a ictiofauna de um trecho do canal de bertioga- sp

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES BRUNO BARBANTI A ICTIOFAUNA DE UM TRECHO DO CANAL DE BERTIOGA - SÃO PAULO, BRASIL Mogi das Cruzes 2011

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Realização de inventário das espécies de peixes de ocorrência no Canal de Bertioga, SP.

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Page 1: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

BRUNO BARBANTI

A ICTIOFAUNA DE UM TRECHO DO CANAL DE BERTIOGA - SÃO

PAULO, BRASIL

Mogi das Cruzes

2011

Page 2: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

BRUNO BARBANTI

A ICTIOFAUNA DE UM TRECHO DO CANAL DE BERTIOGA - SÃO

PAULO, BRASIL

Dissertação apresentada ao programa de Pós-

Graduação da Universidade de Mogi das Cruzes

como parte dos requisitos para a obtenção do grau

de Mestre em Biotecnologia.

Orientador: Dr. Alexandre Pires Marceniuk

Co-Orientador: Dr. Alexandre Wagner S. Hilsdorf

Mogi das Cruzes

2011

Page 3: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Page 5: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Dedico este trabalho a todos que de alguma forma colaboram para a

sua realização. A minha família que sempre me apoiou em todos os

momentos, bons ou ruins, a minha avó Silvia que nos ensinou

sempre a buscar novos horizontes e batalhar pelo que desejamos.

Page 6: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Agradeço a Deus por tudo, a minha esposa Bruna pela paciência e

amor, ao meu pai Bolivar pelas ajudas e companheirismo durante as

coletas em dias de chuva e frio no Canal de Bertioga, a minha mãe

Regina, pelo incentivo e apoio, a Pronativa Consultoria e Assessoria

Ambiental pelo financiamento de equipamentos e custos das coletas,

a CPEA, a técnica Vanessa Rocha pela disponibilidade em ajudar

nas leituras dos parâmetros físico-químicos, ao Gabriel Vazquez Aun

pelo auxílio em diversos momentos, ao Rodrigo Alonso pela ajuda no

trabalho com as imagens, ao aluno de doutorado do Museu de

Zoologia da USP Rodrigo Caires pela confirmação das espécies

identificadas e no auxilio da criação da chave de identificação das

espécies, ao IBAMA através do SISBio pela autorização das coletas no

Canal de Bertioga, aos Orientadores Alexandre Pires Marceniuk e

Alexandre Wagner da Silva Hilsdorf pelo auxílio e conhecimentos

transmitidos durante o desenvolvimento dos trabalhos e aos

pescadores da Colônia Z-23 de Bertioga.

Page 7: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma

gota de água. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.”

(Madre Tereza de Calcutá)

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RESUMO

O Canal da Bertioga, localizado no litoral sul do estado de São Paulo, constitui a unidade

natural que conecta os municípios de Santos, Guarujá e Bertioga. Delimitado pelo continente

e pela ilha de Santo Amaro, ao longo de seus de 25km de extensão, representa uma segunda

conexão do complexo estuarino de Santos e São Vicente com o oceano. Situado no pólo

turístico, pesqueiro, portuário e industrial da Baixada Santista, tem sofrido forte impacto

ambiental decorrente da degradação dos manguezais e contaminação do seu complexo

hídrico. Para o presente estudo, foram realizadas coletas, entre dezembro de 2009 à novembro

de 2010, no trecho norte do canal de Bertioga (23º 53’ 31,72” S - 46º 11’ 17,74” O à 23º 51’

23,83” S - 46º 07’ 58,87” O), que foi subdividido em três áreas amostrais com características

ambientais distintas. As técnicas de coleta utilizadas visaram uma amostragem qualitativa e

não quantitativa da ictiofauna, com intuito de melhor inventariar a diversidade da região.

Foram capturados 1.429 exemplares, pertencentes a 78 espécies, incluídas em 14 ordens, 39

famílias e 67 gêneros. Dez espécies são estuarinas, 41 são marinho-estuarino, 26 são marinhas

e 1 de água doce. As famílias mais frequentes foram Scianidae (9 espécies), Carangidae (9

espécies), Haemulidae (7 espécies), e Ariidae (5 espécies), e as espécies mais comuns foram

Stellifer rastrifer (243 exemplares), Harengula clupeola (182 exemplares), Cathorops spixii

(144 exemplares), e Oligoplites palometa (109 exemplares). As espécies de maior interesse

para pesca comercial foram Centropomus parallelus, Centropomus undecimalis, Anisotremus

surinamensis, Chaetodipterus faber, Cynoscion acoupa, Cynoscion microlepdotus,

Epinephelus marginatus, Eugerres brasilianus, Isopisthus parvipinnis, Micropogonias

furnieri, Mugil liza, Mycteroperca acutirostris, Pomatomus saltatrix, Scomberomorus

brasiliensis, Trachinotus falcatus, Trachinotus carolinus e Umbrina coroides. Por sua vez, as

espécies com maior interesse para pesca esportiva na região foram Centropomus parallelus,

Centropomus undecimalis, Cynoscion acoupa, Trichiurus lepturus, Micropogonias furnieri e

Epinephelus marginatus. Do total de espécies coletadas, 11 estão incluídas na lista de espécies

ameaçadas do estado de São Paulo e 6 na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio

Ambiente.

Palavras chave: Ictiofauna, Canal de Bertioga, estuário, chave de identificação,

biodiversidade, conservação.

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ABSTRACT

The Bertioga Channel, located on the southern coast of São Paulo, is the natural unit that

connects the districts of Santos, Guarujá and Bertioga. Bounded by the mainland and the

island of Santo Amaro, along its 25 km of extention, it represents a second connection of the

estuary complex of Santos and São Vicente to the ocean. Situated in the tourist, fishing, ports

and industrial sites. Santos, has undergone massive environmental impact resulting from the

degradation of mangroves and contamination of its water complex. For the present study

collections were made from December 2009 to November 2010, in the northern section of the

Bertioga channel (23 º 53 '31.72 "S - 46 º 11' 17.74" to 23 ° 51 '23.83 " S - 46 º 07 '58.87 "W),

which was divided into three sampling areas according to their distinct environmental

characteristics. The collection techniques used were aimed at a qualitative, not quantitative

sampling, of the icthiofauna, with objetive to increase the inventory of regions the diversity.

1.429 specimens were captured, from 78 species, in 14 orders, 39 families and 67 genera. Ten

species are estuarine, 41 marine-estuarine, 26 marine and 1, of freshwater. The most frequent

families were Scianidae (9 species), Carangidae (9 species), Haemulidae (7 species), and

Ariidae (5 species) and the most comom species were Stellifer rastrifer (243 specimens),

Harengula clupeola (182 specimens), Cathorops spixii (144 specimens), and Oligoplites

palometa (109 specimens). The species of higher interest to commercial fisheries were

Centropomus parallelus, Centropomus undecimalis, Anisotremus surinamensis,

Chaetodipterus faber, Cynoscion acoupa, Cynoscion microlepdotus, Epinephelus marginatus,

Eugerres brasilianus, Isopisthus parvipinnis, Micropogonias furnieri, Mugil liza,

Mycteroperca acutirostris, Pomatomus saltatrix, Scomberomorus brasiliensis, Trachinotus

falcatus, Trachinotus carolinus, Umbrina coroides. In turn, the species of greatest interest to

sport fishing in the region were Centropomus parallelus, Centropomus undecimalis,

Cynoscion acoupa, Trichiurus lepturus, and Micropogonias furnieri Epinephelus marginatus.

Eleven species are included in the list of endangered species in the state of Sao Paulo and 6 on

the list of endangered species of the Ministry of Environment.

Keyword: Ichthyofauna, Bertioga Canal, estuary, key to identification, biodiversity

conservation.

Page 10: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Localização do Canal de Bertioga no complexo estuarino de Santos/São Vicente. O

Canal de Bertioga encontra-se destacado em azul ................................................. 19

Quadro 1- Limites geográficos do Canal de Bertioga abrangidos pelo estudo. ...................... 26

Figura 2- Área de abrangência de coletas divididas em 3 áreas distintas. .............................. 26

Quadro 2- Coordenadas geográficas das áreas de amostragem no Canal de Bertioga ............ 27

Figura 3- A e B- Vista parcial da área de coleta 1, C- Margem com manguezal na área 1, D-

Vista parcial da área de coleta 2. .......................................................................... 27

Figura 4, A- Foz do rio Itapanhaú na área de coleta 2, B- Vista parcial da área de coleta 3, C-

Vista da barra do Canal de Bertioga na área de coleta 3, D- Área com fundo de

pedra na área de coleta 3. ..................................................................................... 28

Figura 5- Artes de pesca. A- Rede de arrasto de fundo com portas, B- Rede de arrasto

tracionada por embarcação. C- Rede de picaré, D e E - Rede de emalhe, F e G-

Tarrafa, H- Covo. ................................................................................................. 30

Figura 6- A- Covo, B- Espinhel. ........................................................................................... 31

Figura 7- Locais de coleta na área 1. .................................................................................... 31

Figura 8- Locais de coleta na área 2. .................................................................................... 32

Figura 9-Locais de coleta na área 3. ..................................................................................... 32

Figura 10- Preparação dos exemplares. A- Produto da captura, B- Separação por morfologia.

............................................................................................................................ 33

Figura 11- A- Marcação e identificação, B- Registro do comprimento total (CT). ................ 33

Figura 12- Procedimentos de preservação de exemplares. A e B- Identificação de exemplares

conforme a literatura. C- Fixação em formol 10%. D- Acondicionamento em

bombonas com ethanol. ........................................................................................ 34

Quadro 3- Ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga. A: espécies com algum tipo de

ameaça segundo “Livro Vermelho da Fauna Basileira” e “Fauna Ameaçada de

Extinção no Estado de São Paulo”. A: grau de ameaça, sobrexplotada (SE),

ameaçada de sobrexplotação (AS). B: hábitos de vida, demersal (D), pelágico (P);

C: hábitats preferenciais, agua doce (AD), estuarino (E), marinho (M), marinho-

estuarino (ME). .................................................................................................... 36

Page 11: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Gráfico 1- Representação gráfica da abundância nas áreas de coleta no trecho norte do Canal

de Bertioga........................................................................................................... 45

Gráfico 2- Representação gráfica da riqueza nas áreas de coleta no trecho norte do Canal de

Bertioga. .............................................................................................................. 45

Figura 13- Albula vulpes, não depositado, 36 mm CT. Corpo em vista lateral....................... 46

Figura 14- Harengula clupeola, LBP 10064, 92 mm CT. Corpo em vista lateral. ................. 47

Figura 15- Sardinella brasiliensis, não depositado, 46 mm CT. Corpo em vista lateral. ........ 48

Figura 16- Lycengraulis grossidens, LBP 10065, 134 mm CT. Corpo em vista lateral. ......... 49

Figura 17- Anchoviella lepidentostole, não depositado, 35 mm CT. Corpo em vista lateral. .. 50

Figura 18- Aspistor luniscutis, LBP 10039, 214 mm CT. Corpo em vista lateral. .................. 51

Figura 19- Bagre bagre, LBP 10037, 372 mm CT. Corpo em vista lateral. ........................... 52

Figura 20- Cathorops spixii, LBP 10040, 276 mm CT. Corpo em vista lateral. ..................... 53

Figura 21- Genidens barbus, não depositado, 130 mm CT. Corpo em vista lateral................ 54

Figura 22- Genidens genidens, LBP 10038, 110 mm CT. Corpo em vista lateral. ................. 55

Figura 23- Callichthys callichthys, não depositado, 116 mm CT. Corpo em vista lateral....... 56

Figura 24- Synodus foetens, não depositado, 38 mm CT. Corpo em vista lateral. .................. 57

Figura 25- Porichthys porosissimus, LBP 10034, 285 mm CT. Corpo em vista lateral. ........ 58

Figura 26- Ogcocephalus vespertilio, não depositado, 174 mm CT. Corpo em vista dorsal. .. 59

Figura 27-. Atherinella brasiliensis, LBP 10085, 109 mm CT. Corpo em vista lateral. ......... 60

Figura 28- Strongylura timucu, LBP 10057, 214 mm CT. Corpo em vista lateral. ................ 61

Figura 29- Strongylura marina, não depositado, 590 mm CT. Corpo em vista lateral. .......... 62

Figura 30- Holocentrus adscensionis, não depositado, 156 mm CT. Corpo em vista lateral. . 63

Figura 31- Syngnathus folletti, não depositado, 173 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 64

Figura 32- Prionotus punctatus, LBP 10084, 85 mm CT. Corpo em vista lateral. ................. 65

Figura 33- Centropomus parallelus, LBP 10042, 137 mm CT. Corpo em vista lateral. ......... 66

Figura 34- Centropomus undecimalis, LBP 10043, 2840 mm CT. Corpo em vista lateral. .... 67

Figura 35- Diplectrum radiale, LBP 10069, 124 mm CT. Corpo em vista lateral. ................. 68

Figura 36- Epinephelus marginatus, não depositado, 174 mm CT. Corpo em vista lateral. ... 69

Figura 37- Mycteroperca acutirostris, não depositado, 322 mm CT. Corpo em vista lateral. 70

Figura 38- Serranus Flaviventris, LBP 10079, 101 mm CT. Corpo em vista lateral. ............. 71

Figura 39- Pomatomus saltatrix, LBP 10082, 78 mm CT. Corpo em vista lateral. ................ 72

Figura 40- Caranx latus, LBP 10055, 114 mm CT. Corpo em vista lateral. .......................... 73

Figura 41- Chloroscombrus chrysurus, não depositado, 34 mm CT. Corpo em vista lateral. . 74

Figura 42- Hemicaranx amblyrhynchus, LBP 10054, 287 mm CT. Corpo em vista lateral. ... 75

Page 12: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Figura 43- Oligoplites palometa, LBP 10053, 298 mm CT. Corpo em vista lateral. .............. 76

Figura 44- Oligoplites saliens, não depositado, 313 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 77

Figura 45- Selene setapinnis, LBP 10083, 46 mm CT. Corpo em vista lateral. ..................... 78

Figura 46- Selene vomer, LBP 10046, 35 mm CT. Corpo em vista lateral............................. 79

Figura 47- Trachinotus carolinus, LBP 10067, 235 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 80

Figura 48- Trachinotus falcatus, LBP 1044, 278 mm CT. Corpo em vista lateral. ............... 81

Figura 49- Lobotes surinamensis, LBP 10052, 305 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 82

Figura 50- Diapterus rhombeus, LBP 10078, 140 mm CT. Corpo em vista lateral. ............... 83

Figura 51- Eucinostomus melanopterus, não depositado, 84 mm CT. Corpo em vista lateral. 84

Figura 52- Eugerres brasilianus, não depositado, 250 mm CT. Corpo em vista lateral. ........ 85

Figura 53- Anisotremus surinamensis, LBP 10059, 250 mm CT. Corpo em vista lateral. ...... 86

Figura 54- Anisotremus virginicus, não depositado, 190 mm CT. Corpo em vista lateral. ..... 87

Figura 55- Conodon nobilis, não depositado, 196 mm CT. Corpo em vista lateral. ............... 88

Figura 56- Genyatremus luteus, LBP 10033, 267 mm CT. Corpo em vista lateral. ................ 89

Figura 57- Haemulon steindachneri, LBP 10058, 298 mm CT. Corpo em vista lateral. ........ 90

Figura 58- Orthopristis ruber, não depositado, 197 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 91

Figura 59- Pomadasys corvinaeformis, não depositado, 126 mm CT. Corpo em vista lateral.92

Figura 60- Diplodus argenteus, LBP 10068, 221 mm CT. Corpo em vista lateral. ................ 93

Figura 61- Bardiella ronchus, LBP 10071, 123 mm CT. Corpo em vista lateral. .................. 94

Figura 62- Cynoscion acoupa, LBP 10049, 390 mm CT. Corpo em vista lateral. .................. 95

Figura 63- Cynoscion microlepidotus, LBP 10041, 378 mm CT. Corpo em vista lateral. ...... 96

Figura 64- Isopisthus parvipinnis, LBP 10072, 194 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 97

Figura 65- Larimus breviceps, não depositado, 115 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 98

Figura 66- Menticirrhus americanus, LBP 10073, 165 mm CT. Corpo em vista lateral. ....... 99

Figura 67- Micropogonias furnieri, LBP 10070, 340 mm CT. Corpo em vista lateral. ........ 100

Figura 68- Stellifer rastrifer, LBP 10074, 117 mm CT. Corpo em vista lateral. .................. 101

Figura 69- Umbrina coroides, não depositado, 304 mm CT. Corpo em vista lateral............ 102

Figura 70- Polydactylus virginicus, LBP 1060, 126 mm CT. Corpo em vista lateral. .......... 103

Figura 71- Kyphosus sectatrix, LBP 10048, 314 mm CT. Corpo em vista lateral. ............... 104

Figura 72- Chaetodon striatus, não depositado, 145 mm CT. Corpo em vista lateral. ......... 105

Figura 73- Mugil curema, LBP 10004, 143 mm CT. Corpo em vista lateral........................ 106

Figura 74- Mugil liza, LBP 10051, 310 mm CT. Corpo em vista lateral.............................. 107

Figura 75- Abudefduf saxatilis, LBP 10066, 135 mm CT. Corpo em vista lateral. ............... 108

Page 13: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Figura 76- Labrisomus nuchipinnis, não depositado, 180 e 185 mm CT. Corpo em vista

lateral. ................................................................................................................ 109

Figura 77- Bathygobius soporator, LBP 10077, 114 mm CT. Corpo em vista lateral. ......... 110

Figura 78- Chaetodipterus faber, LBP 10056, 142 mm CT. Corpo em vista lateral. ........... 111

Figura 79- Trichiurus lepturus, LBP 10036, 493 mm CT. Corpo em vista lateral. .............. 112

Figura 80- Scomberomorus brasiliensis, LBP 10035, 415 mm CT. Corpo em vista lateral.. 113

Figura 81- Peprilus paru, LBP 10045, 188 mm CT. Corpo em vista lateral. ....................... 114

Figura 82- Citharichthys spilopterus, LBP 10075, 125 mm CT. Corpo em vista lateral. ..... 115

Figura 83- Etropus crossotus, LBP 10088, 96 mm CT. Corpo em vista lateral. .................. 116

Figura 84- Achirus lineatus, LBP 10081, 114 mm CT. Corpo em vista lateral. ................... 117

Figura 85- Symphurus tesselatus, LBP 10076, 135 mm CT. Corpo em vista lateral. ........... 118

Figura 86- Aluterus monoceros, LBP 10063, 253 mm CT. Corpo em vista lateral. ............. 119

Figura 87- Lagocephalus laevigatus, LBP 10087, 61 mm CT. Corpo em vista lateral. ........ 120

Figura 88- Sphoeroides greeleyi , LBP 10086, 93 mm CT. Corpo em vista lateral. ............ 121

Figura 89- Sphoeroides testudineus, LBP 10062, 120 mm CT. Corpo em vista lateral. ...... 122

Figura 90- Chilomycterus spinosus, LBP 10061, 135 mm CT. Corpo em vista lateral. ....... 123

Page 14: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Número de exemplares por espécie nas localidades de captura. ............................ 40

Tabela 2- Número de exemplares coletados por período e comprimento total máximo e

mínimo (mm). ...................................................................................................... 42

Page 15: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 14

1.1 Estuários ....................................................................................................................... 14

1.2 Manguezais ................................................................................................................... 17

1.3 O Canal de Bertioga ...................................................................................................... 18

1.4 Condições Ambientais no Canal de Bertioga ................................................................. 20

1.5 A Ictiofauna ................................................................................................................. 22

2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 25

2.1 Objetivo Geral............................................................................................................... 25

2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 25

3 MÉTODOS ................................................................................................................... 26

4 RESULTADOS ............................................................................................................ 35

4.1 A Ictiofauna do Canal de Bertioga ................................................................................. 35

4.2 Caracterização das Áreas de Amostragem ..................................................................... 45

4.3 Características Gerais das Espécies Encontradas no Trecho Norte do Canal de Bertioga 46

4.4 Chave de Identificação para as Espécies de Peixes do Trecho Norte do canal de Bertioga

..........................................................................................................................................124

5 DISCUSSÃO .............................................................................................................. 133

6 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 137

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 138

APÊNDICES ..................................................................................................................... 151

A- Exemplares Depositados em Coleção Zoológica ........................................................... 151

B- Parâmetros Físico Químicos do Canal de Bertioga ........................................................ 155

Page 16: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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1 INTRODUÇÃO

1.1 ESTUÁRIOS

A costa litorânea do Brasil é uma das maiores do mundo e apresenta ecossistemas

costeiros diversificados, que incluem recifes de corais, praias arenosas, costões rochosos,

lagoas costeiras, pântanos salgados, manguezais, planícies de maré e estuários (DIEGUES,

1992; CARVALHO-FILHO, 1999; BRANDON et al., 2005). Os estuários podem ser

definidos, de forma generalizada, como um corpo de água costeiro conectado ao oceano, no

interior do qual a água do mar é diluída pela água doce proveniente de drenagens costeiras

(PRITCHARD 1955, CAMERON e PRITCHARD 1963, BERNARDES, 2001; MIRANDA

et al., 2002). A palavra deriva do adjetivo latino aestuarium, que significa maré ou onda

abrupta de grande altura, fazendo referência a um ambiente dinâmico, com alterações

constantes em resposta a forças naturais (RUPPERT e BARNES, 1996; MIRANDA et al.,

2002).

