a imagem e tipo-morfologia de uma area urbana da cidade de lisboa - parte 1

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Ana Filipa Pereira André Martins Nuno Cruz Francisco Cardoso A IMAGEM E TIPO-MORFOLOGIA DE UMA ÁREA URBANA CIDADE DE LISBOA PLANEAMENTO REGIONAL E URBANO

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Imagem e a Tipo Morfologia de Uma Área Urbana Da Cidade de Lisboa - Parte 1

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Ana Filipa Pereira

André Martins

Nuno Cruz

Francisco Cardoso

A IMAGEM E TIPO-MORFOLOGIA

DE UMA ÁREA URBANA

CIDADE DE LISBOA

PLANEAMENTO REGIONAL E URBANO

Planeamento Regional e Urbano

ÍNDICE

Introdução 1

Localização da área em estudo 2

Metodologia de Kevin Lynch 4

• Definições 4

• Cartograma de imagem da área de estudo – Antes da visita ao local 6

• Cartograma de imagem da área de estudo – Após visita ao local 7

• Análise da imagem urbana segundo a metodologia de Kevin Lynch 8

- Vias 8

- Limites 10

- Bairros 12

- Cruzamentos 13

- Elementos marcantes 15

• Diagnóstico da situação actual da área de estudo 19

• Propostas de alteração 21

• Cartograma das propostas da área de estudo 26

Hierarquia da Rede Viária 27

• Tipos de Vias 27

• Cartograma hierarquia da rede viária 29

• Caracterização da rede viária na área de estudo 30

- Rede Principal 30

- Rede Secundária 30

- Rede Local 32

• Tipos de conflitos 35

• Cartograma percurso estudado 36

• Características, conflitos e propostas da área de estudo 37

Análise Tipo-Morfológica 66

• Definições 66

• Cartograma unidades tipo-morfológicas 68

• Caracterização das unidades tipo-morfológicas 69

• Estudo e análise de dois módulos-tipo 72

• Cartograma módulos-tipo em análise 73

• Planta dos módulos-tipo à escala 1:2000 74

• Módulo-tipo A 75

- Lotes do quarteirão 76

Planeamento Regional e Urbano

- Cálculos 77

- Perfil transversal do Módulo-Tipo 78

- Caracterização qualitativa 78

• Módulo-Tipo B 79

- Lotes do quarteirão 80

- Cálculos 81

- Perfil transversal do Módulo-Tipo 82

- Caracterização qualitativa 82

• Comparação entre os dois Módulos-Tipo 83

Conclusão 83

Bibliografia 84

1

Planeamento Regional e Urbano

INTRODUÇÃO

Após, no primeiro trabalho, se ter analisado a importância das características naturais no

desenvolvimento urbano da cidade de Lisboa vamos agora, com este trabalho, proceder ao

diagnóstico de uma área urbana, tendo em vista a identificação de problemas, potencialidades e de

soluções ao nível da identidade e imagem urbana, da estrutura funcional, da morfologia e da rede

viária.

Numa primeira parte, através da aplicação da metodologia de Kevin Lynch, procederemos à

análise da imagem urbana da área em estudo, com o objectivo de elaborar propostas de intervenção

sobre o espaço público.

Numa segunda parte iremos estudar e classificar a hierarquia da rede viária da nossa região

relacionando-a com a sua geometria e funcionalidade. Serão ainda identificadas situações de conflito

para um percurso urbano por nós definido e elaboradas propostas no sentido de melhorar a situação

actual existente.

Por fim, proceder-se-á à abordagem do ponto de vista tipo-morfológico e à caracterização

qualitativa e quantitativa de duas unidades tipo-morfológicas a partir de módulos-tipo

representativos.

2

Planeamento Regional e Urbano

LOCALIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO

A zona de estudo abrange uma área limitada pela Av. D. Carlos I, pela Rua de S. Bento, pelo Largo

do Rato, pela Rua da Escola Politécnica, pela Rua D. Pedro V, pela Rua da Misericórdia e pela Rua do

Alecrim, sendo a sul limitada pelo Rio Tejo.

Nas figuras que se seguem visualiza-se na primeira a área da zona em estudo enquadrada na

cidade de Lisboa e na segunda, mais pormenorizadamente, as ruas que limitam a zona.

Figura 1 – Enquadramento da área em estudo na cidade de Lisboa

3

Planeamento Regional e Urbano

Av. D. Carlos I

Rua S. Bento

Largo do Rato

Rua da Escola Politécnica

Rua D. Pedro V

Rua da Misericórdia

Rua do Alecrim

Figura 2 – Identificação das ruas que limitam a área em estudo

4

Planeamento Regional e Urbano

METODOLOGIA DE KEVIN LYNCH

•DEFINIÇÕES

A metodologia de Kevin Lynch fundamenta-se no princípio base de que a imagem da cidade irá

variar de indivíduo para indivíduo, estando muito ligada a memórias e significados os quais resultam

da vivência, de forma a que o entendimento que cada um tem da cidade seja apenas parcial e

revestido de variadas referências.

Numa análise segundo Kevin Lynch, a legibilidade da paisagem das cidades relaciona-se

directamente com a imagem mental que cada pessoa pode gerar sobre um dado local e apresenta-se

como o aspecto de maior relevância da metodologia em estudo.

A imagem de um meio ambiente é então subjectiva e resultante do processo de interacção entre o

indivíduo e o meio podendo ser analisada, de acordo com Kevin Lynch, através de três componentes:

identidade, estrutura e significado. Esta análise poderá ser exposta em três fases consistindo a

primeira em identificar, para uma dada imagem, um objecto e reconhecê-lo como identidade

separável. Como segunda fase há que incluir na imagem a relação estrutural ou espacial do objecto

com o observador, assim como com os outros objectos. Para finalizar, o objecto tem de tomar um

determinado significado físico e emocional para o observador.

Torna-se então necessário recorrer a determinados elementos aos quais Kevin Lynch dá uma

importância fundamental na caracterização da imagem urbana de uma cidade, elementos esses que

serão seguidamente apresentados:

- VIAS

As vias podem ser entendidas como “canais ao longo dos quais o observador se move, usual,

ocasional ou potencialmente”. Como parte constituinte das mesmas podem ser ruas, passeios, linhas

de trânsito, canais a par de linhas de caminhos-de-ferro. Segundo o autor “as pessoas observam a

cidade à medida que nela se deslocam e os outros elementos organizam-se e relacionam-se ao longo

destas vias”.

- LIMITES

Os limites são “elementos lineares não usados nem considerados pelos habitantes como vias”.

Caracterizam as “zonas de fronteira entre duas partes, interrupções lineares na continuidade, costas

marítimas ou fluviais, cortes do caminho-de-ferro, paredes, locais de desenvolvimento”. Dotados,

normalmente, de um papel mais secundário, quando comparado com as vias, estes elementos podem

assumir um papel relevante, particularmente no delinear de uma cidade, quando se pretendem

manter áreas diversas ligadas.

5

Planeamento Regional e Urbano

- BAIRROS

Os bairros são “regiões urbanas de tamanho médio ou grande, concebidos como tendo uma

extensão bidimensional, zonas que o observador reconhece como tendo características específicas,

algo de comum e de identificável”. A maneira como cada indivíduo estrutura a cidade, apesar das

diferenças existentes entre cada um, “depende não só do indivíduo mas também da cidade em

questão”.

