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A História Em Versos

A HISTÓRIA EM VERSOS

VOLUME I

HISTÓRIA ANTIGA

POESIAS

GILSON LIRA

1.988


DEDICATÓRIA A DEUS, pela graça de viver, pelo dom de escrever. Aos meus pais: João Bezerra de Lyra e Maria José À Sogra: Irene Corrêa À esposa: Martha Eliani Aos filhos: Bárbara e Diego Aos amigos: Áureo Cândido Costa, Antônio Estolano, Hugo Ribeiro, José Francisco, Ricardo Cambruzzi, Sérgio Marchett, Virgilina Ferreira e Wellinton Fagundes. Às crianças: Bianca, Aline e Amorim, filhos de Edson Amorim e Branca. Aos inesquecíveis amigos: Antônio Lourenço Neto, Cleide Vilarinho, João Alberto Aigner, José Laurindo de Souza, Lourenço Jovino Sobrinho, Manoel Gonçalves, Terezinha de Moraes e Valdemar.


PREFÁCIO A idéia desse livro veio de minhas peregrinações por várias cidades brasileiras quando fazia a cobertura dos jogos pelos campeonatos nacionais. Nesses grandes centros culturais, procurei livros que contassem em rimas a história do meu país ou de outros povos, e não encontrei. Indaguei-me: Por que não assumir essa inovação? Já que além de poeta, transmito aos meus alunos no dia a dia os fatos históricos que a disciplina exige em seu vasto programa.

Embora a gente não queira, temos que admitir que História, além de ser uma disciplina apaixonante, é também decorativa. Para um aluno, às vezes, é mais fácil decorar uma poesia do que a matéria que lhe foi transmitida. Essa obra lhe permite as duas performances.

Neste livro estão inseridos assuntos que se referem à Idade Antiga, desde a Pré-história até a queda de Roma.

Procurei destacar o fato histórico em seus aspectos político, social, econômico e cultural, bem como a contribuição de cada civilização para o mundo contemporâneo.

Espero que a minha iniciativa de levar ao campo poético os temas de sala de aula, seja o marco de novas conquistas em outras disciplinas como forma de procurar caminhos na difícil tarefa de educar.


A DIVISÃO DA HISTÓRIA

No nível dos acontecimentos, Nos mais distintos momentos,

A História da nossa vida, Ficou assim dividida.

A bem de toda verdade, O mundo inteiro se agita,

Surge a Antiguidade Na invenção da escrita.

Agora é chegada vez,

De um tempo sem igual, Quatrocentos e setenta e seis

Vem a Idade Medieval.

Constantinopla não é eterna, Os Turcos viram a mesa. Acaba a Idade Moderna Na Revolução Francesa.

Continental ou litorânea, Com tristezas e alegrias, A Idade Contemporânea Vem até os nossos dias.


A PRÉ-HISTÓRIA

Pedra lascada ou Paleolítico, Pedra polida ou Neolítico,

São idades desiguais Do período dos Metais.

Caracterizo a Pedra Lascada

No modo da sua morada. Cro-Magnon, ligeiro na perna,

Habitava tão rude caverna.

Da coleta tão dependente, Do fruto, da pesca e da caça. A união mantinha essa gente,

Nômades da mesma raça.

Ocorre na terra o degelo, A formação do deserto.

A caça diminui no desvelo, O longe se mostra mais perto.

A rede já é esticada, A fera domesticada.

A mentalidade se agita, O homem inventa a palafita.

A História Em Versos Aos poucos se modifica a vida,

Surge assim a Pedra Polida. O Neolítico é um gigante Na agricultura itinerante.

Perdoe, mas não erro, O progresso vem qual rima. O cobre, o bronze e o ferro

É a nova matéria-prima.

A natureza se fantasia Em suas formas gerais,

Desenvolve-se a metalurgia Na Idade dos Metais.

Essa face assim restrita Que se mostra tão simplória

Cede lugar à História No advento da escrita.

A História Em Versos O EGITO

A posição geográfica, Em desértica região. No nordeste da África

Nasce a pujante nação.

Os primeiros grupos humanos Surgem na fase Neolítica.

Erguem os primeiros planos, Sem nenhuma ordem política.

Diferente do que somos,

Reuniram-se todos os nomos. O Alto vence o Baixo no grito,

Menés unifica o Egito.

No deserto, em meio ao pó, Surge o primeiro Faraó.

Seguindo a sua sina, Governa por origem divina.

Camponeses, escravos e meninos,

Trabalham na forma mais dura. Quéops, Quéfren e Miquerinos,

Obra maior na arquitetura.


No fim do antigo império,

Surge problema mais sério, O monarca se fortalece,

O poder central desvanece.

Durante o Império Tebano, Surge o primeiro desengano, Os Hicsos em ação guerreira

Impõe a dominação estrangeira.

O Egito cai no realismo, Mostra sua força no pulso,

Surge o nacionalismo E o invasor é expulso.

Chega o Império novo Que expulsou o tirano. É o 2º Império Tebano,

Voltando na força do povo.

Esse Império marca o apogeu Na sua expansão militar.

Ramsés aos Hititas venceu, Tutmés conquistador exemplar.


Amenófis entra em ação, Surge nova revolução. Derruba o Politeísmo,

Implantando o Monoteísmo.