Pritchard (1952) define 3 tipos geomorfológigos principais de estuários:

1) de Planície Costeira ou Vale Inundado: são estuários típicos de regiões de planície

costeira, formados durante a transgressão do mar no Holoceno, que inundaram os vales dos

rios. O processo de inundação mais acentuado do que de sedimentação, configurou a

topografia como similar ao vale de um rio. Devido ao processo recente de sedimentação,

apresenta o fundo formado por lama e sedimentos finos na sua parte superior, tornando-se

mais espesso em direção à entrada do estuário. Relativamente rasos e raramente excedendo

30m de profundidade, são encontrados em regiões tropicais e subtropicais. O Canal de

Bertioga são exemplos destes sistemas estuarinos.

2) de Fiorde: formados durante o Pleistoceno, foram áreas cobertas pelas calotas de

gelo, decorrente da escavação glacial na planície costeira ou próxima à plataforma

continental. A pressão das calotas de gelo sobre os blocos continentais e os efeitos erosivos

durante o descongelamento aprofundou os vales dos rios primitivos e deixou um fundo

rochoso na entrada, denominado soleira. Estuários profundos, tem a temperatura decrescendo

com a profundidade e, por ocasião da entrada de água de degelo, podem ocorrer inversões de

Page 17: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

15

temperatura nas camadas superficiais da coluna d’água. Localizados em altas latitudes são

comuns no Alasca, Noruega, Chile e Nova Zelândia.

3) Construído por Barra: formados pela inundação de vales primitivos de rios, durante a

transgressão marinha, com a sedimentação recente formam barras na boca do estuário. São

associados a regiões costeiras que podem sofrer processos erosivos, produzindo grande

quantidade de sedimento, retrabalhados pelas ondas e transportados por correntes litorâneas.

Normalmente rasos, com profundidade não superior a 20-30m, apresentam canais e lagunas

extensas. Encontrados em regiões tropicais, são denominados de ambiente estuarino-lagunar,

por exemplo, o complexo estuarino-lagunar de Cananéia-Iguape.

Outros tipos de estuários são formados por processos costeiros, como falhas tectônicas,

erupções vulcânicas, tremores e deslizamentos de terra e estuários com a morfologia muito

alterada por processos de sedimentação nos últimos milênios, como deltas de rios. O rio

Amazonas é um exemplo de delta estuarino, enquanto o estuário tipo rio, de origem tectônica,

é encontrado em regiões montanhosas de alta latitude, anteriormente ocupado por glaciares.

(PRITCHARD,1952)

Hansen e Rattray (1966) classificaram também os estuários em 4 categorias de forma

quantitativa, como diagrama de estratificação-circulação:

Tipo 1 - Fluxo resultante se da em direção a boca do estuário em todas as profundidades

e o transporte de sal estuário acima se da por difusão turbulenta. Pode ser subdividido em

Tipo 1a, fracamente estratificado ou Tipo 1b, onde a estratificação de salinidade é moderada,

sem fluxo resultante estuário acima.

Tipo 2 - Estuários parcialmente misturados com transporte de sal estuário acima

igualmente ocasionado por difusão turbulenta e por advecção. Pode ser subdividido em Tipo

2a, estratificação vertical menos evidente e Tipo 2b onde a estratificação vertical é mais

evidente. O Canal de Bertioga enqudra-se nessa categoria.

Tipo 3 - Estuários onde o transporte de sal acima é principalmente advectivo, sendo

subdividido em Tipo 3a, onde a camada de sal é menos pronunciada e Tipo 3b, onde a camada

inferior é tão profunda que circulação não se estende ate o fundo, como ocorre e fiordes.

Tipo 4- Estuários com regimes altamente estratificados com cunha salina.

No litoral brasileiro, encontramos estuários variando de poucos até centenas de

quilômetros. Na região norte, encontramos o maior sistema estuarino deltaico, o do rio

Amazonas, e na região sul, o maior estuário lagunar da América do Sul, a lagoa dos Patos

(CHAO, 1982; MIRANDA et al., 2002).

Page 18: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

16

Kjerfve (1989) subdivide os estuários em: zona de maré do rio, correspondente à porção

fluvial com baixa salinidade, mas sujeita a influência da maré; zona de mistura, onde ocorre

uma ampla mistura da água doce proveniente de drenagens litorâneas com água marinha da

região costeira adjacente; e zona costeira, correspondente à região costeira adjacente. Os

limites entre as diferentes zonas são dinâmicos e sua posição geográfica pode variar

sazonalmente, dependendo da descarga de água doce, maré, vento e circulação da região

costeira adjacente.

A característica abiótica mais estudada, típica dos ambientes estuarinos, é a salinidade

da água. A salinidade afeta diretamente a distribuição dos animais, sendo a relação existente

entre o número de espécies e o gradiente de salinidade uma clara evidência de sua influência

(BARLETTA et al., 2005 apud LAEGDSGAARD e JOHNSON, 2001). Outras variáveis

ambientais importantes, que apresentam mudanças gradativas no interior do estuário, são a

turbidez da água, temperatura, profundidade, composição química da coluna d’água,

incluindo a mudança na quantidade e tipos de nutrientes dissolvidos, quantidade de oxigênio e

outros gases dissolvidos, no pH e na composição dos sedimentos. As variações físicas

ambientais nos estuários formam diferentes ecossistemas designados: gamboas, mangues,

bancos de marismas, praias, costões rochosos e planície de maré, onde distintas espécies de

animais e vegetais podem ser encontradas (FALCÃO, 2004). Os fatores ambientais descritos,

além de influenciarem a formação dos diferentes tipos geomorfológicos e ecológicos,

controlam a riqueza de espécies contidas nestes ambientes. Conseqüentemente, a composição

específica da assembléia de peixes estuarinos muda constantemente em razão da variabilidade

das condições ambientais e dos limites específicos de tolerância de determinadas espécies às

mudanças no ambiente (LOEBMANN e VIEIRA, 2005). Nos ecossistemas estuarinos, as

variações ambientais de curto e longo prazo tendem a limitar a diversidade de espécies, sendo

a manutenção de grandes concentrações de indivíduos garantida pela grande disponibilidade

de alimento e complexidade estrutural do ambiente, caracterizada por nichos ecológicos

diversificados (ODUM e HERALD, 1972). Adicionalmente, a ação das marés promove a

circulação dos nutrientes dentro dos estuários, além da remoção dos produtos inaproveitáveis

do metabolismo dos organismos.

Biologicamente as águas estuarinas são mais produtivas do que aquelas dos rios e dos

oceanos, apresentando alta concentração de nutrientes, estimulando a produção primária

(LEVINTON, 1995; MIRANDA et al., 2002), do ponto de vista ecológico, constituem uma

importante área de desova, berçário e refúgio para diversas espécies de peixes (ARAÚJO et

Page 19: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

17

al., 1998; LEVINTON, 1995; FUJITA et al., 2002), e também apresentam importância

econômica por ser um meio de transição entre o continente e o oceano (SUMICH, 1992).

É um sistema bastante aberto em termos de ciclagem de materiais, fornecendo ao

ecossistema costeiro adjacente grande quantidade de detritos orgânicos, importantes na base

da cadeia alimentar. A alta produtividade biológica faz com que os estuários sejam uma zona

de alimentação para numerosas formas juvenis de peixes. Espécies migratórias utilizam os

estuários como ponto de passagem obrigatório entre o meio marinho e o fluvial

(FIGUEIREDO e VIEIRA, 2005). Ecólogos consideram que os estuários constituem uma

zona de desenvolvimento para peixes juvenis, além de ser uma região onde se processam

importantes relações tróficas entre peixes adultos de diversas espécies (LAYMAN, 2000;

SMITH e PARRISH, 2002; LAZZARI et al., 2003). Joyeux et al. (2004) salienta a

importância dos estuários, enquanto área de desova, criação e refúgio para muitas espécies de

peixes na costa brasileira. Estuários apresentam ainda um importante papel no ciclo de vida da

biota marinha, devido a elevada produtividade e abrigo para indivíduos jovens contra

predadores (HOGARTH, 1999; LAEGDSGAARD e JOHNSON, 2001).

Economicamente, os estuários são importantes por fornecerem alimentos para o homem,

além de servirem para navegação, descanso e lazer (SUMICH, 1992). A pesca, comercial e

recreativa, em ambientes marinhos costeiros, esta focada em espécies de peixes que habitam

os estuários em alguma fase da vida, desta forma a pesca esportiva ou comercial costeira

depende diretamente da região estuarina (KENISH, 1986).

1.2 MANGUEZAIS

A mistura das águas nos estuários promove processos de floculação, que permitem a

deposição de frações arenosas finas que constituem o sedimento lamoso. Este sedimento é

colonizado por diversas formas animais e por plantas de porte arbóreo e/ou arbustivo

adaptadas a variação de salinidade e a colonização de sedimentos predominantemente

lodosos, e com baixo teor de oxigênio (SCHAEFFER-NOVELLI et al., 2000). Esta

comunidade vegetal típica é conhecida como manguezal, ou bosques de manguezal, formada

por espécies lenhosas e perenifólias como Rhizophora mangue, Aviscenia schaueriana, A.

germinans e Laguncularia racemosa.

Page 20: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

18

O ecossistema de manguezal apresenta condições propícias para alimentação, proteção e

reprodução de muitas espécies animais, sendo considerado importante transformador de

nutrientes e gerador de bens e serviços ambientais (MOBERG e RÖNNBÄCK, 2003). As

áreas de manguezal são zonas de elevada produtividade biológica, sendo encontrados nesse

ecossistema representantes de todos os elos da cadeia alimentar marinha. A densidade das

espécies de mangues e as condições naturais dos estuários dão aos manguezais uma condição

única de uma eficiente retenção de nutrientes. O mosaico dos hábitats de manguezais provê

uma variedade de componentes de biodiversidade que são importantes para qualidade

ambiental dos ecossistemas tropicais estuarinos. O principal papel ecológico do manguezal é a

manutenção dos hábitats marinhos e o concomitante suprimento de alimento e refugio para

uma variedade de organismos em diferentes níveis tróficos (ODUM e HERALD, 1972;

YÁÑEZ-ARANCIBIA e LARA - DOMINGUEZ, 1988). Convém destacar que os

manguezais também desempenham um importante papel na manutenção da qualidade de água

e da estabilidade da linha de costa, promovendo o controle de distribuição de nutrientes e

sedimentos nas águas estuarinas (SUGUIO, 1993).

1.3 O CANAL DE BERTIOGA

O Canal de Bertioga foi formado a 6.700 anos, durante a transgressão de Santos,

ocorrida no Quaternário (SUGUIO e MARTIN 1978), quando o nível do mar alcançou a

elevação atual, com subseqüentes flutuações menores do nível do mar que terminaram a 3.700

anos, quando o Canal de Bertioga adquiriu sua geomorfologia atual. Nos dias de hoje, o Canal

da Bertioga, localizado no litoral sul do estado de São Paulo, esta inserido na porção norte da

região metropolitana da Baixada Santista (SANTOS et al., 2007), constituindo a unidade

natural que conecta os municípios de Santos, Guarujá e Bertioga, delimitado pelo continente e

pela Ilha de Santo Amaro ao longo de seus 25km de extensão. Em suas imediações

encontram-se complexos portuários (Porto de Santos) e industriais em Cubatão, alem da

urbanização crescente nas proximidades. (SCHAEFFER- NOVELLI, 1986, RODRIGUES et

al., 2003).

Page 21: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

19

Figura 1- Localização do Canal de Bertioga no complexo estuarino de Santos/São Vicente. O Canal de Bertioga encontra-se

destacado em azul.

Fonte: Rocha, 2009 (Destaque nosso).

A região possui clima tropical úmido, temperatura média anual de 22oC, precipitação

média anual entre 2000 e 2500 mm e maré do tipo mista, com nível médio de 0,77m

(BERNARDES, 2001). A desembocadura sul conecta o canal ao complexo estuarino de

Santos e a desembocadura norte ao mar aberto através da barra de Bertioga. Segundo Miranda

et al. (1998), a desembocadura norte do canal é uma segunda conexão entre o oceano e o

complexo estuarino de Santos. As características de dupla desembocadura fazem do Canal de

Bertioga um local de deposição de material em suspensão (BERNARDES, 2001).

A largura média do canal varia entre 200 a 700 m, e a profundidade média entre 3 a 6 m,

profundidades maiores podem alcançar 10-12 m, na confluência com os tributários. O canal

atinge até 1 km de largura na sua região central, conhecido como Largo do Candinho, onde

duas correntes de maré divergentes (proveniente da desembocadura sul e da desembocadura

norte) se encontram. Próximo ao Largo do Candinho em direção a extremidade sul o canal

sofre um estreitamento, que segundo Miranda et al. (1998) reduz significativamente a troca de

água entre o Canal de Bertioga e complexo estuarino de Santos.

O principal tributário é o rio Itapanhaú, possuindo uma área de drenagem de 260 km2

com uma descarga fluvial média de aproximadamente 10m3 s

-1 (MIRANDA et al., 1998).

Segundo Eichler (2001), a composição sedimentar do fundo do Canal de Bertioga varia entre

areia e argila, enquanto nas proximidades do Largo do Candinho, observa-se o predomínio de

material síltico-argiloso, e nas duas extremidades do canal predominam sedimentos mais

Page 22: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

20

arenosos. O sistema biológico do canal é caracterizado pelo ecossistema de manguezal,

constituída de espécies vegetais adaptadas à flutuação de salinidade e adaptadas a colonizar

sedimentos predominantemente lodosos, com baixos teores de oxigênio (SCHAEFFER-

NOVELLI, 1989; SCHAEFFER-NOVELLI, 1991).

A diferenciação de habitats no Canal de Bertioga relaciona-se ao balanço existente entre

o fluxo de água doce e a influência marinha, onde as oscilações de temperatura e salinidade

resultam em diferentes habitats colonizados por diferentes espécies. Dois diferentes

subambientes podem ser reconhecidos, as desembocaduras norte e sul, locais com maior

influência marinha, e a porção mais interna do canal, representando uma região onde a

influência da água doce é maior devido aos rios que deságuam no canal (RODRIGUES,

2003).

O Canal de Bertioga tem grande importância social e econômica, sendo responsável pela

economia informal das muitas famílias da região. Além disto, o canal é utilizado para fins

recreativos, turísticos e pesca esportiva. Nos últimos anos, um expressivo número de estudos

tem procurado avaliar as condições ambientais do Canal de Bertioga, como: estudos sobre o

impacto de vazamento de petróleo em manguezais (PONTE et al., 1987), mistura na

circulação devido a força de marés no Canal de Bertioga (MIRANDA et al., 1998),

caracterização e monitoramento das associações de foraminíferos do Canal de Bertioga

(EICHLER, 2001), estudo da circulação estacionaria e estratificação de sal em canais

estuarinos parcialmente misturados (BERNARDES, 2001), utilização de foraminíferos no

monitoramento do Canal de Bertioga (RODRIGUES, 2003), estudo sobre o transporte de

nutrientes e clorofila do Canal de Bertioga (GIANESELLA, 2005), estudo sobre impacto de

petróleo no rio Iriri (SANTOS et al., 2007), indicadores e biomarcadores de contaminação

ambiental na ictiofauna da baia de Santos e do Canal de Bertioga (ROCHA, 2009), alem de

diversos trabalhos de conclusão de curso realizados por estudantes de universidades da

Baixada Santista.

1.4 CONDIÇÕES AMBIENTAIS NO CANAL DE BERTIOGA

Os principais fatores de degradação, decorrente da ação antrópica em áreas estuarinas e

de manguezal, são: portos e terminais retroportuários; lançamento de rejeitos industriais e

Page 23: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

21

domésticos; expansão imobiliária, atividades turísticas; lixo e aterros; desmatamento para

exploração de madeira; acidentes com derramamento de petróleo e outras substâncias

químicas. Os manguezais dispõem de leis para sua proteção a nível federal, estadual e

municipal essas leis e decretos refletem a preocupação com a proteção dos recursos costeiros

do litoral brasileiro. Atualmente, os manguezais são áreas protegidas, ou de preservação

permanente, ou reservas ecológicas, conforme o Código Florestal, Lei n. 4.771, Art. 2, de

15/09/1965, Art. 18 da Lei n 6.938, de 17/01/1981, Decreto n 89336, de 31 de janeiro de 1984

e resolução CONAMA nº 004, de 18/09/1985, mas na prática, a legislação tem mostrado

pouca eficácia na salvaguarda destes ambientes e seus recursos naturais.

A baixada Santista é caracterizada como um ambiente costeiro tropical típico, dominado

por extensos manguezais, vegetação de restinga e floresta atlântica. O complexo estuarino da

Baixada Santista, localizado no pólo turístico, pesqueiro, portuário e industrial da Baixada

Santista, tem sofrido a muito tempo forte impacto ambiental, levando a contínua degradação

da área de manguezal, com a contaminação de seu complexo hídrico. Esse sistema vem

sofrendo com a falta de planejamento no que diz respeito aos efeitos das atividades

industriais, portuárias e urbanas, alterando a paisagem e comprometendo a qualidade

ambiental, com importantes alterações de origem antrópica na paisagem natural da região.

Levantamento recente dos manguezais da Baixada Santista, mostra que apenas 40%, dos 133

km2 dos manguezais originais são considerados em bom estado de conservação (CETESB,

1991). Análises indicam que entre os anos de 1962 e 1994 existiram alterações espaço-

temporal na paisagem do entorno do Canal de Bertioga, com a presença de diferentes formas

de uso e ocupação do solo entre as margens do canal. Na margem continental ocorreu a

construção da Rodovia SP-55 e do oleoduto da Petrobrás, permitindo também o avanço da

ocupação humana em áreas de floresta atlântica, restinga e manguezal. Em outubro de 1983,

em decorrência da abertura da rodovia Rio-Santos, ocorreu o rompimento do oleoduto da

Petrobrás, com derrame de cerca de 3,5 milhões de litros de petróleo bruto, o qual atingiu

cerca de 100 Km² da zona costeira do município de Bertioga (SCHAEFFER-NOVELLI,

1986). Na margem insular, Ilha de Santo Amaro, evidenciou-se expansão da ocupação

humana em áreas ocupadas pela floresta atlântica, restinga e principalmente manguezais

(CUNHA-LIGNON, 2009). Foi quantificada uma supressão de aproximadamente 107,3ha de

área de manguezal da margem insular do canal, com a eliminação de 78,4% da cobertura de

manguezal original. Na mesma área foi observada o incremento de 59,4ha da área ocupada

por estruturas de apóio naútico como: garagens náuticas, estaleiros e marinas. A ocupação

antrópica resultou numa subdivisão da mancha inicial de vegetação, gerando fragmentos de

Page 24: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

22

áreas de manguezal (SANTOS et al., 2007). Enquanto o aumento populacional gerou não

apenas desmatamentos, mas também a poluição das águas devido a falta de saneamento

básico das áreas ocupadas. Esta dinâmica de ocupação antrópica tem afetado diretamente o

estado de conservação dos sistemas fluvial do Canal de Bertioga, ficando evidente a

necessidade de medidas futuras que garantam a conservação da zona estuarina em questão.

1.5 A ICTIOFAUNA

As regiões estuarinas brasileiras, com maior diversidade, são encontradas no litoral da

região Nordeste e no litoral da região Sudeste, com cerca de 279 espécies e respectivamente

83 e 81 famílias. O litoral da região Sul apresenta a menor diversidade com 223 espécies e 72

famílias, enquanto o litoral da região Norte apresenta uma posição intermediária com 242

espécies e 75 famílias (RIBEIRO, 2007). As famílias com maior representatividade são:

Sciaenidae (com 36 espécies), Carangidae (com 22 espécies), Ariidae (com 20 espécies),

Engraulidae (com 20 espécies) e os Serranidae (20 com espécies).

Os Sciaenidae são peixes costeiros, comuns em águas rasas, regiões estuarinas ou

próximas a desembocaduras de rios. Representam uma importante parcela das coletas da

pesca comercial e são muito comuns nos mercados (GIANNINI, 1989). A maioria das

espécies da família Carangidae ocorrem em águas superficiais costeiras, formando grandes

cardumes de importância econômica. Muitas espécies são apreciadas por pescadores

esportivos e possuem carne considerada de boa qualidade (MENEZES e FIGUEIREDO,

1980). Os Ariidae são bastante abundantes em regiões estuarinas, algumas espécies passam

toda sua vida nos estuários, enquanto outras desenvolvem pelo menos parte do seu ciclo de

vida nos estuários. Todas as formas conhecidas de bagres procuram regiões estuarinas e a

porção inferior de rios para desova, quando os machos são responsáveis de pela incubação dos

ovos na cavidade bucal (MARCENIUK, 2005; MARCENIUK e MENEZES, 2007), muitas

espécies tem bom valor comercial e importância na alimentação de comunidades costeiras

(FAO, 2003). Os Engraulidae são peixes de pequeno porte que formam cardumes, possuem

hábitos costeiros e tem preferência por águas com baixa salinidade. Algumas espécies podem

entrar em rios, enquanto outras são exclusivamente de água doce. Muitas formas são

importantes na alimentação de outras espécies de peixes e aves, enquanto algumas espécies

Page 25: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

23

tem valor comercial (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978). As espécies de Serranidae são um

dos principais grupos taxonômicos encontrados em águas costeiras, vivendo sobre fundos

rochosos e coralíneos. A maioria das espécies são hermafroditas, iniciando a vida sexual

como fêmeas, posteriormente, ao atingir maior tamanho, tornam-se machos. Algumas

espécies atingem apenas alguns centímetros, enquanto outras, de médio a grande porte, são

muito apreciadas na alimentação humana e na pesca esportiva (FIGUEIREDO e MENEZES,

1980).

