a gramatica para concursos publicos fernando pestana - pdf

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A gramática para concursos públicos - Fernando Pestana

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  • 1. 2/1611
  • 2. 4/1611
  • 3. Cadastre-se em www.elsevier.com.br para con-hecer nosso catlogo completo, ter acesso a ser-vios exclusivos no site e receber informaes sobre nossos lanamentos e promoes.
  • 4. 2013, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorizao prvia por escrito da editora, poder ser re-produzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrnicos, mecnicos, fotogrficos, gravao ou quaisquer outros. Copidesque: Isis Batista Reviso: Hugo de Lima Corra Editorao Eletrnica: SBNigri Artes e Textos Ltda. Epub: SBNigri Artes e Textos Ltda. Coordenador da Srie: Sylvio Motta Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 16o andar 20050-006 Centro Rio de Janeiro RJ Brasil Rua Quintana, 753 8o andar 04569-011 Brooklin So Paulo SP Brasil Servio de Atendimento ao Cliente 0800-0265340 [email protected] ISBN: 978-85-352-7097-6 ISBN (Verso Eletrnica): 978-85-352-7098-3 Nota: Muito zelo e tcnica foram empregados na edio desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitao, impresso ou dvida conceitual. Em qualquer das hipteses, soli-citamos a comunicao ao nosso Servio de Atendimento ao Cliente, para que possamos es-clarecer ou encaminhar a questo. Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicao.
  • 5. CIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ P571g Pestana, Fernando A gramtica para concursos pblicos / Fernando Pestana. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1112 p. (Provas e concursos) ISBN 978-85-352-7097-6 1. Lngua portuguesa Gramtica. 2. Lngua portuguesa Prob-lemas, questes, exerccios. 3. Servio pblico Brasil Concursos. I. Ttulo. 13-01162 CDD: 469.5 CDU: 811.134.336 7/1611
  • 6. Dedicatria Este livro no existiria sem o apoio de minha esposa (que acabou se tornando erudita de tanto pesquisar junto comigo). Juliana mais do que um achado. O achado da minha vida.
  • 7. Agradecimentos Sem Jeov (Jav ou Iav, como queiram), simplesmente nada existiria. Port-anto Ele o responsvel pela vida e pela disposio que tenho. No menos import-antes foram certas pessoas, como meus pais, meus amigos, meus alunos princip-almente os da EsPCEx (Brasil!) e meus grandes mestres Srgio Pach e Danton Pedro dos Santos. Claudio Cezar Henriques, Marcelo Caetano, Roberto Lota, Vtor Campos, Sidney Martins, Bernardo Augusto, muito obrigado pelas discusses (e solues)! Valeu pela moral, Joo Antonio!!! Ser que perderei a amizade por no incluir alguns que me ajudaram tanto no trajeto? Ah, depois eu me redimo na se-gunda edio!
  • 8. O Autor Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ministra aulas de Lngua Portuguesa h 12 anos. J trabalhou ativamente com turmas pr-militares e pr-vestibulares no Sistema Elite de Ensino. Atualmente, dedica-se ao universo dos con-cursos pblicos em cursos de educao a distncia, como o EuVouPas-sar (videoaulas) e o Estratgia Concursos (cursos em PDF). Alm disso, participa de um projeto de questes comentadas no site TEC Con-cursos. Presencialmente, encontrado nos principais cursos do Rio de Janeiro, como o CELP, o Multiplus e o Pra Passar.
  • 9. A Obra H algum tempo, estava eu avaliando colegas de Portugus num processo de seleo de um grande curso preparatrio do Rio de Janeiro... Dentre os candidatos, um deles se destacou muito, impressionando-me vivamente por sua determinao e inquietao intelectual. Ele me afirmou que, nos lugares onde trabalhava, havia parceiros para bate-papos, festas, mas no para estudo e discusso da matria. Assegurei-lhe que no nosso curso ia ser diferente, porque a cadeira de Portugus no se furtava discusso de assuntos polmicos. E assim foi durante o tempo em que trabalhamos juntos. Ele sempre me disse que tinha grande vontade de escrever uma gramtica. Estudou, estudou, estudou. Pesquisou autores antigos e novos, fez cursos, numa luta incessante para saber cada vez mais. E assim foi. Animava-me tanta empolgao e eu j torcia pelo livro que viria inexoravelmente. Ele foi alm, como lhe peculiar: examinou exaustivamente provas dos lti-mos anos de concursos pblicos civis, militares e vestibulares. E com tamanho em-basamento, terico e prtico, surgiu A Gramtica. Assim, sem fugir dos problemas mais complexos, ousando atrever-se por cam-inhos tortuosos, at conflitantes, apresentando frequentemente argumentos de renomadas autoridades da lngua portuguesa, Pestana fez deste livro algo indito: combinou tudo o que se julga excelente em uma gramtica, do ponto de vista do-cente e discente. Por isso, espera-se que, neste agradvel passeio por substantivos, verbos, pre-posies e conjunes, por oraes coordenadas e subordinadas, todos os
  • 10. candidatos a cargos pblicos consigam o esclarecimento definitivo das dvidas e passem a mergulhar profundamente nos meandros da lngua. Em matria de gramtica, este livro definitivamente a to aguardada res-posta aos anseios dos concurseiros (e professores!), pois, alm da sua teoria com-pleta, segura e muito consistente, contm mais de 1.300 exerccios das ltimas provas oficiais de concursos recentes, constituindo-se deste modo uma obra alta-mente indicada aos estudiosos da lngua portuguesa. Como a vida... Depois de tantas obras lidas durante quase 50 anos, no tinha ideia de que poderia ainda me surpreender com algo to original e pleno. E aqui fico, pois A obra fala por si. Danton Pedro dos Santos Novembro/2012 12/1611
  • 11. Prefcio No aprendemos para a escola mas para a vida, diziam os Antigos, querendo com isto significar que o conhecimento adquirido na escola tem um valor intrnseco, que de longe transcende as circunstncias e exigncias do universo escolar. Os tempos e as vontades mudaram. Atualmente, a preocupao que parece servir de norte a quase todo o ensino que se ministra entre ns fazer o discente absorver e memorizar o maior nmero possvel de informaes, sem ordem nem hierarquia, de tal sorte que se sinta aparelhado a enfrentar, com boas possibilid-ades de xito, o monto de charadas e perguntas de algibeira destinadas a eliminar o maior nmero possvel de candidatos a poucas vagas: seja em exames vestibulares, seja em concursos para o preenchimento de cargos pblicos. Foi esta, portanto, a questo com que se deparou e a que teve de responder meu jovem colega, Fernando Jos Pestana, primeiro em sala de aula e logo diante da tela em branco de um computador: como ensinar Lngua Portuguesa de maneira clara e bem ordenada, eficaz e honesta, e, ao mesmo tempo, sempre til a quem dela necessite para transpor com segurana as corridas de obstculos que en-contrar no caminho da Universidade ou do servio pblico? Por outras palavras: como ser professor de Portugus no Brasil de 2013 sem jamais vender a alma ao diabo? A resposta o livro que voc tem em mos. Abra-o. Leia-o devagar. Reflita sobre o que leu. Ponha em prtica o que ele ensina. Nenhum livro se prope ensinar-lhe tudo aquilo de que voc necessita para conhecer a fundo nossa lngua. Ensinar-lhe-, no entanto, como se flexionam os blocos que a compem e como estes se combinam para formar blocos maiores os sintagmas, as oraes e os
  • 12. perodos de que nos servimos para expressar nossas ideias e sentimentos. E tambm o induzir a completar seu estudo, buscando, nas fontes mesmas da lngua literria (tambm conhecida como norma culta do idioma), os grandes modelos que a ilus-traram e engrandeceram ao longo de uma histria multissecular de muitas glrias. Em o fazendo, meu jovem amigo, voc estar desmentindo, por suas aes, o prag-matismo estril de nosso tempo: voc estar primacialmente aprendendo no para a escola, ou para o vestibular, ou para o concurso pblico, mas para a vida. Sergio Pach Mestre em Lngua Portuguesa Ex-lexicgrafo-chefe da Academia Brasileira de Letras 14/1611
  • 13. Eis uma breve apresentao... ... porque no podemos perder tempo com palavras garbosas e bl-bl-bls. Um discurso polido e preciosista no me interessa nem deve interessar-lhe. Minha inteno facilitar ao mximo sua vida, por isso a abordagem de A Gramtica que apresenta uma linguagem bem informal para ensinar o registro culto visa principalmente a um propsito: fazer voc acertar as questes de qualquer prova de Lngua Portuguesa (independentemente do nvel). Ponto. Saiba que A Gramtica est totalmente antenada com a linguagem dos con-cursos pblicos, que vm se valendo cada vez mais dos estudos lingusticos mod-ernos. Coloque na sua cabea o seguinte: foi-se o tempo em que as grandes bancas trabalhavam a gramtica de modo superficial, por isso, em A Gramtica, no h mixaria de informaes. Hoje preciso saber muito, pois as bancas esto cada vez mais maldosas! No devido grau, tudo aqui pertinente, para que voc se sinta sempre confiante no dia da prova. E, caso uma informao no tenha tanta relevn-cia, voc ser avisado no corpo dos captulos. Afinal, alm de muita informao, precisamos de foco! Entenda que, atualmente, as boas provas exploram muito a gramtica textual, ou seja, o conhecimento de contedos gramaticais aplicados aos textos e, con-sequentemente, ao discurso. Hoje muitas questes (quase todas) tratam de trechos retirados de um texto, portanto no posso deixar de apegar-me aos valores discurs-ivos das classes gramaticais e de certos aspectos da anlise do discurso. Isso algo primordial e inovador! No foi por nada que me preocupei com os anseios dos con-curseiros (e dos professores!).
  • 14. 16/1611 Falando srio, quem no quer mais de 1.300 questes atuais co-men-ta-das (Comentrios no site www.elsevier.com.br/agramatica_pestana)? Quem no quer inmeras referncias gramaticais para interpor recursos? Quem no quer teoria consistente em fcil linguagem? Quem no quer um professor que, embora detal-hista, diga exatamente o que voc deve ou no estudar, para otimizar seu tempo? Quem no quer ter contato com questes polmicas sobre as quais mais de um gramtico pensa diferente acerca da resoluo delas? Quem no quer aquela gramtica? Quando eu era concurseiro, eu queria muito tudo isso! Enfim... existe A Gramtica? Sim, e est em suas mos! H muito mais a perce-ber, mas agora com voc. Eis A Gramtica.
