a importncia da epidemiologia no avano da oftalmologia

112
CARLOS ALEXANDRE DE AMORIM GARCIA ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS PARASITOSES OCULARES NA POPULAÇÃO DE ESCOLARES DA CIDADE DE NATAL-RN, BRASIL NATAL-RN 2004

Upload: vonhu

Post on 07-Jan-2017

242 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

CARLOS ALEXANDRE DE AMORIM GARCIA

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS PARASITOSES OCULARES NA

POPULAÇÃO DE ESCOLARES DA CIDADE DE NATAL-RN, BRASIL

NATAL-RN2004

Page 2: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

CARLOS ALEXANDRE DE AMORIM GARCIA

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS PARASITOSES OCULARES NA

POPULAÇÃO DE ESCOLARES DA CIDADE DE NATAL-RN, BRASIL

Tese apresentada à Coordenação do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande doNorte, como requisito para a obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde.

ORIENTADOR: PROF. DR. FERNANDO ORÉFICE

CO-ORIENTADOR: PROF. DR. ALDO DA CUNHA MEDEIROS

Natal

Fevereiro de 2004.

Page 3: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Catalogação da publicação na fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”. Divisão de Processos Técnicos

Garcia, Carlos Alexandre de Amorim

Estudo epidemiológico das parasitoses oculares na população de escolares da cidade de

Natal-RN, Brasil / Carlos Alexandre de Amorim Garcia – Natal, 2004. 112 p. : il.

Orientador: Dr. Fernando Oréfice

Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde.

1. Toxoplasmose. 2. Toxoplasmose ocular. 3. Toxocaríase. 4. Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral. 5. DUSN. 6. Toxoplasmose – Prevalência. 7. Toxoplasmose – Fatores de risco. I. Oréfice, Fernando. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 617.735-002

Page 4: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

DEDICATÓRIA

Aos professores: Fernado Oréfice e Geraldo Vicente de Almeida pela dedicação

ao ensino da oftalmologia e a amizade.

Aos meus pais pela educação e orientação na minha formação.

À minha esposa, Ana pelo incentivo e companheirismo desde os

primeiros momentos do curso Médico.

Aos meus filhos, Carlos Alexandre e Ana Claudia pelo amor e

exemplo à dedicação aos estudos.

Page 5: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

AGRADECIMENTOS

Aos orientadores:

Prof. Dr. Fernado Oréfice e Prof. Dr. Aldo da Cunha Medeiros.

Ao Coordenador da pós-graduação:

Prof. Dr. José Brandão Neto.

Aos estatísticos:

Prof. Mardone Cavalcante França e Prof. Dr. Edmilson Mazza.

Aos epidemiologistas:

Prof. Mauricio Roberto Campelo de Macedo, Prof. Iza Maria Hetzel de

Macedo e Prof. Clélia de Oliveira Lyra.

Às Bioquímicas do Hospital Onofre Lopes:

Dra. Maria Do Carmo Cardoso De Medeiros, Dra. Norma Kelly Freire Lima e

Dra. Jane Maria Câmara Aquino.

Aos Médicos e Residentes do Serviço de Oftalmolgia da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte:

Dr. Alexandre Henrique Bezerra Gomes, Dr. Daniel Montenegro Alves, Dr.

Erymar Araújo Dantas, Dr. Francisco Irochima Pinheiro, Dr. Leonardo Péricles

Medeiros de Araújo, Dr. Marcelo Bezerra de Mendonça, Dr. Marcos Fábio de

Almeida Barbosa, Dra. Marta Liliane de Ramalho Rocha, Dra. Raquel Araújo

Costa Uchoa.

Aos Acadêmicos de Medicina:

Carlos Alexandre de Amorim Garcia Filho e Marcio Alexandre Araújo

Florêncio dos Santos

À professora de Letras Maria Lúcia de Amorim Garcia

Aos professores:

Prof. Dr. Roberto Lorens Marback, Prof. Dr. Francisco de Assis Cordeiro

Barbosa.e Profª Dra Selma Maria Jerônimo

Page 6: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

SUMÁRIO

Página

1. Resumo 07

2. Abstract 10

3. Introdução 13

4. Elo de ligação entre introdução e publicação 21

5. Artigo 26

6. Comentários, críticas e conclusões 56

7. Fontes bibliográficas 61

8. Anexos 66

Page 7: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo, estimar a prevalência da

Toxocaríase Ocular, Neuroretininte Sub-aguda Difusa Unilateral (DUSN), Infecção

pelo Toxoplasma gondii e Toxoplasmose Ocular na população de escolares de

Natal-RN/Brasil e relacioná-la aos fatores de risco demográficos, epidemiológicos

e socioeconômicos. Estudar a incidência de DUSN em pacientes atendidos no

Serviço de Oftalmologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e

Prontoclinica de Olhos, em Natal, bem como, avaliar, nos casos em que foi

encontrada larva no espaço sub-retiniano, o resultado do tratamento com

fotocoagulação utilizando o Laser Verde (Eye Light ALCON) em relação ao

resultado visual.

A amostra foi selecionada aleatoriamente e distribuída nas escolas dos

quatro distritos da cidade de Natal de acordo com a natureza da instituição

(pública ou privada), seu nível (fundamental ou médio) e turno em que o escolar

estudava (matutino, vespertino ou noturno).

A população de escolares foi estudada no período de março a maio de

2001. Inicialmente, responderam a um questionário para avaliação de fatores de

risco demográfico, epidemiológico e socioeconômico. Depois foram feitos os

seguintes procedimentos: coleta de sangue para realização de sorologia para

Toxoplasmose (IgG, IgM), hemograma, exame oftalmológico constando de história

clínica, medida da acuidade visual, refração sob cicloplegia, biomicroscopia do

segmento anterior e anexos, fundoscopia e exame da motilidade extrínseca.

A prevalência de Toxocaríase foi de 0,2% ou 2 por mil escolares. A

amostra não foi suficiente para estimar a prevalência de DUSN. Foram

7

Page 8: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

examinados 70 pacientes com diagnóstico de DUSN, no período de janeiro de

2001 a janeiro de 2003. Foi encontrada larva viva no espaço sub-retiniano de

todos os quatro que se encontravam na fase aguda, e tratados com

fotocoagulação a laser. Após acompanhamento dos pacientes (média = 11,5

meses), a acuidade visual melhorou em três olhos e permaneceu inalterada em

um olho. Dos 66 pacientes na fase crônica, foi encontrada larva em 22 deles e

tratados com fotocoagulação a laser. Após acompanhamento por um período de

13,1 meses em média, a acuidade visual melhorou em dois, permaneceu a inicial

em 19 e diminuiu em um paciente. A comparação do resultado visual antes e após

o tratamento, não foi estatisticamente significante (p = 0,302). O diagnóstico de

DUSN na fase aguda, seguida por pronta localização e destruição da larva por

fotocoagulação, pode melhorar a visão dos pacientes. No entanto, a destruição da

larva por fotocoagulação a laser em olhos com DUSN, na fase crônica, não

melhora a acuidade visual.

A soroprevalência para IgG foi de 46% (Intervalo de Confiança -IC 95%

- 42,9-49,2%) e para IgM foi 1,4% (IC 95% = 0,8-2,4%). A prevalência de lesão

ocular foi 1,15% (IC 95% = 0,6 – 2,0%). As condições socioeconômicas foram

determinantes na prevalência da Infecção pelo T. gondii e Toxoplasmose Ocular

na análise bivariada e confirmada na análise multivariada (escolaridade da mãe –

não alfabetizada/OR = 2,9 e p< 0,001). A prevalência de Toxoplasmose Sistêmica,

embora elevada, foi menor do que a encontrada em estudos realizados no Sul e

Sudeste do Brasil e, a da Toxoplasmose Ocular foi totalmente discrepante,

variando de 5 a 17 vezes menos. Embora importantes variáveis epidemiológicas,

tais como possuir gato, beber água não filtrada, ter contato com lagoas ou rios,

8

Page 9: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

tenham mostrado associação na análise preliminar, perderam sua influência

quando incluídas no modelo logístico. Estudos futuros já estão planejados para

ter inicio em março próximo, em colaboração com outras Universidades do Brasil e

dos Estados Unidos com a finalidade de encontrar a razão destes achados, bem

como, identificar diferentes tipos de cepas do Toxoplasma gondii, e estudar as

fontes de água utilizadas pela população de Natal-RN.

9

Page 10: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

The objective of this study is to estimate the prevalence of Ocular

Toxocariasis, Diffuse Unilateral Subacute Neuroretinitis (DUSN), Toxoplasma

gondii infection and Ocular Toxoplasmosis in a student population in Natal-

RN/Brazil and relate it to demographic, epidemiologic and socio-economic risk

factors. The incidence of DUSN was observed in patients at the Federal University

of Rio Grande do Norte Ophthalmology Service and the Prontoclinica de Olhos

Ophthalmology clinic in Natal. In cases where a worm was found in the subretinal

space, the result of treatment with photocoagulation using Green Laser (Eye Light

ALCON) was evaluated in relation to final visual result.

The sample was randomly selected among the schools of the four districts

of Natal, according to the type of institution (public or private), its level (elementary

or secondary), and study period (morning, afternoon or evening).

The school population was studied from March to May, 2001. Initially, the

students answered a questionnaire to evaluate demographic, epidemiologic and

socio-economic risk factors. Afterwards, the following procedures were carried out:

blood samples were taken for Toxoplasmosis (IgG, IgM) serology, hemogram,

ophthalmological examination, consisting of clinical history, measurement of visual

acuity, refraction under cycloplegia, biomicroscopy of the anterior segment and

annexa, funduscopy and examination of extrinsic motility.

The prevalence of Toxocariasis was 0.2% or 2 per one thousand students.

The sample was insufficient to estimate the prevalence of DUSN. Seventy patients

with DUSN diagnosis were examined from January, 2001 to January, 2003. A live

worm was found in the subretinal space of all four patients in the acute phase, and

10

Page 11: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

these were treated with laser photocoagulation. After follow-up (average = 11.5

months), visual acuity improved in three eyes and remained unaltered in one eye.

Worms were found in 22 of the 66 patients in the chronic phase, and these also

were treated with laser photocoagulation. After a follow-up period of 13.1 months,

on average, visual acuity improved in two of the patients, remained unchanged in

19 and worsened in one. The comparison of visual result before and after

treatment was not statistically significant (p = 0.302). The diagnosis of DUSN in the

acute phase, followed by prompt localization and destruction of the worm by

photocoagulation, can improve the patient’s vision. However, destruction of the

worm by laser photocoagulation in eyes with DUSN in the chronic phase does not

improve visual acuity.

Seroprevalence for IgG was 46% (Confidence Interval – CI 95%-42.9-

49.2%) and for IgM it was 1.4% (CI 95% = 0.8-2.4%). The prevalence of ocular

lesion was 1.15% (CI 95% = 0.6 - 2.0%). Socio-economic conditions were

determinants in the prevalence of Systemic and Ocular Toxoplasmosis in the

bivaried analysis and confirmed in the multivaried analysis (mother’s scholarity –

illiterate/ OR = 2.9 and p < 0.001). The T. gondii infection prevalence, although

high, was less than that found in studies performed in the South and Southeast of

Brazil and that of Ocular Toxoplasmosis was completely discrepant, varying from 5

to 17 times less. Although important epidemiological variables such as owning a

cat, drinking unfiltered water, and coming into contact with rivers or lakes showed

an association in the preliminary analysis, they lost their influence when included in

the logistic model. Future studies are scheduled to begin in March, 2004, in

collaboration with other Brazilian and American universities in an attempt to

11

Page 12: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

discover the reason for these findings, as well as identifying the different strains of

Toxoplasma gondii, and studying the sources of water utilized by the population of

Natal – Brazil.

12

Page 13: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

INTRODUÇÃO

As parasitoses oculares mais freqüentes na população brasileira são

Toxocaríase, Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral (DUSN) e Toxoplasmose,

sendo a última de maior prevalência (1).

A Toxocaríase é uma doença causada pela larva do Toxocara, parasita

comum de cães (Toxocara canis) e gatos (Toxocara catti), encontrado

freqüentemente no intestino de seus filhotes, infesta crianças e adolescentes

através da ingestão dos ovos no solo ou pelo contato direto com filhotes

contaminados (1-2). A prevalência da infecção em cães, portanto, é indicador de

risco de infecção humana (1). No Brasil, Chieffi at el (1976) encontraram uma

prevalência de 44,3% de cães infectados em Londrina, Paraná (3).

A larva pode migrar através da parede do intestino e disseminar pelo

fígado, pulmão, rim, pâncreas e cérebro, causando, no homem, uma síndrome

conhecida como larva migrans visceral, caracterizada por febre, hepatomegalia,

infiltrado pulmonar e dor abdominal (2).

Helenor Wilder, em 1950, interessada em doenças não diagnosticadas,

examinou uma série de olhos enucleados de crianças, com diagnósticos diversos

e encontrou um abscesso eosinofílico com fragmentos de larva (4). Em 1956,

Nichols identificou esta larva como Toxocara (5).

A Toxocaríase Ocular é uma doença geralmente unilateral que se

apresenta sob as seguintes formas clínicas: granuloma retiniano periférico,

granuloma retiniano no pólo posterior e endoftalmite crônica (2,6-7).

13

Page 14: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Os estudos epidemiológicos realizados, mundialmente, utilizam o

método de ELISA para determinar a prevalência de Toxocaríase (8-9) . A doença é

conhecida desde o final da década de 40 e início dos anos 50 (4) e, está

amplamente distribuída em todos os continentes, sendo que a prevalência varia de

1% no Canadá até 92% na ilha de Péunion no Oceano Índico (1).

No Brasil, os principais estudos foram realizados por Chieff e col., que

encontraram anticorpos em níveis significativos (diluição igual ou maior que 1:160)

em 3,6% dos casos (9). Maestrini (1995) encontrou anticorpos anti-toxocara canis

em 7% das 300 crianças de 7 a 14 anos estudadas (10).

Somente 2% das crianças com larva migrans visceral apresentam a

doença ocular (11). Em relação a prevalência da Toxocaríase Ocular, destaca-se o

trabalho realizado por Maetz e col (12), que encontraram um caso por mil

habitantes no estado do Alabama, Estados Unidos; como também, Fernandes e

Oréfice (1996) relataram que a Toxocaríase é responsável por 1.6% das uveítes

em Minas Gerais (13).

A Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral (DUSN), descrita

inicialmente por Gass et al em 1978, é uma doença ocular causada por um

nematóide que ocorre, principalmente, em crianças e adultos jovens saudáveis,

sendo a baixa acuidade visual a principal queixa do paciente (14).

Sua etiologia ainda não está totalmente esclarecida, sendo aceito tratar-

se, provavelmente, de infecção por mais de uma espécie de nematóide, em fase

larvária, medindo 400 a 1.000 micra (15). Souza e Nagashima extraíram

cirurgicamente o nematóide sub-retianiano, e as características morfológicas

14

Page 15: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

sugeriam Ancylostoma caninun ou Toxocara canis no terceiro estágio da larva,

parasitas comuns do intestino de cães (16).

Esta síndrome é caracterizada na fase aguda por baixa acuidade visual,

vitreíte, papilite, vasculite retiniana e manchas evanescentes branco-acinzentadas

ou branco-amareladas na retina externa. Na fase crônica ou tardia, observa-se

atrofia do epitélio pigmentário da retina e do nervo óptico, além de estreitamento

dos vasos retinianos (1,15,17).

Este quadro foi inicialmente chamado de “Unilateral Wipe-out

Syndrome” e, mais tarde, substituído por “Diffuse Unilateral Subacute

Neuroretinitis (DUSN)” (17).

O diagnóstico diferencial da DUSN é vasto e pode ser dividido de

acordo com a fase de apresentação da doença. Na fase aguda, inclui:

toxoplasmose, coroidite multifocal, coroidite serpiginosa, retinite por

citomegalovírus, epiteliopatia placóide multifocal posterior aguda, síndrome dos

pontos brancos evanescentes, doença de Behçet e histoplasmose. Na fase tardia

ou crônica, o diagnóstico diferencial deve ser feito, principalmente, com retinose

pigmentaria unilateral, neuropatia óptica isquêmica, corioretinopatia traumática e

histoplasmose (1).

DUSN constitui-se uma importante causa de cegueira entre jovens

sadios de todo o Brasil. Particularmente no estado do Rio Grande do Norte,

recente análise composta de uma série de casos demonstrou a presença de

larvas de nematódeos no espaço sub-retiniano, sendo estas sugestivas, por sua

15

Page 16: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

forma e tamanho, ao Toxocara canis, Ancylostoma caninun ou Strongyloides

stercoralis .

Ainda que esta doença tenha sido descrita recentemente por Gass e

Cols., em 1978, e por Oréfice (1991) e Souza (1992), no Brasil, constatou-se a

não existência de estudos epidemiológicos (14,18-19). No entanto, há casos

diagnosticados em quase todos os estados do Brasil. Em Natal, Rio Grande do

Norte, há a ocorrência de um número crescente de casos confirmados que

justificam um estudo desta natureza.

A Toxoplasmose é causada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário de

distribuição geográfica mundial. Provoca, no ser humano, mais freqüentemente,

infecções subclínicas. Entretanto, pode causar quadros graves, especialmente em

hospedeiros imunosuprimidos. Pode levar ao aborto espontâneo e causar infecção

congênita se a contaminação da mãe ocorrer durante a gestação. O T. gondii tem

elevada prevalência sorológica em inúmeros países, podendo atingir mais de 70%

da população, porém a prevalência da doença ocular é bem menor (1).

A infecção pelo T. gondii constitui a zoonose mais difundida no mundo.

Em todos os países, grande parte da população humana e animal apresenta-se

parasitada. A prevalência varia amplamente nas diversas regiões do mundo

devido a fatores geográficos, climáticos, econômicos, referentes à idade, hábitos

alimentares, atividade profissional e outros (20).

Prêmio pelo melhor trabalho apresentado no I Congresso Brasileiro de Retina e

Vítreo (Curitiba – 1998).

16

Page 17: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

A prevalência de infecção por Toxoplasma gondii (T. Gondii) no Brasil,

na população de adultos, varia de 40% a 80%, dependendo da região estudada (20-

27).

No Brasil, por questões endêmicas, toda inflamação intra-ocular em

crianças e adultos jovens que comprometa a retina, passa obrigatoriamente pelo

diagnóstico diferencial de Toxoplasmose.

Os trabalhos de Oréfice, Silveira, Belfort e Melamed demonstraram as

diversas formas clínicas de Toxoplasmose Ocular. Hoje são conhecidas formas

congênitas de corioretinites precoces e tardias, formas adquiridas de retinites,

lesões ativas posteriores ligadas ao uso de corticóides e imunosupressores, e de

corioretinite toxoplásmica ligada ao paciente com síndrome da imunodeficiência

adquirida, além da papiloflebite retiniana de etiologia toxoplasmática (1,27-29).

