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Universidade Federal do Rio de Janeiro
A INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE
OPERAÇÃO E PROJETO NO DESEMPENHO DE
ATUAÇÃO HIDRÁULICA DE VÁLVULAS
SUBMARINAS DO TIPO GAVETA
Marcos Hideo da Silva Mashiba
2011
A INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO E PROJETO NO
DESEMPENHO DE ATUAÇÃO HIDRÁULICA DE VÁLVULAS SUBMARINAS
DO TIPO GAVETA
Marcos Hideo da Silva Mashiba
Rio de Janeiro
Setembro de 2011
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós-graduação em Engenharia
Mecânica, COPPE, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Mestre
em Engenharia Mecânica.
Orientador: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
A INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO E PROJETO NO
DESEMPENHO DE ATUAÇÃO HIDRÁULICA DE VÁLVULAS SUBMARINAS
DO TIPO GAVETA
Marcos Hideo da Silva Mashiba
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO ALBERTO
LUIZ COIMBRA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DE ENGENHARIA (COPPE)
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM
CIÊNCIAS EM ENGENHARIA MECÂNICA.
Examinada por:
#/'. Sylvio José Ribeiro de Oliveira, Dr.-lng.Prof
cxu \/ ( -G^- k>£
of. Marcelo Amorim Sávi, D.Sc.
Prof. Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco, D.Sc.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
SETEMBRO DE 2011
iii
Mashiba, Marcos Hideo da Silva
A Influência dos Parâmetros de Operação e Projeto
no Desempenho de Atuação Hidráulica de Válvulas
Submarinas do Tipo Gaveta / Marcos Hideo da Silva
Mashiba. – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2011.
XIX, 195 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa
de Engenharia Mecânica, 2011.
Referências Bibliográficas: p. 107-108.
1. Atuação hidráulica. 2. Válvulas submarinas. 3.
Gaveta. I. Oliveira, Sylvio José Ribeiro de. II. Universidade
Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de
Engenharia Mecânica. III. Título.
iv
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Paulo e Maria, e minha irmã,
Andriela, pelo amor essencial e cuidado único, pela
paciência extrema, dedicação incondicional,
orientação e presença constante em minha vida. Por
acreditarem em mim mesmo nos momentos em que
eu menos acreditava.
A minha amada esposa Érika, companheira e amiga
de todos os momentos, não só pelo incentivo,
compreensão e paciência durante a etapa de
elaboração deste trabalho, mas também pelo amor,
carinho, cuidado e cumplicidade no dia-a-dia.
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus não só pelo dom da vida, mas também pela proteção
e por todas as bênçãos concebidas a mim e a toda minha família.
À gerência PETROBRAS/CENPES/PDEP/TES, nas pessoas da gerente Louise
Pereira Ribeiro e do gestor Cassio Kuchpil, pela liberação e pelo incentivo para
realização deste trabalho de mestrado.
Ao Professor Dr.-Ing. Sylvio José Ribeiro de Oliveira, pela orientação acadêmica e
discussões que contribuíram para a execução deste trabalho.
Ao ex-tutor e colega de trabalho Eng. Antonio J. P. R. Britto e ao ex-professor e colega
de trabalho Eng. Euthymios J. Euthymiou pelo compartilhamento de todo o
conhecimento prático e teórico relativo à disciplina de válvulas submarinas, essenciais
para a realização deste trabalho.
E por fim, porém com igual importância, agradeço a todos os colegas de trabalho que
direta ou indiretamente contribuíram para o desenvolvimento desta dissertação de
mestrado, em especial aos engenheiros Leonídio Buk Junior e Eduardo Grützmacher.
vi
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
A INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE OPERAÇÃO E PROJETO NO
DESEMPENHO DE ATUAÇÃO HIDRÁULICA DE VÁLVULAS SUBMARINAS DO TIPO
GAVETA
Marcos Hideo da Silva Mashiba
Setembro / 2011
Orientador: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
Programa: Engenharia Mecânica
Este trabalho apresenta um modelo matemático capaz de prever com boa
precisão, comparado aos resultados experimentais, o comportamento de uma válvula
gaveta com atuador hidráulico nas condições de teste, tanto para ambiente
atmosférico quanto para ambiente hiperbárico. É apresentada neste estudo uma
comparação entre as curvas de atuação obtidas para conjuntos dos tipos FSC (falha
segura fechada) e FSO (falha segura aberta), onde são identificadas as principais
diferenças e os pontos mais críticos a cada projeto. Além disso, por meio deste
modelo, foi possível avaliar, para a condição de operação, a influência que a variação
da pressão à jusante da válvula exerce na força de atuação requerida pela válvula,
bem como no desgaste das superfícies de vedação. Por fim, no que diz respeito aos
testes de qualificação de projeto, é apresentado um diagrama com as falhas típicas
verificadas em válvulas do tipo gaveta instaladas em equipamentos submarinos, que
permite o completo mapeamento dos pontos a serem devidamente verificados no
projeto de um conjunto válvula-atuador para aplicações submarinas.
vii
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
THE INFLUENCE OF THE OPERATING AND DESIGN PARAMETERS IN THE
HYDRAULIC ACTUATION PERFORMANCE OF SUBSEA GATE VALVES
Marcos Hideo da Silva Mashiba
September / 2011
Advisor: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
Department: Mechanical Engineering
This Dissertation presents a mathematical model able to predict with good
accuracy, compared with the experimental results, the behaviour of a hydraulic
actuated gate valve in the test conditions, for both atmospheric and hyperbaric
environment. It is presented in this study a comparison between the actuation curves
obtained for FSC (fail safe closed) and FSO (fail safe open) valve types, where the
main differences, and also the most critical points, are identified for each project. In
addition, through this model, it was possible to evaluate the influence that the
development of downstream pressure profile has in the force required to actuate the
valve, as well as in the wear of the sealing surfaces. Finally, with respect to the design
qualification tests, is presented a diagram showing the typical failures found to occur in
gate valves type installed in subsea equipment, which allows a complete mapping of
points to be properly verified in the design of a valve-actuator assembly for subsea
applications.
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
1.1. Sistema de Produção Submarino ................................................................................................ 1
1.1.1. BAP – Base Adaptadora de Produção ..................................................................................... 2
1.1.2. ANM – Árvore de Natal Molhada ........................................................................................... 3
1.1.2.1. ANM-V .................................................................................................................................... 5
1.1.2.2. ANM-H .................................................................................................................................... 6
1.1.3. Manifold ................................................................................................................................. 8
1.1.4. PLEM – Pipeline End Manifold .............................................................................................. 10
1.1.5. PLET – Pipeline End Termination .......................................................................................... 11
1.1.6. SSIV – Subsea Isolation Valve ............................................................................................... 12
1.2. Motivação e objetivos do trabalho ........................................................................................... 12
2. VÁLVULA SUBMARINA DO TIPO GAVETA .................. .................................................. 15
2.1. Características de projeto e princípio de funcionamento......................................................... 15
2.1.1. Válvula .................................................................................................................................. 16
2.1.2. Bonnet .................................................................................................................................. 19
2.1.3. Atuador hidráulico ................................................................................................................ 20
2.2. Função de falha segura ............................................................................................................. 22
2.3. Sistema de controle .................................................................................................................. 25
2.3.1. Hidráulico direto ................................................................................................................... 26
2.3.2. Eletro-hidráulico multiplexado ............................................................................................. 28
2.4. Curva de atuação característica de uma válvula do tipo gaveta ............................................... 30
2.5. Qualificação do projeto de um conjunto válvula-atuador ........................................................ 33
3. DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO .............. ......................................... 38
3.1. Forças devido à pressão do ambiente (pressão externa) ......................................................... 41
3.1.1. Força na haste de override (Fph) .......................................................................................... 42
3.1.2. Força no sistema de compensação (Fsc) .............................................................................. 42
3.2. Força devido à compressão da mola (Fcm) .............................................................................. 43
3.3. Pressão devido à coluna de fluido de controle (Pcfc) ............................................................... 45
3.4. Força devido à pressão na cavidade do corpo da válvula (Feh) ............................................... 46
3.5. Forças de atrito ......................................................................................................................... 47
3.5.1. Força de atrito na interface de vedação pistão-cilindro (fvpc) ............................................ 47
3.5.2. Força de atrito na interface de vedação pistão-haste override (fvpho) ............................... 48
3.5.3. Força de atrito na interface de vedação bonnet-haste principal (fvbhp)............................. 49
ix
3.5.4. Força de atrito devido ao contato sede-gaveta (fcsg) .......................................................... 50
3.6. Determinação do percentual de abertura de passagem (h(x)) ................................................ 52
3.6.1. Percentual de abertura de passagem para conjunto FSC ..................................................... 52
3.6.2. Percentual de abertura de passagem para conjunto FSO .................................................... 52
3.7. Determinação da pressão à jusante da válvula ........................................................................ 53
3.7.1. Vazão pela válvula em condições de teste ........................................................................... 53
3.7.2. Vazão pela válvula em condição de produção ...................................................................... 56
3.8. Determinação da pressão de atuação ...................................................................................... 64
3.8.1. Curva de atuação para o avanço do atuador ........................................................................ 64
3.8.2. Curva de atuação para o retorno do atuador ....................................................................... 65
3.9. Verificação do modelo matemático .......................................................................................... 67
3.10. Dados de entrada do projeto do conjunto válvula-atuador ..................................................... 68
3.11. Dados de entrada da base de projeto: cenário de aplicação .................................................... 69
4. MATERIAIS E MÉTODOS ............................... ................................................................... 70
4.1. Aparato de Teste ....................................................................................................................... 70
4.1.1. Painel de Controle da Jusante .............................................................................................. 72
4.1.2. Painel de Controle da Montante e do Corpo ........................................................................ 73
4.1.3. Painel de Controle do Backseat ............................................................................................ 74
4.1.4. Painel de Controle do Atuador ............................................................................................. 74
4.1.5. Unidades de Potência Hidráulica .......................................................................................... 75
4.1.6. Acumuladores ....................................................................................................................... 76
4.1.7. Controlador Lógico Programável - PLC ................................................................................. 77
4.1.8. Transdutor de Deslocamento Linear Variável – LVDT .......................................................... 77
4.2. Descritivo de teste de desempenho de atuação hidráulica ...................................................... 78
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................... ............................................................. 81
5.1. A influência da lâmina d’água ................................................................................................... 90
5.2. A influência da pressão de trabalho ......................................................................................... 92
5.3. A influência do diferencial de pressão através da gaveta ......................................................... 94
5.4. A influência do coeficiente de atrito entre partes metálicas .................................................... 98
5.5. A influência do coeficiente de rigidez da mola do atuador ...................................................... 99
5.6. A influência da pré-carga da mola do atuador ........................................................................ 101
6. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 103
6.1. Considerações finais ............................................................................................................... 103
6.2. Conclusões do trabalho .......................................................................................................... 104
6.3. Sugestões para trabalhos futuros ........................................................................................... 106
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................... ................................................................ 107
x
APÊNDICE A: Equação para cálculo da área de passage m de uma válvula do tipo gaveta
paralela com passagem plena. ...................... ........................................................................ 110
APÊNDICE B: Modelos matemáticos implementados no software Mathcad 14. .............. 114
APÊNDICE C: Resultados obtidos do modelo matemático . ............................................... 176
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1-1. Esquemático de um sistema de produção submarino. [1] ......................................................... 2
Figura 1-2. Desenho 3D de uma ANM-V dotada de SCM: (a) vista isométrica e (b) vista frontal. (Cortesia:
Aker Subsea) ................................................................................................................................................. 4
Figura 1-3. Esquemático de uma Árvore de Natal Molhada Vertical. [2] ..................................................... 6
Figura 1-4. Esquemático de uma Árvore de Natal Molhada Horizontal. [2] ................................................ 7
Figura 1-5. Vista isométrica dos componentes internos de um manifold. [3] ............................................. 8
Figura 1-6. Desenho 3D de um manifold com módulos de conexão vertical das linhas e módulo de
controle submarino. (Cortesia: Petrobras) ................................................................................................... 9
Figura 1-7. Exemplo de Pipe Line End Maninold. (Cortesia: Petrobras) ..................................................... 11
Figura 1-8. Desenho de um PLET com varandas abertas. (Cortesia: Petrobras) ........................................ 12
Figura 1-9. Projeção da produção nacional hidrocarbonetos até o ano de 2020 - Petrobras. [4] ............. 13
Figura 1-10. Projeção da quantidade de ANMs e Manifolds instalados no ano de 2020 - Petrobras. [5].. 13
Figura 2-1. Válvula gaveta com atuador hidráulico com retorno por mola. .............................................. 16
Figura 2-2. Componentes internos da válvula gaveta do tipo FSC. ............................................................ 16
Figura 2-3. Detalhe de um selo labial com energização por mola. [6] ....................................................... 17
Figura 2-4. Detalhes da sede de uma válvula gaveta. ................................................................................ 18
Figura 2-5. Sistema de vedação de uma válvula gaveta. ............................................................................ 18
Figura 2-6. Sistema de vedação da haste: conjunto de gaxetas e backseat. .............................................. 20
Figura 2-7. Componentes de um atuador hidráulico. ................................................................................ 21
Figura 2-8. Conjunto válvula-atuador com reservatório de compensação. (Cortesia: BEL) ....................... 22
Figura 2-9. Trem de acionamento de uma válvula gaveta FSC nas posições (a) fechada, (b) crack-open, (c)
semi-aberta e (d) completamente aberta. ................................................................................................. 23
Figura 2-10. Trem de acionamento de uma válvula gaveta FSO nas posições: (a) aberta, (b) semi-fechada,
(c) pinch-off e (d) completamente fechada. ............................................................................................... 24
Figura 2-11. Componentes de um sistema de controle submarino. [3] ..................................................... 26
Figura 2-12. Esquemático de um sistema de controle do tipo hidráulico direto. [3] ................................. 27
Figura 2-13. Esquemático de um sistema de controle do tipo eletro-hidráulico multiplexado. [3] ........... 29
Figura 2-14. Principais componentes de um SCM. [3] ................................................................................ 30
xii
Figura 2-15. Curva de atuação característica (assinatura) e seus pontos-chave. ....................................... 31
Figura 2-16. Falhas típicas verificadas em válvulas do tipo gaveta instaladas em equipamentos
submarinos. ................................................................................................................................................ 34
Figura 2-17. Diagrama mostrando a relação entre as condições de operação e o mecanismo de desgaste.
[10] ............................................................................................................................................................. 37
Figura 3-1. Representação das forças devido à pressão externa. .............................................................. 42
Figura 3-2. Representação da força devido à mola. ................................................................................... 43
Figura 3-3. Curva de carregamento da mola obtida em laboratório. [14] ................................................. 43
Figura 3-4. Curva de carregamento da mola ao longo do curso do atuador. ............................................. 44
Figura 3-5. Representação da força devido à pressão da coluna de fluido de controle. ........................... 45
Figura 3-6. Representação da força de expulsão da haste. ........................................................................ 46
Figura 3-7. Indicação da interface de vedação pistão-cilindro. .................................................................. 48
Figura 3-8. Indicação das interfaces de vedação pistão-haste override. .................................................... 49
Figura 3-9. Indicação da interface de vedação bonnet-haste principal. ..................................................... 50
Figura 3-10. Indicação da interface de vedação sede-gaveta. ................................................................... 51
Figura 3-11. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no avanço do
atuador de um conjunto FSC em condições de teste. ................................................................................ 54
Figura 3-12. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no retorno do
atuador de um conjunto FSC em condições de teste. ................................................................................ 54
Figura 3-13. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no avanço do
atuador de um conjunto FSO em condições de teste. ............................................................................... 55
Figura 3-14. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no retorno do
atuador de um conjunto FSO em condições de teste. ............................................................................... 55
Figura 3-15. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura de passagem
no avanço do atuador de um conjunto FSC. .............................................................................................. 57
Figura 3-16. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura de passagem
no retorno do atuador de um conjunto FSC............................................................................................... 57
Figura 3-17. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura de passagem
no avanço do atuador de um conjunto FSO. .............................................................................................. 58
Figura 3-18. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura de passagem
no retorno do atuador de um conjunto FSO. ............................................................................................. 58
xiii
Figura 3-19. Representação do volume de controle considerado. ............................................................ 59
Figura 3-20. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no avanço do
atuador de um conjunto FSC em condições de produção. ......................................................................... 62
Figura 3-21. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no avanço do
retorno de um conjunto FSC em condições de produção. ......................................................................... 62
Figura 3-22. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no avanço do
atuador de um conjunto FSO em condições de produção. ........................................................................ 63
Figura 3-23. Variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de passagem no retorno do
atuador de um conjunto FSO em condições de produção. ........................................................................ 63
Figura 3-24. Diagrama de corpo livre do trem de acionamento do conjunto válvula-atuador durante o
movimento de avanço do atuador. ............................................................................................................ 64
Figura 3-25. Diagrama de corpo livre do trem de acionamento do conjunto válvula-atuador durante o
movimento de retorno do atuador. ........................................................................................................... 66
Figura 4-1. Esquemático do aparato de teste. ........................................................................................... 70
Figura 4-2. Diagrama hidráulico do aparato do teste. ................................................................................ 71
Figura 4-3. Painel de controle da jusante. .................................................................................................. 73
Figura 4-4. Painel de controle da montante e do corpo. ............................................................................ 73
Figura 4-5. Painel de controle do backseat. ............................................................................................... 74
Figura 4-6. Painel de controle do atuador. ................................................................................................. 75
Figura 4-7. Unidade de potência hidráulica. .............................................................................................. 76
Figura 4-8. Acumuladores hidráulicos. ....................................................................................................... 76
Figura 4-9. Controlador lógico programável. ............................................................................................. 77
Figura 4-10. Transdutor de deslocamento linear variável – LVDT. ............................................................. 77
Figura 5-1. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 1, teste atmosférico em
baixa pressão. ............................................................................................................................................. 87
Figura 5-2. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 2, teste atmosférico em
alta pressão. ............................................................................................................................................... 87
Figura 5-3. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 3, teste hiperbárico em
baixa pressão. ............................................................................................................................................. 87
Figura 5-4. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 4, teste hiperbárico em alta
pressão. ...................................................................................................................................................... 88
xiv
Figura 5-5. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 5, condição de produção.
.................................................................................................................................................................... 88
Figura 5-6. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 6, teste atmosférico em
baixa pressão. ............................................................................................................................................. 88
Figura 5-7. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 7, teste atmosférico em
alta pressão. ............................................................................................................................................... 89
Figura 5-8. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 8, teste hiperbárico em
baixa pressão. ............................................................................................................................................. 89
Figura 5-9. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 9, teste hiperbárico em
alta pressão. ............................................................................................................................................... 89
Figura 5-10. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 10, condição de
produção. ................................................................................................................................................... 90
Figura 5-11. Pressão mínima de retorno. ................................................................................................... 92
Figura 5-12. Influência do diferencial de pressão através da gaveta na pressão de atuação do conjunto
FSC para o avanço (a) e o retorno (b). ........................................................................................................ 95
Figura 5-13. Influência do diferencial de pressão através da gaveta na pressão de atuação do conjunto
FSO para o avanço (a) e o retorno (b). ....................................................................................................... 96
Figura 5-14. Representação da pista de desgaste deixada pela sede de jusante na superfície de uma
gaveta FSC nas condições de teste (a) e de produção (b). ......................................................................... 97
Figura 5-15. Variação da pressão de atuação com a variação do coeficiente de atrito entre partes
metálicas. ................................................................................................................................................... 98
Figura 5-16. Variação da pressão de atuação com a variação do coeficiente de rigidez da mola do
atuador. .................................................................................................................................................... 100
Figura 5-17. Verificação da pré-carga da mola especificada no projeto do atuador para (a) LDA = 2600 m
e ρfc = 1060 kg/m3; (b) LDA = 3000 m e ρfc = 1080 kg/m
3. ........................................................................ 102
Figura C-1. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSC (abertura) – Caso 1. .................................. 176
Figura C-2. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSC (fechamento) – Caso 1. ........................... 176
Figura C-3. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSC (abertura) – Caso 2. .................................. 178
Figura C-4. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSC (fechamento) – Caso 2. ........................... 178
Figura C-5. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSC (abertura) – Caso 3. .................................. 180
Figura C-6. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSC (fechamento) – Caso 3. ........................... 180
Figura C-7. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSC (abertura) – Caso 4. .................................. 182
xv
Figura C-8. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSC (fechamento) – Caso 4. ........................... 182
Figura C-9. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSC (abertura) – Caso 5. .................................. 184
Figura C-10. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSC (fechamento) – Caso 5. ......................... 184
Figura C-11. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSO (fechamento) – Caso 6. .......................... 186
Figura C-12. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSO (abertura) – Caso 6. .............................. 186
Figura C-13. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSO (fechamento) – Caso 7. .......................... 188
Figura C-14. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSO (abertura) – Caso 7. .............................. 188
Figura C-15. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSO (fechamento) – Caso 8. .......................... 190
Figura C-16. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSO (abertura) – Caso 8. .............................. 190
Figura C-17. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSO (fechamento) – Caso 9. .......................... 192
Figura C-18. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSO (abertura) – Caso 9. .............................. 192
Figura C-19. Curva de avanço do atuador de uma válvula FSO (fechamento) – Caso 10. ........................ 194
Figura C-20. Curva de retorno do atuador de uma válvula FSO (abertura) – Caso 10. ............................ 194
xvi
LISTA DE TABELAS
Tabela 2-1. Pontos-chave em uma curva de atuação característica. ......................................................... 32
Tabela 2-2. Relação de testes usualmente realizados na etapa de qualificação do projeto de um conjunto
válvula-atuador do tipo gaveta. ................................................................................................................. 35
Tabela 3-1. Dados do projeto do conjunto válvula-atuador....................................................................... 68
Tabela 3-2. Dados da base de projeto. ....................................................................................................... 69
Tabela 4-1. Transdutores de pressão utilizados nos testes. ....................................................................... 72
Tabela 4-2. Bombas pneumáticas utilizadas nos testes. ............................................................................ 75
Tabela 5-1. Matriz de cenários estudados.................................................................................................. 81
Tabela 5-2. Pontos-chave obtidos para o conjunto VG-FSC, valores em psi. ............................................. 82
Tabela 5-3. Pontos-chave obtidos para o conjunto VG-FSO, valores em psi. ............................................. 82
Tabela 5-4. Comparação dos valores obtidos para a pressão de atuação por meio do modelo com os
resultados de testes para os casos 1 e 2 – ambiente atmosférico. ............................................................ 84
Tabela 5-5. Comparação dos valores obtidos para a pressão de atuação por meio do modelo com os
resultados de testes para os casos 3 e 4 – ambiente hiperbárico. ............................................................. 85
Tabela C-1. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 1. ........................................... 177
Tabela C-2. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 2. ........................................... 179
Tabela C-3. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 3. ........................................... 181
Tabela C-4. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 4. ........................................... 183
Tabela C-5. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 5. ........................................... 185
Tabela C-6. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 6. ........................................... 187
Tabela C-7. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 7. ........................................... 189
Tabela C-8. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 8. ........................................... 191
Tabela C-9. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 9. ........................................... 193
Tabela C-10. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 10. ....................................... 195
xvii
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES
AG Distância entre o convés da unidade de produção e a superfície do mar (Air Gap)
AIV Válvula de Isolamento do Anular (Annulus Isolation Valve)
AMB Ambiente
ANM Árvore de Natal Molhada
ANM-H Árvore de Natal Molhada Horizontal
ANM-V Árvore de Natal Molhada Vertical
AP Alta Pressão
API American Petroleum Institute
ATM Atmosférico
BAP Base Adaptadora de Produção
boe Barris de óleo equivalente
BMHA Bombeamento Multifásico Hélico-axial
BP Baixa Pressão
bpd Barris de petróleo por dia
DCV Válvula de Controle Direcional (Directional Control Valve)
DHSV Válvula de Segurança de Sub-superfície (Down Hole Safety Valve)
FAI Falha na Posição (Fail As Is)
FAT Teste de Aceitação de Fábrica (Factory Acceptance Test)
FSC Falha Segura Fechada (Fail Safe Close)
FSO Falha Segura Aberta (Fail Safe Open)
GNL Gás Natural Liquefeito
HCR Alta Resistência ao Colapso (High Colapse Resistance)
xviii
HIP Hiperbárico
HIPPS Sistema de Proteção à Pressão de Alta Integridade (High Integrity Pressure Protection System)
HPU Unidade Hidráulica de Pressão (Hydraulic Pressure Unit)
ISO International Organization for Standardization
LDA Lâmina d'água
LVDT Transdutor de Deslocamento Linear Variável (Linear Variable Displacement Transducer)
MCV-A Módulo de Conexão Vertical - Linha de Anular
MCV-P Módulo de Conexão Vertical - Linha de Produção
MCV-U Módulo de Conexão Vertical - Umbilical
MOBO Módulo de Bombeio
MSI Manifold Submarino de Injeção
MSIA Manifold Submarino de Injeção de Água
MSIG Manifold Submarino de Injeção de Gás
MSM Manifold Submarino Misto
MSP Manifold Submarino de Produção
MTBF Tempo Médio Entre Falhas (Mean Time Between Failures)
OPEX Custos de Operação (Operational Expenditure)
PIG Dispositivo de Inspeção de Dutos (Pipeline Inspection Gage)
PIG-XO Válvula de Interligação das linhas de anular e produção
PLEM Pipeline End Manifold
PLET Pipeline End Termination
PNTA Pressão Nominal de Trabalho do Atuador
PTFE Politetrafluoretileno
PVT Teste de Verificação de Desempenho (Perfomance Verification Test)
xix
ROV Veículo Operado Remotamente (Remotely Operated Vehicle)
RWI Raw Water Injection
S-BCSS Bombeio Centrífugo Submerso Submarino em Skid
SBMS Sistema de Bombeio Multifásico Submarino
SCM Módulo de Controle Submarino (Subsea Control Module)
SCPS Sistema de Cabeça de Poço Submarino
SD Desvio Padrão (Standard Deviation)
SDU Unidade de Distribuição Submarina (Susea Distribution Unit)
SPE Society of Petroleum Engineers
SSAO Sistema de Separação Água-Óleo
TCC Revestimento de Carbureto de Tungstênio (Tungsten Carbide Coating)
UEP Unidade Estacionária de Produção
UFP Unidade Flutuante de Produção
UP Unidade de Produção
UTA Conjunto de Terminação do Umbilical (Umbilicial Termination Assembly)
UTH Cabeça de terminação do Umbilical (Umbilical Termination Head)
VASPS Sistema de Bombeamento e Separação Anular Vertical (Vertical Annular Separation and Pumping System)
VIQ Válvula de Injeção Química
VMA Válvula Master do Anular
VMP Válvula Master da Produção
VSA Válvula Swab do Anular
VSP Válvula Swab da Produção
VWA Válvula Wing do Anular
VWP Válvula Wing da Produção
XOV Válvula Crossover (interligação dos condutos de produção e anular)
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Sistema de Produção Submarino
Um Sistema de Produção Submarino (SPS) nada mais é do que um conjunto de
componentes dispostos e interligados de maneira a permitir a extração e o
escoamento de óleo e/ou gás desde o reservatório até as facilidades de superfície. É
tipicamente composto dos seguintes componentes:
• Poço completado;
• Sistema de Cabeça de Poço Submarino (SCPS);
• Base Adaptadora de Produção (BAP);
• Árvore de Natal Molhada (ANM);
• Flowlines;
• Risers;
• Umbilicais;
• Jumpers (rígidos e/ou flexíveis);
• Manifolds;
• Pipeline End Manifold (PLEM);
• Pipeline End Termination (PLET); e
• Subsea Isolation Valve (SSIV).
