a heranca que recebemos dos africanos

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GABRIEL FONSECA GONÇALVES JOÃO PEDRO LOCALI MOTT Oapec - 4 ANO HERANÇAS DA CULTURA AFRICANA

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GABRIEL FONSECA GONÇALVESJOÃO PEDRO LOCALI MOTTOapec - 4 ANO

HERANÇAS DA CULTURA AFRICANA

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A herança que recebemos dos africanos

Dentre os negros que vieram escravizados para o Brasil, grande parte eram provenientes dos sudaneses e bantos. Os sudaneses eram os iorubas, os gêges, os minas e os fanti; os bantos eram os angolas, os benguelas, os congos e os moçambiques.Os sudaneses foram levados para a Bahia, e os bantos para o Rio de Janeiro, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Pará e Amazonas. Os africanos trazidos para o Brasil possuíam uma religião politeísta que logo impregnou-se de cristianismo.

A mistura de devoção gerou o sincretismo religioso, quando uma imagem de santos católicos representava os santos africanos. Africanos de origem islâmica como os fulas e os mandes também foram trazidos para o Brasil e apresentavam uma religiosidade em Alá e Mariama.

A língua portuguesa falada no Brasil recebeu fortes influências africanas, termos como batuque, moleque, benze, macumba. catinga, e muitos outros passaram a ser usados no país.

No folclore são de origem africana as danças de cateretê, jongo e o samba; e instrumentos musicais como o atabaque, 

Música e DançaA música brasileira não seria nada do que é hoje não fosse a cultura afro-brasileira, que através de milhares de anos, conseguiu influenciar e modificar a música popular, influenciando também nas danças e criando ritmos como :

O Samba

O samba nasceu nas casas de baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, em 1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20. Grande tronco da MPB, o samba gerou derivados, como o samba-canção, o samba-de-breque, o samba-enredo

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e, inclusive, a bossa nova. E hoje em dia é um dos rítimos mais conhecidos entre os brasileiros.

O Maracatu

No Recife a denominação maracatu servia para denominar um ajuntamento de negros. Os cortejos das nações em homenagem aos Reis do Congo passaram a acontecer no carnaval, e eram chamados de maracatus quando era dada uma conotação pejorativa. Tinha no passado uma característica altamente religiosa, dançavam-se mais em festas religiosas ,diante das igrejas,e algumas vezes em festas cívicas.

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Afoxé

É de Origem Africana ,apresenta no seu contexto elementos ligados a religiosidade dos africanos aqui no Brasil que para estes adeptos principalmente do Candomblé Jeje-Nagôs é quase que uma obrigação levar o axé (energia positiva) aos festejos que participam.Os antigos Afoxés ao se prepararem para desfilar sobretudo no Carnaval ,primeiramente eram preparados espiritualmente seguindo os Rituais do Candomblé nos Terreiros,com oferendas aos Orixás,pois eram adeptos ou muito ligados a esta Religião,atualmente isto não acontece pois muitas pessoas que brincam nos Afoxés não têm vínculos com o Candomblé,pois a liderança que organizavam tal desfile em muitos locais não mais pertencem ao líder religioso (Pai de Santo = Babalaorixa,ou a Mãe de Santo = Yalorixa.O Afoxé desfila separado de qualquer outra manifestação,pois apenas podem participar quem esta no grupo que na sua grande maioria são homens ,as roupas são iguais a todos,na maioria das vezes utiliza-se um adereços como Contas dos Orixás(conjunto de miçangas que unidas formam um tipo de colar que é preparado com ervas e outros produtos para poder ser utilizado pelo filho do Orixá como sinal de respeito e proteção,cada Orixá é representado por uma cor ou conjunto de cores nas contes),más muitas vezes as contas utilizadas no Afoxé não apresentam nenhum preparo espiritual,Turbante na cabeça,uma Bata (espécie de Camisa de origem africana) ,Calça todos da cor branca que simboliza a paz o Orixá Oxalá.

