a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos...

14
1 A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS MULTIFAMILIARES COM FOCO NO ABUSO SEXUAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES Camila Gabriel Meireles Amorim 1 Camilla Rezende de Mello Mendonça 2 Karina Aparecida Figueiredo 3 RESUMO Esse artigo tem como objetivo identificar a possibilidade de intervenção do assistente social em grupos multifamiliar com foco no abuso sexual. Para tanto, foram utilizadas como base de análise o trabalho realizado por assistentes sociais em grupos multifamiliares, em dois Centros de Referência Especializado de Assistência Social CREAS de Brazlândia e Taguatinga, regiões administrativas do Distrito Federal DF. Com base nas informações sobre os encontros grupais, bem como, a intervenção do assistente social em cada encontro, observou-se a possibilidade de intervenção do profissional, asseguradas a garantia da efetivação da competência profissional. Palavra Chave: grupo multifamiliar, abuso sexual, CREAS, intervenção profissional. 1 Assistente Social lotada na Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, Mestre em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília UCB; 2 Assistente Social lotada na Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, Especialista em Trabalho Social com Famílias pelo Instituto Aleixo; 3 Assistente Social lotada na Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Mestre em Política Social pela Universidade de Brasília UnB, Docente no curso de Serviço Social da Universidade Católica de Brasília UCB;

Upload: others

Post on 18-Oct-2019

3 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

1

A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS MULTIFAMILIARES

COM FOCO NO ABUSO SEXUAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Camila Gabriel Meireles Amorim1 –

Camilla Rezende de Mello Mendonça2 –

Karina Aparecida Figueiredo3 –

RESUMO

Esse artigo tem como objetivo identificar a possibilidade de intervenção do assistente social

em grupos multifamiliar com foco no abuso sexual. Para tanto, foram utilizadas como base de

análise o trabalho realizado por assistentes sociais em grupos multifamiliares, em dois

Centros de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS de Brazlândia e

Taguatinga, regiões administrativas do Distrito Federal – DF. Com base nas informações

sobre os encontros grupais, bem como, a intervenção do assistente social em cada encontro,

observou-se a possibilidade de intervenção do profissional, asseguradas a garantia da

efetivação da competência profissional.

Palavra – Chave: grupo multifamiliar, abuso sexual, CREAS, intervenção profissional.

1 Assistente Social lotada na Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, Mestre em Psicologia pela

Universidade Católica de Brasília – UCB; 2 Assistente Social lotada na Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, Especialista em Trabalho

Social com Famílias pelo Instituto Aleixo; 3 Assistente Social lotada na Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Mestre em Política Social pela Universidade

de Brasília – UnB, Docente no curso de Serviço Social da Universidade Católica de Brasília – UCB;

Page 2: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

2

Introdução

A presente proposta de estudo surgiu a partir da intervenção das autoras como

assistente social no Centro Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, sendo

que, em lotações diferentes: uma na região administrativa de Brazlândia e a outra na região

administrativa de Taguatinga – DF.

Por se tratar de equipamento que atua no enfrentamento a situações de violência,

e, considerando a complexidade do fenômeno da violência e os impactos na vida das famílias

e seus indivíduos, a atuação dos profissionais do CREAS ocorre por instrumentos de

intervenção diferenciados, como entrevistas de acolhida/atendimento, acompanhamento

individuais e familiares e atendimentos grupais específicos para cada situação de violência ou

não.

As intervenções desses profissionais estão em consonância com a Política

Nacional de Assistência Social de 2004, que define que as ações nos equipamentos da

Assistência Social devem priorizar a matricialidade familiar, ou seja, a família no centro das

ações, definida ainda “um espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização

primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser cuidada e

protegida” (PNAS, 2004, p.41).

A perspectiva do atendimento grupal por meio do grupo multifamiliar foi trazida

por uma equipe de psicólogos lotados em 2009 juntamente com outros profissionais, entre

eles assistentes sociais, na Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social, órgão que executa

a Política Pública de Assistência Social no Distrito Federal.

As primeiras experiências de grupo multifamiliar foram executadas no Centro de

Referência Especializado de Assistência Social – CREAS da Ceilândia - DF. A experiência

desse tipo de atendimento foi considerada exitosa no que tange a otimização do alcance que

os profissionais na compreensão dos impactos para a proteção e desproteção desse tipo de

violência no arcabouço das relações familiares e seus indivíduos. Desse modo, a experiência

foi experimentada em outros equipamentos de CREAS no Distrito Federal, dentre eles:

Brazlândia e Taguatinga.

Na execução dos grupos multifamiliares nesses diferentes equipamentos havia não

só intervenção de profissionais da Psicologia, mas também de profissionais do Serviço Social.

Page 3: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

3

Conseqüentemente surgiam os questionamentos sobre qual o papel do assistente social nesses

grupos de acompanhamento?

