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FLORBELA ROMEIRA REIS A GESTÃO DO SOCORRO EM SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE NA ILHA TERCEIRA O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL NAS EQUIPAS DE INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL Orientador: Prof. Doutor António Amaro Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Lisboa 2015

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Page 1: A GESTÃO DO SOCORRO EM SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE NA …§ão... · Florbela Romeira Reis – A Gestão do Socorro em Situação de Catástrofe na Ilha Terceira – O Papel do Serviço

FLORBELA ROMEIRA REIS

A GESTAtildeO DO SOCORRO EM SITUACcedilAtildeO DE

CATAacuteSTROFE NA ILHA TERCEIRA ndash O PAPEL

DO SERVICcedilO SOCIAL NAS EQUIPAS DE

INTERVENCcedilAtildeO PSICOSSOCIAL

Orientador Prof Doutor Antoacutenio Amaro

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia

Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

Lisboa

2015

FLORBELA ROMEIRA REIS

A GESTAtildeO DO SOCORRO EM SITUACcedilAtildeO DE

CATAacuteSTROFE NA ILHA TERCEIRA ndash O PAPEL

DO SERVICcedilO SOCIAL NAS EQUIPAS DE

INTERVENCcedilAtildeO PSICOSSOCIAL

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia

Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

Lisboa

2015

Dissertaccedilatildeo defendida em provas puacuteblicas na

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e

Tecnologias no dia 12 de maio de 2016 perante o juacuteri

nomeado pelo Despacho de Nomeaccedilatildeo nordm 1582016 de

5 de abril de 2016 com a seguinte composiccedilatildeo

Presidente

Profordf Doutora Aida Ferreira

Arguente

Profordf Doutora Maria Irene Carvalho

Orientador

Prof Doutor Antoacutenio Amaro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

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Epiacutegrafe

Ao niacutevel mais dramaacutetico as atividades

humanas estatildeo a alterar o equiliacutebrio do planeta interferindo como

nunca na atmosfera oceanos camadas de gelo polares florestas

estes satildeo os pilares naturais que fazem deste um planeta habitaacutevel

Kofi Annan

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Agradecimentos

Agradecerhellipmostrar gratidatildeo porhellipconfessar-se gratohellip

Num trabalho de iacutendole acadeacutemico o esforccedilo e a perspicaacutecia satildeo fatores favoraacuteveis agrave

concretizaccedilatildeo do mesmo

Por isso natildeo posso menosprezar nem deixar de agradecer a todos aqueles que direta

ou indiretamente contribuiacuteram para a sua concretizaccedilatildeo

Agrave invasatildeo de uma vontade de retribuir a todos os que me ensinaram ajudaram e

apoiaram eacute gigantesca Assim desejo expressar os meus mais sinceros agradecimentos

Ao Professor Doutor Antoacutenio Amaro todo o apoio e disponibilidade que me

concedeu bem como as sugestotildees dadas em cada orientaccedilatildeo as suas criacuteticas construtivas que

em muito me ajudaram a refletir tornando realizaacuteveis os primeiros passos de uma longa

caminhada na busca de um sonho

Agrave Caacuteritas da Ilha Terceira especialmente agrave minha Coordenadora Diana Costa que

muitas vezes ficou sobrecarregada de trabalho soacute assim foi possiacutevel deslocar ndash me a Lisboa

Aos Teacutecnicos Sociais Presidentes de Cacircmara Coordenadora do ISSA do Nuacutecleo de

Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo Presidente do SRPCBA (Serviccedilo de Proteccedilatildeo Civil dos

Accedilores) e Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo

obrigada por terem tornado esta investigaccedilatildeo possiacutevel

Aos meus colegas de Mestrado especialmente ao Joatildeo Cordeiro agradeccedilo o amparo e

a forccedila nesta partilha de anguacutestias e preocupaccedilotildees

A concretizaccedilatildeo deste sonho deve-se tambeacutem a uma pessoa muito especial agrave minha

madrinha Ana Maria a ldquopensatildeo estrelinhardquo estava sempre pronta para me receber mesmo nos

momentos mais difiacuteceis quando aquele sarcoma maldito assolou as nossas vidas

Agradeccedilo agrave minha famiacutelia e amigos pela forccedila e apoio incondicional que sempre me

deram natildeo soacute neste ano bem como nos anteriores

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Arlindo Brito companheiro de longa data obrigada por acreditares em mim todas as

vitoacuterias que alcanccedilo satildeo por isso tambeacutem tuas obrigada por tudo a concretizaccedilatildeo de mais um

sonho natildeo seria possiacutevel sem a tua ajuda

Agrave famiacutelia agrave amizade agrave cumplicidadehellip

A todos muito obrigada

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Resumo

Com os novos desafios emergentes surgem novos riscos que levam cada vez mais ao

confronto com acontecimentos traacutegicos que pela sua natureza e magnitude afetam a nossa

forma de viver o presente e pensar o futuro Muito embora na lei de bases da Autoridade

Nacional da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm27 de 2006 natildeo seja aprofundado o papel e a importacircncia

da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe dando-se uma maior importacircncia

agraves questotildees do socorro e salvamento natildeo podemos esquecer que aliada a esta vem a

intervenccedilatildeo social e neste sentido necessitamos cada vez mais especializar teacutecnicos nestas

aacutereas nomeadamente Assistentes Sociais pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo eficaz

e eficiente

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira a metodologia integrada

nesta investigaccedilatildeo utilizou instrumentos de cariz qualitativo pesquisa e anaacutelise documental

pesquisa bibliograacutefica e entrevistas estas foram agraves bases metodoloacutegicas fundamentais para

responder aos objetivos desta investigaccedilatildeo

Neste contexto foram aplicadas entrevistas aos teacutecnicos sociais que fazem parte das

instituiccedilotildees que compotildeem o PME (Plano Municipal de Emergecircncia) aos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria Presidente do SRPCBA (Serviccedilo Regional

Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros Accedilores) e agrave Coordenadora do Nuacutecleo Accedilatildeo Social de Angra do

Heroiacutesmo

Da anaacutelise dos resultados concluiu-se que a maior parte dos teacutecnicos entrevistados

natildeo possui formaccedilatildeo especiacutefica na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a Equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira natildeo se encontra organizada as funccedilotildees

desempenhadas pelos Assistentes Sociais em situaccedilotildees de cataacutestrofe incidem essencialmente

no levantamento de necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades as maiores dificuldades

encontradas no terreno pelos Assistentes Sociais em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe remetem agrave

falta de coordenaccedilatildeo falta de formaccedilatildeo e funccedilotildees natildeo atribuiacutedas

Palavras-chave Sociedade de Risco e Riscos Desastres e Cataacutestrofes Proteccedilatildeo

Civil e Serviccedilo Social

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Abstract

With new challenges emerging new risks emerge they are leading increasingly to

confront with the tragic events which by their nature and magnitude affect the way we live

the present and think about the future Although the basic law of Civil Protection National

Authority 2006 Law nordm 27 is not in-depth the role and importance of Social Services

intervention in disaster situations giving a greater importance to issues of relief and rescue

we can not forget that this is combined with social intervention and in this sense we need to

increasingly specialize in these technical areas including Social Workers because only then

we can do an effective and efficient intervention

This work main objective is to know the role of the social worker in Psychosocial

Intervention Teams in Terceira Island the integrated methodology in this research used

qualitative instruments search and documents analyse literature review and interviews these

were the fundamental methodological bases to meet the objectives of this research

In this context interviews were applied to social workers who are part of the

institutions that integrate the MEP (Municipal Emergency Plan) to the Mayors of Angra do

Heroiacutesmo and Praia da Vitoacuteria Chairman of RCFPA (Regional Civil Service and Fire

Protection of Azores) and Coordinator of Social Work of Angra do Heroiacutesmo

Analyzing the results it is concluded that the majority of respondents do not have

specific technical training in the area of intervention in disaster situation Psychosocial

Intervention Team in Terceira Island is not at this moment organized the functions performed

by social workers in disaster situations essentially focus on needs of assessment and

coordination with other entities the major difficulties faced by social workers in real disaster

situations refer to the lack of coordination lack of training and functions not assigned

Keywords Risk Society and Risks Disasters and Catastrophes Civil Protection

Social Work

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Iacutendice Geral

Agradecimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 2

Resumo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 4

Abstract helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 5

Iacutendice de Figuras helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 8

Iacutendice de Quadros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Apecircndices helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Abreviaturas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 10

Introduccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 12

Capitulo I ndash Enquadramento Teoacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 15

1 - A Sociedade de Risco e Riscos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 16

2 - Desastres e Cataacutestrofes helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

3 - Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

31- Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphellip 26

32 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 28

321 - Competecircncia para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 30

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

323 - Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 34

324 - Execuccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

3241- Fase da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

3242 - Fase da Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

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325 - Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

328 ndash Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial em

situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

41

Capitulo II ndash Metodologia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 50

1 - Campo Empiacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

11 ndash Sismos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

12 ndash Enxurradas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

13 ndash Ciclones helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

2 - Tipo de Estudo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

3 - Populaccedilatildeo e Amostra helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 55

4 - Instrumentos de Recolha de Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 56

5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 57

51 - Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 58

52 - Procedimentos Eacuteticos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 59

Capitulo III ndash Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

1 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 61

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 63

3 - Dificuldades Encontradas no Terreno helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 64

4 ndash Intervenccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

5 ndash Formaccedilatildeohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 71

6 ndash Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 73

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

8 - Normativos Internos em situaccedilatildeo de cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de cataacutestrofe com a

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Socialhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

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Conclusotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 78

Bibliografia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 83

Iacutendice de Figuras

Figura 1 ndash Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

Figura 2 - Organizaccedilatildeo do SRBPCA helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 27

Figura 3 - Aacutereas de Atuaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 31

Figura 4 - Implementaccedilatildeo do PCO helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

Figura 5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

Figura 6 - Gravidade da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Figura 7- Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

Figura 8 - Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 41

Figura 9 ndash Mapa da Ilha Terceira helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

Figura 10 - Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

Figura 11 ndash Conhecimento do PME helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 62

Figura 12 ndash Dificuldades Encontradas no Terrenohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 66

Figura 13 ndash Falta de Preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

Figura 14 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphellip 71

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Figura 15 ndash Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo na aacuterea de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 72

Figura 16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 74

Figura 17 ndash Normativos Internos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 76

Iacutendice de Quadros

Quadro 1 ndash Criteacuterios de Ativaccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

Quadro 2 ndash Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 33

Quadro 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphellip 34

Quadro 4 ndash Procedimentos Inerentes ao estado de alerta helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Quadro 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

Quadro 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphellip 39

Quadro 7 ndash Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphellip 48

Quadro 8 - Intervenccedilatildeo Psicossocial com a intervenccedilatildeo do Assistente Social helliphellip 76

Iacutendice de Apecircndices

Apecircndice 1 Guiatildeo de Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip III

Apecircndice2 Transcriccedilatildeo das Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip XXIV

Apecircndice 3 Grelhas de Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip LXIX

Apecircndice 4 Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe LXXXV

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Iacutendice de Abreviaturas

CMAH- Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

CMPC- Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

CMPV- Camara Municipal da Praia Vitoacuteria

CNPC ndash Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

COE ndash Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia

COM ndash Comando Operacional Municipal

COS ndash Comandante de Operaccedilotildees de Socorro

CRED - Centre for Research on the Epidemi ology of Disasters

ISSA- Instituto Seguranccedila Social Accedilores

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial Sauacutede

PC ndash Proteccedilatildeo Civil

PCO ndash Posto de Comando Operacional

PCMAH- Presidente da Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

PCMPV- Presidente da Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

PME- Plano Municipal de Emergecircncia

PMEAH ndash Plano Municipal Emergecircncia de Angra Heroiacutesmo

PMEPV- Plano Municipal de Emergecircncia Praia Vitoacuteria

PREPCA - Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores

RAA ndash Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

SIOPS ndash Sistema Integrado de Operaccedilotildees Proteccedilatildeo de Socorro

SNCP ndash Serviccedilo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

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SMPC ndash Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

SRPCBA ndash Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

UCT ndash Unidade de Comunicaccedilatildeo e Transmissatildeo

UNISDR - United Nations International Strategy for Disaster Reduction

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Introduccedilatildeo

O conceito de sociedade de risco natildeo passa hoje despercebido no nosso dia-a-dia

pois cada vez que lemos um jornal ou vemos um telejornal estamos a viver essa sociedade de

risco pois temos a noccedilatildeo do perigo que eacute viver na nossa eacutepoca

Nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX e iniacutecio do seacuteculo XXI o conceito do risco tem

ocupado um lugar importante no debate dos grandes temas da teoria social poacutes moderna Os

riscos em especial os ambientais e tecnoloacutegicos foram estudados por teoacutericos influentes

como Beck e Giddens (1995) para obter uma explicaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo dos fenoacutemenos que

atravessam a histoacuteria da modernidade

Atualmente temos a noccedilatildeo dos perigos que corremos por via das alteraccedilotildees

climaacuteticas da poluiccedilatildeo produto da radioatividade das centrais nucleares que explodem ou

podem explodir das contaminaccedilotildees alimentares em larga escala das epidemias modernas

tudo isto pode dar origem a desastres naturais Efetivamente nos uacuteltimos anos temos vindo a

assistir a uma seacuterie de sucessivas cataacutestrofes de diferentes naturezas segundo as Naccedilotildees

Unidas nas uacuteltimas deacutecadas o nuacutemero de registos de desastres naturais em vaacuterias partes do

mundo tem vindo a aumentar significativamente e Portugal natildeo tem sido exceccedilatildeo pois

durante as ultimas duas deacutecadas nove em cada dez destes desastres tecircm estado relacionados

com as alteraccedilotildees climaacuteticas e as atuais projeccedilotildees lembram que esta tendecircncia iraacute continuar e

que as cataacutestrofes naturais com o tempo vatildeo tornar-se cada vez mais frequentes

Os desastres podem ocorrer como consequecircncia do impacto de um risco natural ou

causado por atividades antroacutepicas Os riscos naturais incluem fenoacutemenos como terramotos

atividade vulcacircnica deslizamentos de terra maremotos ciclones tropicais e outras

tempestades intensas tornados e ventos fortes inundaccedilotildees fluviais e costeiras incecircndios

florestais tempestades de areia e infestaccedilotildees Os riscos causados por atividades antroacutepicas

podem ser intencionais (como por exemplo a descarga iliacutecita de petroacuteleo) ou acidentais

(como derrame de produtos toacutexicos ou fusatildeo nuclear) todos estes riscos podem ameaccedilar

pessoas e os ecossistemas (fauna e flora) dando por vezes origem a consequecircncias muito

graves para as comunidades

Segundo a Estrateacutegia Internacional para a Reduccedilatildeo dos Desastres das Naccedilotildees Unidas

durante a uacuteltima deacutecada 4777 desastres naturais fizeram 880 mil mortes afectaram a vida a

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1880 milhotildees de pessoas e provocaram prejuiacutezos na ordem dos 685 mil milhotildees de doacutelares

(708 mil milhotildees de euros)

Neste sentido torna-se essencial que as sociedades estejam preparadas e estruturadas

para fazer face a este tipo de situaccedilotildees tanto ao niacutevel de socorro e salvamento como a niacutevel

da intervenccedilatildeo social as situaccedilotildees de crise exigem cada vez mais que as instituiccedilotildees estejam

preparadas para fazer face a estas situaccedilotildees nomeadamente possuiacuterem teacutecnicos especializados

nestas aacutereas como eacute o caso de Assistentes Sociais pois soacute assim poderatildeo realizar uma

intervenccedilatildeo eficaz e de qualidade

Os grandes impactos socioeconoacutemicos causados pelos desastres naturais levaram a

uma mudanccedila na abordagem poliacutetica para lidar com o conceito de risco nas sociedades

modernas a multiplicidade de riscos que nos dias de hoje eacute vivida pelos cidadatildeos tanto a

niacutevel individual como coletivo deve-se constituir tambeacutem objeto de atenccedilatildeo para o Serviccedilo

Social

Assim os profissionais de Serviccedilo Social vecircm-se hoje obrigados a readaptar a sua

metodologia e teacutecnicas de intervenccedilatildeo face aos novos desafios teoacutericos metodoloacutegicos e

teacutecnicos gerados pelas mudanccedilas sociais

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira tendo como objetivos

especiacuteficos

-Compreender o tipo de intervenccedilatildeo que eacute desenvolvida pelo Serviccedilo Social na Ilha

Terceira

-Mostrar como estatildeo organizadas as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial equipas de

intervenccedilatildeo em crise (composiccedilatildeo funccedilotildees formaccedilatildeo)

-Confirmar se os Assistentes Sociais possuem formaccedilatildeo especiacutefica para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

-Verificar se os Assistentes Sociais intervecircm segundo as etapas de intervenccedilatildeo

psicossocial em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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-Enumerar as funccedilotildees concretas desempenhadas pelos Assistentes Sociais quando

ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

-Identificar quais as principais dificuldades com que se confrontam no terreno

quando intervecircm em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe

Residindo na Ilha Terceira a escolha por este tema fica a dever-se natildeo soacute ao facto

de residir numa zona de risco onde a probabilidade de ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe eacute bastante elevada mas tambeacutem pelo facto de jaacute ter desempenhado funccedilotildees como

Assistente Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe sobretudo nas enxurradas do Porto Judeu em

2013 e tendo tido contacto com esta realidade verifiquei que existe falta de preparaccedilatildeo por

parte dos teacutecnicos para intervir neste tipo de situaccedilotildees

Por fim outro dos fatores que me levou a optar por esta temaacutetica foi o facto de em

Portugal existir pouca investigaccedilatildeo nesta aacuterea e o presente estudo vai servir ainda de

complemento a outra aacuterea de formaccedilatildeo que detenho a de Teacutecnica Superior de Seguranccedila e

Higiene no Trabalho

O presente trabalho encontra-se estruturado em 3 capiacutetulos o primeiro capiacutetulo

reporta-se ao Enquadramento Teoacuterico onde foram definidos os conceitos orientadores que

serviram de pilar teoacuterico ao longo desta dissertaccedilatildeo O segundo capiacutetulo remete-se agrave

metodologia integrada utilizada nesta investigaccedilatildeo que utilizou instrumentos de cariz

qualitativo pesquisa e anaacutelise documental pesquisa bibliograacutefica e entrevistas a entidades

significativas desta aacuterea

No terceiro capiacutetulo faz-se a apresentaccedilatildeo anaacutelise e discussatildeo dos resultados da

investigaccedilatildeo e por uacuteltimo apresentam-se as conclusotildees finais e bibliografia

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Capitulo I

Enquadramento Teoacuterico

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1 - A Sociedade de Risco e Riscos

A noccedilatildeo de risco tem acompanhado desde sempre a humanidade tendo-se assistido

ao longo dos tempos a uma evoluccedilatildeo dos conceitos

Em termos descritivos a definiccedilatildeo de risco foi ao longo do tempo sendo alvo de um

processo de desambiguaccedilatildeo Profissionais e decisores das mais diversas aacutereas bem como a

comunidade cientiacutefica no domiacutenio de diversas aacutereas tecircm abordado este conceito de forma

aplicada e adaptada agrave sua realidade e aos seus objectos de trabalho O resultado desta praacutetica eacute

a formulaccedilatildeo de diferentes conceitos de risco Por norma o risco encontra-se associado agrave

duacutevida em relaccedilatildeo a acontecimentos futuros de cariz negativo para a Humanidade O risco

ldquopode ser tomado como uma categoria de anaacutelise associada agrave priori agraves noccedilotildees de incerteza

exposiccedilatildeo ao perigo perda e prejuiacutezos materiais econoacutemicos e de vidas humanas em funccedilatildeo

de processos de ordem natural (tais como os processos exoacutegenos e endoacutegenos da Terra) eou

daqueles associados agrave accedilatildeo do Homemrdquo (Castro 20052)

Segundo Covello e Mumpower (1985 citado por Proske 2008) as primeiras

preocupaccedilotildees com risco (embora natildeo fosse tratado com este termo) deveratildeo ter ocorrido em

torno do ano 3200 aC no vale do Tigre-Eufrates onde um grupo denominado Asipu

praticava a anaacutelise e o aconselhamento sobre o risco com base em eventos repetidos e

motivados por forccedilas divinas prestando assim apoio agraves populaccedilotildees locais

A noccedilatildeo de risco mais aproximada agrave actualmente utilizada surgiu no seacuteculo XIV

associada agraves viagens mariacutetimas No seacuteculo XVI o termo ldquorischiordquo comeccedilou a ser utilizado nas

liacutenguas romanas para reportar situaccedilotildees de incerteza (Luhmann1993 citado por Proske

2008) Foi durante este periacuteodo e tambeacutem a partir do seacuteculo XVII que o risco ganhou mais

expressatildeo por intermeacutedio de navegadores portugueses e espanhoacuteis No entanto a

proveniecircncia do termo em si acaba por natildeo ser conhecida com certeza absoluta e Proske

(2008) aponta como possiacuteveis origens o grego com ldquorhiziardquo o persa com ldquorozi(k)rdquo ou ainda

o espanhol e as liacutenguas africanas com o termo ldquoareskrdquo Em comum estes termos tinham o

facto de a vida estar dependente de Deus e de um destino impossiacutevel de controlar e contrariar

Segundo Ewald (1993 citado por Mendes 2002) o risco advinha de um ato de Deus uma

forccedila maior de tal ordem que natildeo poderia ser imputada qualquer responsabilidade ao Homem

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Este uacuteltimo pouco poderia fazer tanto na tentativa de prever futuros eventos como na

tentativa de reduzir o seu impacto

Um contributo na evoluccedilatildeo do conceito do risco foi dado pelo sector da banca ainda

no decorrer do seacuteculo XVII Se nos primoacuterdios da utilizaccedilatildeo deste conceito este apenas

incluiacutea a noccedilatildeo de espaccedilo a partir do momento em que comeccedilou a ser utilizado pelo sistema

bancaacuterio viu ser-lhe vinculada a noccedilatildeo de tempo pois esta uacuteltima era tambeacutem imprescindiacutevel

para determinar provaacuteveis consequecircncias de um dado investimento tanto para os credores

como para os devedores (Giddens2000citado por Mendes 2002)

Em meados da deacutecada de oitenta Ulrich Beck (1992) apresenta o inovador conceito

de ldquoSociedade de Riscordquo para alertar sobre os riscos aos quais as sociedades atuais estatildeo

sujeitas particularmente os riscos de caraacutecter tecnoloacutegico e ambiental Para este autor ldquoa

sociedade de risco significa que vivemos na idade dos efeitos secundaacuterios isto eacute habitamos

um mundo fora de controlo onde nada eacute certo aleacutem da incerteza A novidade desta noccedilatildeo

reside no facto de algumas decisotildees humanas poderem envolver consequecircncias e perigos

globais que natildeo reconhecem fronteirasrdquo (Beck200016)

Mendes (2002) considera tambeacutem que vivemos na ldquosociedade do riscordquo devido agrave

dificuldade em quantificar prevenir e anular os riscos agrave natureza global e sua magnitude

Para Almeida (2002) a sociedade do risco eacute uma designaccedilatildeo que pretende apontar um tipo de

sociedade que estaacute atualmente mais exposta a alteraccedilotildees frequentes e agrave incerteza que eacute mais

exigente mas com menos garantias

Para Beck (1992) a caracteriacutestica principal da sociedade de risco eacute que as inovaccedilotildees

tecnoloacutegicas e organizacionais da sociedade moderna tambeacutem acarretaram efeitos colaterais

negativos cada vez mais complexos e imprevisiacuteveis e alguns deles incontrolaacuteveis Uma

parte dos riscos contemporacircneos escaparam do controle do sistema convencional das

instituiccedilotildees da era industrial ldquoO Estado-naccedilatildeo natildeo consegue mais regular os riscos de alta

complexidade principalmente aqueles que tecircm uma espacialidade e uma temporalidade que

vatildeo aleacutem das fronteiras geopoliacuteticas nacionaisrdquo (Beck 1995 210)

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Para Beck alguns dos novos riscos deixaram de poder ser pensados enquanto

fenoacutemenos locais circunscritos a uma determinada aacuterea ou situaccedilatildeo visto que assumiram um

caraacutecter global

O tipo de riscos que temos nas sociedades de hoje difere dos do passado na medida

em que hoje eles satildeo potencialmente ilimitados seja geograficamente (na medida em que os

perigos satildeo globalizados natildeo se limitando ao seu espaccedilo de origem ndash a sociedade de risco eacute

mundial) seja em termos de tempo seja ainda no alcance dos seus danos que podem

perpetuar ndash se por geraccedilotildees ldquoO risco atinge tudo sem distinccedilatildeo de classe eacute democraacutetico

incalculaacutevel (as consequecircncias desconhecidas indesejadas tornam-se uma forccedila dominante na

historia e na sociedade)rdquo (Silveirinha 2007 citado por Amaro 201253)

Hoje os riscos estatildeo em todos os lugares em outros contextos histoacutericos inclusive

em seacuteculos passados a experiecircncia dos riscos nunca foi tatildeo abrangente e profunda como tecircm

sido nas uacuteltimas deacutecadas As situaccedilotildees de risco atuais satildeo portanto quantitativas e

qualitativamente distintas das formas anteriores de risco As mudanccedilas estatildeo acontecendo

cada vez mais raacutepidas e em maior grau e intensidade As mudanccedilas geram situaccedilotildees novas em

que ningueacutem parece ter o controlo A incerteza passou a ser uma caracteriacutestica marcante da

nossa eacutepoca

Na linha de pensamento de Giddens (2012) a ideia de risco andou sempre associada

agrave modernidade mas na eacutepoca atual assume uma importacircncia nova e peculiar O risco era

considerado como um meio de regular o futuro de o normalizar e de o colocar sob o nosso

domiacutenio no entanto as coisas natildeo se passaram assim As tentativas que fazemos para

controlar o futuro acabam por se voltar contra noacutes forccedilando-nos a procurar novas formas de

viver com a incerteza

No presente noacutes natildeo sabemos se vivemos num mundo mais arriscado do que as

geraccedilotildees passadas o problema natildeo esta situado na ldquoquantidaderdquo do risco a grande diferenccedila

histoacuterica entre o passado e o presente eacute que hoje sabemos ser impossiacutevel controlar as

consequecircncias de algumas decisotildees civilizacionais Eacute neste contexto que Beck e Giddens

utilizam o termo incertezas fabricadas

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Giddens (2012) faz a distinccedilatildeo entre dois tipos de risco o risco exterior e o risco

criado

Riscos Externos - Ateacute uma eacutepoca muito recente as sociedades humanas estavam sob

ameaccedila de riscos externos isto eacute que tecircm origem no mundo natural e natildeo estatildeo relacionados

com a accedilatildeo do homem os perigos advecircm secas terramotos tempestades e fome

Riscos Criados - Riscos que resultam do impacto da accedilatildeo do nosso saber e da

tecnologia sobre o mundo natural

Segundo Giddens (2012) no passado a sociedade preocupava ndash se mais com o risco

exterior como resultado de fenoacutemenos impostos pela natureza como secas pragas ou maacutes

colheitas Actualmente a preocupaccedilatildeo recai natildeo apenas neste mas tambeacutem no risco

provocado remetendo para o impacto que o desenvolvimento tecnoloacutegico tem sobre o

ambiente

Na linha de pensamento de (Zecirczere Ferreira amp Rodrigues1999) recorrendo a

conceitos matemaacuteticos o risco eacute entendido como a probabilidade de ocorrecircncia de um efeito

especiacutefico causador de danos graves agrave Humanidade eou ao ambiente num determinado

periacuteodo e em circunstacircncias determinadas Segundo o mesmo autor e numa clara alusatildeo agrave

importacircncia do conceito de risco para a gestatildeo do mesmo ldquoo risco exprime a possibilidade de

ocorrecircncia e a respectiva quantificaccedilatildeo em termos de custos de consequecircncias gravosas

econoacutemicas ou mesmo para a seguranccedila das pessoas em resultado do desencadeamento de

um fenoacutemeno natural ou induzido pela atividade antroacutepicardquo (Zecirczere et al19993) Agrave luz da

variedade de definiccedilotildees existentes pode ainda o risco ser encarado como ldquoa probabilidade de

ocorrecircncia de um processo (ou acccedilatildeo) perigoso e respectiva estimativa das suas consequecircncias

sobre pessoas bens ou ambiente expressas em danos corporais eou prejuiacutezos materiais e

funcionais diretos ou indiretosrdquo (Juliatildeo 200922)

ldquo A noccedilatildeo de risco mais vulgarizada tem a ver com o ldquoperigo que se correrdquo isto eacute

em linhas gerais risco eacute a probabilidade de ocorrecircncia de um perigordquo (Lourenccedilo 2003citado

por Amaro 201254)

Na oacuteptica de Ribeiro (1995) o risco eacute caracterizado pela ameaccedila que causa ou que eacute

sentida pela sociedade face a determinada situaccedilatildeo de rutura Resulta da probabilidade de

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desencadear um fenoacutemeno de ruptura e do grau de impacto associado aos efeitos que

previsivelmente produza no sistema social

De forma integrada ldquoo risco pretende caracterizar a possibilidade de ocorrecircncia de

perturbaccedilotildees que alterem o estado de seguranccedila existente ou previsto e que provoquem os

correspondentes danosrdquo (Amaro 201254)

Na perspectiva de Herculano (2009) a compreensatildeo da dimensatildeo do risco eacute

fundamental Importa conhecer como este se manifesta atraveacutes de que processos quais os

agentes e quais os impactos para que assim a intervenccedilatildeo seja a mais adequada agrave situaccedilatildeo No

entanto o mesmo autor refere ainda que se cada grupo de riscos for considerado

isoladamente tambeacutem eacute possiacutevel agrupar esses mesmos grupos e assim constituiacuterem-se novos

ramos ou sub-ramos de riscos tais como ldquoos riscos naturo-sociais tecno-sociais tecno-

naturais ou entatildeo e porque natildeo o grupo dos riscos soacutecio-ambientais ou naturo-tecno- sociais

na medida em que determinado risco natural se desencadeie por vulnerabilidade a

determinado risco tecnoloacutegico e cujas repercussotildees se verifiquem sobre as sociedadesrdquo

(Herculano 2009 1-2)

Para Douglas o risco eacute uma ldquoteacutecnica moderna de avaliar o perigo em termos de

probabilidade (hellip) e incertezardquo (Rebelo1992 citado por Herculano 20093) Por sua vez

Giddens (1987) considera o risco como aquilo que existe em situaccedilotildees de perigo hoje em dia

enfrenta- se perigos decorrentes de uma incerteza fabricada (produzida pela teacutecnica e pela

ciecircncia modernas) Herculano (2009) menciona que seraacute mais adequado falar de perigos

quando os danos ou perdas estatildeo relacionados com causas fora do proacuteprio controlo Deve-se

falar em riscos quando os possiacuteveis danos satildeo consequecircncia da proacutepria decisatildeo

Independentemente de se poder defender que a teoria do risco estaacute desde sempre

presente na conceptualizaccedilatildeo dos conceitos de perigo e de risco todavia para Rebelo existem

trecircs conceitos que vivem em torno da organizaccedilatildeo desta teoria risco perigo e crise Uma vez

que para este autor ldquoO risco pressupotildee um sistema de processos que o determinam e o

analisam que o perigo pressupotildee um conjunto de percepccedilotildees e de reacccedilotildees de acordo com a

sua evoluccedilatildeo e a manifestaccedilatildeo da crise deve ter presente uma planificaccedilatildeo global dos riscos e

integral dos recursos essenciais agrave sua gestatildeordquo (Rebelo 1999 citado por Herculano 20093-

4)

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A aproximaccedilatildeo ao fim do uacuteltimo mileacutenio intensificou as preocupaccedilotildees relativas ao

risco natildeo apenas pela comunidade cientiacutefica mas pelo puacuteblico em geral criando a ideia de

que a qualquer momento pode ocorrer um evento negativo provocando rupturas de diversos

niacuteveis e desorientaccedilatildeo geral Segundo Beck (1992como citado em Mendes 2002) todas as

alteraccedilotildees na natureza do risco tornaram-no mais globalizado menos identificaacutevel e com

consequecircncias mais graves criando ansiedade na populaccedilatildeo Este estado de maior alerta e

apreensatildeo face ao risco eacute motivo por parte desta a uma maior solicitaccedilatildeo a quem compete

trabalhar no sentido de prever e avisar para as situaccedilotildees de risco A prevenccedilatildeo quando

devidamente justificada pode constituir a diferenccedila entre o agravamento do risco ou a sua

atenuaccedilatildeo Conforme Mendes (2002) a incerteza associada ao risco cria por vezes situaccedilotildees

de alarmismo e por outras situaccedilotildees de ocultaccedilatildeo de factos ldquoQuando o risco eacute considerado

elevado e muito divulgado e posteriormente se constata que os impactos foram miacutenimos os

envolvidos no processo de prevenccedilatildeo satildeo considerados alarmistas mas quando esse risco natildeo

eacute devidamente acautelado e posteriormente ocorrem situaccedilotildees graves os mesmos satildeo

acusados de menosprezar o risco e de descuido no processo de preparaccedilatildeo para o enfrentarrdquo

(Mendes 20023)

2 - Desastres ou Cataacutestrofes

Os desastres naturais representam um conjunto de fenoacutemenos que fazem parte da

geodinacircmica terrestre portante da natureza do planeta quando ocorrem podem acarretar

consequecircncias catastroacuteficas para o ser-humano

A partir deacutecada de 80 comeccedilou a dar-se um aumento gradual dos prejuiacutezos

econoacutemicos com origem na destruiccedilatildeo provocada por desastres naturais tendo a deacutecada de

1990 marcado a entrada num novo patamar com os valores dos prejuiacutezos a dispararem para

valores nunca antes vistos Terramotos tsunamis ou grandes tempestades em aacutereas fortemente

desenvolvidas e povoadas foram o motor para os elevados prejuiacutezos verificados

Recentemente em 2011 assistiu-se a um valor recorde estimado em 3661 mil milhotildees de

doacutelares (danos provocados pelo terramoto e tsunami que atingiram o Japatildeo) suplantando o

valor atingido em 2005 na ordem dos 2468 mil milhotildees de doacutelares (prejuiacutezos resultantes da

passagem do furacatildeo Katrina na costa leste dos Estados Unidos da Ameacuterica (Guha-sapir Vos

Below amp Ponserre2011)

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Em Portugal as cataacutestrofes da uacuteltima deacutecada foram maioritariamente de origem

natural nomeadamente cheias tufotildees e incecircndios florestais Portugal foi considerado pela

Comissatildeo Europeia como o paiacutes europeu mais afectado pelos incecircndios em 2003 com 20

viacutetimas mortais e com um nuacutemero recorde de 390 146 hectares de terreno florestal e mato

ardido durante o ano de 2003 (Livro Branco dos incecircndios florestais 2003) O sismo de 1755

foi considerado a cataacutestrofe mais mortal no nosso paiacutes sendo responsaacutevel por um elevado

nuacutemero de mortes bem como inuacutemeros estragos materiais as cheias na Ilha Madeira a 20 de

Fevereiro de 2010 foi outra das cataacutestrofes que assolou o nosso paiacutes tendo provocado

tambeacutem inuacutemeros prejuiacutezos materiais e ambientais e viacutetimas mortais

No que concerne agrave Ilha Terceira nos uacuteltimos anos a cataacutestrofe que causou mais

estragos foi o sismo de 1980 morreram cerca de 51 pessoas tendo a cidade de Angra do

Heroiacutesmo ficado praticamente destruiacuteda

Nos uacuteltimos 5 anos na Ilha Terceira ocorreram duas situaccedilotildees de cataacutestrofes

nomeadamente as enxurradas da Agualva em Dezembro de 2009 e Porto Judeu em Marccedilo de

2013 estas provocaram inuacutemeros prejuiacutezos materiais apenas nas enxurradas da Agualva

houve uma viacutetima mortal

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) o nuacutemero de cataacutestrofes naturais

aumentou cerca de 100 para cerca de 400 por ano com o continente Africano a ser o mais

castigado nas uacuteltimas trecircs deacutecadas

As consequecircncias das cataacutestrofes estatildeo diretamente associadas a fatores de

vulnerabilidade das sociedades das quais se destacam a densidade populacional o

aquecimento global e as condiccedilotildees precaacuterias de habitabilidade de grandes aglomerados

populacionais Para Serra (2008) um outro fator a considerar eacute a constante imposiccedilatildeo do

homem nos ecossistemas o desrespeito pela natureza e a desresponsabilizaccedilatildeo dos governos

na prevenccedilatildeo das cataacutestrofes o que leva agrave conclusatildeo de que as cataacutestrofes satildeo cada vez menos

naturais pois ateacute mesmo a origem de um tsunami pode ser imputado ao homem que atraveacutes

da sua accedilatildeo exponencia as fragilidades do ecossistema consequentemente aumenta a

probabilidade de cataacutestrofes naturais (p 37- 47)

Segundo Amaro (201223) ldquoas sociedades modernas nomeadamente as mais

desenvolvidas debatem-se hoje com problemas que natildeo sendo novos assumem por vezes

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uma dimensatildeo redobrada porque os riscos cresceram com o acelerado desenvolvimento

tecnoloacutegico e com a expansatildeo de um urbanismo desenfreadordquo

Nesta perspetiva ldquoHoje as questotildees relativas agraves ameaccedilas provenientes das raacutepidas

mudanccedilas climaacuteticas deve ser encarada do mesmo modo que uma verdadeira guerra que natildeo

podemos perder em termos de planeamento coordenaccedilatildeo e execuccedilatildeordquo (Leandro 2007

citado por Amaro 201227)

Vaacuterios autores colocam desastre e cataacutestrofe com um uacutenico significado enquanto

outros apontam diferenccedilas e distinguem-nos

Segundo a UNISDR (200913) um desastre consiste numa ldquoperturbaccedilatildeo seacuteria do

funcionamento de uma comunidade ou sociedade causando perdas humanas materiais

econoacutemicas e ambientais expressivas que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade

em fazer frente agrave situaccedilatildeo com os seus proacuteprios recursosrdquo Em definiccedilotildees propostas pelo

CRED (Centre for Research on the Epidemiology of Disaters) o desastre surge como ldquouma

situaccedilatildeo ou um evento que supera a capacidade local surgindo a necessidade de pedir ajuda

externa seja a niacutevel nacional ou internacional ou um evento imprevisto que causa grandes

danos destruiccedilatildeo e sofrimento humanordquo (Guha-sapir et al 2011)

Numa perspetiva diferente Pine (2008) aborda os desastres mencionando

genericamente as suas causas referindo que satildeo eventos naturais e causados pelo homem que

tecircm um impacto adverso sobre uma comunidade regiatildeo ou naccedilatildeo Os eventos associados a

um desastre podem sobrecarregar os meios de resposta e provocam danos a niacutevel econoacutemico

social e ambiental

Para (Dilley Chen Deichmann Lerner amp Almond 200519) ldquoos desastres naturais

ocorrem quando um nuacutemero elevado de pessoas ou bens satildeo atingidos por fenoacutemenos de

grande severidade provocando feridos mortes prejuiacutezos econoacutemicos danos ou destruiccedilatildeo

total de estruturasrdquo

No contexto da dinacircmica natural do planeta a ocorrecircncia de fenoacutemenos naturais

extremos eacute muito frequente no entanto quando estes eventos atingem comunidades humanas

de forma grave e extensiva tendo como resultados prejuiacutezos materiais e a perda de vidas

humanas assumem as caracteriacutesticas e a dimensatildeo de uma cataacutestrofe

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De acordo com a OMS uma cataacutestrofe eacute considerada ldquo um acontecimento natural ou

provocado pelo homem cujo a ameaccedila pode justificar a necessidade de socorros de

emergecircncia e no qual os grandes danos materiais satildeo acompanhados de traacutegicas perdas de

vidas humanas e grande numero de vitimas invariavelmente feridas com gravidaderdquo

As cataacutestrofes podem acontecer a qualquer momento Carvalho (2009) define-a em

termos sociais fiacutesicos e sanitaacuterios Eacute uma situaccedilatildeo imprevista e repentina atinge uma

populaccedilatildeo de maioria saudaacutevel que passa a vivenciar uma realidade desorganizada ou

disruptiva que desconcerta a sua vida de forma violenta e traumatizante Bandeira e Pinto

(2001 citado por Sousa200716) referem que o contexto de cataacutestrofe eacute baseado em ldquotrecircs

componentes afluxo intenso de vitimas destruiccedilatildeo de ordem material desproporcionalidade

acentuada entre os meios de socorro e as vitimas a socorrerrdquo

De acordo com a Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm 272006 de 3 de Julho artigo

3ordmnordm2 ldquo cataacutestrofe eacute o acidente grave ou serie de acidentes graves suscetiacuteveis de provocarem

elevados prejuiacutezos materiais e eventualmente vitimas afetando intensamente as condiccedilotildees de

vida e o tecido socioeconoacutemico em aacutereas ou na totalidade do territoacuterio nacional ldquo

As diferenccedilas verificadas entre os conceitos de desastre e cataacutestrofe satildeo

particularmente visiacuteveis ao niacutevel da escala do acontecimento onde no segundo caso as

consequecircncias negativas abrangem aacutereas territoriais maiores afetam um maior nuacutemero de

pessoas e bens requerem ajuda externa suplementar envolvem oacutergatildeos e agecircncias estatais e o

tempo de recuperaccedilatildeo eacute mais longo Neste jogo de semelhanccedilasdisparidades entre definiccedilotildees

Oliver (20115) sugere a cataacutestrofe como ldquoum evento que afeta direta ou indiretamente todo

um paiacutes requerendo resposta nacional ou eventualmente internacional ameaccedilando o bem-

estar de um nuacutemero substancial de pessoas por um longo periacuteodo de tempordquo

Tanto os desastres naturais como as cataacutestrofes satildeo tambeacutem causadores de grandes

impactos a niacutevel econoacutemico sendo responsaacuteveis pela destruiccedilatildeo de diversas estruturas

(habitaccedilotildees equipamentos vias entre outros) encerramento de serviccedilos perda de recursos e

suspensatildeo de atividades produtivas como a agricultura e a induacutestria ou ainda a interrupccedilatildeo da

circulaccedilatildeo e quebras na rede de transportes de pessoas e mercadorias No processo de retoma

da normalidade o apoio agraves viacutetimas e a reconstruccedilatildeo das estruturas danificadas tecircm-se

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perfilado nas uacuteltimas deacutecadas como operaccedilotildees mais complexas e dispendiosas agrave medida que

aumenta a dimensatildeo e o niacutevel de desenvolvimento das aacutereas afetadas

Nesta perspetiva ldquoO Tsunami de Dezembro de 2004 que vitimou mais de 250 mil

pessoas o furacatildeo Katrina que arrasou a cidade de Nova Orleatildees e matou perto de 2000

pessoas o sismo do Paquistatildeo no qual faleceram perto 60 mil pessoas o tufatildeo de Myanmar

(soacute para citar alguns dos mais recentes e devastadores) alertaram-nos para uma nova realidade

a que os Estados modernos natildeo podem fechar os olhos As grandes variaccedilotildees demograacuteficas e

as mudanccedilas climaacuteticas criaram muitas e novas preocupaccedilotildees que remetem para atitudes de

contiacutenua prevenccedilatildeo anaacutelise e gestatildeo de riscordquo (Amaro201223)Em siacutentese a diferenccedila entre

desastre e cataacutestrofe parece-nos pouco mais que semacircntica ou se quisermos diferindo face agrave

amplitude do fenoacutemeno

3 - Proteccedilatildeo Civil

O assistente social ao intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe deve ser conhecedor de

como se encontra estruturada e organizada a Proteccedilatildeo Civil (PC) neste tipo de situaccedilotildees

quando trabalhei na situaccedilatildeo de cataacutestrofe do Porto Judeu uma das maiores dificuldades com

que me deparei no terreno foi perceber como funcionava todo o processo ao niacutevel da

emergecircncia quando ocorria uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe no decorrer das entrevistas aos

teacutecnicos sociais foi-me apercebendo que estes tinham alguma dificuldade em responder agraves

questotildees que estavam relacionadas com a aacuterea da PC neste sentido natildeo eacute excessivo que os

elementos das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam com bastante pormenor o

sistema nacional e regional de PC o desconhecimento por parte do assistente social nesta

mateacuteria pode condicionar o sucesso da sua intervenccedilatildeo face a esta situaccedilatildeo irei desenvolver

de forma mais exaustiva o ponto nordm 3 deste capitulo

A PC segundo o artigoordm1 da Lei nordm 27 de 2006 ldquoeacute a atividade desenvolvida pelo

