a história dos videogame

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A História dos videogame (Primeira geração)) Com a ideia de desenvolver um aparelho capaz de trazer interatividade às companhias de televisão a cabo dos Estados Unidos, Ralph Baer dedicou as suas horas vagas do dia ao desenvolvimento de um protótipo conhecido como Brown Box. A princípio a ideia não passou de mais um projeto de fundo de quintal, desenvolvido aqui e acolá. Algum tempo depois e algumas parcerias, Baer demonstrara um jogo de ping pong totalmente funcional em 1967 e a partir daí o projeto decolou. Várias demonstrações públicas seguiram-se a essa última e Baer, juntamente com Bill Rusch e Bill Harrison

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Seguido de sete gerações, esse artigo conta exatamente a trajetória dos videogame, e suas determinadas gerações do fracasso ao triunfo.

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Page 1: A história dos videogame

A História dos videogame (Primeira

geração))

Com a ideia de desenvolver um aparelho capaz de trazer interatividade às companhias

de televisão a cabo dos Estados Unidos, Ralph Baer dedicou as suas horas vagas do dia

ao desenvolvimento de um protótipo conhecido como Brown Box. A princípio a ideia

não passou de mais um projeto de fundo de quintal, desenvolvido aqui e acolá.

Algum tempo depois e algumas parcerias, Baer demonstrara um jogo de ping pong

totalmente funcional em 1967 e a partir daí o projeto decolou. Várias demonstrações

públicas seguiram-se a essa última e Baer, juntamente com Bill Rusch e Bill Harrison

Page 2: A história dos videogame

trabalharam em uma pistola e em 3 jogos (vôlei, futebol e tiro). Com fundos suficientes

para o desenvolvimento do projeto, Baer finalmente decidira apresentá-lo a empresas

como RCA, GE, Zenith, Sylvania e Magnavox.

Após um acordo fechado e cancelado com a RCA, finalmente em março de 1971 Baer e

sua equipe fecharam um contrato de licença de produção do Brown Box com a

Magnavox, da holandesa Philips.

Não demorou para que, no outono de 1972, o primeiro console doméstico de todos os

tempos fosse lançado com o nome de Magnavox Odyssey. Em pouco mais de 6 meses o

vídeo game vendeu cerca de 100 mil unidades, se tornando um grande sucesso em todo

o mundo.

Com 4 jogos de fábrica, os gamers pioneiros tinham motivos suficientes para passar

horas e mais horas em frente à televisão com os controles super ergonômicos do

Odyssey. Se achassem pouco, outros 12 jogos poderiam ser comprados em “cartuchos”,

que na realidade não eram cartuchos e sim placas de circuito que apenas alteravam a

forma como a corrente elétrica passava na placa do aparelho. A jogatina poderia se

tornar ainda mais divertida com a light gun Shooting Gallery, um dos principais

periféricos do Odyssey (pois é já existiam periféricos àquela época!) e a primeira light

gun a ser comercializada em todo o mundo.

Apesar de trazer a diversão que antes era acessível apenas aos militares e aos nerds

cientistas de grandes laboratórios e universidades, o Odyssey pecou na falta de jogos

aliada a pouca capacidade gráfica e de processamento. Para se ter uma idéia do nível do

menino, ele não era capaz sequer de calcular e exibir os scores dos jogos. Não

raramente os jogos vinham com umas tabelinhas enormes para essa atividade!

A falta de poder de processamento se refletia no tipo e qualidade dos jogos, que sequer

tinham cenários. Para corrigir tal problema, os jogos vinham acompanhados de uma

espécie de papel filme que podia ser colocado nas telas das TVs para simular algum

cenário ou para dar cores ao breu comum a todos os jogos.

Page 3: A história dos videogame

Com o tempo, o ritmo de vendas do Odyssey caiu bastante devido tanto aos problemas

do próprio aparelho, quanto de marketing e logística da Magnavox. Para se ter ideias de

como as coisas funcionavam antigamente, o vídeo game só funcionava em televisores

da Magnavox! Ou seja, a máxima de criar uma máquina de baixo custo para rodar jogos

eletrônicos adotada por Baer no começo do desenvolvimento do Brown Box foi por

água abaixo – de que adiantaria comprar um Odyssey se eu teria que comprar uma TV

da Magnavox?

Chegou um ponto na vida do Odyssey e de Baer que o lema então passou a ser “se está

ruim pode piorar um pouco”. Nolan Bushnell visitou um stand da caravana de

divulgação do Odyssey no Airport Marina Hotel, na Califórnia, e jogou o ping pong do

console. Logo na sequência, Bushnell contratou Alan Alcorn para desenhar e

desenvolver um ping pong baseado naquele que ele vira na Califórnia. Resultado: assim

surgiu PONG, uma cópia descarada do ping pong do Odyssey. Para piorar, Ralph Baer

se envolveu em inúmeros processos judiciais de infrigimento de patente de Nolan

Bushnell.

Ruindades e controvérsias a parte, o Odyssey contou com 28 jogos ao todo, 330.000

unidades vendidas e algum dinheiro aos bolsos da Magnavox e de Ralph Baer. O

console ganhou inúmeras outras versões até 1977, quando foi lançado o último

Odyssey, conhecido por Odyssey 2100.

Lista dos Odyssey’s já lançados.

Pong

Page 4: A história dos videogame

Na realidade PONG é uma cópia descarada, porém melhorada, do jogo Ping Pong que

acompanhava o Odyssey. Bushnell, que era muito bom em fazer mods nos jogos,

contratou Allan Alcorn para começar a desenvolver jogos com ele na recém fundada

Atari. Desenvolvido por Alcorn como esboço de um projeto muito maior, PONG

acabou se tornando uma febre tão grande que vendeu 19.000 arcades e ainda rendeu

grana com um contrato feito junto a Namco pra vender a novidade na terra do sol

nascente.

O jogo era muito básico: duas “tiras” em dois extremos da tela, que se moviam

verticalmente, rebatiam a bola um ponto que se movia de um lado para o outro. O

objetivo, como todo bom jogo de tênis, é fazer com que seu oponente não alcance a

bolinha – a única forma de fazê-lo errar. O diferencial aqui está, principalmente, no fato

de PONG ser capaz de fazer a contagem dos pontos sozinho – ele, ao contrário do Ping

Pong e de inúmeros outros jogos do Odyssey, possuía um sistema de memória (bem

rudimentar, é verdade) que permitia isso, e o Odyssey já não o tinha (os gamers eram

obrigados a anotar a pontuação em bloquinhos que vinham nos jogos).