Merecem atenção especial, na doença toxoplasmática ocular congênita

tardia ou recorrente, os seguintes aspectos oftalmoscópicos, quais sejam: lesões

em toda espessura da retina, levando a uma vitreíte intensa; lesão interna

pequena ou múltiplas adjacentes a cicatrizes antigas, levando à discreta vitreíte;

lesões profundas aproximadamente de um disco óptico de diâmetro, localizada na

região macular ou periferia retiniana levando ao descolamento seroso da retina;

Toxoplasmose Retiniana Punctata Externa, neste caso, a doença provoca

extensiva degeneração do epitélio pigmentário da retina (EPR) com pouco ou não

envolvimento do vítreo. As lesões toxoplasmáticas são pequenas (50 – 1000 m)

e localizadas na região macular (1,29).

Quanto ao acometimento ocular, é mundialmente aceito que o T. gondii

é a principal causa de uveíte posterior, responsável por aproximadamente 70%

17

Page 18: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

dos casos no Brasil. A pesquisa realizada por Fernandes e Oréfice (1996)

demonstra que, de um total de 7.600 casos de uveítes, 43,1% foram

diagnosticados como Toxoplasmose Ocular e, de um total de 1.955 uveítes

posteriores, 72,9% foram diagnosticadas como de origem toxoplásmica. Este

estudo caracteriza a Toxoplasmose como principal causa de uveíte posterior em

nosso meio (13). Entretanto, em estudos realizados na população geral, nota-se

que a prevalência ocular de Toxoplasmose é muito pequena em relação à

prevalência de sorologia positiva (1,27,29-30).

Apesar de a prevalência da infecção sistêmica pelo T. gondii aumentar

com a idade, a doença ocular é mais comum na primeira e segunda décadas

(1,27,30).

Os títulos de anticorpos em pacientes com Toxoplasmose Ocular não

são maiores do que os de indivíduos sem doença ocular, o que seria esperado se

o envolvimento oftalmológico ocorresse no momento da primo-infecção (31). Em

alguns locais, onde a soropositividade para Toxoplasmose é alta, a doença ocular

é rara (20,31).

Em um estudo interinstitucional realizado, em Campos dos Goytacazes

(1999), pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual do

Norte Fluminense (UENF) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foram

examinados 1.050 indivíduos e avaliados com relação à sorologia, à presença de

lesões oculares e a fatores de risco referentes à infecção pelo T. gondii. A

investigação sorológica revelou uma prevalência elevada de infecção

toxoplásmica, que foi, contudo, significativamente maior em todas as faixas etárias

18

Page 19: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

da população de baixo poder aquisitivo em comparação com a população de

médio/alto poder aquisitivo. A prevalência de lesões oculares, no entanto, parece

não diferir entre os dois grupos estudados, acometendo cerca de 10% dos

indivíduos em ambas as populações (1,30).

Por não haver estudo acerca da prevalência de parasitoses oculares no

Norte/Nordeste e poucos no Brasil - notadamente em São Paulo (32), Rio Grande

do Sul (33) e Rio de Janeiro (1) – observou-se que as características

socioeconômicas de Natal-RN contribuiriam para obtenção de um resultado, nesta

região, igual ou superior à ocorrência elevada dos estudos do Sudeste/Sul. Porém,

clinicamente, a incidência de Toxoplasmose e Toxocaríase nos parece muito

baixa, embora os exames sorológicos mostrem alta positividade para

Toxoplasmose.

Com o conhecimento do diagnóstico clínico da DUSN, o número de

casos diagnosticados vem aumentando progressivamente a cada dia no Serviço

de Oftalmologia da UFRN e na clínica privada.

Como estas parasitoses são importantes causas de cegueira uni ou

bilaterais (1,6,13,15,29), consideraram-se os hábitos de vida, aspectos epidemiológicos

e condições socioeconômicas da população, a fim de encontrar possíveis

associações entre estes fatores de risco, para obter meios de prevenir os efeitos

danosos dessas doenças à visão.

Tendo em vista os aspectos acima abordados, esta pesquisa teve como

objetivo estimar a prevalência de infecção por T. gondii e Toxoplasmose Ocular na

população de escolares da cidade de Natal-RN e medir a associação entre fatores

19

Page 20: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

de risco demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos. Além disso, estimar a

prevalência de Toxocaríase Ocular nesta mesma população e estudar a

incidência, alterações oculares e resultados do tratamento para DUSN em

pacientes atendidos no Hospital Universitário Onofre Lopes e Prontoclínica de

Olhos, em Natal-RN.

20

Page 21: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ELO ENTRE A INTRODUÇÃO E A MOTIVAÇÃO QUE GEROU O

PROJETO E SUA RESPECTIVA PUBLICAÇÃO

As primeiras descrições de um estudo epidemiológico remontam ao ano

de 430 a.C. por Tucídides, personagem sobrevivente da peste que atingiu Atenas:

“a doença nunca atacava o mesmo homem duas vezes – pelo menos não

fatalmente”. As observações e condutas realizadas pela Igreja nos séculos VI e

VII, e que alcançaram o ápice nos séculos XII e XIV, em relação às epidemias de

lepra na Europa, já identificavam que o contágio e o isolamento eram necessários

para evitar a transmissão (34). Somente no século XIX, com o trabalho de Jonh

Snow (publicado em 1849, na Inglaterra) sobre a maneira de transmissão do

cólera, marcou o surgimento da Epidemiologia. Snow utilizou um conjunto de

técnicas de análise, construção e comparação de indicadores de morbidade e

mortalidade em grupos populacionais, além de elaborar desenhos de estudo

caracterizados como modelos exemplares do surgimento do chamado MÉTODO

EPIDEMIOLÓGICO (35).

Através de suas investigações, Snow chegou à conclusão de que,

saindo do corpo por meio das fezes, o veneno do cólera contaminava mãos,

objetos, roupas e também misturava-se à água, sendo através da água que o

cólera ultrapassava as habitações aglomeradas das pessoas de pouco recurso.

Já no século XX, quando foi descrita pela primeira vez a Toxoplasmose,

100 anos se passaram para que estudos epidemiológicos bem delineados

mostrassem que a água é também um veículo importante de transmissão da

Toxoplasmose Sistêmica e Ocular.

21

Page 22: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Frost define a disciplina de Epidemiologia como o estudo das doenças

que são fenômeno de massa em determinado tempo e espaço. A evolução da

Epidemiologia no século XIX deveu-se, principalmente, à incorporação de

métodos estatísticos para análise de dados relacionados às doenças. Naquela

época, utilizando a estatística, foi possível mostrar que, banindo a pobreza,

poderia ser reduzida a morbidade e a mortalidade de determinadas doenças (34).

Já que a pobreza persiste, as condições socioeconômicas são fatores

determinantes da ocorrência de doenças como, por exemplo, a Toxoplasmose.

Com o controle dos grandes flagelos das doenças contagiosas nos

países desenvolvidos, surgiu a predominância emergente das doenças crônicas

de causas desconhecidas, havendo necessidade de ser reconsiderado para

estudo o ambiente físico e social. A Epidemiologia predominante de nossos dias

traduz o esforço de entender e controlar as novas epidemias de doenças crônicas.

Os clássicos estudos epidemiológicos sobre a relação entre fumo x câncer de

pulmão, fumo x colesterol x doença coronariana demonstraram o poder do método

observacional, bem como levaram a compreender a necessidade do instrumental

estatístico e das vantagens decorrentes da utilização de grandes amostras. Um

exemplo clássico na Oftalmologia foi o estudo que mostrou a utilização do

oxigênio como fator de risco para o desenvolvimento da retinopatia da

prematuridade.

Atualmente, o planejamento estratégico de intervenções pública e

privada em saúde é baseado nos resultados de estudos epidemiológicos

realizados por instituições de pesquisa, com a finalidade de prevenir e garantir o

bem-estar da população.

22

Page 23: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

A Oftalmologia Brasileira tem participado ativamente destas

intervenções em vários programas de prevenção à cegueira realizados

anualmente. No entanto, ao nosso ver, o Ministério da Saúde e as Secretarias

Estaduais de Saúde não estão alcançando o valor inestimável que estas

campanhas preventivas poderiam determinar para reduzir o número de deficientes

visuais e os decorrentes custos socioeconômicos para a sociedade.

Estudos epidemiológicos de prevalência e incidência bem delineados

devem ser planejados para que a Oftalmologia Brasileira possa ter meios de

demonstrar aos órgãos governamentais os reais problemas de saúde ocular, bem

como auxiliar no planejamento e execução de políticas de prevenção e resolução

destas questões que afetam considerável parcela da população, principalmente, a

de menor poder aquisitivo.

Quantos são os cegos no Brasil que têm como causa as parasitoses

oculares e, por que não, todas as outras doenças que levam à cegueira ou a um

déficit visual definitivo? Que avaliação social é feita pelos órgãos de Saúde

Pública das conseqüências destes problemas?

Com o poder multidisciplinar da Oftalmologia, da Epidemiologia e da

Estatística, a busca de soluções para estas questões pode ser alcançada.

Há vários anos, éramos interrogados pelos Professores Titulares

Fernando Oréfice e Rubens Belford Júnior (Universidade Federal de Minas Gerais

e Universidade Federal de São Paulo, respectivamente) a respeito da prevalência

e incidência de Toxoplasmose, Toxocaríase e DUSN em Natal-RN, durante cursos

ministrados na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Devido à falta de

conhecimento epidemiológico para explicar, em nosso entendimento clínico, o

23

Page 24: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

baixo número de casos de Toxoplasmose em atividade, justificávamos que a

população de baixo poder aquisitivo não comia carne bovina, sabidamente um dos

fatores de risco para infecção por T. gondii e Toxoplasmose Ocular.

A partir de 1992, quando diagnosticamos o primeiro caso de DUSN no

Serviço de Oftalmologia da UFRN e o número crescente de casos nos últimos 10

anos, tornou-se imperativo um estudo epidemiológico. Do mesmo modo, em

relação à Toxocaríase Ocular, poucos são os estudos epidemiológicos no Brasil

que demonstram a prevalência em nosso meio.

Para responder às nossas interrogações, foi realizado um estudo

envolvendo diversas fases (planejamento de campo, exame oftalmológico,

aplicação de questionário, coleta de sangue para sorologia e hemograma,

consolidação de dados, análise estatística e dissertação de manuscritos) para

estimar a prevalência das parasitoses oculares na população de escolares da

cidade de Natal-RN, associando-a aos fatores de risco demográficos,

epidemiológicos e socioeconômicos.

Devido ao grande interesse quanto ao estudo da DUSN, achamos

pertinente aprofundar a pesquisa, fazendo um estudo simultâneo de incidência,

iniciado em janeiro de 2001 e concluído em janeiro de 2003, objetivando avaliar as

alterações oculares, o número de casos em que foram encontrados larvas vivas,

os fatores de risco e o resultado do tratamento utilizando a fotocoagulação com

laser, com a finalidade de destruir a larva, e analisar o resultado visual final.

A infecção por T. gondii e Toxoplasmose Ocular - parasitose

considerada mais importante do ponto de vista epidemiológico, devido a sua

magnitude - se constituiu o principal estudo desta pesquisa. Estudou-se sua

24

Page 25: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

prevalência e a associação com fatores de risco para esta enfermidade. O

trabalho foi enviado para publicação e aceito com revisão no periódico Ophthalmic

Epidemiology, intitulado Socio-economic Conditions: determining factors in the

prevalence of Toxoplasma gondii infection and Ocular Toxoplasmosis in

Northeastern Brazil.

Como durante a pesquisa foi realizado exame oftalmológico em que se

observaram desde erros refrativos, análise da musculatura ocular extrínseca,

alterações do segmento anterior do globo ocular e anexos, além de alterações

fundoscópicas, as variáveis da pesquisa se multiplicaram. Assim, foram

desenvolvidos inúmeros estudos e incluídos em Bases de Pesquisa da UFRN,

enumerados abaixo:

1. Estudo dos achados fundoscópicos em escolares de Natal-RN;

2. Estudo dos Erros Refrativos em escolares de Natal-RN;

3. Estudo da prevalência de Estrabismo na população de escolares de

Natal-RN;

4. Estudo da prevalência de Ambliopia na população de escolares de

Natal-RN;

5. Estudo da prevalência de Anisometropia na população de escolares

de Natal-RN;

6. Estudo da relação dos erros refrativos e condições socioeconômicas

na população de escolares de Natal-RN;

7. Estudo das alterações biomicroscópicas do segmento anterior e

anexos na população de escolares de Natal-RN.

25

Page 26: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ARTIGO

Socio-economic Conditions: determining factors in the

prevalence of Toxoplasma gondii infection and Ocular

Toxoplasmosis in Northeastern Brazil.

Authors:

Carlos Alexandre de Amorim Garcia1

Fernando Oréfice2

Clélia de Oliveira Lyra3

Alexandre Bezerra Gomes4

Mardone França5

Carlos Alexandre de Amorim Garcia Filho6

Natal/RN

2003

1 Professor Ophtalmology, Federal University of Rio Grande do Norte. Rua Ceará Mirim, 316 – Tirol,Natal/RN/Brazil – tel: 84-211-5888 – [email protected].

2 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais.

3 Assistant Professor of Nutrition/Epidemiology, Federal University of Rio Grande do Norte.

4 Resident in Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte.

5 Professor Statistics, Federal University of Rio Grande do Norte.

6Medical student on scholarship at Federal University of Rio Grande do Norte.

26

Page 27: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

OBJECTIVE: To determine the prevalence of Toxoplasma gondii (T. gondii)

infection and Ocular Toxoplasmosis among 1024 students in the City of Natal,

Northeastern Brazil and correlate it with demographic, socio-economic and

epidemiological risk factors. METHODS: The study population was randomly

selected, asked to fill out a questionnaire, provide a blood sample for IgG and IgM

(MEIA) serology, hemogram and undergo an eye examination. RESULTS: The

seroprevalence for IgG was 46% (Confidence Interval 95% = 42.9-49.2%), and for

IgM was 1.4% (CI 95% = 0.8-2.4%). The ocular lesion prevalence was 1.15% (CI

95% = 0.6 – 2.0%). Socio-economic conditions were determinants in the

prevalence of T. godii infection and ocular toxoplasmosis, in the univaried

analyses, confirmed by multivaried analysis (mother’s scholarity = literacy/OR = 2.9

and p < 0.001) CONCLUSIONS: T. gondii infection prevalence, although high, was

less than that found in studies performed in the South and Southeast of Brazil and

the ocular lesion was totally discrepant, varying from 5 to 17 times less. Although

important epidemiological variables such as: owning a cat, drinking unfiltered

water, having contact with lakes or rivers have shown a correlation in the

preliminary analysis, they lost their influence when included in the logistic model.

However, subsequent studies must be undertaken to identify the reasons for these

findings, by defining types of T. gondii strains encountered in different regions of

the country and sources of water utilized by these populations.

Keywords: Toxoplasmosis, prevalence, socio-economic, risk factors, Ocular

Toxoplasmosis.

27

Page 28: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

INTRODUCTION

Toxoplasmosis is a cosmopolitan zoonosis caused by the protozoal

parasite Toxoplasma gondii (T. gondii). In humans, it causes most frequently, sub-

clinical infections (or cold complaints). However it can lead to serious conditions,

especially in immunosuppressed hosts. It can cause miscarriage and congenital

infection if contamination occurs during pregnancy. In healthy adults, extra-ocular

infection does not generally have serious consequences. Toxoplasmic

retinochoroiditis can have grave effects, including total loss of vision 1-2.

T. gondii was first observed by Alfonso Splendore in Brazil in 1908 3 in

laboratory rabbits and at the same time by Charles Nicolle and Louis Manceaux 4,

in Tunis. Toxoplasmosis was confirmed as a cause of ocular disease in Brazil by

detection in a human eye by Melamed 5 in 1983.

The reported prevalence among the general population elsewhere in the

world varies from 0% in Eskimos to 94% in Costa Ricans and Guatemalans 6-7. In

Brazil, the prevalence of positive serology varies from 41.9% to 74,8% 8-14.

The presence of anti-T.gondii antibodies in different populations of the

world, differs according to socio-economic factors, age and geographical area. The

prevalence is greater in tropical areas, relatively low in hot and arid areas, as well

as in cold areas, such as Norway 15.

Most T. gondii infections in humans occur from eating raw or

undercooked meat containing T. gondii tissue cysts, or eating food that has been

cross-contaminated with raw/undercooked meat, by ingesting oocysts from the soil,

or by acquiring congenital infection through the placenta 2.

28

Page 29: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Epidemiological studies have identified some risk factors for T. gondii.

Societies which consume high levels of raw or undercooked meat or meat by-

products, regions lacking basic sanitation and with high number of inhabitants per

household present greater infection rates 9, 14-17. Other risk factors include: living

with cats, cleaning out the cat litter box 9, 17- 19, having contact with soil 20-21, eating

raw or unwashed vegetables or fruit and having poor hand hygiene 9, 22. Besides

this, having contact with lake or river water and drinking unfiltered water are risk

factors which are currently being investigated as the principal sources of

toxoplasmosis transmission. 8, 23-26.

Ocular toxoplasmosis can be congenital or acquired. The congenital

ocular form may be present at birth or appear months or even years afterwards.

The acquired form may be concomitant, when it occurs along with systemic

disease, and later, when there is a variable time lag between systemic and ocular

disease 27-29.

According to Oréfice 1, two types of retinal lesions can be clinically

observed in ocular toxoplasmosis: active or cicatricial. The active form begins as

necrosing retinitis, able to reach other neighboring structures. Reactivation of

ocular lesions near or adjoining cicatricial lesions may occur. These are called

satellite lesions, and are the gold standard of toxoplasmosis 30.

It is universally accepted that ocular toxoplasmosis is the principal cause

of posterior uveitis and, in Brazil, is responsible for approximately 70% of the

cases. Fernandes and Oréfice observed that of a total of 7680 uveitis cases,

43.1% were diagnosed as ocular toxoplasmosis. And of a total of 1955 posterior

uveitis cases, 72.9% were diagnosed as toxoplasmasmic in origin 31. Garcia et al.32

29

Page 30: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

in Natal/RN, found a occurence of 54.9% ocular lesion by toxoplasmosis in

posterior uveitis patients.

In studies performed in Brazil, the prevalence of ocular toxoplasmosis in

random population samples varied from 4.7% to 17.7%, much less in relation to the

prevalence of positive serology 1. In Maryland (USA), a prevalence of 0.6% was

observed 33.

Considering the high prevalence of T. gondii infection and ocular

toxoplasmosis in the South and Southeast regions of Brazil reported in the

literature, the objective of this study is to estimate the prevalence of T. gondii

infection and ocular toxoplasmosis in a student population, from 5 to 21 years, in

the northeastern city of Natal, verifying the possible associations with

demographic, socio-economic and epidemiologic risk factors.

MATERIAL AND METHODS

Study Area

Natal, capital of Rio Grande do Norte State, has a population of

700,000, and lies on the northeast coast of Brazil. The Potengi river divides the city

into two zones: the North, where approximately 250,000 people live and the South,

with 450,000 inhabitants. Its climate is tropical, with temperatures varying between

25 ºC and 30 ºC, and is situated at sea level. Only 92% of residents receive treated

water and of these, 15% are connected to the sewerage system. Approximately

80% of residences have septic tanks and 5% have open sewers.

30

Page 31: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

The city is divided into four sanitation districts: North, South, East and

West. The West and North districts are considered to have the worst sanitary and

socio-economic conditions, however, the other districts also have pockets of

poverty.

Study population

The study population was composed of students between 5 and 21

years, enrolled in public and private schools in Natal, in 2001, at the primary or

secondary level.