- CRUZAMENTOS

Segundo Kevin Lynch, os cruzamentos são “pontos, locais estratégicos de uma cidade, através dos

quais o observador nela pode entrar e constituem intensivos focos para os quais e dos quais ele se

desloca”. Como exemplos de cruzamentos temos “junções, locais de interrupção num transporte, um

entrecruzar ou convergir de vias, momentos de mudança de uma estrutura para outra, praças,

interfaces de transportes, rotundas”. Estes podem ainda ser “simples concentrações que se revestem

de importância por serem a condensação de alguns hábitos ou pelo seu carácter físico, tais como a

esquina de uma rua ou um largo rodeado de outros elementos”.

Os cruzamentos são “típicas convergências de vias, factos do percurso”, sendo que aparecem

também relacionados com os bairros uma vez que são o “foco intensivo, o centro polarizador do

bairro”.

- PONTOS MARCANTES

Os pontos marcantes constituem “elementos externos ao observador, uma vez que este não está

dentro deles”. Frequentemente representados por um objecto físico, como um edifício, sinal, loja ou

montanha, podem variar quanto às suas dimensões, locais de inserção e finalidades, situando-se

dentro ou fora de uma cidade e servindo de referência para as pessoas. Podem ser “essencialmente

locais, avistados apenas em regiões restritas e a certa proximidade, como fachadas de lojas, árvores,

puxadores de portas, entre outros detalhes ou pormenores urbanos que completam a imagem do

observador”. Estes “parecem adquirir um significado crescente à medida que as deslocações se vão

tornando cada vez mais familiares”.

É de realçar que, na realidade, nenhum dos elementos-tipo acima mencionados aparece

isoladamente. Existe uma complementaridade entre eles na medida em que os elementos se

sobrepõem e interligam constantemente. Todos convergem para o todo, que é a imagem que o

observador retém daquilo que o rodeia na cidade.

III - R. H. Seca Camões

IV - R. das Flores

V - Av. 24 de Julho

VI - Av. D. Carlos I

VII - R. de S. Bento

•Bairros

I - Bairro Alto

II - Zona Ribeirinha

•Limites

I - Linha de CascaisII - Rio Tejo

•Vias

I - R. da Escola Politécnica

- R. D. Pedro V

- R. S. Pedro de Alcântara

- R. da Misericórdia

- R. do Alecrim

II - R. Poiais de S. Bento

- Calçada do Combro

- Calhariz

- R. do Loreto

•Cruzamentos

I - Rato

II - Largo de Camões

III - Cais do Sodré

IV - Largo Vitorino Damásio

V - Praça de S. Bento

•Elementos Marcantes

I - Estátua de Camões

II - IADE

III - Assembleia da República

Planeamento Regional e Urbano

I

II

IV

III

V

III

I

II

I

II

I

I

VI

VII

V

II

IVIII

II

Legenda:

•CARTOGRAMA DE IMAGEM DA ÁREA DE ESTUDO – ANTES DA VISITA AO LOCAL

6

5 - R. Da Boavista

- R. de S. Paulo

6 - Av. 24 de Julho

7 - Av. D. Carlos I

8 - R. de S. Bento

•Bairros

1 - Príncipe Real

2 - Bairro Alto

3 - R. de S. Paulo

4 - Zona Ribeirinha

•Limites

1 - Jardim Botânico

2 - Miradouro de S. Pedro de Alcântara

3 - Linha de Cascais

4 - Rio Tejo

5 - Jardim de S. Bento

•Vias

1 - R. da Escola Politécnica

- R. D. Pedro V

- R. S. Pedro de Alcântara

- R. da Misericórdia

- R. do Alecrim

2 - R. Poiais de S. Bento

- Calçada do Combro

- Calhariz

- R. do Loreto

3 - R. H. Seca Camões

4 - R. das Flores

•Cruzamentos

1 - Rato

2 - Príncipe Real

3 - Largo de Camões

4 - Cais do Sodré

5 - Largo Vitorino Damásio

6 - Praça de S. Bento

•Elementos Marcantes

1 - Jardim Botânico

2 - Miradouro de S. Pedro de Alcântara

3 - Sta Casa da Misericórdia

4 - Estátua de Camões

5 - Ascensor da Bica

6 - Mercado da Ribeira

7 - IADE

8 - Assembleia da República

Planeamento Regional e Urbano

Legenda:

11

1

8

6

1

1 2

2

3

22

3

2

8

57

3

44

9

543

6

7

6

4

3

45

10

5

9 - Conservatório Nacional

10 - Praça das Flores

•CARTOGRAMA DE IMAGEM DA ÁREA DE ESTUDO – APÓS VISITA AO LOCAL

7

Planeamento Regional e Urbano

- VIAS

AV. 24 DE JULHO

Via rectilínea bastante larga com várias faixas em

cada sentido que se estende ao longo de todo o

limite inferior da nossa área de estudo. Situada

junto ao rio Tejo estabelece a ligação entre a

Avenida da Índia e a Avenida Ribeira das Naus.

Consiste num troço caracterizado por um tráfego

bastante intenso, onde se circula a velocidades

elevadas.

• RODOVIÁRIAS

Conjunto de vias que limitam a nossa zona a Este,

ligando o rato ao Cais do Sodré. Esta extensão

rodoviária ladeia o Bairro Alto, atravessando locais

importantes da cidade tais como o Jardim Botânico

e a Praça de Camões. Existe uma grande afluência

de veículos neste troço, onde a presença de

sinalização se faz sentir.

R. DA ESCOLA POLITÉCNICA

R. D. PEDRO V

R. S. PEDRO DE ALCÂNTARA

R. DO ALECRIM

R. DA MISERICÓRDIA

R. DE S. BENTO

Surge como limite Oeste da área de intervenção,

tendo início no largo do Rato alongando-se na

direcção da Assembleia da República. É uma

rodovia de largura reduzida devido ao

estacionamento longitudinal, sendo este motivo de

congestionamentos, interferindo ainda na

circulação pedonal nos passeios.

8

Figura 3 – Av. 24 de Julho

Figura 4 – moradias

Figura 5 – R. de S. Bento

•ANÁLISE DA IMAGEM URBANA SEGUNDO A METODOLOGIA DE KEVIN LYNCH

Planeamento Regional e Urbano

Via de cariz sobretudo local que faz a ligação entre

a Avenida D. Carlos I e a Rua do Alecrim. Aqui é

possível notar a existência de estabelecimentos

comerciais ao nível dos pisos térreos.

Partindo da Calçada da Estrela, prolonga-se até à

Avenida 24 de Julho. Apresenta passeios bastante

largos, com arborização proporcionando um

ambiente agradável a quem lá circule.

R. DA BOAVISTA

AV. D. CARLOS I

R. DE S. PAULO

9

Ruas de importância estritamente local que

permaneceram na memória de alguns elementos

do grupo após a execução da primeira parte do

trabalho, daí a sua representação a traço mais fino.

R. DAS FLORES

R. H. SECA CAMÕES

Figura 6 – R. da Boavista

Figura 7 – Av. D. Carlos I

Figura 8 – R. das Flores

Planeamento Regional e Urbano

Segmento rodoviário que promove a ligação entre

o Largo de Camões e a Avenida D. Carlos I, sendo

uma zona de grande afluência de pessoas e

veículos. São diversas as práticas do comércio

neste local.

