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A INFLUÊNCIA DA

POLÍTICA NO

DESEMPENHO

INSTITUCIONAL

OU

O SETOR

PÚBLICO NA

ECONOMIA DO

RS Cristiano Tatsch,

secretário

do Planejamento e

Desenvolvimento

Regional

O RS está crescendo menos que o Brasil nos últimos anos

7,1

7,3

7,1

6,76,6

6,6

6,6 6,7

6,7

6,4 6,3

5,8

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6,2

6,4

6,6

6,8

7,0

7,2

7,4

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12

Participação % do PIB do RS no BR (Considera metodologia antiga do IBGE)

102,4

115,6

137,7

100

114,2

125,1

148,4

I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV I II IIIIV

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

RS BR

Evolução do PIB do RS versus do BR (Nº índice – média em 4 trim.)

Fonte: IBGE. FEE.

2005: mudança na trajetória de crescimento

Fonte: FEE. CONAB.

Crescimento do PIB – RS (Variação %)

1,6

3,3

-2,8

4,7

6,5

2,7

-0,4

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2

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20

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22,4

18,2

13,2

21,323,5 22,6 22,6

25,4

28,8

20,9

29,728,7

Produção de grãos do RS (milhões de toneladas)

Em 2005, a seca ocorrida no RS fez o PIB do Estado cair enquanto que no Brasil foi registrada estagnação no período (0,1%)

Isso demonstra a maior dependência do RS em relação às questões climáticas

Fonte: IBGE. FEE.

9,3%

Agropecuária

Participação setorial no PIB (Média 2008-2012)

Brasil 67,2%

Rio Grande do Sul

27,3%

Serviços

63,3% 27,4%

Indústria

5,5%

O Rio Grande do Sul depende mais do que o Brasil da agropecuária

Fonte: IBGE. MDIC.

O RS também depende do mercado externo

Outros: 1,3%

Exportações do RS em 2014: US$ 18,7 bilhões

Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal

Indústria de transformação

Participação das exportações na Receita Líquida de Vendas

(2012, Ind. Transformação - %)

RS:16,2

SC: 14,7

PR: 13,7 SP: 12,8

MG: 12,3

RJ: 11,8

BR: 13,8

O Rio Grande do Sul está mais suscetível a crises

cambiais e a reduções da demanda externa

24,4%

74,3%

4,1 4,9

7,0 7,1 7,4 8,0 8,4 9,1 9,2 9,6 11,1

13,1 13,6 14,5 15,0

17,4 17,9 18,5

22,9 26,4

28,7 29,3

31,9 38,0

45,2 45,5

48,4

RS

CE

BA

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PE

MA

MG

PB

PI

SE

RN

AM

AC

PA

RJ

PR

ES

SC

SP

MS

AM

GO

TO

MT

RR

RO

DF

Fonte: IBGE.

8,9 8,9 8,9

9,1

9,3

9,0

9,2 9,2

9,6

9,1

9,4 9,4

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2003

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9

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1

2012

201

3

Percentual de emigrantes do RS (% da população do RS)

O Estado não tem atraído pessoas

Percentual de imigrantes residentes no RS (% da população do RS)

3,9 4,04,1 4,1

4,4

3,8

4,2 4,14,1

3,9

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2

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3

Percentual de imigrantes por UF (% - 2013)

Fonte: IBGE.

8,9 8,9 8,9

9,1

9,3

9,0

9,2 9,2

9,6

9,1

9,4 9,4

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2003

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2007

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8

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201

1

2012

201

3

Percentual de emigrantes do RS (% da população do RS)

O Estado não tem atraído pessoas

Percentual de imigrantes residentes no RS (% da população do RS)

3,9 4,04,1 4,1

4,4

3,8

4,2 4,14,1

3,9

3,7

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1

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2

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3

Percentual de emigrantes por UF (% - 2013)

5,9 6,2 7,6 8,3 8,5 9,4

11,4 11,6

14,0 14,0 14,7 14,8 15,4 15,9 15,9

17,8 18,2 18,5

20,8 20,9 21,9 22,1 22,2 23,1

24,7 27,6 28,6

AM

RJ

SP

AM

RR

RS

PA

SC

RN

GO

MT

AC

RO

ES

MS

SE

CE

MG

PE

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MA

AL

PR

DF

TO

PI

PB

Fonte: FEE. IBGE.

