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Painel III –Gás Natural e a Competitividade da Indústria Nacional Fátima Giovanna Coviello Ferreira Diretora de Economia ABIQUIM [email protected] A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE DO GÁS NATURAL

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Painel III – Gás Natural e a Competitividade da Indústria Nacional

Fátima Giovanna Coviello FerreiraDiretora de Economia ABIQUIM

[email protected]

A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE

DO GÁS NATURAL

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Indústria Química Brasileira principais númerosIndústria Química Brasileira principais númerosIndústria Química Brasileira principais númerosIndústria Química Brasileira principais números

2222MILHÕESDE EMPREGOS

Diretos e indiretos

8ª8ª8ª8ªMAIORIndústria Química

DO MUNDO

10%10%10%10%do PIB

INDUSTRIAL

119,6119,6119,6119,6 BILHÕES US$Faturamento líquido3º3º3º3º

MAIORSetor Industrial

DO PIB

2

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DÉFICIT

1991 = US$ 1,5 bilhão2017 = US$ 23,2 bi

US$ 36,8 biIMPORTAÇÕES

DIRETAS

21%CAPACIDADE

OCIOSA

2,6 vezes >PREÇO DAS IMPORTAÇÕES EM RELAÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES

IMPORTAÇÕES OCUPAM

38%DA DEMANDA DOMÉSTICA

Indústria Química Brasileira principais númerosIndústria Química Brasileira principais númerosIndústria Química Brasileira principais númerosIndústria Química Brasileira principais números

3

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Mas vive um Círculo ViciosoMas vive um Círculo ViciosoMas vive um Círculo ViciosoMas vive um Círculo Vicioso

Falta de competitividade

Baixas rentabilidades

Redução de investimentos

Déficit Crescente e Preocupante

Aumento da Participação das

Importações

Elevação da Ociosidade

Fechamento de Unidades

FATORES CRÍTICOS

-MATÉRIA-PRIMA COMPETITIVA(ENTRE 70 E 90% DOS CUSTOS)

- ENERGIA (20% DOS CUSTOS)

FORTE RELAÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS PETROQUÍMICAS COM O MERCADO DE ENERGIA. FORNECIMENTO CONDICIONADO AO EQUACIONAMENTO DA MATRIZ ENERGÉTICA.

4

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CATEGORIAPRODUTOS

DESATIVADOS

54 EMPRESAS ASSOCIADAS 363

154 EMPRESAS NÃO ASSOCIADAS 438

289 EMPRESAS INATIVAS (fecharam e/ou mudaram ramo de atividades)

909

TOTAL (497 empresas) 1.710

Nos 1.710 produtos e/ou linhas de produtos DESATIVADOS estão inseridos produtos que se repetem. Caso

sejam eliminadas as repetições, foram desativados 893 produtos nos últimos 20 anos, dos quais 446 ainda são

produzidos no Brasil por outras empresas e 447 não tem mais produção local.

Fonte: Abiquim.

Períodos

Nº de linhas de produtos desativados

em cada período

Média por ano de cada

período

%

sobre o total

1990-2000 904 82 52,9

2001-2011 806 73 47,1

Total 1.710 78 100,0

Unidades químicas desativadas no PaísUnidades químicas desativadas no PaísUnidades químicas desativadas no PaísUnidades químicas desativadas no País

5

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Hoje, 12 empresas

consumidoras de GNMP; consumo

máximo de 5,0 mil de m3/dia (plena carga)

2009 2011 2012 2013 2015 2016 2017

X

TDI Dow (BA)H2 Braskem (BA)

Lei do Gás

X

MetanolGPC (RJ)

X

H2Bann (SP)

X

MDIBayer (RJ)

X

MetanolCopenor(BA)

FALTA DE SENSO DE URGÊNCIA POR PARTE DO GOVERNO = VÁRIAS EMPRESAS FECHARAM

NÚMERO DE EMPREGOS PERDIDOS

FATURAMENTO LÍQUIDO

ANUAL PERDIDO

(US$ MILHÕES)

FATURAMENTO LÍQUIDO

ACUMULADO2001 – 2016

(US$ MILHÕES)

IMPOSTOS PERDIDOS SOBRE O ACUMULADO

(35% DA RECEITA BRUTA)

(US$ BILHÕES)

ENCARGOS PERDIDOS NO

PERÍODO ACUMULADO (24%

DO CTMO)(US$ MILHÕES)

