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Anais Eletrônicos do IX Congresso Brasileiro de História da Educação João Pessoa – Universidade Federal da Paraíba – 15 a 18 de agosto de 2017
ISSN 2236-1855 334
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA INSTRUÇÃO PÚBLICA NO RIO GRANDE DO NORTE
Aline de Medeiros Fernandes1
Maria Inês Sucupira Stamatto2
Este estudo pretende analisar o processo de expansão e consolidação da educação
escolar no Rio Grande do Norte, tomando como referência as nomenclaturas referentes aos
modos de organização escolar do país. No âmbito desta apreciação, orientamo-nos pela
observação e análise dos dispositivos que nortearam a expansão da escola primária norte-rio-
grandense nos anos que sucederam o Império até a Primeira República.
O período delimitado para o estudo compreende uma breve introdução sobre o Brasil
Colônia, o Ratio Studiorum dos Jesuítas e as Reformas Pombalinas, apresentando-se como
um preâmbulo da reflexão que se segue acerca de um mapeamento, embora preliminar, da
organização escolar sob a égide dos termos e modalidades das escolas no Brasil imperial e
republicano.
Alguns momentos marcantes definiram a existência da escola no Rio Grande do Norte e
no Brasil: a proposta catequética dos colégios jesuíticos; as legislações pombalinas; as
determinações para o ensino durante o processo de independência; a constituição do Império
brasileiro com as primícias da legislação para a instrução pública; e, os movimentos de
criação de espaços escolares edificados para o prestígio público a partir da instalação da
República.
Investigar a história da escola primária no Brasil, particularmente no Rio Grande do
Norte constitui-se em um assunto de relevância para a história da educação, pois
compreender essa história abarca também a apropriação das nuances que dizem respeito ao
direito à educação e atuação do Estado, bem como aos propósitos normativos e de formação
da população brasileira.
A dinâmica da pesquisa delimita-se por uma perspectiva integradora, que articulou a
história da escola primária no Brasil e a específica no estado do Rio Grande do Norte,
1 Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. E-Mail: <[email protected]>.
2 Doutora em História pela Université Sorbonne Nouvelle. Professora Titular no Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Central. E-Mail: <[email protected]>.
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utilizando-se de pressupostos da História Comparada. Neste sentido, foi estabelecida uma
organização textual que envolveu como categorias de análise as modalidades das escolas
primárias e suas nomenclaturas.
Para Antônio Carlos Pinheiro o sistema escolar brasileiro contemplou dois grandes
períodos: a Era das Escolas Isoladas e a Era dos Grupos Escolares.
As denominações utilizadas para à escola isolada remetem-se a vasta nomenclatura
referente às instituições escolares primárias anteriores às escolas reunidas e grupos
escolares: aula régia, aula pública, cadeiras régias, cadeira de instrução primária, cadeira de
ensino primário, cadeira de (nome da localidade, da cidade, da vila, etc.); cadeira de... (nome
da disciplina) – por exemplo, cadeira de latim, de português, de aritmética, de história do
Brasil etc. –; cadeira municipal; cadeira mista; 1ª cadeira, 2ª cadeira, 3ª cadeira etc.; escola
pública; escola isolada; escola primária de primeiras letras; escola menor; escola elementar;
escola rudimentar; escola primária masculina/ feminina/ para ambos os sexos; e,
naturalmente, cadeira isolada. Essas terminologias foram utilizadas indistintamente em
vários momentos da história da educação, exceto “aula régia” e “cadeira régia”, características
do período colonial. Essas escolas caracterizavam-se como uma forma de organização da
escola primária ou elementar brasileira aparelhada de maneira isolada, sob precário controle
do Estado, com funcionamento pedagógico ao arbítrio do próprio professor. (PINHEIRO,
2002)
Mesmo que o funcionamento da escola com outras nomenclaturas fosse com as
mesmas características da escola isolada, busca-se identificar quando a terminologia “escola
isolada” passou a ser empregada no Rio Grande do Norte.
A Educação Jesuítica e o Período Pombalino
De maneira preliminar, torna-se necessário observar que o Brasil Colônia já fora
fundado em uma sociedade estratificada, baseada nas relações escravistas e na propriedade
fundiária. A educação formal nesse período deu-se concomitante a colonização e a catequese
devido à chegada dos portugueses, em 1500, aos quais admitiram-se a incumbência de
doutrinar os gentios e convertê-los à fé católica. “O primeiro governador geral do Brasil
chegou em 1549 trazendo consigo os primeiros jesuítas, cujo grupo era constituído por quatro
padres e dois irmãos chefiados por Manuel da Nóbrega” (SAVIANI, 2008, p. 25).
