a importância dos grupos de autoajuda no acompanhamento terapêutico de pessoas com transtornos...
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Trabalho de Conclusão de Curso de Aluno Benedito Carlos Alves dos Santos - Pós-Graduação em Saúde Mental para Equipes Multiprofissionais - UNIP - São Paulo - Paraíso - Vida Mental Saúde Mental e Nutricional.TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE PAULISTA
BENEDITO CARLOS ALVES DOS SANTOS
A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS DE AUTOAJUDA NO ACOMPANHAMENTO
TERAPÊUTICO DE PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS E FAMILIARES
SÃO PAULO
2013
BENEDITO CARLOS ALVES DOS SANTOS
A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS DE AUTOAJUDA NO ACOMPANHAMENTO
TERAPÊUTICO DE PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS E FAMILIARES
SÃO PAULO
2013
Trabalho de Conclusão de Curso para
obtenção do Título de Pós - Graduação em
Saúde Mental para Equipes
Multiprofissionais apresentado à
Universidade Paulista – UNIP.
Orientadores: Profa. Ana Carolina Schmidt
de Oliveira e Prof. Hewdy Lobo Ribeiro
BENEDITO CARLOS ALVES DOS SANTOS
A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS DE AUTOAJUDA NO ACOMPANHAMENTO
TERAPÊUTICO DE PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS E FAMILIARES
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___
Prof. Hewdy Lobo Ribeiro Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___ Prof. Ana Carolina Schmidt de Oliveira
Universidade Paulista – UNIP
Trabalho de Conclusão de Curso para
obtenção do Título de Pós - Graduação em
Saúde Mental para Equipes
Multiprofissionais apresentado à
Universidade Paulista – UNIP.
Orientadores: Profa. Ana Carolina Schmidt
de Oliveira e Prof. Hewdy Lobo Ribeiro
Dedico esse trabalho:
Aos meus genitores que sempre apostaram
em mim. Dedico também a todo leitor que
como eu tem gosto por esse assunto e
acredita que esse trabalho possa ser uma
proposta de uma ação transformadora na
sociedade.
Benedito Carlos Alves dos Santos
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me criar e me capacitar criar “imitando” um pouco seu “modo de
fazer sempre nova todas as coisas”.
A todos os professores que passaram pelo Curso de Saúde Mental para
Equipes Multiprofissionais e que me ajudaram a entender mais sobre o assunto,
levando-me a compreender um pouco mais os meandros e práticas de manejos de
tão complexo assunto.
À professora Ana Carolina Schmidt de Oliveira, que sempre se mostrou
interessada nesse trabalho, dando as devidas sugestões, acompanhando cada
etapa dando as pistas que possibilitaram para que o mesmo chegasse ao seu
término.
Ao Professor Dr. Hewdy Lobo que possibilitou essa especialização na área de
Saúde Mental para Equipes Multiprofissionais apostando na capacitação de novos
profissionais para respostas concretas às demandas da Saúde Mental em nossa
época.
Benedito Carlos Alves dos Santos
“Gostar de si mesmo, sem egoísmo. Apreciar as pessoas em volta. Cuidar da saúde mental e física. Gostar dos seus horários. Não ficar melancólico, mas guardar na lembrança as melhores coisas da vida. E não abrir mão de ser feliz. A busca da felicidade já justifica a existência.”
Dorival Caymmi
SUMÁRIO
Dedicatória............................................................................................. 04 Agradecimentos..................................................................................... 05 Epígrafe................................................................................................. 06 Sumário................................................................................................. 07 Resumo................................................................................................. 08 I . INTRODUÇÃO....................................................................................... 10 1.1 – Processo Histórico....................................................................... 10 1.2 – Compreensão de Grupos............................................................ 11 1.3 – Grupos de Autoajuda.................................................................. 13 2. OBJETOIVOS GERAIS.......................................................................... 16 3 . MÉTODO............................................................................................ 17 4 . RESULTADOS E DISCUÇÕES........................................................... 18 4.1 - Tabela 1- Artigos sobre autoajuda.............................................. 19
CONCLUSÃO............................................................................................ 25
REFERÊNCIAS........................................................................................ 27
Santos, B.C.A. A Importância dos Grupos de Autoajuda no Acompanhamento Terapêutico de Pessoas com Transtornos Mentais e Familiares. Monografia de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Saúde Mental para Equipes Multiprofissionais, Universidade Paulista, 27 p.