Adicionalmente, um sistema de produção submarino pode ainda dispor de
equipamentos de bombeamento e separação de fluidos, a saber: Sistema de
Bombeamento Multifásico Submarino (SBMS), Sistema de Bombeamento Centrífugo
Submerso em Skid (SBCSS), Módulo de Bombeamento (MOBO), Bombeamento
Multifásico Hélico-Axial (BMHA), Sistema de Injeção de Água do Mar (RWI – Raw
Water Injection), Sistema de Bombeamento e Separação Anular Vertical (VASPS –
Vertical Anular Separation and Pumping System) e Sistema de Separação Água-Óleo
(SSAO).
No que diz respeito ao arranjo, um sistema de produção submarino pode variar, em
termos de complexidade, de um simples poço satélite, ligado diretamente à Unidade
de Produção (UP), a vários poços interligados a um manifold de coleta que transfere
todo o fluido de produção à UP por meio de um único duto.
Alternativamente, um sistema de produção submarino
a transferência do fluido de produção diretamente
processo localizada no continente (
uma UP offshore. Este conceito é
shore” ou “subsea to beach
submarino.
Figura 1-1. Esquemático de um s
Dentre os componentes listados anteriormente, são os equipamentos
ditos os responsáveis pelo grande número de válvulas
Desta maneira, uma breve de
comumente empregados em um
1.1.1. BAP – Base Adaptadora de Produção
A base adaptadora de produção é
equipamento composto basicamente de conectores hidráulicos, tubos, elementos de
Alternativamente, um sistema de produção submarino pode ser projetado para permitir
o fluido de produção diretamente do poço submarino à planta de
localizada no continente (onshore), eliminando neste caso a necessidade de
. Este conceito é internacionalmente conhecido como “
subsea to beach”. Na Figura 1-1 é ilustrado um sistema de produção
Esquemático de um s ist ema de produção submarino
Dentre os componentes listados anteriormente, são os equipamentos
os responsáveis pelo grande número de válvulas instaladas no leito submarino.
Desta maneira, uma breve descrição dos principais equipamentos, os mais
em um sistema de produção submarino, é feita a seguir:
Base Adaptadora de Produção
A base adaptadora de produção é parte integrante do conjunto ANM, sendo
equipamento composto basicamente de conectores hidráulicos, tubos, elementos de
2
pode ser projetado para permitir
do poço submarino à planta de
ste caso a necessidade de
conhecido como “subsea to
um sistema de produção
ema de produção submarino . [1]
Dentre os componentes listados anteriormente, são os equipamentos propriamente
no leito submarino.
scrição dos principais equipamentos, os mais
submarino, é feita a seguir:
parte integrante do conjunto ANM, sendo um
equipamento composto basicamente de conectores hidráulicos, tubos, elementos de
3
vedação, mandris de linhas de fluxo, válvulas do tipo gaveta e painéis de operação
remota. É assentada e travada no topo do alojador de alta pressão do SCPS e possui
as funções de: orientar e ancorar o suspensor de coluna, permitir o assentamento e
travamento da ANM, bem como sua retirada sem a necessidade de desconexão das
linhas de fluxo, e possibilitar a comunicação entre as linhas de produção e anular por
meio da válvula PIG-XO.
As linhas de fluxo, produção e anular, bem como o umbilical, são conectadas à BAP
por meio dos módulos de conexão vertical (MCV), que recebem, respectivamente, as
seguintes nomenclaturas: MCV-P, MCV-A e MCV-U. Para aplicações em águas ultra-
profundas e alta pressão de trabalho, configuração na qual as cargas de instalação se
aproximariam do limite suportado pela embarcação de lançamento das linhas, estes
MCVs podem conter inclusive válvulas do tipo gaveta com acionamento manual. Esta
válvula tem por objetivo permitir a instalação das linhas de fluxo sem o alagamento
com água do mar, minimizando assim as cargas de instalação.
1.1.2. ANM – Árvore de Natal Molhada
A árvore de natal molhada é considerada o principal equipamento de segurança de um
poço submarino, sendo assentada e travada no alojador de alta pressão da BAP, no
perfil externo H4, por meio de um conector hidráulico. Sua função principal é realizar o
fechamento do poço na ocorrência de qualquer eventualidade que possa resultar em
produção descontrolada de hidrocarbonetos com riscos de vazamento para o
ambiente marinho.
Uma ANM é composta basicamente de um bloco principal, fabricado em aço forjado,
que possui dois diâmetros de passagem, comumente conhecidos como “passagem de
produção” e “passagem de anular”. Nestas passagens estão instaladas válvulas do
tipo gaveta que são responsáveis pelo direcionamento ou contenção do fluido de
produção, no caso de poços produtores, e de injeção, no caso de poços injetores.
Tais válvulas são tipicamente acionadas por meio de um atuador hidráulico com
mecanismo secundário de atuação por meio de veículo operado remotamente, mais
conhecido como ROV (Remotely Operated Vehicle). Para tanto, todas as válvulas da
ANM possuem interfaces de acionamento que se estendem até o painel de operação
remota.
Quando o poço está produzindo normalmente, e
pressurizados com fluido hidráulico
entanto, como possuem modo de
por mola, no caso de perd
automaticamente levadas para a posição fechada, interrompendo, desta maneira, o
fluxo de produção, ou de injeção
Atualmente existem também atuadores elétricos
a função de “falha segura fechada
questões de confiabilidade, este tipo de atuador raramente é utilizado em
equipamentos de segurança de poço. Sua aplicação atual está restrita basicamen
equipamentos de processamento submarino
É na ANM que se encontram também instrumentos qu
dos parâmetros de produção
pode conter elementos como módulo de controle submarino, mais conhecido como
SCM (Subsea Control Module
Figura 1-2 . Desenho 3D de uma ANM
No que diz respeito à configuração das válvulas do bloco principal, uma ANM
classificada como vertical (ANM
Quando o poço está produzindo normalmente, estes atuadores estão constantemente
com fluido hidráulico, o que mantém as válvulas na posição aberta. No
modo de “falha segura fechada” (fail safe closed
caso de perda de potência hidráulica pela UP, as válvulas
levadas para a posição fechada, interrompendo, desta maneira, o
, ou de injeção.
Atualmente existem também atuadores elétricos para aplicação submarina
falha segura fechada” é garantida por mola ou bateria. N
questões de confiabilidade, este tipo de atuador raramente é utilizado em
uipamentos de segurança de poço. Sua aplicação atual está restrita basicamen
equipamentos de processamento submarino.
É na ANM que se encontram também instrumentos que possibilitam o monitoramento
parâmetros de produção, como pressão e temperatura. Adicionalmente, uma ANM
elementos como módulo de controle submarino, mais conhecido como
odule), e válvula estranguladora de fluxo (chok
. Desenho 3D de uma ANM -V dotada de SCM : (a) vista isométrica e (b) vista
frontal. (Cortesia: Aker Subsea)
que diz respeito à configuração das válvulas do bloco principal, uma ANM
ertical (ANM-V) ou horizontal (ANM-H).
4
estão constantemente
na posição aberta. No
fail safe closed), com retorno
P, as válvulas são
levadas para a posição fechada, interrompendo, desta maneira, o
para aplicação submarina, nos quais
. No entanto, por
questões de confiabilidade, este tipo de atuador raramente é utilizado em
uipamentos de segurança de poço. Sua aplicação atual está restrita basicamente a
e possibilitam o monitoramento
Adicionalmente, uma ANM
elementos como módulo de controle submarino, mais conhecido como
choke).
: (a) vista isométrica e (b) vista
que diz respeito à configuração das válvulas do bloco principal, uma ANM pode ser
5
1.1.2.1. ANM-V
Em uma ANM-V, o suspensor de coluna, elemento responsável pela interface entre a
coluna de produção e a ANM, é assentado e travado no interior do alojador de alta
pressão da BAP, sendo responsável por promover a vedação para o espaço anular
formado entre o revestimento do poço e a coluna de produção.
Além disso, as válvulas do tipo gaveta de uma ANM-V estão posicionadas diretamente
na passagem vertical de produção e anular. Por esses motivos, as operações de
intervenção na coluna de produção de um poço equipado com uma ANM-V
demandam a sua desconexão e retirada.
A principal vantagem de uma ANM-V é que ela pode ser removida sem que o
suspensor de coluna, e conseqüentemente a coluna de produção, seja removida. Essa
característica é ainda mais importante para aplicações em águas ultra-profundas, pois
demanda menor tempo de sonda na intervenção do poço, recurso este que, por sua
vez, é cada vez mais crítico. Por este motivo, este é o tipo de ANM comumente
empregado nos campos de petróleo localizados em LDAs profundas e ultra-profundas
do litoral brasileiro.
Conforme mostrado na Figura 1-3, os principais componentes de uma ANM-V são:
• Válvula Master da Produção (VMP), identificada no painel da ANM como “M1”;
• Válvula Wing da Produção (VWP), identificada no painel da ANM como “W1”;
• Válvula Swab da Produção (VSP), identificada no painel da ANM como “S1”;
• Válvula Master do Anular (VMA), identificada no painel da ANM como “M2”;
• Válvula Wing do Anular (VWA), identificada no painel da ANM como “W2”;
• Válvula Swab do Anular (VSA), identificada no painel da ANM como “S2”;
• Válvula Crossover (XOV), identificada no painel da ANM como “XO”;
• Válvula de Injeção Química (VIQ), identificada no painel da ANM como “IQ”;
• Capa; e
• Bloco principal.
Figura 1-3 . Esquemático de um
1.1.2.2. ANM
Em uma ANM-H, o suspensor de coluna
direciona o fluxo de hidro
deste componente é de fundamental importância
passagem do anular é desviada diretamente para a lateral do bloco principal da ANM,
o que possibilita o uso de
Isso permite que o projeto da ANM
de produção, característica
Outra característica de uma ANM
posicionadas em derivações
permite que as operações de intervenção na coluna de produção
sem haja necessidade de
situações que demandem a recuperação da ANM
retirada do suspensor de coluna e
demanda maior tempo de sonda na intervenção do poço, resultando em custo
operacionais significativamente maior
Este tipo de ANM foi concebido
submarinos equipados com o método de bombeamento
uma vez que tal aplicação é considerada como
no poço, já que a bomba é instalada no interior d
. Esquemático de um a Árvore de Natal Molhada Vertical.
ANM-H
H, o suspensor de coluna é assentado diretamente no seu interior
direciona o fluxo de hidrocarbonetos para a sua lateral, por este motivo
undamental importância neste tipo de ANM
passagem do anular é desviada diretamente para a lateral do bloco principal da ANM,
suspensor de coluna com passagem de produção
Isso permite que o projeto da ANM-H considere diâmetros maiores para a passagem
de produção, característica interessante principalmente para poços de alta
Outra característica de uma ANM-H é que as válvulas do tipo gaveta estão
posicionadas em derivações horizontais das passagens de produção e anular, o que
operações de intervenção na coluna de produção sejam realizadas
haja necessidade de desconexão e retirada da ANM. Por outro lado, em
situações que demandem a recuperação da ANM-H, a sua retirada implica também na
do suspensor de coluna e, consequentemente, da coluna de produção, o que
demanda maior tempo de sonda na intervenção do poço, resultando em custo
significativamente maiores.
concebido inicialmente para utilizações pioneiras de poços
submarinos equipados com o método de bombeamento centrifugo submerso (BCS),
uma vez que tal aplicação é considerada como demandando alta taxa de intervenção
, já que a bomba é instalada no interior do poço de petróleo.
6
a Árvore de Natal Molhada Vertical. [2]
é assentado diretamente no seu interior e
carbonetos para a sua lateral, por este motivo a vedação
neste tipo de ANM. Além disso, a
passagem do anular é desviada diretamente para a lateral do bloco principal da ANM,
de produção apenas.
para a passagem
poços de alta vazão.
o gaveta estão
rodução e anular, o que
sejam realizadas
Por outro lado, em
H, a sua retirada implica também na
da coluna de produção, o que
demanda maior tempo de sonda na intervenção do poço, resultando em custos
pioneiras de poços
centrifugo submerso (BCS),
demandando alta taxa de intervenção
Conforme mostrado na Figura
• Válvula Master do Anular
• Válvula Wing do Anular
• Válvula de Circulação do Anular
• Válvula Crossover (XOV)
• Válvula Master da Produção
• Válvula Wing da Produção
• Válvula de Injeção Química (VIQ)
• Plugue superior;
• Plugue inferior;
• Capa externa;
• Capa interna; e
• Bloco principal.
Figura 1-4. Esquemático de uma Árvore de Natal Molhada
É interessante notar também que em uma ANM
ANM-V, são substituídas por plugues mecânicos.
Figura 1-4, os principais componentes de uma ANM
Válvula Master do Anular (VMA);
Válvula Wing do Anular (VWA);
Válvula de Circulação do Anular (VCA);
Crossover (XOV);
Válvula Master da Produção (VMP);
Válvula Wing da Produção (VWP);
Química (VIQ);
Esquemático de uma Árvore de Natal Molhada Horizont
É interessante notar também que em uma ANM-H, as válvulas Swab
são substituídas por plugues mecânicos.
7
os principais componentes de uma ANM-H são:
Horizont al. [2]
Swab, existentes na
8
1.1.3. Manifold
É um equipamento que possui uma base para assentamento em solo marinho na qual
está ancorada uma estrutura metálica robusta que abriga basicamente: válvulas de
isolamento, válvulas de controle de vazão (choke), tubos, conectores hidráulicos,
SCMs, e instrumentos de monitoração de pressão, temperatura, vazão, presença de
areia e taxa de corrosão-erosão. A Figura 1-5 mostra um manifold sem a estrutura
metálica.
Figura 1-5. Vista isométrica dos componentes intern os de um manifold. [3]
Em termos de projeto, um manifold pode ser fabricado de modo a contemplar a
modularização dos componentes mais suscetíveis a falhas, tais como válvulas atuadas
hidraulicamente, válvulas chokes, SCM e instrumentos de monitoração. Na Figura 1-6
é ilustrada a disposição dos módulos em um manifold.
9
Figura 1-6. Desenho 3D de um manifold com módulos de conexão vertical das linhas e
módulo de controle submarino. ( Cortesia: Petrobras)
Este equipamento permite que sejam realizados o direcionamento do fluxo e o controle
da vazão de fluido, tendo sua origem basicamente ligada à necessidade de
interligação de vários dutos à apenas um duto principal com o objetivo de diminuir a
quantidade de risers, e consequentemente do peso suspenso na UFP. É
preferencialmente utilizado na explotação de campos de petróleo localizados em
lâminas d’água ultra-profundas, profundidades maiores que 1500 metros, condição na
qual o peso suspenso na UFP deve ser minimizado ao máximo.
O uso deste equipamento tem como vantagem principal a redução do custo do arranjo
submarino, principalmente no que diz respeito à aquisição dos dutos. Além disso, seu
uso promove o descongestionamento do solo marinho abaixo da UFP, nas
proximidades dos pontos de ancoragem.
No que diz respeito a sua função, um manifold pode ser classificado como sendo um
manifold submarino de produção (MSP), um manifold submarino de injeção (MSI) ou
um manifold submarino misto (MSM).
10
O MSP, também conhecido por manifold de coleta, é responsável por convergir o
escoamento do fluido de produção advindo de vários poços produtores para um único
duto por onde o fluido de produção é escoado até a UP.
O MSI, também conhecido por manifold de distribuição, é responsável por divergir o
escoamento do fluido de injeção, água e/ou gás, advindo da UP por meio de um único
duto para vários poços injetores.
O MSM, como o próprio nome sugere, é um manifold que possui simultaneamente as
funções de coleta e distribuição.
A disposição da tubulação de um manifold constitui os denominados headers, os quais
possibilitam operações específicas que acabam por denominá-los, a saber:
• “header de produção”, responsável pela coleta da produção dos poços
interligados ao manifold e pelo seu direcionamento para o duto de exportação;
• “header de teste de produção”, responsável por segregar a produção de um
único poço para, desta maneira, permitir que testes de produção sejam
realizados; e
• “header” de gas lift, responsável por receber o gás de injeção bombeado pela
UP e direcioná-lo aos poços injetores.
1.1.4. PLEM – Pipeline End Manifold
O PLEM é um equipamento que, em função, se assemelha muito a um manifold. Pode
ser utilizado tanto para convergir o fluxo de duas ou mais derivações para um único
duto, como para divergir o fluxo de um único duto para duas ou mais derivações. A
diferença é que o PLEM, ao contrário do manifold, não possui instrumentos de
monitoramento nem elementos de controle.
É composto basicamente de tubos, conectores hidráulicos, válvulas de isolamento e
painel de operação remota. Na Figura 1-7 é mostrado um PLEM composto de uma
derivação em Y e duas válvulas de isolamento.
11
Figura 1-7. Exemplo de Pipe Line End Maninold. (Cortesia: Petrobras)
1.1.5. PLET – Pipeline End Termination
O PLET é um equipamento composto basicamente de uma válvula de isolamento,
tubos, conectores hidráulicos, painel de operação remota e “varandas basculantes”
para garantir estabilidade no assentamento em solo marinho, como mostrado na
Figura 1-8.
É normalmente utilizado em uma tubulação para permitir a conexão e transição do
trecho flowline para o trecho ascendente (riser). Além disso, é utilizado na conexão,
realizada por meio de jumper rígido ou flexível, de um duto com equipamentos
submarinos, como manifolds e ANMs, conforme pode ser visto na Figura 1-1.
12
Figura 1-8. Desenho de um PLET com varandas abertas . (Cortesia: Petrobras)
1.1.6. SSIV – Subsea Isolation Valve
É um equipamento de segurança composto de uma estrutura metálica que abriga em
seu interior basicamente uma válvula, preferencialmente do tipo esfera, com atuação
hidráulica e função “falha segura fechada”. Sua instalação é feita em gasodutos, na
transição entre flowline e riser, e tem como objetivos a contenção e a diminuição do
inventário de gás, de modo a garantir a segurança e a integridade da UP no caso da
ocorrência de queda ou dano do riser. Possui painel de operação remota e varandas
basculantes para garantir estabilidade no assentamento em solo marinho.
1.2. Motivação e objetivos do trabalho
O aumento expressivo da produção de petróleo e gás natural no Brasil observado ao
longo dos últimos anos, aliado à elevada estimativa de crescimento, teve como
principal consequência o crescimento e o fortalecimento da indústria de petróleo
nacional. No entanto, com as inúmeras descobertas recentes da camada pré-sal, o
fornecimento dos equipamentos utilizados na explotação destes campos é
considerado atualmente como sendo um gargalo ao desenvolvimento dos mesmos.
13
Na Figura 1-9 é mostrada a evolução da produção de óleo e gás da Petrobras desde o
ano de 2002 até o ano de 2010, bem como a projeção futura de produção.
Figura 1-9. Projeção da produção nacional hidrocarb onetos até o ano de 2020 -
Petrobras. [4]
Na Figura 1-10 são apresentadas a quantidade atual de equipamentos instalados, bem
como uma estimativa de equipamentos a serem instalados pela Petrobras até o ano
de 2020 para cumprimento das metas de produção estabelecidas pela empresa.
Figura 1-10. Projeção da quantidade de ANMs e Manif olds instalados no ano de 2020 -
Petrobras. [5]
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Instalados até 2010 Instalados até 2020
Manifolds 76 106
Árvores de Natal Molhada 805 1305
805
1305
76
106
Qua
ntid
ade
14
Considerando a quantidade de equipamentos submarinos instalados e a serem
instalados, e sabendo que todos eles contemplam o uso de ao menos uma válvula em
seus projetos, fica fácil entender a razão pela qual estes componentes ganharam lugar
de destaque no mercado. Recentemente, houve inclusive a identificação pelo Prominp
(Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) de que a
indústria nacional de válvulas necessitará nos próximos anos de maiores investimento
e desenvolvimento tecnológico para atender a demanda crescente no mercado por
produtos de qualidade.
E por se tratar de equipamentos destinados à exploração de petróleo em águas
profundas, a disponibilidade operacional e a confiabilidade do projeto são fatores
extremamente importantes a serem considerados, uma vez que nestas condições os
custos de intervenção para retirada e manutenção de um equipamento, realizada
normalmente com o apoio de sondas ou embarcações especiais, são extremamente
elevados.
Desta maneira, para garantir a operacionalidade das válvulas ao longo da vida útil de
exploração do campo, o desenvolvimento do projeto destes componentes deve ser
feito com base não apenas em métodos empíricos, por meio de tentativa e erro, mas
também baseado em modelos matemáticos elaborados de modo a permitir uma
investigação mais detalhada da sensibilidade do projeto à variação dos parâmetros de
operação e projeto.
Neste sentido, o modelo matemático desenvolvido neste trabalho tem por objetivo
permitir a avaliação da influência dos parâmetros de operação e projeto no
desempenho de atuação hidráulica de válvulas submarinas do tipo gaveta, presentes
em maior número nos equipamentos submarinos. Além disso, a elaboração deste
modelo permitirá avaliar as diferenças existentes, em termos de força de atuação,
entre projetos de conjuntos do tipo FSC (Fail Safe Close) e FSO (Fail Safe Open),
detalhados posteriormente neste trabalho.
Como resultado, será possível realizar uma investigação minuciosa da diferença no
acionamento destes tipos de válvula nas condições de teste e de operação, o que é
extremamente interessante, uma vez que os testes de verificação de desempenho,
normalmente realizados em laboratório, não refletem as condições reais de operação
no que diz respeito à vazão de fluido pela válvula.
15
2. VÁLVULA SUBMARINA DO TIPO GAVETA
Conforme apresentado no capítulo anterior, todos os equipamentos submarinos
descritos contemplam o uso de válvulas em seu projeto. E dentre os tipos de válvulas
existentes, a mais utilizada é a válvula do tipo gaveta paralela com passagem plena.
Em termos de aplicação, estas válvulas exercem funções que vão desde o controle da
injeção de produtos químicos, visando a garantia de escoamento, até o fechamento do
poço, e consequente parada de produção, no caso de perda de potência por parte da
unidade de produção, visando a segurança do sistema como um todo.
A principal característica deste tipo de válvula é a obstrução mínima à passagem do
fluxo quando totalmente aberta, resultando em baixa perda de carga ao escoamento.
Isto acontece porque o seu obturador, a gaveta, atua perpendicularmente à linha de
fluxo. Por este motivo, não são aconselháveis para aplicações de controle e
estrangulamento de fluxo, já que as superfícies de vedação, tanto da gaveta como das
sedes, podem sofrer desgaste por erosão quando em posições intermediárias, em
razão do brusco aumento de velocidade do fluido nessas circunstâncias.
Em aplicações submarinas estas válvulas são, em sua maioria, acionadas por meio de
um atuador hidráulico, que possui mecanismo secundário de atuação por meio de
ROV. Por sua vez, este mecanismo secundário de atuação pode ser do tipo rotativo ou
linear.
Alternativamente, uma válvula gaveta pode possuir apenas mecanismo de atuação
mecânica. Estas válvulas mecânicas, como são conhecidas, são normalmente
utilizadas em aplicações de isolamento (barreira de segurança), onde é esperada
atuação apenas no momento da instalação e de eventuais intervenções.
2.1. Características de projeto e princípio de funcionamento
Em termos construtivos, uma válvula gaveta atuada hidraulicamente pode ser
considerada como sendo dividida em três partes principais, a saber: válvula, bonnet e
atuador hidráulico, conforme mostrado na Figura 2-1 a seguir:
16
Figura 2-1. Válvula gaveta com atuador hidráulico c om retorno por mola.
2.1.1. Válvula
A válvula gaveta propriamente dita é composta basicamente de um corpo, usinado a
partir de um bloco fabricado em aço forjado, onde são alojadas as sedes de montante
e jusante, bem como a gaveta. A conexão da gaveta à haste principal do atuador é
feita por meio de uma terminação em formato de T (T-slot). Estes componentes
internos da válvula são mostrados na Figura 2-2.
Figura 2-2. Componentes internos da válvula gaveta do tipo FSC.
(Cortesia: Aker Subsea)
17
Conforme pode ser observado na figura anterior, cada uma das sedes possui em sua
parte traseira um anel de vedação, geralmente do tipo labial energizado por mola,
responsável por promover a vedação no espaço anular entre a face lateral da sede
jusante e o corpo da válvula. Esse tipo de elemento de vedação é apresentado na
Figura 2-3.
Figura 2-3. Detalhe de um selo labial com energizaç ão por mola. [6]
Como as sedes são montadas sobre molas em seus respectivos alojamentos,
localizados no corpo da válvula, a gaveta, que é montada entre as sedes, está sempre
sob interferência positiva das mesmas. Essa pré-energização garante a tensão de
contato necessária para promover a vedação em baixas pressões de trabalho,
condição na qual a energização da gaveta contra a sede de jusante não seria
suficiente para promover estanqueidade. Além disso, esta interferência constante das
sedes contra a gaveta, promovida pelas molas, impede que detritos oriundos do
reservatório de hidrocarbonetos sejam trapeados na interface de vedação, entre sede
e gaveta, evitando desta maneira danos às superfícies de vedação.