O Ratio Studiorum, organização e plano de estudos do método pedagógico dos jesuítas,
foi composto por regras que abrangiam desde a organização escolar e encaminhamentos
pedagógicos até a observância estrita da doutrina católica. Através do evangelho, os jesuítas
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educaram desde escravos até os filhos de fidalgos portugueses e igualmente para a
constituição dos quadros religiosos. Desenvolveram sua pedagogia cerca de 210 anos, porém
não foram os únicos. Outras ordens ministraram estudos de fé e primeiras letras, o que
remete a ideia de que a educação no Brasil Colônia se desenvolveu intrínseca à religião.
No Rio Grande do Norte as primeiras cadeiras de instrução fora das missões jesuíticas,
ocorreram no século XVIII, iniciando-se pela de Gramática Latina em 1731, para o ingresso
nos seminários.
Em 1740, o minorista Mateus Duarte trouxe carta de apresentação de dom frei Luís de
Santa Tereza, bispo de Pernambuco3, tornando-se o segundo professor, também de
Gramática Latina. Já em 1798, contava-se somente com quatro cadeiras, permitindo-se
sugerir que as terras potiguares mostraram-se pouco aquinhoadas no que se refere à
instrução pública desse período. (CASCUDO, 1955)
Lyra (2008) sugere que a ignorância era a regra para as camadas mais baixas e que o
ensino primário foi ministrado pelos missionários, vigários e capelões aos filhos dos
moradores ricos. Contudo, a estrutura da Ordem Jesuítica desmantela-se com a expulsão dos
membros da Companhia de Jesus em 1759. Com a extinção das missões, o mestre-escola
tornou-se necessário para suceder aos padres na função de educar.
Com a reforma de ensino nascida da publicação do alvará régio de 28 de junho de 1759,
além de decretar a suspensão das classes de ensino dos jesuítas em todo o território de
domínio português, estabelecia-se providências no intuito de criar condições necessárias para
a implementação de uma estrutura educacional que reparasse “os Estudos das Línguas
Latina, Grega, e Hebraica, e da Arte da Retórica, da ruína a que estavam reduzidos” de modo
que restituísse em todos os domínios “o Método antigo, reduzido aos termos símplices e
claros, e de maior facilidade, que atualmente se pratica pelas Nações polidas da Europa”
(p.01). Os assuntos educacionais ficaram sobre a égide do Estado e foram marcados pela
permissividade para abertura e instalação de escolas régias para o público feminino (embora
houvesse a distinção do ensino por sexo) e pelo processo de surgimento da laicidade do
ensino, mesmo que mantido o ensino de caráter religioso, podendo o pároco acumular a
função de mestre-escola da comunidade.
A Ordem dos Jesuítas foi abolida em Portugal e nos seus domínios por ato de 03 de
setembro de 1759. (LYRA, 2008).
3 Durante o governo do Capitão-mor João de Barros Braga
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Expediram-se imediatamente as necessárias ordens para que em todo o Brasil fossem presos e expulsos os jesuítas. Em algumas capitanias, foram as ordens cumpridas com incrível brutalidade; em outras foram os padres tratados com misericórdia. (POMBO, 1963, p. 278).