Assim, com base nos diversos questionamentos sobre a atuação do assistente

social em GM, buscou-se aprofundar tal análise sendo objetivo desse trabalho é identificara

possibilidade de intervenção do assistente social em grupos multifamiliar com foco no abuso

sexual.

1. Aparato Crítico

Diante da proposta desse trabalho faz-se necessário, ainda que maneira aparente

evidenciar que a metodologia do grupo multifamiliar encontra-se como uma das

possibilidades de instrumento técnico operativo do Serviço Social.

Apesar de a abordagem com grupo pelo Serviço Social ser reconhecida pelo

CFESS, através da resolução n.569/2010, o estudo realizado por Amorim (2013) na

Universidade de Brasília – UnB apresenta um dado relevante: na busca por artigos científicos

que trabalhassem especificamente a abordagem de grupo pelo Serviço Social, num universo

de 129 artigos, nenhum trazia essa técnica, como tema central. Tal dado em certa medida

pode suscitar a ausência de estudo desse instrumental e suas especificidades e também uma

desqualificação deste pela categoria.

Mioto (2009) problematiza em seu artigo que os textos produzidos por assistentes

sociais sobre as questões técnico-operativas têm, de maneira geral, se concentrado na

discussão das bases do projeto ético-político e na necessidade de transformação da

intervenção profissional, mencionando apenas nas suas últimas páginas os processos de

construção das ações profissionais. Essa postura, ao privilegiar a sua adesão às

transformações estruturais, à discussão da garantia dos direitos e à luta pelo acesso aos

serviços, não tem abordado em profundidade o conjunto de conhecimentos específicos que

circundam o “fazer profissional” e que poderiam qualificar as ações dos assistentes sociais.

Em termos de norma legal, o CFESS não faz nenhuma associação entre as práticas

terapêuticas com a abordagem com grupo. Ao contrário, a resolução 569/2010 preconiza e

valida intervenções profissionais que atendam a mais de um usuário simultaneamente:

Art. 2º. Para fins dessa Resolução consideram-se como terapias individuais, grupais

e/ou comunitárias:

Page 4: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

4

a. Intervenção profissional que visa a tratar problemas somáticos, psíquicos ou

psicossomáticos, suas causas e seus sintomas;

b. Atividades profissionais e/ou clínicas com fins medicinais, curativos, psicológicos

e/ou psicanalíticos que atuem sobre a psique.

Art. 3º. Fica vedado ao Assistente Social vincular ou associar ao título de assistente

social e/ou ao exercício profissional as atividades definidas no artigo 2º desta

Resolução;

Parágrafo primeiro – O Assistente Social, em seu trabalho profissional com

indivíduos, grupos e/ou famílias, inclusive em equipe multidisciplinar ou

interdisciplinar, deverá ater-se às suas habilidades, competências e atribuições

privativas previstas na Lei 8662/93, que regulamenta a profissão de assistente social.

Parágrafo segundo – A presente Resolução assegura a atuação profissional com

indivíduos, grupos, famílias e/ou comunidade, fundamentada nas competências e

atribuições estabelecidas na Lei 8662/93, nos princípios do Código de Ética do

Assistente Social e nos fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do

Serviço Social previstos na Resolução CNE/CES/MEC nº 15, de 13 de março de

2002, garantindo o pluralismo no exercício profissional. (BRASIL, CFESS,

Resolução nº 569, de 25 de março de 2010)

No trabalho social com famílias, no âmbito da Assistência social,

dispõe-se de várias ações que podem ser realizadas em particularizadas ou em grupos. As

ações particularizadas são aquelas prestadas pelos técnicos (assistentes sociais, psicólogos,

outros profissionais, conforme NOB/RH) ao indivíduo ou à família, podendo ser considerada

o todo ou apenas um representante.

As ações em grupo são aquelas onde formam-se pequenos grupos com

interesses e características comuns e que visam a troca de experiências, bem como propiciam

a problematização reflexão crítica sobre as vulnerabilidades sociais vivenciadas.

Nesse sentido, o acompanhamento familiar em grupo pode ser

apropriado para criar espaço de convivência e troca entre as famílias que tenham em comum

as situações de vulnerabilidade às quais se deseja responder. Portanto, é importante que o

grupo seja constituído de famílias que tenham afinidades e características semelhantes, de

modo a facilitar o processo de compartilhamento de experiências e ideias e de reflexão sobre a

realidade social.