Os componentes da parte traseira da sede de uma válvula do tipo gaveta são
mostrados no desenho em corte da Figura 2-4.
Figura 2 -
No que diz respeito ao mecanismo de vedação, q
posição fechada, o diferencial de pressão criado através da gaveta resulta na sua
energização contra a sede de jusante, promovendo desta
passagem por meio do contato metálico entre as superfícies de vedação
sede-gaveta.
Como pode ser visto na Figura
com que a pressão atuante no mesmo haja no sentido de expandir os
que resulta na vedação do espaço anular
e o corpo da válvula.
Figura 2-5 . Sistema de vedação de uma válvula gaveta.
-4. Detalhes da sede de uma válvula gaveta.
No que diz respeito ao mecanismo de vedação, quando a válvula é levada para a
posição fechada, o diferencial de pressão criado através da gaveta resulta na sua
nergização contra a sede de jusante, promovendo desta maneira a vedação de
contato metálico entre as superfícies de vedação
Figura 2-5, a disposição do selo labial na sede de jusante faz
com que a pressão atuante no mesmo haja no sentido de expandir os
que resulta na vedação do espaço anular formado entre a face lateral da sede jusante
. Sistema de vedação de uma válvula gaveta.
18
uando a válvula é levada para a
posição fechada, o diferencial de pressão criado através da gaveta resulta na sua
maneira a vedação de
contato metálico entre as superfícies de vedação na interface
a disposição do selo labial na sede de jusante faz
com que a pressão atuante no mesmo haja no sentido de expandir os seus lábios, o
entre a face lateral da sede jusante
19
Note que, devido à disposição do selo labial, a sede de montante não veda a
passagem do fluido, o que garante que a pressão na cavidade do corpo da válvula
seja praticamente igual à pressão a montante da válvula. Desta maneira, o fluido
advindo da tubulação na qual a válvula está instalada está sempre no interior da
cavidade do corpo de uma válvula gaveta.
A vedação à jusante e a bi-direcionalidade no sentido de vedação são as principais
características de projeto de uma válvula gaveta. No entanto, o projeto de uma válvula
gaveta pode, alternativamente, contemplar também a vedação na sede de montante
da válvula, o que solicitaria maior esforço por parte do atuador no seu retorno, uma
vez que não haveria comunicação de pressão entre a montante e a cavidade do corpo.
2.1.2. Bonnet
O bonnet pode ser considerado como sendo o componente responsável por
possibilitar a ligação do atuador à válvula propriamente dita. É nele que está alojado o
sistema de vedação da haste, geralmente composto por um conjunto de gaxetas em
formato de “V”, cuja função é permitir a passagem da haste principal do atuador
durante o acionamento da válvula e, ao mesmo tempo, impedir a comunicação da
pressão interna à válvula com a câmara da mola do atuador. Desta maneira, a pressão
da cavidade do corpo da válvula, atuando no diâmetro de vedação da haste principal,
auxilia no retorno do atuador.
É no bonnet que se encontra também uma superfície cônica de vedação metálica
conhecida por backseat. A haste principal do atuador, que é conectada à gaveta da
válvula, possui uma protuberância cônica logo acima do T-slot. O final de curso do
atuador é definido quando este ressalto da haste topa com a região cônica do bonnet,
promovendo uma vedação por contato metálico que isola completamente o conjunto
de gaxetas da haste da pressão existente na cavidade do corpo da válvula.
O sistema completo de vedação da haste é mostrado na Figura 2-6 a seguir:
20
Figura 2-6. Sistema de vedação da haste: conjunto d e gaxetas e backseat.
2.1.3. Atuador hidráulico
O atuador é o componente responsável pela abertura e pelo fechamento da válvula.
Para tanto, a força líquida fornecida pelo atuador, tanto no avanço quanto no retorno
da haste, deve ser maior do que os esforços requeridos para atuação da válvula. O
projeto de uma válvula submarina normalmente contempla o uso de atuadores
hidráulicos, no entanto, com o avanço da confiabilidade dos componentes elétricos
para aplicação submarina, o uso de atuadores elétricos vem ganhando cada vez mais
espaço.
No caso de um atuador hidráulico, a força de atuação é gerada pela injeção de um
fluido de controle específico no cilindro do atuador. Desta maneira, o trem de
acionamento é empurrado contra uma mola, que é comprimida até que o final de curso
do atuador seja atingido. Com esta energia potencial elástica armazenada, no caso de
perda da função hidráulica, e conseqüente perda de pressão no cilindro do atuador, a
mola promoverá o retorno automático do atuador à sua posição original.
Na montagem do atuador, a mola é assentada no interior da “camisa da mola” com
uma de suas extremidades apoiada no bonnet e a outra no que se conhece por “prato
da mola”, que, conforme mostrado na Figura 2-7, nada mais é do que uma extensão
do próprio cilindro do atuador. Esta mola pode ser do tipo helicoidal (carregamento
linear) ou belleville (carregamento não-linear), sendo montada com uma pré-carga
para garantir a vedação do backseat no fim de curso do atuador. Essa pré-carga ajuda
também a evitar a abertura indesejada das válvulas de um determinado equipamento
durante a sua descida para instalação no solo marinho.
21
Adicionalmente, um atuador hidráulico projetado para aplicações submarinas deve
dispor de um mecanismo de atuação secundário, mais conhecido por override, que
permita sua atuação remota via ROV. Neste caso, uma ferramenta de atuação é
acoplada ao painel de operação remota do equipamento no qual o conjunto válvula-
atuador está instalado. Esta ferramenta, controlada via ROV, aplica a força necessária
para acionar o conjunto diretamente na haste superior do atuador. A maior parte dos
atuadores instalados até o presente momento possui override rotativo, no entanto, os
novos projetos estão contemplando o uso de override linear.
Os principais componentes de um atuador hidráulico podem ser vistos na Figura 2-7.
Figura 2-7. Componentes de um atuador hidráulico.
Na parte externa do atuador hidráulico existe um reservatório de compensação que é
conectado à câmara da mola por meio de um furo feito diretamente na camisa da
mola. Este reservatório, que possui em seu interior uma bexiga, tem a finalidade de
compensar a pressão hidrostática equivalente à lâmina d’água de instalação do
equipamento.
Ainda em fábrica, após a montagem completa do atuador no equipamento, é feito o
preenchimento completo da câmara da mola e do reservatório de compensação com
fluido hidráulico. Desta maneira, quando em ambiente submarino, a pressão externa é
transmitida para o interior do atuador, de modo a contrabalancear a pressão
equivalente à coluna de fluido de controle no interior do cilindro de atuação, o que
impede o avanço do atuador com o aumento da profundidade durante a instalação do
equipamento.
22
Além disso, este compensador permite que o projeto da camisa da mola contemple
uma menor espessura de parede, uma vez que não haverá diferencial de pressão
entre as partes interna e externa da câmara da mola.
Figura 2-8. Conjunto válvula-atuador com reservatór io de compensação. (Cortesia: BEL)
2.2. Função de falha segura
A função de falha segura de um conjunto válvula-atuador é o que determina a posição
para a qual o obturador será automaticamente levado no caso de perda da função de
controle (hidráulica ou elétrica) do equipamento. O retorno do atuador é basicamente
garantido pela energia potencial elástica armazenada na mola. No entanto, como será
visto posteriormente, deve-se considerar também a força devido à pressão na
cavidade do corpo da válvula, que atua no diâmetro de vedação da haste principal no
sentido de retornar o atuador.
Um conjunto válvula-atuador pode possuir uma das seguintes funções de falha segura:
• Função de falha segura fechada (FSC);
• Função de falha segura aberta (FSO); e
• Função de falha na posição (FAI – Fail As Is).
23
No caso de uma válvula gaveta, o que define a posição de falha segura é a posição na
qual o furo de passagem é usinado na gaveta.
Em um conjunto FSC, o furo de passagem está posicionado na parte superior da
gaveta. Desta maneira, com o retorno do atuador pela mola, a válvula é alinhada para
o fechamento. Quanto o atuador é acionado hidraulicamente, o trem de acionamento
desloca a válvula para a posição aberta, alinhando o furo de passagem da gaveta com
a passagem das sedes, como pode ser visto na Figura 2-9. As válvulas do tipo FSC
são normalmente instaladas em equipamentos com função de segurança, como ANMs
por exemplo.
Figura 2-9. Trem de acionamento de uma válvula gave ta FSC nas posições (a) fechada,
(b) crack-open, (c) semi-aberta e (d) completamente aberta.
(a)
(b)
(c)
(d)
24
Em um conjunto FSO, o furo de passagem está posicionado na parte inferior da
gaveta, o que faz com que a válvula seja alinhada para abertura, quando do retorno do
atuador pela mola. Quando o atuador é acionado hidraulicamente, o trem de
acionamento desloca a válvula para a posição fechada, bloqueando a passagem,
como pode ser visto na Figura 2-10. As válvulas do tipo FSO são normalmente
instaladas em equipamentos cuja prioridade é a garantia da produção, como manifolds
por exemplo.
Figura 2-10. Trem de acionamento de uma válvula gav eta FSO nas posições: (a) aberta,
(b) semi-fechada, (c) pinch-off e (d) completamente fechada.
(a)
(b)
(c)
(d)
25
Apenas como informação, já que não será escopo deste trabalho, o atuador FAI não
possui mola e sim um pistão de dupla-ação, o que permite que a sua posição seja
mantida no caso de perda da sua função de controle (hidráulica ou elétrica).
2.3. Sistema de controle
O sistema de controle, como o próprio nome sugere, é responsável pelo controle de
todas as funções, hidráulicas e/ou elétricas, dos componentes de um equipamento
submarino, tais como válvulas.
Além disso, por meio da comunicação estabelecida com as facilidades localizadas na
superfície, o sistema de controle pode também permitir o constante monitoramento
dos parâmetros de produção, tais como pressão, temperatura e vazão, bem como dos
parâmetros relacionados à integridade do sistema de produção, a saber: presença de
areia, taxa de corrosão/erosão, dentre outros.
Um sistema de controle é dividido basicamente em duas partes: uma localiza-se na
superfície, na própria unidade de produção, e abriga toda a estrutura de geração e
controle principal de potência; a outra, localizada em ambiente submarino, é composta
pelos componentes responsáveis pela distribuição e controle secundário de potência.
Na Figura 2-11 é ilustrado um sistema de controle típico, na qual são mostrados os
principais componentes que integram o sistema de distribuição submarina. Nesta
figura, tanto a parte de superfície quanto a parte submarina estão representadas.
26
Figura 2-11. Componentes de um sistema de controle submarino. [3]
Os principais tipos de sistema de controle são:
• Hidráulico direto;
• Hidráulico pilotado;
• Hidráulico seqüenciado;
• Eletro-hidráulico multiplexado; e
• Elétrico.
Atualmente no Brasil, os sistemas de controle do tipo “hidráulico direto” e “eletro-
hidráulico multiplexado” são os mais comumente empregados. Apenas para fins
didáticos, a seguir são apresentados uma breve descrição e os esquemáticos destes
sistemas mais comuns.
2.3.1. Hidráulico direto
O sistema de controle hidráulico direto é o mais simples dentre os sistemas de
operação remota utilizados em aplicações submarinas. Neste tipo de sistema cada
componente é controlado por meio de uma mangueira dedicada, o que acaba por
restringir sua aplicação a sistemas de pequeno porte e de menor complexidade. Por
esta razão, são tipicamente aplicados no controle de equipamentos instalados em
poços satélites, que estão ligados diretamente à unidade de produção
em distâncias menores que
Conforme pode ser visto na
direto é bastante simples. Por meio do alinhamento da válvula de controle direcional
(DCV), localizada no painel de controle da superfície, com a
vermelha), é realizada a pressurização de uma determinada mangueira do umbilical,
responsável pela atuação de um determinado componente do sistema, como um
atuador por exemplo.
No sentido contrário, alinhando
de controle existente nesta mangueira é então retornado para o reservatório da
unidade de potência hidráulica
de produção, promovendo
anteriormente.
Note que neste caso, a abertura e fechamento do atuador são
pressurização e despressurização da mesma linha de controle, o que
maior tempo de resposta para este sistema.
Figura 2-12 . Esquemático de um sistema de controle do tipo hid ráulico direto.
ão tipicamente aplicados no controle de equipamentos instalados em
poços satélites, que estão ligados diretamente à unidade de produção
em distâncias menores que 10 km.
me pode ser visto na Figura 2-12, a operação do sistema de controle hidráulico
. Por meio do alinhamento da válvula de controle direcional
, localizada no painel de controle da superfície, com a linha de suprimento (linha
vermelha), é realizada a pressurização de uma determinada mangueira do umbilical,
responsável pela atuação de um determinado componente do sistema, como um
No sentido contrário, alinhando-se a DCV com a linha de retorno (linha azul), o fluido
de controle existente nesta mangueira é então retornado para o reservatório da
unidade de potência hidráulica (HPU – Hydraulic Power Unit), localizada na unidade
, promovendo assim a desenergização do compone
a abertura e fechamento do atuador são realizados
pressurização e despressurização da mesma linha de controle, o que
a para este sistema.
. Esquemático de um sistema de controle do tipo hid ráulico direto.
27
ão tipicamente aplicados no controle de equipamentos instalados em
poços satélites, que estão ligados diretamente à unidade de produção e localizados
, a operação do sistema de controle hidráulico
. Por meio do alinhamento da válvula de controle direcional
linha de suprimento (linha
vermelha), é realizada a pressurização de uma determinada mangueira do umbilical,
responsável pela atuação de um determinado componente do sistema, como um
ha de retorno (linha azul), o fluido
de controle existente nesta mangueira é então retornado para o reservatório da
, localizada na unidade
a desenergização do componente atuado
realizados por meio da
pressurização e despressurização da mesma linha de controle, o que implica em um
. Esquemático de um sistema de controle do tipo hid ráulico direto. [3]
28
A principal vantagem deste tipo de sistema de controle é o fato de que os seus
componentes críticos localizam-se nas facilidades de superfície, o que torna fácil o
acesso aos mesmos, reduzindo assim os custos de intervenção no caso de falhas e
agregando uma maior confiabilidade ao sistema.
Como principal desvantagem, pode-se citar o maior tempo de resposta, o grande
número de mangueiras necessárias no umbilical de controle e a limitação de distância
para sua aplicação.
2.3.2. Eletro-hidráulico multiplexado
Como pode ser visto na Figura 2-13, o sistema eletro-hidráulico multiplexado é muito
mais complexo do que o sistema hidráulico direto.
Neste caso, para operar a abertura de uma válvula de um equipamento submarino, um
comando, em forma de sinal elétrico, é enviado por meio de um software a partir da
“Estação de Controle Principal” até o “Módulo de Eletrônica Submarina”, localizado no
“Módulo de Controle Submarino” (SCM). Já no SCM, este sinal elétrico é convertido e
opera então o alinhamento da DCV com a linha de suprimento hidráulico (linha
vermelha), que por sua vez está energizada por acumuladores hidráulicos localizados
no próprio SCM. Os componentes internos de um SCM tipicamente utilizado podem
ser vistos na Figura 2-14.
Da mesma maneira, o fechamento da válvula é realizado por meio de um comando
enviado a partir da “Estação de Controle Principal”. Neste caso, ao receber o
comando, a DCV alinha-se com a linha de retorno para o mar (linha azul), o que
permite que o fechamento da válvula pelo retorno do atuador seja feito em um tempo
bem menor, já que a dinâmica do umbilical no retorno do fluido à unidade de produção
é eliminada neste conceito.
Figura 2-13. Esquemático de um sistema de controle do tipo
Além do menor tempo de resposta, este tipo de sistema de controle
comparado com o “hidráulico direto”
• Permite o controle de sistemas de produção mais c
unidade de produção;
• Permite o controle de vários componentes por meio de uma única linha de
controle;
• Permite o monitoramento de parâmetros de produção e de
operação/integridade;
• Umbilical de controle com
mangueiras hidráulicas
E como principais desvantagens, podem ser
• O alto nível de complexidade do sistema;
• O aumento do número de componentes submarinos; e
• Desempenho altamente dependente da classe de limpeza do fluido de controle.
Esquemático de um sistema de controle do tipo eletro -
multiplexado. [3]
Além do menor tempo de resposta, este tipo de sistema de controle
comparado com o “hidráulico direto” possui as seguintes vantagens:
o controle de sistemas de produção mais complexos e distantes da
unidade de produção;
o controle de vários componentes por meio de uma única linha de
o monitoramento de parâmetros de produção e de
operação/integridade; e
de controle com menor peso linear, uma vez que o número de
mangueiras hidráulicas requeridas é menor.
principais desvantagens, podem ser citados os seguintes pontos
alto nível de complexidade do sistema;
aumento do número de componentes submarinos; e
altamente dependente da classe de limpeza do fluido de controle.
29
-hidráulico
Além do menor tempo de resposta, este tipo de sistema de controle, quando
omplexos e distantes da
o controle de vários componentes por meio de uma única linha de
o monitoramento de parâmetros de produção e de
ez que o número de
dos os seguintes pontos:
altamente dependente da classe de limpeza do fluido de controle.
30
Figura 2-14. Principais componentes de um SCM. [3]
2.4. Curva de atuação característica de uma válvula do tipo gaveta
A curva de atuação característica de uma válvula representa nada mais do que a
força, traduzida em pressão (ou torque), necessária no atuador para promover o
avanço e o retorno do obturador da válvula, neste caso uma gaveta. O “teste de
desempenho de atuação hidráulica”, como é conhecido, é realizado em vários
momentos durante a qualificação do projeto de um conjunto válvula-atuador, mas
basicamente em quatro condições:
• Em ambiente atmosférico com baixa pressão no corpo da válvula;
• Em ambiente atmosférico com alta pressão no corpo da válvula;
• Em ambiente hiperbárico com baixa pressão no corpo da válvula; e
• Em ambiente hiperbárico com alta pressão no corpo da válvula.
Onde o termo “baixa pressão” pode ser interpretado como 0 ou 5% da pressão de
trabalho do projeto, a depender das diretrizes consideradas para a execução do teste;
“alta pressão” é definido como sendo 100% da pressão de trabalho e “ambiente
hiperbárico” é definido como pressão externa equivalente à LDA máxima do projeto.
31
É importante ressaltar que, durante a realização desse teste, a vazão de fluido de
teste passando pela válvula é extremamente baixa, da ordem de “1 l/min”, quando
comparada à vazão de produção à qual a válvula estará submetida quando instalada.
Além disso, na execução dos testes, tanto a válvula como o atuador recebem fluido de
unidades de pressão hidráulica, controladas por meio de painéis de instrumentação,
dotados de válvulas reguladoras e de bloqueio, além de manômetros, transdutores de
pressão e controladores lógicos programáveis. Desta maneira, em condições de teste,
é possível verificar a pressão à jusante da válvula equalizando-se com a pressão a
sua montante imediatamente após o início da abertura de passagem, quando a área
de passagem ainda é muito pequena, o que não ocorre em condições reais.
Em uma curva de atuação característica adquirida durante um teste de verificação de
desempenho (PVT - Performance Verication Test), os seguintes parâmetros são
tipicamente monitorados e aquisitados: pressão de atuação, pressão de montante,
pressão de jusante, pressão do corpo, pressão do backseat e curso do atuador.
O gráfico apresentado na Figura 2-15 mostra uma curva de atuação característica de
uma válvula gaveta do tipo FSC em alta pressão e ambiente atmosférico. Este tipo de
curva é aquisitada em laboratório durante o teste de desempenho de atuação
hidráulica e foi denominada de “assinatura” de uma válvula [7], devido ao fato de que
cada válvula, independentemente de ser ou não do mesmo fabricante, apresenta uma
curva em particular. Para um melhor entendimento, o aparato de teste utilizado na
execução dos testes de desempenho de atuação hidráulica é detalhado no Capítulo 4,
onde também é apresentado o descritivo do teste.
Figura 2-15. Curva de atuação característica (assin atura) e seus pontos-chave.
32
Conforme definido por EUTHYMIOU [7], os pontos identificados na Figura 2-15,
referenciados neste trabalho como pontos-chave, podem ser facilmente identificados
na curva de atuação característica de um conjunto válvula-atuador. A definição destes
pontos é apresentada na Tabela 2-1 a seguir.
Tabela 2-1. Pontos-chave em uma curva de atuação ca racterística.
A1
Início do movimento da haste de override do atuador : valor da pressão de
atuação quando o backseat está na iminência de abrir. Ponto não identificável
em testes realizados com zero de pressão no corpo da válvula.
A2 Início do movimento da gaveta : valor da pressão de atuação no momento
em que se dá a equalização entre as pressões do corpo e do backseat.
A3 Início de comunicação : maior valor da pressão de atuação antes da sua
queda abrupta, ainda com diferencial de pressão entre montante e jusante.
A4 Completa equalização : valor da pressão de atuação no momento em que
ocorre a completa equalização entre as pressões de montante e jusante.
A5 Final de avanço do atuador : maior valor da pressão de atuação antes do seu
aumento abrupto até a Pressão Nominal de Trabalho do Atuador (PNTA).
R1 Início do retorno do atuador : menor valor da reta vertical traçada pela
pressão de atuação no início do movimento de retorno do atuador.
R2 Fim de comunicação : maior valor da pressão de atuação antes da sua queda
abrupta, ainda sem diferencial de pressão entre montante e jusante.
R3
Completo diferencial : valor da pressão de atuação no momento em que a
jusante da válvula atinge a completa despressurização devido ao fim de
comunicação entre montante e jusante.
R4
Final de retorno do atuador : maior valor da pressão de atuação antes da sua
queda brusca até a completa despressurização. Neste ponto ocorre também a
despressurização completa do backseat.
33
2.5. Qualificação do projeto de um conjunto válvula-atuador
O principal objetivo da execução de testes de qualificação de projeto, também
conhecido por teste de verificação de desempenho (PVT), é avaliar um determinado
componente quanto a sua capacidade de operar dentro dos parâmetros especificados
no seu projeto básico, atendendo a requisitos específicos dispostos em normas
internacionais e/ou especificações técnicas.
No entanto, para definir quais testes são necessários para se verificar de forma
consistente o projeto de um determinado componente, é necessário conhecer detalhes
não só do projeto em si, mas também do seu funcionamento. Desta maneira, torna-se
possível identificar os possíveis modos e mecanismos de falhas aplicáveis a este
componente. Nesse sentido, uma contribuição adicional deste trabalho é o diagrama
apresentado na Figura 2-16, que relaciona as falhas tipicamente verificadas em
válvulas do tipo gaveta instaladas em equipamentos submarinos.
Em se tratando de equipamentos submarinos, principalmente aqueles instalados em
lâminas d’água profundas e ultra-profundas, devido às dificuldades de acesso, e
conseqüentemente aos altíssimos custos de intervenção, torna-se necessário garantir
um maior “tempo médio entre falhas” (MTBF - Mean Time Between Failures) para seus
componentes. Isso porque são desejáveis o aumento da disponibilidade do sistema e
a diminuição dos custos de operação (OPEX) e da possibilidade de lucro cessante.
Por esta razão, os testes de qualificação realizados em válvulas para aplicações
submarinas são muito mais rigorosos e extensos do que os testes de qualificação
aplicáveis a válvulas de superfície.
Na Tabela 2-2 é apresentada a relação dos testes requeridos em normas
internacionais [8, 9] para a qualificação de um projeto de válvula submarina com
atuador hidráulico. Apenas para referência, ressalta-se que além dos testes listados
nesta tabela, há também o teste de compatibilidade química com os fluidos de
produção, processo, controle e água do mar. Este teste é realizado tanto para
materiais metálicos quanto para os resilientes.
34
Figura 2-16. Falhas típicas verificadas em válvulas do tipo gaveta instaladas em
equipamentos submarinos.
35
Tabela 2-2. Relação de testes usualmente realizados na etapa de qualificação do projeto
de um conjunto válvula-atuador do tipo gaveta.
Relação de Testes
(ISO 10423:2009 e ISO 13628-4:2010)
Condição do Ambiente de Teste
Pressão
(T = Amb.)
Temperatura
(P = Amb.)
Atm. Hip. Máx. Mín.
Teste de ciclagem da mola do atuador – 5000 ciclos X - - -
Teste de integridade estrutural do corpo da válvula X - - -
Teste de integridade estrutural do cilindro do atuador X - - -
Teste de vedação da câmara de compensação do atuador X - - -
Teste de vedação do atuador em baixa pressão X X X X
Teste de vedação do atuador em alta pressão X X X X
Testes de vedação das sedes da válvula em baixa pressão X X X X
Testes de vedação das sedes da válvula em alta pressão X X X X
Testes de vedação do corpo da válvula em baixa pressão X X X X
Testes de vedação do corpo da válvula em alta pressão X X X X
Teste de desempenho de atuação hidráulica em baixa pressão X X X X
Teste de desempenho de atuação hidráulica em alta pressão X X X X
Teste de desempenho de atuação mecânica em baixa pressão X X X X
Teste de desempenho de atuação mecânica em alta pressão X X X X
Teste de ciclagem do conjunto – 160 ciclos de abertura e fechamento X - - -
Teste de pulsos de pressão – 200 ciclos de pressão na válvula X - - -
Teste de ciclagem do conjunto – 20 ciclos de abertura e fechamento - - X X
Teste de ciclos combinados de temperatura e pressão - - X
Teste de vedação do sistema de vedação da haste ao meio externo - X - -
Teste de ciclagem do conjunto – 200 ciclos de abertura e fechamento - X - -
Teste de pulsos de pressão – 200 pulsos X - - -
36
Como pode ser observado na Tabela 2-2, no que diz respeito aos testes cíclicos de
abertura e fechamento, que são realizados com diferencial pleno de pressão, um
programa de qualificação típico contempla, no mínimo, um total de 400 ciclos. Esse
número é reportado como sendo mínimo, porque a maior parte das companhias
produtoras de petróleo exige uma ciclagem adicional (endurance test) à especificada
pelas normas internacionais, de modo a verificar a robustez e, consequentemente, a
confiabilidade do projeto da válvula.
O objetivo principal do teste de ciclagem é realizar o desgaste acelerado das
superfícies de vedação, sejam elas do tipo metal-metal ou metal-resiliente, existentes
no trem de acionamento do conjunto válvula-atuador, a saber: pistão-cilindro, haste-
bonnet e sedes-gaveta. Com isso, é possível avaliar na prática a influência que o
desgaste natural destas superfícies exerce na força requerida para atuação da válvula,
assim como na sua capacidade de vedar a passagem de líquido e de gás.