Four sample populations, which correspond to the four sanitation

districts that divide the city of Natal, were considered for purposes of the

methodological model.

The population size was 196.116 pupils, distributed by district and type

of institution. The methodological procedure for sample selection constituted

multiple stages: determining general sample size and random selection of the

schools and pupils.

The sample size was determined from parameters obtained by simple

random sample method for proportion, with 3% error, expected prevalence of 50%

(as there is no a priori information regarding this, maximum variance was used),

and confidence interval (CI) of 95%.

The calculated sample size was 1100 pupils, distributed proportionally

throughout the 341 schools in all four districts, in such a way as to establish the

number of pupils that should be examined in each of the districts. Subsequently,

the number of schools to be selected from each district was determined. Of 341

schools, 79 were chosen to make up the sample, according to the nature of the

31

Page 32: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

institution (public and private), its level (elementary and secondary), and study

period (morning, afternoon and evening), by proportional probability of size method

(PPS), by means of a Delphi language software. Once the school was selected,

and classes per study period randomly drawn, students were then drawn from the

class attendance sheet, obeying the proportionality observed in the population, and

sent to the Ophthalmology Department, Onofre Lopes University Hospital (HUOL),

Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). The protocole of the study was

submitted to and approved by the UFRN Ethics Commission, number 18/01. All

pupils were examined after submission of a consent form signed by their parents or

guardians.

Questionnaire

The pupils’ examinations were conducted between March and May of

2001. To evaluate risk factors, an adapted questionnaire of 68 questions from a

prevalence study was utilized to demonstrate known sources of T. gondii infection

23. The variables studied were categorized and divided into three groups: a)

Demographic: age, sex, race, address, birth place, district of residence, type of

school, study period; b) Socio-economic: number of residents, rooms and

bathrooms, whether the residence had a computer, refrigerator, automobile,

television and videocassette player; scholarity and parents’ occupation; c)

Epidemiological: if there were dogs or cats in the domicile, contact with dogs or

cats in the neighborhood, contact with other animals, lifestyle, such as: handling

soil, going barefoot, going to the beach or farm, contact with rivers or lakes,

drinking untreated or unfiltered water, eating raw or undercooked meat, where

32

Page 33: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

meat, milk, eggs, fruit and vegetables were purchased, if the residence had indoor

plumbing, type of sewage disposal and pre-existing diseases.

Ocular Examination

After filling out the questionnaire, the students underwent an

ophthalmologic examination at the HUOL ophthalmology services facility. The

examination consisted of: clinical history, best corrected visual acuity, using

Snellen chart, ocular motility and adnexas examination, anterior segment

biomicroscopy, and aplanation tonometry, with a Goldman tonometer. A drop of

1% tropicamide and 1% cyclopentholate was instilled and 40 minutes later

refraction, indirect binocular ophthalmoscopy, biomicroscopy with a 78 diopter lens

or three-mirror Goldman lens were performed by two retina specialists. Students

who presented chorioretinitis lesions, had these photographed with a Canon

retinograph, using OIS digital imaging system in order to classify the lesions.

According to Oréfice 1 the cicatricial ocular lesions were classified as:

*Type I: lesions with well-marked borders, generally circled by a

pigmentary halo and characterized by substantial retinal and choroidal destruction,

lesions with an atrophic central area with little or no pigmentation, and lesions with

typical macular “cartwheel” scar.

*Type II: lesions characterized by a central area typically

hyperpigmented and surrounded by a hypopigmented halo. These lesions present

a lesser degree of tissue destruction than type I.

*Type III: lesions defined as areas of pigmentary epithelium hyperplasia

(EPR) or with less tissue destruction than type I and II lesions. Both lesions I and II

fulfill all the morphological criteria of probability of being caused by T. gondii

33

Page 34: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

infection. On the other hand, the clinical presentation of type III lesions places them

among a group of uncertain etiology.

Fundus photograghs were analyzed by Oréfice and collaborators.

Serologic and Hemogram Tests

After the ophthalmologic examination, 10 ml of blood was collected from

a peripheral vein utilizing a tube containing anticoagulant (tetra acetic diamine

ethylene) for the hemogram and another tube without anticoagulant for the

serologic tests. The hemogram was performed in an automatic hematologic

analyzer, Cell-Dyn SL (Abbot) following manufacturer’s instructions.

Serum samples were examined in the HUOL laboratory using the

Axsym method from Abbott for toxo-G and toxo-M (microparticle immunoassay –

MEIA- to determine IgG and IgM antibodies for T. gondii in serum or human

plasma). Sensibility for this test for IgG is 99.7% (CI 98.8 - 100%) and specificity,

99.1% (CI 98.2 - 99.6%), while for IgM, sensibility is 96.3% (CI 92.1 – 98.6%) and

specificity, 99.8% (CI 99.3 – 100%). Tests were performed and a cut-off of 3 IU for

positive serology IgG and 0.6 for IgM was utilized, strictly adhering to

manufacturer’s instructions.

Reproductibilty Test

All serum samples were refrozen after serologic testing and a

reproductibilty test was performed in 77 randomly selected cases 15 days after

conclusion of the study, for IgG serology, and in 10 cases for IgM serology.

Statistical Analysis

34

Page 35: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

The data bank was organized in the EPI-INFO program, version 6.04 34,

in which pre-codification of the study variables and information editing were

performed. Data was entered twice to minimize the possibility of error.

For this study, frequency distribution, Chi-square, Odds Ratio and

logistic model adjustment was utilized to detect co-variables (risk factors), with

greater influence in relation to toxoplasmosis prevalence in the study population.

Odds Ratio association measurement was opted for instead of Prevalence Ratio,

to enable answer comparison with the regression model. Chi-square for linear

tendency was performed in relation to parents variable scholarity.

The significant variables for the occurrence of positive IgG serology

were selected for the final multivaried model, in which logistic regression was done,

adjusting for all included variables and calculating Odds Ratio as risk estimates,

with confidence interval of 95%, using SPSS statistics package for windows,

version 10.0 35. The model was adjusted for the 802 cases which contained

information relative to variables included in it. Pearson Correlation was performed

for reproductibility analysis.

RESULTS

From the 1100 student sample, 1024 appeared for the study. Of these,

990 underwent toxoplasmosis serology and 31 were excluded for being outside the

age range of interest. Of 959 toxoplasmosis IgG serology cases, 441 (46%; CI 42.9

– 49.2%) were positive and 518 (54%; CI 50.8 – 57.2%) negative. For IgM, 13

(1.4%; CI 0.8 – 2.4%) were positive and 946 (98.6%; CI 97.6 – 99.2%) negative.

35

Page 36: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

The reproductibility test was R = 0.91 (p < 0.001) for IgG and R = 0.89 (p < 0,001)

for IgM.

Table 1 demonstrates toxoplasmosis prevalence associated to age

group, residing district, type of school and study period. It was determined that

toxoplasmosis prevalence increased from 36.5% in the 5 to 10 year age group, and

to 48.4% in the up to 21 years age group (p = 0.009). In relation to race, it was

observed that the greatest toxoplasmosis prevalence (58.0%) was registered

among the blacks and the least among the whites (p = 0.009). As to residing

district, it was found that the prevalence varied from 32.0% in the South District to

58.7% in the West (OR = 3.02). Analysis by school type showed a higher

toxoplasmosis among students in the public system (49.1%) than those of the

private (27.9%), with significant association (p < 0.001). In relation to study period,

prevalence was similar between those who studied in the morning and the

afternoon (43.0% and 45.9% respectively), however this percentage was much

higher (66.7%) for those who studied in the evening. There was no stastistical

difference between sexes. However, women 15 years or older presented 51.0%

susceptibility of acquiring T. gondii infection (data not shown in table).

The prevalence of toxoplasmosis, according to socio-economic

characteristics shown in table 2, was higher among students whose residences

had more than 4 inhabitants than those who had 1 to 4 (OR = 1.37; CI 1.05 –

1.78). The relation between number of rooms and serology demonstrated that

toxoplasmosis prevalence was higher among students who had from 1 to 4 rooms

in their homes than those who had 5 or more (OR = 1.46; CI 1.08 – 1.95). As to

number of bathrooms, there was a higher percentage of positive serology among

36

Page 37: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

those whose residences contained up to 1 bathroom (49.7%) than those who had 2

or more (36.8%) and there is also a significant association between the two

variables (OR = 1.69; CI = 1.27 – 2.26). In relation to absence of a computer in the

home (48.5%), automobile (50.2%) or videocassette player (51.4%), toxoplasmosis

prevalence was higher among those who did not own these items than those who

did (p < 0,001). Among the economic variables, not owning a refrigerator or

television set were significant risk factors for having positive serology (OR = 2.26;

CI = 1.13 – 4.53; OR = 3.20; CI = 1.24 – 8.46; respectively). Lower parent

scholarity increased toxoplasmosis prevalence (mother: 2 for linear tendency =

39.5, p-value < 0.001; father: 2 for linear tendency = 32.5, p-value < 0.001).

Among variables selected as epidemiological characteristics (table 3) ,

contact with rivers or lakes (OR = 1.31; CI = 1.01 – 1.70), owning a cat (OR = 1.47;

CI = 1.13 – 1.92), going barefoot (OR = 1.33; CI = 1.03 – 1.72), drinking untreated

water (OR = 1.46; CI = 1.01 – 2.11), purchasing meat (OR = 1.50; CI = 1.14 –

1.98) and vegetables (OR = 1.35; CI = 1.03 – 1.76) in open-air markets and

residing in houses with open sewers (OR = 2.91; CI = 1.46 – 5.86) were found to

be risk factors for positive serology. As to hemogram, the number of eosinophiles

greater than 5% was the only variable that demonstrated a significant statistical

relation with serology (OR = 1.74; CI = 1.33 – 2.27).

In Table 4, the variables included in the logistic model from the bivaried

analysis and the variables selected at 15.0% significance level for the final model

are presented with estimates, significance of each category and odds ratio values.

They were: age group, mother’s scholarity, type of sewerage system, residing

district, percentage of eosinophiles and the presence of cats in the domicile.

37

Page 38: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Except for the cat-in-domicile variable, the others were significant at the 5% level.

The estimates of parameters, of p and OR values showed that the probability of

positive serology for toxoplasmosis increases with age, students with eosinophile

greater or equal to 5%, as the mother’s scholarity level decreases, is higher among

students whose residences have open sewers, highest among residents of the

West District, followed by residents in the East and lowest among residents in the

South . There was no significant difference between absolute and adjusted ORs for

all variables, except for residing district, which diminished the risk (West, OR

absolute = 3.02; p < 0.001, and OR adjusted =2.0; p = 0.003). The resulting model

was significant, according to Verisimilitude Ratio statistical results, whose value

was p < 0.001 for toxoplasmosis occurrence.

Of 13 students who presented positive serology for IgM, 11 (84.6%)

were females, 9 (69.2%) resided in the North and West Districts, 8 (61.5%) of their

mothers had low scholarity level (elementary incomplete), 12 (92.3%) did not own

a computer and 12 (92.3%) did not consume raw meat. All the students with

positive serology for IgM were also positive for IgG and studied in public schools

(table 5).

The prevalence of ocular lesions due toxoplasmosis was 1.15% (n = 11;

CI = 95% , 0.6 – 2.0%), 6 students presenting only type II lesions, one with type III

and four with type II and III. Only one student had type II lesion in both eyes and

visual acuity of 20/20. Only two students presented visual acuity of 20/200 or

worse in the affected eye. The average age was 14.4 years. The majority had no

contact with cats (7 students of 11) and studied in public schools (9 of 11). All of

38

Page 39: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

the parents had low scholarity levels and treated water in their residences. In

relation to serology, all were negative for IgM and 9 had positive serology for IgG.

DISCUSSION

The presence of positive serology for toxoplasmosis observed, was

found to be similar to that reported in the majority of the other countries. Notably,

however, a lower prevalence was observed when comparing these data to those of

national studies (figure 1). This could be due to the fact that these studies were

concentrated in the South/Southeast regions of the country, where the population

habitually eats undercooked meat (one of the risk factors for toxoplasmosis), and

also because of the relation with the selected age group for the study 18,36-37.

In a study conducted in Natal by Araújo et al.13, the soroprevalence in

blood donors was 80%, contrasting with findings of this study. This likely occurred

because the population consisted of adults, and because sanitary and living

conditions were more precarious at the time.

Concomitant with other publications, this study showed higher positive

serology with age. However, it is important to note that 51.0% of the women of

child-bearing age were susceptible to acute infection by toxoplasmosis during

pregnancy, different from the findings of Jones et al. 2, who found an 85.0% risk in

American women. For this reason, it is important that women of child-bearing age,

and especially pregnant ones, be urged to undergo serology during prenatal.

Different from Jones et al. 2, there was a significant difference in positive

serology among the black students, possibly due to the socio-economic conditions

of this group in Brazil.

39

Page 40: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

The socio-economic findings were strongly associated to positive

serology for toxoplasmosis, consistent with other studies 17,44-45. Residing in the

West district (the poorest of the city), studying in public schools, where family

income is usually very low, studying in the evening, due to the necessity of

working during the day and poor socio-economic conditions, as well as residences

with the poorest living conditions and fewest domestic appliances, were socio-

economic factors which increased the risk of toxoplasmosis infection. The parents’

scholarity level had a strong influence on positive seroprevalence: the lesser the

parents’ scholarity, the higher was the probability of acquiring the infection, in

contrast to the Jones et al. 2 study.

Aramine et al, in 1999, found that domestic cats contaminated water

reservoirs with T. gondii oocytes 26. The results of bivaried analysis indicated

higher ORs in students who had contact with lakes or rivers and drank untreated

water. In studies performed in Taiwan, in 2002 24 and the Dominican Republic, in

1987 25, a relation between consuming untreated water and toxoplasmosis

seroprevalence was observed. In Brazil, Bahia-Oliveira et al. 23 confirmed this

association, verifying that individuals who drank untreated water presented almost

three times as much probability of acquiring toxoplasmosis.

Different from other studies 18, 36-37, the habit of consuming raw meat

was not associated with positive seroprevalence. Another finding was the positive

association of those who bought meat and vegetables in open-air markets, since

these establishments do not offer adequate hygienic conditions for their products.

Several studies have reported the association between toxoplasmosis

and the presence of cats in the domicile 9,17,36,42. Despite this association not

40

Page 41: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

having presented itself as positive in multiple logistic regression, there was a 47%

greater probability in bivaried analysis in relation to those who did not own a cat,

confirming the important role that these animals play in the epidemiology of the

disease.

Anderson et al. 46 suggest that eosinophilia may serve as an early

diagnostic marker for toxoplasmosis. It should be pointed out that eosinophilia was

the only hemogram variable which showed an association (positive) for

toxoplasmosis: the greater the percentage of eosinophiles, the greater the

prevalence, contrasting with the results obtained by Hakim et al. 47 and Rocha et

al. 48. This fact deserves further study, since feces parasitology was not done to

confirm a high prevalence of verminosis, which is a common cause of eosinophilia.

Positive serology for IgM relative to toxoplasmosis confirms recent

infection and in pregnant women becomes the principal risk factor for developing

congenital toxoplasmosis (cerebral and ocular) or miscarriage during the first three

months of pregnancy 49. In this study, IgM seroprevalence was 1.3%, higher than

that encountered by Cantos et al. 11, conducted in Santa Catarina (Brazil), which

was 0.87% and less than that observed in Libreville, Gabon (19%) 39 and in Cuba

(3.28%) 40. All 608 students tested for IgM serology for toxoplasmosis by Souza et

al. 10 in Rio de Janeiro, Brazil were negative, contrasting with the findings

presented in this study.

This was the first study for ocular toxoplasmosis (OT) prevalence

conducted in the Northeast region of Brazil. The prevalence of ocular

toxoplasmosis encountered was similar to that of the study in Maryland (USA) 33

and totally discordant with the prevalence observed in studies performed in the

41

Page 42: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

South and Southeast of Brazil, by Glasner et al. 50, who verified 17.7%; Abreu et

al.51, 11.2%, and Oréfice1, 10%. However, it should be noted that, although positive

serology prevalence for IgG was high (46%), toxoplasmosis occurrence for this

specific population of students up to 21 years was low (1.15%). Ocular lesions type

II and III were found in only 11 cases, different from the study of Glasner et al. 50

who encountered 128 cases out of a total of 184, of type I lesion, considered to be

the classic toxoplasmosis ocular lesion. It was determined that no directly

proportional relation to T. gondii infection and ocular toxoplasmosis prevalence

exists when this study (IgG = 46% and OT = 1.15%) is compared to that of Silveira

14 (IgG = 75% and OT = 17.7%). Of 11 cases with ocular lesions suggestive of

toxoplasmosis, 2 presented negative serology, which corroborates other studies 14,

52 (personal communication * )6 . Different from Glasner et al. 50, a significant association

between socio-economic conditions and ocular toxoplasmosis prevalence was

found (p < 0.001).

On the basis of the findings, it can be stated that the T. gondii infection

prevalence, although considered high, was lower than that encountered in studies

performed in the South and Southeast of Brazil. Positive serology prevalences for

IgG, IgM toxoplasmosis and ocular lesions were strongly associated to socio-

economic conditions. Although important epidemiological variables such as:

owning a cat, drinking untreated water and having contact with rivers or lakes

showed a relation in preliminary analysis, they lost their influence when included in

the logistic model. It is surprising that the prevalence of ocular toxoplasmosis has

been so different from that found in studies in the South and Southeast of Brazil. It

6 * Oréfice F, 2003 – Comunicação Pessoal

42

Page 43: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

is suggested that other studies be conducted to identify the reason for this

discrepancy, by identifying the types of T. gondii strains encountered in different

regions of Brazil and the sources of water utilized by these populations.

REFERENCES

1. Oréfice F. Uveíte: Clínica & Cirúrgica: Atlas e Texto. Rio de Janeiro: Cultura

Médica; 2000.

2. Jones JL, Kruszon-Moran D, Wilson M, McQuillan G, Navin T, McAuley JB.

Toxoplasma gondii infection in the United States: seroprevalence and risk

factors. Am J Epidemiol 2001; 154(4): 357-65.

3. Splendore A. Un Nuovo protozoo parassita de’Conigli-Incontrato nelle lesioni

anatomiche d’una mallattia che ricorda in molti punti il Kla-Azar dell’uomo. Rev

Soc Sci São Paulo 1908; 3: 109-12.

4. Nicolle C, Manceaux L. Sur une Infection a corps de Leishman (ou du

organismes voisins) du gondii. Comptes Rendus Acad Sci 1908; 147: 763-6.

5. Melamed J, Fortes Filho JB. Retinocoroidite toxoplasmática. Simpósio

Internacional de Retina e Vítreo. Porto Alegre; 1983.

6. Gibson GL, Coleman N. The prevalence of toxoplasma antibodies in

Guatemala and Costa Rica. Am J Trop Med Hyg 1958; 7: 334-338.

7. Feldman HA. Epidemiology of Toxoplasma infection. Epidemiol Rev 1982; 4:

204-213.

