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A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN Stéphane Rodrigues Dias Stéphane Rodrigues Dias PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS

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A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS. Stéphane Rodrigues Dias. O Modelo de Pesquisa. Abordagem por interfaces: Metateoria das Interfaces (COSTA, 2007) Linguagem: objeto complexo – Linguística/Ciências formais - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLNA GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

Stéphane Rodrigues DiasStéphane Rodrigues Dias

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS

Page 2: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

O Modelo de Pesquisa

Abordagem por interfaces: Metateoria das Interfaces (COSTA, 2007)

Linguagem: objeto complexo – Linguística/Ciências formais

Interfaces externas: Linguística/Ciência da Computação

Interfaces internas: Sintaxe /Processamento Automático de Línguas Naturais (PLN) e/ou Linguística Computacional (LC)

Objeto: conceito de gramática

Page 3: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

Objetivo geral

Tendo em vista a diversidade de conceitos, de Tendo em vista a diversidade de conceitos, de terminologia e de representações subjacentes a terminologia e de representações subjacentes a diferentes teorias gramaticais de base linguística e diferentes teorias gramaticais de base linguística e computacional, este artigo objetiva explicitar os computacional, este artigo objetiva explicitar os fundamentos epistemológicos de gramática fundamentos epistemológicos de gramática subjacentes às propostas de Gramática Categorial subjacentes às propostas de Gramática Categorial (TAG) e de Dependências (Gramática de Valências) na (TAG) e de Dependências (Gramática de Valências) na relação com a formalização para PLN, observando: (i) relação com a formalização para PLN, observando: (i) diferenças e semelhanças em termos de interfaces diferenças e semelhanças em termos de interfaces internas (morfologia/sintaxe, sintaxe/semântica; (ii) a internas (morfologia/sintaxe, sintaxe/semântica; (ii) a relação gramática/léxico (abordagem (bi)lexical, relação gramática/léxico (abordagem (bi)lexical, categorial) e (iii) a explicitude dessas escolhas na categorial) e (iii) a explicitude dessas escolhas na interface amigável teoria lingüística/ aplicação interface amigável teoria lingüística/ aplicação computacional, parte do compromisso teórico dos computacional, parte do compromisso teórico dos pesquisadores para uma interface clara e relevante pesquisadores para uma interface clara e relevante para ambas as áreas).para ambas as áreas).

Page 4: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

Interface Linguística/Ciência da Interface Linguística/Ciência da ComputaçãoComputação

Linguística computacional como sinônimo de PLN

LC como matriz e PLN como interface

LC como subárea da Inteligência Artificial (IA) – interface homem/máquina via linguagem natural

LC como subárea da Linguística Aplicada

LC como interseção entre Linguística e Ciências da Computação (DIAS-DA-SILVA, 2006)

Processamento computacional de língua natural, tanto no modo escrito quanto oral, “registrada em meio escrito” (DIAS-DA-SILVA, 2009)

Abordagem linguisticamente motivada: especificação explícita de propriedades e de regras ou padrões regulares de comportamento linguístico (idem).

“Processamento automático das línguas naturais” > “automatic natural language processing”, Inteligência Artificial e das Ciências da Computação. “Natural language processing” (PLN e o estudo do processamento da linguagem humana, no âmbito da Ciência Cognitiva (Garret, 1990).

Page 5: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

“ “Tomando por base o fato de os falantes processarem Tomando por base o fato de os falantes processarem as estruturas lingüísticas instantaneamente e os as estruturas lingüísticas instantaneamente e os resultados obtidos com a implementação computacional resultados obtidos com a implementação computacional da “Teoria Padrão” (Chomsky, 1965), Gazdar (1982) da “Teoria Padrão” (Chomsky, 1965), Gazdar (1982) mostra que as gramáticas gerativas, com seu grande mostra que as gramáticas gerativas, com seu grande número de dispositivos formais, são completamente número de dispositivos formais, são completamente inadequadas para servir de modelo de processamento inadequadas para servir de modelo de processamento das estruturas lingüísticas pelos falantes. A partir dessa das estruturas lingüísticas pelos falantes. A partir dessa análise, constrói um novo modelo de gramática, sem as análise, constrói um novo modelo de gramática, sem as clássicas “transformações” e o denomina Gramática clássicas “transformações” e o denomina Gramática Sintagmática Generalizada, origem da gramática Head-Sintagmática Generalizada, origem da gramática Head-driven Phrase Structure Grammar, mais conhecida pela driven Phrase Structure Grammar, mais conhecida pela sigla HPSG (Pollard & Sag, 1994). Esses dois exemplos sigla HPSG (Pollard & Sag, 1994). Esses dois exemplos evidenciam que a argumentação de base evidenciam que a argumentação de base computacional pode trazer novos recursos para se computacional pode trazer novos recursos para se repensar as teorias lingüísticas “ (DIAS-DA-SILVA, 2009).repensar as teorias lingüísticas “ (DIAS-DA-SILVA, 2009).