De maneira geral, no contexto das Reformas Pombalinas no sistema luso-brasileiro
implantava-se uma educação, ministrada sob aulas avulsas, objetivando o controle do Estado
sobre a instrução pública através do abandono do método pedagógico da ordem religiosa e da
padronização do currículo, embora tais caminhos tenham deixado Portugal despojado de
professores. (MAXWELL, 1997)
Por influencia dessa reforma, no Rio Grande do Norte se implantou a primeira aula
régia, em 1781, quando dom José César de Menezes, governador de Pernambuco, nomeava o
cabo de esquadra Francisco Pinto de Araújo para mestre da escola na localidade em que
desde 1659, os Padres Jesuítas sob o comando do Padre Sebastião Figueiredo, iniciaram, a
catequese dos índios. O município de Arez foi criado no período colonial pelo Alvará de 08 de
maio e Carta Régia de 14 de setembro de 1758, com sua instalação em 15 de junho 1760
(Câmara de Arez, 2017). A segunda aula régia foi estabelecida em 1786, tornando-se mestre
da escola em Estremoz o furriel (graduação militar antiga, superior a cabo e inferior a
sargento) André Mateus da Costa. (CASCUDO, 1955). A aldeia de São Miguel do Guajíru era
habitada pelos indígenas Tupis e Paiacus, sob a direção dos padres Jesuítas, nas últimas
décadas do séc. XVIII. Fundada em 03 de maio de 1760, Extremoz foi considerada a primeira
vila do Estado do Rio Grande do Norte, a partir de 1758. (CÂMARA MUNICIPAL DE
EXTREMOZ, 2017). Assim,
Mestre Escola e Professor Régio atravessaram a segunda metade do século XVIII e enfiaram pelo XIX, entocados nos sertões, prestando serviços relevantes, desasnando, com beliscão, palmatória e vara de marmeleiro os futuros chefes políticos, padres ilustres, soldados valorosos e fazendeiros onipotentes, saudosos do tempo de escola, da oração inicial e do pedido de benção ao mestre cujos direitos morais jamais prescreviam. (CASCUDO, 1955, p. 262).
A institucionalização da educação no Brasil decorreu-se lentamente e a organização
potiguar seguiu as diretrizes estabelecidas pelo poder central, assumindo características
específicas somente a partir da concessão da autonomia legislativa provincial. Durante o
império, “poucos abalos produziram na província, que, quase sempre, se conservou alheia às
intensas vibrações patrióticas, alimentadas [...] pelas ardentes paixões que tumultuavam
naquela época” (LYRA, 2008, p. 289).
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A Educação Potiguar e o Período Imperial
Com o Brasil rompendo laços com a metrópole ibérica a partir de seu processo de
independência, coube a nova nação a tarefa de criar instituições e leis para substituir as
existentes. “O Império começaria a campanha sob outra fórmula, a lei, a ordem legal,
partindo do trono, sacudindo, balançando a sonolência provincial”. (CASCUDO, 1955, p.
262).
O Rio Grande do Norte era ainda, a esse tempo, uma província atrasadíssima. Fora capitania subalterna até 1817 e na sua subordinação humilhante e deprimente nunca pudera desenvolver as suas forças, preparando-se para uma vida de relativa autonomia sob instituições mais livres. (LYRA, 2008, p. 289).
Em 1824 foi promulgada a primeira Constituição do Brasil, a qual se previa o ensino
livre para a criação de colégios e universidades onde seriam ensinados os “elementos das
Sciencias, Bellas Letras, e Artes” (inciso XXIII do artigo 179). Ainda que de maneira
excludente em sua concretização, apresentou em seu artigo 179 a inviolabilidade dos direitos
civis e políticos dos cidadãos brasileiros, o qual dedicava o inciso XXXII para a gratuidade da
instrução primária a todos os cidadãos.
De acordo com Cascudo (1955), Estevão Ribeiro de Resende, ministro do império,
estabeleceu a Portaria de 22 de agosto de 1825, a qual fora distribuída a todas as províncias
no intuito de avisar que o imperador mandava promover a introdução e o estabelecimento de
Escolas Públicas de Primeiras Letras; uma vez que Sua Majestade reconhecera a utilidade e
benefícios da instrução pública pelo método Lancasteriano.
A apropriação e o curso dos modelos de escola norte-rio-grandenses atravessaram a
regulamentação da instrução pública nacional e local. A título de exemplo, cinco anos após a
independência do Brasil outorgou-se a primeira regulamentação do Estado brasileiro
referente à instrução pública, a partir da Lei Geral de 15 de outubro de 1827, que organizava,
nacionalmente, a escolarização primária no Brasil e mandava criar escolas elementares em
todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do império, tornando-se a matriz jurídica de
regulamentação do ensino primário no contexto de uma sociedade escravocrata e
predominantemente rural. As nomenclaturas “escolas de primeiras letras” e “cadeiras” são
utilizadas nessa legislação.
A Lei Geral marcou um crescimento da instrução pública no Rio Grande do Norte. “O
presidente da província, com o Conselho do Govêrno, multiplicou as escolas”. (CASCUDO,
1955, p. 264) Assim sendo, a primeira escola nascida por força dessa lei foi em Natal, uma
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aula feminina, em 1829. Em conformidade, a Regência aprovou os ordenados das cadeiras de
ensino de Primeiras Letras em 1832.