Estado Regiotildees Autoacutenomas e Autarquias Locais pelos cidadatildeos e por todas as entidades

puacuteblicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situaccedilotildees de

acidente grave ou cataacutestrofe de atenuar os seus efeitos proteger socorrer as pessoas e bens

em perigo quando aquelas situaccedilotildees ocorramrdquo

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Para aleacutem do seu papel especiacutefico de manter a situaccedilatildeo controlada e proteger a

populaccedilatildeo tem tambeacutem como tarefa avaliar a dimensatildeo da cataacutestrofe e contactar as

instituiccedilotildees que devem colaborar em todo o processo de intervenccedilatildeo

Satildeo objetivos fundamentais do PC segundo o artordm 4ordm da Lei nordm 27 2006

Prevenir os riscos coletivos e a ocorrecircncia de acidente grave ou de

cataacutestrofe

Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das

ocorrecircncias descritas no ponto anterior

Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo proteger

bens e valores culturais ambientais e de elevado interesse publico

Apoiar a reposiccedilatildeo da normalidade da vida das pessoas em vaacuterias aacutereas

afetadas por acidente grave ou cataacutestrofe

Ao niacutevel Regional a PC tem caracteriacutesticas organizacionais proacuteprias conforme

Fig1

Fig1- Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil Fonte PREPCA 2013

31 - Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

O Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores (Fig2) eacute o

departamento que depende da Secretaria Regional da Sauacutede (Decreto Regulamentar Regional

nordm 242012 nordm10 aliacutenea d) e tem como atribuiccedilotildees orientar coordenar e fiscalizar a niacutevel da

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Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores (RAA) as atividades de Proteccedilatildeo Civil e dos Corpos de

Bombeiros bem como assegurar o funcionamento de um sistema de transporte terrestre de

emergecircncia meacutedica de forma a garantir aos sinistrados ou viacutetimas de doenccedila suacutebita a pronta

e correta prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede (capitulo I do Decreto Regulamentar Regional nordm

242003A de 7 de Agosto artordm nordm 2)

Fig2- Organizaccedilatildeo SRPCBA Fonte PREPCA 2013

A niacutevel Regional o SRPCBA tem como atribuiccedilotildees de competecircncias

designadamente o Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia (COE) e o Posto de Comando

Operacional (PCO) (PREPCA2013)

O Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia tem como objetivos

-Garantir a gestatildeo e o acompanhamento de todas as ocorrecircncias de acidentes graves e

cataacutestrofes

-Assegurar a coordenaccedilatildeo dos recursos e do apoio logiacutestico das operaccedilotildees de socorro

emergecircncia e assistecircncia decorrentes do acidente grave ou cataacutestrofe

-Proceder agrave recolha de informaccedilatildeo relevante para missotildees de proteccedilatildeo e socorro

recolhidas das entidades intervenientes nas operaccedilotildees

-Recolher e divulgar a situaccedilotildees em curso difundidos comunicados e avisos as

populaccedilotildees e entidades e instituiccedilotildees incluindo oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

O Posto de Comando Operacional instalado funciona como oacutergatildeo diretor das

operaccedilotildees de apoio na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios

A montagem organizaccedilatildeo funcionamento e coordenaccedilatildeo do PCO eacute da

responsabilidade e competecircncia do respetivo COE A implantaccedilatildeo do PCO do teatro de

operaccedilotildees deve ser tendencialmente feita numa infraestrutura ou veiacuteculo apto para o efeito

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Compete ao COS comandar as operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro no teatro de

operaccedilotildees garantindo a montagem de um PCO assegurando a existecircncia de condiccedilotildees de

seguranccedila para todo o pessoal e sectorizando o teatro de operaccedilotildees para que resulte a

hierarquia de comando a delegaccedilatildeo de tarefas e os meacutetodos de

Articulaccedilatildeo dos meios

Controlo dos recursos

Gestatildeo da Informaccedilatildeo

Expansatildeo ou retraccedilatildeo da organizaccedilatildeo no teatro de operaccedilotildees consoante a evoluccedilatildeo da

situaccedilatildeo

32 - Plano de Emergecircncia

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do

Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoria eacute um instrumento que os serviccedilos municipais

passaram a dispor para o desencadeamento de operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil com vista a

possibilitar uma unidade de prevenccedilatildeo direccedilatildeo e controlo Pretende-se atraveacutes desta unidade a

coordenaccedilatildeo das accedilotildees a desenvolver e gestatildeo de meios e recursos mobilizaacuteveis face a

acidente grave ou cataacutestrofe no sentido de minimizar os prejuiacutezos perdas de vidas e o

restabelecimento da normalidade

Um plano por definiccedilatildeo deve ser elaborado antes da ocorrecircncia da situaccedilatildeo a que se

destina Nesta perspetiva os seus pressupostos devem assentar em previsotildees as quais com

base em estudos teacutecnico-cientiacuteficos elaborados antecipadamente deveratildeo indicar com a

maior objetividade possiacutevel as consequecircncias a partir das quais se estabelecem as medidas a

tomar

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria tem os seguintes objetivos gerais

-Providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e os meios

indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo dos efeitos adversos de um acidente grave ou cataacutestrofe

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-Definir as orientaccedilotildees relativamente ao modo de atuaccedilatildeo dos vaacuterios organismos

serviccedilos e estruturas a empenhar em operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil

-Definir a unidade de direccedilatildeo coordenaccedilatildeo e comando das accedilotildees a desenvolver

-Coordenar e sistematizar as accedilotildees de apoio promovendo maior eficaacutecia e rapidez de

intervenccedilatildeo das entidades intervenientes

- Inventariar os meios e recursos disponiacuteveis para acorrer a um acidente grave ou

cataacutestrofe

-Minimizar a perda de vidas e bens atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves

ou cataacutestrofes e restabelecer o mais rapidamente possiacutevel as condiccedilotildees miacutenimas de

normalidade

-Assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e

coordenado de todos os meios e recursos disponiacuteveis num determinado territoacuterio sempre que

a gravidade e dimensatildeo das ocorrecircncias o justifique

-Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparaccedilatildeo e de

prontidatildeo necessaacuterio agrave gestatildeo de acidentes graves ou cataacutestrofes

-Promover a informaccedilatildeo das populaccedilotildees atraveacutes de accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo tendo em

vista a sua preparaccedilatildeo a assunccedilatildeo de uma cultura de autoproteccedilatildeo e entrosamento na estrutura

de resposta agrave emergecircncia

Ambos os PME atraacutes referenciados encontram-se em vigor desde 2003 tendo sido

revisto e atualizado de acordo com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 da Comissatildeo Nacional de

Proteccedilatildeo Civil (CNPC) a qual estabelece a Diretiva relativa aos criteacuterios e normas teacutecnicas

para a elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de Planos de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil

Em conformidade com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 de 18 de Julho da Comissatildeo

Nacional de Proteccedilatildeo Civil o Plano Municipal Emergecircncia Angra Heroiacutesmo (PMEAH) Plano

Municipal Emergecircncia Praia Vitoacuteria (PMEPV) eacute designado como Plano Geral cujo acircmbito de

aplicaccedilatildeo territorial e administrativo circunscreve-se ao Concelho de Angra do Heroiacutesmo e ao

concelho da Praia da Vitoria abrangendo 19 freguesias em Angra do Heroiacutesmo e 11 freguesias

na Praia da Vitoria ambos os planos foram elaborados para enfrentar e dar resposta agrave

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generalidade das ocorrecircncias de emergecircncia adjacentes a todos os riscos de origem natural

assim como tecnoloacutegica com possibilidade de ocorrecircncia nos concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

321 - Competecircncias para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia

De acordo com o nordm 2 do artigo 40ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho bem como a

aliacutenea c) do nordm 3 do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro compete agrave Comissatildeo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil (CMPC) o acionamento do Plano Municipal de Emergecircncia no

caso do Concelho de Angra do Heroiacutesmo eacute a Comissatildeo Municipal Proteccedilatildeo Civil deste

concelho que aciona o plano no caso do concelho da Praia da Vitoria eacute a Comissatildeo Municipal

de Proteccedilatildeo Civil deste concelho que aciona o PME Segundo o artigo 6ordm da Lei nordm 652007

de 12 de Novembro o presidente da Cacircmara Municipal como diretor do PME e apoiado pelo

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil (SMPC) eacute competente para declarar a situaccedilatildeo de alerta

de acircmbito municipal

De acordo com o nordm 1 do artigo 9ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a situaccedilatildeo de

alerta pode ser declarada quando face agrave ocorrecircncia ou iminecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe eacute reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas ou medidas especiais

de reaccedilatildeo Como mecanismo excecional por razotildees de celeridade de ativaccedilatildeo do PME

quando a natureza do acidente grave ou cataacutestrofe assim o justificar a CMPC poderaacute reunir

com composiccedilatildeo reduzida na eventualidade de ser impossiacutevel reunir a totalidade dos seus

membros Esta ativaccedilatildeo seraacute sancionada posteriormente pelo plenaacuterio da Comissatildeo Uma vez

assegurada a reposiccedilatildeo da normalidade no municiacutepio deveraacute ser declarada a desativaccedilatildeo do

PME a qual sucederaacute apoacutes decisatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Para a publicaccedilatildeo da ativaccedilatildeo e desativaccedilatildeo da PME seratildeo utilizados os meios de

comunicaccedilatildeo social locais assim como o siacutete da internet da Cacircmara Municipal de Angra do

Heroiacutesmo ou da Praia Vitoria

Nos termos do nordm 2 do artigo 9ordm da Resoluccedilatildeo nordm 252008 da CNPC os planos de

emergecircncia devem ser objeto de exerciacutecios pelo menos bianualmente A mesma Resoluccedilatildeo

expressa no nordm 3 do artigo 9ordm menciona que deve ser realizado um exerciacutecio no prazo

maacuteximo de 180 dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da revisatildeo do PME O presidente da Cacircmara

Municipal ou a CMPC sob proposta do Coordenador Municipal de Proteccedilatildeo Civil pode

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realizar exerciacutecios com a finalidade de testar a operacionalidade do Plano Municipal de

Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do Concelho da Praia

Vitoria

Nos termos da Lei nordm 1342006 de 25 de Julho o Sistema Integrado de Operaccedilotildees

de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) visa responder a situaccedilotildees de iminecircncia ou de ocorrecircncia de

acidente grave ou cataacutestrofe atraveacutes do conjunto de estruturas normas e procedimentos que

assegurem que todos os agentes de proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional

articuladamente sob um comando uacutenico sem prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e

funcional O conceito de atuaccedilatildeo visa estabelecer os princiacutepios orientadores a aplicar numa

operaccedilatildeo de emergecircncia de proteccedilatildeo civil definindo a missatildeo tarefas e responsabilidades dos

diversos agentes organismos e entidades intervenientes bem como identificar as respetivas

regras de atuaccedilatildeo

Em ordem a assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido e

eficiente dos recursos disponiacuteveis eacute necessaacuterio dividir as aacutereas de atuaccedilatildeo em trecircs fases

distintas (Fig3)

Fig3 Aacutereas de atuaccedilatildeo FontePME2014

-Preacute emergecircncia as entidades desenvolvem a sua regular atividade

-Emergecircncia atuaccedilatildeo articulada e conjunta entre os agentes de proteccedilatildeo civil

-Poacutes emergecircncia reposiccedilatildeo da normalidade

Segundo o princiacutepio da subsidiariedade vigente na aliacutenea d) do artigo 5ordm da Lei nordm

272007 de 3 de Julho o SRPCBA soacute deve intervir se na medida em que os objetivos do

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SMPC natildeo possam ser alcanccedilados atendendo agrave dimensatildeo e gravidade dos efeitos das

ocorrecircncias

Eacute criteacuterio para a ativaccedilatildeo do Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do

concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do concelho da Praia da Vitoacuteria sempre que se verifique

no municiacutepio a iminecircncia ou ocorrecircncia de situaccedilotildees de acidente grave ou cataacutestrofe

definidos no artigo 3ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho (Quadro1)

Quadronordm1 ndash Criteacuterios para ativaccedilatildeo do Plano

Criteacuterio a Considerar para a ativaccedilatildeo do Plano Emergecircncia

Efeitos na populaccedilatildeo Nuacutemero de mortos feridos desalojados desaparecidos

isolados

Danos nos bens e patrimoacutenio

Nuacutemero de habitaccedilotildees danificadas edifiacutecios

indispensaacuteveis agraves operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil afetados

afetaccedilatildeo de monumentos nacionais

Danos nos serviccedilos e infraestruturas

Suspensatildeo do fornecimento de aacutegua energia ou

telecomunicaccedilotildees durante um periacuteodo de tempo

significativo

Danos no ambiente

Descarga de materiais perigosos em aquiacuteferos ou no

solo destruiccedilatildeo de zonas florestais libertaccedilatildeo de

materiais perigosos para a atmosfera

Caracteriacutesticas da ocorrecircncia Caudais registados magnitude ou intensidade siacutesmica

quantidade de substacircncia libertada

Aacuterea do municiacutepio Percentagem da aacuterea territorial coberta pelo plano

afetada pelo acidente grave ou cataacutestrofe

Fonte PME 2014

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Nos termos do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro a CMPC (cujo a

composiccedilatildeo e competecircncias pode ver-se nos quadros 2 e 3) eacute o organismo responsaacutevel pela

articulaccedilatildeo entre todas as entidades e instituiccedilotildees de acircmbito municipal imprescindiacuteveis agraves

operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro emergecircncia e assistecircncia perante um acidente grave ou

cataacutestrofe garantindo os meios e recursos adequados agrave gestatildeo da ocorrecircncia A CMPC eacute

dirigida pelo Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo caso a ocorrecircncia seja

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neste concelho caso a ocorrecircncia seja no concelho da Praia Vitoria a CMPC eacute dirigida pelo

Presidente da Cacircmara da Praia da Vitoria que operaraacute a partir do gabinete do SMPC

localizado no edifiacutecio dos Serviccedilos Municipalizados ou em alternativa no Quartel dos

Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo ou da Praia da Vitoria Pode ainda em uacuteltima

instacircncia ser reunida na viatura Unidade de Comunicaccedilotildees e Transmissotildees (UCT) do Serviccedilo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil

O SMPC estaacute referenciado nos artigos 9ordm e 10ordm da Lei nordm 652007 de 12 de

Novembro este tem a responsabilidade pela prossecuccedilatildeo das atividades de proteccedilatildeo civil de

acircmbito municipal Eacute um oacutergatildeo com dependecircncia direta do Presidente da Cacircmara ou do

Vereador com competecircncias delegadas na Proteccedilatildeo Civil

Quadro nordm 2 Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil

Composiccedilatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria

Comandante da Poliacutecia de Seguranccedila Puacuteblica (PSP) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Regimento de Guarniccedilatildeo nordm 1

Comandante da Capitania do Porto de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Estrutura Operacional de Emergecircncia da Cruz Vermelha de Angra do Heroiacutesmo (CVPAH)

Delegado de Sauacutede do Concelho (Autoridade Sanitaacuteria)

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Hospital de Santo Espiacuterito

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Centro de Sauacutede de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante da Seguranccedila Social

Delegado da Secretaria Regional do Turismo e Transportes da Ilha Terceira (Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas de Angra

do Heroiacutesmo)

Provedor da Santa Casa da Misericoacuterdia de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante dos Presidentes de Juntas de Freguesia

Fonte PME2014

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Quadro nordm 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Fonte PME2014

323 -Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees

Conforme o disposto no nordm1 do artigo 12ordm do Decreto-Lei nordm 1342006 de 25 de

Julho referente ao Sistema Integrado de Operaccedilotildees de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) o sistema

de gestatildeo de operaccedilotildees eacute uma forma de organizaccedilatildeo operacional que se desenvolve de uma

forma modular de acordo com a importacircncia e o tipo de ocorrecircncia Eacute considerada a doutrina

e terminologia padronizada no SIOPS designadamente no que respeita agrave definiccedilatildeo da

organizaccedilatildeo dos teatros de operaccedilotildees e dos postos de comando Assim seraacute possiacutevel utilizar

uma ferramenta de gestatildeo de teatro de operaccedilotildees que permita a adoccedilatildeo de uma estrutura

organizacional integrada de modo a suprir as complexidades de teatros de operaccedilotildees uacutenicos e

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muacuteltiplos independentemente das barreiras administrativas Sempre que seja acionada uma

organizaccedilatildeo integrante do SIOPS o chefe da primeira forccedila de socorro a chegar ao local da

ocorrecircncia assume de imediato o comando da operaccedilatildeo sendo designado como Comandante

das Operaccedilotildees de Socorro (COS) A transferecircncia de comando poderaacute ocorrer por necessidade

de substituiccedilatildeo aquando a chegada de novos meios e recursos para tal eacute imprescindiacutevel a

realizaccedilatildeo de um briefing de forma a notificar toda a estrutura operacional presente Neste

contexto por forma a apoiar o COS na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios no

teatro de operaccedilotildees o SIOPS institui a implementaccedilatildeo de um Posto de Comando Operacional

(PCO) no local da ocorrecircncia de acordo com a ilustraccedilatildeo seguinte (Fig4)

Fig4 ndash Implementaccedilatildeo de PCO Fonte PME2014

324 - Execuccedilatildeo do plano

No uso das competecircncias e responsabilidades que legalmente lhe estatildeo atribuiacutedas no

acircmbito da direccedilatildeo e coordenaccedilatildeo das operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil o presidente da Cacircmara

Municipal (ou o seu legiacutetimo substituto) como diretor do presente plano deveraacute assegurar a

criaccedilatildeo das condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e coordenado natildeo soacute de

todos os meios e recursos disponiacuteveis assim como dos meios de reforccedilo externos que venham

a ser obtidos Para desencadear o processo de execuccedilatildeo do PME teratildeo de se verificar os

seguintes procedimentos (Fig5)

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Fig5-Procedimentos Fonte PME 2014

Apoacutes a averiguaccedilatildeo da necessidade de se ativar o PME e de modo a assegurar que

todos os agentes de proteccedilatildeo civil entidades e organismos intervenientes em operaccedilotildees de

proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional articuladamente sob um comando uacutenico sem

prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e funcional satildeo seguidos os procedimentos

atraacutes referidos A execuccedilatildeo do PME compreende duas fases distintas designadamente a fase

de emergecircncia e a de reabilitaccedilatildeo A fase de emergecircncia tem por objetivo executar as accedilotildees de

resposta a fase de reabilitaccedilatildeo destina-se agraves accedilotildees e medidas da reposiccedilatildeo urgente da

normalidade

3241 Fase da Emergecircncia

A fase de emergecircncia (cujo os diferentes estados podem ver-se na Fig6) caracteriza

as accedilotildees de resposta tomadas e desenvolvidas nas primeiras horas apoacutes um acidente grave ou

cataacutestrofe e destina-se a providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e

meios indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo das consequecircncias nomeadamente as que impactem nos

cidadatildeos no patrimoacutenio e no ambiente Neste acircmbito consideram-se todos os meios e

recursos disponiacuteveis no concelho puacuteblicos ou privados que venham a ser requisitados para

operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil em situaccedilatildeo de emergecircncia Pretende-se assim garantir condiccedilotildees

para prevenir riscos atenuar ou limitar os seus efeitos socorrer as pessoas em perigo e repor a

normalidade no mais curto espaccedilo de tempo

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Fig 6- Gravidade da emergecircncia Fonte PME 2014

Nos termos do Capiacutetulo II da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a qual aprova a Lei de

Bases da Proteccedilatildeo Civil eacute expliacutecito no quadro seguinte (Quadro4) a forma de

desencadeamento dos procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta contingecircncia

ou calamidade face agrave ocorrecircncia iminecircncia ou perigo de ocorrecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe Sem prejuiacutezo do preceituado na Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil e na inexistecircncia de

Governador Civil na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores propotildee-se que tal competecircncia seja

atribuiacuteda ao Governo Regional designadamente ao Secretaacuterio Regional da Sauacutede no ato da

declaraccedilatildeo de contingecircncia

Quadro nordm4 - Procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta

Fonte PME2014

De acordo com o artigo 14ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho o ato que declara a

situaccedilatildeo de alerta menciona expressamente

- A natureza do acontecimento que originou a situaccedilatildeo declarada

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-O acircmbito temporal e territorial

-A estrutura de coordenaccedilatildeo e controlo dos meios e recursos a disponibilizar Eacute de

referir ainda que segundo o nordm 2 do artigo 15ordm da lei mencionada anteriormente a declaraccedilatildeo

de estado de alerta determina uma obrigaccedilatildeo especial de colaboraccedilatildeo dos meios de

comunicaccedilatildeo social em particular das raacutedios e das televisotildees visando a divulgaccedilatildeo das

informaccedilotildees relevantes relativas agrave situaccedilatildeo de emergecircncia

No sentido de criar mecanismos de resposta sustentada e de executar os

procedimentos e responsabilidades agraves solicitaccedilotildees decorrentes de emergecircncias o quadro

seguinte (Quadro5) define quais as autoridades e organismos bem como as entidades

intervenientes face agrave tipologia do risco que pode determinar a ativaccedilatildeo do plano

Quadro nordm 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades

FontePME 2014

3242 Fase da Reabilitaccedilatildeo

A fase de reabilitaccedilatildeo caracteriza-se pelo conjunto de accedilotildees e medidas de

recuperaccedilatildeo destinadas agrave reposiccedilatildeo urgente da normalizaccedilatildeo das condiccedilotildees de vida das

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populaccedilotildees atingidas ao raacutepido restabelecimento das infraestruturas e dos serviccedilos puacuteblicos e

privados essenciais fundamentalmente

- Abastecimento de aacutegua energia comunicaccedilotildees e acessos

- Prevenccedilatildeo de novos acidentes

-Estabelecimento de condiccedilotildees para o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

-Inspeccedilatildeo de edifiacutecios e estruturas assim como a remoccedilatildeo de destroccedilos ou entulhos

-Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais e materiais

- Estimar os prejuiacutezos causados pela emergecircncia O quadro seguinte (Quadro6)

apresenta as accedilotildees a concretizar nomeadamente identificando as autoridades entidades e

organismos a envolver nas operaccedilotildees de reabilitaccedilatildeo e a respetiva cadeia de

responsabilidades

Quadro nordm 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo

PROCEDIMENTOS RESPONSAacuteVEL

Remoccedilatildeo de cadaacuteveres Corpo de BVAH ou BVPV PSP CVPAH Autoridade Sanitaacuteria

Verificaccedilatildeo de risco de epidemia Autoridade Sanitaacuteria

Restabelecimento de aacutegua luz gaacutes e comunicaccedilotildees Teacutecnicas entidades responsaacuteveis

Demoliccedilatildeo e remoccedilatildeo de destroccedilos Corpo de BVAH SMPC

Desobstruccedilatildeo e reparaccedilatildeo das vias de comunicaccedilatildeo SMPC e Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas

Reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos sociais miacutenimos SMPC

Promover o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

SMPC PSP Corpo de BVAH ou BVPV CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila

Social

Controlar acesso agraves zonas sinistradas PSP GNR

Prestar apoio psicossocial agrave populaccedilatildeo CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais materiais SMPC e Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Inspeccedilatildeo de infraestruturas SMPC Outras entidades responsaacuteveis

Fonte PME 2014

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325- Agentes de Proteccedilatildeo Civil

Satildeo agentes de proteccedilatildeo civil as Entidades que exercem funccedilotildees de proteccedilatildeo civil

nos domiacutenios de aviso alerta e intervenccedilatildeo apoio e socorro de acordo com as suas atribuiccedilotildees

proacuteprias ou seja em caso de cataacutestrofe cada agente tem uma missatildeo atribuiacuteda

De acordo com a o previsto no nordm 1 do artigo 46ordm da Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil

(Lei nordm 272006 de 3 de Julho) satildeo agentes de proteccedilatildeo civil de acordo com as suas

atribuiccedilotildees proacuteprias

Corpos de Bombeiros

Forccedilas de Seguranccedila

Forccedilas Armadas

Autoridade Mariacutetima e Aeronaacuteutica

INEM ( Natildeo existe na RAA)

Sapadores Florestais (Natildeo se aplica agrave RAA)

Nos municiacutepios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria segundo o Plano de

Emergecircncia Municipal existem os seguintes agentes de proteccedilatildeo civil (Fig7)

Fig7 ndash Agentes de Proteccedilatildeo Civil Fonte Adaptado PME 2015

326 ndash Organismos de Apoio

Cada Organismo de Apoio exerce colaboraccedilatildeo direta com o plano municipal de

emergecircncia quer seja na fase de emergecircncia quer seja na fase de reabilitaccedilatildeo

Fazem parte integrante do plano as seguintes entidades e organismos de apoio que

numa fase de emergecircncia ou reabilitaccedilatildeo tem por missatildeo a colaboraccedilatildeo com a aacuterea de

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intervenccedilatildeo a que pertencem de acordo com o nordm 3 do artordm 46 da Lei nordm 272006 de 3 de Julho

(Fig8)

Fig 8 ndash Organismos de Apoio Fonte Adaptado de PME2014

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo

Psicossocial em Situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia

Os avanccedilos tecnoloacutegicos a capacidade humana de construir mas tambeacutem a de

destruir provoca com maior ou menor frequecircncia profundas alteraccedilotildees na vida das pessoas

que veem a sua vida afetada por uma situaccedilatildeo de crise ou de emergecircncia estas situaccedilotildees

marcam por vezes de forma traacutegica a vida das pessoas e da comunidade natildeo soacute no plano

material e econoacutemico mas tambeacutem no emocional e psicoloacutegico

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Efetivamenteldquo Nos dias de hoje as pessoas e o meio ambiente satildeo os mais afetados

pelas cataacutestrofes O ser humano perante uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe passa a viver num mundo

que destabiliza o seu equiliacutebrio emocionale ou psiacutequico gerando sentimentos de inseguranccedila

descrenccedila e desamparordquo (Carvalho 20096)

Para Sutton e Tierney (2006) uma cataacutestrofe eacute uma situaccedilatildeo de ameaccedila causadora da

desestruturaccedilatildeo e rutura do tecido social as situaccedilotildees de cataacutestrofe dado agrave sua natureza e agraves

consequecircncias que acarretam conduzem a estados de stress extremo que podem levar ao

desenvolvimento de uma crise no qual o indiviacuteduo se vecirc confrontado com uma situaccedilatildeo que

natildeo consegue lidar por natildeo possuir mecanismos que o permitam e que podem levar ao

desenvolvimento de reaccedilotildees de stress traumaacutetico ou ao desenvolvimento de psicopatologias

mais graves

Segundo Saylor (1993 citado por Rosenfeld 2005) a cataacutestrofe tem um iniacutecio e fim

de identificaccedilatildeo afeta um grupo relativamente grande de pessoas sendo um acontecimento

puacuteblico e compartilhado por mais do que um membro da famiacutelia em termos psicoloacutegicos eacute

suficientemente traumaacutetico para induzir stress em quase todos os que a vivem Satildeo estas

situaccedilotildees que representam uma emergecircncia de caraacutecter psicoloacutegico que pela sua gravidade

excecional necessitam de uma intervenccedilatildeo urgente das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

que devem atuar de forma imediata e num menor tempo possiacutevel de forma a permitir que o

funcionamento emocional do indiviacuteduo mantenha o seu equiliacutebrio normal e adaptativo A

Intervenccedilatildeo em Crise ou Intervenccedilatildeo Psicossocial consiste num conjunto de teacutecnicas que

ajudaraacute a viacutetima a lidar com o acontecimento traumaacutetico facilitando a recuperaccedilatildeo do seu

niacutevel de funcionamento normal e reduzindo os riscos de evoluccedilatildeo de quadros

psicopatoloacutegicos graves

A intervenccedilatildeo psicossocial centra-se na mudanccedila social dos sujeitos e do ambiente

em que vivem A intervenccedilatildeo psicossocial envolve o desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

ajuda que impotildee empatia escuta e natildeo julgamento respeito pelo indiviacuteduo e pelo meio em

que se inserem (Carvalho amp Pinto 201590)

A relaccedilatildeo de ajuda natildeo eacute particular do Serviccedilo Social esta faz parte de todas as

profissotildees de ajuda No acircmbito do Serviccedilo Social a relaccedilatildeo de ajuda adquiriu notoriedade natildeo

haacute intervenccedilatildeo psicossocial sem relaccedilatildeo de ajuda (Carvalho amp Pinto 201591)

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O assistente social tem assim como funccedilatildeo ajudar os indiviacuteduos que sofrem de

dificuldades sociais de modo a estes conseguiram restaurar a sua autonomia e a sua

possibilidade de integraccedilatildeo na sociedade Podemos entatildeo distinguir trecircs tipos de aplicar esta

ajuda que estatildeo associados ao momento em que esta eacute exercida a ajuda preventiva a ajuda

curativa e ajuda promocional A ajuda preventiva eacute aquela que se proporciona previamente a

uma situaccedilatildeo de dificuldade presente como eacute o caso das famiacutelias em risco situaccedilotildees de rutura

e mudanccedilas devido a situaccedilotildees normais da vida como eacute caso da morte desemprego

incapacidade fiacutesica devido a algum acidente cataacutestrofes entre outros A ajuda preventiva visa

tambeacutem evitar que uma situaccedilatildeo se detore concentrando o esforccedilo na manutenccedilatildeo do

equiliacutebrio das pessoas e dos grupos mesmo quando este equiliacutebrio seja reduzido A ajuda

curativa tem como objetivo a melhoria da situaccedilatildeo dos utentes e a resoluccedilatildeo dos seus

problemas pondo os utentes em contato com os recursos existentes e fazer com que estes

faccedilam valer os seus direitos sociais de modo a beneficiarem dos dispositivos de accedilatildeo social

Esta ajuda tem como fim acompanhar orientar informar os utentes durante o processo de

mudanccedila Por fim a ajuda promocional trata-se de desenvolver o crescimento pessoal e o

desenvolvimento das competecircncias dos utentes de modo a atingir a sua autonomia e as suas

capacidades para exercer algo Este processo de ajuda eacute importante no sentido de desenvolver

no indiviacuteduo sentimentos de autovalorizaratildeo afirmaccedilatildeo e de autoconfianccedila ao que

denominamos de empowerment

A relaccedilatildeo de ajuda que se estabelece entre o assistente social e o utente eacute uma accedilatildeo

de transformaccedilatildeo muacutetua onde tanto um como outro sofrem transformaccedilotildees Neste sentido eacute

importante que esta relaccedilatildeo seja regulada de modo a proteger ambos os lados de

envolvimentos fora do acircmbito e de modo a garantir a sua legitimidade baseando-se nos

princiacutepios eacuteticos

A Relaccedilatildeo de ajuda tanto para o utente como para o assistente social eacute um dos

instrumentos mais importantes da intervenccedilatildeo junto do utente (Robertis2003)

Neste sentido ldquoa relaccedilatildeo de ajuda implica acolhimento apoio o estudo da situaccedilatildeo e

a influecircncia direta a exploraccedilatildeo ndash identificaccedilatildeo do problema e desenvolvimento da

compreensatildeo acerca da pessoa em situaccedilatildeo comunicaccedilatildeo e reflexatildeo a discussatildeo reflexiva e

por uacuteltimo a reflexatildeo sobre o desenvolvimento e a evoluccedilatildeo da situaccedilatildeordquo

(Viscarret200797citado por Carvalho amp Pinto 201590)

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Relativamente agraves viacutetimas de uma cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de

ajuda eacute uma abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de

sucesso junto das mesmas

Para Paton e Jonhnston (1990) intervir numa crise significa entrar na vida de um

indiviacuteduo com o intuito de reduzir o choque provocado pelo stress resultante de uma crise

tendo como principais objetivos a mobilizaccedilatildeo dos recursos e capacidades dos indiviacuteduos das

redes de suporte e das redes sociais

Segundo Paton (2003) a intervenccedilatildeo em crise deve ser efetuada em diversas fases

uma fase inicial na qual eacute efetuada a anaacutelise dos riscos e condiccedilotildees de seguranccedila seguindo -se

uma fase dedicada agrave criaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de confianccedila com o indiviacuteduo em seguida

identificam-se os principais problemas a solucionar e na fase posterior pretende-se fornecer

apoio necessaacuterio e lidar com os sentimentos emergentes explorando as alternativas existentes

para que seja possiacutevel formular um plano de accedilatildeo que deveraacute ser continuamente

acompanhado e adaptado de forma adequada agraves necessidades do indiviacuteduo e dos seus

problemas

Segundo a Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de Golan (1978) a intervenccedilatildeo deveraacute

incluir trecircs passos a perceccedilatildeo cognitiva adequada agrave realidade a gestatildeo dos sentimentos de

forma a permitir a aceitaccedilatildeo dos factos e por uacuteltimo a aquisiccedilatildeo de novos comportamentos

que permitam lidar com os problemas existentes Este modelo de intervenccedilatildeo assenta em trecircs

fases distintas implica numa fase inicial a anaacutelise da situaccedilatildeo do indiviacuteduo recolhendo

informaccedilatildeo centrada no ldquoaqui e agorardquo devendo ser tambeacutem neste momento que o assistente

social deveraacute estabelecer uma relaccedilatildeo de qualidade fundamental ao desenvolvimento do

processo baseada na confianccedila e empatia Eacute importante recolher informaccedilatildeo sobre as

respostas emocionais e identificar o niacutevel de tensatildeo e os efeitos dos acontecimentos no estado

de vulnerabilidade do indiviacuteduo nesta fase poderaacute ser utilizada a ldquoReformulaccedilatildeordquo como

forma de facilitar a aceitaccedilatildeo dos acontecimentos o que ao mesmo tempo permite ao

assistente social confirmar a informaccedilatildeo recolhida Concluiacuteda esta recolha de informaccedilatildeo eacute

entatildeo necessaacuterio estabelecer prioridades em conjunto com o indiviacuteduo definir objetivos e

tarefas culminando esta fase com a elaboraccedilatildeo de um contrato formulado em parceria onde

as tarefas a desenvolver e os respetivos tempos ficam estabelecidos e clarificados para ambos

Eacute nesta fase que atraveacutes da recolha de informaccedilatildeo eacute possiacutevel ao indiviacuteduo expressar as suas

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emoccedilotildees sentimentos partilhar pensamentos e condutas com o Assistente Social diminuindo

desta forma a tensatildeo emocional causada pela situaccedilatildeo de crise vivida Essa diminuiccedilatildeo de

tensatildeo emocional permite por sua vez a construccedilatildeo de um projeto que como referido

anteriormente eacute construiacutedo em parceria com o assistente social e baseia-se na anaacutelise do

conjunto de alternativas e possibilidades constituindo um contrato Nesse contrato pretende -

se natildeo soacute a resoluccedilatildeo dos problemas criados pela crise mas tambeacutem a promoccedilatildeo da

autonomia do cliente nunca esquecendo a limitaccedilatildeo temporal desta forma de intervenccedilatildeo

obrigando a uma accedilatildeo contida num espaccedilo de tempo com a ativa procura da resoluccedilatildeo

Segue-se a fase intermeacutedia que poderaacute incluir uma ou mais entrevistas e que tem

como funccedilatildeo a continuaccedilatildeo da recolha de dados e a confirmaccedilatildeo das informaccedilotildees esta deveraacute

tambeacutem englobar a observaccedilatildeo das respostas do cliente as formas de atuar perante os seus

problemas e o estabelecimento de novos objetivos e tarefas fazendo assim uma constante

adaptaccedilatildeo da intervenccedilatildeo agrave realidade vivida pelo indiviacuteduo Nesta fase a intervenccedilatildeo deveraacute

basear-se nas capacidades do indiviacuteduo promovendo a sua estimulaccedilatildeo reorganizando os

seus comportamentos estimulando a perceccedilatildeo real da sua situaccedilatildeo promovendo a busca de

apoio junto da famiacutelia mesmo da mais distante na rede social nos amigos na comunidade

nunca esquecendo o objetivo maacuteximo que seraacute sempre a promoccedilatildeo da autonomia do cliente

Na fase final pretende-se analisar o trabalho realizado as soluccedilotildees encontradas para

os problemas que foram entretanto surgindo todo o percurso percorrido ao longo da

intervenccedilatildeo analisar os progressos tarefas efetuadas e objetivos alcanccedilados bem como as

mudanccedilas operadas pretendendo-se tambeacutem estabelecer e definir uma forma de manter o

acompanhamento do indiviacuteduo A intervenccedilatildeo em crise deveraacute terminar quando o cliente

encontrar soluccedilotildees para os seus problemas novas direccedilotildees e novas formas de funcionamento

e soacute apoacutes isso alcanccedilar a sua reintegraccedilatildeo social Eacute importante fechar o processo e possibilitar

o retorno caso seja necessaacuterio essa constituiraacute pois a tarefa final do assistente social

O assistente social interveacutem de forma a ajudar a famiacutelia a desenvolver capacidades e

competecircncias de subsistirem por si soacute O profissional eacute visto como um agente e instrumento

da famiacutelia (Rosenfeld Caye Ayalon amp Lahad2005) Quanto ao relacionamento entre o

indiviacuteduo e o assistente social eacute importante que este saiba ouvir o outro de modo a perceber o

que se passa e o que ele sente O assistente social deve-se assumir como uma presenccedila de

apoio fundamental Por vezes natildeo importa soacute arranjar soluccedilotildees eacute essencial demonstrar

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interesse pela importacircncia da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima Para um conjunto de referecircncias

teoacutericas (Viscarret2007) este contacto entre profissional e viacutetima possibilita identificar a

gravidade da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima bem como o seu estado emocional

As teacutecnicas e procedimentos a serem usados devem ser aplicados de acordo com o

modelo de intervenccedilatildeo psicossocial de Hollis (Viscarret 2007) por exemplo a teacutecnica de

apoio que incluiacute atividades em que o assistente social mostra interesse desejo de ajudar

entendimento expressotildees de confianccedila nas capacidades e competecircncias do cliente (viacutetima)

Salienta-se a preocupaccedilatildeo pelas questotildees de ansiedade e culpa que o mesmo demonstra com

o fim de promover um apoio emocional O profissional tem influecircncia nas acccedilotildees e decisotildees

que a viacutetima deve tomar para resolver o seu problema especiacutefico (Viscarret 2007) Para

corroborar esta ideia importa referir a perspetiva de Seynaeve (2001) que defende que a

resposta psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia e crise deve ser proacute-ativa em vez de esperar

para reagir a um problema ou necessidade que possa surgir Avaliar de forma contiacutenua a

situaccedilatildeo global eacute necessaacuterio a longo prazo e isso inclui mais do que o acompanhamento de

cada indiviacuteduo afetado Eacute importante que seja claro quem lidera a organizaccedilatildeo de apoio

psicossocial eacute imprescindiacutevel que esse apoio esteja claramente ligado ao funcionamento das

emergecircncias meacutedicas

De acordo com a mesma fonte supramencionada (Seynaeve2001) o objetivo da

intervenccedilatildeo do assistente social eacute ajudar a re-estabilizar e reorganizar o equiliacutebrio mediante a

potencialidade da capacidade adaptativa e de resposta demonstrada por parte das viacutetimas agrave

nova situaccedilatildeo Neste sentido deve haver uma colaboraccedilatildeo de vaacuterios organismos que intervecircm

em contexto de situaccedilotildees de cataacutestrofes de modo a garantir a sustentabilidade da intervenccedilatildeo

pois quando as instituiccedilotildees operam de maneira independente e sem coordenaccedilatildeo eacute criado um

desperdiacutecio de recursos valiosos (OMS 2003) A intervenccedilatildeo em cataacutestrofe radica na crenccedila

que cada pessoa tem um potencial possui capacidade proacutepria para crescer e para resolver os

seus problemas A missatildeo dos assistentes sociais eacute a de facilitar a descoberta de competecircncias

individuais e de reforccedilar as mesmas de forma a que cada viacutetima consiga fazer frente aos

desafios e problemas que surjam deste acontecimento (Viscarret2007131)

Como jaacute foi referido a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe natural deve debruccedilar-

se natildeo soacute sobre o indiviacuteduo mas tambeacutem sobre a comunidade onde se encontram integradas

as viacutetimas de cataacutestrofe natural Comunidade essa que sofre as mesmas consequecircncias de uma

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cataacutestrofe natural que o individuo em si pois a comunidade natildeo eacute mais do que um sistema

social composto por diversos indiviacuteduos que se inter-relacionam Quando o Serviccedilo Social se

debruccedila sobre uma comunidade deveraacute

- Contactar os elementos da comunidade e analisar as necessidades

- Reunir os elementos e fazer sentir a necessidade accedilatildeo

- Promover a passagem da enumeraccedilatildeo das necessidades para a elaboraccedilatildeo de

objetivos a alcanccedilar

- Facilitar a definiccedilatildeo de prioridades avaliando os diferentes meacutetodos de atuaccedilatildeo e

elaborar um plano de accedilatildeo

- Ajudar na definiccedilatildeo das tarefas a efetuar

- Facilitar a partilha dos resultados entre os diferentes elementos do grupo

- Reelaborar a identificaccedilatildeo das necessidades reconstruccedilatildeo de objetivos e planos de

accedilatildeo reconstituir tarefas a concretizar e manter os canais de comunicaccedilatildeo entre os diferentes

elementos do grupo abertos

A intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe (Golan 1978) tambeacutem se estrutura

em trecircs momentos agrave semelhanccedila da Matriz de Haddon

- Fase considerada preacute-impacto deve-se proceder ao alerta das populaccedilotildees o que

aumentaraacute o niacutevel de stress aumentaraacute consequentemente as capacidades de reaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo do individuo

- Fase de impacto durante a cataacutestrofe momento em que devem ser tomadas

medidas de seguranccedila que todos os indiviacuteduos devem efetuar para se proteger das

consequecircncias de uma cataacutestrofe

- Fase apoacutes-impacto cabendo ao profissional de serviccedilo social efetuar uma

intervenccedilatildeo dividida em quatro aacutereas

1) Inventaacuterio (inventory) atraveacutes de uma avaliaccedilatildeo dos danos provocados e das

necessidades dos sobreviventes

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2) Salvamento (Rescue) nesta fase a distribuiccedilatildeo dos bens de primeira necessidade

como a comida abrigo e cuidados meacutedicos satildeo a prioridade deve-se tambeacutem proceder agrave

reunificaccedilatildeo de famiacutelias bem como providenciar apoio emocional agraves viacutetimas

3) Resoluccedilatildeo (Remedy) esta eacute a fase em que os sobreviventes iniciam a reconstruccedilatildeo

das suas vidas reconstruindo fisicamente as habitaccedilotildees e os negoacutecios mas tambeacutem

emocionalmente fazendo o luto das perdas cabe ao Assistente Social ajudar os indiviacuteduos e

famiacutelias a fazer os ajustes necessaacuterios face agraves mudanccedilas sofridas Verifica-se uma tendecircncia

de aproximaccedilatildeo e partilha entre os sobreviventes podendo utilizar-se este momento para

imprimir outras mudanccedilas necessaacuterias relativamente a responsabilidades e comunicaccedilatildeo a

todo um conjunto de indiviacuteduos

4) Recuperaccedilotildees (Recovery) agrave medida que as comunidades voltam agrave normalidade os

teacutecnicos de Serviccedilo Social poderatildeo centrar-se nas consequecircncias a longo prazo fornecendo

apoio emocional e acesso a recursos vaacuterios por forma a promover um crescimento e a

aceitaccedilatildeo do ocorrido

No graacutefico seguinte apresentam-se as etapas de intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (Quadro7)

Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

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Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe (cont)

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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Capitulo I I

Metodologia

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A produccedilatildeo de uma investigaccedilatildeo eficaz cuja recolha de informaccedilatildeo anaacutelise e

apresentaccedilatildeo dos resultados seja fiaacutevel e de qualidade implica que esta assente numa

metodologia adequada ao objeto e objetivos da investigaccedilatildeo

Neste segundo capiacutetulo pretende-se apresentar a metodologia utilizada atraveacutes da

caracterizaccedilatildeo do campo empiacuterico e as teacutecnicas de pesquisa utilizadas na recolha de dados

bem como a respetiva anaacutelise de conteuacutedo

1 - Campo Empiacuterico

A definiccedilatildeo do campo empiacuterico da investigaccedilatildeo estaacute diretamente relacionada com o

objeto Uma primeira formulaccedilatildeo do objeto de estudo eacute entatildeo mais aprofundada definindo-se

mais claramente o que estaacute em anaacutelise ldquo(hellip) atraveacutes da recolha sistemaacutetica de informaccedilatildeo (hellip)

e uma aproximaccedilatildeo agrave problemaacutetica teoacuterica atraveacutes da leitura da bibliografia mais pertinente

para o objeto delimitadordquo (Guerra 2006 37)