Nessa perspectiva, metodologia do grupo multifamiliar que surgiu no

início da década de 50, a partir do atendimento às famílias de pacientes psicóticos,

denominada terapia familiar múltipla (Laquer, 1976; 1983 apud Costa, Almeida, Ribeiro,

Penso, 2009), tem como principal vantagem, a partir desse formato de intervenção, a

probabilidade das famílias terem maiores possibilidades de comportamento pela pressão ou

aprovação do grupo. Essas mudanças se dão por semelhança, quando as famílias presenciam

Page 5: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

5

em outras seus conflitos, e por identificação, quando os pais e mães aprendem com outros as

soluções já encontradas (COSTA, ALMEIDA, RIBEIRO, PENSO, 2009).

Outra vantagem apontada pelos autores é que o grupo é aberto e as famílias vão

nele ingressando ou deixando-os conforme acharem conveniente. Além disso, a seleção das

famílias é feita de modo a reunir aquelas que vivenciam situações semelhantes (COSTA,

ALMEIDA, RIBEIRO, PENSO, 2009).

2. METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1 Contexto da realização dos encontros familiares

O GM para famílias que vivenciam situações de abuso sexual ocorreu no CREAS

de Brazlândia e no CREAS Taguatinga com 05 encontros. Os participantes eram famílias e

seus indivíduos que estavam em acompanhamento nesses equipamentos.

Os grupos ocorreram durante os meses de abril e maio de 2014, por 05 semanas

seguidas (coincidentemente os grupos realizados no CREAS Brazlândia e no CREAS

Taguatinga ocorreram no mesmo período e com a mesma quantidade de encontros), sendo

que cada semana acontecia um encontro. Os temas de cada encontro são pré-determinados

(COSTA, ALMEIDA, RIBEIRO, PENSO, 2009) para o trabalho específico com famílias que

vivenciaram situações de abuso sexual, quais sejam:

A) Proteção; B) União para Proteção; C) Auto Proteção; D) Transgeracionalidade; E)

Projeto de Vida;

Participaram do grupo em Brazlândia 04 famílias, totalizando 08 pessoas, sendo 1

idosa, 02 adultos de 20 a 50 anos, 02 adolescentes de 12 a 17 anos, 03 acrianças de 04 a 12

anos. A renda das famílias variava de rendimentos de benefícios de transferência de renda a

famílias com renda proveniente do mercado informal de trabalho, através do trabalho de

diarista e famílias cuja renda é advinda de aposentadoria e pensão alimentícia. Em

Taguatinga, foram 11 famílias, totalizando 38 pessoas, 11 adultos de 20 a 50 anos, 19

adolescentes de 12 a 17 anos, 08 crianças de 04 a 12 anos. Sendo a renda em sua maioria

proveniente da informalidade no mercado de trabalho.

A escolaridade dos responsáveis variava de nenhuma a Ensino Fundamental

Incompleto, enquanto que os adolescentes, em sua grande maioria, frequentavam o Ensino

Fundamental. Já as crianças estavam divididas entre Educação Infantil e Ensino Fundamental

inicial.

Page 6: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

6

Compuseram a equipe de execução do grupo em Brazlândia de 01 assistente

social, 01 psicólogo e 01 agente social. No CREAS Taguatinga participaram no total 02

assistentes sociais, 03 psicólogas e 05 agentes sociais. Durante a realização das atividades do

grupo, as atividades dos CREAS funcionavam apenas para serviço de orientação aos serviços,

realizado por um agente social designado pela coordenação do equipamento para a acolhida

de demandas espontâneas que porventura poderia surgir.

2.1.1. Resultados

As atividades planejadas e executadas no GM estão todas descritas na tabela

abaixo – CREAS Brazlândia e CREAS Taguatinga seguido da descrição de cada encontro,

dando ênfase ao papel desempenhado pelo assistente social.

Etapas 1º Encontro 2º Encontro 3º Encontro 4º Encontro 5ºº Encontro

Aquecimento Dinâmica de apresentação/

Integração – “Dinâmica da

bola”

Dinâmica de aquecimento –

“o gato e o rato”

Dinâmica de

aquecimento – falar das

suas próprias qualidades

Dinâmica de

aquecimento: falar sobre

histórias das gerações

passadas

Dinâmica de aquecimento:

O que aquelas famílias

pensavam para o futuro?

Discussão Responsá

veis

Divisão de dois grupos

(crianças/adolescente e

adultos)

Divisão de dois grupos

(crianças/adolescente e

adultos) – encenação de

teatro

Divisão de dois grupos –

trabalhar a autoproteção

por meio do cuidado

com o corpo.

Divisão das famílias:

cada família constrói seu

genograma

Cada família foi convidada

a construir seu projeto de

futuro na “amarelinha do

tempo”. Crianças

Adolesce

ntes

Conclusão

Apresentação dos cartazes

com imagens que

representariam proteção

para cada um dos grupos

Os dos grupos reuniram-se

novamente para encenar a

peça de teatro.

Apresentação dos

grupos: o que cada um

aprendeu sobre si?