8. Coura AJR, Willcox HPF, Albuquerque BC, Lorenzi AG, Barroso DE, Lalama

EME, Gonçalves EGR, Guerra JAO, Marin MAV, Sá Neto RP. Aspectos

Epidemiológicos, sociais e sanitários em áreas do Médio Solimões I - Estudo

43

Page 44: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

das localidades de São Francisco do Laranjal, Aranaí e São Lázaro do

Surubim, município de Coari, Amazonas. Acad Nac Med 1993; 153 (3): 122-

126.

9. Rey LC, Ramalho IL. Seroprevalence of toxoplasmosis in Fortaleza-Ceará,

Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo 1999; 41(3): 171-4.

10. Souza WJ, Coutinho SG, Lopes CWG, Santos CS, Neves NM, Cruz AM.

Epidemiological aspects of toxoplasmosis in schoolchildren residing in localities

with urban or rural characteristics within the city of Rio de Janeiro, Brazil. Mem

Inst Oswaldo Cruz 1987; 82(4): 475-82.

11. Cantos GA, Prando MD, Siqueira MV, Teixeira RM. Toxoplasmose: ocorrência

de anticorpos anti-Toxoplasma gondii e diagnóstico. Rev Inst Ciênci Saúde

1999; 17 (1): 7-14.

12. Garcia JL, Navarro IT, Ogawa L, Oliveira RC, Garcia SMF, Leite J.

Seroepidemiology of toxoplasmosis and ocular evaluation by Amsler grid in

patients from the rural area treated at the Jaguapita county health center,

Parana State, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 1999; 32 (6): 671-6.

13. Araújo IF, Sant’anna B, Hyakutake S. Prevalência de Anticorpos anti-

toxoplasma Gondii em doadores de sangue de Natal (RN). Rev Farm Bioqim

Univ S. Paulo 1975; 13 (2): 417 – 25.

14. Silveira CAM. Toxoplasmose: Dúvidas e Controvérsias. Erechim/RS: Editora

FAPES; 2000.

15. Jenum PA, Kapperud G, Stray-Pedersen B, Melby KK, Eskild A, Eng J.

Prevalence of Toxoplasma gondii specific immunoglobulin G antibodies among

pregnant women in Norway. Epidemiol Infect 1998; 120: 87-92.

44

Page 45: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

16. Amato Neto V, Medeiros EAS, Levi GC, Duarte MIS. Toxoplasmose. São

Paulo: Sarvier; 1995.

17. Díaz-Suárez O, Parra AM, Araujo-Fernández M. Seroepidemiology of

toxoplasmosis in a marginal community of the Municipality of Maracaibo, Zulia

State, Venezuela. Invest Clin 2001; 42(2): 107-21.

18. Lihoshi N, Gianella A. Toxoplasmosis en un grupo de estudiantes de Santa

Cruz de la Sierra. Bol Cientif de CENETROP 1997; XVI: 46-8.

19. Chacin-Bonilla L, Sanchez-Chavez Y, Monsalve F, Estevez J.

Seroepidemiology of toxoplasmosis in Amerindians from Western Venezuela.

Am J Trop Med Hyg 2001; 65(2): 131-5.

20. Cook AJ, Gilbert RE, Buffolano W. Sources of toxoplasma infection in pregnant

women: European multicentre case-control study. European Research Network

on Congenital Toxoplasmosis. BMJ 2000; 321: 142 – 7.

21. Sanchez RM, Sanchez RM, Hernandez MS, Carvajales AF. Aspectos

seroepidemiologicos de la Toxoplasmosis en 2 Municipios De La Provincia De

Ciego De Avila. Septiembre 1985. Rev Cubana Medicina Tropical 1989; 41(2):

214-225.

22. Baril L., Ancelle T, Goulet V. Risk factors for toxoplasma infection in

pregnancy: a case-control study in France. Scand J Infect Dis 1999; 31:305-9.

23. Bahia-Oliveira LMG, Jones JL, Azevedo-Silva J, Alves CCF, Oréfice F, Addiss

DG. Highly Endemic, Waterborne Toxoplasmosis in North Rio de Janeiro State,

Brazil. Emerg Infect Dis 2003; 9(1): 55-62.

45

Page 46: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

24. Chia-Kwung F, Kua-Eyre S, Gin-Hui Wu, Hung-Yi C. Seroepidemiology of

toxoplasma gondii infection among two mountain aboriginal populations and

southast asian laborers in Taiwan. J Parasitol 2002; 88(2): 411-414.

25. Guzmán A, Bautista I, Grassais A, Rodríguez O, Cabrera PP. Prevalencia de

anticuerpos para Toxoplasma gondii en adolescentes femeninas de estratos

socio-económicos diferentes. Arch Dom Ped 1987; 23 (3): S/135-S/137.

26. Aramine JJ, Stephen C, Dubey UP, Engelstoft C, Schwantje H, Kibble CS.

Potencial contamination of drinking water with Toxoplasma gondii oocysts.

Epidemiology and Infection 1999; 122: 305 – 315.

27. Beniz J. Toxoplasmose ocular adquirida (relato de 3 casos) Arq. Bras. Oftal

1993; 56: 134-6.

28. Montoya JG, Remington JS; Toxoplasmic Chorioretinitis in the setting of acute

acquired toxoplasmosis. Clinical Infections Disiases 1996; 23: 277-82.

29. Burnett AJ, Shortt SG, Isaac-Renton J, King A, Werker D, Bowie WR. Multiple

cases of acquired toxoplasmosis retinitis presenting in an outbreak.

Ophthalmology 1998; 105(6): 1032-7.

30. Abreu MT, Belfort Jr R, Oréfice F. Toxoplasmose ocular. In: Oréfice F; Belfort

Junior R. Uveítes. São Paulo: Roca; 1987. p. 211-30.

31. Fernandes LC, Oréfice F. Aspectos clínicos e epidemiológicos das uveítes em

serviço de referência em Belo Horizonte 1970-1993, Parte I. Rev Bras Oftal

1996; 55: 569-78.

32. Garcia CAA, Gomes AHB, Barbosa MFA, Rocha MLR, Uchôa RAC. Aspectos

clínicos e epidemiológicos das uveítes em Natal – RN. Rev Bras Oftalmol

2002; 61(2): 121-129.

46

Page 47: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

33. Smith RE, Ganley JP. Ophtalmic survey of a community.1. Abnormalities of the

ocular fundies. Am J Ophtalmol 1972; 74 : 1126.

34. Dean AG, Dean JA, Coulumber D, Brendel KA, Smith DC, Burton AH, Dicker

RC, Sullivan K, Fagan RF, Arner TG. EPI-INFO 6.04: a world processing

database, and statistcs program for epidemiology on microcomputers. Center

for Disease Control & Prevention, Atlanta, Georgia, USA; 1997.

35. SPSS for Windows. SPSS Incorporation; 1997.

36. Arias ML, Chinchilla M, Reyes LL, Linder E. Seroepidemiology of

toxoplasmosis in humans: possible transmission routes in Costa Rica. Rev Biol

Trop 1996; 44(2A): 377-81.

37. Couver J, Desmont G. Les modes de propagation de la toxoplasmose lumaine.

Arch Franc Pediatrie 1965; 18: 1026-32.

38. Meisheri YV, Mehta S, Patel U. A prospective study of seroprevalence of

Toxoplasmosis in general population, and in HIV/AIDS patients in Bombay,

India. J Postgrad Med 1997; 43: 93-97.

39. Duong TH, Dufillot D, Martz M, Richard-Lenoble D, Kombila M. Etude Sero-

epidemiologique de la toxoplasmose a Libreville, Gabon. Ann Soc Belg Med

Trop 1992; 72(4): 289-93.

40. López R, Pérez X, Collazo JE, Acosta C. Anticuerpo anti-toxoplasma gondii en

niños cubanos. Biomedica 1993; 13 (4): 183-186.

41. Catár G, Giboda M, Gutvirth J, Hongvanthong B. Seroepidemiological study of

toxoplasmosis in Laos. Southeast Asian. J Trop Med Public Health 1992; 23

(3): 491-492.

47

Page 48: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

42. Pereira LH, Staudt M, Tanner CE, Embil JA. Exposure to Toxoplasma gondii

and cat ownership in Nova Scotia. Pediatrics 1992; 89 (6 Pt 2): 1169-72.

43. Barbier D, Ancelle T, Martin-Bouyer G. Seroepidemiological survey of

toxoplasmosis in La Guadeloupe, French West Indies. Am J Trop Med Hyg

1983; 32(5): 935-42.

44. Sadaruddin A, Agha F, Ghafoor A. Seroepidemiology of toxoplasma gondii

infection in young school children in Islamabad. J Pak Med Assoc 1991; 41(6):

131-4.

45. Velasco-Castrejon O, Salvatierra-Izaba B, Valdespino JL, Sedano-Lara AM,

Galindo-Virgen S, Magos C, Llausas A, Tapia-Conyer R, Gutierrez G,

Sepúlveda J. Seroepidemiology of toxoplasmosis in Mexico. Salud Publica Mex

1992; 34(2): 222-9.

46. Anderson KP, Atlas E, Ahern MJ, Weisbrot IM. Central Nervous System

Toxoplasmosis in homosexual men. Am J Med 1983; 75: 877-81.

47. Hakim SL, Radzan T, Nazman M. Distribution of anti-Toxoplasma gondii

antibodies among Orang Asli (aborigines) in Peninsular Malaysia. Southeast

Asian J Trop Med Public Health 1994; 25(3): 485-9.

48. Rocha OM, Carvalho MG, Silva MBS, Lignani C. Remanescentes Xakriabá em

Minas Gerais: Prevalência da Doença de Chagas e Toxoplasmose e Avaliação

do Quadro Hematológico dos Infectados. Rev de Farm e Bioquímica 1987;

8:19-27.

49. Koppe JG, Loewer-Sieger DH, Roever BH. Results of 20-year follow-up of

congenital toxoplasmosis. Lancet 1986; 1(8475): 254-6.

48

Page 49: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

50. Glasner PD, Silveira C, Kruszon-Moran D, Martins MC, Burnier Junior M,

Silveira S, Silveira SDVM, Camargo ME, Nussenblatt RB, Kaslow RA, Belford

Junior R. An unusually high prevalence of ocular toxoplasmosis in southern

Brazil. Am J Ophthalmol 1992; 114(2): 136-44.

51. Abreu MT, Boni D, Belfort Jr R, Passos A, Garcia AR, Muccioli C, Soriano E;

Nussenblatt R, Silveira C. Toxoplasmose Ocular em Venda Nova do Imigrante,

ES, Brasil. Arq Bras Oftalmol 1998; 61:540-5.

52. Adams WH, Kindermann WR, Walls KW, Heotis PM. Toxoplasma antibodies

and retinochoroiditis in the Marshall Islands and their association with exposure

to radioactive fallout. Am J Trop Med Hyg 1987; 36(2): 315-20.

49

Page 50: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Table 1 – Prevalence of Toxoplasmosis in students associated with age group, skin color,

residing district, type of school and study period – 2001

Positive SerologyVariable/Category N

n %Odds Ratio CI 95% P Value

Age Group

5 - 10 years 203 74 36.5 1.00 p = 0.009 11 - 15 years 444 216 48.6 1.65 1.16 - 2.36 16 - 21 years 312 151 48.4 1.63 1.12 - 2.39

Skin Color

White 352 143 40.6 1.00 p = 0.009*Brown 519 247 47.6 1.33 1.00 - 1.76 Black 81 47 58.0 2.02 1.20 - 3.40

Residing District

South 197 63 32.0 1.00 p < 0.001*North 344 147 42.7 1.59 1.08 - 2.33 East 132 64 48,5 2.00 1.24 - 3.24 West 264 155 58.7 3.02 2.02 - 4.54

Type of School

Private 140 39 27.9 1.00Public 808 397 49.1 2.50 1.68 - 3.71 p < 0.001*

Study Period

Morning 409 176 43.0 1.00 p = 0.005*Afternoon 492 226 45.9 1.12 0.86 - 1.48 Evening 54 36 66.7 2.65 1.40 - 5.03

(*) Significant association at 5% level.

50

Page 51: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Table 2 – Distribuition of students according to socio-economic characteristics Positive Serology P Value Variable/Category

NN %

Odds Ratio CI 95%

Nº of Residents

1 – 4 491 207 42.2 1.00 p = 0.016* 5 – 17 467 233 49,9 1.37 1.05 - 1.78

Nº of Rooms

5 – 17 720 314 43.6 1.00 p = 0.012* 1 – 4 236 125 53.0 1.46 1.08 - 1.95

Nº of Bathrooms

2 or more 280 103 36.8 1.00 p < 0.001* Up to 1 676 336 49.7 1.69 1.27 - 2.26

Computer

Yes 125 36 28.8 1.00 p < 0.001* No 823 399 48.5 2.33 1.52 - 3.58

Refrigerator

Two or more 132 47 35.6 1.00 p = 0.01* One 771 362 47.0 1.60 1.07 - 2.39 None 54 30 55.6 2.26 1.13 - 4.53

Car

Yes 308 113 36.7 1.00 p < 0.001* No 648 325 50.2 1.74 1.30 - 2.32

Nº of televisions

Two or more 406 150 36.9 1.00 p < 0.001* One 528 274 51.9 1.84 1.40 - 2.42 None 23 15 65.2 3.20 1.24 - 8.46

Videocassette

Yes 363 133 36.6 1.00 p < 0.001* No 586 301 51.4 1.83 1.38 - 2.41

Mother’s Scholarity

University Graduate 65 14 21.5 1.00 p < 0.001* Secondary Complete 153 48 31.4 1.67 0.80 - 3.50 Elementary Complete/Secondary Incomplete 147 65 44.2 2.89 1.40 - 6.01 Illiterate/Elementary Incomplete 509 271 53.2 4.15 2.16 - 8.07

Father’s Scholarity

University Graduate 60 15 25.0 1.00 p < 0.001* Secondary Complete 164 51 31.1 1.35 0.66 - 2.80 Elementary Complete/Secondary Incomplete 122 48 39.3 1.95 0.93 - 4.11 Illiterate/Elementary Incomplete 459 239 52.1 3.26 1.71 - 6.30

(*) Significant association at 5% level.

51

Page 52: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Table 3 – Distribution of students according to epidemiological characteristics

Positive SerologyVariable/Category N

N %Odds Ratio CI 95% P Value

Contact with rivers or

lakes

No 453 192 42.4 1.00 p = 0.02* Yes 500 246 49.2 1.31 1.01 - 1.70

Where meat purchased

Supermarket 596 253 42.4 1.00 p = 0.003*Butcher’s, open-air market 346 182 52.6 1.50 1.14 - 1.98

Nº of dogs

Two or more 170 69 40.6 1.00 p = 0.168 One 327 146 44.6 1.18 0.80 - 1.75 None 458 223 48.7 1.39 0.96 - 2,02

Cats in the house

No 598 253 42.3 1.00 p = 0.004*

Yes349 181 51.9 1.47 1.13 - 1.92

Type of sewerage system

Septic tank 715 309 43.2 1.00 p = 0.001*Indoor plumbing 168 88 52.4 1.45 1.02 - 2.05 Open sewers 45 31 68.9 2.91 1.46 - 5.86

Walks barefoot

No 411 172 41.8 1.00 p = 0.017*Yes 543 266 49.0 1.33 1.03 - 1.72

Consumes untreated water

No 809 360 44.5 1.00 p = 0.024*Yes 135 73 54.1 1.46 1.01 - 2.11

Where vegetables purchased

Supermarket 518 220 42.5 1.00 p = 0.022*Open-air market 435 217 49.9 1.35 1.03 - 1.76

Eosinophiles

Up to 4.99 469 183 39.0 1.00 p < 0.001*5.00 or more 486 256 52.7 1.74 1.33 - 2.27

(*) Significant association at 5% level

52

Page 53: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Table 4 – Logistic regression results for toxoplasmosis prevalence

Variables included in the initial model Selected variables Parameter estimates for the final model

P value

Odds Ratio

1- Age group (in years) 1 – Age group ( in years ) P = 0.002*5 - 10 5 - 10 11 - 15 11 - 15 0.708 P < 0.001* 2.03016 - 21 16 - 21 0.792 P < 0.001* 2.205

2 - Mother’s scholarity 2 Mother’s scholarity P < 0,001*Illiterate/Elementary Complete Illiterate/Elementary incomplete 1.061 P = 0.002* 2.889Elementary complete/Secondaryincomplete

Elementary complete/Secondaryincomplete

0.822 P = 0.028* 2.274

Secondary complete Secondary complete 0.307 P = 0.413* 1.359University graduate University graduate

3- Number of residents 4 Sewerage system P = 0.045*1 - 4 Indoor plumbing5 - 23 Septic tank -0.270 P = 0.172 0.764

Open-air sewer 0.555 P = 0.171* 1.7424 Sewerage system

Indoor plumbing 5 – Residing district P = 0.009*Septic tank WestOpen-air sewer East 0.692 P = 0.003* 1.998

North 0.567 P = 0.038* 1.7645- Residing district South 0.220 P = 0.324 1.246WestEast 11 – Eosinophiles

North Up to 4.99 0.429 P = 0.005* 1.536South 5.00 or more

6- Type of school 12 – Cat in the house

Public Yes 0.246 P = 0.118 1.279Private No

7- Study periodMorningAfternoonEvening

8- Computer

YesNo

Contact with rivers or lakes

YesNo

10- Consumes untreated water

YesNo

11- Eosinophiles

Up to 4.995.00 or more

12- Cat in the house

YesNo

*- Significance of parameter to 5% level.

53

Page 54: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Tab

le 5

– S

erop

osit

ive

case

s fo

r Ig

M a

nd s

elec

ted

vari

able

s in

stu

dent

s fr

om N

atal

, Bra

zil -

2001

.

Ag

eS

exIg

MIg

GD

istr

ict

M.

S.

Co

mp

ute

rB

ath

roo

mR

aw

mea

t

con

sum

pti

on

Sch

ool

7F

0.68

815

000.

0N

IN

IN

o1

No

Publ

ic

10F

1.15

013

0.1

Wes

tE

IN

o1

No

Pub

lic

11F

0.61

240

.5W

est

EI

No

1N

oP

ubli

c

12M

0.68

324

8.3

Eas

tE

IY

es1

No

Pub

lic

12M

0.97

676

4.1

Wes

tE

IN

o0

No

Pub

lic

13F

0.75

615

91.7

Nor

thN

IN

o2

or +

N

oP

ubli

c

13F

1.17

033

1.9

Nor

thE

IN

o1

No

Pub

lic

15F

1.62

630

00.0

Sout

hS

No

1N

oPu

blic

16F

1.04

166

.7W

est

SN

o1

No

Publ

ic

16F

2.70

014

9.4

Wes

tE

IN

o1

No

Pri

vate

17F

0.68

233

3.7

Eas

tE

IN

o2

or+

No

Pub

lic

18F

1.17

017

8.1

Nor

thS

No

2 or

+

Yes

Pub

lic

21F

0.60

925

0.1

Nor

thE

IN

o1

No

Pub

lic

M =

Mal

e

F

= F

emal

e

EI

= E

lem

enta

ry I

ncom

plet

e

S =

Sec

onda

ry

N

I =

No

Info

rmat

ion

M

.S. =

Mot

her’

s Sc

hola

rity

54

Page 55: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Fig

ure

1 –

Com

para

tive

stu

dies

rel

ated

to s

erop

osit

ive

prev

alen

ce f

or T

oxop

lasm

osis

.