  • 15. Como estudar para concurso pblico? No satisfeito, preparei algo indito: a cada captulo, imediatamente antes das questes de concursos, dou uma de Mister M: revelo os assuntos que mais caem nas provas. Para quem cru em Portugus, leia A Gramtica com muita calma relaxado e tomando um suquinho de maracuj. Sem pressa, intercale a leitura com exerc-cios; preciso pegar intimidade com os ensinos gramaticais. Faa vista grossa s in-meras mincias e polmicas ao longo dos captulos. Procure estudar os tpicos mais recorrentes, vistos em O que cai mais na prova?. Para quem j tem uma noo legal de Lngua Portuguesa, faa questes das provas anteriores com A Gramtica ao lado; voc no ficar em pnico, sou seu as-sessor particular. Alm disso, reitero: h mais de 1.300 questes comentadas aqui. Self-service! No deixe de estudar os tpicos mais recorrentes, vistos em O que cai mais na prova?. Megaimportante! Para quem saca muito de Portugus, preste ateno nas observaes, nas mincias e nas referncias a vrios gramticos (e suas opinies plurais), pois A Gramtica gosta de explorar as questes polmicas de bancas que trabalham doutri-nas gramaticais divergentes, como as temidas ESAF, CESPE e FCC. Meu concurso ... Bem... caso seu concurso seja de nvel fundamental, estude estes assuntos recorrentes:
  • 16. fonologia; ortografia; acentuao; semntica (sinnimos, antnimos e fatos da lngua culta); classes de palavras (mera identificao delas e conjunes); aspectos bsicos da anlise sinttica, da concordncia, da regncia e da crase. Hoje, a CONSULPLAN uma das bancas que mais confeccionam provas para esse nvel. Por isso, procure fazer questes dessa banca. Caso seu concurso seja de nvel mdio, estude tudo com afinco, exceto fonolo-gia, numeral, interjeio (a chance de cair uma questo sobre esses assuntos beira a zero). Veja o que mais cai: tipologia textual (dissertao argumentativa e suas caractersticas); coeso e coerncia (pronomes e conjunes); emprego e colocao de pronomes (pessoais, demonstrativos e relativos) e verbos (conjugao de certos verbos, correlao verbal, voz verbal, emprego de tempos e modos verbais); conjunes; preposies; sintaxe do perodo simples e composto; partcula SE (principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e QUE (principalmente conjuno integrante e pronome relativo); pontuao (vrgula); concordncia (verbal); regncia (verbal); crase. A CESGRANRIO, o CESPE/UnB, a FCC, a FGV, o NCE e a VUNESP so as principais bancas desse nvel. A diferena entre o contedo de nvel mdio e de nvel superior mnima ou inexistente. O que de fato muda o grau de dificuldade. E... para voc, nvel superior, este o fil: tipologia textual (dissertao argumentativa e suas caractersticas); coeso e coerncia (pronomes e conjunes); 18/1611
  • 17. 19/1611 emprego e colocao de pronomes (pessoais, demonstrativos e relativos) e verbos (conjugao de certos verbos, correlao verbal, voz verbal, emprego de tempos e modos verbais); conjunes; preposies; sintaxe do perodo composto; partcula SE (principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e QUE (principalmente conjuno integrante e pronome relativo); pontuao (vrgula); concordncia (verbal); regncia (verbal); crase. O CESPE/UnB, a ESAF, a FCC, a CESGRANRIO, a FGV, o NCE e a VUNESP so as principais bancas desse nvel. Eu me apego muito s quatro primeiras. Obs.: Ao longo da leitura deste livro, voc vai ver que me empolgo, colocando vrios detalhes tericos que caem raramente em prova (mas podem cair). Por que fao isso? Prefiro ser detalhista a deixar voc ser sur-preendido na prova por um detalhe que me escapou na teoria. No ent-anto, reitero: para otimizar seu tempo, criei um tpico, antes das questes de concursos de cada captulo, chamado O que cai mais na prova?. L est o bizu! Para atender s crticas No estou interessado em elogios. Elogios costumam amortecer a vontade de melhora. Alm de encher a caixa de e-mails. Brincadeira... Na verdade, estou vido por ouvir suas crticas construtivas (e nem to construtivas assim) a respeito do liv-ro, principalmente acerca de erros bobos que s vezes nos escapam de orto-grafia, digitao, espaamento etc. Se at o Manual de Redao Oficial da Presidncia da Repblica tem erros, certamente dever haver um ou outro nesta obra. Antes, porm, coloque este link no Google e leia:
  • 18. http://filosofarpreciso.blogspot.com.br/2009/02/critica-construtiva.html Anote o e-mail para onde voc vai enviar suas crticas (construtivas), visando melhora do livro: [email protected]. Para quem j conhece meu e-mail pessoal, nem tente enviar para ele, seno vou enlouquecer! AVISO: Muitas questes de concursos foram reformatadas por razes mera-mente didticas, ok? 20/1611
  • 19. Sumrio Capa Folha de Rosto Cadastro Crditos Dedicatria Agradecimentos O Autor A Obra Prefcio
  • 20. Eis uma breve apresentao... Como estudar para concurso pblico? Meu concurso ... Para atender s crticas Introduo O que Gramtica Normativa, Norma Culta, Registro Culto etc.? Captulo 1 Fonologia Definio Fonema Letra Dgrafo e Dfono Classificao dos Fonemas Vogais Semivogais Consoantes Slaba Encontros Voclicos Hiato Ditongo Tritongo Encontros Consonantais Separao Silbica 22/1611
  • 21. Separam-se No se separam Ortoepia e Prosdia Algumas pronncias e grafias duplas registradas em dicionrios e/ou no VOLP O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 2 Acentuao Grfica Definio Sinais Diacrticos Algumas Consideraes Importantes Regra de Acentuao para Monosslabas Tnicas Regra de Acentuao para Proparoxtonas Regra de Acentuao para Paroxtonas Regra de Acentuao para Oxtonas Regra de Acentuao para os Hiatos Tnicos (I e U) Regra de Acentuao para os Ditongos Abertos Regra de Acentuao para os Hiatos EEM e OO Regra de Acentuao para o Trema Regra de Acentuao para os Acentos Diferenciais Algumas Formas Variantes na Grafia e na Pronncia Regras para o Uso do Hfen Prefixo terminado em vogal 23/1611
  • 22. Prefixo terminado em consoante Algumas Observaes Importantes O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 3 Ortografia Definio O Alfabeto Emprego da Letra E Emprego da Letra I Emprego da Letra O Emprego da Letra U Emprego da Letra C Emprego do Emprego da Letra G Emprego da Letra J Emprego da Letra H Emprego da Letra S Emprego do Dgrafo SS Emprego do Dgrafo SC Emprego do Dgrafo CH Emprego da Letra X Emprego da Letra Z Emprego dos Verbos Terminados em -EAR e -IAR 24/1611
  • 23. Dupla Grafia Emprego das Iniciais Maisculas ou Minsculas Abreviaturas O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 4 Semntica e Lexicologia Definio Sinonmia Antonmia Homonmia Paronmia Polissemia Hiponmia e Hiperonmia Meronmia e Holonmia Acronmia, Estrangeirismos, Toponmia, Antroponmia, Axionmia e Oneonmia Campo Lexical e Campo Semntico Campo semntico Campo lexical Ambiguidade Intertextualidade Parfrase Pardia 25/1611
  • 24. Citao Plgio Aluso Estilizao Epgrafe Pastiche Denotao e Conotao Fatos e Dificuldades da Lngua Culta A Escolha das Palavras Expresses Idiomticas O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 5 Morfologia Captulo 6 Estrutura e Processo de Formao de Palavras Definio Morfema Morfema Lexical Morfema Derivacional Morfema Flexional Alomorfia Vocbulos Cognatos Radical 26/1611
  • 25. Radicais Gregos Radicais Latinos Afixos Prefixos Gregos Prefixos Latinos Sufixos Greco-Latinos Desinncias Nominais Verbais Vogal Temtica VTs nominais VTs verbais Letra de Ligao Processo de Formao de Palavras Derivao Prefixal, Sufixal, Parassinttica (Circunfixao), Regres-siva (Regresso) e Imprpria (Converso) Prefixal Sufixal Parassinttica (Circunfixao) Regressiva (Regresso) Imprpria (Converso) Composio por Justaposio e por Aglutinao Por Justaposio Por Aglutinao Onomatopeia 27/1611
  • 26. Abreviao (Reduo) Siglonimizao Hibridismo Combinao (Amlgama ou Palavra-valise) Neologismo Neologismo mrfico Neologismo Semntico Estrangeirismos O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 7 Substantivo Definio Identificao e Substantivao Identificao do Substantivo Substantivao Recurso de Nominalizao Por Derivao Sufixal Por Derivao Regressiva Locuo Substantiva Classificao Variao em Gnero Tipos Gneros Confundveis 28/1611
  • 27. Mudana de Sentido Variao em Nmero Regras dos Simples Mudana de Sentido Regras dos Compostos Variao em Grau Aumentativo Diminutivo Formas Estilsticas Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 8 Adjetivo Definio Identificao e Adjetivao Identificao Adjetivao Recurso de Nominalizao Classificao Locuo Adjetiva Variao em Gnero Variao em Nmero Regra dos Simples 29/1611
  • 28. Regra dos Compostos Variao em Grau Grau Comparativo Grau Superlativo Formas Estilsticas Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 9 Artigo Definio Classificao Identificao Emprego dos Artigos Definidos Emprego dos Artigos Indefinidos Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 10 Numeral Definio Identificao Classificao 30/1611