O período novo termina Com tenebrosa chacina.

Guerreiros assassinos mais frios, Assurbanipal comanda os Assírios.

O povo já meio cético, Luta através de Saís

E nas mãos de Psamético Vê libertado o país.

Em 525 a sorte é reversa, Em meio a tantas crises, Vira uma província Persa

Nas mãos do persa Cambises.

Esse povo tão artista, De religião Politeísta.

Deuses de formas animais e humanas, E às vezes atitudes profanas.

A História Em Versos Ponha na ponta do lápis

Que a lua era ìsis, Adorava-se o boi Ápis, Mas o maior era Osíris.

Em sua sociedade Não havia mobilidade. O faraó era o maioral,

O escravo na base social.

Sacerdote na religião, Aristocracia e militar.

Comerciante e artesão E o camponês para plantar.

A maior herança aqui fica, Registrada em minha caneta,

A escrita Hieroglífica, Através da Pedra Roseta.

A História Em Versos A MESOPOTÂMIA

Essa região tão forte, Divide-se em Alta ao norte,

Assíria, árida e montanhosa, No sul, Caldéia, pantanosa.

Na história de tantos impérios,

Chegaram primeiro os Sumérios. De sua origem não se tem idéia,

Mas sei que habitavam a Caldéia.

Fundaram as cidades-estados, Lagash, Uruk e Ur.

Por reis são governados, Cito entre eles Eridur.

Os Sumérios criaram a escrita Que se chamou cuneiforme.

Surge um povo de origem semita E é preciso que se informe.

Astrologia em presságios,

Anuncia os bravos Acádios. Seu maior rei é Sargão

Que domina essa região.


Babilônia, Agadê e Sipar, Unidade tão singular.

E o guerreiro por mais que lute, Cai nas mãos do povo Guti.

O renascimento Sumeriano Ocorre em grande alegria, Com Dungi seu soberano

Na terceira Dinastia.

Prossigo as minhas escritas No renascimento que morreu. Chegam agora os Amoritas Fundando o Império Caldeu.

Babilônia é a capital,

Num governo sem igual. O rei que tudo sabe

É o famoso Hamurabi.

O grande poder desse rei, Sustenta o seu código de lei. Para quem ferir seu irmão,

Prove a Pena de Talião.


Envolvido por grande mistério, Chega ao fim esse império.

O sangue se derrama no lírio, Assume o poder o Assírio.

Sargão cumpre o seu papel,

Toma o Reino de Israel. Após um século de insônia,

Cai também Babilônia.

No governo de Assurbanipal, De liderança discreta, Na sua obra principal

Constrói uma biblioteca.

Surgem lutas fraternas Que trazem a decadência.

As revoltas internas Enfraquecem a grande potência.

Nabupolassar comanda os seus,

Unindo Medos e Caldeus. Na vitória mostra-se irônico

E funda o Império Babilônico.


Com Nabucodonosor, Vem o tempo de esplendor.

Entre os feitos mais propensos, Ele cria os Jardins Suspensos.

Aos Fenícios aniquilou,

A força do bravo guerreiro. Os Hebreus subjugou,

Formando seu cativeiro.

Mas acaba a sua sorte, Chega breve a sua morte.

Como solitária menina, O grande império declina.

Assim como foi em Tiro,

Invasão das mais perversas, Babilônia entrega-se a Ciro, Rei dos soldados Persas.

Povo de boa cultura,

Sua base era a agricultura. Governo de forma resoluta

Na Monarquia absoluta.


População muito mística, Religião Politeística.

Seguiam os deuses quais rastros, Adorando todos os astros.

Tem no seu vasto currículo

A divisão do círculo. Longe da Cibernética, Criaram a Aritmética.

Num mundo de magia,

Desenvolveram a Astrologia. Observavam todas as auroras,

Dividiram também as horas.

Mostraram na arquitetura Uma visão bem futura. Com recursos parcos

Aplicaram o sistema de arcos.

Entre o Ocidente e o Oriente, Desenvolveu-se essa gente.

Com essa Civilização, Termina mais uma lição.

A História Em Versos OS HEBREUS

Falo agora dos Hebreus, O povo escolhido por Deus. Região a qual se destina,

Chamar-se também Palestina.

Fronteira com a Síria ao norte, Arábia desértica a leste.

A oeste o Mediterrâneo forte, Ao sul o Sinai que nos deste.

Contra a rudeza da região, Destaca-se o rio Jordão.

No centro, sem nenhum porto, Observa-se o Mar Morto.

Descendentes do Noé da Barca,

Surge o primeiro patriarca. Seu nome é Abraão

Que tinha uma nobre missão.

Sucedeu-lhe Isaac e Jacó, Num tempo de muito pó.

Durante o domínio dos Hicsos, Habitaram junto aos Egípcios.


Esses fatos de um tempo de fé, Retratam o escravo José. Mas esse filho de Jacó,

Acaba ministro do Faraó.

Após a expulsão dos Hicsos, Pelo nacionalismo os egípcios Oprimem todos os Hebreus,

Escravizando o povo de Deus.

O Êxodo ocorre no Egito, Moisés provando o escrito,

Foge na longa investida Em busca da Terra Prometida.

Em Sinai, no topo do Monte, Vislumbrando todo horizonte, Elevando seus pensamentos

Recebeu os Dez Mandamentos.