Home Pong

Page 5: A história dos videogame

Depois de fazer sucesso por 3 anos nos bares, restaurantes e rodoviárias da vida, PONG

finalmente chegou às casas dos mais privilegiados da sociedade na versão Home

PONG. Por quase 1 ano Bushnell e sua equipe correram atrás de patrocínio para

financiar o desenvolvimento do protótipo. Depois de terem um protótipo pronto e ter

rodado meio mundo atrás de alguém que bancasse a produção do “brinquedo”, a Atari

finalmente conseguiu o patrocínio da gigante de departamentos, a Sears.

Logo foram encomendadas 150.000 unidades de Home PONG para serem vendidos no

Natal de 1975. Para isso, a Atari chegou a adquirir uma fábrica específica só para

produzir o novo brinquedinho. Deu certo, o jogo bombou nos lares norte-americanos e

aí começou mais uma história de sucesso, que também foi cheia de controvérsias e

problemas.

Todo o sucesso do Home PONG chamou a atenção do nosso conhecido Ralph Baer,

idealizador e desenvolvedor do Odyssey, que também criou alguns jogos, entre eles o

clonado Ping Pong. Vendo o sucesso do PONG de Bushnell e sentindo-se lesado, Baer

entrou na justiça alegando infrigimento de direitos autorais por Bushnell e pela Atari –

afinal de contas, o jogo era IGUAL ao que Baer fez e patenteou! O fato é que a Atari se

viu numa sinuca de bico (a coisa tava preta). O advogado da Atari achou que seria

melhor que houvesse um acordo fora dos tribunais e acertou com a Magnavox a

aquisição de uma licença no valor de US$700.000 sobre os direitos do jogo Ping Pong e

que a partir de então quem fizesse uns joguinhos parecidos (vulgos clones dos clones),

teriam que pagar royalties.

Passados isso, inúmeras versões de PONG foram lançadas, bem como inúmeras versões

do Odyssey contendo versões diferentes do PONG de Bushnell (que na verdade era da

Magnavox/Baer) na tentativa de alavancar o console que na realidade nunca decolou. O

interessante é que a Magnavox virou refém de uma cópia do seu próprio jogo e as

versões subsequentes do Odyssey todas tentavam imitar PONG.

A influência que um joguinho, um mísero joguinho, de 3 pontinhos que se moviam por

uma tela preta causou na indústria dos vídeos games foi tanta, que causou essa confusão

inteira. E pior, PONG era tão bom, mas tão bom, que desbancou um console inteiro

(Odyssey) quando chegou na sua versão doméstica – RAIOS era apenas um aparelhinho

que era conectado à televisão e que só dava para jogar um ÚNICO jogo, o PONG!

Bushnell e a Atari foram suficientemente astutos para dar o primeiro passo rumo à

popularização dos vídeos games e consoles doméstico. A simplicidade de PONG e sua

fácil jogabilidade em um árcade foram suficientes para popularizar o jogo que logo se

tornou “o console de um jogo só”. Ao contrário de Baer, Bushnell tinha a veia para

negócio – criou a Atari, apostou em PONG e ficou rico!

Page 6: A história dos videogame

Coleco Telstar

Série Telstar é uma série de clone do Pong lançados pela Coleco. Com esse videogame,

a Coleco liderou a primeira geração de videogames. O console fez muito sucesso por

causa de seus baixos preços (custava 50 dólares em média) e de um pouco de sorte.

Coleco Telstar foi um console básico se comparado aos seus concorrentes da época,

porém, seu chip (General Instruments AY-3-8500) era o mesmo de muitos modelos

Page 7: A história dos videogame

posteriores. Na verdade, essa simplicidade foi um grande golpe de marketing, pois

versões com o mesmo chip foram lançadas posteriormente com “grandes melhoras” (o

que fez o console vender mais).

A Coleco alcançou o primeiro lugar na venda de consoles da primeira geração graças

aos baixos preços e a uma sorte extra. Naquela época havia muitas empresas querendo

entrar para o ramo de videogames, o único problema é que havia poucos fabricantes de

chips. A principal fabricante da época era a General Instruments, que estava

sobrecarregada de serviço, porém, a Coleco se adiantou nos pedidos do seu chip foi a

única a receber todo o pedido de uma vez. Com o sobre carregamento das empresas que

produziam chips, algumas das grandes concorrentes da Coleco chegaram a receber

somente 20% da encomenda. Resultado: a Coleco liderou.

Consoles das Séries Telstar.

A

A História dos videogame (Segunda

geração))

FairChild Channel F

Lançado em agosto de 1976 pela Fairchild Semiconductor, o Fairchild Channel F foi o

primeiro videogame da segunda geração de consoles(as) de jogos, além de ser também o

primeiro realmente programável, ou seja, os jogos podiam ser vendidos separadamente

Page 8: A história dos videogame

do videogame, pois, com o novo sistema de cartuchos era possível lê-los no próprio

videogame.

O videogame se utilizava do complexo chip Fairchild F8,mais avançado que o dos

videogames lançados anteriormente (Pong e clones) que costumavam usar a mesma

tecnologia da Texas Instruments.

O Fairchild Channel F fez um grande sucesso em seu lançamento. Sucesso devido, em

parte, por sua capacidade de rodar jogos mais complexos que os de outros videogames

de sua época. Porém, sua rápida ascensão durou apenas um ano, pois seu lançamento

inspirou concorrentes, como a Atari, que criaram videogames mais potentes.

Os jogos do Fairchild Channel F tinham uma jogabilidade bastante simples, agradando

assim, o público infantil. Foram lançados, ao todo, 26 jogos para o Fairchild, todos pelo

preço de U$19,95, além dos que já vinham em seus chips (Hockey e Pong).

Spoiler

Em outubro de 1977 o Atari foi lançado nos EUA. Na verdade, o console se chamava

Atari Vídeo Computer System e com ele o conceito de videogame mudaria para sempre.

Pela primeira vez, um console poderia ter centenas de jogos, ao invés de ser uma caixa

com uma pré-seleção de um punhado de games, como os anteriores. Como o Atari

CX2600 teria os jogos em cartuchos, a variedade de games diferentes era o maior apelo

aos gamers. Seria possível criar uma indústria de produtoras de jogos para o sistema,

um novo mercado com lançamentos constantes sem que o consumidor precisasse

comprar um novo console.

Page 9: A história dos videogame

Em 1979 os árcades dispararam com Space Invaders. A Atari garantiu os direitos do

game, que tinha sido criado pela Taito Corporation e em janeiro de 1980 lançou uma

versão para o Atari 2600. Com Space Invaders o console vendeu como água. Só para se

ter uma ideia, ao final de 1979 o sistema tinha vendido 200 milhões de dólares, depois

de Space Invaders a Atari fechou 1980 com vendas superiores a 400 milhões de dólares.

Era 1/3 de todo lucro da Warner no ano.