O arquipeacutelago dos Accedilores situa-se no nordeste do Oceano Atlacircntico entre o 36ordm e o

43ordm de latitude Norte e o 25ordm e o 31ordm de longitude Oeste Os territoacuterios mais proacuteximos satildeo a

Peniacutensula Ibeacuterica a cerca de 2000 km a leste a Madeira a 1200 km a sueste a Nova Escoacutecia a

2300 km a noroeste e as Bermudas a 3500 km a sudoeste Integra a regiatildeo biogeograacutefica da

Macaroneacutesia

O arquipeacutelago dos Accedilores eacute constituiacutedo por nove ilhas divididas em trecircs grupos

distintos Grupo Ocidental Corvo e Flores Grupo Central Faial Graciosa Pico Satildeo Jorge e

Terceira e o Grupo Oriental Santa Maria e Satildeo Miguel

A ilha Terceira estaacute dividida em 2 concelhos Angra Heroiacutesmo com 19 freguesias e

Praia da Vitoacuteria com 11 freguesias (Fig9) segundo os Censos de 2011 a ilha Terceira conta

com cerca de 60 mil habitantes cuja atividade principal eacute proveniente do setor terciaacuterio

Fig9- Mapa da Ilha Terceira Fonte Google

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As ilhas dos Accedilores emergem de uma plataforma submarina pouco profunda na

crista meacutedia atlacircntica na regiatildeo de junccedilatildeo de trecircs placas tectoacutenicas A placa Norte-Americana

a placa Euro Asiaacutetica e a placa Africana (Fig10) Esta localizaccedilatildeo confere ao Arquipeacutelago

uma grande instabilidade geoloacutegica devido a movimentos de placas entre si sendo uma zona

que apresenta uma sismicidade bastante elevada com ocorrecircncia de sismos frequentes e de

crises siacutesmicas prolongadas aleacutem de manifestaccedilotildees vulcacircnicas perioacutedicas Para aleacutem da

atividade siacutesmica e vulcacircnica a Ilha Terceira eacute afetada por outros riscos naturais como

tempestades que originam inundaccedilotildees e movimentaccedilotildees de massa que incluem

desmoronamentos desabamentos de rochas e deslizamentos de terra

Fig10- Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores Fonte(Google)

11 ndash Sismos

De entre os riscos naturais com maior impacto destacam-se os sismos que se

caracterizam comordquo um fenoacutemeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta

no interior da crosta terrestre correspondendo agrave libertaccedilatildeo de uma grande quantidade de

energia e que provoca vibraccedilotildees que se transmitem a uma vasta aacuterea circundanterdquo

(httwwwprocivgovpt)

Na maior parte dos casos os sismos satildeo devidos a movimentos ao longo de falhas

geoloacutegicas existentes entre as diferentes placas tectoacutenicas que constituem a regiatildeo superficial

terrestre as quais se movimentam entre si

Os sismos tambeacutem podem ser originados em movimentos de falhas existentes no

interior das placas tectoacutenicas A atividade vulcacircnica e os movimentos de material fundido em

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profundidade podem ser outras das causas dos sismos Os sismos raramente podem ser

provocados por deslocamentos superficiais de terreno tais como abatimentos e deslizamentos

12 Enxurradas

Devido agrave latitude em que se encontra a Ilha Terceira esta eacute fustigada por vezes por

longos periacuteodos de pluviosidade o que pode provocar uma enxurrada

13 Ciclones

Outro dos fenoacutemenos possiacuteveis de ocorrer na ilha Terceira satildeo ldquoos ciclones ou

depressotildees satildeo aacutereas de pressatildeo baixa em torno das quais o vento sopra no sentido contraacuterio

ao dos ponteiros do reloacutegio no hemisfeacuterio norte e no sentido do movimento dos ponteiros no

hemisfeacuterio sul O sentido da rotaccedilatildeo eacute consequecircncia direta do efeito de coriolis que reflete a

rotaccedilatildeo da terrardquo (httpprocivazoresgovptsensibilizacaoriscos)

O ciclone pode ser de dois tipos tropical ou extratropical Os ciclones tropicais

como por exemplo os furacotildees formam-se na cintura tropical onde se deslocam geralmente

ocorrendo com maior frequecircncia na parte ocidental das regiotildees tropicais dos oceanos

Atlacircntico e Paciacutefico no hemisfeacuterio norte Os ciclones extratropicais embora muito menos

violentos do que os ciclones tropicais satildeo maiores duram mais tempo ocorrem mais

frequentemente principalmente nas latitudes meacutedias elevadas e afetam o estado do tempo em

aacutereas muito mais vastas

Os ciclones tropicais potencialmente mais devastadores provocam muitas vezes

velocidades sensacionais do vento e precipitaccedilotildees muito intensas A palavra ciclone como se

constata natildeo pressupotildee necessariamente a ocorrecircncia de uma grande tempestade Consiste

isso sim em um fenoacutemeno comum (depressatildeo) que na sua manifestaccedilatildeo mais intensa se

pode tornar devastador (furacatildeo)

2 - Tipo de Estudo

Os estudos qualitativos tecircm como objetivo descrever e definir um problema isto eacute

compreender melhor os factos ou os fenoacutemenos sociais ainda mal elucidados Contudo ldquoos

meacutetodos de investigaccedilatildeo qualitativa assemelham-se aos meacutetodos de investigaccedilatildeo quantitativa

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no que respeita a comportarem uma questatildeo de investigaccedilatildeo ou um problema procedimentos

de colheita e anaacutelise de dados assim como a apresentaccedilatildeo dos resultadosrdquo (Fortin 2009290)

Os estudos qualitativos permitem uma anaacutelise mais aprofundada dos fenoacutemenos

sociais sendo-lhes atribuiacutedos significados ou seja satildeo ldquo (hellip) uma forma de estudo da sociedade

que se centra no modo como as pessoas interpretam e datildeo sentido agraves suas experiecircncias e ao mundo em

que elas vivem Existem diferentes abordagens que se consideram no acircmbito deste tipo de

investigaccedilatildeo mas a maioria tem o mesmo objetivo compreender a realidade social das pessoas grupo

e culturasrdquo (Vilelas 2009 105)

Exigindo geralmente um elevado niacutevel de contacto entre o investigador e os

indiviacuteduos sobretudo nos contextos em que estes se inserem os estudos qualitativos

caracterizam-se pelo seu cariz fortemente descritivo pelo investigador ser o principal

ldquoinstrumentordquo de recolha de informaccedilatildeo e o facto de ser mais importante o processo do que os

resultados alcanccedilados

A metodologia utilizada na presente investigaccedilatildeo foi de cariz qualitativo recorrendo

a teacutecnicas como

Pesquisa bibliograacutefica

Anaacutelise documental

Entrevistas semidirigidas

Anaacutelise de conteuacutedo

A utilizaccedilatildeo das teacutecnicas de pesquisa bibliograacutefica e anaacutelise documental visam

compreender de uma forma global o estado da arte do tema da investigaccedilatildeo em causa

A pesquisa bibliograacutefica teve como objetivo descobrir livros artigos e documentos

que ajudaram a fundamentar e desenvolver a problemaacutetica da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

A Analise documental implica uma pesquisa e leitura de documentos escritos que

constituem uma boa fonte de informaccedilatildeo ao investigador Segundo Fortin (2009300) ldquoa

documentaccedilatildeo existente pode prestar um bom serviccedilo agrave investigaccedilatildeo uma vez que constitui

uma fonte adicional de informaccedilatildeo Permite aos investigadores relacionar-se com a histoacuteria de

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um grupo social com a sua cultura e organizaccedilatildeo ou com os acontecimentos fundamentais

ligados agrave investigaccedilatildeordquo Para a realizaccedilatildeo desta investigaccedilatildeo foi analisada alguma

documentaccedilatildeo nomeadamente o plano de emergecircncia municipal de Angra do Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria bem como documentaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil esta documentaccedilatildeo

foi uma mais-valia para a investigaccedilatildeo pois forneceu informaccedilotildees importantes para a

construccedilatildeo do quadro teoacuterico

3 - Populaccedilatildeo e Amostra

Tendo em conta a populaccedilatildeo alvo da presente dissertaccedilatildeo o tipo de amostra que

melhor se adequa a esta investigaccedilatildeo eacute a amostra natildeo probabiliacutestica por escolha racional uma

vez que todos os elementos que compotildeem a amostra tinham que possuir determinadas

caracteriacutesticas em comum nomeadamente fazerem parte integrante das instituiccedilotildees que

compotildeem PME do concelho de Angra do Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria Segundo Fortin

(2009322) ldquoa amostra por escolha racional tambeacutem designada por amostragem tiacutepica consiste

em escolher certos indiviacuteduos em funccedilatildeo de um traccedilo caracteriacutesticordquo O meacutetodo de

amostragem por escolha racional ldquoeacute tambeacutem empregado em certos estudos qualitativos pela

seleccedilatildeo de participantes que possuem as caracteriacutesticas procuradasrdquo (Fortin 2009322)

De acordo com Fortin (2009312) a ldquoamostra eacute a fraccedilatildeo de uma populaccedilatildeo sobre a

qual se faz o estudo deve ser representativa desta populaccedilatildeo ou seja certas caracteriacutesticas

conhecidas devem estar presentes em todos os elementosrdquo Para Coutinho a amostra eacute ldquoum

subconjunto da populaccedilatildeo que teraacute de a representar ou seja refletir os seus traccedilosrdquo (Coutinho

2013 89)

Por outro lado ldquoUma populaccedilatildeo define-se como um conjunto de elementos que tecircm

caracteriacutesticas comuns sendo a amostragem o processo pelo qual um grupo de pessoas ou

uma porccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute escolhido de forma a representar de forma precisa as

caracteriacutesticas de uma populaccedilatildeo inteirardquo (Fortin 2009310)

A amostra eacute constituiacuteda por 18 teacutecnicos sociais (3 Psicoacutelogos 5 Socioacutelogos e 9

Assistentes Sociais e um teacutecnico formado na aacuterea das Ciecircncias Socais) pelos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria pela Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo

Social de Angra Heroiacutesmo e pelo Presidente do Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e

Bombeiros dos Accedilores

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4 - Instrumentos de Recolha de Dados

Segundo Fortin (2009375) a entrevistardquo eacute o principal meacutetodo de colheita dos dados

nas investigaccedilotildees qualitativas Eacute um modo de comunicaccedilatildeo verbal que se estabelece entre

duas pessoas um entrevistador e um respondente Existem trecircs tipos de entrevistas natildeo

dirigida dirigida e semidirigidardquo

Para Savoiezajc (2003282) a entrevista semidirigida (hellip) eacute uma interaccedilatildeo verbal

animada de forma flexiacutevel pelo investigador Este deixar-se-aacute guiar pelo fluxo da entrevista

com o objetivo de abordar de um modo que se assemelha a uma conversa os temas gerais

sobre os quais deseja ouvir os respondentes permitindo assim destacar uma compreensatildeo rica

do fenoacutemeno em estudo

Nas entrevistas semidirigidas as perguntas satildeo especiacuteficas mas ainda assim o

investigador eacute livre de alterar a sua ordem no decorrer da entrevista bem como formular

novas questotildees pertinentes que surgem no contexto das informaccedilotildees fornecidas pelo

entrevistado (May2006)

As entrevistas pretendem recolher informaccedilatildeo acerca da intervenccedilatildeo do serviccedilo

social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial No que concerne aos

tipos de questotildees podem ser de trecircs tipos questatildeo aberta questatildeo fechada e questatildeo

semiestruturada

Apoacutes a elaboraccedilatildeo da entrevista efetuou-se um preacute teste junto de uma amostra da

populaccedilatildeo O preacute-teste eacute a prova que consiste em verificar a eficaacutecia e o valor do questionaacuterio

junto de uma amostra reduzida da populaccedilatildeo alvo pois permite descobrir os defeitos do

questionaacuterio e fazer as correccedilotildees que se impotildee (Fortin 2009 386)

Inicialmente e apoacutes a realizaccedilatildeo dos guiotildees das entrevistas foram aplicados 3 preacute-

testes o preacute-teste foi aplicado a duas Assistentes Sociais e uma Socioacuteloga depois de

aplicados os preacute-testes foram realizadas as reformulaccedilotildees necessaacuterias em algumas questotildees e

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas Importa realccedilar que as reformulaccedilotildees efetuadas foram

apenas ao niacutevel da redaccedilatildeo e natildeo do conteuacutedo pelo que natildeo houve alteraccedilotildees na questatildeo

inicial do presente estudo

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Relativamente aos dados recolhidos nas entrevistas ldquoestes devem ser transcritos

antes de os analisar Para a anaacutelise dos dados eacute essencial uma anaacutelise de conteuacutedordquo (Fortin

2009379)

Metodologicamente a anaacutelise de conteuacutedo visa medir a frequecircncia a ordem ou a

intensidade de certas palavras frases expressotildees factos e acontecimentos Ordenando-se os

acontecimentos por categorias contudo as caracteriacutesticas do conteuacutedo a avaliar satildeo definidas

e determinadas pelo investigador

Em suma a anaacutelise de conteuacutedo visa entatildeo ldquoa possibilidade de tratar de forma

metoacutedica informaccedilotildees e testemunhos que apresentam um certo grau de complexidade e

profundidaderdquo (Quivy e Campenhoudt 2008227)

5 - Procedimentos

Apoacutes terem sido efetuadas as alteraccedilotildees necessaacuterias suscitadas pelo preacute teste

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas

Para a realizaccedilatildeo das entrevistas aos teacutecnicos do ISSA foi enviado um pedido agrave

Presidente do Conselho Diretivo a solicitar autorizaccedilatildeo para aplicar as entrevistas aos

teacutecnicos depois de ter recebido a autorizaccedilatildeo por parte do Conselho Diretivo entrei em

contacto com o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira afim de agendar as datas para

realizar as entrevistas Poreacutem apenas me foi concedida autorizaccedilatildeo para realizar 9 entrevista

nos dois concelhos muito embora nos dois concelhos existirem mais de 30 teacutecnicos no ativo

na aacuterea social a justificaccedilatildeo dada para esta situaccedilatildeo foi que somente poderia entrevistar os

teacutecnicos afetos ao ISSA inicialmente as entrevistas aos teacutecnicos destinavam-se somente a

assistentes sociais face a esta situaccedilatildeo tive que incluir na amostra outros teacutecnicos tambeacutem

eles da aacuterea social (Socioacutelogos Psicoacutelogos e outros da aacuterea das Ciecircncias Sociais) Na

Autarquia de Angra as entrevistas foram aplicadas a socioacutelogos e natildeo a assistentes sociais

visto que o corpo teacutecnico do departamento Unidade Desenvolvimento Comunitaacuterio eacute

composto somente por socioacutelogos contudo importa referir que estes teacutecnicos natildeo sendo

formados em Serviccedilo Social desempenham funccedilotildees como assistentes sociais agrave exceccedilatildeo dos

Psicoacutelogos a entrevista aos 3 Psicoacutelogos no iniacutecio natildeo estava prevista poreacutem foi importante

realiza-la uma vez que qualquer equipa de intervenccedilatildeo psicossocial tem psicoacutelogos

integrados

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Importa salientar que o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira solicitou o

Guiatildeo de entrevista este foi enviado via correio eletroacutenico Os restantes pedidos para as

restantes Instituiccedilotildees foram realizados via telefone no que concerne agraves entrevistas aos

Presidentes de Cacircmara e Presidente SRPCBA os pedidos foram feitos tambeacutem por via correio

eletroacutenico

A disponibilidade para colaborar nesta investigaccedilatildeo por parte das Instituiccedilotildees foi

imediata em relaccedilatildeo agraves entrevistas dos teacutecnicos por motivos laborais tivemos que remarcar as

datas das entrevistas as entrevistas ao teacutecnicos e agrave coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social

realizaram-se em Outubro

O Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira disponibilizou-se para fazer a

entrevista contudo por motivos pessoais teve que se ausentar da ilha neste sentido a entrevista

foi aplicada agrave Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo

No decorrer das entrevistas aos teacutecnicos fui-me apercebendo que estes natildeo se

ldquosentiam agrave vontaderdquo para responder a certas questotildees que lhe ia colocando natildeo por natildeo

perceber a questatildeo em si mas sim por falta de informaccedilatildeo de alguns conteuacutedos

nomeadamente referentes agrave Proteccedilatildeo Civil

Grande parte das entrevistas natildeo foram gravadas porque natildeo tive autorizaccedilatildeo para

gravar por parte dos participantes embora este facto natildeo tenha levantado quaisquer

dificuldades na recolha de informaccedilatildeo

51- Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo

Apoacutes a realizaccedilatildeo das entrevistas procedeu-se agrave sua transcriccedilatildeo integral e de seguida

procedeu-se agrave categorizaccedilatildeo das questotildees

Como jaacute referido anteriormente a teacutecnica utilizada para proceder agrave anaacutelise de toda a

informaccedilatildeo recolhida foi a anaacutelise de conteuacutedo ou seja ldquoum conjunto de teacutecnicas de anaacutelise

das comunicaccedilotildees visando obter por procedimentos sistemaacuteticos e objetivos de descriccedilatildeo do

conteuacutedo das mensagens indicadores (quantitativos ou natildeo) que permitam a inferecircncia de

conhecimentos relativos agraves condiccedilotildees de produccedilatildeorececcedilatildeo (variaacuteveis inferidas) destas

mensagensrdquo (Bardin 200944)

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Nesta perspetiva a teacutecnica da anaacutelise de conteuacutedo foi utilizada para fazer uma

descriccedilatildeo objetiva e sistemaacutetica do conteuacutedo recolhido das questotildees abertas de modo a

facilitar a sua interpretaccedilatildeo conforme veremos no proacuteximo capiacutetulo onde se vai proceder agrave

apresentaccedilatildeo e anaacutelise dos resultados

Importa ainda realccedilar que o tratamento de algumas questotildees fechadas foi realizado

no programa Excel

52 - Procedimentos Eacuteticos

Qualquer investigaccedilatildeo que inclua pessoas levanta questotildees de ordem moral e eacutetica e

estas estatildeo presentes desde que se determina o problema ateacute agrave conclusatildeo do estudo (Fortin

1999116 citado por Santos 2008) Fortin refere que ldquo () a investigaccedilatildeo aplicada a seres

humanos pode por vezes causar danos aos direitos e liberdades das pessoas Por conseguinte

eacute importante tomar todas as disposiccedilotildees necessaacuterias para proteger os direitos e liberdades das

pessoas que participam nas investigaccedilotildees rdquo

Apoacutes o esclarecimento dos objetivos do estudo foi referenciado aos teacutecnicos que

estava assegurada a confidencialidade do nome dos teacutecnicos nas respostas dadas nas

entrevistas

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Capitulo III

Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados

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Conforme referenciado neste capiacutetulo pretende-se apresentar os dados e resultados

obtidos atraveacutes das entrevistas realizadas

Importa referir que o PCMAH natildeo respondeu a algumas das questotildees colocadas na

entrevista porque na altura das enxurradas do Porto Judeu natildeo exercia ainda funccedilotildees como

Autarca deste municiacutepio mencionou que as pessoas que estavam na altura das enxurradas do

Porto Judeu no SMPC atualmente jaacute natildeo se encontram na CMAH face a esta situaccedilatildeo e a fim

de ver esclarecidas algumas questotildees relacionadas com o funcionamento do PME entrei em

contacto com o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra Heroiacutesmo a

fim de clarificar algumas duvidas que existiam em relaccedilatildeo ao acionamento do PME

dificuldades encontradas no terreno e respostas concretas da CMAH face agrave situaccedilatildeo do Porto

Judeu a resposta dada pelo Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil foi ldquoa

pessoa que estava responsaacutevel na altura das enxurradas do Porto Judeu jaacute natildeo se encontra aqui

na Cacircmara contudo posso fornecer-lhe algumas informaccedilotildees haacute cerca da cheia que houve em

Angra Heroiacutesmo no dia 4 de Setembrordquo (Coordenador SMPCAH) a recolha de informaccedilatildeo

foi feita atraveacutes de uma conversa formal

Ao longo do processo da aplicaccedilatildeo das entrevistas verifiquei que existiu alguma

resistecircncia por parte do Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e do

coordenador do SMPC em se pronunciar sobre certas questotildees relacionadas com as

enxurradas do Porto Judeu

O PCMAH natildeo respondeu agraves questotildees relacionadas com as cheias de 4 de Setembro

uma vez que a entrevista foi realizada antes desta data

No que concerne agraves entrevistas aplicadas aos teacutecnicos sociais (Assistentes Sociais

Socioacutelogos Psicoacutelogoshellip) nas de questotildees de escolha muacuteltipla os teacutecnicos podem ter

assinalado mais do que uma opccedilatildeo

1 ndash Plano de Emergecircncia

Nos uacuteltimos anos a Ilha Terceira foi assolada por duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

(enxurradas) uma no concelho de Angra do Heroiacutesmo (Porto Judeu) outra no concelho da

Praia da Vitoacuteria (Agualva)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe o PME nem sempre eacute acionado pois a

situaccedilatildeo pode natildeo justificar o acionamento do mesmo

Quem aciona o PME eacute o Presidente da Cacircmara Municipal na situaccedilatildeo concreta da

Agualva o PME foi acionadoldquo O PME foi acionado e o Comando do Serviccedilo Municipal de

Proteccedilatildeo Civil foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualvardquo (E22-PCMPV) no Porto

Judeu o PCMAH natildeo sabe se o PME foi acionado ldquo Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacuterdquo

Segundo o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil nas cheias do

passado dia 4 de Setembro em Angra Heroiacutesmo ldquoo PME natildeo foi acionado mas foi acionada a

Estrutura Municipal de Gestatildeo de Emergecircncias no Posto de Comando da Proteccedilatildeo Civil

Municipal estiveram presentes o Presidente da CMAH Vereadores Coordenador SMPC

Chefe Serviccedilos Municipalizados e Chefe da Unidade de Accedilatildeo Social sempre em articulaccedilatildeo

com o Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra de Heroiacutesmo (BVAH) e com a Poliacutecia de

Seguranccedila Puacuteblica (PSP) rdquo

No que diz respeito aos teacutecnicos verificou-se que somente 4 dos teacutecnicos

entrevistados (78) tem conhecimento do PME do concelho onde desempenha funccedilotildees

(Fig11)

Fig11 ndash Conhecimento do PME Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

No que concerne agraves funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves instituiccedilotildees no acircmbito do PME a

maior parte dos teacutecnicos natildeo soube responder qual a funccedilatildeo concreta que a sua instituiccedilatildeo

tem no campo de acccedilatildeo do PME ldquo esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

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funccedilotildees e tarefas da instituiccedilatildeo do PMErdquo questionei e antes da reestruturaccedilatildeo quais eram as

funccedilotildees A resposta obtida foi a mesmaldquo (hellip) esta a haver uma reestruturaccedilatildeordquo (E3E4E5-

Assistentes Sociais)ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestroferdquo (E14 Socioacutelogo E9 Psicoacutelogo E12 Assistente Social)

ldquoDesconheccedilo quais as funccedilotildees que estatildeo atribuiacutedas agrave minha instituiccedilatildeo no PME (hellip) natildeo sei

nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam

nesse contexto ldquo (E6- Psicoacutelogo)rdquonatildeo sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo tem no PMErdquo

(E7E8E10E11E15E15E17E18)

As funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves Instituiccedilotildees no PME assentam essencialmente

nordquo(hellip) levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo com outras entidades e

realojamentordquo (E13-Assistente Social)

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Caso ocorra uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe na Ilha Terceira a equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial eacute organizada na altura do acontecimento ldquoA equipa de intervenccedilatildeo psicossocial

intervenccedilatildeo em crise na Terceira natildeo se encontra organizada (hellip) a equipa natildeo se formou

organizou porque depende de vaacuterios organismosrdquo (E19-Presidente SRPCBA) de momento ldquo

(hellip) natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia helliprdquo (E14-Assistente Social)

Em situaccedilotildees de cataacutestrofe qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir

independentemente que goze ou natildeo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes a

equipa eacute formada por teacutecnicos das diferentes instituiccedilotildees que fazem parte do PME ldquoem

situaccedilotildees de cataacutestrofe a equipa eacute formada por teacutecnicos de vaacuterias instituiccedilotildees os psicoacutelogos

vamos buscar ao Centro de Sauacutede os assistentes sociais ao ISSA e agrave Divisatildeo da Habitaccedilatildeo da

Terceirardquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo (hellip) A equipa quando eacute formada pode ser composta

por teacutecnicos de diferentes aacutereas tais como Psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e Ciecircncias Sociaisrdquo (E20-Coordenadora do ISSA)

Apesar de natildeo existir uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial organizada para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe na Ilha Terceira existem teacutecnicos sociais especiacuteficos para

intervir nestas situaccedilotildees rdquo a equipa natildeo esta formada poreacutem existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildeesldquo (E10- Socioacutelogo) se ldquo (hellip) a equipa tivesse formada era mais

faacutecil depois intervir (hellip) rdquo (E11-Ciecircncias Sociais)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe as primeiras instituiccedilotildees a serem

acionadas satildeo o ISSA e a Divisatildeo da Habitaccedilatildeo estas geralmente satildeo acionadas pela Proteccedilatildeo

Civil ldquosomos chamados consoante as necessidades da Proteccedilatildeo Civilrdquo (E13Assistente Social

E14 Socioacutelogo)

Embora existam teacutecnicos especiacuteficos para intervir neste tipo de situaccedilotildees qualquer

teacutecnico na altura da situaccedilatildeo da crise pode ser chamado para intervir ldquotodos os teacutecnicos podem

ser chamados (hellip) o nuacutemero de teacutecnicos depende do grau da cataacutestroferdquo (E20-Coordenadora

do ISSA) apesar de natildeo existir uma equipa organizadaldquo (hellip) quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8 Assistente Social E9

Psicoacutelogo E11 Ciecircncias Sociais E13Assitente Social) ldquoNatildeo existe uma equipa especiacutefica

vatildeo arrancando por subequipas quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipasrdquo (E7-

Psicoacutelogo)ldquoO superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da

equipardquo( E11 Ciecircncias Sociais E12Assistente Social)

Na situaccedilatildeo da Agualva e do Porto Judeu nem todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME estiveram presentes ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo

sabemos ao certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo(E1E2- Assistentes Sociais)

Nas enxurradas da Agualva os teacutecnicos que estiveram presentes foram os do ISSA e da

Habitaccedilatildeo e os teacutecnicos da CMPV no caso do Porto Judeu apenas estiveram presentes os

teacutecnicos do ISSA e da HabitaccedilatildeoldquoFomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel os serviccedilos de

sauacutedes natildeo estiveram presentes agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi

feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave casa de uma senhora que era de difiacutecil acesso ldquo(

E13- Assistente Social)

Podemos constatar que algumas das instituiccedilotildees que fazem parte do PME

desempenham um papel meramente redutor neste tipo de situaccedilotildees nomeadamente os

Organismos de Apoio a intervenccedilatildeo cinge-se apenas ao niacutevel do ISSA e da Divisatildeo da

Habitaccedilatildeo

3 - Dificuldades encontradas no Terreno

Segundo o PCMPV a maior dificuldade com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do

socorro agrave populaccedilatildeo na Agualva foi o acesso agraves residecircncias pois os caminhos ficaram todos

obstruiacutedos ldquo (hellip) houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham

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um buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila

dos bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa (hellip) o que estava no PME funcionou

em pleno (hellip) A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de

solidariedade toda a gente contribuiu os escuteiros foram uma mais-valia neste tipo de

situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chaverdquo

No que concerne agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro agrave

populaccedilatildeo no Porto-Judeu o PCMAH natildeo respondeu a esta questatildeo ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Nas cheias de 4 de Setembro segundo o Coordenador do SMPC natildeo houve

dificuldades de coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes no que concerne

agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro eacute referido que natildeo houve

dificuldades na prestaccedilatildeo do socorro embora tenham existido alguns contratempos que

rapidamente foram ultrapassados nomeadamente na falta de comunicaccedilatildeo ldquo Embora tenha

ficado sem telemoacutevel devido agrave chuva existe redundacircncia O SMPC dispotildee de rede raacutedio com

frequecircncia proacutepria com cobertura em toda a ilha utilizou-se tambeacutem a viatura Unidade de

Comando e Telecomunicaccedilotildees

No que concerne agrave coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

envolvidos na situaccedilatildeo da Agualva o PCMPV relatou que natildeo houve dificuldades de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes ldquoeacute uma resposta difiacutecil (Risos)

natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de

proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees (hellip) O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito

este plano foi uma mais-valia nesta intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua

execuccedilatildeo este foi muito discutido por exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos

existentes em cada Freguesia para fazer face a este tipo de situaccedilotildeesrdquo

Os teacutecnicos entrevistados reportaram que as maiores dificuldades com que se

confrontaram no terreno assentaram essencialmente na falta de coordenaccedilatildeo (31) falta de

formaccedilatildeo (27) funccedilotildees natildeo atribuiacutedas (14) falta de informaccedilatildeo (14) e natildeo participaccedilatildeo

em simulacros (14) (Fig12)

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Fig12 ndash Dificuldades encontradas no terreno Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

Segundo o PCMPV natildeo houve dificuldades de coordenaccedilatildeo entre os diferentes

intervenientes na situaccedilatildeo da Agualva contudo os teacutecnicos sociais referem que a falta de

coordenaccedilatildeo foi umas das principais dificuldades com que se confrontaram no terreno

(Fig12) outra das dificuldades encontradas no terreno pelos teacutecnicos esta relacionada com a

sobreposiccedilatildeo de papeacuteis e funccedilotildees natildeo atribuiacutedasldquo (hellip) a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das chefias

superiores tem que ficar bem definida (hellip) A Proteccedilatildeo Civil Exercito Bombeiros deve saber

qual o seu papel para natildeo haver atropelos (hellip) O ISSA deve ter um papel privilegiado na

intervenccedilatildeo psicossocial tem que haver respeito pelos papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem

clara (hellip) natildeo havia nada preparado para este tipo de situaccedilotildees natildeo havia documentos isto na

Agualva pois intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas

melhoraram bastanterdquo (E12 E13- Assistentes Sociais)

Segundo a Coordenadora do ISSA ldquo as maiores dificuldades sentidas na prestaccedilatildeo do

socorro aacute populaccedilatildeo foram as condiccedilotildees de trabalho estas eram muito difiacuteceis havia muitos

riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades pois foi difiacutecil lidar com tanta

destruiccedilatildeordquo

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 14 (78) referiram que os assistentes sociais natildeo se

encontram preparados para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a falta de preparaccedilatildeo estaacute

associada a vaacuterios fatores tais como falta de formaccedilatildeo falta de informaccedilatildeo desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros (Fig13)

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Fig13 ndash Falta de preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Como podemos observar atraveacutes da figura acima apresentada (Fig13) a falta de

formaccedilatildeo (36) eacute o fator mais apontado pelos teacutecnicos como uma das principais causas da

natildeo preparaccedilatildeo dos assistentes sociais para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofeldquo (hellip) em

situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias sem termos formaccedilatildeo especifica

perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para adquirir ferramentas para nossa

intervenccedilatildeordquo (E9-Psicologo)

Um dos teacutecnicos entrevistados relatou que o proacuteprio curso de Serviccedilo Social deveria

ter um moacutedulo que abordasse a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe ldquo a

falta de preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais (hellip) esta relacionada com todos os itens acima

descritos tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica deveria contemplar um moacutedulo que

falasse exatamente nesta aacuterea pois seria uma mais-valia tornando a nossa intervenccedilatildeo mais

eficazldquo (E14- Assistente Social)

4 - Intervenccedilatildeo

Atraveacutes da apresentaccedilatildeo dos resultados verificamos que a intervenccedilatildeo das Autarquias

nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe centrou-se particularmente nos trabalhos de desobstruccedilatildeo

das vias de modo a permitir a circulaccedilatildeo dos meios de apoio e salvamento para a realizaccedilatildeo

recorreram a maquinaria de empresas privadas

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A resposta da CMPV face agrave situaccedilatildeo da Agualva assentou essencialmente em 3

fatores diagnoacutestico da situaccedilatildeo plano de evacuaccedilatildeo e ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social

ldquoNuma primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe salvaguardando sempre

a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das pessoas Numa segunda

fase ativamos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as estradas

desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os recursos

adequados (hellip) entraacutemos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos

ajudarem na desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira Por uacuteltimo procedemos agrave

ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da Agualva aqui eram

confecionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de apoio psicoloacutegico

levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo centraram-se todos os

serviccedilosrdquo (E22-PCMPV)

No caso de Porto-Judeu o PCMAH natildeo soube responder qual a resposta concreta da

CMAH face a esta situaccedilatildeo de cataacutestrofe alegando que na altura natildeo era Presidente da

Cacircmara ldquo Natildeo sei natildeo estava caacuteldquo

No que diz respeito agraves cheias de Angra Heroiacutesmo segundo o Coordenador do SMPC

a resposta da CMAH assentou essencialmente em

- Intervenccedilatildeo no extravasamento de 3 linhas de aacutegua recorrendo a maquinaria de

empresas privadas

-Apoio na desobstruccedilatildeo de canalizaccedilotildees de moradias inundadas

- Desobstruccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo devido a pequenos movimentos de vertente

- Desmoronamento de muros e abatimento de vias

A Proteccedilatildeo Civil Municipal participou em aproximadamente 20 ocorrecircncias no dia 2

de Setembro e em cerca de 50 ocorrecircncias no dia 4 de Setembro De referir que no dia 4 de

Setembro registou-se 157 mm de precipitaccedilatildeo acumulada com maior incidecircncia entre as

15h00 e as 16h00

As freguesias mais afetadas foram Conceiccedilatildeo Seacute Satildeo bento Terra Chatilde Posto

Santo Ribeirinha Feteira e Porto Judeu

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Para fazer face agraves situaccedilotildees de cataacutestrofe ambos os municiacutepios dispotildeem de uma verba

camaraacuteria para este tipo de situaccedilotildees em Angra ldquoesta verba eacute usada consoante as necessidades

que existemrdquo (E21-PCMAH) enquanto na Praia da Vitoacuteria ldquoa verba destina-se essencialmente

agrave Reabilitaccedilatildeordquo (E22-PCMPV)

Ao niacutevel da intervenccedilatildeo Social esta assenta na Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de

Golan (1978) ldquoas situaccedilotildees do Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis na Agualva

estivemos laacute em permanecircncia no local no imediato foram asseguradas as necessidades

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos (hellip) No Porto Judeu a situaccedilatildeo natildeo foi

tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi ao niacutevel do levantamento das necessidadesrdquo (E20- Coordenadora

ISSA)

No que respeita agraves funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos perante estas duas

situaccedilotildees assentaram principalmente em

- Acalmar as viacutetimas

-Assegurar as necessidades baacutesicas de subsistecircncia e realojamento

-Atendimento agraves famiacutelias

-Levantamento das necessidades

-Articulaccedilatildeo com outras entidades

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe nas Flores na Agualva e no Porto

Judeu tiacutenhamos como funccedilotildees acalmar as pessoas apoiar o Presidente da Cacircmara (faziacuteamos

a ponte entre a comunidade e os serviccedilos) levantamento das necessidades ao niacutevel

habitacional ldquo (E3- Assistente Social) Por outro lado ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento

de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e

proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isoladordquo (E8-Assistente Social)

Outra das funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

recaiu no ldquo levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras entidadesrdquo (E9

Psicoacutelogo E10 Socioacutelogo E11Ciencias Sociais E13E14 Assistentes Sociais)

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ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos atendimento direto

agraves pessoas ldquo (E10Socioologo e E14 Assistente Social) ldquo (hellip) fizemos um pouco de tudo (hellip)

levaacutemos aacutegua medicamentos roupa e alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estivemos na construccedilatildeo

de uma base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11-Ciencias Sociais)

A intervenccedilatildeo realizada pelas instituiccedilotildees recaiu essencialmente no apoio

psicoloacutegico apoio alimentar apoio em vestuaacuterio apoio para a habitaccedilatildeo e apoios na aacuterea da

sauacutede

No que diz respeito agraves respostas existentes por parte do ISSA para fazer face a

situaccedilotildees de cataacutestrofe a Coordenadora verbalizou que natildeo existe uma resposta especiacutefica para

este tipo de situaccedilotildees ldquonatildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

encaminhamos usamos os recursos da comunidade (hellip) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos uma residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA dispotildee de

uma verba para este tipo de situaccedilotildees e temos ainda teacutecnicos que intervecircm neste tipo de

situaccedilotildees (hellip) em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores alojamentordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco para a ocorrecircncia de situaccedilotildees de

cataacutestrofes verifiquei que ateacute agraves enxurradas da Agualva ainda natildeo tinham sido criados

instrumentos de trabalho ao niacutevel social para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquoNa Agualva

tiveram que ser criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo (hellip) a situaccedilatildeo da Agualva foi

um marco pela gravidade da situaccedilatildeo muitos dos instrumentos foram criados devido agrave

situaccedilatildeordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Em bom rigor podemos concluir que ateacute aqui a existecircncia de uma verdadeira

cataacutestrofe era considerada natildeo relevante a intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial foi

necessaacuterio existir uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe para serem tomadas medidas para colmatar este

tipo de situaccedilotildees

Para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe o departamento de Accedilatildeo Social da CMPV

trabalha em articulaccedilatildeo com o gabinete de Proteccedilatildeo Civil ldquoeste departamento trabalha em

conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas pelos

dois departamentos existe trabalho de articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois

departamentosrdquo (E22-PCMPV)

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No que concerne agrave CMAH a Unidade de Desenvolvimento Comunitaacuterio natildeo

desenvolve ainda nenhum programa especiacutefico para fazer frente a este tipo de situaccedilotildees

ldquoainda natildeo temos programa especiacutefico face a estas situaccedilotildees mas jaacute agimos nas chuvadas de

dia 4 de Setembro 2015rdquo (E14- Socioacutelogo)

Importa salientar que o PCMAH natildeo estava informado se a sua Autarquia disponha

ou natildeo de um programa ao niacutevel da intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquosim temos a

atuaccedilatildeo deles faz parte delesrdquo (E21-PCMAH) verifica-se que a Autarquia da Praia da Vitoria

valoriza a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe enquanto que a Autarquia

de Angra do Heroiacutesmo encontra-se ainda a dar os primeiros passos no que concerne agrave

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe

5 - Formaccedilatildeo

Ao niacutevel da formaccedilatildeo e da sua relevacircncia para a intervenccedilatildeo a maior parte dos

teacutecnicos entrevistados jaacute participaram em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe (Fig14)

Fig14 ndash Participaccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Contudo nem todos os teacutecnicos frequentaram formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe (Fig15)

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Fig15- Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo Efetiva de Cataacutestrofes Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Dos 7 teacutecnicos entrevistados (39) que natildeo possuem formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe poreacutem 4 deles jaacute desempenharam funccedilotildees em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe (E14 Assistente Social E15E16E17 Socioacutelogos) importa referir que a

maior parte dos teacutecnicos que goza de formaccedilatildeo nesta aacuterea apenas frequentou o I moacutedulo do

curso ldquo (hellip) jaacute fizemos trecircs cursos niacutevel I II e III (hellip) o curso eacute frequentado por enfermeiros

assistentes socais e psicoacutelogoshellip ldquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo A formaccedilatildeo era composta por

3 moacutedulos apenas tirei o moacutedulo Irdquo (E7E8E11) ldquo (hellip) soacute tenho o primeiro moacutedulo fizemos

um pedido superiormente para frequentarmos os moacutedulos II e III mas natildeo foi aceiterdquo (E10-

Socioacutelogo)

Face a esta situaccedilatildeo podemos concluir que os teacutecnicos veem a formaccedilatildeo como um

valor acrescentado na melhoria da sua praacutetica profissional ldquoa formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de

novos conhecimentosrdquo (E1E2E3E4E5E6 Assistentes Sociais Psicoacutelogo) para outros ldquo a

formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas como as entidades a

envolver no encaminhamento das situaccedilotildeesrdquo (E9-Psicologo) a formaccedilatildeo serve ainda para ldquo

(hellip) para natildeo confundirmos os papeacuteis e para darmos uma resposta eficaz e organizada ao

niacutevel da intervenccedilatildeordquo (E13E14-Assistente Social) ldquo a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o

apoio agraves pessoasrdquo (E17E18- Socioacutelogos)

Poreacutem algumas chefias natildeo veem a formaccedilatildeo como uma mais-valia segundo os

teacutecnicos a falta de preparaccedilatildeo dos mesmos para trabalhar em contexto de cataacutestrofe deve-se

principalmente agrave falta de formaccedilatildeo (Fig13) neste sentido seria necessaacuterio que os teacutecnicos

frequentassem os restantes moacutedulos do curso bem como alargar a formaccedilatildeo a um maior

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nuacutemero de teacutecnicos visto que qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir neste tipo de

situaccedilotildees ldquoa formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14-Assistente

Social) sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel termos teacutecnicos

preparados para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquocom formaccedilatildeo adequada penso que os

teacutecnicos se encontram preparados para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofes posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positivardquo (E19-

Presidente do SRPCBA)

De acordo com os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas aos Presidentes de

Cacircmara ambos verbalizam que as instituiccedilotildees que fazem parte do PME do concelho de Angra

do Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoacuteria recebem formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes ldquoDamos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil depende das necessidades que os proacuteprios detetam na uacuteltima

formaccedilatildeo estiveram presentes mais de 20 instituiccedilotildeesrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees participam nos simulacros que

fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala Nestes simulacros

estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados duas vezes por

anohelliprdquo (E22-PCMPV)

Todos os teacutecnicos comungam da mesma opiniatildeo a formaccedilatildeo contribui para a

melhoria da praacutetica profissional ldquoA formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o

que vamos fazer na alturardquo (E7 Psicoacutelogo E10 Assistente Social E12 Assistente Social) ldquoA

formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta podemos

provocar ainda mais o caosrdquo (E10- Socioacutelogo)

6 - Simulacros

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 11 (61) referiram que nunca participaram em

simulacros contudo jaacute trabalharam em situaccedilotildees efetivas de cataacutestrofe (Fig16)

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Fig16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais em simulacros Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

ldquo (hellip) a participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do

acontecimento facilita em muito a nossa intervenccedilatildeo (E3- Assistente Social)

O PCMAH referiu que o concelho de Angra do Heroiacutesmo realiza um simulacro por

ano o PCMPV verbalizou que o concelho da Praia da Vitoria realiza 2 simulacros por ano a

Proteccedilatildeo Civil pratica um simulacro por anoldquo realizamos simulacros anualmente as equipas

de intervenccedilatildeo psicossocial satildeo sempre chamadas para participarrdquo (E19-Presidente SRPCBA)

Segundo a Resoluccedilatildeo nordm 302015 da Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil a qual

revoga a Resoluccedilatildeo nordm 252008 ambas referentes aos criteacuterios e normas teacutecnicas para a

elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil refere na aliacutenea a)

os planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil devem ser objeto de realizaccedilatildeo de exerciacutecios com

periodicidade maacutexima de 2 anos (o ultimo exerciacutecio realizado em Angra foi a 20 de Maio de

2015 e o da Praia em Junho de 2015) face a esta situaccedilatildeo ambas as autarquias estatildeo a agir em

conformidade segundo a lei acima mencionada

Ao analisarmos as respostas dadas pelos teacutecnicos verificaacutemos que os teacutecnicos que

jaacute participaram em simulacros participaram no simulacro haacute mais de dois anos conclui-se

entatildeo que nem todas as Instituiccedilotildees estatildeo a participar nos simulacros promovidos tanto pelas

Autarquias como pela Proteccedilatildeo Civil

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo

No que diz respeito agraves accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo verificou-se que tanto a

CMAH e CMPV e Proteccedilatildeo Civil realizam frequentemente accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo junto da

comunidade para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe essas accedilotildees satildeo realizadas junto das

escolas lares atraveacutes de coloacutequios palestras contudo a informaccedilatildeo pode chegar a toda a

sociedade civil atraveacutes da internet e panfletos ldquoRealizaacutemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas para estas questotildees (hellip) A Proteccedilatildeo

Civil eacute quem desenvolve mais este papel faz sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNeste momento temos dois projetos onde fazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo o

proteccedilatildeo civil mais 65 onde realizamos accedilotildees nos lares de terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de Proteccedilatildeo Civil este projeto desenvolve-se ao niacutevel das escolas estas accedilotildees

satildeo realizadas anualmenterdquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquoFazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo os

puacuteblicos-alvo satildeo crianccedilas jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet

panfletos usamos muito os panfletos fazemos palestras os nossos teacutecnicos dirigem-se agraves

escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo feitas duas vezes por ano ldquo