Embora de mente sã E conduta muito exemplar,

Pela Terra de Canaã Eles tiveram que lutar.


Os Juízes entram em ação, Gedeão o de mais fé, Depois veio Sansão

E logo a seguir Gefté.

O último foi Samuel, Onde o povo de Israel, Para evitar a demanda, Saul reúne e comanda.

Saul é o primeiro rei dos Hebreus,

Davi enfrenta os Filisteus. Usando de muitas picardias,

Derrota o gigante Golias.

Surge agora um novo dono, Salomão assume o trono.

Suas obras vão mais além, Constrói um templo em Jerusalém.

Com a morte de Salomão, Vem a luta da sucessão.

E o reino antes unido, Acaba por ser dividido.


Israel, capital em Samaria, Com dez tribos ficaria.

Judá, capital Jerusalém, De duas tribos não vai além.

Divisão por certo não dá, Nabucodonosor conquista Judá.

Os Assírios, um povo cruel, Toma na força Israel.

A economia sem outro meio, Caracterizou-se no pastoreio. A sociedade sem formalismo, Baseou-se no Paternalismo.

A maior contribuição hebraica, Na Antiguidade Politeísta, Vem da religião Judaica,

Que foi a única Monoteísta.


A FENÍCIA

Entre a montanha do Líbano E o Mar Mediterrâneo,

Vivia qual cigano Esse povo litorâneo.

O seu solo montanhoso,

Fez dele navegante. Esse povo corajoso, Acabou comerciante.

As suas cidades-estados,

Faturaram em outros condados. Um governo independente Comandava a sua gente.

Biblos, cidade discreta,

Durante o terceiro milênio Com Chipre, Egito e Creta, Manteve intenso convênio.

Sidon, evitando litígio,

Exporta jóia, vaso e perfume. Conquistando grande prestígio,

Às outras causa ciúme.


Continuando o nosso giro, Ao africano indago:

Porque a cidade de Tiro, Fundou a colônia Cartago?

A classe social dominante, Formada por empresários. Em primeiro o comerciante, Depois outros funcionários.

Existiam homens de dotes, Pescadores mais ecléticos. Nos templos os sacerdotes,

Nos lares escravos domésticos.

Para a sua comunicação Com o estrangeiro direto,

Por inteligente ação, Criaram o Alfabeto.

Eram letras bem reais, Caracteres triunfantes,

Foram vinte e dois sinais, Representando as consoantes.


Mais tarde de modo correto, Os gregos, os tais maiorais, Acrescentaram ao Alfabeto,

As novas letras vogais.

Na religião tão dualista, O bem luta contra o mal. Era um povo Politeísta, Cujo deus maior é Baal.

O ritual do culto fenício, Tinha sempre um tormento,

Para os deuses um sacrifício, Um fim de todo sangrento.

Esse povo navegador Que andou por toda parte, Foi um grande divulgador De outros povos na arte.


OS PERSAS

Surgem novos povoamentos A partir de mil e seiscentos.

O núcleo persa inicial É o Irã na Ásia Central.

A Mesopotâmia Ciro conquista, Iniciando um grande Império. Império que se perde de vista, No comando do homem sério.

Afastado de graves crises, Em busca da bela musa, O soberano Cambises

Toma o Egito em Pelusa.

Dario o império organiza, As Satrápias são criadas. A bela Susa se dinamiza, As províncias fiscalizadas.

Visando um comércio prático, Para aumentar seu tesouro,

Criou a moeda, o Dárico, Cunhada de puro ouro.


Destacando outras partes, Vamos falar das artes.

O destaque de sua cultura Foi o talento na arquitetura.

Povo amante da luz, Luz diversa do astro,

Na luta de Arimã e Ormuz, A religião de Zoroastro.

A religião do Zoroastrismo, Entre tudo que se atesta,

Chamou-se também Masdeísmo, Sua Bíblia, o Zend-Avesta.

No governo de Dario III, Alexandre, grande guerreiro,

Domina toda nação E termina assim a lição.


A CIVILIZAÇÃO CRETENSE

Depois de falar da Pérsia, Falo de um povo que viveu,

A sudeste da lendária Grécia, Na maior ilha do Egeu.

Creta é o seu nome, Civilização de renome.

História de poucos estágios, Baseada nos belos palácios.

A origem do povo cretense, É um mistério pra gente.

Sabemos que não eram semitas, Indo-europeus ou israelitas.

Não havia distinção Entre as classes sociais.

Em sua organização, As mulheres eram iguais.


Na religião não houve igual, Era politeísta matriarcal.

A grande mãe na realidade Era símbolo da fecundidade.

No destaque de sua cultura, A arte maior foi a pintura.

Inspiração aos seus pintores, Pássaros, o mar e as flores.

As obras de esculturas, Representavam miniaturas.

Quanto à arquitetura, Não teve lá desenvoltura.

Seu povo cantava hinos Em louvor ao seu rei Minos. Meio razão, meio instinto, O Minotauro no labirinto.

No período pré-palacial, Surge o trabalho artesanal.

Tem início o comércio no mar, Para o Egito eles vão navegar.


Na história agora investigo, Palácios de Cnossos e Faístos.

É o período palacial antigo Destruído por motivos não vistos.

No período palacial recente, Recupera-se o povo cretense. Pontos comerciais ressurgidos

E os palácios são reconstruídos.