Das interfaces de vedação citadas anteriormente, a superfície de vedação entre sede
e gaveta é a que apresenta o desgaste mais severo. Obviamente, devido às elevadas
pressões atingidas no contato entre a gaveta e a sede de jusante durante a execução
dos testes com alta pressão na válvula, a qualificação do projeto termina por validar
também o revestimento duro aplicado às superfícies metálicas de vedação.
Atualmente, a maioria dos fabricantes de válvula gaveta para aplicações submarina
considera em seus projetos aplicação de revestimentos do tipo cerâmico-metálico
(WC-Co) nas superfícies de vedação das sedes e gaveta.
É importante notar, na Figura 2-16, que a falha por “dano ou desgaste severo no
revestimento das sedes e/ou da gaveta” tem influência direta tanto na capacidade de
vedação de uma válvula, quanto no seu desempenho de atuação hidráulica e
mecânica. Isso faz com que especial atenção seja dada na definição do revestimento
a ser aplicado nestes componentes, tanto no que diz respeito a sua
estrutura/composição quanto no que diz respeito ao método de aplicação.
Neste sentido, torna-se interessante identificar a relação entre a condição de operação
e os possíveis mecanismos de desgaste relativos ao contato metálico das superfícies
de vedação da válvula. Para tanto, pode-se considerar a Figura 2-17, onde são
destacados os mecanismos de desgaste mais prováveis de ocorrer nas superfícies de
vedação de uma válvula do tipo gaveta para aplicação submarina.
37
Figura 2-17. Diagrama mostrando a relação entre as condições de operação e o
mecanismo de desgaste. [10]
38
3. DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO
Conforme discutido por FOWLER [11] e HERD [12], as equações de 3.1 a 3.4,
apresentadas a seguir, nortearam por muitos anos o projeto de válvulas do tipo gaveta
com atuador hidráulico, e função de falha segura fechada, para aplicação submarina.
D� = D� ∙ (k ∙ μ)�� (3.1)
��� =���∙� ∙!("�)#+%∙("�)#&+'�+'(+')
*( (3.2)
'� > '( + ' (3.3)
'� = ��� ∙ � ∙ ,("�)# + % ∙ ("�)#- + '� − '( − ') > / (3.4)
Onde:
01: Diâmetro da haste principal
02: Diâmetro de vedação na interface sede-gaveta
3: Fator de segurança para o cálculo do diâmetro da haste
4: Coeficiente de atrito no contato entre sede-gaveta
561: Pressão de controle necessária para abertura da válvula
52: Pressão interna da válvula
71: Força de pré-carga da mola do atuador
78: Força de atrito devido ao sistema de vedação da haste principal
7: Força de atrito devido a outros contatos
98: Área efetiva do pistão do atuador
76: Força crítica para fechamento da válvula
39
Alguns anos depois, ALI et al. [13] fizeram três importantes observações a respeito
dessas equações tradicionalmente utilizadas, até então, no projeto de atuadores
hidráulicos para aplicações submarinas, a saber:
• Pelas equações tradicionais, a pressão agindo no pistão do atuador, quando o
mesmo estivesse em posição de retorno em ambiente submarino, seria apenas
a pressão hidrostática devido à LDA. No entanto, tal consideração era válida
apenas para equipamentos cujo sistema de controle fosse do tipo fechado, no
qual o reservatório de fluido de controle estava submerso nas proximidades do
equipamento, no solo marinho. No caso de sistemas de controle do tipo aberto,
no qual o reservatório de fluido de controle situa-se na unidade de produção
(quer seja fixa ou flutuante), a uma distância média de 30 metros acima da
superfície do mar – distância conhecida por air-gap (AG), a pressão agindo no
pistão do atuador no sentido de abertura de uma válvula FSC era
consideravelmente maior do que pressão hidrostática devido à LDA.
• As equações tradicionais não consideravam a massa específica do fluido de
controle utilizado no atuador, o que era ainda mais crítico a projetos
desenvolvidos segundo essa metodologia para aplicação em águas profundas,
uma vez que o uso de fluidos de controle “pesados” resultaria em um
desequilíbrio ainda maior entre a pressão atuante no pistão do atuador e a
pressão atuante na sua câmara de compensação, sendo a primeira devido à
coluna de fluido de controle (LDA + AG) e a segunda devido à coluna de água
do mar (LDA). Isso poderia resultar inclusive no retorno parcial da válvula.
• Por fim, foi observado que o projeto de atuadores com haste passante para
atuação via ROV, não existia na época em que foram desenvolvidas as
equações tradicionais. Sendo assim, tais equações não contemplavam a força
adicional resultante da ação da pressão hidrostática devido à LDA no diâmetro
de vedação da haste de override, atuando no sentido de avanço do atuador.
De modo a resolver esses problemas identificados nas equações tradicionais [11, 12],
foi então proposta [13] a inclusão de um novo termo nas equações 3.2 e 3.4
apresentadas anteriormente. Desta maneira, essas equações foram re-escritas na
forma das equações 3.5 e 3.6.
40
��� =���∙� ∙!("�)#+%∙("�)#&+'�+'(+'−'/)
*( (3.5)
'� = ��� ∙ � ∙ !("�)# + % ∙ ("�)#& + '� − '( − ' + '/) > / (3.6)
Sendo os termos “F:”, “U<”, “C<” e “B<” definidos conforme mostrado nas equações de
3.7 a 3.10, apresentadas a seguir:
'/ = ?@ − A@ − B@ (3.7)
A@ = D�E ∙ F"* ∙ � ∙ ("G)# (3.8)
B@ = D�H ∙ (F"* + *I) ∙ *( (3.9)
?@ = D�E ∙ F"* ∙ *(� (3.10)
Onde:
F:: Força líquida devido à LDA agindo no atuador
B<: Força devido ao sistema de compensação
U<: Força devido à haste de override
C<: Força devido à coluna de fluido de controle
δ�L: Peso específico da água do mar (δ�L = ρ1N ∙ g)
DO: Diâmetro da haste de override
δPQ: Peso específico do fluido de controle (R6S = ρ6S ∙ g)
AUP: Área efetiva de compensação submetida à pressão hidrostática devido à LDA
Baseado nas equações apresentadas, e utilizando-se de uma nomenclatura um pouco
diferente para as variáveis envolvidas no problema, foi elaborado um modelo
matemático mais detalhado, que permitirá a realização do estudo proposto neste
trabalho. É importante ressaltar que as premissas adotadas na elaboração deste
modelo matemático são as listadas a seguir:
41
• Escoamento monofásico;
• Fluido incompressível;
• Regime permanente;
• Desconsiderados os efeitos térmicos;
• Pressão constante à montante da válvula (reservatório infinito);
• Válvula com vedação exclusiva à jusante;
• Elementos de vedação completamente estanques; e
• Sistema de controle do tipo hidráulico direto.
O detalhamento das forças envolvidas neste modelo, que foi implementado utilizando-
se o software Mathcad na sua versão 14, é apresentado a seguir:
3.1. Forças devido à pressão do ambiente (pressão externa)
Uma válvula gaveta atuada hidraulicamente, quando instalada em ambiente
submarino, estará submetida a uma pressão externa equivalente à pressão
hidrostática da LDA de instalação do equipamento (5V), definida pela equação 3.11
apresentada a seguir:
(3.11)
Onde:
ρWXY: Massa específica da água do mar, definida como sendo 1030 kg m]⁄ [9]
g: Aceleração da gravidade (9,81 m sb⁄ )
LDA: Lâmina d’água de instalação do equipamento - profundidade (m)
No que diz respeito ao trem de acionamento da válvula, nos projetos atualmente
utilizados, essa pressão externa atua basicamente em duas áreas de vedação
distintas, resultando nas forças representadas na Figura 3-1 e descritas a seguir:
Ph ρmar g⋅ LDA⋅:=
42
Figura 3-1. Representação das forças devido à press ão externa.
3.1.1. Força na haste de override (FUd)
Essa força é resultante da ação da pressão hidrostática no sistema de vedação do
atuador ao meio externo, localizado na haste de override, sendo definida de acordo
com a equação 3.12 apresentada a seguir:
(3.12)
Onde:
DdO: Diâmetro da haste de override
3.1.2. Força no sistema de compensação (F�P)
Essa força é resultante da ação da pressão no sistema de compensação, que é igual à
pressão hidrostática referente à LDA, na área da coroa circular definida pelo diâmetro
interno do cilindro do atuador e o diâmetro da haste principal, sendo definida de
acordo com a equação 3.13 apresentada a seguir:
(3.13)
Onde:
P�P: Pressão do sistema de compensação (P�P � Pd) (Pa)
DP: Diâmetro do cilindro do atuador (mm)
DdU: Diâmetro da haste principal do atuador (mm)
F ph Phπ4
⋅ D ho2⋅:=
Fsc Pscπ4
⋅ Dc2
Dhp2−
⋅:=
FUd F�P
Elementos de vedação solicitados
43
3.2. Força devido à compressão da mola (FPW)
Conforme representado na Figura 3-2, a mola considerada neste estudo é do tipo
Belleville.
Figura 3-2. Representação da força devido à mola.
Como já citado anteriormente, ao contrário das molas helicoidais, este tipo de mola
apresenta como característica um carregamento não-linear. Desta maneira, a equação
da mola do atuador foi definida com base nos resultados de testes de laboratório,
mostrados na Figura 3-3, realizados com uma mola real, utilizada na montagem do
protótipo considerado na calibração do modelo matemático apresentado neste
trabalho.
Figura 3-3. Curva de carregamento da mola obtida em laboratório. [14]
44
Por meio da desta curva de carregamento, e com o auxílio da ferramenta de ajuste de
curva do software Matlab, foi obtida a equação 3.14 para a força da mola ao longo do
curso do atuador:
(3.14)
Sendo:
Onde:
x: Posição do atuador ao longo do curso total (m)
Le: Compressão de montagem da mola para obter a pré-carga (m)
Desta maneira, no modelo matemático deste estudo, a curva de carregamento da
mola ao longo do curso do atuador é conforme mostrado na Figura 3-4.
Figura 3-4. Curva de carregamento da mola ao longo do curso do atuador.
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
0 0.038 0.075 0.113 0.151.4 10
5×
1.6 105×
1.8 105×
2 105×
2.2 105×
2.4 105×
Fcm x( )
x [m]
[N]
45
3.3. Pressão devido à coluna de fluido de controle (PPQP)
Para propósitos deste estudo, o sistema de controle a ser considerado é do tipo
hidráulico direto, apresentado anteriormente no item 2.3.1. Conforme já citado, neste
tipo de sistema o reservatório de fluido de controle localiza-se nas facilidades de
superfície, na própria unidade de produção. Desta maneira, o fluido de controle, que é
conduzido até o cilindro do atuador por meio do umbilical, é responsável por uma
pressão de atuação “residente” que equivale a esta coluna de fluido (PPQP), definida
pela equação 3.15 apresentada a seguir:
(3.15)
Onde:
ρQP: Massa específica do fluido de controle (kg m]⁄ )
AG: Altura do reservatório de fluido controle em relação à superfície do mar (m)
Conforme mostrado na Figura 3-5, esta pressão atua na área da coroa circular
definida pelo diâmetro interno do cilindro do atuador e o diâmetro da haste de override,
exercendo assim uma força no sentido de avanço do atuador, definida pela
equação 3.16 mostrada a seguir:
(3.16)
Figura 3-5. Representação da força devido à pressão da coluna de fluido de controle.
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅:=
Fcfc Pcfcπ4
Dc2
Dho2−
⋅
⋅:=
Elementos de vedação solicitados
46
3.4. Força devido à pressão na cavidade do corpo da válvula (F<d)
Conforme citado anteriormente, na maioria dos projetos de válvula gaveta, a vedação
de passagem acontece exclusivamente na sede de jusante, garantindo que a pressão
da cavidade do corpo da válvula seja sempre igual à pressão de montante.
Isso é feito para garantir a existência de uma força específica, resultante da ação da
pressão de trabalho no diâmetro de vedação da haste principal, e que atua no sentido
de retorno do atuador, a favor da função de falha segura, conforme representado na
Figura 3-6. Esta “força de expulsão da haste”, como é conhecida, é definida pela
equação 3.17 mostrada a seguir:
(3.17)
Onde:
Pg: Pressão de trabalho (Pa)
Figura 3-6. Representação da força de expulsão da h aste.
Fehπ4
Pt⋅ Dhp2⋅:=
Elemento de vedação solicitado
47
3.5. Forças de atrito
As forças de atrito atuantes no trem de acionamento de um conjunto válvula-atuador
são relativas basicamente ao contato entre elementos de vedação, sejam eles
metálicos ou resilientes (materiais elastoméricos ou plastoméricos). A equação 3.18,
mostrada a seguir, define a força de atrito total ao longo do curso do atuador (fg(x)):
(3.18)
Onde:
fP�h: Força de atrito devido ao contato sede-gaveta (metal-metal)
f�UP: Força de atrito na interface de vedação pistão-cilindro (metal-resiliente)
f�UdO: Força de atrito na interface de vedação pistão-haste override (metal-resiliente)
f�idU: Força de atrito na interface de vedação bonnet-haste principal (metal-resiliente)
Avaliando-se a ordem de grandeza de cada termo desta expressão, observou-se que
o segundo (f�UP) e terceiro (f�UdO) termos são desprezíveis quando comparados com
as outras forças envolvidas no problema. Isso vai de encontro com as observações
realizadas em [11], onde por meio de testes de alta ciclagem, constatou-se que, dentre
as interfaces de contato existentes em um conjunto válvula-atuador, o desgaste na
interface cilindro-pistão foi o de menor proporção, enquanto que o maior desgaste, e
consequentemente o mais crítico, ocorreu na interface de vedação sede-gaveta.
Nesse estudo, foi observado ainda que, o uso do mesmo revestimento metálico, de
composição química idêntica, tanto nas sedes quanto na gaveta, resulta em uma
válvula mais robusta quando o revestimento da gaveta possui uma dureza maior do
que o revestimento das sedes. Nesta configuração, a válvula se torna mais resistente
ao desgaste devido à ciclagem.
A seguir, são definidos cada um dos termos da expressão anterior:
3.5.1. Força de atrito na interface de vedação pistão-cilindro (f�UP)
Esta força é diretamente proporcional ao diferencial de pressão existente entre o
interior do cilindro e a câmara de compensação (câmara da mola). Este diferencial de
ft x( ) fcsg x( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
48
pressão agindo sobre o elemento de vedação indicado na Figura 3-7, resulta na
componente de atrito definida na equação 3.19 mostrada a seguir:
(3.19)
Onde:
fjW�UP: Força inicial de montagem devido à compressão radial do selo - squeeze
μYW: Coeficiente típico de atrito no contato resiliente-metal (adimensional)
PXg: Pressão de atuação (Pa)
P�P: Pressão do sistema de compensação (Pa)
D�UP: Diâmetro médio de vedação entre pistão e cilindro (mm)
L�UP: Comprimento do elemento de vedação entre pistão e cilindro (mm)
Figura 3-7. Indicação da interface de vedação pistã o-cilindro.
3.5.2. Força de atrito na interface de vedação pistão-haste override (f�UdO)
No caso desta componente de atrito, dois elementos de vedação são responsáveis por
sua existência, conforme mostrado na Figura 3-8. O “elemento 1” é responsável por
vedar a passagem de fluido de controle do interior do cilindro para o meio externo,
sendo assim, está constantemente submetido à pressão de atuação. Já o “elemento 2”
é responsável por promover a vedação do meio externo para o interior do atuador,
estando assim submetido à pressão hidrostática equivalente à LDA.
Considerando a estanqueidade destes elementos de vedação, assume-se que a
pressão existente entre estes dois elementos de vedação é a própria pressão
fvpc fimvpc µrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:=
49
atmosférica, trapeada no momento da montagem do atuador. Desta maneira, esta
componente de atrito pode ser definida conforme mostrado na equação 3.20 a seguir:
(3.20)
Onde:
fjW�UdO: Força inicial de montagem devido à compressão radial do selo - squeeze
D�UdO: Diâmetro médio de vedação entre pistão e haste override (mm)
PXgW: Pressão atmosférica (Pa)
L�UdOe: Comprimento do elemento 1 de vedação entre pistão e haste override (mm)
L�UdOb: Comprimento do elemento 2 de vedação entre pistão e haste override (mm)
Figura 3-8. Indicação das interfaces de vedação pis tão-haste override.
3.5.3. Força de atrito na interface de vedação bonnet-haste principal (f�idU)
O sistema de vedação da haste principal do atuador é composto por dois elementos
de vedação unidirecionais montados em sentidos opostos de modo a garantir a bi-
direcionalidade do sistema como um todo. Conforme mostrado na Figura 3-9, este
sistema é responsável por isolar completamente a cavidade do corpo da válvula, que
está submetida à pressão de trabalho, da câmara da mola do atuador, submetida à
pressão hidrostática da LDA por meio do sistema de compensação.
Da mesma maneira, considerando a estanqueidade dos elementos de vedação que
compõem este sistema bidirecional, assume-se que a pressão existente entre os
elementos de vedação é a própria pressão atmosférica. Sendo assim, esta
componente de atrito pode ser definida conforme mostrado na equação 3.21 a seguir:
fvpho fimvpho µrmπ⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+ ⋅+:=
(2) (1)
50
(3.21)
Onde:
fjW�idU: Força inicial de montagem devido à compressão radial do selo - squeeze
L�idUe: Comprimento do elemento 1 de vedação entre bonnet e haste principal (mm)
L�idUb: Comprimento do elemento 2 de vedação entre bonnet e haste principal (mm)
Figura 3-9. Indicação da interface de vedação bonnet-haste principal.
3.5.4. Força de atrito devido ao contato sede-gaveta (fP�h)
Esta é a principal componente da força de atrito total do conjunto válvula-atuador,
sendo resultado da ação da pressão de trabalho da válvula no diâmetro de vedação da
gaveta contra a sede de jusante, conforme mostrado na Figura 3-10. Esta força é
diretamente proporcional ao diferencial de pressão estabelecido entre a montante e a
jusante da válvula, sendo definida conforme mostrado na equação 3.22 a seguir:
(3.22)
Sendo os termos “fjW�h” e “D�h” definidos, respectivamente, pelas equações 3.23 e
3.24 mostradas a seguir:
(3.23)
(3.24)
fvbhp fimvbhp µrmπ⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+ ⋅+:=
fcsg x( ) fimsgπ4
µmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg2⋅+:=
fimsg 2µmmkms⋅ cms⋅:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+:=
Câmara da mola Cavidade do corpo
(1) (2)
51
Onde:
fjW�h: Força inicial de montagem devido à compressão da mola traseira das sedes
μWW: Coeficiente típico de atrito no contato metal-metal (adimensional)
PW: Pressão à montante da válvula (Pa)
Pk�x�: Pressão à jusante da válvula em função do curso “x” do atuador (Pa)
D�h: Diâmetro de vedação da gaveta (mm) [15]
kW�: Coeficiente de rigidez das molas traseiras das sedes (N/m)
cW�: Compressão das molas traseiras das sedes na montagem (mm)
ID�: Diâmetro interno das sedes (mm)
OD�: Diâmetro externo das sedes (mm)
Figura 3-10. Indicação da interface de vedação sede -gaveta.
52
3.6. Determinação do percentual de abertura de passagem (h�x))
O percentual de abertura de passagem da válvula é definido neste trabalho em termos
percentuais, sendo dependente apenas do alinhamento do furo da gaveta com a
passagem da válvula. Apenas para referência, a relação entre o percentual de
abertura de passagem e a área de passagem ao longo do curso total do atuador pode
ser vista no APÊNDICE A.
Sabendo que, no início de sua atuação, um conjunto válvula-atuador do tipo FSC
encontra-se com a gaveta na posição completamente fechada, enquanto que em um
conjunto do tipo FSO a gaveta encontra-se completamente aberta, de modo a fazer
com que este modelo matemático seja aplicável tanto para conjuntos válvula-atuador
do tipo FSC como para FSO, foi necessário definir duas equações distintas, a saber:
3.6.1. Percentual de abertura de passagem para conjunto FSC
(3.25)
Onde:
xPO: Curso do atuador desde a posição de falha segura até o crack-open
xgOg: Curso total do atuador
3.6.2. Percentual de abertura de passagem para conjunto FSO
(3.26)
Onde:
xUO: Curso do atuador desde a posição de falha segura até o pinch-off
h x( ) 0 0 x≤ xco<if
x xco−
xtot xco−100⋅ xco x≤ xtot≤if
:=
h x( )xpo x−
xtot xpo−15.23⋅ 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
53
As curvas de abertura de passagem para o avanço e o retorno do atuador de um
conjunto FSC, definidas pela equação 3.25, podem ser vistas nos gráficos mostrados
na Figura 3-11 e na Figura 3-12, respectivamente. Na Figura 3-13 e na Figura 3-14
podem ser vistas as curvas de abertura de passagem para o avanço e o retorno,
respectivamente, do atuador de um conjunto FSO, definidas pela equação 3.26.
3.7. Determinação da pressão à jusante da válvula
A curva de variação da pressão à jusante da válvula com o avanço do atuador é
extremamente importante para obtenção de resultados concisos. Desta maneira,
visando não só avaliar a aderência do modelo matemático elaborado neste trabalho
com os resultados reais obtidos de teste, mas também utilizá-lo para prever o
desempenho do conjunto válvula-atuador em condições de campo, quando o sistema
submarino já está em produção, foram definidas as seguintes situações:
3.7.1. Vazão pela válvula em condições de teste
Durante a realização dos testes de desempenho de atuação hidráulica, por meio do
qual são obtidas as curvas de atuação característica, devido às baixas vazões
aplicadas à válvula, a equalização entre as pressões de jusante e montante, se dá de
maneira instantânea no momento em que ocorre o início da comunicação (crack-
open). Da mesma maneira, o diferencial pleno de pressão é estabelecido
instantaneamente apenas no momento em que ocorre o fim da comunicação (pinch-
off).
A equação 3.27, apresentada a seguir, define a variação da pressão à jusante para o
avanço e o retorno do atuador de um conjunto FSC, representada na Figura 3-11 e na
Figura 3-12, respectivamente.
A equação 3.28, também apresentada a seguir, define a variação da pressão à
jusante para o avanço e o retorno do atuador de um conjunto FSO, representada na
Figura 3-13 e na Figura 3-14, respectivamente.
Note que em um conjunto FSC, o início de comunicação (crack-open) ocorre no
avanço do atuador, enquanto que em um conjunto FSO, isso acontece no retorno do
atuador. Já o fim de comunicação (pinch-off) ocorre no retorno do atuador em um
conjunto FSC e no avanço do atuador em um conjunto FSO.
54
(3.27)
Figura 3-11. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no avanço do atuador de um conjunto FSC em condiçõe s de teste.
Figura 3-12. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no retorno do atuador de um conjunto FSC em condiçõ es de teste.
Pj x( ) 0 0 x≤ xco<if
Pt xco x≤ xtot≤if
:=
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
[%]
[%]
55
(3.28)
Figura 3-13. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no avanço do atuador de um conjunto FSO em condiçõe s de teste.
Figura 3-14. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no retorno do atuador de um conjunto FSO em condiçõ es de teste.
Pj x( ) Pm 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
[%]
[%]
56
3.7.2. Vazão pela válvula em condição de produção
Diferentemente do teste, quando submetida à condição de produção, condição na qual
há uma grande vazão de fluido pela válvula, o diferencial de pressão estabelecido
através da gaveta varia com sua posição. Sendo assim, a equalização entre as
pressões de jusante e montante, não se dá de maneira instantânea no momento em
que ocorre o início da comunicação (crack-open).
Foi reportado [15, 16] que, no caso de uma válvula gaveta, o diferencial de pressão
desenvolvido entre montante e jusante, resultado da resistência imposta ao fluxo pela
introdução do obturador na passagem da válvula, só é significativo até os 30% de
abertura em curso; após isso, as pressões encontram-se praticamente equalizadas.
Subentende-se então que, no caso de um conjunto FSO, este diferencial de pressão
só é significativo após os 70% de fechamento em curso.
Sendo assim, de posse da curva apresentada em [15] para o coeficiente de resistência
ao fluxo (K�x)), que representa uma média baseada em diversos projetos de válvula
gaveta, com o auxílio da ferramenta de ajuste de curva do software Matlab, foi
ajustada a equação 3.29, que define o coeficiente de resistência ao fluxo ao longo do
curso do atuador.
(3.29)
É interessante notar que, para um percentual de abertura igual a 100%, válvula
completamente aberta, o valor de “K(x)” é aproximadamente igual 0,3; valor este que
pode ser encontrado em outras referências de hidráulica [17, 18] como sendo o
coeficiente de perda de carga localizada para válvulas do tipo gaveta com diâmetro
entre 2 e 5 polegadas e conexões flangeadas.
Por meio da equação 3.29, foi possível verificar a variação do coeficiente de
resistência ao fluxo para o avanço e o retorno tanto de conjuntos FSC, Figura 3-15 e
Figura 3-16, como de conjuntos FSO, Figura 3-17 e Figura 3-18.
Conforme pode ser visto na Figura 3-15, para um percentual de abertura igual a 30%,
o valor de “K(x)” é aproximadamente 20, valor este que é muito inferior aos valores
assumidos por este coeficiente no início de abertura da válvula. É importante ressaltar
que este coeficiente é adimensional.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
57
Figura 3-15. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura
de passagem no avanço do atuador de um conjunto FSC .
Figura 3-16. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura
de passagem no retorno do atuador de um conjunto FS C.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
100
200
300
400
500
0
20
40
60
80
100
K x( ) h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
100
200
300
400
500
0
20
40
60
80
100
K x( ) h x( )
x
20
[m]
[m]
[%]
[%]
58
Figura 3-17. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura
de passagem no avanço do atuador de um conjunto FSO .
Figura 3-18. Variação do coeficiente de resistência ao fluxo com o percentual de abertura
de passagem no retorno do atuador de um conjunto FS O.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
100
200
300
400
500
0
20
40
60
80
100
K x( ) h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
100
200
300
400
500
0
20
40
60
80
100
K x( ) h x( )
x
[m]
[m]
[%]
[%]
59
Tendo definido o coeficiente de perda de carga localizada na válvula ao longo do curso
do atuador, aplicando as equações de Bernoulli e Darcy-Weisbach [17] no volume de
controle mostrado na Figura 3-19, que engloba a válvula e o duto submarino até sua
chegada no separador de superfície, é possível obter o diferencial de pressão através
da válvula por meio da equação 3.30 apresentada a seguir:
Figura 3-19. Representação do volume de controle co nsiderado.