Apresentação de cada

genograma para todo o

grupo

Reunião de todas as família

e apresentação de seus

projetos de futuro escritos

na amarelinha do tempo.

Ritual

Os pais falaram como

poderiam proteger seus

filhos

Roda em que os pais

garantiam proteção aos

seus filhos.

Entrega da caixinha com

espelho com a

mensagem de que era

muito importante para o

mundo

Cada pai ou responsável

deveria repassar algo de

bom para seu filho,

através da fala: “eu

desejo para meu filho”.

Os pais coroavam os filhos

e lhes colocavam um faixa

escrita: “protegido” e os

pais recebiam o certificado

de pai “protetor”.

Fonte: CREAS Brazlândia/2014

Etapas 1º Encontro 2º Encontro 3º Encontro 4º Encontro 5ºº Encontro

Aquecimento Dinâmica de apresentação/

Integração – “Um apresenta

o outro:

Objetivo estabelecer uma

identificação inicial entre

as participantes.

Dinâmica de aquecimento –

“o gato e o rato”.

Objetivo:

Identificar a rede (Família;

Vizinho; Conselho tutelar;

CREAS; IGREJA...)

Dinâmica de

aquecimento – Filme

“Vida Maria

Corre cutia, crianças no

círculo do meio, correm

com saco de pedras nas

mãos; grupão assiste;

breve discussão sobre o

que viram e link com as

repetições na família.

(elemento surpresa da

repetição, circularidade,

não tem inicio meio e

fim);

Dinâmica de

aquecimento:Se eu fosse um

animal, seria um...,

porque...”

Objetivo: Instigar o

participante a elucidar suas

características pessoais

Discussão Responsá

veis

Divisão de dois grupos

(crianças/adolescente e

adultos)

Divisão de dois grupos

(crianças/adolescente e

adultos) – Resolução de

uma situação problema.

Genograma - auxilia no

resgate da transmissão

geracional da violência.

Subgrupos: adultos .Como fizeram/cuidaram

de vc?

Subgrupo crianças:

Jornal falado – mande

um recado para sua mãe:

o que quero que minha

mãe faça para cuidar de

mim?

Subgrupo adolescentes: idem

-Distribuição de frases que

podem ter impacto diferente

na autoestima (efeitos

positivos e efeitos

negativos). Os participantes

leem e comentam a

importância daquela

situação na vida deles.

(como se sentiriam naquela

situação?);

Crianças

Adolesce

ntes

Conclusão

Apresentação dos cartazes

com imagens que

representariam proteção

para cada um dos grupos

Os dos grupos reuniram-se

novamente para dizerem

como resolveriam as

situações problemas, quem

são as pessoas/instituições

que podemos contar para

resolver a situação

apresentada. Reflexão

sobre a importância da rede

de proteção e apoio

familiar.

Apresentação dos

trabalhos e discussão

sobre o aprendizado das

violências de geração

em geração.

Apresentação de cada

genograma para todo o

grupo

-Espelho: “abra e veja a

pessoa mais importante”.

Ritual

“coelhinho sai da toca”, as

tocas vão tentar proteger o

coelhinho e este também

vai tentar se proteger.

O bebê”: O grupo ficará

em circulo e passará uma

boneca nas mãos de cada

participante.

Bênção dos pais para os

filhos (o que desejo para

meu filho?).

- O que eu não gostaria

de repetir com meu filho

(jogar a pedra na lixeira)

-Gostaria de

fazer...(isso) para cuidar

dos meus filhos

Os pais coroavam os filhos

e lhes colocavam um faixa

escrita: “protegido” e os

pais recebiam o certificado

de pai “protetor”.

Fonte: CREAS Taguatinga/2014

Page 7: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

7

1)Primeiro Encontro: o tema era “ proteção” e tinha como objetivo discutir com

as famílias o que é a proteção e como garanti-la aos seus membros. A temática proteção sob a

metodologia do grupo multifamiliar envolve também um espaço favorável para se trabalhar

com os participantes as formas de proteção existentes em seu meio familiar e extrafamiliar. É

importante ainda relacionar que é nesse encontro que o assistente social tem a oportunidade

de auxiliar os participantes sobre a importância de se compreender a família como um lugar

de exercitar a garantia de proteção de seus membros.

2)Segundo Encontro: cujo o tema era intitulado “união para proteção” era

discutido o papel de cada órgão de garantia de proteção, tais como o CREAS, o Conselho

Tutelar, o Ministério Público, as delegacias de direito das crianças e adolescentes etc. Através

de teatro encenado pelas famílias era possível verificar a percepção dos participantes sobre a

atuação desses órgãos. O assistente social tinha como importante papel corroborar sobre a

atuação de cada um desses órgãos, informando as famílias como de fato dava-se a atuação

desses equipamentos de proteção e como acioná-los como forma de garantir o direito e

proteção do seu núcleo familiar.