Bally Astrocade

Lançado em agosto de 1976 pela Fairchild Semiconductor, o Fairchild Channel F foi o

primeiro videogame da segunda geração de consoles (as) de jogos, além de ser também

o primeiro realmente programável, ou seja, os jogos podiam ser vendidos

separadamente do videogame, pois, com o novo sistema de cartuchos era possível lê-los

Page 10: A história dos videogame

no próprio videogame.

O videogame se utilizava do complexo chip Fairchild F8, mais avançado que o dos

videogames lançados anteriormente (Pong e clones) que costumavam usar a mesma

tecnologia da Texas Instruments.

O Fairchild Channel F fez um grande sucesso em seu lançamento. Sucesso devido, em

parte, por sua capacidade de rodar jogos mais complexos que os de outros videogames

de sua época. Porém, sua rápida ascensão durou apenas um ano, pois seu lançamento

inspirou concorrentes, como a Atari, que criaram videogames mais potentes.

Os jogos do Fairchild Channel F tinham uma jogabilidade bastante simples, agradando

assim, o público infantil. Foram lançados, ao todo, 26 jogos para o Fairchild, todos pelo

preço de U$19,95, além dos que já vinham em seus chips (Hockey e Pong).

Spoiler

O Atari reinou absoluto, mas não esteve sozinho na segunda geração de consoles de

videogame. Um respeitável competidor na época foi o Astrocade, da Bally. A marca

lançou o console por um preço bastante salgado para a época – US$ 399,00 – embora o

sistema em muitos aspectos superasse a qualidade do Atari. Com resolução máxima de

320×204 pixels, uma memória RAM expansível até 64 Kb e até mesmo um cartucho

com interpretador BASIC, o Astrocade acabou tendo um fim breve, situado em um

limbo entre os sistemas de videogame da época e os computadores pessoais do começo

da década de 80.

Vozes digitalizadas e sons superiores a outros consoles não foram suficientes para

alavancar o sistema, que nunca conseguiu passar da quarta posição entre os mais

populares no mercado americano. Cerca de 45 jogos foram lançados ao longo da vida

útil do console, entre eles Muncher, um clone do jogo Pac Man, da rival Atari. A cara

de pau era tanta que até mesmo a música e os efeitos sonoros foram reproduzidos no

clone.

Page 11: A história dos videogame

Sega SG 1000

O SG-1000 foi um console da segunda geração de videogames lançado pela Sega em

1981 (versão de testes) e em 1983 (para o mercado). O console de 8 bits não alcançou

muito sucesso.

Ele foi o primeiro videogame da Sega e não representou nenhuma ameaça para as

grandes empresas do mercado de videogames. A entrada da Sega no mercado de games

foi bem “tímida”.

Em julho de 1984, a Sega lançou o SG-1000 II, uma reformulação do SG-1000 com

mais recursos e com um acessório (teclado) que transformava o console no computador

doméstico SC-3000. Também foi lançado um opcional chamado CardCatcher que

permitia que o console lesse jogos em cartões. O CardCatcher viria incluso no futuro

Sega Mark III.

Page 12: A história dos videogame

A História dos videogame (terceira

geração))

Nintendo Entertainment System

(Famicom)

Nintendo Entertainment System, ou simplesmente, é um videogame lançado pela

Nintendo na América do Norte, Europa, Ásia, Austrália e Brasil. Originalmente lançado

no Japão em 1983 com o nome de Nintendo Family Computer, ou apenas Famicom.

O Famicom, como ficou conhecido, era um console com processador de 8 bits e

funcionava com cartuchos. Propositalmente o design do Famicom foi feito para que ele

parecesse um brinquedo. Era claro, com duas cores (vermelho e branco) e apresentava

controles totalmente diferentes dos padrões da época. O console possuía uma porta de

expansão e muitos componentes seriam lançados para conectar a porta.

Durante o seu primeiro ano o Famicom foi criticado por alguns erros de programação o

que fez a Nintendo executar um recall de todos os consoles vendidos e parar

temporariamente a sua produção. Mais tarde, já com o problema solucionado, a

Nintendo voltou a comercializar o Famicom se tornando o console mais vendido no

Japão no final de 1984.

Page 13: A história dos videogame

O NES se tornou um sistema extremamente difundido graças a jogos da Nintendo que

lançaram franquias bem-sucedidas, como Mario, Metroid, Donkey Kong e Zelda.

O console também teve grande colaboração de terceiros, com as japonesas Capcom,

Konami e Square começando séries como Mega Man (Capcom), Castlevania e Contra

(Konami) e Final Fantasy (Square) no console. A Nintendo também tinha um contrato

de exclusividade com seus colaboradores (garantindo que as empresas só trabalhariam

no NES).

Page 14: A história dos videogame

Master System

Master System é um Vídeo game de 8-bits produzido pela SEGA.

Lançado inicialmente no Japão em 1986, ele enfrentou grandes dificuldades devido à

forte concorrência do NES da Nintendo.

A Nintendo possuía contratos de exclusividade junto às produtoras de jogos. O contrato

não permitia que elas produzissem jogos para nenhum outro aparelho, fazendo com que

o Master System dependesse somente dos lançamentos desenvolvidos pela SEGA.

O baixo sucesso no Japão não evitou que a SEGA lançasse o Master System no resto do

mundo.

Nos Estados Unidos o domínio da Nintendo também era muito grande, e logo a SEGA

vendeu os direitos de comercialização do Master System nos EUA para a Tonka,

mesmo assim a popularidade do aparelho foi diminuindo.

Na Europa a história foi diferente.

O Master System foi bem aceito e se tornou muito mais popular que o console da

Nintendo. Diversos desenvolvedores europeus produziram jogos para o Master System,

e o aparelho teve suporte da SEGA Europeia até 1996 (em contraste a SEGA

Americana, que desistiu do console já em 1992). Para se ter uma ideia, os jogos de

arcade da Sega convertidos para o Master System faziam tanto sucesso na Europa, que a

empresa Tengen lançou versões (não licenciadas) de vários desses games para o console

da Nintendo.

O sucesso do Master System se repetiu também na Austrália, um mercado que toma

como base o mercado europeu.

No Brasil repetiu-se a situação da Europa. O Master System foi produzido e vendido

pela Tec Toy a partir de setembro de 1989 e atingiu um grande sucesso. O Master

System lançado pela Tec Toy era o mesmo modelo vendido nos Estados Unidos.

Page 16: A história dos videogame

Atari 7800

Atari 7800 é um console de videogame lançado pela Atari em junho de 1986 (um teste

de mercado ocorreu dois anos antes). Foi desenvolvido para substituir o Atari 5200, que

foi um fracasso de mercado, e restabelecer a supremacia da Atari em relação à

Intellivision e Colecovision.

