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Roteiro de Oraçãona Vida Diária

Edição 74 - Maio 2015

A Graça de ser mulher

Ilustração: Cláudio Pastro

Roteiro de Oração na Vida Diária

Escolho um texto bíblico. Defino a duração da oração. Busco um LUGAR tranquilo e

agradável que ajude a me concentrar.Encontro uma boa POSIÇÃO corporal.

Faço SILÊNCIO interior e exterior. RESPIRO lentamente, suavemente. Tomo

CONSCIÊNCIA de que estou na PRESENÇA de DEUS. Faço com devoção o sinal da cruz.

PEÇO a DEUS Nosso Senhor para que todos os meus desejos, pensamentos e sentimentos

estejam voltados unicamente para o seu louvor e serviço. Peço a GRAÇA que verdadeiramente

DESEJO receber de DEUS.

LEIO o texto devagar, saboreando as palavras que mais me “tocam”. REFLITO por que esta frase, palavra, ideia

me chama a atenção. CONVERSO com Deus como um amigo: falo, escuto, peço, louvo, pergunto, silencio,

seguindo os sentimentos experimentados na oração.

Recordo o meu ENCONTRO com DEUS. Anoto o que foi mais importante na oração: o texto mais significativo

(palavras, frases e imagens); os pensamentos predominantes; os questionamentos; os sentimentos de consolação ou

desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.

Neste mês de maio, aproveitando o ensejo de um mês dedicado às mães, Nossa Senhora, noivas e tantos outros traços do feminino, recordaremos tais traços em suas diversas dimensões: maternidade, sociedade, Igreja, no trabalho digno, bem como no combate às variadas formas de seduções enganosas exercidas sobre as mulheres na instrumentalização e comercialização do corpo feminino. Imbuídos neste período pascal, podemos recordar também, que as primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres. Maria, juntamente com os Apóstolos, recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Neste sentido, o Papa Francisco reflete sobre a capacidade de serem testemunhas, mães, avós e, de forma especial, como Igreja: “Não reduzamos o empenho das mulheres na Igreja, antes, pelo contrário, promovamos o seu papel ativo na comunidade eclesial. Se a Igreja perde as mulheres, na sua dimensão global e real, ela corre o risco da esterilidade”.

Oração preparatória para todos os dias Senhor, que todos os meus pensamentos, ações e afetos sejam puramente ordenados ao seu serviço e louvor.


Textos: Thaty Sousa Diagramação: Rodrigo Silva

Ilustração: Cláudio Pastro

Primeira Semana A mulher na Igreja

Desde o início do cristianismo, o contributo da mulher na Igreja é indispensável. A começar por Maria, a Mãe de Cristo, Cabeça da Igreja. Maria reconhece-se como uma mulher especial, agraciada por Deus. Diz claramente que “todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz” (Lc 1,48). Não se esconde debaixo de falsa modéstia. Aqui está o segredo de sua humildade: conhece seu valor, suas potencialidades, mas não utiliza isso para fortalecer o ego voltado para si mesma. Maria reconhece que tudo é dom de Deus. Não toma nenhum louvor ou honra para si, mas tudo leva de volta para Deus, em gesto de reverência e ação de graça. Neste sentido, o Papa Francisco diz que a Igreja Católica precisa de mais teólogas, insistindo nas “capacidades particulares” das mulheres, perante uma comissão teológica predominantemente masculina: “Os dotes de delicadeza, sensibilidade e ternura peculiares, que enriquecem o espírito feminino, representam não apenas uma força genuína para a vida das famílias, para a propagação de um clima de serenidade e de harmonia, mas uma realidade sem a qual a vocação humana seria irrealizável. E isto é importante! Sem estas atitudes, sem estes dotes da mulher, a vocação humana não consegue realizar-se” na Igreja.

Pedido para todos os dias da semana: “Senhor, que eu possa me libertar de tudo que me impede de viver plenamente!”

Sexta-feira 1º de maio de 2015

Sábado 2 de maio de 2015

Sl 89 “Ó Senhor, fazei dar frutos o labor de nossas mãos.”

Sl 97 “Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.”


Segunda Semana A dignidade da mulher no trabalho

Nesta segunda semana, reflitamos sobre a dignidade da mulher no trabalho. Segundo o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, o gênero feminino é necessário em todas as expressões da vida social, por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito do trabalho. O primeiro e indispensável passo em tal direção é a concreta possibilidade de acesso a uma formação profissional. O acesso das mulheres às faculdades permite hoje a aquisição de instrumentos aptos a redesenhar competências e a reescrever conteúdos. O reconhecimento e tutela dos direitos das mulheres no contexto do trabalho dependem, em geral, da organização do trabalho, que deve levar em conta a dignidade e a vocação da mulher. A urgência de um efetivo reconhecimento dos direito das mulheres no trabalho se adverte especialmente sob os aspectos retributivos, de seguridade e previdenciários.

Pedido para todos os dias da semana: “Senhor, dai-me a graça de serví-lo para transformar as situações de injustiças.”

Domingo 3 de maio de 2015

Segunda-feira 4 de maio de 2015

Terça-feira 5 de maio de 2015

Quarta-feira 6 de maio de 2015

Quinta-feira 7 de maio de 2015

Sexta-feira 8 de maio de 2015


5º Domingo da PáscoaJo 15,1-8 “Quem permanece em mim, e eu nele, produz fruto.”Memória a São José Maria Rúbio, presbítero Sl 113 “Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.”