Vem o período pós-palacial, E numa luta desigual, A civilização do Egeu

Perece na mão do Aqueu.

No foco de outras cenas, Falo também de Micenas.

Surgiu em base sólida, Antiga cidade de Argólida.

Suas muralhas bem uniformes, Construídas de pedras enormes.

Maravilhosa obra de gigantes, Mantinha os inimigos distantes.


Ainda no mar Egeu, Destacou-se outra jóia.

À Micenas sucedeu, A linda cidade de Tróia.

A história tem seus apegos, Nos fatos que ela encerra,

Troianos enfrentam os gregos E ficam famosos na guerra.

Não há mais nada de novo, A destacar desse povo.

Termina aqui nossa idéia Sobre a civilização Egéia.


A GRÉCIA

Situada na Europa Oriental, Entre o Mediterrâneo, Jônio e Egeu,

Num território desigual Esse povo floresceu.

Para estudo das lições, Dividimos em três regiões:

Grécia Continental e Insular, E a terceira Peninsular.

A Grécia Continental, não minto, Fica ao norte do Istmo de Corinto.

Compreende a Ática e a Etólia, Além da Tessália e a Beócia.

A Grécia Peninsular, pressinto, Ao sul do Istmo de Corinto.

Região de grande peso, Na Península do Peloponeso.


Compreende essa região litorânea, A Arcádia e a Lacônia.

Na parte peninsular mais sólida, Ficam Messênia e Argólida.

A Grécia Insular na divisão, Abrange uma grande região. Foi nessa região que viveu, A civilização do Mar Egeu.

Entre as ilhas da Egéia, Cito Creta e Eubéia.

Completa esse assunto As ilhas Jônicas no conjunto.

Três períodos de glória, Dividem sua longa história.

Não importa o fato numérico, Vem 1º o Período Homérico.

Longe do tempo judaico, O 2º período é Arcaico.

Completa esse quadro místico O grande período Helenístico.


Analisando o período primeiro, Em fontes que surgem lógicas,

Na visão de Homero, o pioneiro, E as descobertas arqueológicas.

Em suas antigas formações, Surgem as grandes invasões. Aqueus e os bravos Eólios,

Os Jônios e os povos Dórios.

Os Aqueus participaram das cenas, Quando em 2.000 fundam Micenas.

Depois em ação bem concreta Apossam-se da ilha de Creta.

Os Jônios também entram em cenas, Em mil e setecentos fundam Atenas.

Querem o que vêem ao redor, Chegam logo à Ásia Menor.

Chegam depois novas levas, Os Eólios fundam Tebas.

Os Dórios, o inimigo descarta, Fundam a cidade de Esparta.


Foi durante os tempos amenos Que se formaram os Genos.

Todos os homens muito iguais, Vivendo em clãs patriarcais.

Com força na solidariedade, Formavam grande potência. Na divisão da propriedade, Mantinham auto-suficiência.

A reunião de vários Genos, Grupos grandes e pequenos, Com todas suas garantias,

Formavam grandes Fratrias.

Assim a Tribo nasceu No comando do Basileu. A reunião das Fratrias

Com outras de novos guias.

Com os Genos arruinados, Surgem as Cidades-Estados.

De todas destaco apenas, Esparta, Tebas e Atenas.


Num espaço nem sempre indefeso, Na Lacônia, de tantas rotas, Fica Esparta no Peloponeso, Às margens do rio Eurotas.

Cidade militar e aristocrática, Conservadora e atrasada na prática.

Toda sociedade espartana, Tinha ar de provinciana.

Não conheciam a Democracia, No governo uma Diarquia. Tinham suas poucas leis,

Comandadas por dois reis.

A Gerúsia era o Senado, Com funções administrativas. Para dois reis mais o Senado,

Funções judiciárias e legislativas.

Os Éforos eram cinco membros, Com mandato de apenas um ano,

Verdadeiros chefes esses membros Mandavam no governo espartano.


Havia ainda a Assembléia Popular, Com membros de mais de 30 anos.

A esse órgão caberia funcionar, Escolhendo Gerúsia e Éforos dos espartanos.

Havia muita desigualdade No seio de sua sociedade.

Rigidez e imobilismo, Explicados no fatalismo.

O cidadão, descendentes dos Dórios, Conquistadores dos mais simplórios.

Espartanos de novos ares, A cargo dos serviços militares.

Os periecos habitavam a periferia, Mas sem direito à cidadania.

Descendentes dos antigos Aqueus, A indústria e comércio são seus.

Os Hilotas eram escravos de guerra Que vivam muito presos à terra.

Do trabalho árduo de suas mãos, Provinha o sustento dos cidadãos.


O seu sistema educativo, Era quase nada informativo.

Desde os seus tempos primeiros, Visava formar grandes guerreiros.

O aprendizado, ministrado pelo Estado, Consistia em treinamento pesado. Desde os sete aos dezoito anos,

Formavam-se os soldados espartanos.

A mulher, enquanto solteira, Treina física como guerreira.

Quando casa sua nobre missão É gerar filho, um bom cidadão.

Atenas não difere na prática, Situa-se em plena Ática. Uma diferença na tônica

É que tem sua origem Jônica.

No governo, muitas formas, Provando todas as normas. Da Monarquia à Oligarquia, Da Tirania à Democracia.


