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Em novembro, as vendas reais do autosserviço apresentaram alta de 3,26% na comparação com o mês imediatamente anterior e alta de 9,78% em relação ao mesmo mês do ano de 2012, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, apurado pela Associação Brasileira de Supermerca- dos (Abras).
No resultado acumulado (jan/nov), as vendas apresentaram crescimento de 5,65%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.Os índices já estão deflacionados pelo IPCA do IBGE.
Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram alta de 3,82% em relação ao mês anterior e alta de 16,12% contra novembro 2012. No acumulado do ano, as vendas crescem 12,28%.
Variações Período de
análise – mês/13
Variação Nominal
Variação Real* (IPCA/ IBGE)
Nov/13 x Out/13 3,82% 3,26%
Nov/13 x Nov/12 16,12% 9,78%
Acumulado/ano 12,28% 5,65%
ECONOMIA
Nesta edição:
www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 19 de Dezembro de 2013
“O resultado de novembro manteve a tendência de alta já delineada
desde junho de 2013, o que mostra que o brasileiro continua
consumindo bem os nossos produtos, pois sua renda continua estável”,
afirmou o presidente da Abras, Fernando Yamada.
“Apesar dos aspectos estruturais realmente positivos, um detalhe que
deve ser ressaltado é que utilizamos desde 2001 o IPCA cheio como
deflator do nosso índice e este acumula 5,77% nos últimos 12 meses. A
inflação de alimentos medida pelo mesmo índice do IBGE, no entanto,
acumula crescimento de 8,63% em 12 meses. Mas, de qualquer
maneira, ainda que utilizássemos um índice mais próximo ao de
alimentos, o nosso crescimento superaria a casa dos 3,0% em termos
reais, o que continua sendo um resultado bastante positivo”, finalizou o
presidente da Abras.
Yamada: “crescimento mostra renda estável”
Índice Abras apresenta
variação real de 5,65% no
acumulado do ano
Vendas do autosserviço crescem 3,26% em novembro
>> Conjuntura –2
IBGE: Massa
salarial cresce
2,3% frente a
nov/2012
>>Abrasmercado – 3
Abrasmercado sobe
0,34% no mês e
acumula 6,82% em
2013
>>Projeções – 6
Tempo de
“perspectivas”:
projeções mostram
ano de 2014 difícil
Nº35
Associação Brasileira de Supermercados
>>Abrasmercado – 4
Santa Catarina tem
deflação de -2,59%
em novembro
>>Índice de Volume – 5
Nielsen: Volume
vendido até outubro
mostra estabilidade
em 2013
>>Indicadores – 7
Indicadores
macroeconômicos
e do varejo
Com alta de 0,75% em dezembro, IPCA-15 fecha o ano em 5,85%
As
medidas
macroeco
nômicas
de ajuste
econômic
o
implement
adas
desde o
fim do
ano
passado
já
começara
m a surtir
efeito,
refletidas
no
resultado
do PIB do
primeiro
trimestre,
que no
acumulad
o dos
últimos 12
Análise do mercado - pg. 02 Conjuntura - pg. 02
Segundo dados do IBGE, em sua Pesquisa Mensal do
Emprego (PME), a taxa de desocupação em novembro
de 2013, foi estimada em 4,6% para o conjunto das seis
regiões metropolitanas investigadas. Na comparação
com outubro (5,2%), a taxa apresentou redução de 0,6
ponto percentual. Frente a novembro do ano passado
(4,9%), esse indicador não apresentou variação
estatisticamente significativa.
Regionalmente, a taxa de
desocupação caiu na Região
Metropolitana de São Paulo (0,9 ponto
percentual) e manteve a estabilidade
nas demais regiões pesquisadas.
A massa de rendimento médio real
habitual dos ocupados foi estimada em
46,2 bilhões em novembro de 2013,
cresceu 2,0% em relação a outubro. Na
comparação com novembro do ano
passado esta estimativa aumentou
2,3%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) do mês de novembro apresentou
variação de 0,54%. Contando com novembro, a
variação no ano foi para 4,95%, inferior à taxa de
5,01% registrada em igual período de 2012. No
acumulado de doze meses o índice ficou em
5,77%, abaixo dos 5,84% relativos aos doze meses
anteriores.