551 594 3.547 1.242 38

EFEITO RENDA ESTIMADO (CINCO VEZES)

2.755 2.971 17.738 6.208 188

Busca pela sobrevivência

6

Desativações atribuídas à falta de Desativações atribuídas à falta de Desativações atribuídas à falta de Desativações atribuídas à falta de

competitividade do gás como matériacompetitividade do gás como matériacompetitividade do gás como matériacompetitividade do gás como matéria----primaprimaprimaprima

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US$/MBTU - Evolução mensal – janeiro 2001 a dezembro de 2017; city-gate, sem impostos e sem a margem das distribuidoras estaduais.

Nota 1: Preço Brasil Petrobras, city-gate, sem impostos, média dos valores regionais praticados; e preço Bolívia QDCa, média dos valores regionais praticados. Nota 2: No Brasil, se forem acrescidas as margens praticadas nos estados, o preço médio pode subir entre US$ 3-5/MMBTU, a depender da localização e do volume contratado.Fontes: até dez/2006 - Gas Energy; a partir de jan/2007 - Boletim Mensal do Gás Natural (Ministério de Minas e Energia - MME) e EIA; elaboração Abiquim

Uma das razões da falta de competitividade é Uma das razões da falta de competitividade é Uma das razões da falta de competitividade é Uma das razões da falta de competitividade é

o elevado preço do gás natural no Brasilo elevado preço do gás natural no Brasilo elevado preço do gás natural no Brasilo elevado preço do gás natural no Brasil

7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0

2

4

6

8

10

12

14

16

jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17

US$

/ MB

TU

US$

/ M

BTU

EUA (Henry Hub) Brasil (Média nacional e boliviano)

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Demanda Brasil de gás natural por usos - 2016

Os 5% de uso não energético de gás equivalem a cerca de 5

milhões de m3/dia.

Em 2016, essa fatia representou 4 milhões de m3/dia, em razão da ociosidade média, de 20%.

Dos 5 milhões m3/dia:2 milhões são usos diversos do

metano na química e3 milhões são para fertilizantes

Total 80,3 milhões de m3/dia

Indústria Química como energético 25%

O gás natural e a indústria químicaO gás natural e a indústria químicaO gás natural e a indústria químicaO gás natural e a indústria química

8

Usos Aplicações

Energético (industrial e térmico) Geração de calor e energia, mediante combustão.

Não energético (matéria-prima)transformado quimicamente em produtos finais, como metanol, amônia, negro de fumo, hidrogênio, etc.(C1), eteno e demais derivados petroquímicos (C2, C3, C4 e C5)

termoelétrico40%

industrial46%

não energético5%

outros9%

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Existe um pleito da Existe um pleito da Existe um pleito da Existe um pleito da

Petrobras na ANP Petrobras na ANP Petrobras na ANP Petrobras na ANP

para alterar a para alterar a para alterar a para alterar a

especificação do gás especificação do gás especificação do gás especificação do gás

natural natural natural natural

comercializado no comercializado no comercializado no comercializado no

País, permitindo a País, permitindo a País, permitindo a País, permitindo a

queima de qualquer queima de qualquer queima de qualquer queima de qualquer

quantidade de quantidade de quantidade de quantidade de

líquidos do gás líquidos do gás líquidos do gás líquidos do gás

9

A competitividade do gás pode ser ainda mais A competitividade do gás pode ser ainda mais A competitividade do gás pode ser ainda mais A competitividade do gás pode ser ainda mais

prejudicada se...prejudicada se...prejudicada se...prejudicada se...

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A especificação atual do Gás A especificação atual do Gás A especificação atual do Gás A especificação atual do Gás –––– Resolução ANP nº 16/2008Resolução ANP nº 16/2008Resolução ANP nº 16/2008Resolução ANP nº 16/2008

Norte NordesteCentro-Oeste, Sudeste e Sul

MJ/ m³ 34,0 a 38,4kWh/m³ 9,47 a 10,67

Índice de Wobbe MJ/m³ 40,5 a 45,0Número de metano, mín. (3)Metano, % mol. 68,0Etano, % mol. 12,0Propano, % mol. 3,0Butanos e mais pesados, % mol. 1,5Oxigênio, máx. % mol. 0,8Inertes (N2+CO2), máx. % mol. 18,0 8,0 6,0CO2, máx. % mol.Enxofre Total, máx. mg/m3Gás Sulfídrico (H2S), máx. mg/m3 10 13 10Ponto de orvalho de água a 1atm, máx. ºC -39 -39 -45Ponto de orvalho de hidrocarbonetos, máx. ºC 15 15 0