Drácon fez seu código penal, Marcado por intenso rigor. Sólon, valorizando o social, Impõe a ordem com vigor.

Sólon suprimiu a escravidão, Privilegiou o artesão.

Combateu a ociosidade E classificou a sociedade.

Clístenes criou a Democracia, Lançando a Isonomia. Sobre isso explicarei:

Todos iguais perante a lei.

Uma falha nessa prática Que se diz tão democrática.

Discriminam-se escravos guerreiros, Não têm vez os estrangeiros.

Clístenes, de grande civismo, Cria também o Ostracismo. Para evitar futuros tiranos,

Lança o exílio por dez anos.


A sociedade distinta de Atenas, Era formada por três classes apenas.

Eupátrida, com direito à crítica E ingressar na vida política.

Outra classe eram os Metecos Que viviam tal quais bonecos.

Pagavam impostos, não tinham terras, Mas lutavam em casos de guerras.

Os Georgóis, que já foram bravos, Pelas dívidas viraram escravos.

Essa classe tinha a maioria Que lutava pela sua alforria.

Atenas, a cidade-estado, Vivia um contraste danado.

Preservava a democracia da minoria, À custa da escravidão da maioria.

Esparta e Atenas, grandes cidades, Provam o sabor das rivalidades.

Explodem em lutas fratricidas Que ceifam milhares de vidas.


As duas se unem num poderio Para enfrentar o persa Dario.

As Guerras Médicas vêm à tona, Milcíades vence Dario em Maratona.

Xerxes, o persa, às duras penas, Arrasa a toda poderosa Atenas.

Nas Termópilas a vitória lhe anima, Mas amarga o revés em Salamina.

Em Platéia sofre grandes revides Do general Pausânias e Aristides. Atenienses e Espartanos unidos, Xerxes e os persas são abatidos.

Procurando fortalecer seus elos, Fundaram uma Liga em Delos.

Entre as intenções mais diversas, A primeira era combater os Persas.

As guerras Médicas têm como conseqüência, Do Império Persa a decadência.

Na Grécia, Atenas ganha a hegemonia, Tem revigoramento a Democracia.


Surge na história um novo tipo, Péricles, filho único de Xantipo.

Com grandes métodos, a supremacia, Atinge o apogeu a Democracia.

Resumiu seu governo numa frase apenas: “Que haja beleza em Atenas!”

E nas mãos de Fídias, seu amigo, A mais bela cidade do mundo antigo.

Na arquitetura destaca-se o Partenon, Na escultura, Praxísteles, Fídias e Miron. Na poesia, Píndaro, no teatro Sófocles,

Na História Heródoto, na Medicina Empédocles.

Esparta, sentindo perder seu peso, Funda sua Liga do Peloponeso.

Mégara e Tebas se aliam num instinto, Segue-lhes os passos a grande Corinto.

Um atrito entre Corinto e Corcira, Faz uma centelha explodir na ira. Durante longos vinte e sete anos, Lutam atenienses e espartanos.


Enquanto a rivalidade se espalha, Os resultados revezam a cada batalha.

A derradeira dela aqui citamos, Espartanos vencem em Egos-Potamos.

Fortalecida com a vitória, Esparta muda a face da história.

Esquece logo a Democracia, Estabelece a Aristocracia.

Pelópidas, célebre general tebano, Retira de Tebas o exército espartano.

Saindo de posições antes neutras, Afasta os espartanos em Leutras.

As batalhas se sucedem quais ondas, Em Leutras e Mantinéia vence Epaminondas.

Termina assim a era espartana, Começa aqui a hegemonia Tebana.

Para se ter uma idéia, A Grécia perde seu mundo. Na batalha de Queronéia,

Quem vence é Filipe II.


A Grécia vira um pandemônio, Começa o Império Macedônio.

Apesar de toda resistência Os gregos perdem a independência.

Deixemos de lado essa parte, Falemos dos caracteres da arte:

Simplicidade, equilíbrio e humanismo, Ordem, moderação e nacionalismo.

Riqueza maior não existia Que a sua profunda Filosofia. Aulas ao ar livre ou em coreto,

Pelo Pai da Filosofia, Tales de Mileto.

Filósofo que nada escreveu, Sócrates, quase tudo nos deu.

Grande homem, não viveu a esmo, É dele: “Conhece-te a ti mesmo”.

Outro filósofo, quase um irmão, Foi seu grande discípulo Platão. Um estudioso da vida pública,

Escreveu pra nós “A República”.


Outros gregos, bem mais práticos, Foram os célebres matemáticos. Euclides, a Geometria num tema, Pitágoras, criador do Teorema.

Arquimedes teve seu ganho, Ao tomar tão simples banho. Ao encará-lo de modo crítico,

Descobriu um princípio científico.

O grego de espírito crítico, Fez também no campo político.

Além disso, foi o grande formador Do nosso princípio educador.


A CIVILIZAÇÃO ROMANA

Fundada pelo povo latino, Bem na colina do Palatino. Italiotas na Itália Central,

Com os gregos na Meridional.

Gauleses de formação latina, Ocuparam a Gália Cisalpina. Etruscos de origem romana,

Viviam na atual Toscana.

Salvo possíveis enganos A República durou 500 anos. No começo tão Aristocrática, No final mais Democrática.