3)Terceiro Encontro: no terceiro encontro cujo tema denominado “autoproteção”

trabalhava-se separadamente os pais e responsáveis e as crianças. O objetivo era discutir

formas de autoproteção. Com os adultos a autoproteção era trabalhado no sentido de “me

conhecer” e assim garantir a autoproteção. Vale ressaltar que durante esse encontro, o

assistente social desenvolve a capacidade do sujeito de perceber no meio social onde vive, a

partir do autoconhecimento.

4)Quarto Encontro: No quarto encontro discutia-se a “transgeracionalidade” e por

meio da construção do genograma. Assim, era possível conhecer as relações estabelecidas

pelas gerações passadas das famílias; as situações de violência vividas de uma geração para

outra, tais como violência doméstica, violência sexual e os vícios tais como o uso abusivo de

álcool. Esse era o momento de discutir os demais temas, como garantia da proteção, os

motivos pelos quais as situações de violência ocorriam e tinha sequência nas gerações

posteriores e “se e como” os órgãos de proteção haviam sido acionados nos momentos

necessários.

5)Quinto Encontro: O último encontro, denominado “projeto de futuro” permitia

trabalhar com os participantes o que podia ser vislumbrado para o futuro da família. Na forma

da “amarelinha do tempo” os participantes tinham a possibilidade de planejar ano a ano. Era

discutida a importância de ter “pé no chão” quanto aos planejamentos, ou seja, o que era

possível de fato realizar de um ano para o outro. Assim, as famílias vislumbravam a

Page 8: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

8

possibilidade da casa própria, a possibilidade de voltar a estudar e com isso pleitear melhores

vagas no mercado formal de trabalho. Além disso, dentro de planejamento de melhora de

vida, era necessário planejar novas de formas de cuidado e proteção aos filhos.

2.1.1.1. Discussão

O GM apresenta-se como um importante instrumento de expressão do sujeito e da

sua interação com as redes, sejam elas familiares ou institucionais. Destaca-se que diante das

situações de violência sexual, a rede de proteção social, constituída por políticas públicas

garantidoras de serviços, dentre elas, saúde e assistência, devem estar devidamente preparadas

para atuar com esses indivíduos e seus núcleos familiares.

Diante disso, Mioto (2002) problematiza que a crise do Estado de Bem-Estar

Social implica na redução do papel do Estado no âmbito da proteção social, assim, os direitos

dos indivíduos conquistados anteriormente vão sendo reinterpretados. É nesse cenário que as

redes primárias, enfaticamente as famílias, são recolocadas em cena. Elas surgem como

possibilidade de substituição do sistema de direitos social. Nesse contexto é que desenvolve-

se o terceiro setor, em que a sociedade é convidada a participar da gestão do bem – estar.

O que pode-se apontar como mais crítico com essa transferência de

responsabilidade é o aumento do número de pessoas fragilizadas na gestão autônoma da

própria vida e da restrição do número de pessoas em condições de assegurar assistência

necessária para compensar ou fazer frente às dificuldades cotidianas (MIOTO,2002).

Com base no exposto, na contramão da transferência de responsabilização,

imputada pelo Estado, Faleiros (2010) conceitua que a rede como um paradigma de relações

entre os atores históricos, não apenas de partes num todo, ou seja, a rede não existe “para”

alguém ela se constrói e existe “com” alguém.

Distinguir as redes de proximidade é essencial para uni-las na estratégia e na

tática das ações. Desse modo, a rede primária, é constituída pela proximidade com a família,

que a instituição que presta apoio e suporte a pessoa que vivenciou a situação de violência.

A família é a rede mais próxima, articulada as amizades e ao companheirismo, e tem

um papel fundamental na promoção do protagonismo e do respeito ao ser humano,

considerado também as suas contradições nas formas de dominação, autoritarismo,

abuso e opressão. Assim, a pessoa idosa faz parte de uma história de afetos e

desafetos não é um ser a parte da família. O idoso é família. Por isso, na política da

família, é fundamental considerar sua intergeracionalidade e a multigeracionalidade

(Faleiros, 2010, p. 41).

Page 9: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

9

A rede secundária é a que presta serviços em nível de apoio e especialização. A

especialização é a busca do aprofundamento de uma dimensão do todo e não sua negação

(Faleiros, 2010).

“O olhar da rede” é um olhar para a multidimensionalidade, um olhar para as

relações constitutivas da própria multidimensionalidade enquanto direito à

educação, à saúde, à assistência, ao lazer, ao trabalho, à cultura, mas é na rede que

são articuladas com o foco na pessoa e no coletivo. Portanto, a integração das

dimensões não pode ser vista apenas como soma das partes, implica, em ruptura

também com o personalismo e a privatização do público. A construção da rede

pública de atenção supõe realmente a compreensão e a efetivação do sentido público

do trabalho em rede (Faleiros, 2010, p. 42).