0,5

3,070

46,5 a 53,565

85,012,06,03,0

CARACTERÍSTICA UNIDADELIMITE

Poder calorífico superior 35,0 a 43,0

9,72 a 11,94

0

5

10

15

jan

/14

mar

/14

mai

/14

jul/

14

set/

14

no

v/1

4

jan

/15

mar

/15

mai

/15

jul/

15

set/

15

no

v/1

5

jan

/16

mar

/16

mai

/16

jul/

16

set/

16

no

v/1

6

jan

/17

mar

/17

mai

/17

Variabilidade do Gás EntregueA

(média mensal)Limite RANP 16/2008

ACity-gate CEG em Duque de Caxias

% E

tan

o

Limite com Folga

O volume de gás atualmente vendido tem sua qualidade com pouca variação.

Os limites da Resolução Atual tem folgas.

80

84

88

92

96

jan

/14

mar

/14

mai

/14

jul/

14

set/

14

no

v/1

4

jan

/15

mar

/15

mai

/15

jul/

15

set/

15

no

v/1

5

jan

/16

mar

/16

mai

/16

jul/

16

set/

16

no

v/1

6

jan

/17

mar

/17

mai

/17

Variabilidade do Gás EntregueA

(média mensal)

Limite RANP 16/2008

ACity-gate CEG em Duque de Caxias

% M

etan

oLimite com Folga

Tanto para etano quanto metano!

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Proposta de alteração da especificação de GásProposta de alteração da especificação de GásProposta de alteração da especificação de GásProposta de alteração da especificação de Gás

A proposta em análise trás extrema flexibilização, ao deixar de limitar oteor das frações de gás natural, mantendo as demais condições daespecificação em vigor.

Norte NordesteCentro-Oeste, Sudeste e Sul

MJ/ m³ 34,0 a 38,4

kWh/m³ 9,47 a 10,67Índice de Wobbe MJ/m³ 40,5 a 45,0Número de metano, mín. anotarMetano, % mol. anotarEtano, % mol. anotarPropano, % mol. anotarButanos e mais pesados, % mol. anotarOxigênio, máx. % mol. 0,8Inertes (N2+CO2), máx. % mol. 18,0 8,0 6,0CO2, máx. % mol.Enxofre Total, máx. mg/m3Gás Sulfídrico (H2S), máx. mg/m3 10 13 10

Ponto de orvalho de água a 1atm, máx. ºC -39 -39 -45

Ponto de orvalho de hidrocarbonetos, máx. ºC 15 15 0

CARACTERÍSTICA UNIDADELIMITE

3,070

0,5

anotaranotaranotar

46,5 a 53,565

anotar

Poder calorífico superior 35,0 a 43,0

9,72 a 11,94

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Diversos Estudos para Avaliar Impactos da Diversos Estudos para Avaliar Impactos da Diversos Estudos para Avaliar Impactos da Diversos Estudos para Avaliar Impactos da

Modificação Modificação Modificação Modificação

12

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Impactos da alteração propostaImpactos da alteração propostaImpactos da alteração propostaImpactos da alteração proposta

Deixar de limitar o teor das frações de gás natural, mantendo as demais condições daespecificação em vigor, trará impactos a todos os usuários de gás. No caso da química,destacam-se três aspectos importantes:

1º) Como maior usuária do setor industrial (energético): impacto na eficiência, nas metasambientais, nos custos e na continuidade operacional (afeta o presente);

2º) Como única usuária de gás natural como matéria-prima: impacto no rendimento dasreações e processos, nas metas ambientais e nos custos (afeta o presente);

3º) Como a melhor opção de agregação de valor ao ETANO: impacto negativo nasoportunidades de investimento, contramão do mundo e no uso racional dos recursos dopaís (afeta o futuro).

Reduz a competitividade da Química e da Indústria como um todo

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Consequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás Natural

Gás Matéria-prima: a mudança na composição (aumento do teor de inertes e de líquidos) implica em

perda da eficiência no parque industrial instalado, além de prejudicar esta cadeia já impactado pelo elevado

custo do gás.