RESUMO
A Saúde Mental sempre foi um tema que despertou a atenção de muitos desde de tempos antigos, passando por vários significados, muitos preconceitos, muitas dores e também grandes avanços no modo de ver a Pessoa com Transtorno, até chegar aos nossos dias. Hoje temos a consciência mais aberta sobre tal tema, de que o indivíduo com Transtorno tem seu sofrimento, mas é um ser que precisa de uma atenção sempre mais humanizada. Os preconceitos tem sido amenizados e os Doentes mentais têm tido o tratamento humanizado que merecem. Para que em parte esses preconceitos fossem amenizados muitos foram os movimentos de várias áreas que contribuíram, entre elas Sociologia, a Antropologia, a Psicologia, e o Direito. Com isso também vieram juntos os grupos psicoterapêuticos trazendo consigo propostas que pudessem contribuir também para amenizar os sofrimentos das pessoas acometidas por doenças mentais. A “psicologia de grupo” vai ser o grande mentor, o carro chefe nessa caminhada. Sendo assim esse trabalho vem apresentar A importância dos Grupos de Autoajuda no acompanhamento Terapêutico de Pessoas com Transtorno Mentais e Familiares. Como base usamos a literatura que trata sobre o assunto de grupos de autoajuda e também uma revisão literária sobre pesquisas apresentadas sobre o mesmo tema.
Palavras-chave: grupos de autoajuda, saúde mental, família, revisão bibliográfica
ABSTRACT
The Mental Health has always been a topic that attracted the attention of many since ancient times, through various meanings, many prejudices, many sorrows and great advances in the way of seeing the person with disorder, until the present day. Today we are aware more open about this issue, that the individual has their suffering Disorder, but is a being who always needs a more human attention. The bias has been minimizedand Mental patients have had humanized the treatment they deserve. For those prejudices were partly mitigated many of the moves were several areas that contributed, including Sociology, Anthropology, Psychology, and Law. With this also came together psychotherapeutic groups bringing proposals that could also help to alleviate the sufferings of the people affected by mental illness. A "group psychology" will be the great mentor, the flagship in this journey. Therefore this work is presenting The Importance of Self-Help Groups in Therapeutic monitoring of Persons with Mental Disorder and Family. As a basis we use the literature that deals with the subject of self-help groups and also a literature review on the research presented on the same topic.
Keywords: self-help groups, mental health, family, literature review.
1 - INTRODUÇÃO
1.1 Processo Histórico
Observando o percurso da história da Saúde Mental, foram muitas as
violências aplicadas a indivíduos consideradas pessoas “loucas”, ditas anormais.
Segundo Cooper (1967), uma vez rotulado, o indivíduo é obrigado a assumir o papel
de doente, ele é coisificado até que se converta no objeto resultante do processo
patológico. Segundo Foucault (1972), é apenas a partir da Idade Média que surgem
as instituições com objetivos específicos de receberem toda espécie de pessoas que
não se incluíam no modelo social dito estruturado.
Muitas lutas e discussões foram necessárias para se chegar ao início da
quebra de preconceitos. Segundo Amarante et al (1995), foi com a realização do V
Congresso Brasileiro de Psiquiatria, em outubro de 1978, que possibilitou iniciar uma
importante discussão política sobre o tema da Saúde Mental. Destacou-se neste
mesmo ano a vinda ao Brasil – Rio de Janeiro - para o I Congresso Brasileiro de
Psicanálise de Grupos e Instituições, autores de renome da Reforma Psiquiátrica,
entre eles: Franco Basaglia, Felix Guattari, Robert Castel e Erving Goffman.
Em 1979 ocorreu em São Paulo o I Encontro Nacional do Movimento dos
Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM). O foco desse evento foram as discussões
centradas na necessidade de um estreitamento mais articulado da Saúde Mental
com outros movimentos sociais para as conquistas Antimanicomiais (AMARANTE et
al, 1995).
O ano de 1987, destacou-se pela realização de dois eventos importantes: a I
Conferência Nacional de Saúde Mental e o II Congresso Nacional do MTSM. Este
segundo evento registrou a importante presença de associações de usuários de
serviços de saúde mental e seus familiares, como a "Loucos pela Vida" de São
Paulo, e a Sociedade de Serviços Gerais para a Integração Social pelo Trabalho
(SOSINTRA) do Rio de Janeiro, entre outras (AMARANTE et al, 1995).
Segundo Macedo (2006), esta luta histórica pelos direitos da pessoa
portadora de transtornos mentais teve, entre outras conquistas, a elaboração da Lei
10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Vale
ressaltar que a aprovação desta lei contou não apenas com o esforço de
profissionais da saúde, mas também em grande parte pelo esforço e mobilizações
de outros setores do conhecimento, como a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia,
e o Direito.
