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A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

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Page 1: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

A Integração nas Américas

Prof. Bianca Bittencourt

Page 2: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

O Mercado Comum do Sul

• Momento histórico: 26/03/1991- Assunção.

• Presidente do Paraguai:André Rodrigues• Presidente do Uruguai: Luís Alberto

Herrera• Presidente da Argentina: Carlos Meném• Presidente do Brasil: Fernando Collor• Assinaram o Tratado de Assunção que

deu origem ao Mercosul- Mercosur.

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O Mercado Comum do Sul

• Quatro países da mesma região aceitaram criar um mercado comum até 31/12/1994.

• Bens produzidos em qualquer dos países deveria circular livremente dentro da região integrada sem taxações ou impedimentos extras.

• Fato interessante: São os mesmos países que se envolveram na Guerra do Paraguai no século XIX.

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O Mercado Comum do Sul

• Bolívia e Chile: Membros associados da zona de livre comércio, mas que não entraram na União Aduaneira.

• Detalhes importantes do Brasil no Mercosul: Detém 2/3 do Mercosul em território, população e PIB.

• Estão juntas 2 maiores economias da América do Sul: Brasil e Argentina. Principais parceiros do Bloco.

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O Mercado Comum do Sul

• Década de 1960: Região do Prata entrou em crise política, com exceção do Paraguai. Levou militares ao poder. Auge da Guerra Fria que acabou envolvendo toda a área.

• Dezembro de 1960- Mesmo no caos político, sob a influência da CEPAL, nascia a ALALC – Associação Latino-Americana de Livre Comércio. Não deu certo, mas serviu de exemplo para futuras tentativas de Integração Econômica.

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O Mercado Comum do Sul

• Novembro de 1979: Brasil e Argentina assinam protocolo de intenções para terminar os constantes atritos entre os 2 países.

• Acaloradas discussões sobre as Usinas Itaipu, Corpus e Yacerita.

• Paraguai, o fiel da balança, foi beneficiado pela disputa da liderança na região. Brasil e Argentina resolveram instituir um mecanismo de consulta permanente.

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O Mercado Comum do Sul

• As relações melhoraram e culminaram com os acordos e protocolos de integração econômica nos governos Alfonsín e Sarney.

• As exportações entre Brasil e Argentina eram diferenciadas. Isso gerou um medo interno na Argentina até hoje de que ocorresse uma divisão de trabalho na região em que o país se especializaria em produzir e exportar matérias primas e alimentos e o Brasil, bens industriais.

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O Mercado Comum do Sul

• Até 1985, Brasil figurava como o 2º e o 4º comprador dos produtos argentinos. E na mesma proporção como supridor de suas necessidades. A Argentina estava entre o 6º e o 8º das necessidades brasileiras e entre 11º e o 12º como mercado para venda de produtos nacionais. Depois do Mercosul isso mudou, a Argentina passava a ser o 2º mercado comprador, só atrás dos EUA.

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O Mercado Comum do Sul

• Comércio entre Brasil-Argentina de 1980 até 1985, os 5 primeiros anos da década perdida, período de ditadura militar nos 2 países, fez com que as relações se deteriorassem.

• Alfonsín e Sarney buscaram maior aproximação entre os países.(Sarney, foi o primeiro Governo Civil após o período da ditadura)

• Agosto de 1985 até 30/11/1985- Declaração de Iguaçu.• Pela 1ª vez na histórias dos 2 países expressaram

pontos de vista comum e a partir dali passaram a atuar juntos no campo internacional;

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O Mercado Comum do Sul

• No mesmo encontro:• Concordaram que trabalhariam para a

Integração futura dos países latino-americanos.• Reafirmaram a fé no processo democrático da

região.• Declaração conjunta sobre política nuclear, para

por fim a qualquer desconfiança que pudesse surgir entre ambos.

• Aparam as arestas.