Especificamente no estado de São Paulo, a ictiofauna marinha, inclui cerca de 512

espécies de peixes incluídas em 32 ordens e 120 famílias (CASTRO e MENEZES, 1998),

pertencendo a Província Argentina, que estende-se de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, até a

Península de Valdés, na Argentina (FIGUEIREDO, 1981). A costa do estado de São Paulo é

considerada uma área de transição faunística, sofrendo a influência das águas quentes da

Corrente do Brasil e das águas frias da Corrente das Malvinas, incluindo os extremos

meridionais de distribuição de espécies tropicais e os extremos setentrionais de espécies

temperadas, com cerca de 10% de espécies endêmicas, a maioria delas com hábitos demersais

(FIGUEIREDO, 1977, 1981; FIGUEIREDO e MENEZES, 1978 e MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980, 1985). Segundo Castro e Menezes (1998), a ictiofauna marinha do

estado de São Paulo é bem conhecida e o conhecimento da diversidade taxonômica confiável.

Das espécies marinhas, uma parcela das formas, com importância comercial, ou não, tem

parte do ciclo de vida associado a sistemas estuarinos (FIGUEIREDO e MENEZES 1978,

2000; MENEZES e FIGUEIREDO 1980, 1985; CARVALHO-FILHO, 1999), os principais

exemplos são os bagres (Ariidae), corvinas (Sciaenidae), garoupas (Serranidae), robalos

(Centropomidae), tainhas (Mugilidae) e vermelhos (Lutjanidae).

Como dito anteriormente, a distribuição espaço-temporal das espécies de peixes nos

estuários deve-se a particularidades do tipo de ecossistema, amplitude das marés, área

abrangida pelo ambiente, vazão e periodicidade da descarga fluvial, entre outros fatores. As

condições ambientais flutuantes dos estuários resultam em diversos padrões de utilização dos

hábitats pelas comunidades ictiológicas (LOUIS et al., 1995; HOBBIE, 2000; IKEJIMA et

al., 2003). Embora as comunidades de peixes estuarinos mudem constantemente, a estrutura

básica nestas comunidades é relativamente estável ou previsível. Esta estabilidade é resultado

de fatores diversos, tais como a distribuição regular de espécies ao longo dos gradientes

ambientais (salinidade, temperatura, etc.), as migrações sazonais, e a relativa dominância de

poucas espécies que apresentam grande mobilidade em sua posição na cadeia trófica

(BLABER e BLABER, 1980; WHITFIELD, 1999; PATERSON e WHITFIELD, 2000). Os

Page 26: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

24

peixes, de forma geral, utilizam o estuário durante a fase de crescimento, uma vez que os

juvenis beneficiam-se da abundância de alimento e da proteção contra predadores, mas os

estuários também são regiões de residência permanente de espécies sedentárias, região de

passagem para espécies anádromas e catádromas, ou para espécies que realizam migrações

sazonais, utilizando os o ambiente estuarino para alimentação e reprodução, ou simplesmente

uma região de passagem ocasional. (SANTOS, 2002; ABLE, 2005).

O complexo estuarino de Santos e São Vicente é considerado um dos maiores

criadouros naturais de peixes da região sudeste do Brasil (PAIVA-FILHO, 1987). O primeiro

levantamento da ictiofauna dos manguezais da região foi realizado por Luederwaldt (1919),

enquanto mais recentemente, diversos estudos têm procurado descrever a ecologia (PAIVA -

FILHO, 1982; GOITEIN, 1984; PUZZI et al., 1985; PAIVA-FILHO et al., 1986; GIANNINI

e PAIVA-FILHO, 1990; PAIVA-FILHO e GIANNINI, 1990; GIANNINI e PAIVA-FILHO,

1992; GIANNINI e PAIVA-FILHO, 1995), pesca (PUZZI e SILVA, 1981; PUZZI et al.,

1985; PAIVA- FILHO et al., 1990; FAGUNDES et al., 2007), e taxonomia (VAZZOLLER,

1969; PAIVA-FILHO, 1982; PAIVA-FILHO et al., 1987; RIBEIRO NETO, 1989;

GIANNINI, 1989; GIANNINI e PAIVA-FILHO, 1990; GRAÇA-LOPES et al., 1993;

FUNDAÇÃO RICARDO FRANCO, 2006; ROCHA, 2009; ELLIF, 2010), das diferentes

espécies de peixes encontradas no complexo estuarino da Baixada Santista. O estudo mais

completo da região foi realizado por Paiva-Filho et al. (1987), com duração de 7 anos onde

foram registradas 140 espécies de peixes na região do complexo baía-estuário de Santos e São

Vicente.

Especificamente no Canal de Bertioga, em 1991 a FUNDESPA (Fundação de Estudos e

Pesquisas Aquáticas) realizou estudos onde foram identificadas apenas 17 espécies de peixes,

utilizados pelos pescadores artesanais da região, 21 espécies de crustáceos e 16 moluscos

(FUNDESPA, 1991). Rocha (2009) realizou coletas no estuário de Santos e no Canal de

Bertioga, com o intuito de avaliar a contaminação em peixes, onde reportou também as

espécies capturadas nos dois locais, listando 50 espécies para o Canal de Bertioga. Elliff et al.

(2010) realizou estudos de ictiofauna em um trecho do complexo estuarino de Santos- São

Vicente, próximo a extremidade sul do Canal de Bertioga, onde foram realizadas coletas entre

2007 e 2009 e identificadas 68 espécies de peixes.

Page 27: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

25

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Invetariar a ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O presente estudo tem como objetivo inventariar e descrever a ictiofauna do trecho

norte do Canal de Bertioga, entre o bairro de Caruara (município de Santos) e a barra do canal

(município de Bertioga), apresentar dados das espécies na região, parâmetros físico-químicos

das localidades onde ocorreram as coletas e uma chave de identificação para as espécies

encontradas na área de estudo.

Page 28: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

26

3 MÉTODOS

A área de estudo abrange o trecho norte do Canal de Bertioga, entre o bairro do

Caruara e a barra do canal, localizadas nas coordenadas geográficas apresentadas no quadro 1

e ilustrada na figura 2.

Limite Local Latitude Longitude

Sul Bairro do Caruara 23º 53’ 31,72” S 46º 11’ 17,74” O

Norte Barra do canal 23º 51’ 23,83” S 46º 07’ 58,87” O

Datum: WGS 84

Quadro 1- Limites geográficos do Canal de Bertioga abrangidos pelo estudo.

Figura 2- Área de abrangência de coletas divididas em 3 áreas distintas.

Fonte: Google Earth.

Limite norte

Limite sul

Page 29: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

27

As coletas foram realizadas em 3 áreas amostrais (Figura 2; Quadro 2), o primeiro no

limite sul mais adentro do Canal de Bertioga com amistura de água mais homogênea (área 1)

(Figura 3A, B e C), o segundo na junção do rio Itapanhaú com o Canal de Bertioga, com

maior aporte de água doce (área 2) (Figura 3D e 4A), e o terceiro no limite norte, próximo a

boca da barra, com maior influência marinha (área 3) (Figura 4B, C e D).

Área amostral Latitude Longitude

1 23º 53’ 28,73” 46º 11’ 05,63”

2 23º 51’ 32,11” 46º 09’ 17,03”

3 23º 51’ 24,33” 46º 51’ 24,33”

Datum WSG 84

Quadro 2- Coordenadas geográficas das áreas de amostragem no Canal de Bertioga

Figura 3- A e B- Vista parcial da área de coleta 1, C- Margem com manguezal na área 1, D- Vista parcial da área

de coleta 2.

A B

C D

Page 30: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

28

Figura 4, A- Foz do rio Itapanhaú na área de coleta 2, B- Vista parcial da área de coleta 3, C-Vista da barra do

Canal de Bertioga na área de coleta 3, D- Área com fundo de pedra na área de coleta 3.

As coletas foram realizadas mensalmente, de dezembro de 2009 a novembro de 2010.

As coletas foram realizadas mediante autorização N° 22841-1 do IBAMA (SISBIO). As

amostragens foram realizadas seguindo procedimentos descritos em trabalhos realizados em

áreas com características similares aquelas do Canal de Bertioga (GRAÇA-LOPES et

al.,1993; PAIVA-FILHO, 1982; PAIVA et al., 2008; SANTOS et al., 2002), em cada área de

coleta foram obtidos parâmetros físico-químicos da localidade de captura através de sonda

multiparâmetros da marca HANNA, com calibração e certificação da ISO NBR. Os

parâmetros avaliados foram o pH, oxigênio dissolvido, condutividade, salinidade, eH e

temperatura.

As informações sobre os hábitos alimentares, habitats, distribuição, localidade tipo e

tamanho máximo descrito são provenientes de consultas a Figueiredo e Menezes (1978, 1980

e 2000) e Menezes e Figueiredo (1980 e 1985), Carvalho-Filho (1999), Figueiredo et al.

(2002), FAO (2003), Menezes et al. (2003), Fisher et al. (2011). Pescadores profissionais da

A B

C D

Page 31: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

29

Colônia de Pescadores Z-23 (Bertioga) colaboraram com informações sobre as características

da região, informações de captura dos peixes existentes no Canal de Bertioga, importância

econômica das espécies na região e importância pesqueira na região.

Na área 1 foram utilizadas 3 técnicas de coleta:

Rede de arrasto de fundo com portas, arrasto motorizado utilizando rede com

boca de 3 m e com malha de 30 mm entre nós opostos, que foi arrastada 4 vezes

durante 10 minutos por pesca em períodos diurnos e noturno (Figura 5 A e B);

Rede de arrasto manual tipo Picaré com 6 metros de comprimento por 2

metros de altura e malha de 10 mm entre nós opostos, sendo arrastada

paralelamente a margem por cerca de 10 minutos em períodos diurnos (Figura 5

C).

Rede de emalhe de espera com de 100 metros de comprimento por 4 metros de

altura e malha de 70 mm entre nós opostos, que ficou armada aproximadamente

por aproximadamente 40 minutos; esta mesma rede foi utilizada nos mesmo

locais na forma de caceio (Figura 5 D e E);

Na área 2 foram utilizadas as mesma técnicas citadas na área 1.

Na área 3 foram utilizadas as mesmas técnicas utilizadas nas áreas 1 e 2, mas com novas

artes de pesca, utlizadas visando uma melhor amostragem da área levando em consideração as

características e dificuldades geográficas e logísticas observadas na área.

As novas técnicas incluídas na área 3 foram:

Tarrafa, com diametro de 2 metros e malha de 40 mm entre nos opostos sendo

realizada diversas vezes nas áreas com fundo de pedra (Figura 5 F e G).

Covo com isca, confeccionado com um telado de malha de 30 mm possuindo 1

metro de altura por um metro e meio de comprimento que ficou instalado em

uma região de fundeadouro de embarcações, onde não era possível realizar

atividades com redes. Esta técnica fui utilizada somente em maré de quadratura

(Figura 5 H e 6 A).

Espinhel de anzóis, foi utilizada nas áreas de pedra, possui 80 metros de

coprimento com 25 de anzóis de 7 cm (Figura 6 B).

Pesca linha de mão, também nas áreas onde são encontradas pedras no fundo.

Page 32: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

30

Figura 5- Artes de pesca. A- Rede de arrasto de fundo com portas, B- Rede de arrasto tracionada por

embarcação. C- Rede de picaré, D e E - Rede de emalhe, F e G- Tarrafa, H- Covo.

A B

C D

E F

G H

Page 33: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

31

Figura 6- A- Covo, B- Espinhel.

As técnicas de coleta foram realizadas em dias diferentes durante os meses, sendo

realizada uma a duas técnicas por dia (Figuras 7, 8 e 9). Os peixes capturados foram

sacrificados através de choque térmico em caixas com gelo e posteriormente acondicionados

em sacos plásticos com a identificação da coleta. Esta identificação foi composta pelo mês,

data, horário e local de captura.

Figura 7- Técnicas aplicadas nos locais de coleta na área 1. Fonte: Google Earth.

A B

Page 34: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

32

Figura 8- Técnicas aplicadas nos locais de coleta na área 2.

Fonte: Google Earth.

Figura 9- Técnicas aplicadas nos locais de coleta na área 3.

Fonte: Google Earth.

O material foi preservado em gelo até o local de triagem, onde os exemplares foram

identificados a nível de espécie e mensurado o comprimento total (CT).

Page 35: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

33

Figura 10- Preparação dos exemplares. A- Produto da captura, B- Separação dos espécimes pela morfologia.

Figura 11- A- Marcação e identificação dos esxemplares, B- Registro do comprimento total (CT).

As espécies foram identificadas com base nas descrições e chaves de identificação

apresentadas por Figueiredo e Menezes (1978, 1980 e 2000), Menezes e Figueiredo (1980,

1985), Fahay (1983), Barletta et al. (1992), Carvalho-Filho (1999), FAO (2003), Marceniuk

(2005), Garcia Junior et al. (2010), Fisher et al. (2011), a nomenclatura adotada seguiu

Menezes et al. (2003) e Eschmeyer (2011). Nas tabelas e nas figuras, a sequência das ordens,

famílias e subfamílias segue a classificação adotada por Nelson (2006), enquanto os gêneros e

espécies estão em ordem alfabética dentro de cada família. As espécies são reconhecidas

como marinhas, estuarinas e estuarina/marinha com base em Figueiredo e Menezes (1978,

1980 e 2000), Menezes e Figueiredo (1980 e 1985) e CARVALHO-FILHO (1999). Os

A B

A B

Page 36: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

34

parâmetros físico-químicos descritos com as espécies se referem ao perfil de superfície (0,50

cm). Os exemplares tiveram a identificação confirmada pelo aluno do Museu de Zoologia da

USP Rodrigo Caires, orientando de doutorado do Prof. Dr. José Lima Figueiredo. Após a

identificação dos espécimes amostrados, estes foram fixadas em formol 10% e

acondicionadas em bombonas de 40 litros com ethanol, a maior parte dos exemplares já foi

depositada na coleção zoológica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

campus Botucatu (LBP), o restante será enviado após os términos dos trabalhos.

Figura 12- Identiifcação e procedimentos de preservação de exemplares. A e B- Identificação de exemplares

conforme a literatura. C- Fixação em formol 10%. D- Acondicionamento em bombonas com ethanol.

A B

C D

Page 37: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

35

4 RESULTADOS

4.1 A ICTIOFAUNA DO CANAL DE BERTIOGA

Foram inventariadas 78 espécies de Teleósteos no Canal de Bertioga, distribuídos em 14

ordens, 39 famílias e 67 gêneros (Quadro 3). As ordens com maior número de representantes

foram Perciformes (49), Siluriformes (6), Tetraodontiformes (5), e Clupeiformes (4). As

famílias com maior número de espécies foram Carangidea (9), Scianidae (9), Haemulidae (7),

e Ariidae (5). As espécies mais abundantes foram Stellifer rastrifer (243), Harengula clupeola

(182), Cathorops spixii (144), Oligoplites palometa (109) (Tabela 1). Destas, 10 espécies são

tipicamente estuarinas, 41 marinho-estuarinas, 26 marinhas e somente uma de água doce,

capturada após período de chuva intensa (Quadro 3). Em relação aos seus hábitos, 54 espécies

são demersais e 24 pelágicas (Quadro 3).

As únicas espécies encontradas em todos os 4 trimestres do ano foram Achirus lineatus,

Atherinella brasiliensis, Cathorops spixii, Chaetodipterus faber, Citharichthys spilopterus,

Genidens genidens, Micropogonias furnieri e Stellifer rastrifer. Especificamente de janeiro à

março, as espécies mais abundantes foram Stellifer rastrifer (30), Cathorops spixii (16),

Caranx latus (9) Citharichthys spilopterus (9) e Genidens genidens (9), de abril à junho,

Cathorops spixii (76), Mugil curema (72), Harengula clupeola (37) e Citharichthys

spilopterus (23), de julho à setembro, Harengula clupeola (144), Stellifer rastrifer (119),

Oligoplites palometa (108), Atherinella brasiliensis (20), Citharichthys spilopterus (20) e de

outubro à dezembro, Stellifer rastrifer (93), Diapterus rhombeus (60), Anchoviella

lepidentostole (58) e Achirus lineatus (46) (Tabela 2).

Das espécies capturadas no trecho norte do Canal de Bertioga, Centropomus parallelus,

Centropomus undecimalis, Anisotremus surinamensis, Chaetodipterus faber, Cynoscion

acoupa, Cynoscion microlepidotus, Epinephelus marginatus, Eugerres brasilianus, Isopisthus

parvipinnis, Micropogonias furnieri, Mugil liza, Mycteroperca acutirostris, Pomatomus

saltatrix, Sardinella brasiliensis, Scomberomorus brasiliensis, Trachinotus falcatus,

Trachinotus carolinus e Umbrina coroides, são aquelas com maior interesse para pesca

comercial, enquanto Centropomus parallelus, Centropomus undecimalis, Cynoscion acoupa,

Page 38: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

36

trichiurus lepturus, Micropogonias furnieri e Epinephelus marginatus, são espécies alvo de

pescadores esportivos, atividade bastante comum na região.

Quadro 3- Ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga. A: espécies com algum tipo de ameaça segundo

“Livro Vermelho da Fauna Basileira” e “Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo”. A: grau de

ameaça, sobrexplotada (SE), ameaçada de sobrexplotação (AS). B: hábitos de vida, demersal (D), pelágico (P);

C: hábitats preferenciais, água doce (AD), estuarino (E), marinho (M), marinho-estuarino (ME).

Ordem Família Espécie A B C

Albulifirmes

Albulidae Albula vulpes (Linnaeus, 1758)

P M

Clupeiformes

Clupeidae Harengula clupeola (Cuvier, 1829)

P M

Sardinella brasiliensis (Steindachner,

1879) SE P M

Engraulidae

Lycengraulis grossidens (Spix &

Agassiz, 1829)

P M

Anchoviella lepidentostole (Fowler,

1911)

P M

Siluriformes

Ariidae

Aspistor luniscutis (Valenciennes,

1840)

D ME

Bagre bagre (Linnaeus, 1766)

D ME

Cathorops spixii (Agassis, 1829)

D E

Genidens barbus (Lacepede, 1803)

D ME

Genidens genidens (Cuvier, 1829)

D ME

Callichthyidae

Callichthys callichthys (Linnaeus,

1758)

D AD

Aulopiformes

Synodontidae Synodus foetens (Linnaeus, 1766)

D M

Batrachoidiformes

Batrachoididae Porichthys porosissimus (Cuvier, 1829)

D ME

Ogcocephalidae

Ogcocephalus vespertilio (Linnaeus,

1758)

D M

Page 39: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

37

Quadro 3- Ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga. A: espécies com algum tipo de ameaça segundo

“Livro Vermelho da Fauna Basileira” e “Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo”. A: grau de

ameaça, sobrexplotada (SE), ameaçada de sobrexplotação (AS). B: hábitos de vida, demersal (D), pelágico

(P); C: hábitats preferenciais, água doce (AD), estuarino (E), marinho (M), marinho-estuarino (ME).

Ordem Família Espécie A B C

Atherinopsidae

Atherinella brasiliensis (Quoy e

Gaimard, 1825) AS P E

Beloniformes

Belonidae Strongylura timucu (Walbaum, 1792)

P E

Strongylura marina (Walbaum, 1792)

P E

Holocentridae

Holocentrus adscensionis (Osbeck,

1765)

D M

Syngnathiformes

Syngnathidae Syngnathus folletti Herald, 1942

D ME

Scorpaeniformes

Triglidae Prionotus punctatus (Bloch, 1793)

D ME

Perciformes

Centropomidae Centropomus parallelus Poey, 1860 AS D ME

Centropomus undecimalis (Bloch,

1792) AS D ME

Serranidae

Diplectrum radiale (Quoy e Gaimard,

1824) AS/SE D M

Epinephelus marginatus (Lowe, 1834)

D M

Mycteroperca acutirostris

(Valenciennes, 1828)

D M

Pomatomidae Pomatomus saltatrix (Linnaeus, 1766) SE/AS P M

Carangidae Caranx latus Agassiz, 1831

P ME

Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus,

1766)

P M

Hemicaranx amblyrhynchus (Cuvier,

1833)

P M

Oligoplites palometa (Cuvier, 1832)

P ME

Oligoplites saliens (Bloch, 1793)

P ME

Selene setapinnis (Mitchill,1815)

D EM

Selene vomer (Linnaeus, 1758)

D ME

Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766)

P ME

Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758)

P ME

Page 40: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

38

Quadro 3- Ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga. A: espécies com algum tipo de ameaça segundo

“Livro Vermelho da Fauna Basileira” e “Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo”. A: grau de

ameaça, sobrexplotada (SE), ameaçada de sobrexplotação (AS). B: hábitos de vida, demersal (D), pelágico

(P); C: hábitats preferenciais, água doce (AD), estuarino (E), marinho (M), marinho-estuarino (ME).

Ordem Família Espécie A B C

Lobotidae Lobotes surinamensis (Bloch, 1790)

P ME

Gerreidae Diapterus rhombeus (Cuvier 1829)

D E

Eucinostomus melanopterus (Bleeker,

1863)

D ME

Eugerres brasilianus (Cuvier, 1830)

D ME

Haemulidae

Anisotremus surinamensis (Bloch,

1791)

D M

Anisotremus virginicus

(Linnaeus,1758)

D M

Conodon nobilis (Linnaeus, 1758)

D ME Genyatremus luteus (Bloch, 1790)

Haemulon steindachneri (Jordan e

Gilbert, 1882)

D ME

Orthopristis ruber (Cuvier, 1830)

D ME

Pomadasys corvinaeformis

(Steindacher, 1868)

D M

Sparidae

Diplodus argenteus (Valenciennes,

1830)

D M

Sciaenidae Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830)

D ME

Cynoscion acoupa (Lacepède, 1801) AS D ME

Cynoscion microlepidotus (Curvier,

1830) AS D ME

Isopisthus parvipinnis (Curvier, 1830)

D ME

Larimus breviceps Cuvier, 1830

D ME

Menticirrhus americanus (Linnaeus,

1758)

D ME

Micropogonias furnieri (Desmarest,

1823) AS/SE D ME

Stellifer rastrifer (Jordan, 1889)

D ME

Umbrina coroides Cuvier, 1830

D ME

Polynemidae

Polydactylus virginicus (Linnaeus,

1758)

D ME

Kyphosidae Kyphosus sectatrix (Linnaeus, 1758)

D M

Page 41: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

39

Quadro 3- Ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga. A: espécies com algum tipo de ameaça segundo

“Livro Vermelho da Fauna Basileira” e “Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo”. A: grau de

ameaça, sobrexplotada (SE), ameaçada de sobrexplotação (AS). B: hábitos de vida, demersal (D), pelágico

(P); C: hábitats preferenciais, água doce (AD), estuarino (E), marinho (M), marinho-estuarino (ME).