(3.30)
Onde:
Pe: Pressão à montante da válvula (Pa)
Pb: Pressão à jusante da válvula (Pa)
ve: Velocidade média do fluxo à montante da válvula (m/s)
vb: Velocidade média do fluxo à jusante da válvula (m/s)
ze: Posição vertical da válvula no volume de controle (m)
zb: Posição vertical do separador de superfície no volume de controle (m)
γ: Peso específico do fluido de produção (γ = ρ. g)
AG
LDA
(1)
(2)
P1
γ
v12
2 g⋅+ z1+
P2
γ
v22
2 g⋅+ z2+ hválvula+ hlinha+
60
h�ás�tsX: Perda de carga localizada relativa à válvula (m)
hsjudX: Perda de carga distribuída relativa ao duto submarino (m)
Considerando a posição vertical da válvula como sendo a origem (ze = 0), assumindo
a premissa de reservatório infinito à montante da válvula (ve = 0) e explicitando os
termos de perda de carga, a equação 3.30 pode então ser re-escrita na forma da
equação 3.31:
(3.31)
Onde:
f: Fator de atrito (adimensional)
v: Velocidade média do fluido no interior do duto (m/s)
L: Comprimento do duto (m)
D: Diâmetro interno do duto (m)
Por fim, resolvendo a equação 3.31 para a velocidade média de escoamento do fluido,
tem-se como resultado a equação 3.32 mostrada a seguir:
(3.32)
Sendo a massa específica do fluido de produção (ρQU) determinada pela equação 3.33,
definida em [19]:
(3.33)
Onde:
ρáhtX: Massa específica da água a 20 °C ( 998 kg m]⁄ )
API: Densidade relativa do óleo produzido, também conhecida por grau API
P1 P21
2ρ⋅ v
2⋅+ γ z2⋅+1
2ρ K x( )⋅ v
2⋅+1
2ρ f⋅
L
D⋅ v
2⋅+
v x( )2 ∆P ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅− ⋅
ρfp 1 K x( )+ fL
D⋅+
⋅:=
ρfp
141.5ρágua⋅
API 131.5+:=
61
O fator de atrito “f” é determinado, após algumas iterações, por meio da solução da
equação 3.34, conhecida como a equação implícita de Colebrook-White [17].
(3.34)
Onde:
ε: Rugosidade média da parede interna do duto (μm)
ν: Viscosidade cinemática do fluido de produção (mb s⁄ )
Desta maneira, a variação da pressão à jusante da válvula em função do percentual
de abertura de passagem ao longo do curso do atuador pode finalmente ser obtida
tanto para o conjunto FSC, conforme equação 3.35, como para o conjunto FSO,
conforme equação 3.36.
(3.35)
(3.36)
Onde:
P�<U: Pressão no separador de superfície (Pa)
A equação 3.35 define a variação da pressão à jusante para o avanço e o retorno do
atuador de um conjunto FSC, representada na Figura 3-20 e na Figura 3-21,
respectivamente.
A equação 3.36 define a variação da pressão à jusante para o avanço e o retorno do
atuador de um conjunto FSO, representada na Figura 3-22 e na Figura 3-23,
respectivamente.
1
f2− log
ε3.7 D⋅
2.51ν⋅
v D⋅ f⋅+
⋅
Pj x( ) Psep ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅+ 0 x≤ xco<if
Pm K x( ) ρfp⋅v x( )
2
2⋅−
xco x≤ xtot≤if
:=
Pj x( ) Pm K x( ) ρfp⋅v x( )
2
2⋅−
0 x≤ xpo<if
Psep ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅+ xpo x≤ xtot≤if
:=
62
Figura 3-20. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no avanço do atuador de um conjunto FSC em condiçõe s de produção.
Figura 3-21. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no avanço do retorno de um conjunto FSC em condiçõe s de produção.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
[%]
[%]
63
Figura 3-22. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no avanço do atuador de um conjunto FSO em condiçõe s de produção.
Figura 3-23. Variação da pressão à jusante com o pe rcentual de abertura de passagem
no retorno do atuador de um conjunto FSO em condiçõ es de produção.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
8.75 106×
1.75 107×
2.625 107×
3.5 107×
4.375 107×
5.25 107×
6.125 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pj x( )
Pmh x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
[%]
[%]
3.8. Determinação da pressão de atuação
Definidas as forças envolvidas no problema
movimento do atuador, a velocidade de atuação da válvula é constante ao longo de
todo o curso, é possível determinar a força de atuação requerida tanto no avanço
quanto no retorno do atuador
acionamento.
3.8.1. Curva de atuação para o avanço do atuador
A força de atuação no avanço do atuador (
apresentada a seguir:
Para um melhor entendimento, o diagrama de corpo livre do trem de acionamento
conjunto válvula-atuador durante o seu avanço
Figura 3-24 . Diagrama de corpo
atuador durante o
Fat_a x( ) Fph− Feh+ +:=
Determinação da pressão de atuação
Definidas as forças envolvidas no problema e assumindo que, uma vez iniciado o
movimento do atuador, a velocidade de atuação da válvula é constante ao longo de
todo o curso, é possível determinar a força de atuação requerida tanto no avanço
quanto no retorno do atuador por meio de um simples balanço de forças
Curva de atuação para o avanço do atuador
A força de atuação no avanço do atuador (FXg_X�x�) é obtida pela equação 3.37
Para um melhor entendimento, o diagrama de corpo livre do trem de acionamento
durante o seu avanço é mostrado na Figura 3
. Diagrama de corpo livre do trem de acionamento do conjunto
durante o movimento de avanço do atuador.
Fsc ft x( )+ Fcm x( )+
64
assumindo que, uma vez iniciado o
movimento do atuador, a velocidade de atuação da válvula é constante ao longo de
todo o curso, é possível determinar a força de atuação requerida tanto no avanço
por meio de um simples balanço de forças no trem de
) é obtida pela equação 3.37
(3.37)
Para um melhor entendimento, o diagrama de corpo livre do trem de acionamento do
3-24.
livre do trem de acionamento do conjunto válvula-
65
Dividindo-se o resultado da equação 3.37 pela área útil do pistão, obtém-se finalmente
a equação 3.38, que define a pressão de atuação para o avanço do atuador (PXg_X(x)).
(3.38)
Onde:
PNTA: Pressão Nominal de Trabalho do Atuador (Pa)
É importante notar, na equação 3.38, que a pressão de atuação para “x = 0” é definida
como sendo a pressão referente à coluna de fluido de controle, enquanto que no fim
de curso do atuador (x = xgOg) esta pressão deve atingir o seu valor nominal (PNTA)
somado à pressão referente à coluna de fluido de controle.
3.8.2. Curva de atuação para o retorno do atuador
A força de atuação no retorno do atuador (FXg_Y(x)) é obtida pela equação 3.39
apresentada a seguir:
(3.39)
Para um melhor entendimento, o diagrama de corpo livre do trem de acionamento do
conjunto válvula-atuador durante o seu retorno é mostrado na Figura 3-25 a seguir.
Pat_a x( ) Pcfc( ) x 0if
Fat_a x( )
π4
Dc2
Dho2−
⋅
0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtotif
:=
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Figura 3-25. Diagrama de corpo livre do trem de acionamento do c onjunto válvula
atuador durante
Da mesma maneira, dividindo
obtém-se finalmente a equação 3.40, que
do atuador (PXg_Y�x�).
Pat_r x( ) Pcfc( ) xif
Fat_r x( )
π4
Dc2
Dho−⋅
PNTA Pcfc+
:=
Diagrama de corpo livre do trem de acionamento do c onjunto válvula
atuador durante o movimento de retorno do atuador.
ividindo-se o resultado da equação 3.39 pela área útil do pistão,
equação 3.40, que define a pressão de atuação
0
ho2
0 x< xtot<if
x xtotif
66
Diagrama de corpo livre do trem de acionamento do c onjunto válvula -
pela área útil do pistão,
a pressão de atuação para o retorno
(3.40)
67
3.9. Verificação do modelo matemático
Após a elaboração do modelo matemático detalhado anteriormente, apresentado em
seu formato original no APÊNDICE B, com base em dados reais de um projeto
específico de um conjunto válvula-atuador do tipo FSC, apresentados a seguir na
Tabela 3-1, bem como da base de projeto, apresentados a seguir na Tabela 3-2, foi
possível obter as curvas de atuação teóricas, onde é possível observar, dentre outros
parâmetros, a variação da pressão de atuação ao longo do curso da válvula, tanto no
avanço quanto no retorno do atuador, determinadas, respectivamente, pelas equações
3.38 e 3.40.
Em seguida, os pontos-chave destas curvas de atuação teóricas foram marcados e
então comparados com aqueles obtidos de curvas de atuação reais, resultantes de
testes realizados em laboratório com um conjunto válvula-atuador de mesmas
características e dimensões consideradas neste estudo. O aparato de teste utilizado
para obtenção das curvas de atuação característica (assinaturas), bem como o
descritivo de teste, são apresentados no Capítulo 4. De posse dos resultados obtidos
dos testes, os erros relativos foram então calculados, sendo apresentados e discutidos
no Capítulo 5.
Ressalta-se que, neste estudo, é considerado que o modelo matemático desenvolvido
para o conjunto FSC valida automaticamente os resultados obtidos por meio do
modelo desenvolvido para o conjunto FSO, uma vez que, tanto o equacionamento
como o balanço de forças, são os mesmos. Como pode ser observado, o que se altera
no equacionamento de um conjunto FSC para um conjunto FSO, é apenas a curva de
percentual de abertura de passagem da válvula com o avanço do atuador, já que o
furo da gaveta do conjunto FSO é na parte inferior da gaveta, enquanto que no
conjunto FSC esse furo está localizado na parte superior da gaveta.
Na prática, é como se o mesmo atuador fosse utilizado para obter resultados de testes
de desempenho de atuação hidráulica, sendo no primeiro momento montado na
válvula com uma gaveta FSC e, posteriormente, com uma gaveta FSO. Desta
maneira, os resultados teóricos obtidos para o conjunto FSO não serão comparados
com resultados práticos, assim como os casos simulando o comportamento dos
conjuntos válvula-atuador FSC e FSO nas condições de operação, casos 5 e 10,
respectivamente.
68
3.10. Dados de entrada do projeto do conjunto válvula-atuador
A Tabela 3-1 mostra os valores de entrada adotados neste estudo para as variáveis
relativas ao projeto do conjunto válvula-atuador. Para efeitos de cálculo, é importante
ressaltar que os valores adotados neste estudo para os coeficientes de atrito são os
mesmos considerados no projeto e podem ser verificados em [20].
Tabela 3-1. Dados do projeto do conjunto válvula-at uador.
Diâmetro da haste de override DdO = 58mm
Diâmetro da haste principal DdU = 65mm
Diâmetro do cilindro DP = 230mm
Diâmetro interno das sedes ID� = 130mm
Diâmetro externo das sedes OD� = 160mm
Diâmetro de passagem da válvula ØU = 130mm
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal D�idU = 74mm
Comprimento da vedação 1 na interface bonnet / haste principal L�idUe = 130mm
Comprimento da vedação 2 na interface bonnet / haste principal L�idUb = 10mm
Deslocamento para o início de comunicação (crack-open) xPO = 20mm
Curso total da válvula xgOg = 150mm
Rigidez das molas traseiras das sedes kW� = 30 kN m⁄
Pressão nominal de trabalho do atuador PNTA = 5000psi Comprimento da mola do atuador na pré-carga Le = 610mm
Coeficiente de rigidez da mola do atuador k1 = 1817000N mb⁄
k2 = 1351000N m⁄
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas μYW � 0,015
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (TCC x TCC) μWW � 0,12
69
3.11. Dados de entrada da base de projeto: cenário de aplicação
A Tabela 3-2 mostra os valores de entrada adotados neste estudo para as variáveis
relativas à base de projeto. Esses dados foram escolhidos de modo a representar um
cenário de aplicação condizente com a realidade atual dos novos campos do Pré-Sal.
Tabela 3-2. Dados da base de projeto.
Lâmina d’água de instalação do equipamento LDA = 2600m
Distância da superfície do mar à Unidade de Potência Hidráulica AG = 30m
Diâmetro interno do duto D = 130mm
Comprimento do duto L = 13380m
Rugosidade média da parede interna do duto � = 254�
Viscosidade cinemática do fluido de produção ν = 2,7. 10��mb s⁄
Grau API do óleo produzido API = 25°
Massa específica do fluido de controle ρQP = 1060kg m]⁄
Pressão de trabalho Pg = 10000psi Pressão no separador de superfície P�<U = 145psi
70
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Aparato de Teste
O aparato apresentado no esquemático da Figura 4-1 foi utilizado na execução dos
testes de desempenho de atuação hidráulica, cujo objetivo é o levantamento das
curvas de atuação reais do conjunto válvula-atuador considerado neste estudo. Estas
curvas são similares à apresentada na Figura 2-15 e seus pontos-chave são
apresentados no capítulo 5. Por meio deste aparato, é possível realizar o acionamento
hidráulico da válvula em diferentes condições de pressão.
Figura 4-1. Esquemático do aparato de teste.
Os painéis de controle mostrados na Figura 4-1 possuem em seu interior, além de
tubulação, válvulas de instrumentação (tipos esfera e agulha) e sensores de pressão,
enquanto que as unidades de potência hidráulica possuem também bombas
pneumáticas e reservatórios para armazenagem de fluido (tanque).
Na Figura 4-2 é apresentado o diagrama hidráulico desse aparato mostrando a
disposição e interligação de cada componente.
Painel de Controle do
Atuador
Painel de Controle do
Backseat
Painel de Controle da
Montante e do Corpo
Painel de Controle da
Jusante
HPU do
Atuador
HW-525
HPU da
Válvula
Água
71
Figura 4-2. Diagrama hidráulico do aparato do teste .
TFV: Tanque de fluido de teste da válvula FV: Filtro do circuito da válvula BM: Bomba do circuito de montante AM: Acumulador do circuito de montante VBM: Válvula de bloqueio do circuito de montante VSM: Válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito de montante VBC: Válvula de bloqueio do circuito do corpo VBLJ: Válvula de bloqueio do circuito de despressurização lenta da jusante VAJ: Válvula agulha do circuito de jusante VBRJ: Válvula de bloqueio do circuito de despressurização rápida da jusante VSJ: Válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito de jusante VBLB: Válvula de bloqueio do circuito de despressurização lenta do backseat VAB: Válvula agulha do circuito do backseat VBRB: Válvula de bloqueio do circuito de despressurização rápida do backseat VSB: Válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito do backseat TFA: Tanque de fluido de atuação FA: Filtro do circuito do atuador BA: Bomba do circuito do atuador AA: Acumulador do circuito do atuador VAA: Válvula agulha do circuito de avanço do atuador VSA: Válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito de avanço do atuador VAR: Válvula agulha do circuito de retorno do atuador VSR: Válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito de retorno do atuador VBA: Válvula de bloqueio do circuito do atuador TFV
FV
BM
AM
VBM
VSM
VBC
VBLJ
VAJ
VBRJ
VSJ
VBLB
VAB
VBRB
VSB
TFA
FA
BA
AA
VAA
VSA
VAR
VSR
VBA
72
No que diz respeito aos transdutores de pressão mostrados na Figura 4-2, foram
utilizados os modelos descritos na Tabela 4-1.
Tabela 4-1. Transdutores de pressão utilizados nos testes.
Fabricante: Druck Tecsis
Modelo: PTX 7517-1 260SINM
Faixa de leitura: 0 – 700 bar 0 – 140 bar
Precisão: 0,1% 0,25%
A seguir é apresentada uma breve descrição dos elementos do esquemático mostrado
na Figura 4-1, detalhando as especificações técnicas dos principais elementos:
transdutores de pressão (PT – Pressure Transducer), bombas pneumáticas das HPUs
e transdutor de deslocamento (LVDT – Linear Variable Differential Transducer).
4.1.1. Painel de Controle da Jusante
Além da sua utilização para monitorar a pressão à jusante da válvula em teste, o
painel de controle da jusante, mostrado na Figura 4-3, é usado para criar um pequeno
vazamento na linha de jusante da válvula para o tanque. Este vazamento é ajustado
por meio da válvula agulha presente neste circuito e tem como objetivo a identificação
do exato momento em que ocorre a perda de comunicação (pinch-off) entre montante
e jusante durante o fechamento da válvula.
Após a perda de comunicação, este pequeno vazamento resulta em uma sensível
queda de pressão no circuito de jusante, estabelecendo desta maneira um pequeno
diferencial de pressão com relação ao circuito de montante. Este pequeno diferencial
de pressão é então lido pelo controlador lógico programável (PLC – Programmable
Logic Controller) que, por sua vez, comanda automaticamente a abertura da válvula
solenóide do circuito de jusante de modo a promover a sua despressurização de forma
instantânea, gerando assim um diferencial máximo de pressão entre a montante e a
jusante da válvula em teste.
73
Figura 4-3. Painel de controle da jusante.
4.1.2. Painel de Controle da Montante e do Corpo
O painel de controle da montante e do corpo, mostrado na Figura 4-4, é responsável
tanto pelo controle do suprimento de pressão no lado montante da válvula em teste
quanto pelo monitoramento da pressão nestes dois circuitos. Além disso, por meio
deste painel é possível realizar a comunicação direta do lado montante com o corpo
da válvula, o que pode ser útil na execução de testes de vedação em baixa pressão de
válvulas cujo projeto apresente vedação parcial na sede de montante.
Figura 4-4. Painel de controle da montante e do cor po.
74
4.1.3. Painel de Controle do Backseat
Além da sua utilização para monitorar a pressão no circuito do backseat da válvula em
teste, o painel de controle do backseat, mostrado na Figura 4-5, é usado para criar um
pequeno vazamento para o tanque. Este vazamento é ajustado por meio da válvula
agulha presente neste circuito e tem como objetivo a identificação do exato momento
em que ocorre a vedação do backseat, que representa o final de curso do atuador
durante o seu retorno para a posição de falha segura.
Ocorrida a vedação do backseat, este pequeno vazamento resulta em uma queda de
pressão neste circuito que, por meio do PLC, será responsável pela abertura da
válvula solenóide e consequente despressurização instantânea.
Figura 4-5. Painel de controle do backseat.
4.1.4. Painel de Controle do Atuador
O painel de controle do atuador, mostrado na Figura 4-6, é projetado para: controlar o
suprimento de pressão durante o avanço do atuador, permitir a reversão do
movimento de avanço do atuador no fim de curso, controlar o movimento de retorno do
atuador e, por fim, monitorar a pressão de atuação. Por meio do ajuste das válvulas
agulhas presentes nas linhas de avanço e retorno do circuito do atuador, é possível
controlar a velocidade de atuação tanto no avanço quanto no seu retorno. A
comutação entre movimento de abertura e retorno é feita por meio do intertravamento
das válvulas solenóides deste circuito, que são comandadas por meio do PLC.
75
Figura 4-6. Painel de controle do atuador.
4.1.5. Unidades de Potência Hidráulica
Conforme pode ser visto na Figura 4-1, são utilizadas duas unidades de potência
hidráulica: uma para o circuito do atuador e outra para o circuito de montante. A HPU
do circuito do atuador possui um tanque para fluido de controle (HW-525), e uma
bomba pneumática Haskel de 6 hp, modelo DGF. Já a HPU do circuito de montante
possui um tanque para água e uma bomba pneumática Haskel 8 hp, modelo 8HSFD.
As especificações técnicas destas bombas são apresentadas na Tabela 4-2 abaixo.
Tabela 4-2. Bombas pneumáticas utilizadas nos teste s.
Fabricante: Haskel Haskel
Modelo: DGF 8HSFD
Pressão de suprimento: 3 – 125 psi (0.2 – 9 bar) 3 – 125 psi (0.2 – 9 bar)
Pressão máxima de trabalho: 7500 psi (517 bar) 22500 psi (1530 bar)
Volume deslocado por ciclo: 57 ml 25,5 ml
76
Figura 4-7. Unidade de potência hidráulica.
4.1.6. Acumuladores
Os acumuladores hidráulicos são utilizados para dois propósitos: amortecer os pulsos
de pressão resultante da ação da bomba, neste caso tanto no circuito do atuador
quanto no circuito de montante, e evitar a queda de pressão no circuito de montante
no momento em que ocorre o início de comunicação entre montante e jusante (crack-
open) durante a abertura da válvula em teste.
Figura 4-8. Acumuladores hidráulicos.
77
4.1.7. Controlador Lógico Programável - PLC
Todos os transdutores de pressão mostrados no diagrama da Figura 4-2, bem como o
transdutor de deslocamento e as válvulas solenóides, estão conectados ao PLC
mostrado na Figura 4-9, que por sua vez está conectado a um computador contendo
um software que permite tanto o controle das válvulas solenóides quanto a aquisição
dos dados de teste.
Figura 4-9. Controlador lógico programável.
4.1.8. Transdutor de Deslocamento Linear Variável – LVDT
Conforme mostrado no diagrama da Figura 4-2, o LVDT é conectado na haste de
override da válvula em teste para permitir a monitoração do seu deslocamento durante
a atuação da válvula. O LVDT utilizado, modelo LTP-200 fabricado pela Atek, é do tipo
potenciométrico com linearidade independente de ±0,2% e curso máximo de 200 mm.
Figura 4-10. Transdutor de deslocamento linear vari ável – LVDT.
78
4.2. Descritivo de teste de desempenho de atuação hidráulica
Para um melhor entendimento do procedimento do teste de desempenho de atuação
hidráulica, é apresentado a seguir um descritivo detalhado utilizando-se a mesma
nomenclatura adotada no diagrama da Figura 4-2.
O teste inicia com o atuador da válvula completamente despressurizado, ventado para
o tanque de fluido de atuação (TFA). Desta maneira, o atuador se encontra na sua
posição de falha segura, o que significa dizer que a válvula está fechada no caso do
conjunto FSC representado no diagrama da Figura 4-2.
Por meio da bomba do circuito de montante (BM), o fluido de teste é bombeado do
tanque (TFV) para a válvula em teste até que pressão no circuito de montante atinja o
valor especificado para o teste. Com a pressão de teste estabelecida, é iniciado então
o movimento de avanço do atuador, por meio do bombeamento (BA) de fluido de
atuação do tanque (TFA) para a câmara do pistão do atuador em teste.
A velocidade de avanço do atuador é regulada por meio do ajuste da válvula agulha do
circuito de avanço do atuador (VAA). Vale ressaltar que para realizar o avanço do
atuador, a válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito de retorno do atuador
é mantida fechada, enquanto que a válvula de bloqueio pilotada por solenóide do
circuito de avanço do atuador (VSR), bem como a válvula de bloqueio do circuito do
atuador (VBA), são mantidas abertas.
Com o incremento de pressão no circuito de avanço do atuador, a válvula em teste,
que inicialmente estava completamente fechada (FSC), é gradativamente levada para
a posição de completa abertura. Logo no início de movimento da haste principal do
atuador, a pressão do circuito do backseat, que inicialmente está ventado para tanque
(TFV), começa a aumentar (ponto A1 da Figura 2-15) até a completa equalização com
a pressão do circuito de montante (ponto A2 da Figura 2-15). Isso acontece porque a
válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito do backseat (VSB) é mantida
fechada durante o avanço do atuador, enquanto que a válvula agulha do circuito do
backseat (VAB) é regulada para permitir apenas um pequeno vazamento para o
tanque de fluido de teste da válvula (TFV).
A regulagem deste pequeno vazamento pela válvula agulha do circuito do backseat
(VAB) é feita de maneira que seja possível identificar, durante o retorno do atuador
(fechamento da válvula FSC em teste) o exato momento em que ocorre o final de
curso da válvula. Por conta deste vazamento, ocorrendo a vedação do backseat,
haverá um pequena queda de pressão no circuito do backseat, que irá resultar na
79
abertura da válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito do backseat (VSB),
comandada por um controlador lógico programável.
Continuando o movimento de avanço do atuador (abertura da válvula FSC em teste),
no momento em que ocorre o alinhamento do furo de passagem das sedes com o furo
de passagem da gaveta, inicia-se a comunicação entre montante e jusante (ponto A3
da Figura 2-15). Desta maneira, a pressão do circuito de jusante, que inicialmente está
ventado para tanque (TFV), começa a aumentar até a completa equalização com a
pressão do circuito de montante (ponto A4 da Figura 2-15). Isso acontece porque a
válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito de jusante (VSJ) é mantida
fechada durante o avanço do atuador, enquanto que a válvula agulha do circuito de
jusante (VAJ) é regulada para permitir apenas um pequeno vazamento para o tanque
de fluido de teste da válvula (TFV).
A regulagem deste pequeno vazamento pela válvula agulha do circuito de jusante
(VAJ) é feita de maneira que seja possível identificar, durante o retorno do atuador
(fechamento da válvula FSC em teste) o exato momento em que ocorre o final de
comunicação entre montante e jusante (pinch-off). Por conta deste vazamento,
ocorrendo a perda de comunicação, haverá um pequena queda de pressão no circuito
de jusante, que irá resultar na abertura da válvula de bloqueio pilotada por solenóide
do circuito de jusante (VSJ), comandada por um controlador lógico programável.
Ainda durante o movimento de avanço do atuador, no momento em que é atingido o
fim de curso do atuador (ponto A5 da Figura 2-15), a pressão no circuito do atuador
atinge rapidamente a pressão máxima de teste, ajustada para a Pressão Nominal de
Trabalho do Atuador (PNTA). Neste momento, é realizado o fechamento da válvula de
bloqueio pilotada por solenóide do circuito de avanço do atuador (VSA) e a abertura da
válvula de bloqueio pilotada por solenóide do circuito de retorno do atuador (VSR), o
que faz com que ocorra uma queda abrupta da pressão de atuação.
Inicia-se então, apenas pela ação da mola do atuador, que encontra-se
completamente comprimida no final do movimento de avanço, a expulsão do fluido de
atuação da câmara do pistão do atuador para o tanque de fluido de atuação (TFA) e,
consequentemente, o retorno do atuador (ponto R1 da Figura 2-15). A velocidade de
retorno do atuador é regulada por meio do ajuste da válvula agulha do circuito de
retorno do atuador (VAR).