No seu complicado início, Imperava o poder patrício. Entretanto o tempo correu E chegou a vez do plebeu.


Aos patrícios um bom legado, Eles comandam o Senado.

Eram donos também da terra, Ditavam a paz e a guerra.

Ocorrendo calamidade pública, Nesta ditosa República,

Assumia como um ditador A figura de um Senador.

O Senado era o Legislativo, O Consulado o Executivo.

Um cônsul nos assuntos externos, Outro para os casos internos.

Auxiliares eram os Questores, Dos impostos são cobradores.

Já os insensíveis Pretores, Eram da ordem mantenedores.

O Pontífice, membro ardoroso, Cuidava do culto religioso.

Mas tinham também os Censores, Da população classificadores.


Existia como se diz, Aqueles chamados Edis. Entre outras atividades,

Cuidavam de todas as cidades.

Depois de grande anarquia, Foi implantada a Monarquia.

Cinco ou seis novos enganos, Pois foram sete os soberanos.

Sua autoridade não era ilimitada, Pelo Conselho Ancião fiscalizada.

Rômulo, irmão de Remo, direi, Foi em Roma o seu primeiro rei.

Sucedeu-lhe Numa Pompílio, Anco Márcio e Túlio Ostílio, Nesse tempo nenhum Júlio, Mas destaco Sérvio Túlio.

Imperador de pouco risco, Era ele Tarquínio Prisco.

O Soberbo (Tarquínio) capitulou, E a monarquia assim findou.


Sem apoio das classes plebéias, Surgem fortes as Assembléias. As primeiras foram as Curiatas,

E logo mais tarde as Centuriatas.

Surge uma grande primícia, As tribos formam a Tribunícia.

A vontade de seus reis, Acabam virando leis.

O antagonismo teve início, No choque plebeu e patrício.

Pelo peso do imposto massacrado, Surge a Revolta do Monte Sagrado.

Os plebeus ganham direitos sagrados, Logo elegem seus magistrados.

Surge em cena um pioneiro projeto, Os tribunos têm direto de veto.

Nessa era tão fatídica, Ganham também força jurídica.

A igualdade tão bendita, Na legislação bem escrita.


Reúne-se a Assembléia E vota a Lei de Canuléia.

No casamento os pares juram E as duas classes se misturam.

A Lei Licínia, na conjuntura, Para o plebeu a magistratura.

Abre também, em nome do Estado, Para o plebeu um lugar no Senado.

Afastando qualquer calúnia, Surge ainda a Lei de Ogúlnia.

O plebeu já tem colégio, Acaba o último privilégio.

Depois de muita paciência, Surge forte a Lei Hortênsia. As resoluções populares, Agora são leis regulares.

As leis fizeram homens iguais, Houve muitos avanços sociais.

A união de todos na soma, Na expansão da grande Roma.


As vitórias regulares, Nas campanhas militares. Domina a Grécia e a Itália, Também a Cisalpina Gália.

No norte a tomada brusca, Domina a Confederação Etrusca.

Mas logo acaba a inércia, Roma invade a Magna Grécia.

O expansionismo tem sua sina, Um choque violento em Messina. Roma assume um novo encargo,

Invadir a poderosa Cartago.

Num reflexo instantâneo, Já luta no Mediterrâneo. Grande vitória de Silas,

Na Batalha Naval de Milas.

A derrota vem de forma estranha, Perde pra Amílcar o sul da Espanha.

Essa derrota pela primeira vez, Faz delirar o cartaginês.


Mas essa batalha não era a única, Veio a Segunda Guerra Púnica. Derrota anterior não se soma, Porque não invadiram Roma.

Aníbal, a Cartago vai retornar, Mas Cipião tem que enfrentar.

O africano de grande fama, Vence na Batalha de Zama.

Em Roma o Senador Catão, Nega a Cartago o perdão.

No discurso a forma repetida: “Cartago deve ser destruída”.

Cento e quarenta e seis era o ano Quando Cipião Emiliano,

Atacou sem qualquer piedade E arrasou aquela cidade.

Ocorre problema mais sério, Com a grande expansão do império.

Essa expansão também trazia, Transformações na economia.

A História Em Versos Na estrutura dos povos,

Surgem agora homens novos. Entretanto a visão crítica,

Não permite o acesso à política.

As longas campanhas militares, Nem sempre foram salutares.

Os prisioneiros de guerra, Viravam escravos na terra.

No meu humilde ponto de vista, Essa situação escravista Agiu como executores,

Arruinando os agricultores.

Surge o Partido Popular, A Aristocracia perde lugar. No momento mais crítico, Assume o poder político.

Tentando mudar as normas, Lutando pelas reformas,

Surge um programa sério Liderado por Caio e Tibério.


Havia atitude contrária No falar da Reforma Agrária.

Por isso os aristocratas Assassinaram os diplomatas.

Defensor de melhor salário, Surge em cena o general Mário.

Liderando a plebe em mil, Obtém vitória na Guerra Civil.

No poder por anos e meses, Reelegeu-se por seis vezes.

Mas sabia a Aristocracia Que teria de novo o seu dia.

Na sombra, esperava na fila, A ditadura conservadora de Sila. Na nobreza um homem prático,

Partidário do Aristocrático.