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O Mercado Comum do Sul

• 30/07/1986- Em Buenos Aires, Alfonsín e Sarney assinaram a Ata para a Integração Argentino-Brasileira e Protocolos. (Embrião do Mercosul)

• Uruguai foi convidado para participar do encontro, analisar as propostas, e no futuro associar-se ao projeto. Uruguai sendo uma economia relativamente menor, poderia ser um treinamento para que não se repetissem os atritos entre economias maiores e menores. Preocupação em não repetir os erros de antes. A Alcac mostrou o caminho.

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O Mercado Comum do Sul

• A necessidade de cooperação e expansão do comércio motivou os 2 países na mesma direção. A integração entre 2 economias era possível, eram complementares.

• Produtos de clima temperado e o outro com produtos de clima tropical.

• Setor industrial poderia haver acordo em setores diferentes aproveitando as multinacionais já atuavam nos 2 países.

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O Mercado Comum do Sul

• O Uruguai por ser uma economia menor, a integração com ele deveria ser aos poucos e não como estava ocorrendo entre Brasil e Argentina. O acordo com o Uruguai serviria de exemplo no futuro para a integração de outras economias menores.

• Há que se integrar, mas dentro de parâmetros delimitados.

• O acordo previa 10 anos para a integração entre Brasil e Argentina se complementar, com o Uruguai como convidado.

• Contudo, após o Tratado de Assunção em 1991, assinado por Collor e Meném, o Uruguai já entrou como membro efetivo. E o Paraguai foi acrescentado como novo parceiro, sendo uma surpresa ousada.

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O Mercado Comum do Sul

• Caso Paraguaio complicado- Competição com a economia brasileira no setor agropecuário. Produz bens que o Brasil é auto-suficiente e é exportador, tais como café, soja, carne, etc. No âmbito industrial é negligenciável.

• Resistência interna em mudar o foco de produção. Dificuldade de convencer a elite agrária local da necessidade de mudança. Elite influência a política externa e a vontade política. Só se incentivos fiscais e financeiros fossem mais atrativos, eles mudariam de rota.

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O Mercado Comum do Sul

• A tarifa externa comum um dia deverá ser adotada no Mercosul. Chegará um momento em que todos os bens produzidos no Mercosul circularão livremente. E a TEC deverá vigorar na região e no resto do mundo. Taxa única para importar. O que seria um problema para o Paraguai essa taxa, uma vez que os preços seriam praticamente iguais aos de lá para importar, podendo gerar uma reação dos comerciantes paraguaios.

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O Mercado Comum do Sul

• Forma apontada como solução para o problema do Paraguai:

• No campo industrial, algumas fábricas do Brasil e da Argentina poderiam ir para o Paraguai, aproveitando mão de obra, energia farta, incentivos fiscais, uma ou outra fábrica poderia se interessar em produzir lá e vender na área integrada.

• A vantagem dessa aproximação é que, diferente da ALALC, os quatro países que buscavam a integração são geograficamente próximas, pertencem a uma mesma região.

• Até agora não houve nenhuma ação concreta de outros membros do Mercosul, principalmente do Brasil, para ajudar a economia paraguaia.

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O Mercado Comum do Sul

• Os paraguaios acharam que não tiveram nenhum ganho e estavam decepcionados.

• Começaram a permitir a presença norte-americana em território paraguaio.

• Temem que o Paraguai possa se ligar a economias de fora da região, que lhe ofereçam vantagens, bem como não se preocupar muito com os passos do Mercosul ou abandoná-lo no futuro.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• O tratado diz que a ampliação do mercado é fundamental para o crescimento econômico, mesma tese da CEPAL(1950).

• Mercado ampliado- Economia de Escala- Aumento da competitividade com economias externas.

• O tratado fala de Crescimento Econômico com Justiça Social, diferente dos tempos da ALALC.

• Enfatiza: Preservação do Meio Ambiente, Criação de mais estradas e aceitação dos princípios da flexibilidade.

• Existem PRAZOS a serem cumpridos, mas se fosse necessário seriam interrompidos. Poderia haver avanços e recuos na hora certa. Experiência antes adquirida ajudava a nova tentativa.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• O mundo caminha para a formação de grandes blocos econômicos. Pertencer a um bloco é evitar ficar de fora. Poder de barganha aumenta em grupo.