Pre

vale

nce

Stud

yIg

GIg

MS

ampl

eA

ge

Gro

up

L

oca

tio

n

Gar

cia,

CA

, 200

3 46

.0%

1.3%

959

5 –

21 y

ears

N

atal

-RN

/Bra

zil

Jone

s, J

L e

t al.,

200

1 2

22.5

%-

27.1

4512

– 7

0 ye

ars

US

AC

oura

, JR

et a

l, 19

93 8

65.8

%-

406

-M

iddl

e S

olim

ões

Are

a –

Bra

zil

Rey

, LC

et a

l, 19

99 9

58.4

%-

584

7 -

18 y

ears

C

eará

– B

razi

l S

ouza

, WJS

et a

l, 19

87 10

68.4

%N

R*

608

6 –

14 y

ears

R

J –

Bra

zil

Can

tos,

GA

et a

l, 19

99 11

41.9

%0.

87%

2994

-S

C –

Bra

zil

Gar

cia,

JL

et a

l, 19

99 12

82.9

%-

827

– 82

yea

rs

Jagu

apit

ã –

PR

– B

razi

l A

raúj

o, I

F e

t al,

1975

1382

.5%

-18

317

– 5

8 ye

ars

Nat

al-R

N-

Bra

zil

Día

z-S

uáre

z et

al,

2001

1736

.6%

-25

41

– 76

yea

rs

Mar

acai

bo –

Ven

ezue

la

Iiho

shi,

N e

t al,

1997

1857

.6%

-39

4-

San

ta C

ruz

de la

Sie

rra

– B

oliv

ia

Cha

cin-

Bon

illa

, L e

t al,

2001

1949

.7%

-44

71

– 69

yea

rs

Ven

ezue

laS

anch

ez, R

M e

t al,

1989

2155

.9%

-28

41

– 30

yea

rs

Cie

go d

e Á

vila

Pro

vinc

e –

Cub

a A

rias

, ML

et a

l, 19

96 36

76.0

%-

1234

1 -

30

year

s C

osta

Ric

a M

eish

eri,

YV

et a

l, 19

97 38

30.9

%N

R*

165

18 –

50

year

s B

omba

y –

Indi

a D

uong

, TH

et a

l, 19

92 39

63.0

%19

.0%

1178

6 m

ths

- 3

0 ye

ars

Lib

revi

lle

- G

abon

L

opez

, R e

t al,

1993

4015

.35%

3.28

%27

41

– 15

yea

rs

Hav

ana

- C

uba

Cat

ar, G

et a

l, 19

92 41

15.3

%-

640

3 –

70 y

ears

V

ient

iane

Pro

vinc

e -

Lao

s P

erei

ra, L

H e

t al,

1992

423.

3%-

998

1 –

17 y

ears

N

ova

Sco

tia

– C

anad

a B

arbi

er, D

et a

l, 19

83 43

60.0

%-

3238

0 –

78 y

ears

G

uada

lupe

– F

renc

h G

uyan

a *

Neg

ativ

e R

espo

nse

55

Page 56: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES

Em geral, estudos transversais utilizam amostras representativas da

população, devido às obvias dificuldades para realização de investigações que

incluam a totalidade dos membros de grupos numerosos. A definição de

representatividade mais empregada na Epidemiologia fundamenta-se na teoria

estatística, valorizando o caráter aleatório da amostra. Neste sentido, uma

amostra aleatória implica algum tipo de sorteio que concede a cada membro do

grupo a mesma chance de integrar a amostra. Além do rigor no

estabelecimento da amostra, é recomendável que qualquer investigação deste

tipo defina claramente os limites de sua população, já que precisará dispor de

denominadores para o cálculo da prevalência. Por este motivo, tal modalidade

de pesquisa epidemiológica tem sido também referida como estudo de

prevalência (36).

A presente pesquisa seguiu todos os preceitos do delineamento de

um estudo seccional, tendo em vista que todas as fases previstas, tais como

planejamento, protocolo de pesquisa, execução, análise e divulgação de

resultados foram contemplados.

Durante o planejamento (fase primordial para a pesquisa), a

população de escolares foi escolhida como amostra para facilitar a coleta dos

dados e para obtermos parâmetros de comparação, tendo como referência o

trabalho de Glasner et al (33). No entanto, esta amostra somente representa a

real população de escolares de 5 a 21 anos (vide Plano Amostral em

ANEXOS). A prevalência de parasitoses oculares pode estar subestimada, em

virtude de as pessoas, nesta faixa etária, que não freqüentam escolas,

56

Page 57: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

provavelmente, possuírem piores condições socioeconômicas e, também,

apresentarem maior probabilidade de deficiências visuais.

Durante a obtenção da amostra, por se tratar de escolares a serem

estudados de forma aleatória, várias foram as dificuldades e riscos que

poderiam comprometer as metas do projeto:

1- Falta de interesse por parte do diretor da escola em participar do

projeto. Duas escolas privadas foram substituídas, de acordo com os

estatísticos e epidemiologistas envolvidos no projeto, por outras com as

mesmas características das selecionadas anteriormente.

2- Foi necessária mais que uma reunião para sensibilizar

coordenadores e professores das escolas, em diferentes turnos, para

demonstrar-se a importância do estudo aos alunos e à sociedade.

3- Negativa da autorização dos pais ou a ausência dos alunos

sorteados no dia do exame. Para cada grupo de alunos sorteados de uma

turma de determinada escola, dois alunos extras foram sorteados para

substituir eventuais faltosos. Houve necessidade de utilizar este procedimento

em pequeno número de turmas.

4- Dificuldades na coleta e estocagem do sangue. O hemograma foi

realizado no dia da coleta para evitar falsos resultados e o soro foi devidamente

congelado para realização posterior da sorologia. Da amostra de 1.024

escolares estudados, 34 não aceitaram a coleta de sangue e foram excluídos

da pesquisa para Toxoplasmose.

A pesquisa é a mola propulsora do desenvolvimento de um país.

Diferente dos países desenvolvidos, a universidade pública brasileira padece

de recursos direcionados à pesquisa. Há pesquisa com recursos minguados e

57

Page 58: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

pela vontade de fazer ciência. Na área médica, o problema agrava-se a cada

dia com o sucateamento dos hospitais públicos, apesar de o direito à

cidadania, à educação e à saúde do povo brasileiro estar assegurado na

Constituição de 1988. Ocorre que, para se fazer ciência, é necessário lançar

mão de recursos próprios; e para se chegar a diagnósticos precisos, é

essencial a utilização de máquinas modernas existentes apenas em clínicas

particulares, já que o Governo Federal não envia recursos suficientes para

aquisição e manutenção de equipamentos.

A pesquisa somente foi possível devido à abnegação da equipe

multidisciplinar de colaboradores, ao apoio do Hospital Universitário Onofre

Lopes e ao aporte financeiro e de infra-estrutura da Prontoclínica de Olhos.

Apesar das dificuldades e de longas e árduas horas de trabalho, os

objetivos principais desta pesquisa foram alcançados e enviaram-se, para

publicação, inúmeros trabalhos e capítulos de livros.

Em relação à DUSN, foram enviados para publicação dois trabalhos

avaliando o resultado do tratamento com a destruição da larva nas fases aguda

e crônica da DUSN, intitulados: Early-stage diffuse unilateral subacute

neuroretinitis: improvement of vision after photocoagulation of the worm (aceito

para publicação no Eye Journal – Nature, e Late-stage diffuse unilateral

subacute neuroretinitis: photocoagulation of the worm does not improve the

visual acuity of affected patients (enviado para publicação no Ophthalmic

Surgery, Lasers and Image tendo recebido o Prêmio Oftalmologia Clínica no

XXXII Congresso Brasileiro de Oftalmologia em setembro de 2003 (Resumos

em anexos 8.4). Além destes dois trabalhos, participamos como autor dos

capítulos sobre Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral, em dois livros que se

58

Page 59: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

encontram no prelo, onde descrevemos as observações clínicas encontradas

na pesquisa. O primeiro, intitula-se Uveíte Clínica e Cirúrgica: Texto e Atlas –

Volume II, Capítulo de Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral (2ª edição) –

Fernando Oréfice, editora Cultura Médica; e o segundo, Compêndio Prático de

Uveítes – João Alberto Holanda de Freitas, editora RIO-MED.

Em relação à Toxocaríase ocular, foi enviado para publicação no

periódico Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, o estudo das alterações

fundoscópicas na população de estudantes, em que se demonstrou a

prevalência. Prevalence of funduscopic alterations in students of Natal/Brazil.

Resumo em anexos 8.4.

Todos os estudos incluídos nas bases de pesquisa foram concluídos

e enviados para publicação em língua inglesa, (Resumos em anexos 8.4)

segundo descrição abaixo:

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia:

1 Prevalence of refractive errors in students in Northeastern Brazil.

2 Prevalence of strabismus among students in Natal/RN – Brazil.

3 Correlation between refraction errors and socio-economic and

educational levels.

4 Epidemiologic study of anisometropia in students in Natal, Brazil.

5 Prevalence of biomicroscopic findings of anterior segment and

ocular adnexal among students in Natal/Brazil

Ophthalmic Epidemiology:

6 Prevalence of amblyopia among students in Natal/Brazil.

59

Page 60: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

O corpo da pesquisa – escolares de Natal/Rio Grande do Norte –

revelou a situação socioeconômica vivida por grande parte da população que

(des)assistida, (des)informada, vivendo em locais com condições de higiene

precária, porta doenças oculares, que justificam estudos epidemiológicos.

Apesar da grandiosidade do tema abordado, pode ser concluído que

os objetivos desta pesquisa foram obtidos mais do que satisfatoriamente.

Destacam-se as seguintes conclusões: A prevalência de Toxocaríase ocular

encontrada foi de 2 para cada 1.000 escolares de Natal/RN.

A amostra da pesquisa não foi suficiente para demonstrar a

prevalência de DUSN nesta população. O diagnóstico de DUSN na fase aguda,

seguida por pronta localização e destruição da larva por fotocoagulação, pode

melhorar a visão dos pacientes acometidos. A destruição da larva por

fotocoagulação a laser em olhos com DUSN na fase crônica não melhora a

acuidade visual dos pacientes.

As prevalências de sorologia positiva para IgM, IgG e lesão ocular

estão fortemente associadas às condições socioeconômicas dos escolares de

Natal-RN, como descritas no corpo do artigo principal.

60

Page 61: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

7. FONTES BIBLIOGRÁFICAS

1. Oréfice F. Uveíte: Clínica & Cirúrgica: Atlas e Texto. Rio de Janeiro: Cultura

Médica; 2000.

2. Albert J. Principles and Pratice of Ophthalmology: Clinical Pratice.

Philadelphia: Saunders; 1994.

3. Chieffi PP, Muiler EE. Prevalência do parasitismo por Toxocara canis em

cães, e presença de ovos de Toxocara sp. no solo de localidades públicas na

zona urbana de Londrina, Paraná. Rev Saúde Publ de São Paulo 1976; 10:367-

72.

4. Wilder HC. Nematode endophthalmitis. Trans. Am. Acad. Ophthalmol

Otolaryngol 1950; 55: 99.

5.Nichols RL. Etiology of visceral larva migrans. Diagnostic morphology of

infective second stage toxocarial larvae. J Parasitol 1956; 42:349.

6. Duke-Elder S, Perkins ES. System of Ophthalmology: Diseases of the uveal

tract. London: Henry Kimpton; 1966.

7.Shields JA. Ocular Toxocariasis. A Review Serv Ophthalmol 1984; 28: 361-

80.

8.Kielar RA. Toxocara canis: Endophthalmitis with low ELISA titer. Ann

Ophthalmol 1983; 15(5): 447-9.

9 Chieffi PP. Contribuição ao estudo da larva migrans visceral causada por

larvas de Toxocara em municípios do estado de São Paulo, Brasil: Inquérito

epidemiológico. Tese de Doutorado, USP; 1984.

61

Page 62: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

10. Maestrini AA. Aspectos clínicos 0e epidemiológicos da toxocaríase na

população escolar do município de Rio Acima - Região Metropolitana de Belo

Horizonte/MG. Tese de Doutorado, UFMG; 1995.

11. Smith RE, Nozik RA. Uveítis: A Clinical Approach to Diagnosis and

Management. Baltimore-London: Williams & Wilkins; 1983.

12. Maetz HM, Kleinstein RN, Frederico D, Wayne J. Estimated prevalence of

ocular toxoplasmosis and toxocariasis in Alabama. J Infect Dis 1987; 156(2):

414.

13. Fernandes LC, Oréfice F. Aspectos clínicos e epidemiológicos das uveítes,

em serviço de referência em Belo horizonte 1970 – 1993, Parte II. Rev Bras

Oftal 1996; 55: 579-92.

14. Gass JDM, Scelfo R. Diffuse unilateral subacute neurorretinitis. J R Soc

Med 1978; 71: 95-111.

15. Gass JDM, Braunstein RA. Further observations concerning the diffuse

unilateral subacute neurorretinitis syndrome. Ophthalmology 1983; 101: 1689-

97.

16. Souza EC, Nakashima Y. Diffuse unilateral subacute neuroretinitis: Report

of transvitreal surgical removal of a subretinal nematode. Ophthalmology 1995

Aug; 102(8): 1183-6.

17. Gass JDM, Gilbert WR, Guerry Junior RK, Scelfo R. Diffuse unilateral

subacute neurorretinitis. Ophthalmology 1978; 85: 521-45.

18. Oréfice F, Boratto LM, Silva HF. Presumível toxocaríase ocular – revisão de

30 casos. Relato de dois casos atípicos. Rev Bras Oftalmol 1991; 50: 95-101.

19. Souza EC, Cunha SL. Neuroretinite Subaguda Unilateral Difusa no Brasil -

encontro da larva subretiniana. Arq Bras Oftalmol 1992; 55: 251-4.

62

Page 63: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

20. Jones JL, Kruszon-Moran D, Wilson M, McQuillan G, Navin T, McAuley JB.

Toxoplasma gondii infection in the United States: seroprevalence and risk

factors. Am J Epidemiol 2001; 154(4): 357-65.

21. Coura AJR, Willcox HPF, Albuquerque BC, Lorenzi AG, Barroso DE,

Lalama EME, Gonçalves EGR, Guerra JAO, Marin MAV, Sá Neto RP. Aspectos

epidemiológicos, sociais e sanitários em áreas do Médio Solimões I - Estudo

das localidades de São Francisco do Laranjal, Aranaí e São Lázaro do

Surubim, município de Coari, Amazonas. Acad Nac Med 1993; 153 (3): 122-

126.

22. Rey LC, Ramalho IL. Seroprevalence of toxoplasmosis in Fortaleza-Ceará,

Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo 1999; 41(3): 171-4.

23. Souza WJ, Coutinho SG, Lopes CWG, Santos CS, Neves NM, Cruz AM.

Epidemiological aspects of toxoplasmosis in schoolchildren residing in localities

with urban or rural characteristics within the city of Rio de Janeiro, Brazil. Mem

Inst Oswaldo Cruz 1987; 82(4): 475-82.

24. Cantos GA, Prado MD, Siqueira MV, Teixeira RM. Toxoplasmose:

ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii e diagnóstico. Rev Inst Cienc

Saúde 1999; 17 (1): 7-14.

25. Garcia JL, Navarro IT, Ogawa L, Oliveira RC, Garcia SMF, Leite J.

Seroepidemiology of toxoplasmosis and ocular evaluation by Amsler grid in

patients from the rural area treated at the Jaguapita county health center,

Parana State, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 1999; 32 (6): 671-6.

26. Araújo IF, Sant’anna B, Hyakutake S. Prevalência de Anticorpos anti-

Toxoplasma gondii em doadores de sangue de Natal (RN). Rev Farm Bioqim

Univ São Paulo 1975; 13 (2): 417 – 25.

63

Page 64: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

27. Silveira CAM. Toxoplasmose: Dúvidas e Controvérsias. Erechim/RS:

Editora FAPES; 2000.

28. Silveira C, Belfort Junior R, Burnier Junior M, Nussenbiat R. Acquired

toxoplasmic infection as the cause of toxoplasmic retinochoroiditis in families.

Am J Ophthal 1988; 106: 362 - 4.

29. Cattan JM. Retinocoroidite toxopiásmica. Tese de doutorado. UFMG; 1991.

30. Bahia-Oliveira LMG, Jones JL, Azevedo-Silva J, Alves CCF, Oréfice F,

Addiss DG. Highly Endemic, Waterborne Toxoplasmosis in North Rio de

Janeiro State, Brazil. Emerg Infect Dis 2003; 9(1): 55-62.

31. Guimarães 0, Oréfice F, Mineo JR, Brandão E. Reações de

imunofluorescência indireta e de ELISA na detecção de anticorpos IgG e IgM

no soro de pacientes portadores de retino-coroidite ativa e cicatrizada

supostamente toxoplásmica. Rev Bras Oftal 1991; 49: 241-346.

32. Abreu MT, Belfort Junior R, Oréfice F. Toxoplasmose ocular. In: Oréfice F;

Belfort Junior R. Uveítes. São Paulo: Roca; 1987. p. 211-30.

33. Glasner PD, Silveira C, Kruszon-Moran D, Martins MC, Burnier Junior M,

Silveira S, Camargo ME, Nussenblatt RB, Kaslow RA, Belford Junior R. An

unusually high prevalence of ocular toxoplasmosis in Southern Brazil. Am J

Ophthalmol 1992; 114(2): 136-44.

34 Czeresnia D. Do contágio à transmissão: ciência e cultura na gêneses do

conhecimento epidemiológico. Rio de janeiro: FIOCRUZ; 1997.

35. Susser M, Susser E. Um futuro para a Epidemiologia. In: Almeida Filho N,

Barreto ML, Veras RP, Barata RB. Teoria Epidemiológica Hoje: Fundamentos,

Interfaces, Tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ABRASCO; 1998.

64

Page 65: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

36. Almeida Filho N, Rouquayrol MZ. Elementos de metodologia

Epidemiológica. In: Rouquayrol MZ, Almeida Filho N. Epidemiologia e Saúde.

5a ed. Rio de Janeiro: MEDSI; 2003. p. 149-177.

65

Page 66: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

8 ANEXOS

8.1 Plano Amostral

8.2 Questionário Clínico-epidemiológico

8.3 Termo de Consentimento

8.4 Resumo de Trabalhos

66

Page 67: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

8.1 PLANO AMOSTRAL

UNIVERSO DA PESQUISA

O universo da pesquisa foi constituído de escolares matriculados nas

escolas da rede pública e privada do município de Natal no ano de 2001 e que

estivessem cursando alguma série do ensino fundamental ou médio.

Considerou-se para efeito do esquema metodológico adotado para este plano

amostral, quatro estratos que correspondem aos distritos administrativos em

que é dividida a cidade do Natal: Sul, Norte, Leste e Oeste.

O tamanho do universo era, em 2001, de 196.116 alunos, matriculados,

e distribuídos por distritos e natureza das instituições, conforme está

apresentado na tabela 01.