1.2 Compreensão de Grupos
Segundo Foulkes (1963), muito antes de ter aprendido a fazer fogo ou a
construir um abrigo, o homem percebeu qualidades especiais que podiam ser
obtidas da reunião com seus semelhantes. Segundo Osório (2003), só no século XX
os fenômenos grupais passaram a merecer a devida atenção por parte dos
estudiosos do comportamento humano. O autor coloca que, a “psicologia grupal”
surge na confluência de outras disciplinas preexistentes, especificamente entre: a
psicologia, propriamente dita, e a psicologia social. Ainda no processo pré-histórico
da “Psicologia grupal” aponta-se como referências Gustavo Le Bom (1841-1931),
que traz o conceito “Psicologia das Multidões”, usado como material de estudo por
Freud, e Kurt Lewin (1890-1948).
Segundo Zimerman (1999), mesmo que Freud nunca tenha trabalhado
diretamente com grupos, ele trouxe valiosas contribuições à psicologia de grupos
humanos em cinco trabalhos: As perspectivas futuras da terapêutica psicanalítica
(1910), Totem e Tabu (1913), Psicologia das massas e análise do ego (1921), O
futuro de uma ilusão (1927) e Mal estar na civilização (1930).
Na fase histórica da “Psicologia Grupal”, segundo Osório (2003), não se pode
deixar de citar autores como: J.L. Moreno, com a teoria dos papéis; Pichon-Rivière
com a abordagem psicodramática, a teoria dos vínculos e a relação dos grupos com
realização de tarefas que propõem; Von Bertalanffy com a teoria sistêmica; e ainda
Bateson et al., com seus estudos sobre comunicação humana.
Ainda podemos destacar um grande contribuinte desses trabalhos, W.R. Bion,
fortemente influenciado por M. Kein, que traz contribuições de que qualquer grupo
movimenta-se em dois planos: o primeiro, que ele denomina como grupo de
trabalho, opera no plano do consciente e está voltado para a execução de alguma
tarefa; subjacente a esse, existe em estado latente, o grupo de pressupostos
básicos, o qual está radicado no inconsciente e suas manifestações clínicas
correspondem a um primitivo atavismo das pulsões e de fantasias inconscientes
(ZIMERMAN, 1999).
Segundo Osório (2003), a junção de todos esses expoentes citados,
trouxeram grandes contribuições como marcos teóricos para as concepções de
grupo. Pode-se assim resumir as seguintes influências:
- da Dinâmica de grupos, que obteve noções básicas de campo grupal, das
distintas formas de liderança e do exercício da autoridade, bem como do
aprendizado da autenticidade;
- da Psicanálise, sua teoria dos afetos e a compreensão das motivações
inconscientes das ações humanas;
- da Teoria de Vínculos e dos Grupos Operativos, a forma de discernir os
objetivos (tarefas) dos grupos e das instituições e o modo de abordá-los
operativamente, a partir dos vínculos operacionais;
- do Psicodrama, a visualização dos papéis designados no cenário dos
sistemas humanos e a utilização do role-playing como ferramenta operacional.
- da Teoria Sistêmica, a possibilidade de perceber e discernir o jogo interativo
dos indivíduos no contexto grupal e, a partir dessa percepção, catalisar as
mudanças possíveis no sistema, trabalhando com os elementos fornecidos pela
teoria da comunicação humana, no sentido de esclarecer os “mal-entendidos” e
desfazer os “nós comunicacionais”, obstáculos do fluxo operativo.
Para Zimerman (1999), alguns pontos caracterizam um grupo, propriamente
dito, quer psicoterápico ou operativo:
- Um grupo não é uma mera somatória de indivíduos; pelo contrário, ele se
constitui como uma nova entidade, com leis e mecanismos próprios.
- Todos os integrantes estão reunidos, face a face, em torno de uma tarefa e
de um objetivo comum ao interesse de todos eles.
- O tamanho de um grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a
indispensável preservação da comunicação, tanto a visual, como a auditiva e a
conceitual.
-Deve haver a instituição de um enquadre (setting) e o cumprimento das
combinações nele feitas. Assim, além de ter objetivos claramente definidos, o grupo
deve levar em conta a preservação do espaço (os dias e local certo das reuniões),
de tempo (horários, tempo de duração das reuniões, plano de férias, etc.) e a
combinação de regras e outras variáveis que delimitem e normatizem a atividade
grupal proposta.