Desde as Reformas Pombalinas, no século anterior, a população acostumara-se a terminologia de aulas régias ou cadeiras para as escolas públicas, onde o local em que o professor pago pelo erário real ministrava o ensino, em geral sua própria residência, era a escola. Para os anos iniciais, acrescentava-se de primeiras letras. Na legislação promulgada no Império estas denominações são inicialmente mantidas, sendo, aos poucos, substituídas por escolas primárias e instrução primária. (STAMATTO, 2011, p. 02).
Em 1834 autorizavam-se adições à Constituição de 1824 como Ato Adicional a partir da
Lei nº 16, de 12 de agosto; a matéria legislativa da escolarização primária e secundária estaria
a cargo das Assembleias Provinciais. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte
aprovou a Resolução nº 27, de 5 de novembro de 1836, regulamentadora instrucional da
Província, referenciada pela prerrogativa constitucional de 1834. A Resolução contava com
dezenove artigos e, dentre eles, tratou das escolas como “Aulas de Primeiras Letras” e
“Cadeiras”, além de regulamentar a instrução primária e manter as escolas já existentes.
Nas primeiras décadas, durante o império brasileiro, o Rio Grande do Norte sancionou
algumas leis voltadas para a instrução primária pública. Em 1835, foi autorizada a
organização de Estatutos para as aulas da Província (Resolução N. 5 de 27 de fevereiro), e
aprovaram-se os Estatutos para servirem de Regulamento ao Atheneu da capital,
determinando as aulas e atribuições dos cargo instituídos. (lei n. 30 de 30 de março)
A criação de Liceus ou Ateneus para o ensino secundário também marcou a redefinição
da organização escolar do país, destinando-se a formação das elites locais através da reunião
de cadeiras avulsas em um mesmo estabelecimento, sob uma única direção e inspeção, nas
capitais das províncias. (AZEVEDO e STAMATTO, 2012).
O presidente da província Basílio Quaresma Torreão, em 1836, autorizou e aprovou a
organização de Estatutos para as aulas à Congregação dos Lentes do Atheneu, desta vez
submetendo-os à aprovação da Assembleia; diante desse, escravos não eram admitidos nas
aulas, somente na aprendizagem de prendas domesticas. (Resolução n. 5 de 27 de fevereiro e
resolução n. 27 de 5 de novembro)
No ano seguinte, o presidente da província, Manuel Ribeiro da Silva Lisboa, reafirma a
proibição de pessoas que não sejam livres na participação das aulas públicas. (lei n. 20 de 8
de novembro de 1837)
Cassimiro Sarmento, enquanto presidente da província norte-rio-grandense, sancionou
a lei de criação de um diretor para inspeção das aulas de instrução pública da província em
1845. (lei n. 135 de 7 de novembro)
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Três anos depois, a Assembleia provincial do Rio Grande do Norte organizou o
Regulamento para instrução pública, aprovando novos Estatutos que incumbiram a
responsabilidade de atribuições para o cumprimento das aulas. (lei n. 191 de 14 de agosto de
1848)
Em 1852, extinguiu-se o Atheneu e o Presidente foi autorizado a formular Estatutos à
instrução pública. Dentre a resolução, escolas particulares de primeiras letras não podiam ser
estabelecidas, senão com a licença do inspetor da instrução. (Resolução nº 253 de 27 de
março)
O Atheneu Rio-Grandense foi reinstaurado em 1856, compreendendo a instrução
secundária da capital; da instrução pública em geral, a Resolução nº 27 de 1838 e a Lei 135 de
1845 continuaram em vigor (Resolução nº 350 de 26 de setembro de 1856). No mesmo ano,
cadeiras de primeiras letras com distinção de sexo foram criadas em diferentes pontos da
província. (Lei nº 351 de 26 de setembro)
Depois da seca de 1844-1845, houvera progresso na instrução pública norte-rio-
grandense, contabilizando vinte e sete escolas públicas, dentre elas cinco atendiam ao público
feminino. Existiam professores particulares, além dos nomeados pelo governo, que atuavam
como os antigos mestre-escolas e eram mantidos pelos pais dos alunos. (LYRA, 2008).