O console era retro compatível com o Atari 2600. O aparelho não vendeu muito bem e a

empresa se sustentava com o mercado de microcomputadores.

Porém, o que decretou o fracasso do Atari 7800, mesmo sendo superior aos

concorrentes, foi o baixíssimo acervo de jogos, uma vez que a maior parte do Software

House de sucesso da época, como: Taito, Namco, Capcom e a própria Activision,

responsável pelos maiores sucessos da Atari a época do Atari 2600, já possuíam

contrato de exclusividade com a Nintendo.

Page 17: A história dos videogame

A História dos videogame (Quarta

geração))

TurboGrafx-16

TurboGrafx-16, conhecido no Japão como PC Engine, é um console de videogame

lançado em 1987 pela NEC e Hudson Soft.

Embora o PC Engine seja considerado um videogame de 16 bits, seu CPU principal é de

8 bits e sua PPU (Picture Processing Unit – responsável pelos gráficos) é que é de 16

bits. Outro item de destaque era o formato dos cartuchos que continham os jogos:

chamados de HuCard eram praticamente do mesmo tamanho de um cartão de crédito.

O PC Engine foi também o primeiro videogame a ter um leitor de CD-ROM.

Possibilitado por um acessório era vendido separadamente, proporcionava músicas

digitais, vozes e animações de melhor qualidade.

Após o lançamento do PC-Engine no Japão e sua aceitação nesse país, são lançadas em

1988 uma versão do PC-Engine nos Estados Unidos batizada de Turbo Grafx-16.

Page 18: A história dos videogame

Apesar do TG-16 ser mais potente que seus concorrentes atuais (Master System e

Nintendo) não tiveram grande aceitação do público americano no seu lançamento.

Mega-Drive

Page 19: A história dos videogame

Mega Drive é um console de vídeo game de 16 bits da SEGA que concorria diretamente

com o Super Nintendo. Conhecido como “Genesis” nos Estados Unidos, o console fez

grande sucesso na década de 1990, perdendo espaço após o surgimento e popularização

da nova geração de consoles de 32 bits, como o Playstation da Sony.

Dentre os jogos de maior sucesso desse sistema está à série Sonic the Hedgehog, a

aventura de um veloz ouriço azul para salvar os animais de seu planeta. O jogo foi

criado com o objetivo de rivalizar com o personagem Mario, o mascote da Nintendo,

criando assim a SEGA seu próprio mascote e maior símbolo. A velocidade do jogo

tinha por objetivo mostrar as vantagens do processador do Mega Drive em relação ao

console de 16 bits da Nintendo.

No Brasil, o Mega Drive ainda é produzido pela Tectoy, com novas versões. No

exterior, de 2006 até o momento, 3 novos jogos para o console foram produzidos.

O Mega Drive, nativamente baseado em cartuchos, podia ser expandido através do

acessório Sega CD para aceitar jogos gravados em CD. Esse acessório acrescentava um

co-processador auxiliar idêntico ao do próprio Mega Drive e permitia a exibição de

vídeos.

Com o 32x, o sistema ganhava dois processadores auxiliares de 32 bits, além de ganhar

uma palheta de 32, 768 cores (em vez dos 64 do Sega CD), com novos jogos baseados

em cartucho sendo desenvolvidos para esse sistema. Poucos jogos foram produzidos

para a combinação do 32x com o Mega CD, devido à pouca popularidade desses

acessórios.

Page 20: A história dos videogame

Neo Geo

Ano de 1989, a então inexperiente produtora SNK resolve capitalizar em cima dos jogos

eletrônicos, e se aventura no mercado lançando uma poderosa placa para árcades

chamada MVS, que ineditamente, permitia a troca dos jogos através de cartuchos. Esta

placa era capaz de produzir gráficos 2D muito bonitos para a época (e até nos dias de

hoje), com até 65.000 cores simultâneas e 4 planos de “parallax” (planos de fundo com

movimentação) horizontal. Embalada com o sucesso obtido nos árcades, a empresa

anuncia o seu primeiro console, o Neo Geo. Com as mesmas especificações técnicas

que popularizaram a placa MVS, o Neo Geo sacode o mercado caseiro com seus jogos

“árcade perfect”, e preço acima da média. Em seu lançamento no Japão em 1990, o

console custava à bagatela de US$ 650, com os cartuchos de até 330 megabits de

memória começando em salgados US$ 200. Esse foi o grande erro cometido pela SNK,

que impediu a massificação do seu produto. O Neo Geo ficou conhecido como um

“console de luxo”; uma segunda opção aos abastados donos de NES, SNES e Genesis.

O Neo Geo foi um console que só deu certo no Japão, devido à grande variedade de

jogos de luta e tiro, representantes típicos dos árcades.

Em 1994, vendo que sua estratégia de marketing baseada na “diferenciação”, e os

preços altíssimos praticados nos jogos do console estavam prejudicando enormemente a

sua popularização, a SNK lançou o Neo Geo CD. Ele era nada mais nada menos do que

o próprio Neo Geo acrescido de um drive de CD ROM “single speed”, memória interna

para salvar o seu progresso (antes isso era feito por cartões de memória) e mais RAM,

que possibilitava jogos ainda mais bonitos e bem mais baratos, por volta de US$ 80.

Apesar de sua relativa popularização no Japão, a SNK não previu a mudança de

paradigma no segmento, e seus ótimos jogos 2D ficaram restritos a um nicho muito

pequeno de jogadores. O Neo Geo CD sucumbiu frente aos consoles mais poderosos da

Page 21: A história dos videogame

concorrência, como o Saturn e o Playstation, e seus impressionantes jogos poligonais

em 3D. Faltou também variedade de jogos para atingir o grande público no Japão.

Mesmo assim, os possuidores do Neo Geo são fãs de carteirinha da SNK, e o

consideram como o melhor videogame produzido em toda a história. Bem, pelo menos

graficamente, eles têm razão.

A SNK sofreu falência no ocidente em 2000, e hoje em dia, ela produz apenas jogos

para árcades e comercializa o seu portátil Neo Geo Pocket no Japão, que é apenas uma

sombra ao sucesso dos Game Boy, da Nintendo.

Page 22: A história dos videogame

Super Nintendo

Super Nintendo Entertainment System (também conhecido como Super Nintendo,

SNES e no Japão como Super Famicom), é um videogame lançado pela Nintendo em

1990 no Japão, 1991 nos EUA e 1992 na Europa. Seu código de modelo é SNS-001 e

quando foi lançado para outros países e regiões, o código recebia a adição da sigla do

país ou região.