- O grupo é uma unidade que se comporta como uma totalidade e vice-versa.
Cabe uma analogia com a relação que existe entre as peças separadas de um
quebra-cabeça e deste com o todo a ser armado.
- Apesar de um grupo constituir-se como uma nova entidade, com uma
identidade grupal própria e genuína, é também indispensável que fiquem claramente
preservadas, separadamente, a identidade específica de cada um dos indivíduos
componentes do grupo.
- Nos grupos sempre existira uma hierárquica distribuição de posições, de
papéis, de distintas modalidades e intercambiáveis entre si.
- É inerente à conceituação de grupo, a existência entre seus membros de
alguma forma de intenção afetiva, a qual costuma assumir as mais variadas e
múltiplas formas.
É inevitável a formação de um campo grupal dinâmico, onde gravitam
fantasias, ansiedade, mecanismos defensivos, fenômenos resistenciais e
transferenciais, etc., além de alguns outros fenômenos que são próprios e
específicos dos grupos.
1.3 Grupos de Autoajuda
Tem-se visto que os grupos de autoajuda (“terapêutica de grupo”), segundo Bion
(1975), podem ter dois significados: pode referir-se ao tratamento específico, com
número de indivíduos reunidos para sessões terapêuticas especiais ou pode
relacionar-se a um esforço que conduzem a uma atividade cooperativa de
funcionamento livre. Segundo Savoia (2011), já na década de 1920, Burrow usava
um sistema ainda não chamado de grupos de autoajuda, com a realização de
pequenos grupos incluindo pacientes, familiares e colegas, a fim de estudar em
profundidade o comportamento social. Ainda segundo Savoia (2011), dois grandes
expoentes que não se pode deixar de mencionar em se tratando de grupos de
autoajuda: o primeiro, Adler, que em 1925 já utilizava terapia coletiva para crianças e
adultos; e o segundo, Marsh, psiquiatra que em 1931 também promovia sessões em
grupo para internos psiquiátricos, além de reuniões comunitárias proferindo a
seguinte frase: “Pela multidão foram eles quebrantados; pela multidão serão eles
curados”.
Segundo Mackenzie, apud Bechelli e Santos (2004), os grupos de autoajuda vêm
dar suporte às Pessoas com Transtornos Mentais, bem como aos familiares de
Pessoas com Transtornos Mentais, pois com a Reforma Psiquiátrica percebe-se que
cada vez mais os grupos de autoajuda podem ser um instrumento que venha a
somar diante de grandes desafios que ainda se enfrenta.
Um dos grupos de autoajuda mais reconhecido é o Alcoólicos Anônimos (AA).
Segundo Burns (1995), a origem dos Alcoólicos Anônimos é pouco conhecida,
porém sabe-se que o “fundador primordial” tenha sido Carl Jung com seus co-
fundadores Bill W. e Dr. Bob S. em 1935. São grupos formados por homens e
mulheres que compartilham experiências, fortaleza e esperança para resolverem
seus problemas emocionais comuns e dessa forma se reabilitarem da doença
mental. Assim sendo, partem de um pressuposto de que a identificação e o
compartilhamento de experiências entre pessoas que são acometidas por um
mesmo problema tem grande eficácia terapêutica, (Loeck, 2009).
Seguindo a linha de pensamento de Loeck (2009), esses grupos não são
compostos por profissionais, pois participam deles apenas os indivíduos que se
identificam com a condição a ser tratada, a mesma condição de doença.
Ainda sobre o surgimento desses tipos de grupos pode-se citar Katz, apud Loeck
(2009):
Os grupos de Autoajuda são pequenas estruturas grupais e voluntárias, criadas para a assistência mútua e para o cumprimento de um propósito especial. São normalmente formados por iguais que se juntaram para a assistência mútua no propósito de satisfazer uma necessidade comum, procurando superar uma deficiência ou algum problema relacionado à interrupção do ciclo normal da vida e proporcionando mudanças sociais e/ou pessoais desejadas. Grupos de autoajuda enfatizam a interação social face a face e presumem comprometimento individual por parte dos membros.
Ainda segundo Loeck (2009), os principais serviços que os grupos de autoajuda
oferecem são: as reuniões ou encontros, onde os indivíduos que ali se identificam,
trocam suas experiências a respeito de suas doenças e, também do “processo de
recuperação”, servindo-se também de uma literatura de autoajuda que os mesmos
grupos disponibilizem contendo os principais elementos do programa de
recuperação.