Durante o movimento de retorno do atuador, ocorrerá primeiramente a perda de
comunicação entre montante de jusante (ponto R2 da Figura 2-15), o que resultará na
80
completa despressurização do circuito de jusante (ponto R3 da Figura 2-15), iniciando
de forma lenta por meio da válvula agulha do circuito de jusante (VAJ) e terminando de
forma rápida por meio da abertura da válvula de bloqueio pilotada por solenóide do
circuito de jusante (VSJ). Já no final de curso do atuador, com a vedação do backseat,
ocorrerá a completa despressurização do circuito do backseat (ponto R4 da Figura
2-15), iniciando de forma lenta por meio da válvula agulha do circuito do backseat
(VAB) e terminando de forma rápida por meio da abertura da válvula de bloqueio
pilotada por solenóide do circuito do backseat (VSB).
81
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Por meio do modelo matemático desenvolvido neste trabalho, apresentado no capítulo
anterior, foi possível obter a curva de atuação característica para os conjuntos válvula-
atuador FSC e FSO nos cenários descritos na Tabela 5-1, apresentada a seguir:
Tabela 5-1. Matriz de cenários estudados.
Parâmetros da simulação Conjunto válvula-atuador
VG-FSC VG-FSO
Pressão do ambiente = Atmosférica
Pressão de trabalho = 0 psi
Condição de vazão: Teste
Caso 1 Caso 6
Pressão do ambiente = Atmosférica
Pressão de trabalho = 68,95 MPa (10.000 psi)
Condição de vazão: Teste
Caso 2 Caso 7
Pressão do ambiente = 26,26 MPa (3.809 psi)
Pressão de trabalho = 0 psi
Condição de vazão: Teste
Caso 3 Caso 8
Pressão do ambiente = 26,26 MPa (3.809 psi)
Pressão de trabalho = 68,95 MPa (10.000 psi)
Condição de vazão: Teste
Caso 4 Caso 9
Pressão do ambiente = 26,26 MPa (3.809 psi)
Pressão de trabalho = 68,95 MPa (10.000 psi)
Condição de vazão: Produção
Caso 5 Caso 10
É importante ressaltar que os casos de 1 a 4 e de 6 a 9 simulam condições de teste,
enquanto que os casos 5 e 10 simulam uma determinada condição de produção.
As curvas de atuação característica, obtidas por meio deste modelo matemático para
cada um dos casos estudados, assim como as tabelas com os valores da pressão de
atuação nos pontos-chave identificados na Figura 2-15, são apresentadas no
APÊNDICE C.
82
No entanto, para facilitar a comparação entre os diferentes casos estudados, estes
resultados são apresentados de forma concentrada na Tabela 5-2 para o conjunto
FSC e na Tabela 5-3 para o conjunto FSO. É importante ressaltar que os valores da
pressão de atuação tabelados são apresentados em termos relativos, descontando-se
a pressão referente à coluna de fluido de controle, que neste estudo equivale a
27,34 MPa (3965 psi).
Tabela 5-2. Pontos-chave obtidos para o conjunto VG -FSC, valores em psi.
Pontos-chave VG-FSC Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 Cas o 5
Início de abertura (A2) 549 1946 89 1486 1320
Início de comunicação (A3) - 2006 - 1546 1380
Completa equalização (A4) - 1535 - 1076 1147
Final de abertura (A5) 876 1802 416 1342 1342
Início de fechamento (R1) 876 1564 409 1097 1097
Fim de comunicação (R2) - 1298 - 831 760
Completo diferencial (R3) - 826 - 359 525
Final de fechamento (R4) 549 766 82 299 465
Tabela 5-3. Pontos-chave obtidos para o conjunto VG -FSO, valores em psi.
Pontos-chave VG-FSO Caso 6 Caso 7 Caso 8 Caso 9 Cas o 10
Início do fechamento (A2) 549 1475 89 1015 1015
Fim de comunicação (A3) - 1776 - 1316 1387
Completo diferencial (A4) - 2247 - 1788 1622
Final de fechamento (A5) 876 2273 416 1813 1647
Início de abertura (R1) 876 1093 409 626 792
Início de comunicação (R2) - 1067 - 600 766
Completa equalização (R3) - 1538 - 1071 1000
Final de abertura (R4) 549 1237 82 770 770
83
Conforme mencionado anteriormente, os resultados obtidos por meio do modelo
matemático para o conjunto FSC, apresentados na Tabela 5-2, foram comparados
com os resultados advindos dos testes de desempenho de atuação hidráulica,
realizados em laboratório utilizando-se um conjunto válvula-atuador com as mesmas
características apresentadas na Tabela 3-1.
A seguir, são apresentados os erros relativos obtidos para os casos 1 e 2 (ambiente
atmosférico), na Tabela 5-4, e para os casos 3 e 4 (ambiente hiperbárico), na Tabela
5-5. Os valores da pressão de atuação nos pontos-chave são dados em “psi” nas
referidas tabelas.
É importante ressaltar que, para cada condição de teste – atmosférico e baixa pressão
(ATM@BP), atmosférico e alta pressão (ATM@AP), hiperbárico e baixa pressão
(HIP@BP) e hiperbárico e alta pressão (HIP@AP) – os valores de pressão nos
pontos-chave são apresentados em termos de valores médios e desvios-padrão,
resultantes da realização de três medições. Isso significa que, na fase de execução
em laboratório mencionada anteriormente, os testes de desempenho de atuação
hidráulica foram executados três vezes para obter maior representatividade dos
valores dos pontos-chave.
Ressalta-se ainda que os transdutores de pressão utilizados durante a execução do
referido teste, representados no diagrama da Figura 4-2, são capazes de registrar
valores com precisão de até 0,1%.
84
Tabela 5-4. Comparação dos valores obtidos para a p ressão de atuação por meio do
modelo com os resultados de testes para os casos 1 e 2 – ambiente atmosférico.
CASO 1 % Erro Caso 1 CASO 2 % Erro Caso 2
-8,50% -10,49%
Início de abertura (A2) SD 586 7 -6,31% 2120 27 -8,21%
-4,02% -5,81%
- -14,31%
Início de comunicação (A3) SD - - - 2295 23 -12,59%
- -10,80%
- 3,30%
Completa equalização (A4) SD - - - 1450 18 5,86%
- 8,56%
-7,98% 0,61%
Final de abertura (A5) SD 904 24 -3,10% 1701 45 5,94%
2,34% 11,86%
9,36% -3,16%
Início de fechamento (R1) SD 799 1 9,64% 1611 2 -2,92%
9,91% -2,68%
- -5,12%
Final de comunicação (R2) SD - - - 1342 13 -3,28%
- -1,37%
- -25,32%
Completo diferencial (R3) SD - - - 1070 18 -22,80%
- -20,12%
5,98% -3,16%
Final de fechamento (R4) SD 516 1 6,40% 759 16 0,92%
6,81% 5,36%
2006
600
572
-
-
876 1564
- 1298
1368
1316
1106
518
514
826
A2 + 2*SD
A2 - 2*SD
Keypoints
-
-
A5 - 2*SD
R2 + 2*SD
R2 - 2*SD
-
-
876
-
-
549
-
856
801
797
-
-
A3 + 2*SD
A3 - 2*SD
A4 + 2*SD
A4 - 2*SD
TESTE ATM@AP
2174
2066
2341
2249
1486
1414
1791952
TESTE ATM@BP
1535
1802
1946
R3 - 2*SD
R4 + 2*SD
R4 - 2*SD
1034
791
727
1607
549 766
R1 - 2*SD
R3 + 2*SD
A5 + 2*SD
1611
1615R1 + 2*SD
85
Tabela 5-5. Comparação dos valores obtidos para a p ressão de atuação por meio do
modelo com os resultados de testes para os casos 3 e 4 – ambiente hiperbárico.
CASO 3 % Erro Caso 3 CASO 4 % Erro Caso 4
-42,95% -12,95%
Início de abertura (A2) SD 138 9 -35,51% 1687 10 -11,91%
-25,83% -10,86%
- -18,55%
Início de comunicação (A3) SD - - - 1882 8 -17,85%
- -17,15%
- -9,66%
Completa equalização (A4) SD - - - 1163 14 -7,48%
- -5,20%
-24,64% -4,69%
Final de abertura (A5) SD 538 7 -22,68% 1392 8 -3,59%
-20,61% -2,47%
0,74% -7,11%
Início de fechamento (R1) SD 398 4 2,76% 1177 2 -6,80%
4,87% -6,48%
- -11,50%
Final de comunicação (R2) SD - - - 927 6 -10,36%
- -9,18%
- -45,93%
Completo diferencial (R3) SD - - - 598 33 -39,97%
- -32,52%
-37,40% -36,11%
Final de fechamento (R4) SD 121 5 -32,23% 448 10 -33,26%
-26,13% -30,14%
82
131
299
468
111 428
-
-
831
939
- 915
-
-
359
664
- 532
R1 + 2*SD
R1 - 2*SD
R2 + 2*SD
R2 - 2*SD
R3 + 2*SD
R3 - 2*SD
R4 + 2*SD
R4 - 2*SD
TESTE HIP@BP
89
156
120
-
-
-
-
-
-
416
552
524
409
406
390
Keypoints
A2 + 2*SD
A2 - 2*SD
A3 + 2*SD
A3 - 2*SD
A4 + 2*SD
A4 - 2*SD
A5 + 2*SD
A5 - 2*SD
1097
1181
1173
1076
1191
1135
1342
1408
1376
TESTE HIP@AP
1486
1707
1667
1546
1898
1866
86
Avaliando-se a Tabela 5-4 é possível verificar que, para a condição atmosférica, os
resultados produzidos pelo modelo matemático possuem excelente aderência aos
valores obtidos dos testes para os pontos-chave da curva de atuação característica,
com exceção do ponto R3, que foi 22,80% inferior. Isso é facilmente explicado devido
à dificuldade na marcação deste ponto no gráfico da curva de atuação característica
obtida no teste.
Como este ponto é marcado no momento em que ocorre a completa despressurização
da jusante da válvula, conforme definição da Tabela 2-1, caso a drenagem do fluido à
jusante da válvula não seja feita de forma rápida o suficiente, de modo a gerar uma
linha quase vertical no canal de jusante do gráfico, conforme mostrado na Figura 2-15,
o seu valor pode sofrer grandes flutuações. E como no modelo matemático esta
despressurização é definida por uma rotina, definida na equação 3.27, o descrito
anteriormente não ocorre, e o ponto é então corretamente definido.
Avaliando-se agora a Tabela 5-5, é possível observar que, em ambiente hiperbárico,
além do ponto R3, os pontos A1 e R4, que representam, respectivamente, o início e o
final de movimento do atuador, apresentaram erros superiores a 30%. Este erro de
maior escala tem sua origem nos valores adotados para o comprimento dos elementos
de vedação susceptíveis à pressão hidrostática relativa à LDA, basicamente “L�idUe” e
“L�idUb”. Na ausência de informação a respeito destes valores, foram assumidos
valores conservadores, que resultou em um valor maior do que o real para a parcela
de atrito relativa à interface de vedação bonnet-haste principal (f�idU), definida pela
equação 3.21.
Comparados os resultados obtidos pelo modelo com os resultados de teste, para
facilitar o entendimento dos pontos discutidos a seguir, as curvas obtidas para o
avanço e para o retorno do atuador em cada um dos casos estudados, dispostas
individualmente no APÊNDICE C, são apresentadas a seguir lado a lado, com os
valores de pressão dados em “psi” no eixo das ordenadas. Além disso, é importante
notar que, para uma melhor visualização, os gráficos obtidos para a condição
hiperbárica foram plotados desta vez considerando a pressão hidrostática equivalente
à LDA, que neste estudo equivale a 3809 psi, como sendo o “zero” do eixo das
ordenadas.
87
(a)
(b)
Figura 5-1. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 1, teste
atmosférico em baixa pressão.
(a)
(b)
Figura 5-2. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 2, teste
atmosférico em alta pressão.
(a)
(b)
Figura 5-3. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 3, teste
hiperbárico em baixa pressão.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.153809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 03809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
[psi] [psi]
[m] [m]
[psi] [psi]
[m] [m]
[psi] [psi]
[m] [m]
[%] [%]
[%] [%]
[%] [%]
88
(a)
(b)
Figura 5-4. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 4, teste
hiperbárico em alta pressão.
(a)
(b)
Figura 5-5. Curvas de abertura (a) e fechamento (b) do conjunto FSC no Caso 5, condição
de produção.
(a)
(b)
Figura 5-6. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 6, teste
atmosférico em baixa pressão.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.153809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 03809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.153809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 03809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
[psi] [psi]
[m] [m]
[psi] [psi]
[m] [m]
[psi] [psi]
[m] [m]
[%] [%]
[%] [%]
[%] [%]
89
(a)
(b)
Figura 5-7. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 7, teste
atmosférico em alta pressão.
(a)
(b)
Figura 5-8. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 8, teste
hiperbárico em baixa pressão.
(a)
(b)
Figura 5-9. Curvas de fechamento (a) e abertura (b) do conjunto FSO no Caso 9, teste
hiperbárico em alta pressão.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.153809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 03809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.153809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 03809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
[psi] [psi]
[m] [m]
[psi] [psi]
[m] [m]
[psi] [psi]
[m] [m]
[%] [%]
[%] [%]
[%] [%]
90
(a)
(b)
Figura 5-10. Curvas de fechamento (a) e abertura (b ) do conjunto FSO no Caso 10,
condição de produção.
Desta maneira, é possível fazer uma avaliação da influência que os parâmetros de
operação e projeto exercem na curva de atuação característica da válvula. Para
efeitos deste estudo, serão avaliados os seguintes parâmetros: lâmina d’água, pressão
de trabalho, diferencial de pressão através da gaveta, coeficiente de atrito entre partes
metálicas, coeficiente de rigidez da mola e, por fim, a pré-carga da mola.
5.1. A influência da lâmina d’água
Analisando os resultados apresentados anteriormente, e comparando os casos
1 com 3 e 2 com 4, Tabela 5-2, e os casos 6 com 8 e 7 com 9, Tabela 5-3, pode-se
observar que, tanto no conjunto FSC quanto para no FSO, a LDA atua no sentido de
provocar um rebaixamento na pressão de atuação, isso se deve ao fato de que a força
devido à pressão hidrostática age na haste de override no sentido de avanço do
atuador. Para entender melhor este comportamento, basta notar que a força devido à
pressão hidrostática na haste de override (FUd) possui sinal negativo nas equações
3.37 e 3.39.
É importante chamar a atenção para o fato de que, tanto no conjunto FSC como no
FSO, o menor valor da pressão de atuação ocorre justamente na condição em que a
pressão do ambiente é máxima e a válvula está totalmente despressurizada, casos 3 e
8. Esta condição é a mais crítica para o retorno do atuador e, por ser restritiva ao
projeto, deve ser verificada de modo a comprovar a sua adequação à LDA
especificada.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.153809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 03809
4428.1
5047.2
5666.3
6285.4
6904.5
7523.6
8142.7
8761.8
9380.9
10000
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Pm
6894.757
Pj x( )
6894.757
Ph
6894.757
h x( )
x
[psi] [psi]
[m] [m]
[%] [%]
91
A norma internacional ISO 13628-4 [9] estabelece o valor de 100 psi, somado à
pressão hidrostática equivalente à LDA, como requisito mínimo para esta pressão de
retorno (R4), também conhecida por backpressure. No que diz respeito a este
requisito, é importante apontar que o mesmo deveria ser baseado na pressão
referente à coluna de fluido de controle e não na pressão hidrostática referente à LDA,
conforme apontado na Figura 5-11. Note que esta figura nada mais é do que um
aumento (zoom) do final de curso, após o fim de comunicação, do gráfico apresentado
na Figura 5-3(b).
Para entender melhor o porquê dessa discussão, pode-se tomar como exemplo o
“Caso 3” deste estudo, onde “PPQP = 3965psi” e “Pd = 3809psi”. Pelo critério descrito
anteriormente, a pressão mínima de retorno do atuador aceita neste caso seria de
“3909 psi”, linha vermelha traçada no gráfico da Figura 5-11.
Observe, no entanto, que este valor é menor do que a pressão referente à coluna de
fluido de controle (3965 psi), o que seria impossível de ser atingido na prática, uma
vez que, depois da instalação do equipamento no leito marinho, o atuador estará
permanentemente submetido à pressão referente à coluna de fluido de controle,
definida pela equação 3.15.
Em termos práticos, isso significa que atualmente, da maneira como este requisito
está definido, projetos que seriam reprovados, se avaliados da maneira correta,
podem estar sendo liberados para uso. Note que a modificação do critério da pressão
mínima de retorno para “100 psi” acima da pressão referente à coluna de fluido de
controle, resultaria neste caso específico em um valor de “4065 psi”, representado pela
linha laranja tracejada no gráfico da Figura 5-11.
A não verificação do atendimento do projeto de um conjunto válvula-atuador a este
requisito de pressão mínima de retorno, que deve ser revisado para cumprir com seu
objetivo original de ser um fator de segurança, pode resultar em um projeto de atuador
incapaz de realizar o completo retorno da válvula para a posição de falha segura,
afetando desta maneira a integridade do sistema de produção como um todo.
92
Figura 5-11. Pressão mínima de retorno.
Por fim, ainda no que diz respeito à influência da LDA, comparando-se agora os casos
4 e 9, pode-se perceber que, enquanto no conjunto FSC os menores valores de
pressão de atuação ocorrem no “final de fechamento”, no conjunto FSO os menores
valores de pressão de atuação são verificados no “início de comunicação” (crack-
open). Além disso, observa-se que, considerando o mesmo projeto de atuador, o
retorno para a posição de falha segura é mais crítico para conjuntos do tipo FSC do
que para conjuntos do tipo FSO, haja visto que as pressões de atuação obtidas para o
retorno do “Caso 4” são menores do que os valores obtidos no “Caso 9”.
5.2. A influência da pressão de trabalho
Para avaliar o efeito que a pressão de trabalho exerce no desempenho de atuação
hidráulica da válvula, basta comparar os casos 1 com 2 e 3 com 4, Tabela 5-2 , e os
casos 6 com 7 e 8 com 9, Tabela 5-3. Desta maneira, é possível perceber que a
pressão de trabalho na válvula age no sentido de aumentar a pressão de atuação,
tanto no avanço quanto no retorno do atuador. Isso acontece porque a pressão de
trabalho, agindo no sistema de vedação da haste principal, promove o aparecimento
00.0173 0.0149 0.0124 0.0099 0.0074 0.005 0.0025 03809.01
3848.11
3887.21
3926.31
3965.41
4004.51
4043.6
4082.7
4121.8
4160.9
4200
Pat_r x( )
6894.757
Pcfc
6894.757
Ph
6894.757
Ph 100psi+
6894.757
x
100 psi
156 psi
Pressão de retorno (R4) = 83 psi
Critério ISO 13628 -4
100 psi
Critério ISO 13628 -4 Modificado
3909 psi
4065 psi
[psi]
[m]
93
da “força de expulsão da haste”, definida na equação 3.17, que age no sentido de
retorno do atuador, auxiliando a mola a executar a função de falha segura.
Considerando agora apenas os casos em que a válvula está pressurizada, note que os
maiores valores de pressão de atuação são observados nos casos 2 e 7,
respectivamente, no “início de comunicação” (Tabela 5-2) e no “final de fechamento”
(Tabela 5-3). Isso mostra que a condição mais crítica para o avanço do atuador é em
ambiente atmosférico com alta pressão no interior da válvula.
No que diz respeito ao avanço do atuador, a norma internacional ISO 13628-4 [9]
estabelece que a pressão de atuação não deve exceder 90% da pressão nominal de
trabalho do atuador durante o seu acionamento. Neste caso, sabendo que a PNTA
considerada foi de 5000 psi, tem-se que a máxima pressão permitida durante o
acionamento do atuador é de 4500 psi.
Comparando agora apenas os valores obtidos para os casos 2 e 7, pode-se dizer
ainda que, considerando o mesmo projeto de atuador, o movimento de avanço para o
conjunto FSO é mais crítico do que para o conjunto FSC.
Por outro lado, é interessante notar também que, considerando o mesmo atuador, na
ausência de pressão no interior da válvula, as curvas de atuação obtidas para os
conjuntos FSC e FSO são idênticas, tanto na condição atmosférica, casos 1 e 6, como
na condição hiperbárica, casos 3 e 8.
Quando a válvula está despressurizada, apenas a mola do atuador é responsável pelo
retorno da gaveta para a posição de falha segura, uma vez que, nesta condição, a
“força de expulsão da haste” é nula. Portanto, em termos de projeto, a mola do atuador
deve ser robusta o suficiente para assegurar, por si só, o retorno da válvula para a
posição de falha segura, sem contar com o auxílio da pressão interna.
É difícil se imaginar uma situação de campo na qual uma válvula de um determinado
equipamento esteja atuada hidraulicamente e sem pressão no seu interior, no entanto,
na ocorrência de um evento como este, caso a carga da mola do atuador tenha sido
subestimada na etapa de projeto (projeto marginal), é provável que o atuador não
consiga efetuar o completo retorno da válvula para sua posição de falha segura.
94
5.3. A influência do diferencial de pressão através da gaveta
Conforme mostrado nos itens 3.7.1 e 3.7.2, o desenvolvimento da curva de pressão à
jusante da válvula é completamente diferente para as condições de teste e de
produção. Essa diferença deve-se basicamente à vazão de fluido pela válvula, que em
condições de teste é extremamente baixa e regulada por meio de painéis de
instrumentação.
Além disso, é importante notar, nas equações 3.35 e 3.36, que a pressão à jusante da
válvula em condição de produção é diferente de zero quando a válvula ainda está
fechada, sendo igual à pressão equivalente à coluna de fluido de produção somada à
pressão do separador de superfície. Em condições de testes, como pode ser visto nas
equações 3.27 e 3.28, no momento em que ocorre o final de comunicação de
passagem, a jusante da válvula é instantaneamente despressurizada.
As diferenças apontadas explicam as condições distintas de energização da gaveta
contra a sede de jusante observadas nos casos 4 e 5, para o conjunto FSC, e nos
casos 9 e 10, para o conjunto FSO. Note, na Tabela 5-1, que tanto a pressão do
ambiente como a pressão de trabalho para os referidos casos são as mesmas, o que
altera é apenas a variação da pressão à jusante com o percentual de abertura de
passagem da válvula.
A comparação direta dos casos 4 e 5, por meio da Tabela 5-2, e dos casos 9 e 10, por
meio da Tabela 5-3, permite ter uma noção do descrito anteriormente. No entanto,
para uma melhor visualização da influência que a combinação destes dois pontos
discutidos tem na curva de atuação característica da válvula, os gráficos apresentados
na Figura 5-4 e na Figura 5-5 foram sobrepostos e as regiões do “início da
comunicação”, mostrada na Figura 5-12(a), e do “fim de comunicação”, mostrada na
Figura 5-12(b), foram então aumentadas.
A curva apresentada em azul escuro representa a pressão de atuação nas condições
de teste, enquanto que a curva apresentada em azul claro, as condições de produção.
Observando a Figura 5-12(a), é possível notar que, durante o avanço do atuador de
um conjunto FSC, o menor diferencial de pressão verificado na condição de produção,
resulta em menores valores para a pressão de atuação nos pontos que antecedem o
“início de comunicação” (A2_5 < A2_4 e A3_5 < A3_4).
Por outro lado, com base na Figura 5-12(b), nota-se que, durante o retorno do atuador
de um conjunto FSC, o menor diferencial de pressão verificado na condição de
95
produção, resulta em maiores valores para a pressão de atuação nos pontos
posteriores ao “fim de comunicação” (R3_5 > R3_4 e R4_5 > R4_4).
(a)
(b)
Figura 5-12. Influência do diferencial de pressão a través da gaveta na pressão de
atuação do conjunto FSC para o avanço (a) e o retor no (b).
De forma similar, porém considerando desta vez o conjunto FSO, os gráficos
apresentados na Figura 5-9 e na Figura 5-10 foram sobrepostos e as regiões do início
da comunicação, mostrada na Figura 5-13(a), e do “fim de comunicação”, mostrada na
Figura 5-13(b), foram então aumentadas.
Observando agora a Figura 5-13(a), é possível notar que, durante o avanço do atuador
de um conjunto FSO, o menor diferencial de pressão verificado na condição de
produção, resulta em menores valores para a pressão de atuação nos pontos
posteriores ao “fim de comunicação” (A4_10 < A4_9 e A5_10 < A5_9).
Por outro lado, com base na Figura 5-13(b), nota-se que, durante o retorno do atuador
de um conjunto FSO, o menor diferencial de pressão verificado na condição de
produção, resulta em maiores valores para a pressão de atuação nos pontos que
antecedem o “início de comunicação” (R1_10 > R1_9 e R2_10 > R2_9).
Esse comportamento observado tanto no conjunto FSC quanto no conjunto FSO pode
ser entendido de maneira mais clara por meio da análise das equações 3.37 e 3.39,
bastando para tal considerar que um menor diferencial de pressão através da gaveta
resulta em uma menor força de atrito devido ao contato sede-gaveta (equação 3.22),
que por sua vez resulta em uma menor força de atrito total (equação 3.18).
A2_4
A2_5
A3_4
A3_5
A4_5
A4_4
R2_4
R3_4 R4_4
R2_5
R3_5
R4_5
[psi] [psi]
[m] [m]
[%] [%]
96
(a)
(b)
Figura 5-13. Influência do diferencial de pressão a través da gaveta na pressão de
atuação do conjunto FSO para o avanço (a) e o retor no (b).
Diante do que foi discutido, no que diz respeito às condições de teste e de operação,
pode-se concluir que, em termos de solicitação do atuador, a condição de teste é
muito mais rigorosa do que a condição de operação.
Já no que diz respeito ao desgaste das superfícies de vedação das sedes e da gaveta,
tende-se a pensar que, em sendo o diferencial de pressão através da gaveta maior na
condição de teste, é esperado que o desgaste dessas superfícies seja também maior.
Entretanto, é importante lembrar que, nos testes de qualificação, é considerado o uso
de água de torneira, com alguns aditivos químicos, ou ainda fluido hidráulico, como
fluido de trabalho na válvula. Essa condição é menos rigorosa do que a condição
presenciada pela válvula quando em operação, uma vez que o fluido de produção
escoado através da mesma pode conter detritos advindos do reservatório, como areia,
por exemplo.