O console utiliza uma CPU 65C816 de 16 Bits com uma frequência de 3,58, 2,68, ou

1,79 MHz, que ocasionava constantes slowdowns em vários jogos.

O sucesso de sua venda foi superior a 50 milhões de unidades por todo o mundo. O

SNES foi oficialmente descontinuado em 1999 nos Estados Unidos, e em Setembro de

2003, no Japão.

O Super NES e Super Famicom foram lançados com apenas alguns jogos, mas esses

jogos foram bem recebidos no mercado. No Japão, apenas dois jogos. Os dois jogos no

lançamento foram Super Mario World e F-Zero. O primeiro, estrelado pelo mascote

Mario, costumava acompanhar o console nas vendas e contabilizou 20 milhões de

cópias. O segundo contabilizou 2,85 milhões e deu início a mais uma série da Nintendo.

Na América do Norte, Super Mario World e outros títulos iniciais incluindo F-Zero,

Page 23: A história dos videogame

Pilotwings (ambos demonstraram a capacidade de renderização pseudo-3D do console

“Mode 7″), SimCity e Gradius

Page 25: A história dos videogame

A História dos videogame (Quinta

geração))

Sega Saturn

O Sega Saturn é um console de videogame de 32 bits lançado primeiramente pela Sega

em 22 de Novembro de 1994 no Japão.

O console foi descontinuado na Europa e Austrália em 1998, em Abril de 1999 na

América do Norte e em 4 de Dezembro de 2000 no Japão.

Tornou-se um console popular no Japão devido a seu marketing de sucesso, com o

personagem Segata Sanshiro criado especialmente para o marketing do Sega Saturn,

porém ele não conseguiu repetir o sucesso na América do Norte e Europa frente seus

concorrentes, Playstation e Nintendo 64.

De acordo com o artigo da revista americana GamePro em Julho de 2007, o Saturn

vendeu 9,5 milhões de unidades.

Ao contrário do Playstation e Nintendo 64 que usam triângulos como suas formas

básicas geométricas primitivas, o Saturn renderiza quadriláteros. Isso provou ser um

obstáculo, porque a maioria das ferramentas de design padrão da indústria foi baseada

em triângulos. Um dos desafios foi formar figuras renderizadas baseadas em

quadriláteros com formas diferentes, especialmente objetos triangulares. Isso pode ser

claramente visto em Tomb Raider, no qual as rochas triangulares não são bem

formadas, ao contrário de versões em outros sistemas de jogo, como Playstation e PC. O

Page 26: A história dos videogame

hardware do Saturn também não possui tratamento a fontes de luz (como transparência)

e descompressão de vídeo, sendo este último uma das principais desvantagens no tempo

em que jogos full-motion vídeos eram muito populares, como Mad Dog e Crime Patrol.

Mesmo assim, a popularidade de jogos como Virtua Fighter, Virtua Cop, Nights e Sega

Rally Championship ajudaram muito nas vendas do Saturn no início, sendo que outros

jogos como Riven (em versão especial da Tectoy traduzido para o português), Sonic R,

lançamentos da SNK (como The King of Fighters 96 e 97 e Samurai Shodown) e da

Capcom (Street Fighter Zero 2 e X-Men vs. Street Fighter), além dos hits Virtua Fighter

2 e Virtua Cop 2, garantiram uma sobre vida para o Saturn em relação ao resto do

mundo, sendo ainda encontrado em grandes lojas até o fim do ano de 1999.

Page 27: A história dos videogame

Playstation

PlayStation, frequentemente chamado de PlayStation 1 ou ainda PSOne, é um console

de Vídeo game fabricado pela Sony, lançado em 3 de dezembro de 1994 no Japão e em

9 de setembro de 1995 nos Estados Unidos. Desde o seu lançamento até 2006, o

PlayStation vendeu mais de 100 milhões de unidades.

No início da década de 90, a indústria de games crescia a uma velocidade nunca antes

vista. Mesmo com a geração de 16 bits tendo sido lançada no biênio 1990/1991, no fim

de 1993 as grandes potencias do mercado já discutiam quais os rumos seguir, e os jogos

com gráficos 3D eram uma tendência natural. Foi neste momento que a Nintendo

procurou a sua conterrânea Sony para iniciar o desenvolvimento de um novo console.

Não demorou muito para que os ânimos e as ideias entrassem em conflito. A Sony

apostava que o futuro da mídia física nos games seriam CDs com uma maior capacidade

Page 28: A história dos videogame

de armazenamento, além de serem mais fáceis de trabalhar. Já a Nintendo acreditava

que ainda era muito cedo para abandonar os cartuchos. Neste momento, a parceria das

empresas foi desfeita, e a Nintendo iniciou a produção do sucessor do SNES, o

Nintendo 64. Quanto à Sony, com uma tecnologia em mãos sem um comprador em

potencial, tomou a arriscada decisão de entrar na guerra dos consoles.

O Playstation, conhecido como PSX ou PSOne, chegou às lojas japonesas em dezembro

de 1994, ainda concorrendo com os consoles da geração anterior. Foi apenas um ano

depois, em setembro de 1995, que o produto finalmente chegou ao Ocidente. Os

primeiros jogos não empolgaram muito, e tinham grandes dificuldades em adaptar todo

o potencial do aparelho, mas isto não afetou suas vendas, que foram acima das

expectativas da Sony.

Com seu principal concorrente, o N64, chegando às lojas apenas em 1996, o Playstation

teve um bom tempo para conquistar os jogadores e, mesmo ainda sem saber, causou

duas revoluções no mundo dos games: o memory card e o seu controle Dual Stick.

Embora o memory card não fosse exatamente uma novidade nos games, foi à primeira

vez em que ele foi visto como algo fundamental pelos jogadores, passando a ser

vendido junto com o console na maioria dos países – algo que dificilmente aconteceu no

Brasil.

Já o Dual Stick foi uma revolução silenciosa. Mantendo seu desenho nos dois

sucessores do console, o controles lançado com o PSOne influenciou praticamente

todos os criados desde então, seja o Gamecube da Nintendo, ambas as gerações do

Xbox da Microsoft, e até mesmo portáteis como o Nintendo 3DS. Com seu formato

ergonômico, duas alavancas e quatro botões no topo são sem dúvida uma das grandes

contribuições da Sony para toda a indústria de games.

Page 29: A história dos videogame

Com jogos como Final Fantasy VII e Final Fantasy VIII, Metal Gear Solid e Tomb

Raider, o Playstation foi o vencedor de um acirrada guerra de consoles contra o

Nintendo 64, que tirou de uma vez por todas a Sega do ramo de hardwares. Em 2000 o

console passou por uma reestilização, passando a ser chamado oficialmente de PSOne,

mas os olhos do mercado já estavam voltados para o seu sucessor.