Ordem Família Espécie A B C

Chaetodontidae Chaetodon striatus Linnaeus, 1758

D M

Mugilidae Mugil curema Valenciennes, 1836

P ME

Mugil liza Valenciennes, 1836 SE P ME

Pomacentridae Abudefduf saxatilis (Linnaeus, 1758)

D M

Labrisomidae

Labrisomus nuchipinnis (Quoy e

Gaimard, 1824)

D M

Gobiidae

Bathygobius soporator (Valenciennes,

1837)

D ME

Ephippidae

Chaetodipterus faber (Broussonet,

1782)

P M

Trichiuridae Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758

P ME

Scombridae

Scomberomorus brasiliensis Collette,

Russo e Zavala-Camin, 1978

P M

Stromateidae Peprilus paru (Linnaeus, 1758)

P ME

Pleuronectiformes

Paralichthyidae Citharichthys spilopterus Gunter, 1862

D E

Etropus crossotus Jordan e Guilbert,

1882

D E

Achiridae Achirus lineatus (Linnaeus, 1758)

D ME

Cynoglossidae

Symphurus tesselatus (Quoy e

Gaimard, 1824)

D E

Tetraodontiformes

Monacanthidae Aluterus monoceros (Linnaeus, 1758)

P M

Tetraodontidae

Lagocephalus laevigatus (Linnaeus,

1766)

D ME

Page 42: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

40

Quadro 3- Ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga. A: espécies com algum tipo de ameaça segundo

“Livro Vermelho da Fauna Basileira” e “Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo”. A: grau de

ameaça, sobrexplotada (SE), ameaçada de sobrexplotação (AS). B: hábitos de vida, demersal (D), pelágico

(P); C: hábitats preferenciais, água doce (AD), estuarino (E), marinho (M), marinho-estuarino (ME).

Ordem Família Espécie A B C

Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900

D E

Sphoeroides testudineus (Linnaeus,

1758)

D E

Diodontidae

Chilomycterus spinosus (Linnaeus,

1758)

D ME

Tabela 1- Número de exemplares por espécie nas localidades de captura.

Nº Nome científico Área 1 Área 2 Área 3 Total

1 Abudefduf saxatilis

2 2

2 Achirus lineatus 8 7 42 57

3 Albula vulpes

2 2

4 Aluterus monoceros

1 1

5 Anchoviella lepidentostole

58 58

6 Anisotremus surinamensis

2 2

7 Anisotremus virginicus

1 1

8 Aspistor luniscutis 1 1 6 8

9 Atherinella brasiliensis 4

61 65

10 Bagre bagre

1 1

11 Bairdiella ronchus 3

1 4

12 Bathygobius soporator 8

1 9

13 Callichthys callichthys

2 2

14 Caranx latus

11 11

15 Cathorops spixii 111 31 2 144

16 Centropomus parallelus 3

1 4

17 Centropomus undecimalis 1

1

18 Chaetodipterus faber 6 2 3 11

19 Chaetodon striatus

1 1

20 Chilomycterus spinosus

1 1 2

21 Chloroscombrus chrysurus

1 1

22 Citharichthys spilopterus 18 26 46 90

23 Conodon nobilis

1 1

24 Cynoscion acoupa 1

1

25 Cynoscion microlepidotus 1

1

26 Diapterus rhombeus 60

60

27 Diplectrum radiale

8 8

28 Diplodus argenteus

1 1

29 Epinephelus marginatus

2 2

30 Etropus crossotus 3 2 9 14

31 Eucinostomus melanopterus

3 3

Page 43: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

41

Tabela 1- Número de exemplares por espécie nas localidades de captura.

Nº Nome científico Área 1 Área 2 Área 3 Total

32 Eugerres brasilianus

1

1

33 Genidens barbus 2

2

34 Genidens genidens 25 1 10 36

35 Genyatremus luteus

1 1

36 Haemulon steindachneri 3

6 9

37 Harengula clupeola

182 182

38 Hemicaranx amblyrhynchus

1 1

39 Holocentrus adscensionis

1 1

40 Isopisthus parvipinnis 2

1 3

41 Kyphosus sectatrix

2 2

42 Labrisomus nuchipinnis

2 2

43 Lagocephalus laevigatus 5 1 7 13

44 Larimus breviceps

1 1

45 Lobotes surinamensis

1 1

46 Lycengraulis grossidens 1 2 1 4

47 Menticirrhus americanus 1

6 7

48 Micropogonias furnieri 3 1 2 6

49 Mugil curema 1 1 100 102

50 Mugil liza

3 3

51 Mycteroperca acutirostris

1 1

52 Ogcocephalus vespertilio

1 1

53 Oligoplites palometa 1

108 109

54 Oligoplites saliens 1

1

55 Orthopristis ruber

1 1

56 Peprilus paru

2 2

57 Polydactylus virginicus 2

1 3

58 Pomadasys corvinaeformis 10 3 3 16

59 Pomatomus saltatrix

1 1

60 Porichthys porosissimus 1

1

61 Prionotus punctatus 7 8

15

62 Sardinella brasiliensis

1 1

63 Scomberomorus brasiliensis

1 1

64 Selene setapinnis 2

2

65 Selene vomer 3 3 2 8

66 Serranus flaviventris

3 3

67 Sphoeroides greeleyi 1

2 3

68 Sphoeroides testudineus 1 2

3

69 Stellifer rastrifer 181 39 23 243

70 Strongylura marina

1 1

71 Strongylura timucu

11 11

72 Symphurus tesselatus 4 2

6

73 Syngnathus folletti

1

1

74 Synodus foetens

1 1

75 Trachinotus carolinus

24 24

Page 44: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

42

Tabela 1- Número de exemplares por espécie nas localidades de captura.

Nº Nome científico Área 1 Área 2 Área 3 Total

76 Trachinotus falcatus

19 19

77 Trichiurus lepturus

5 5

78 Umbrina coroides 1 1

485 135 809 1429

Tabela 2- Número de exemplares coletados por período e comprimento total máximo e mínimo (mm).

Espécie Jan-Mar Abr-Jun Jul-Set Out-Dez

Abudefduf saxatilis 2 (135 - 180)

Achirus lineatus 1 (56) 4 (78 - 120) 6 (104 - 122) 46 (70 - 132)

Albula vulpes 2 (36 - 50)

Aluteus monocerus 1 (253)

Anchoviella lepidentostole 58 (21,0 - 41,0)

Anisotremus surinamensis 1 (256) 1 (204)

Anisotremus virginicus 1 (190)

Aspistor luniscutis 2 (138 - 145) 1 (219) 5 (123 - 130)

Atherinella brasiliensis 2 (88 - 95) 18 (51 - 139) 20 (100 - 131) 25 (30 - 129)

Bagre bagre 1 (372)

Bairdiella ronchus 4 (90 - 125)

Bathygobius soporator 9 (51,0 - 156,0)

Callichthys callichthys 2 (80 - 80)

Caranx latus 9 (114 - 152) 2(179 - 220)

Cathorops spixii 16 (71 - 250) 76 (92 - 288) 9 (101 - 185) 43 (60 - 270)

Centropomus paralellus 2 (100 - 221) 2 (113 - 149)

Centropomus undecimalis 1 (340)

Chaetodipterus faber 3 (40 - 160) 1 (145) 2 (134 - 134) 5 (85 - 120)

Chaetodon striatus 1 (145)

Chloroscombrus chrysurus 1 (34)

Citharichthys spilopterus 9 (80 - 126) 23 (54 - 126) 20 (75 - 115) 38 (75 - 159)

Conodon nobilis 1 (196)

Chilomycterus spinosus 1 (165) 1 (129)

Cynoscion acoupa 1 (390)

Cynoscion microlepidotus 1 (378)

Diapterus rhombeus 60 (138 - 190)

Diplectrum radiale 3 (85 - 92) 5 (140 - 220)

Diplodus argentus 1 (221)

Epinephelus marginatus 2 (174 - 176)

Etropus crossotus 1 (78) 3 (92 - 122) 10 (65 - 110)

Eucinostomus melanopterus 1 (82) 2 (104 - 106)

Eugerres brasilianus 1 (250)

Genidens barbus 2 (119 - 170)

Genidens genidens 9 (114 - 225) 7 (65 -264) 5 (101 - 192) 15 (110 - 172)

Genyatremus luteus 1 (267)

Haemulon steindachneri 3 (134 - 298) 6 (98 - 147)

Page 45: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

43

Tabela 2- Número de exemplares coletados por período e comprimento total máximo e mínimo (mm).

Espécie Jan-Mar Abr-Jun Jul-Set Out-Dez

Harengula clupeola 37 (42 - 180) 144 (70 - 110) 1 (101)

Hemicaranx amblyrhynchus 1 (287)

Holocentrus asdcensionis 1 (156)

Isopisthus parvinnis 1 (168) 2 (169 - 194)

Kyphosus sectatrix 2 (240 - 314)

Labrisomus nuchipinnis 2 (180 - 185)

Larimus breviceps 1 (115)

Lobotes surinamensis 1 (305)

Lagocephalus laeviatus 6 (55 - 110) 4 (52 - 100) 3 (70 - 95)

Lycengraulis grossidens 1 (200) 1 (131,0) 2 (110 - 146)

Menticirrhus americanus 1 (165) 5 (120 - 314) 1 (118)

Micropogonias furnieri 1 (166) 2 (369 - 492) 2 (146 - 158) 1 (298 - 298)

Mugil curema 72 (19 - 136) 10 (47 - 80) 20 (21 - 280)

Mugil liza 3 (301 - 385)

Mycteroperca acutirostris 1 (322)

Ogcocephalus vespertilio 1 (174)

Oligoplites palometa 108 (55 - 298) 1 (122)

Oligoplites saliens 1 (313)

Orthopristis ruber 1 (197)

Peprilus paru 2 (188 - 265)

Polydacylus virginius 2 (119 - 126) 1 (100)

Pomadasys corvinaeformes 16 (30 – 160)

Pomatomus saltatrix 1 (78)

Porichthys porosissimus 1 (285)

Prionotus punctatus 1 (60) 4 (85 - 147) 10 (71 - 147)

Sardinella brasiliensis 1 (46)

Scomberomorus brasiliensis 1 (415)

Selene setapinnis 2 (40 - 46)

Selene vomer 7 (32 - 45) 1 (290)

Serranus flaviventris 2 (89 - 101) 1 (92)

Sphoeroides greeleyi 1 (93) 2 (138 - 180)

Sphoeroides testudineus 1 (120) 2 (85 - 120)

Stellifer rastrifer 30 (50 - 142) 1 (120) 119 (63 - 198) 93 (88 - 130)

Strongylura marina 1 (590)

Strongylura timucu 11 (214 - 406)

Symphurus tessellatus 1 (81) 3 (91 - 170) 2 (142-155)

Syngathus folletti 1 (173)

Synodus foetens 1 (38)

Trachinotus carolinus 24 (78 - 278)

Trachinotus falcatus 1 (278) 18 (30 - 41)

Trichiurus lepturus 1 (123) 2 (675 - 1150) 2 (884 - 964)

Umbrina coroides 1 (304)

Page 46: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

44

Gráfico 1- Representação gráfica da abundância nas áreas de coleta no trecho norte do Canal de Bertioga.

Gráfico 2- Representação gráfica da riqueza nas áreas de coleta no trecho norte do Canal de Bertioga.

Page 47: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

45

4.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE AMOSTRAGEM

As três áreas de coleta apresentaram características físico-químicas diferentes, embora

não tenha sido observada variação significativa da temperatura nas três áreas amostradas

(Apêndice B).

A área 1, correspondente a porção mais interna do canal, apresentou os maiores valores

médios anuais de salinidade (19,9‰) e condutividade (31,7 mS/cm), com os menores valores

de pH (7,4) e oxigênio dissolvido (67,2%), na superfície (Apêndice B). Na área foi

encontrado o maior valor de oxigênio dissolvido (62,3%), valores de pH (7,7), e os menores

valores de salinidade (24,0‰) e condutividade (37,7 mS/cm), no fundo (Apêndice B). As

espécies mais abundantes na área foram Stellifer rastrifer (181), Cathorops spixii (111) e

Diapterus rhombeus (60), com as espécies Centropomus undecimalis, Cynoscion acoupa,

Cynoscion microlepidotus, Diapterus rhombeus, Genidens barbus, Oligoplites saliens,

Porichthys porosissimus e Selene setapinnis, coletadas somente nesta área (Tabela 1).

A área 2, próxima a desembocadura do rio Itapanhaú, apresentou valores médios anuais

mais baixos de salinidade (16,5‰), condutividade (27,1 mS/cm), potencial de oxiredução

(138,0 mV), e oxigênio dissolvido (67,3%), na superfície (Apêndice B). Os valores médios de

fundo de pH (7,7) e o mais baixo potencial de oxiredução (129,4 mV), foram encontrados na

área 2 (Apêndice B), onde foi registrado a menor diversidade de espécies, sendo Syngnathus

folletti e Eugerres brasilianus encontradas somente nesta área.

A área 3, próxima a barra do canal, apresentou uma grande variação de salinidade

conforme o regime de marés. Na área foram registrados os maiores valores médios anuais de

pH (7,7), oxigênio dissolvido (69,4%) e potencial de oxiredução (149,2 mV), na superfície,

com valores anuais médios de pH (7,7), e os maiores valores anuais médios de salinidade

(25,7‰), condutividade (40,1 mS/cm), e potencial de oxiredução (137,8 mV), no fundo

(Apêndice B). As espécies mais abundantes nesta área foram Harengula clupeola (182),

Oligoplites palometa (108) e Mugil curema (100), com espécies típicas de costão rochoso

encontradas somente nesta área (Tabela 1).

Page 48: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

46

4.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS NO

TRECHO NORTE DO CANAL DE BERTIOGA

Albula vulpes (Linnaeus, 1758)

Figura 13- Albula vulpes, não depositado, 36 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Ubarana.

Localidade tipo: Bahamas. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: No Atlântico Ocidental, da Nova Inglaterra (EUA) ao sudeste do Brasil

(CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Moluscos e crustáceos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Tamanho máximo descrito: 1.040 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 36 - 50 mm de CT.

pH: 7,7 - 7,7.

OD: 70,4 - 70,4%.

Temperatura: 25,1 - 25,1°C.

Salinidade: 13,8 - 13,8‰.

Page 49: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

47

Harengula clupeola (Cuvier, 1829)

Figura 14- Harengula clupeola, LBP 10064, 92 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Sardinha Cascuda.

Localidade tipo: Martinica, Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) e Bahamas até o sul do Brasil.

(WHITEHEAD, 1985).

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Plâncton, pequenos peixes e crustáceos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Tamanho máximo descrito: 180 mm de CT. (LIESKE et al., 1994)

Comprimento total observado: 42 - 180 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,7.

OD: 57,9 - 70,4%.

Temperatura: 23,2 - 26,4°C.

Salinidade: 13,8 - 19,9‰.

Page 50: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

48

Sardinella brasiliensis (Steindachner, 1879)

Figura 15- Sardinella brasiliensis, não depositado, 46 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Sardinha.

Localidade tipo: Rio de Janeiro, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, Golfo do México até o Uruguai. (WHITEHEAD,

1985)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância na região: Pesca comercial.

Importancia econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Zooplâncton quando adultos e fitoplâncton quando jovens. (CARVALHO-

FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 250 mm de CT. (WHITEHEAD, 1985)

Comprimento total observado: 46 mm de CT.

pH: 7,7

OD: 70,4 ‰.

Temperatura: 25,1 °C.

Salinidade: 13,8 8‰.

Page 51: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Lycengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829)

Figura 16- Lycengraulis grossidens, LBP 10065, 134 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Manjubão.

Localidade tipo: Rio de Janeiro, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Panamá ao Uruguai. (WHITEHEAD, 1985).

Habitat preferencial: Marinho e rios. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Inmportância alimentar na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos peixes. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 235 mm de CT. (KULLANDER et al., 2003)

Comprimento total observado: 110 - 200 mm de CT.

pH: 7,5 - 7,6.

OD: 57,9 - 92,2%.

Temperatura: 22,5 - 27,5°C.

Salinidade: 14,8 - 19,9‰.

Page 52: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

50

Anchoviella lepidentostole (Fowler, 1911)

Figura 17- Anchoviella lepidentostole, não depositado, 35 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Manjubinha.

Localidade tipo: Suriname. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental da Venezuela até o Sudeste do Brasil.

(WHITEHEAD et al., 1988)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca Comercial

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 116 mm de CT. (WHITEHEAD et al., 1988)

Comprimento total observado: 21 - 41 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,7.

OD: 57,9 - 70,4%.

Temperatura: 25,1- 26,4°C.

Salinidade: 18,6 - 19,9‰.

Page 53: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Aspistor luniscutis (Valenciennes, 1840)

Figura 18- Aspistor luniscutis, LBP 10039, 214 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Bagre.

Localidade tipo: Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Rios costeiros do atlântico da Guiana Francesa até o sudeste do Brasil.

(MENEZES et al., 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES,1978)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos e copépodes (GARCIA JUNIOR, 2010)

Comprimento máximo descrito: 1.200 mm de CT. (MARCENIUK et al., 2003)

Comprimento total observado: 123 - 219 mm de CT.

pH: 6,8 - 8,1.

OD: 60,1 - 82,1%.

Temperatura: 23,9 - 26,2°C.

Salinidade: 13,9 - 27,0‰.

Page 54: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Bagre bagre (Linnaeus, 1766)

Figura 19- Bagre bagre, LBP 10037, 372 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Bagre Bandeira, Bagre Sari.

Localidade tipo: América central. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Colômbia ao sul do Brasil. (MENEZES et al.,

2003)

Habitat preferencial: Marinho. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos e copépodes (GARCIA JUNIOR et al., 2010)

Comprimento máximo descrito: 550 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 372 mm de CT.

pH: 7,8.

OD: 79,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 20,9‰.

Page 55: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Cathorops spixii (Agassiz, 1829)

Figura 20- Cathorops spixii, LBP 10040, 276 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Bagre Amarelo.

Localidade tipo: Brasil equatorial. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do sul do Caribe ao sudeste do Brasil. (MENEZES

et al., 2003)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados e pequenos peixes. (FAO, 2003)

Comprimento máximo descrito: 300 mm de CT. (TAYLOR et al., 1977)

Comprimento total observado: 60 - 288 mm de CT.

pH: 7,1 - 8,1.

OD: 71,2 - 92,2%.

Temperatura: 22,3 - 27,5°C.

Salinidade: 14,7 - 27,0‰.

Page 56: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Genidens barbus (Lacepede, 1803)

Figura 21- Genidens barbus, não depositado, 130 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Bagre Branco, Bagre Cabeçudo.

Localidade tipo: América do Sul. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, das Guianas até a Argentina. (MENEZES et al.,

2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Detritos orgânicos, peixes, moluscos, poliquetas e pequenos crustáceos.

(FISHER et al., 2011)

Comprimento máximo descrito: 1.200 mm de CT. (MARCENIUK et al., 2003)

Comprimento total observado: 119 - 170 mm de CT.

pH: 8,1 - 8,1.

OD: 82,1 - 82,1%.

Temperatura: 23,9 - 23,9°C.

Salinidade: 27,0 - 27,0‰.

Page 57: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

55

Genidens genidens (Cuvier, 1829)

Figura 22- Genidens genidens, LBP 10038, 110 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome Popular: Bagre Urutu.

Localidade tipo: Rio de Janeiro, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Sul Ocidental, registrado em toda a costa do Brasil.

(MENEZES et al., 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Detritos orgânicos e pequenos crustáceos. (FISHER et al., 2011)

Comprimento máximo descrito: 350 mm de CT. (MARCENIUK et al., 2003)

Comprimento total observado: 65 - 264 mm de CT.

pH: 6,8 - 8,1.

OD: 57,9 - 82,1%.

Temperatura: 22,1 - 26,4°C.

Salinidade: 13,9 - 27,0‰.

Page 58: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758)

Figura 23- Callichthys callichthys, não depositado, 80 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome Popular: Cascudo, Tamoatá, Tamoatam.

Localidade tipo: Américas. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Ocorre em praticamente toda América do Sul, desde a Ilha Trindad, do

Caribe até Buenos Aires, na Argentina. Provavelmente presente em todos os rios de bacias

costeiras. (MENEZES et al., 2003)

Habitat preferencial: Rios (Água doce). (OYAKAWA et al., 2006)

Importância pesqueira na região: Aquariofilia.

Importância econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Organismos e detritos que encontra escavando o substrato. (OYAKAWA et

al., 2006)

Comprimento máximo descrito: 84 mm de CT. (OYAKAWA et al., 2006)

Comprimento total observado: 80 - 80 mm de CT.

pH: 7,7 - 7,7.

OD: 71,7 - 71,7%.