A repressão foi da mais dura, Durante toda essa ditadura. O Senado teve o seu ganho,

O sangue da plebe em banho.


São sucessivas insurreições, Bem tramadas conjurações.

Espártaco comanda os bravos, Na Revolta dos Escravos.

A história muda seu passo, Na vitória de Licínio Crasso.

Manda seis mil homens revoltados, Pra via Ápia crucificados.

Continuava a Oligarquia No poder dessa anarquia. Cícero, de língua felina, Destrói a Lúcio Catilina.

Pompeu tem vitória tamanha, Ao derrotar toda Espanha. Crasso tem grande soma,

É o homem mais rico de Roma.

Pompeu, Crasso, César, união de fato, Formam os três um Triunvirato. A Espanha cabe ao primeiro,

A Gália ao 2º e o Oriente ao 3º.


O destino abre seu compasso E a morte chega pra Crasso.

Júlio César vive o seu apogeu, Mas o Senado elege a Pompeu.

Júlio César atravessa a Gália, Ganha a Batalha de Farsália. Foge para o Egito Pompeu

E é morto por Ptolomeu.

César aproveita o conflito E conquista também o Egito. Contente por seus fascínios, Ele amplia os seus domínios.

Foi covardemente assassinado, Pelo próprio filho no Senado.

Mas um levante popular Põe as coisas no lugar.

Otávio, Lépido e Marco Antônio, Assumem o grande patrimônio. Vingam o covarde assassinato

E criam o 2º Triunvirato.


Marco e Otávio no Lácio, Derrotam Brutus e Cássio.

Na ânsia de sempre vencer, Otávio tira Lépido do poder.

Na Ásia, Marco Antônio afastado, Acaba por ser destronado.

Por Cleópatra entra em conflito, É derrotado por Otávio no Egito.

Como fizera com Cássio, Vence na Batalha do Áccio.

Otávio, sem nenhum opositor, É aclamado 1º Imperador.

Agindo com muita sutileza, Une os cavaleiros à nobreza. Pão e Circo, programa justo

Que lhe vale o título de Augusto.

Após ele, outro homem sério, Assumiu o governo, Tibério.

Foi um grande administrador, Sendo, no entanto perseguidor.


Calígula foi muito mal, Tinha desequilíbrio mental.

Nomeou seu cavalo ao Senado, Acabou por ser assassinado.

Cláudio fez grande façanha, Conquista a Mauritânia e a Bretanha. Envenenado pela esposa Agripina,

A qual já amava desde menina.

Nero, ao longo dos anos, Revelou-se o maior dos tiranos.

Soberano muito exclusivista, Pensava ser um grande artista.

Imaginação ele tinha de sobra E na procura da grande obra, Incendiou sua própria cidade,

Culpando os cristãos da maldade.

Vitélio, Galba, Oton, pela ordem, Governaram em grande desordem. Vespasiano, imperador exemplar,

Impôs a disciplina militar.


Tito assumiu no outro ano, Era filho de Vespasiano.

O Vesúvio entra em erupção, Pompéia e Herculana na destruição.

Seu governo vai mais além, Destrói a sagrada Jerusalém. Esse trauma foi tão profundo

dispersaram os judeus pelo mundo.

O irmão de Tito, Domiciano, Foi talvez o mais desumano.

Tinha o prazer da morte nas mãos, Na perseguição a todos cristãos.

Tinha, porém muitos inimigos, Mas morreu pelas mãos dos amigos.

Julgava-se como uma raposa E foi traído por sua esposa.

Nerva, imperador matreiro, Notabilizou-se pelo direito. Trajano foi muito emotivo, De Nerva era filho adotivo.


Fez ponte, edifício e estrada, Sua obra foi imortalizada. Homem de fibra e de gana É pra ele a Coluna Trajana.

De tradição bem real, Adriano era general.

Embora de muita ação, Primou pela moderação.

Antônio Pio, o administrador, Foi também sábio legislador.

Embora sendo ainda muito novo Já era venerado pelo seu povo.

Marco Aurélio, imperador das artes, Filósofo do todo e das partes.

Levou a guerra ao distante Oriente, Contra os germanos e sua gente.

Seu filho Cômodo viveu pouco, Era um imperador muito louco.

Amava o crime, esse desalmado, Que acabou sendo assassinado.


Caracala, seu filho e sucessor, Foi mais um fraco imperador.

Sétimo Severo apoiou o soldado, Mas menosprezou todo Senado.

Severo Alexandre, bem intencionado, Mas seu fim foi morrer assassinado. Sofreu pressão no setor mais crítico,

Governou sem nenhum apoio político.

Ao reino voltou a anarquia, Mudava governo da noite pro dia.

Com Clau, um nome de gíria, Assumiu a Dinastia Ilíria.

Diocleciano acabou com a anarquia, Realizando o plano da Tetrarquia.

Reinam dois Césares e dois Augustos, Mas esta forma aumenta os custos.

Em 306, um espírito menino, Assume o poder Constantino.

Lança urgente o Edito de Milão, Concede liberdade ao culto Cristão.

A História Em Versos Em 391, Teodósio é o nome real,

Torna o Cristianismo oficial. Assina o Edito de Tessalônica

E acaba a questão mais crônica.

Aos seus dois filhos incentiva, No império a divisão definitiva. Para Arcádio coube o Oriente, Para Honório todo Ocidente.