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Segurança dos gasodutos: a elevação dos teores de C2+ pode trazer implicações

operacionais, notadamente em gasodutos que operam a elevada pressão devido à

formação de fase líquida e/ou névoa, que pode danificar equipamentos, como turbinas e

medidores, além de trazer riscos à segurança das instalações.

15

Consequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás Natural

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Operação das Turbinas a gás: são especialmente sensíveis à adição de hidrocarbonetos

C2+ e muitos fabricantes impõem limites mínimos para teores de metano e limites

máximos para teores de hidrocarbonetos C2.

Referência: Relatório ERM

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Consequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás Natural

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A PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AUMENTA AS EMISSÕES EM PELO MENOS 5%.

Δ > 5 %

Emissões em turbinas a gás natural: a variação do

% de etano no gás natural está diretamente ligada

ao aumento das emissões de NOx em turbinas a

gás natural.

17

Consequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás Natural

Δ > 3 %

Fonte: Simulação GE

A PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AUMENTA AS EMISSÕES EM PELO MENOS 3%.

Emissões de CO2 em turbinas a gás natural: a

variação do % de etano no gás natural está

diretamente ligada ao aumento das emissões de

CO2 em turbinas a gás natural.

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Impacto no atendimento de Metas AmbientaisImpacto no atendimento de Metas AmbientaisImpacto no atendimento de Metas AmbientaisImpacto no atendimento de Metas Ambientais

Exemplo SPExemplo SPExemplo SPExemplo SP----CetesbCetesbCetesbCetesb

• PREFE – Plano de Redução de Emissões de Fontes Estacionárias – que tem por objetivo

atender aos novos padrões de qualidade do ar do Estado de São Paulo, anunciado entre

2016/2017 e que entra em vigor em 2018;

• As empresas de São Paulo terão que reduzir a emissão de NOx e outros precursores de

ozônio. Exemplo: 20% na região do ABC;16% em Paulínia e 1,4% em Cubatão.

Porcentual diferente por município;

• Com a liberação de líquidos do gás, aumentará a emissão de Nox, o que tornará mais

difícil, e até inviável, atender a necessidade da CETESB.

O DECRETO ESTADUAL Nº 59.113/2013, QUE ESTABELECE NOVOS PADRÕES DE QUALIDADE DO AR E DÁ PROVIDÊNCIAS CORRELATAS, DEFINE AINDA QUE, PARA AS ÁREAS EM “NÃO

ATENDIMENTO” AOS NOVOS PADRÕES DE QUALIDADE DO AR, SEJAM ELABORADOS PLANOS DE REDUÇÃO DA EMISSÃO DE FONTES ESTACIONÁRIAS (PREFE).

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A queima do etano, em detrimento ao uso como matéria-prima,

implica em 134 Gg de CO2 para cada % na composição do gás

natural

Consequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás NaturalConsequências do aumento de líquidos no Gás Natural

19

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Se não houver limites de líquidos contidos no gás, além de queimar riqueza, teremos impactos desastrosos:

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PropostaPropostaPropostaProposta de alteração da especificação de Gásde alteração da especificação de Gásde alteração da especificação de Gásde alteração da especificação de Gás

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Extração de líquidos do gás natural (Extração de líquidos do gás natural (Extração de líquidos do gás natural (Extração de líquidos do gás natural (UPGNsUPGNsUPGNsUPGNs))))

• A “exploração do pré-Sal é a grande oportunidade para

construir riqueza para o povo brasileiro”.

• Os líquidos contidos no gás natural têm uso nobre na

indústria petroquímica, de forma que podem agregar

valor às inúmeras cadeias industriais, maximizando a

possibilidade de uso do recurso natural;

• A transformação desses líquidos é superior à da

molécula propriamente dita de gás, portanto, é

imprescindível o seu aproveitamento e destinação aos

segmentos que adotam esses produtos como matéria-

prima principal;

• Devemos seguir exemplo e modelo americano.

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O exemplo americano de agregação de valor aos recursos naturais merece ser apreciado e precisa ser seguido.

Os dados mostram a Revolução americana, pós advento do Shale Gas.

Efeitos positivos para a economia com a disponibilidade de matérias-primas e energia competitivas.