Caminho-de-ferro que liga Lisboa a Cascais,

apresentando como estação terminal o Cais do

Sodré. É um limite de grande extensão que

viabiliza a permanente entrada e saída de pessoas

da cidade.

CALÇADA DO COMBRO

CALHARIZ

LINHA DE CASCAIS

RIO TEJO

Apresenta-se como uma clara e óbvia fronteira da

cidade.

R. POIAIS DE S. BENTO

R. DO LORETO

• FERROVIÁRIAS

- LIMITES

• NATURAIS

10

Figura 9 – Calçada do Combro

Figura 10 – Linha de Cascais

Figura 11 – Rio Tejo

Planeamento Regional e Urbano

Segmento rodoviário que promove a ligação entre

o Largo de Camões e a Avenida D. Carlos I, sendo

uma zona de grande afluência de pessoas e

veículos. São diversas as práticas do comércio

neste local.

Faixa de acesso restrito que impede uma fácil

comunicação entre a cidade e o rio Tejo.

LINHA DE CASCAIS

JARDIM DE S. BENTO

Jardim adjacente à Assembleia da República, sendo

o seu acesso muito condicionado devido ao

controlo de segurança.

MIRADOURO S. PEDRO DE ALCÂNTARA

• FERROVIÁRIAS

• ARQUITECTÓNICOS

11

Figura 12 – Miradouro S. Pedro de Alcântara

Figura 13 – Linha de Cascais

Figura 14 – Jardim de S. Bento

Planeamento Regional e Urbano

Surge em conjunto com uma aglomerado de casas,

impossibilitando a sua utilização regular como via

pedonal já que se trata de um local cujo acesso é

pago.

Zona histórica da cidade caracterizada por edifícios

de grande antiguidade e, em geral, num mau

estado de conservação. Estes estão dispostos

numa malha reticulada irregular, em que as ruas

são estreitas e de difícil acesso tornando o acesso

rodoviário quase nulo. Trata-se de um bairro pouco

frequentado ao longo do dia em comparação com a

intensa afluência nocturna que lá se verifica. Aqui

não são visíveis sinais do urbanismo modernista.

BAIRRO ALTO

JARDIM BOTÂNICO

- BAIRROS

12

Caracterizada por ser uma área com edifícios mais

altos, de cinco ou seis pisos, esta área enquadra-

se na definição de Bairro segundo Kevin Lynch,

apresentando uma tipologia de edifícios que são o

resultado de uma certa homogeneidade

arquitectónica aliada a uma semelhança de

antecedentes históricos. Poderão ser notórios

alguns sinais distintivos mas não ao ponto de pôr

em causa a imagem global. Existem pequenas lojas

em ao longo das ruas sendo a maior parte de

natureza tradicional.

R. DE S. PAULO

Figura 15 – Jardim Botânico

Figura 16 – Bairro Alto

Figura 17 – R. de S. Paulo

Planeamento Regional e Urbano

- CRUZAMENTOS

13

O Jardim do Príncipe Real encontra-se num ponto

alto rodeado por uma zona de relevo algo irregular,

onde existem moradias ou edifícios a rondar os

três ou quatro pisos, muitos deles num mau estado

de conservação. De notar ainda o facto de que esta

zona apresenta uma desorganização espacial

evidente que se reflecte na falta de soluções de

estacionamento a par de uma descaracterização ao

nível da imagem urbana, sendo portanto pouco

apelativa para o cidadão lisboeta.

BAIRRO PRÍNCIPE REAL

Alguns edifícios da zona ribeirinha poderão constituir

um bairro na medida em que se tratam de

construções que partilham uma mesma fisionomia e

funcionalidade, tratando-se neste caso em concreto

de antigos armazéns, que se destinavam a suprir as

necessidades de uma actividade comercial naval que

tem perdido intensidade ao longo dos anos. Toda

esta zona tem vindo progressivamente a ganhar

uma nova vida, através da conversão dos antigos e

abandonados armazéns em superfícies destinadas à

restauração e recriação, sendo por isso, considerada

hoje, como uma das mais frequentadas áreas de

diversão nocturna, repleta de bares, restaurantes e

discotecas.

“ZONA RIBEIRINHA”

Trata-se de um local dotado de uma importante

carga simbólica e histórica, inserido numa zona

nobre da cidade, onde se destaca a Assembleia da

República.

PRAÇA DE S. BENTO

Figura 18 – Bairro Príncipe Real

Figura 19 – “Zona Ribeirinha”

Figura 20 – Praça de S. Bento

Planeamento Regional e Urbano

Local que permite a confluência entre várias vias

rodoviárias de grande volume de tráfego tais como

a R. do Alecrim, R. do Loreto e R. da Misericórdia.

Do ponto de vista da concentração de peões é

também um local sempre muito frequentado

principalmente devido ao seu interesse turístico, ao

qual se junta a forte presença de comércio.

CAIS DO SODRÉ

Local onde convergem vias que assumem grande

importância no contexto da cidade, entre a R. de S.

Bento e a rua da Escola Politécnica, vias

delimitadoras da nossa área de intervenção.

LARGO DE CAMÕES

14

RATO

Local onde convergem vias que assumem grande

importância no contexto da cidade, entre a R. de S.

Bento e a rua da Escola Politécnica, vias

delimitadoras da nossa área de intervenção.

Figura 21 – Rato

Figura 22 – Largo de Camões

Figura 23 – Cais do Sodré

Planeamento Regional e Urbano

Zona dominada por um amplo espaço verde

central, frequentado por todas as faixas etárias

(em especial pela população idosa assim como

pelas crianças que ali encontram um parque

infantil). Esta área oferece alguma tranquilidade e

um ambiente que se distingue claramente da sua

envolvente onde se intersectam vias de grande

caudal de trânsito.

É uma área cuja frequência é intensa quer de dia,

uma vez que comunica directamente com a Av. 24

de Julho, quer de noite devido à intensa actividade

nocturna relacionadas com os espaços de diversão.

LARGO VITORINO DAMÁSIO

ESTÁTUA DE CAMÕES

Estátua que marca todo o Largo de Camões pela

sua imponência assumindo uma grande relevância

que deriva do seu forte carácter simbólico estando

inserida num cruzamento onde as pessoas são

obrigadas a tomar decisões sobre o seu percurso a

seguir o que reforça a sua condição de elemento

marcante.

PRINCIPE REAL

- ELEMENTOS MARCANTES

15

Figura 24 – Miradouro S. Pedro de Alcântara

Figura 25 – Largo Vitorino Damásio

Figura 26 – Estátua de Camões

Planeamento Regional e Urbano

Espaço junto à Avenida 24 de Julho que atrai

muitos visitantes, sendo um local de diversas

actividades e funções, desde o comércio à

restauração, entre outros.

Situado na Praça de S. Bento, é um edifício cuja

construção percorreu 3 séculos apresentando-se

estruturado em 4 andares, exibindo pano de muro

em cantaria, ritmado por pilastras e janelas. Sem

dúvida prende o olhar de qualquer um não só pela

sua arquitectura maneirista e barroca como pela

sua dimensão.

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

ASCENSOR DA BICA

Estátua que marca todo o Largo de Camões pela

sua imponência assumindo uma grande relevância

que deriva do seu forte carácter simbólico estando

inserida num cruzamento onde as pessoas são

obrigadas a tomar decisões sobre o seu percurso a

seguir o que reforça a sua condição de elemento

marcante.