Assuntos como a gratificação dos serviços do Diretor e professores (Lei nº 362 de 25 de
abril de 1857) também foram tratados, além da educação de artífices (Resolução nº376 de 9
de agosto de 1858). E em 1858, novo regulamento da instrução pública foi aprovado,
reorganizando o ensino elementar e secundário. (Regulamento nº 4 de 13 de novembro de
1858)
As legislações educacionais apresentadas na tabela a seguir, anteriormente
mencionadas, referem-se ao período do Império brasileiro, às suas escolas e nomenclaturas,
durante as primeiras décadas:
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QUADRO 1 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL/RN – IMPÉRIO (1835-1860)
ANO LEGISLAÇÕES NOMENCLATURAS
1835 Resolução nº 5 de 27 de fevereiro de
1835 Aulas de Latim e primeiras Letras
1836 Resolução nº 5 de 27 de fevereiro de
1836 Aulas de Latim e primeiras Letras
1837 Lei nº 20 de 8 de novembro de 1837 Aulas públicas
1845 Lei nº 135 de 7 de novembro de 1845 Aulas de instrução pública
1852 Resolução nº 253 de 27 de março de
1852
Cadeiras de Latim e Francês, Aulas primárias, Cadeira de instrução, Aula e Escolas particulares de primeiras letras
1856 Lei nº 351 de 26 de setembro de 1856 Cadeiras de primeiras letras
1858 Resolução nº 379 de 16 de agosto de
1858 Cadeiras de Latim
1860 Lei nº 496 de 4 de maio de 1860 Aulas de primeiras letras
Fonte: dados coletados pelo(s) autor(es), nov. 2016.
Em relação às nomenclaturas da educação primária norte-rio-grandense nas primeiras
décadas do Império brasileiro, é notório a utilização das expressões “aulas” e “cadeiras”. E, de
maneira geral, essas legislações trataram, prioritariamente, dos assuntos voltados à distinção
de aulas por sexo, delimitação do público quanto à proibição de escravos, inspeção,
atribuições e regulamentações da instrução pública.
A conjuntura política, até o início da década de 1850, demonstrou que o Brasil
enfrentou instabilidade política e conflitos sociais devido à recente monarquia (PINHEIRO,
2002), dessa forma, a questão da educação no ato legislativo relacionou-se às discussões mais
amplas de formação da nacionalidade.
A legislação (Decreto nº 1331-A de 17 de fevereiro de 1854) do ministro Luiz Pedreira
do Couto Ferraz para o Município Neutro quanto à instrução brasileira do período,
prescrevia, no que tange à organização escolar primária, a divisão em dois graus, e delimitava
o público alvo à população livre e vacinada, determinando em seu artigo 69 a não admissão à
matricula, nem a frequência às escolas “os meninos que padecerem molestias contagiosas” (§
1º), “os que não tiverem sido vacinados” (§ 2º) e “os escravos” (§ 3º). A nomenclatura
presente nessa legislação é a de “escolas públicas”, “escolas de instrução”, “escolas
primárias”, “colégios”, “casas de educação”, “aulas” e “cadeiras”.
Essa legislação deixou marcas identificadas na província potiguar nas reformas da
instrução, nos anos posteriores. Através da Lei nº 530 de 28 de abril de 1862, o Rio Grande
do Norte adotou o exercício da instrução primária exercida por professores do 1º e 2º grau
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ou classe. Também foram referidas essa divisão nas questões orçamentárias. (Lei nº 496 de 4
de maio de 1860)
Novos Regulamentos para a instrução primária da província foram propostos. Em
1865, Regulamento nº 21 de 9 de dezembro e em 1869 (nº24 de 19 de abril). Em 1870,
autorizou-se o reestabelecimento de cadeiras para a instrução (Lei nº 614 de 3 de junho).
Enquanto que em 1871, trata-se novamente de gratificação e vencimentos. (Lei nº 637 de 20
de novembro)
O Regulamento de 1872 permaneceu a tratar as cadeiras de instrução por distinção de
sexo (nº 28 de 17 de dezembro). A escola Atheneu Rio-Grandense foi novamente criada,
desta vez como uma escola normal. A mesma ficou sob organização do regulamento da
província e foram determinados rendimentos (Lei nº 671 de 5 de agosto de 1873).
Em 1874, houvera preocupação quanto à construção e o reparo de casas apropriadas ao
ensino público (Lei nº 686 de 30 de julho e Lei nº 720 de 5 de setembro).