Desse modo, a atuação no GM, articulado com a rede de proteção primária e

secundária, permite aos participantes a possibilidade de ver o grupo em interação, ao se

expressarem durante os encontros do GM. Os integrantes provocam uma instigação mútua

sobre postura de cada integrante, de forma a promover ao profissional de Serviço Social

possibilidade de fazer circular a compreensão das diferentes formas de convivência das

problemáticas e conflitos surgidos em torno da vivencia familiar e da violência sexual infanto

- juvenil.

Do ponto de vista da realização e articulação do grupo, fazia – se imperativo que

para cada encontro, os profissionais pudessem se reunir anteriormente e discutir a temática

com o intuito de aprofundar o assunto. Além disso, nesse planejamento cabia ainda a

discussão das dinâmicas a ser realizadas pelos profissionais. Esse planejamento é reconhecido

por Mioto (2011) como elementos estruturantes da prática profissional, pois eles dão

sustentabilidade a toda e qualquer ação, no caso do que se discute aqui nesse trabalho,

considera-se elemento estruturante primordial as formas de abordagens aos sujeitos a quem se

destina a ação. Uma forma de atuação atual com as metodologias atuais em que se propõe o

trabalho multidisciplinar no lidar com uma demanda.

Durante a realização de cada encontro grupo cabia ao assistente social o papel de

informar o tema de cada reunião ao grupo, dando inicio as atividades com a dinâmica de

aquecimento. O profissional de Serviço Social, ao introduzir o tema, considera a historicidade

dos núcleos familiares, para que desde a abertura os participantes, possam ir refletindo sobre

os diferentes espaços sociais e a sua ação e vivência em espaços onde haja diferentes

perspectivas protetivas, construídas coletivamente.

Page 10: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

10

Faz-se imperativo dizer que, os processos de atenção à família fazem parte da

história do Serviço Social. Mioto (2002) cita Neder4 (1996) que defende que os assistentes

sociais são os únicos profissionais que têm a família como objeto privilegiado durante toda a

sua trajetória histórica, ao contrário de outros profissionais que a privilegiam em alguns

momentos.

Desse modo, atuação do assistente social no GM está também relacionada ao

papel de educador, já que em virtude da baixa escolaridade dos participantes, esse

profissional, nas atividades lúdicas, que exigem que a família se expresse, cabia ao

profissional auxiliá-los na reflexão sobre o seu contexto familiar e histórico, empoderando-os

sobre como vislumbrar novas possibilidades de encarar os desafios diários da vida.

Iamamoto (2014) discute sobre a função pedagógica do Serviço Social mediada

pelas políticas públicas, em especial assistência social. O pressuposto é que a função

pedagógica do assistente social:

[...] é determinada pelo vínculo que a profissão estabelece com as classes sociais e se materializa,

fundamentalmente, por meio dos efeitos da ação profissional na maneira de pensar e de agir dos

sujeitos envolvidos no processo da prática. Tal função é mediatizada pelas relações entre o Estado

e a sociedade civil no enfrentamento da questão social, integrada às estratégias de racionalização

da produção e reprodução das relações sociais e no controle social (ABREU apud IAMAMOTO,

2014).

A atuação do assistente social ainda ampliava-se após a execução de cada

encontro do grupo, quando os profissionais reuniam-se para discutir a atividade desenvolvida

no dia, a aceitação da família na participação, pois esse profissional avaliava com os demais

profissionais os direitos sociais da família que estavam sendo violados e a partir dessa

reflexão acionava novos atores da rede; bem como propunha novas formas intervenção;

procedia na solicitação de auxílios sociais em que família estava dentro dos critérios.

Além do mais, há que se considerar o perfil que o assistente social detém durante

o processo de condução das atividades em grupo, sobretudo, quando amplia o olhar dos

participantes para determinada situação e que envolve as outras várias famílias participantes

de forma simultânea.

Considera-se uma habilidade do assistente social, se relacionar com a rede

familiar, pois no GM se lida com todos os membros da família, e nesse processo é possível

que o objeto de discussão naquele encontro circule entre as demais famílias participantes,

convergindo assim à discussão temática em vários momentos do encontro para o

4 NEDER, G. Trajetórias Familiares. Florianópolis, Mimeo, 1996.

Page 11: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

11

esclarecimento direta e/ou indireto sobre os direitos violados e discutidos de forma ampla

naquele momento.

Acerca das consequências causadas pela violência, o assistente social, de uma

forma geral, durante os cinco encontros, tem a oportunidade de focar sua atuação na

percepção no impacto que essa violência causou a fragilização das relações de proteção entre

seus membros.