Temperatura: 22,3 - 22,3°C.

Salinidade: 21,1 - 21,1‰.

Page 59: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

57

Synodus foetens (Linnaeus, 1766)

Figura 24- Synodus foetens, não depositado, 38 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Peixe Lagarto.

Localidade tipo: Carolinas, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Massachusetts (EUA) até Santa Catarina, Brasil.

(FIGUEIREDO e MENEZES,1978)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Pequenos peixes. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 483 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 38 mm de CT.

pH: 7,75.

OD: 70,40%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 60: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Porichthys porosissimus (Cuvier,1829)

Figura 25- Porichthys porosissimus, LBP 10034, 285 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Mamangá Liso.

Localidade tipo: Costa da América do Sul. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Espírito Santo, Brasil à Argentina.

(CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Pequenos peixes. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 320 mm de CT. (FIGUEIREDO et al., 2002)

Comprimento total observado: 285 mm de CT

pH: 7,6.

OD: 57,9%.

Temperatura: 26,4°C.

Salinidade: 19,9‰.

Page 61: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Ogcocephalus vespertilio (Linnaeus, 1758)

Figura 26- Ogcocephalus vespertilio, não depositado, 174 mm CT. Corpo em vista dorsal.

Nome popular: Peixe Morcego.

Localidade tipo: Oceano americano. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Sul Ocidental, do norte do Brasil ao rio da Prata, Uruguai.

(FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Habitat preferencial: Marinho. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Crustáceos, moluscos, poliquetas, equinodermas, algas e peixes. (GARCIA

JUNIOR et al., 2010)

Comprimento máximo descrito: 305 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 174 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 62: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

60

Atherinella brasiliensis (Quoy e Gaimard, 1825)

Figura 27-. Atherinella brasiliensis, LBP 10085, 109 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Peixe Rei.

Localidade tipo: Rio de Janeiro, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Venezuela ao Rio Grande do Sul, Brasil.

(FIGUEIREDO e MENEZES , 1978)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Plancton e detritos orgânicos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 160 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 30 - 139 mm de CT.

pH: 6,8 - 7,7.

OD: 55,6 - 70,4%.

Temperatura: 23,2 - 26,8°C.

Salinidade: 13,8 - 19,9‰.

Page 63: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Strongylura timucu (Walbaum, 1792)

Figura 28- Strongylura timucu, LBP 10057, 214 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Agulha.

Localidade tipo: Long island, Nova York, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) ao sul do Brasil. (FIGUEIREDO

e MENEZES, 1978)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos peixes e crustáceos (FAO, 2003)

Comprimento máximo descrito: 610 mm. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 214 - 406 mm de CT.

pH: 7,7 - 7,7.

OD: 70,4 - 70,4%.

Temperatura: 25,1 - 25,3°C.

Salinidade: 13,8 - 13,8‰.

Page 64: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Strongylura marina (Walbaum, 1792)

Figura 29- Strongylura marina, não depositado, 590 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Agulha.

Localidade tipo: Long Island. Nova York, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental do Golfo do México até o sul do

Brasil.(CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1978)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região. Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos peixes. (FAO, 2003)

Comprimento máximo descrito: 1.110 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 590 mm de CT.

pH: 7,7 .

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 65: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Holocentrus adscensionis (Osbeck, 1765)

Figura 30- Holocentrus adscensionis, não depositado, 156 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Olho de Cão, Jaguareçá.

Localidade tipo: Ilha de Ascenção. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico, de New York (EUA) ao sul do Brasil. (CARVALHO-FILHO,

1999)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1980)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Pequenos crustáceos. (FAO, 2003)

Comprimento máximo descrito: 610 mm de CT. (GREENFIELD, 1981)

Comprimento total observado: 156 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 66: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Syngnathus folletti Herald, 1942

Figura 31- Syngnathus folletti, não depositado, 173 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Trombeta.

Localidade tipo: Ilha das Flores, Montevidéu, Uruguai. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Sul Ocidental, do Ceará, Brasil ao Uruguai. (FISHER, 2011).

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1980)

Importância pesqueira na região: Peixe ornamental.

Importância econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Crustáceos minúsculos planctônicos ou bentônicos. (CARVALHO-FILHO,

1999)

Comprimento máximo descrito: 180 mm de CT. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento total observado: 173 mm de CT.

pH: 7,9.

OD: 80,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 21,9‰.

Page 67: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Prionotus punctatus (Bloch, 1793)

Figura 32- Prionotus punctatus, LBP 10084, 85 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Cabrinha.

Localidade tipo: Largo do rio da Prata, Argentina. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Sul Ocidental, de Belize (Canadá) à Argentina. (FISHER,

2011)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1980)

Importância pesqueira na região: Peixe ornamental.

Importância econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos ou planctônicos e peixes. (CARVALHO-FILHO,

1999)

Comprimento máximo descrito: 400 mm de CT. (MILLER et al., 1978)

Comprimento total observado: 60 - 147 mm de CT.

pH: 7,0 - 8,1.

OD: 55,6 - 82,1%.

Temperatura: 23,3 - 26,8°C.

Salinidade: 12,4 - 27,0‰.

Page 68: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

66

Centropomus parallelus Poey, 1860

Figura 33- Centropomus parallelus, LBP 10042, 137 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Robalo Peva.

Localidade tipo: Havana, Cuba. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) até Santa Catarina, Brasil.

(FIGUEIREDO e MENEZES, 1980; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (KING, 1995; CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva, caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e crustáceos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 720 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 100 - 221 mm de CT.

pH: 7,0 - 7,6.

OD: 55,6 - 92,2%.

Temperatura: 25,9 - 27,5°C.

Salinidade: 14,7 - 19,0‰.

Page 69: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

67

Centropomus undecimalis (Bloch, 1792)

Figura 34- Centropomus undecimalis, LBP 10043, 340 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Robalo Fecha.

Localidade tipo: Jamaica. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Carolina do Sul (EUA) ao Rio Grande do Sul,

Brasil. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio, Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e crustáceos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 1.400 mm de CT. (LIESKE et al., 1994)

Comprimento total observado: 340 mm de CT .

pH: 7,1.

OD: 5,2%.

Temperatura: 22,7°C.

Salinidade: 18,2‰.

Page 70: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

68

Diplectrum radiale (Quoy e Gaimard, 1824)

Figura 35- Diplectrum radiale, LBP 10069, 124 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Mixole.

Localidade tipo: Rio de janeiro, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) ao Uruguai. (FIGUEIREDO e

MENEZES, 1980)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos e pequenos peixes. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 260 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 85- 220 mm de CT.

pH: 7,2 - 7,9

OD: 61,8 - 80,2%

Temperatura: 22,1 - 25,6°C

Salinidade: 18,6 - 21,9‰

Page 71: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

69

Epinephelus marginatus (Lowe, 1834)

Figura 36- Epinephelus marginatus, não depositado, 174 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Garoupa.

Localidade tipo: Ilha da Madeira. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Mediterrâneo e Atlântico. No Atlântico Ocidental, ocorre da costa do

Espírito Santo, Brasil à Argentina (HEEMSTRA e RANDALL, 1993; CARVALHO-FILHO,

1999)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos, polvos e peixes. (FISHER, 2011)

Comprimento máximo descrito: 1.500 mm de CT. (GÖTHEL, 1992))

Comprimento total observado: 174 - 174 mm de CT.

pH: 7,7 - 7,7.

OD: 70,4 - 70,4%.

Temperatura: 25,1 - 25,1°C.

Salinidade: 13,8 - 13,8‰.

Page 72: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

70

Mycteroperca acutirostris (Valenciennes, 1828)

Figura 37- Mycteroperca acutirostris, não depositado, 322 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Badejo.

Localidade tipo: Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico, no Ocidental do Texas (EUA) a Santa Catarina.

(FIGUEIREDO e MENEZES, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes pequenos (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 800 mm de CT. (HEEMSTRA et al., 1993)

Comprimento total observado: 322 mm de CT .

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 73: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

71

Serranus flaviventris (Cuvier, 1829)

Figura 38- Serranus Flaviventris, LBP 10079, 101 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Mariquita.

Localidade tipo: Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Caribe até o Uruguai. (FIGUEIREDO e

MENEZES, 1980, CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 1980)

Importância pesqueira na região: Peixe ornamental.

Importância econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Crustáceos e poliquetas. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 150 mm de CT. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento total observado: 89 - 101 mm de CT.

pH: 6,8 - 7,6.

OD: 57,9 - 61,5%.

Temperatura: 25,1 - 26,4°C.

Salinidade: 13,9 - 19,9‰.

Page 74: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

72

Pomatomus saltatrix (Linnaeus, 1766)

Figura 39- Pomatomus saltatrix, LBP 10082, 78 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Anchova.

Localidade tipo: Carolinas, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Mares Temperados e subtropicais. No Atlântico Ocidental do Golfo do

México até Argentina. (FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e crustáceos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 1.300 mm de CT. (RANDALL, 1995)

Comprimento total observado: 78 mm de CT.

pH: 7,9.

OD: 80,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 21,9‰.

Page 75: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

73

Caranx latus Agassiz, 1831

Figura 40- Caranx latus, LBP 10055, 114 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Xarelete.

Localidade tipo: Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Nova Jersey (EUA) até o Rio Grande do Sul.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FISHER 2011)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes, crustáceos e zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 1.010 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 114 - 220 mm de CT.

pH: 7,28 - 7,9

OD: 57,9 - 80,2%

Temperatura: 22,1 - 26,4°C

Salinidade: 18,6 - 21,9‰

Page 76: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

74

Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus, 1766)

Figura 41- Chloroscombrus chrysurus, não depositado, 34 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Palombeta.

Localidade tipo: Carolinas, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Massachusetts (EUA) até a Argentina.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FISHER 2011)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Comércio.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Organismos planctônicos e crustáceos. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 650 mm de CT. (DAGET et al., 1986)

Comprimento total observado: 34 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 77: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

75

Hemicaranx amblyrhynchus (Cuvier, 1833)

Figura 42- Hemicaranx amblyrhynchus, LBP 10054, 287 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Vento Leste.

Localidade tipo: Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Carolina do Norte (EUA) até Santa Catarina,

Brasil. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos crustáceos planctônicos ou bentônicos. (CARVALHO-FILHO,

1999)

Comprimento máximo descrito: 500 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 287 mm de CT.

pH: 7,9.

OD: 80,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 21,9‰.

Page 78: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

76

Oligoplites palometa (Cuvier, 1832)

Figura 43- Oligoplites palometa, LBP 10053, 298 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Guaiuvira.

Localidade tipo: Lago Maracaibo, Venezuela. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, desde a Guatemala até São Paulo, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 497 mm de CT. (CERVIGÓN, 1993)

Comprimento total observado: 55 - 298 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,7.

OD: 69,9 - 92,2%.

Temperatura: 23,2 - 27,5°C.

Salinidade: 16,2 - 19,0‰.

Page 79: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

77

Oligoplites saliens (Bloch, 1793)

Figura 44- Oligoplites saliens, não depositado, 313 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Guaivira.

Localidade tipo: Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Honduras até o Uruguai. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 500 mm de CT. (CERVIGÓN, 1992)

Comprimento total observado: 313 mm de CT.

pH: 6,8.

OD: 60,1%.

Temperatura: 26,2°C.

Salinidade: 14,6‰.

Page 80: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

78

Selene setapinnis (Mitchill,1815)

Figura 45- Selene setapinnis, LBP 10083, 46 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Peixe Galo.

Localidade tipo: Baia de Nova Iorque, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Nova Escócia, Canadá até a Argentina.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; FAO, 2003; FISHER, 2011)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos peixes e crustáceos. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 600 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 40 - 46 mm de CT.

pH: 6,8 - 6,8.

OD: 60,1 - 60,1%.

Temperatura: 26,2 - 26,2°C.

Salinidade: 14,6 - 14,6‰.

Page 81: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Selene vomer (Linnaeus, 1758)

Figura 46- Selene vomer, LBP 10046, 35 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Peixe Galo de Penacho.

Localidade tipo: América. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico. No Atlântico Ocidental é registrado de Maine (EUA) até o

Uruguai. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos peixes e crustáceos. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 483 mm de CT. (CERVIGÓN, 1993)

Comprimento total observado: 35 - 290 mm CT.

pH: 6,8 - 7,6.

OD: 57,9 - 61,5%.

Temperatura: 25,1 - 26,4°C.

Salinidade: 13,9 - 19,9‰.

Page 82: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

80

Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766)

Figura 47- Trachinotus carolinus, LBP 10067, 235 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Pampo.

Localidade tipo: Carolinas, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Massachussetts (EUA) até Rio Grande do Sul.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Molusco, crustáceos e pequenos peixes. (MENEZES e FIGUEIREDO,

1980)

Comprimento máximo descrito: 640 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 78 - 278 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,9.

OD: 4,1 - 6,2%.

Temperatura: 22,1 - 26,4°C.

Salinidade: 13,8 - 21,9‰.

Page 83: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

81

Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758)

Figura 48- Trachinotus falcatus, LBP 1044, 278 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Sarnambiguara.

Localidade tipo: América. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Massachusetts (EUA) até São Paulo, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Hábito alimentar: Moluscos e ouriços, crustácoes e pequenos peixes. (CARVALHO-FILHO,

1999)

Comprimento máximo descrito: 1.220 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 30 - 278 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,7.

OD: 57,9 - 70,4%.

Temperatura: 25, 1- 26,4°C.

Salinidade: 13,8 - 19,9‰.

Page 84: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

82

Lobotes surinamensis (Bloch, 1790)

Figura 49- Lobotes surinamensis, LBP 10052, 305 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Prejereba.

Localidade tipo: Suriname. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental de Nova Ingalaterra (EUA) até a Argentina.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos e peixes. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 1.100 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 305 mm de CT.

pH: 7,92.

OD: 80,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 21,9‰.

Page 85: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Diapterus rhombeus (Cuvier 1829)

Figura 50- Diapterus rhombeus, LBP 10078, 140 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Carapeba.

Localidade tipo: Martinica, Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Carolina do Norte (EUA) à Santa Catarina.

(CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Algas e pequenos invertebrados. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 400 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 138 - 190 mm de CT.

pH: 6,8 - 8,1.

OD: 60,1 - 92,2%.

Temperatura: 23,9 - 27,5°C.

Salinidade: 14,6 - 27,0‰.

Page 86: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Eucinostomus melanopterus (Bleeker, 1863)

Figura 51- Eucinostomus melanopterus, não depositado, 84 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Carapicu.

Localidade tipo: Guinea. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Lousiana (EUA) e Bermuda até o Rio Grande do

Sul. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos crustáceos, moluscos e algas. (MENEZES e FIGUEIREDO,

1980)

Comprimento máximo descrito: 300 mm de CT. (SCHNEIDER, 1990)

Comprimento total observado: 82 - 106 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,7.

OD: 57,9 - 70,4%.

Temperatura: 25,1 - 26,4°C.

Salinidade: 13,8 - 19,9‰.

Page 87: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Eugerres brasilianus (Cuvier,1830)

Figura 52- Eugerres brasilianus, não depositado, 250 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Caratinga, Carapeba Listrada.

Localidade tipo: Porto Rico, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Pacífico Oriental e Atlântico Ocidental, neste de Belize, Canadá ao Rio

Grande do Sul, Brasil. (CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 500 mm de CT. (GARCÍA-ARTEAGA et al., 1997)

Comprimento total observado: 250 mm de CT.

pH: 8,1 .

OD: 82,1%.

Temperatura: 23,9°C.

Salinidade: 27,0‰.

Page 88: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Anisotremus surinamensis (Bloch, 1791)

Figura 53- Anisotremus surinamensis, LBP 10059, 250 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Sargo de Beiço.

Localidade tipo: Suriname. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) até Santa Catarina, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos, moluscos, pequenos peixes. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 760 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 204 - 256 mm de CT.

pH: 7,2 - 7,6.

OD: 57,9 - 61,8%.

Temperatura: 25,6 - 26,4°C.

Salinidade: 18,6 - 19,9‰.

Page 89: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Anisotremus virginicus (Linnaeus,1758)

Figura 54- Anisotremus virginicus, não depositado, 190 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Salema.

Localidade tipo: América do sul. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) até Santa Catarina, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva e peixe ornamental.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos, poliquetas e outros invertebrados marinhos. (CARVALHO-

FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 406 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 190 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 90: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Conodon nobilis (Linnaeus, 1758)

Figura 55- Conodon nobilis, não depositado, 196 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Roncador Listrado.

Localidade tipo: America do norte. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Texas (EUA) ao Rio Grande do Sul, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos e pequenos peixes. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 336 mm de CT. (CERVIGÓN, et al., 1992)

Comprimento total observado: 196 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 91: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

89

Genyatremus luteus (Bloch, 1790)

Figura 56- Genyatremus luteus, LBP 10033, 267 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Caicanha.

Localidade tipo: Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Caribe até o Sudeste do Brasil. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos e pequenos peixes. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 370 mm de CT. (CERVIGÓN, 1993)

Comprimento total observado: 267 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 69,9%.

Temperatura: 23,2°C.

Salinidade: 16,2‰.

Page 92: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

90

Haemulon steindachneri (Jordan e Gilbert, 1882)

Figura 57- Haemulon steindachneri, LBP 10058, 298 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Corcoroca Boca Larga.

Localidade tipo: Panamá, México. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Pacíifico Oriental e Atlântico Ocidental, neste do Panamá ao sudeste do

Brasil. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Zooplancton, invertebrados bentônicos, peixes e algas. (CARVALHO-

FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 300 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 98 - 298 mm de CT.

pH: 7,1 - 7,9.

OD: 66,7 - 80,2%.

Temperatura: 22,1 - 23,3°C.

Salinidade: 12,4 - 21,9‰.

Page 93: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

91

Orthopristis ruber (Cuvier, 1830)

Figura 58- Orthopristis ruber, não depositado, 197 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Corcoroca

Localidade tipo: Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Caribe ao sul do Brasil. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos e pequenos peixes. (GARCIA JUNIOR et al.,

2010)

Comprimento máximo descrito: 400 mm de CT. (COURTENAY et al., 1978)

Comprimento total observado: 197 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 94: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

92

Pomadasys corvinaeformis (Steindacher, 1868).

Figura 59- Pomadasys corvinaeformis, não depositado, 126 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Cangoá

Localidade tipo: Santos, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da America central até o Rio Grande do Sul, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos, peixes e algas. (GARCIA JUNIOR et al., 2010)

Comprimento máximo descrito: 250 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 30 - 160 mm CT.

pH: 7,7 - 8,1.

OD: 69,5 - 82,1%.

Temperatura: 23,9 - 25,8°C.

Salinidade: 13,8 - 27,0‰.

Page 95: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

93

Diplodus argenteus (Valenciennes, 1830)

Figura 60- Diplodus argenteus, LBP 10068, 221 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Marimbá.

Localidade tipo: Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Sul Ocidental, Flórida (EUA) e Bahamas até a Argentina.

(CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos, peixes, zooplâncton, algas e esponjas.

(CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 378 mm de CT. (DAVID et al., 2005)

Comprimento total observado: 221 mm de CT.

pH: 7,6.

OD: 57,9%.

Temperatura: 26,4°C.

Salinidade: 19,9‰.

Page 96: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

94

Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830)

Figura 61- Bairdiella ronchus, LBP 10071, 123 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Cangoá.

Localidade tipo: Dominica, Caribe e Suriname. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Caribe até Santa Catarina, Brasil. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e crustáceos. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 350 mm de CT. (CHAO, 1978)

Comprimento total observado: 90 - 125 mm de CT.

pH: 6,8 - 7,2.

OD: 60,1 - 71,2%.

Temperatura: 22,7 - 26,2°C.

Salinidade: 14,6 - 18,6‰.

Page 97: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

95

Cynoscion acoupa (Lacepède, 1801)

Figura 62- Cynoscion acoupa, LBP 10049, 390 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Pescada Amarela.

Localidade tipo: Caiena, Guiana Francesa. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Panamá até a Argentina. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Comércio e Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e crustáceos. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 1.100 mm de CT. (IGFA, 2001)

Comprimento total observado: 390 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 71,7%.

Temperatura: 22,3°C.

Salinidade: 21,1‰.

Page 98: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

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Cynoscion microlepidotus (Curvier, 1830)

Figura 63- Cynoscion microlepidotus, LBP 10041, 378 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Pescada Dentão.

Localidade tipo: Suriname. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Golfo da Venezuela até o sudeste do Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980;

CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e crustáceos. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 920 mm de CT. (CHAO, 1978)

Comprimento total observado: 378 mm de CT.

pH: 7,9.

OD: 80,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 21,9‰.

Page 99: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

97

Isopisthus parvipinnis (Curvier, 1830)

Figura 64- Isopisthus parvipinnis, LBP 10072, 194 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Tortinha, Pescada Terezinha, Pescadinha Branca.

Localidade tipo: Caiena, Guiana Francesa. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Costa Rica até o Santa Catarina, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos camarões. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 250 mm de CT. (CERVIGÓN, 1993)

Comprimento total observado: 168 - 194 mm de CT.

pH: 7,9 - 8,1.

OD: 80,1 - 80,2%.

Temperatura: 22,1 - 23,9°C.

Salinidade: 21,9 - 27,0‰.

Page 100: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

98

Larimus breviceps Cuvier, 1830

Figura 65- Larimus breviceps, não depositado, 115 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Oveva.

Localidade tipo: Brasil e República Dominicana. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Costa Rica até Santa Catarina, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Camarões. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 310 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 115 mm de CT.

pH: 7,6.

OD: 57,9%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 19,0‰.

Page 101: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

99

Menticirrhus americanus (Linnaeus, 1758)

Figura 66- Menticirrhus americanus, LBP 10073, 165 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Betara.

