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A IMPORTÂNCIA DA SONDAGEM COMO FERRAMENTA DE A IMPORTÂNCIA DA SONDAGEM COMO FERRAMENTA DE PESQUISA EM TERRENOS MADUROSPESQUISA EM TERRENOS MADUROS
Rodrigo Martins; Daniel Bortowski Carvalho; Maria Marta S. Ormond; Natália Brunacci F. SantosMineração Serra Grande S.A
Os trabalhos de exploração mineral para ouro na região de Crixás tiveram início em 1972 e
resultaram na definição dos seus principais depósitos em 1980. Até 2007 haviam sido furados mais de
530.000 metros de sondagem.
Com o objetivo de adicionar reservas que pudessem repor, mesmo que parcialmente, os
recursos lavrados e assim aumentar a vida útil da Mineração Serra Grande em Crixás, em 2007 foi
iniciada uma intensa campanha de exploração, onde realizaram-se cerca de 40.000 metros de
sondagem de superfície, visando interceptar teores anômalos down-plunge, principalmente entre os
níveis da “zona de bonanza”.
Esta campanha resultou na definição de novos corpos que representam uma adição
estimada de recursos da ordem de 200.000 OZ de ouro a um custo aproximado de US$ 20 para cada
OZ acrescentada ao quadro de recursos da empresa.
Em superfície, os corpos são geralmente estreitos e afloram com baixos teores, porém, em
profundidade, ganham potência em espessura segundo o strike. Como não há ocorrência de anomalias
geofísicas ou geoquímicas que indiquem a presença destes corpos, sua definição ocorreu
exclusivamente através de investigação direta, para a qual foi destinada a metragem de sondagem
anteriormente citada, o que ressalta a importância de investimento em campanhas de sondagem para
exploração mineral em terrenos maduros.
A província aurífera de Crixás fica localizada na porção central do estado de Goiás, a cerca de
340 km a N-NW de Goiânia e 450 km a NW de Brasília. A região de Crixás está numa faixa de terreno
arqueano entre o Cráton São Francisco e o Cráton Amazônico que compreende faixas
vulcanosedimentares do tipo greenstone belt confinadas por blocos de granito-gnaissicos (Danni, 1978;
Sabóia, 1979).
O Grupo Crixás caracteriza-se, da base para o topo, pela presença de rochas ultramáficas
intrusivas e extrusivas, máficas extrusivas almofadadas e sedimentos químicos e pelíticos, a que Sabóia
(1979) dividiu em três unidades, denominado-as, respectivamente, de Formação Córrego Alagadinho,
Formação Rio Vermelho e Formação Ribeirão das Antas.
Na região, as mineralizações auríferas são controladas estruturalmente, e estão
relacionadas a zonas de cisalhamento associadas a faixas de alteração hidrotermal em domínios de
falhas de empurrão. Elas ocorrem geralmente mais enriquecidas entre 200m e 400m de profundidade,
faixa localmente conhecida como “zona de bonanza”.
Atualmente encontram-se em operação: Mina III (desde 1989), Mina Nova (desde 1995),
Open Pit Mina III (desde 2007) e, em fase de desenvolvimento, a rampa de acesso para o Corpo
Palmeiras, uma nova mina subterrânea. Até hoje foram lavradas cerca de 11 milhões de toneladas de
minério que produziram aproximadamente 3 milhões de OZ de ouro. O tempo de operação, a
quantidade de minério lavrado na província de Crixás e o tempo ao longo do qual a área tem sido
pesquisada, caracterizam a região como madura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Danni, J.C.M. & RIBEIRO, C.C. (1978). Caracterização
estratigráfica da seqüência vulcano-sedimentar
de Pilar de Goiás e de Guarinos, Goiás. In:
CONGR. BRAS. GEOL., 30, Recife, 1978.
Anais... Recife, SBG, v.2, p. 587-596.
Fortes, P.T.F.O. (1996) Metalogenia dos depósitos
auríferos Mina III, Mina Nova e Mina Inglesa,
Greenstone Belt de Crixás, Goiás. PhD
Thesis, University of Brasília
Jost, H. & Fortes, P.T.F.O. (2001) Gold deposits and
occurrences of the Crixás Goldfields, central
Brazil. Mineralium Deposita (2001)
Sabóia, L.A .(1979) Os greenstone belts de Crixás e
Goiás, Go. Sociedade Brasileira de Geologia
Núcleo Centro-oeste, Boletim Informativo 9,
pp 44-72
Figura 1: Mapa geológico regional do Greenstone Belt de Crixás Figura 3: Mapa de Localização de Crixás
Figura 2: Detalhe do mapa geológico do Greesntone Belt de Crixás nas áreas de operação da Mineração Serra Grande.
Figura 4: Histograma do histórico da sondagem realizada na região de Crixás, desde o início da pesquisa na área até o programa agressivo de Sondagem em 2007.
Figura 6: Vista em planta dos furos realizados em 2007 (vermelho) na área das operações da Mineração Serra Grande. Os pontos de cor cinza representam bocas de furos anteriores a 2007.
Figura 5: Vista 3D dos furos realizados durante a campanha de Sondagem de2007 (traços) e esboço preliminar de um dos corpos (superfície verde) definidos durante esta campanha. Os pontos em magenta representam bocas de furos anteriores a 2007.
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Figura 6Figura 5