a história do queijo flamengo
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AGRUPAME AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ROMEU CORREIA - E.B 2/3 de ALEMBRANÇA
A história do queijo flamengo
Se acharem esta história mais disparatada e patusca do que as outras, não é
culpa minha. Ela passou-se num sítio onde as histórias patuscas parecem histórias
muito certinhas. Lá, nesse sítio, as nossas histórias muito certinhas também parecem
patuscas... Acontece.
Mas vamos à história, que se faz tarde.
Era uma vez um queijo flamengo, redondo e vermelhinho, ainda por encetar.
Estava pendurado numa árvore, porque, nas histórias patuscas, os queijos nascem e
crescem nas árvores. Era um queijo muito maduro, quase a cair, de maduro que
estava. E caiu.
Caiu, mas não se espalmou, porque tinha a casca dura. Caiu e pôs-se a rebolar
pela encosta abaixo. Assim foi ter a uma estrada alcatroada, com óptimo piso para
queijos flamengos.
Rebolando sempre, passou por uma leitaria, onde estavam alinhados, na montra,
muitos queijos da serra. O dono da leitaria viu o queijo flamengo em liberdade, saltou
do balcão e desatou a correr e a gritar:
— Agarra, agarra, que o queijo é meu.
Por azar, escorregou numa casca, talvez de queijo, e estatelou-se no chão.
Puseram-se a rir os queijos da serra da montra e de tanto se rirem até se babaram
todos. Ainda eram queijos frescos.
Lá mais adiante ia um regimento a passar. Reluziam as cornetas, as espadas e os
botões. Nunca falta Sol, nestas ocasiões.
Veio o queijo flamengo, saltitando o saltarico, e a marcha foi ao chão, como se lhe
desse um fanico.
— Estamos a ser atacados! Atirem sobre ele! — gritavam os oficiais.Mas já não atiraram a tempo. O queijo flamengo tinha escorregado por uma
ladeira, enfiado numa escada e, ploc, ploc, ploc, descia os degraus aos saltos, o que é
sempre perigoso. Nunca desçam as escadas aos saltos, sobretudo se ainda não
Professora Lúcia Couto
Ficha de Avaliação de conhecimento explícito – 6ºJ
Nome: _______________________________________
Nº : ___ Ano : ___ Turma:____ Data: ___/____/____
Nome: ____________________________________________
Nº : _______ Ano : _____ Turma:____ Data: ___/____/____
Professora: Lúcia Couto_
Classificação:_______
E. E.______________
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tiverem a casca suficientemente dura.
Os degraus, por sinal, eram os da bancada de um campo de futebol, onde o
público gritou GOOLO! quando viu o queijo saltar para dentro da baliza.
O guarda-redes é que ficou danado, por ter consentido naquele "frango", que,
afinal, até era um queijo. E vai daí, deu-lhe um enorme pontapé, que o atirou para as
nuvens, precisamente na altura em que o público voltava a gritar GOOLO!, porque
desta vez, a verdadeira bola de futebol do desafio entrara na baliza, à guarda do
guarda-redes, distraído com a bola que não era...
Parece tudo um bocado confuso, mas acho que se percebe.
Quem não percebeu foi o piloto dum avião supersónico, daqueles que escrevem
gatafunhos no céu, que ninguém consegue ler. Quando viu um queijo flamengo quase
a roçar-lhe uma asa, o piloto desenhou uma quantidade de pontos de interrogação,
no ar: Será um satélite? Terei subido demais? Ou bebido? Será mesmo um queijo? Ou
uma miragem? Ou uma miragem-queijo? Sendo assim, porque é que não é uma
miragem-pão com queijo?
Pelo sim pelo não, decidiu regressar à base, desconfiado de que o mal dele era fome.
Se o queijo se não tivesse, entretanto, lembrado da lei da gravidade, a estas horas
os astrónomos, que apontam os seus telescópios para os astros, estavam a
descobrir um novo planeta. Um planeta-queijo, por que não?
Por que não ou por que sim, o queijo flamengo caiu.
Caiu num jardim, onde um famoso ponta-de-lança, tão famoso que eu nem preciso
dizer o nome (até porque não me lembro...), onde o tal futebolista jogava à bola com o
filho.
O futebolista, supondo que o queijo era a bola, deu-lhe um chuto valente. À
conta deste novo impulso, o queijo executou um grande arco no ar e foi ter...
adivinhem onde?
Foi ter à árvore dos queijos flamengos, donde tinha partido, quando esta história
começou.
É natural que se tenha desprendido de novo, mas, por hoje, já chega. Tivesse voto
na matéria, e o amolgado queijo flamengo também diria o mesmo.