Os Cantos e a dança executados durante o desfile estão também ligados ao Candomblé , o canto é em língua Nagô,os instrumentos musicais mais utilizados são os 3 atabaques( ru,rumpi,le),agogô ou gam,xerê.

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Capoeira

A capoeira é uma expressão cultural Afro-brasileira que mistura luta, dança, cultura popular e música. Desenvolvida no Brasil por escravos africanos e seus descendentes, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos, elementos ginástico-acrobáticos, e golpes desferidos com bastões e facões, estes últimos provenientes do Maculelê. Uma característica que a distingue da maioria das outras artes marciais é o fato de ser acompanhada por música.A palavra capoeira é originário do Tupi e refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obtivesse o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.

Durante o século XVI, Portugal enviou escravos para o Brasil, provenientes da África Ocidental. O Brasil foi o maior receptor da migração de escravos, com 42% de todos os escravos enviados através do Oceano Atlântico. Os seguintes povos foram os que mais frequentemente eram vendidos no Brasil: grupo sudanês, composto principalmente pelos povos Iorubá e Daomé, o grupo guineo-sudanês dos povos Malesi e Hausa, e o grupo banto (incluindo os kongos, os Kimbundos e os Kasanjes) de Angola,Congo e Moçambique.Os negros trouxeram consigo para o América|Novo Mundo as suas tradições culturais e religião. A homogeneização dos povos africanos e seus descendentes no Brasil sob a opressão da escravatura foi o catalisador da capoeira. A capoeira foi desenvolvida pelos escravos do Brasil, como forma de elevar o seu moral, transmitir a sua cultura e principalmente como forma de resistir aos seus escravizadores, geralmente era praticada nas capoeiras, e a noite nas senzalas onde os escravos ficavam acorrentados pelos braços, o que explica o fato de a maioria dos golpes serem desferidos com os pés, foi também muito praticada nos quilombos, onde os escravos fugitivos tinham liberdade para expressar sua cultura. Há relatos de historiadores de que Zumbi dos Palmares e seus quilombolas comandados, só conseguiram defender o Quilombo dos Palmares dos ataques das tropas coloniais, porque eram

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exímios capoeiristas, mesmo possuindo material bélico muito aquém dos utilizados pelas tropas coloniais e geralmente combatendo em menor número, resistiram a pelo menos vinte e quatro ataques de grupos com até três mil integrantes, comandados por capitães-do-mato, e foram necessários dezoito grandes ataques de tropas militares ao Quilombo dos Palmares para derrotar os quilombolas, soldados de Portugal relatavam ser necessários mais de um dragão (militar) para capturar um quilombola, porque se defendiam com estranha técnica de ginga, pernas, cabeça e braços, muitos comandantes de tropa portugueses e até um governador-geral, consideraram ser mais difícil derrotar os quilombolas do que os holandeses. Há registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro, e Recife, porém durante anos a capoeira foi considerada subversiva, sua prática era proibida e duramente reprimida. Devido a essa repressão, a capoeira praticamente se extinguiu no Rio de Janeiro, onde os grupos de capoeiristas eram conhecidos como maltas, e em Recife, onde segundo alguns a capoeira deu origem à dança do frevo, conhecida como opasso.Em 1932, Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil em Salvador. Mestre Bimba acrescentou movimentos de artes marciais e desenvolveu um treinamento sistemático para a capoeira, estilo que passou a ser conhecido como Regional.

Culinária afro-brasileira: Africanos enriqueceram a cozinha brasileira

COMENTE

Não há nada mais gostoso que a comida do Brasil! Pode parecer exagero, mas a alimentação brasileira

tem uma riqueza incrível, pois sua origem é uma mistura das tradições indígenas, europeias e africanas.

Os índios se alimentavam da mandioca, das frutas, dos peixes e das carnes de caça. Com a chegada dos

colonizadores portugueses, o pão, o queijo, o arroz, os doces e os vinhos foram se incorporando à nossa

alimentação.

Mas uma das contribuições mais importantes aos nossos hábitos alimentares, durante todo o período

de colonização, foi aquela que veio da África, trazida pelos escravos. Se os comerciantes de escravos

traziam os ingredientes (especiarias), os escravos traziam na memória os usos e os gostos de sua terra.