Assim, compreendendo a necessidade de formas mais dignas e humanas de
tratamento da pessoa portadora de Transtornos Mentais, e a escassez de literatura,
principalmente brasileira, que embase cientificamente grupos específicos de
autoajuda, justifica-se a importância de estudos sobre os impactos deste tipo de
grupo sobre a vida de pessoas portadoras destes transtornos e familiares que os
frequentam.
2 . OBJETIVOS GERAIS
O presente estudo tem como objetivo geral verificar a importância e o impacto
da participação em grupos de autoajuda em pessoas portadoras de transtorno
mental e seus familiares.
3. MÉTODO
Para este trabalho foi realizado a revisão bibliográfica sobre o assunto grupo
de autoajuda. As bases de dados utilizadas foram: Scielo, Lilacs e Ebsco Discovery
Service. As palavras chaves foram “grupos de auto- ajuda OR grupos de autoajuda”.
Fora, determinados como critérios de inclusão artigos completos e em português,
que tratem sobre o impacto dos grupos de autoajuda na vida de portadores de
transtornos mentais ou de seus familiares.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na base de dados Scielo foram encontrados 15 artigos com as palavras
chaves “grupos de auto-ajuda OR grupos de autoajuda”, dos quais a partir de
análise dos resumos, foram excluídos os artigos que não tratavam especificamente
de grupos de auto-ajuda (10); artigos que traziam concepções teóricas de doença de
grupos de auto-ajuda (2). Dos 15 artigos encontrados, foram 12 descartados, ficando
assim o total de três deles que nos foram úteis.
Na base de dados Lilacs foram encontrados 16 artigos com as palavras
chaves “grupos de auto-ajuda OR grupos de autoajuda” dos quais a partir de análise
dos resumos, foram excluídos todos os artigos, uma vez que o acesso ao texto
completo não era em português (1); artigos iguais aos do Scielo (2); artigos sobre
grupos de autoajuda que não destinados a portadores de transtornos mentais ou
seus familiares (6); não tratavam especificamente de grupos de auto-ajuda (5); artigo
que não disponibiliza texto completo de forma gratuita (1); artigos que tratem da
concepção teórica de grupo de autoajuda (1).
Na base de dados Ebsco Discovery Service foram encontrados 67 artigos
com as palavras chaves “grupos de auto-ajuda OR grupos de autoajuda” dos quais a
partir de análise dos resumos, foram excluídos artigos que traziam concepções
teóricas de doença de grupos de auto-ajuda (1); não tratavam especificamente de
grupos de auto-ajuda (36); que não tratavam de saúde mental (24); artigos que
abordaram uma perspectiva de saúde pública/ política dos grupos de autoajuda (1);
artigos sobre grupos de autoajuda que não destinados a portadores de transtornos
mentais ou seus familiares (2); texto de apresentação de livro (1); Descartados os
demais, foram selecionados apenas 2 artigos. Assim foram selecionados 05 artigos
que contribuíram para essa revisão bibliográfica sobre a importância de grupos de
autoajuda no acompanhamento terapêutico para pessoas com transtornos mentais e
seus familiares. Segue abaixo tabela com resumo dos artigos selecionados com
discussão de caso.
Tabela 1- Artigos sobre autoajuda
Autores. Ano. Título Tipo de
Grupo.
Amostra
Metodologia Resultados Conclusão
ROEHE.
2004.
Experiência
religiosa em
grupos de auto-
ajuda: o
exemplo de
neuróticos
anônimos.
Neuróticos
Anônimos
(N/A). 06
participantes.
Observação de
reuniões de
N/A e
entrevista com
participantes
do grupo.
A religião é fator
determinante no
processo de
pessoas em
grupos de
autoajuda.
A experiência
religiosa pode ser
requisito para
“cura” em grupos
de autoajuda.
FILZOLA et al.
2009.
Alcoolismo e
família: a
vivência de
mulheres
participantes do
grupo de
autoajuda Al-
Anon.
AL-Anon. 06
mulheres.
Entrevistas
simiestruturada
s
Resultados em
três categorias
estruturais: 1)
Negando o
alcoolismo e
sofrendo suas
consequências ;
2) Buscando
ajuda,
aprendendo
com o grupo; 3)
Esperando a
cura,
experimentando
a sobriedade e
enfrentando as
recaídas.
Além do apoio da
família e da
religião, as
mulheres
apontaram a
importância do
grupo de
autoajuda para
ampará-las no
enfrentamento
dos problemas
decorrentes do
alcoolismo.
REBELO.
2005.
Importância da
entreajuda no
apoio a pais em
luto.
Grupos de
entreajuda.
19 membros.
