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Projeto Gráfico: Seção de Edição Técnico-Científica / DIETC / CEDC / INCA A atuação da psicologia no campo da reabilitação teve início com as demandas dos veteranos de guerra, na primeira metade do séc. XX. Após a Segunda Guerra Mundial, a psicologia teve grande importância no tratamento dos deficientes físicos, 1 levando à aceitação do psicólogo como provedor de serviço de saúde mental. À medida que as opções de tratamento oncológico foram ampliadas, o aspecto psicossocial da reabilitação passa a ser considerado de fundamental importância e o psicólogo inserido na equipe interdisciplinar. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o processo de reabilitação inclui o cuidado com perdas ou anomalias psicológicas que podem, de alguma forma, 2 limitar ou impedir a rotina dos pacientes. Em oncologia, a reabilitação objetiva tanto ao aspecto funcional quanto ao psicossocial, que tem por meta promover melhor qualidade de vida por meio de assistência adequada ao paciente com sofrimento psíquico. Com a progressão da doença e danos decorrentes de alterações estéticas ou funcionais, algumas comorbidades psicológicas podem surgir ou se intensificar, criando novas demandas dos pacientes. Essas demandas precisam ser individualizadas e contextualizadas visando promover uma maior independência 2 3 funcional ao paciente, em seu processo de reabilitação. O trabalho requer o esforço de toda equipe interdisciplinar. A fisioterapia trabalha de forma direta na reabilitação do paciente no pré, per e pós cirurgia e possui como um dos fatores primordiais a motivação do paciente, no sentido deste buscar de forma 4 5 mais ativa sua recuperação e seguir as orientações estabelecidas. 1. Rohe, D E. Aspectos Psicológicos da Reabilitação. In: Delisa, J A.(editor-chefe). Tratado de Medicina de Reabilitação: Princípios e Prática. São Paulo: Manole, 2002. Vol.1, p. 199-223. 2. Cunha, A D; Rumen, F A. Reabilitação Psicossocial do paciente com câncer. In: Carvalho, V A; Franco, M H P; Kovacs, M J; Liberato, R P; Macieira, R C; Veit, M T (et al). Temas em Psico-oncologia. São Paulo: Sumus, 2008. p. 335-340. 3. Silveira, M. Psicologia e Reabilitação: a importância da reabilitação facial para o paciente e sua subjetividade. Psicópio: Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde. Belo Horizonte, Jul-Dez 2005, Ano 1, Vol.1, n. 2. 4. Mozzini, C B; Schuster, R C.; Mozzini, A R. O esvaziamento cervical e o papel da fisioterapia na sua reabilitação. Revista Brasileira de Cancerologia. 2007; 53(1): 55- 61. 5. Schultz, K; Dall'Anese, A P M S; Garcia, A C M; Souza, R V. Fisioterapia Aplicada à Cirurgia de Cabeça e Pescoço. In: Angelis, E C; Furia, C L B; Mourão, L F; Kowalski, L P. A Atuação da Fonoaudiologia no Câncer de Cabeça e Pescoço. Lovise. 2000. p. 309- 314. 6. Veit, M T; Barros, L H C. Intervenções em Psico-oncologia em Instituições. In: Carvalho, V A; Franco, M H P; Kovacs, M J; Liberato, R P; Macieira, R C; Veit, M T (et al). Temas em Psico-oncologia. São Paulo: Sumus, 2008. p. 362-372. As limitações e sequelas advindas dos tratamentos oncológicos podem causar dor física e sofrimento psíquico nos pacientes. Nesse momento, o psicólogo entra como interlocutor entre o paciente e o fisioterapeuta, melhorando a comunicação entre ambos. Na integração do trabalho das equipes de psicologia e fisioterapia, os limites da autonomia dos pacientes se ampliam, melhorando a adesão ao tratamento e a qualidade de vida Cabe aos profissionais de toda equipe de atendimento o cuidado com qualidade, presteza e eficácia do atendimento prestado em qualquer situação. É preciso levar em conta que, em situação de incerteza e/ou de fragilidade, o paciente requer atenção especial a uma gama de necessidades 6 que, por vezes, transcendem o objeto específico da demanda. (Veit; Barros, 2008:368) Analisar a importância do trabalho em parceria da psicologia e fisioterapia na reabilitação do paciente submetido à cirurgia de câncer de cabeça e pescoço. Revisão de literatura sobre aspectos da reabilitação em câncer de cabeça e pescoço, psicologia e fisioterapia em oncologia, realizada através de consultas a artigos em revistas científicas, livros didáticos, dissertações, teses, projetos e navegações pela internet. Um número considerável de pacientes submetidos à cirurgias de câncer de cabeça e pescoço sente-se inseguro durante sua reabilitação, podendo acarretar alterações psicológicas e funcionais que interferem em sua qualidade de vida. A intervenção psicológica é fundamental para identificar fatores individuais e subjetivos desse sofrimento e trabalhar questões pertinentes, assim como a intervenção fisioterápica é importante para a promoção da reabilitação física e motora, e ambas complementam-se para promover a autonomia e reinserção na sociedade. INTRODUÇÃO OBJETIVO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS A INTEGRAÇÃO DA PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO: UM CAMINHO DE MUITAS SUBJETIVIDADES MOREIRA, MCC; SOUZA, FGR; BARROS, VC Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro/ RJ CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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A atuação da psicologia no campo da reabilitação teve início com as demandas dos veteranos de guerra, na primeira metade do séc. XX. Após a Segunda Guerra Mundial, a psicologia teve grande importância no tratamento dos deficientes físicos,