A degradação das superfícies de vedação ao longo da ciclagem implica no aumento
do fator de atrito e, portanto, age no sentido de aumentar o valor dos pontos na curva
de avanço do atuador e diminuí-los na curva de retorno, uma vez que resulta no
aumento da força de atrito total. Essa observação é válida tanto para conjuntos FSC
como para FSO. As equações 3.37 e 3.39 ajudam a entender o exposto.
Além disso, por meio das figuras apresentadas anteriormente, pode-se concluir que a
pista de desgaste deixada pela sede de jusante na gaveta será mais extensa em
condições de produção do que em condições de teste. Isso acontece tanto para o
conjunto FSC quanto para o FSO, mas, para fins didáticos, o descrito será ilustrado
apenas para o conjunto FSC, conforme mostrado na Figura 5-14 a seguir.
R1_10
A4_10 A5_10
A4_9
A3_9
A5_9
R2_9 R1_9
R3_9
A3_10
R2_10
R3_10
[%] [%] [psi] [psi]
[m] [m]
97
Figura 5-14. Representação da pista de desgaste dei xada pela sede de jusante na
superfície de uma gaveta FSC nas condições de teste (a) e de produção (b).
Isso acontece porque, em condições de produção, o deslocamento da gaveta sob
diferencial de pressão é mais longo. Conforme já mencionado, em condição de teste, a
equalização entre as pressões de jusante e montante ocorre imediatamente após o
“início de comunicação”, enquanto que em condições de produção, a equalização se
dá apenas após os 30% de abertura de passagem em curso.
Note que a equalização entre as pressões de jusante e montante tem influência direta
na curva de atuação característica da válvula. Ocorre que, como em condição de
produção, a pressão de jusante não se equaliza no momento em que se dá o “início de
comunicação”, a curva de atuação para a condição de produção assume valores
maiores do que a curva de atuação obtida para a condição de teste, no caso do
avanço do conjunto FSC (A4_5 > A4_4), Figura 5-12(a), assumindo valores menores
no caso do retorno do conjunto FSO (R3_10 < R3_9), Figura 5-13(b). Conforme a
equalização vai sendo alcançada as curvas obtidas para as condições de produção e
de teste convergem para o mesmo ponto, até a completa coincidência a partir do
momento em que há a completa equalização.
Da mesma maneira, como em condição de produção o diferencial de pressão passa a
ser significativo antes mesmo do “fim de comunicação”, com a válvula 70% fechada, a
curva de atuação para a condição de produção assume valores menores do que a
(a)
(b)
98
curva de atuação obtida para a condição de teste, no caso do retorno do conjunto FSC
(R2_5 < R2_4), Figura 5-12(b), assumindo valores maiores no caso do avanço do
conjunto FSO (A3_10 > A3_9), Figura 5-13(a).
5.4. A influência do coeficiente de atrito entre partes metálicas
A influência que a variação do coeficiente de atrito entre partes metálicas (μWW) exerce
na curva de atuação característica da válvula será avaliada por meio da variação dos
pontos A5 do "Caso 7" e R4 do "Caso 4". Isso porque, conforme discutido
anteriormente, considerando-se um mesmo projeto de atuador, o "Caso 7" representa
a pior condição para o avanço do atuador, enquanto que o "Caso 4" representa a pior
condição para o retorno na condição de válvula pressurizada.
Para isso, com exceção do coeficiente de atrito entre partes metálicas, todos os dados
de entrada, tanto do projeto do atuador (Tabela 3-1) quanto da base de projeto (Tabela
3-2), foram mantidos constantes. Nesta avaliação, o coeficiente de atrito entre partes
metálicas foi variado de 0,1 a 0,3 em intervalos de 0,02. O resultado obtido pode ser
verificado no gráfico apresentado na Figura 5-15 a seguir.
Figura 5-15. Variação da pressão de atuação com a v ariação do coeficiente de atrito
entre partes metálicas.
21952273
23522430
25092587
26662745
28232902
2980
377299
220142
63-15
-94
-173-251
-330-408-500
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 0,22 0,24 0,26 0,28 0,3
Val
ores
de
pres
são
em p
si
Coeficiente de atrito entre partes metálicas
A5 - Caso 7 R4 - Caso 4 Crit_Retorno (P_cfc + 100 psi) Crit_Retorno ISO 13628-4 (P_h + 100 psi) Crit_Avanço ISO 13628-4 (2700 psi)
99
É importante ressaltar que os valores mostrados no gráfico da Figura 5-15 são valores
relativos, descontados da pressão da coluna de fluido de controle, desta maneira, o
eixo "x" (y=0) representa nada mais do que a pressão equivalente à coluna de fluido
de controle. Note que, além dos critérios de avanço e retorno da norma ISO 13628-4,
o critério de retorno modificado (P_cfc + 100 psi), apresentado na Figura 5-11,
também foi plotado neste gráfico. Observe ainda que, como a pressão da coluna de
fluido de controle (3965 psi) é tomada como y=0, tem-se que o critério de retorno da
ISO 13628-4, especificado como sendo 100 psi acima da pressão referente à LDA
(3809 psi), será de -56 psi.
Note, no gráfico da Figura 5-15, que para μWW � 0,18 a pressão de retorno no ponto
R4 do "Caso 4" fica abaixo do critério de retorno modificado; para μWW � 0,22 a
pressão de retorno no ponto R4 do "Caso 4" fica abaixo do critério de retorno ISO
13628-4; e que para μWW � 0,24 a pressão de avanço no ponto A5 do "Caso 7" fica
acima do critério de avanço ISO 13628-4.
Por fim, com base no gráfico da Figura 5-15, é possível constatar que o aumento do
fator de atrito age no sentido de aumentar o valor dos pontos na curva de avanço do
atuador e diminuí-los na curva de retorno, uma vez que resulta no aumento da força
de atrito total, conforme mencionado anteriormente.
5.5. A influência do coeficiente de rigidez da mola do atuador
A influência que a variação do coeficiente de rigidez da mola do atuador (k1 e k2)
exerce na curva de atuação característica da válvula será avaliada por meio da
variação dos pontos A5 do "Caso 7" e R4 do "Caso 3". Isso porque, conforme
discutido anteriormente, considerando-se um mesmo projeto de atuador, o "Caso 7"
representa a pior condição para o avanço do atuador e o "Caso 3" representa a pior
condição para o retorno do atuador.
Para isso, com exceção do coeficiente de rigidez da mola do atuador, todos os dados
de entrada, tanto do projeto do atuador (Tabela 3-1) quanto da base de projeto (Tabela
3-2), foram mantidos constantes. Nesta avaliação, coeficiente de rigidez da mola do
atuador foi variado de 70% a 150% do seu valor original em intervalos de 10%. O
resultado obtido pode ser verificado no gráfico apresentado na Figura 5-16 a seguir.
100
Figura 5-16. Variação da pressão de atuação com a v ariação do coeficiente de rigidez da
mola do atuador.
Da mesma maneira, é importante ressaltar que os valores mostrados no gráfico da
Figura 5-16 são valores relativos, descontados da pressão da coluna de fluido de
controle, desta maneira, o eixo "x" (y=0) representa nada mais do que a pressão
equivalente à coluna de fluido de controle. Note que, além dos critérios de avanço e
retorno da norma ISO 13628-4, o critério de retorno modificado (P_cfc + 100 psi),
apresentado na Figura 5-11, também foi plotado neste gráfico. Observe ainda que,
como a pressão da coluna de fluido de controle (3965 psi) é tomada como y=0, tem-se
que o critério de retorno da ISO 13628-4, especificado como sendo 100 psi acima da
pressão referente à LDA (3809 psi), será de -56 psi.
Note, no gráfico da Figura 5-16, que o uso de uma mola com coeficiente de rigidez
30% inferior à considerada neste estudo implicaria em um atuador incapaz de atender
sequer ao critério de retorno disposto atualmente ISO 13628-4. Por outro lado, o uso
de uma mola com coeficiente de rigidez 50% superior à considerada neste estudo
implicaria em um atuador incapaz de atender ao critério de avanço ISO 13628-4.
Por fim, com base no gráfico da Figura 5-16, é possível verificar que o aumento do
coeficiente de rigidez da mola do atuador age no sentido de aumentar tanto os pontos
da curva de avanço quanto os pontos da curva de retorno do atuador. Por outro lado,
além da degradação das superfícies de vedação, a ciclagem do atuador promove a
20102098
21862273
23612448
25362624
2711
-82-27
2883
137192
247302
357
-500
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
Val
ores
de
pres
são
em p
si
Fator de variação do coeficiente de rigidez da mola
A5 - Caso 7 R4 - Caso 3 Crit_Retorno (P_cfc + 100 psi) Crit_Retorno ISO 13628-4 (P_h + 100 psi) Crit_Avanço ISO 13628-4 (2700 psi)
101
degradação da sua mola, no sentido de reduzir o coeficiente de rigidez da mesma,
uma vez que esta é comprimida e descomprimida a cada ciclo de abertura e
fechamento. Desta maneira, e com base no gráfico apresentado na Figura 5-16, é
possível afirmar que uma eventual degradação da mola do atuador age no sentido de
rebaixamento tanto dos pontos de avanço quanto dos pontos de retorno da curva de
atuação característica de conjuntos FSC e FSO. As equações 3.37 e 3.39 ajudam a
entender tal fato.
5.6. A influência da pré-carga da mola do atuador
No que diz respeito à mola, em termos de projeto, é importante verificar se a pré-carga
aplicada durante a montagem do atuador é suficiente para evitar a abertura indesejada
da válvula na descida do equipamento até o leito marinho durante a sua instalação.
Para isso, a condição a ser verificada é:
!FPW(x = 0) > 7Ud + FPQP − F�P&���_Wá�
Conforme mostrado na Figura 5-17(a), considerando os dados da Tabela 3-2, pode-se
verificar que o projeto do conjunto válvula-atuador em questão não teria problema com
relação à abertura indesejada da válvula durante a instalação do equipamento, já que
a pré-carga atende à condição anterior.
No entanto, apenas para demonstrar a importância de tal verificação, considerando-se
agora uma aplicação um pouco diferente, com LDA de 3000 m e fluido de controle
com massa específica de 1080 kg/m3, é possível verificar na Figura 5-17(b) que a
condição anterior não é atendida. Desta maneira, nestas condições, as válvulas de
uma ANM, por exemplo, que são mantidas fechadas durante a sua instalação,
estariam sujeitas à uma abertura indesejada ao longo da descida do equipamento, a
partir do momento em que FPW(x = 0) < 7Ud + FPQP − F�P. Isso resultaria em uma
condição insegura à instalação, uma vez que, em inundando a ANM, há um
consequente aumento dos esforços de instalação.
102
(a)
(b)
Figura 5-17. Verificação da pré-carga da mola espec ificada no projeto do atuador para (a)
LDA = 2600 m e ρfc = 1060 kg/m 3; (b) LDA = 3000 m e ρfc = 1080 kg/m 3.
0 0.025 0.05 0.075 0.1 0.125 0.151 10
5×
1.25 105×
1.5 105×
1.75 105×
2 105×
2.25 105×
2.5 105×
Fph Fcfc+ Fsc−
Fcm x( )
x
0 0.025 0.05 0.075 0.1 0.125 0.151.4 10
5×
1.567 105×
1.733 105×
1.9 105×
2.067 105×
2.233 105×
2.4 105×
Fph Fcfc+ Fsc−
Fcm x( )
x[m] [m]
[N] [N]
103
6. CONCLUSÕES
6.1. Considerações finais
Conforme mostrado neste trabalho, as válvulas do tipo gaveta são as mais utilizadas
em equipamentos para aplicações submarinas. Apesar disso, por ser um componente
de tecnologia já desenvolvida, e teoricamente dominada, nem sempre recebem a
devida atenção, e sequer são consideradas como o elemento principal de um
equipamento. No entanto, vale ressaltar que, na maioria das aplicações submarinas,
seja em equipamentos ou em ferramentas de intervenção, são as válvulas gavetas os
componentes responsáveis pela realização de uma parada de emergência, ou mesmo
programada.
As válvulas gavetas são projetadas para operar normalmente, com o mínimo de
intervenção/manutenção possível, por um período de tempo que varia de 20 a 30
anos, a depender da vida útil do projeto no qual serão utilizadas. Em algumas
aplicações, as condições de operação são extremamente severas, com elevadas
pressão e temperatura do fluido produzido, além da presença de areia e de outros
contaminantes, como CO2 e H2S.
A falha de uma válvula gaveta, seja em termos de desempenho de atuação ou
desempenho de vedação, pode provocar a parada completa de uma planta de
produção/processamento, resultando assim em enormes prejuízos financeiros. Em
casos ainda piores, estas falhas podem resultar em danos irreparáveis ao meio-
ambiente e, ainda, em condições inseguras a funcionários, que muitas vezes
culminam em acidentes fatais.
A correta especificação de um projeto de válvula gaveta, aliada a uma avaliação
detalhada, como a apresentada neste trabalho, e um programa de qualificação conciso
e rigoroso, são fatores decisivos para o sucesso de qualquer projeto de sistema de
produção submarino.
104
6.2. Conclusões do trabalho
O modelo matemático apresentado neste trabalho é capaz de gerar resultados com
boa aderência aos resultados obtidos em testes funcionais, permitindo, desta maneira,
uma avaliação detalhada do projeto de um conjunto válvula-atuador no que diz
respeito ao seu desempenho de atuação hidráulica em aplicações submarinas. Por
meio deste modelo matemático foi possível chegar às seguintes conclusões:
• Tanto no conjunto FSC como no FSO, o menor valor da pressão de atuação
ocorre justamente na condição em que a pressão do ambiente é máxima e a
válvula está totalmente despressurizada;
• O critério de pressão mínima de retorno disposto na norma ISO 13628-4 deve
ser revisado para cumprir com seu objetivo original de ser um fator de
segurança;
• Na condição de válvula pressurizada, o retorno para a posição de falha segura
é mais crítico para conjuntos do tipo FSC do que para conjuntos do tipo FSO;
• Tanto no conjunto FSC como no FSO, a condição mais crítica para o avanço
do atuador é em ambiente atmosférico com alta pressão no interior da válvula;
• Considerando-se o mesmo projeto de atuador, o movimento de avanço para o
conjunto FSO é mais crítico do que para o conjunto FSC;
• Durante o avanço do atuador de um conjunto FSC, o menor diferencial de
pressão verificado na condição de produção, resulta em menores valores para
a pressão de atuação nos pontos que antecedem o “início de comunicação”;
• Durante o retorno do atuador de um conjunto FSC, o menor diferencial de
pressão verificado na condição de produção, resulta em maiores valores para a
pressão de atuação nos pontos posteriores ao “fim de comunicação”;
• Durante o avanço do atuador de um conjunto FSO, o menor diferencial de
pressão verificado na condição de produção, resulta em menores valores para
a pressão de atuação nos pontos posteriores ao “fim de comunicação”;
• Durante o retorno do atuador de um conjunto FSO, o menor diferencial de
pressão verificado na condição de produção, resulta em maiores valores para a
pressão de atuação nos pontos que antecedem o “início de comunicação”;
• A pista de desgaste deixada pela sede de jusante na gaveta será mais extensa
em condições de produção do que em condições de teste;
• Como, em condição de produção, a pressão de jusante não se equaliza no
momento em que se dá o “início de comunicação”, a curva de atuação para a
condição de produção assume valores maiores do que a curva de atuação
105
obtida para a condição de teste, no caso do avanço do conjunto FSC,
assumindo valores menores caso do retorno do conjunto FSO;
• Como, em condição de produção, o diferencial de pressão passa a ser
significativo antes mesmo do “fim de comunicação”, com a válvula 70%
fechada, a curva de atuação para a condição de produção assume valores
menores do que a curva de atuação obtida para a condição de teste, no caso
do retorno do conjunto FSC, assumindo valores maiores no caso do avanço do
conjunto FSO;
• A degradação das superfícies de vedação ao longo da ciclagem implica no
aumento do fator de atrito e, portanto, age no sentido de aumentar o valor dos
pontos na curva de avanço do atuador e diminuí-los na curva de retorno, uma
vez que resulta no aumento da força de atrito total. Essa observação é válida
tanto para conjuntos FSC como para FSO; e
• A degradação da mola do atuador, observada com a ciclagem, age no sentido
de rebaixamento tanto dos pontos de avanço quanto dos pontos de retorno
para os conjuntos FSC e FSO.
Por meio das discussões conduzidas anteriormente, é possível afirmar também que,
em termos de qualificação e validação de projeto, um conjunto do tipo FSC não deve
ser utilizado para validar o projeto de um conjunto FSO. Isso porque, conforme
mostrado anteriormente, o avanço do atuador é mais crítico para o conjunto FSO,
onde são verificados os maiores valores para a pressão de atuação, enquanto que o
seu retorno é mais crítico para o conjunto FSC, onde são verificados os menores
valores de atuação para a condição de válvula pressurizada.
Finalmente, é importante ressaltar que uma boa prática a ser considerada na indústria
de válvulas submarinas é o uso de atuadores capazes de fornecer uma força de
acionamento consideravelmente superior àquela requerida pela válvula. Além de
garantir a operacionalidade do conjunto ao longo da vida útil do projeto, quando uma
degradação do seu desempenho de atuação é esperada, essa prática resulta em um
conjunto válvula-atuador com melhor tempo de resposta ao acionamento,
característica desejada principalmente nos equipamentos instalados em grandes
profundidades e/ou distantes da unidade de produção.
106
6.3. Sugestões para trabalhos futuros
Com base nos resultados obtidos e nas discussões conduzidas neste trabalho, é
possível enumerar algumas sugestões para futuros trabalhos:
• Construção de um modelo computacional completo de um conjunto válvula-
atuador que possibilite uma investigação detalhada, não só com relação aos
parâmetros discutidos neste trabalho, mas também da influência que a
temperatura, tanto do ambiente externo quanto do fluido de trabalho, e a
velocidade de atuação exercem no seu comportamento;
• Incluir, no modelo matemático apresentado neste trabalho, termos que
possibilitem avaliar a influência que a dinâmica do umbilical de controle exerce
na curva de atuação característica do conjunto válvula-atuador. Desta maneira,
tornar-se-á possível a realização de estudos a respeito do tempo de resposta
relativo ao acionamento de válvulas nas condições de campo;
• Elaboração de um modelo matemático similar ao apresentado neste trabalho,
porém para válvulas do tipo esfera, comumente aplicadas em dutos
submarinos; e
• Execução, em laboratório, de testes de desgaste para avaliar os novos
revestimentos duros, principalmente os nano-estruturados, quanto a sua
aplicabilidade em equipamentos submarinos.
107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Adaptado de EMSTECH. Disponível em: <http://www.emstechoilservices.com>.
Acesso em: 18 Mar. 2011, 08:16:10.
[2] Adaptado de EXPROBASE. Disponível em: <http://www.exprobase.com>.
Acesso em: 18 Mar. 2011, 10:10:12.
[3] BAI, Y., BAI Q., Subsea Engineering Handbook . 1 ed. Houston, Elsevier, 2010.
[4] PETROBRAS, “Visão da Petrobras, Relação com Investidores ”. Rio de
Janeiro, RJ, Brasil, Fev. 2011.
[5] PETROBRAS, “General Presentation – Investor Relations ”. Rio de Janeiro,
RJ, Brasil, Ago. 2010.
[6] PARKER, “PTFE Lip Seal Design Guide ”. Cleveland, OH, EUA.
[7] EUTHYMIOU, E.J., 2001, Metodologia para Testes Funcionais em Válvulas
Submarinas . Dissertação de M.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
[8] ISO, ISO 10423: Petroleum and Natural Gas Industries – D rilling and
Production Equipment – Wellhead and Christmas Tree Equipment , ISO –
International Organization for Standardization, 2009.
[9] ISO, ISO 13628-4: Petroleum and Natural Gas Industries – Design and
Operation of Subsea Production Systems – Subsea Wel lhead and Tree
Equipment , ISO – International Organization for Standardization, 2010.
[10] STACHOWIAK, G.W., BATCHELOR, A.W., Engineering Tribology . 3 ed.
Massachusetts, Elsevier Butterworth-Heinemann, 2005.
[11] FOWLER, J.H., “Development of High-Pressure Valves for Unattended Service”.
Petroleum Mechanical Engineering Conference , 67-PET-34, Philadelphia,
Pennsylvania, USA, 17-20 September 1967.
[12] HERD, D.P., McCASKILL, J.W., “How to Make a Valve Which Will Fail-Safe in
Very Deep Water”. Joint Petroleum Mechanical Engineering and Pressure
Vessels and Piping Conference , 76-PET-35, Mexico City, Federal District,
Mexico,19-24 September 1976.
[13] ALI, S.Z., SKEELS, H.B., MONTEMAYOR, B.K., et al., “Subsea Valve Actuator
for Ultra Deepwater”. Offshore Technology Conference , OTC 8240, Houston,
Texas, USA, 6-9 May 1996.
108
[14] MUBEA, “Fatigue Life Test Report ”, MUBEA, 2010.
[15] WANG, J.K., KALSI, M.S., “Improvements in Motor Operated Gate Valve
Design and Prediction Models for Nuclear Power Plan t System ”. SBIR Phase
I Final Report NUREG/CR-5807, Kalsi Engineering, Inc., Sugar Land, 1991.
[16] GUDMUNDSSON, J.S., “Pressure Drop in Petroleum Production
Operations ”, Norwegian Institute of Technology, Trondheim, 1995.
[17] MUNSON, B.R., YOUNG, D.F., OKIISHI, T.H., Fundamentos da Mecânica dos
Fluidos . 4 ed. São Paulo, Edgard Blücher, 2004.
[18] FOX, R.W., McDONALD, A.T., PRITCHARD, P.J., Introdução à Mecânica dos
Fluidos . 6 ed. São Paulo, LTC, 2004.
[19] FREIRE, J.L.F., Engenharia de Dutos . 1 ed. Rio de Janeiro, ABCM, 2009.
[20] LUDEMA, K.C., Friction, Wear, Lubrication: A Textbook in Tribolog y. 1 ed.
New York, CRC Press, 1996.
109
APÊNDICES
110
APÊNDICE A: Equação para cálculo da área de passage m de uma válvula do tipo
gaveta paralela com passagem plena.
Como o furo de passagem da gaveta possui diâmetro igual ao diâmetro de passagem
das sedes, levando-se em consideração que, durante a atuação da válvula, a área de
passagem ao fluxo é equivalente à área da lente formada pela interseção de dois
círculos, desde a posição de crack-open até a completa abertura (quando a área é
equivalente à área do círculo com diâmetro igual ao diâmetro de passagem da
válvula), tem-se que:
98 = 2 ∙ 916, (A.1)
onde:
AU: área de passagem (área da lente destacada na figura anterior);
A�P: área do segmento de círculo definido pela corda 9�����, de comprimento “a”,
traçada pelos pontos onde as duas circunferências se interceptam.
Sendo que:
916 = 91� − 9��, (A.2)
111
onde:
A�g: área do setor circular AO1B
Agj: área do triângulo isósceles de lados “R” (raio de passagem), altura “r” e cuja
base é a corda 9�����.
A área do setor circular pode ser obtida por meio da equação apresentada abaixo:
91� = eb ∙ �b ∙ � (A.3)
E como o triângulo isósceles em questão é composto de dois triângulos retângulos de
base “r” e altura “a/2”, tem-se que a sua área pode ser calculada conforme a seguinte
equação:
Agj = 2 ∙ AgY = eb ∙ a ∙ r (A.4)
Por trigonometria tem-se as seguintes relações:
� = 2 ∙ � ∙ sen ��b� (A.5)
� = � ∙ cos ��b� (A.6)
Sabendo que:
sen(�� � 2 ∙ sen�12�� ∙ cos �12��
Após substituir A.5 e A.6 em A.4, tem-se que a área do triângulo isósceles pode ser
obtida por meio da seguinte equação:
9�� � eb ∙ �b ∙ sen(�� (A.7)
112
Desta maneira, substituindo-se A.7 e A.3 em A.2, tem-se que a área do setor circular
pode ser obtida por meio da equação:
916 = eb ∙ �b ∙ ,� − sin���- (A.8)
Finalmente, substituindo-se A.8 em A.1, tem-se a equação para o cálculo da área de
passagem ao fluxo em função do ângulo “θ”, válida para valores de “θ” variando entre
0 e π (0 ≤ � ≤ �).
98��� = �b ∙ ,� − sin���- (A.9)
O valor do ângulo θ pode ser facilmente calculado em função da abertura da válvula
(“h”) por meio de relações trigonométricas. Aplicando-se o teorema de Pitágoras no
triângulo retângulo da figura ilustrada anteriormente, tem-se que:
�b = ��b�b + �b ⇒ � = 2√�b − �b (A.10)
E como � = � − eb ∙ ℎ, tem-se que:
�b = �b − � ∙ ℎ + V�¢ (A.11)
Substituindo-se A.11 em A.10 tem-se que:
� = 2 ∙ ℎ ∙ £¤V − e¢ (A.12)
Com isso, substituindo-se A.12 em A.5, tem-se:
sen ��b� = V¤ ∙ £¤V − e
¢ (A.13)
E sabendo que:
113
sen ��b� = £e�PO����b (A.14)
Finalmente, das equações A.13 e A.14, resolvendo para “θ”, tem-se que esse ângulo
pode ser determinado pela equação abaixo apresentada, válida para valores de “h”
variando entre 0 e 2R (0 ≤ ℎ ≤ 2 ∙ �).
��ℎ� = ��¥¥¦§ ¨1 − 2 ∙ V�¤� ∙ �¤V − e¢�© (A.15)
A tabela abaixo mostra os valores de “θ” obtidos por meio da equação A.15 para
diferentes percentuais de abertura “h”, bem como a área de passagem
correspondente, obtida por meio da equação A.9.
ℎ � 98
0
(válvula fechada)
0 0
R
(válvula meio-aberta)
2�3 0,87 ∙ �b
2R
(válvula completamente aberta)
� � ∙ �b
114
APÊNDICE B: Modelos matemáticos implementados no software Mathcad 14.