A população do RS está envelhecendo

Mulheres Homens

Mulheres Homens

Mulheres Homens

Pirâmide etária

56,2

41,7

46,9

56,4

Proporção da População potencialmente ativa (PPA) e Razão de

Dependência (RD)

2015: Auge do “Bônus demográfico”

Momento em que a proporção da PPA

atinge seu máximo: 70,6% da população

total

A partir do ano que

vem, a mão de obra

potencial do Estado

será cada vez menor

64,0

70,668,1

64,0

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PPA

Fon

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ipai

s A estrutura de pessoal do Estado é bastante pesada

%

1 Amapá 13,7

2 Acre 12,4

3 Roraima 12,3

4 Distrito Federal 9,1

5 Tocantins 7,2

6 Rondônia 6,9

7 Paraíba 5,9

8 Amazonas 5,6

9 Rio Grande do Norte 5,3

10 Mato Grosso 5,1

11 Mato Grosso do Sul 4,7

12 Sergipe 4,4

13 Goiás 4,0

14 Paraná 3,9

15 Minas Gerais 3,8

16 Piauí 3,8

17 São Paulo 3,8

18 Pernambuco 3,7

19 Rio de Janeiro 3,6

20 Espírito Santo 3,5

21 Santa Catarina 3,4

22 Rio Grande do Sul 3,2

23 Alagoas 3,1

24 Bahia 3,1

25 Ceará 2,8

26 Pará 2,7

27 Maranhão 2,2

%

1 Roraima 26,0

2 Distrito Federal 22,8

3 Amapá 22,8

4 Acre 22,6

5 Tocantins 18,0

6 Paraíba 16,7

7 Rio Grande do Norte 16,4

8 Amazonas 16,1

9 Alagoas 16,1

10 Mato Grosso do Sul 14,5

11 Rondônia 14,2

12 Mato Grosso 13,3

13 Sergipe 13,1

14 Rio de Janeiro 13,1

15 Maranhão 12,8

16 Pará 12,8

17 Piauí 12,5

18 Ceará 12,5

19 Pernambuco 12,4

20 Goiás 12,4

21 Espírito Santo 12,2

22 Bahia 11,9

23 Minas Gerais 11,7

24 Paraná 11,4

25 Rio Grande do Sul 10,8

26 Santa Catarina 10,4

27 São Paulo 9,6

Servidores públicos estaduais

em relação aos ocupados (%)

Servidores públicos totais*

em relação aos ocupados (%)

Os servidores públicos estaduais representaram 3,2% do total de ocupados no RS em 2013. Considerando os servidores públicos federais, estaduais e municipais, esse percentual passa para 10,8%.

Despesas realizadas em 2014 sem autorização: R$ 663 milhões

Saques do Caixa Único: R$ 11,8 bilhões (Depósitos judiciais, Recursos da Corsan, CEEE, Empréstimos, etc)

Precatórios não pagos: R$ 8 bilhões

Dívida Fundada Adm. Direta: R$ 54,8 bilhões,

sendo R$ 49,3 bilhões (cerca de 90%) com a União.

A situação das finanças do Estado no Início de 2015:

Fonte: SEFAZ-RS.

Isso equivale a 3 folhas de pagamento do Estado.

(R$ 1,8 bilhão cada)

Situação no Início de 2015:

Faltam

5,4 bilhões

Fonte: SEFAZ-RS.