Era aí que estava o segredo.

Os escravos não tinham uma alimentação farta. Comiam os restos que os seus senhores lhes

destinavam. Os ingredientes nobres, o preparo requintado e as maneiras europeias à mesa aconteciam

na casa grande. Enquanto isso, a cozinha negra se desenvolvia na senzala, em tachos de ferro.

Azeite de dendê

Alguns escravos conseguiam criar algum animal ou cultivar uma pequena horta. Talvez por isso, o

tempero e o uso de uma grande variedade de pimentas deu um sabor especial aos seus pratos. O  azeite

de dendê também foi um dos ingredientes mais importantes da culinária negra. O dendezeiro é uma

palmeira de origem africana, e de sua polpa se extrai o azeite que dá a cor, o sabor e o aroma de tantas

receitas deliciosas como o caruru, o vatapá e o acarajé.

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O uso de pimentas, que já era antigo nas terras da América, se espalhou pelo Brasil no século 18. Uma

outra tradição, a de vender comida nas ruas, em grandes tabuleiros, se estabeleceu na mesma época na

cidade de Salvador, na Bahia. Esses tabuleiros traziam de tudo. Um cronista daquele tempo relatou ter

visto, num mesmo tabuleiro, mais de vinte qualidades diferentes de comidas salgadas e doces. Entre

essas iguarias estava, além do acarajé, do vatapá e do abará, angu, mingau, pamonha e canjica.

O acarajé se tornou tão importante que foi transformado em patrimônio nacional. É uma referência tão

importante para nossa cultura, que é reconhecido e protegido pelo patrimônio histórico. Ele é

especialmente típico da cidade de Salvador, na Bahia, que é considerada a capital da cozinha afro-

brasileira.

O fator religioso

Um outro fator que ajudou a difundir a comida de origem negra foi a religião africana - o  candomblé. O

candomblé tem uma relação muito especial com a comida. Os devotos servem para os santos comida

que pertencem à tradição africana. Como as comunidades negras se espalharam pelo Brasil, a culinária

que veio da África se espalhou por todo o país.

Hoje em dia, os pratos e os temperos da cozinha negra fazem parte da nossa alimentação. São

saboreados no dia-a-dia e também nas festas populares. Os caldos, extraídos dos alimentos assados,

misturados com farinha de mandioca (o pirão) ou com farinha de milho (o angu), são uma herança dos

africanos. Podemos lembrar que da África também vieram ingredientes tão importantes como o coco e o

café.

Feijoada

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Para terminar, não se pode deixar de mencionar um dos pratos favoritos do país: afeijoada, que também

se originou nas senzalas. Enquanto as melhores carnes iam para a mesa dos senhores, os escravos

ficavam com as sobras: pés e orelhas de porco, linguiça, carne-seca etc., eram misturados com feijão

preto ou mulatinho e cozidos num grande caldeirão.

Segundo registra o folclorista Câmara Cascudo, as receitas são incontáveis e, com elas, variam tanto as

carnes quanto as verduras usadas. A feijoada chegou a servir de inspiração para escritores como Pedro

Nava, em um de seus livros de memórias, e para o compositor Chico Buarque de Holanda, que tem uma

música onde dá a receitade uma "Feijoada Completa".

vocabulário

(palavras de origem africanas)

Aabará: bolinho de feijão.acará: peixe de esqueleto ósseo.acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.

Bbangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.banzar: meditar, matutar.banzo: nostalgia mortal dos negros da África.banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.batuque: dança com sapateados e palmas.banguela: desdentado.berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.búzio: concha.