  • 29. Emprego dos Numerais Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 11 Pronome Definio Identificao Classificao, Emprego e Colocao do Pronome Pessoal Pronomes Retos Pronomes Oblquos tonos Colocao Pronominal Prclise nclise Mesclise Casos Facultativos Nas Locues Verbais Pronomes Oblquos Tnicos Pronomes de Tratamento Classificao e Emprego do Pronome Possessivo Classificao e Emprego do Pronome Indefinido Locues pronominais indefinidas Classificao e Emprego do Pronome Interrogativo Classificao e Emprego do Pronome Demonstrativo 31/1611
  • 30. Emprego dos demonstrativos (valor discursivo) Valores estilsticos dos demonstrativos Classificao e Emprego do Pronome Relativo Emprego dos pronomes relativos Valor Discursivo Pronomes Pessoais Pronomes Possessivos Pronomes Indefinidos Pronomes Interrogativos O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 12 Verbo Definio Identificao Flexes dos Verbos Modo Tempo Nmero Pessoa Estrutura Verbal Radical Vogal Temtica Desinncias Verbais 32/1611
  • 31. Locuo Verbal Aspecto Verbal Formas Nominais dos Verbos O Infinitivo O Gerndio Conhea alguns empregos do gerndio: O Particpio Voz Verbal Voz Ativa Voz Passiva Transposio de Vozes Passagem de Voz Ativa para Passiva Analtica Passagem de voz ativa para passiva sinttica Passagem de Voz Passiva Analtica para Voz Passiva Sinttica Voz Reflexiva Formao dos Tempos Primitivos e Derivados Tempos Derivados do Presente do Indicativo Tempos Derivados do Pretrito Perfeito do Indicativo Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal Formao do Imperativo e Uniformidade de Tratamento Formao dos Tempos Compostos Emprego dos Tempos e Modos Verbais O Modo Indicativo O Modo Subjuntivo 33/1611
  • 32. O Modo Imperativo Correlao Verbal Classificao dos Verbos Regulares Irregulares Anmalos Defectivos Abundantes Pronominais Reflexivos Vicrios Paradigmas (Modelos) de Conjugao Verbal Verbos Notveis Particularidades Grficas e Fonticas Papis Temticos Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 13 Advrbio Definio Identificao e Particularidades Sobre Advrbios Terminados em -mente Mais algumas particularidades... 34/1611
  • 33. Classificao dos Advrbios e das Locues Adverbiais Afirmao Negao Modo Tempo Lugar Dvida Intensidade Causa Concesso Conformidade Finalidade Condio Meio Instrumento Assunto Companhia Preo Quantidade Referncia Ordem Medida Peso Matria 35/1611
  • 34. Proporo Reciprocidade Favor Excluso Incluso Consequncia/Concluso Palavras e Locues Denotativas Variao em Grau Formas Estilsticas de Grau dos Advrbios Valor Discursivo Valores Anafrico, Catafrico ou Ditico Advrbios e Construo de Sentido J Advrbios Modalizadores O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 14 Preposio Definio Identificao Classificao Combinaes e Contraes Locuo Prepositiva e Valores Semnticos Valor Relacional e Nocional 36/1611
  • 35. Valor Relacional Valor Nocional Certas Particularidades Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 15 Conjuno Definio Identificao Locuo Conjuntiva Classificao Coordenativas Subordinativas Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 16 Interjeio Definio Identificao Locuo Interjetiva Classificao 37/1611
  • 36. Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 17 Sintaxe Captulo 18 Frase, Orao e Perodo Captulo 19 Termos Essenciais da Orao Definio Sujeito Classificao do Sujeito Simples Oculto Composto Indeterminado Orao sem Sujeito (sujeito inexistente) Oracional Predicado Predicao Verbal / Transitividade Verbal Verbo de Ligao Intransitivo Transitivo Direto Transitivo Indireto 38/1611
  • 37. Transitivo Direto e Indireto Predicativo do Sujeito e do Objeto Classificao do Predicado O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 20 Termos Integrantes da Orao Definio Objeto Direto Objeto Direto X Sujeito Objeto Indireto Complemento Nominal Complemento Nominal X Objeto Indireto Agente da Passiva Agente da Passiva X Complemento Nominal O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 21 Termos Acessrios da Orao Definio Adjunto Adnominal Adjunto Adnominal X Agente da Passiva Adjunto Adnominal X Complemento Nominal 39/1611
  • 38. Adjunto Adnominal X Predicativo do Sujeito e do Objeto Funes Sintticas dos Pronomes Pessoais Oblquos tonos Adjunto Adverbial Adjunto Adverbial X Adjunto Adnominal Adjunto Adverbial X Objeto Indireto Adjunto Adverbial X Predicativo do Sujeito Adjunto Adverbial X Agente da Passiva Aposto Classificao do Aposto Aposto X Adjunto Adnominal Aposto X Predicativo do Sujeito Vocativo Vocativo X Aposto O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 22 Oraes Coordenadas Conceito de Coordenao Oraes Coordenadas Assindticas e Sindticas Oraes Coordenadas Sindticas Aditivas Oraes Coordenadas Sindticas Adversativas Oraes Coordenadas Sindticas Alternativas Oraes Coordenadas Sindticas Conclusivas Oraes Coordenadas Sindticas Explicativas 40/1611
  • 39. Paralelismo Sinttico O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 23 Oraes Subordinadas 41/1611 Conceito de Subordinao Oraes Subordinadas Substantivas Oraes Subordinadas Substantivas Subjetivas Oraes Subordinadas Substantivas Predicativas Oraes Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas Oraes Subordinadas Substantivas Objetivas Indiretas Oraes Subordinadas Substantivas Completivas Nominais Oraes Subordinadas Substantivas Apositivas Oraes Subordinadas Substantivas Justapostas Oraes Subordinadas Adjetivas Oraes Subordinadas Adjetivas Restritivas Oraes Subordinadas Adjetivas Explicativas Valores Circunstanciais das Oraes Adjetivas Oraes Subordinadas Adjetivas Justapostas Funes Sintticas dos Pronomes Relativos Oraes Subordinadas Adverbiais Oraes Subordinadas Adverbiais Causais Oraes Subordinadas Adverbiais Causais X Oraes Coordenadas Sindticas Explicativas
  • 40. Oraes Subordinadas Adverbiais Consecutivas Oraes Subordinadas Adverbiais Condicionais Oraes Subordinadas Adverbiais Concessivas Oraes Subordinadas Adverbiais Conformativas Oraes Subordinadas Adverbiais Comparativas Oraes Subordinadas Adverbiais Finais Oraes Subordinadas Adverbiais Proporcionais Oraes Subordinadas Adverbiais Temporais Oraes Subordinadas Adverbiais Modais Oraes Subordinadas Adverbiais Justapostas O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 24 Oraes Reduzidas Definio Oraes Reduzidas de Infinitivo Substantivas Adjetivas Adverbiais Oraes Reduzidas de Gerndio Coordenada Aditiva Substantiva Apositiva Adjetiva Adverbial 42/1611
  • 41. Oraes Reduzidas de Particpio Adjetivas Adverbiais O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 25 Oraes Intercaladas Definio Tipos Captulo 26 Perodo Misto Definio Possibilidades de Perodo Misto A Elipse na Anlise Sinttica Modelo de Anlise de um Perodo Misto O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 27 Pontuao Definio Vrgula Ponto e Vrgula Dois-pontos 43/1611
  • 42. Ponto Ponto de Interrogao Ponto de Exclamao Travesso Parnteses Aspas Reticncias O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 28 Concordncia Verbal e Nominal Definio Concordncia Verbal com o Sujeito Simples Concordncia Verbal com o Sujeito Composto Concordncia Verbal do Ser Casos Especiais de Concordncia Verbal Silepse de Nmero e de Pessoa Concordncia Nominal com Adjetivos Casos Especiais de Concordncia Nominal Silepse de Gnero e de Nmero O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito 44/1611
  • 43. Captulo 29 Regncia Verbal e Nominal Definio e Particularidades Regncia Verbal Pontos importantssimos Verbos com mais de uma regncia sem mudana de sentido Verbos que normalmente mudam de sentido devido regncia Regncia Nominal O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 30 Crase Definio Casos Obrigatrios Casos Proibitivos Casos Facultativos Casos Especiais A Crase e Certas Implicaes O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 31 QUE, SE e COMO Definio O Vocbulo que e Suas Classificaes 45/1611
  • 44. 1) Substantivo 2) Interjeio 3) Advrbio 4) Preposio Acidental 5) Partcula Expletiva 6) Pronome Interrogativo 7) Pronome Indefinido 8) Pronome relativo 9) Conjuno Coordenativa ou Subordinativa Aditiva Adversativa Alternativa Explicativa Integrante Causal Consecutiva Comparativa Concessiva Final Temporal O Vocbulo SE e Suas Classificaes 1) Substantivo 2) Pronome Oblquo tono Pronome Reflexivo (ou Recproco) 46/1611
  • 45. Parte Integrante do Verbo Partcula Expletiva Partcula de Indeterminao do Sujeito Partcula Apassivadora 3) Conjuno Subordinativa Integrante Condicional Causal Concessiva Temporal O Vocbulo como e Suas Classificaes 1) Substantivo 2) Advrbio 3) Preposio Acidental 4) Interjeio 5) Verbo 6) Pronome Relativo 7) Conjuno Coordenativa ou Subordinativa Aditiva Causal Comparativa Conformativa O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos 47/1611
  • 46. GABARITO Captulo 32 Estilstica Definio Figuras de Palavras (conceito) Metfora Comparao Metonmia Catacrese Perfrase Sinestesia Figuras de Sintaxe Hiprbato Pleonasmo Anacoluto Elipse Zeugma Assndeto Polissndeto Anfora Figuras de Pensamento Anttese Oxmoro (Paradoxo) Hiprbole Gradao 48/1611
  • 47. Eufemismo Ironia Prosopopeia (Personificao) Figuras Fnicas Aliterao Assonncia Paranomsia Onomatopeia Paralelismo Combinao de Figuras Vcios de Linguagem Ambiguidade (Anfibologia) Arcasmo Barbarismo Cacofonia Coliso Parequema Eco Hiato Solecismo Preciosismo Plebesmo Redundncia (Tautologia) Estrangeirismo 49/1611
  • 48. Prolixidade O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 33 Teoria da Comunicao Definio Elementos da Comunicao Funes da Linguagem Noes de Semitica (ou Semiologia) e Lingustica O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 34 Compreenso/Interpretao de Textos e Tipologia Textual Definio Operadores Argumentativos Pressupostos e Subentendidos Pressupostos Subentendidos Tipologia Textual Texto Narrativo e Tipos de Discurso Tipos de Discurso Texto Descritivo 50/1611
  • 49. Texto Injuntivo Texto Dialogal Texto Dissertativo Dissertao Expositiva Dissertao Argumentativa Estratgias Argumentativas Modalizao Exemplificao (fato-exemplo) Enumerao Fato histrico Comparao Contraposio Causa e efeito Dados estatsticos Definio Testemunho de autoridade Contra-argumentao Pergunta retrica Mtodos de Raciocnio Silogismo Mtodo de Raciocnio Dedutivo Mtodo de Raciocnio Indutivo Mtodo de Raciocnio Dialtico Falcia 51/1611
  • 50. Gnero Textual Estratgias para Compreenso/Interpretao de Textos Anlise de um Texto O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 35 Coeso e Coerncia Definio Coeso Referencial Coeso Sequencial Coeso Recorrencial Fatores de Coerncia Manuteno temtica Conhecimento de mundo Situao de comunicao Mecanismos gramaticais e semnticos da lngua Intertextualidade Intencionalidade Coerncia Narrativa Coerncia Argumentativa Coerncia Figurativa Coerncia Temporal Coerncia de Registro Continuidade Textual 52/1611
  • 51. O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 36 Domnio do Registro Culto Definio Conceito de Erro Registro Culto e Coloquial Variaes Lingusticas Registros Lingusticos: Lngua Falada e Lngua Escrita Acentuao Ortografia Emprego de classes gramaticais (pronomes e verbos, principalmente) Pontuao Concordncia Regncia Crase O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 37 Reescritura de Frases Definio de Parfrase Mudana de Posio dos Vocbulos 53/1611
  • 52. Equivalncia entre Locues e Palavras e entre Conectivos Substituio de Verbos por Advrbios e Vice-versa Uso de Sinnimos Substituio de Substantivos por Pronomes Nominalizao Transformao de Orao Reduzida em Desenvolvida e Vice-versa Reduzidas de gerndio para desenvolvidas Reduzidas de infinitivo para desenvolvidas Reduzidas de particpio para desenvolvidas Substituio de Pronome Relativo por Outro e Pronome Demon-strativo por Outro Possibilidades de Paralelismo Relao de Causa e Consequncia O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 38 Questes Comentadas da Banca CQIP Bibliografia Mensagem final Gabarito Comentado 54/1611
  • 53. Introduo O que Gramtica Normativa, Norma Culta, Registro Culto etc.? Leia isto (vai por mim!), pois tais conceitos so importantes para a sua prova! A gramtica normativa trata da sistematizao do registro culto da lngua, em seus nveis fonolgico (som), mrfico (forma), sinttico (organizao), semntico (sentido) e lxico (vocabulrio). Falarei tambm dos nveis discursivo (uso prtico da lngua) e estilstico (criatividade no uso da lngua). Falaremos de tudo isso em A Gramtica. A lngua culta (ou registro culto), conforme dizia o conceituadssimo gramtico Celso Cunha, trata de uma descrio do portugus atual na sua forma culta, isto , da lngua como a tm utilizado os escritores portugueses, brasileiros e africanos, do Romantismo para c, dando naturalmente uma situao privilegiada aos autores dos nossos dias. Como se pde perceber com os grifos que dei, simplesmente a maneira como as pessoas que gozam de prestgio social usam a ln-gua. No a lngua pura ou correta (apesar de ainda muitos sustentarem tal dis-curso!), mas to somente uma maneira de usar a lngua. A partir do modelo de es-crita de pessoas conceituadas, estudiosos dessa modalidade lingustica criaram padres de bom uso da lngua. De modo simplista, por isso que a lngua culta tambm chamada de lngua padro, ou registro culto, ou ainda registro formal. Em algumas provas atuais, como as da ESAF e da FCC, voc ainda vai encontrar a ex-presso erro gramatical, quando melhor seria dizer desvio, inadequao ou incorreo do ponto de vista da lngua culta.
  • 54. 56/1611 A gramtica normativa, segundo a concepo mais tradicional, portanto, um conjunto de regras para escrever e falar corretamente uma lngua, de acordo com o molde de uso dessa lngua por pessoas cultas. Ser que por isso que se fala em norma culta? Certamente. A norma culta apenas uma das variedades de uso da lngua. Infelizmente, ainda, muitos pensam que o padro culto da lngua o melhor, o correto, o ideal de lngua e, portanto, o que deve ser usado por todos. Mas saiba que ela to somente uma das variedades de uso da lngua. Ela normalmente ensinada pelas gramticas escolares, que se baseiam nos registros escritos de pessoas consagradas na sociedade e tidas como cultas. E normalmente usada em situaes formais. Abra qualquer gramtica tradicional (normativa, escolar, prescritiva etc.), por exemplo, a do Celso Cunha ou a do Bechara... Ver l uma srie de trechos retira-dos de livros de gente famosa, culta, influente e consagrada na sociedade. O modo como essas pessoas se expressavam linguisticamente pela escrita seguia um determ-inado modelo com algumas variaes, claro, mas nada substancial que, por sua vez, serviu de base para a feitura da gramtica normativa, em que a lngua padro (culta) se torna o ideal do bem falar e escrever. Adendos e crticas parte, devido relevncia que tem nas situaes formais, a norma culta deve ser ensinada nas escolas (afinal, no a aprendemos na rua). nesse ambiente institucionalizado que a aprendemos regularmente. Pois bem... se o objetivo da lngua a comunicao e a interao, quero alistar aqui algumas vantagens do aprendizado do registro culto da lngua: Assegura a unidade da lngua nacional, pois por meio do uso da lngua culta que os livros didticos, cientficos e jurdicos, os documentos formais, os (tele)jornais consagrados, as grandes mdias etc. veiculam as informaes de modo neutro e unificado para todo o pas. Permite que uma pessoa ascenda profissionalmente, pois uma das exigncias nas entrevistas de emprego ou nas provas de concursos pblicos o uso consid-erado mais esmerado da lngua, por meio do qual pensamentos complexos so expressos, a saber: o registro culto da lngua. Serve como um valioso instrumento em situaes formais, para que circulemos bem em determinados ambientes sociolingusticos. Por exemplo, ao nos diri-girmos a um juiz em um tribunal, a um presidente de uma empresa, enfim, a
  • 55. 57/1611 uma pessoa que ocupa um cargo social mais elevado que o nosso, sentimo-nos impelidos a usar a lngua culta. Assim, percebemos que, em termos prticos, precisamos aprender o registro culto da lngua para nosso bem-estar social! E isso inclui o qu? Acertar questes em provas de concurso pblico, pois elas se baseiam na norma culta. Como esta gramtica se destina a ensinar tal norma, visando sua ascenso social, chega de papo! Sirva-se!
  • 56. Captulo 1 Fonologia Definio Quando usamos a lngua falada, saem sons de nossa boca, certo? Esses sons se combinam e formam palavras, certo? Essas palavras, por sua vez, podem ter seu sen-tido modificado caso uma parte sonora seja modificada, certo? Ok, ento. A Fonologia a parte da gramtica que estuda os sons da lngua, sua capacid-ade de combinao e sua capacidade de distino. Ela se ocupa da funo dos sons dentro da lngua, os quais permitem aos falantes formar palavras e distinguir signi-ficados. o estudo dela que nos interessa para as provas de concursos pblicos. O estudo da Fontica no nos importa. Ah, ento existe uma distino entre Fontica e Fonologia? Sim! A Fontica descreve os aspectos articulatrios e as propriedades fsicas de todos os sons, ou seja, trata da produo dos sons, como eles se formam etc. Poxa, Pestana, ento vo-c no vai mostrar todo o aparelho fonador, a boca, a lngua, os dentes, a tran-scrio fontica etc. e tal? E-xa-ta-men-te! No vou falar nada disso. Mas por qu? Simples. Porque no cai em prova. Outra informao: no usarei smbolos de tran-scrio fontica nem barras para marcar um fonema; meu objetivo facilitar e ir direto linguagem das provas. Reitero: s os aspectos da Fonologia importam para provas de concursos pblicos! Em questes bem antigas (dcada de 80, 90), at havia questes sobre Font-ica. Hoje em dia, voc no precisa se preocupar com isso. Graas a Deus! Quanto menos tiver de saber detalhes da gramtica para acertar uma questo na prova e ser feliz, melhor para voc. Concorda? Encher linguia no minha praia. Preciso ser preciso. Ento... vamos l!
  • 57. Fonema O fonema a menor unidade sonora da palavra e exerce duas funes: form-ar palavras e distinguir uma palavra da outra. mais simples do que parece: quando os fonemas se combinam, formam pa-lavras, ou seja, C + A + S + A = CASA. Percebeu? Quatro fonemas (sons) se combin-aram e formaram uma palavra. Se substituirmos agora o som S por P, haver uma nova palavra, certo? CAPA. A combinao de diferentes fonemas permite a formao de novas palavras com diferentes sentidos. Portanto, os fonemas de uma lngua tm duas funes bem importantes: formar palavras e distinguir uma palavra da outra. Ex.: cal / Gal / mal / sal / tal... moo / moa / mao / maa / ma... Com a troca de fonemas, novas palavras surgiram, com sentidos diferentes. Percebeu? Letra A letra um smbolo que representa um som, a representao grfica dos fonemas da fala. bom saber dois aspectos da letra: pode representar mais de um fonema ou pode simplesmente ajudar na pronncia de um fonema. Como assim? Por exemplo, a letra X pode representar os sons X (enxame), Z (exame), S (txtil) e KS (sexo; neste caso a letra X representa dois fonemas K e S = KS). Ou seja, uma letra pode representar mais de um fonema. s vezes a letra chamada de diacrtica, pois vem direita de outra letra para representar um fonema s. Por exemplo, na palavra cachaa, a letra H no repres-enta som algum, mas, nesta situao, ajuda-nos a perceber que CH tem som de X, como em xaveco. Vale a pena dizer que nem sempre as palavras apresentam nmero idntico de letras e fonemas. Ex.: mola > 4 letras, 4 fonemas guia > 4 letras, 3 fonemas 59/1611
  • 58. 60/1611 Percebeu que o U em GU no tem som? uma letra diacrtica. Agora, em gua, o U pronunciado, logo no mais uma letra diacrtica. Simples assim. Tome cuidado, pois existem algumas palavras em que se pode pronunciar o X como Z ou KS: hexgono. Logo, se fssemos analisar o nmero de letras e de fonemas, diramos que, se pronunciarmos o X com som de Z, haver 8 letras e 7 fonemas; caso pronunciemos o X com som de KS, haver 8 letras e 8 fonemas. O H no pronunciado, bvio. S de curiosidade: na palavra inexorvel, o X tem som de Z, logo h 10 letras e 10 fonemas. Dgrafo e Dfono O dgrafo constitui-se de duas letras representando um s fonema. A segunda letra diacrtica, isto , existe apenas para ajudar numa determinada pronncia. Por exemplo, se dissermos caro, o R ter um som diferente de RR, em carro. Este se-gundo R, em carro, uma letra diacrtica. H dois tipos: consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, s, xc, xs. Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, arrasto, assado, descen-dente, cresa, excitado, exsudar. voclicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma slaba (!) Ex.: campo, anta/empresa, entrada/imbatvel, caindo/ombro, onda/umbigo, untar. Chamamos de dfono o som KS representado pela letra X. Ex.: txico (tksico), complexo (complekso), trax (traks)... Cuidado!!! 1) O M e o N usados aps as vogais, nasalizando-as, no so fonemas nem con-soantes. Logo, se o homem da banca quiser dar uma pernada em vo-c, ele vai dizer que ocorre o encontro de duas consoantes em menta, por exemplo. No caia nessa! O M e o N so apenas marcas de nasalizao da
  • 59. 61/1611 vogal, como se fossem um til (~). Se vierem, porm, antes da vogal (na-ta-o) ou em outra slaba (Fa-bi-a-na), a sim so fonemas, so, de fato, consoantes. 2) Sempre que uma palavra tiver dgrafo, o nmero de letras ser maior que o nmero de fonemas. Na palavra champanha, h 9 letras e 6 fonemas, pois h dois dgrafos consonantais (ch, nh) e um voclico (am). 3) Se as palavras terminam em -AM, -EM, -EN(S), tais terminaes no so d-grafos voclicos, mas sim ditongos decrescentes nasais. Falarei mais disso daqui a pouco. 4) Parece bobeira, mas no confunda, por exemplo, piscina (sc: 1 som), escola (sc: 2 sons). Outra informao: na antiga ortografia, os dgrafos GU e QU, que s so dgrafos se seguidos da letra E ou I, recebiam trema em algu-mas palavras, o que facilitava a nossa vida em palavras como qiproqu (os us so pronunciados, mesmo sem trema: quiproqu). Hoje (com a nova or-tografia), sem trema, algumas palavras podem dificultar nossa vida. Exem-plo: como se pronuncia liquidificador? Pronunciando o U ou no? As duas formas so possveis (qi/qui), mas se acostume com a ausncia do trema, que tanto facilitava nossa vida na pronncia das palavras. Depois re-clamavam dele! Vai deixar saudades... 5) A letra H chamada de letra etimolgica, pois se manteve do latim at o por-tugus atual. No representa fonema algum. 6) Nunca demais dizer que depois de M se usa P e B: mbar, amplexo, embromar, emprstimo etc. Classificao dos Fonemas Os fonemas so de trs tipos: vogais, semivogais e consoantes. Vogais So fonemas produzidos livremente, sem obstruo da passagem do ar. So mais tnicos, ou seja, tm a pronncia mais forte que as semivogais. So o centro de toda slaba. Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais (indicadas
  • 60. 62/1611 pelo ~, m, n). As vogais so A, E, I, O, U, que podem ser representadas pelas letras abaixo. Veja: A: casa (oral), cama (nasal) E: hlio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro (nasal) I: amigo (oral), ndio (nasal) O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado), longe (nasal) U: sade (oral), untar (nasal) Y: hobby (oral) Obs.: Os fonemas voclicos representados pelas letras E e O so pronunciados, respectivamente, como I e U quando terminam palavra: pente (penti); ovo (ovu). No Sul do pas, a pronncia alterna. Outra informao im-portante: sempre que o acento agudo ou circunflexo estiver em cima de E, I, O, U, tais fonemas sero vogais; o A ser sempre vogal! Semivogais Os fonemas semivoclicos (ou semivogais) tm o som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma slaba). So menos tnicos (mais fracos na pronncia) que as vogais. So representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja: pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois est apoiada em uma vogal, na mesma slaba. mouro: note que a letra U representa uma semivogal, pois est apoiada em uma vogal, na mesma slaba. me: note que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e est apoiada em uma vogal, na mesma slaba. po: note que a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e est apoi-ada em uma vogal, na mesma slaba. cantam: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U e est apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= cantu).
  • 61. 63/1611 dancem: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de I e est apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= danci). hfen: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e est apoi-ada em uma vogal, na mesma slaba (= hfi). glutens: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e est apoi-ada em uma vogal, na mesma slaba (= glutis). windsurf: note que a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U e est apoiada em uma vogal, na mesma slaba. office boy: note que a letra Y representa uma semivogal, pois tem som de I e est apoiada em uma vogal, na mesma slaba. Cuidado!!! 1) Celso Cunha, Sacconi e outros gramticos, por exemplo, consideram a letra L uma semivogal em fim de slaba (sal, mal, sol, alto...) por ter som de U. No Sul do Brasil, entretanto, mesmo nessa situao, o L tem som de L mesmo, predominantemente. Nunca vi em concurso algum tal exigncia, mas... nunca se sabe... vai que... 2) Em um encontro voclico, para saber qual fonema voclico vogal ou semivogal, sugiro substituir as vogais por valores de intensidade; assim: A=3, E=2, I=1, O=2, U=1. Por exemplo, em vcuo (u=1, o=2, logo U semivogal e O vogal). Saiba que o encontro voclico -eo (leo), por no se encaixar na minha sugesto, analisado assim: semivogal (e) + vogal (o). Por fim, num encontro voclico com I e U, o que vier aps outro ser, normalmente, vogal. Uma maneira de perceber isso colocando um acento agudo hipottico em cima desses fonemas; Ex.: partu (i, vogal; u, semivogal); gratito (u, vogal; i, semivogal); sagu (u, semivogal; i, vogal). Esta ltima palavra escrita com trema, segundo a antiga ortografia. 4) As palavras windsurf e office boy, de origem estrangeira, j figuram nos dicionrios de lngua portuguesa do Brasil, por isso no podemos deixar de analisar as j consideradas letras do nosso alfabeto K, W e Y sob uma perspectiva fonolgica. S de curiosidade: Charles Darwin (w com som de u, semivogal).
  • 62. Consoantes So fonemas produzidos com interferncia de um ou mais rgos da boca (dentes, lngua, lbios). Todas as demais letras do alfabeto representam, na escrita, os fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com som de V, Wagner), X, Z. Slaba A slaba , normalmente, um grupo de fonemas centrados numa vogal. Toda slaba expressa numa s emisso de voz, havendo breves pausas entre cada slaba. Isso fica mais perceptvel quando pronunciamos uma palavra bem pausadamente. Por isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar as slabas falar bem pausa-damente a palavra. Exemplo: FO... NO... LO... GI... A. Percebeu? Fique sabendo que a base da slaba a vogal e, sem ela, no h slaba, ok? H palavras com apenas uma vogal formando cada slaba: a, que se pronuncia a- (duas slabas). Quanto ao nmero de slabas, as palavras classificam-se em: Monosslabas (uma vogal, uma slaba): mo. Disslabas (duas vogais, duas slabas): man-ga. Trisslabas (trs vogais, trs slabas): man-guei-ra. Polisslabas (mais de trs vogais, mais de trs slabas): man-guei-ren-se. Ou quem sabe esta: pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-li-co-vul-ca-no-co-ni-- ti-co. Se eu ainda sei contar, so 20 vogais, logo 20 slabas. Esta polisslaba desde criancinha! Quanto tonicidade, h slaba tnica (alta intensidade na pronncia) e tona (baixa intensidade na pronncia). Sempre h apenas uma (1) slaba tnica por pa-lavra, ok? Ela se encontra em uma das trs slabas finais da palavra (isto , se a pa-lavra apresentar trs slabas). Bizu: se houver acento agudo ou circunflexo em uma das vogais, a estar a slaba tnica da palavra. Qual seria, ento, a slaba tnica de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconitico? Moleza, no? Veja: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconitico. 64/1611
  • 63. 65/1611 Se no houver acento agudo ou circunflexo para facilitar a nossa vida, coloque um acento hipottico para identificar a slaba tnica: cstelo, castlo ou castel? Como falamos? claro que a slaba tnica a segunda: cas-te-lo. Quanto posio da slaba tnica, as palavras s podem ser: Oxtonas (ltima slaba tnica): condor. Paroxtonas (penltima slaba tnica): rubrica. Proparoxtonas (antepenltima slaba tnica): nterim. Cuidado!!! 1) Conhea a posio da slaba tnica de algumas palavras: Sbia, saBIa, sabi, misTER, noBEL, ureTER, ruIM, filanTROpo, puDIco, reCORde, graTUIto, iBEro, Lvedo, aRete, Znite, QUops... 2) H palavras que tm dupla possibilidade de posio da slaba tnica: proJtil/ projeTIL, RPtil/repTIL, Xrox/XeROX... Note que h mudana na acentu-ao grfica... 3) S para relaxar: A sbia no sabia que o sbio sabia que o sabi sabia assobi-ar. E as slabas tnicas? Falaremos sobre Prosdia (assunto que trata, basicamente, da correta posio da slaba tnica) com calma mais frente. Relax! Encontros Voclicos Como o nome sugere, o contato entre fonemas voclicos. H trs tipos: Hiato Ocorre hiato quando h o encontro de duas vogais, que acabam ficando em slabas separadas (V V), porque s pode haver uma vogal por slaba. Ex.: sa--da, ra-i-nha, ba-s, ca-s-te, tu-cu-m-, su-cu-u-ba, ru-im, j-ni-or...