António Torrado www . h istori ad o d i a .pt
1. “Ela passou-se num sítio onde as histórias patuscas parecem histórias muito certinhas..”
1.1 Tendo em conta o contexto da frase transcrita em 1., indica um antónimo
de «certinhas».
Antónimo
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1.2. «certinhas» é, quanto à sua formação, uma palavra derivada.
Transcreve o sufixo e indica o seu significado.
Sufixo _________________________________________________________
Significado
2. “Lá, nesse sítio, as nossas histórias muito certinhas também parecem patuscas...”
2.1 Indica o tempo e o modo em que, na frase transcrita em 2., se apresenta
conjugado o verbo parecer.
Tempo
Modo
3. “Mas vamos à história, que se faz tarde.”
3.1. Relê a frase transcrita em 3. e classifica-a quanto ao tipo e quanto à forma.
Tipo ____________________________________________________________
Forma
3. Preenche os espaços em branco com palavras retiradas da caixa, de modo a
completares um pequeno texto, de acordo com a narrativa. Não poderás repetir
nenhuma das palavras utilizadas.
O queijo flamengo ____________ rebolava conseguiu passar por uma leiteira, mas
_________ como não tinha travões não conseguiu parar. ____________ o quando
declive da rua ajudou-o a abrandar antes de se esborrachar contra uma árvore,
porque
que lhe surgira no caminho.
Porém
e
5. “Por azar, escorregou numa casca, talvez de queijo, e estatelou-se no chão.
Puseram-se a rir os queijos da serra da montra e de tanto se rirem até se babaram
todos. Ainda eram queijos frescos.”
Transcreve para o quadro todas as palavras que, na frase acima, são nomes, adjectivos, advérbios, pronomes ou verbos.
Nomes Adjectivos Advérbios
Pronomes
Verbos
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6. Escreve cinco palavras da família de campo, formadas por derivação.
campo
7. Escreve, por ordem alfabética, os seguintes nomes:
histórias / tarde / queijo / balcão / degraus / bancada / bola / baliza
8. Completa as frases, escrevendo os verbos destacados nos tempos do Modo Indicativo apresentados entre parênteses.
O queijo flamengo (estar – Pretérito Imperfeito) pendurado numa árvore muito alta.Durante anos, este (ansiar – Pretérito Perfeito) sair daquele lugar. O queijo (ter – Pretérito Imperfeito) grandes ambições.Certo dia (acontecer– Pretérito Perfeito) que passou uma forte rajada de vento por aqueles lados, que desprendeu o queijo.
9. Observa que, no texto a seguir, há adjectivos em diferentes graus.
Escreve o algarismo à frente do grau correspondente a cada um desses
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adjectivos.
O queijo desprendeu-se da árvore quando já estava muito maduro (1). No
cimo da árvore ficaram outros queijos, mas aquele era o mais maduro (2)
de todos e o menos cuidadoso (3). Ao cair a casca estalou ligeiramente,
provocando-lhe uma dor aguda, mas ele não se importou, felicíssimo (4)
com a sua nova (5) vida, despediu-se dos outros e seguiu caminho pela
encosta abaixo.
normal
comparativo de inferioridade
comparativo de igualdade
comparativo de superioridade
superlativo relativo de inferioridade
superlativo relativo de superioridade
superlativo absoluto sintético
superlativo absoluto analítico
10. Completa o quadro, escrevendo as formas correspondentes aos diferentes graus dos nomes nele indicados.
Grau diminutivo
Grau normal Grau aumentativo
queijo
cascão
golinho
11. Identifica, colocando um X na coluna respectiva, a classe e a
subclasse das palavras retiradas da frase seguinte e apresentadas a
negrito, no quadro.
Eu não passo um dia sem comer um queijo flamengo, embora já tenha provado
outros, nenhum se compara a este queijo. A sua textura e o seu sabor, nem
muito salgado nem muito insosso, confere-lhe um sabor único.
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eu outros nenhum
este sua
DETERMINANTES
demonstrativospossessivos
indefinidos
PRONOMES
pessoais
demonstrativospossessivos
indefinidos
12. O que está escrito no quadro abaixo pode ser bem divertido se tiver a
devida pontuação.
Menino Luís conjugue o verbo andar no Presente do Indicativo
Eu ando tu andas ele anda
Mais depressa Luís
Eu corro tu corres
Tiago Salgueiro, Anedotas da Escola, Gailivro, 2008 (texto com supressões)
12. 1 Reescreve tudo, acrescentando a pontuação em falta.
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