Localidade tipo: América. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental do Cabo Cod (EUA) até a Argentina. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos como poliquetas e camarões. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 500 mm de CT. (CERVIGÓN,1993)

Comprimento total observado: 118 - 314 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,9.

OD: 57,9 - 92,2%.

Temperatura: 22,1 - 27,5°C.

Salinidade: 19,0 - 21,9‰.

Page 102: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

100

Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823)

Figura 67- Micropogonias furnieri, LBP 10070, 340 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Corvina.

Localidade tipo: Havana, Cuba. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Caribe até a Argentina. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Organismos de fundo, como anelídeos, crustáceos e pequenos peixes.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 600 mm de CT. (NAKAMURA et al., 1986)

Comprimento total observado: 146 - 492 mm de CT.

pH 7,1 - 7,9.

OD: 71,2 - 92,2%.

Temperatura: 22,1 - 27,5°C.

Salinidade: 19,0 - 21,2‰.

Page 103: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

101

Stellifer rastrifer (Jordan, 1889)

Figura 68- Stellifer rastrifer, LBP 10074, 117 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Canguá.

Localidade tipo: Santos, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Colômbia até Santa Catarina, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Crustáceos. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980)

Comprimento máximo descrito: 200 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 50 - 198 mm de CT.

pH: 7,1 - 8,1.

OD: 61,8 - 82,1%.

Temperatura: 21,5 - 26,4°C.

Salinidade: 12,4 - 27,0‰.

Page 104: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

102

Umbrina coroides Cuvier, 1830

Figura 69- Umbrina coroides, não depositado, 304 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Castanha.

Localidade tipo: Montevidéu, Uruguai. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Sul Ocidental, Flórida (EUA) e Bahamas até Santa Catarina,

Brasil. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1980;

CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos e peixes. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 350 mm de CT. (CERVIGÓN, 1993)

Comprimento total observado: 304 mm de CT.

pH: 7,6 .

OD: 57,9%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 19,9‰.

Page 105: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

103

Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758)

Figura 70- Polydactylus virginicus, LBP 1060, 126 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Parati Barbudo.

Localidade tipo: América. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) e Bahamas até a Argentina.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1980; CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Poliquetas, crustáceos e pequenos peixes. (GARCIA FILHO et al.,2010)

Comprimento máximo descrito: 330 mm de CT. (MOTOMURA, 2004)

Comprimento total observado: 100 -126 mm de CT.

pH: 6,8- 7,9.

OD: 60,1- 80,2%.

Temperatura: 22,1 - 26,2°C.

Salinidade: 14,6 - 21,9‰.

Page 106: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

104

Kyphosus sectatrix (Linnaeus, 1758)

Figura 71- Kyphosus sectatrix, LBP 10048, 314 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Piragica.

Localidade tipo: Bahamas, Flórida, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Nova Inglaterra (EUA) ao sudeste do Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Habitat preferencial: Marinho. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Algas bentônicas e zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 760 mm de CT. (EDWARDS, 1990)

Comprimento total observado: 240 - 314 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,6.

OD: 57, 9 - 57,9%.

Temperatura: 26,4 - 26,4°C.

Salinidade: 19,9 - 19,9‰.

Page 107: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

105

Chaetodon striatus Linnaeus, 1758

Figura 72- Chaetodon striatus, não depositado, 145 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Borboleta.

Localidade tipo: Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Nova Jersey, (EUA) até Santa Catarina, Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1985; CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Importância pesqueira na região: Peixe ornamental.

Importância econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Pólipos de corais, anêmonas, ovos de peixes e poliquetas. (GARCIA

FILHO et al.,2010)

Comprimento máximo descrito: 160 mm de CT. (LIESKE et al., 1994)

Comprimento total observado: 145 mm de CT.

pH: 7,7.

OD: 70,4%.

Temperatura: 25,1°C.

Salinidade: 13,8‰.

Page 108: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

106

Mugil curema Valenciennes, 1836

Figura 73- Mugil curema, LBP 10004, 143 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Parati.

Localidade tipo: Bahia, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental e Pacífico. No Atlântico Ocidental é assinalada de

Nova Inglaterra (EUA) ao sul do Brasil. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Matéria vegetal retirada do lodo. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Comprimento máximo descrito: 600 mm de CT. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento total observado: 19 - 280 mm de CT.

pH: 7,0 - 7,7.

OD: 55,6 - 92,2%.

Temperatura: 23,2 - 27,5°C.

Salinidade : 13,8 - 19,9‰

Page 109: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

107

Mugil liza Valenciennes, 1836

Figura 74- Mugil liza, LBP 10051, 310 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Tainha.

Localidade tipo: Martinica, Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Rio de Janeiro, Brasil até a Argentina.

(MENEZES et al., 2010)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio, alimentação humana.

Hábito alimentar: Matéria vegetal retirada do lodo. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Comprimento máximo descrito: 1.000 mm de CT. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento total observado: 301 - 385 mm de CT.

pH: 7,9 - 7,9.

OD: 80,2 - 80,2%.

Temperatura: 22,1 - 22,1°C.

Salinidade: 21,9 - 21,9‰.

Page 110: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

108

Abudefduf saxatilis (Linnaeus, 1758)

Figura 75- Abudefduf saxatilis, LBP 10066, 135 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Sargento, Sinhá Rosa.

Localidade tipo: Índia. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental da Carolina do Norte (EUA) ao sul do Brasil.

(MENEZES e FIGUEIREDO, 1985; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985; CARVALHO-FILHO,

1999; FAO, 2003)

Importância pesqueira na região: Peixe ornamental.

Importância econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Plâncton, pequenos invertebrados e matéria vegetal. (MENEZES e

FIGUEIREDO, 1985)

Comprimento máximo descrito: 229 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 135 - 180 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,6.

OD: 57,9 - 57,9%.

Temperatura: 26,4 - 26,4°C.

Salinidade: 19,4 - 19,9‰.

Page 111: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

109

Labrisomus nuchipinnis (Quoy e Gaimard, 1824)

Fêmea

Macho

Figura 76- Labrisomus nuchipinnis, não depositado, 180 e 185 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Maria da Toca.

Localidade tipo: Rio de Janeiro, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico tropical. No Atlântico Ocidental é assinalada da Flórida,

(EUA) até Santa Catarina, Brasil. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Importância pesqueira na região: Peixe ornamental.

Importância econômica na região: Comércio.

Hábito alimentar: Caranguejo e outos crustáceos, gastrópodes, ofiuróides, ouriços do mar,

peixes e poliquetas. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Comprimento máximo descrito: 230 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 180 - 185 mm de CT.

pH: 7,7 - 7,7.

OD: 70,4 - 70,4%.

Temperatura: 25,1 - 25,1°C.

Salinidade: 13,8 - 13,8‰.

Page 112: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

110

Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837)

Figura 77- Bathygobius soporator, LBP 10077, 114 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Emborê, Amboré.

Localidade tipo: Martinica, Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) e Bermuda, Reino Unido ao sul

do Brasil. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985; CARVALHO-FILHO, 1999)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos e zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 160 mm de CT. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento total observado: 51 - 156 mm de CT.

pH: 7,0 - 7,6.

OD: 55,6 - 57,9%.

Temperatura: 26,4 - 26,8°C.

Salinidade: 19,0 - 19,9‰.

Page 113: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

111

Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782)

Figura 78- Chaetodipterus faber, LBP 10056, 142 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Paru, Enxada.

Localidade tipo: Jamaica, Caribe. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico. No Atlântico Ocidental é assinalada de Massachussetts

(EUA) ao Rio Grande do Sul, Brasil. (CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio, alimentação humana.

Hábito alimentar: Crustáceos, moluscos, esponjas, gorgônias, poliquetas, algas e tunicatos.

(CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 910 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 40 - 160 mm de CT.

pH: 7,0 - 8,1.

OD: 55,6 - 82,1%.

Temperatura: 22,1 - 26,8°C.

Salinidade: 14,3 - 27,0‰.

Page 114: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

112

Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758

Figura 79- Trichiurus lepturus, LBP 10036, 493 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Espada.

Localidade tipo: Carolina do Sul, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Águas temperadas e tropicais do mundo, no Atlântico Ocidental de

Virginia do Norte (EUA) à Argentina. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial e esportiva.

Importância econômica na região: Comércio, alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes, moluscos e crustáceos. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Comprimento máximo descrito: 2340 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 123 - 1150 mm de CT.

pH: 7,5 - 7,9.

OD: 69,9 - 80,2%.

Temperatura: 22,1 - 25,9°C.

Salinidade: 14,7 - 21,9‰.

Page 115: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

113

Scomberomorus brasiliensis Collette, Russo e Zavala-Camin, 1978

Figura 80- Scomberomorus brasiliensis, LBP 10035, 415 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Sororoca, Sarda, Serra.

Localidade tipo: Belém, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Belize (Canadá) ao Rio Grande do Sul, Brasil.

(CARVALHO-FILHO, 1999; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial, esportiva e caça submarina.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes, lulas e crutáceos bentônicos. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 1250 mm de CT. (COLLETTE et al., 1983)

Comprimento total observado: 415 mm de CT .

pH: 7,9 .

OD: 80,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 21,9‰.

Page 116: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

114

Peprilus paru (Linnaeus, 1758)

Figura 81- Peprilus paru, LBP 10045, 188 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Gordinho.

Localidade tipo: América, Jamaica. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental de Nova York (EUA) até a Argentina.

(FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenso peixes, água viva e outros invertebrados. (FIGUEIREDO e

MENEZES, 2000)

Comprimento máximo descrito: 300 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 188 - 265 mm de CT.

pH: 7,9 - 7,9.

OD: 80,2 - 80,2%.

Temperatura: 22,1 - 22,1°C.

Salinidade: 21,9 - 21,9‰.

Page 117: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

115

Citharichthys spilopterus Gunter, 1862

Figura 82- Citharichthys spilopterus, LBP 10075, 125 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Linguado.

Localidade tipo: Atlântico. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Nova Jersey (EUA) até o sul do Brasil.

(CARVALHO-FILHO, 1999; FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Pequenos crustáceos. (FAO, 2003)

Comprimento máximo descrito: 200 mm de CT. (ROBINS et al., 1986)

Comprimento total observado: 54 - 159 mm de CT.

pH: 6,8 - 8,1.

OD: 55,6 - 82,1%.

Temperatura: 21,5 - 26,8°C.

Salinidade: 12,4 - 27,0‰.

Page 118: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

116

Etropus crossotus Jordan e Guilbert, 1882

Figura 83- Etropus crossotus, LBP 10088, 96 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Linguado.

Localidade tipo: Estuário Astillero, México. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: No Atlântico Ocidental é assinalada da Virginia (EUA) ao Rio Grande

do Sul, Brasil. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Poliquetas e pequenos crustáceos. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Comprimento máximo descrito: 200 mm de CT. (HENSLEY, 1995)

Comprimento total observado: 65 - 122 mm de CT.

pH: 4,0 - 6,2.

OD: 55,6 - 82,1%.

Temperatura: 21,5 - 26,8°C.

Salinidade: 13,8 - 27,0‰.

Page 119: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

117

Achirus lineatus (Linnaeus, 1758)

Figura 84- Achirus lineatus, LBP 10081, 114 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Linguado Redondo, Solha.

Localidade tipo: América. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, da Flórida (EUA) ao norte da Argentina.

(FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos e pequenos peixes. (FAO, 2003)

Comprimento máximo descrito: 230 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 56 - 132 mm de CT.

pH: 7,0 - 8,1.

OD: 4,0 - 6,5%.

Temperatura: 21,5 - 27,5°C.

Salinidade: 27,0 - 12,4‰.

Page 120: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

118

Symphurus tesselatus (Quoy e Gaimard, 1824)

Figura 85- Symphurus tesselatus, LBP 10076, 135 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Língua de Mulata.

Localidade tipo: Baia de Rio Guanabara, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, do Caribe ao Uruguai. (FIGUEIREDO e

MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Pequenos invertebrados bentônicos. (GARCIA JUNIOR, 2010)

Comprimento máximo descrito: 220 mm de CT. (MUNROE, 1991)

Comprimento total observado: 81 - 170 mm de CT.

pH: 7,5 - 8,1.

OD: 49,4 - 92,2%.

Temperatura: 22,3 - 27,5°C.

Salinidade: 18,5 - 27,0‰.

Page 121: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

119

Aluterus monoceros (Linnaeus, 1758)

Figura 86- Aluterus monoceros, LBP 10063, 253 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Porquinho, Peruá.

Localidade tipo: Ásia, America. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Circunglobal. No Atlântico Ocidental é descrito da Nova Inglaterra

(EUA) até a Argentina. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Marinho. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca comercial.

Importância econômica na região: Comércio e alimentação humana.

Hábito alimentar: Algas, celenterados, esponjas, tunicados. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 762 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 253 mm de CT.

pH: 7,9 .

OD: 80,2%.

Temperatura: 22,1°C.

Salinidade: 21,9‰.

Page 122: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

120

Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766)

Figura 87- Lagocephalus laevigatus, LBP 10087, 61 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Baiacú Bandeira, Baiacu Arara.

Localidade tipo: Carolinas, EUA. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Da Nova Inglaterra (EUA) até a Argentina. (FIGUEIREDO e

MENEZES, 2000; FAO, 2003)

Habitat preferencial: Marinho e estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Pesca esportiva.

Importância econômica na região: Alimentação humana.

Hábito alimentar: Peixes e invertebrados variados. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 1.000 mm de CT. (SHIPP, 1981)

Comprimento total observado: 52 - 110 mm de CT.

pH: 7,0 - 8,1.

OD: 55,6 - 82,1%.

Temperatura: 21,5 - 26,8°C.

Salinidade: 14,8 - 27,0‰.

Page 123: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

121

Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900

Figura 88- Sphoeroides greeleyi , LBP 10086, 93 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Baiacú.

Localidade tipo: Recife, próximo a Maceió, Brasil. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental de Honduras até o Paraná. (FIGUEIREDO e

MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Peixes, algas e zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 180 mm de CT. (CERVIGÓN et al., 1992)

Comprimento total observado: 93 - 180 mm de CT.

pH: 7,2 - 8,1.

OD: 61,8 - 82,1%.

Temperatura: 23,9 - 25,6°C.

Salinidade: 13,8 - 27,0‰.

Page 124: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

122

Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758)

Figura 89- Sphoeroides testudineus, LBP 10062, 120 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Baiacú.

Localidade tipo: Índia. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Atlântico Ocidental, de Nova Jersey (EUA) Santa Catarina, Brasil.

(FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Peixes, algas e zooplâncton. (CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 388 mm de CT. (CLARO, 1994)

Comprimento total observado: 85 - 120 mm de CT.

pH: 7,18 - 7,94.

OD: 66,7 - 92,2%.

Temperatura: 23,3 - 27,9°C.

Salinidade: 12,4 - 19,0‰.

Page 125: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

123

Chilomycterus spinosus (Linnaeus, 1758).

Figura 90- Chilomycterus spinosus, LBP 10061, 135 mm CT. Corpo em vista lateral.

Nome popular: Baiacú de Espinho.

Localidade tipo: Índia. (MENEZES et al., 2003)

Área de distribuição: Circuntropical. No atlântico Sul Ocidental é assinalado da Bahia, Brasil

até a Argentina. (CARVALHO-FILHO, 1999; FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Habitat preferencial: Marinho, estuarino. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Importância pesqueira na região: Sem importância.

Importância econômica na região: Sem importância.

Hábito alimentar: Invertebrados bentônicos como crustáceoss e ouriços do mar.

(CARVALHO-FILHO, 1999)

Comprimento máximo descrito: 250 mm de CT. (FIGUEIREDO e MENEZES, 2000)

Comprimento total observado: 129 - 165 mm de CT.

pH: 7,6 - 7,6.

OD: 80,4 - 80,4%.

Temperatura: 21,5 - 21,5°C.

Salinidade: 14,8 - 14,8‰

Page 126: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

124

4.4 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO PARA AS ESPÉCIES DE PEIXES DO

TRECHO NORTE DO CANAL DE BERTIOGA

1A - Presença de uma única nadadeira dorsal com raios moles, ou com um único espinho

anterior a esses raios; nadadeira anal sem espinhos

.................................................................................................................................................... 2

1B - Presença de duas nadadeiras dorsais ou, se de uma única nadadeira dorsal, com espinhos

anteriores aos raios moles nadadeira anal com um ou mais espinhos anteriores aos raios

moles................................................................................................................................. ....... 25

2A - Corpo achatado lateralmente, olhos do mesmo lado da cabeça

.................................................................................................................................................... 3

2B - Corpo não achatado lateralmente, olhos nunca do mesmo lado da cabeça

................................................................................................................................................... 6

3A - Olhos geralmente do lado direito da cabeça; margem do pré-opérculo não visível,

coberta por pele (Achiridae) ............................................................. Achirus lineatus (fig 84 )

3B - Olhos geralmente do lado esquerdo da cabeça; margem do pré-opérculo evidente, não

coberta por pele ......................................................................................................................... 4

4A - Nadadeiras dorsal e anal diferenciadas da nadadeira caudal (Paralichthyidae)..

.............................................................................................................................................. ...... 5

4B - Nadadeiras dorsal e anal não diferenciadas da nadadeira caudal (Cynoglossidae)

..................................................................................................... Symphurus tesselatus (fig.85 )

5A - Boca muito pequena, a extremidade posterior não alcançando a margem anterior do olho;

rastros branquiais no primeiro arco branquial curtos e espinhosos

............................................................................................................ Etropus crossotus (fig 83)

5B - Boca grande, a extremidade posterior alcançando a margem anterior do olho; rastros

branquiais no primeiro arco branquial longos e sem espinhos

................................................................................................ Citharichthys spilopterus (fig 82)

6A - Corpo globoso e inflável, as vezes com espinhos; escamas verdadeiras ausentes

(Tetraodontiformes) ................................................................................................................. . 7

6B - Corpo não globoso e não inflável, sempre sem espinhos; escamas verdadeiras presentes

ou ausentes ............................................................................................................................. . 11

7A - Corpo coberto de espinhos (Diodontidae) ...................... Chilomycterus spinosus (fig.90)

7B - Corpo com tubérculos, sempre sem espinhos .................................................................. 8

8A - Dentes fundidos em duas placas dentárias em cada maxila; espinho dorsal ausente

(Tetraodontidae) ....................................................................................................................... . 9

8B - Dentes não fundidos; espinho dorsal presente, grande e ereto (Monacanthidae)

........................................................................................................ Aluterus monoceros (fig.86)

9A - Nadadeiras dorsal e anal, cada uma delas com 11-14 raios

................................................................................................. Lagocephalus laevigatus (fig.87)

Page 127: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

125

9B - Nadadeiras dorsal e anal, cada uma delas com 7-10 raios cada uma ............................. 10

10A - Presença de 1-2 flaps achatados e pequenos em cada lado do corpo; manchas grandes,

escuras e arredondadas, com linhas mais claras em volta presentes; região interorbital escura,

com duas faixas transversais cor creme .................................. Sphoeroides testudineus (fig.89)

10B - Flaps ausentes; manchas pequenas, pouco mais escuras que o restante do corpo

presentes; região interorbital sem faixas transversais .................. Sphoeroides greeleyi (fig.88)

11A - Escudos ósseos presentes e restritos à região ventral do corpo; maxilas geralmente

pequenas, com dentes não visíveis a olho nu, ou sem dentes; uma única nadadeira dorsal,

nadadeira adiposa ausente (Clupeidae) ................................................................................... 12

11B - Escudos ósseos ausentes na região ventral do corpo ou, se presentes, revestindo

amplamente o corpo, formando séries de placas; maxilas de tamanho variável, geralmente

com dentes visíveis a olho nu; uma ou duas nadadeiras dorsais, nadadeira adiposa presente ou

ausente ..................................................................................................................................... 13

12A - Corpo comprimido; menos de 45 rastros no ramo inferior do primeiro arco branquial;

nadadeira pélvica com 8 raios ....................................................... Harengula clupeola (fig.14)

12B - Corpo alongado e roliço; mais de 45 rastros no ramo inferior do primeiro arco

branquial; nadadeira pélvica com 9 raios ................................... Sardinella brasiliensis (fig.15)

13A - Corpo sempre sem escamas, mas as vezes com duas series de placas ósseas; nadadeira

dorsal e nadadeira peitoral com um espinho forte na margem anterior; dois a três pares de

barbilhões carnosos em torno da boca .................................................................................... 14

13B - Corpo com ou sem escamas; nadadeira dorsal e nadadeira peitoral sem um espinho forte

na margem anterior; barbilhões carnosos em torno da boca ausentes ............................ 19

14A - Corpo revestido por duas séries de placas ósseas; nadadeira adiposa ausente

(Callichthyidae).......................................................................... Callichthys callichthys (fig.23)

14B - Corpo nu; nadadeira adiposa presente (Ariidae) .......................................................... 15

15A - Dois pares de barbilhões, 1 maxilar em forma de fita e 1 mental.....Bagre bagre (fig.19)

15B - Três pares de barbilhões, 1 maxilar teretiforme e dois mentais ................................... 16

16A - Placa nucal muito grande, quadrangular ou arredondada....... Aspistor luniscutis (fig.18)

16B - Placa nucal pequena, na forma de uma meia-lua .......................................................... 17

17A - Dentes molariformes nas placas acessórias de dentes; nadadeira adiposa pequena, o

comprimento de sua base cabendo 2 vezes ou mais no comprimento da base da nadadeira anal

...............................................................................................................Cathorops spixii (fig.20)

17B - Dentes aciculares nas placas acessórias de dentes; nadadeira adiposa de tamanho

moderado, o comprimento de sua base cabendo 1,5 vezes no comprimento da base da

nadadeira anal ......................................................................................................................... 18