Page 6: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

Formalismo na interfaceFormalismo na interface

““A representação de uma ontologia pode variar segundo o grau de A representação de uma ontologia pode variar segundo o grau de

formalização. Uma ontologia formal, em especial, apresenta os formalização. Uma ontologia formal, em especial, apresenta os

conceitos e as relações (entre conceitos) explicitamente definidas, ou conceitos e as relações (entre conceitos) explicitamente definidas, ou

seja, “legíveis pela máquina” (GRUBER, 1995).seja, “legíveis pela máquina” (GRUBER, 1995).

Gramáticas: “sistemas formais que , (i) descrevem as estruturas das Gramáticas: “sistemas formais que , (i) descrevem as estruturas das

sentenças de uma dada língua, e (ii) permitem, juntamente com o sentenças de uma dada língua, e (ii) permitem, juntamente com o

léxico, reconhecer e gerar sentenças dessa língua” (KAPLAN, 2004). léxico, reconhecer e gerar sentenças dessa língua” (KAPLAN, 2004).

Numa abordagem segundo a concepção linguisticamente motivada, “ o Numa abordagem segundo a concepção linguisticamente motivada, “ o computador não poderá emular uma língua natural se não conseguir , computador não poderá emular uma língua natural se não conseguir , em alguma medida, compreender o assunto que está em discussão” em alguma medida, compreender o assunto que está em discussão” (DIAS-DA-SILVA, 2009, 188p.) (DIAS-DA-SILVA, 2009, 188p.)

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Três fases para o desenvolvimento de sistemas especialistas e para uma Três fases para o desenvolvimento de sistemas especialistas e para uma

metodologia para PLN (DIAS-DA-SILVA, 1999):metodologia para PLN (DIAS-DA-SILVA, 1999):

Linguística: construção do corpo de conhecimentos sobre a própria Linguística: construção do corpo de conhecimentos sobre a própria

linguagem, dissecando e compreendendo os fenômenos linguísticos linguagem, dissecando e compreendendo os fenômenos linguísticos

necessários para o desenvolvimento do sistema.necessários para o desenvolvimento do sistema.

Linguístico-computacional: construção conceitual do sistema, Linguístico-computacional: construção conceitual do sistema,

envolvendo a seleção e/ou proposição de sistemas formais de envolvendo a seleção e/ou proposição de sistemas formais de

representação para os resultados propostos pela fase anterior.representação para os resultados propostos pela fase anterior.

Implementacional (computacional): codificação das representações Implementacional (computacional): codificação das representações

elaboradas em termos de linguagens de programação e planejamento elaboradas em termos de linguagens de programação e planejamento

global do sistema.global do sistema.

Page 8: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

Pires de Oliveira (2009), esclarece sobre o metatermo Pires de Oliveira (2009), esclarece sobre o metatermo formal:formal:

O linguista deve construir teorias capazes de formalização O linguista deve construir teorias capazes de formalização

metalinguística unívoca. metalinguística unívoca.

O linguista pode ser formal no sentido de defender a autonomia da O linguista pode ser formal no sentido de defender a autonomia da

sintaxe (gerativismo (autonomia pura), funcionalismo compatível sintaxe (gerativismo (autonomia pura), funcionalismo compatível

(sintaxe, semântica – decorrência de funções).(sintaxe, semântica – decorrência de funções).

Funcionalismo: raciocínio indutivo, parte dos dados, das Funcionalismo: raciocínio indutivo, parte dos dados, das

manifestações efetivas produzidas por falantes reais, e elabora manifestações efetivas produzidas por falantes reais, e elabora

generalizações que os explicam.generalizações que os explicam.

Gerativismo: raciocínio abdutivo, as regras são elaboradas a partir Gerativismo: raciocínio abdutivo, as regras são elaboradas a partir

da intuição do falante sobre um caso particular e devem ser da intuição do falante sobre um caso particular e devem ser

confrontadas com outros casos. Porém, não somente testa uma confrontadas com outros casos. Porém, não somente testa uma

hipótese, mas reconhece aquilo que não é possível (dado hipótese, mas reconhece aquilo que não é possível (dado

negativo).negativo).