Projeção das Receitas e Despesas | Fluxo de Caixa 2015

Especificação 2015

Receitas

Tributos Estaduais 19.080

Transferências da União 1.650

Outras Receitas Operacionais 588

FUNDEB e Fundo Reforma Estadual 4.190

Total Receitas 25.509

Despesas

Pessoal e encargos 20.499

Manutenção 5.039

Investimentos 378

Dívida 3.577

Precatórios e RPVs 1.336

Total Despesas 30.829

Resultado do Tesouro (5.320)

Resultado Demais Recursos (483)

Saldo Anterior SIAC 368

Saldo do SIAC (Caixa Único) (5.435)

R$ milhões nominais

Fonte: SEFAZ-RS.

Esgotamento do Caixa Único para cobrir as Despesas

Especificação 1995-1998 1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011-2014 Total

Caixa Único - 1.729 85 780 1.488 4.082

Depósitos Judiciais - - 1.428 615 5.665 7.708

Saques por Período

- 1.729 1.513 1.395 7.153 11.790

Dívida de 11,8 bilhões

R$ milhões nominais

Fonte: SEFAZ-RS.

Cada gaúcho nasce hoje com uma dívida de

R$ 6,84 mil Dívida Adm Direta 54,8

Caixa Único 11,8

Precatórios 8,0

TOTAL 74,6

№ Habitantes 10.898.154

Dívida per Capita R$ 6,84 mil

Fonte: SEFAZ-RS.

Como se chegou a essa situação?

1. Estado sempre gastou mais do que poderia

2. Maior parte das despesas são engessadas

3. Concentração do dinheiro em Brasília

4. Mais inativos do que funcionários trabalhando

5. Rombo na Previdência

6. Dívida com a União é enorme

7. Perda de R$ 1 bilhão com FUNDEB em 2015

Por que o Rio Grande do Sul está nesta situação?

Fonte: SEFAZ-RS.

8. Rio Grande do Sul penalizado por ser exportador (Lei Kandir) 9. Redução das transferências do FPE para o RS 10. Gastos com RPVs aumentam anualmente 11. União incentivou o gasto dos Estados – 2010/2013 12. Despesas crescentes com pessoal 13. Nos últimos anos, as despesas cresceram muito mais do que

as receitas

Por que o Rio Grande do Sul está nesta situação?

Fonte: SEFAZ-RS.

Fonte: SEFAZ-RS.

O Rio Grande do Sul tem uma estrutura historicamente deficitária

Resultado Orçamentário do RS (R$ milhões)

-6.551

2.161

942

-1.267

(7.000)

(6.000)

(5.000)

(4.000)

(3.000)

(2.000)

(1.000)

-

1.000

2.000

3.000

Mil

es

Em 44 anos, tivemos apenas sete anos em que gastamos menos do que arrecadamos

Fonte: SEFAZ-RS.

Despesas 2014 (% da RCL)

Despesas equivalem a

122,5% da receita

disponível para o

Estado

Serviço da dívida 11,4

Custeio* 29,4

Pessoal 75,5

6,2 Investimentos**

*Custeio: 6,0% - Saúde; 9,9% - Básico; 13,4% - Outros (IPE-Saúde, Gestão Plena do SUS, Encargos Financeiros, Transferências Obrigatórias e Outros Poderes). **Investimentos Amplos: 2,4% - Obras e Instalações; 1,4% - Equipamento e Material; 2,4% - Outros (Auxílios Financeiros, Constituição de Capital, Concessão de Empréstimos e Financiamentos e Demais).

Ações dos governos Período Enfrentamento do Déficit Público

1971-1974 Endividamento 1975-1978 Endividamento 1979-1982 Endividamento e Inflação 1983-1986 Débitos de Tesouraria e Inflação 1987-1990 Inflação 1991-1994 Inflação 1995-1998 Venda de Ativos

Saques do caixa único, menor volume de investimentos, venda de ativos, antecipação de impostos, atrasos no pagamento dos fornecedores e precatórios e não pagamento das Leis Britto.

Saques do caixa único e dos depósitos judiciais, atrasos no pagamento de fornecedores, não pagamento de precatórios, não pagamento das Leis Britto, antecipação de impostos, menor volume de investimentos, parcelamento do 13º salário junto ao BANRISUL e aumento de tributos.