Page 30: A história dos videogame

Nintendo 64

Nintendo 64 (abreviada como N64) é o terceiro console de Videogame doméstico da

empresa japonesa Nintendo. Lançado em 23 de junho de 1996 no Japão e em 29 de

setembro nos EUA, o Nintendo 64 contava com apenas três títulos de lançamento:

Super Mario 64, Wave Race 64 e PilotWings 64. Já quando foi lançado na Europa, em 1

de março de 1997, o console contava também com o jogo Star Wars: Shadows of the

Empire. Foi o último console doméstico a utilizar cartuchos.

A promessa de entregar gráficos tridimensionais jamais vistos no anúncio da parceria

com a Silicon Graphics de fato fora cumprida. O propalado poder gráfico e a capacidade

de criar personagens, cenários e efeitos muito mais realistas do que a concorrência

causou um enorme rebuliço no mercado. Efeitos especiais ordinários nos tempos de

hoje, como o mip-mapping (borrado nas texturas) e anti-aliasing (correção dos

contornos da imagem), foram utilizados pela primeira vez em um vídeo game.

Page 31: A história dos videogame

O forte apelo popular do console também fez com que ele levasse os créditos por

algumas “novidades”. As quatro portas de entrada para os controles (anteriormente

explorado apenas pelo Bally Astrocade, em 1977) estimulavam as jogatinas coletivas,

que de fato ficavam muito mais divertidas. Já o direcional analógico do controle

(também explorado somente uma vez pelo Arcádia 2001) dava mais sensibilidade no

controle dos personagens, além de quebrar a fronteira das oito direções impostas pelo

controlador digital. E apesar do Atari Jaguar ter sido o primeiro console “64-bit”, ele

tinha vários processadores que somados davam 64, sendo o N64 o primeiro com um

único processador verdadeiramente 64-bit

Page 32: A história dos videogame

A História dos videogame (Sexta

geração))

O Sega Dreamcast foi o último console de videogames da Sega e o sucessor do Sega

Saturn. Com o objetivo de recuperar o mercado dos consoles com um sistema de sexta

geração, foi criada por forma a bater tecnologicamente o Playstation da Sony e a

Nintendo 64. Mesmo tendo sido considerada um console que se encontrava “bastante à

frente do seu tempo” (foi lançado 15 meses antes do Playstation 2 e três anos antes do

GameCube e do Xbox), ela falhou em ganhar “força” suficiente antes do lançamento do

PlayStation 2 em Março de 2000. Após o Dreamcast ter sido retirado do mercado, a

Page 33: A história dos videogame

Sega abandonou definitivamente o negócio de consoles, focando-se exclusivamente no

desenvolvimento de software para outras plataformas.

O Dreamcast vinha equipado de um modem, que permitia o acesso à Internet através de

um navegador desenvolvido especificamente para ele. Também foram lançados diversos

jogos que permitiam partidas online. No Japão ainda foram lançados diversos jogos que

possibilitavam a conexão com servidores regionais, permitindo partidas online dentro de

redes especificamente criadas para aqueles jogos. No resto do mundo, todos os jogos

online utilizavam exclusivamente a Internet. Ainda no Japão, diversos serviços online

foram criados, como vídeo conferência e o download de músicas para karaokê, e através

do navegador de internet era possível conversar via Internet utilizando um microfone

conectado ao controle do videogame.

O Dreamcast utiliza um formato especial de CD-ROM desenvolvido pela Yamaha

especialmente para a SEGA, chamado GD-ROM. Com capacidade de 1 Gigabyte, o

formato parecia ser a prova de pirataria, até que em junho de 2000 um grupo hacker

chamado Utopia disponibilizou a imagem de um CD de boot, que permitia que o

Dreamcast executasse jogos rodando em um simples CD-R. Isso era possível devido ao

Dreamcast também suportar o formato Mil-CD, permitindo que um CD-R nesse

formato fosse executado no console sem problema algum. Os Dreamcast fabricados

após outubro de 2001 não possuem mais suporte ao formato Mil-CD, mas àquela altura

milhões de unidades no mercado já haviam sido vendidas.

Page 34: A história dos videogame
Page 35: A história dos videogame

Playstation 2

Depois do sucesso estrondoso do PS1 a Sony se estabeleceu de vez no mercado de

videogames. Estava na hora de lançar um sucessor para o PS1 e continuar a guerra

contra Sega e Nintendo. A próxima geração de consoles viu a briga entre Dreamcast (o

primeiro a sair), Playstation 2 e Gamecube (o último a ser lançado). O resultado final foi

humilhante, com o PS2 engolindo os outros reis do pedaço.

Com o caminho pavimentado pelo PS1, o Playstation 2 não teve muito trabalho para

continuar a ganhar terreno. Só foi preciso reviver os mesmos jogos com gráficos

melhores. O Playstation 2 foi anunciado em março de 1999 e lançado oficialmente em

março de 2000 no Japão. Nos Estados Unidos o PS2 foi lançado em 26 de outubro de

2000.

Page 36: A história dos videogame

O mais difícil é precisar quantas unidades de PS2 já foram vendidas até hoje, pois ele

continua vendendo e bem (estamos falando de 2010, 10 anos após seu lançamento!). Os

fatores que levam o Playstation 2 a ser o videogame com vida mais longa da história são

muitos, mas talvez os principais sejam a sua enorme biblioteca de jogos, com dezenas

de títulos clássicos e o hardware que gera gráficos que ainda são atraentes. Ou seja, o

bom e velho PS2 ainda consegue divertir e muito os seus donos. Outro fator

preponderante é o preço. A relação custo-benefício do PS2 é imbatível.

Estima-se que até 2010 quase 200 milhões de PS2 já tenham vendidos. A Sony acertou

muito no planejamento do PS2. Pra começar, ela tornou o console retro compatível, ou

seja, todos os jogos de PS1 poderiam ser jogados no PS2 (o Memory Cards do PS1

também era aceitos). A mídia que a Sony escolheu foi o DVD, mas um acerto

incontestável. Isso permitiu a sobrevivência do PS2 por mais de 10 anos, pois até hoje

jogos são lançados para o console.

A Sony percebeu como o PS1 estava mudando a indústria, atraindo cada vez mais

jogadores adultos. Com o PS2, a estratégia de marketing foi ainda mais agressiva e a

Sony começou a vender seu novo console como uma central de entretenimento. Além

de rodar jogos, o usuário poderia assistir a filmes em DVD e escutar música em CD. De

repente o consumidor não tinha mais escolha, simplesmente precisava comprar um PS2.

Afinal, era um videogame, cd player e DVD player em uma só caixa. Acredite, em 2000

isso era demais.