MERCADO DA RIBEIRA

16

Figura 27 – Mercado da Ribeira

Figura 28 – Assembleia da República

Figura 29 – Ascensor da Bica

Planeamento Regional e Urbano

Edifício que pela sua pela sua envergadura se

destaca, dominante pelo seu tamanho e contornos,

sendo constituído por um sistema de treliças

metálicas que se estende ao longo de todo a

fachada.

Situada na rua D. Pedro de Alcântara, o prédio

exemplifica o modo como se construía um hospital

no século XIX.

STA CASA DA MISERICÓRDIA

Junto ao Bairro Alto, abarca as zonas mais típicas e

as mais modernas da cidade. Numa ponta

podemos ver o Castelo, a Sé, a Baixa e uma

pequena faixa de rio. Continuando pela profusão

de pequenas casas, todas equilibradas nas

elevações, podemos identificar a Avenida da

Liberdade, a Graça, o Jardim do Torel e o elevador

do Lavra.

IADE

MIRADOURO S. PEDRO DE ALCANTÂRA

17

Figura 30 – IADE

Figura 31 – Santa Casa da Misericórdia

Figura 32 – Miradouro S. Pedro de Alcântara

Planeamento Regional e Urbano

Surge neste espaço um jardim que se ergue

contrastando com as formas do cenário urbano que

o rodeia. Apesar da sua pequena importância

funcional, este contraste de localização faz dele

uma imagem relativamente bem identificável e

agradável à qual ninguém fica indiferente.

PRAÇA DAS FLORES

18

CONSERVATÓRIO NACIONAL

Este edifício contém uma escola vocacional

artística de formação de bailarinos, prendendo a

atenção de quem lá passa devido ao som da

música proveniente do interior.

Um dos locais mais aprazíveis de Lisboa; Este

jardim, fundado em 1858, possui uma grande

variedade de árvores e espécies tropicais, sendo

um espaço bastante convidativo ainda que se

apresente como um limite no percurso que

efectuamos.

JARDIM BOTÂNICO

Figura 33 – Praça das Flores

Figura 34 – Conservatório Nacional

Figura 35 – Jardim Botânico

19

Planeamento Regional e Urbano

A zona de intervenção está inserida numa região da cidade de Lisboa que marca

indubitavelmente a sua história e cultura, contendo pontos de destaque para muitos visitantes e

para aqueles que gostam de desfrutar dos prazeres da noite.

São diversas as formas de construir e de ordenar o espaço que aqui podemos encontrar, a par da

arquitectura das fachadas dos edifícios que apresenta as mais variadas formas e pormenores.

Partindo do Rato existem duas vias que delimitam toda a nossa zona de estudo e que se prolongam

até à Avenida 24 de Julho. São elas, a Oeste, a Rua de S. Bento, que se estende até à rua D. Carlos I,

e a Este um troço constituído por cinco vias que se prolongam na direcção do rio até ao Cais do

Sodré.

É comum encontrar uma desorganização do espaço edificado bem como a deterioração das

fachadas de edifícios, alguns envolvidos por uma arquitectura única e histórica, que parecem ter

ficado ao abandono. Como exemplo disso temos a área que envolve o Príncipe Real, o Bairro Alto e a

zona da Rua de S. Paulo e da Boavista.

A Praça do Príncipe Real encontra-se ao cimo de uma região que abrange todo um espaço

destinado a habitação e comércio de pequena dimensão, sendo o jardim um ponto de referência

nesta área devido à escassez de espaços verdes e carência de arborização nas ruas que se

apresentam debilitadas ao nível da imagem urbana. Os arruamentos encontram-se pouco

movimentados, especialmente aqueles que servem única e exclusivamente moradias, delimitando

assim quarteirões formados por edifícios alguns com fachadas bastante degradadas. O Jardim

aparece assim como um espaço de lazer e um cruzamento de pessoas, em geral de idade mais

avançada, que vêem no jogo de cartas a sua ocupação.

Descendo pela Rua do Século chegamos a um bairro de grande importância histórica na cidade de

Lisboa – o Bairro Alto. Este destaca-se pela sua malha reticulada ortogonal formada por uma sucessão

de ruas que se intersectam compondo quarteirões de dimensões relativamente reduzidas.

•DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL DA ÁREA DE ESTUDO

(1) (2)

Figura 36 – (1) - Fachadas degradadas da rua da Boavista; (2) - Edificação de uma das zonas do Bairro Alto

20

Planeamento Regional e Urbano

Apetecível pela sua variedade de bares e restaurantes, bem como casas de fado e chá, a grande

afluência nocturna destoa da imagem tradicional que se verifica durante o dia, em que apenas os mais

antigos espaços comercias, a par de algumas novas iniciativas dão vida ao Bairro.

Frequente encontram-se turistas que vêem no Bairro algo de diferente, ou seja, uma Lisboa mais

antiga e tradicional aliada a uma carga histórica e simbólica muito característica. No

entanto, é difícil ficarmos indiferentes ao facto de apresentar sinais evidentes de degradação e de um

certo abandono de edifícios, em que a altura dos mesmos contrasta com a largura das ruas. As ruas

são estreitas, passando apenas um carro de cada vez. Por outro lado é manifesta a falta de soluções

de estacionamento nesta área, principalmente ao fim do dia e à noite. Aliado a uma certa

desertificação nas ruas durante o dia surge um receio da população em geral que se sente insegura

nesta zona, especialmente em horários nocturnos.

Na Rua de S. Paulo destaca-se a presença de edifícios mais altos, muitos dos quais em mau

estado de conservação e com uma arquitectura similar. Aqui é bem patente a prática do comércio,

em que os pequenos estabelecimentos comerciais, em geral, preenchem os pisos térreos dos

edifícios, estendendo-se à Rua da Boavista, a qual lhe dá continuidade.

A Avenida D. Carlos I constitui talvez um dos espaços mais agradáveis de se circular a pé na

nossa área, com passeios bastante largos e preenchidos por árvores que embora não ofereçam

sombra nos dias de calor, valorizam a imagem urbana da cidade numa zona que não proporciona

grandes espaços verdes e cujas ruas de acesso local carecem de arborização e alternativas à densa

edificação que se verifica.

Como limite inferior da zona em estudo aparece a Avenida 24 de Julho, caracterizada como via

principal, onde se circula a grandes velocidades e se gera um tráfego bastante intenso. A grande

afluência de pessoas nesta avenida pode ser explicada pela existência da estação de Metropolitano de

Lisboa e da linha ferroviária que liga Lisboa a Cascais e de todo um conjunto de autocarros públicos

que em massa atravessam esta área, mobilizando assim a circulação de muitas pessoas. Outro

aspecto a focar remete-nos para a presença de diversos bares e restaurantes que durante a noite

atraem os lisboetas e os habitantes de toda a grande Lisboa.

(1) (2)

Figura 37 – (1) – R. da Rosa; (2) - R. de S. Paulo; (3) - Av. D. Carlos I

(3)

A área de intervenção abrange importantes focos de interesse na medida em que, para além dos

diversos problemas de organização do espaço e caracterização da imagem urbana, é dotada de vias e

cruzamentos importantes, de bairros com características únicas a nível de arquitectura e integração na

cidade e de elementos com uma importância histórica e cultural que não passam indiferentes a

ninguém.