1levando à aceitação do psicólogo como provedor de serviço de saúde mental.À medida que as opções de tratamento oncológico foram ampliadas, o aspecto psicossocial da reabilitação passa a ser considerado de fundamental importância e o psicólogo inserido na equipe interdisciplinar.Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o processo de reabilitação inclui o cuidado com perdas ou anomalias psicológicas que podem, de alguma forma,

2limitar ou impedir a rotina dos pacientes. Em oncologia, a reabilitação objetiva tanto ao aspecto funcional quanto ao psicossocial, que tem por meta promover melhor qualidade de vida por meio de assistência adequada ao paciente com sofrimento psíquico. Com a progressão da doença e danos decorrentes de alterações estéticas ou funcionais, algumas comorbidades psicológicas podem surgir ou se intensificar, criando novas demandas dos pacientes. Essas demandas precisam ser individualizadas e contextualizadas visando promover uma maior independência

2 3funcional ao paciente, em seu processo de reabilitação. O trabalho requer o esforço de toda equipe interdisciplinar. A fisioterapia trabalha de forma direta na reabilitação do paciente no pré, per e pós cirurgia e possui como um dos fatores primordiais a motivação do paciente, no sentido deste buscar de forma

4 5mais ativa sua recuperação e seguir as orientações estabelecidas.

1. Rohe, D E. Aspectos Psicológicos da Reabilitação. In: Delisa, J A.(editor-chefe). Tratado de Medicina de Reabilitação: Princípios e Prática. São Paulo: Manole, 2002. Vol.1, p. 199-223.

2. Cunha, A D; Rumen, F A. Reabilitação Psicossocial do paciente com câncer. In: Carvalho, V A; Franco, M H P; Kovacs, M J; Liberato, R P; Macieira, R C; Veit, M T (et al). Temas em Psico-oncologia. São Paulo: Sumus, 2008. p. 335-340.

3. Silveira, M. Psicologia e Reabilitação: a importância da reabilitação facial para o paciente e sua subjetividade. Psicópio: Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde. Belo Horizonte, Jul-Dez 2005, Ano 1, Vol.1, n. 2.

4. Mozzini, C B; Schuster, R C.; Mozzini, A R. O esvaziamento cervical e o papel da fisioterapia na sua reabilitação. Revista Brasileira de Cancerologia. 2007; 53(1): 55-61.

5. Schultz, K; Dall'Anese, A P M S; Garcia, A C M; Souza, R V. Fisioterapia Aplicada à Cirurgia de Cabeça e Pescoço. In: Angelis, E C; Furia, C L B; Mourão, L F; Kowalski, L P. A Atuação da Fonoaudiologia no Câncer de Cabeça e Pescoço. Lovise. 2000. p. 309-314.

6. Veit, M T; Barros, L H C. Intervenções em Psico-oncologia em Instituições. In: Carvalho, V A; Franco, M H P; Kovacs, M J; Liberato, R P; Macieira, R C; Veit, M T (et al). Temas em Psico-oncologia. São Paulo: Sumus, 2008. p. 362-372.

As limitações e sequelas advindas dos tratamentos oncológicos podem causar dor física e sofrimento psíquico nos pacientes. Nesse momento, o psicólogo entra como interlocutor entre o paciente e o fisioterapeuta, melhorando a comunicação entre ambos. Na integração do trabalho das equipes de psicologia e fisioterapia, os limites da autonomia dos pacientes se ampliam, melhorando a adesão ao tratamento e a qualidade de vida

Cabe aos profissionais de toda equipe de atendimento o cuidado com qualidade, presteza e eficácia do atendimento prestado em qualquer situação. É preciso levar em conta que, em situação de incerteza e/ou de fragilidade, o paciente requer atenção especial a uma gama de necessidades

6que, por vezes, transcendem o objeto específico da demanda. (Veit; Barros, 2008:368)

Analisar a importância do trabalho em parceria da psicologia e fisioterapia na reabilitação do paciente submetido à cirurgia de câncer de cabeça e pescoço.

Revisão de literatura sobre aspectos da reabilitação em câncer de cabeça e pescoço, psicologia e fisioterapia em oncologia, realizada através de consultas a artigos em revistas científicas, livros didáticos, dissertações, teses, projetos e navegações pela internet.

Um número considerável de pacientes submetidos à cirurgias de câncer de cabeça e pescoço sente-se inseguro durante sua reabilitação, podendo acarretar alterações psicológicas e funcionais que interferem em sua qualidade de vida. A intervenção psicológica é fundamental para identificar fatores individuais e subjetivos desse sofrimento e trabalhar questões pertinentes, assim como a intervenção fisioterápica é importante para a promoção da reabilitação física e motora, e ambas complementam-se para promover a autonomia e reinserção na sociedade.

INTRODUÇÃO

OBJETIVO

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS

A INTEGRAÇÃO DA PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E

PESCOÇO: UM CAMINHO DE MUITAS SUBJETIVIDADES

MOREIRA, MCC; SOUZA, FGR; BARROS, VC

Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro/ RJ

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS