a grande aventura histórias

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ANO Língua Portuguesa Isabel Minhós Martins · José Jorge Letria · Ondjaki Ilustrações: Bernardo Carvalho 10 histórias, 10 aventuras. Uma para cada mês do ano letivo.

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Histórias para o 1º ano

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Page 1: A Grande Aventura Histórias

A N OLíngua

Portuguesa

Isabel Minhós Martins · José Jorge Letria · Ondjaki Ilustrações: Bernardo Carvalho

10 histórias, 10 aventuras.

Uma para cada mês do ano

letivo.

Page 2: A Grande Aventura Histórias

Isabel Minhós Martins · José Jorge Letria Ondjaki · Ilustrações: Bernardo Carvalho

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Diz o Ulisses para a Estrela:A escola vai começarE todos me falam dissoTem sido cá um rebuliço!«Tens tudo preparado?O estojo está arrumado?Já fechaste a mochila?Os livros estão no lugar?Não te esqueças da lancheiraOlha que agora é a sério...»(Como se até agora o mundo fosse uma enorme brincadeira.)

A escola vai começarE pelos vistos, tudo muda.Pergunta agora a Estrela:Será que as nuvens também? E as ruas? E os carros?E as árvores e os cães?Será que vão todos à escola?Será que quando eu sair de casaAmanhã, pela primeira vez,O mundo todo vem comigo?

O Ulisses continua intrigado, mas está quase a resolver o mistério:A escola vai começarE não sei como vai serMas, pelas pistas que me deramJá consigo imaginarComo será daqui para a frente:Pois se levo uma mochila,Igual à dos aventureirosSe levo livros, como mapas,E se me espera um mundo novo...Eu já começo a perceber:Parece que chegou a altura!Preparem-se meus meninos...Vem lá uma Grande Aventura!

Diz a Estrela: É isso, é isso!A aventura vai começar.E depois acrescenta baixinho: E eu mal posso esperar...

E tu, estás preparado?

A grande aventura vai começarIsabel Minhós Martins

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O recreio está cheio!Há meninos junto ao portão, em frente aos canteiros, a brincar nos baloiços.— Que multidão! — diz o Ulisses. — Acho melhor mergulharmos...— Mergulharmos? — pergunta a Estrela. — Que conversa é essa? — Brincarmos ao fundo do mar... como ontem, lembras-te?— Ah! — a Estrela já se lembrou. O Ulisses está com saudades da praia

e agora inventou esta brincadeira das aventuras debaixo de água...— Hoje vou ser... uma sereia! — diz a Estrela.— E eu uma baleia! — diz a Sofi a.— Eu sou um ouriço-do-mar! — diz o Rui. — Pois eu... Vou ser um peixe — diz o Ulisses. — Um carapau! — E qual vai ser a nossa missão? — quer saber a Estrela. Inspirado pela aula dessa manhã, o Ulisses tem uma ideia:

As vogais viajavam num barcoCantando ao sabor da correnteMas veio uma onda gigante...E o barco virou de repente!

O E perdeu logo o péO A fi cou à deriva no marO O afundou-se com o IO U não sabia nadar...

Disseram os bichos do mar:Vamos salvar as vogais ensopadasAs palavras não vivem sem elasNão as deixemos morrer afogadas!

Todos batem palmas ao Ulisses:— Ó carapau, hoje estás inspirado!

Vamos salvar as vogais ensopadasIsabel Minhós Martins

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A Estrela viu um esquilo e disse muito alto:— O que é aquilo?— Aquilo o quê?— Aquilo ali...Mas ainda mal terminara de dizer «ali», já o esquilo (ou lá o que era aquilo)

desaparecera, sem deixar uma só pista. Só a Estrela o tinha visto, mas num instante estava lá... e no outro não estava ali!

— Vocês não o viram, a passar acolá?— Por ali? — perguntaram os amigos.— Não, mais para lá...— Diz-nos lá o que viste! — impacientou-se o Ulisses, que não aguentava

mistérios por resolver.A Estrela fi cou calada, concentrada, tentando agarrar a imagem que

teimava em escapar-se da sua cabeça:— Era uma mancha castanha, arruivada. Tinha uma cauda farfalhuda.

Talvez estivesse ali a apanhar sol...— Mas era um bicho? Ou algo mais esquisito? — quis saber o Ulisses com

um monte de perguntas debaixo da língua, prontas a ser disparadas. — Era alto ou pequenote? Leve ou pesadote? Tinha a forma de um

quadrado? Ou pertencia a uma quadrilha?O Ulisses já estava a imaginar coisas. E uma das coisas que imaginava é

que era um detetive.— Não era um patife! — disse a Estrela. — Não foi isso que eu disse...— Então faz um desenho — pediram todos. — Talvez ajude.A Estrela pegou numa caneta e começou a desenhar.— Quietos, não me empurrem — pediu ela. Estavam todos tão intrigados

que, à sua volta, eram doze ou treze, aos encontrões.Passados dois minutos, o desenho fi cou pronto.— Então... — disse o Ulisses, — mas... isso é um esquilo, qual é a dúvida?! — Tão lindo! — gritaram as meninas. — Que sorte!A cara da Estrela iluminou-se: era um esquilo, era. E, pelos vistos,

costumava passear pelo muro da escola.

Tinha de o voltar a ver!

Será mesmo um esquilo?Isabel Minhós Martins

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O Natal não cabe na mão, mas cabe no coração. É uma árvore grande com meninos em toda a volta a brincar, a sorrir e a sonhar. O Natal pode ser uma casa, um país ou um barco que nos leva até onde moram as coisas mais belas e doces do mundo.

A Madalena escreveu uma carta ao Pai Natal e ele trouxe como resposta um saco cheio de coisas bonitas. A Catarina, como tinha a mãe doente, só pediu que ela se curasse, e veio uma estrelinha noturna e cintilante e fez-lhe a vontade. Foi o melhor presente da sua vida. O Vicente imaginou-se descobridor de uma ilha e, enquanto sonhava, viu-se a comandar um barco, a respirar o ar fresco da manhã. De tão real que era, este sonho foi o seu melhor presente de Natal.

O Natal é uma árvore, uma cidade, um continente onde cabem todas as letras e todos os sonhos. Alguns são leves como o ar e nem precisam de ser embrulhados, porque não têm forma nem peso. Mas são esses que mais duram na árvore dos nossos corações.

O Natal é um coraçãoJosé Jorge Letria

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O Ulisses entra de rompante na sala e senta-se a um canto.Pelo canto do olho, a Estrela sabe que é o Ulisses: conhece-lhe o som

dos pés no chão e o modo como a franja abana com o andar.Pelo canto do mesmo olho, a Estrela sabe que o Ulisses não está bem:

aquele nariz que teima em apontar a ponta dos pés, aqueles braços cruzados sobre o peito... não enganam. O Ulisses está amuado.

— Mas não é nada dele — pensa a Estrela. — O que terá acontecido?

A Estrela aproxima-se devagarinho. O Ulisses já deu por ela e agora até a espera, desejoso que alguém o ajude a sair daquele balão em que entrou, um balão tão difícil de furar!

— O que é que tens, Ulisses?— Não conheces a nova moda do recreio? — Não, o que é desta vez? Cromos, piões, autocolantes?— É assim: «O Ulisses só faz palermices», «O Ulisses só faz vigarices!» —

diz o Ulisses danado, procurando imitar a voz dos colegas no recreio.— Ah.... — diz a Estrela tentando não se rir. — Mas isso são maluquices...

Desculpa, Ulisses, rimou.... Quer dizer, são traquinices... Ai, desculpa!

No canto da boca do amigo começa a desenhar-se um sorriso.— Está quase... — pensa a Estrela. — Só mais uma... — Isso são tolices, ó Ulisses! Não te passes, já passou...E a gargalhada que tinha começado a desenhar-se sai fi nalmente

cá para fora, fazendo rebentar o terrível balão amuado. — Vamos lá inventar rimas para o recreio! — propõe a Estrela. —

Hoje sinto-me inspirada...

O teu nome rima com quê?Isabel Minhós Martins

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— O que é que rima com Pedro?— «Rochedo» ou «mete medo»!— E com Inês?— «Japonês» ou «gato maltês».— E com Estrela?— Ah, para o meu nome tenho uma especial,

queres ouvir?

A Estrela fez um ovo estreladoMas o ovo estatelou-se no chãoÓ Estrela sai da cozinhaNão armes mais confusão!

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Havia, na Floresta Grande, uma linda zebra chamada Flora.Foi a primeira zebra a habitar o planeta Terra. E era uma zebra diferente:

tinha o pelo todo negro.Andava um pouco sozinha e todas as noites sonhava com um bicho

como ela, mas que tinha o corpo com riscas pretas e brancas.Certo dia, encontrou uma outra zebra.

— Porque choras, zebra Flora? — perguntou a outra.— Porque me sinto sozinha. E pensei que tu serias a zebra listrada

com quem tenho sonhado...

— Por isso não chores. É tudo uma questão de tempo... — disse a outra zebra. — Chamo-me Fedra e sou uma zebra toda branca.

— É verdade... Que incrível! E também tens um sonho com uma zebra cheia de riscas? — perguntou a Flora.

— Às vezes tenho, sim...

Pouco tempo depois, as duas zebras descobriram que Fedra não era uma «ela». Era um «ele».

— Será que por ser macho me deveria chamar zebro?— Não sejas tonto — disse a Flora. — Podes ser uma zebra macho,

mas talvez seja melhor chamar-te Fedro.E assim foi. Fedro e Flora acabaram por ter muitos fi lhos e todos

eles nasceram com lindas listras negras e brancas.

Ou serão listras brancas e negras?

A origem das zebrasOndjaki

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Esta é a história da letra chamada x.Diz-se «xis» mas, em certas palavras, o x também pode fazer outros

sons... Por exemplo, na palavra «táxi» ou mesmo «exemplo».

Quando nasceu, a letra x andava sempre sozinha. Ficou muito sua amiga, desde o início, a letra q.

Que andava sempre acompanhada de outras letras...

Querem ver? quando

pequena

quiser

quem

enquanto

A roupa bonita da letra xOndjaki

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A letra x era um pouco tímida e andava quase sempre sozinha:

X x XEla achava que tinha um desenho estranho e que não parecia bem

uma letra. Um dia, disse-lhe o q:— Deixa-te disso! Então tu não pareces uma letra? O que dirá o k? E o w?

E aquele todo esticadinho, o y? Não existe isso de «pareceres» uma letra. Basta seres. Claro que para formares palavras e andares acompanhada, tens de te juntar a outras letras. São como pedaços de tecido que podemos escolher e mudar todos os dias.

— Vê o exemplo dos outros:— O k, para não andar sozinho, forma palavras como «karaté» ou «skate».

Com o w, que tem perninhas tão lindas, escreve-se «Waldir» ou «Willy». E o y é bom para escrevermos «yoga» ou «Yuri».

Então o x sorriu. Ao sorrir, aproximaram-se dele tantas outras letras...Foi assim que se começou a escrever «Xavier», «xaile», «xadrez». E também

«mexer», «peixe» e «mexilhão».

O q fi cou muito contente pela descoberta de todas as palavras que o x também podia inventar.

— Vês? É muito simples... Basta juntar outras letras.— Tens razão — respondeu o x. — É como se fosse sempre roupa nova

que vestimos... Obrigado! Adoro este jogo de inventar palavras!

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Começou a chover. A Estrela já tinha saudades da chuva e, agora, não se cansa de a olhar através do vidro, formando pequenas poças, pequenos riachos, pequenos caminhos janela abaixo.

— Onde é que vais, ó chuva? — pergunta a Estrela muito baixinho.— Estás a falar com quem? — pergunta o Ulisses, aborrecido com

a água que não para de cair e o impede de chutar a bola no recreio. E sem esperar pela resposta, acrescenta:

— Esta chuva é uma chatice... Não se pode fazer nada!— Chiuuu... — pede a Estrela — Pode fazer-se uma coisa simples:

ouvi-la! Ora experimenta...— Ouvi-la a dizer o quê? — pergunta o Ulisses. — Agora a chuva fala, é?A Estrela abre os olhos e, muito de repente, diz:— Não te mexas! Acho que a chuva está mesmo a querer dizer-nos

qualquer coisa...O Ulisses fi ca quieto e calado, um pouco intrigado, pois claro.Lá fora, a chuva faz CHHHHHHHHHH, num som contínuo, sem interrupções.

Ao fundo ouve-se um menino correr a pelas poças CHAP, CHAP, CHAP...— Sortudo... — pensa o Ulisses. — Deve ter botas de borracha...— Maluco... — pensa a Estrela. — Vai fi car constipado...— Então, ouviste? — pergunta a Estrela.— Por acaso ouvi.... — diz o Ulisses a rir, já a caminho da porta... —

Tenho de ir à casa de banho... E já! A chuva tinha razão: tenho de ir fazer chichi...

Saudades da chuvaIsabel Minhós Martins

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Dizem os mais velhos que a chuva nasceu da lágrima de Ombela, uma deusa que estava triste.

«Estou triste e vou chorar...mas para que as minhas lágrimasnão matem os bichosnem as pessoas que vivem na Terra,vou deixar que tenham muito sale que alimentem todos os mares.»

O pai de Ombela, ao saber da sua tristeza, veio falar com ela.— Minha fi lha, a tristeza faz parte da vida.— Eu sei, pai. Mas quando estou triste, dói-me o peito.— Que sorte, minha fi lha, que só te dói o peito.— E tu, pai, quando estás triste, o que te acontece?— Fico mais pequenino, fi lha.— Os deuses podem fi car mais pequenos?— Podem — respondeu o pai de Ombela. —

Os deuses, com o passar do tempo, fi cam cada vez mais pequenos.

Ombela limpou a sua primeira lágrima e quase se esquecia de chorar.

OmbelaA história das chuvas

Ondjaki

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— Não te esqueças de chorar — lembrou-lhe o pai.— Ah, mas...— Assim como a Lua tem muitas faces, também no

mundo, umas vezes faz inverno e outras vezes faz verão. Também nós, os deuses, não podemos sempre estar felizes.

Ombela chorou durante algum tempo e assim se encheram os oceanos dessa água tão salgada.

Vendo-a quieta, o pai de Ombela veio falar com ela.— Minha fi lha, quero que saibas mais uma coisa: as

lágrimas não nascem dos olhos apenas quando eles estão tristes. Existem também as lágrimas de felicidade. Quero mostrar-te uma coisa.

O pai de Ombela pôs as suas mãos em concha e mostrou-lhe as fl ores, as árvores, os animais e tudo o que na Terra precisava de água doce. Com o seu dedo desenhou alguns rios, com a palma da sua mão inventou os lagos e as lagoas.

— Estes riscos que vês na Terra, e estes lugares que parecem buracos vazios, esperam agora as tuas novas lágrimas. São caminhos e lugares de água.

— Vamos chamar-lhes rios, lagos, lagoas — sorriu Ombela. — Já não estou tão triste e ainda tenho lágrimas comigo. Agora vou fazer chover sobre a terra: a lágrima da tristeza vai chamar-se «água salgada». A nova lágrima será a «água doce».

O pai de Ombela sorriu e retirou-se.Dizem os mais velhos que a chuva é sinal de que

Ombela está a chorar.Se essa chuva cai sobre o mar, Ombela está

triste. Se cai sobre a terra, sobre os rios, sobre os lagos, Ombela está feliz...

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Era uma vez um gigante bem gigantede seu nome Pequeninotinha um amigo muito amigode seu nome anão Grandão.

Eram amigos de aventurasum gigante, outro anãoum tinha os olhos nas alturaso outro vivia perto do chão.

Mas outra coisa os distinguia:era muito feliz o Grandãomas o Pequenino que era gigantequeria muito ser anão.

Sendo amigo do gigante,numa manhã coloridateve o Grandão uma ideia de louvar:«A amizade é uma forma de amor!É sobretudo issoque a vida te vai ensinar!O resto não penses... Sê feliz e deixa estar!»

Sorrindo, o senhor giganteagradeceu pelas palavras:«Mas como fi ca entãoo meu sonho de ser anão?»

E o Grandão que era anãopôs-se a pular e a dançar:«Senhor gigante, meu caro amigo,cada um nasce como ée cada qual é como nasce.Não pode o novo ser antigonem um João ser um José.Bem vistas as coisasjá és um grandão Pequenino;tens um pé de gigantemas um olhar de menino!»

E assim termina a históriado anão chamado Grandãoque disse assim a um gigante:«Isso de ter tamanhoa uns importae a outros não...»

Pequenino e GrandãoA história do gigante que queria ser anão

Ondjaki

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José Jorge Letria é jornalista, poeta e dramaturgo. Também é autor de vários programas de rádio e televisão. Talvez já tenhas ouvido ou visto alguns deles.Nasceu em Cascais, em 1951, e é autor de uma vasta obra para crianças e jovens. Além dos poemas que espalha pelos livros, também é autor de fi cção narrativa e de teatro e as suas obras já foram traduzidas em mais de uma dezena de países para crianças como tu.

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Ondjaki é um autor angolano. Nasceu em 1977, em Luanda, a capital de Angola. Luanda é uma cidade cheia de histórias, onde todas as pessoas têm algo diferente para contar. Se não têm, inventam. Ondjaki cresceu a ouvir muitas dessas histórias, por isso, gosta de escrever livros para adultos, poesia e também livros para crianças. Além de escrever, gosta de passear, de ler, de ver fi lmes e de sonhar. Quer sempre sonhar para poder continuar a escrever...

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Bernardo Carvalho

Mesmo quando ainda não sabia ler, Bernardo já devorava livros de banda desenhada. Adorava as aventuras e, sobretudo, observar os desenhos em todos os seus detalhes. Depois de estudar nas Belas-Artes, fundou a editora Planeta Tangerina, onde faz ilustrações para livros e revistas. As viagens, o mar e a fotografi a são as suas paixões. E quando as três se podem conciliar... não podia ser melhor.Em 2009, ganhou o Prémio Nacional de Ilustração.

Isabel Minhós Martins Desde pequena que Isabel se lembra de «pôr o ouvido à espreita», à caça de todas as histórias que por aí andam: histórias cómicas, histórias dramáticas, contadas pelos amigos, pelas tias ou pela vizinha do lado. Desde que fundou a editora Planeta Tangerina, já escreveu vários livros para crianças, muitos deles editados noutras línguas.

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A Estrela mal pode esperar pelo começo da escola, o Ulisses quer salvar as vogais, a zebra Flora perdeu

as listras, a letra X anda triste à procura de outras letras, o Pequenino e o Grandão vão descobrir que somos todos diferentes por uma razão…

Todos eles, em conjunto ou um de cada vez, contam uma história para cada mês.

Este livro apresenta dez pequenas histórias que são o ponto de partida de cada unidade

do manual A Grande AventuraLíngua Portuguesa 1.o ano.

OFERTA

À SALA

www.leya.com www.texto.pt

978-111-11-2850-0