Como os gerativistas, os gramáticos categoriais abordam a língua Como os gerativistas, os gramáticos categoriais abordam a língua

natural como um cálculo.natural como um cálculo.

Page 9: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

Gramática: LinguísticaGramática: Linguística

Assim, têm-se o manual de gramática e o Assim, têm-se o manual de gramática e o dicionário como os inventários descritivos de dicionário como os inventários descritivos de gramática e léxico, sendo que "o que é geral e gramática e léxico, sendo que "o que é geral e regular na língua integra a gramática, e o que é regular na língua integra a gramática, e o que é particular e irregular integra o léxico" (p. 71). particular e irregular integra o léxico" (p. 71). Entretanto, visto que o léxico tanto faz parte da Entretanto, visto que o léxico tanto faz parte da gramática quanto da semântica e os vocábulos gramática quanto da semântica e os vocábulos funcionam tanto na zona gramatical quanto não-funcionam tanto na zona gramatical quanto não-gramatical, essa divisão muitas vezes acaba gramatical, essa divisão muitas vezes acaba tornando-se irreal (PEREIRA DE ANDRADE)tornando-se irreal (PEREIRA DE ANDRADE)

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A análise gramatical grega baseava-se na palavra. Platão fez a classificação de nome e verbo. Aristóteles acrescentou as conjunções à classificação de Platão. Os estóicos acrescentaram o artigo. Dionísio da Trácia descreve oito partes do discurso: substantivo, verbo, particípio, artigo, pronome, preposição, advérbio e conjunção.

A sintaxe estava ausente e sua gramática tinha um fim pedagógico. Já Apolônio Díscolo (séc. II a.C.) chegou a fazer um estudo sintático. Na Idade Média, sob influência aristotélica, passa-se a estudar a língua cientificamente, portanto, de forma universal. Suas gramáticas, chamadas especulativas, viam a língua como um meio de analisar a realidade. Assim, privilegiavam o estudo da significação.

Após os estudos comparativistas, surge no século XX o estruturalismo: adoção dos princípios behaviorista e empirista, explicação dos atos lingüísticos como resposta a um estímulo e do processo de aquisição da língua como um processo de imitação e memorização, análise lingüística em constituintes imediatos, caráter taxionômico.

Page 11: A GRAMÁTICA NA INTERFACE LÍNGUÍSTICA-PLN

Chomsky se interessa pelas características Chomsky se interessa pelas características universais, as quais são um componente da mente universais, as quais são um componente da mente humana. Ele acrescenta a noção de transformação humana. Ele acrescenta a noção de transformação gramatical à análise de estrutura em constituinte. gramatical à análise de estrutura em constituinte. O objeto de estudo da lingüística gerativa é duplo, O objeto de estudo da lingüística gerativa é duplo, envolve tanto a faculdade de linguagem, quanto a envolve tanto a faculdade de linguagem, quanto a gramática específica das línguas.gramática específica das línguas.

(PEREIRA DE ANDRADE)(PEREIRA DE ANDRADE)

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GRAMÁTICA: INTERFACE

Gramática de Valência (Lucien Tesnière) - química

Construído em torno do conceito de valência, este modelo perspectiva uma estruturação hierarquizada dos elementos que compõem uma frase, sendo que o núcleo, o elemento central, é o verbo, à volta do qual "gravitam" os seus satélites. Uma frase é pois uma unidade autônoma e independente que possui um verbo. O verbo funciona como um elemento regente e hierarquicamente superior, do qual dependem outras palavras, ou satélites, que são regidas por esse verbo. Neste momento surge o conceito de valência, que é a "capacidade de as palavras estabelecerem, com base no seu significado léxico, determinadas relações com outras palavras" (Vilela, 1999: 34).

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Quando os elementos estabelecem relações fortes com o seu Quando os elementos estabelecem relações fortes com o seu núcleo designam-se por núcleo designam-se por actantes, actantes, ou dependentes da valência. ou dependentes da valência.

Não criam dependências com o núcleo: Não criam dependências com o núcleo: circunstantes, circunstantes, ou ou complementos livres. complementos livres.

Complementos que dependem do verbo, que preenchem os lugares Complementos que dependem do verbo, que preenchem os lugares vazios previstos pela estrutura semântico-sintáctica do verbo vazios previstos pela estrutura semântico-sintáctica do verbo constituem os seus constituem os seus actantesactantes, que podem ser , que podem ser obrigatóriosobrigatórios ou  ou facultativosfacultativos. Os actantes obrigatórios não podem ser suprimidos, . Os actantes obrigatórios não podem ser suprimidos, ao passo que os actantes facultativos podem ser elididos sem risco ao passo que os actantes facultativos podem ser elididos sem risco de agramaticalidade (noção sintática).de agramaticalidade (noção sintática).