  • 64. 66/1611 Cuidado!!! 1) Em palavras com a sequncia V+SV+V, como praia, meio, joio, ocorre um falso hiato, vulgarmente falando. Isso ocorre porque prai-a, por exemplo, ap-resenta semivogal (i) separada de vogal (a). Na realidade, o que ocorre um fenmeno chamado glide, isto , cada uma das palavras acima ap-resenta dois ditongos, pois a semivogal (i) se prolonga at a slaba seguinte: (prai-ia, mei-io...). Nunca vi isso em prova de concurso, mas... nunca se sabe... 2) As palavras rio, cio, mia, tia, dia no so monossilbicas! So dissilbicas, pois apresentam hiato! Ditongo Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal). Crescente (SV + V, na mesma slaba): Ex.: magistrio (oral), srie (oral), vrzea (oral), quota (oral), quatorze (oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinqunio (nasal)... Decrescente (V + SV, na mesma slaba): Ex.: item (nasal), amam (nasal), smen (nasal), cibra (nasal), caule (or-al), ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)... Cuidado!!! 1) Os ditongos no so separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, - oa, -ua, -ue, -uo) so vistos pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) e por muitos gramticos como possveis hiatos de palavras pro-paroxtonas acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-t-ria (paroxtona/ ditongo crescente) ou his-t-ri-a (proparoxtona/hiato). Em concurso, comunssima a primeira anlise, ou seja, u-rea, plm-beo, ca-l-nia, s-rie, co-l- gio, m-goa, -gua, tnue, trduo. Olho vivo! 2) Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou no verbo), -en (nome), - en(s) (verbo ou no verbo) apresentam ditongo decrescente nasal
  • 65. 67/1611 (tambm chamado de ditongo fontico). Exemplo: danam (= u), bebem (= i), sem (= i), glten (= i), contns (= i), hifens (= i)... Mesmo com sufixo, o ditongo se mantm: trenzinho, vintenzinho... 3) A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausncia de marca de nasalizao. A Lngua Portuguesa apresenta outras palavras assim: Elaine, andaime, plaino, aaima (do verbo aaimar), Roraima (tam-bm existe a pronncia Rorima), etc. 4) Interessante a palavra ioi, que se separa em io-i (h dois ditongos crescen-tes). Outras palavras podem apresentar mais de um encontro voclico, como Pi-au- (um hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuid-ado tambm com as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos decrescentes, e no hiatos! Tritongo O tritongo a unio de SV + V + SV na mesma slaba; pode ser oral ou nasal. Ex.: saguo (nasal), Paraguai (oral), enxguem (nasal), averiguou (oral), desguam (nasal), aguei (oral)... Cuidado!!! 1) O M dos exemplos de tritongo uma semivogal. Logo, no pense que, em enxguem e desguam, os encontros UEM e UAM formam ditongos cres-centes nasais. So tritongos: SV+V+SV. 2) H duas palavras perigosas: se-quoi-a e ra-diou-vin-te. H tritongo nelas, hein! 3) Como eu j disse mais acima (em Hiato), palavras como praia, joio, veia no tm tritongo! Encontros Consonantais a sequncia de consoantes numa palavra. Existem os perfeitos (inseparveis, pois ficam na mesma slaba) e os imperfeitos (separveis, pois no ficam na mesma
  • 66. 68/1611 slaba). Geralmente, os encontros consonantais perfeitos apresentam consoante + l ou r. Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-go Vasco (imperfeito) > Vas-co Obs.: No confunda encontro consonantal com dgrafo consonantal! Exemplo: campo (o M nasaliza a vogal anterior; no consoante, s uma marca de nasalizao; no forma encontro consonantal com P!). Separao Silbica Trata da adequada separao das slabas de uma palavra. Lembre-se: toda slaba tem de apresentar uma vogal. Separam-se Os hiatos: va-ri-a-do, car-na--ba, pa-ra--so, ru--na, cu-ri-o-so, l-co-ois (ou al-co-is)... Os dgrafos (rr, ss, sc, s, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-o, nas-cer, des-a, ex-ces-so, ex-si-car... Os encontros consonantais que no iniciam imediatamente as palavras (p, bd, cc, c, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-o, ab-di-car, oc-ci-pi-tal, fic-o, t-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-o, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-do, ins-pi-rar, cons-pur-car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-n-sia, ab-rup-to... Obs.: Quando a palavra for seguida de um conjunto de consoantes, separar-se- a ltima da penltima: tungs-t-nio, felds-pa-to, sols-t-cio, pers-pi-caz... Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se.
  • 67. A ltima consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), quando seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-v, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, ci-sal-pi-no, tran-sa-tln-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue, in-te-res-ta-du-al... Obs.: preciso ateno quando uma palavra PARECE ter prefixo. Exemplo: sub-oficial (a palavra oficial existe, logo sub prefixo; assim: su-bo-fi-ci-al), mas sublime (a palavra lime no existe, logo sub pertence ao radical, no prefixo; assim: su-bli-me). No se separam Ditongos e tritongos: a-rac-ni-de-o (proparoxtona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, pleu-ra, bai-xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so, pli-a-de, Cui-a-b, boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, en-xa-guou... Obs.: Muitos dicionrios divergem quanto separao do encontro voclico -io no meio da palavra; analisam ora como ditongo, ora como hiato (am-bas as formas esto adequadas, por falta de consenso). Exemplo: fi-si-o- te-ra-pi-a (ou fi-sio-te-ra-pi-a). Dgrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra... Encontros consonantais perfeitos no incio de palavras, normalmente: gno-mo, mne-m-ni-co, pneu-m-ti-co, psi-c-lo-go, pro-ble-ma, cni-d-rio... A ltima consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se seguida de consoante, no formar nova slaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dn-cia, sub-li- nhar (cai muito em prova!), cis-pla-ti-no, trans-por-tar, su-per-ho-mem, ex-car-ce-rar, in-ter-na- cio-nal... Cuidado!!! 69/1611
  • 68. A translineao silbica trata da separao das slabas de uma linha para outra em um texto formal, como em uma Redao Oficial. Seguem as normas gramat-icais estabelecidas para a diviso silbica em uma redao: 1) Deve-se evitar que a slaba constituda de vogal fique isolada no fim ou no in-cio de linha: mi-do, e no -mido. 2) Deve-se evitar que a translineao provoque a ocorrncia de palavras chulas ou inadequadas: apsto-lo, e no aps-tolo; dispu-ta, e no dis-puta. O Novo Acordo Ortogrfico recomenda, por clareza grfica, quando o hfen de palavra composta, ou com prefixo, coincidir com o fim de linha, repeti-lo no in-cio da linha seguinte: .......................A defesa pleiteou no pedido de habeas corpus a expedio de salvo- -conduto para que o militar no fosse............................................................................ Ortoepia e Prosdia Ortoepia ou Ortopia trata da pronncia adequada das palavras. J a Prosdia trata, basicamente, da correta acentuao tnica das palavras, ou seja, da posio adequada da slaba tnica das palavras. Quando algum comete um desvio de prosdia, damos a isso o nome de silabada deslocamento da slaba tnica. Este assunto est ligado fonologia, ortografia e acentuao, por isso revisite-o sempre. No incomum ouvirmos as pessoas dizendo menDINgo, morTANdela, aDEvogado, PREvilgio ou Rcorde, Rbrica, inteRIM, gratuto etc., certo? At o mais conceituado apresentador de telejornal brasileiro diz Rcorde! Preste ateno! No entanto, sabemos que mendigo, mortadela, advogado e privilgio so as ad-equadas pronncias, o que acaba influenciando a ortografia, percebe? Sabemos tambm que o adequado reCORde, ruBRIca, Nterim, graTUIto. Beleza? Ns, falantes cultos da lngua, devemos nos preocupar muito em pronunciar adequadamente as palavras, sem acrescentar ou retirar partes das palavras, ou ainda deslocar a posio da slaba tnica delas. Nossa ascenso social depende disso, seja em uma entrevista de emprego seja em uma prova de concurso. Fique ligado nisso! Leia e releia os desvios mais clssicos: 70/1611
  • 69. ADEQUADO Admisso INADEQUADO Adimisso* Absoluto Abissoluto Advogado Adevogado Aforismo Aforisma Aleijar Alejar Aterrissagem Aterrizagem Adivinhar Advinhar Apropriado Apropiado Bandeja Bandeija Bugiganga Buginganga Beneficente Beneficiente Bebedouro Bebedor Bochecha Buchecha Boteco Buteco Braguilha Barguilha Bueiro Boeiro Cabeleireiro Cabelereiro Caranguejo Carangueijo Cutucar Cotucar 71/1611
  • 70. Creolina Criolina Descarrilar Descarrilhar Digladiar Degladiar Disenteria Desinteria Empecilho Impecilho Engajamento Enganjamento Estourar Estorar Estupro Estrupo Esteja Esteje Etimologia Etmologia Fratricdio Fatricdio Freada Freiada Fragrncia Fragncia Frustrao Frustao Intitular Entitular Lagarto Largato Lagartixa Largatixa Manteigueira Mantegueira Mendigo Mendingo Meritssimo Meretssimo 72/1611
  • 71. Meteorologia Meterologia Mortadela Mortandela Prazerosamente Prazeirosamente Privilgio Previlgio Problema Pobrema/Poblema Proprietrio Propietrio Prostrar Prostar Reivindicar Reinvidicar Salsicha Salchicha Seja Seje Sobrancelha Sombrancelha Supeto Sopeto Superstio Supertio Tbua Talba Txico Txico (ch) Umbigo Imbigo Basculante Vasculante 73/1611 * Para os professores de planto, no entrarei no mrito da epntese e de outros fenmenos prosdicos, pois isso no cai em prova.