Apresentam-se portanto algumas propostas no sentido de melhorar a imagem urbana da

cidade de Lisboa:

•A Rua de S. Bento apresenta-se actualmente pouco atractiva em termos de imagem urbana, pois não

só se encontram várias fachadas deterioradas e vandalizadas como se encontram alguns dos edifícios

abandonados. Aliado a estes problemas estão também os passeios demasiado estreitos e as más

condições de circulação rodoviária da via. De modo a revitalizar a via e torná-la numa alternativa

agradável para quem a atravessa propõe-se a reconstrução das fachadas, o alargamento e arranjo dos

passeios (com a supressão de um dos sentidos de trânsito) envolvendo arborização e colocação de

novos equipamentos urbanos como bancos e candeeiros. Os espaços comerciais podiam também ser

desenvolvidos no sentido de diversificar a oferta criando por exemplo espaços de restauração.

21

Planeamento Regional e Urbano

•PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO

Figura 38 – Fachadas degradadas na Rua de S. Bento

Figura 39 – Passeios estreitos e circulação precária na Rua de S. Bento

22

Planeamento Regional e Urbano

•Reorganização do Largo Hintze Ribeiro utilizado como parque de estacionamento no topo da R. de S

Bento, por forma a tornar a zona mais aprazível, em oposição à configuração caótica que apresenta

actualmente.

•Embora a zona do Príncipe Real tenha características para se assumir como um bairro segundo Kevin

Lynch, a imagem que passa é de uma zona habitacional sem identidade própria onde existe um certo

desleixo e precariedade. Com medidas simples de restauro de edifícios, embelezamento de fachadas e

renovação dos arruamento julgamos que esta área pode ganhar uma nova amplitude e acima de tudo

ganhar um novo valor para os moradores.

•Na Praça das Flores, existe actualmente um pequeno jardim, espaço agradável e bem-disposto com

esplanadas e árvores frondosas que peca, porém, por ter um cariz extremamente local. Julgamos que

este jardim tem potencial para se tornar um cruzamento segundo Kevin Lynch e para o efeito poder-se-

ia eliminar dos pisos térreos adjacentes à praça os espaços de comércio antigos e obsoletos actualmente

existentes e instalar aí outro tipo de actividades.

Figura 41 – Príncipe Real

Figura 40 – Largo Hintze Ribeiro

Entre estes poder-se-ia incluir espaços de restauração, lojas de moda, galerias de arte, livrarias, lojas de

discos entre outros. No próprio jardim podiam-se desenvolver actividades que atraíssem pessoas como

pequenos concertos e arte de rua.

•No Bairro Alto sobressaem-se edifícios com fachadas deterioradas o que, aliado a acções de

vandalismo, (grafitis, danificação de mobiliário urbano, etc.) contribui para uma imagem

descaracterizada do bairro tornando-o pouco atractivo. Uma forma de solucionar este problema poderá

passar pela recuperação das fachadas, tanto ao nível estrutural, devido à idade avançada de algumas

construções, como a um nível puramente estético. Deverá também existir mais policiamento na zona,

apostando na prevenção como forma de evitar ou diminuir estes problemas acrescidos.

•Ainda no Bairro Alto, local da cidade em que o espaço escasseia, resultado duma extrema concentração

de construção, seria importante criar áreas mais desafogadas, propondo-se para tal a criação de

espaços verdes, ainda que de reduzidas dimensões, pontificando o bairro. Um modo de levar esta acção

a cabo passaria pela demolição de edifícios completamente devolutos.

23

Planeamento Regional e Urbano

Figura 42 – Praça das Flores

Figura 43 – Fachadas deterioradas do Bairro Alto

•A iluminação deficiente que alimenta certas zonas do Bairro deverá ser corrigida.

•Outro espaço que se encontra de momento desaproveitado é o edifício da Academia de Ciências de

Lisboa, este edifício pode perfeitamente tornar-se um ponto marcante da cidade de Lisboa mas como

actualmente se apresenta passa despercebido. Actividades relacionadas com ciência, que podem passar

por apresentações de livros, palestras, realização de ensaios abertos ao público e a criação de salas de

estudo suscitarão, eventualmente, o interesse por este local e conduzirão pessoas ao mesmo. Uma

requalificação do próprio edifício poderá ser mais um contributo para a dinamização do local.

•Dinamização do Jardim existente na Avenida 24 de Julho, que se encontra localizado ao lado do

Mercado da Ribeira através da instalação de uma esplanada assim como de um espaço destinado às

crianças (parque infantil).

•De um modo geral, os arruamentos e as fachadas da zona em estudo podem ser embelezados e

reordenados de modo a que a imagem urbana se torne mais agradável e confortável.

24

Planeamento Regional e Urbano

Figura 45 – Jardim existente na Avenida 24 de Julho

Figura 44 – Ruas demasiado estreitas e pouco desafogas do Bairro Alto

•Uma das grandes falhas da zona em estudo é a insuficiência de equipamentos e infra-estruturas

desportivas. Devido à carência de espaço no núcleo central do Bairro Alto admitimos espaços

alternativos.

Os vários quarteirões da confinantes com a Av. 24 de Julho, que são actualmente ocupados por parques

de estacionamento, poderão ser melhor aproveitados através de recintos desportivos, um parque e

outros espaços similares. Outro espaço alternativo é a zona junto ao rio Tejo, que começa a ser utilizada

para espaços de restauração e cafés mas neste momento ainda tem muitos barracões abandonados.

Uma ciclovia, um parque aquática são hipóteses para dinamizar o espaço.

•Por fim, surge o problema da linha de caminhos-de-ferro que une o Cais do Sodré a Cascais e que

constitui uma barreira ao acesso das pessoas ao rio. Poder-se-iam colocar algumas passagens aéreas

que facilitassem a mobilidade sem condicionar a circulação de comboios.

25

Planeamento Regional e Urbano

Figura 46 – Zona junto ao Tejo e linha de caminho-de-ferro

•CARTOGRAMA DAS PROPOSTAS DA ÁREA DE ESTUDO

26

Planeamento Regional e Urbano

11

1

8

6

1

1

2

2

3

22

3

2

8

57

44

10

543

6

7

6

4

3

45

9

57

118

12

5 - R. Da Boavista

- R. de S. Paulo

6 - Av. 24 de Julho

7 - Av. D. Carlos I

8 - R. de S. Bento

9 - R. Nova da Piedade

•Bairros

1 - Príncipe Real

2 - Bairro Alto

3 - R. de S. Paulo

4 - Zona Ribeirinha

•Limites

1 - Jardim Botânico

2 - Miradouro de S. Pedro de Alcântara

3 - Linha de Cascais

4 - Rio Tejo

5 - Jardim de S. Bento

•Vias

1 - R. da Escola Politécnica

- R. D. Pedro V

- R. S. Pedro de Alcântara

- R. da Misericórdia

- R. do Alecrim

2 - R. Poiais de S. Bento

- Calçada do Combro

- Calhariz

- R. do Loreto

3 - R. H. Seca Camões

4 - R. das Flores

•Cruzamentos

1 - Rato

2 - Príncipe Real

3 - Largo de Camões

4 - Cais do Sodré

5 - Largo Vitorino Damásio

6 - Praça de S. Bento

7 - Praça das Flores

8 – Recintos desportivos

•Elementos Marcantes

1 - Jardim Botânico

2 - Miradouro de S. Pedro de Alcântara

3 - Sta Casa da Misericórdia

4 - Estátua de Camões

5 - Ascensor da Bica

6 - Mercado da Ribeira

7 - IADE

8 - Assembleia da República

Legenda:

9 -Praça das Flores

10 - Conservatório Nacional

11 – Jardim da Av. 24 de Julho

12 – Academia de Ciências

9

Planeamento Regional e Urbano

HIERARQUIA DA REDE VIÁRIA

A rede viária de uma cidade constitui uma malha estrutural de grande importância para a sua

análise a nível urbano.