A partir desse ponto de vista, a atuação do profissional do Serviço Social, ganha

uma perspectiva totalizante, baseada na identificação dos determinantes socioeconômicos e

culturais das desigualdades sociais. O papel do profissional aglutina leitura critica da

realidade e capacidade critica das condições materiais de vida e a identificação das respostas

existentes no âmbito do Estado e da Sociedade (CFESS, 2011).

Outro aspecto importante na atuação do assistente social no grupo, é a capacidade

que esse profissional tem em identificar as alianças intra e extra familiares que se manifestam

durante as atividades grupais. É comum que as famílias formem alianças intra e extra

familiares, como forma de garantir a proteção e o cuidado do seu núcleo familiar. Dentre

essas uniões afiançadas pelas famílias, destaca-se principalmente, a aproximação com

vizinhos, familiares, conselho tutelar e o CRAS. A formação dessas alianças positivas serve

como base para a intervenção do profissional do Serviço Social, no que tange a continuidade

de intervenção e acompanhamento familiar.

Ao assistente social fica a condução permeada e fundada na habilidade de

correlacionar o papel das redes sociais formada pelas famílias, vizinhos e comunidade, bem

como, pelos atores dos equipamentos do estado e das ONG´s, com o contexto familiar, social

e econômico presentes nas falas das famílias durante a condução, como forma de empoderar a

família e seus membros durante as intervenções sobre como evitar situações de desproteção e

(des) cuidado.

3. Conclusão

A oportunidade de executar o grupo multifamiliar para famílias cujos membros

familiares vivenciaram situações de violência sexual é uma importante e efetiva ferramenta de

intervenção coletiva.

Tratar da atuação do assistente social à luz da proposta metodológica do GM

requer valer da autonomia afiançada pelo Código de Ética do Serviço Social. Autonomia essa

que possibilita refletir o agir profissional diária e continuamente. A proposta do GM à

Page 12: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

12

primeira vista, pode remeter a uma dificuldade de enxergar a possibilidade de atuação dos

assistentes sociais.

Todavia, a proposta desse artigo, que está lançado à crítica sobre esse instrumento

utilizado pelo assistente social, traz à tona de maneira contundente, a possibilidade que esse

profissional através do seu fazer profissional, tem de trabalhar as redes sociais e familiares, e,

por conseguinte, reflete na emancipação dos sujeitos, como algo totalmente possível, pois é

no grupo familiar que consegue-se encarar de forma objetiva as expressões subjetivas da

violência, na completude multidimensional dessa demanda. Trazendo a tona à tão necessária

dimensão técnico operativa sobre trabalho com famílias.

O espaço de atuação para o profissional do Serviço Social proporcionado pelo

GM é amplo e denso no que tange as variadas possibilidades de atuação com a rede de

proteção social, composta pela pelas políticas públicas setoriais e também, amplo, no que se

refere à atuação envolvendo o núcleo familiar, bem como as suas respectivas relações

familiares.

A partir da aplicação do GM, é possível visualizar, sob a perspectiva do olhar

profissional do Serviço Social, informações acerca da “temporalidade” em que o sujeito,

participante do grupo e seu núcleo familiar se encontram, quanto à vivência da situação de

violência.

Concomitante a isso, o GM é um espaço em que os participantes desempenham o

papel de troca de experiências mútuas, seja em virtude das situações de violências, seja sobre

as possibilidades de garantir proteção aos seus membros, ou até mesmo de como acessar a

rede de proteção social ou direitos sociais, tais como BPC, benefícios eventuais etc.

Esse amplo espaço de intervenção profissional permite uma atuação muito mais

eficiente do assistente social, pois, abre como possibilidade de desempenho desse profissional

sobre o empoderamento dos sujeitos participantes desse processo, isso aliado ao trabalho que

pode ser desenvolvido junto às políticas públicas setoriais, tais como saúde, educação,

habitação etc.

Os desafios da intervenção do assistente social no GM são: 1) é partilhar o espaço

de atuação com o psicólogo, contudo, garantindo que o seu saber e intervenção profissional

seja garantido e reconhecido, como diferente, mas complementar ao do profissional da

psicologia no grupo; 2) reconhecer que o espaço do GM pode ser espaço de atuação do

Page 13: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

13

Serviço Social, quando abre como possibilidade formas inovadoras de acompanhamento a

famílias açoitadas pela questão social; 3) compreender que indivíduos e famílias que

vivenciaram a violência sexual, seja no âmbito familiar ou extrafamiliar, é sim, espaço de

atuação e intervenção do Serviço Social, pois esses sujeitos não estão acometidos apenas

pelos traumas emocionais gerados pela violências, mas também pelo contexto de pobreza,

desproteção e descuidado do Estado; desemprego e falta de acesso aos direitos fundamentais

básicos.