(E22-PCMPV)

Verificou-se que existe por parte dos serviccedilos a preocupaccedilatildeo de informar alertar a

sociedade civil para este tipo de situaccedilotildees

8 - Normativos Internos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe

No que concerne aos normativos internos (procedimentos a adotar em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe) 3 teacutecnicos (17) mencionaram que as Instituiccedilotildees a que pertencem natildeo dispotildeem

de normativos internos para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe (Fig17)

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Fig17 Normativos internos Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe com a Intervenccedilatildeo do

Assistente Social

Verifica-se que existe relaccedilatildeo entre as caracteriacutesticas da atuaccedilatildeo do assistente social e

as etapas da intervenccedilatildeo psicossocial O quadro 8 mostra a relaccedilatildeo das etapas da intervenccedilatildeo

psicossocial com a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Estabelecer contacto Acolhimento

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe eacute necessaacuterio estabelecer um

contacto Acolhimento com as pessoas de forma a

perceber o que aconteceu e providenciar as

necessidades imediatas

ldquo Quando chegamos ao local tentamos acalmar as

pessoasrdquo (E3 ndash Assistente Social)

(hellip) ldquoLevantamento de necessidades imediatashelliprdquo (E8-

Assistente Social)

(hellip) Levamos aacutegua medicamentos alimentaccedilatildeo

vestuaacuteriohellip (E11-Ciencias Sociais)

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Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social (cont)

Analisar o Problema

Nesta fase o AS deve tentar perceber quais os

problemas que necessitam de uma intervenccedilatildeo imediata

e quais os que podem ter uma intervenccedilatildeo posterior

nesta fase devem tambeacutem ser identificadas as

prioridades

ldquoFomos socorrer um diabeacutetico (hellip) natildeo sabia o que

fazer (hellip) andei a pedir seringas e insulina (hellip) foi

horriacutevel os serviccedilos de sauacutede natildeo estiveram presenteshellip

(E13-Assistente Social)

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Nesta fase o AS deve analisar que possiacuteveis soluccedilotildees

existem para aquela situaccedilatildeo problema e verificar o

que jaacute foi feito pela famiacutelia para ultrapassar a situaccedilatildeo

ldquoHouve famiacutelias que ficaram desalojadas umas

famiacutelias por iniciativa proacutepria ficaram alojadas em casa

de familiares outras foram realojadasrdquo (E3-Assistente

Social)

Executar accedilotildees concretas

Nesta etapa o As deve proceder agrave execuccedilatildeo de accedilotildees

concretas para ajudar a famiacutelia a resolver a situaccedilatildeo

problema

ldquo (hellip) Um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos uma

pensatildeo para ficar depois fizemos a articulaccedilatildeo com a

Divisatildeo da Habitaccedilatildeordquohellip (E20-Coordenadora Accedilatildeo

Social)

Acompanhamento

Esta etapa tem a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito ateacute

ao momento prestando especial atenccedilatildeo agraves tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

ldquoPoacutes cataacutestrofe as famiacutelias que ainda necessitam de

acompanhamento satildeo encaminhadas para teacutecnicas da

freguesiardquo (E-20 Coordenadora ISSA)

Os utentes que necessitam de intervenccedilatildeo poacutes

cataacutestrofe passam a ser seguidos pelo centro de sauacutede ldquo

(E9- Psicoacutelogo)

Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria a partir da sistematizaccedilatildeo das entrevistas realizadas2015

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Conclusotildees

Portugal tem tido nos uacuteltimos anos um aumento significativo de desastres naturais os

quais deram origem a viacutetimas mortais e a grandes prejuiacutezos econoacutemicos sociais e

psicoloacutegicos

As pessoas e o ambiente satildeo cada vez mais punidas pelos efeitos nefastos dos

desastres naturais isto deve-se segundo vaacuterios autores entre os quais Giddens (2012) a altas

taxas de crescimento populacional e elevada densidade demograacutefica migraccedilatildeo e urbanizaccedilatildeo

natildeo planeada ou desordenada degradaccedilatildeo ambiental e alteraccedilotildees climaacuteticas As populaccedilotildees

carentes satildeo as mais vulneraacuteveis aos desastres porque dispotildeem de menos recursos e

capacidade para lidar com os impactos ou evitaacute-los

Quantas vezes temos testemunhado a forccedila da natureza ou a ldquomatildeordquo do homem a

despoletarem grandes adversidades que deixam o ser humano impotente cataacutestrofes naturais

atentados terrorista acidentes rodoviaacuterios violaccedilotildees tiroteios acontecimentos que natildeo

conseguimos controlar aos quais muitas vezes natildeo sabemos como reagir nem como ajudar

Parafraseando Maia (2009) em situaccedilotildees de cataacutestrofes a intervenccedilatildeo eacute efetuada por

dois grupos de profissionais distintos aqueles cuja funccedilatildeo principal eacute intervir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe com o objetivo de restabelecer recursos materiais e organizar infraestruturas como

eacute o caso dos poliacutecias bombeiros meacutedicos entre outros o outro grupo eacute constituiacutedo pelos

profissionais preparados para intervir em situaccedilotildees de crise psicoloacutegica e social como eacute o

caso das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial constituiacutedas por psicoacutelogos e assistentes sociais

considerando-se que o apoio psicossocial eacute um dos maiores preditores de bem-estar

As equipas de apoio psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia prestam os designados

Primeiros Socorros Psicoloacutegicos que correspondem a teacutecnicas que visam ajudar

sobreviventes familiares e profissionais de emergecircncia em momentos de crise imediatamente

apoacutes um desastre Estas teacutecnicas visam reduzir o distress (stress negativo) inicial provocado

por eventos traumaacuteticos e desenvolver o funcionamento adaptativo e capacidade de gestatildeo do

stress a curto e longo prazo

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel proceder de

imediato agrave organizaccedilatildeo da equipa de intervenccedilatildeo psicossocial A justificaccedilatildeo dada pelo

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Presidente SPCBA de que a equipa natildeo esta organizada natildeo eacute plausiacutevel ldquo (hellip) depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada (hellip) rdquo nenhum paiacutes estaacute imune agraves

cataacutestrofes naturais as emergecircncias e cataacutestrofes satildeo acontecimentos que pela sua proacutepria

natureza natildeo podem ser predeterminados o que obriga a estejamos devidamente preparados

para fazer face a estas situaccedilotildees a existecircncia de uma equipa jaacute organizada eacute a chave do

sucesso para a nossa intervenccedilatildeo

Eacute inaceitaacutevel que soacute a partir das enxurradas da Agualva em 2009 se comeccedilou a

organizar a atuaccedilatildeo ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquo (hellip) natildeo havia

nada preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na Agualva pois

intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas melhoraram bastante ldquo

(E7E8 Assistentes Sociais)

A CMAH soacute comeccedilou a dar os primeiros passos ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em

situaccedilotildees de cataacutestrofe nas enxurradas de Angra do Heroiacutesmo a 4 de Setembro de 2015ldquo (hellip)

mas jaacute agimos nas chuvadas de dia 4 de Setembro 2015helliprdquo (E17-Sociologo)

Apoacutes a equipa intervenccedilatildeo psicossocial estar devidamente organizada eacute necessaacuterio

ministrar formaccedilatildeo aos teacutecnicos na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofes a maior

parte dos teacutecnicos entrevistados referiu que um dos fatores relacionados com a sua falta de

preparaccedilatildeo para trabalhar em situaccedilotildees de cataacutestrofe bem como as dificuldades encontradas

no terreno deve-se particularmente agrave falta de formaccedilatildeo nesta aacuterea todos os teacutecnicos que sejam

chamados para intervir nestas situaccedilotildees devem gozar de formaccedilatildeo nesta aacuterea nas duas

situaccedilotildees de cataacutestrofe ocorridas na Ilha Terceira foram acionados teacutecnicos para intervir que

natildeo gozavam de qualquer tipo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes neste

sentido haacute que sensibilizar as chefias para estas questotildees possuir recursos humanos

preparados melhor seraacute a qualidade das suas respostas A falta de formaccedilatildeo dos recursos

humanos ou inclusivamente a inadequaccedilatildeo dos mesmos pode levar a que um pequeno

sinistro se possa tornar numa enorme cataacutestrofe

Na linha de pensamento de Golan (1978) as situaccedilotildees de crise exigem a intervenccedilatildeo

de teacutecnicos especializados nomeadamente de assistentes sociais A cataacutestrofe natural pela sua

magnitude e imprevisibilidade eacute considerada uma crise que necessita de intervenccedilatildeo

especializada na maioria das vezes

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As situaccedilotildees de crise aleacutem de exigirem teacutecnicos especializados exigem tambeacutem que

os teacutecnicos sejam conhecedores da comunidade onde estatildeo inseridos de forma a poder efetuar

a caracterizaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis na comunidade pelo que a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees

de crise deve ser desenvolvida preferencialmente por um teacutecnico com relaccedilotildees jaacute

estabelecidas na comunidade

Nesta preceptiva eacute extremamente necessaacuterio que em situaccedilotildees de cataacutestrofe os

assistentes sociais que integram as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam qual o papel

que cada instituiccedilatildeo desempenha no terreno e quais os recursos que disponibilizam neste tipo

de situaccedilotildees Para isso eacute necessaacuterio que sejam conhecedores do PME do concelho bem como

de alguma legislaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil pelo que a participaccedilatildeo em simulacros

pode ser uma forma de colmatar este tipo de situaccedilotildees todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME devem ser convidadas a participar em simulacros a realizaccedilatildeo de simulacros natildeo se

deve cingir somente a algumas instituiccedilotildees pois em situaccedilatildeo de cataacutestrofe qualquer uma

instituiccedilatildeo pode ser acionada para intervir

Apoacutes a cataacutestrofe na fase considerada poacutes-critica a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

pretende por um lado promover a recuperaccedilatildeo da comunidade a curto e meacutedio prazo atraveacutes

da reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos essenciais da reconstruccedilatildeo do tecido social nomeadamente

sistemas de saneamento eletricidade comunicaccedilotildees serviccedilos de sauacutede por outro lado poderaacute

o assistente social neste momento centrar-se no trabalho de recuperaccedilatildeo psicoloacutegica social e

econoacutemica dos indiviacuteduos

No campo especiacutefico da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe a

meta principal eacute ajudar a pessoa a recuperar o niacutevel de vida que possuiacutea antes do evento

desencadeante da crise

A relaccedilatildeo de ajuda eacute um dos instrumentos fundamentais para uma intervenccedilatildeo eficaz

em situaccedilotildees de crise esta soacute eacute possiacutevel se estabelecer uma relaccedilatildeo de confianccedila Podemos

definir esta relaccedilatildeo como uma troca de conhecimento e influecircncia muacutetua onde o assistente

social tem que estar disponiacutevel e ter curiosidade de descobrir a sua pessoa os seus desejos as

suas ambiccedilotildees e os seus obstaacuteculos Para tal o assistente social tem que recorrer agrave escuta agrave

observaccedilatildeo fazer perguntas pertinentes onde o utente exprime os seus interesses que vai

facilitar a sua capacidade de exprimir e melhorar a comunicaccedilatildeo entre os dois

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Em situaccedilotildees de cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de ajuda eacute uma

abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de sucesso junto das

viacutetimas

Deste estudo surgem algumas propostas tais como

- A intervenccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilotildees de cataacutestrofe deve seguir o modelo de

anaacutelise referente agraves etapas da intervenccedilatildeo psicossocial

-A elaboraccedilatildeo do PME bem como as leis em mateacuteria de proteccedilatildeo civil devem contar

com a participaccedilatildeo dos assistentes sociais pois o contributo oferecido pelo Serviccedilo Social

seraacute uma mais-valia

- Introduzir no plano de estudos do curso de Serviccedilo Social uma disciplina ou um

moacutedulo acerca desta temaacutetica considerando que as situaccedilotildees de cataacutestrofe cada vez mais

suscetiacuteveis de acontecer precisam de teacutecnicos com conhecimentos nesta aacuterea

- Uma outra proposta seria a construccedilatildeo de um manual de procedimentos numa visatildeo

mais alargada e mais abrangente da intervenccedilatildeo social aplicaacutevel agraves diferentes situaccedilotildees

possiacuteveis agrave semelhanccedila dos procedimentos protocolos e planos de accedilatildeo jaacute determinados e

preacute-estabelecidos pelos diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

-Apenas devem intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe teacutecnicos que tenham formaccedilatildeo

nesta aacuterea pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo de sucesso

Tendo em conta que uma boa preparaccedilatildeo envolve um certo grau de atividade

educacional e formativa e um conhecimento vaacutelido e empiacuterico baseado em conhecimento

social e cientiacutefico satildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees neste sentido O contributo acadeacutemico e

cientiacutefico de investigaccedilotildees centradas na preparaccedilatildeo aos desastres natildeo deve apenas limitar ndash se

a algumas aacutereas como eacute o caso da Psicologia e Proteccedilatildeo Civil devendo expandir-se por outras

aacutereas nomeadamente pela aacuterea do Serviccedilo Social para que de forma articulada e coordenada

possam combinar esforccedilos para uma resposta agrave crise cada vez mais estruturada sistemaacutetica e

eficaz suscetiacutevel de reduzir impactos e minimizar consequecircncias quer em termos materiais

quer em termos psicoloacutegicos e sociais

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Para garantir uma resposta operacional adequada e eficaz perante as situaccedilotildees de

cataacutestrofe haacute que apostar numa fase de preacute-preparaccedilatildeo que contemple o planeamento e a

prevenccedilatildeo o treino contiacutenuo de equipas a educaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo acerca dos riscos planos

e treinos de simulaccedilotildees de situaccedilotildees reais no sentido de corrigir inadequaccedilotildees e reforccedilar o

que estaacute adequado e eficiente O planeamento da resposta aos desastres eacute essencial para uma

adequada recuperaccedilatildeo da crise minimizando a disrupccedilatildeo do funcionamento de toda uma

sociedade uma comunidade ou um indiviacuteduo

Assim a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe natildeo deve reduzir

ndash se apenas ao levantamento de necessidades e ao assegurar as necessidades baacutesicas de

subsistecircncia e articulaccedilatildeo com outras entidades Deve ainda desempenhar um papel mais proacute-

ativo centrando a sua accedilatildeo natildeo soacute na fase de emergecircncia e poacutes emergecircncia mas tambeacutem

particularmente na fase da preacute emergecircncia pois qualquer cataacutestrofe eacute possiacutevel de acontecer

mais cedo ou mais tarde aconteceraacute por isso temos que estar prevenidos

Em Portugal a investigaccedilatildeo na aacuterea da emergecircncia em situaccedilotildees de cataacutestrofe eacute

urgente e prioritaacuteria Poreacutem a literatura relativa agrave intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees

de cataacutestrofe eacute escassa ou praticamente inexistente no nosso paiacutes o que leva a considerar que

sejam desenvolvidas mais investigaccedilotildees nesta aacuterea neste sentido torna-se imprescindiacutevel criar

um instrumento que indique em que medida os diferentes intervenientes da resposta agrave crise

estatildeo preparados para gerir toda uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

86

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C - Legislaccedilatildeo pertinente por ano de publicaccedilatildeo (da mais recente para a mais antiga)

Decreto-Lei nordm1502015

Decreto Lei 1632014 de 31 de Outubro

Decreto-Lei nordm 722013

Decreto Regulamentar Regional nordm 24 2012A de 27 de Novembro

Resoluccedilatildeo nordm 25 2008 de 18 de Julho Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

Lei nordm 652007 de 12 de Novembro

Decreto Regulamentar Regional nordm 112007A

Lei nordm 1342006 de 25 de Julho

Lei nordm 272006 de 3 de Julho

Decreto Regulamentar Regional nordm 242003A de 7 de Agosto

Decreto Regulamentar nordm 181993

D - Relatoacuterios

Ministeacuterio da Administraccedilatildeo Interna 2003 ldquoLivro Branco dos incecircndios florestais ocorridos

no veratildeo de 2003rdquo

E - Documentaccedilatildeo Teacutecnica

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria (2014) ldquoPlano

de Emergecircnciardquo

Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2013)

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F - Webgrafia

Centro Regional de Informaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Instituto Nacional de Estatiacutestica (2014) acedido a 27 de Abril de 2014

Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2015) acedido a 2 Maio de 2015

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I

Apecircndices

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II

Apecircndice I

(Guiatildeo de Entrevistas)

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III

Guiatildeo de Entrevista Coordenadora Do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra

Heroiacutesmo

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave Seguranccedila Social no

acircmbito do plano de emergecircncia municipal

2-Quantos teacutecnicos (Assistentes Sociais Psicoacutelogos Socioacutelogos Educadores Sociaishellip)

trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

a)1 a 10

b)11 a 20

c)21 a 30

d)Mais de 30

3-Para situaccedilotildees de cataacutestrofe a Seguranccedila Social tem formada alguma equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial ou equipa de intervenccedilatildeo em crise (Se natildeo existe nenhuma equipa formada

passar para a questatildeo nordm 4)

Sim Natildeo

31-Se sim esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

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Administraccedilatildeo

IV

32-Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a(Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Educadores Socias nordm

f)Outro Qual

33-Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

34-Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

35 - Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

36- A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

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V

37- Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

38-Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 3 anos

39 ndash Quantos teacutecnicos participaram

a)1 a 3

b)4 a 7

b)8 a 11

c)Mais de 11

4- Se natildeo existe nenhuma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial formada na sua opiniatildeo natildeo

seria uacutetil formar uma equipa para estas situaccedilotildees Visto que vivemos numa zona de risco

Sim Natildeo

41 ndash Se sim Quais os motivos porque nunca foi criada uma equipa para intervir neste tipo

de situaccedilotildees

a) A proteccedilatildeo civil jaacute dispotildee de uma equipa para intervir neste tipo de situaccedilotildees

b) Falta de recursos humanos

c) Nunca houve necessidade de criar este tipo de equipa

d) Outras Qual

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VI

42 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

43 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

44- Se sim esta equipa foi composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

45- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

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46- Que funccedilotildees desempenharam

47ndash Estes teacutecnicos tinham formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

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VII

48ndash Alguma vez tinham participado nalgum simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

5 - Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa da Seguranccedila Social na

elaboraccedilatildeo do plano de emergecircncia

Sim Natildeo

6 - Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel da Seguranccedila Social

7- Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

8-Considera que o sector que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe no

seu acircmbito proacuteprio

Sim Natildeo

81- Se natildeo o que poderia ser feito para ultrapassar esta situaccedilatildeo

9- No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave populaccedilatildeo do Porto-

Judeu

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de informaccedilatildeo

d)Natildeo existecircncia de equipas formadas para intervir neste tipo de situaccedilotildees

e)Pouca experiencia neste tipo de intervenccedilatildeo

f)Formar equipa (s) em poucas horas

g)Teacutecnicos pouco preparados para intervir neste tipo de situaccedilatildeo

h)Recolha de informaccedilatildeo

i)Dificuldades de acesso agrave populaccedilatildeo

J)Funccedilotildees pouco claras

l)Outras Quais

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Administraccedilatildeo

VIII

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10-Na sequecircncias das enxurradas do Porto Judeu Agualva foram feitas algumas propostas

pelo ISSA ao Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

Se sim quais

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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

11- Perante as enxurradas que ocorrerem aqui na ilha foram criadas algumas respostas

perante estas situaccedilotildees

Sim Natildeo

Se sim diga quais

a)Linha de emergecircncia social

b)Centros de acolhimento

c)Base dados

d)Criaccedilatildeo de grelhas de identificaccedilatildeo

e)Outra Quais

12-Nas duas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na ilha o ISSA solicitou

colaboraccedilatildeo agrave sua rede de parceiros

Sim Natildeo

Se sim que tipo de colaboraccedilatildeo foi solicitada

a)Recursos Humanos

b)Recursos materiais (vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores calccedilado camas colchotildees hellip)

c)Alojamento

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IX

d)Apoio Financeiro

e)Viaturas

f)Outra Qual

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X

Guiatildeo de Entrevista Teacutecnicos Sociais

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Conhece o plano de emergecircncia municipal

Sim Natildeo

11 - Se sim quais as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo confiadas agrave sua instituiccedilatildeo no

plano de emergecircncia municipal

2-A sua instituiccedilatildeo faz parte do Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

3-Neste momento Integra alguma equipa de apoio psicossocial para intervir ir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

4-Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

41- Se sim haacute quanto tempo foi ministrada essa formaccedilatildeo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

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Administraccedilatildeo

XI

42-Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma melhoria da sua

praacutetica profissional

Sim Natildeo

421 - Se sim em que medida

5-Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

51 - Se sim haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

6-A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a adotar em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

61-Se natildeo pensa que estes poderiam ser uma mais-valia para a instituiccedilatildeo caso ocorra uma

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

611- Se sim em que medida

a)Mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta

b)Melhor organizaccedilatildeo na resposta

c)Melhor coordenaccedilatildeo

d)Outras Quais

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Administraccedilatildeo

XII

7-Enquanto Assistente Social alguma vez teve de intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe efetiva

Sim Natildeo

71- Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

72 - Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz respeito

agrave sua praacutetica profissional

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)Dificuldade em gerir as emoccedilotildees

e)Nunca ter participado num simulacro

f)Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

g)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

h)Falta de comunicaccedilatildeo

i)Depara-me com a situaccedilatildeo e natildeo saber o que fazer

j)Dificuldades em trabalhar em equipa

l)Dificuldade em identificar as equipas que estatildeo no terreno

m)Outras Quais

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8-Nas enxurradas do Porto-Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por parte da sua

Instituiccedilatildeo

Sim Natildeo

81 - Se sim qual foi a intervenccedilatildeo efetuada pela sua instituiccedilatildeo

a) Apoio Alimentar

b)Apoio Vestuaacuterio

c)Apoio psicoloacutegico

d)Apoio Habitaccedilatildeo alojamento

e)Apoio ao niacutevel da Sauacutede

f)Outro Qual

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XIII

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9 ndash Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Socais estatildeo preparados para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

91 - Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de formaccedilatildeo

b)Falta de informaccedilatildeo

c)Desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

d)Entidade Patronal desvaloriza esta aacuterea de intervenccedilatildeo

e)Natildeo participaccedilatildeo em simulacros

f)Outros Quais

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10- De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Sim Natildeo

101 ndash Caso natildeo concorde que alteraccedilatildeo proponha a este modelo

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XIV

Guiatildeo de Entrevista - Presidente Camara Municipal Angra Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais

e de Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor

Antoacutenio Amaro encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma a

poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu foi acionado o plano de emergecircncia que esta

aprovado

Sim Natildeo

Se natildeo Porquecirc

2-Qual foi a resposta concreta da Cacircmara agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto Judeu

Agualva

3-Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva quais foram as maiores dificuldades com

que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de comunicaccedilatildeo

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de equipamentos (maquinas)

e)Os Recursos humanos natildeo se encontram preparados para trabalhar neste contexto

f)Trabalho Voluntaacuterio

g)Trabalhar sobre pressatildeo

h)As Instituiccedilotildees natildeo se encontram preparadas para trabalhar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XV

i)Outras Quais

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4-Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das Instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Sim Natildeo

Se natildeo qual o motivo

5-Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na

resposta a dar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim indique quais

6-Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees que fazem parte do plano de

emergecircncia na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Sim Natildeo

Se sim quantas instituiccedilotildees estiveram presentes

a)1 a 10

b)11a 20

c) Mais de 20

Este tipo de formaccedilatildeo eacute ministrada com que periodicidade

a)Anualmente

b)Bianualmente

c)Mais de 3 anos

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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XVI

7-Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

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E com que periodicidade

a) Anual

b) Bianual

c) Outra Qual

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8-Satildeo realizados simulacros

Sim Natildeo

Se sim com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Trianual

d)Outra Qual

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVII

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9-Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim em que medida

10-Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao plano de

emergecircncia e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim quais

11-No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder a

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim esta verba destina-se agrave

a)Prevenccedilatildeo

b)Planeamento

c)Reabilitaccedilatildeo

d)Outra Qual

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

12-O Departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara desenvolve algum programa para fazer

face as situaccedilotildees de cataacutestrofes naturais

Sim Natildeo

Se sim que tipo de programa eacute desenvolvido

13- Ao niacutevel do departamento da Accedilatildeo Social que tipo de intervenccedilatildeo foi desenvolvida

na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XVIII

Guiatildeo de Entrevista Responsaacutevel do SRPCBA

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para atuar em

situaccedilotildees de cataacutestrofes (Se natildeo existe passar para questatildeo nordm2)

Sim Natildeo

11 - Se sim esta eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

12- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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XIX

13 - Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

14- Se natildeo qual o motivo porque nunca foi ministrada formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos da

Equipa

a) Falta de recursos financeiros

b) Natildeo se justifica ministrar formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos face ao nuacutemero de situaccedilotildees de

cataacutestrofe ocorridas na Ilha

c) Outra Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

15 ndash Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

16 ndash Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

161 ndash Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

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XX

2-Se natildeo porque nunca foi criada uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

a)Natildeo se justifica a criaccedilatildeo de uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

b)O ISSA jaacute tem uma equipa formada para atuar nestas situaccedilotildees

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de coordenaccedilatildeo entre os serviccedilos

e)Outra Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

21 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

22 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

3- Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

31 -Se sim em que medida

4-Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

41 ndash Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu que meios foram disponibilizados

5- Apoacutes estas enxurradas sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

6- A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Sim Natildeo

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XXI

61- Se sim com que periodicidade satildeo realizados os simulacros

a) Anual

b)Bianual

d) Mais de 2 anos

7- Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

71 - Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

72- E com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Outra Qual

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

8-Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Sim Natildeo

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XXII

81-Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)A natildeo participaccedilatildeo em simulacros

e)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

f)Falta de comunicaccedilatildeo

g)Dificuldades em trabalhar em equipa

h)Dificuldade em identificar as equipa que estatildeo no terreno

i)Outras Quais

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XXIII

Apecircndice II

(Transcriccedilatildeo das Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XXIV

Entrevista Semidirigida - Assistente Social

Entrevista nordm 1

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

natildeo sei quais as funccedilotildees e tarefas que estatildeo atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir nomeadamente na aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo e novos

conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXV

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Estive no local mas natildeo intervim poreacutem nas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe que

existiram aqui na ilha demos apoio em geacuteneros alimentares agraves famiacutelias que ficaram

desalojadas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado Do pouco tempo que estive presente pois apenas fomos levar alguma

alimentaccedilatildeo as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo falta

de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute faacutecil

dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram minimamente preparados para intervir

neste tipo de situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo deve-se a falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e a

natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 2

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVI

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

nem sei quais satildeo as funccedilotildees que nos estatildeo atribuiacutedas no acircmbito do PME

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta permite com que nos Assistentes Sociais fiquem melhor preparados

para agir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a formaccedilatildeo leva tambeacutem agrave aquisiccedilatildeo de mais e novos

conhecimentos nesta aacuterea

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Nunca tive de intervir diretamente em nenhuma situaccedilatildeo de cataacutestrofe a nossa

Instituiccedilatildeo deu apoio em alguns geacuteneros alimentares

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVII

Entrevistado as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute

faacutecil dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno e natildeo ter funccedilotildees e tarefas

atribuiacutedas

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo aplica-se a falta de formaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em

simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo este modelo jaacute bem definido

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 3

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta pode melhorar a nossa formaccedilatildeo base com a formaccedilatildeo deixamos de

agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de uma forma mais racional

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo participei ainda em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim intervim na situaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu e Flores

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado as funccedilotildees desempenhadas foram acalmar as pessoas apoiar o Presidente da

Cacircmara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos levantamento das necessidades a

niacutevel habitacional e estaacutevamos tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacutelias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado as maiores dificuldades foram falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as

emoccedilotildees ateacute ao momento nunca ter participado em nenhum simulacro para mim a

participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do acontecimento facilita em

muito a nossa intervenccedilatildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XXIX

Outra das dificuldades encontradas no terreno foi o facto de ir para lugares perigosos onde

existe alguma falta de seguranccedila

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo estaacute associada agrave falta de formaccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo das vezes que intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca tive um

modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas situaccedilotildees que intervim passei algumas

destas fases

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 4

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas os procedimentos encontram-se a ser alterados

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXX

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado) sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim na medida em que podemos aprofundar novos conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo

desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo bem como formaccedilatildeo acadeacutemica deveria ter um

moacutedulo que estivesse relacionado com esta temaacutetica

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXI

Entrevistado sim concordo ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 5

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a formaccedilatildeo leva a aquisiccedilatildeo de um maior conhecimento na aacuterea

e ao mesmo tempo serve de complemento agrave formaccedilatildeo acadeacutemica

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim o ultimo simulacro que frequentei foi haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim dispotildee

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado(a) jaacute desempenhei funccedilotildees em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda a fazer trabalho de back office

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado como lhe disse jaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda e fazer trabalho de back office as maiores dificuldades com que

me deparei foram essencialmente falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com falta de formaccedilatildeo e natildeo

participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 6

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIII

Entrevistado natildeo conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim faz parte no contexto da minha atividade profissional nunca foi

partilhado o conteuacutedo do PME nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado sim esta formaccedilatildeo foi ministrada haacute menos de um ano

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a intervenccedilatildeo em cenaacuterios de crise emergecircncia e cataacutestrofe e

marcada pela especificidade diferenciando-se das intervenccedilotildees quotidianas Possui objetivos

propoacutesitos setting de accedilatildeo e teacutecnicas de intervenccedilatildeo particulares que requerem um

complemento da formaccedilatildeo de base sob pena de as intervenccedilotildees poderem ser contra

producentes No meu caso particular a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no que agraves questotildees do

stress traumaacutetico diz respeito

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo nunca participei

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado) natildeo estes podiam melhorar a eficaacutecia e a eficiecircncia da resposta melhorar a

organizaccedilatildeo da resposta e melhorar a coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIV

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 7

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim a instituiccedilatildeo faz parte do PME mas natildeo sei quais as tarefas e funccedilotildees

atribuiacutedas agrave instituiccedilatildeo neste acircmbito

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas

quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXV

Entrevistado sim a formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos fazer

na altura

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim jaacute participei mas haacute mais de 2 anos que estive presente num simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees desempenhadas na Agualva foram providenciar as refeiccedilotildees

no Porto Judeu assentaram no levantamento das necessidades imediatas retirada de uma idosa

de casa com os bombeiros a idosa estava isolada

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo as coisas melhoraram bastante intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos

intervindo na realidade

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico apoio pontual na altura da crise

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os psicoacutelogos encontram-se preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe contudo podemos natildeo dar todas as respostas necessaacuterias

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVI

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 8

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado Natildeo sei responder a essa questatildeo natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados conforme a nossa disponibilidade

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo tirei a formaccedilatildeo haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim a formaccedilatildeo adequa os procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo agraves

necessidades daquele momento

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei num simulacro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVII

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim Na Agualva providenciei refeiccedilotildees no Porto Judeu levantamento de

danos e de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros

e proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isolado outra das funccedilotildees desempenhadas foi a

articulaccedilatildeo com outras entidades Em Angra as funccedilotildees foram essencialmente ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo no caso da Agualva confrontei-me com a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis natildeo

estavam definidos de quem estava a intervir natildeo havia nada preparado para este tipo de

situaccedilotildees natildeo havia documentos intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas

as coisas melhoraram bastante

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar na Casa do Povo e apoio ao niacutevel da sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

natildeo participaccedilatildeo em simulacros os papeis natildeo estatildeo definidos a equipa jaacute deveria estar

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVIII

formada e natildeo deveria ser formada na hora natildeo deve ser no hora do acontecimento que nos

dizem para ir para o terreno

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 9

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim como entidade de primeira linha temos que estar disponiacuteveis para

situaccedilotildees de crise e cataacutestrofe

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada os teacutecnicos satildeo chamados conforme

a nossa disponibilidade contudo existe uma equipa para a ilha das Flores e Corvo

A Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca foi formada quando

acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSA

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar haacute quanto tempo foi ministrada

essa formaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIX

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

como identificar as fases mais agudas encaminhamentos como que entidades a envolver no

encaminhamento das situaccedilotildees

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute participei mas natildeo me recordo quando foi

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo dispotildee mas estes poderiam ser uma mais-valia nomeadamente na eficaacutecia

e eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo na resposta e melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram em fornecer os primeiros socorros psicoloacutegicos

levantamento de danos articulaccedilatildeo com outras entidades acompanhamento poacutes cataacutestrofe a

niacutevel psicoloacutegico os casos satildeo encaminhados para a sauacutede ou seja Centro de Sauacutede ou

Hospital

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo dificuldade

em gerir as emoccedilotildees inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe falta de comunicaccedilatildeo e dificuldades em identificar as equipas que

estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede a intervenccedilatildeo

foi sempre feita em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XL

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Psicoacutelogos natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves

famiacutelias ser termos formaccedilatildeo especiacutefica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para

adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 10

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei quais as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea jaacute fiz esta formaccedilatildeo haacute mais de dois anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas a formaccedilatildeo eacute uma boa

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLI

ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta muitas vezes podemos provocar ainda

mais o caos

Se jaacute tiveacutessemos a equipa formada era mais faacutecil intervir no que concerne agrave formaccedilatildeo soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para frequentarmos o niacutevel II e

III mas natildeo foi aceite

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sabe

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as nossas funccedilotildees foi essencialmente o levantamento de danos e

necessidades articulaccedilatildeo com outras entidades a fim de angariarmos bens necessaacuterios

fizemos equipa com o serviccedilo da habitaccedilatildeo fizemos atendimento direto agraves pessoas poacutes

cataacutestrofe as famiacutelias que jaacute eram acompanhadas pelas teacutecnicas do ISSA foram encaminhadas

para as teacutecnicas das freguesias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo informaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo nunca ter participado em nenhum simulacro

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLII

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida - Ciecircncias Sociais

Entrevista nordm 11

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha neste

acircmbito

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada mas quando acontece alguma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe somos chamados consoante a disponibilidade o superior hieraacuterquico eacute quem

decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da equipa

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea soacute fiz o primeiro moacutedulo jaacute fiz essa formaccedilatildeo haacute 2

anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

com a formaccedilatildeo estamos melhor organizados sabemos como devemos agir na Agualva natildeo

havia nada atualmente jaacute temos uma base de dados jaacute temos ferramentas de trabalho na

Agualva tivemos que construir tudo

Devia ter ido para o segundo moacutedulo mas natildeo foi possiacutevel de vez em quando deviacuteamos fazer

reciclagem se a equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervir

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim como funccedilotildees fiz um pouco de tudo como levantamento de danos e

necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Levamos aacutegua agraves pessoas isoladas levamos medicaccedilatildeo fizemos distribuiccedilatildeo de roupa e

alimentos

Estive na construccedilatildeo da base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo falta de

coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees nunca ter participado em simulacros

inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial deparar-me com a situaccedilatildeo e natildeo

saber o que fazer e dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIV

As tarefas foram atribuiacutedas no momento a niacutevel da sauacutede foi uma situaccedilatildeo mais complicada

ex pessoas que necessitavam de insulina natildeo tinham houve muita dificuldade em articular

com a aacuterea da sauacutede

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

O Assistente Social em si natildeo esta preparado para intervir temos que adquirir conhecimento

nesta aacuterea

Na Agualva natildeo tiacutenhamos roupa adequada neste momento jaacute temos na Agualva por exemplo

vestiacuteamos o vestuaacuterio uns dos outros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 12

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees satildeo intervir na aacuterea social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLV

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo o chefe de divisatildeo eacute quem sinaliza os teacutecnicos mas natildeo existe nenhuma

equipa formada

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois o chefe de divisatildeo natildeo estava na

altura e assumi o papel dela

A formaccedilatildeo eacute importante para capacitar os teacutecnicos para natildeo entrarem em pacircnico nestas

situaccedilotildees bem como gerir as situaccedilotildees de stress

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos foi a simulaccedilatildeo de um incendio no

aeroporto

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estes podem ser uma mais-valia no que concerne agrave melhoria da eficaacutecia e

eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo da resposta melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVI

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe como a chefe de divisatildeo estava

ausente na altura tive que assumir a funccedilatildeo de coordenadora das equipas de Praia e Angra a

minha funccedilatildeo assentou principalmente na coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo inexistecircncia

de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir nestes tipo de situaccedilotildees e falta de comunicaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

A sauacutede pouco fez nos eacute que fizemos o papel deles tivemos que dar medicaccedilatildeo as pessoas

que necessitavam

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 13

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVII

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com os

realojamentos levantamento das necessidades baacutesicas e articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa somos chamados consoante as necessidades

da PC

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea frequentei os 3 moacutedulos mas jaacute tive esta formaccedilatildeo

haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e darmos uma resposta eficaz e

organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

levantamento de danos e necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Na situaccedilatildeo da Agualva havia bastantes teacutecnicos no terreno as pessoas foram bem atendidas

as respostas eram dadas agrave medidas que os problemas iam surgindo ou seja em tempo uacutetil as

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVIII

instalaccedilotildees onde se realizavam os atendimentos era boas nos atendimentos conseguiacuteamos

verificar o estado emocional das pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo Fomos

socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo esteve presente natildeo sabia o que

fazer agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo

exeacutercito que me levou a casa da senhora que era de difiacutecil acesso

A Falta de coordenaccedilatildeo entre os diversos eacute um constrangimento a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das

chefias superiores tem que ficar bem definida

A PC Bombeiros e Exercito cada um deve saber qual o seu papel para natildeo haver atropelos

deve haver uma definiccedilatildeo clara de papeacuteis

O ISSA deve ter um papel privilegiado no apoio psicossocial tem que haver respeito pelos

papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem clara

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIX

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 14

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com as medidas de

primeira linha medidas praacuteticas de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe e medidas de

articulaccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo temos equipa quando foi da situaccedilatildeo da Agualva tivemos que reunir

de urgecircncia natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia temos colegas que

tiveram formaccedilatildeo nesta aacuterea temos equipamento de cataacutestrofe como botas fatos

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo eacute adaptado em situaccedilatildeo

de emergecircncia

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea porem frequentei uma formaccedilatildeo da Cruz

Vermelha apenas uma manhatilde na aacuterea de metodologias de intervenccedilatildeo e participei numa

simulaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode sem duacutevida melhorar a nossa intervenccedilatildeo a formaccedilatildeo leva agrave

facilidade de operacionalizaccedilatildeo a formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

L

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe estive na aacuterea do atendimento

fizemos o levantamento de danos e necessidades reencaminhamos os casos para outras

instituiccedilotildees foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo

As funccedilotildees satildeo dadas na altura quando a equipa eacute reunida e ai satildeo formadas as sub-equipas

cada um tem que ter uma tarefa atribuiacuteda

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foi lidar com o

stress e a inexperiecircncia para mim foi muito complicado

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico alimentar vestuaacuterio alojamento e apoio ao niacutevel da

sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado(a) Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LI

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 15

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode ficamos melhor preparados para agir em situaccedilatildeo de crise e

emergecircncia

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

realojamento de pessoas e averiguar as situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LII

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram dificuldades

em trabalhar em equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Socioacutelogo

Entrevista nordm 16

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado(a) natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode a formaccedilatildeo eacute uma mais-valia no que diz respeito a adequar os

procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo as necessidades da nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo pode ser uma mais-valia na melhoria da eficaacutecia e eficiecircncia da resposta

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a)Nunca trabalhei em contexto de cataacutestrofe

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIV

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 17

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a)natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LV

Ainda natildeo temos programa especiacutefico face a esta situaccedilatildeo mas jaacute agimos nas chuvadas de dia

4 de Setembro 2015

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado Natildeo estive presente no Porto Judeu nas cheias de 4 de Setembro as funccedilotildees

foram feitas ao niacutevel do sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 18

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LVI

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nessa aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a) sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LVII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ao Presidente do SRPCBA

Entrevista nordm 19

Entrevistador A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para

atuar em situaccedilotildees de cataacutestrofes

Entrevistado A PC dispotildee de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se encontra

organizada jaacute fizemos 3 cursos niacutevel III e II a equipa natildeo se formou porque depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada posso dizer-lhe que assinamos um

protocolo com a ordem dos psicoacutelogos para formar uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores temos 50 teacutecnicos formados os cursos

normalmente tinham 12 teacutecnicos psicoacutelogos assistentes sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os psicoacutelogos vamos buscar ao

centro de sauacutede e os Assistentes Sociais ao ISSA

Entrevistador Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim todos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos 50 teacutecnicos formados

Entrevistador Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LVIII

Entrevistado Primeiro sempre a intervenccedilatildeo do socorro e salvamento as funccedilotildees passam

essencialmente pela aacuterea da habitaccedilatildeo

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado As equipas costumam participar em simulacros o ultimo simulacro no qual

participaram foi em Junho na Ilha de Satildeo Miguel ldquo

Entrevistador Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim acho importante o contributo das equipas neste tipo de situaccedilotildees em toda

a sua dimensatildeo na fase de recuperaccedilatildeo tem um papel preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e alimentaccedilatildeo

Entrevistador Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

Entrevistado Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes como

corpo de bombeiros PSP obras puacuteblicas

Temos tendas para desalojados mas neste momento usamos eacute os pavilhotildees existentes Na

Agualva natildeo estava caacute no Porto Judeu foi essencialmente o trabalho em rede usaram a casa

do povo foi aqui que fizemos tudo os desalojados foram realojados em casa de familiares

Entrevistador Apos estas enxurrada sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a

intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistador A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Entrevistado Sim realizamos simulacros anualmente as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

satildeo sempre chamadas para participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistador Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LIX

Entrevistado sim realizamos os meios utilizados satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos proteccedilatildeo civil +65 onde realizamos accedilotildees nos lares da

Terceira o outro projeto chama-se clubes de proteccedilatildeo civil este projeto desenvolve-se ao

niacutevel das escolas estas accedilotildees satildeo feitas anualmente

Entrevistador Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Com formaccedilatildeo adequada penso que se encontram preparados posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positiva

Entrevista Semidirigida ndash Coordenadora do Nuacutecleo da Accedilatildeo Social

Entrevista nordm 20

Entrevistador Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave seguranccedila

social no acircmbito do PME

Entrevistado Num primeiro momento as funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades mais

emergentes assegurar as questotildees baacutesicas ou seja intervenccedilatildeo das necessidades baacutesicas de

subsistecircncia alimentar e habitaccedilatildeo exemplo uma famiacutelia ficou sem um fogatildeo tivemos que

arranjar um

Num segundo momento eacute feito o acompanhamento agraves famiacutelias e articulaccedilatildeo com outras

entidades

Entrevistador Quantos teacutecnicos trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

Entrevistado Mais de 30 teacutecnicos

Entrevistador Para situaccedilotildees de cataacutestrofe o ISSA tem formada alguma equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial

Entrevistado todos os teacutecnicos podem ser chamados em situaccedilatildeo de cataacutestrofe consoante o

grau da cataacutestrofe esta equipa natildeo tem um nome especiacutefico

Entrevistador Esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

Entrevistado mais de 11

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LX

Entrevistador Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos teacutecnicos

Entrevistado temos psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos Politica Social e

Educadores Sociais e Ciecircncias Sociais natildeo sei precisar o nuacutemero de teacutecnicos por aacuterea

Entrevistador Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado As funccedilotildees satildeo o levantamento das necessidades os psicoacutelogos tem uma

funccedilatildeo mais terapecircutica na Agualva houve muita intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a intervenccedilatildeo

foi feita em equipas de 2 1 psicoacutelogo e um assistente social

Entrevistador Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em cataacutestrofe

Entrevistado Nem todos os teacutecnicos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar ao certo o

nuacutemero de teacutecnicos formados mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi ministrada a estes teacutecnicos

entre 1 ano a 2 anos natildeo sei precisar ao certo

Entrevistador Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistado mais de 11 teacutecnicos

Entrevistador A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

Entrevistado entre 1 ano a 2 anos

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado Sim

Entrevistador Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

Entrevistado 6 meses a 1 ano

Entrevistador Quantos teacutecnicos participaram

Entrevistado Natildeo sei envolveram teacutecnicos de outras ilhas

Entrevistador Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa do ISSA na

elaboraccedilatildeo no PME

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LXI

Entrevistado sim houve

Entrevistador Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel do ISSA

Entrevistado Natildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os recursos da comunidade aleacutem disso dispomos dos recursos

humanos (os teacutecnicos) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA neste momento dispotildee de

uma verba para situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistador Considera que o setor que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim estamos preparados para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca

sozinhos sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades e agentes de PC