Ccachaça: aguardente.cachimbo: aparelho para fumar.cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.Caculé: cidade da Bahia.cafife: diz-se de pessoa que dá azar.cafuca: centro; esconderijo.cafua: cova.

cafuche: irmão do Zumbi.cafuchi: serra.cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.cafuné: carinho.cafungá: pastor de gado.calombo: quisto, doença.calumbá: planta.calundu: mau humor.camundongo: rato.Candomblé: religião dos negros iorubás.candonga: intriga, mexerico.canjerê: feitiço, mandinga.canjica: papa de milho verde ralado.carimbo: instrumento de borracha.catimbau: prática de feitiçaria .catunda: sertão.Cassangue: grupo de negros da África.caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.caxumba: doença da glândula falias.chuchu: fruto comestível.cubata: choça de pretos; senzala.cumba: forte, valente.Cumbe: povoação em Angola.

Ddendê: fruto do dendezeiro.dengo: manha, birra.diamba: maconha.

Eefó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado

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com azeite de dendê e pimenta.Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.

Ffubá: farinha de milho.

Gguandu: o mesmo que andu (fruto do anduzeiro), ou arbusto de flores amarelas, tipo de feijão comestível.

Iinhame: planta medicinal e alimentícia com raiz parecida com o cará.Iemanjá: deusa africana, a mãe d’ água dos iorubanos.iorubano: habitante ou natural de Ioruba (África).

Jjeribata: alcóol; aguardente.jeguedê: dança negra.jiló: fruto verde de gosto amargo.jongo: o mesmo que samba.

Llibambo: bêbado (pessoas que se alteram por causa da bebida).lundu: primitivamente dança africana.

Mmacumba: religião afro-brasileira.máculo: nódoa, mancha.malungo: título que os escravos africanos davam aos que tinham vindo no mesmo navio; irmão de criação.maracatu: cortejo carnavalesco que segue uma mulher que num bastão leva uma bonequinha enfeitada, a calunga.marimba: peixe do mar.marimbondo: o mesmo que vespa.maxixe: fruto verde.miçanga: conchas de vidro, variadas e miúdas.milonga: certa música ao som de violão.mandinga: feitiçaria, bruxaria.molambo: pedaço de pano molhado.mocambo: habitação muito pobre.moleque: negrinho, menino de pouca idade.muamba: contrabando.mucama: escrava negra especial.mulunga: árvore.munguzá: iguaria feita de grãos de milho cozido, em caldo açucarado, às vezes com leite de coco ou de gado. O mesmo que canjica.murundu1: montanha ou monte; montículo; o mesmo que montão.mutamba: árvore.

muxiba: carne magra.muxinga: açoite; bordoada.muxongo: beijo; carícia.maassagana: confluência, junção de rios em Angola.

OOgum ou Ogundelê: Deus das lutas e das guerras.Orixá: divindade secundário do culto jejênago, medianeira que transmite súplicas dos devotos suprema divindade desse culto, ídolo africano.

Ppuita: corpo pesado usado nas embarcações de pesca em vez fateixa.

Qquenga: vasilha feita da metade do coco.quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.quibebe: papa de abóbora ou de banana.quilombo: valhacouto de escravos fugidos.quibungo: invocado nas cantigas de ninar, o mesmo que cuca, festa dançante dos negros.queimana: iguaria nordestina feita de gergelim .quimbebé: bebida de milho fermentado.quimbembe: casa rústica, rancho de palha.quimgombô: quiabo.quitute: comida fina, iguaria delicada.quizília: antipatia ou aborrecimento.

Ssamba: dança cantada de origem africana de compasso binário ( da língua de Luanda, semba = umbigada).senzala: alojamento dos escravos.soba: chefe de trigo africana.

Ttanga: pano que cobre desde o ventre até as coxas.tutu: iguaria de carne de porco salgada, toicinho, feijão e farinha de mandioca.

Uurucungo: instrumento musical.

Vvatapá: comida.

Xxendengue: magro, franzino. 

Zzambi ou zambeta: cambaio, torto das pernas.zumbi: fantasmas.

Fonte:http://www.infoescola.com/historia/cultura-africana-no-brasil/

http://brazilbylocalsblog.blogspot.com.br/2011/12/candomble.html

http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/nossas-lutas/educacao/planos-de-aula/8221-plano-de-aula-palavras-de-origem-africana-usadas-em-nosso-vocabulario