18A - Placas acessórias de dentes sobre projeções carnosas salientes e móveis

.......................................................................................................... Genidens genidens (fig.22)

18B - Placas acessórias de dentes fixas no palato ............................. Genidens barbus (fig.21)

19A - Boca inferior; nadadeiras pélvicas em posição abdominal, com 7-14 raios; nadadeira

adiposa ausente; 10-15 raios branquiostégioa (Albulidae) ...................... Albula vulpes (fig.13)

Page 128: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

126

19B - Boca geralmente terminal; nadadeiras pélvicas em posição anterior, 6-7 raios; nadadeira

adiposa presente ou ausente; menos de 10 raios branquiostégios............................20

20A - Nadadeira adiposa presente; boca grande, extremidade posterior da maxila muito atrás

da vertical que passa pela borda posterior do olho; nadadeira dorsal atrás da vertical que passa

pela base das pélvicas, mas muito à frente da vertical que passa pela origem da anal, e com

10-15 raios (Synodontidae) ................................................................. Synodus foetens (fig.24)

20B - Nadadeira adiposa ausente; extremidade da maxila não geralmente não ultrapassando a

vertical que passa pela borda posterior do olho; nadadeira dorsal geralmente à frente da

vertical que passa pela base das pélvicas ................................................................................ 21

21A - Focinho longo, com maxilas fixas e estendidas para frente; nadadeiras pélvicas

abdominais; linha lateral próxima à margem ventral do corpo (Belonidae) ........................... 22

21B - Focinho curto, maxilas móveis e não estendidas para frente; nadadeiras pélvicas não

abdominais; linha lateral distante da margem ventral do corpo .............................................. 23

22A - Escamas pequenas, 213-304 séries transversais na região dorsal, entre a borda posterior

do olho e a origem da nadadeira dorsal; sem uma faixa escura na região mediana do tronco

......................................................................................................... Strongylura marina (fig.29)

22B - Escamas grandes, 120-185 séries transversais na região entre a borda posterior do olho

e origem da nadadeira dorsal; com uma faixa escura na região mediana do tronco

......................................................................................................... Strongylura timucu (fig.28)

23A - Focinho longo e tubular, com a boca muito pequena e sem dentes na extremidade;

extremidade anterior da maxila inferior à frente da ponta da maxila superior; corpo revestido

por anéis ósseos; nadadeiras pélvicas ausentes (Syngnathidae) ...... Syngnathus folletti (fig.31)

23B - Focinho obtuso e não tubular à frente da abertura bucal; boca com dentes; corpo sem

placas ósseas; nadadeiras pélvicas presentes; ponta do focinho saliente e à frente da ponta da

extremidade anterior da maxila inferior (Engraulidae) .......................................................... 24

24A - Dentes da mandíbula grandes e espaçados.................... Lycengraulis grossidens (fig.16)

24B - Dentes da mandíbula pequenos e não espaçados, formando uma serrilha

.............................................................................................. Anchoviella lepidentostole (fig.17)

25A - Nadadeiras pélvicas inseridas à frente da vertical que passa pelas origens das

nadadeiras dorsais; primeira nadadeira dorsal modificada, com 2-3 espinhos ....................... 26

25B - Nadadeiras pélvicas inseridas atrás da vertical que passa pelas origens das nadadeiras

dorsais; primeira nadadeira dorsal com 4 ou mais espinhos ................................................... 27

26A - Pele com dentículos grossos e cônicos; nadadeira peitoral modificadas para apoiar no

substrato; apêndice carnoso acima da cabeça presente; linha lateral ausente

(Ogcocephalidae)................................................................... Ogcocephalus vespertilio (fig.26)

26B - Pele lisa, sem escamas ou dentículos; nadadeira peitoral não modificadas; apêndice

carnoso acima da cabeça ausente; linha lateral presente (Batrachoididae)

................................................................................................. Porichthys porosissimus (fig.25)

27A - Nadadeiras dorsais separadas por uma distância maior que o comprimento da base da

primeira nadadeira dorsal ........................................................................................................ 28

Page 129: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

127

27B - Nadadeiras dorsais separadas por uma distância menor que o comprimento da base da

primeira nadadeira dorsal, às vezes constitundo uma única nadadeira formada por espinhos e

raios moles............................................................................................................................... 30

28A - Boca não protrátil; olhos recobertos por pálpebras adiposas; nadadeira anal

aproximadamente do mesmo tamanho da segunda nadadeira dorsal (Mugilidae)

.................................................................................................................................................. 29

28B - Boca protrátil; olhos não cobertos por pálpebras adiposas; nadadeira anal muito maior

que a segunda nadadeira dorsal (Atherinopsidae) .................... Atherinella brasiliensis (fig.27)

29A - Segunda nadadeira dorsal e nadadeira anal cobertas de escamas; geralmente 38-39

escamas na série longitudinal; faixas escuras longitudinais do corpo ausentes ou inconspícuas;

corpo alto ................................................................................................. Mugil curema (fig.73)

29B - Segunda nadadeira dorsal e nadadeira anal não cobertas de escamas; geralmente 30-34

escamas na série longitudinal; faixas escuras longutidinais nítidas; corpo alongado e mais

baixo .............................................................................................................. Mugil liza (fig.74)

30A - Pré-opérculo e opérculo com margens muito serrilhadas e um espinho alongado; 1

espinho e 7 raios na nadadeira pélvica (Holocentridae)........ Holocentrus adscensionis (fig.30)

30B - Pré-opérculo e opérculo com margens não serrilhadas ou, se serrilhadas, com espinho

ausente; 1 espinho e 6 raios na nadadeira pélvica.................................................................... 31

31A - Raios inferiores da nadadeira peitoral destacados....................................................... 32

31B - Raios inferiores da nadadeira peitoral unidos............................................................... 33

32A - Cabeça grande, rígida e coberta de espinhos, com duas projeções pequenas e

arredondadas na margem anterior; três últimos raios da nadadeira peitoral espessos, formando

apêndices para caminhar no substrato (Triglidae).......................... Prionotus punctatus (fig.32)

32B - Cabeça pequena, sem espinhos, com focinho saliente e arredondado, sem projeções; 7

últimos raios das nadadeiras peitorais muito longos e filamentosos (Polynemidae)

................................................................................................... Polydactylus virginicus (fig.70)

33A - Dois espinhos destacados à frente da nadadeira anal (Carangidae) ............................. 34

33B - Espinhos destacados à frente da nadadeira anal ausentes ............................................ 42

34A - Escamas posteriores da linha lateral modificadas em escudos alongados verticalmente

.................................................................................................................................. ................ 35

34B - Escamas posteriores da linha lateral não modificados ................................................. 39

35A - Corpo muito comprimido, perfil ventral muito mais convexo do que o perfil dorsal;

nadadeira peitoral comprida, ultrapassando a vertical que passa pela base da nadadeira

pélvica; 5 a 15 escudos diminutos na linha lateral .................................................................. 36

35B - Corpo pouco comprimido, com perfil dorsal e ventral igualmente convexos; nadadeira

peitoral não ultrapassando a vertical que passa pela base da nadadeira pélvica; mais de 23

escudos grandes da linha lateral .............................................................................................. 38

36A - Nadadeira anal com 25 a 28 raios; perfil ventral do corpo mais convexo que o perfil

dorsal; uma mancha escura na margem superior do pedúnculo caudal presente

............................................................................................. Chloroscombrus chrysurus (fig.41)

Page 130: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

128

36B - Nadadeira anal com 16 a 20 raios; perfil dorsal e ventral do corpo igualmnte convexo;

mancha escura no pedúnculo caudal ausente ...........................................................................37

37A - Perfil da margem anterior da cabeça aproximadamente vertical; 31 a 35 rastros no

primeiro arco branquial; raios anteriores das nadadeiras dorsal e anal prolongados

................................................................................................................... Selene vomer (fig.46)

37B - Perfil da margem anterior da cabeça côncavo na altura dos olhos; 34 a 44 rastros no

primeiro arco branquial; raios anteriores das nadadeiras dorsal e anal não prolongados

............................................................................................................. Selene setapinnis (fig.45)

38A - Maxila superior com uma única série de dentes; quilhas ausentes no pedúnculo caudal;

parte sinuosa anterior da linha lateral com menos da metade do comprimento da parte

posterior reta ..................................................................... Hemicaranx amblyrhynchos (fig.42)

38B - Maxila superior com várias séries de dentes; duas quilhas de cada lado no pedúnculo

caudal; parte sinuosa anterior da linha lateral com mais da metade do comprimento da parte

posterior reta .............................................................................................. Caranx latus (fig.40)

39A - Focinho comprido, boca grande; comprimento da maxila superior contido menos de

duas vezes no comprimento da cabeça; raios posteriores da nadadeira dorsal e nadadeira anal

semi-destacados uns dos outros .............................................................................................. 40

39B - Focinho curto, boca pequena; comprimento da maxila superior contido mais de duas

vezes no comprimento da cabeça; raios posteriores da nadadeira dorsal e nadadeira anal

unidos entre si, não destacados ............................................................................................... 41

40A - Perfil ventral da maxila inferior muito saliente; maxila superior com uma série única de

dentes; 17 a 20 rastros branquais no ramo inferior do primeiro arco branquial, excluindo os

rudimentos........................................................................................ Oligoplites saliens (fig.44)

40B - Perfil ventral da maxila inferior retilíneo; maxila superior com 2 séries distintas de

dentes; 11 a 15 rastros branquiais no ramo inferior do primeiro arco branquial, excluindo os

rudimentos ................................................................................... Oligoplites palometa (fig.43)

41A - Olho muito menor que o comprimento do focinho; 17 a 21 raios na nadadeira dorsal; 16

a 19 raios na nadadeira anal, prolongados .................................... Trachinotus falcatus (fig.48)

41B - Olho pouco menor que o comprimento do focinho; 22 a 27 raios na nadadeira dorsal; 20

a 24 raios na nadadeira anal, pouco prolongados .................. Trachinotus carolinus (fig.47)

42A - Últimos raios da segunda nadadeira dorsal e da anal com raios destacados e ramificados

(pínulas); pedúnculo caudal com 2 a 3 quilhas de cada lado (Scombridae)

............................................................................................Scomberomorus brasiliensis (fig.80)

42B - Últimos raios da segunda nadadeira dorsal e da anal sem pínulas; pedúnclo caudal

geralmente sem quilhas............................................................................................................ 43

43A - Corpo comprimido e muito alongado em forma de fita; nadadeira pélvica vestigial ou

ausentes; dentes em forma de punhais (Trichiuridae)..................... Trichiurus lepturus (fig.79)

43B - Corpo nunca em formato de fita; nadadeira pelvica presentes; dentes de formato

variável .................................................................................................................................... 44

44A - Boca muito protrátil, formando um tubo; 9 espinhos na primeira nadadeira dorsal;

segunda nadadeira dorsal com uma bainha de escamas na base (Gerreidae)......................... 45

Page 131: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

129

44B - Boca pouco protrátil, nunca formando um tubo; número variável de espinhos na

primeira nadadeira dorsal; segunda dorsal geralmente sem bainha de escamas na base ........ 47

45A - Margem do pré-opérculo serrilhada; primeira nadadeira dorsal sem mancha escura .. 46

45B - Margem do pré-opérculo lisa; primeira nadadeira dorsal com mancha escura

............................................................................................Eucinostomus melanopterus (fig.51)

46A - Região pré-orbital serrilhada; corpo com várias faixas longitudinais escuras; nadadeira

anal com 3 espinhos e 7 raios; ramo inferior do primeiro arco branquial com 10 a 12

rastros............................................................................................ Eugerres brasilianus (fig.52)

46B - Região pré-orbital não serrilhada; corpo sem faixas longitudinais escura; nadadeira anal

com 2 espinhos e 9 raios; ramo inferior do primeiro arco branquial com 16 a 18 rastros

........................................................................................................ Diapterus rhombeus (fig.50)

47A - Linha lateral alcançando a extremidade posterior da nadadeira caudal........................48

47B - Linha lateral alcançando a base da nadadeira caudal....................................................58

48A - Mento com 4 ou 5 poros sensoriais; nadadeira dorsal posterior com 18 a 40 raios

(Sciaenidae)...............................................................................................................................49

48B - Mento sem poros sensoriais; nadadeira dorsal posterior com 8 a 13 raios

(Centropomidae)...................................................................................................................... 57

49A - Mandíbula com barbilhões nos exemplares adultos ......................................................50

49B - Mandíbula sem barbilhões nos exemplares adultos ......................................................52

50A - Um único barbilhão rígido na extremidade anterior da mandíbula; corpo com manchas

escuras oblíquas grandes e faixas transversais ........................................................................ 51

50B - Várias séries de barbilhões filamentosos na margem ventral da mandíbula; corpo com

linhas escuras estreitas e onduladas .......................................... Micropogonias furnieri (fig.67)

51A - Corpo alongado, perfil ventral retilineo; 22 a 26 raios na nadadeira dorsal posterior;

corpo com manchas marrom-escuras oblíquas, mas sem faixas transversais

................................................................................................ Menticirrhus americanus (fig.66)

51B - Corpo alto, perfil ventral convexo; 26 a 30 raios na nadadeira dorsal posterior; corpo

com faixas escuras estreitas acompanhando as séries de escamas, e cerca de 9 faixas

transversais........................................................................................ Umbrina coroides (fig.69)

52A - Boca muito inclinada, a mandíbula fortemente convexa; 28 a 36 rastros branquiais

longos, maiores que o diâmetro do olho .......................................... Larimus breviceps (fig.65)

52B - Boca pouco inclinada, a mandíbula pouco convexa; menos de 25 rastros branquiais

curtos, menores que o diâmetro do olho ................................................................................. 53

53A -Nadadeiras dorsais separadas entre si; nadadeira anal com 18 a 20 raios

..................................................................................................... Isopisthus parvipinnis (fig.64)

53B - Nadadeiras dorsais unidas, ainda que com entalhe entre elas; nadadeira anal com menos

de 20 raios ............................................................................................................................... 54

54A - Maxilas com uma única série de dentes grandes, alguns dos quais caniniformes ....... 55

54B - Maxilas com várias séries de dentes pequenos e cônicos ..............................................56

Page 132: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

130

55A- Escamas ctenoides; base da segunda nadadeira dorsal com uma bainha estreita de

escamas; 17 a 22 raios na segunda nadadeira dorsal; 100 a 115 séries transversais de escamas

acima da linha lateral......................................................................... Cynoscion acoupa (fig.62)

55B - Escamas ciclóides; base da segunda nadadeira dorsal com uma bainha ampla de

escamas; 22 a 25 raios na segunda nadadeira dorsal; 130 a 150 séries transversais de escamas

acima da linha lateral ........................................................... Cynoscion microlepidotus (fig.63)

56A - Cabeça de consistência esponjosa, deformável ao toque, ossos com cavidades grandes;

região infraorbital larga, quase tão larga quanto diametro do olho .... Stellifer rastrifer (fig.68)

56B - Cabeça de consistência não esponjosa, não deformável ao toque, ossos sem cavidades;

região infraorbital estreita, muito menor do que o diametro do olho

.......................................................................................................... Bairdiella ronchus (fig.61)

57A - Corpo alto, altura do corpo 67 a 81% do comprimento da cabeça; ramo inferior do

primeiro arco branquial com 10 a 12 rastros desenvolvidos; linha lateral com 65-70 escamas

.................................................................................................. Centropomus parallelus (fig.33)

57B - Corpo esguio, altura do corpo 59 a 64% do comprimento da cabeça; ramo inferior do

primeiro arco branquial com 7 a 8 rastros desenvolvidos; linha lateral com 70-74 escamas

................................................................................................Centropomus undecimalis (fig.34)

58A - Opérculo com 1 a 3 espinhos voltados para trás (Serranidae) ...................................... 59

58B - Operculo sem espinhos ................................................................................................. 62

59A - Pré-opérculo com uma projeção saliente dilatada e serrilhada

.......................................................................................................... Diplectrum radiale (fig.35)

59B - Pré-opérculo sem projeção saliente e serrilhada ........................................................... 60

60A - Dentes das maxilas fixos e retos, não depressíveis; ventre com uma mancha

esbranquiçada e duas manchas escuras e arredondadas no pedúnculo caudal ...

........................................................................................................Serranus flaviventris (fig.38)

60B - Dentes das maxilas depressíveis; ventre e pedúnculo caudal sem manc....................... 61

61A - Nadadeira anal com 3 espinhos e 10 a 12 raios; uma faixa escura da borda posterior da

maxila superior à borda ventral do pré-opérculo; 48 a 55 rastros no primeiro arco branquial

............................................................................................... Mycteroperca acutirostris (fig.37)

61B - Nadadeira anal com 3 espinhos e 8 a 9 raios; sem faixa escura entre a maxila superior e

o pré-opérculo; 22 a 35 rastros no primeiro arco branquial

.................................................................................................. Epinephelus marginatus (fig.36)

62A - Nadadeira pélvica modificada em um disco adesivo; linha lateral sempre ausente;

primeiros raios da nadadeira peitoral destacados em forma de filamentos

(Gobiidae).................................................................................. Bathygobius soporator (fig.77)

62B - Nadadeira pélvica não modifica em disco adesivo; linha lateral geralmente presente;

primeiros raios da nadadeira peitoral unidos aos demais raios ............................................... 63

63A - Corpo alto, em forma de disco em vista lateral; espinhos da dorsal e anal três ou quatro,

muito pequenos, às vezes sob a pele; maiores raios da dorsal e da anal prolongados

(Stromateidae)...........................................................................................Peprilus paru (fig.81)

Page 133: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

131

63B Corpo geralmente mais baixo, se em forma de disco em vista lateral, com raios das

nadadeiras dorsal e anal não prolongados; seis ou mais espinhos na nadadeira dorsal,

geralmente muito evidentes .................................................................................................... 64

64A - Cirros na cabeça presentes; número de espinhos na primeira nadadeira dorsal maior que

o número de raios na segunda nadadeira dorsal (Labrisomidae)

.................................................................................................. Labrisomus nuchipinnis (fig.76)

64B - Cirros na cabeça ausentes; número de espinhos na primeira dorsal geralmente menor

que o número de raios na segunda nadadeira dorsal ............................................................... 65

66A - Escamas entre a boca e os olhos presentes; mento com um par de poros; boca com

lábios geralmente espessos e várias séries (4-5) de dentes pequenos

(Haemulidae)............................................................................................................................ 66

66B - Escamas entre a boca e os olhos ausentes; mento sem poros; boca com lábios

geralmente delgados; dentes de disposição variável, normalmente em poucas séries (1-3)

.................................................................................................................................................. 72

66A - Pré-opérculo com espinhos grandes; 11 espinhos na nadadeira dorsal; corpo com 8

faixas transversais escuras ................................................................... Conodon nobilis (fig.55)

66B - Pré-opérculo sem espinhos, levemente serrilhado; 12-13 espinhos na nadadeira dorsal;

corpo sem faixas transversais .................................................................................................. 67

67A - Nadadeira dorsal e nadadeira anal com escamas em quase toda extensão; boca

avermelhada em exemplares frescos; mancha ventral negra entre o pré-opérculo e opérculo

presente.................................................................................... Haemulon stendachneri (fig.57 )

67B - Nadadeira dorsal e nadadeira anal com escamas apenas na base e parte das membranas

interradiais; boca não avermelhada em exemplares frescos; mancha negra entre o pré-opérculo

e opérculo ausente ................................................................................................................. 68

68A - Mento com 2 pares de poros muito pequenos; nadadeira dorsal com 13 espinhos e 12

raios; perfil da cabeça acima dos olhos côncavo ........................... Genyatremus luteus (fig.56)

68B - Mento com 1 par de poros pequenos, precedido por poro mediano grande; nadadeira

dorsal com 12 espinhos e 12-13 raios; perfil da cabeça acima dos olhos convexo ................ 69

69A - Altura do corpo 40-50% do comprimento padrão; lábios espessos ............................. 70

69B - Altura do corpo inferior a 40% do comprimento padrão; lábios delgados .................. 71

70A -Corpo amarelado, com faixas longitudinais; uma faixa escura vertical passando pela

borda posterior do opérculo e outra faixa de mesma cor oblíqua, passando pelo olho

.................................................................................................... Anisotremus virginicus (fig.54)

70B - Corpo acinzentado, sem faixas longitudinais; e com uma área escura entre a axila da

nadadeira peitoral e o ventre................................................. Anisotremus surinamensis (fig.53)

71A - Nadadeira anal com 9-11 raios; corpo com manchas pequenas, arredondadas e escuras,

formando linhas oblíquas.................................................................. Orthopristis ruber (fig.58)

71B - Nadadeira anal com 6-7 raios; corpo com faixas escuras longitudinais acompanhando

as séries de escamas ............................................................ Pomadasys corvinaeformis (fig.59)

72A - Uma única série de dentes incisivos nas maxilas

.................................................................................................................................................. 73

Page 134: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

132

72B - Uma a três séries de dentes nas maxilas, se em uma série, nunca incisiviformes

........................................................................................................................................ .......... 74

73A - Boca grande, ultrapassando margem anterior da orbita; dentes grandes; linha lateral

alcançando a base da nadadeira caudal; corpo prateado, com uma mancha escura no

pedúnculo caudal; porte médio (até 30 cm) (Sparidae) ...................Diplodus argenteus (fig.60)

73B - Boca pequena, não alcançando a margem anterior da orbita; dentes pequenos, não

visíveis a olho nu; linha lateral não alcançando o pedúnculo; corpo com faixas transversais

escuras, sem uma mancha no pedúnculo caudal; pequeno porte (até 12 cm) (Pomacentridae)

.......................................................................................................... Abudefduf saxatilis (fig.75)

74A - Uma única série de dentes nas maxilas, curvos e pontas dispostas horizontalmente; boca

pequena; extremidade anterior da maxila superior muito à frente da extremidade anterior da

mandíbula; cabeça com uma saliência sutil acima dos olhos

.......................................................................................................... Kyphosus sectatrix (fig.71)

74B - Mais de uma série de dentes nas maxilas, se somente uma única série, com dentes não

curvos; boca geralmente grande, se pequena, com extremidades anteriores da maxila e da

mandíbula aproximadamente no mesmo nível; cabeça sem saliência acima dos olhos

.................................................................................................................................................. 75

75A - Corpo muito alto e comprimido, em forma de disco em vista lateral; dentes muito

pequenos em forma de cerdas ................................................................................................. 76

75B - Corpo baixo e moderadamente comprimido, nunca em forma de disco; dentes nunca em

forma de cerdas ................................................................................................................. 77

76A - Nadadeiras dorsais contínuas; raios da nadadeira dorsal posterior e anal não

prolongados; faixas transversais escuras presentes (Chaetodontidae)

......................................................................................................... Chaetodon striatus (fig.72)

76B - Nadadeiras dorsais com um entalhe entre elas; raios das nadadeiras dorsal posterior e

anal prolongados; faixas transversais escuras inconspícuas ou ausentes (Ephippidae)

...................................................................................................... Chaetodipterus faber (fig.78)

77A - Corpo alto; focinho curto, pouco maior que o comprimento do olho; maxilas com várias

séries de dentes pequeno e cônicos; nadadeira dorsal posterior e nadadeira anal prolongadas

posteriormente até quase a base da nadadeira caudal; espinhos da nadadeira dorsal pouco mais

curtos do que os raios; corpo escuro (Lobotidae)

....................................................................................................... Lobotes surnamensis (fig.49)

77B - Corpo fusiforme; focinho longo, muito maior que o comprimento do olho; maxilas com

uma única série de dentes grandes, afiados e comprimidos; nadadeira dorsal posterior e

nadadeira anal não prolongadas posteriormente; espinhos da nadadeira dorsal muito mais

curtos que os raios; corpo azulado ou esverdeado na metade superior, prateado na metade

inferior (Pomatomidae).................................................................. Pomatomus saltatrix (fig.39)

Page 135: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

133

5 DISCUSSÃO

O trecho norte do Canal de Bertioga apresenta ambientes com características

geomorfológicas bastante distintas, com áreas de costão rochoso e grande influência marinha

próxima à barra do canal, áreas com grande aporte de água doce, ambientes com praias

arenosas, lodosas e manguezais bem preservados. A grande diversidade de artes de pesca

utilizadas permitiu uma amostragem qualitativa expressiva da biodiversidade dos peixes da

região. Mesmo assim, não foram coletados representantes da classe Chondrichthyes, o que

corrobora Rocha (2009) e relatos de pescadores antigos da região.