Entrevistado Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Agualva

Entrevistado Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em permanecircncia no local imediato foram asseguradas as coisas

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do levantamento das

necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir noutras ilhas nas Flores uma famiacutelia ficou sem casa

neste caso o que fizemos foi alojar a idosa em casa de familiares

Entrevistador Nas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na Ilha o ISSA

solicitou a colaboraccedilatildeo da rede de parceiros

Entrevistado Em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio alimentaccedilatildeo e alojamento

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

LXII

Na Agualva tivemos a necessidade de criar um local para os recursos muitas instituiccedilotildees

foram para o local sem serem chamadas por exemplo a Caacuteritas os recursos mais solicitados

foram ao niacutevel de recursos materiais

Entrevistador No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave

populaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu

Entrevistado Na Agualva as maiores dificuldades foram as condiccedilotildees de trabalho estas

eram muito difiacuteceis havia muitos riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades

pois foi difiacutecil lidar com tanta destruiccedilatildeo

Entrevistador Na sequecircncia das enxurradas da Agualva Porto Judeu foram feitas algumas

propostas pelo ISSA ao PME

Entrevistado Natildeo sei natildeo era coordenadora da altura estive como teacutecnica no terreno

Entrevistador Perante as enxurradas que ocorreram aqui na ilha foram criadas algumas

respostas perante esta situaccedilatildeo

Entrevistado Na Agualva sim foram criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo o que

foi criado na Agualva tem servido para outras situaccedilotildees esta foi um marco pela gravidade da

situaccedilatildeo muitos instrumentos foram criados devido a esta situaccedilatildeo

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Angra Heroiacutesmo

Entrevista nordm 21

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacute

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto

Judeu

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute na altura

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu quais foram as maiores dificuldades com que

se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXIII

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado como lhe disse na altura das enxurradas do Porto-Judeu natildeo estava caacute mas sei

que as instituiccedilotildees fizeram um relatoacuterio

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Natildeo estava caacute As pessoas que estavam caacute na altura das enxurradas do Porto

Judeu jaacute ningueacutem natildeo se encontram na Cacircmara neste momento

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Sim damos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil dependendo das necessidades que os proacuteprios detetam na

formaccedilatildeo ministrada tiveram presentes 20 instituiccedilotildees

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado sim satildeo realizadas accedilotildees usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo

enviadas atraveacutes das faturas da aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas contudo

a PC eacute quem desenvolve mais esse papel esta faz sensibilizaccedilatildeo nas escolas

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado sim anualmente realizaacutemos um simulacro

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim acho importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial neste

tipo de situaccedilotildees relativamente a duas aacutereas levantamento de natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXIV

A accedilatildeo social desempenha um papel muito importante quer no encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas decisotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Entrevistado sim foram essas alteraccedilotildees foram de natureza orgacircnica o plano foi todo

reestruturado

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim temos uma verba para estas situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute necessaacuterio

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado sim temos a atuaccedilatildeo deles faz parte deles

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Natildeo sei

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Praia

Entrevista nordm 22

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Sim foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualva o comando do

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas da Agualva

Entrevistado Numa primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe

salvaguardando sempre a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das

pessoas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXV

Numa segunda fase ativaacutemos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as

estradas desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os

recursos adequados

Entramos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos ajudarem na

desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira

Procedemos agrave ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confeccionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de

apoio psicoloacutegico levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo

centraram-se todos os serviccedilos

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva quais foram as maiores dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

Entrevistado O principal problema foi as dificuldades de acessibilidade agrave residecircncia das

pessoas houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham um

buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila dos

bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa

O que estava no plano funcionou em pleno

A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de solidariedade

toda a gente contribuiu neste tipo de situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chave

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado Natildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da situaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo posso dizer-lhe que em menos de 30 dias jaacute tiacutenhamos todas as obras

adjudicadas

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Eacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo

e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXVI

O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito este plano foi uma mais-valia nesta

intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua execuccedilatildeo este foi muito discutido por

exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos existentes em cada Freguesia para

fazer face a este tipo de situaccedilotildees

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Natildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees tecircm participando nos

simulacros que fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados

duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado Sim temos os puacuteblicos-alvo tem sido crianccedilas jovens e idosos esta

sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet panfletos usamos muito os panfletos palestras os

nossos teacutecnicos dirigem-se as escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo

feitas duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado Sim duas vezes por ano

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Indiscutivelmente eles dispotildeem de competecircncias teacutecnicas e praticas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do apoio social eacute feita toda ela pelos teacutecnicos

sociais satildeo eles que elaboram os processos das famiacutelias aplicam os inqueacuteritos para saber

quais os danos sofridos pela famiacutelia articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees puacuteblicas providenciar

as refeiccedilotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXVII

Entrevistado Natildeo a forma como o plano foi feito determinou o sucesso da nossa accedilatildeo este

foi feito por teacutecnicos da Cacircmara e natildeo por uma empresa estes teacutecnicos conhecem a realidade

do nosso concelho a elaboraccedilatildeo do plano contou com a participaccedilatildeo das instituiccedilotildees que

fazem parte do PME as instituiccedilotildees sabem quais devem ser as suas funccedilotildees neste tipo de

situaccedilotildees face a esta situaccedilatildeo natildeo houve necessidade de proceder a nenhuma alteraccedilatildeo

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim a verba destina-se essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeo

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado Sim este departamento trabalha em conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil

por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas por os dois departamentos existe trabalho de

articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois departamentos

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Realojamento de pessoas inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas logiacutestica nas

refeiccedilotildees apoio na aacuterea humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico este departamento esteve ainda

envolvido nos programas de intervenccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo das habitaccedilotildees

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

LXVIII

Apecircndice III

(Grelha Anaacutelise de Conteuacutedo das

Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

LXIX

Anaacutelise de Conteuacutedo - Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de Conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Funccedilotildees e tarefas do ISSA no

acircmbito do PEM

ldquoAs funccedilotildees satildeo assegurar as

questotildees baacutesicas intervenccedilatildeo das

necessidades baacutesicas de subsistecircncia

alimentar e habitaccedilatildeo num primeiro

momento (hellip) num segundo

momento levantamento das

necessidades mais emergentes

articulaccedilatildeo com outras entidades e

acompanhamentordquo

Participaccedilatildeo do ISSA no PEM

ldquoSim tivemos alguma participaccedilatildeordquo

Propostas do ISSA ao PEM

ldquoNatildeo tenho conhecimento natildeo era

coordenadora na alturaldquo

Teacutecnicos Sociais

Nordm de teacutecnicos sociais que trabalham

na aacuterea social na ilha Terceira

ldquoAo certo natildeo sei dizer mas satildeo

mais de 30 teacutecnicosldquo

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da Equipa

ldquoTodos os teacutecnicos podem ser

chamados em situaccedilotildees de

cataacutestrofe o nuacutemero de teacutecnicos

depende do grau da cataacutestrofe esta

equipa natildeo tem um nome

especiacuteficordquo

ldquoA equipa eacute constituiacuteda por mais de

11 pessoas entre eles estatildeo teacutecnicos

de diversas aacutereas psicoacutelogos

Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e

Ciecircncias Sociaisrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXX

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Funccedilotildees desempenhadas pelos

teacutecnicos na equipa

ldquoLevantamento das necessidades

Os Psicoacutelogos tecircm uma funccedilatildeo mais

terapecircutica na Agualva houve muita

intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a

intervenccedilatildeo foi feita em equipas de

2 um psicoacutelogo e um Assistente

Socialrdquo

Formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em

cataacutestrofe intervenccedilatildeo em Crise

ldquoNem todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar

ao certo o nordm de teacutecnicos formados

mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi

ministrada a estes teacutecnicos entre 1

ano a 2 anos natildeo sei precisar ao

certordquo-

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoSim a equipa costuma participar em

simulacros a ultima vez que

participaram em simulacros foi haacute

cerca de 6 meses a um ano natildeo sei

quantos teacutecnicos estiveram

envolvidos estiveram presentes

teacutecnicos de outras ilhasrdquo

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Resposta para fazer face a situaccedilotildees

de cataacutestrofe

ldquoNatildeo temos uma resposta especiacutefica

para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os

recursos da comunidade (hellip) um

rapaz que ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a

articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA

dispotildee de uma verba para situaccedilotildees

de cataacutestrofe e temos ainda a equipa

para intervir nestas situaccedilotildeesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXI

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Preparaccedilatildeo do ISSA para fazer face

a situaccedilotildees da cataacutestrofe

ldquoSim estamos preparados para

responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe

nunca sozinhos mas sempre

trabalhando em articulaccedilatildeo com

outras entidades e agentes de

proteccedilatildeo civil ldquo

Intervenccedilatildeo realizada pelo ISSA na

Agualva e Porto Judeu

ldquoPorto Judeu e Angra natildeo satildeo

comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em

permanecircncia no local no imediato

foram asseguradas as coisas baacutesicas

sempre em articulaccedilatildeo com outras

entidades o nosso papel foi mais ao

niacutevel do acompanhamento

psicoloacutegico e levantamento de

danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a

intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir

nas outras ilhas nas flores uma

famiacutelia ficou sem casa neste caso o

que fizemos foi alojar a idosa na

casa de familiaresrdquo

Rede de parceiros

ldquoEm ambas as situaccedilotildees recorremos

agrave nossa rede de parceiros esta

colaboraccedilatildeo foi dada ao niacutevel de

vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores

alimentaccedilatildeo e alojamento (hellip) Na

Agualva tivemos a necessidade de

criar um local para os recursos

muitas instituiccedilotildees foram para o

local sem serem chamadas como por

ex a Caacuteritasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXII

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Dificuldades sentidas no socorro agrave

Populaccedilatildeo

ldquoAs maiores dificuldades foram as

condiccedilotildees de trabalho estas eram

muito difiacuteceis havia muitos riscos

gerir as emoccedilotildees foi outra das

grandes dificuldades pois foi difiacutecil

lidar com tanta destruiccedilatildeordquo

Criaccedilatildeo de respostas perante a

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

ldquoNa Agualva sim foram criadas

base de dados e grelhas de

identificaccedilatildeo o que foi criado na

Agualva tem servido para outras

situaccedilotildees esta foi um marco pela

gravidade da situaccedilatildeo muitos dos

instrumentos foram criados devido a

esta situaccedilatildeordquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME no Porto

Judeu

ldquoNatildeo sei se foi acionado natildeo estava

caacuterdquo

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

ldquoNatildeo sei natildeo estava na Cacircmara

nessa alturardquo

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoComo lhe disse na altura das

enxurradas do Porto Judeu natildeo

estava caacute mas sei que as instituiccedilotildees

fizeram um relatoacuteriordquo

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo do Porto- Judeu

ldquoSim foram essas alteraccedilotildees foram

de natureza orgacircnica o plano foi

todo reestruturadordquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoNatildeo estava caacute As pessoas que

estavam caacute na altura das enxurradas

do Porto Judeu jaacute ningueacutem se

encontra na Cacircmara neste

momentordquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoSim damos formaccedilatildeo agraves

instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do

que eacute decido no conselho de

proteccedilatildeo civil dependendo das

necessidades que os proacuteprios

detectam na formaccedilatildeo ministrada

tiveram presentes mais de 20

instituiccedilotildeesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIV

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoSim satildeo realizadas acotildees usamos a

internet e panfletos semestralmente

satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de

sensibilizar as pessoas contudo a

proteccedilatildeo civil eacute quem desenvolve

mais este papel esta faz

sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo

Simulacros

Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim anualmente realizamos um

simulacrordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquoSim acho importante o trabalho das

equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

neste tipo de situaccedilotildees relativamente

a duas aacutereas levantamentos de

natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

A Acccedilatildeo Social desempenha um

papel muito importante quer no

encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas

decisotildeesrdquo

Orccedilamento camaraacuterio

Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim temos uma verba para estas

situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute

necessaacuteriordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoSim temos a atuaccedilatildeo deles faz

parte delesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXV

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME na Agualva

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoSim foi instalado na Sociedade

Filarmoacutenica da Agualva o comando

do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo

Civilrdquo

ldquoNuma primeira fase foi feito do

diagnostico do impacto da cataacutestrofe

(hellip) Numa segunda fase ativamos o

plano de evacuaccedilatildeo (hellip)

Por uacuteltimo procedemos agrave ativaccedilatildeo

do serviccedilo de apoio social que se

instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confecionadas e

distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui

funcionava o gabinete de apoio

psicoloacutegico levantamento de perdas

acompanhamento a famiacuteliasrdquo

ldquoO principal problema foi as

dificuldades de acessibilidade agrave

residecircncia das pessoas (hellip) houve

situaccedilotildees que as pessoas natildeo

conseguiam sair de casa porque

tinham um buraco de 2m de

profundidade agrave sua porta outra

dificuldade foi garantir a seguranccedila

das pessoas que eram evacuadas de

casardquo

ldquoNatildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito

foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da

situaccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo posso dizer-

lhe que em menos de 30 dias jaacute

tiacutenhamos todas as obras

adjudicadasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVI

Plano de emergecircncia (cont)

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo da Agualva

ldquoNatildeo a forma como o plano foi

feito determinou o sucesso da nossa

accedilatildeo (hellip)rdquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoEacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo

houve a miacutenima dificuldade de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os

diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

e Instituiccedilotildees (hellip) por exemplo

nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os

recursos existentes em cada

Freguesia para fazer face a este tipo

de situaccedilotildeesrdquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as

instituiccedilotildees tem participado nos

simulacros que fazemos ou seja

acaba por ser uma formaccedilatildeo mas

natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram

presentes 11 a 20 Instituiccedilotildees os

simulacros satildeo realizados duas vezes

por anordquo

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoOs puacuteblicos-alvo tecircm sido crianccedilas

jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute

feita atraveacutes na internet panfletos

usamos muito

os panfletos palestras os nossos

teacutecnicos dirigem-se as escolas lares

para fazer as palestras todas estas

atividades satildeo feitas duas vezes por

anordquo

Simulacros Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim duas vezes por anordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquo(hellip)Eles dispotildeem de competecircncias

teacutecnicas e praticas para intervir neste

tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do

apoio social eacute feita toda ela pelos

teacutecnicos sociais satildeo eles que

elaboram os processos das famiacutelias

aplicam os inqueacuteritos para saber

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVII

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (cont)

quais os danos sofridos pela famiacutelia

Articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees

publicas (hellip)rdquo

Orccedilamento camaraacuterio Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim a verba destina-se

essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoRealojamento de pessoas

inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas

logiacutestica nas refeiccedilotildees apoio na aacuterea

humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico

(hellip)rdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXVIII

Analise Conteuacutedo ndash Teacutecnicos Sociais

Categoria Subcategoria Analise Conteuacutedo

Plano de

Emergecircncia

Conhecimento do

plano de emergecircncia

- Sim (E3E4E5E12)

-Natildeo (E1E2E6E7E8E9E10E11E13E14E15E16E17E18)

A Instituiccedilatildeo integra

o Plano de

Emergecircncia

-Sim

(E1E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

Funccedilotildees e tarefas da

Instituiccedilatildeo no

acircmbito Plano de

Emergecircncia

ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo sabemos ao

certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo (E1E2)

ldquo Esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves funccedilotildees e

tarefas da instituiccedilatildeo no PEMrdquo (E3E4E5)

ldquo Natildeo sei nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel

que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto ldquo (E6)

ldquo Natildeo sei as funccedilotildees ldquo (E7 E8E10E11E15E16E17E18)

ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilatildeo de crise ldquo (E14 E9E12)

ldquo Articulaccedilatildeo com outras entidades ldquo (E13E14)

ldquo As funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo

com outras entidades e realojamentosrdquo (E13)

Equipas de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Integraccedilatildeo dos

teacutecnicos em equipas

de intervenccedilatildeo

psicossocial

- Natildeo (E1E2E6E7 E8E9E11E12E13E14E15E16E17E18)

- Sim (E3E4E5E10E11)

ldquo Esta equipa encontra-se tambeacutem em reestruturaccedilatildeo ldquo (E3E4E5)

ldquoA Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca

foi formada quando acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os

teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSArdquo (E9)

ldquo Natildeo existe equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas quando

acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas ldquo (E7)

ldquoNatildeo existe uma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8

E9E13E11)

ldquo A equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especificas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquo (E10)

ldquo O superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer

parte da equipa ldquo (E11E12)

ldquoQuando foi da Agualva tivemos que reunir de urgecircncia ldquo (E14)

ldquoSomos chamados consoante as necessidades da proteccedilatildeo civil ldquo (E13)

ldquo (hellip) Equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervirhelliprdquo (E11)

ldquo (hellip)natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircnciahellip

(E14)

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXIX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Nordm de teacutecnicos com

formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional

Com formaccedilatildeo ndash (E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13)

Sem formaccedilatildeo ndash (E1E2E14E15E16E17E18)

ldquo Tirei esta formaccedilatildeo haacute menos de um anordquo (E5 E6)

ldquoJaacute tirei esta formaccedilatildeo haacute mais de 2 anosrdquo (E3E4E8E10E12E14)

ldquoTirei entre 1 ano a dois anosrdquo (E7E11E9 E13)

ldquoA formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas tirei o primeiro

moacutedulordquo (E7 E8E11)

Sim (E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

E16 E17 E18)

ldquo A formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de Novos conhecimentos ldquo

(E1E2E3E4E5E6)

ldquoCom formaccedilatildeo deixamos de agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de

forma mais racionalrdquo (E3)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante pois ensina-nos a gerir as situaccedilotildees de stressrdquo

(E12)

ldquo A formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos

fazer na altura ldquo (E7E10E12)

ldquoFicamos melhor preparados para agir em situaccedilotildees de crise ldquo

(E3E2E15)

ldquo No meu caso a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no

que agraves questotildees do stress traumaacutetico diz respeito ldquo (E6)

ldquo A formaccedilatildeo nesta aacuterea eacute um complemento agrave nossa formaccedilatildeo de base ldquo

(E5)

ldquo Adequar os procedimentos e nossa intervenccedilatildeo as necessidades

daquele momento ldquo (E8E16)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas

como as entidades a envolver no encaminhamento das situaccedilotildees ldquo (E9)

ldquo A formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir

sem esta muitas vezes podemos provocar ainda mais o caos (hellip) soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para

frequentarmos o niacutevel II e III mas natildeo foi aceite) ldquo (E10)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas na

Agualva natildeo tiacutenhamos nada atualmente jaacute temos ferramentas de

trabalho como uma base de dados (hellip) na Agualva tivemos que

construir tudo (hellip) se tiveacutessemos uma equipa formada era mais faacutecil

intervir (hellip) Gostava de ter frequentado o segundo moacutedulo mas natildeo foi

possiacutevel (hellip)rdquo (E11)

ldquoEm situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo

eacute adaptado em situaccedilatildeo de emergecircncia ldquo( E14)-

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e para

darmos uma resposta eficaz e organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeordquo

(E13E14)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

LXXX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (cont)

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional (cont)

ldquo A formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio agraves pessoasrdquo

(E17E18)

Simulacros

Participaccedilatildeo dos

Teacutecnicos em

simulacros

Natildeo participou ndash (E1E2E3E4E6E8E10E15E16E17E18)

Participou ndash (E5E7E9E13E14E11E12)

ldquoParticipei num simulacro haacute mais de 2 anos ldquo

(E5E7E9E13E14E11E12)

Normativos

Internos

As instituiccedilotildees

dispotildeem de

normativos internos

para situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim (E1 E2 E3E4E5E7E8E14)

Natildeo Sabe (E10 E11E13)

ldquoNatildeo dispondo a minha instituiccedilatildeo de normativos internos penso que

estes seriam uma mais-valia na medida em que iriam fazer com que

existisse mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta melhor organizaccedilatildeo na

resposta e melhor coordenaccedilatildeo na ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe ldquo (E6E9E12E15E16E17E18)

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

Participaccedilatildeo dos

teacutecnicos em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Funccedilotildees

desempenhadas

pelos teacutecnicos em

situaccedilatildeo efetiva de

cataacutestrofe

Sim ndash (E3 E5E7E8E9E10E11E12E13E14E15E17E18)

Natildeo ndash (E1E2E3E4E6E16)-

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe na ilha das Flores aqui

na Terceira estive na freguesia da Agualva e no Porto-Judeu nas 3

situaccedilotildees tiacutenhamos como funccedilatildeo acalmar as pessoas apoiar o presidente

da Camara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos

levantamento das necessidades a niacutevel habitacional e estaacutevamos

tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacuteliasrdquo (E3)

ldquoJaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no terreno

estava na retaguarda a fazer trabalho de back office ldquo (E5)

ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento de necessidades imediatas e

retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e proteccedilatildeo civil

que se encontrava num local isoladohelliprdquo (E8)

ldquo Levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras

entidadesrdquo (E9E10E11E13E14)

ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos

atendimento direto agraves pessoas ldquo (E10E14)

ldquoFizemos um pouco de tudo (hellip) levamos agua medicamentos roupa e

alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estive na construccedilatildeo de base de dados e

fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11)

ldquo A minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois a chefe de

divisatildeo natildeo estava na altura e assumi o papel dela ldquo (E12)

ldquoApoio Psicossocialrdquo (E7E13E9)

ldquo Fomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo

esteve presente natildeo sabia o que fazer as 22h00 andava a pedir seringas

e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave

casa da senhora que era de difiacutecil acesso ldquo (E13)

ldquo Averiguar as situaccedilotildees no terreno e realojar pessoas ldquo (E15 E17E18)

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXXI

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

(cont)

Dificuldades

Encontradas no

Terreno em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Tipo de intervenccedilatildeo

realizada

Falta de formaccedilatildeo (E1E2E5E7E8E10E11E15)

Falta de informaccedilatildeo ndash( E1E2E5E15)

Falta de coordenaccedilatildeo (E3E7E8E9E10E11E12E13E15)

Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (E10E9 E12)

Dificuldades em gerir as emoccedilotildees (E1E3E9 E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E9)

Natildeo ter participado num simulacro (E3E10E15E11)

Natildeo ter funccedilotildees atribuiacutedas (hellip) as funccedilotildees foram atribuiacutedas no terreno

(E1E11E14E15)

Dificuldades em identificar as equipas no terreno (E1E9E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E12)

Dificuldade em gerir as emoccedilotildees (E9)

ldquoDificuldades em trabalhar em equipa mas com outras entidadesrdquo

(E17E18)-

Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E4E6)

ldquo Outra das dificuldades no terreno eacute a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis

de quem esta a intervir natildeo estavam definidos (hellip) natildeo havia nada

preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na

Agualva pois e intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo

mas as coisas melhoraram bastante ldquo (E7E8)

ldquoPara mim as maiores dificuldades foram lidar com stress e com a

inexperiecircncia neste tipo de intervenccedilatildeo (hellip) a Caritas estava muito bem

organizadardquo (E14)

Apoio psicoloacutegico ndash (E7 E10E11E12E13E14)

Apoio Alimentar ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Vestuaacuterio ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Habitaccedilatildeo Alojamento ndash (E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14

E15 E16 E17 E18)

Apoio Sauacutede ndash (E8E9E10E11E12E14)

Preparaccedilatildeo dos

AS para trabalhar

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Fatores associados agrave

falta de preparaccedilatildeo

Natildeo - (E1E2E3E4E5E6E8E9E10E11E15E16E17E18)

Sim ndash (E7E12E13E14)

-Falta de Formaccedilatildeo (E2E3E8E9E10E11E15E16E17E18)

-Falta de participaccedilatildeo em simulacrosrdquo (E1E8E10)

-Falta de informaccedilatildeo (E6E10E11E15E16E17E18)

-Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E3 E6 E9 E11 E15 E16

E17 E18)

ldquoA participaccedilatildeo em simulacros eacute fulcral para o aperfeiccediloamento da

nossa praacutetica profissional ldquo (E5)

ldquo A falta de preparaccedilatildeo na minha opiniatildeo esta relacionada com todos os

itens que apresenta tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica

deveria contemplar um moacutedulo que falasse exatamente desta aacuterea pois

seria uma mais-valia pois assim a nossa intervenccedilatildeo seria muito mais

eficaz ldquo (E4)

ldquo (hellip) Em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias ser

termos formaccedilatildeo especifica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute

essencial para adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeordquo(E9)

ldquo A equipa jaacute devia estar formada natildeo devia ser formada na altura natildeo

deve ser na hora do acontecimento que nos diz vai para o terrenordquo (E8)

Modelo de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Fases do modelo

ldquoConcordo com o modelo e natildeo proponho nenhuma alteraccedilatildeo ao

modelordquo( E1

E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

ldquonunca tive um modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas

situaccedilotildees que intervim passei por algumas destas fasesrdquo(E3)

ldquo (hellip)Ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeordquo(E4)

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LXXXII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente do SRPCBA

Categoria Sub-categoria Analise Conteuacutedo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da equipa

Funccedilotildees da Equipa

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial

Preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

ldquoA PC dispotildee de uma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se

encontra organizada jaacute fizemos 3

cursos niacutevel 1 2 e 3 a equipa natildeo

se formou porque depende de vaacuterios

organismos devido a isto natildeo esta

organizada posso dizer-lhe que

assinamos um protocolo com a

ordem dos psicoacutelogos para formar

uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

temos 50 teacutecnicos formados os

cursos normalmente tinham 12

teacutecnicos psicoacutelogos Assistentes

Sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por

teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os

Psicoacutelogos vamos buscar ao Centro

de Sauacutede e os Assistentes Sociais ao

ISSrdquo

ldquoPrimeiro sempre a intervenccedilatildeo do

socorro e salvamento as funccedilotildees

passam essencialmente na aacuterea da

habitaccedilatildeordquo

ldquoSim acho importante o contributo

das equipas neste tipo de situaccedilotildees

em toda a sua dimensatildeo na fase da

recuperaccedilatildeo tem um papel

preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e

alimentaccedilatildeordquo

ldquoCom formaccedilatildeo adequada penso

que se encontram preparados posso

dizer-lhe que na uacuteltima situaccedilatildeo de

cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos

foi bastante positivardquo

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LXXXIII

Formaccedilatildeo

Nordm de teacutecnicos com formaccedilatildeo

ldquoSim todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos

50 teacutecnicos formadosrdquo

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoAs equipas costumam participar em

simulacros o ultimo simulacro no

qual participaram foi em Junho na

Ilha de Satildeo Miguel ldquo Touro

152rdquo(hellip)rdquo

Proteccedilatildeo Civil Ilha Terceira

Meios disponibilizados pela PC em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Organizaccedilatildeo da intervenccedilatildeo em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Realizaccedilatildeo de Simulacros

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

ldquoCorpo de bombeiros

PSP

Obras Publicas

Tendas para desalojados

Pavilhotildees

Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo

Na Agualva natildeo estava caacute no Porto

Judeu foi essencialmente o trabalho

em rede usaram a casa do povo foi

aqui que fizeram tudo os

desalojados foram realojados em

casa dos familiaresrdquo

ldquoApoacutes as enxurradas do Porto Judeu

natildeo houve a necessidade de

reorganizar e estruturar a nossa

intervenccedilatildeordquo

ldquoRealizamos simulacros anualmente

as equipas de intervenccedilatildeo

psicossocial satildeo sempre chamadas

para a participaccedilatildeo em simulacrosrdquo

ldquoSim realizamos os meios utilizados

satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos

proteccedilatildeo civil + de 65 onde

realizamos accediloes nos lares de

terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de proteccedilatildeo civil

este projeto desenvolve-se a niacutevel

das escolas estas accediloes satildeo feitas

anualmenterdquo

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LXXXIV

Apecircndice nordm 4

(Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em

Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe)

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LXXXV

Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXXVI

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

Page 2: A GESTÃO DO SOCORRO EM SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE NA …§ão... · Florbela Romeira Reis – A Gestão do Socorro em Situação de Catástrofe na Ilha Terceira – O Papel do Serviço

FLORBELA ROMEIRA REIS

A GESTAtildeO DO SOCORRO EM SITUACcedilAtildeO DE

CATAacuteSTROFE NA ILHA TERCEIRA ndash O PAPEL

DO SERVICcedilO SOCIAL NAS EQUIPAS DE

INTERVENCcedilAtildeO PSICOSSOCIAL

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia

Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

Lisboa

2015

Dissertaccedilatildeo defendida em provas puacuteblicas na

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e

Tecnologias no dia 12 de maio de 2016 perante o juacuteri

nomeado pelo Despacho de Nomeaccedilatildeo nordm 1582016 de

5 de abril de 2016 com a seguinte composiccedilatildeo

Presidente

Profordf Doutora Aida Ferreira

Arguente

Profordf Doutora Maria Irene Carvalho

Orientador

Prof Doutor Antoacutenio Amaro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

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Epiacutegrafe

Ao niacutevel mais dramaacutetico as atividades

humanas estatildeo a alterar o equiliacutebrio do planeta interferindo como

nunca na atmosfera oceanos camadas de gelo polares florestas

estes satildeo os pilares naturais que fazem deste um planeta habitaacutevel

Kofi Annan

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Agradecimentos

Agradecerhellipmostrar gratidatildeo porhellipconfessar-se gratohellip

Num trabalho de iacutendole acadeacutemico o esforccedilo e a perspicaacutecia satildeo fatores favoraacuteveis agrave

concretizaccedilatildeo do mesmo

Por isso natildeo posso menosprezar nem deixar de agradecer a todos aqueles que direta

ou indiretamente contribuiacuteram para a sua concretizaccedilatildeo

Agrave invasatildeo de uma vontade de retribuir a todos os que me ensinaram ajudaram e

apoiaram eacute gigantesca Assim desejo expressar os meus mais sinceros agradecimentos

Ao Professor Doutor Antoacutenio Amaro todo o apoio e disponibilidade que me

concedeu bem como as sugestotildees dadas em cada orientaccedilatildeo as suas criacuteticas construtivas que

em muito me ajudaram a refletir tornando realizaacuteveis os primeiros passos de uma longa

caminhada na busca de um sonho

Agrave Caacuteritas da Ilha Terceira especialmente agrave minha Coordenadora Diana Costa que

muitas vezes ficou sobrecarregada de trabalho soacute assim foi possiacutevel deslocar ndash me a Lisboa

Aos Teacutecnicos Sociais Presidentes de Cacircmara Coordenadora do ISSA do Nuacutecleo de

Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo Presidente do SRPCBA (Serviccedilo de Proteccedilatildeo Civil dos

Accedilores) e Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo

obrigada por terem tornado esta investigaccedilatildeo possiacutevel

Aos meus colegas de Mestrado especialmente ao Joatildeo Cordeiro agradeccedilo o amparo e

a forccedila nesta partilha de anguacutestias e preocupaccedilotildees

A concretizaccedilatildeo deste sonho deve-se tambeacutem a uma pessoa muito especial agrave minha

madrinha Ana Maria a ldquopensatildeo estrelinhardquo estava sempre pronta para me receber mesmo nos

momentos mais difiacuteceis quando aquele sarcoma maldito assolou as nossas vidas

Agradeccedilo agrave minha famiacutelia e amigos pela forccedila e apoio incondicional que sempre me

deram natildeo soacute neste ano bem como nos anteriores

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Arlindo Brito companheiro de longa data obrigada por acreditares em mim todas as

vitoacuterias que alcanccedilo satildeo por isso tambeacutem tuas obrigada por tudo a concretizaccedilatildeo de mais um

sonho natildeo seria possiacutevel sem a tua ajuda

Agrave famiacutelia agrave amizade agrave cumplicidadehellip

A todos muito obrigada

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Resumo

Com os novos desafios emergentes surgem novos riscos que levam cada vez mais ao

confronto com acontecimentos traacutegicos que pela sua natureza e magnitude afetam a nossa

forma de viver o presente e pensar o futuro Muito embora na lei de bases da Autoridade

Nacional da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm27 de 2006 natildeo seja aprofundado o papel e a importacircncia

da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe dando-se uma maior importacircncia

agraves questotildees do socorro e salvamento natildeo podemos esquecer que aliada a esta vem a

intervenccedilatildeo social e neste sentido necessitamos cada vez mais especializar teacutecnicos nestas

aacutereas nomeadamente Assistentes Sociais pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo eficaz

e eficiente

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira a metodologia integrada

nesta investigaccedilatildeo utilizou instrumentos de cariz qualitativo pesquisa e anaacutelise documental

pesquisa bibliograacutefica e entrevistas estas foram agraves bases metodoloacutegicas fundamentais para

responder aos objetivos desta investigaccedilatildeo

Neste contexto foram aplicadas entrevistas aos teacutecnicos sociais que fazem parte das

instituiccedilotildees que compotildeem o PME (Plano Municipal de Emergecircncia) aos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria Presidente do SRPCBA (Serviccedilo Regional

Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros Accedilores) e agrave Coordenadora do Nuacutecleo Accedilatildeo Social de Angra do

Heroiacutesmo

Da anaacutelise dos resultados concluiu-se que a maior parte dos teacutecnicos entrevistados

natildeo possui formaccedilatildeo especiacutefica na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a Equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira natildeo se encontra organizada as funccedilotildees

desempenhadas pelos Assistentes Sociais em situaccedilotildees de cataacutestrofe incidem essencialmente

no levantamento de necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades as maiores dificuldades

encontradas no terreno pelos Assistentes Sociais em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe remetem agrave

falta de coordenaccedilatildeo falta de formaccedilatildeo e funccedilotildees natildeo atribuiacutedas

Palavras-chave Sociedade de Risco e Riscos Desastres e Cataacutestrofes Proteccedilatildeo

Civil e Serviccedilo Social

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Abstract

With new challenges emerging new risks emerge they are leading increasingly to

confront with the tragic events which by their nature and magnitude affect the way we live

the present and think about the future Although the basic law of Civil Protection National

Authority 2006 Law nordm 27 is not in-depth the role and importance of Social Services

intervention in disaster situations giving a greater importance to issues of relief and rescue

we can not forget that this is combined with social intervention and in this sense we need to

increasingly specialize in these technical areas including Social Workers because only then

we can do an effective and efficient intervention

This work main objective is to know the role of the social worker in Psychosocial

Intervention Teams in Terceira Island the integrated methodology in this research used

qualitative instruments search and documents analyse literature review and interviews these

were the fundamental methodological bases to meet the objectives of this research

In this context interviews were applied to social workers who are part of the

institutions that integrate the MEP (Municipal Emergency Plan) to the Mayors of Angra do

Heroiacutesmo and Praia da Vitoacuteria Chairman of RCFPA (Regional Civil Service and Fire

Protection of Azores) and Coordinator of Social Work of Angra do Heroiacutesmo

Analyzing the results it is concluded that the majority of respondents do not have

specific technical training in the area of intervention in disaster situation Psychosocial

Intervention Team in Terceira Island is not at this moment organized the functions performed

by social workers in disaster situations essentially focus on needs of assessment and

coordination with other entities the major difficulties faced by social workers in real disaster

situations refer to the lack of coordination lack of training and functions not assigned

Keywords Risk Society and Risks Disasters and Catastrophes Civil Protection

Social Work

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Iacutendice Geral

Agradecimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 2

Resumo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 4

Abstract helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 5

Iacutendice de Figuras helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 8

Iacutendice de Quadros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Apecircndices helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Abreviaturas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 10

Introduccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 12

Capitulo I ndash Enquadramento Teoacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 15

1 - A Sociedade de Risco e Riscos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 16

2 - Desastres e Cataacutestrofes helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

3 - Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

31- Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphellip 26

32 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 28

321 - Competecircncia para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 30

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

323 - Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 34

324 - Execuccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

3241- Fase da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

3242 - Fase da Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

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325 - Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

328 ndash Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial em

situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

41

Capitulo II ndash Metodologia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 50

1 - Campo Empiacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

11 ndash Sismos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

12 ndash Enxurradas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

13 ndash Ciclones helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

2 - Tipo de Estudo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

3 - Populaccedilatildeo e Amostra helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 55

4 - Instrumentos de Recolha de Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 56

5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 57

51 - Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 58

52 - Procedimentos Eacuteticos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 59

Capitulo III ndash Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

1 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 61

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 63

3 - Dificuldades Encontradas no Terreno helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 64

4 ndash Intervenccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

5 ndash Formaccedilatildeohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 71

6 ndash Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 73

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

8 - Normativos Internos em situaccedilatildeo de cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de cataacutestrofe com a

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Socialhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

76

Conclusotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 78

Bibliografia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 83

Iacutendice de Figuras

Figura 1 ndash Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

Figura 2 - Organizaccedilatildeo do SRBPCA helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 27

Figura 3 - Aacutereas de Atuaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 31

Figura 4 - Implementaccedilatildeo do PCO helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

Figura 5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

Figura 6 - Gravidade da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Figura 7- Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

Figura 8 - Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 41

Figura 9 ndash Mapa da Ilha Terceira helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

Figura 10 - Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

Figura 11 ndash Conhecimento do PME helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 62

Figura 12 ndash Dificuldades Encontradas no Terrenohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 66

Figura 13 ndash Falta de Preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

Figura 14 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphellip 71

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Figura 15 ndash Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo na aacuterea de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 72

Figura 16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 74

Figura 17 ndash Normativos Internos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 76

Iacutendice de Quadros

Quadro 1 ndash Criteacuterios de Ativaccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

Quadro 2 ndash Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 33

Quadro 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphellip 34

Quadro 4 ndash Procedimentos Inerentes ao estado de alerta helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Quadro 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

Quadro 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphellip 39

Quadro 7 ndash Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphellip 48

Quadro 8 - Intervenccedilatildeo Psicossocial com a intervenccedilatildeo do Assistente Social helliphellip 76

Iacutendice de Apecircndices

Apecircndice 1 Guiatildeo de Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip III

Apecircndice2 Transcriccedilatildeo das Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip XXIV

Apecircndice 3 Grelhas de Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip LXIX

Apecircndice 4 Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe LXXXV

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Iacutendice de Abreviaturas

CMAH- Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

CMPC- Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

CMPV- Camara Municipal da Praia Vitoacuteria

CNPC ndash Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

COE ndash Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia

COM ndash Comando Operacional Municipal

COS ndash Comandante de Operaccedilotildees de Socorro

CRED - Centre for Research on the Epidemi ology of Disasters

ISSA- Instituto Seguranccedila Social Accedilores

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial Sauacutede

PC ndash Proteccedilatildeo Civil

PCO ndash Posto de Comando Operacional

PCMAH- Presidente da Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

PCMPV- Presidente da Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

PME- Plano Municipal de Emergecircncia

PMEAH ndash Plano Municipal Emergecircncia de Angra Heroiacutesmo

PMEPV- Plano Municipal de Emergecircncia Praia Vitoacuteria

PREPCA - Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores

RAA ndash Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

SIOPS ndash Sistema Integrado de Operaccedilotildees Proteccedilatildeo de Socorro

SNCP ndash Serviccedilo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

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SMPC ndash Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

SRPCBA ndash Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

UCT ndash Unidade de Comunicaccedilatildeo e Transmissatildeo

UNISDR - United Nations International Strategy for Disaster Reduction

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Introduccedilatildeo

O conceito de sociedade de risco natildeo passa hoje despercebido no nosso dia-a-dia

pois cada vez que lemos um jornal ou vemos um telejornal estamos a viver essa sociedade de

risco pois temos a noccedilatildeo do perigo que eacute viver na nossa eacutepoca

Nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX e iniacutecio do seacuteculo XXI o conceito do risco tem

ocupado um lugar importante no debate dos grandes temas da teoria social poacutes moderna Os

riscos em especial os ambientais e tecnoloacutegicos foram estudados por teoacutericos influentes

como Beck e Giddens (1995) para obter uma explicaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo dos fenoacutemenos que

atravessam a histoacuteria da modernidade

Atualmente temos a noccedilatildeo dos perigos que corremos por via das alteraccedilotildees

climaacuteticas da poluiccedilatildeo produto da radioatividade das centrais nucleares que explodem ou

podem explodir das contaminaccedilotildees alimentares em larga escala das epidemias modernas

tudo isto pode dar origem a desastres naturais Efetivamente nos uacuteltimos anos temos vindo a

assistir a uma seacuterie de sucessivas cataacutestrofes de diferentes naturezas segundo as Naccedilotildees

Unidas nas uacuteltimas deacutecadas o nuacutemero de registos de desastres naturais em vaacuterias partes do

mundo tem vindo a aumentar significativamente e Portugal natildeo tem sido exceccedilatildeo pois

durante as ultimas duas deacutecadas nove em cada dez destes desastres tecircm estado relacionados

com as alteraccedilotildees climaacuteticas e as atuais projeccedilotildees lembram que esta tendecircncia iraacute continuar e

que as cataacutestrofes naturais com o tempo vatildeo tornar-se cada vez mais frequentes

Os desastres podem ocorrer como consequecircncia do impacto de um risco natural ou

causado por atividades antroacutepicas Os riscos naturais incluem fenoacutemenos como terramotos

atividade vulcacircnica deslizamentos de terra maremotos ciclones tropicais e outras

tempestades intensas tornados e ventos fortes inundaccedilotildees fluviais e costeiras incecircndios

florestais tempestades de areia e infestaccedilotildees Os riscos causados por atividades antroacutepicas

podem ser intencionais (como por exemplo a descarga iliacutecita de petroacuteleo) ou acidentais

(como derrame de produtos toacutexicos ou fusatildeo nuclear) todos estes riscos podem ameaccedilar

pessoas e os ecossistemas (fauna e flora) dando por vezes origem a consequecircncias muito

graves para as comunidades

Segundo a Estrateacutegia Internacional para a Reduccedilatildeo dos Desastres das Naccedilotildees Unidas

durante a uacuteltima deacutecada 4777 desastres naturais fizeram 880 mil mortes afectaram a vida a

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1880 milhotildees de pessoas e provocaram prejuiacutezos na ordem dos 685 mil milhotildees de doacutelares

(708 mil milhotildees de euros)

Neste sentido torna-se essencial que as sociedades estejam preparadas e estruturadas

para fazer face a este tipo de situaccedilotildees tanto ao niacutevel de socorro e salvamento como a niacutevel

da intervenccedilatildeo social as situaccedilotildees de crise exigem cada vez mais que as instituiccedilotildees estejam

preparadas para fazer face a estas situaccedilotildees nomeadamente possuiacuterem teacutecnicos especializados

nestas aacutereas como eacute o caso de Assistentes Sociais pois soacute assim poderatildeo realizar uma

intervenccedilatildeo eficaz e de qualidade

Os grandes impactos socioeconoacutemicos causados pelos desastres naturais levaram a

uma mudanccedila na abordagem poliacutetica para lidar com o conceito de risco nas sociedades

modernas a multiplicidade de riscos que nos dias de hoje eacute vivida pelos cidadatildeos tanto a

niacutevel individual como coletivo deve-se constituir tambeacutem objeto de atenccedilatildeo para o Serviccedilo

Social

Assim os profissionais de Serviccedilo Social vecircm-se hoje obrigados a readaptar a sua

metodologia e teacutecnicas de intervenccedilatildeo face aos novos desafios teoacutericos metodoloacutegicos e

teacutecnicos gerados pelas mudanccedilas sociais

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira tendo como objetivos

especiacuteficos

-Compreender o tipo de intervenccedilatildeo que eacute desenvolvida pelo Serviccedilo Social na Ilha

Terceira

-Mostrar como estatildeo organizadas as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial equipas de

intervenccedilatildeo em crise (composiccedilatildeo funccedilotildees formaccedilatildeo)

-Confirmar se os Assistentes Sociais possuem formaccedilatildeo especiacutefica para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

-Verificar se os Assistentes Sociais intervecircm segundo as etapas de intervenccedilatildeo

psicossocial em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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-Enumerar as funccedilotildees concretas desempenhadas pelos Assistentes Sociais quando

ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

-Identificar quais as principais dificuldades com que se confrontam no terreno

quando intervecircm em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe

Residindo na Ilha Terceira a escolha por este tema fica a dever-se natildeo soacute ao facto

de residir numa zona de risco onde a probabilidade de ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe eacute bastante elevada mas tambeacutem pelo facto de jaacute ter desempenhado funccedilotildees como

Assistente Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe sobretudo nas enxurradas do Porto Judeu em

2013 e tendo tido contacto com esta realidade verifiquei que existe falta de preparaccedilatildeo por

parte dos teacutecnicos para intervir neste tipo de situaccedilotildees

Por fim outro dos fatores que me levou a optar por esta temaacutetica foi o facto de em