Tabela. 01 – Distribuição do número de alunos matriculados no município do Natal, segundo o

nível e natureza da instituição – 2001

Distritos

Norte Sul Leste Oeste Total

Público 42556 20414 22800 31589 117359Fundamental

Privado 4830 9435 14168 2277 30710

Sub-Total 47386 29849 36968 33866 148069

Público 5909 6654 18286 5815 36664Médio

Privado 660 3845 6402 476 11383

Sub-Total 6569 10499 24688 6291 48047

Total 53955 40348 61656 40157 196116

67

Page 68: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

8.1.1 Cálculo da Amostra Geral

Sabendo-se que a linha de investigação da pesquisa são os estudantes

de Natal/RN com faixa etária entre 7 a 21 anos, determinou-se o tamanho

da amostra para estimar a proporção P com base na técnica de

amostragem aleatória simples para proporção:

NEQPK

NQPkn

22

2

Onde:

N Representa a população de estudantes entre 7 a 21 anos em Natal

(N=196.116 estudantes).

P A proporção do número de casos da doença. Como não se tem

nenhuma informação à priori sobre o parâmetro em questão, utilizou-se o

recurso de “variância máxima”, ou seja, P= 0,5.

K Parâmetro da distribuição Normal com 95% de confiança (k=2)

E Representa o erro que será de 3% (E=0,03)

Q Complementar do parâmetro P (Q=0,5)

100.1105.1116.196)03,0(5,05,02

)116.196(5,05,0222

2

n

Assim, obtivemos o tamanho geral da amostra 100.1n estudantes.

68

Page 69: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Tabela 01: Distribuição proporcional do tamanho da amostra geral para os

quatro distritos de Natal.

Distritos

(Estratos)

População

(%)Amostra

Norte 27,51 n1=0,2751*1.100=303

Sul 20,57 n2=0,2057*1.100=226

Leste 31,44 n3=0,3144*1.100=346

Oeste 20,48 n4=0,2048*1.100=225

Total 100,00 1.100

O organograma abaixo representa a forma de distribuição do tamanho da

amostra ni de cada distrito, levando em consideração o grau e o tipo de

instituição.

ESCOLAS DE 1º GRAU

ESCOLAS DE 2º GRAU

PÚBLICAS PRIVADASPRIVADASPÚBLICAS

DISTRITO

69

Page 70: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

DISTRITO NORTE

Cálculo da amostra 1º Grau : 266303955.53

386.47

Tabela 02: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo

de instituição.

InstituiçãoPopulação (%)

*Amostra

Pública 90,00 239

Privada 10,00 27

Total 100,00 266

* Dados retirados do Anexo C

Cálculo da amostra 2º Grau: 37303955.53

569.6

Tabela 03: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo

de instituição.

Instituição População

(%)

Amostra

Pública 90,00 4

Privada 10,00 33

Total 100,00 37

70

Page 71: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

DISTRITO SUL

Cálculo da amostra 1º Grau : 167226348.40

849.29

Tabela 04: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo

de instituição.

Instituição População

(%)

Amostra

Pública 68,00 114

Privada 32,00 53

Total 100,00 167

Cálculo da amostra 2º Grau : 59226348.40

499.10

Tabela 05: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo

de instituição.

Instituição População

(%)

Amostra

Pública 63,00 37

Privada 37,00 22

Total 100,00 59

71

Page 72: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

DISTRITO LESTE

Cálculo da amostra 1º Grau: 207346656.61

968.36

Tabela 06: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo

de instituição.

Instituição População

(%)

Amostra

Pública 62,00 128

Privada 38,00 79

Total 100,00 207

Cálculo da amostra 2º Grau: 139346656.61

688.24

Tabela 07: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo

de instituição.

Instituição População

(%)

Amostra

Pública 74,00 103

Privada 26,00 36

Total 100,00 139

72

Page 73: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

DISTRITO OESTE

Cálculo da amostra 1º Grau: 190225157.40

866.33

Tabela 08: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo

de instituição.

Instituição População

(%)

Amostra

Pública 93,00 177

Privada 7,00 13

Total 100,00 190

Cálculo da amostra 2º Grau: 35225157.40

291.6

Tabela 9: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo de

instituição.

Instituição População

(%)

Amostra

Pública 92,00 32

Privada 8,00 3

Total 100,00 35

73

Page 74: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

8.1.2 SELEÇÃO DAS ESCOLAS

Existe uma correlação linear direta positiva entre o número de alunos e as

escolas, assim temos:

Percentual do distrito Norte pelo número de escolas, segundo à instituição:

Cálculo: e assim por diante ... 415%51,27

1450%51,27

Tabela 10: Número de escolas totais e escolas selecionadas, segundo o grau e

o tipo de instituição por distrito:

DISTRITOS NORTE SUL LESTE OESTE

ESCOLASN.º de

EscolasEscolhidas

N.º de Escolas

EscolhidasN.º de Escola

s

N.º de Escolas

EscolhidasEscolhidas

Pública 50 14 37 8 42 13 47 10

1º Grau Privada 15 4 28 6 29 9 7 A maior *

Sub-Total 65 18 65 14 71 22 54 11

Pública 9 A maior * 12 3 16 5 10 A maior *

2º Grau Privada 4 A maior * 15 3 18 5 2 A maior *

Sub-Total 13 5 27 6 34 10 12 3

Total 78 23 92 10 105 32 66 14

* Como o número de escolas é inferior a 10, por conveniência selecionou-se a maior escola

74

Page 75: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

As Escolas selecionadas para o Distrito Norte

As escolas foram selecionadas, utilizando-se o método da Probabilidade

Proporcional do Tamanho (PPT).

Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 João Paulo II Lagoa Azul 943 9432 Prof. Amadeu Araújo Lagoa Azul 1694 2637 11603 Profª Lourdes Godeiro Lagoa Azul 202 28394 Profª Maria Dalva Gomes Bezerra Lagoa Azul 391 32305 Centro Esc. Aldo F.de Melo Lagoa Azul 888 41186 Alceu Amoroso Lima Lagoa Azul 752 4870 4199,717 Cônego Luiz Wanderley Lagoa Azul 1454 63248 Myriam Coeli Lagoa Azul 1034 7358 7239,439 Prof. Paulo P. de Viveiros Lagoa Azul 1089 8447

10 Prof. Crisam Siminea Lagoa Azul 612 905911 Elizabeth F. A. Guilhermino Lagoa Azul 1379 10438 10279,1412 Profª Francisca de Oliveira Pajuçara 244 1068213 Profª Maria Alexandrina Sampaio Pajuçara 1538 1222014 Profª Zuleide Macedo Silva Pajuçara 412 1263215 Profª Madalena X. de Andrade Pajuçara 193 1282516 Profª Dalva Oliveira Pajuçara 1671 14496 13318,8617 Profª Maria de Lourdes Câmara Pajuçara 888 1538418 Zila Mamede Potengi 584 1596819 Mons. José Alves Landim Potengi 808 16776 16358,5720 Profª Iapissara Aguiar Potengi 926 1770221 Prof. José do Patrocínio Potengi 1182 1888422 Profª Malvina Cosme Potengi 419 1930323 Profª Palmira de Souza Potengi 523 19826 19398,2924 Stª Catarina Potengi 349 2017525 Profª Adelina Fernandes Potengíi 1031 2120626 Prof. Varela Barca Potengi 157 2136327 15 de Outubro Potengi 801 2216428 Dom José Adelino Dantas Potengi 1285 23449 2243829 Gal Dioscoro Vale Potengi 1399 2484830 Pe. João Maria Potengi 565 2541331 Peregrino Júnior Potengi 762 26175 25477,7132 Peregrino Júnior Potengi 798 2697333 Prof. Antonio Fagundes Potengi 781 2775434 Prof. Josino Macedo Potengi 1509 29263 28517,4335 Walter Pereira Potengi 1245 3050836 Profª Maria Nalva X. Albuquerque Potengi 1536 32044 31557,1437 Centro Ed. Andorinha Potengi 150 32194

38 Profª Terezinha P. de Lima N.S. da

Apresentação1647 33841

39 Prof. José de Andrade FrazãoN.S. da

Apresentação544 34385

40 ProfªAna Júlia de C. Mousinho N.S. da

Apresentação1069 35454 34596,86

41 Prof. Reginaldo Ferreira Neto N.S. da

Apresentação588 36042

42 N.S. dos Navegantes Redinha 495 3653743 Dulce Wanderley Redinha 1040 3757744 Profª Leonor Lima Redinha 263 37840 37636,5745 Erivan França Igapó 553 38393

75

Page 76: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

46 Irmã Arcângela Igapó 1707 4010047 Ver. José Sotero Igapó 969 41069 40676,2948 Prof. Herly Parente Igapó 247 4131649 Potiguassú Igapó 476 4179250 Escola Paulo Freire Igapó 764 42556

INTERVALODA AMOSTRA

3039,71

Procedimento:

1.1 – Para encontrar o intervalo da amostra dividiu-se a medida acumulativa

(42.556) pelo número de escolas a pesquisar (14) e obteve-se (3.039,71);

1.2 – Encontrar um número aleatório entre 0,00 e 3.039,71; encontrou-se (1.160)

através de um software gerador de números aleatórios;

1.3 – Para o preenchimento da coluna da Designação da amostra, usou-se o

número aleatório encontrado verificando onde ele é menor do que o primeiro

número da coluna da Medida acumulativa;

1.4 – O preenchimento do segundo número em diante da coluna da Designação

da amostra foi feita da seguinte forma: somando-se o primeiro valor com o

intervalo da amostra e assim sucessivamente.

76

Page 77: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Ordem Escola - 1º Grau Privada Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Colégio Talento Lagoa Azul 103 1032 Jardim Esc. Primeiro Degrau Pajuçara 92 1953 Jardim Esc. Xodó da Titia Pajuçara 323 518 4234 Centro Ed. Alferes Tiradentes Potengi 677 11955 Colégio Encanto Potengi 392 15876 Colégio Encanto Potengi 163 1750 1630,507 Instituto Paraíso Potengi 240 19908 Expansivo Colégio e Curso Potengi 1155 3145 2838,009 Mundial Colégio e Curso Potengi 385 3530

10 Escola Cristo Rei Potengi 200 373011 Proj. Esc. Meninos do Potengí Potengi 152 3882

12 Instituto Ed. Ensino N.S. da

Apresentação253 4135 4045,50

13 Centro Ed. Felicidade do Saber N.S. da

Apresentação218 4353

14 Intelectual Colégio e Curso Igapó 250 460315 Colégio Jesiel Figueiredo Igapó 227 4830

INTERVALO

DA AMOSTRA1207,50

Obs - Em relação às Escolas do 2º Grau do Distrito Norte:

Como o número de escolas privadas (4 escolas) e públicas (9 escolas) não é superior a 10, e

também pela quantidade de alunos selecionados (4 alunos da rede privada e 33 da rede

pública), optou-se, por conveniência, em escolher as maiores escolas deste distrito. Neste

caso:

Escola Pública selecionada: Escola Prof. Varela Barca no bairro Potengi

Escola Privada selecionada: Escola Expansivo Colégio e Curso no bairro Potengi

77

Page 78: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

As Escolas selecionadas para o Distrito Sul

Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Esc. Amb. Pe. João Maria Nova Descoberta 387 3872 Prof. R. Teófilo Lagoa Nova 135 5223 Inst. de Formação Pres. Kennedy Lagoa Nova 290 8124 Vigário Bartolomeu Lagoa Nova 348 11605 Prof. Joaquim Torres Lagoa Nova 169 13296 Prof. Luiz Antonio Lagoa Nova 712 2041 1983,007 Jorge Fernandes Lagoa Nova 584 26258 Prof. Edgar Barbosa Lagoa Nova 1929 4554 4534,759 Cônego Monte Lagoa Nova 484 503810 Castro Alves Lagoa Nova 397 543511 Des. Régulo Tinoco Lagoa Nova 385 582012 Dr. Manoel Villaça Lagoa Nova 929 674913 Escola Pe. Francisco Ferro Nova Descoberta 126 687514 Prof. Ulisses de Góis Nova Descoberta 903 7778 7086,515 Pres. Café Filho Nova Descoberta 180 795816 Prof. Luiz da Câmara Cascudo Candelária 295 825317 Gov. Walfredo Gurgel Candelária 1137 939018 Des. Floriano Cavalcanti Capim Macio 1220 10610 9638,2519 Profª Ma. Salete Alves Bila Pitimbú 253 1086320 Estudante Emanuel Bezerra Pitimbú 1128 1199121 Prof. Ascendino de Almeida Pitimbú 741 12732 1219022 Vale do Pitimbú Pitimbú 147 1287923 Antonio Pinto de Medeiros Pitimbú 983 1386224 Djalma Marinho Pitimbú 536 1439825 Carlos Bello Moreno Neópolis 155 1455326 Prof. Antonio Severiano Neópolis 685 15238 14741,7527 Prof. Arnaldo Monteiro Bezerra Neópolis 214 1545228 Estela Wanderley Neópolis 659 1611129 Ferreira Itajubá Neópolis 370 1648130 Berilo Wanderley Neópolis 240 1672131 Dr. Maia Neto Neópolis 319 1704032 Patronato de Ponta Negra Ponta Negra 226 1726633 Profª Josefa Botelho Ponta Negra 769 18035 17293,534 São José Ponta Negra 243 1827835 Jerônimo de Albuquerque Ponta Negra 126 1840436 Lourdes Guilherme Ponta Negra 867 1927137 José F. Machado Ponta Negra 1143 20414 19845,25

INTERVALO

DA AMOSTRA2551,75

78

Page 79: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Ordem Escolas - 1º Grau Privada Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Núcleo Integrado de Educação Lagoa Nova 45 452 Centro de Educação Integrada Lagoa Nova 345 390 385

3Colégio e Curso Ferro Cardoso Sul

Lagoa Nova 262 652

4 Colégio Objetivo Potiguar Júnior Lagoa Nova 152 8045 CAP Colégio e Curso Lagoa Nova 750 15546 Complexo Ed. Contemporâneo Lagoa Nova 1207 2761 1957,57 Colégio Criativo Lagoa Nova 242 30038 Colégio Objetivo de Natal Lagoa Nova 215 32189 Colégio Oswaldo Cruz de Natal Lagoa Nova 130 334810 Colégio Oswaldo Cruz de Natal Lagoa Nova 77 342511 Centro de Educação Integrada Lagoa Nova 345 3770 353012 Sociedade Ed. Zona Sul Candelária 533 430313 CDF Colégio e Curso - R. Freire Capim Macio 202 450514 CAP Colégio e Curso Capim Macio 237 474215 Colégio Executivo Capim Macio 870 5612 5102,516 Colégio e Curso Galileu Capim Macio 206 581817 Colégio Espaço Aberto Pitimbu 123 594118 Centro Ed. Nosso Amiguinho Pitimbu 118 605919 Escola Piaget Pitimbu 254 631320 Colégio Emília Pitimbu 104 641721 Instituto Brasil Pitimbu 329 6746 667522 Colégio Executivo Teorema Neópolis 290 703623 Colégio Ação Ltda Neópolis 325 736124 Jardim Esc. Tilim Neópolis 503 786425 Escola Coeduc Neópolis 181 804526 Centro de Educação Integrada Neópolis 982 9027 8247,527 Colégio Executivo Ponta Negra 281 930828 Intelecto Colégio e Curso Ponta Negra 127 9435

INTERVALO

DA AMOSTRA1572,50

Ordem Escola - 2º Grau Pública Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Prof. Luiz Antonio Lagoa Nova 403 403 642 Prof. Acrísio Freire Lagoa Nova 353 7563 Castro Alves Lagoa Nova 374 11304 Des. Régulo Tinoco Lagoa Nova 117 12475 Gov. Walfredo Gurgel Candelária 802 20496 Des. Floriano Cavalcanti Capim Macio 1698 3747 22827 Antonio Pinto de Medeiros Pitimbu 379 41268 Djalma Marinho Pitimbu 224 43509 Ferreira Itajubá Neópolis 299 4649 450010 Berilo Wanderley Neópolis 1255 590411 Lourdes Guilherme Ponta Negra 220 612412 José F. Machado Ponta Negra 530 6654

INTERVALODA AMOSTRA

2218,00

79

Page 80: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Ordem Escola - 2º Grau Privada Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Núcleo Integrado de Educação Lagoa Nova 187 1872 Colégio e Curso Ferro Cardoso Sul Lagoa Nova 259 4463 CAP Colégio e Curso Lagoa Nova 315 7614 Complexo Ed. Contemporâneo Lagoa Nova 341 11025 Colégio Criativo Lagoa Nova 71 1173 11206 Colégio Objetivo de Natal Lagoa Nova 544 17177 Sociedade Ed. Zona Sul Candelária 510 22278 CDF Colégio e Curso - R. Freire Capim Macio 220 2447 2401,679 CAP Colégio e Curso Capim Macio 341 278810 Colégio Executivo Capim Macio 323 311111 Instituto Brasil Pitimbu 130 324112 Colégio Executivo Teorema Neópolis 218 345913 Escola Coeduc Neópolis 35 349414 Centro de Educação Integrada Neópolis 302 3796 3683,3415 Colégio Executivo Ponta Negra 49 3845

INTERVALODA AMOSTRA

1281,67

80

Page 81: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

As Escolas selecionadas para o Distrito Leste

Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Esc. Santos Reis Santos Reis 493 493 2082 Henrique Castriciano Santos Reis 361 8543 Profª Josefa Sampaio Santos Reis 283 11374 Café Filho Santos Reis 419 15565 Leão XIII Rocas 256 18126 Isabel Gondim Rocas 355 2167 1961,857 Pe. Monte Ribeira 638 28058 Esc. Técn. Com. Ulisses de Góis Ribeira 624 34299 José Maria de Albuquerque Ribeira 251 368010 Profª Laura Maia Praia do Meio 118 3798 3715,711 Profª Olda Marinho Praia do Meio 121 391912 Profª Mareci dos Santos Cidade Alta 192 411113 4° Centenário Cidade Alta 456 456714 Passo da Pátria Cidade Alta 265 483215 Col. Cooperativista Independente Petrópolis 181 501316 Alberto Torres Petrópolis 803 5816 5469,5517 Augusto Severo Petrópolis 1513 7329 7223,418 C. E. Atheneu Norte-Rio-grandense Petrópolis 261 759019 Pedro Mendes Gouveia Areia Preta 216 780620 Antonio Campos e Silva Mãe Luiza 350 815621 Prof. Severino B. de Melo Mãe Luiza 604 876022 Selva Capistrano Lopes da Silva Mãe Luiza 460 9220 8977,2523 Senador Dinarte Mariz Mãe Luiza 659 987924 Mons. Alfredo Pegado Mãe Luiza 586 1046525 Casa do Menor Trabalhador Alecrim 329 10794 10731,126 Instituto Ary Parreiras Alecrim 2066 12860 12484,9527 Instituto Pe. Miguelinho Alecrim 490 1335028 João XXIII Alecrim 871 1422129 Juvenal Lamartine Alecrim 565 14786 14238,830 Prof. João Tibúrcio Alecrim 1468 16254 15992,6531 Profª Stela Gonçalves Alecrim 301 1655532 Mons. Joaquim Honório Alecrim 524 1707933 Alm. Newton Braga Faria Alecrim 593 1767234 Calazans Pinheiro Alecrim 1327 18999 17746,535 Colégio Tiradentes Barro Vermelho 760 19759 19500,3536 Jerônimo Gueiros Barro Vermelho 424 2018337 Clementino Câmara Barro Vermelho 509 2069238 Sebastião F. de Oliveira Tirol 499 2119139 Prof. Bartolomeu Fagundes Tirol 265 21456 21254,240 Dr.Manuel Dantas Tirol 261 2171741 Mascarenhas Homem Lagoa Seca 387 2210442 Nestor Lima Lagoa Seca 696 22800