Dependency grammar is a different type of approach in which structure is  is a different type of approach in which structure is determined by the determined by the relations (such as  (such as grammatical relations) ) between a word (a between a word (a headhead) and its dependents, rather than being ) and its dependents, rather than being based in constituent structure. For example, syntactic structure is based in constituent structure. For example, syntactic structure is described in terms of whether a particular described in terms of whether a particular nounnoun is  is the the subjectsubject or  or agentagent of the  of the verbverb, rather than describing the relations , rather than describing the relations in terms of trees (one version of which is the in terms of trees (one version of which is the parse treeparse tree) or other ) or other structural system. structural system. ((http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/en/Syntax#Categorial_gramhttp://www.worldlingo.com/ma/enwiki/en/Syntax#Categorial_grammarmar))

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  {[Ann], [Betty] and [Chloe]} had supper.

He said, "Hello, one, two, three, testing, testing, testing."

Não é frase no sentido de uma cadeia de dependência sintático-semântica. Regra especial de coordenação:

(4) {[word*]* conjunction [word*]}, where * = 1 or more and […] is a conjunct. Hudson, Word Grammar, English WordGrammar. (HUDSON, 1990).

Desafio conceitualDesafio conceitual

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That-clausesThe problem: that must be the head of its clause (because it is the word selected), butit is optional. How can this simple fact be stated without referring to 'clause' (or CP)?

I know (that) you are tired.I know that you are tired. I know you are tired.

Solução: relação de representação (o argumento é o verbo, cujo valor pode ser tanto o“that”, na relação de dependência, quanto o próprio verbo).

“A questão que se coloca é se a noção de dependência é assumida para ser não somente necessária, mas também suficiente para a análise sintática de estruturas em língua natural”.

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“As conexões entre suportes teóricos e sistemas computacionais são indiretas em relação a análises baseadas em dependência, provavelmente mais do que em relação a teorias e parsers baseados em análise de constituintes. Provavelmente, o problema se relaciona com o baixo grau de formalização da gramática de dependências, e essa é parte da razão por optarmos por descrever parsers com representação de dependência, ao invés de parsers com gramática de dependência” (NIVRE).

“Most versions of dependency grammar follow Tesniere in assuming that the nodes of a dependency structure are not linearly ordered in themselves but only in relation to a particular surface realization of this structure”.

Que visão de linguagem/língua está comprometida? O artigo traz definições conceituais, visão não-normativa da formalização, mas descritiva no sentido de adequada às realizações.

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Problemas de critérios

Syntactic versus semantic heads. Quando há divergência:

I believe in the system.

Sintático: in como dependente de believe e como head de system.

Semântico: é mais natural tratar system como dependente direto de believe e in como dependente de system.

I believe in the system. (3)

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The distinction between projective and non-projective dependency grammar often made in the literature thus refers to the issue of whether this constraint is assumed or not. Broadly speaking, we can say that whereas most practical systems for dependency parsing do assume projectivity, most dependency-based linguistic theories do not.

CAPTURAR A REALIDADE DA LÍNGUA. Isso pressupõe assumir uma abordagem mais holista ou atomista dos fenômenos. Se a formalização assumida vai assumir um potencial maior de generalidade ou vai dar conta de um certo número de casos considerados canônicos.

More precisely, most theoretical formulations of dependency grammar regard projectivity as the norm but also recognize the need for nonprojective representations of certain linguistic constructions, e.g. long-distance dependencies (Mel’ˇcuk, 1988; Hudson, 1990). It is also often assumed that the constraint of projectivity is too rigid for the description of languages with free or flexible word order. (aspects of representation -2)

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Benefícios da interface

Ter uma representação mais restrita, onde o número de nós é fixado pela sequência de entrada em si, deve permitir métodos conceitualmente mais simples e computacionalmente mais eficientes para análise. Ao mesmo tempo, é claro que uma representação mais restrita é uma representação menos expressiva e que as representações apresentam necessariamente dependência subespecificada com relação a certos aspectos da estrutura sintática.

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Considerações

Há muitas gramáticas ad hoc, porém há uma preocupação com a coerência entre os conceitos de gramática, visando a uma adequação descritiva e de formalização POS tagging/parsing (etiquetagem, análise sintática), em uma interface mais amigável entre teoria linguística e engenharia das línguas naturais.

As abordagens trabalham com a noção de gramática como teoria construída. No entanto, explicitam que as formalizações não contemplam a complexidade da criatividade linguística.

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ReferênciasReferências

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