Portugal existir pouca investigaccedilatildeo nesta aacuterea e o presente estudo vai servir ainda de

complemento a outra aacuterea de formaccedilatildeo que detenho a de Teacutecnica Superior de Seguranccedila e

Higiene no Trabalho

O presente trabalho encontra-se estruturado em 3 capiacutetulos o primeiro capiacutetulo

reporta-se ao Enquadramento Teoacuterico onde foram definidos os conceitos orientadores que

serviram de pilar teoacuterico ao longo desta dissertaccedilatildeo O segundo capiacutetulo remete-se agrave

metodologia integrada utilizada nesta investigaccedilatildeo que utilizou instrumentos de cariz

qualitativo pesquisa e anaacutelise documental pesquisa bibliograacutefica e entrevistas a entidades

significativas desta aacuterea

No terceiro capiacutetulo faz-se a apresentaccedilatildeo anaacutelise e discussatildeo dos resultados da

investigaccedilatildeo e por uacuteltimo apresentam-se as conclusotildees finais e bibliografia

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Capitulo I

Enquadramento Teoacuterico

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1 - A Sociedade de Risco e Riscos

A noccedilatildeo de risco tem acompanhado desde sempre a humanidade tendo-se assistido

ao longo dos tempos a uma evoluccedilatildeo dos conceitos

Em termos descritivos a definiccedilatildeo de risco foi ao longo do tempo sendo alvo de um

processo de desambiguaccedilatildeo Profissionais e decisores das mais diversas aacutereas bem como a

comunidade cientiacutefica no domiacutenio de diversas aacutereas tecircm abordado este conceito de forma

aplicada e adaptada agrave sua realidade e aos seus objectos de trabalho O resultado desta praacutetica eacute

a formulaccedilatildeo de diferentes conceitos de risco Por norma o risco encontra-se associado agrave

duacutevida em relaccedilatildeo a acontecimentos futuros de cariz negativo para a Humanidade O risco

ldquopode ser tomado como uma categoria de anaacutelise associada agrave priori agraves noccedilotildees de incerteza

exposiccedilatildeo ao perigo perda e prejuiacutezos materiais econoacutemicos e de vidas humanas em funccedilatildeo

de processos de ordem natural (tais como os processos exoacutegenos e endoacutegenos da Terra) eou

daqueles associados agrave accedilatildeo do Homemrdquo (Castro 20052)

Segundo Covello e Mumpower (1985 citado por Proske 2008) as primeiras

preocupaccedilotildees com risco (embora natildeo fosse tratado com este termo) deveratildeo ter ocorrido em

torno do ano 3200 aC no vale do Tigre-Eufrates onde um grupo denominado Asipu

praticava a anaacutelise e o aconselhamento sobre o risco com base em eventos repetidos e

motivados por forccedilas divinas prestando assim apoio agraves populaccedilotildees locais

A noccedilatildeo de risco mais aproximada agrave actualmente utilizada surgiu no seacuteculo XIV

associada agraves viagens mariacutetimas No seacuteculo XVI o termo ldquorischiordquo comeccedilou a ser utilizado nas

liacutenguas romanas para reportar situaccedilotildees de incerteza (Luhmann1993 citado por Proske

2008) Foi durante este periacuteodo e tambeacutem a partir do seacuteculo XVII que o risco ganhou mais

expressatildeo por intermeacutedio de navegadores portugueses e espanhoacuteis No entanto a

proveniecircncia do termo em si acaba por natildeo ser conhecida com certeza absoluta e Proske

(2008) aponta como possiacuteveis origens o grego com ldquorhiziardquo o persa com ldquorozi(k)rdquo ou ainda

o espanhol e as liacutenguas africanas com o termo ldquoareskrdquo Em comum estes termos tinham o

facto de a vida estar dependente de Deus e de um destino impossiacutevel de controlar e contrariar

Segundo Ewald (1993 citado por Mendes 2002) o risco advinha de um ato de Deus uma

forccedila maior de tal ordem que natildeo poderia ser imputada qualquer responsabilidade ao Homem

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Este uacuteltimo pouco poderia fazer tanto na tentativa de prever futuros eventos como na

tentativa de reduzir o seu impacto

Um contributo na evoluccedilatildeo do conceito do risco foi dado pelo sector da banca ainda

no decorrer do seacuteculo XVII Se nos primoacuterdios da utilizaccedilatildeo deste conceito este apenas

incluiacutea a noccedilatildeo de espaccedilo a partir do momento em que comeccedilou a ser utilizado pelo sistema

bancaacuterio viu ser-lhe vinculada a noccedilatildeo de tempo pois esta uacuteltima era tambeacutem imprescindiacutevel

para determinar provaacuteveis consequecircncias de um dado investimento tanto para os credores

como para os devedores (Giddens2000citado por Mendes 2002)

Em meados da deacutecada de oitenta Ulrich Beck (1992) apresenta o inovador conceito

de ldquoSociedade de Riscordquo para alertar sobre os riscos aos quais as sociedades atuais estatildeo

sujeitas particularmente os riscos de caraacutecter tecnoloacutegico e ambiental Para este autor ldquoa

sociedade de risco significa que vivemos na idade dos efeitos secundaacuterios isto eacute habitamos

um mundo fora de controlo onde nada eacute certo aleacutem da incerteza A novidade desta noccedilatildeo

reside no facto de algumas decisotildees humanas poderem envolver consequecircncias e perigos

globais que natildeo reconhecem fronteirasrdquo (Beck200016)

Mendes (2002) considera tambeacutem que vivemos na ldquosociedade do riscordquo devido agrave

dificuldade em quantificar prevenir e anular os riscos agrave natureza global e sua magnitude

Para Almeida (2002) a sociedade do risco eacute uma designaccedilatildeo que pretende apontar um tipo de

sociedade que estaacute atualmente mais exposta a alteraccedilotildees frequentes e agrave incerteza que eacute mais

exigente mas com menos garantias

Para Beck (1992) a caracteriacutestica principal da sociedade de risco eacute que as inovaccedilotildees

tecnoloacutegicas e organizacionais da sociedade moderna tambeacutem acarretaram efeitos colaterais

negativos cada vez mais complexos e imprevisiacuteveis e alguns deles incontrolaacuteveis Uma

parte dos riscos contemporacircneos escaparam do controle do sistema convencional das

instituiccedilotildees da era industrial ldquoO Estado-naccedilatildeo natildeo consegue mais regular os riscos de alta

complexidade principalmente aqueles que tecircm uma espacialidade e uma temporalidade que

vatildeo aleacutem das fronteiras geopoliacuteticas nacionaisrdquo (Beck 1995 210)

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Para Beck alguns dos novos riscos deixaram de poder ser pensados enquanto

fenoacutemenos locais circunscritos a uma determinada aacuterea ou situaccedilatildeo visto que assumiram um

caraacutecter global

O tipo de riscos que temos nas sociedades de hoje difere dos do passado na medida

em que hoje eles satildeo potencialmente ilimitados seja geograficamente (na medida em que os

perigos satildeo globalizados natildeo se limitando ao seu espaccedilo de origem ndash a sociedade de risco eacute

mundial) seja em termos de tempo seja ainda no alcance dos seus danos que podem

perpetuar ndash se por geraccedilotildees ldquoO risco atinge tudo sem distinccedilatildeo de classe eacute democraacutetico

incalculaacutevel (as consequecircncias desconhecidas indesejadas tornam-se uma forccedila dominante na

historia e na sociedade)rdquo (Silveirinha 2007 citado por Amaro 201253)

Hoje os riscos estatildeo em todos os lugares em outros contextos histoacutericos inclusive

em seacuteculos passados a experiecircncia dos riscos nunca foi tatildeo abrangente e profunda como tecircm

sido nas uacuteltimas deacutecadas As situaccedilotildees de risco atuais satildeo portanto quantitativas e

qualitativamente distintas das formas anteriores de risco As mudanccedilas estatildeo acontecendo

cada vez mais raacutepidas e em maior grau e intensidade As mudanccedilas geram situaccedilotildees novas em

que ningueacutem parece ter o controlo A incerteza passou a ser uma caracteriacutestica marcante da

nossa eacutepoca

Na linha de pensamento de Giddens (2012) a ideia de risco andou sempre associada

agrave modernidade mas na eacutepoca atual assume uma importacircncia nova e peculiar O risco era

considerado como um meio de regular o futuro de o normalizar e de o colocar sob o nosso

domiacutenio no entanto as coisas natildeo se passaram assim As tentativas que fazemos para

controlar o futuro acabam por se voltar contra noacutes forccedilando-nos a procurar novas formas de

viver com a incerteza

No presente noacutes natildeo sabemos se vivemos num mundo mais arriscado do que as

geraccedilotildees passadas o problema natildeo esta situado na ldquoquantidaderdquo do risco a grande diferenccedila

histoacuterica entre o passado e o presente eacute que hoje sabemos ser impossiacutevel controlar as

consequecircncias de algumas decisotildees civilizacionais Eacute neste contexto que Beck e Giddens

utilizam o termo incertezas fabricadas

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Giddens (2012) faz a distinccedilatildeo entre dois tipos de risco o risco exterior e o risco

criado

Riscos Externos - Ateacute uma eacutepoca muito recente as sociedades humanas estavam sob

ameaccedila de riscos externos isto eacute que tecircm origem no mundo natural e natildeo estatildeo relacionados

com a accedilatildeo do homem os perigos advecircm secas terramotos tempestades e fome

Riscos Criados - Riscos que resultam do impacto da accedilatildeo do nosso saber e da

tecnologia sobre o mundo natural

Segundo Giddens (2012) no passado a sociedade preocupava ndash se mais com o risco

exterior como resultado de fenoacutemenos impostos pela natureza como secas pragas ou maacutes

colheitas Actualmente a preocupaccedilatildeo recai natildeo apenas neste mas tambeacutem no risco

provocado remetendo para o impacto que o desenvolvimento tecnoloacutegico tem sobre o

ambiente

Na linha de pensamento de (Zecirczere Ferreira amp Rodrigues1999) recorrendo a

conceitos matemaacuteticos o risco eacute entendido como a probabilidade de ocorrecircncia de um efeito

especiacutefico causador de danos graves agrave Humanidade eou ao ambiente num determinado

periacuteodo e em circunstacircncias determinadas Segundo o mesmo autor e numa clara alusatildeo agrave

importacircncia do conceito de risco para a gestatildeo do mesmo ldquoo risco exprime a possibilidade de

ocorrecircncia e a respectiva quantificaccedilatildeo em termos de custos de consequecircncias gravosas

econoacutemicas ou mesmo para a seguranccedila das pessoas em resultado do desencadeamento de

um fenoacutemeno natural ou induzido pela atividade antroacutepicardquo (Zecirczere et al19993) Agrave luz da

variedade de definiccedilotildees existentes pode ainda o risco ser encarado como ldquoa probabilidade de

ocorrecircncia de um processo (ou acccedilatildeo) perigoso e respectiva estimativa das suas consequecircncias

sobre pessoas bens ou ambiente expressas em danos corporais eou prejuiacutezos materiais e

funcionais diretos ou indiretosrdquo (Juliatildeo 200922)

ldquo A noccedilatildeo de risco mais vulgarizada tem a ver com o ldquoperigo que se correrdquo isto eacute

em linhas gerais risco eacute a probabilidade de ocorrecircncia de um perigordquo (Lourenccedilo 2003citado

por Amaro 201254)

Na oacuteptica de Ribeiro (1995) o risco eacute caracterizado pela ameaccedila que causa ou que eacute

sentida pela sociedade face a determinada situaccedilatildeo de rutura Resulta da probabilidade de

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desencadear um fenoacutemeno de ruptura e do grau de impacto associado aos efeitos que

previsivelmente produza no sistema social

De forma integrada ldquoo risco pretende caracterizar a possibilidade de ocorrecircncia de

perturbaccedilotildees que alterem o estado de seguranccedila existente ou previsto e que provoquem os

correspondentes danosrdquo (Amaro 201254)

Na perspectiva de Herculano (2009) a compreensatildeo da dimensatildeo do risco eacute

fundamental Importa conhecer como este se manifesta atraveacutes de que processos quais os

agentes e quais os impactos para que assim a intervenccedilatildeo seja a mais adequada agrave situaccedilatildeo No

entanto o mesmo autor refere ainda que se cada grupo de riscos for considerado

isoladamente tambeacutem eacute possiacutevel agrupar esses mesmos grupos e assim constituiacuterem-se novos

ramos ou sub-ramos de riscos tais como ldquoos riscos naturo-sociais tecno-sociais tecno-

naturais ou entatildeo e porque natildeo o grupo dos riscos soacutecio-ambientais ou naturo-tecno- sociais

na medida em que determinado risco natural se desencadeie por vulnerabilidade a

determinado risco tecnoloacutegico e cujas repercussotildees se verifiquem sobre as sociedadesrdquo

(Herculano 2009 1-2)

Para Douglas o risco eacute uma ldquoteacutecnica moderna de avaliar o perigo em termos de

probabilidade (hellip) e incertezardquo (Rebelo1992 citado por Herculano 20093) Por sua vez

Giddens (1987) considera o risco como aquilo que existe em situaccedilotildees de perigo hoje em dia

enfrenta- se perigos decorrentes de uma incerteza fabricada (produzida pela teacutecnica e pela

ciecircncia modernas) Herculano (2009) menciona que seraacute mais adequado falar de perigos

quando os danos ou perdas estatildeo relacionados com causas fora do proacuteprio controlo Deve-se

falar em riscos quando os possiacuteveis danos satildeo consequecircncia da proacutepria decisatildeo

Independentemente de se poder defender que a teoria do risco estaacute desde sempre

presente na conceptualizaccedilatildeo dos conceitos de perigo e de risco todavia para Rebelo existem

trecircs conceitos que vivem em torno da organizaccedilatildeo desta teoria risco perigo e crise Uma vez

que para este autor ldquoO risco pressupotildee um sistema de processos que o determinam e o

analisam que o perigo pressupotildee um conjunto de percepccedilotildees e de reacccedilotildees de acordo com a

sua evoluccedilatildeo e a manifestaccedilatildeo da crise deve ter presente uma planificaccedilatildeo global dos riscos e

integral dos recursos essenciais agrave sua gestatildeordquo (Rebelo 1999 citado por Herculano 20093-

4)

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A aproximaccedilatildeo ao fim do uacuteltimo mileacutenio intensificou as preocupaccedilotildees relativas ao

risco natildeo apenas pela comunidade cientiacutefica mas pelo puacuteblico em geral criando a ideia de

que a qualquer momento pode ocorrer um evento negativo provocando rupturas de diversos

niacuteveis e desorientaccedilatildeo geral Segundo Beck (1992como citado em Mendes 2002) todas as

alteraccedilotildees na natureza do risco tornaram-no mais globalizado menos identificaacutevel e com

consequecircncias mais graves criando ansiedade na populaccedilatildeo Este estado de maior alerta e

apreensatildeo face ao risco eacute motivo por parte desta a uma maior solicitaccedilatildeo a quem compete

trabalhar no sentido de prever e avisar para as situaccedilotildees de risco A prevenccedilatildeo quando

devidamente justificada pode constituir a diferenccedila entre o agravamento do risco ou a sua

atenuaccedilatildeo Conforme Mendes (2002) a incerteza associada ao risco cria por vezes situaccedilotildees

de alarmismo e por outras situaccedilotildees de ocultaccedilatildeo de factos ldquoQuando o risco eacute considerado

elevado e muito divulgado e posteriormente se constata que os impactos foram miacutenimos os

envolvidos no processo de prevenccedilatildeo satildeo considerados alarmistas mas quando esse risco natildeo

eacute devidamente acautelado e posteriormente ocorrem situaccedilotildees graves os mesmos satildeo

acusados de menosprezar o risco e de descuido no processo de preparaccedilatildeo para o enfrentarrdquo

(Mendes 20023)

2 - Desastres ou Cataacutestrofes

Os desastres naturais representam um conjunto de fenoacutemenos que fazem parte da

geodinacircmica terrestre portante da natureza do planeta quando ocorrem podem acarretar

consequecircncias catastroacuteficas para o ser-humano

A partir deacutecada de 80 comeccedilou a dar-se um aumento gradual dos prejuiacutezos

econoacutemicos com origem na destruiccedilatildeo provocada por desastres naturais tendo a deacutecada de

1990 marcado a entrada num novo patamar com os valores dos prejuiacutezos a dispararem para

valores nunca antes vistos Terramotos tsunamis ou grandes tempestades em aacutereas fortemente

desenvolvidas e povoadas foram o motor para os elevados prejuiacutezos verificados

Recentemente em 2011 assistiu-se a um valor recorde estimado em 3661 mil milhotildees de

doacutelares (danos provocados pelo terramoto e tsunami que atingiram o Japatildeo) suplantando o

valor atingido em 2005 na ordem dos 2468 mil milhotildees de doacutelares (prejuiacutezos resultantes da

passagem do furacatildeo Katrina na costa leste dos Estados Unidos da Ameacuterica (Guha-sapir Vos

Below amp Ponserre2011)

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Em Portugal as cataacutestrofes da uacuteltima deacutecada foram maioritariamente de origem

natural nomeadamente cheias tufotildees e incecircndios florestais Portugal foi considerado pela

Comissatildeo Europeia como o paiacutes europeu mais afectado pelos incecircndios em 2003 com 20

viacutetimas mortais e com um nuacutemero recorde de 390 146 hectares de terreno florestal e mato

ardido durante o ano de 2003 (Livro Branco dos incecircndios florestais 2003) O sismo de 1755

foi considerado a cataacutestrofe mais mortal no nosso paiacutes sendo responsaacutevel por um elevado

nuacutemero de mortes bem como inuacutemeros estragos materiais as cheias na Ilha Madeira a 20 de

Fevereiro de 2010 foi outra das cataacutestrofes que assolou o nosso paiacutes tendo provocado

tambeacutem inuacutemeros prejuiacutezos materiais e ambientais e viacutetimas mortais

No que concerne agrave Ilha Terceira nos uacuteltimos anos a cataacutestrofe que causou mais

estragos foi o sismo de 1980 morreram cerca de 51 pessoas tendo a cidade de Angra do

Heroiacutesmo ficado praticamente destruiacuteda

Nos uacuteltimos 5 anos na Ilha Terceira ocorreram duas situaccedilotildees de cataacutestrofes

nomeadamente as enxurradas da Agualva em Dezembro de 2009 e Porto Judeu em Marccedilo de

2013 estas provocaram inuacutemeros prejuiacutezos materiais apenas nas enxurradas da Agualva

houve uma viacutetima mortal

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) o nuacutemero de cataacutestrofes naturais

aumentou cerca de 100 para cerca de 400 por ano com o continente Africano a ser o mais

castigado nas uacuteltimas trecircs deacutecadas

As consequecircncias das cataacutestrofes estatildeo diretamente associadas a fatores de

vulnerabilidade das sociedades das quais se destacam a densidade populacional o

aquecimento global e as condiccedilotildees precaacuterias de habitabilidade de grandes aglomerados

populacionais Para Serra (2008) um outro fator a considerar eacute a constante imposiccedilatildeo do

homem nos ecossistemas o desrespeito pela natureza e a desresponsabilizaccedilatildeo dos governos

na prevenccedilatildeo das cataacutestrofes o que leva agrave conclusatildeo de que as cataacutestrofes satildeo cada vez menos

naturais pois ateacute mesmo a origem de um tsunami pode ser imputado ao homem que atraveacutes

da sua accedilatildeo exponencia as fragilidades do ecossistema consequentemente aumenta a

probabilidade de cataacutestrofes naturais (p 37- 47)

Segundo Amaro (201223) ldquoas sociedades modernas nomeadamente as mais

desenvolvidas debatem-se hoje com problemas que natildeo sendo novos assumem por vezes

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uma dimensatildeo redobrada porque os riscos cresceram com o acelerado desenvolvimento

tecnoloacutegico e com a expansatildeo de um urbanismo desenfreadordquo

Nesta perspetiva ldquoHoje as questotildees relativas agraves ameaccedilas provenientes das raacutepidas

mudanccedilas climaacuteticas deve ser encarada do mesmo modo que uma verdadeira guerra que natildeo

podemos perder em termos de planeamento coordenaccedilatildeo e execuccedilatildeordquo (Leandro 2007

citado por Amaro 201227)

Vaacuterios autores colocam desastre e cataacutestrofe com um uacutenico significado enquanto

outros apontam diferenccedilas e distinguem-nos

Segundo a UNISDR (200913) um desastre consiste numa ldquoperturbaccedilatildeo seacuteria do

funcionamento de uma comunidade ou sociedade causando perdas humanas materiais

econoacutemicas e ambientais expressivas que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade

em fazer frente agrave situaccedilatildeo com os seus proacuteprios recursosrdquo Em definiccedilotildees propostas pelo

CRED (Centre for Research on the Epidemiology of Disaters) o desastre surge como ldquouma

situaccedilatildeo ou um evento que supera a capacidade local surgindo a necessidade de pedir ajuda

externa seja a niacutevel nacional ou internacional ou um evento imprevisto que causa grandes

danos destruiccedilatildeo e sofrimento humanordquo (Guha-sapir et al 2011)

Numa perspetiva diferente Pine (2008) aborda os desastres mencionando

genericamente as suas causas referindo que satildeo eventos naturais e causados pelo homem que

tecircm um impacto adverso sobre uma comunidade regiatildeo ou naccedilatildeo Os eventos associados a

um desastre podem sobrecarregar os meios de resposta e provocam danos a niacutevel econoacutemico

social e ambiental

Para (Dilley Chen Deichmann Lerner amp Almond 200519) ldquoos desastres naturais

ocorrem quando um nuacutemero elevado de pessoas ou bens satildeo atingidos por fenoacutemenos de

grande severidade provocando feridos mortes prejuiacutezos econoacutemicos danos ou destruiccedilatildeo

total de estruturasrdquo

No contexto da dinacircmica natural do planeta a ocorrecircncia de fenoacutemenos naturais

extremos eacute muito frequente no entanto quando estes eventos atingem comunidades humanas

de forma grave e extensiva tendo como resultados prejuiacutezos materiais e a perda de vidas

humanas assumem as caracteriacutesticas e a dimensatildeo de uma cataacutestrofe

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De acordo com a OMS uma cataacutestrofe eacute considerada ldquo um acontecimento natural ou

provocado pelo homem cujo a ameaccedila pode justificar a necessidade de socorros de

emergecircncia e no qual os grandes danos materiais satildeo acompanhados de traacutegicas perdas de

vidas humanas e grande numero de vitimas invariavelmente feridas com gravidaderdquo

As cataacutestrofes podem acontecer a qualquer momento Carvalho (2009) define-a em

termos sociais fiacutesicos e sanitaacuterios Eacute uma situaccedilatildeo imprevista e repentina atinge uma

populaccedilatildeo de maioria saudaacutevel que passa a vivenciar uma realidade desorganizada ou

disruptiva que desconcerta a sua vida de forma violenta e traumatizante Bandeira e Pinto

(2001 citado por Sousa200716) referem que o contexto de cataacutestrofe eacute baseado em ldquotrecircs

componentes afluxo intenso de vitimas destruiccedilatildeo de ordem material desproporcionalidade

acentuada entre os meios de socorro e as vitimas a socorrerrdquo

De acordo com a Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm 272006 de 3 de Julho artigo

3ordmnordm2 ldquo cataacutestrofe eacute o acidente grave ou serie de acidentes graves suscetiacuteveis de provocarem

elevados prejuiacutezos materiais e eventualmente vitimas afetando intensamente as condiccedilotildees de

vida e o tecido socioeconoacutemico em aacutereas ou na totalidade do territoacuterio nacional ldquo

As diferenccedilas verificadas entre os conceitos de desastre e cataacutestrofe satildeo

particularmente visiacuteveis ao niacutevel da escala do acontecimento onde no segundo caso as

consequecircncias negativas abrangem aacutereas territoriais maiores afetam um maior nuacutemero de

pessoas e bens requerem ajuda externa suplementar envolvem oacutergatildeos e agecircncias estatais e o

tempo de recuperaccedilatildeo eacute mais longo Neste jogo de semelhanccedilasdisparidades entre definiccedilotildees

Oliver (20115) sugere a cataacutestrofe como ldquoum evento que afeta direta ou indiretamente todo

um paiacutes requerendo resposta nacional ou eventualmente internacional ameaccedilando o bem-

estar de um nuacutemero substancial de pessoas por um longo periacuteodo de tempordquo

Tanto os desastres naturais como as cataacutestrofes satildeo tambeacutem causadores de grandes

impactos a niacutevel econoacutemico sendo responsaacuteveis pela destruiccedilatildeo de diversas estruturas

(habitaccedilotildees equipamentos vias entre outros) encerramento de serviccedilos perda de recursos e

suspensatildeo de atividades produtivas como a agricultura e a induacutestria ou ainda a interrupccedilatildeo da

circulaccedilatildeo e quebras na rede de transportes de pessoas e mercadorias No processo de retoma

da normalidade o apoio agraves viacutetimas e a reconstruccedilatildeo das estruturas danificadas tecircm-se

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perfilado nas uacuteltimas deacutecadas como operaccedilotildees mais complexas e dispendiosas agrave medida que

aumenta a dimensatildeo e o niacutevel de desenvolvimento das aacutereas afetadas

Nesta perspetiva ldquoO Tsunami de Dezembro de 2004 que vitimou mais de 250 mil

pessoas o furacatildeo Katrina que arrasou a cidade de Nova Orleatildees e matou perto de 2000

pessoas o sismo do Paquistatildeo no qual faleceram perto 60 mil pessoas o tufatildeo de Myanmar

(soacute para citar alguns dos mais recentes e devastadores) alertaram-nos para uma nova realidade

a que os Estados modernos natildeo podem fechar os olhos As grandes variaccedilotildees demograacuteficas e

as mudanccedilas climaacuteticas criaram muitas e novas preocupaccedilotildees que remetem para atitudes de

contiacutenua prevenccedilatildeo anaacutelise e gestatildeo de riscordquo (Amaro201223)Em siacutentese a diferenccedila entre

desastre e cataacutestrofe parece-nos pouco mais que semacircntica ou se quisermos diferindo face agrave

amplitude do fenoacutemeno

3 - Proteccedilatildeo Civil

O assistente social ao intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe deve ser conhecedor de

como se encontra estruturada e organizada a Proteccedilatildeo Civil (PC) neste tipo de situaccedilotildees

quando trabalhei na situaccedilatildeo de cataacutestrofe do Porto Judeu uma das maiores dificuldades com

que me deparei no terreno foi perceber como funcionava todo o processo ao niacutevel da

emergecircncia quando ocorria uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe no decorrer das entrevistas aos

teacutecnicos sociais foi-me apercebendo que estes tinham alguma dificuldade em responder agraves

questotildees que estavam relacionadas com a aacuterea da PC neste sentido natildeo eacute excessivo que os

elementos das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam com bastante pormenor o

sistema nacional e regional de PC o desconhecimento por parte do assistente social nesta

mateacuteria pode condicionar o sucesso da sua intervenccedilatildeo face a esta situaccedilatildeo irei desenvolver

de forma mais exaustiva o ponto nordm 3 deste capitulo

A PC segundo o artigoordm1 da Lei nordm 27 de 2006 ldquoeacute a atividade desenvolvida pelo

Estado Regiotildees Autoacutenomas e Autarquias Locais pelos cidadatildeos e por todas as entidades

puacuteblicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situaccedilotildees de

acidente grave ou cataacutestrofe de atenuar os seus efeitos proteger socorrer as pessoas e bens

em perigo quando aquelas situaccedilotildees ocorramrdquo

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Para aleacutem do seu papel especiacutefico de manter a situaccedilatildeo controlada e proteger a

populaccedilatildeo tem tambeacutem como tarefa avaliar a dimensatildeo da cataacutestrofe e contactar as

instituiccedilotildees que devem colaborar em todo o processo de intervenccedilatildeo

Satildeo objetivos fundamentais do PC segundo o artordm 4ordm da Lei nordm 27 2006

Prevenir os riscos coletivos e a ocorrecircncia de acidente grave ou de

cataacutestrofe

Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das

ocorrecircncias descritas no ponto anterior

Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo proteger

bens e valores culturais ambientais e de elevado interesse publico

Apoiar a reposiccedilatildeo da normalidade da vida das pessoas em vaacuterias aacutereas

afetadas por acidente grave ou cataacutestrofe

Ao niacutevel Regional a PC tem caracteriacutesticas organizacionais proacuteprias conforme

Fig1

Fig1- Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil Fonte PREPCA 2013

31 - Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

O Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores (Fig2) eacute o

departamento que depende da Secretaria Regional da Sauacutede (Decreto Regulamentar Regional

nordm 242012 nordm10 aliacutenea d) e tem como atribuiccedilotildees orientar coordenar e fiscalizar a niacutevel da

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Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores (RAA) as atividades de Proteccedilatildeo Civil e dos Corpos de

Bombeiros bem como assegurar o funcionamento de um sistema de transporte terrestre de

emergecircncia meacutedica de forma a garantir aos sinistrados ou viacutetimas de doenccedila suacutebita a pronta

e correta prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede (capitulo I do Decreto Regulamentar Regional nordm

242003A de 7 de Agosto artordm nordm 2)

Fig2- Organizaccedilatildeo SRPCBA Fonte PREPCA 2013

A niacutevel Regional o SRPCBA tem como atribuiccedilotildees de competecircncias

designadamente o Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia (COE) e o Posto de Comando

Operacional (PCO) (PREPCA2013)

O Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia tem como objetivos

-Garantir a gestatildeo e o acompanhamento de todas as ocorrecircncias de acidentes graves e

cataacutestrofes

-Assegurar a coordenaccedilatildeo dos recursos e do apoio logiacutestico das operaccedilotildees de socorro

emergecircncia e assistecircncia decorrentes do acidente grave ou cataacutestrofe

-Proceder agrave recolha de informaccedilatildeo relevante para missotildees de proteccedilatildeo e socorro

recolhidas das entidades intervenientes nas operaccedilotildees

-Recolher e divulgar a situaccedilotildees em curso difundidos comunicados e avisos as

populaccedilotildees e entidades e instituiccedilotildees incluindo oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

O Posto de Comando Operacional instalado funciona como oacutergatildeo diretor das

operaccedilotildees de apoio na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios

A montagem organizaccedilatildeo funcionamento e coordenaccedilatildeo do PCO eacute da

responsabilidade e competecircncia do respetivo COE A implantaccedilatildeo do PCO do teatro de

operaccedilotildees deve ser tendencialmente feita numa infraestrutura ou veiacuteculo apto para o efeito

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Compete ao COS comandar as operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro no teatro de

operaccedilotildees garantindo a montagem de um PCO assegurando a existecircncia de condiccedilotildees de

seguranccedila para todo o pessoal e sectorizando o teatro de operaccedilotildees para que resulte a

hierarquia de comando a delegaccedilatildeo de tarefas e os meacutetodos de

Articulaccedilatildeo dos meios

Controlo dos recursos

Gestatildeo da Informaccedilatildeo

Expansatildeo ou retraccedilatildeo da organizaccedilatildeo no teatro de operaccedilotildees consoante a evoluccedilatildeo da

situaccedilatildeo

32 - Plano de Emergecircncia

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do

Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoria eacute um instrumento que os serviccedilos municipais

passaram a dispor para o desencadeamento de operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil com vista a

possibilitar uma unidade de prevenccedilatildeo direccedilatildeo e controlo Pretende-se atraveacutes desta unidade a

coordenaccedilatildeo das accedilotildees a desenvolver e gestatildeo de meios e recursos mobilizaacuteveis face a

acidente grave ou cataacutestrofe no sentido de minimizar os prejuiacutezos perdas de vidas e o

restabelecimento da normalidade

Um plano por definiccedilatildeo deve ser elaborado antes da ocorrecircncia da situaccedilatildeo a que se

destina Nesta perspetiva os seus pressupostos devem assentar em previsotildees as quais com

base em estudos teacutecnico-cientiacuteficos elaborados antecipadamente deveratildeo indicar com a

maior objetividade possiacutevel as consequecircncias a partir das quais se estabelecem as medidas a

tomar

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria tem os seguintes objetivos gerais

-Providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e os meios

indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo dos efeitos adversos de um acidente grave ou cataacutestrofe

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-Definir as orientaccedilotildees relativamente ao modo de atuaccedilatildeo dos vaacuterios organismos

serviccedilos e estruturas a empenhar em operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil

-Definir a unidade de direccedilatildeo coordenaccedilatildeo e comando das accedilotildees a desenvolver

-Coordenar e sistematizar as accedilotildees de apoio promovendo maior eficaacutecia e rapidez de

intervenccedilatildeo das entidades intervenientes

- Inventariar os meios e recursos disponiacuteveis para acorrer a um acidente grave ou

cataacutestrofe

-Minimizar a perda de vidas e bens atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves

ou cataacutestrofes e restabelecer o mais rapidamente possiacutevel as condiccedilotildees miacutenimas de

normalidade

-Assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e

coordenado de todos os meios e recursos disponiacuteveis num determinado territoacuterio sempre que

a gravidade e dimensatildeo das ocorrecircncias o justifique

-Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparaccedilatildeo e de

prontidatildeo necessaacuterio agrave gestatildeo de acidentes graves ou cataacutestrofes

-Promover a informaccedilatildeo das populaccedilotildees atraveacutes de accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo tendo em

vista a sua preparaccedilatildeo a assunccedilatildeo de uma cultura de autoproteccedilatildeo e entrosamento na estrutura

de resposta agrave emergecircncia

Ambos os PME atraacutes referenciados encontram-se em vigor desde 2003 tendo sido

revisto e atualizado de acordo com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 da Comissatildeo Nacional de

Proteccedilatildeo Civil (CNPC) a qual estabelece a Diretiva relativa aos criteacuterios e normas teacutecnicas

para a elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de Planos de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil

Em conformidade com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 de 18 de Julho da Comissatildeo

Nacional de Proteccedilatildeo Civil o Plano Municipal Emergecircncia Angra Heroiacutesmo (PMEAH) Plano

Municipal Emergecircncia Praia Vitoacuteria (PMEPV) eacute designado como Plano Geral cujo acircmbito de

aplicaccedilatildeo territorial e administrativo circunscreve-se ao Concelho de Angra do Heroiacutesmo e ao

concelho da Praia da Vitoria abrangendo 19 freguesias em Angra do Heroiacutesmo e 11 freguesias

na Praia da Vitoria ambos os planos foram elaborados para enfrentar e dar resposta agrave

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generalidade das ocorrecircncias de emergecircncia adjacentes a todos os riscos de origem natural

assim como tecnoloacutegica com possibilidade de ocorrecircncia nos concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

321 - Competecircncias para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia

De acordo com o nordm 2 do artigo 40ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho bem como a

aliacutenea c) do nordm 3 do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro compete agrave Comissatildeo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil (CMPC) o acionamento do Plano Municipal de Emergecircncia no

caso do Concelho de Angra do Heroiacutesmo eacute a Comissatildeo Municipal Proteccedilatildeo Civil deste

concelho que aciona o plano no caso do concelho da Praia da Vitoria eacute a Comissatildeo Municipal

de Proteccedilatildeo Civil deste concelho que aciona o PME Segundo o artigo 6ordm da Lei nordm 652007

de 12 de Novembro o presidente da Cacircmara Municipal como diretor do PME e apoiado pelo

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil (SMPC) eacute competente para declarar a situaccedilatildeo de alerta

de acircmbito municipal

De acordo com o nordm 1 do artigo 9ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a situaccedilatildeo de

alerta pode ser declarada quando face agrave ocorrecircncia ou iminecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe eacute reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas ou medidas especiais

de reaccedilatildeo Como mecanismo excecional por razotildees de celeridade de ativaccedilatildeo do PME

quando a natureza do acidente grave ou cataacutestrofe assim o justificar a CMPC poderaacute reunir

com composiccedilatildeo reduzida na eventualidade de ser impossiacutevel reunir a totalidade dos seus

membros Esta ativaccedilatildeo seraacute sancionada posteriormente pelo plenaacuterio da Comissatildeo Uma vez

assegurada a reposiccedilatildeo da normalidade no municiacutepio deveraacute ser declarada a desativaccedilatildeo do

PME a qual sucederaacute apoacutes decisatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Para a publicaccedilatildeo da ativaccedilatildeo e desativaccedilatildeo da PME seratildeo utilizados os meios de

comunicaccedilatildeo social locais assim como o siacutete da internet da Cacircmara Municipal de Angra do

Heroiacutesmo ou da Praia Vitoria

Nos termos do nordm 2 do artigo 9ordm da Resoluccedilatildeo nordm 252008 da CNPC os planos de

emergecircncia devem ser objeto de exerciacutecios pelo menos bianualmente A mesma Resoluccedilatildeo

expressa no nordm 3 do artigo 9ordm menciona que deve ser realizado um exerciacutecio no prazo

maacuteximo de 180 dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da revisatildeo do PME O presidente da Cacircmara

Municipal ou a CMPC sob proposta do Coordenador Municipal de Proteccedilatildeo Civil pode

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realizar exerciacutecios com a finalidade de testar a operacionalidade do Plano Municipal de

Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do Concelho da Praia

Vitoria

Nos termos da Lei nordm 1342006 de 25 de Julho o Sistema Integrado de Operaccedilotildees

de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) visa responder a situaccedilotildees de iminecircncia ou de ocorrecircncia de

acidente grave ou cataacutestrofe atraveacutes do conjunto de estruturas normas e procedimentos que

assegurem que todos os agentes de proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional

articuladamente sob um comando uacutenico sem prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e

funcional O conceito de atuaccedilatildeo visa estabelecer os princiacutepios orientadores a aplicar numa

operaccedilatildeo de emergecircncia de proteccedilatildeo civil definindo a missatildeo tarefas e responsabilidades dos

diversos agentes organismos e entidades intervenientes bem como identificar as respetivas

regras de atuaccedilatildeo

Em ordem a assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido e

eficiente dos recursos disponiacuteveis eacute necessaacuterio dividir as aacutereas de atuaccedilatildeo em trecircs fases

distintas (Fig3)

Fig3 Aacutereas de atuaccedilatildeo FontePME2014

-Preacute emergecircncia as entidades desenvolvem a sua regular atividade

-Emergecircncia atuaccedilatildeo articulada e conjunta entre os agentes de proteccedilatildeo civil

-Poacutes emergecircncia reposiccedilatildeo da normalidade

Segundo o princiacutepio da subsidiariedade vigente na aliacutenea d) do artigo 5ordm da Lei nordm

272007 de 3 de Julho o SRPCBA soacute deve intervir se na medida em que os objetivos do

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SMPC natildeo possam ser alcanccedilados atendendo agrave dimensatildeo e gravidade dos efeitos das

ocorrecircncias

Eacute criteacuterio para a ativaccedilatildeo do Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do

concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do concelho da Praia da Vitoacuteria sempre que se verifique

no municiacutepio a iminecircncia ou ocorrecircncia de situaccedilotildees de acidente grave ou cataacutestrofe

definidos no artigo 3ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho (Quadro1)

Quadronordm1 ndash Criteacuterios para ativaccedilatildeo do Plano

Criteacuterio a Considerar para a ativaccedilatildeo do Plano Emergecircncia

Efeitos na populaccedilatildeo Nuacutemero de mortos feridos desalojados desaparecidos

isolados

Danos nos bens e patrimoacutenio

Nuacutemero de habitaccedilotildees danificadas edifiacutecios

indispensaacuteveis agraves operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil afetados

afetaccedilatildeo de monumentos nacionais

Danos nos serviccedilos e infraestruturas

Suspensatildeo do fornecimento de aacutegua energia ou

telecomunicaccedilotildees durante um periacuteodo de tempo

significativo

Danos no ambiente

Descarga de materiais perigosos em aquiacuteferos ou no

solo destruiccedilatildeo de zonas florestais libertaccedilatildeo de

materiais perigosos para a atmosfera

Caracteriacutesticas da ocorrecircncia Caudais registados magnitude ou intensidade siacutesmica

quantidade de substacircncia libertada

Aacuterea do municiacutepio Percentagem da aacuterea territorial coberta pelo plano

afetada pelo acidente grave ou cataacutestrofe

Fonte PME 2014

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Nos termos do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro a CMPC (cujo a

composiccedilatildeo e competecircncias pode ver-se nos quadros 2 e 3) eacute o organismo responsaacutevel pela

articulaccedilatildeo entre todas as entidades e instituiccedilotildees de acircmbito municipal imprescindiacuteveis agraves

operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro emergecircncia e assistecircncia perante um acidente grave ou

cataacutestrofe garantindo os meios e recursos adequados agrave gestatildeo da ocorrecircncia A CMPC eacute

dirigida pelo Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo caso a ocorrecircncia seja

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neste concelho caso a ocorrecircncia seja no concelho da Praia Vitoria a CMPC eacute dirigida pelo

Presidente da Cacircmara da Praia da Vitoria que operaraacute a partir do gabinete do SMPC

localizado no edifiacutecio dos Serviccedilos Municipalizados ou em alternativa no Quartel dos

Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo ou da Praia da Vitoria Pode ainda em uacuteltima

instacircncia ser reunida na viatura Unidade de Comunicaccedilotildees e Transmissotildees (UCT) do Serviccedilo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil

O SMPC estaacute referenciado nos artigos 9ordm e 10ordm da Lei nordm 652007 de 12 de

Novembro este tem a responsabilidade pela prossecuccedilatildeo das atividades de proteccedilatildeo civil de

acircmbito municipal Eacute um oacutergatildeo com dependecircncia direta do Presidente da Cacircmara ou do

Vereador com competecircncias delegadas na Proteccedilatildeo Civil

Quadro nordm 2 Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil

Composiccedilatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria

Comandante da Poliacutecia de Seguranccedila Puacuteblica (PSP) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Regimento de Guarniccedilatildeo nordm 1

Comandante da Capitania do Porto de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Estrutura Operacional de Emergecircncia da Cruz Vermelha de Angra do Heroiacutesmo (CVPAH)

Delegado de Sauacutede do Concelho (Autoridade Sanitaacuteria)

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Hospital de Santo Espiacuterito

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Centro de Sauacutede de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante da Seguranccedila Social

Delegado da Secretaria Regional do Turismo e Transportes da Ilha Terceira (Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas de Angra

do Heroiacutesmo)

Provedor da Santa Casa da Misericoacuterdia de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante dos Presidentes de Juntas de Freguesia

Fonte PME2014

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Quadro nordm 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Fonte PME2014

323 -Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees

Conforme o disposto no nordm1 do artigo 12ordm do Decreto-Lei nordm 1342006 de 25 de

Julho referente ao Sistema Integrado de Operaccedilotildees de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) o sistema

de gestatildeo de operaccedilotildees eacute uma forma de organizaccedilatildeo operacional que se desenvolve de uma

forma modular de acordo com a importacircncia e o tipo de ocorrecircncia Eacute considerada a doutrina

e terminologia padronizada no SIOPS designadamente no que respeita agrave definiccedilatildeo da

organizaccedilatildeo dos teatros de operaccedilotildees e dos postos de comando Assim seraacute possiacutevel utilizar

uma ferramenta de gestatildeo de teatro de operaccedilotildees que permita a adoccedilatildeo de uma estrutura

organizacional integrada de modo a suprir as complexidades de teatros de operaccedilotildees uacutenicos e

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muacuteltiplos independentemente das barreiras administrativas Sempre que seja acionada uma

organizaccedilatildeo integrante do SIOPS o chefe da primeira forccedila de socorro a chegar ao local da

ocorrecircncia assume de imediato o comando da operaccedilatildeo sendo designado como Comandante

das Operaccedilotildees de Socorro (COS) A transferecircncia de comando poderaacute ocorrer por necessidade

de substituiccedilatildeo aquando a chegada de novos meios e recursos para tal eacute imprescindiacutevel a

realizaccedilatildeo de um briefing de forma a notificar toda a estrutura operacional presente Neste

contexto por forma a apoiar o COS na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios no

teatro de operaccedilotildees o SIOPS institui a implementaccedilatildeo de um Posto de Comando Operacional

(PCO) no local da ocorrecircncia de acordo com a ilustraccedilatildeo seguinte (Fig4)

Fig4 ndash Implementaccedilatildeo de PCO Fonte PME2014

324 - Execuccedilatildeo do plano

No uso das competecircncias e responsabilidades que legalmente lhe estatildeo atribuiacutedas no

acircmbito da direccedilatildeo e coordenaccedilatildeo das operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil o presidente da Cacircmara