  • 72. Algumas pronncias e grafias duplas registradas em dicionrios e/ou no VOLP acrbata ou acrobata/aborgine ou aborgene/arteriosclerose ou aterosclerose/abbada ou abboda/assoviar ou assobiar/aterrissar ou aterrizar/bomia ou boemia/infarto, infarte, en-farte ou enfarto/diabetes ou diabete/percentagem ou porcentagem/ambrsia ou ambrosia/ hierglifo ou hieroglifo/Ocenia ou Oceania/xerox ou xrox/zngo ou zango/autopsia ou autpsia/biopsia ou bipsia/ortoepia ou ortopia/projtil ou projetil/rptil ou reptil/sror ou soror/homlia ou homilia/Madagscar ou Madagascar/eltrodo ou eletrodo/dplex ou duplex (...) Quanto ao timbre da vogal, h muito desacordo entre os gramticos. Tentei alistar algumas palavras em que h certo consenso, mas, cada vez que eu pesquisava mais profundamente, ficava mais desesperado. H muuuuuita discordncia! Voc no tem ideia. Por isso minha lista breve: Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, coldre, dolo, grelha, inodoro, ileso, leso, molho (feixe, conjunto), obeso, obsoleto, piloro, suor. Com timbre fechado: acervo, alcova, algoz, algozes (pode ser com timbre aberto), bodas, crosta, cerda, escaravelho, omeleta (a pronncia de omelte polmica), reses, torpe. O Que Cai Mais na Prova? Se eu fosse voc, estudaria a posio da slaba tnica (proparoxtona, par-oxtona, oxtona), os encontros voclicos (hiato, ditongo, tritongo) e as separaes silbicas. Questes de Concursos Veja agora quais bancas gostam de trabalhar questes de Fonologia. De uma coisa eu tenho certeza: a maioria das questes relacionadas Fonologia, atual-mente, no so trabalhadas pelas bancas de maior prestgio no universo dos con-cursos civis. Alm disso, a maior parte das questes de nvel fundamental/mdio. Adaptei as questes antigas (antes de 2009) nova ortografia, que agora foi adiada para 2016. Chega de papo! Vamos trabalhar! 74/1611
  • 73. 1. (NCE/UFRJ TRE/RJ Auxiliar Judicirio 2001) O item abaixo que apresenta erradamente uma separao de slabas : a) trans-o-ce--ni-co; b) cor-rup-te-la; c) sub-li-nhar; d) pneu-m-ti-co; e) e-co-no-mi-a. 2. (FGV SPTRANS Especialista em Transportes 2001) Assinale a alternativa em que o x repres-enta fonema igual ao de exame. a) exceto. b) enxame. c) xido. d) exequvel. 3. (Vunesp Prefeitura de So Paulo Auxiliar de Zoonoses 2002) Assinale a alternativa em que as slabas de todas as palavras esto separadas corretamente. a) fi-ngem, no-rte, con-fu-nde. b) ex- pres- so, ln-gua, fo-ra. c) ali-men-tar, vi-vos, ga-mb. d) qu-an-do, a-ta-ca-dos, i-sso. 4. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia 2002) Todas as palavras a seguir apresentam o mesmo nmero de slabas e so paroxtonas, EXCETO: a) gratuito; b) silencio; c) insensvel; d) melodia. 5. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia 2002) Assinale a alternativa INCORRETA quanto descrio da palavra. a) distinguir: um encontro consonantal e dois dgrafos. b) cinquento: dois encontros consonantais, um ditongo crescente e um ditongo decrescente. c) quiproqu: dois ditongos crescentes e um encontro consonantal. d) antiguidade: dois dgrafos e nenhum ditongo. 6. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia 2002) Assinale a alternativa CORRETA quanto diviso silbica, ortografia e anlise da estrutura fontica da palavra em destaque. a) se-ri-s-si-mo vocbulo proparoxtono, com um hiato e um dgrafo. b) ar-rit-mia vocbulo oxtono, com dois encontros consonantais e um ditongo crescente. c) flu-i-dos vocbulo paroxtono, com um encontro consonantal e um hiato. d) pre-ten-ci-o-so vocbulo paroxtono, com um encontro consonantal, um dgrafo e um hiato. 75/1611
  • 74. 7. (FUMARC BHTRANS Assistente Administrativo 2003) Ambas as palavras contm exemplo de dgrafo em: a) questionrio/recursos; b) perspectiva/descer; c) bairro/maravilhosa; d) passividade/telespectador. 8. (FUMARC Cmara Municipal de Ouro Preto Advogado 2004) Ambas as palavras contm ex-emplo de dgrafo em: a) magma/massa; b) nascer/exceto; c) seccional/barro; d) afta/minha. 9. (Cesgranrio Assembleia Legislativa/TO Auxiliar Legislativo (Manuteno e Conservao) 2005) H ERRO na separao silbica da palavra: a) a-ver-me-lha-do; b) pi-co-l; c) Ro-ra-i-ma; d) nu-tri-ti-vo; e) sil-ves-tre. 10. (OFFICIUM TJ/RS Auxiliar Judicirio 2005) Assinale a alternativa em que os segmentos destacados representam o mesmo fonema (som). a) desperdcio desperdiamos. b) jbilo gargalo. c) produo doses. d) reservamos burocracia. e) excessos xampu. 11. (IPAD COMPESA Operador de Sistemas 2006) Analise a diviso silbica das palavras abaixo. 1. convico con-vic-o. 2. abstrato ab-stra-to. 3. transparncia tran-spa-rn-ci-a. 4. nascimento nas-ci-men-to. Esto corretas: a) 1, 2, 3 e 4. b) 1 e 4, apenas. c) 2 e 3, apenas. d) 1, 3 e 4, apenas. e) 2, 3 e 4, apenas. 12. (FCC MPU Analista de Sade 2007) (Adaptada) A afirmao abaixo est correta ou incorreta? A gramtica prescreve que o vocbulo adjacentes seja assim separado em slabas: a-dja-cen- tes. 76/1611
  • 75. 13. (FEPESE Prefeitura de Balnerio de Cambori Arquiteto 2008) Observe a frase, retirada do texto: Entreabri os olhos e deparei com uma quantidade enorme de cascalho e areia. Coloque dentro dos parnteses (coluna 2) o nmero que corresponda classificao correta dos conjuntos destacados, de acordo com a coluna 1 (no permitido repetir qualquer nmero). Coluna 1 Coluna 2 1. hiato ( ) abri 2. ditongo decrescente ( ) olhos 3. ditongo crescente ( ) quantidade 4. grupo consonantal ( ) deparei 5. dgrafo ( ) entreabri Assinale agora a resposta que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo. a) 1 4 3 2 5. b) 4 5 3 1 2. c) 4 5 3 2 1. d) 5 4 3 2 1. e) 5 4 2 3 1. 14. (Cespe/UnB UEPA Auxiliar de Laboratrio 2008) Assinale a opo em que as palavras ap-resentam, em sequncia, ditongo / hiato / ditongo. a) outra / comeu / coisa. b) comeu / chorou / rainha. c) diante / muito / teus. d) meus / piavam / pai. 15. (Cespe/UnB SGA Auxiliar de Servios Gerais 2008) A letra x, em encaixar, representa o mesmo som que em asfixia, engraxar e luxo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16. (Cespe/UnB SEBRAE/BA Assistente 2008) A seguinte separao de palavras polisslabas do texto est correta: tes-tos-te-ro-na; neu-ro-lo-gis-ta; pu-ds-se-mos; sa-be-r-a-mos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 17. (Cespe/UnB CEHAP Auxiliar de Servios Administrativos 2009) Assinale a opo que ap-resenta o vocbulo classificado inadequadamente quanto ao nmero de slabas. a) acredito polisslabo. b) comigo trisslabo. 77/1611
  • 76. c) Rosinha disslabo. d) eu monosslabo. 18. (AOCP Cmara de Paranava Procurador 2010) Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a seguir. a) Na palavra humanos, h 7 letras e 7 fonemas. b) Na palavra balana, h 7 letras e 7 fonemas. c) Na palavra guerra, h 6 letras e 4 fonemas. d) Na palavra campanha, h 8 letras e 7 fonemas. e) Na palavra terras, h 6 letras e 6 fonemas. 19. (AOCP Cmara de Paranava Procurador 2010) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma a seguir. a) Na palavra detalhamento, h, respectivamente, um dgrafo consonantal e um dgrafo voclico. b) Na palavra promessas, h, respectivamente, um encontro consonantal e um dgrafo consonantal. c) Na palavra revanchismo, h, respectivamente, um dgrafo voclico e um dgrafo consonantal. d) Na palavra discusses, h, respectivamente, um dgrafo consonantal e um dgrafo consonantal. e) Na palavra programa, h, respectivamente, um encontro consonantal e um encontro consonantal. A construo a seguir servir de base para as questes seguintes: ... at um pecado acreditar que Deus, Nosso Senhor, l do seu trono, no Paraso, vai se preocupar em quebrar o salto do teu sapato e, por via disso, pr fim a um caso de amor. 20. (Exames Prefeitura de Itapororoca/PB Procurador Jurdico 2010) Na primeira palavra sub-linhada, podemos perceber: a) um encontro consonantal provido de sons distintos; b) um tritongo; c) um hiato; d) um dgrafo; e) um ditongo. 21. (Exames Prefeitura de Itapororoca/PB Procurador Jurdico 2010) Na segunda palavra sub-linhada, podemos identificar: a) um encontro consonantal provido de sons distintos; b) um tritongo; c) um hiato; d) um dgrafo; e) um ditongo. 78/1611
  • 77. 22. (AOCP Prefeitura Municipal de Camaari Procurador Municipal 2010) Assinale a alternativa em que todas as palavras so proparoxtonas. a) documentos, dirigentes, pesquisadora. b) pblicas, pedaggico, fsica. c) adicionais, levantamento, atividades. d) contador, eliminados, escolas. e) gestores, concentrassem, sistema. 23. (AOCP Prefeitura Municipal de Camaari Procurador Municipal 2010) Assinale a nica al-ternativa que apresenta apenas um encontro voclico. a) relatrios. b) violncia. c) regionais. d) reunies. e) funcionrios. 24. (Consulplan Assessor Legislativo 2010) Na palavra barriga h ocorrncia de: a) encontro voclico; b) tritongo; c) dgrafo; d) hiato; e) ditongo crescente. 25. (Consulplan Assistente Administrativo 2010) Assinale a alternativa em que a palavra sublin-hada um ditongo oral crescente: a) Voc no contribuiu para a contaminao da gua. b) Aps as chuvas, a cidade est um caos. c) ... o processo inteiro passou por critrios de proteo ao meio ambiente. d) ... os alimentos da estao costumam ser mais bonitos e gostosos. e) A protena necessria para o organismo. 26. (Consulplan Assistente Administrativo 2010) Dadas as palavras com separao silbica: 1. plstico. 2. contribuir. 3. avaliar. Est(o) correta(s) apenas a(s) palavra(s): a) 1. b) 2. c) 3. d) 1 e 3. e) 1 e 2. 27. (Consulplan Profissional de rea Tcnica (PRAT) 2011) A palavra horrores apresenta: a) ditongo; b) dgrafo; c) tritongo; d) encontro voclico; 79/1611