• Nos anos 80, o Tratado que criou a Aladi previa avanços na integração latino-americana, o que estaria ocorrendo naquele momento.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• O acordo prevê a livre circulação de bens, serviços e fatores de produção. Ousado, mas está dentro de parâmetros para criação de um mercado comum.

• Também prevê a eliminação de barreiras alfandegárias e a livre movimentação de mercadorias entre os membros integrados.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• Adoção de uma política comercial comum frente a outros países.

• Se ocorrer, será adotada uma só linguagem de forma coordenada.

• Um dos objetivos da integração é fazer uma só voz. Ao falar em conjunto e com argumentos comuns se fará uma vantagem e não haverá erro.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• É prevista também a coordenação das políticas : FISCAL, MONETÁRIA, CAMBIAL, DE COMÉRCIO EXTERIOR e de CAPITAL. Visando uma competição justa entre os membros integrados.

• A reciprocidade é um dos pressupostos do Tratado, sem o qual, uma integração teria dificuldades para funcionar.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• Segundo o autor, deveriam ser impedidos pelas legislações nacionais importações de países de fora da área que tenham subsídios, dumping ou “qualquer outra prática desleal”.

• A idéia é coibir situações desiguais no comércio.

• Criou-se um programa de liberação comercial gradual e eliminação progressiva das barreiras alfandegárias até chegar a tarifa zero.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• O tratado prevê ainda a coordenação de políticas macroeconômicas e também a existência de uma TEC para ser aplicada a países não membros.

• Não pode haver acordos paralelos. Qualquer acordo entre um membro e um não membro deve ser estendido aos demais participantes do bloco.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• O conselho era o órgão regulador da integração e tomaria as decisões com o objetivo das metas e prazos estabelecidos no tratado.

• A presidência do conselho seria ocupada de forma rotativa. A cada 6 meses em ordem alfabética.

• O órgão executivo do mercado comum em andamento era o Grupo Mercado Comum, coordenado pelos ministros das Relações Internacionais dos países envolvidos.

• As decisões finais deveriam ser tomadas por consenso e com a presença de todos os participantes.

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TRATADO DE ASSUNÇÃO

• Outros membros da ALADI poderiam aderir ao mercado comum que estava em formação, contudo a solicitação só seria examinada após 5 anos de vigência do tratado. O objetivo era fortalecer o grupo antes de oferecer o tratado a outros. Para não cometer o erro da ALALC.

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PROTOCOLO DE OURO PRETO

• 17/12/1994- Assinado Protocolo Ouro Preto- Adicional ao Tratado de Assunção sobre a estrutura institucional do Mercosul.

• Foram definidos os órgãos que compõem o Mercosul.• Além dos já existentes Conselho do Mercado Comum e

Grupo do Mercado Comum acrescentou-se:

• Comissão de Comércio do Mercosul.• Comissão Parlamentar Conjunta.• Foro Consultivo Econômico e Social.• Secretaria Administrativa.

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Avanços, Recuos e Negociações

• Na década de 1990, apesar das crises enfrentadas pelos parceiros do Mercosul, principalmente a Argentina, o patamar do Brasil manteve-se em alta dentro da área integrada.

• Um dado importante sobre o Mercosul é que, apesar de ter aumentado as trocas internas, o comércio com outros países também aumentou.

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Avanços, Recuos e Negociações

• Não houve, como recomenda a OMC, desvio de comércio, porque o Mercosul não quer atuar somente no âmbito regional, quer negociar com outros blocos, como é o caso da União Europeia.

• O que mais tem chamado a atenção nos países do Mercosul é que, os problemas surgidos têm sido resolvidos de forma negociada.

• Destaca-se aqui que os países integrados, basicamente Argentina e Brasil, sempre buscaram alternativas para que a integração não morresse.

• Mesmo com as crises cambiais na Argentina e no Brasil nos anos 90, não houve interrupção do processo de integração.

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Avanços, Recuos e Negociações

• O processo de integração do Mercosul, além da sua importância econômica, sugere um objetivo maior, a busca por novas adesões na América do Sul, principalmente da Comunidade Andina e não descarta uma conversa com a ALCA.