Municipal (ou o seu legiacutetimo substituto) como diretor do presente plano deveraacute assegurar a

criaccedilatildeo das condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e coordenado natildeo soacute de

todos os meios e recursos disponiacuteveis assim como dos meios de reforccedilo externos que venham

a ser obtidos Para desencadear o processo de execuccedilatildeo do PME teratildeo de se verificar os

seguintes procedimentos (Fig5)

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Fig5-Procedimentos Fonte PME 2014

Apoacutes a averiguaccedilatildeo da necessidade de se ativar o PME e de modo a assegurar que

todos os agentes de proteccedilatildeo civil entidades e organismos intervenientes em operaccedilotildees de

proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional articuladamente sob um comando uacutenico sem

prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e funcional satildeo seguidos os procedimentos

atraacutes referidos A execuccedilatildeo do PME compreende duas fases distintas designadamente a fase

de emergecircncia e a de reabilitaccedilatildeo A fase de emergecircncia tem por objetivo executar as accedilotildees de

resposta a fase de reabilitaccedilatildeo destina-se agraves accedilotildees e medidas da reposiccedilatildeo urgente da

normalidade

3241 Fase da Emergecircncia

A fase de emergecircncia (cujo os diferentes estados podem ver-se na Fig6) caracteriza

as accedilotildees de resposta tomadas e desenvolvidas nas primeiras horas apoacutes um acidente grave ou

cataacutestrofe e destina-se a providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e

meios indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo das consequecircncias nomeadamente as que impactem nos

cidadatildeos no patrimoacutenio e no ambiente Neste acircmbito consideram-se todos os meios e

recursos disponiacuteveis no concelho puacuteblicos ou privados que venham a ser requisitados para

operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil em situaccedilatildeo de emergecircncia Pretende-se assim garantir condiccedilotildees

para prevenir riscos atenuar ou limitar os seus efeitos socorrer as pessoas em perigo e repor a

normalidade no mais curto espaccedilo de tempo

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Fig 6- Gravidade da emergecircncia Fonte PME 2014

Nos termos do Capiacutetulo II da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a qual aprova a Lei de

Bases da Proteccedilatildeo Civil eacute expliacutecito no quadro seguinte (Quadro4) a forma de

desencadeamento dos procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta contingecircncia

ou calamidade face agrave ocorrecircncia iminecircncia ou perigo de ocorrecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe Sem prejuiacutezo do preceituado na Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil e na inexistecircncia de

Governador Civil na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores propotildee-se que tal competecircncia seja

atribuiacuteda ao Governo Regional designadamente ao Secretaacuterio Regional da Sauacutede no ato da

declaraccedilatildeo de contingecircncia

Quadro nordm4 - Procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta

Fonte PME2014

De acordo com o artigo 14ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho o ato que declara a

situaccedilatildeo de alerta menciona expressamente

- A natureza do acontecimento que originou a situaccedilatildeo declarada

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-O acircmbito temporal e territorial

-A estrutura de coordenaccedilatildeo e controlo dos meios e recursos a disponibilizar Eacute de

referir ainda que segundo o nordm 2 do artigo 15ordm da lei mencionada anteriormente a declaraccedilatildeo

de estado de alerta determina uma obrigaccedilatildeo especial de colaboraccedilatildeo dos meios de

comunicaccedilatildeo social em particular das raacutedios e das televisotildees visando a divulgaccedilatildeo das

informaccedilotildees relevantes relativas agrave situaccedilatildeo de emergecircncia

No sentido de criar mecanismos de resposta sustentada e de executar os

procedimentos e responsabilidades agraves solicitaccedilotildees decorrentes de emergecircncias o quadro

seguinte (Quadro5) define quais as autoridades e organismos bem como as entidades

intervenientes face agrave tipologia do risco que pode determinar a ativaccedilatildeo do plano

Quadro nordm 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades

FontePME 2014

3242 Fase da Reabilitaccedilatildeo

A fase de reabilitaccedilatildeo caracteriza-se pelo conjunto de accedilotildees e medidas de

recuperaccedilatildeo destinadas agrave reposiccedilatildeo urgente da normalizaccedilatildeo das condiccedilotildees de vida das

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populaccedilotildees atingidas ao raacutepido restabelecimento das infraestruturas e dos serviccedilos puacuteblicos e

privados essenciais fundamentalmente

- Abastecimento de aacutegua energia comunicaccedilotildees e acessos

- Prevenccedilatildeo de novos acidentes

-Estabelecimento de condiccedilotildees para o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

-Inspeccedilatildeo de edifiacutecios e estruturas assim como a remoccedilatildeo de destroccedilos ou entulhos

-Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais e materiais

- Estimar os prejuiacutezos causados pela emergecircncia O quadro seguinte (Quadro6)

apresenta as accedilotildees a concretizar nomeadamente identificando as autoridades entidades e

organismos a envolver nas operaccedilotildees de reabilitaccedilatildeo e a respetiva cadeia de

responsabilidades

Quadro nordm 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo

PROCEDIMENTOS RESPONSAacuteVEL

Remoccedilatildeo de cadaacuteveres Corpo de BVAH ou BVPV PSP CVPAH Autoridade Sanitaacuteria

Verificaccedilatildeo de risco de epidemia Autoridade Sanitaacuteria

Restabelecimento de aacutegua luz gaacutes e comunicaccedilotildees Teacutecnicas entidades responsaacuteveis

Demoliccedilatildeo e remoccedilatildeo de destroccedilos Corpo de BVAH SMPC

Desobstruccedilatildeo e reparaccedilatildeo das vias de comunicaccedilatildeo SMPC e Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas

Reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos sociais miacutenimos SMPC

Promover o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

SMPC PSP Corpo de BVAH ou BVPV CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila

Social

Controlar acesso agraves zonas sinistradas PSP GNR

Prestar apoio psicossocial agrave populaccedilatildeo CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais materiais SMPC e Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Inspeccedilatildeo de infraestruturas SMPC Outras entidades responsaacuteveis

Fonte PME 2014

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325- Agentes de Proteccedilatildeo Civil

Satildeo agentes de proteccedilatildeo civil as Entidades que exercem funccedilotildees de proteccedilatildeo civil

nos domiacutenios de aviso alerta e intervenccedilatildeo apoio e socorro de acordo com as suas atribuiccedilotildees

proacuteprias ou seja em caso de cataacutestrofe cada agente tem uma missatildeo atribuiacuteda

De acordo com a o previsto no nordm 1 do artigo 46ordm da Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil

(Lei nordm 272006 de 3 de Julho) satildeo agentes de proteccedilatildeo civil de acordo com as suas

atribuiccedilotildees proacuteprias

Corpos de Bombeiros

Forccedilas de Seguranccedila

Forccedilas Armadas

Autoridade Mariacutetima e Aeronaacuteutica

INEM ( Natildeo existe na RAA)

Sapadores Florestais (Natildeo se aplica agrave RAA)

Nos municiacutepios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria segundo o Plano de

Emergecircncia Municipal existem os seguintes agentes de proteccedilatildeo civil (Fig7)

Fig7 ndash Agentes de Proteccedilatildeo Civil Fonte Adaptado PME 2015

326 ndash Organismos de Apoio

Cada Organismo de Apoio exerce colaboraccedilatildeo direta com o plano municipal de

emergecircncia quer seja na fase de emergecircncia quer seja na fase de reabilitaccedilatildeo

Fazem parte integrante do plano as seguintes entidades e organismos de apoio que

numa fase de emergecircncia ou reabilitaccedilatildeo tem por missatildeo a colaboraccedilatildeo com a aacuterea de

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intervenccedilatildeo a que pertencem de acordo com o nordm 3 do artordm 46 da Lei nordm 272006 de 3 de Julho

(Fig8)

Fig 8 ndash Organismos de Apoio Fonte Adaptado de PME2014

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo

Psicossocial em Situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia

Os avanccedilos tecnoloacutegicos a capacidade humana de construir mas tambeacutem a de

destruir provoca com maior ou menor frequecircncia profundas alteraccedilotildees na vida das pessoas

que veem a sua vida afetada por uma situaccedilatildeo de crise ou de emergecircncia estas situaccedilotildees

marcam por vezes de forma traacutegica a vida das pessoas e da comunidade natildeo soacute no plano

material e econoacutemico mas tambeacutem no emocional e psicoloacutegico

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Efetivamenteldquo Nos dias de hoje as pessoas e o meio ambiente satildeo os mais afetados

pelas cataacutestrofes O ser humano perante uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe passa a viver num mundo

que destabiliza o seu equiliacutebrio emocionale ou psiacutequico gerando sentimentos de inseguranccedila

descrenccedila e desamparordquo (Carvalho 20096)

Para Sutton e Tierney (2006) uma cataacutestrofe eacute uma situaccedilatildeo de ameaccedila causadora da

desestruturaccedilatildeo e rutura do tecido social as situaccedilotildees de cataacutestrofe dado agrave sua natureza e agraves

consequecircncias que acarretam conduzem a estados de stress extremo que podem levar ao

desenvolvimento de uma crise no qual o indiviacuteduo se vecirc confrontado com uma situaccedilatildeo que

natildeo consegue lidar por natildeo possuir mecanismos que o permitam e que podem levar ao

desenvolvimento de reaccedilotildees de stress traumaacutetico ou ao desenvolvimento de psicopatologias

mais graves

Segundo Saylor (1993 citado por Rosenfeld 2005) a cataacutestrofe tem um iniacutecio e fim

de identificaccedilatildeo afeta um grupo relativamente grande de pessoas sendo um acontecimento

puacuteblico e compartilhado por mais do que um membro da famiacutelia em termos psicoloacutegicos eacute

suficientemente traumaacutetico para induzir stress em quase todos os que a vivem Satildeo estas

situaccedilotildees que representam uma emergecircncia de caraacutecter psicoloacutegico que pela sua gravidade

excecional necessitam de uma intervenccedilatildeo urgente das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

que devem atuar de forma imediata e num menor tempo possiacutevel de forma a permitir que o

funcionamento emocional do indiviacuteduo mantenha o seu equiliacutebrio normal e adaptativo A

Intervenccedilatildeo em Crise ou Intervenccedilatildeo Psicossocial consiste num conjunto de teacutecnicas que

ajudaraacute a viacutetima a lidar com o acontecimento traumaacutetico facilitando a recuperaccedilatildeo do seu

niacutevel de funcionamento normal e reduzindo os riscos de evoluccedilatildeo de quadros

psicopatoloacutegicos graves

A intervenccedilatildeo psicossocial centra-se na mudanccedila social dos sujeitos e do ambiente

em que vivem A intervenccedilatildeo psicossocial envolve o desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

ajuda que impotildee empatia escuta e natildeo julgamento respeito pelo indiviacuteduo e pelo meio em

que se inserem (Carvalho amp Pinto 201590)

A relaccedilatildeo de ajuda natildeo eacute particular do Serviccedilo Social esta faz parte de todas as

profissotildees de ajuda No acircmbito do Serviccedilo Social a relaccedilatildeo de ajuda adquiriu notoriedade natildeo

haacute intervenccedilatildeo psicossocial sem relaccedilatildeo de ajuda (Carvalho amp Pinto 201591)

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O assistente social tem assim como funccedilatildeo ajudar os indiviacuteduos que sofrem de

dificuldades sociais de modo a estes conseguiram restaurar a sua autonomia e a sua

possibilidade de integraccedilatildeo na sociedade Podemos entatildeo distinguir trecircs tipos de aplicar esta

ajuda que estatildeo associados ao momento em que esta eacute exercida a ajuda preventiva a ajuda

curativa e ajuda promocional A ajuda preventiva eacute aquela que se proporciona previamente a

uma situaccedilatildeo de dificuldade presente como eacute o caso das famiacutelias em risco situaccedilotildees de rutura

e mudanccedilas devido a situaccedilotildees normais da vida como eacute caso da morte desemprego

incapacidade fiacutesica devido a algum acidente cataacutestrofes entre outros A ajuda preventiva visa

tambeacutem evitar que uma situaccedilatildeo se detore concentrando o esforccedilo na manutenccedilatildeo do

equiliacutebrio das pessoas e dos grupos mesmo quando este equiliacutebrio seja reduzido A ajuda

curativa tem como objetivo a melhoria da situaccedilatildeo dos utentes e a resoluccedilatildeo dos seus

problemas pondo os utentes em contato com os recursos existentes e fazer com que estes

faccedilam valer os seus direitos sociais de modo a beneficiarem dos dispositivos de accedilatildeo social

Esta ajuda tem como fim acompanhar orientar informar os utentes durante o processo de

mudanccedila Por fim a ajuda promocional trata-se de desenvolver o crescimento pessoal e o

desenvolvimento das competecircncias dos utentes de modo a atingir a sua autonomia e as suas

capacidades para exercer algo Este processo de ajuda eacute importante no sentido de desenvolver

no indiviacuteduo sentimentos de autovalorizaratildeo afirmaccedilatildeo e de autoconfianccedila ao que

denominamos de empowerment

A relaccedilatildeo de ajuda que se estabelece entre o assistente social e o utente eacute uma accedilatildeo

de transformaccedilatildeo muacutetua onde tanto um como outro sofrem transformaccedilotildees Neste sentido eacute

importante que esta relaccedilatildeo seja regulada de modo a proteger ambos os lados de

envolvimentos fora do acircmbito e de modo a garantir a sua legitimidade baseando-se nos

princiacutepios eacuteticos

A Relaccedilatildeo de ajuda tanto para o utente como para o assistente social eacute um dos

instrumentos mais importantes da intervenccedilatildeo junto do utente (Robertis2003)

Neste sentido ldquoa relaccedilatildeo de ajuda implica acolhimento apoio o estudo da situaccedilatildeo e

a influecircncia direta a exploraccedilatildeo ndash identificaccedilatildeo do problema e desenvolvimento da

compreensatildeo acerca da pessoa em situaccedilatildeo comunicaccedilatildeo e reflexatildeo a discussatildeo reflexiva e

por uacuteltimo a reflexatildeo sobre o desenvolvimento e a evoluccedilatildeo da situaccedilatildeordquo

(Viscarret200797citado por Carvalho amp Pinto 201590)

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Relativamente agraves viacutetimas de uma cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de

ajuda eacute uma abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de

sucesso junto das mesmas

Para Paton e Jonhnston (1990) intervir numa crise significa entrar na vida de um

indiviacuteduo com o intuito de reduzir o choque provocado pelo stress resultante de uma crise

tendo como principais objetivos a mobilizaccedilatildeo dos recursos e capacidades dos indiviacuteduos das

redes de suporte e das redes sociais

Segundo Paton (2003) a intervenccedilatildeo em crise deve ser efetuada em diversas fases

uma fase inicial na qual eacute efetuada a anaacutelise dos riscos e condiccedilotildees de seguranccedila seguindo -se

uma fase dedicada agrave criaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de confianccedila com o indiviacuteduo em seguida

identificam-se os principais problemas a solucionar e na fase posterior pretende-se fornecer

apoio necessaacuterio e lidar com os sentimentos emergentes explorando as alternativas existentes

para que seja possiacutevel formular um plano de accedilatildeo que deveraacute ser continuamente

acompanhado e adaptado de forma adequada agraves necessidades do indiviacuteduo e dos seus

problemas

Segundo a Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de Golan (1978) a intervenccedilatildeo deveraacute

incluir trecircs passos a perceccedilatildeo cognitiva adequada agrave realidade a gestatildeo dos sentimentos de

forma a permitir a aceitaccedilatildeo dos factos e por uacuteltimo a aquisiccedilatildeo de novos comportamentos

que permitam lidar com os problemas existentes Este modelo de intervenccedilatildeo assenta em trecircs

fases distintas implica numa fase inicial a anaacutelise da situaccedilatildeo do indiviacuteduo recolhendo

informaccedilatildeo centrada no ldquoaqui e agorardquo devendo ser tambeacutem neste momento que o assistente

social deveraacute estabelecer uma relaccedilatildeo de qualidade fundamental ao desenvolvimento do

processo baseada na confianccedila e empatia Eacute importante recolher informaccedilatildeo sobre as

respostas emocionais e identificar o niacutevel de tensatildeo e os efeitos dos acontecimentos no estado

de vulnerabilidade do indiviacuteduo nesta fase poderaacute ser utilizada a ldquoReformulaccedilatildeordquo como

forma de facilitar a aceitaccedilatildeo dos acontecimentos o que ao mesmo tempo permite ao

assistente social confirmar a informaccedilatildeo recolhida Concluiacuteda esta recolha de informaccedilatildeo eacute

entatildeo necessaacuterio estabelecer prioridades em conjunto com o indiviacuteduo definir objetivos e

tarefas culminando esta fase com a elaboraccedilatildeo de um contrato formulado em parceria onde

as tarefas a desenvolver e os respetivos tempos ficam estabelecidos e clarificados para ambos

Eacute nesta fase que atraveacutes da recolha de informaccedilatildeo eacute possiacutevel ao indiviacuteduo expressar as suas

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emoccedilotildees sentimentos partilhar pensamentos e condutas com o Assistente Social diminuindo

desta forma a tensatildeo emocional causada pela situaccedilatildeo de crise vivida Essa diminuiccedilatildeo de

tensatildeo emocional permite por sua vez a construccedilatildeo de um projeto que como referido

anteriormente eacute construiacutedo em parceria com o assistente social e baseia-se na anaacutelise do

conjunto de alternativas e possibilidades constituindo um contrato Nesse contrato pretende -

se natildeo soacute a resoluccedilatildeo dos problemas criados pela crise mas tambeacutem a promoccedilatildeo da

autonomia do cliente nunca esquecendo a limitaccedilatildeo temporal desta forma de intervenccedilatildeo

obrigando a uma accedilatildeo contida num espaccedilo de tempo com a ativa procura da resoluccedilatildeo

Segue-se a fase intermeacutedia que poderaacute incluir uma ou mais entrevistas e que tem

como funccedilatildeo a continuaccedilatildeo da recolha de dados e a confirmaccedilatildeo das informaccedilotildees esta deveraacute

tambeacutem englobar a observaccedilatildeo das respostas do cliente as formas de atuar perante os seus

problemas e o estabelecimento de novos objetivos e tarefas fazendo assim uma constante

adaptaccedilatildeo da intervenccedilatildeo agrave realidade vivida pelo indiviacuteduo Nesta fase a intervenccedilatildeo deveraacute

basear-se nas capacidades do indiviacuteduo promovendo a sua estimulaccedilatildeo reorganizando os

seus comportamentos estimulando a perceccedilatildeo real da sua situaccedilatildeo promovendo a busca de

apoio junto da famiacutelia mesmo da mais distante na rede social nos amigos na comunidade

nunca esquecendo o objetivo maacuteximo que seraacute sempre a promoccedilatildeo da autonomia do cliente

Na fase final pretende-se analisar o trabalho realizado as soluccedilotildees encontradas para

os problemas que foram entretanto surgindo todo o percurso percorrido ao longo da

intervenccedilatildeo analisar os progressos tarefas efetuadas e objetivos alcanccedilados bem como as

mudanccedilas operadas pretendendo-se tambeacutem estabelecer e definir uma forma de manter o

acompanhamento do indiviacuteduo A intervenccedilatildeo em crise deveraacute terminar quando o cliente

encontrar soluccedilotildees para os seus problemas novas direccedilotildees e novas formas de funcionamento

e soacute apoacutes isso alcanccedilar a sua reintegraccedilatildeo social Eacute importante fechar o processo e possibilitar

o retorno caso seja necessaacuterio essa constituiraacute pois a tarefa final do assistente social

O assistente social interveacutem de forma a ajudar a famiacutelia a desenvolver capacidades e

competecircncias de subsistirem por si soacute O profissional eacute visto como um agente e instrumento

da famiacutelia (Rosenfeld Caye Ayalon amp Lahad2005) Quanto ao relacionamento entre o

indiviacuteduo e o assistente social eacute importante que este saiba ouvir o outro de modo a perceber o

que se passa e o que ele sente O assistente social deve-se assumir como uma presenccedila de

apoio fundamental Por vezes natildeo importa soacute arranjar soluccedilotildees eacute essencial demonstrar

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interesse pela importacircncia da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima Para um conjunto de referecircncias

teoacutericas (Viscarret2007) este contacto entre profissional e viacutetima possibilita identificar a

gravidade da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima bem como o seu estado emocional

As teacutecnicas e procedimentos a serem usados devem ser aplicados de acordo com o

modelo de intervenccedilatildeo psicossocial de Hollis (Viscarret 2007) por exemplo a teacutecnica de

apoio que incluiacute atividades em que o assistente social mostra interesse desejo de ajudar

entendimento expressotildees de confianccedila nas capacidades e competecircncias do cliente (viacutetima)

Salienta-se a preocupaccedilatildeo pelas questotildees de ansiedade e culpa que o mesmo demonstra com

o fim de promover um apoio emocional O profissional tem influecircncia nas acccedilotildees e decisotildees

que a viacutetima deve tomar para resolver o seu problema especiacutefico (Viscarret 2007) Para

corroborar esta ideia importa referir a perspetiva de Seynaeve (2001) que defende que a

resposta psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia e crise deve ser proacute-ativa em vez de esperar

para reagir a um problema ou necessidade que possa surgir Avaliar de forma contiacutenua a

situaccedilatildeo global eacute necessaacuterio a longo prazo e isso inclui mais do que o acompanhamento de

cada indiviacuteduo afetado Eacute importante que seja claro quem lidera a organizaccedilatildeo de apoio

psicossocial eacute imprescindiacutevel que esse apoio esteja claramente ligado ao funcionamento das

emergecircncias meacutedicas

De acordo com a mesma fonte supramencionada (Seynaeve2001) o objetivo da

intervenccedilatildeo do assistente social eacute ajudar a re-estabilizar e reorganizar o equiliacutebrio mediante a

potencialidade da capacidade adaptativa e de resposta demonstrada por parte das viacutetimas agrave

nova situaccedilatildeo Neste sentido deve haver uma colaboraccedilatildeo de vaacuterios organismos que intervecircm

em contexto de situaccedilotildees de cataacutestrofes de modo a garantir a sustentabilidade da intervenccedilatildeo

pois quando as instituiccedilotildees operam de maneira independente e sem coordenaccedilatildeo eacute criado um

desperdiacutecio de recursos valiosos (OMS 2003) A intervenccedilatildeo em cataacutestrofe radica na crenccedila

que cada pessoa tem um potencial possui capacidade proacutepria para crescer e para resolver os

seus problemas A missatildeo dos assistentes sociais eacute a de facilitar a descoberta de competecircncias

individuais e de reforccedilar as mesmas de forma a que cada viacutetima consiga fazer frente aos

desafios e problemas que surjam deste acontecimento (Viscarret2007131)

Como jaacute foi referido a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe natural deve debruccedilar-

se natildeo soacute sobre o indiviacuteduo mas tambeacutem sobre a comunidade onde se encontram integradas

as viacutetimas de cataacutestrofe natural Comunidade essa que sofre as mesmas consequecircncias de uma

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cataacutestrofe natural que o individuo em si pois a comunidade natildeo eacute mais do que um sistema

social composto por diversos indiviacuteduos que se inter-relacionam Quando o Serviccedilo Social se

debruccedila sobre uma comunidade deveraacute

- Contactar os elementos da comunidade e analisar as necessidades

- Reunir os elementos e fazer sentir a necessidade accedilatildeo

- Promover a passagem da enumeraccedilatildeo das necessidades para a elaboraccedilatildeo de

objetivos a alcanccedilar

- Facilitar a definiccedilatildeo de prioridades avaliando os diferentes meacutetodos de atuaccedilatildeo e

elaborar um plano de accedilatildeo

- Ajudar na definiccedilatildeo das tarefas a efetuar

- Facilitar a partilha dos resultados entre os diferentes elementos do grupo

- Reelaborar a identificaccedilatildeo das necessidades reconstruccedilatildeo de objetivos e planos de

accedilatildeo reconstituir tarefas a concretizar e manter os canais de comunicaccedilatildeo entre os diferentes

elementos do grupo abertos

A intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe (Golan 1978) tambeacutem se estrutura

em trecircs momentos agrave semelhanccedila da Matriz de Haddon

- Fase considerada preacute-impacto deve-se proceder ao alerta das populaccedilotildees o que

aumentaraacute o niacutevel de stress aumentaraacute consequentemente as capacidades de reaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo do individuo

- Fase de impacto durante a cataacutestrofe momento em que devem ser tomadas

medidas de seguranccedila que todos os indiviacuteduos devem efetuar para se proteger das

consequecircncias de uma cataacutestrofe

- Fase apoacutes-impacto cabendo ao profissional de serviccedilo social efetuar uma

intervenccedilatildeo dividida em quatro aacutereas

1) Inventaacuterio (inventory) atraveacutes de uma avaliaccedilatildeo dos danos provocados e das

necessidades dos sobreviventes

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2) Salvamento (Rescue) nesta fase a distribuiccedilatildeo dos bens de primeira necessidade

como a comida abrigo e cuidados meacutedicos satildeo a prioridade deve-se tambeacutem proceder agrave

reunificaccedilatildeo de famiacutelias bem como providenciar apoio emocional agraves viacutetimas

3) Resoluccedilatildeo (Remedy) esta eacute a fase em que os sobreviventes iniciam a reconstruccedilatildeo

das suas vidas reconstruindo fisicamente as habitaccedilotildees e os negoacutecios mas tambeacutem

emocionalmente fazendo o luto das perdas cabe ao Assistente Social ajudar os indiviacuteduos e

famiacutelias a fazer os ajustes necessaacuterios face agraves mudanccedilas sofridas Verifica-se uma tendecircncia

de aproximaccedilatildeo e partilha entre os sobreviventes podendo utilizar-se este momento para

imprimir outras mudanccedilas necessaacuterias relativamente a responsabilidades e comunicaccedilatildeo a

todo um conjunto de indiviacuteduos

4) Recuperaccedilotildees (Recovery) agrave medida que as comunidades voltam agrave normalidade os

teacutecnicos de Serviccedilo Social poderatildeo centrar-se nas consequecircncias a longo prazo fornecendo

apoio emocional e acesso a recursos vaacuterios por forma a promover um crescimento e a

aceitaccedilatildeo do ocorrido

No graacutefico seguinte apresentam-se as etapas de intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (Quadro7)

Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

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Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe (cont)

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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Capitulo I I

Metodologia

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A produccedilatildeo de uma investigaccedilatildeo eficaz cuja recolha de informaccedilatildeo anaacutelise e

apresentaccedilatildeo dos resultados seja fiaacutevel e de qualidade implica que esta assente numa

metodologia adequada ao objeto e objetivos da investigaccedilatildeo

Neste segundo capiacutetulo pretende-se apresentar a metodologia utilizada atraveacutes da

caracterizaccedilatildeo do campo empiacuterico e as teacutecnicas de pesquisa utilizadas na recolha de dados

bem como a respetiva anaacutelise de conteuacutedo

1 - Campo Empiacuterico

A definiccedilatildeo do campo empiacuterico da investigaccedilatildeo estaacute diretamente relacionada com o

objeto Uma primeira formulaccedilatildeo do objeto de estudo eacute entatildeo mais aprofundada definindo-se

mais claramente o que estaacute em anaacutelise ldquo(hellip) atraveacutes da recolha sistemaacutetica de informaccedilatildeo (hellip)

e uma aproximaccedilatildeo agrave problemaacutetica teoacuterica atraveacutes da leitura da bibliografia mais pertinente

para o objeto delimitadordquo (Guerra 2006 37)

O arquipeacutelago dos Accedilores situa-se no nordeste do Oceano Atlacircntico entre o 36ordm e o

43ordm de latitude Norte e o 25ordm e o 31ordm de longitude Oeste Os territoacuterios mais proacuteximos satildeo a

Peniacutensula Ibeacuterica a cerca de 2000 km a leste a Madeira a 1200 km a sueste a Nova Escoacutecia a

2300 km a noroeste e as Bermudas a 3500 km a sudoeste Integra a regiatildeo biogeograacutefica da

Macaroneacutesia

O arquipeacutelago dos Accedilores eacute constituiacutedo por nove ilhas divididas em trecircs grupos

distintos Grupo Ocidental Corvo e Flores Grupo Central Faial Graciosa Pico Satildeo Jorge e

Terceira e o Grupo Oriental Santa Maria e Satildeo Miguel

A ilha Terceira estaacute dividida em 2 concelhos Angra Heroiacutesmo com 19 freguesias e

Praia da Vitoacuteria com 11 freguesias (Fig9) segundo os Censos de 2011 a ilha Terceira conta

com cerca de 60 mil habitantes cuja atividade principal eacute proveniente do setor terciaacuterio

Fig9- Mapa da Ilha Terceira Fonte Google

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As ilhas dos Accedilores emergem de uma plataforma submarina pouco profunda na

crista meacutedia atlacircntica na regiatildeo de junccedilatildeo de trecircs placas tectoacutenicas A placa Norte-Americana

a placa Euro Asiaacutetica e a placa Africana (Fig10) Esta localizaccedilatildeo confere ao Arquipeacutelago

uma grande instabilidade geoloacutegica devido a movimentos de placas entre si sendo uma zona

que apresenta uma sismicidade bastante elevada com ocorrecircncia de sismos frequentes e de

crises siacutesmicas prolongadas aleacutem de manifestaccedilotildees vulcacircnicas perioacutedicas Para aleacutem da

atividade siacutesmica e vulcacircnica a Ilha Terceira eacute afetada por outros riscos naturais como

tempestades que originam inundaccedilotildees e movimentaccedilotildees de massa que incluem

desmoronamentos desabamentos de rochas e deslizamentos de terra

Fig10- Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores Fonte(Google)

11 ndash Sismos

De entre os riscos naturais com maior impacto destacam-se os sismos que se

caracterizam comordquo um fenoacutemeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta

no interior da crosta terrestre correspondendo agrave libertaccedilatildeo de uma grande quantidade de

energia e que provoca vibraccedilotildees que se transmitem a uma vasta aacuterea circundanterdquo

(httwwwprocivgovpt)

Na maior parte dos casos os sismos satildeo devidos a movimentos ao longo de falhas

geoloacutegicas existentes entre as diferentes placas tectoacutenicas que constituem a regiatildeo superficial

terrestre as quais se movimentam entre si

Os sismos tambeacutem podem ser originados em movimentos de falhas existentes no

interior das placas tectoacutenicas A atividade vulcacircnica e os movimentos de material fundido em

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profundidade podem ser outras das causas dos sismos Os sismos raramente podem ser

provocados por deslocamentos superficiais de terreno tais como abatimentos e deslizamentos

12 Enxurradas

Devido agrave latitude em que se encontra a Ilha Terceira esta eacute fustigada por vezes por

longos periacuteodos de pluviosidade o que pode provocar uma enxurrada

13 Ciclones

Outro dos fenoacutemenos possiacuteveis de ocorrer na ilha Terceira satildeo ldquoos ciclones ou

depressotildees satildeo aacutereas de pressatildeo baixa em torno das quais o vento sopra no sentido contraacuterio

ao dos ponteiros do reloacutegio no hemisfeacuterio norte e no sentido do movimento dos ponteiros no

hemisfeacuterio sul O sentido da rotaccedilatildeo eacute consequecircncia direta do efeito de coriolis que reflete a

rotaccedilatildeo da terrardquo (httpprocivazoresgovptsensibilizacaoriscos)

O ciclone pode ser de dois tipos tropical ou extratropical Os ciclones tropicais

como por exemplo os furacotildees formam-se na cintura tropical onde se deslocam geralmente

ocorrendo com maior frequecircncia na parte ocidental das regiotildees tropicais dos oceanos

Atlacircntico e Paciacutefico no hemisfeacuterio norte Os ciclones extratropicais embora muito menos

violentos do que os ciclones tropicais satildeo maiores duram mais tempo ocorrem mais

frequentemente principalmente nas latitudes meacutedias elevadas e afetam o estado do tempo em

aacutereas muito mais vastas

Os ciclones tropicais potencialmente mais devastadores provocam muitas vezes

velocidades sensacionais do vento e precipitaccedilotildees muito intensas A palavra ciclone como se

constata natildeo pressupotildee necessariamente a ocorrecircncia de uma grande tempestade Consiste

isso sim em um fenoacutemeno comum (depressatildeo) que na sua manifestaccedilatildeo mais intensa se

pode tornar devastador (furacatildeo)

2 - Tipo de Estudo

Os estudos qualitativos tecircm como objetivo descrever e definir um problema isto eacute

compreender melhor os factos ou os fenoacutemenos sociais ainda mal elucidados Contudo ldquoos

meacutetodos de investigaccedilatildeo qualitativa assemelham-se aos meacutetodos de investigaccedilatildeo quantitativa

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no que respeita a comportarem uma questatildeo de investigaccedilatildeo ou um problema procedimentos

de colheita e anaacutelise de dados assim como a apresentaccedilatildeo dos resultadosrdquo (Fortin 2009290)

Os estudos qualitativos permitem uma anaacutelise mais aprofundada dos fenoacutemenos

sociais sendo-lhes atribuiacutedos significados ou seja satildeo ldquo (hellip) uma forma de estudo da sociedade

que se centra no modo como as pessoas interpretam e datildeo sentido agraves suas experiecircncias e ao mundo em

que elas vivem Existem diferentes abordagens que se consideram no acircmbito deste tipo de

investigaccedilatildeo mas a maioria tem o mesmo objetivo compreender a realidade social das pessoas grupo

e culturasrdquo (Vilelas 2009 105)

Exigindo geralmente um elevado niacutevel de contacto entre o investigador e os

indiviacuteduos sobretudo nos contextos em que estes se inserem os estudos qualitativos

caracterizam-se pelo seu cariz fortemente descritivo pelo investigador ser o principal

ldquoinstrumentordquo de recolha de informaccedilatildeo e o facto de ser mais importante o processo do que os

resultados alcanccedilados

A metodologia utilizada na presente investigaccedilatildeo foi de cariz qualitativo recorrendo

a teacutecnicas como

Pesquisa bibliograacutefica

Anaacutelise documental

Entrevistas semidirigidas

Anaacutelise de conteuacutedo

A utilizaccedilatildeo das teacutecnicas de pesquisa bibliograacutefica e anaacutelise documental visam

compreender de uma forma global o estado da arte do tema da investigaccedilatildeo em causa

A pesquisa bibliograacutefica teve como objetivo descobrir livros artigos e documentos

que ajudaram a fundamentar e desenvolver a problemaacutetica da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

A Analise documental implica uma pesquisa e leitura de documentos escritos que

constituem uma boa fonte de informaccedilatildeo ao investigador Segundo Fortin (2009300) ldquoa

documentaccedilatildeo existente pode prestar um bom serviccedilo agrave investigaccedilatildeo uma vez que constitui

uma fonte adicional de informaccedilatildeo Permite aos investigadores relacionar-se com a histoacuteria de

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um grupo social com a sua cultura e organizaccedilatildeo ou com os acontecimentos fundamentais

ligados agrave investigaccedilatildeordquo Para a realizaccedilatildeo desta investigaccedilatildeo foi analisada alguma

documentaccedilatildeo nomeadamente o plano de emergecircncia municipal de Angra do Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria bem como documentaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil esta documentaccedilatildeo

foi uma mais-valia para a investigaccedilatildeo pois forneceu informaccedilotildees importantes para a

construccedilatildeo do quadro teoacuterico

3 - Populaccedilatildeo e Amostra

Tendo em conta a populaccedilatildeo alvo da presente dissertaccedilatildeo o tipo de amostra que

melhor se adequa a esta investigaccedilatildeo eacute a amostra natildeo probabiliacutestica por escolha racional uma

vez que todos os elementos que compotildeem a amostra tinham que possuir determinadas

caracteriacutesticas em comum nomeadamente fazerem parte integrante das instituiccedilotildees que

compotildeem PME do concelho de Angra do Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria Segundo Fortin

(2009322) ldquoa amostra por escolha racional tambeacutem designada por amostragem tiacutepica consiste

em escolher certos indiviacuteduos em funccedilatildeo de um traccedilo caracteriacutesticordquo O meacutetodo de

amostragem por escolha racional ldquoeacute tambeacutem empregado em certos estudos qualitativos pela

seleccedilatildeo de participantes que possuem as caracteriacutesticas procuradasrdquo (Fortin 2009322)

De acordo com Fortin (2009312) a ldquoamostra eacute a fraccedilatildeo de uma populaccedilatildeo sobre a

qual se faz o estudo deve ser representativa desta populaccedilatildeo ou seja certas caracteriacutesticas

conhecidas devem estar presentes em todos os elementosrdquo Para Coutinho a amostra eacute ldquoum

subconjunto da populaccedilatildeo que teraacute de a representar ou seja refletir os seus traccedilosrdquo (Coutinho

2013 89)

Por outro lado ldquoUma populaccedilatildeo define-se como um conjunto de elementos que tecircm

caracteriacutesticas comuns sendo a amostragem o processo pelo qual um grupo de pessoas ou

uma porccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute escolhido de forma a representar de forma precisa as

caracteriacutesticas de uma populaccedilatildeo inteirardquo (Fortin 2009310)

A amostra eacute constituiacuteda por 18 teacutecnicos sociais (3 Psicoacutelogos 5 Socioacutelogos e 9

Assistentes Sociais e um teacutecnico formado na aacuterea das Ciecircncias Socais) pelos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria pela Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo

Social de Angra Heroiacutesmo e pelo Presidente do Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e

Bombeiros dos Accedilores

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4 - Instrumentos de Recolha de Dados

Segundo Fortin (2009375) a entrevistardquo eacute o principal meacutetodo de colheita dos dados

nas investigaccedilotildees qualitativas Eacute um modo de comunicaccedilatildeo verbal que se estabelece entre

duas pessoas um entrevistador e um respondente Existem trecircs tipos de entrevistas natildeo

dirigida dirigida e semidirigidardquo

Para Savoiezajc (2003282) a entrevista semidirigida (hellip) eacute uma interaccedilatildeo verbal

animada de forma flexiacutevel pelo investigador Este deixar-se-aacute guiar pelo fluxo da entrevista

com o objetivo de abordar de um modo que se assemelha a uma conversa os temas gerais

sobre os quais deseja ouvir os respondentes permitindo assim destacar uma compreensatildeo rica

do fenoacutemeno em estudo

Nas entrevistas semidirigidas as perguntas satildeo especiacuteficas mas ainda assim o

investigador eacute livre de alterar a sua ordem no decorrer da entrevista bem como formular

novas questotildees pertinentes que surgem no contexto das informaccedilotildees fornecidas pelo

entrevistado (May2006)

As entrevistas pretendem recolher informaccedilatildeo acerca da intervenccedilatildeo do serviccedilo

social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial No que concerne aos

tipos de questotildees podem ser de trecircs tipos questatildeo aberta questatildeo fechada e questatildeo

semiestruturada

Apoacutes a elaboraccedilatildeo da entrevista efetuou-se um preacute teste junto de uma amostra da

populaccedilatildeo O preacute-teste eacute a prova que consiste em verificar a eficaacutecia e o valor do questionaacuterio

junto de uma amostra reduzida da populaccedilatildeo alvo pois permite descobrir os defeitos do

questionaacuterio e fazer as correccedilotildees que se impotildee (Fortin 2009 386)

Inicialmente e apoacutes a realizaccedilatildeo dos guiotildees das entrevistas foram aplicados 3 preacute-

testes o preacute-teste foi aplicado a duas Assistentes Sociais e uma Socioacuteloga depois de

aplicados os preacute-testes foram realizadas as reformulaccedilotildees necessaacuterias em algumas questotildees e

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas Importa realccedilar que as reformulaccedilotildees efetuadas foram

apenas ao niacutevel da redaccedilatildeo e natildeo do conteuacutedo pelo que natildeo houve alteraccedilotildees na questatildeo

inicial do presente estudo

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Relativamente aos dados recolhidos nas entrevistas ldquoestes devem ser transcritos

antes de os analisar Para a anaacutelise dos dados eacute essencial uma anaacutelise de conteuacutedordquo (Fortin

2009379)

Metodologicamente a anaacutelise de conteuacutedo visa medir a frequecircncia a ordem ou a

intensidade de certas palavras frases expressotildees factos e acontecimentos Ordenando-se os

acontecimentos por categorias contudo as caracteriacutesticas do conteuacutedo a avaliar satildeo definidas

e determinadas pelo investigador

Em suma a anaacutelise de conteuacutedo visa entatildeo ldquoa possibilidade de tratar de forma

metoacutedica informaccedilotildees e testemunhos que apresentam um certo grau de complexidade e

profundidaderdquo (Quivy e Campenhoudt 2008227)

5 - Procedimentos

Apoacutes terem sido efetuadas as alteraccedilotildees necessaacuterias suscitadas pelo preacute teste

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas

Para a realizaccedilatildeo das entrevistas aos teacutecnicos do ISSA foi enviado um pedido agrave

Presidente do Conselho Diretivo a solicitar autorizaccedilatildeo para aplicar as entrevistas aos

teacutecnicos depois de ter recebido a autorizaccedilatildeo por parte do Conselho Diretivo entrei em

contacto com o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira afim de agendar as datas para

realizar as entrevistas Poreacutem apenas me foi concedida autorizaccedilatildeo para realizar 9 entrevista

nos dois concelhos muito embora nos dois concelhos existirem mais de 30 teacutecnicos no ativo

na aacuterea social a justificaccedilatildeo dada para esta situaccedilatildeo foi que somente poderia entrevistar os

teacutecnicos afetos ao ISSA inicialmente as entrevistas aos teacutecnicos destinavam-se somente a

assistentes sociais face a esta situaccedilatildeo tive que incluir na amostra outros teacutecnicos tambeacutem

eles da aacuterea social (Socioacutelogos Psicoacutelogos e outros da aacuterea das Ciecircncias Sociais) Na

Autarquia de Angra as entrevistas foram aplicadas a socioacutelogos e natildeo a assistentes sociais

visto que o corpo teacutecnico do departamento Unidade Desenvolvimento Comunitaacuterio eacute

composto somente por socioacutelogos contudo importa referir que estes teacutecnicos natildeo sendo

formados em Serviccedilo Social desempenham funccedilotildees como assistentes sociais agrave exceccedilatildeo dos

Psicoacutelogos a entrevista aos 3 Psicoacutelogos no iniacutecio natildeo estava prevista poreacutem foi importante

realiza-la uma vez que qualquer equipa de intervenccedilatildeo psicossocial tem psicoacutelogos

integrados

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Importa salientar que o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira solicitou o

Guiatildeo de entrevista este foi enviado via correio eletroacutenico Os restantes pedidos para as

restantes Instituiccedilotildees foram realizados via telefone no que concerne agraves entrevistas aos

Presidentes de Cacircmara e Presidente SRPCBA os pedidos foram feitos tambeacutem por via correio

eletroacutenico

A disponibilidade para colaborar nesta investigaccedilatildeo por parte das Instituiccedilotildees foi

imediata em relaccedilatildeo agraves entrevistas dos teacutecnicos por motivos laborais tivemos que remarcar as

datas das entrevistas as entrevistas ao teacutecnicos e agrave coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social

realizaram-se em Outubro

O Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira disponibilizou-se para fazer a

entrevista contudo por motivos pessoais teve que se ausentar da ilha neste sentido a entrevista

foi aplicada agrave Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo

No decorrer das entrevistas aos teacutecnicos fui-me apercebendo que estes natildeo se

ldquosentiam agrave vontaderdquo para responder a certas questotildees que lhe ia colocando natildeo por natildeo

perceber a questatildeo em si mas sim por falta de informaccedilatildeo de alguns conteuacutedos

nomeadamente referentes agrave Proteccedilatildeo Civil

Grande parte das entrevistas natildeo foram gravadas porque natildeo tive autorizaccedilatildeo para

gravar por parte dos participantes embora este facto natildeo tenha levantado quaisquer

dificuldades na recolha de informaccedilatildeo

51- Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo

Apoacutes a realizaccedilatildeo das entrevistas procedeu-se agrave sua transcriccedilatildeo integral e de seguida

procedeu-se agrave categorizaccedilatildeo das questotildees

Como jaacute referido anteriormente a teacutecnica utilizada para proceder agrave anaacutelise de toda a

informaccedilatildeo recolhida foi a anaacutelise de conteuacutedo ou seja ldquoum conjunto de teacutecnicas de anaacutelise

das comunicaccedilotildees visando obter por procedimentos sistemaacuteticos e objetivos de descriccedilatildeo do

conteuacutedo das mensagens indicadores (quantitativos ou natildeo) que permitam a inferecircncia de

conhecimentos relativos agraves condiccedilotildees de produccedilatildeorececcedilatildeo (variaacuteveis inferidas) destas

mensagensrdquo (Bardin 200944)