  • 78. e) hiato. 28. (Consulplan Tcnico em Informtica 2011) Por trs de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada. As palavras destacadas apresentam, respectivamente: a) encontro voclico / dgrafo / encontros voclicos; b) hiato / dgrafo / encontros consonantais; c) encontro consonantal / ditongo / dgrafos; d) tritongo / ditongo / dgrafos; e) encontro consonantal / dgrafo / dgrafos. 29. (IPAD SENAC/PE Auxiliar Administrativo 2011) O termo que se enquadra na mesma justific-ativa de tnis, quanto tonicidade, : a) enfatizar; b) acabar; c) Natal; d) consumismo; e) espiritual. 30. (AOCP CISMEPAR Auxiliar de Servios Gerais 2011) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao nmero de slabas. a) Reduo (trisslaba). b) Acontece (polisslaba). c) Hipertenso (polisslaba). d) Lei (monosslaba). e) Sade (disslaba). 31. (FUMARC Prefeitura de Nova Lima/MG Estagirio de Tcnico em Administrao 2012) Con-sidere estes grupos de palavras: I. co l gi o; bra si le i ras; as pe ctos. II. e nig ma; pror ro gar; ca n rio. III. due lo; mi do; su bli nhar. IV. in con tes t vel; eu ro pei a; i guais. A correta diviso silbica de todas as palavras pode ser observada: a) apenas em II; b) apenas em II e IV; c) apenas em III e IV; d) apenas em I e IV. 32. (FUMARC Prefeitura de Nova Lima/MG Engenheiro Civil 2012) (Adaptada) As afirmaes abaixo esto corretas ou incorretas? TEXTO I Na escola dos meus sonhos, os professores so bem pagos e no precisam pular de colgio em colgio para se poderem manter. Pois a escola de uma sociedade em que educao no privilgio, mas direito universal, e o acesso a ela, graas a Deus, dever obrigatrio. TEXTO II 80/1611
  • 79. No primeiro balo da tirinha observa-se a presena de hiato e encontro consonantal. No Texto I, as palavras colgio e obrigatrio possuem ditongos decrescentes orais. 33. (CEPERJ SEAP/RJ Inspetor de Segurana e Administrao Penitenciria 2012) Na palavra fazer, notam-se 5 fonemas. O mesmo nmero de fonemas ocorre na palavra da seguinte alternativa: a) tatuar. b) quando. c) doutor. d) ainda. e) alm. 34. (QUADRIX CFP Analista Tcnico (Psicologia) 2012) Sobre a palavra pessoa, analise as seguintes informaes: I. No possui dgrafos ou hiatos. II. uma paroxtona. III. trisslaba. Est correto o que se afirma em: a) somente I e II; b) somente II e III; c) somente I e III; d) todas; e) nenhuma. 35. (FAB EEAr Controlador de Trfego Areo 2012) Observe: fre-ar: contm hiato pou-co: contm ditongo oral decrescente Em qual alternativa a palavra no apresenta nenhuma das classificaes acima? a) aorta. b) miolo. c) vaidade. d) quatro. 81/1611
  • 80. Gabarito 1. A. 8. B. 15. ERRADO. 22. B. 29. D. 2. D. 9. C. 16. CERTO. 23. A. 30. E. 3. B. 10. A. 17. C. 24. C. 31. B. 4. A. 11. B. 18. C. 25. A. 32. I- CORRETA. 5. B. 12. INCORRETO. 19. D. 26. E. 33. B. 6. A. 13. C. 20. D. 27. B. 34. B. 7. C. 14. D. 21. C. 28. E. 35. D. Os comentrios sobre as questes esto no site da editora na pgina www.elsevier.com.br/agramatica_pestana"> 82/1611
  • 81. Captulo 2 Acentuao Grfica Definio s vezes, quando vamos escrever algumas palavras, d uma agonia, no ? Como se escreve? Como se acentua? Qual a slaba tnica da criana? S de pensar que existem mais de 380 mil palavras na lngua portuguesa... Aff! Bem, este captulo no vai deix-lo na mo, mas prepare-se para muita de-coreba! O fato que voc ter a capacidade de acentuar adequadamente todas as palavras, ok? Bem, mas o que acentuao grfica, Pest? No nada complicado. A Acentuao Grfica trata da correta colocao de sinais grficos nas palav-ras. Nas palavras de um conceituado gramtico, as regras de acentuao visam sis-tematizar a leitura dos vocbulos da lngua; assim sendo, baseiam-se na posio da slaba tnica, no timbre da vogal, nos padres prosdicos menos comuns da lngua, na compreenso dos conceitos de encontros voclicos etc. Por isso recomendo que voc releia os encontros voclicos (Captulo 1). Muito importante! Para que voc no erre uma questo de acentuao (que sempre cai em prova!), preciso conhecer bem a posio da slaba tnica das palavras. Por isso v por mim! , reveja tambm Ortoepia e Prosdia (no Captulo 1). E, claro, no deixe de consultar um bom dicionrio e, principalmente, o VOLP (encontrado no site da ABL, a Academia Brasileira de Letras). Obs.: A nova ortografia, que iria entrar em vigor em 1o de janeiro de 2013, foi adiada para 2016 pelo governo federal. No entanto, como as bancas de concursos pblicos vm trabalhando as lies da nova ortografia em suas
  • 82. questes, optei por ensin-las nas lies deste captulo e do seguinte. Vamos ter bastante tempo agora para internalizar mais ainda as regras do Novo Acordo Ortogrfico. Tomara que no decidam fazer uma nova nova ortografia, seno a gente vai ficar maluco de tanto decorar regrinhas ortogrficas. Sinais Diacrticos Os sinais diacrticos, tambm chamados de notaes lxicas, servem para indi-car, dentre outros aspectos, a pronncia correta das palavras. Vejamos um por um: Acento agudo: marca a posio da slaba tnica e o timbre aberto. Ex.: J cursei a Faculdade de Histria. Acento circunflexo: marca a posio da slaba tnica e o timbre fechado. Ex.: Meu av e meus trs tios ainda so vivos. Acento grave: marca o fenmeno da crase. Ex.: Sou leal mulher da minha vida. Obs.: Esses trs primeiros so acentos grficos. Os demais so sinais. Til: marca a nasalizao das vogais a e o. Ex.: Amanh convidarei muitos ancies para a reunio. Cedilha: indica que o C tem som de SS. Ex.: Toda ao implica uma reao. Apstrofo: indica a supresso de uma vogal. Ex.: Devem-se limpar caixas dgua a cada 6 meses. Trema: marcava a semivocalizao do u nos grupos gue, gui, que, qui; na nova ortografia, s usado em palavras estrangeiras. 84/1611
  • 83. 85/1611 Ex.: Linguia, aguenta e quinqunio; Mller, mlleriano, Bndchen, Hbner, hbneriano, Schnberg... Hfen: marca a unio de vocbulos, a nclise, a mesclise e a separao das slabas. Ex.: gua-de-colnia, hiper-realista, v-lo, dar-te-ei, vai-da-de... Algumas Consideraes Importantes Acento prosdico (ou tnico) diferente de acento grfico. O primeiro marca a tonicidade, a fora com que se pronuncia uma slaba tnica, portanto est lig-ado pronncia, fala. o mesmo que slaba tnica. O segundo s per-tence escrita, como vimos nos exemplos do tpico anterior. Importante: en-quanto a maioria das palavras da lngua possuem acento tnico, apenas algu-mas apresentam acento grfico. Vale dizer que cada vocbulo s pode receber apenas um (1) acento grfico, que stricto sensu marca a posio da slaba tnica! No entanto, bons dicionrios, como Aulete e Priberam, grafam a palavra dmod (origem francesa) com dois acentos grficos. Em rfo, o til no considerado acento grfico, mas to somente marca de nasalizao, portanto s h um acento grfico mesmo. Em Tup, coincidentemente, o sinal grfico til (~) est na slaba tnica, mas seu papel apenas nasalizar a vogal. No obstante, em palavras com pronomes mesoclticos, pode haver dois acentos grficos: convid-la-amos e vend-lo-, por exemplo. Segundo os fillogos, o -amos e o - so formas contradas do verbo haver, que formou as desinncias verbais do portugus. Ento teramos um acento para cada palavra (convidar + haver). Um pouquinho de histria da lngua nunca demais... Algumas questes relacionadas acentuao grfica podem gerar falta de clareza, dependendo do contexto. Por exemplo, as palavras secretaria, fotografo, inicio, historia, numero, ate, baba, magoa, sabia, publico, amem, medico, negocio, musica, doido, contribui, fluido, fabrica, analise etc. podem ter o significado e, at mesmo, a classe gramatical mudados, se forem acentuadas: secretria, fotgrafo, incio, histria, nmero, at, bab, mgoa, sbia (sabi), pblico, amm, mdico, neg-cio, msica, dodo, contribu, fludo, fbrica, anlise etc. Muitas questes de con-cursos podem ser criadas em cima dessas palavras, que, sem acento, tm uma
  • 84. anlise fonolgica, um sentido e uma classe gramatical; mas, com acento, tm outra anlise fonolgica, outro sentido e outra classe gramatical. Percebeu agora a importncia dos acentos grficos? Exemplo de questo que trabalhou isso: FAB EEAr SARGENTO 2/2011 20. A ausncia do acento grfico pode modificar a classe gramatical de uma palavra. Em qual das alternativas h uma palavra que, se no for acentuada, deixa de ser um substantivo e passa a ser um verbo? a) inocncia, ignorncia, frequncia b) carncia, fragrncia, polcia c) comcio, fascnio, decncia d) palcio, domnio, cincia GABARITO: B. A forma v