Observação de
Encontros
temáticos
sobre as fases
de progressão
do luto,
moderados por
dois pais com
lutos muito
experientes.
Pais que
chegaram ao
GEA com lutos
menores do que
um ano,
encontraram um
suporte social
eficaz, enquanto
os que
chegaram no
segundo ano
Os grupos de
pessoas em luto
é um auxiliar
terapêutico eficaz
no sentido de
evolução
saudável do
processo
individual do luto.
apresentavam
desorganização
emocional muito
intensa.
Loeck, J. F.
2009
Adicção e ajuda
mútua: Estudo
Antropológico
de Grupos
Narcóticos
Anônimos na
Cidade de Porto
Alegre (RS).
Narcóticos
Anônimos
(AA).
Pesquisa
etnográfica
junto aos
grupos de
Narcóticos
Anônimos
Usuários de
substâncias
psicoativas
lícitas ou ilícitas,
são muitas
vezes são vistos
como
desviantes em
relação ao
padrão de
comportamento
considerado
normal, ou seja,
estão sujeitos a
sofrer
estigmatização
social.
O anonimato
proposto pelo
grupo funciona
justamente como
uma espécie de
proteção aos
seus membros e
que o fato de
estarem
participando de
um “programa de
recuperação”
muitas vezes,
pode ser um fator
mantenedor do
estigma, quando
consideramos a
sociedade mais
ampla.
LIMA, Helder
de Pádua et
al. 2010
Grupo de
Autoajuda como
modalidade de
tratamento para
pessoas com
dependência de
álcool
Alcoólicos
Anônimos
(AA). 20
membros.
Estudo
descritivo com
abordagem
qualitativa com
entrevistas
individuais
O grupos de
auto ajuda são
respostas
positivas para
sujeitos
encontrão
dificuldades
para mudar
comportamento
sozinhos e que
com isso
buscaram por
serviços da rede
de atenção e
grupos de apio.
Os grupos de
autoajuda
possibilitam obter
apoio afetivo e
emocional
Fatores
fundamentais
para respostas
positivas e
afetivas que
geram bem-estar.
Esse bem estar
esse que é
proporcionado
pela oportunidade
de expressar
sentimentos
como: angústia,
medo, ganhos e
perdas.
Como podemos observar pela pesquisa de artigos sobre o tema Grupos de
Autoajuda, vários são os trabalhos apresentados, mas especificamente dentro do
modelo de autoajuda, sem a presença de um profissional, pouco material foi
encontrado. O objetivo específico desse trabalho é apresentar a importância dos
grupos de autoajuda coordenados pelos próprios membros portadores de
Transtornos Mentais e seus familiares. Sendo assim a base de sustentação é
escassa, mas os grupos aqui observados veem dar um sustento para a teoria da
importância dos grupos de autoajuda.
Como resultado da pesquisa foi identificado o trabalho de Roehe (2004), que
traz um estudo sobre a experiência religiosa em grupos de autoajuda, tendo como
amostra participantes do Neuróticos Anônimos. Seu intuito foi investigar como estes
integrantes percebem seu processo de recuperação, a fim de contribuir para uma
aproximação entre psicologia e grupos de autoajuda. Foi possível ver como se dá o
entendimento e o “tratamento” da “neurose” num contexto leigo como o da
autoajuda. Entendeu-se que são grupos de autoajuda na medida em que mantêm
total autonomia em relação à instituição e profissionais, onde o grupo ajuda a si
mesmo, e ainda são grupos de ajuda mútua porque baseiam sua atuação na
mutualidade onde os participantes ajudam uns aos outros.
Dentro da mesma linha de grupos de auto ajuda podemos observar o trabalho
de pesquisa de Filzola e colaboradores (2009), sobre a vivência de mulheres
participantes do grupo de auto-juda Al-Anon. Os dados resultaram em 3 categorias
conceituais: 1) Negando o alcoolismo e sofrendo suas consequências; 2) Buscando
ajuda, aprendendo com o grupo; 3) Esperando a cura, experimentando a sobriedade
e enfrentando as recaídas. Além do apoio da própria família e da religião, as
mulheres apontaram a importância do grupo de autoajuda para ampará-las no
enfrentamento dos problemas decorrentes do alcoolismo. Os grupos passaram a ser
fontes de apoio, pois reuniram pessoas com os mesmos objetivos, dificuldades e
necessidades que serviram de suporte necessários às pessoas e suas famílias.