• O trabalho dos membros integrados, principalmente do Brasil, com Mercosul teve resultados concretos na unificação dos objetivos nas conversas, discussões e decisões relativas a ALCA. Houve união em uma única linguagem.

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Avanços, Recuos e Negociações

• Quando as conversas com a Alca não encontram denominador comum, o Mercosul tenta se entender diretamente com os EUA.

• É em conjunto também que área mantém entendimento com o Japão, México, Comunidade Andina e UE.

• A fórmula encontrada para dar seguimento à integração, ainda em estágio embrionário, era não interromper o processo quando um aspecto comercial não evoluía.

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Avanços, Recuos e Negociações

• O que o Brasil sempre buscou acabou acontecendo. Atuação conjunta nas discussões futuras da Alca e com a UE.

• Negociações com a Alca mais lentas e com a UE por algum tempo caminham com mais vigor.

• A necessidade regional e mundial impulsionam os membros integrados na mesma direção.

• Em Dezembro de 2004- Assinado o Acordo para se criar o Comunidade Sul Americana de Nações-CSN. Pertencem a ela todos os países da América do Sul, com exceção da Guiana Francesa.

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Avanços, Recuos e Negociações

• A CSN, com sede em Cuzco, baseia-se em 3 pontos:

• Diálogo político permanente.• Acordo comercial entre a CAN e o

Mercosul• A integração da infra-estrutura física da

região. • É cedo para saber se vai dar certo, mas é

mais uma tentativa.

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COMUNIDADE ANDINA

• Momento histórico: Em 26/05/1969, um grupo de países dos Andes, através do Acordo de Cartagena, conhecido como Pacto Andino.

• Membros iniciais: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.

• Em 1973 aderiu a Venezuela.• Em 1976 o Chile deixou o Pacto Andino:

Pinochet argumentava que o comércio era maior com o resto mundo.

• Motivação para a sua criação: Desentendimentos dentro da ALALC.

Page 35: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• O Acordo de Cartagena previa:• Liberação comercial;• Coordenação na Política de Desenvolvimento

Industrial;• Tratamento especial para as multinacionais;• Programa unificado para importações;• Criação de uma corporação de fomento;• Atuação em conjunto na pesquisa científica e na

educação;

Page 36: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• Criação de uma tarifa externa comum.• Coordenação e harmonização de suas políticas

econômicas e investimento em infra-estrutura.• Propunha ainda, buscar uma integração

completa com os países da ALALC e de toda a América Latina.

• Com a experiência anterior de uma tentativa integracionista, um grupo de países da mesma região e com economias não tão distintas entre si concordaram em criar essa integração econômica.

Page 37: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• Objetivos gerais: • Aumentar o crescimento econômico dos países

envolvidos;• Criar mais empregos;• Promover desenvolvimento equilibrado e harmônico

entre seus membros, com o prevalecimento da integração econômica e social.

• Buscas ao longo do tempo uma integração regional ou a formação do Mercado Comum Latino-Americano.

• Procurar diminuir a vulnerabilidade externa dos países membros.

• Melhorar o nível de vida dos habitantes da região.

Page 38: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• Possui termos gênericos como nos termos dos acordos de integração regional, mas há uma diferença entre palavras e atitudes em concreto.

• A integração seja a andina ou da ALALC, dedicava mais atenção à industrialização da área do que para outras atividades econômicas.

Page 39: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• Encontros presidenciais:• Criação da ZONA DE LIVRE COMÉRCIO (ZLC)

em 1991: Venezuela, Colômbia, Bolívia e Equador terminaram as discussões sobre tarifas intra-regionais e abriram seus mercados à circulação de bens dos países membros.

• Mantiveram suas tarifas para os países de fora da área integrada.

• O Peru se incorpora à ZLC em julho de 1997.• Em 1995, houve a criação da UNIÃO

ADUANEIRA ANDINA, com TEC.

Page 40: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• Criou-se o Parlamento Andino, que deveria ajudar no processo de integração. Os representantes seriam eleitos nos respectivos países para pertencer aquele fórum.