Percebe-se que as pautas das legislações anteriores perpassam o período seguinte.
Ainda foram realizadas menções às questões orçamentárias (Lei nº812 de 17 de novembro de
1877 e Lei nº889 de 27 de março de 1883) e também as cadeiras por distinção de sexo (Lei nº
751 de 2 de setembro de 1875 e Lei nº 843 de 23 de junho de 1882). A criação de cadeiras
mistas somente foi encetada no Rio Grande do Norte sob força da Lei nº 920 de 13 de março
de 1884, a serem ministradas por mulheres. A tabela a seguir refere-se a legislações do
período anteriormente mencionadas:
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QUADRO 2 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL/RN – IMPÉRIO (1862-1886)
ANO LEGISLAÇÕES NOMENCLATURAS
1862 Lei nº 529 de 28 de abril de 1862 Cadeiras, aulas e escola de instrução
primária
1865 Regulamento nº 21 de 9 de dezembro
de 1865 Cadeiras
1869 Regulamento nº 24 de 19 de abril de
1869
Escolas primárias, cadeira, escolas de meninas, escolas de 1º grau, aulas,
escolas avulsas, cadeiras de instrução, aulas avulsas e cadeiras de 1º grau
1873 Lei nº 671 de 5 de agosto de 1873 Escola normal de instrução primária
1874 Lei nº 686 de 30 de julho de 1874 Casas de escolas públicas
1876 Lei nº 783 de 14 de dezembro de 1876 Cadeiras
1877 Lei nº 809 de 19 novembro de 1877 Cadeiras de instrução primária
1883 Lei nº 878 de 17 de março de 1883 Cadeiras de instrução primária e
cadeiras de entrâncias
1886 Lei nº 981 de 11 de junho de 1886 Cadeiras de ensino primário e cadeiras
de instrução primária
Fonte: dados coletados pelo(s) autor(es), nov. 2016.
Nas décadas seguintes, ainda no Império do Brasil, verificou-se que há um vasto acervo
a ser referido a uma mesma forma de organização educacional. A nomenclatura “cadeira” se
torna predominante e “escola” passa a ser inserida nas legislações.
A Educação do RN na Primeira República
O processo de constituição da escola primária moderna seriada, graduada e circunscrita
a espaços e tempos específicos como modelo hegemônico é iniciado no ideário republicano,
firmando durante este regime, instaurado em 15 de novembro de 1889, a institucionalização
da educação escolar primária nos moldes das modalidades, programas de estudo, seriação,
simultaneidade e classe homogênea.
As quatro décadas que a historiografia convencionou chamar de Primeira República no Brasil – as de 1890, 1900, 1910 e 1920 – testemunharam uma movimentação importante no campo educacional. Nas três primeiras, colocaram-se os ingredientes que iriam temperar a retórica de uma intervenção política que na última delas teve a chance de se manifestar de forma mais organizada, e em âmbito nacional. Entre esses ingredientes figurava a associação entre educação e trabalho, que se apresentou com uma dupla face: a necessidade de educar o indivíduo para uma sociedade livre, não escravista, e de alterar a feição negativa de que se revestia a atividade laboral (BOMENY, 2016 p.01)
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O período é marcado pelo combate de posturas consideradas atrasadas no âmbito da
instrução pública, tendo em vista a transição do regime político monárquico escravocrata
para o republicano, federativo, com mão-de-obra livre; acentuando-se o nacionalismo
patriótico a fim de consolidar o Estado Nacional Republicano. Quando a República foi
instituída em 1889, as províncias tornaram-se estados, enquanto que a abolição da
escravatura ocorrera no ano anterior.
No Brasil, no início da República, em processo de urbanização, debatia-se quanto a
precariedade do investimento escolar, defronte as questões do analfabetismo populacional
(com índices muito próximos do Norte ao Sul do país), de um país eminentemente rural,
recém-saído de um longo período de escravidão. Fazia-se necessário a qualificação para o
trabalho industrial e urbano, mas também para os que iriam para a lavoura. Era preciso
definir como se realizaria o trabalho no mundo rural, até então associado ao escravo, mas
agora tarefa de trabalhadores livres. (BOMENY, 2016)
Surgiram na época, educadores em todo o país que constituíram um verdadeiro
laboratório de reformas, ideias e projetos, inspirados em sua grande maioria em modelos
estrangeiros. Dentre as reformas, destaca-se a de 1890 de Benjamin Constant, instituída pelo
Decreto nº 981, de 8 de novembro de 1890, a qual pretendia uma maior atenção ao ensino
científico, além de abranger a todos os níveis de ensino.