Bárbaro, foi um termo pejorativo, Que era mais ou menos significativo.

Os romanos o traduziam assim, Estrangeiros que não falam o latim.

Próximo aos montes Unos, Pressionados pelos Hunos. Os bravos povos Germanos

Invadiram territórios romanos.

Os bárbaros invadem o Ocidente, Dividem tudo com sua gente.

Francos e Burgúndios na Gália, Os Ostrogodos conquistam a Itália.


Os Visigodos assumem a Espanha, Jutos e Anglo-saxões, a Bretanha.

Os Vândalos, na guerra tática, Tomam fácil o norte da África.

Rômulo Augusto cai em 476,

Odoacro, Hérulo, tem sua vez. Termina o tempo romano,

Começa o domínio germano.

Vários fatores na soma, Explicam a queda de Roma:

Civis se pegavam em guerras, Luta de classes nas terras.

Além das invasões estrangeiras, Atacando em frentes guerreiras.

As grandes crises internas E também as causas externas.

Entre todas as causas crônicas,

Situamos as econômicas. Mas todas elas em seqüência Levaram Roma à decadência.

Deixou-nos ela um legado,

Até hoje muito invejado. A justiça na legislação

E a herança da religião.

A História Em Versos BIOGR

Gilson Lustosa de Lira é

natural de Natal, Rio Grande

Escolar “Quintino Bocai

Quando a professora de Língua Portu

em Cachoeiras de Macacu, tendo atuado no

AFIA

do Norte, nascido em 7 de março de 1.948, sendo filho de João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira (ambos falecidos). Aos 2 anos de idade, seus pais mudaram-se para a cidade de Cachoeiras de Macacu no Estado do Rio de Janeiro, onde estudou o ensino fundamental no Grupo úva” e o ensino médio (técnico

em contabilidade) no Colégio Carlos Brandão(CNEC). Concluiu Estudos Sociais na UFMT, Licenciatura Plena em História e Filosofia na APEC (SP) e fez Pós graduação em História e Filosofia na UFMT.

Já desde a 6ª no ensino fundamental Lira compunha versos.

guesa passava uma redação, ele pedia para fazer uma poesia. Entretanto, somente quando começou a jogar futebol profissional, ele passou a produzir seus textos poéticos, aproveitando o tempo em que ficava nas concentrações. Assim em 1.979 lançou o seu 1º livro intitulado “Participação Literária” de Crônicas e Pensamentos. E aí não mais parou.

Outra paixão na vida do escritor foi o futebol, onde desde os 12 anos já deu os primeiros passos

A História Em Versos Cachoeirense, 11 Unidos, Ipê e Independente.

Macacu (Professor de Contabilidade Geral e Bancária), E.E. Fernando Leite

Posteriormente atuou em Bom Jardim e Nova Friburgo, de onde foi para o Fluminense e Bangu do Rio de Janeiro nas divisões de base, aspirantes e alguns jogos na equipe principal do Bangu até 1.968. A partir daí teve passagens pelo Grêmio de Maringá (PR), Náutico (PE), Galícia (BA), ABC (RN), Grêmio Anapolino(GO), Operário (MT), Comercial (MS) e União (MT). Em Mato Grosso foi onde mais atuou tendo chegado em 1.973 e jogou até 1.980 quando encerrou a carreira no União E. C. de Rondonópolis. Nesse Estado conquistou 13 títulos, sendo 7 pelo Operário (Campeão Estadual(73), Bi-campeão da Copa Cuiabá(73/74), Campeão do Centro-Oeste(74), Campeão dos Torneios Ranulpho Paes de Barros, Semana da Pátria e Agripino Bonilha(73/74); e 3 títulos no Comercial (Campeão do Torneio Incentivo(77), Torneio Marcelo Miranda(77) e Taça Campo Grande(78); e 3 títulos no União (Campeão Invicto do Torneio Incentivo 75/76/79). Marcou em Mato Grosso 285 gols, sendo 199 pelo União (é o maior artilheiro de sua história), 41 pelo Operário e 45 pelo Comercial. Foi artilheiro do Campeonato Matogrossense em 1.973/1.975 e 1.976. Recordista de gols com 23 marcados numa única temporada e até hoje não ultrapassado. Bi-artilheiro no Torneio Incentivo em 1.976/1.979.

Foi professor de História, Filosofia e Língua Portuguesa, tendo atuado no Colégio Carlos Brandão em Cachoeiras de

A História Em Versos de Ca

inado “O Microfone Artilheiro” do fu

mpos e EE Licínio Monteiro em Várzea Grande (MT), EE La Salle, 13 de Junho, EE Santo Antônio e EE Marechal Dutra, todos em Rondonópolis, MT. No Dutra trabalhou 27 anos dos quais em 11 foi Diretor. Aposentou-se com 31 anos dedicados à Educação em 1º de agosto de 2.003.

Após encerrar a carreira no futebol em 1.980, trabalhou na Rádio Juventude de Rondonópolis como comentarista esportivo e posteriormente como Narrador, sendo cognom

tebol brasileiro. Atuou também na Rádio Clube, Tropical Fm e foi Apresentador de um programa esportivo na TV Gazeta.

Atualmente Gilson Lira é coordenador do Programa Segundo Tempo Comunidade na Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer.

a história em versos -...

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