O rendimento médio real habitual dos
trabalhadores foi estimado para o conjunto das
seis regiões pesquisadas, no mês de novembro de
2013, em R$ 1.965,20. Este resultado foi 2,0% maior
que o apurado em outubro (R$ 1.927,48) e 3,0%
acima do verificado em novembro de 2012
(R$ 1.908,41).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,75% em
dezembro e ficou 0,18 ponto percentual acima
da taxa de 0,57% registrada em novembro. Com
isso o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15
acumulado, ficou em 1,81% no último trimestre e
fechou o ano em 5,85%, acima do ano de 2012
(5,78%). Em dezembro de 2012, a taxa foi de
0,69%.
Em dezembro, o maior impacto individual foi
exercido pelas passagens aéreas, cujo aumento
foi de 20,15%. A gasolina veio em seguida, com
preços 2,15% mais caros. Juntas, com 0,19 p.p.,
passagens aéreas e gasolina dominaram o índice
do mês, respondendo por um quarto dele.
IPCA-15: alta de 0,75% em
dezembro
Os Artigos de Residência apresentaram taxas próximas,
com 0,55% em novembro e 0,57% em dezembro, fechando
com 6,24%. Outros grupos: Vestuário (de 0,96% para
0,78%), Alimentação e Bebidas (de 0,84% para 0,59%)
e Educação(de 0,09% para zero), fechando o ano,
respectivamente, com 5,36%, 8,50% e 7,90%.
IBGE: Massa salarial cresce 2,3% frente a nov/2012
Farinha de trigo acumula alta de 33,1% no ano
O resultado anualizado da cesta
Abrasmercado voltou a cair, após
alta no mês anterior. Em maio, o
índice acumulava alta de 13,61%,
caiu para 12,61% em junho, 11,45%
em julho; 10,21% em agosto; 6,88%
em setembro; em outubro 7,16. Com
a variação de 0,35% de novembro, o
índice chegou a 6,83%, abaixo do
IPCA Alimentos e Bebidas (8,63%),
mas acima do IPCA cheio (5,77%).
No período de 12 meses até
novembro, os produtos que
acumularam as maiores variações
foram a farinha de trigo (33,1%), a
farinha de mandioca (33,0%), e a
batata (24,3%). Com movimentação
oposta, os maiores destaques foram
as quedas da cebola, que recuou
(-21,4%), o óleo de soja (queda de
-18,3%) e o açúcar (-11,5%).
Em novembro de 2012, o índice de
12 meses acumulava alta de 8,06%.
Em novembro, o Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo analisada pela GfK em mais de 600 estabelecimentos de autosserviço espalhados em todo o País, apresentou alta de 0,34%, em relação a outubro de 2013.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o Abrasmercado apresentou alta de 6,83%, passando de R$ 336,86 para R$ 336,86. Em novembro de 2012, o Abrasmercado assinalava uma alta de 0,66%, quase o dobro do verificado neste ano.
Os produtos com as maiores altas em novembro, na comparação com o mês anterior, foram: tomate, com 13,39%; batata, 5,98%, pernil, 4,83%; desinfetante, 3,85%.A maior alta do tomate foi registrada na Região Nordeste, onde variou 38,32%. A batata subiu 15,65% na Região Sudeste. O pernil, por sua vez, alta de 7,80% na Região Nordeste.
Já os produtos com as maiores quedas foram: feijão, -5,90%; leite longa vida, -4,25%; creme dental, -1,60%; e o extrato de tomate, com queda de -1,04%. A cebola teve queda em quatro regiões a maior queda foi na Região Norte -8,59%, na Região Sul a única que apresentou alta 0,73%.
No resultado acumulado do ano, os produtos que mais pressionaram a inflação na cesta Abrasmercado foram a farinha de trigo, com 31,3%, a farinha de mandioca, com 22,8%, a massa sêmola espaguete, com 22,3%.
Já os produtos que apresentaram as maiores quedas nos preços até o mês de novembro de 2013 foram pela ordem: cebola (-23,3%) óleo de soja (-18,1%), açúcar (-12,1%).