1999-2002

2003-2006

2007-2010

2011-2014

Saques do caixa único e dos depósitos judiciais, antecipação de impostos, parcelamento do 13º salário, parcelamento de salários mensais, redução do gasto em custeio e em investimento e utilização dos recursos com a venda de ações do BANRISUL.

Saques do caixa único e dos depósitos judiciais, antecipação de impostos, endividamento com recursos de operações de crédito internas e externas.

Fonte: SEFAZ-RS.

Concentração do dinheiro em Brasília

57,4% 24,3%

18,3% União

Estados

Municípios

Receita disponível por esfera - 2013

A carga tributária do país aumentou para 36% do PIB.

A receita do ICMS continuou igual como proporção do PIB.

Fonte: SEFAZ-RS.

47,650,450,550,651,1

53,354,254,254,655,355,956,156,457,157,558,058,758,959,460,661,763,064,1

67,167,167,2

69,7

AM

PI

PR

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SP

MA

CE

ES

TO

PE

PB

RO

RR

BA

MT

AP

DF

GO

SC

PA

AL

MS

SE

RS

MG

RJ

RN

Fonte: STN.

E estrutura de pessoal do Estado é bastante pesada Gasto com pessoal

(% da Receita Corrente depois

das deduções e das

transferências a municípios)

Mais inativos do que funcionários trabalhando na estrutura do Estado

1994 | Ativos 57,9%

2014 | Ativos 46,6%

Anos 1994 2004 2014

Nº Vínculos % Nº Vínculos % Nº Vínculos %

Ativos 196.083 57,9 186.349 51,9 173.673 46,6

Aposentados e Pensionistas 142.324 42,1 172.556 48,1 199.037 53,4

Total 338.407 100,0 358.905 100,0 372.710 100,0

A previdência se impõe como um problema sério do RS

Total dos Gastos 8.567 9.749

2.405 3.244

2012 2013

Total das Receitas

Contribuições 837

1.493 1.954 Patronal

1.090

RESULTADO -6.162 -6.505

75 200 Outras

Reforma Previdenciária – FUNDOPREV:

Novos servidores, desde julho de 2011, estão

sob o regime previdenciário de capitalização.

Receitas, Despesas e Resultado previdenciários (R$ milhões)

Fonte: TCE-RS.

Fonte: STN. TCE-RS.

O RS é um dos Estados que menos investem

Investimentos* (% da Receita Corrente Líquida**)

*Considera investimentos amplos: investimentos + inversões financeiras. **Considera receitas correntes deduzidas do FUNDEB e das transferências aos municípios. 4,5

5,17,5

8,79,0

10,010,7

12,112,812,913,0

13,914,314,714,715,115,1

16,216,3

18,820,821,4

22,923,423,523,5

24,3

SERSPRRNSCPABAGOTO

MGSP

MSMAPBRJ

RODFALRRCEPEPI

APES

MTAMAC

Fonte: STN. TCE-RS.

O RS é um dos Estados que menos investem

258

244229

219210

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214 218 209

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16

Limite RSF 40/2001

Índice efetivo

Foram esgotas as alternativas de captação de crédito para

realização de investimentos

Limite para financiamento (% da Receita Corrente Líquida em relação à Dívida Consolidada Líquida)

O setor público precisa se modernizar. Licenciamentos Qualidade do ensino Gestão por desempenho Estabelecimento de metas e gestão por resultados

O Rio Grande de hoje Nosso compromisso é dizer a verdade, sem aceitar a visão derrotista e sem alimentar um falso otimismo. Hoje existem dois Estados: - Um Rio Grande que dá certo: o setor produtivo, o agronegócio, a sociedade que funciona, a indústria, o comércio e setor de serviços, que geram emprego e renda. - Um Rio Grande defasado: a máquina pública, a burocracia, a falta de recursos e a dívida. Esse que gasta tudo o que arrecada pra dentro de si mesmo.