Referências bibliográficas

ABREU, M. Serviço Social e a organização da cultura: perfis pedagógicos da prática

profissional. São Paulo: Cortez, 2012;

AMORIM, R.G. O Serviço Social e os seus instrumentos e técnicas: uma análise da

percepção da abordagem com grupo no meio profissional do assistente social. Brasília –

DF, Departamento de Serviço Social, Universidade de Brasília – UnB, 2013. Disponível em

http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4906/1/2013_RicardoGuimar%C3%A3esAmorim.pdf.

Acessado em 26 de fevereiro de 2015;

BRASIL, Lei nº 8.662, de 07 de Junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente

Social e dá outras providências. Disponível em

http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf;

BRASIL, Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da

assistência social e dá outras providências. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acessado em 26 de fevereiro de 2015;

BRASIL/MDS/SNAS. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, 2005. Disponível

em:

http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/arquivo/Politica%20Nacional%20de%20Assistencia

%20Social%202013%20PNAS%202004%20e%202013%20NOBSUAS-sem%20marca.pdf.

Acessado em 26 de fevereiro de 2015;

BRASIL/MDS/SNAS. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS.

Brasília. 2006. Disponível em:

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEw

j_9eeWtsLLAhUJl5AKHeK0CScQFggdMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.mds.gov.br%2F

cnas%2Fpolitica-e-nobs%2Fnob-rh_08-08-2011.pdf%2Fdownload&usg=AFQjCNH-_7lG-

Ov0ib2uX8wWezRkMAv64A. Acessado em 15 de fevereiro de 2016.

CFESS, Resolução n. 569/2010, de 25 de março de 2010. Dispõe sobre a vedação da

realização de terapias associadas ao título e/ou exercício profissional do assistente social.

Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/RES.CFESS_569-2010.pdf. Acessado em

26 de fevereiro de 2015;

CFESS, Parâmetros para atuação de assistentes sociais na política de assistência social,

2011. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/Cartilha_CFESS_Final_Grafica.pdf.

Acessado em: 26 de fevereiro de 2015;

Page 14: A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM GRUPOS … · 1 a intervenÇÃo do serviÇo social em grupos multifamiliares com foco no abuso sexual: desafios e possibilidades camila gabriel

14

COSTA, L.F; ALMEIDA, T.M.C; RIBEIRO, M.A; PENSO, M.A. Grupo Multifamiliar:

Espaço para escuta das famílias em situações de abuso sexual. Psicologia em Estudo,

Maringá, n. 01, p.21-30, 2009. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/pe/v14n1/a04v14n1.pdf. Acessado em 26 de fevereiro de 2015;

FALEIROS, V.P. Redes sociais na dimensão da política para o envelhecimento. In.:

Anais da 2ª CNPDI: Avaliação da rede nacional de proteção e defesa dos direitos da

pessoa idosa: avanços e desafios. Brasília – DF, p. 45-52, 2010;

GUERRA, Y. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. Capacitação em

Serviço Social e política social – CFESS/ABEPSS, Brasília – DF, mód. 04, 2000. Disponível

em : http://www.cedeps.com.br/wp-content/uploads/2009/06/Yolanda-Guerra.pdf. Acessado

em 26 de fevereiro de 2015;

IAMAMOTO, M.V. Serviço social em tempo de capital fetiche: capital financeiro,

trabalho e questão social. 8º edição. São Paulo, 2014;

IAMAMOTO, M; CARVALHO, R. Relações sociais e Serviço Social no Brasil. 6ª edição.

São Paulo: Cortez, 1988;

LAQUER, P. Terapia familiar múltipla: perguntas e respostas. In: D. Bloch (coord).

Técnicas de terapia psicossocial familiar, São Paulo: Atheneu, 1976;

MIOTO, R.C.T; LIMA, T.C.S.A dimensão técnico- operativa do Serviço Social em foco:

sistematização de um processo investigativo. Revista textos e contextos, Porto Alegre, n.

01, vol. 08, p. 22-48, 2009;

______. O trabalho de redes como procedimento de intervenção profissional: O desafio

da requalifição dos serviços. Revista Katálysis, v.5, n.1, Florianopólis,2002, p. 51-58;

______. Trabalho com famílias: um desafio para assistentes sociais. Revista Virtual

Textos e Contextos, n. 3, 2002, p. 1 a 15;

RIBEIRO, M.A; COSTA, L.F. PENSO, M.A; ALMEIDA, T.M.C; NOGUEIRA, H.F. O

grupo multifamiliar em parceria com a ação psicossocial forense. Interação em psicologia,

Curitiba – PR, p. 73 a 82, 2010. Disponível em file:///C:/User/Downloads/8586-69595-1-

PB.pdf. Acessado em 26 de fevereiro de 2015;