Nessa região, as famílias com maior diversidade foram as mesmas observadas em

diversos estudos realizados no complexo baia-estuário de Santos e São Vicente, mas com

diferente composição de espécies. Em relação às espécies mais abundantes, foram observadas

diferenças na ictiofauna registrada no complexo baia-estuário de Santos e São Vicente

(PAIVA-FILHO, 1982; PAIVA-FILHO et al., 1987, GIANNINI et al., 1990; FUNDAÇÃO

RICARDO FRANCO, 2006; FAGUNDES et al., 2007; ROCHA, 2009; ELLIF et al., 2010).

Apesar da grande diversidade de espécies, a ictiofauna do trecho norte do Canal de

Bertioga é caracterizada pela dominância numérica de poucas espécies, Stellifer rastrifer (>

15% do número total de indivíduos capturados, Tabela 1), Harengula clupeola, Cathorops

spixii, Oligoplites palometa, Mugil curema, Citharichthys spilopterus, Atherinella

brasiliensis, Diapterus rhombeus, Anchoviella lepidentostole e Achirus lineatus (15%-4% do

número total de indivíduos capturados, Tabela 1), com grande número de espécies de baixa

ocorrência ou ocasionais (< 2,5% do número total de indivíduos capturados, Tabela 1), que

juntas representam menos de 25% do total amostrado, uma condição observada em vários

estudos a respeito da ictiofauna estuarina (PINHEIRO, 1999; CORRÊA, 2000; SANTOS et

al., 2002; VENDEL et al., 2003). Das 78 espécies encontradas no trecho norte do Canal de

Bertioga, Stellifer rastrifer, Cathorops spixii e Citharichthys spilopterus destacam-se pela

abundância numérica. A predominância de Stellifer rastrifer, Cathorops spixii e Mugil

curema, também foi observada no complexo estuarino de Santos-São Vicente (VAZZOLER,

1969; PAIVA-FILHO, 1982; PAIVA-FILHO e GIANNINI, 1987; GIANNINI e PAIVA-

FILHO, 1990; FUNDAÇÃO RICARDO FRANCO, 2006), embora com diferenças em

relação a outras espécies predominantes nestes estudos. Da mesma forma, Genidens barbus,

Genidens genidens, Micropogonias furnieri e Trichiurus lepturus, com ocorrência

Page 136: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

134

relativamente alta no complexo estuarino de Santos- São Vicente, mostram uma baixa

ocorrência no Canal de Bertioga.

O Canal de Bertioga pode ser considerado uma área de criadouro em função do domínio

de espécies marinho-estuarinas (Quadro 3), enquanto espécies tipicamente marinhas ocorrem

esporadicamente, em zonas onde os padrões hidrográficos representam em parte um contínuo

do ambiente marinho adjacente, como foi observado na área 1 (Tabela 1). A baixa ocorrência

de espécies residentes pode ser justificada pelas dificuldades de adaptação à variação dos

parâmetros ambientais num curto espaço de tempo (DAY et al., 1989). Diferenças puderam

ser observadas nos meses de coleta, com menor diversidade e abundância encontradas nos

meses de verão e maior diversidade e abundância respectivamente no outono e na primavera.

O tamanho dos exemplares coletados permite interpretar que as espécies mais abundantes,

exceção a Cathorops spixii, foram representadas por indivíduos jovens, que utilizam a região

para alimentação, crescimento e proteção.

As espécies encontradas durante todo o ano, no trecho norte do Canal de Bertioga,

também ocorreram o ano inteiro no complexo baia-estuário de Santos e São Vicente, havendo

apenas diferença na abundância em alguns períodos do ano. Essa sazonalidade de espécies

precisa ser vista com cautela, pois o uso de aparelhos de baixa seletividade podem influenciar

os resultados (ELLIF, 2010). As espécies Abudefduf saxatilis, Albula vulpes, Aluteus

monocerus, Anisotremus surinamensis, Anisotremus virginicus, Bagre bagre, Callichthys

callichthys, Diplodus argentus, Genyatremus luteus, Haemulon steindachneri, Hemicaranx

amblyrhynchus, Holocentrus asdcensionis, Kyphosus sectatrix, Labrisomus nuchipinnis,

Lobotes surinamensis, Mycteroperca acutirostris, Orthopristis ruber, Polydacylus virginius,

Scomberomorus brasiliensis, Serranus flaviventris, Strongylura marina, Symphurus

tessellatus, Synodus foetens, coletadas no Canal de Bertioga, não foram encontradas em

estudos realizados no complexo estuarino de Santos e São Vicente, enquanto as espécies

citadas a seguir, presentes no complexo estuarino de Santos e São Vicente, não foram

coletadas no trecho norte do Canal de Bertioga, Anchoa filifera, Anchoa tricolor, Anchoviella

brevirostris, Brevortia pectinata, Caranx hippos, Catharidium garmannii, Cetengraulis

edentulus, Ctenosciaena gracilicirrhus, Cynoscion jamaicensis, Cynoscion leiachus, Diodon

holocanthus, Elops saurus, Epinephelus adscensionis, Etropus intermedius, Eucinostomus

argenteus, Eucinostomus gula, Geophagus brasiliensis, Gobionellus oceanicus,

Hemiramphus brasiliensis, Hexanematichthys grandoculis, Hippocampus reidi,

Hyporhampus unifasciatus, Lagocephalus pachycephalus, Menticirrhus littoralis, Mirophys

punctatus, Mugil gaimardianus, Mugil platanus, Nebris microps, Notarius grandicassi,

Page 137: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

135

Odontesthes bonariensis, Oligoplites saurus, Ophiscion punctatisimus, Opisthonema oglinum,

Opsanus brasiliensis, Paralanchurus brasiliensis, Paralichthys patagonicus, Pellona

harroweri, Platanichinys platana, Poecilia vivipara, Pogonias cromis, Pomadasys crocro,

Scomberomorus maculatus, Scopaena plumieri, Sphoeroides pachgaster, Stellifer

brasiliensis, Stellifer stellifer, Syacium papillosum, Symphurus plagusia e Trinectes

paulistanus. Dentre todas essas espécies relacionadas durante o decorrer de estudos no

complexo baia-estuário de Santos e São Vicente nota-se a possibilidade de haver

identificações equivocadas de algumas espécies, como o Hexanematichthys grandoculis

(Potamarius grandoculis sensu MARCENIUK e MENEZES, 2007), que é encontrado

somente em água doce sendo restrito ao rio Doce, no Espírito Santo. Tal fato pode ocasionar

maior diferenciação no número de espécies encontradas nos dois canais.

Das espécies capturadas no trecho norte do Canal de Bertioga, Centropomus parallelus,

Centropomus undecimalis, Anisotremus surinamensis, Chaetodipterus faber, Cynoscion

acoupa, Cynoscion microlepdotus, Epinephelus marginatus, Eugerres brasilianus, Genidens

barbus, Isopisthus parvipinnis, Micropogonias furnieri, Mugil liza, Mycteroperca

acutirostris, Pomatomus saltatrix, Sardinella brasiliensis, Scomberomorus brasiliensis,

Trachinotus carolinus, Trachinotus falcatus, e Umbrina coroides, são aquelas com maior

interesse para pesca comercial na região, enquanto Centropomus parallelus, Centropomus

undecimalis, Cynoscion acoupa, Trichiurus lepturus, Micropogonias furnieri e Epinephelus

marginatus, são espécies alvo de pescadores esportivos que atuam na região. A maioria das

espécies citadas, tanto de interesse comercial quanto esportivo, é representada por um único

exemplar coletado num total de 5,9% do número de exemplares amostrados. Em relação ao

Canal de Bertioga a única listagem referente à região foi elaborada por Rocha (2009), que

registrou 50 espécies. Dessas, 32 são compartilhadas pelo presente trabalho.

Das 78 espécies coletadas no trecho norte do Canal de Bertioga, 11 são incluídas na

lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado de São Paulo (ROSSI-

WONGTSCHOWSKI et al., 2009), e 6 na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio

Ambiente (ROSA et al., 2008), todas com importância para pesca comercial e/ou esportiva

(Quadro 3). Já no complexo baia-estuário de Santos e São Vicente algumas espécies

ameaçadas não foram coletadas no Canal de Bertioga como, Cynoscion jamaicensis (Vaillant

& Bocourt, 1883), Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830), Cynoscion virescens (Cuvier, 1830),

Hippocampus reidi Ginsburg, 1933, Macrodon ancylodon (Bloch & Schneider, 1801),

Pogonias cromis (Linnaeus, 1766), e Umbrina canosai Berg, 1895. (ROSSI-

WONGTSCHOWSKI et al., 2009).

Page 138: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

136

Considerando a diversidade de espécies registradas no trecho norte do Canal de

Bertioga pode-se considerar que a ictiofauna da região apresenta-se relativamente bem

preservada, pois se observa em abundância espécies como a Atherinella brasiliensis, descrita

por Paiva-Filho et al. (1990) como sendo comum na década de 80 na baía de Santos e São

Vicente, mas que em 2006 foi descrita pela Fundação Ricardo Franco como praticamente

inexistente.

As alterações mais significativas causadas pelo homem no Canal de Bertioga são as

instalações de estruturas náuticas e áreas com ocupações urbanas e domésticas, concentradas

na margem insular (ilha de Santo Amaro) e no trecho próximo a barra do Canal de Bertioga

respectivamente. As margens do Canal de Bertioga estão mais preservadas do que as de

Santos e São Vicente, mas da mesma forma, enfrentam problemas de destruição de hábitats

devido à ocupação urbana e poluição crônica. Essa preservação é atribuída em parte ao divisor

de águas natural existente no Largo do Candinho, o qual separa ao sul as águas do estuário de

Santos, minimizando a entrada da poluição para o trecho norte do canal (MATURO, 2008) e a

uma menor ocupação de áreas de manguezais.

Outro fato importante observado é a pesca não ser mais considerada a principal

atividade econômica do município de Bertioga como descrito por Soares (1997). Atualmente

outras atividades econômicas se destacam, como a construção civil, turismo e comércio,

embora a pesca esportiva seja uma atividade importante e crescente na região.

O levantamento faunístico é a primeira etapa para o desenvolvimento de estudos

ecológicos e biológicos em qualquer ambiente. Ao contrário das demais áreas do complexo

estuarino de Santos - São Vicente, o trecho norte do Canal de Bertioga ainda não havia tido

sua ictiofauna inventariada. Por esse motivo os resultados obtidos no presente estudo são

importantes para elaboração de planos futuros de gestão e conservação dos recursos naturais

da região, assim como poderão servir como fonte de consulta e ferramenta na identificação

das espécies de peixes encontradas da região em estudos de biologia e/ou ecologia do trecho

norte do Canal de Bertioga.

Page 139: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

137

6 CONCLUSÕES

A grande diversidade de artes de pesca permitiu coletar um elevado número de espécies

com um número baixo de capturas em relação a outros estudos de ictiofauna em estuários.

As famílias de maior diversidade no Canal de Bertioga são Carangidae e Scianidae.

Pode-se concluir que a ictiofauna do trecho norte do Canal de Bertioga é composta por

pelo menos 78 espécies de Teleósteos.

A espécie mais abundante no trecho norte do Canal de Bertioga é Stellifer rastrifer.

A área de maior abundância e riqueza de espécies no trecho norte do Canal de Bertioga

é a área 3, onde observa-se a maior diversidade de ambientes.

Avaliando-se a variedade de famílias e espécies coletadas pode-se concluir que o trecho

norte do Canal de Bertioga encontra-se preservado e com poucas interferências antrópicas.

Além disso, pode ser concluido também que no Canal de Bertioga os representantes de

Chondrichthyes são ocasionais ou inexistentes.

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151

APÊNDICE A -

EXEMPLARES DEPOSITADOS EM COLEÇÃO ZOOLÓGICA

Page 154: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

152

Nome do exemplar, código da coleção, número de exemplares do lote, números do(s)

tecido(s), coordenadas da área de coleta.

Abudefduf saxatilis: LBP 10066, 2, (40579, 40586) 40579,23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Achirus lineatus: LBP 10081, 3, (40512, 40513, 40552) 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Aluterus monoceros: LBP-10063, 253-253, (40534), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Anisotremus surinamensis: LBP-10059, 1, (40542), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Aspistor luniscutis: LBP-10039, 2, (40502, 40526), 23°51’39,31”S e 46°09’13,06”O;

Atherinella brasiliensis: LBP-10085, 4, (40562, 40563, 40621, 40622), 23°51’26,20”S

e 46°08’13,31”O;

Bagre bagre: LBP-10037, 1, (40597), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Bairdiella ronchus: LBP-10071, 2, (40524, 40530), 23°51’39,31”S e 46°09’13,06”O;

Bathygobius soporator: LBP-10077, 3, (40568, 40569, 40571), 23°52’55,67”S e

46°10’07,20”O;

Caranx latus: LBP-10055, 5, (40535, 40536, 40537, 40585, 40591), 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Cathorops spixii: LBP-10040, 2, (40605, 40606), 23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Centropomus parallelus: LBP-10042, 5, (40501, 40520, 40573, 40574, 40620),

23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Centropomus undecimalis: LBP-10043, 1, (40602), 23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Chaetodipterus faber: LBP-10056, 2, (40510, 40518), 23°51’39,31”S e 46°09’13,06”;

Chilomycterus spinosus: LBP-10061, 1, (40572), 23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Citharichthys spilopterus: LBP-10075, 3, (40505, 40550, 40551), 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Cynoscion acoupa: LBP-10049, 1, (40599), 23°51’39,31”S e 46°09’13,06”O;

Cynoscion microlepidotus: LBP-10041, 1, (40588), 23°51’39,31”S e 46°09’13,06”O

Diapterus rhombeus: LBP-10078, 2, (40508, 40531), 23°52’55,67”S e

46°10’07,20”O;

Diplectrum radiale: LBP-10069, 3, (40543, 40544, 40545), 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Page 155: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

153

Diplodus argenteus: LBP-10068, 1, 221, (40577), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Etropus crossotus: LBP-10088, 1, (40517), 23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Genidens genidens: LBP-10038, 6, (40525, 40529, 40540, 40556, 40603), 40604

23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Genyatremus luteus: LBP-10033 1, (40601), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Haemulon steindachneri: LBP-10058, 4, 40607, 40608, 40581, 40582),

23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Harengula clupeola: LBP-10064, 8, (40547, 40548, 40549, 40580, 40623, 40624,

40625, 40626), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Hemicaranx amblyrhynchus: LBP-10054, 1, (40595), 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Isopisthus parvipinnis: LBP-10072, 1, (40600), 23°51’39,31”S e 46°09’13,06”O;

Kyphosus sectatrix: LBP-10048, 2, (40575, 40576), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Lagocephalus laevigatus: LBP-10087, 1, (40532), 23°51’39,31”S e 46°09’13,06”O;

Lobotes surinamensis: LBP-10052, 1, (40592), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Lycengraulis grossidens: LBP-10065, 2, (40507, 40584), 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Menticirrhus americanus: LBP-10073, 2, (40519, 40561), 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Micropogonias furnieri: LBP-10070, 2, (40503, 40511) 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Mugil curema: LBP-10004, 2, (40546, 40566), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Mugil liza: LBP-10051, 6, (40506, 40557, 40558, 40559, 40560, 40589),

23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Oligoplites palometa: LBP-10053, 2, (40504, 40522), 23°52’55,67”S e

46°10’07,20”O;

Peprilus paru: LBP-10045, 2, (40593, 40594), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Polydactylus virginicus: LBP-10060, 2 (40523,40533) 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Pomatomus saltatrix: LBP-10082, 8, (40619, 40611, 40612, 40614, 40615, 40616,

40617, 40618), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Porichthys porosissimus: LBP-10034, 1, (40587), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Prionotus punctatus (3, figura t): LBP-10084, 2, (40609, 40610), 23°52’55,67”S e

46°10’07,20”O;

Page 156: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

154

Scomberomorus brasiliensis: LBP-10035, 1, (40596), 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Selene setapinnis (1, figura f): LBP-10083, 2, (40527, 40528), 23°51’39,31”S e

46°09’13,06”O;

Selene vomer: LBP-10046, 1, (40578), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O.

Serranus flaviventris: LBP-10079, 2, (40538, 40539) 23°51’26,20”S e

46°08’13,31”O;

Sphoeroides greeleyi: LBP-10086, 1, (40541) 23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Sphoeroides testudineus: LBP-10062, 1, (40509), 23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Stellifer rastrifer: LBP-10074, 2, (40515, 40516), 23°52’55,67”S e 46°10’07,20”O;

Strongylura timucu: LBP-10057, 1, (40613), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Symphurus tessellatus: LBP-10076, 1, (40514), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Trachinotus carolinus: LBP-10067, 1, , (40564), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Trachinotus falcatus (1, figura i): LBP-10044, 4, (40553, 40554, 40555, 40583)

23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Trichiurus lepturus: LBP-10036, 2, (40521, 40598), 23°51’26,20”S e 46°08’13,31”O;

Page 157: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

155

APÊNDICE B - PARÂMETROS FÍSICO QUÍMICOS DO CANAL DE BERTIOGA

Page 158: A Ictiofauna de um Trecho do Canal de Bertioga- SP

156

Média dos parâmetros físico-químicos das localidades de coletas (superfície e fundo) e valores máximo e

mínimo registrados.

Superfície Área 1 Área 2 Área 3

pH 7,4 (6,8-8,1) 7,5 (7,0-7,9) 7,7 (7,2-7,8)

OD (%) 67,2 (45,2-92,2) 67,3 (49,4-80,2) 69,4 (57,9-79,2)

Condutividade

(mS/cm) 31,7 (24,2-42,2) 27,1 (21,9-34,8) 28,4 (23,7-32,8)

Salinidade (‰) 19,9 (14,6-27,0) 16,5 (12,4-21,9) 17,5 (13,8-20,9)

Temperatura (°C) 24,9 (22,3-27,5) 24,8 (22,1-26,4) 24,7 (22,1-26,4)

Eh (mV) 146,6 (102,3-186,5) 138,0 (123,0-174) 149,2 (93,9-200,7)

Fundo Área 1 Área 2 Área 3

pH 7,7 (7,0-8,1) 7,7 (7,4-8,0) 7,7 (7,6-8,1)

OD (%) 62,3 (45,2-75,4) 55,3 (38,2-75,0) 57,3 (38,2-70,4)

Condutividade

(mS/cm) 37,7 (29,1-45,0) 39,3 (31,5-43,9) 40,1 (30,8-47,7)

Salinidade (‰) 24,0 (17,9-29,2) 25,1 (19,5-27,9) 25,7 (19,9-30,8)

Temperatura (°C) 24,4 (21,9-26,9) 24,4 (21,47-26,41) 24,2 (21,6-26,7)

Eh (mV) 134,8 (113,1-158,4) 129,4 (111,1-159,5) 137,8 (115,8-184,4)