• Na área política, destaca-se um protocolo adicional ao Acordo de Cartagena, chamado de COMPROMISSO DA COMUNIDADE ANDINA PELA DEMOCRACIA- 10/06/2000. Melhor caminho a ser seguido, após o periodo das guerras mundiais e a guerra fria.

• Defendem os princípios democráticos.• Em junho de 2001, os países andinos decidem permitir a

livre circulação de pessoas na área integrada.

Page 41: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• A CAN aprovou uma Política Externa comum, a intenção era uma voz única em fóruns internacionais. Acreditam que unidos possam ter mais peso nos assuntos externos.

• Acordos inter regionais com Mercado Comum Centro Americano(1997), com o ´Panamá e CARICOM (1998) e ainda UE(2003). O maior passo dessa integração foi com o Mercosul, pois se realmente concretizado, a América do Sul seria integrada, intenção Alalc nos anos 60.

Page 42: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE ANDINA

• Todavia apesar das dificuldades, não se pode negar que se criou um cenário diferente e positivo na região andina, quase que do zero. Hoje existe uma unidade econômica maior entre os povos dessa área sul-americana. E, por fim é preciso ressaltar o trabalho da Corporação Andina de Fomento, motor da tentativa de integração econômica. Apesar dos percalços dessa tentativa de integração, é impossível não reconhecer que algo de positivo, acabou acontecendo nos países andinos.

• Hoje para fazer à globalização e a formação de diversos blocos econômicos aquela região estaria com mais problemas se não estivesse unida e falando uma linguagem única.

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MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• A CEPAL, órgão da ONU, na década de 1960, colocou-se como condutora das tentativas de integração econômica na América Latina. ( A exemplo do que foi feito na Europa nos anos 50 pós 2ªGM).

• Acreditava-se que a América Latina deveria se industrializar, ao invés de ser vendedora eterna de matérias primas.

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MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• Uma das tentativas da CEPAL foi na América Central.

• O tratado foi assinado em Dezembro de 1960 entre as Repúblicas dessa região.

• Os países: Nicarágua, Honduras, Guatemala, Costa Rica, El Salvador.

• Vendiam o que produziam:cacau, café, frutas, madeira, etc. para a Europa e EUA e não inter regionalmente.

Page 45: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

• A idéia da CEPAL era que esse comércio, não só em bens primários fosse aumentado, fosse aumentado,e como resultado da produção e venda local, mais dinheiro ficaria na região, aumentando a riqueza e o trabalho.

• 13/12/1960- Em Manágua foi assinado o Tratado Geral de Integração Econômica Centro-Americano por Guatemala, Nicarágua, Honduras e El Salvador. Em 1962 a Costa Rica entra.

MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

Page 46: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• A TEC é um dos passos mais complicados em uma integração, e da América Central, já a colocava como meta a ser atingida em um período curto.O órgão dirigente maior seria o Conselho Econômico

Centro Americano. Criou-se ainda o Conselho Executivo com uma Secretaria chamada Sieca, com sede na cidade de Guatemala.

O tratado não falava sobre salva guardas e nem tratamento diferenciado às economias menores.

Page 47: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• Acreditava-se que na região as economias eram mais ou menos iguais, em que não havia uma diferença profunda entre elas. Os fatos demonstram que Honduras e Nicarágua se sentiram prejudicados com o andamento da integração e pediram garantias especiais. Fato que aconteceu na ALALC e na CAN.

• Duração do tratado: 20 anos, sendo prorrogável quantas vezes quisesse. A integração por mais problemas que apresentasse ajudou a melhorar as trocas regionais. Contudo, não durou muito tempo, o nacionalismo interno se movimentou e barreiras foram levantadas.

• Para se consolidar a integração dependia muito da melhoria da infra-estrutura regional. Precária, produtos vendidos iam para países de fora da área.

Page 48: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• Melhores portos e rodovias voltados para a exportação.

• Precisava-se melhorar: meios de transporte, a telecomunicação e a energia.

• Por causas das desconfianças o capital que já era escasso encontrava barreiras no momento de sua distribuição.

Page 49: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• Problemas de Nacionalismo: Guerra do Futebol- El Salvador e Honduras- déficit constante na Balança Comercial- Estopim partida de futebol eliminatórias da Copa de 1970.