Sl 144 “Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.”

Sl 121 “Que alegria, quando ouvi que me disseram: Vamos à casa do Senhor!”

Jo 15,9-11 “Como meu pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor.”

Jo 15,12-17 “Amai-vos uns aos outros.”

Jo 15, 18-21 “O servo não é maior do que o seu senhor”


Terceira Semana O dom da Maternidade

Nesta terceira semana, recordamos o dia dedicado às mães refletindo sobre a dádiva divina da maternidade. A maternidade implica, desde o início, uma abertura especial para a nova pessoa. À vista disso, a maternidade se torna um dado teológico e constitutivo da essência de Deus. Em um discurso na sacada do Palácio Apostólico do Vaticano, o Papa Francisco ressaltou, com veemência, que “um mundo no qual as mulheres são marginalizadas é um mundo estéril, porque as mulheres não só dão a vida, mas têm a capacidade de entender o mundo com outros olhos e de sentir as coisas com coração mais criativo, mais paciente e mais dócil”. Recordamos, pois, os diversos traços das mulheres mães em nossa sociedade, de forma especial, as mães marginalizadas, mães prostituídas, mães que corajosamente criam e educam filhos sem pais, sem apoio, e inúmeras vezes, sem pão. Portanto, a maternidade comporta uma comunhão especial com o mistério da vida, que amadurece no seio da mulher.

Pedido para todos os dias da semana: “Senhor, que Teu amor gere em mim cada vez mais vida e disposição para fazer Tua vontade.”








6º domingo da Páscoa 1Jo 4,7-10 “Deus é amor.”

Sl 149 “O Senhor ama seu povo de verdade.”

Sl 137 “Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.”

Jo 16, 12-15 “Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade.”

Sl 112 “O senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.”

At 18,9-18 “Eu estou contigo.”

Memória a Santo André Bobola, presbítero e mártir Jo 16-23b-28 “Disse-vos estas coisas em linguagem figurativa.”


Quarta Semana Maria cheia de graça e a graça de ser mulher

Nesta quarta semana, rezemos com e como Maria o Magnificat. Para Lucas, Maria é uma pobre, mas não miserável. A pobreza não lhe destrói a dignidade. Maria é mulher. Viveu numa sociedade patriarcal, na qual somente os homens tinham a palavra. O Magnificat inicia-se com uma explosão de alegria e nos diz que Deus tem o coração perto da miséria humana. Maria se alegra pela ação de Deus nela e assim, o mundo das mulheres faz parte do mundo dos homens, não são esferas separadas. Ao tematizar a feminilidade e masculinidade da Trindade, Gregório de Nazianzeno diz: “Na trindade não há feminino e nem masculino, mas tanto o feminino quanto o masculino estão inseridos em Deus e nele divinizados”. A mulher do Magnificat é uma mulher realista, de olhos abertos sobre o mundo.

Pedido para todos os dias da semana: “Senhor, dai-nos a graça de nos alegrar intensamente por tanta glória de Cristo, Nosso Senhor.”








Ascensão do Senhor Mc 16,15-20 “Jesus foi levado aos céus, à vista deles.”

Jo 16,29-33 “Credes agora?”

Jo 17,1-11 “Pai, chegou a hora.”

Jo 17,11-19 “Pai santo, guarda-os em teu nome.”

Sl 15,1-11 “Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!”

Jo 21,15-19 “Tu me amas mais do que estes?”

Jo 21,20-25 “Tu, segue-me.”


Quinta SemanaNo Antigo Testamento, Pentecostes era a Festa das Semanas (Cabanas) que, a partir do domínio

Grego, recebeu o nome de Pentecostes. A Festa das Semanas era alegre e solene (Dt 16.11) e sua celebração era dedicada exclusivamente ao Senhor (Dt 16.10). Era uma festa ecumênica, aberta para todos os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários, além do povo hebreu. Desta forma, Pentecostes é uma festa adotada pelo Cristianismo ao Judaísmo. Em Lucas, Maria é participante de três ciclos pneumatológicos (manifestação do Espírito Santo), individualmente, no próprio corpo e toma parte da ação coletiva do Espírito Santo em Pentecostes. Personagem eminente no mistério da encarnação, participa discretamente no mistério da expansão do Espírito a todos os povos. Recobre-se hoje a força atual do Espírito Santo na vida dos cristãos. Maria aparece como a figura do ser humano que se deixa moldar pelo Espírito. Nela, o Espírito habita, faz morada, toca a corporeidade, a subjetividade, os desejos, as ações. Maria simboliza o ser humano em construção, aberto Deus, tocado pelo Espírito Santo, que cultiva um coração solidário.

Pedido para todos os dias da semana: “Senhor, enviai o vosso Espírito sobre nós.”






Solenidade de Pentecostes Jo 20,19-23 “A paz esteja convosco!”

Sl 31,1-5 “Ó justos, alegrai-vos no Senhor!”

Mc 10,28-31 “Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros.”

Sl 78,8-13 “Tende compaixão de nós, Senhor!”

Mc 10,46-52 “Jesus, Filho de Davi, tende compaixão de mim.”



Sl 149,1-9b “O Senhor ama seu povo de verdade.”

Mc 11,27-33 “Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força.”

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