INTERVALODA AMOSTRA

1753,85

81

Page 82: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Ordem Escola - 1º Grau Privada Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Esc. São José Rocas 433 433 4092 Pe. Frederico Pastor Rocas 197 6303 Colégio Salesiano São José Ribeira 1021 16514 Master Colégio e Curso Cidade Alta 156 18075 Colégio e Curso Ferro Cardoso Cidade Alta 382 2189 1983,226 Colégio Dinâmico Cidade Alta 349 25387 Colégio Imaculada Conceição Cidade Alta 787 33258 Colégio Paula Frassinetti Cidade Alta 229 35549 Colégio Marista de Natal Cidade Alta 1535 5089 3557,4410 Exito Colégio e Curso Alecrim 184 5273 5131,6611 Jardim Escola A Turma da Lulu Alecrim 91 536412 Profª Adonina Damasceno Alecrim 163 552713 Instituto Reis Magos Alecrim 659 618614 Instituto Sagrada Família Alecrim 527 6713 6705,8815 Dom Marcolino Dantas Alecrim 288 700116 Col. N.S. das Neves Alecrim 1892 8893 8280,117 Centro Ed. Adventista de Natal Barro Vermelho 185 907818 Centro Ed. Maristela Barro Vermelho 704 978219 Colégio Americano Batista Barro Vermelho 113 9895 9854,32

20Jardim Esc. Chapeuzinho Vermelho

Barro Vermelho 160 10055

21 Escola Freinet Tirol 180 1023522 Instituto Maria Auxiliadora Tirol 1203 11438 11428,5423 Escola Doméstica de Natal Tirol 581 1201924 Col. N.S. de Fátima Tirol 240 1225925 Colégio Geo-Stúdio Tirol 195 1245426 Complexo Ed. Henrique Castriciano Tirol 972 13426 13002,7627 Colégio Batista Bereiano Tirol 482 13908

28Centro de Ens. Assembléia de Deus

Lagoa Seca 170 14078

29 Casa Escola Lagoa Seca 90 14168

INTERVALODA AMOSTRA

1574,22

Ordem Escola - 2º Grau Pública Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Esc. Santos Reis Santos Reis 268 2682 Pe. Monte Ribeira 625 8933 Domingos Sávio Ribeira 358 12514 Esc. Técn. Com. Ulisses de Góis Ribeira 418 1669 15795 Winston Churchill Cidade Alta 2863 45326 Prof. Anísio Teixeira Petrópolis 2741 7273 5236,27 C. E. Atheneu Norte-Rio-grandense Petrópolis 2435 9708 8893,48 Senador Dinarte Mariz Mãe Luiza 116 98249 Instituto Pe. Miguelinho Alecrim 1937 1176110 Prof. Amphilóquio Câmara Alecrim 932 12693 12550,611 Alm. Newton Braga Faria Alecrim 267 1296012 Jerônimo Gueiros Barro Vermelho 333 1329313 CEFETERN Tirol 3769 17062 16207,814 Sebastião F. de Oliveira Tirol 277 1733915 Mascarenhas Homem Lagoa Seca 451 1779016 Nestor Lima Lagoa Seca 496 18286

INTERVALODA AMOSTRA

3657,20

82

Page 83: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Ordem Escola - 2º Grau Privada Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Educandário Santos Reis Santos Reis 122 122

2 Colégio Salesiano São José Ribeira 835 957

3 Master Colégio e Curso Cidade Alta 208 1165 10134 Colégio e Curso Ferro Cardoso Cidade Alta 291 1456

5 Colégio Dinâmico Cidade Alta 270 1726

6 Colégio Imaculada Conceição Cidade Alta 397 2123

7 Colégio Paula Frassinetti Cidade Alta 370 2493 2293,48 Colégio Marista de Natal Cidade Alta 644 3137

9 Instituto Reis Magos Alecrim 180 3317

10 Instituto Sagrada Família Alecrim 297 3614 3573,811 Col. N.S. das Neves Alecrim 781 4395

12 Centro Ed. Maristela Barro Vermelho 169 4564

13 Instituto Maria Auxiliadora Tirol 492 5056 4854,214 Escola Doméstica de Natal Tirol 196 5252

15 Colégio Hipócrates Tirol 309 5561

16 Colégio Geo-Stúdio Tirol 365 5926

17 Complexo Ed. Henrique Castriciano Tirol 362 6288 6134,618 Colégio Batista Bereiano Tirol 114 6402

INTERVALO

DA AMOSTRA1280,40

83

Page 84: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

As Escolas selecionadas para o Distrito Oeste

Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida

AcumulativaDesignação

Amostra

1 Profª Angélica de Almeida Moura Quintas 234 2342 Ferreira Itajubá Quintas 1163 13973 Prof. Berilo Wanderley Quintas 526 19234 Nossa Senhora das Dores Quintas 202 21255 Profª Maria Lídia Quintas 192 23176 Profª Maria Montezuma Quintas 332 26497 Prof. Theodulo Câmara Quintas 210 2859 26728 Rotary Club Natal Alecrim Quintas 199 30589 Rotary Quintas 830 388810 Felizardo Moura Quintas 374 426211 Dr. Graciliano Lordão Quintas 650 491212 Sen. Jessé Pinto Freire Bairro Nordeste 255 516713 Chico Santeiro Bairro Nordeste 536 570314 Imperial Marinheiro Bairro Nordeste 490 6193 5830,915 Prof. Mário Lira Dix-Sept Rosado 428 662116 Prof. Joaquim Lourival Dix-Sept Rosado 157 677817 Prof. Luiz Soares Dix-Sept Rosado 768 754618 Prof. Luiz Soares Dix-Sept Rosado 518 806419 Esc. Ambulatório Matias Moreira Dix-Sept Rosado 443 850720 Profª Francisca Ferreira da Silva Bom Pastor 1086 9593 8989,821 Profª Maria Ilka de Moura Bom Pastor 759 1035222 Jean Mermoz Bom Pastor 1304 1165623 Dep. Márcio Marinho Bom Pastor 504 12160 12148,724 Prof. Zuza N.S. de Nazaré 1179 1333925 São Francisco de Assis N.S. de Nazaré 575 1391426 Profª Judith B. de Melo N.S. de Nazaré 582 1449627 Soldado Luiz Gonzaga N.S. de Nazaré 769 1526528 Prof. Veríssimo de Melo Felipe Camarão 1481 16746 15307,629 Djalma Maranhão Felipe Camarão 532 1727830 Prof. Bernardo do Nascimento Felipe Camarão 1003 1828131 Profª Maria Queiroz Felipe Camarão 1297 19578 18466,532 Escola União Felipe Camarão 447 2002533 Esc. Eurípedes Barsanufo Felipe Camarão 302 2032734 12 de Outubro Felipe Camarão 670 2099735 N.S. das Graças Cidade da Esperança 236 2123336 Celestino Pimentel Cidade da Esperança 1615 22848 21625,437 Profª Ivonete Maciel Cidade da Esperança 289 2313738 Raimundo Soares Cidade da Esperança 1030 2416739 Lauro de Castro Cidade da Esperança 683 24850 24784,340 Mons. Mata Cidade da Esperança 355 2520541 Belém Câmara Cidade da Esperança 1019 2622442 Profª Emília Ramos Cidade Nova 529 2675343 Prof. Luiz Maranhão Filho Cidade Nova 1216 27969 27943,244 Profª Maria Luiza Alves da Costa Cidade Nova 631 2860045 União do Povo da Cidade Nova Cidade Nova 1337 2993746 Profª Almerinda Bezerra Furtado Guarapes 526 3046347 Prof. Francisco de Assis Cavalcanti Guarapes 1126 31589 31102,1

INTERVALODA AMOSTRA

3158,90

84

Page 85: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Obs - Em relação às Escolas particulares do 1º grau do Distrito Oeste e as

Escolas do 2º Grau:

Como o número de escolas privadas do 1º grau (7 escolas) e escolas públicas

(2 escolas) e privadas (10 escolas) do 2º grau não é superior a 10, optou-se,

por conveniência, por escolher as maiores escolas deste distrito. Neste caso:

Escola Privada do 1º grau

selecionada:

Fund. Bradesco Esc. de Natal no bairro de Felipe

Camarão

Escola Pública do 2º grau

selecionada:Prof. Ivo Cavalcanti no bairro de Dix-Sept-Rosado

Escola Privada do 2º grau

selecionada:

Fund. Bradesco Esc. de Natal no bairro de Felipe

Camarão

85

Page 86: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

8.1.3 DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS

Distribuição dos Alunos Matriculados no Município de NatalSegundo o Nível e Natureza da Instituição-2000

Norte Sul Leste Oeste Total

Público 42556 20414 22800 31589 117359

Privado 4830 9435 14168 2277 30710

47386 29849 36968 33866 148069

Público 5909 6654 18286 5815 36664

Privado 660 3845 6402 476 11383

6569 10499 24688 6291 48047

Total 53955 40348 61656 40157 196116

Fonte: Secretarias de Educação do Estado e do Município

Distritos

Sub-Total

1º Grau

2º Grau

Sub-Total

Distribuição Percentual dos Alunos Matriculados no Município de NatalSegundo o Nível e Natureza da Instituição-2000

% Norte % Sul % Leste % Oeste Total

Público 89,81 68,39 61,67 93,28 79,26Privado 10,19 31,61 38,33 6,72 20,74

100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Público 89,95 63,38 74,07 92,43 76,31Privado 10,05 36,62 25,93 7,57 23,69

100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Total (1º G) 87,83 73,98 59,96 84,33 75,50

Total (2º G) 12,17 26,02 40,04 15,67 24,50

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Fonte: Secretarias de Educação do Estado e do Município

2º Grau

Sub-Total

1º Grau

Sub-Total

Distritos

86

Page 87: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ANEXO 8.2 QUESTIONÁRIO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO

INQUÉRITO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO

DE NATAL PARA AVALIAÇÃO DAS PARASITOSES, CONDIÇÕES

OFTALMOLÓGICAS E SOROLÓGICAS DE TOXOCARÍASE,

TOXOPLASMOSE E ANCILOSTOMOSE

N°. de ordem_________

NOME: _____________________________________________________

INFORMAÇÕES SÓCIO-DEMOGRÁFICAS

1.SEXO: M ( ) F ( )

2.IDADE: ________ANOS

3.COR: B ( ) M ( ) N ( )

4.DATA DE NASCIMENTO: ___/ ___/ _____

5.NATURALIDADE

(Cidade/Estado):_________________6.Nacionalidade(País):__________

7.ENDEREÇO ATUAL

Rua:_______________________________________________n°._______apt°._____

Bairro:___________________________________ Cidade__________________

8.Telefone:residencial________________celular__________________comunitário___

9. DISTRITO SANITÁRIO DA RESIDÊNCIA: _____________________

10 TIPO DE RESIDÊNCIA: casa ( ) apt°. ( )

11.Quantos cômodos (compartimentos) têm em sua casa?_____________

12.Quantos banheiros têm em sua casa?__________________

13. Tem quintal com terra? Sim ( ) Não ( )

13.Quantas pessoas moram com você?____________

14. A água de sua casa é: Encanada ( ) Poço ou cacimbão ( )

15. Para onde vão os dejetos de sua casa? Esgoto ( ) Fossa ( ) Céu aberto ( )

Não sabe ( )

16. A coleta de lixo (o carro do lixo) em sua rua é regular ? Sim ( ) Não ( )

17. Sempre morou neste endereço? Sim ( ) Não ( )

(Em caso da resposta ser sim saltar para a questão 19)

87

Page 88: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

18.ENDEREÇO ANTERIOR:

Rua:__________________________________________n°._____________apt°.____

_________

Bairro:_____________________Distrito Sanitário _________________________

Cidade:___________________________

Quanto tempo morou neste endereço?________________anos

________________meses

Qual o tipo de residência ? casa ( ) apartamento ( )

Tinha gatos ou cachorros na casa onde você morou antes? Gato ( ) Cachorro ( )

Não ( )

E na vizinhança? Sim ( ) Não ( )

19. ESCOLA (nome)______________________________Pública ( ) Privada ou

particular ( )

20.Nível: 1° Grau ( ) 2° Grau ( )

21 Série: _________________Turno: Mat. ( ) Vesp ( ) Not ( )

22.Foi reprovado alguma vez na escola? Sim ( ) Não ( )

FAMÍLIA:

23.Profissão: Pai: ___________________________ Mãe: ______________________

24.Nível escolar do Pai:

Não sabe ler nem escrever ( ) 1° Grau incompleto( ) 1° Grau completo ( )

2° Grau incompleto ( ) 2° Grau completo ( ) Universitário ( )

25.Nível escolar da Mãe :

Não sabe ler nem escrever ( ) 1° Grau incompleto( ) 1° Grau completo ( )

2° Grau incompleto ( ) 2° Grau completo ( ) Universitário ( )

26.Quantos aparelhos de televisão há em casa ?______________

27.Quantas geladeiras (refrigeradores) ?____________

28.Tem vídeo-cassete em casa? Sim ( ) Não ( ) Quantos? ( )

29.Tem computador em sua casa? Sim ( ) Não ( )

30.Tem carro em casa? Sim ( ) Não ( ) Quantos ?_________

CONTATO COM GATOS E CACHORROS

31.Você teve ou tem gato ou cachorro ?

Gato: Sim ( ) Não ( ) Cachorro: Sim ( ) Não ( ) Filhote ( )

32.Quantos: ____________ Quantos: ____________

33.Aonde ele(s) vive(m) ?

Somente dentro de casa ( ) Somente dentro de casa ( )

88

Page 89: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

Somente fora de casa ( ) Somente fora de casa ( )

Dentro e fora de casa ( ) Dentro e fora de casa ( )

34.Tem gatos ou cachorros na vizinhança ? Gato ( ) Cachorro ( ) Não ( )

35.Você tem o hábito de brincar com eles ?

Gato: Sim ( ) Não ( )

Cachorro: Sim ( ) Não ( )

36.Seu gato ou cachorro já teve alguma doença ?

Gato: Sim ( ) Não ( ) Não sabe( )

Cachorro: Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

37. Se Sim qual doença?_______________ Não sabe ( )

38. Seu gato ou cachorro já foi vacinado ?

Gato: Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

Cachorro: Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

39.Contra quais doenças ?

Gato: ____________________Não sabe( ) Cachorro: ________________Não

sabe ( )

____________________ ________________

____________________ ________________

CONTATO COM OUTROS ANIMAIS

40.Neste último ano (12 meses) você teve algum outro tipo de animal de estimação,

que não fosse gato ou cachorro ?

Sim ( ) Não ( )

41.Quais ?

Cavalo ( ) Porco ( ) Rato ( ) Galinha ( )

Pássaro ( ) Coelho ( ) Pombo ( ) Vaca ( )

Outros ( )

42.Você ajudou no nascimento de algum animal ? (tocando, segurando)

Sim ( ) Não ( )

43.Quais ?

Gato ( ) Porco ( ) Carneiro ( ) Galinha ( )

Cachorro ( ) Coelho ( ) Bode/Cabra ( ) Vaca ( )

Outros ( ) Cavalo ( )

89

Page 90: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

HÁBITOS DE VIDA

44.Hábito de brincar em terra (quintal, campo de futebol, praça): Sim ( )Não ( )

45.Hábito de andar descalço: Sim ( )Não ( )

46.Costume de ir à praia: Sim ( )Não ( )

47.Costume de ir à granja, sitio ou fazenda: Sim ( )Não ( )

48.Contato com águas naturais (rio, lagoa, açude): Sim ( )Não ( )

49.Costuma beber água de poço, lagoa ou rio ? Sim ( )Não ( )

50.Costuma comer algum tipo de carne crua ou mal passada ?

Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

HÁBITOS DOMÉSTICOS

51.Na sua casa, onde se costuma comprar carne (boi, porco) ?

Açougue ( ) Feira ( ) Mercado ( ) Supermercado ( ) Não sabe ( )

52.Na sua casa, onde se costuma comprar produtos diários (leite, queijo, ovos, etc) ?

Feira ( ) Mercado ( ) Supermercado ( ) Não sabe ( )

53.Na sua casa, onde se costuma comprar frutas, verduras e legumes ?

Feira ( ) Mercado ( ) Supermercado ( ) Não sabe ( )

54. Na sua casa tem horta (plantação) ? Sim ( ) Não ( )

(Em caso de resposta negativa saltar para a questão 60)

55. Se sim, vocês comem destes alimentos que são plantados em casa? Sim ( ) Não

( )

56. De onde vem a água que é usada para aguar essa plantação?

______________________

DOENÇAS

57.Você já teve coceira nos pés e pernas que deixou um caminho na pele (bicho

geográfico ou larva migrans cutânea) ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

58.Você já teve verminoses ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

59.Você tem alguma doença no momento ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

60.Se sim, qual ?______________________

61.Você está tomando algum remédio atualmente ? Sim ( ) Não ( )

62.Você costuma tomar algum tipo de remédio ? Sim ( ) Não ( )

63.Qual ?_______________________________ Não sabe ( )

64.Você já tomou algum remédio para vermes ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

65.Você tem algum problema de vista ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

90

Page 91: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

66.Você já fez algum tratamento para a visão ? Sim ( ) Não ( )Não sabe ( )

67. Presença dos pais na entrevista? Sim ( ) Não ( )

PROTOCOLO LABORATORIAL

HEMOGLOBINA: Valores_______________normal ( ) baixa ( )

HEMÁCIAS: Valores_______________normal ( ) baixa ( )

HEMATÓCRITO: Valores_______________normal ( ) baixo ( )

VCM: Valores________não microcítico ( ) microcítico ( ) macrocítico ( )

HCM: Valores____________não hipocrômica ( ) hipocrômica ( )

PLAQUETAS: Valores_______________normal ( ) anormal ( )

LEUCÓCITOS: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado( )

LINFÓCITOS: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado( )

EOSINÓFILOS: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado( )

FERRO SÉRICO: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado ( )

SOROLOGIA TOXOPLASMOSE:IGg___________________IGm_________________

91

Page 92: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

QUEIXAS OCULARES

( ) BAV ( ) Hiperemia ocular ( ) Prurido ocular Tempo:______________________

( ) Desvio ( ) Outra(s)_________________________________________________________________________

ANTECEDENTES

EXAME OFTALMOLÓGICO

OLHO DIREITO OLHO ESQUERDO

PUPILADef. pup. aferente ?

MOTILIDADEOCULARET ET’XT XT’

HTVERSÕES:

Pálpebras e cílios

Conjuntiva e esclera

Córnea

Câmara anterior e íris

Cristalino

Vítreo anterior

PIO

FUNDO DE OLHO

1. TOXOPLASMOSE

I

II

III

92

Page 93: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

2. DUSN

OLHO DIREITO OLHO ESQUERDO

Vitreíte

Coriorretinitemultifocal

Vasculite

Larva / Tamanho

Túneis

Pontos brancos

Pontoshiperpigmentados

Aumento do reflexo

Edema retiniano

Atrofia do EPR

Palidez de papila

Estreitamento vascular

3. OUTROS ACHADOS

.