A rede viária é constituída por três partes:

- Rede primária ou fundamental

- Rede secundária

- Rede local

A rede primária ou fundamental é constituída por dois tipos de vias: vias arteriais e vias

principais.

As vias arteriais têm como função dominante o atravessamento e acesso à cidade, a ligação entre

locais importantes de uma cidade, região ou país. Estas vias apresentam características que permitem

um grande fluxo de tráfego que pode viabilizar circulações a grandes velocidades:

- Largura mínima de 26 metros e contendo no mínimo 6 vias;

- Acessos são restritos aos nós, sendo estes desnivelados;

-Estacionamentos e paragens de transportes colectivos são interditos.

No que diz respeito a vias principais, estas apresentam como funções dominantes constituir as

ligações urbanas estruturantes. O perfil transversal deve ter 4 ou mais vias de circulação e uma

largura mínima de 20 metros. Os acessos são intersecções de nível ordenadas e com regulação de

tráfego podendo os nós serem de nível ou desnivelados em função do volume de tráfego. O

estacionamento é condicionado e quando autorizado é longitudinal. As paragens de transportes

colectivos são localizadas fora da faixa de rodagem.

Quanto à rede secundária, esta é constituída por vias colectoras e distribuidoras que têm

como função dominante a colecta e distribuição do tráfego dos sectores urbanos. O seu perfil

transversal deve ter no mínimo duas vias e uma largura não inferior a 12 metros. O acesso é livre e

feito por cruzamentos de nível. O estacionamento e as paragens de transportes colectivos são

autorizados, mas com regulamentação própria.

Em relação à rede local, surgem dois tipos de vias: as vias de distribuição local e as vias de

acesso local.

As vias de distribuição local têm como função dominante permitir o acesso local e a ocupação

marginal. O perfil transversal deve ser constituído por duas ou mais vias e no mínimo deve ter 10

metros de largura. Os acessos são livres e as intersecções são de nível. O estacionamento é livre e as

paragens de transporte colectivos devem-se situar fora da faixa de rodagem.

27

•TIPOS DE VIAS

Planeamento Regional e Urbano

As vias de acesso local têm como função permitir o acesso às actividades. O perfil transversal

deve ter uma ou duas vias e no mínimo 9 metros de largura. Os acessos e o estacionamento são

livres e as paragens de transportes colectivos são interditas.

Tipo de intersecções

Define-se nó como a intersecção entre duas ou mais vias. Consoante se tratem de vias da rede

principal, secundária ou local este ganha diferentes designações. Assim, vem que:

Os nós viários são sempre pontos críticos que convém considerar com cuidado. Tanto o número

excessivo de nós como a sua localização pode trazer inconvenientes ao nível da fluidez do tráfego

bem como da segurança.

Em relação à nossa área em estudo identificamos vários tipos de vias nas quais procedemos à

respectiva caracterização e representação através do cartograma que a seguir se apresenta.

28

RP

RP

RL

RL

RS

RSRP – rede principal

RS – rede secundária

RL – rede local

Nó tipo 1

Nó tipo 3

Nó tipo 4

Nó tipo 5

Nó tipo X – não ésuposto existir na rede viária

Nó tipo 2

Figura 47 – Diagrama de intersecções

CARTOGRAMA DA REDE VIÁRIA

30

Planeamento Regional e Urbano

AV. 24 DE JULHO

VIA COLECTORA PRINCIPAL

REDE PRINCIPAL

1

REDE SECUNDÁRIA

•Principal via de ligação entre a cidade e os bairros próximos do

rio Tejo;

•Com disposição paralela ao rio assume-se como uma via de

atravessamento da cidade para veículos com destino a Oeiras e

Cascais;

•Caracterizada por vias numerosas e largas a via permite a

circulação rápida de veículos;

•Grande volume de tráfego.

AV. D. CARLOS I

VIA DISTRIBUIDORA PRINCIPAL

2

•Via que recebe e distribuí o tráfego proveniente do Bairro Alto, S.

Bento, Estrela e Lapa;

•Encaminha esse tráfego para a Av. 24 de Julho ou para a

Calçada da Estrela;

•Vias e passeios largos que permitem uma circulação

razoavelmente rápida.

Figura 48 – Av. 24 de Julho

Figura 49 – Av. D. Carlos I

•CARACTERIZAÇÃO DA REDE VIÁRIA NA ÁREA DE ESTUDO

31

Planeamento Regional e Urbano

R. S. BENTO

VIA DISTRIBUIDORA PRINCIPAL

3

•Via que estabelece a ligação entre o Largo do Rato (cruzamento

com elevados fluxos de tráfego) e a Av. D. Carlos I;

•Colecta e distribuí ainda o tráfego com origem na Estrela,

Príncipe Real e Rato.

R. ESCOLA POLITÉCNICA, R. D. PEDRO V, R. DA MISERICÓRDIA, R. DO ALECRIM

VIAS DISTRIBUIDORAS PRINCIPAIS

4

•Via que assegura a ligação entre o Largo do Rato e o Cais do

Sodré (Praça Duque da Terceira), ambos cruzamentos com

elevados fluxos de trânsito;

•Recolhe e distribuí o trânsito proveniente do Bairro Alto, Príncipe

Real, Rato e Chiado;

•Grande volume de tráfego.

Figura 50 – R. S. Bento

Figura 51 – R. do Alecrim

CALÇADA DO COMBRO, R. POIAIS DE S. BENTO, R. POÇO DOS NEGROS

VIAS DISTRIBUIDORAS PRINCIPAIS

5

•Via que atravessa o Bairro Alto e a Bica sensivelmente a meio e

recolhe o tráfego daí proveniente.

•Escoa esse tráfego para a Av. D. Carlos I, Calçada da Estrela e

para o Largo Luís de Camões (e daí para a R. da Misericórdia e R.

do Alecrim);

•Faz a ligação entre o Chiado e Santos-O-Velho.

Figura 52 – Calçada do Combro

32

Planeamento Regional e Urbano

R. S. PAULO, R. DA BOAVISTA

VIAS DISTRIBUIDORAS PRINCIPAIS

6

•Rua paralela à Av. 24 de Julho que estabelece a ligação entre a

Santos-o-Velho e a Rua do Arsenal (que tem origem na Praça do

Comércio);

•Recolhe e encaminha o trânsito com origem no Bairro da

Boavista. Figura 53 – R. S. Paulo

REDE LOCAL

R. DO SÉCULO

VIA DISTRIBUIDORA LOCAL

7

•Une a R. D. Pedro V à Calçada do Combro;

•Recolhe e distribuí o trânsito local proveniente das ruelas de

acesso local do Bairro Alto;

•Não é no entanto uma alternativa rápida para a circulação

automóvel devido aos diversos cruzamentos existentes;

•Via de sentido único complementar com a R. da Rosa.