Apresentam, além de uma compreensão maior do problema, uma melhor aceitação
(convivência) com a doença (síndrome). Foi possível perceber que o suporte
proporcionado pelos grupos é importante a estes familiares, pois apresentam ainda
uma certa efetividade. Fica claro aqui que o apoio e troca de experiências
propiciadas pelos grupos trazem às famílias novas formas de lidar com o alcoolismo.
A pesquisa de Rebelo (2005), sobre a importância da entreajuda no apoio a
pais em luto, Levou-se também em consideração que entreajuda, ou autoajuda, é
um meio de intervenção comunitária que visa o apoio a problemas individuais muitas
vezes com repercussões sociais. Sánches-Vital (apud REBELO 2005), define que
esses grupos de entreajuda abrangem diversas problemáticas como luto,
alcoolismo, toxicodependência, transtornos mentais, obesidade, cancro, mulheres
maltratadas e homossexualidade. A pesquisa buscou observar a participação no
grupo de entreajuda de pais com experiências de luto normal e pais em luto não
resolvido ou patológico, tardio. Percebe-se que a participação não se processa do
mesmo modo em qualquer fase do luto. A chegada no grupo quando já foram vividos
isoladamente muitos sentimentos do luto e se atravessa a fase de desorganização
emocional, tem, em regra, por objetivo a busca de respostas prontas para a angústia
que está a ser vivida. A pessoa tende a ser mais agressiva em relação aos seus
sentimentos. Percebeu-se que os grupos de autoajuda são igualmente úteis para a
reorganização emocional do luto. A pessoa em luto, passados todos os momentos
de percepção negativa sobre a vida, encontra no grupo um auxiliar precioso para
recolocar, de modo positivo, o filho perdido no seio dos seus sentimentos.
Reconcilia-se com a vida e parte para novos vínculos. O grupo funciona com duplo
sentido: como elemento de partilha solidária de experiência de dor sofrida e como
fator de completa arrumação das suas emoções, conseguindo reconciliar o passado
e apaziguado o futuro. Os pais encontram no grupo um suporte social de apoio
bastante eficaz.
Uma outra pesquisa observada que serve ainda de sustento nessa revisão
bibliográfica foi a de Brusmarello e colaboradores (2010), sobre redes sociais de
apoio de pessoas com transtornos mentais e familiares. As redes sociais aqui são
vistas como teias de relações que circundam o indivíduo e, desta forma, permitem
que ocorra união, comutação, troca e transformação. Dentro das redes a
aprendizagem é desenvolvida em grupos, de modo a fortalecer os vínculos entre
seus componentes e, sobretudo, a ampliação do poder de decisão dos vários nós
que as constituem. Eles também favorecem o desenvolvimento humano e tem como
um de seus objetivos preencher a necessidade que a pessoa tem de relacionar-se
com o outro, tanto em aspectos físicos como afetivos, proporciona o conforto de
pertencer a um grupo, de ser amado, e, sob esta ótica, é de suma importância para
a manutenção da autoestima. A pesquisa ofereceu elementos para reflexão a
respeito do tema de pessoas com transtornos mentais e seus familiares mediante
encontros, discussões possibilitando ainda a construção do conhecimento acerca
dessa temática.
Loeck (2009) ajuda-nos a colocar uma posição crítica aos grupos de auto
ajuda com a pesquisa “Adicção e ajuda mútua: estudo antropológico de grupos
Narcóticos Anônimos na cidade de Porto Alegre (RS)”. São grupos que surgiram
como agrupamento de pessoas que descobriram uma maneira de se manter longe
do consumo de substancias psicoativas, em resposta a uma série de problemas que
enfrentavam associados a essa prática. Segundo a visão do mesmo autor esse
grupos hoje são interpretados como um tipo de instituição que detém os direitos
sobre o conjunto de símbolos, ideias e práticas que funcionam como tipo de
tratamento para esta doença. A eficácia do seu “programa de recuperação” é
autoevidente, pois se um participante conseguir passar 24 horas sem consumir
qualquer substância psicoativa já será considerado vitorioso. Passa a ser um
eficácia “simbólica Lévi Strauss” (2003) in Loeck (2009). O grupo terá maior eficácia
se antes o indivíduo nele acreditar, ficando o desejo, de antemão, do indivíduo com
a recuperação. Sendo assim, qualquer tipo de abordagem do ponto de vista social,
humano ou cultural contribuem drasticamente para desenvolvimento da solução que
não estigmatizem ou classifiquem como desviantes uma parcela da população
apenas por um tipo de prática ou doença. Em âmbito geral Loeck (2009) pode ainda
concluir que o anonimato proposto pelo grupo funciona justamente como uma
espécie de proteção aos seus membros e que o fato de estarem participando de um
“programa de recuperação” muitas vezes, pode ser um fator mantenedor do estigma,
quando consideramos a sociedade mais ampla.