Mas de nada adiantaria toda essa estratégia se os jogos não correspondessem à altura. E

eles não apenas corresponderam, como criaram limites difíceis de serem batidos. De

cabeça, sem consultar nenhuma lista, podemos citar inúmeros jogos que se tornaram

campeões de crítica e vendas, verdadeiros clássicos. Winning Eleven (hoje Pro

Evolution Soccer), Gran Turismo 2 e 4, God of War 1 e 2, Ico e Shadow of The

Page 37: A história dos videogame

Colossus, Okami, Metal Gear Solid 2 e 3, Black, Resident Evil 4, Silent Hill 2, 3 e 4,

Devil May Cry 1, 2 e 3, Guitar Hero (todas as versões mais Rock Band), vários da

franquia Mortal Kombat, Tekken e a cereja do bolo, Grand Theft Auto.

GTA como é conhecido e jogado hoje praticamente nasceu no PS2. A série era 2D, com

uma engine arcaica e visão aérea da ação. Não tinha nada demais no jogo além de um

pouco de polêmica, já que se roubavam carros e fugia da polícia. Mas no Playstation 2 a

Rockstar transformou o game em 3D e inventou o conceito de sandbox, ou seja, um

mundo aberto onde o jogador pode brincar à vontade, fazendo o que bem entender. Só

esse jogo sozinho já colocaria o PS2 no hall da fama dos videogames, mas a lista é

longa. Depois de GTA 3, foram lançadas 2 versões de igual qualidade e sucesso, GTA;

Vice City e GTA: San Andreas (esse até hoje é jogado por milhões).

Page 38: A história dos videogame

Nintendo GameCube

Em 14 de setembro de 2001, o Game Cube chegou às prateleiras nipônicas. Três jogos

foram oferecidos ao público: Luigi’s Mansion, Wave Race: Blue Storm e Super

Page 39: A história dos videogame

Monkey Ball e o console vendeu cerca de 300 mil unidades. Dois meses depois, sob o

slogan “Who Are You”, o vídeo game chegava a solo norte-americano e tentava atingir

o público que outrora lhe pertencera no Nintendo e Super Nintendo, levando-os a

refletir sobre a ideia “você é aquilo o que joga”.

As expectativas eram boas. Tinha-se uma biblioteca vasta e atraente de jogos no

lançamento, totalizando 12 (sendo somente 2 deles da Nintendo), as campanhas de

marketing eram boas e, o principal, a empresa havia reconquistado o apoio das third-

parties. Se levarmos em consideração que no lançamento do N64 nos EUA o console

tinha somente 2 jogos disponíveis, ambos da Nintendo, ficam claro que os esforços da

Big N estavam dando retorno. O futuro era promissor. Era à hora da virada.

O abandono dos cartuchos e a adoção do MiniDVD eram mais um fator promissor ao

sucesso do Cubo, como ficou conhecido. Com ele, o desenvolvimento de jogos se

tornava mais rentável e mais fácil. Se antes as desenvolvedoras levavam meses para

entregar um jogo para a Nintendo 64 e tinham que esperar semanas até que eles fossem

“transplantados” para um cartucho (e só a Nintendo poderia fazer esse processo, para

“garantir a qualidade”), com a nova mídia as coisas ficaram mais fáceis. Agora era

necessária apenas a aprovação da Nintendo quanto ao conteúdo do jogo – a produção da

mídia poderia ser feita por elas e custava muito menos tempo, agilizando o ciclo de

produção e logística de distribuição.

Page 40: A história dos videogame
Page 41: A história dos videogame

XBOX

O Xbox é um console de videogame fabricado pela Microsoft. Foi lançado em 15 de

novembro de 2001 na América do Norte, representando a primeira investida da empresa

no mercado de jogos em consoles. Como parte da sexta geração, [3] o Xbox competiu

com o Playstation 2 da Sony, com o Dreamcast da Sega (que encerrou suas vendas antes

do início da comercialização do Xbox) e com o GameCube da Nintendo. Foi o primeiro

console de uma empresa norte-americana desde a retirada do Atari Jaguar em 1996.

A rede integrada Xbox Live, iniciada em 15 novembro de 2002, [5] permitia que os

jogadores interagissem através da Internet, como em partidas on-line, desde que

houvesse acesso a uma conexão de banda larga. [6] Mesmo cobrando pela assinatura,

esse recurso auxiliou na popularidade do Xbox, principalmente devido à

descentralização da rede on-line do PlayStation 2. O jogo mais vendido do console da

Microsoft foi Halo 2, lançado em novembro de 2004, cujos recursos on-line também

foram um sucesso. O console vendeu cerca de 24 milhões de unidades.

Page 42: A história dos videogame

Alguns dos planos da Microsoft foram bem sucedidos. Na preparação para o início das

vendas, a Microsoft adquiriu a Bungie e utilizou Halo: Combat Evolved como seu título

de lançamento. Naquele período, GoldenEye 007 havia sido um dos poucos jogos de

tiro em primeira pessoa (FPS) de sucesso em consoles, numa lista que incluía, ainda,

Perfect Dark e Medal of Honor. Halo: Combat Evolved foi uma investida de sucesso

para ajudar nas vendas do Xbox. Em 2002, a Microsoft chegou ao segundo lugar em

vendas de consoles na América do Norte.

Page 43: A história dos videogame

A História dos videogame (Sétima

geração))

Xbox 360

O Xbox 360 é um console de jogos da sétima geração de consoles de videogames

produzido pela Microsoft e lançado em 22 de Novembro de 2005 nos Estados Unidos,

em 2 de Dezembro de 2005 na Europa e em 10 de Dezembro de 2005 foi lançado no

Japão.

O Xbox 360 foi lançado em 2005, no dia 22 de novembro nos Estados Unidos e dias 2 e

10 de dezembro na Europa e Japão, respectivamente. Suas vendas foram muito bem nos

seus primeiros meses, devido à pouca concorrência no mercado (o Playstation 3 e o Wii

seriam lançados somente no ano seguinte) sendo os principais consoles no mercado na

época eram o Playstation 2 e Gamecube. Alguns dos principais títulos de lançamento

foram Call Of Duty 2, Perfect Dark Zero e Project Ghotam Racing 3.

Page 44: A história dos videogame

No seu início, o console não possuía muitos jogos de peso e ainda sofreram com um

famoso defeito técnico, as temíveis “três luzes vermelhas” (3 red lights, ou 3rl). Devido

ao superaquecimento do seu chipset, a GPU queimava e o “Anel Vermelho da Morte”

aparecia no botão “liga/desliga”, indicando a falha. O problema afetou uma média de

73% dos consoles. Para resolvê-lo, a Microsoft fez um recall dos Xbox 360 nas

prateleiras e mudou o chipset utilizado no seu hardware, além de oferecer até três anos

de garantia por defeitos de hardware no seu console.