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 1
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 0m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 0m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 0psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
115
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
116
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
h x( ) 0 0 x≤ xco<if
x xco−
xtot xco−100⋅ xco x≤ xtot≤if
:= "h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) 0 0 x≤ xco<if
Pt( ) xco x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ kN⋅=:=
117
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 0 kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 0 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:=
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
118
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal•
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
119
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 549.294 psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xco 0.1mm−( ) Pcfc− 609.273 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xco 0.1mm+( ) Pcfc− 609.857 psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 876.192 psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 876.302 psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xco 0.1mm+( ) Pcfc− 609.968 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xco 0.1mm−( ) Pcfc− 609.383 psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 549.404 psi⋅=:=
120
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 2
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 0m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 0m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 10000psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
121
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
122
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
h x( ) 0 0 x≤ xco<if
x xco−
xtot xco−100⋅ xco x≤ xtot≤if
:= "h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) 0 0 x≤ xco<if
Pt( ) xco x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ kN⋅=:=
123
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 0 kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 218.352 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro•
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
124
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
125
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 1.946 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xco 0.1mm−( ) Pcfc− 2.006 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xco 0.1mm+( ) Pcfc− 1.535 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.802 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.564 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xco 0.1mm+( ) Pcfc− 1.298 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xco 0.1mm−( ) Pcfc− 825.846 psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 765.867 psi⋅=:=
126
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 3
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 2600m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 30m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 0psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
127
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
128
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
h x( ) 0 0 x≤ xco<if
x xco−
xtot xco−100⋅ xco x≤ xtot≤if
:= "h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) 0 0 x≤ xco<if
Pt( ) xco x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 3.965 103× psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 3.809 103× psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 60.146 kN⋅=:=
129
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 1.008 103× kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 0 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override•
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
130
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
131
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 89.33 psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xco 0.1mm−( ) Pcfc− 149.308 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xco 0.1mm+( ) Pcfc− 149.893 psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 416.227 psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 409.37 psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xco 0.1mm+( ) Pcfc− 143.035 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xco 0.1mm−( ) Pcfc− 142.451 psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 82.472 psi⋅=:=
132
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 4
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 2600m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 30m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 10000psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
133
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
134
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
h x( ) 0 0 x≤ xco<if
x xco−
xtot xco−100⋅ xco x≤ xtot≤if
:= "h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) 0 0 x≤ xco<if
Pt( ) xco x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 3.965 103× psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 3.809 103× psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 60.146 kN⋅=:=
135
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 1.008 103× kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 218.352 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
136
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
137
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 1.486 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xco 0.1mm−( ) Pcfc− 1.546 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xco 0.1mm+( ) Pcfc− 1.076 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.342 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.097 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xco 0.1mm+( ) Pcfc− 830.833 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xco 0.1mm−( ) Pcfc− 358.913 psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 298.935 psi⋅=:=
138
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 5
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Grau API do fluido de produção: API 25:=
Massa específica da água a 20 graus C: ρágua 998kg
m3
:=
Massa específica do fluido de produção a 25 graus C: ρfp
141.5ρágua⋅
API 131.5+902.345
kg
m3
=:=
Vazão de produção através da válvula: Qp 40000158.987
24⋅
L
hr⋅ 0.074
m3
s=:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 2600m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 30m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 10000psi:=
139
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
140
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
h x( ) 0 0 x≤ xco<if
x xco−
xtot xco−100⋅ xco x≤ xtot≤if
:= "h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
141
Variação da pressão à jusante da válvula:
∆P Pt Psep ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅+− 4.468 107× Pa=:=
ν 2.7 106−⋅
m2
s:=
Re4 Qp⋅
π ϕp⋅ ν⋅2.666 10
5×=:=
ε 25μm:=
ε
ϕp1.92 10
4−×=
f 0.017:=
L 1.3 LDA⋅ 10000m+:=
v x( )2 ∆P ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅−⋅
ρfp 1 K x( )+ fL
ϕp⋅+
⋅
:=
Pj x( ) Psep ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅+ 0 x≤ xco<if
Pm K x( ) ρfp⋅v x( )
2
2⋅−
xco x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 3.965 103× psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 3.809 103× psi⋅=:=
142
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 60.146 kN⋅=:=
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 1.008 103× kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 218.352 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
143
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
144
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 1.32 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xco 0.1mm−( ) Pcfc− 1.38 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xco 0.1mm+( ) Pcfc− 1.147 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.342 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.097 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xco 0.1mm+( ) Pcfc− 759.69 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xco 0.1mm−( ) Pcfc− 524.844 psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 464.866 psi⋅=:=
145
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 6
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 0m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 0m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 0psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
146
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Deslocamento para Pinch-off: xpo ϕp:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
147
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
"h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
h x( )x xpo−
xpo xtot−15.23⋅ 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) Pm 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 0 psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 0 psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 0 kN⋅=:=
148
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 0 kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 0 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvphofimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
149
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
150
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 549.294 psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 850.226 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 850.514 psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 876.192 psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 876.302 psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 850.624 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 850.336 psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 549.404 psi⋅=:=
151
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 7
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 0m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 0m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 10000psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
152
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Deslocamento para Pinch-off: xpo ϕp:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
153
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
"h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
h x( )x xpo−
xpo xtot−15.23⋅ 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) Pm 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 0 psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 0 psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA:•
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 0 kN⋅=:=
154
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 0 kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 218.352 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
155
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
156
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 1.475 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 1.776 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 2.247 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 2.273 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.093 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 1.067 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 1.538 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 1.237 103× psi⋅=:=
157
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 8
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 2600m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 30m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 0psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
158
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Deslocamento para Pinch-off: xpo ϕp:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
159
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
"h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
h x( )x xpo−
xpo xtot−15.23⋅ 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) Pm 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 3.965 103× psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 3.809 103× psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 60.146 kN⋅=:=
160
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 1.008 103× kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 0 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
161
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
162
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 89.33 psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 390.261 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 390.55 psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 416.227 psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 409.37 psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 383.692 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 383.404 psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 82.472 psi⋅=:=
163
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 9
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 2600m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 30m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 10000psi:=
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
164
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Deslocamento para Pinch-off: xpo ϕp:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
165
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
"h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
h x( )x xpo−
xpo xtot−15.23⋅ 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
Pj x( ) Pm 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 3.965 103× psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 3.809 103× psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 60.146 kN⋅=:=
166
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 1.008 103× kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 218.352 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro•
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpcfimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvphofimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
167
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
168
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 1.015 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 1.316 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 1.788 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.813 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 625.832 psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 600.155 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 1.071 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 770.27 psi⋅=:=
169
Considerações para o desenvolvimento deste estudo:
1 - Escoamento de fluido monofásico 2 - Fluido incompressível3 - Pressão à montante da válvula é constante (reservatório infinito)4 - Válvula com vedação exclusivamente à jusante5 - Desconsiderados os efeitos térmicos6 - Sistema de controle Hidráulico Direto
Patm 101325Pa:=
1) DADOS DE ENTRADA DA BASE DE PROJETO - CASO 10
Massa específica da água do mar: ρmar 1030kg
m3
:=
Massa específica do fluido de controle: ρfc 1060kg
m3
:=
Massa específica do fluido de compensação: ρfcp 1083kg
m3
:=
Pressão no separador (UP): Psep 145psi:=
Grau API do fluido de produção: API 25:=
Massa específica da água a 20 graus C: ρágua 998kg
m3
:=
Massa específica do fluido de produção a 25 graus C: ρfp
141.5ρágua⋅
API 131.5+902.345
kg
m3
=:=
Vazão de produção através da válvula: Qp 40000158.987
24⋅
L
hr⋅ 0.074
m3
s=:=
Lâmina d'água de instalação do equipamento: LDA 2600m:=
Distância entre a mesa rotativa e a superfície do mar: AG 30m:=
Pressão de trabalho do sistema: Pt 10000psi:=
170
2) DADOS DE ENTRADA DO PROJETO DA VÁLVULA
Diâmetro da haste de override: Dho 54mm:=
Diâmetro da haste principal: Dhp 63.5mm:=
Diâmetro do cilindro: Dc 230mm:=
Diâmetro interno das sedes: IDs 5.125in 0.13m=:=
Diâmetro externo das sedes: ODs 160mm:=
Diâmetro de passagem da válvula: ϕp 5.125in 0.13m=:= Rp
ϕp
20.065 m=:=
Diâmetro de vedação na interface pistão / cilindro: Dvpc :=
Comprimento da vedação na interface pistão / cilindro: Lvpc :=
Diâmetro de vedação na interface pistão / haste de override: Dvpho:=
Comprimento da vedação na interface pistão / haste override: Lvpho1:=
Lvpho2:=
Diâmetro de vedação na interface bonnet / haste principal: Dvbhp 1.2 Dhp⋅ 76.2 mm⋅=:=
Comprimento da vedação na interface bonnet / haste principal: Lvbhp1 130mm:=
Lvbhp2 10mm:=
Deslocamento para Crack-open: xco 19.826mm:=
Deslocamento para Pinch-off: xpo ϕp:=
Curso total da válvula: xtot xco ϕp+ 0.15m=:=
Rigidez das molas das sedes: kms 30kN
m:=
Compressão da mola das sedes: cms 5mm:=
Pressão à montante da válvula: Pm Pt:=
171
Pressão na cavidade do corpo da válvula: Pc Pm:=
Pressão nominal de trabalho do atuador: PNTA 5000psi:=
Coeficiente de atrito entre resilientes (PTFE) e partes metálicas: μrm 0.015:=
Coeficiente de atrito entre partes metálicas (WC x WC): μmm 0.12:=
Dados da mola do atuador:
Comprimento relaxada: L0 745.2mm:=
Comprimento em pré-carga: L1 609.304mm:=
Comprimento no fim de curso: L2 458.804mm:=
O carregamento de uma mola do tipo Belleville não é linear.
Curva ajustada com auxílio do Matlab baseado nos dados de testes da mola (Ver Relatório deTeste Mubea)
k1 1817000N
m2
:= k2 1351000N
m:=
Equação da variação da força da mola ao longo do curso do atuador:
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
3) DESENVOLVIMENTO DO MODELO MATEMÁTICO:
Cálculo da porcentagem de abertura de passagem "h":
"h" é a porcentagem de abertura depassagem, que não é igual à porcentagemde abertura da válvula lida no indicador deposição.
h x( )x xpo−
xpo xtot−15.23⋅ 0 x≤ xpo<if
0 xpo x≤ xtot≤if
:=
Cálculo da coeficiente de perda de carga "K":
O último termo da equação equivale ao coeficientede perda de carga relativo à válvula gavetacompletamente aberta.
K x( ) 1984e0.735− h x( )
0.545
0.1+:=
Variação da pressão à jusante da válvula:
∆P Pt Psep ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅+− 4.468 107× Pa=:=
172
ν 2.7 106−⋅
m2
s:=
Re4 Qp⋅
π ϕp⋅ ν⋅2.666 10
5×=:=
ε 25μm:=
ε
ϕp1.92 10
4−×=
f 0.017:=
L 1.3 LDA⋅ 10000m+:=
v x( )2 ∆P ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅−⋅
ρfp 1 K x( )+ fL
ϕp⋅+
⋅
:=
Pj x( ) Pm K x( ) ρfp⋅v x( )
2
2⋅−
0 x≤ xpo<if
Psep ρfp g⋅ LDA AG+( )⋅+ xpo x≤ xtot≤if
:=
Pressão devido à coluna de fluido de controle:
Pcfc ρfc g⋅ LDA AG+( )⋅ 3.965 103× psi⋅=:=
Pressão hidrostática referente à LDA:
Ph ρmarg⋅ LDA⋅ 3.809 103× psi⋅=:=
Força na haste override devido à pressão hidrostáti ca referente à LDA: •
Fph Phπ
4⋅ Dho
2⋅ 60.146 kN⋅=:=
Pressão no sistema de compensação:
Psc Ph:=
173
Força devido ao sistema de compensação:•
Fsc Pscπ
4⋅ Dc
2Dhp
2−⋅ 1.008 103× kN⋅=:=
Força de expulsão da haste devido a pressão de trab alho no corpo:•
Fehπ
4Pt⋅ Dhp
2⋅ 218.352 kN⋅=:=
Força devido à compressão da mola:•
Fcm x( ) k1− L1 x−( )2k2 L1 x−( )⋅+:=
Força de atrito devido ao contato entre sedes e gav eta (metal x metal):•
fimsg 2μmm kms⋅ cms⋅ 36N=:=
Dvg IDs1
3ODs IDs−( )⋅+ 140.117 mm⋅=:=
fcsgx( ) fimsgπ
4μmm⋅ Pm Pj x( )−( )⋅ Dvg
2⋅+:=
Força de atrito na interface de vedação pistão / ci lindro •
fvpc fimvpc μrm Pat Psc−( )⋅ π⋅ Dvpc⋅ Lvpc⋅+:= fimvpc
fvpc 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / cilindro
Força de atrito na interface de vedação pistão / ha ste override •
fvpho fimvpho μrm π⋅ Dvpho⋅ Pat Patm−( ) Lvpho1⋅ Ph Patm−( ) Lvpho2⋅+⋅+:= fimvpho
fvpho 0:= Desprezados a parcela do atrito referente à interface pistão / haste override
Força de atrito na interface de vedação bonnet / ha ste principal •
fimvbhp 0:= Desprezada a força inicial de montagem
fvbhp fimvbhp μrm π⋅ Dvbhp⋅ Pt Patm−( ) Lvbhp1⋅ Psc Patm−( ) Lvbhp2⋅+⋅+:=
174
Força de atrito total:•
ft x( ) fcsgx( ) fvpc+ fvpho+ fvbhp+:=
ABERTURA DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_ax( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )+ Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no avanço do atuador pode ser determinada:
Pat_ax( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_ax( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
FECHAMENTO DA VÁLVULA - SEGUNDA LEI DE NEWTON:
Considerando que a velocidade de atuação da válvula é constante (a=0):
Fat_r x( ) Fph− Feh+ Fsc+ ft x( )− Fcm x( )+:=
Assim a pressão de atuação no retorno do atuador pode ser determinada:
Pat_r x( ) Pcfc( ) x 0=if
Fat_r x( )
π
4Dc
2Dho
2−⋅0 x< xtot<if
PNTA Pcfc+ x xtot=if
:=
175
4) PONTOS-CHAVES:
Pressão de atuação no início da abertura:
A2 Pat_a0.1mm( ) Pcfc− 1.015 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no crack-open:
A3 Pat_a xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 1.387 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do crack-open:
A4 Pat_a xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 1.622 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no final do curso de abertura:
A5 Pat_a xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 1.647 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no início do retorno:
R1 Pat_r xtot 0.1mm−( ) Pcfc− 791.763 psi⋅=:=
Pressão de atuação no pinch-off:
R2 Pat_r xpo 0.1mm+( ) Pcfc− 766.085 psi⋅=:=
Pressão de atuação depois do pinch-off:
R3 Pat_r xpo 0.1mm−( ) Pcfc− 1 103× psi⋅=:=
Pressão de atuação no fim de curso (backpressure):
R4 Pat_r 0.1mm( ) Pcfc− 770.242 psi⋅=:=
176
APÊNDICE C: Resultados obtidos do modelo matemático .
Figura C-1. Curva de avanço do atuador de uma válvu la FSC (abertura) – Caso 1.
Figura C-2. Curva de retorno do atuador de uma válv ula FSC (fechamento) – Caso 1.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
3.5 106×
7 106×
1.05 107×
1.4 107×
1.75 107×
2.1 107×
2.45 107×
2.8 107×
3.15 107×
3.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_ax( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
3.5 106×
7 106×
1.05 107×
1.4 107×
1.75 107×
2.1 107×
2.45 107×
2.8 107×
3.15 107×
3.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_1
A5_1
R1_1
R4_1
[%]
[%]
177
Tabela C-1. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 1.
Pontos-chave VG-FSC Valor
Início de abertura (A2_1) 3,78 x 106 Pa (549 psi)
Início de comunicação (A3_1) -
Completa equalização (A4_1) -
Final de abertura (A5_1) 6,04 x 106 Pa (876 psi)
Início de fechamento (R1_1) 6,04 x 106 Pa (876 psi)
Fim de comunicação (R2_1) -
Completo diferencial (R3_1) -
Final de fechamento (R4_1) 3,78 x 106 Pa (549 psi)
178
Figura C-3. Curva de avanço do atuador de uma válvu la FSC (abertura) – Caso 2.
Figura C-4. Curva de retorno do atuador de uma válv ula FSC (fechamento) – Caso 2.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_2 A5_2 A3_2
A4_2
R1_2
R4_2 R2_2
R3_2
[%]
[%]
179
Tabela C-2. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 2.
Pontos-chave VG-FSC Valor
Início de abertura (A2_2) 1,34 x 107 Pa (1946 psi)
Início de comunicação (A3_2) 1,38 x 107 Pa (2006 psi)
Completa equalização (A4_2) 1,06 x 107 Pa (1535 psi)
Final de abertura (A5_2) 1,24 x 107 Pa (1802 psi)
Início de fechamento (R1_2) 1,08 x 107 Pa (1564 psi)
Fim de comunicação (R2_2) 8,95 x 106 Pa (1298 psi)
Completo diferencial (R3_2) 5,70 x 106 Pa (826 psi)
Final de fechamento (R4_2) 5,28 x 106 Pa (766 psi)
180
Figura C-5. Curva de avanço do atuador de uma válvu la FSC (abertura) – Caso 3.
Figura C-6. Curva de retorno do atuador de uma válv ula FSC (fechamento) – Caso 3.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.152.626 10
7×
3.014 107×
3.401 107×
3.788 107×
4.176 107×
4.563 107×
4.95 107×
5.338 107×
5.725 107×
6.113 107×
6.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 02.626 10
7×
3.014 107×
3.401 107×
3.788 107×
4.176 107×
4.563 107×
4.95 107×
5.338 107×
5.725 107×
6.113 107×
6.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_3
A5_3
R1_3 R4_3
[%]
[%]
181
Tabela C-3. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 3.
Pontos-chave VG-FSC Valor
Início de abertura (A2_3) 6,14 x 105 Pa (89 psi)
Início de comunicação (A3_3) -
Completa equalização (A4_3) -
Final de abertura (A5_3) 2,87 x 106 Pa (416 psi)
Início de fechamento (R1_3) 2,82 x 106 Pa (409 psi)
Fim de comunicação (R2_3) -
Completo diferencial (R3_3) -
Final de fechamento (R4_3) 5,69 x 105 Pa (82 psi)
182
Figura C-7. Curva de avanço do atuador de uma válvu la FSC (abertura) – Caso 4.
Figura C-8. Curva de retorno do atuador de uma válv ula FSC (fechamento) – Caso 4.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_4 A5_4 A3_4
A4_4
R1_4
R4_4 R2_4
R3_4
[%]
[%]
183
Tabela C-4. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 4.
Pontos-chave VG-FSC Valor
Início de abertura (A2_4) 1,02 x 107 Pa (1486 psi)
Início de comunicação (A3_4) 1,06 x 107 Pa (1546 psi)
Completa equalização (A4_4) 7,42 x 106 Pa (1076 psi)
Final de abertura (A5_4) 9,25 x 106 Pa (1342 psi)
Início de fechamento (R1_4) 7,56 x 106 Pa (1097 psi)
Fim de comunicação (R2_4) 5,73 x 106 Pa (831 psi)
Completo diferencial (R3_4) 2,48 x 106 Pa (359 psi)
Final de fechamento (R4_4) 2,06 x 106 Pa (299 psi)
184
Figura C-9. Curva de avanço do atuador de uma válvu la FSC (abertura) – Caso 5.
Figura C-10. Curva de retorno do atuador de uma vál vula FSC (fechamento) – Caso 5.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_5 A5_5 A3_5
A4_5
R1_5
R4_5 R2_5
R3_5
[%]
[%]
185
Tabela C-5. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 5.
Pontos-chave VG-FSC Valor
Início de abertura (A2_5) 9,10 x 106 Pa (1320 psi)
Início de comunicação (A3_5) 9,51 x 106 Pa (1380 psi)
Completa equalização (A4_5) 7,91 x 106 Pa (1147 psi)
Final de abertura (A5_5) 9,25 x 106 Pa (1342 psi)
Início de fechamento (R1_5) 7,56 x 106 Pa (1097 psi)
Fim de comunicação (R2_5) 5,24 x 106 Pa (760 psi)
Completo diferencial (R3_5) 3,62 x 106 Pa (525 psi)
Final de fechamento (R4_5) 3,21 x 106 Pa (465 psi)
186
Figura C-11. Curva de avanço do atuador de uma válv ula FSO (fechamento) – Caso 6.
Figura C-12. Curva de retorno do atuador de uma vál vula FSO (abertura) – Caso 6.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
3.5 106×
7 106×
1.05 107×
1.4 107×
1.75 107×
2.1 107×
2.45 107×
2.8 107×
3.15 107×
3.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
3.5 106×
7 106×
1.05 107×
1.4 107×
1.75 107×
2.1 107×
2.45 107×
2.8 107×
3.15 107×
3.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_6
A5_6
R1_6
R4_6
[%]
[%]
187
Tabela C-6. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 6.
Pontos-chave VG-FSO Valor
Início do fechamento (A2_6) 3,78 x 106 Pa (549 psi)
Fim de comunicação (A3_6) -
Completo diferencial (A4_6) -
Final de fechamento (A5_6) 6,04 x 106 Pa (876 psi)
Início de abertura (R1_6) 6,04 x 106 Pa (876 psi)
Início de comunicação (R2_6) -
Completa equalização (R3_6) -
Final de abertura (R4_6) 3,78 x 106 Pa (549 psi)
188
Figura C-13. Curva de avanço do atuador de uma válv ula FSO (fechamento) – Caso 7.
Figura C-14. Curva de retorno do atuador de uma vál vula FSO (abertura) – Caso 7.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_7
A5_7
A3_7
A4_7
R1_7 R4_7
R2_7
R3_7
[%]
[%]
189
Tabela C-7. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 7.
Pontos-chave VG-FSO Valor
Início do fechamento (A2_7) 1,02 x 107 Pa (1475 psi)
Fim de comunicação (A3_7) 1,22 x 107 Pa (1776 psi)
Completo diferencial (A4_7) 1,55 x 107 Pa (2247 psi)
Final de fechamento (A5_7) 1,57 x 107 Pa (2273 psi)
Início de abertura (R1_7) 7,54 x 106 Pa (1093 psi)
Início de comunicação (R2_7) 7,36 x 106 Pa (1067 psi)
Completa equalização (R3_7) 1,06 x 107 Pa (1538 psi)
Final de abertura (R4_7) 8,53 x 106 Pa (1237 psi)
190
Figura C-15. Curva de avanço do atuador de uma válv ula FSO (fechamento) – Caso 8.
Figura C-16. Curva de retorno do atuador de uma vál vula FSO (abertura) – Caso 8.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.152.626 10
7×
3.014 107×
3.401 107×
3.788 107×
4.176 107×
4.563 107×
4.95 107×
5.338 107×
5.725 107×
6.113 107×
6.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_ax( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 02.626 10
7×
3.014 107×
3.401 107×
3.788 107×
4.176 107×
4.563 107×
4.95 107×
5.338 107×
5.725 107×
6.113 107×
6.5 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_8
A5_8
R1_8
R4_8
[%]
[%]
191
Tabela C-8. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 8.
Pontos-chave VG-FSO Valor
Início do fechamento (A2_8) 6,14 x 105 Pa (89 psi)
Fim de comunicação (A3_8) -
Completo diferencial (A4_8) -
Final de fechamento (A5_8) 2,87 x 106 Pa (416 psi)
Início de abertura (R1_8) 2,82 x 106 Pa (409 psi)
Início de comunicação (R2_8) -
Completa equalização (R3_8) -
Final de abertura (R4_8) 5,69 x 105 Pa (82 psi)
192
Figura C-17. Curva de avanço do atuador de uma válv ula FSO (fechamento) – Caso 9.
Figura C-18. Curva de retorno do atuador de uma vál vula FSO (abertura) – Caso 9.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_9
A5_9
A3_9
A4_9
R1_9 R4_9
R2_9
R3_9
[%]
[%]
193
Tabela C-9. Pontos-chave das curvas de abertura e f echamento do Caso 9.
Pontos-chave VG-FSO Valor
Início do fechamento (A2_9) 7,0 x 106 Pa (1015 psi)
Fim de comunicação (A3_9) 9,07 x 106 Pa (1316 psi)
Completo diferencial (A4_9) 1,23 x 107 Pa (1788 psi)
Final de fechamento (A5_9) 1,25 x 107 Pa (1813 psi)
Início de abertura (R1_9) 4,32 x 106 Pa (626 psi)
Início de comunicação (R2_9) 4,14 x 106 Pa (600 psi)
Completa equalização (R3_9) 7,38 x 106 Pa (1071 psi)
Final de abertura (R4_9) 5,31 x 106 Pa (770 psi)
194
Figura C-19. Curva de avanço do atuador de uma válv ula FSO (fechamento) – Caso 10.
Figura C-20. Curva de retorno do atuador de uma vál vula FSO (abertura) – Caso 10.
0 0.019 0.038 0.056 0.075 0.094 0.113 0.131 0.150
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_a x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
00.131 0.113 0.094 0.075 0.056 0.038 0.019 00
7 106×
1.4 107×
2.1 107×
2.8 107×
3.5 107×
4.2 107×
4.9 107×
5.6 107×
6.3 107×
7 107×
0
20
40
60
80
100
Pat_r x( )
Pcfc
Pm
Pj x( )
Ph
h x( )
x
[Pa]
[m]
[Pa]
[m]
A2_10
A5_10
A3_10
A4_10
R1_10 R4_10
R2_10
R3_10
[%]
[%]
195
Tabela C-10. Pontos-chave das curvas de abertura e fechamento do Caso 10.
Pontos-chave VG-FSO Valor
Início do fechamento (A2_10) 7,0 x 106 Pa (1015 psi)
Fim de comunicação (A3_10) 9,56 x 106 Pa (1387 psi)
Completo diferencial (A4_10) 1,12 x 107 Pa (1622 psi)
Final de fechamento (A5_10) 1,14 x 107 Pa (1647 psi)
Início de abertura (R1_10) 5,46 x 106 Pa (792 psi)
Início de comunicação (R2_10) 5,28 x 106 Pa (766 psi)
Completa equalização (R3_10) 6,89 x 106 Pa (1000 psi)
Final de abertura (R4_10) 5,31 x 106 Pa (770 psi)