.

.

.

.

.

.

93

Page 94: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

8.3 TERMO DE CONSENTIMENTO CONSCIENTE

Eu,_________________________________________, responsável pelo

menor de 18 anos, _______________________________________, fui

devidamente informado sobre o estudo “Pesquisa epidemiológica de doenças

oculares de origem infecciosa na população de crianças e adultos jovens no

Município de Natal”. Concordo com a participação no estudo e autorizo a coleta

de material para exames de sangue e outros que se façam necessários. Estou

ciente de que receberei todo o apoio e cuidados profissionais dos Médicos

responsáveis pela pesquisa, procurarei seguir as orientações recebidas da

melhor maneira possível, sabendo também que poderei desligar-me do projeto

em qualquer momento, caso julgue conveniente.

Natal, _____ / _____ / _____

Participante

Responsável

94

Page 95: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

8.4 RESUMO DE TRABALHOS

LATE-STAGE DIFFUSE UNILATERAL SUBACUTE NEURORETINITIS:

THE IMPACT OF PHOTHOCOAGULATION OF THE WORM ON VISUAL

OUTCOME

Carlos Alexandre de A. Garcia MD, Alexandre H.B. Gomes MD,

& Raul N. G. Vianna MD, PhD, João Pessoa Souza Filho MD, MSc, Carlos A .

de A .Garcia Filho MD & Fernando Oréfice MD, PhD

Retina an Vireous Unit, Department of Ophthalmology, Federal University of Rio

Grande do Norte, Natal, Brazil (CAAG, AHBG, CAAGF).

Retina an Vireous Unit, Department of Ophthalmology, Fluminense Federal

University, Niteroi, Brazil (RNGV).

The Henry C. Witelson Laboratory of Ocular Pathology, Department of

Ophthalmology, McGill University, Montreal, Canada (JPSF).

Uveitis Clinic, Department of Ophthalmology, Federal University of Minas

Gerais, Belo Horizonte, Brazil (FO).

Correspondence to: Carlos Alexandre Garcia, MD

Prontoclinica de Olhos

Rua Ceara Mirim, 316, TIROL

NATAL – RIO GRANDE DO NORTE- BRAZIL

CEP: 59020-240

E-mail: [email protected]

95

Page 96: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

PURPOSE: To evaluate the visual outcome following direct laser

photocoagulation of the worm in patients with late-stage diffuse unilateral

subacute neuroretinitis (DUSN).

METHODS: The study reports on 22 DUSN patients diagnosed in its late

stage, in whom the worm was identified and subsequently destroyed by laser

photocoagulation. Information gathered included initial and final visual acuities

and length of follow-up. Statistical analysis was performed with the Paired

Student’s t-Test. A P value of less than .05 was considered siginificant.

RESULTS: After a mean follow-up of 13.1 months, visual acuity improved in 2

patients, remained unchanged in 19 patients and decreased in one patient.

Comparison of the visual outcome before and after laser treatment was not

statistically significant (p = 0.302).

CONCLUSION: Destruction of the worm by laser photocoagulation in eyes with

late-stage DUSN does not improve the visual acuity of affected patients.

KEY-WORDS: Diffuse unilateral subacute neuroretinitis, DUSN, laser,

photocoagulation, visual acuity.

96

Page 97: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

PREVALENCE OF FUNDUSCOPIC ALTERATIONS IN STUDENTS OF

NATAL/BRAZIL

Carlos Alexandre de Amorim Garcia1 , Luciana Luna de Andrade2,

Gabrielle Fernandes Dutra Nobre2, Fabiano Nunes Rocha3, Sílvio Carneiro

da Cunha Filho4 .

1. Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte,

(UFRN) Natal/Brazil.

2. Second-year medical resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University

Hospital (HUOL) (UFRN).

3. Third-year medical resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University

Hospital (HUOL) (UFRN).

4. Medical Doctor, former resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University

Hospital (HUOL) (UFRN).

Correspondence: Carlos Alexandre de Amorim Garcia. Rua Ceará Mirim,316,

Tirol – Natal (RN) CEP 59020-240 FAX (084) 211-5888

E-mail: [email protected]

97

Page 98: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

Purpose: To assess the prevalence of fundus oculi abnormalities in students of

elementary and secondary public and private schools in Natal/Brazil. Methods:

An ophthalmological examination was performed on 1.024 students aged 5 to

46 years from March to June of 2001. Results: 5.4% were diagnosed as having

fundus oculi abnormalities. These abnormalities, were distributed as follows:

white without pressure 1.1%; corioretinitis scars clinically suggestive as

toxoplasmosis 1.0%; atrophy of the retinal pigmented epithelium 0.8%;

choroidal nevus 0.5%; large cup 0.4%; lattice degeneration 0.3%; myopic

fundus 0.2%; operculated tear 0.2%; augmented vascular tortuosity 0.2%;

granuloma clinically suggestive as toxocariasis 0.2%; optic disc hypoplasia

0.1%; myelinated nerve fibres 0.1%; persistent hyaloid artery 0.1%; retinopathy

with salt and pepper appearance 0.1%; retinoschisis 0.1%; subretinal

neovascular membrane 0.1%. Conclusion: The results showed low

frequencies of fundus oculi abnormalities. However, children suffering from

serious visual impairment do not attend school, and we cannot generalize the

results for the whole population.

Keywords: Funduscopy; Prevalence; School health; Health education;

Epidemiology/Fundus Oculi.

98

Page 99: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

PREVALENCE OF REFRACTIVE ERRORS IN STUDENTS IN

NORTHEASTERN BRAZIL

Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Fernando Oréfice2 , Gabrielle

Fernandes Dutra Nobre3, Araken Britto de Sousa3, Marta Liliane Ramalho

Rocha3 , Raul N. G. Vianna4

1. Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte,

(UFRN) Natal, Brazil.

2. Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais, Belo

Horizonte, Brazil.

3. Medical residents in Ophthalmology, UFRN, Natal, Brazil.

4. Professor of Ophthalmology, Fluminense Federal University, Rio de Janeiro,

Brazil.

Correspondence

Carlos Alexandre de Amorim Garcia, MD

Rua Ceará Mirim, 316, Tirol. CEP.: 59020-240

Natal - Brazil

e-mail: [email protected]

99

Page 100: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

Objective: To determine the prevalence of refractive errors in the public and

private school system in the city of Natal, Northeastern Brazil. Methods:

Refractometry was performed on both eyes of 1024 randomly selected

students, enrolled in the 2001 school year and the data was evaluated by SPSS

Data Editor 10.0. Ametropia was divided into: 1- from 0.1 to 0.99 diopter (D); 2-

1.0 to 2.99 D; 3- 3.00 to 5.99 D and 4- 6 D or greater. Astigmatism was

regrouped in: I- in favor of the rule (axis from 0 to 30 and 150 to 180 degrees),

in II- against the rule (axis between 60 and 120 degrees) and in III- oblique (axis

between > 30 and < 60 and >120 and <150 degrees). The age groups were

categorized as follows: in 1- 5 to 10 years, 2- 11 to 15 years, 3- 16 to 20 years,

4- over 21 years. Results: Among refractive errors, hypermetropia was the

most common with 71%, followed by astigmatism (34%) and myopia (13.3%).

Of the patients with myopia and hypermetropia, 48.5% and 34.1% had

astigmatism, respectively. With respect to diopters, 58.1% of myopic patients

were in group 1, and 39% distributed between groups 2 and 3. Hypermetropes

were in their majority found in group 1 (61.7%) as well as astigmatism (70.6%).

The association of the astigmatism axes of both eyes showed 92.5% with axis

in favor of the rule in both eyes, while the percentage for those with axis against

the rule was 82.1% and even lower for the oblique axis (50%). Conclusion:

The results found differed from those of most international studies, mainly from

the Orient, which pointed to myopia as the most common refractive error, and

corroborates the national ones, with the majority being hypermetropes.

Keywords: Prevalence, refractive errors, students, myopia, hypermetropia,

astigmatism.

100

Page 101: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

CORRELATION BETWEEN REFRACTION ERRORS AND SOCIO-

ECONOMIC AND EDUCATIONAL LEVELS

Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Fernando Oréfice2 , Dilene de Brito

Souza3 , Marcos Fábio de Almeida Barbosa3 and Ígor Marreiros Pereira

Pinto4

1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN)

2 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais (UFMG)

3 Medical Resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University Hospital (HUOL), UFRN, Natal/Brazil.

4 Medical student, UFRN, Natal/Brazil.

Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University Hospital (HUOL),

UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil.

CORRESPONDENCE

Carlos Alexandre de Amorim Garcia

Rua Ceará Mirim, 316, Tirol, Natal/RN, Brazil – CEP: 59020-240

e-mail: [email protected]

101

Page 102: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

Objective: To correlate socio-economic and educational levels with the

occurrence of ametropia in a group of students in the city of Natal, Northeastern

Brazil. Methodology: 1024 students between the ages of 5 and 46 years

enrolled in the public and private school systems in Natal in 2001, were divided

into 2 groups comprising students with: (I) the poorest, and (II) the best socio-

economic conditions. Frequency of myopia, hypermetropia and astigmatism

were compared in both groups. Ametropia was compared to failing history, as

well as with the father’s educational level. Results: As to the socio-economic

level: 7.4% of the individuals in group I were emmetropic, 8.3% myopic, 27.8%

astigmatic and 56.5% hypermetropic. In group II, 8.3% were myopic, 10% had

no ametropia, 40% were hypermetropic and 41.7% were astigmatic. As to

educational level: there was no difference when ametropia frequency was

compared to failing history. However, a difference was observed with respect to

the father’s educational level. There were more myopic students in the group

whose fathers had a university education (12.9%) than those whose fathers had

an elementary education or were illiterate (6.3%), the opposite occurring with

hypermetropia. Comments: The results found in this current study showed a

difference between ametropia (hypermetropia and astigmatism) and socio-

economic levels, as well as between myopia and hypermetropia and

educational levels.

Keywords: Refractive errors, ametropia, socioeconomic factors, educational

level, students.

102

Page 103: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

PREVALENCE OF STRABISMUS AMONG STUDENTS IN NATAL/RN –

BRAZIL

Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Araken Britto de Sousa2, Marcelo

Bezerra de Melo Mendonça3, Luciana Luna de Andrade2, Fernando Oréfice4 .

1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte

(UFRN)/Brazil.

2 Medical resident, Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University

Hospital (HUOL)/ UFRN.

3 Medical doctor, Department of Ophthalmology, HUOL

4 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais/Brazil

Correspondence:

Carlos Alexandre de Amorim Garcia.

Rua Ceará Mirim,316, Tirol – Natal (RN) CEP 59020-240

Phone and FAX: (55)-84-2115888

E-mail: [email protected]

103

Page 104: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

OBJECTIVES: To estimate the prevalence of strabismus in Natal, Brazil,

among elementary and secondary students from the public and private

educational systems, in addition to detecting possible etiological factors.

METHODS: 1024 students were randomly selected and submitted to a

questionnaire and a complete ophthalmologic examination, by professors and

resident doctors in Ophthalmology at the Federal University of Rio Grande do

Norte. Results: Of 1024 students, 1015 were examined; 29 were found to have

strabismus (2.9%), 21 of which had manifest exotropy (2.1%), 2 had intermittent

exotropy (0.2%) and 6 had esotropy (0.6%). CONCLUSIONS: The strabismus

prevalence of the student population of Natal falls within the range of the

worldwide population. There was ocular lesion in one student (retinochoroiditis

scar on the posterior pole in both eyes) related to strabismus.

Mesh Terms: Strabismus / Epidemiology, Strabismus/Prevention and Control,

Ocular health, School health services, Students

104

Page 105: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

EPIDEMIOLOGIC STUDY OF ANISOMETROPIA IN STUDENTS IN NATAL,

BRAZIL

Carlos Alexandre de Amorim Garcia*, Erymar de Araújo Dantas** ,Araken

Britto de Souza**, Raquel Araújo Costa Uchôa**, Ranni Pereira Santos

Dantas ***

* Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte

(UFRN), Natal/Brazil

** Medical Residents in Ophthalmology (HUOL), UFRN, Natal/Brazil

*** Medical Student, UFRN, Natal/Brazil

Correspondence: Carlos Alexandre de Amorim Garcia

Rua Ceará Mirim, 316, Tirol. CEP.: 59020-240. Natal/RN. Brazil

E-mail: [email protected]

105

Page 106: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

PURPOSE: To perform an epidemiologic study in students in Natal/Brazil, with

relation to refractional anisometropia, evaluating criteria such as: gender, age,

and association with strabismus and amblyopia. METHODS: A study of 1024

students randomly selected from several districts of Natal/Brazil was

undertaken by the Department of Ophthalmology of the Federal University of

Rio Grande do Norte (UFRN), observing the following criteria of refractional

anisometropia > 2 diopters spherical or cylindrical relating it with sex, age,

association with strabismus, amblyopia and anisometropia classification.

RESULTS: We found a prevalence of 2% (n = 21) anisometropia in the

students. The female gender predominated with 81% (n = 17). In students with

anisometropia, we observed an association with strabismus in 9.5% of cases (N

= 2), both with exotropia. The association of anisometropia with amblyopia

occurred in 47,6% of cases (n = 10), with 8 cases of unilateral amblyopia and 2

cases of bilateral amblyopia. CONCLUSIONS: There was a predominance of

anisometropia in females, and an increased prevalence of strabismus and

amblyopia in students with anisometropia.

Key words: anisometropia, amblyopia, students, refractive errors, strabismus.

106

Page 107: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

PREVALENCE OF AMBLYOPIA AMONG STUDENTS IN NATAL/BRAZIL

Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Daniel Alves Montenegro2, Luciana Luna

de Andrade2, Gabrielle Fenades Dutra Nobre 2, Fernando Oréfice3

1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), Natal/Brazil.

2 Medical residents, Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University Hospital (HUOL), UFRN.

3 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte/Brazil

Correspondence:

R. Ceará Mirim, 316, Tirol, Natal – RN

CEP: 59020-240

e-mail: [email protected]

Department of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte

2003

107

Page 108: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of amblyopia in the student

population from the elementary and secondary schools, both public and private,

in Natal/Brazil, relating it to its possible causes. MATERIAL AND METHOD: A

tranversal study where 1024 randomly selected students between the ages

between 5 and 46 years were examined at the Department of Ophthalmology of

the Onofre Lopes University Hospital (HUOL), in Natal/Brazil between March

and May of 2001. Students were considered amblyopic when they presented

best corrected visual acuity less than or equal to 0.7 on the decimal scale in one

or both eyes without any organic lesion detected. RESULTS: Amblyopia

prevalence was 1.95%. The age of the amblyopic students varied between 07

and 22 years, 25% (5/20) from the male sex, 75% (15/20) from the female sex

and 50% (10/20) were bilateral. Anisometropia was found in 45% of the

amblyopic students, 15% had some degree of exotropia, one of them had

anisometropia and strabismus and 45% had no definite etiology.

CONCLUSIONS: The prevalence of amblyopia in the student population from

elementary and secondary schools in the public and private system in

Natal/Brazil was 1.95%, the moderate forms being the most frequent

encountered. It was found more frequently in females, was bilateral in 50% of

the students and was encountered predominantly in the 16 to 20 year age

group. Anisometropia was the most frequent cause of amblyopia in the sample.

The data shows that vision screening programs for school children are

important in preventing irreversible vision loss.

Keywords: Amblyopia; Epidemiology; Students; Anisometropic Amblyopia; Lazy eye.

108

Page 109: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

PREVALENCE OF BIOMICROSCOPIC FINDINGS OF ANTERIOR SEGMENT

AND OCULAR ADNEXAL AMONG STUDENTS IN NATAL/BRAZIL

Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Francisco Irochima Pinheiro2 , Daniel

Alves Montenegro2 , Alexandre Henrique Bezerra Gomes3 , Fernando Oréfice4

1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte

(UFRN)/Brazil.

2 Medical resident, Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University

Hospital (HUOL), UFRN.

3 Medical doctor, Department of Ophthalmology, HUOL

4 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais/Brazil

Correspondence:

Carlos Alexandre de Amorim Garcia.

Rua Ceará Mirim,316, Tirol – Natal (RN) CEP 59020-240

E-mail: [email protected]

Department of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte

2003

109

Page 110: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

Objective: To determine the prevalence of ocular findings of the external

structures and anterior segment of the eye, detected by biomicroscopic

examination in a student population in Natal/Brazil. Material and method: 1024

students from elementary and secondary public and private schools in the city

of Natal/Brazil were evaluated from March to June 2001, after previous random

selection. All were submitted to pre-established standard research norms,

containing identification and demographic information, and biomicroscopic

ophthalmologic examination, using slitlamp, performed by ophthalmologists

from Onofre Lopes University Hospital. Results: Alterations of the conjunctiva

and eyelids were shown to be the most prevalent, (10.4% and 6.2%

respectively). Among these, the presence of follicles and conjunctive papillae

were most clearly shown in the conjunctiva examination with 4.2% and 3.0%,

respectively, while anterior blepharitis, 3.5% and meibomitis, 1.1% were the

most detected abnormalities in the eyelids. Upon examining the cornea, iris,

crystalline and anterior vitreous, the most encountered findings were nobecula

with 0.5%, papillary membrane reliquiae with 0.5%, posterior capsula opacity

with 0.8% and hyaloid arteria reliquiae with 2.0%, respectively. Conclusion:

The most prevalent findings affected the external structures of the eye such as

eyelids and conjunctiva, with greater frequency, represented principally by

anterior blepharitis and follicular reaction of the conjunctiva, respectively. The

greatest prevalence of abnormalities in the cornea, iris, crystalline and anterior

vitreous was nobecula, papillary membrane reliquiae, posterior capsula opacity

and hyaloid arteria reliquiae, respectively.

Keywords: Ocular epidemiology; Biomicroscopic findings; Students.

110

Page 111: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

EARLY-STAGE DIFFUSE UNILATERAL SUBACUTE NEURORETINITIS:

IMPROVEMENT OF VISION AFTER PHOTOCOAGULATION OF THE WORM

CA de A Garcia1, AHB Gomes1, CA de A Garcia Filho1, RNG Vianna2

1 Department of Ophthalmology Federal University of Rio Grande do Norte

Natal, Brazil

2 Department of Ophthalmology of Fluminense Federal University

Niteroi, Brazil

111

Page 112: A importncia da Epidemiologia no avano da Oftalmologia

ABSTRACT

PURPOSE: To evaluate the visual outcome after direct laser photocoagulation

of the worm in patients with early stage dffuse unilateral subacute neuroretinitis

(DUSN).

METHODS: We report on four patients with DUSN diagnosed in its early stage,

in whom the worm was identified and destroyed by laser photocoagulation.

RESULTS: In all the four cases, resolution of the inflammatory multifocal

lesions was achieved within 1 month of treatment. After that period and during

follow-up (mean 11.5 months), visual acuity improved in three eyes and

remained unchanged in one eye.

CONCLUSION: The diagnosis of DUSN in its early stage followed by prompt

location and destruction of the worm by photocoagulation may improve vision of

affected patients.

KEY WORDS: Diffuse unilateral subacute neuroretinitis (DUSN), Laser,

photocoagulation, visual acuity.

Eye (2003) 0, 000-000. doi: 10.1038/sj.eye.6700742.

112