• Auge da Guerra Fria: socialismo x capitalismo. Problema de Cuba(1962).

• Sandinistas na Nicarágua, Frente Farabundo Marti em El Salvador, crise política na Guatemala.

• A integração diminui seu ritmo,morria aos poucos a tentativa da Cepal, contudo não deixou de ser válida, pois modificaram-se alguns hábitos e posturas regionais, dando base para o futuro.

• O projeto teve pouca participação popular, o que implica em falta de legitimidade.

Page 50: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• Interrupção da Integração em 1979 com a revolução sandinista na Nicarágua.

• EUA com Reagan na época aplicou uma agenda de política externa conservadora e com a crença de que deveria enfrentar a expansão socialista. Instalação de uma base em Honduras dos contra.

• Período de Neoliberalismo nos EUA.• Período de repressão política na Guatemala, Honduras e El

Salvador.• Somente Costa Rica ficou imune.

• Os países voltam-se para os antigos acordos bilaterais.• Retomada em 1992- Protocolo de Tegucigalpa com Honduras, El

Salvador, Nicarágua e Panamá. Depois Guatemala(1993) e Costa Rica(1995).

Page 51: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

MERCADO COMUM CENTRO AMERICANO: MCCA

• Novo acordo fala na mantença de PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS, além do desenvolvimento econômico da região.

• Em 29/10/1993 assinado o protocolo adicional da Guatemala : crescimento econômico, bem-estar da população e democracia.

• O que impressiona é a facilidade em que a América Latina tem para fazer diagnósticos, criar planos de curto, médio e longo prazo, para resolver problemas que já duram 5 séculos na região.

• Nem o capital de fora se mostrou com disposição para assumir as propostas.

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COMUNIDADE CARIBENHA CARICOM

• Em 04/07/1973: Integração Econômica dos países do Caribe.

• Tratado de Chaquaramas – Só entrou em efetividade em 2002.

• Membros: Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, St. Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinos, Suriname, Trinidad e Tobago.

• Fazem parte ainda: Anguilla, Bermuda, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caimã e Ilhas Turcas.

Page 53: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE CARIBENHA CARICOM

• Foram criados: Uma secretaria geral para a Integração e o Banco de Desenvolvimento Caribenho(1968).

• 1972: Integração se transforma em um Mercado Comum.

• Primeiro criou-se a entidade sem a participação efetiva na prática. Mercado Comum é um passo maior em um integração que implica até a existência de uma TEC.

• Muitos países participando, vínculos fortes históricos com países fora da região.

• Passos para a integração continuam. Outros membros foram se associando.

• 1990: Criação de um Parlamento para a comunidade em integração.

Page 54: A Integração nas Américas Prof. Bianca Bittencourt

COMUNIDADE CARIBENHA CARICOM

• 1992: Carta de princípios civis que visava dar força à imprensa livre e à democracia, a fazer funcionar o parlamento; moralizar os assuntos públicos, a respeitar os direitos civis, econômicos, políticos e culturais, a respeitar os direitos das mulheres e crianças e das diferentes religiões e por fim a combater a corrupção, pois os governos deveriam ser transparentes e prestar contas à sociedade.

• O tratado de integração : tentativa de melhorar o comércio, as relações entre os países em integração, melhorar a qualidade de vida de suas populações e de busca de uma política externa comum.

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COMUNIDADE CARIBENHA CARICOM

• Cuba, uma economia maior, não faz parte. Nem teve tentativa de se integrar.

• República Dominicana também está fora, mas fez um acordo em 2001 chamado Tratado de Livre Comércio-Caricon- República Dominicana.

• O Caricon também participa das discussões sobre a ALCA e OMC.

• Integração SUB-REGIONAL.

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COMUNIDADE CARIBENHA CARICOM

• Turismo, principal fonte de renda da região, o que não é um fator não exportável.

• Há avanços e recuos, acertos e erros, mas no final acaba sendo útil aos interesses da maioria dos interesses dos países integrados.

• Ajuda a manter o processo democrático e ainda dá alguma força a área nas discussões em outros fóruns.