Page 45: A história dos videogame

No dia 7 de Novembro de 2006, depois quase um no mercado, a Epic lançou o primeiro

grande jogo exclusivo (apenas até 2007, quando foi lançada a versão para Windows)

para o console: Gears Of War. Aclamado pela crítica (foi vencedor do prêmio Game Of

The Year de 2006) e pelos jogadores, o third-person shooter rapidamente se tornou o

game mais jogado online na Xbox Live. Famoso pelas cenas fortes de violência, o

jogador acompanha Marcus Fenix, um capitão do exército da COG (Coalition of

Ordered Governments) durante a guerra contra a raça Locust, que surgiu do solo do

planeta e quer exterminar a raça humana.

Se pouca coisa aconteceu em 2008, os dois anos seguintes foram de novidades. Em

2009 Modern Warfare 2 foi lançado para Xbox 360, PS3 e PC, sendo um dos jogos

mais vendidos para o console da Microsoft até então, fora a revelação do “Projeto

Natal”, o que mais tarde em 2010 seria o Kinect. Uma das maiores apostas da empresa

para o mercado de jogos, o Kinect revolucionou o modo de jogar. Você é o controle, a

câmera captura os seus movimentos que servem como os comandos para poder interagir

e controlar o seu Xbox 360.

Page 46: A história dos videogame

A aposta deu certa, atraindo os públicos infantis e casuais. Muitos jogos foram

lançados, mas poucos fizeram sucesso, como as franquias Dance Central e Kinect

Sports. No entanto, o ambiente precisa ser grande para o jogador poder jogar e não pode

haver muita luz fazendo contato direto com a câmera para que não haja interferência nos

sensores do aparelho. Os seus jogos deixam a desejar em relação ao desempenho, uma

vez que o Kinect ainda foi lançado há pouco tempo e vem sendo aperfeiçoado para,

quem sabe, termos uma nova versão para o novo console da Microsoft.

Page 47: A história dos videogame

Playstation 3

O Playstation 3 (oficialmente abreviado como PS3) é o terceiro console de videogame

produzido pela Sony Computer Entertainment e o sucessor do Playstation 2 como parte

da série Playstation. O Playstation 3 compete contra o Xbox 360, o Nintendo Wii e o

sucessor deste, Wii U (apesar de pertencer a uma geração superior ao console) como

parte da sétima geração de consoles de videogame.

O principal recurso que distingue o Playstation 3 de seus predecessores é o seu serviço

unificado de jogo online, o Playstation Network, que contraria a política oficial da Sony

de depender dos desenvolvedores de jogos para conseguir tal experiência. Outros

recursos do console incluem suas robustas capacidades multimídia, sua conectividade

com o Playstation Portable, Playstation Vita e a utilização de formato de disco óptico de

alta-definição, Blu-ray Disc, como seu meio de armazenamento primário. O Playstation

3 também foi o primeiro reprodutor no mercado de Blu-ray compatível com a

especificação 2.0.

Page 48: A história dos videogame

O PS3 é capaz de produzir vídeo HD em resoluções até 1080p (1920 por 1080

progressivos). O PS3 é o único console com um drive ótico de “alta definição” interno

— ambos os modelos vem com um drive Blu-ray que roda em velocidade de 2x.

Um dos grandes atrativos do console da Sony, são os jogos exclusivos que, com certeza,

influenciou e ainda influencia na venda do console. Grandes nomes como God Of War,

Gran Turismo, Heavy Rain e vários outros.

Page 49: A história dos videogame

Wii

O Wii é um console de videogame doméstico produzido pela Nintendo. É um

videogame da sétima geração e o quinto console da Nintendo, sucessor do Nintendo

GameCube, que foi lançado em 2001 no mercado americano e japonês. Seus principais

concorrentes são o Xbox 360, da Microsoft, e o Playstation 3, da Sony. De acordo com

o jornal Financial Times, o Wii era o líder de vendas de sua geração em 12 de setembro

de 2007, com base nos dados de vendas das empresas Enterbrain, NPD Group e GfK.

Page 50: A história dos videogame

O Nintendo Wii também representa um marco para a Nintendo. Lançado no final de

2006, o console é o sucessor do GameCube, sendo inclusive capaz de rodar jogos deste.

O que faz deste videogame tão marcante é seu joystick revolucionário: o Wii Remote

(também conhecido como Wiimote). Em formato de controle remoto, este joystick não

tem fio e sua jogabilidade está nos movimentos do usuário, isto é, o jogador precisa

mexer o braço para jogar, simulando os gestos de uma luta de espadas ou de uma

disputa de tênis, por exemplo. O Wiimote também é capaz de vibrar, conta uma saída de

áudio (gerando o som de um choque de espadas, por exemplo) e pode receber acessórios

extras.

O Wii roda jogos por meio de um tipo de DVD, mas também é capaz de executar games

dos seus antecessores a partir de um serviço on-line onde o jogador pode baixá-los. O

videogame conta com 512 MB de memória interna, sendo que esta capacidade pode ser

expandida por meio de cartões SD. Por levar a sério o fator diversão, o Nintendo Wii foi

muito bem recebido, até mesmo por pessoas não habituadas aos jogos eletrônicos,

motivo pelo qual tem um histórico de vendas tão bom quanto o NES e o SNES, por

exemplo.

Em agosto de 2011, a Nintendo começou a vender uma versão do Wii com dimensões

reduzidas, no entanto, não houve mudanças no hardware do equipamento. Em dezembro

de 2012, praticamente no ciclo final de vida do console, a Nintendo lançou no Canadá

uma versão denominada Wii Mini que se caracteriza por ser ainda mais compacta, mas

incapaz de acessar recursos na internet.

Page 51: A história dos videogame

Este artigo foi reproduzido do site Dw Dicas na qual todos os direitos está direcionados

para o usuário Gustb do site Cp Turbo.org na humildemente disponibilizou a matéria.

Todos os direitos deste artigo pertencem ao Gustb.

Fontes:

http://www.nintendoblast.com.br/2010/01/historia-dos-video-games-3-o-

magnavox.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Odyssey_100

http://jogos.uol.com.br/reportagens/historia

http://jogosdeatari.com.br/a-historia-do-atari

http://jogosdeatari.com.br/a-historia-do-atari

http://www.pstart.com.br/wordpress/2012/11/26/as-cores-e-sons-do-bally-astrocade/

http://pt.goldenmap.com/SG-1000

http://www.i16games.com/historia_neogeo.htm

http://www.nintendoblast.com.br/2011/04/historia-dos-video-games-23-o-nintendo.html

http://www.infowester.com/nintendo.php