Em 7 de abril de 1892, a segunda Constituição do Rio Grande do Norte é aprovada. Em
termos legais, o estado vem reformar a educação pública primária, secundária e profissional
através da Lei nº 06 de 30 de maio de 1892, autorizada pelo presidente Pedro Velho de
Albuquerque Maranhão (1892-1896), o qual previa duas escolas na capital mantidas pelo
Estado com distinção de sexo, “em todos os outros municípios o Estado manterá nas
respectivas sedes uma escola para o sexo masculino e outra para o sexo feminino”. O
presidente expediu o decreto de nº 18 de 30 de setembro de 1892 destinado a reformar
amplamente a educação escolar pública.
O Decreto nº. 60 de 14 de fevereiro de 1892 foi sancionado pelo governo de Pedro
Velho, aprovando-se um novo regulamento para a instrução pública do Estado e instituiu
redefinir a incumbência da fiscalização e da inspeção do ensino primário. Azevedo e Stamatto
(2012) reiteram que a partir desse mesmo ano, por via da instalação da República no país,
ocorrera o movimento de reunião de aulas.
As escolas avulsas passariam a ser agrupadas, a princípio nas capitais dos Estados e, em
seguida, nas sedes dos municípios [...] quando uma reforma no Estado Paulista instaurava
uma nova forma para o ensino primário – os grupos escolares. (AZEVEDO e STAMATTO,
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2012, p. 26). Para essa nova modalidade de ensino primário era necessário a construção de
prédios que abrigassem mais de uma “escola”, formando-se um “grupo” escolar. Cascudo
(1995, p. 296) frisa que, à época, pensava-se “seriamente em combater a praga dos prédios
adaptados para escolas e construí-los dentro da exigência normal da finalidade, claros,
arejados, confortáveis, atraentes”.
Os Grupos Escolares no Rio Grande do Norte foram criados a partir do Decreto n. 174
de 5 de março de 1908, que cria no bairro da Ribeira um Grupo Escolar denominado Augusto
Severo, e pelo seu Regulamento na mesma data que estabelece sua organização.
Determinava-se em um dos seus artigos que “as escolas isoladas absorvidas pelo grupo serão
eliminadas do quadro, podendo os respectivos professores ser aproveitados nos lugares de
adjuntos” (Art. 3º)
Dessa forma, na legislação estadual usava-se a expressão ‘escolas isoladas’ por
referência às escolas agrupadas. Pelo decreto n. 198, de 10 de maio de 1909, estendia aos
demais grupos o modelo de regulamento do Grupo Escolar Augusto Severo.
Nos demais estados igualmente se estabeleceram grupos nas capitais e nos municípios,
mas também houve a manutenção de outras escolas primárias. “Os grupos escolares por sua
vez foram impregnados por uma simbologia republicana e se tornaram a vitrine da educação
no Brasil, constituindo-se como a base da organização escolar do País por todo o século 20.”
(AZEVEDO e STAMATTO, 2012, p. 27).
A partir da criação do Código de Ensino, Decreto nº 261, de 28 de dezembro de 1911, na
organização do ensino público potiguar consolida-se o termo escola isolada no Rio Grande do
Norte: “Art. 2º O ensino primário será dado nos grupos escolares, escolas isoladas e cursos
noturnos para adultos, estabelecidos em cada município.” (p.3).
Considerações Finais
O processo de institucionalização da educação potiguar no Brasil Imperial foi marcado
pela legislação nacional, embora houvesse a autonomia legislativa das províncias desde 1834.
No período republicano se moldaria a organização da Era dos Grupos Escolares,
promovem-se reformas educacionais no Rio Grande do Norte que reestruturam amplamente
a educação escolar pública, destacando-se a ideia de prédio escolar para uma instrução
orientada pela pedagogia moderna.
Quanto às nomenclaturas, são abundantes as que se referem às escolas para a instrução
primária, sendo as mais recorrentes “aulas”, “cadeiras” e “escolas” nos documentos que
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antecedem a primeira República. Por fim, salienta-se que a expressão “escola isolada”
aparece em contrapartida às expressões “grupo escolar” e “escola reunida” na legislação
estadual potiguar.
Referências
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