O boom americanoO boom americanoO boom americanoO boom americano

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PropostaPropostaPropostaProposta de alteração da especificação de Gásde alteração da especificação de Gásde alteração da especificação de Gásde alteração da especificação de Gás

Na visão da ABIQUIM, o ETANO não pode ser tratado como PROBLEMA,

mas sim como SOLUÇÃO e oportunidade inédita de transformação e

agregação de valor.

Dados do IHS indicam que em 2025 o ETANO custará o dobro do gás natural, com valor de US$ 8/MMBTU.

Se utilizado todo o potencial de geração de ETANO do Pré-Sal, a agregação de valor exclusivamente por não queimar ETANO é de US$

610 milhões/ano.

NÃO DÁ PARA QUEIMAR ESSA RIQUEZA DO POVO BRASILEIRO

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Contexto InternacionalContexto InternacionalContexto InternacionalContexto Internacional

1. Produtores desejam maior flexibilidade;

2. Transportadores, distribuidores e consumidores desejam maisqualidade e estabilidade;

3. O processo regulatório demanda estudos de longo prazo sobreimpactos regulatórios e potenciais danos causados aosconsumidores, buscando um compromisso que represente omenor custo para a sociedade como um todo, ALÉM DA BUSCAPELA EFICIÊNCIA E COMPETITIVIDADE.

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Conclusões e Posição ABIQUIMConclusões e Posição ABIQUIMConclusões e Posição ABIQUIMConclusões e Posição ABIQUIM

1. A proposta em análise pela ANP piora mais a já prejudicada competitividade do gás;

2. Transfere custos do produtor para todos os consumidores de gás, inclusive residencial ecomercial;

3. Prejudica o atingimentos das metas do Brasil em relação aos acordos internacionais;

4. Piora a qualidade do ar, especialmente em São Paulo;

5. Vai na contramão do que os Países com maior demanda de gás estão fazendo;

6. A solução de menor custo para a sociedade continua sendo aquela que busca máximovalor para os produtos de gás natural;

7. A tendência dos mercados é para uma especialização das aplicações com maioreficiência de utilização e minimização das emissões de GEE e poluentes;

8. A limitação de C2+ é o melhor caminho para minimizar emissões de poluentes e GEE ede maximizar a eficiência energética;

9. O aumento de C2+ no gás traz implicações técnicas na sua utilização e prejuízos aosusuários de todos setores;

10. É fundamental a participação do órgão ambiental no processo decisório.

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Com as novas produções do Pré-Sal haverá possibilidade de

grande variabilidade e aumento do teor de líquidos na

composição do Gás Natural.

Teor de etano (%) – s/ limite de etano

Δ=11 %URL'S TECAB

UPGN TECAB

UPGN REDUC

ROTA 3 -COMPERJ

ESPÍRITO SANTO

GNL

UTGCA -PÓS-SAL

UTGCA -PRÉ-SAL

BOLIVIA

0

5

10

15

A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008

ESSA VARIABILIDADE AFETA DIRETA E INDIRETAMENTE TODA A ATUAL

INDÚSTRIA QUÍMICA.

Teor de Metano (%) – s/ limite de etano

URL'S TECABUPGN

TECAB

UPGN REDUC

ROTA 3 -COMPERJ

ESPÍRITO SANTO

GNL

UTGCA -PÓS-SAL

UTGCA -PRÉ-SAL

BOLIVIA

80

85

90

95

100

Δ=13 %

26

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Teor de etano (%) – s/ limite de etano

URL'S TECAB

UPGN TECAB

UPGN REDUC

ROTA 3 -COMPERJ

ESPÍRITO SANTO

GNL

UTGCA -PÓS-SAL

UTGCA -PRÉ-SAL

BOLIVIA

0

5

10

15

Teor de Metano (%) – s/ limite de etano

URL'S TECABUPGN

TECAB

UPGN REDUC

ROTA 3 -COMPERJ

ESPÍRITO SANTO

GNL

UTGCA -PÓS-SAL

UTGCA -PRÉ-SAL

BOLIVIA

80

85

90

95

100

PROPOSTA

Etano Máx: 9%

PROPOSTA

Metano Mín: 88%

Por que limitar o ETANO em no máximo 9%?

27

A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008A Proposta ABIQUIM de revisão da Res. 16/2008

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Obrigada!!!

Fátima Giovanna Coviello FerreiraDiretora de Economia e Estatística

E-mail: [email protected]