Abrasmercado sobe 0,34% no mês e acumula 6,82% em 2013
Maiores quedas (Mês x Mês anterior - %)
FEIJÃO -5,90
LEITE LONGA VIDA -4,25
CREME DENTAL -1,60
EXTRATE DE TOMATE -1,04
Abrasmercado - pg. 03
Comparativo Abrasmercado x IPCA Abrasmercado IPCA
Variação Mensal (Nov/13 versus Out/13) 0,34% 0,54%
Acumulado no Ano(Jan/13 a Nov/13) 5,28% 4,95% Variação 12 meses (Nov/13 versus Nov/12) 6,82% 5,77%
Maiores altas (Mês x Mês anterior - %)
TOMATE 13,39
BATATA 5,98
PERNIL 4,83
DESINFETANTE 3,85
Abrasmercado
Período Valor em R$
Novembro/12 R$ 336,86
Novembro/13 R$ 359,86
Var. (%) Mês x Mesmo mês do ano anterior
6,82
Período Valor em R$
Outubro/13 R$ 358,60
Novembro/13 R$ 359,86
Var. (%) Mês x Mês Anterior
0,34
Abrasmercado - pg. 04
R$ 388,59
R$ 341,80
R$ 323,91
R$ 428,47
R$ 308,98
Em novembro, a Região Sudeste apresentou queda, de -0,13%, na relação de um mês para o outro, com destaque para a queda nos preços do ovo (-7,79%) e do feijão (-7,15%). A cesta regional ficou em R$ 341,80.
A cesta da Região Norte permaneceu com o posto da cesta mais cara do País, e apresentou queda de -0,48%. Na região, os produtos que apresentaram maiores quedas de preços foram a batata (-10,23%) e o feijão (-8,59%).
A segunda cesta mais cara do País continua sendo da Região Sul, com valor de R$ 388,59, oscilação de 0,50% no mês. Na região, os produtos que apresentaram maiores altas de preços foram o biscoito maisena (10,08%) e a cebola (8,98%).
A Região Centro-Oeste apresentou alta de 0,84%, na relação de um mês para o outro. Na região, os produtos que apresentaram maiores altas de preços foram o tomate (22,22%) e a batata (12,55%).
Na Região Nordeste, a alta foi de 1,28%, atingindo o valor de R$ 308,98, as maiores altas da região foram verificadas no tomate (38,31%) e no pernil (7,80%).
De acordo com a pesquisa, em novembro, Santa Catarina continua tendo a cesta mais cara do País, R$ 396,72. Com variação de -2,59% no mês, destaque para a queda no preço do ovo (-12,03%).
Campo Grande apresentou entre as capitais e municípios pesquisados a maior alta nos preços do País, com variação de 3,02%, atingindo o valor de R$ 284,69. Na região, os produtos que apresentaram as maiores altas no mês foram a batata (7,51%), o detergente líquido para louças (7,17%) e o estrato de tomate (3,87%).
Na Grande São Paulo, a cesta Abrasmercado apresentou em novembro/2013 variação de 0,89%, atingindo o valor de R$ 352,39. Os produtos que apresentaram alta nos preços foram o tomate (17,92%), o cebola (13,80%).
Santa Catarina tem deflação de -2,59% em novembro
Cest
Grande São Paulo apresenta alta de 0,89% no mês
Índice de Volume - pg. 05
Nielsen: Volume vendido até outubro mostra estabilidade em 2013
De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou, no 5º bimestre de 2013, variação de -0,01% nas vendas em volume, em comparação ao mesmo período de 2012, quando a variação ficou em 0,0% (em relação a 2011).
A cesta Outros teve o maior crescimento em volume no 5º bimestre (3,8%), seguida pela cesta de Limpeza Caseira com 2,9%, Mercearia Salgada com 1,2% e cesta de Higiene e Beleza com 1,1%.A cesta de Bebidas Alcoólicas foi a que teve a maior queda no acumulado do 5º bimestre, -3,7%; seguida pela cesta de Bebidas Não Alcoólicas, -2,1%, Mercearia Doce -0,3 e Pereciveis, -0,2%.
As categorias que apresentaram maior crescimento em volume vendido no bimestre foram alimentos para gatos, com 20,4%; suco de frutas com 11,4%; leite fermentado e tintura e rejuvenescedor para cabelos, ambos com 11,1%.
As maiores quedas: bebidas à base de soja, com -19,8%; álcool com -15,2%; e açúcar, com -9,8%.
DeflacionadoIPCA = INV
Variação do Índice de Volume, por cestas
Deflacionado
IPCA =
Variação do Índice de Volume por ckeck-out
Maiores contribuições no crescimento
Contribuições negativas no volume
Os supermercados de médio e grande porte
apresentaram queda de vendas em volume, já os de
pequeno porte tiveram crescimento.