LIMA, Helder de Pádua et al. (2010), em “Grupo de Autoajuda como
modalidade de tratamento para pessoas com dependência de álcool”, apresentam
um trabalho de entrevista com participantes de grupos de AA em que os informantes
resaltam pontos positivos promovidos pelos mesmos grupos quando proporcionam
acolhimento, respeito, reinserção social, troca de experiências, possibilidade de
expressarem o que sentiam e alcance da abstinência. Reportando-se ao setor da
saúde, o acolhimento possibilita a inclusão social como uma escuta clínica solidária
e a construção da cidadania, que por sua vez, contribui para a humanização. O
encontro entre esses sujeitos, nos grupos de autoajuda, possibilita a criação de um
espaço no qual se produz vínculos e compromissos que norteiam os projetos de
intervenção. Os grupos passam a ser espaço de ajuda na tomada de consciência
como ser social, favorecendo o convívio e a interação social, a inserção em círculo
de amigos com atitudes positivas em relação ao uso do álcool e a partilha das
experiências. Obter apoio afetivo e emocional durante esse processo poder ser
fundamental para respostas positivas e afetivas que geram bem-estar. Esse bem-
estar é proporcionado pela oportunidade de expressar sentimentos como: angústia,
medo, ganhos e perdas.
Ainda no âmbito de grupos de auto ajuda, Simões e Stipp (2006) contribuem
com uma pesquisa feita com grupos de enfermeiros aplicando as diversas teorias de
trabalhos de grupos. Conseguem identificar a necessidade de trabalhos educativos
para a população através de grupos de auto ajuda. O grupos facilitam e ajudam a
promover a saúde a baixo custo e de forma eficaz. Assim faz-se sempre necessário
ampliar as terminologias e tipos de abordagem, bem como os fundamentos teóricos
que sustentam os trabalhos de grupo é condição sine qua non para que os grupos
contribuam na qualidade de trabalhos nas áreas da saúde.
CONCLUSÕES
Percebe-se então que os grupos de autoajuda são de grande valia para o
tratamento psicoterapêutico. Compostos de pessoas com uma mesma problemática,
os grupos favorecem a autoajuda, ou a mútua ajuda, pois são partilhados as
mesmas dificuldades diante do enfretamento de uma doença. Foi possível concluir
que os trabalhos que concebem o modelo de grupos de autoajuda, coordenados por
membros do grupo, são raros no contexto brasileiro, e por esse motivo não foi
possível encontrar muito material bibliográfico que contribuísse no aprofundamento
da temática. Mas isso não vem diminuir sua importância para os participantes.
Os resultados apresentados pelos grupos são eficazes e ao mesmo tempo
não dispensam os tratamentos convencionais. A revisão bibliográfica mostrou ainda
que os grupos de autoajuda contribuem como bons instrumentos para trabalhos
educativos para a população e promovem a saúde a baixo custo. Também podem
funcionar justamente como uma espécie de proteção aos seus membros. Como
posição crítica, pode-se dizer também que um indivíduo, por estar participando de
um “programa de recuperação”, muitas vezes, pode ser um fator mantenedor do
estigma, quando consideramos a sociedade mais ampla.
Foi ainda possível perceber, dentro dos resultados de pesquisa, uma grande
predominância de grupos de autoajuda com ênfase em álcool e drogas. Não sendo
fator comum em outros tipos de tratamento. Conclui-se com isso que esse método
dos grupos de autoajuda são pouco usados para outros tipos de tratamento. Não
encontramos nenhum trabalho específico na área de transtornos mentais.
Entre os grupos estudados fica nítido uma predominância do uso de
espiritualidade em alguns grupos. Existe aqui a proposta de ser feito um
aprofundamento sobre o tema da espiritualidade dentro de grupos de autoajuda e de
como a mesma pode ser um forte fator de ajuda na cura de pessoas, em especial
relacionados a grupos de álcool e drogas. Junto aos trabalhos de grupo, a
espiritualidade, independente da religião, passa a ser um ponto de apoio, uma
alavanca, um complemento, um suporte de prefigura um preenchimento da falta de
alguma coisa que antes era ocupado pelo vício, por exemplo.
Com esse olhar e com essas perspectivas em aberto, percebe-se que novas
pesquisas podem ser feitas e apresentadas, pois existe um vasto campo ainda a ser
explorado.
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