Figura 54 – R. do Século

33

Planeamento Regional e Urbano

R. DA ROSA

VIA DISTRIBUIDORA LOCAL

8

•Une a Calçada do Combro à R. D. Pedro V;

•Recolhe e distribuí o trânsito local proveniente das ruelas de

acesso local do Bairro Alto;

•Não é também uma via de circulação rápida devido aos inúmeros

cruzamentos existentes bem como à exiguidade da rua;

•Via de sentido único complementar com a R. do Século.

Figura 55 – R. da Rosa

R. DA IMPRENSA NACIONAL

VIA DISTRIBUIDORA LOCAL

9

•Via distribuidora local;

•Une a Rua de S. Bento à Rua da Escola Politécnica;

•Funciona como via distribuidora de trânsito local com origem

e/ou destino no Príncipe Real;

•Como é natural, não é uma via de circulação rápida devido às

muitas intersecções existentes;

•Trata-se de uma via de sentido único.Figura 56 – R. da Imprensa Nacional

34

Planeamento Regional e Urbano

R. NOVA DA PIEDADE E R. DA PALMEIRA

VIAS DISTRIBUIDORAS LOCAIS

10

•Une a Calçada do Combro à R. D. Pedro V;

•Recolhe e distribuí o trânsito local proveniente das ruelas de

acesso local do Bairro Alto;

•Não é também uma via de circulação rápida devido aos inúmeros

cruzamentos existentes bem como à exiguidade da rua;

•Via de sentido único complementar com a R. do Século.

Figura 57 – R. da Palmeira

RESTANTES VIAS

VIAS DE ACESSO LOCAL

•Vias de carácter puramente local que funcionam apenas como

acesso às habitações e actividades comerciais.

Figura 58 – Via de acesso local

Planeamento Regional e Urbano

O desenvolvimento da cidade ao longo do tempo e a organização da sua malha viária em função das

alterações decorrentes da própria vida da cidade levam ao aparecimento de problemas e variados

tipos de conflitos.

Podemos classificar estas situações de conflito de acordo com as seguintes classes:

- Hierarquia Funcional / Hierarquia Geométrica

- Hierarquia Funcional / Gestão do Espaço Canal

- Veículo / Peão

- Veículo / Veículo

Hierarquia Funcional / Hierarquia Geométrica – Situações de conflito em que a funcionalidade

exigida a um determinado traçado é afectada pelas suas próprias características físicas e geométricas.

Algumas destas condicionantes prendem-se com o tipo de estacionamento adoptado, o declive da via,

o número de vias de rodagens, assim como as suas dimensões e a dimensão de todo o perfil

transversal.

Hierarquia Funcional / Gestão do Espaço Canal – Situações de conflito resultantes de uma

organização e utilização defeituosas da via, em termos do seu perfil transversal, impedindo o trânsito

de fluir como seria desejável. Como exemplo destes casos podemos considerar a degradação do

pavimento, a permissão de estacionamento irregular, semaforização mal estruturada para o local e a

fraca análise na colocação de mobiliário urbano.

Veículo / Peão – Situações de conflito devidas à proximidade de vias de tráfego automóvel a

equipamentos onde se concentra um grande número de pessoas (escolas, hospitais, espaços

comerciais), ou mesmo atravessamento de bairros sociais por vias de trânsito exterior, casos em que

a segurança dos peões é posta em causa. Podemos ainda considerar as situações em que o peão se

vê obrigado a circular pela via de trânsito, certas circunstâncias em que o passeio tem uma largura

insuficiente ou ainda os casos de má sinalização ou insistência de passadeiras.

Veículo / Veículo – Situação em que a circulação em vias de hierarquia mais elevada é afectada pela

sua intersecção com vias de hierarquia mais baixa que nelas convergem, ligando na maior parte dos

casos a rede de acesso local a vias da rede primária.

Uma vez que a análise das características das vias assim como dos respectivos conflitos em toda a

área em estudo seria demasiado extensa e complexa foi feita a análise a apenas um percurso o qual

foi escolhido de forma a atravessar toda a área por vias hierarquicamente distintas e tendo o cuidado

de englobar os pontos mais conflituosos da zona. O percurso efectuado encontra-se esquematizado

no cartograma que a seguir se apresenta.

35

•TIPOS DE CONFLITOS

Cartograma dos percursos

37

Planeamento Regional e Urbano

VIA DISTRIBUIDORA PRINCIPAL

RUA DE S. BENTO

CARACTERISTICAS PERFIL:

•2 sentidos de trânsito – 1 via em cada sentido;

•O acesso no início e fim da rua é controlado por semáforos;

•Os cruzamentos são desprovidos de sinalização luminosa;

•Existem troços de rua com estacionamento longitudinal de ambos os lados;

•Estacionamento complementado por 2 parques de estacionamento laterais;

•Paragem de transportes colectivos na via;

•Tráfego moderado;

•A largura da rua varia entre 8 e 15 metros;

•A largura da faixa rodoviária varia entre 6 e 12 metros;

•Os passeios têm uma largura entre 0.8 e 1,5 metros.

Figura 59 – Exemplos de conflitos na rua de S. Bento

CARACTERISTICAS

•CARACTERISTICAS, CONFLITOS E PROPOSTAS DA ÁREA DE ESTUDO

38

Planeamento Regional e Urbano

PROPOSTAS

• Tornar a via de sentido único, por exemplo sentido Rato – D. Carlos I, de modo a poder alargar

os exíguos passeios e ao mesmo tempo manter uma via de trânsito com uma largura mais

adequada. Poder-se-ia também criar escapatórias para as paragens de transportes colectivos e

eliminava-se assim um dos principais motivos de obstrução do tráfego. Para a circulação

rodoviária no sentido Av. D. Carlos I – Rato utilizar-se-iam as vias: Calçada da Estrela, R. S.

Bernardo e Av. Álvares Cabral;

•De modo a libertar o passeio de mobiliário urbano poder-se-ia fazer passar a cablagem junto

das fachadas dos edifícios eliminando a necessidade de postes e ainda através de fiscalização

obrigar os moradores a guardarem os contentores do lixo no interior dos prédios;

•Aumento da altura dos passeios de modo a anular a presença abundante de pinos verticais (que

têm como função a evitar o estacionamento longitudinal) bem como diminuir o número de lances

de escadas que dão acesso às propriedades;

•De notar a má colocação de sinais verticais, que impossibilitam uma fácil e óbvia interpretação

dos mesmos. Deveriam ser integrados num processo de aperfeiçoamento da sinalização de

muitas ruas da cidade, nas quais a circulação rodoviária e pedonal é continuada;

•Proibir o estacionamento longitudinal pelo menos quando se processa dos 2 lados pois há

alternativas (2 parques de estacionamento ao longo da rua) e ainda se poderia implantar um

parque de estacionamento subterrâneo na Praça de S. Bento.

CONFLITOS

Conflitos do tipo Função / Características das vias:

•Os passeios estreitos não favorecem a zona comercial que se encontra ao longo da rua;

•Largura insuficiente para uma via pertencente à rede secundária;

•Faixa de rodagem demasiado estreita.

Conflitos do tipo Função / Ordenamento e gestão do espaço do canal:

•Estacionamento não autorizado em cima de passeios;

•Elementos de mobiliário urbano e escadas de acesso às habitações limitam a largura útil do

passeio;

•Paragem de transportes colectivos na via provoca pequenas obstruções temporárias.

