-03-2013 32 ESAS

Desafios

Lavandula luisieri

Desafios

1 – Preservação das populações com maior variabilidade em reservas genéticas (VVR). 2 – Desenvolvimento de ensaios de toxicidade de extratos e óleos essenciais quanto à acção no ecossistema . 3 – Integração dos compostos activos em insecticidas botânicos, naturais e a sua posterior comercialização. 4 – O estudo económico relacionado com a produção desta espécie deverá ser realizado, assim como a fileira de comercialização deverá ser organizada. 5 – Sendo uma espécie xerófita nacional deverão estudar̵se as melhores condições para a sua integração em planos para espaços ajardinados.

Lavandula luisieri

06-03-2013 33 ESAS

Desafios

Desafios

Lavandula luisieri com um dos óleos mais eficientes do género.

The evaluation of the antimicrobial activity suggest potential uses of his EO in edible films and it may be a powerful solution against the common spoilage mold of strawberry that leads to high fruit stock losses during his transport and storage period. Graça SFN, Delgado F, Silva LA, Ferreira MASS, Pintado CMBS (2012) “Antimicrobial activity of essential oils from Lavandula luisieri and cineol against Botrytis cinérea” . Apresentação ao International Symposium on Essential Oils, Faculty of Sciences of Lisbon, 5 to 8 September, Lisbon, Portugal. http://iseo2012.fc.ul.pt/abstract-book-order.html





06-03-2013 34 ESAS

Mais desafios na investigação

.

Projetos Equipas Interesse empresarial


O caso especifico da valorização do

rosmaninho-menor


ESAS 06-03-2013

a investigação em pam. - esa.ipsantarem.pt · avaliação de usos tradicionais e aplicações...

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