O modelo que compreende os hipermercados de 20
ou mais check-outs teve o pior desempenho (queda
de (-2,7%), seguido pelo modelo de 10 a 19 check-
outs (-1,0%).
Os supermercados de pequeno porte (com 1 a 4
check-outs) foram os que apresentaram melhor
desempenho com crescimento no bimestre, 2,0%, o
modelo de 5 a 9 check-outs mostrou alta de 0,6%.
segundo o levantamento da Nielsen.
Supermercados de menor porte continuam
apresentando melhor desempenho
Projeções - pg. 06
Boletim Focus: inflação deverá continuar preocupando em 2014
Projeções – 13/12/2013 Índices/Indicadores 2013 2014
PIB (% de crescimento) 2,30 2,01
Produção Industrial (% de crescimento)
1,61 2,31
Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$)
2,33 2,43
Taxa Selic - fim de período (% a.a.)
10,00 10,50
IPCA (%) 5,70 5,95
IGP-M (%) 5,46 6,01
Fonte: Boletim Focus - Banco Central
Segundo o Boletim Focus, a
perspectiva de crescimento para
o PIB de 2013 foi alterada para
2,30%. Para 2014 a previsão para
o crescimento foi reajustada
para 2,01%.
As projeções indicam que o
Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) irá
fechar 2013 em 5,70%, abaixo
dos 5,84% de 2012. Para 2014,
expectativa de alta de 5,95%,
mostrando que a inflação
continuará sendo foco de
preocupação. Há um mês, a
projeção era de 5,82% em 2013 –
e de 5,92% para 2014.
Para o IGP-M, a previsão é de
que o índice encerre o ano em
5,46%. Para 2014, 6,01%. Já a
previsão para a Selic foi
mantida em 10,00% para 2013.
Para 2014, a perspectiva foi
reajustada para 10,50% ao
ano.
No levantamento de 13/12, a
previsão do mercado financei-
ro para a taxa de câmbio no
fim de 2013 estava em R$ 2,33.
A previsão para o dólar no fim
de 2014 está em R$ 2,43.
Tempo de “perspectivas”: projeções mostram ano de 2014 difícil
As projeções para o PIB brasileiro declinam
semana a semana (ver abaixo) e para os
analistas do mercado, a tendência é a de que
tenhamos mais um ano de baixo crescimento em
2014. Se no início do ano a perspectiva era de
crescimento de 3,9%, ao final do ano, a aposta
tinha caído para 2,01%.
Já o PIB de 2013 começou com uma perspectiva
mais baixa do que o de 2014, mas deve encerrar
o ano com resultado fraco, mas melhor do que o
que se espera para o ano que vem.
No ano que vem, o governo precisará enfrentar a
dificuldade do câmbio, que sobrevalorizado
dificulta as exportações e tem conduzido a
sucessivos déficits no balanço de transações
correntes. O problema é que desvalorizações na
taxa de câmbio tendem a ter impacto sobre as
taxas de inflação, sempre muito próximas do teto
da meta (6,5%) nos últimos anos. O fato deverá ser
agravado pelo anúncio feito (em 18/12) da
redução do programa de estímulos monetários do
fed (o banco central americano) a partir de janeiro.
O fed gastará US$ 75 bilhões por mês na compra de
títulos do governo, abaixo do montante que gastou
ao longo de um ano (US$ 85 bi/mês). Com isso, a
tendência será uma maior saída de capitais das
economias emergentes.
Necessário para o setor produtivo, o possível efeito
de um dólar mais alto na inflação tende a deixar o
governo de mãos atadas, após os sucessivos
aumentos dos juros verificados em 2013. A partir de
agora, a margem de manobra é menor e mais
aumentos engessarão ainda mais a economia.
FED, indicou o BC. Se, por um lado, o câmbio
supervisionado, mas flutuante, pode suavizar uma
parte do impacto da saída de capitais, por outro,
Expediente:
Departamento de Economia e Pesquisa
Moisés Lira/Fabiana Alves/Flávio Tayra (consultor)
Revisão: Roberto Leite
Tel.: 55 11 3838-4516 e-mail: [email protected]
Indicadores
Indicadores - pg. 07