Conflitos Veículo/Peão:

•Passeios estreitos e obstruídos obrigam os peões a circular na faixa de rodagem;

•Ausência de passagens para peões.

39

Planeamento Regional e Urbano

VIA DE ACESSO LOCAL

RUA NOVA PIEDADE

CONFLITOS

CARACTERISTICAS PERFIL:

•2 sentidos de trânsito – 1 via em cada sentido;

•O acesso e os cruzamentos são desprovidos de sinalização luminosa;

•Não é permitido o estacionamento;

•Paragem de transportes colectivos na via;

•Tráfego reduzido;

•A largura da rua é de aproximadamente 8 metros;

•A largura da faixa rodoviária é de 5 metros;

•Os passeios têm uma largura de 1,5 metros;

Conflitos do tipo Função / Características das vias:

•Largura da faixa de rodagem insuficiente para a normal circulação de veículos.

Conflitos do tipo Função / Ordenamento e gestão do espaço do canal:

•Elementos de mobiliário urbano limitam a largura útil;

•Falta de espaço e alternativas para estacionamento;

•Marca longitudinal de separação de sentidos algo apagada.

CARACTERISTICAS

40

Planeamento Regional e Urbano

PROPOSTAS

• Reforçar as marcas rodoviárias presentes na faixa de rodagem (passadeiras e as guias), com

vista a melhorar a visibilidade dos cidadãos que por lá passam, quer num veículo quer circulando

a pé;

•Através de fiscalização obrigar os moradores a guardarem os contentores do lixo no interior dos

prédios de modo a libertar espaço útil dos passeios;

•Criar na Praça das Flores uma escapatória para a paragem de transportes públicos de modo a

que a recolha de passageiros não interrompa a circulação rodoviária;

•Implantar um parque de estacionamento subterrâneo na Praça de S. Bento poderia reduzir a

escassez de estacionamento nesta zona.

Figura 60 – Paragem de autocarros na via de trânsito junto à Praça das Flores

41

Planeamento Regional e Urbano

CONFLITOS

VIA DE ACESSO LOCAL

TRAVESSA DA PIEDADE

•1 sentido de trânsito – apenas 1 via nesse sentido;

•O acesso e os cruzamentos não têm sinalização luminosa;

•É permitido o estacionamento longitudinal de um dos lados (por cima do passeio);

•Tráfego ocasional;

•A largura da rua varia entre 5 e 6 metros;

•A largura da faixa rodoviária varia entre 3 e 4 metros;

•A largura dos passeios varia entre 0.8 e 1 metro.

Conflitos do tipo Função / Características das vias:

•Largura da faixa de rodagem e dos passeios muito reduzida.

Conflitos do tipo Função / Ordenamento e gestão do espaço do canal:

•Via obstruída pelo estacionamento na faixa de rodagem.

•Estacionamento não autorizado em cima do passeio.

•Pavimento irregular e desgastado.

•Passeios encontram-se descalcetados.

Conflitos Veículo/Peão:

•Passeios estreitos e obstruídos obrigam os peões a circular na faixa de rodagem.

CARACTERISTICAS

42

Planeamento Regional e Urbano

PROPOSTAS

•Assumir que esta rua têm um carácter extremamente local e através do encerramento da

circulação rodoviária na mesma devolvê-la aos cidadãos, assim criar-se-ia uma ponte pedonal

arborizada entre a Praça das Flores e o Largo da Piedade que teria todas as condições para

assumir um papel relevante na circulação pedonal no bairro (com o objectivo de embelezar a rua

poderiam inclusive surgir esplanadas que complementariam as já existentes na Praça das Flores);

• Novamente o parque de estacionamento subterrâneo na Praça de S. Bento poderia solucionar

parte do problema de estacionamento.

Figura 61 – Exemplos de conflitos na Travessa da Piedade

43

Planeamento Regional e Urbano

VIA DE ACESSO LOCAL

CONFLITOS

TRAVESSA DA PALMEIRA

CARACTERISTICAS PERFIL:

•1 sentido de trânsito – apenas 1 via nesse sentido;

•Estacionamento longitudinal de ambos os lados sendo que num deles é efectuado em cima do

passeio;

•Tráfego ocasional;

•A largura da rua é de 8 metros;

•A largura da faixa rodoviária é de 5 metros;

•A largura dos passeios é de 1,5 metros.

CARACTERISTICAS

Conflitos do tipo Função / Ordenamento e gestão do espaço do canal:

•Falta de espaço e alternativas para estacionamento;

•Estacionamento não autorizado em cima do passeio;

•Elementos de mobiliário urbano e escadas de acesso às habitações limitam a largura útil do

passeio.

Conflitos Veículo/Peão:

•Passeios obstruídos obrigam os peões a circular na faixa de rodagem.

44

Planeamento Regional e Urbano

PROPOSTAS

•Aumento da altura dos passeios de modo a impedir o estacionamento irregular por cima dos

mesmos sem esquecer de criar rampas na proximidade das passagens de peões;

•O problema do estacionamento poderia ser resolvido com a implantação de um parque de

estacionamento subterrâneo na Praça do Príncipe Real.

Figura 62 – Exemplos de conflitos na Travessa da Palmeira

45

Planeamento Regional e Urbano

VIA DE ACESSO LOCAL

CONFLITOS

RUA DO JASMIM

CARACTERISTICAS PERFIL:

•1 sentido de trânsito – apenas 1 via nesse sentido;

•É permitido o estacionamento longitudinal de um dos lados;

•Tráfego reduzido;

•A largura da rua varia entre 7,5 e 10 metros;

•A largura da faixa rodoviária varia entre 5 e 7 metros;

•A largura dos passeios varia entre 1,2 e 1,8 metros.

CARACTERISTICAS

Conflitos do tipo Função / Características das vias:

•Largura dos passeios reduzida para uma adequada circulação dos peões;

•Rua muito declivosa;

Conflitos do tipo Função / Ordenamento e gestão do espaço do canal

•Estacionamento abusivo do lado direito da via que reduz a largura da faixa de rodagem;

•Elementos de mobiliário urbano e escadas de acesso às habitações limitam a largura útil do

passeio;

•Falta de alternativas para o estacionamento;

•Marcas da passagem de peões encontram-se desvanecidas.

Conflitos Veículo/Peão

•Passeios estreitos e obstruídos obrigam os peões a circular na faixa de rodagem.

46

Planeamento Regional e Urbano

PROPOSTAS

• Alargamento dos passeios de cada lado da via de modo a tornar mais fácil a circulação

pedonal, até porque na rua se encontram demasiados lances de degraus que poderão por em

cauda a segurança dos peões;

•Com o respectivo alargamento dos passeios, pretende-se também anular a prática do

estacionamento incorrecto que se verifica do lado direito da via (vista em sentido ascendente),

nitidamente visível na foto, estacionamento esse que diminui bastante a largura da via para

efeitos de circulação de automóveis que provém da Praça do Príncipe Real, em sentido

descendente;

•Reforçar as marcas da passadeira que se encontra no início da via uma vez que se encontram

algo desgastadas;

•Implantar um parque de estacionamento subterrâneo na Praça do Príncipe Real poderia libertar

algum estacionamento que se “deposita” nesta rua.

Figura 63 – Exemplos de conflitos na Rua do Jasmim