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Nesta perspetiva a teacutecnica da anaacutelise de conteuacutedo foi utilizada para fazer uma

descriccedilatildeo objetiva e sistemaacutetica do conteuacutedo recolhido das questotildees abertas de modo a

facilitar a sua interpretaccedilatildeo conforme veremos no proacuteximo capiacutetulo onde se vai proceder agrave

apresentaccedilatildeo e anaacutelise dos resultados

Importa ainda realccedilar que o tratamento de algumas questotildees fechadas foi realizado

no programa Excel

52 - Procedimentos Eacuteticos

Qualquer investigaccedilatildeo que inclua pessoas levanta questotildees de ordem moral e eacutetica e

estas estatildeo presentes desde que se determina o problema ateacute agrave conclusatildeo do estudo (Fortin

1999116 citado por Santos 2008) Fortin refere que ldquo () a investigaccedilatildeo aplicada a seres

humanos pode por vezes causar danos aos direitos e liberdades das pessoas Por conseguinte

eacute importante tomar todas as disposiccedilotildees necessaacuterias para proteger os direitos e liberdades das

pessoas que participam nas investigaccedilotildees rdquo

Apoacutes o esclarecimento dos objetivos do estudo foi referenciado aos teacutecnicos que

estava assegurada a confidencialidade do nome dos teacutecnicos nas respostas dadas nas

entrevistas

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Capitulo III

Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados

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Conforme referenciado neste capiacutetulo pretende-se apresentar os dados e resultados

obtidos atraveacutes das entrevistas realizadas

Importa referir que o PCMAH natildeo respondeu a algumas das questotildees colocadas na

entrevista porque na altura das enxurradas do Porto Judeu natildeo exercia ainda funccedilotildees como

Autarca deste municiacutepio mencionou que as pessoas que estavam na altura das enxurradas do

Porto Judeu no SMPC atualmente jaacute natildeo se encontram na CMAH face a esta situaccedilatildeo e a fim

de ver esclarecidas algumas questotildees relacionadas com o funcionamento do PME entrei em

contacto com o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra Heroiacutesmo a

fim de clarificar algumas duvidas que existiam em relaccedilatildeo ao acionamento do PME

dificuldades encontradas no terreno e respostas concretas da CMAH face agrave situaccedilatildeo do Porto

Judeu a resposta dada pelo Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil foi ldquoa

pessoa que estava responsaacutevel na altura das enxurradas do Porto Judeu jaacute natildeo se encontra aqui

na Cacircmara contudo posso fornecer-lhe algumas informaccedilotildees haacute cerca da cheia que houve em

Angra Heroiacutesmo no dia 4 de Setembrordquo (Coordenador SMPCAH) a recolha de informaccedilatildeo

foi feita atraveacutes de uma conversa formal

Ao longo do processo da aplicaccedilatildeo das entrevistas verifiquei que existiu alguma

resistecircncia por parte do Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e do

coordenador do SMPC em se pronunciar sobre certas questotildees relacionadas com as

enxurradas do Porto Judeu

O PCMAH natildeo respondeu agraves questotildees relacionadas com as cheias de 4 de Setembro

uma vez que a entrevista foi realizada antes desta data

No que concerne agraves entrevistas aplicadas aos teacutecnicos sociais (Assistentes Sociais

Socioacutelogos Psicoacutelogoshellip) nas de questotildees de escolha muacuteltipla os teacutecnicos podem ter

assinalado mais do que uma opccedilatildeo

1 ndash Plano de Emergecircncia

Nos uacuteltimos anos a Ilha Terceira foi assolada por duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

(enxurradas) uma no concelho de Angra do Heroiacutesmo (Porto Judeu) outra no concelho da

Praia da Vitoacuteria (Agualva)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe o PME nem sempre eacute acionado pois a

situaccedilatildeo pode natildeo justificar o acionamento do mesmo

Quem aciona o PME eacute o Presidente da Cacircmara Municipal na situaccedilatildeo concreta da

Agualva o PME foi acionadoldquo O PME foi acionado e o Comando do Serviccedilo Municipal de

Proteccedilatildeo Civil foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualvardquo (E22-PCMPV) no Porto

Judeu o PCMAH natildeo sabe se o PME foi acionado ldquo Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacuterdquo

Segundo o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil nas cheias do

passado dia 4 de Setembro em Angra Heroiacutesmo ldquoo PME natildeo foi acionado mas foi acionada a

Estrutura Municipal de Gestatildeo de Emergecircncias no Posto de Comando da Proteccedilatildeo Civil

Municipal estiveram presentes o Presidente da CMAH Vereadores Coordenador SMPC

Chefe Serviccedilos Municipalizados e Chefe da Unidade de Accedilatildeo Social sempre em articulaccedilatildeo

com o Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra de Heroiacutesmo (BVAH) e com a Poliacutecia de

Seguranccedila Puacuteblica (PSP) rdquo

No que diz respeito aos teacutecnicos verificou-se que somente 4 dos teacutecnicos

entrevistados (78) tem conhecimento do PME do concelho onde desempenha funccedilotildees

(Fig11)

Fig11 ndash Conhecimento do PME Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

No que concerne agraves funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves instituiccedilotildees no acircmbito do PME a

maior parte dos teacutecnicos natildeo soube responder qual a funccedilatildeo concreta que a sua instituiccedilatildeo

tem no campo de acccedilatildeo do PME ldquo esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

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funccedilotildees e tarefas da instituiccedilatildeo do PMErdquo questionei e antes da reestruturaccedilatildeo quais eram as

funccedilotildees A resposta obtida foi a mesmaldquo (hellip) esta a haver uma reestruturaccedilatildeordquo (E3E4E5-

Assistentes Sociais)ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestroferdquo (E14 Socioacutelogo E9 Psicoacutelogo E12 Assistente Social)

ldquoDesconheccedilo quais as funccedilotildees que estatildeo atribuiacutedas agrave minha instituiccedilatildeo no PME (hellip) natildeo sei

nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam

nesse contexto ldquo (E6- Psicoacutelogo)rdquonatildeo sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo tem no PMErdquo

(E7E8E10E11E15E15E17E18)

As funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves Instituiccedilotildees no PME assentam essencialmente

nordquo(hellip) levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo com outras entidades e

realojamentordquo (E13-Assistente Social)

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Caso ocorra uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe na Ilha Terceira a equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial eacute organizada na altura do acontecimento ldquoA equipa de intervenccedilatildeo psicossocial

intervenccedilatildeo em crise na Terceira natildeo se encontra organizada (hellip) a equipa natildeo se formou

organizou porque depende de vaacuterios organismosrdquo (E19-Presidente SRPCBA) de momento ldquo

(hellip) natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia helliprdquo (E14-Assistente Social)

Em situaccedilotildees de cataacutestrofe qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir

independentemente que goze ou natildeo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes a

equipa eacute formada por teacutecnicos das diferentes instituiccedilotildees que fazem parte do PME ldquoem

situaccedilotildees de cataacutestrofe a equipa eacute formada por teacutecnicos de vaacuterias instituiccedilotildees os psicoacutelogos

vamos buscar ao Centro de Sauacutede os assistentes sociais ao ISSA e agrave Divisatildeo da Habitaccedilatildeo da

Terceirardquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo (hellip) A equipa quando eacute formada pode ser composta

por teacutecnicos de diferentes aacutereas tais como Psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e Ciecircncias Sociaisrdquo (E20-Coordenadora do ISSA)

Apesar de natildeo existir uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial organizada para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe na Ilha Terceira existem teacutecnicos sociais especiacuteficos para

intervir nestas situaccedilotildees rdquo a equipa natildeo esta formada poreacutem existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildeesldquo (E10- Socioacutelogo) se ldquo (hellip) a equipa tivesse formada era mais

faacutecil depois intervir (hellip) rdquo (E11-Ciecircncias Sociais)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe as primeiras instituiccedilotildees a serem

acionadas satildeo o ISSA e a Divisatildeo da Habitaccedilatildeo estas geralmente satildeo acionadas pela Proteccedilatildeo

Civil ldquosomos chamados consoante as necessidades da Proteccedilatildeo Civilrdquo (E13Assistente Social

E14 Socioacutelogo)

Embora existam teacutecnicos especiacuteficos para intervir neste tipo de situaccedilotildees qualquer

teacutecnico na altura da situaccedilatildeo da crise pode ser chamado para intervir ldquotodos os teacutecnicos podem

ser chamados (hellip) o nuacutemero de teacutecnicos depende do grau da cataacutestroferdquo (E20-Coordenadora

do ISSA) apesar de natildeo existir uma equipa organizadaldquo (hellip) quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8 Assistente Social E9

Psicoacutelogo E11 Ciecircncias Sociais E13Assitente Social) ldquoNatildeo existe uma equipa especiacutefica

vatildeo arrancando por subequipas quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipasrdquo (E7-

Psicoacutelogo)ldquoO superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da

equipardquo( E11 Ciecircncias Sociais E12Assistente Social)

Na situaccedilatildeo da Agualva e do Porto Judeu nem todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME estiveram presentes ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo

sabemos ao certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo(E1E2- Assistentes Sociais)

Nas enxurradas da Agualva os teacutecnicos que estiveram presentes foram os do ISSA e da

Habitaccedilatildeo e os teacutecnicos da CMPV no caso do Porto Judeu apenas estiveram presentes os

teacutecnicos do ISSA e da HabitaccedilatildeoldquoFomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel os serviccedilos de

sauacutedes natildeo estiveram presentes agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi

feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave casa de uma senhora que era de difiacutecil acesso ldquo(

E13- Assistente Social)

Podemos constatar que algumas das instituiccedilotildees que fazem parte do PME

desempenham um papel meramente redutor neste tipo de situaccedilotildees nomeadamente os

Organismos de Apoio a intervenccedilatildeo cinge-se apenas ao niacutevel do ISSA e da Divisatildeo da

Habitaccedilatildeo

3 - Dificuldades encontradas no Terreno

Segundo o PCMPV a maior dificuldade com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do

socorro agrave populaccedilatildeo na Agualva foi o acesso agraves residecircncias pois os caminhos ficaram todos

obstruiacutedos ldquo (hellip) houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham

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um buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila

dos bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa (hellip) o que estava no PME funcionou

em pleno (hellip) A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de

solidariedade toda a gente contribuiu os escuteiros foram uma mais-valia neste tipo de

situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chaverdquo

No que concerne agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro agrave

populaccedilatildeo no Porto-Judeu o PCMAH natildeo respondeu a esta questatildeo ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Nas cheias de 4 de Setembro segundo o Coordenador do SMPC natildeo houve

dificuldades de coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes no que concerne

agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro eacute referido que natildeo houve

dificuldades na prestaccedilatildeo do socorro embora tenham existido alguns contratempos que

rapidamente foram ultrapassados nomeadamente na falta de comunicaccedilatildeo ldquo Embora tenha

ficado sem telemoacutevel devido agrave chuva existe redundacircncia O SMPC dispotildee de rede raacutedio com

frequecircncia proacutepria com cobertura em toda a ilha utilizou-se tambeacutem a viatura Unidade de

Comando e Telecomunicaccedilotildees

No que concerne agrave coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

envolvidos na situaccedilatildeo da Agualva o PCMPV relatou que natildeo houve dificuldades de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes ldquoeacute uma resposta difiacutecil (Risos)

natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de

proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees (hellip) O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito

este plano foi uma mais-valia nesta intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua

execuccedilatildeo este foi muito discutido por exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos

existentes em cada Freguesia para fazer face a este tipo de situaccedilotildeesrdquo

Os teacutecnicos entrevistados reportaram que as maiores dificuldades com que se

confrontaram no terreno assentaram essencialmente na falta de coordenaccedilatildeo (31) falta de

formaccedilatildeo (27) funccedilotildees natildeo atribuiacutedas (14) falta de informaccedilatildeo (14) e natildeo participaccedilatildeo

em simulacros (14) (Fig12)

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Fig12 ndash Dificuldades encontradas no terreno Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

Segundo o PCMPV natildeo houve dificuldades de coordenaccedilatildeo entre os diferentes

intervenientes na situaccedilatildeo da Agualva contudo os teacutecnicos sociais referem que a falta de

coordenaccedilatildeo foi umas das principais dificuldades com que se confrontaram no terreno

(Fig12) outra das dificuldades encontradas no terreno pelos teacutecnicos esta relacionada com a

sobreposiccedilatildeo de papeacuteis e funccedilotildees natildeo atribuiacutedasldquo (hellip) a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das chefias

superiores tem que ficar bem definida (hellip) A Proteccedilatildeo Civil Exercito Bombeiros deve saber

qual o seu papel para natildeo haver atropelos (hellip) O ISSA deve ter um papel privilegiado na

intervenccedilatildeo psicossocial tem que haver respeito pelos papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem

clara (hellip) natildeo havia nada preparado para este tipo de situaccedilotildees natildeo havia documentos isto na

Agualva pois intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas

melhoraram bastanterdquo (E12 E13- Assistentes Sociais)

Segundo a Coordenadora do ISSA ldquo as maiores dificuldades sentidas na prestaccedilatildeo do

socorro aacute populaccedilatildeo foram as condiccedilotildees de trabalho estas eram muito difiacuteceis havia muitos

riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades pois foi difiacutecil lidar com tanta

destruiccedilatildeordquo

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 14 (78) referiram que os assistentes sociais natildeo se

encontram preparados para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a falta de preparaccedilatildeo estaacute

associada a vaacuterios fatores tais como falta de formaccedilatildeo falta de informaccedilatildeo desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros (Fig13)

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Fig13 ndash Falta de preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Como podemos observar atraveacutes da figura acima apresentada (Fig13) a falta de

formaccedilatildeo (36) eacute o fator mais apontado pelos teacutecnicos como uma das principais causas da

natildeo preparaccedilatildeo dos assistentes sociais para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofeldquo (hellip) em

situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias sem termos formaccedilatildeo especifica

perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para adquirir ferramentas para nossa

intervenccedilatildeordquo (E9-Psicologo)

Um dos teacutecnicos entrevistados relatou que o proacuteprio curso de Serviccedilo Social deveria

ter um moacutedulo que abordasse a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe ldquo a

falta de preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais (hellip) esta relacionada com todos os itens acima

descritos tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica deveria contemplar um moacutedulo que

falasse exatamente nesta aacuterea pois seria uma mais-valia tornando a nossa intervenccedilatildeo mais

eficazldquo (E14- Assistente Social)

4 - Intervenccedilatildeo

Atraveacutes da apresentaccedilatildeo dos resultados verificamos que a intervenccedilatildeo das Autarquias

nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe centrou-se particularmente nos trabalhos de desobstruccedilatildeo

das vias de modo a permitir a circulaccedilatildeo dos meios de apoio e salvamento para a realizaccedilatildeo

recorreram a maquinaria de empresas privadas

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A resposta da CMPV face agrave situaccedilatildeo da Agualva assentou essencialmente em 3

fatores diagnoacutestico da situaccedilatildeo plano de evacuaccedilatildeo e ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social

ldquoNuma primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe salvaguardando sempre

a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das pessoas Numa segunda

fase ativamos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as estradas

desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os recursos

adequados (hellip) entraacutemos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos

ajudarem na desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira Por uacuteltimo procedemos agrave

ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da Agualva aqui eram

confecionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de apoio psicoloacutegico

levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo centraram-se todos os

serviccedilosrdquo (E22-PCMPV)

No caso de Porto-Judeu o PCMAH natildeo soube responder qual a resposta concreta da

CMAH face a esta situaccedilatildeo de cataacutestrofe alegando que na altura natildeo era Presidente da

Cacircmara ldquo Natildeo sei natildeo estava caacuteldquo

No que diz respeito agraves cheias de Angra Heroiacutesmo segundo o Coordenador do SMPC

a resposta da CMAH assentou essencialmente em

- Intervenccedilatildeo no extravasamento de 3 linhas de aacutegua recorrendo a maquinaria de

empresas privadas

-Apoio na desobstruccedilatildeo de canalizaccedilotildees de moradias inundadas

- Desobstruccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo devido a pequenos movimentos de vertente

- Desmoronamento de muros e abatimento de vias

A Proteccedilatildeo Civil Municipal participou em aproximadamente 20 ocorrecircncias no dia 2

de Setembro e em cerca de 50 ocorrecircncias no dia 4 de Setembro De referir que no dia 4 de

Setembro registou-se 157 mm de precipitaccedilatildeo acumulada com maior incidecircncia entre as

15h00 e as 16h00

As freguesias mais afetadas foram Conceiccedilatildeo Seacute Satildeo bento Terra Chatilde Posto

Santo Ribeirinha Feteira e Porto Judeu

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Para fazer face agraves situaccedilotildees de cataacutestrofe ambos os municiacutepios dispotildeem de uma verba

camaraacuteria para este tipo de situaccedilotildees em Angra ldquoesta verba eacute usada consoante as necessidades

que existemrdquo (E21-PCMAH) enquanto na Praia da Vitoacuteria ldquoa verba destina-se essencialmente

agrave Reabilitaccedilatildeordquo (E22-PCMPV)

Ao niacutevel da intervenccedilatildeo Social esta assenta na Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de

Golan (1978) ldquoas situaccedilotildees do Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis na Agualva

estivemos laacute em permanecircncia no local no imediato foram asseguradas as necessidades

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos (hellip) No Porto Judeu a situaccedilatildeo natildeo foi

tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi ao niacutevel do levantamento das necessidadesrdquo (E20- Coordenadora

ISSA)

No que respeita agraves funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos perante estas duas

situaccedilotildees assentaram principalmente em

- Acalmar as viacutetimas

-Assegurar as necessidades baacutesicas de subsistecircncia e realojamento

-Atendimento agraves famiacutelias

-Levantamento das necessidades

-Articulaccedilatildeo com outras entidades

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe nas Flores na Agualva e no Porto

Judeu tiacutenhamos como funccedilotildees acalmar as pessoas apoiar o Presidente da Cacircmara (faziacuteamos

a ponte entre a comunidade e os serviccedilos) levantamento das necessidades ao niacutevel

habitacional ldquo (E3- Assistente Social) Por outro lado ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento

de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e

proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isoladordquo (E8-Assistente Social)

Outra das funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

recaiu no ldquo levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras entidadesrdquo (E9

Psicoacutelogo E10 Socioacutelogo E11Ciencias Sociais E13E14 Assistentes Sociais)

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ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos atendimento direto

agraves pessoas ldquo (E10Socioologo e E14 Assistente Social) ldquo (hellip) fizemos um pouco de tudo (hellip)

levaacutemos aacutegua medicamentos roupa e alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estivemos na construccedilatildeo

de uma base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11-Ciencias Sociais)

A intervenccedilatildeo realizada pelas instituiccedilotildees recaiu essencialmente no apoio

psicoloacutegico apoio alimentar apoio em vestuaacuterio apoio para a habitaccedilatildeo e apoios na aacuterea da

sauacutede

No que diz respeito agraves respostas existentes por parte do ISSA para fazer face a

situaccedilotildees de cataacutestrofe a Coordenadora verbalizou que natildeo existe uma resposta especiacutefica para

este tipo de situaccedilotildees ldquonatildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

encaminhamos usamos os recursos da comunidade (hellip) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos uma residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA dispotildee de

uma verba para este tipo de situaccedilotildees e temos ainda teacutecnicos que intervecircm neste tipo de

situaccedilotildees (hellip) em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores alojamentordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco para a ocorrecircncia de situaccedilotildees de

cataacutestrofes verifiquei que ateacute agraves enxurradas da Agualva ainda natildeo tinham sido criados

instrumentos de trabalho ao niacutevel social para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquoNa Agualva

tiveram que ser criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo (hellip) a situaccedilatildeo da Agualva foi

um marco pela gravidade da situaccedilatildeo muitos dos instrumentos foram criados devido agrave

situaccedilatildeordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Em bom rigor podemos concluir que ateacute aqui a existecircncia de uma verdadeira

cataacutestrofe era considerada natildeo relevante a intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial foi

necessaacuterio existir uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe para serem tomadas medidas para colmatar este

tipo de situaccedilotildees

Para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe o departamento de Accedilatildeo Social da CMPV

trabalha em articulaccedilatildeo com o gabinete de Proteccedilatildeo Civil ldquoeste departamento trabalha em

conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas pelos

dois departamentos existe trabalho de articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois

departamentosrdquo (E22-PCMPV)

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No que concerne agrave CMAH a Unidade de Desenvolvimento Comunitaacuterio natildeo

desenvolve ainda nenhum programa especiacutefico para fazer frente a este tipo de situaccedilotildees

ldquoainda natildeo temos programa especiacutefico face a estas situaccedilotildees mas jaacute agimos nas chuvadas de

dia 4 de Setembro 2015rdquo (E14- Socioacutelogo)

Importa salientar que o PCMAH natildeo estava informado se a sua Autarquia disponha

ou natildeo de um programa ao niacutevel da intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquosim temos a

atuaccedilatildeo deles faz parte delesrdquo (E21-PCMAH) verifica-se que a Autarquia da Praia da Vitoria

valoriza a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe enquanto que a Autarquia

de Angra do Heroiacutesmo encontra-se ainda a dar os primeiros passos no que concerne agrave

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe

5 - Formaccedilatildeo

Ao niacutevel da formaccedilatildeo e da sua relevacircncia para a intervenccedilatildeo a maior parte dos

teacutecnicos entrevistados jaacute participaram em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe (Fig14)

Fig14 ndash Participaccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Contudo nem todos os teacutecnicos frequentaram formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe (Fig15)

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Fig15- Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo Efetiva de Cataacutestrofes Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Dos 7 teacutecnicos entrevistados (39) que natildeo possuem formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe poreacutem 4 deles jaacute desempenharam funccedilotildees em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe (E14 Assistente Social E15E16E17 Socioacutelogos) importa referir que a

maior parte dos teacutecnicos que goza de formaccedilatildeo nesta aacuterea apenas frequentou o I moacutedulo do

curso ldquo (hellip) jaacute fizemos trecircs cursos niacutevel I II e III (hellip) o curso eacute frequentado por enfermeiros

assistentes socais e psicoacutelogoshellip ldquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo A formaccedilatildeo era composta por

3 moacutedulos apenas tirei o moacutedulo Irdquo (E7E8E11) ldquo (hellip) soacute tenho o primeiro moacutedulo fizemos

um pedido superiormente para frequentarmos os moacutedulos II e III mas natildeo foi aceiterdquo (E10-

Socioacutelogo)

Face a esta situaccedilatildeo podemos concluir que os teacutecnicos veem a formaccedilatildeo como um

valor acrescentado na melhoria da sua praacutetica profissional ldquoa formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de

novos conhecimentosrdquo (E1E2E3E4E5E6 Assistentes Sociais Psicoacutelogo) para outros ldquo a

formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas como as entidades a

envolver no encaminhamento das situaccedilotildeesrdquo (E9-Psicologo) a formaccedilatildeo serve ainda para ldquo

(hellip) para natildeo confundirmos os papeacuteis e para darmos uma resposta eficaz e organizada ao

niacutevel da intervenccedilatildeordquo (E13E14-Assistente Social) ldquo a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o

apoio agraves pessoasrdquo (E17E18- Socioacutelogos)

Poreacutem algumas chefias natildeo veem a formaccedilatildeo como uma mais-valia segundo os

teacutecnicos a falta de preparaccedilatildeo dos mesmos para trabalhar em contexto de cataacutestrofe deve-se

principalmente agrave falta de formaccedilatildeo (Fig13) neste sentido seria necessaacuterio que os teacutecnicos

frequentassem os restantes moacutedulos do curso bem como alargar a formaccedilatildeo a um maior

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nuacutemero de teacutecnicos visto que qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir neste tipo de

situaccedilotildees ldquoa formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14-Assistente

Social) sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel termos teacutecnicos

preparados para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquocom formaccedilatildeo adequada penso que os

teacutecnicos se encontram preparados para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofes posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positivardquo (E19-

Presidente do SRPCBA)

De acordo com os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas aos Presidentes de

Cacircmara ambos verbalizam que as instituiccedilotildees que fazem parte do PME do concelho de Angra

do Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoacuteria recebem formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes ldquoDamos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil depende das necessidades que os proacuteprios detetam na uacuteltima

formaccedilatildeo estiveram presentes mais de 20 instituiccedilotildeesrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees participam nos simulacros que

fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala Nestes simulacros

estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados duas vezes por

anohelliprdquo (E22-PCMPV)

Todos os teacutecnicos comungam da mesma opiniatildeo a formaccedilatildeo contribui para a

melhoria da praacutetica profissional ldquoA formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o

que vamos fazer na alturardquo (E7 Psicoacutelogo E10 Assistente Social E12 Assistente Social) ldquoA

formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta podemos

provocar ainda mais o caosrdquo (E10- Socioacutelogo)

6 - Simulacros

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 11 (61) referiram que nunca participaram em

simulacros contudo jaacute trabalharam em situaccedilotildees efetivas de cataacutestrofe (Fig16)

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Fig16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais em simulacros Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

ldquo (hellip) a participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do

acontecimento facilita em muito a nossa intervenccedilatildeo (E3- Assistente Social)

O PCMAH referiu que o concelho de Angra do Heroiacutesmo realiza um simulacro por

ano o PCMPV verbalizou que o concelho da Praia da Vitoria realiza 2 simulacros por ano a

Proteccedilatildeo Civil pratica um simulacro por anoldquo realizamos simulacros anualmente as equipas

de intervenccedilatildeo psicossocial satildeo sempre chamadas para participarrdquo (E19-Presidente SRPCBA)

Segundo a Resoluccedilatildeo nordm 302015 da Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil a qual

revoga a Resoluccedilatildeo nordm 252008 ambas referentes aos criteacuterios e normas teacutecnicas para a

elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil refere na aliacutenea a)

os planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil devem ser objeto de realizaccedilatildeo de exerciacutecios com

periodicidade maacutexima de 2 anos (o ultimo exerciacutecio realizado em Angra foi a 20 de Maio de

2015 e o da Praia em Junho de 2015) face a esta situaccedilatildeo ambas as autarquias estatildeo a agir em

conformidade segundo a lei acima mencionada

Ao analisarmos as respostas dadas pelos teacutecnicos verificaacutemos que os teacutecnicos que

jaacute participaram em simulacros participaram no simulacro haacute mais de dois anos conclui-se

entatildeo que nem todas as Instituiccedilotildees estatildeo a participar nos simulacros promovidos tanto pelas

Autarquias como pela Proteccedilatildeo Civil

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo

No que diz respeito agraves accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo verificou-se que tanto a

CMAH e CMPV e Proteccedilatildeo Civil realizam frequentemente accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo junto da

comunidade para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe essas accedilotildees satildeo realizadas junto das

escolas lares atraveacutes de coloacutequios palestras contudo a informaccedilatildeo pode chegar a toda a

sociedade civil atraveacutes da internet e panfletos ldquoRealizaacutemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas para estas questotildees (hellip) A Proteccedilatildeo

Civil eacute quem desenvolve mais este papel faz sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNeste momento temos dois projetos onde fazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo o

proteccedilatildeo civil mais 65 onde realizamos accedilotildees nos lares de terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de Proteccedilatildeo Civil este projeto desenvolve-se ao niacutevel das escolas estas accedilotildees

satildeo realizadas anualmenterdquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquoFazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo os

puacuteblicos-alvo satildeo crianccedilas jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet

panfletos usamos muito os panfletos fazemos palestras os nossos teacutecnicos dirigem-se agraves

escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo feitas duas vezes por ano ldquo

(E22-PCMPV)

Verificou-se que existe por parte dos serviccedilos a preocupaccedilatildeo de informar alertar a

sociedade civil para este tipo de situaccedilotildees

8 - Normativos Internos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe

No que concerne aos normativos internos (procedimentos a adotar em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe) 3 teacutecnicos (17) mencionaram que as Instituiccedilotildees a que pertencem natildeo dispotildeem

de normativos internos para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe (Fig17)

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Fig17 Normativos internos Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe com a Intervenccedilatildeo do

Assistente Social

Verifica-se que existe relaccedilatildeo entre as caracteriacutesticas da atuaccedilatildeo do assistente social e

as etapas da intervenccedilatildeo psicossocial O quadro 8 mostra a relaccedilatildeo das etapas da intervenccedilatildeo

psicossocial com a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Estabelecer contacto Acolhimento

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe eacute necessaacuterio estabelecer um

contacto Acolhimento com as pessoas de forma a

perceber o que aconteceu e providenciar as

necessidades imediatas

ldquo Quando chegamos ao local tentamos acalmar as

pessoasrdquo (E3 ndash Assistente Social)

(hellip) ldquoLevantamento de necessidades imediatashelliprdquo (E8-

Assistente Social)

(hellip) Levamos aacutegua medicamentos alimentaccedilatildeo

vestuaacuteriohellip (E11-Ciencias Sociais)

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Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social (cont)

Analisar o Problema

Nesta fase o AS deve tentar perceber quais os

problemas que necessitam de uma intervenccedilatildeo imediata

e quais os que podem ter uma intervenccedilatildeo posterior

nesta fase devem tambeacutem ser identificadas as

prioridades

ldquoFomos socorrer um diabeacutetico (hellip) natildeo sabia o que

fazer (hellip) andei a pedir seringas e insulina (hellip) foi

horriacutevel os serviccedilos de sauacutede natildeo estiveram presenteshellip

(E13-Assistente Social)

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Nesta fase o AS deve analisar que possiacuteveis soluccedilotildees

existem para aquela situaccedilatildeo problema e verificar o

que jaacute foi feito pela famiacutelia para ultrapassar a situaccedilatildeo

ldquoHouve famiacutelias que ficaram desalojadas umas

famiacutelias por iniciativa proacutepria ficaram alojadas em casa

de familiares outras foram realojadasrdquo (E3-Assistente

Social)

Executar accedilotildees concretas

Nesta etapa o As deve proceder agrave execuccedilatildeo de accedilotildees

concretas para ajudar a famiacutelia a resolver a situaccedilatildeo

problema

ldquo (hellip) Um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos uma

pensatildeo para ficar depois fizemos a articulaccedilatildeo com a

Divisatildeo da Habitaccedilatildeordquohellip (E20-Coordenadora Accedilatildeo

Social)

Acompanhamento

Esta etapa tem a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito ateacute

ao momento prestando especial atenccedilatildeo agraves tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

ldquoPoacutes cataacutestrofe as famiacutelias que ainda necessitam de

acompanhamento satildeo encaminhadas para teacutecnicas da

freguesiardquo (E-20 Coordenadora ISSA)

Os utentes que necessitam de intervenccedilatildeo poacutes

cataacutestrofe passam a ser seguidos pelo centro de sauacutede ldquo

(E9- Psicoacutelogo)

Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria a partir da sistematizaccedilatildeo das entrevistas realizadas2015

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Conclusotildees

Portugal tem tido nos uacuteltimos anos um aumento significativo de desastres naturais os

quais deram origem a viacutetimas mortais e a grandes prejuiacutezos econoacutemicos sociais e

psicoloacutegicos

As pessoas e o ambiente satildeo cada vez mais punidas pelos efeitos nefastos dos

desastres naturais isto deve-se segundo vaacuterios autores entre os quais Giddens (2012) a altas

taxas de crescimento populacional e elevada densidade demograacutefica migraccedilatildeo e urbanizaccedilatildeo

natildeo planeada ou desordenada degradaccedilatildeo ambiental e alteraccedilotildees climaacuteticas As populaccedilotildees

carentes satildeo as mais vulneraacuteveis aos desastres porque dispotildeem de menos recursos e

capacidade para lidar com os impactos ou evitaacute-los

Quantas vezes temos testemunhado a forccedila da natureza ou a ldquomatildeordquo do homem a

despoletarem grandes adversidades que deixam o ser humano impotente cataacutestrofes naturais

atentados terrorista acidentes rodoviaacuterios violaccedilotildees tiroteios acontecimentos que natildeo

conseguimos controlar aos quais muitas vezes natildeo sabemos como reagir nem como ajudar

Parafraseando Maia (2009) em situaccedilotildees de cataacutestrofes a intervenccedilatildeo eacute efetuada por

dois grupos de profissionais distintos aqueles cuja funccedilatildeo principal eacute intervir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe com o objetivo de restabelecer recursos materiais e organizar infraestruturas como

eacute o caso dos poliacutecias bombeiros meacutedicos entre outros o outro grupo eacute constituiacutedo pelos

profissionais preparados para intervir em situaccedilotildees de crise psicoloacutegica e social como eacute o

caso das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial constituiacutedas por psicoacutelogos e assistentes sociais

considerando-se que o apoio psicossocial eacute um dos maiores preditores de bem-estar

As equipas de apoio psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia prestam os designados

Primeiros Socorros Psicoloacutegicos que correspondem a teacutecnicas que visam ajudar

sobreviventes familiares e profissionais de emergecircncia em momentos de crise imediatamente

apoacutes um desastre Estas teacutecnicas visam reduzir o distress (stress negativo) inicial provocado

por eventos traumaacuteticos e desenvolver o funcionamento adaptativo e capacidade de gestatildeo do

stress a curto e longo prazo

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel proceder de

imediato agrave organizaccedilatildeo da equipa de intervenccedilatildeo psicossocial A justificaccedilatildeo dada pelo

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Presidente SPCBA de que a equipa natildeo esta organizada natildeo eacute plausiacutevel ldquo (hellip) depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada (hellip) rdquo nenhum paiacutes estaacute imune agraves

cataacutestrofes naturais as emergecircncias e cataacutestrofes satildeo acontecimentos que pela sua proacutepria

natureza natildeo podem ser predeterminados o que obriga a estejamos devidamente preparados

para fazer face a estas situaccedilotildees a existecircncia de uma equipa jaacute organizada eacute a chave do

sucesso para a nossa intervenccedilatildeo

Eacute inaceitaacutevel que soacute a partir das enxurradas da Agualva em 2009 se comeccedilou a

organizar a atuaccedilatildeo ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquo (hellip) natildeo havia

nada preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na Agualva pois

intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas melhoraram bastante ldquo

(E7E8 Assistentes Sociais)

A CMAH soacute comeccedilou a dar os primeiros passos ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em

situaccedilotildees de cataacutestrofe nas enxurradas de Angra do Heroiacutesmo a 4 de Setembro de 2015ldquo (hellip)

mas jaacute agimos nas chuvadas de dia 4 de Setembro 2015helliprdquo (E17-Sociologo)

Apoacutes a equipa intervenccedilatildeo psicossocial estar devidamente organizada eacute necessaacuterio

ministrar formaccedilatildeo aos teacutecnicos na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofes a maior

parte dos teacutecnicos entrevistados referiu que um dos fatores relacionados com a sua falta de

preparaccedilatildeo para trabalhar em situaccedilotildees de cataacutestrofe bem como as dificuldades encontradas

no terreno deve-se particularmente agrave falta de formaccedilatildeo nesta aacuterea todos os teacutecnicos que sejam

chamados para intervir nestas situaccedilotildees devem gozar de formaccedilatildeo nesta aacuterea nas duas

situaccedilotildees de cataacutestrofe ocorridas na Ilha Terceira foram acionados teacutecnicos para intervir que

natildeo gozavam de qualquer tipo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes neste

sentido haacute que sensibilizar as chefias para estas questotildees possuir recursos humanos

preparados melhor seraacute a qualidade das suas respostas A falta de formaccedilatildeo dos recursos

humanos ou inclusivamente a inadequaccedilatildeo dos mesmos pode levar a que um pequeno

sinistro se possa tornar numa enorme cataacutestrofe

Na linha de pensamento de Golan (1978) as situaccedilotildees de crise exigem a intervenccedilatildeo

de teacutecnicos especializados nomeadamente de assistentes sociais A cataacutestrofe natural pela sua

magnitude e imprevisibilidade eacute considerada uma crise que necessita de intervenccedilatildeo

especializada na maioria das vezes

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As situaccedilotildees de crise aleacutem de exigirem teacutecnicos especializados exigem tambeacutem que

os teacutecnicos sejam conhecedores da comunidade onde estatildeo inseridos de forma a poder efetuar

a caracterizaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis na comunidade pelo que a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees

de crise deve ser desenvolvida preferencialmente por um teacutecnico com relaccedilotildees jaacute

estabelecidas na comunidade

Nesta preceptiva eacute extremamente necessaacuterio que em situaccedilotildees de cataacutestrofe os

assistentes sociais que integram as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam qual o papel

que cada instituiccedilatildeo desempenha no terreno e quais os recursos que disponibilizam neste tipo

de situaccedilotildees Para isso eacute necessaacuterio que sejam conhecedores do PME do concelho bem como

de alguma legislaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil pelo que a participaccedilatildeo em simulacros

pode ser uma forma de colmatar este tipo de situaccedilotildees todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME devem ser convidadas a participar em simulacros a realizaccedilatildeo de simulacros natildeo se

deve cingir somente a algumas instituiccedilotildees pois em situaccedilatildeo de cataacutestrofe qualquer uma

instituiccedilatildeo pode ser acionada para intervir

Apoacutes a cataacutestrofe na fase considerada poacutes-critica a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

pretende por um lado promover a recuperaccedilatildeo da comunidade a curto e meacutedio prazo atraveacutes

da reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos essenciais da reconstruccedilatildeo do tecido social nomeadamente

sistemas de saneamento eletricidade comunicaccedilotildees serviccedilos de sauacutede por outro lado poderaacute

o assistente social neste momento centrar-se no trabalho de recuperaccedilatildeo psicoloacutegica social e

econoacutemica dos indiviacuteduos

No campo especiacutefico da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe a

meta principal eacute ajudar a pessoa a recuperar o niacutevel de vida que possuiacutea antes do evento

desencadeante da crise

A relaccedilatildeo de ajuda eacute um dos instrumentos fundamentais para uma intervenccedilatildeo eficaz

em situaccedilotildees de crise esta soacute eacute possiacutevel se estabelecer uma relaccedilatildeo de confianccedila Podemos

definir esta relaccedilatildeo como uma troca de conhecimento e influecircncia muacutetua onde o assistente

social tem que estar disponiacutevel e ter curiosidade de descobrir a sua pessoa os seus desejos as

suas ambiccedilotildees e os seus obstaacuteculos Para tal o assistente social tem que recorrer agrave escuta agrave

observaccedilatildeo fazer perguntas pertinentes onde o utente exprime os seus interesses que vai

facilitar a sua capacidade de exprimir e melhorar a comunicaccedilatildeo entre os dois

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Em situaccedilotildees de cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de ajuda eacute uma

abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de sucesso junto das

viacutetimas

Deste estudo surgem algumas propostas tais como

- A intervenccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilotildees de cataacutestrofe deve seguir o modelo de

anaacutelise referente agraves etapas da intervenccedilatildeo psicossocial

-A elaboraccedilatildeo do PME bem como as leis em mateacuteria de proteccedilatildeo civil devem contar

com a participaccedilatildeo dos assistentes sociais pois o contributo oferecido pelo Serviccedilo Social

seraacute uma mais-valia

- Introduzir no plano de estudos do curso de Serviccedilo Social uma disciplina ou um

moacutedulo acerca desta temaacutetica considerando que as situaccedilotildees de cataacutestrofe cada vez mais

suscetiacuteveis de acontecer precisam de teacutecnicos com conhecimentos nesta aacuterea

- Uma outra proposta seria a construccedilatildeo de um manual de procedimentos numa visatildeo

mais alargada e mais abrangente da intervenccedilatildeo social aplicaacutevel agraves diferentes situaccedilotildees

possiacuteveis agrave semelhanccedila dos procedimentos protocolos e planos de accedilatildeo jaacute determinados e

preacute-estabelecidos pelos diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

-Apenas devem intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe teacutecnicos que tenham formaccedilatildeo

nesta aacuterea pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo de sucesso

Tendo em conta que uma boa preparaccedilatildeo envolve um certo grau de atividade

educacional e formativa e um conhecimento vaacutelido e empiacuterico baseado em conhecimento

social e cientiacutefico satildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees neste sentido O contributo acadeacutemico e

cientiacutefico de investigaccedilotildees centradas na preparaccedilatildeo aos desastres natildeo deve apenas limitar ndash se

a algumas aacutereas como eacute o caso da Psicologia e Proteccedilatildeo Civil devendo expandir-se por outras

aacutereas nomeadamente pela aacuterea do Serviccedilo Social para que de forma articulada e coordenada

possam combinar esforccedilos para uma resposta agrave crise cada vez mais estruturada sistemaacutetica e

eficaz suscetiacutevel de reduzir impactos e minimizar consequecircncias quer em termos materiais

quer em termos psicoloacutegicos e sociais

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Para garantir uma resposta operacional adequada e eficaz perante as situaccedilotildees de

cataacutestrofe haacute que apostar numa fase de preacute-preparaccedilatildeo que contemple o planeamento e a

prevenccedilatildeo o treino contiacutenuo de equipas a educaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo acerca dos riscos planos

e treinos de simulaccedilotildees de situaccedilotildees reais no sentido de corrigir inadequaccedilotildees e reforccedilar o

que estaacute adequado e eficiente O planeamento da resposta aos desastres eacute essencial para uma

adequada recuperaccedilatildeo da crise minimizando a disrupccedilatildeo do funcionamento de toda uma

sociedade uma comunidade ou um indiviacuteduo

Assim a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe natildeo deve reduzir

ndash se apenas ao levantamento de necessidades e ao assegurar as necessidades baacutesicas de

subsistecircncia e articulaccedilatildeo com outras entidades Deve ainda desempenhar um papel mais proacute-

ativo centrando a sua accedilatildeo natildeo soacute na fase de emergecircncia e poacutes emergecircncia mas tambeacutem

particularmente na fase da preacute emergecircncia pois qualquer cataacutestrofe eacute possiacutevel de acontecer

mais cedo ou mais tarde aconteceraacute por isso temos que estar prevenidos

Em Portugal a investigaccedilatildeo na aacuterea da emergecircncia em situaccedilotildees de cataacutestrofe eacute

urgente e prioritaacuteria Poreacutem a literatura relativa agrave intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees

de cataacutestrofe eacute escassa ou praticamente inexistente no nosso paiacutes o que leva a considerar que

sejam desenvolvidas mais investigaccedilotildees nesta aacuterea neste sentido torna-se imprescindiacutevel criar

um instrumento que indique em que medida os diferentes intervenientes da resposta agrave crise

estatildeo preparados para gerir toda uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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Administraccedilatildeo

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Sousa SJM (2007)ldquoIntervenccedilatildeo Humanitaacuteria em situaccedilatildeo cataacutestroferdquoDissertaccedilatildeo de

Mestrado em Risco Trauma e Sociedade Lisboa Instituto Superior do Trabalho e da

Empresa

Sutton J amp Tierney K (2006) Disaster preparedness concepts guidance and research

University of Colorado Natural Hazard Center

UNISDR (2009) Terminologiacutea sobre Reduccioacuten del Riesgo de Desastres Naciones Unidas

Vilelas J (2009) Investigaccedilatildeo ndash o processo de construccedilatildeo do conhecimento Lisboa Siacutelabo

Viscarret J J (2007) Modelos y meacutetodos de intervencioacuten en trabajo social pp 29-41

Madrid Alianza Editorial

Werlang B S G Saacute S D amp Paranhos M E (2009) Intervenccedilatildeo em Crise Faculdade de

Psicologia Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica do Rio Grande do Sul

Zecirczere J L Ferreira AB amp Rodrigues M L (1999) The role of conditioning and

triggering factors in the occurrence of landslides a case study in the area north of

Lisbon_Portugal

B - Jornais e artigos de Revista

Amaro A (2012) -Seguranccedila e Socorro Novo Paradigma Revista Territorium nordm19

Coimbra pp 15-20

Amaro A (2008) ldquoSeguranccedila Humana e na Sociedade do Risco A Crise do Modelo

Estatocecircntrico na (s) Seguranccedila (s) Revista Territorium nordm15 pp83-94

Amaro A (2003) ldquo Para uma cultura dos riscosrdquo Revista Territorium nordm10 Coimbra pp

113-120

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

88

C - Legislaccedilatildeo pertinente por ano de publicaccedilatildeo (da mais recente para a mais antiga)

Decreto-Lei nordm1502015

Decreto Lei 1632014 de 31 de Outubro

Decreto-Lei nordm 722013

Decreto Regulamentar Regional nordm 24 2012A de 27 de Novembro

Resoluccedilatildeo nordm 25 2008 de 18 de Julho Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

Lei nordm 652007 de 12 de Novembro

Decreto Regulamentar Regional nordm 112007A

Lei nordm 1342006 de 25 de Julho

Lei nordm 272006 de 3 de Julho

Decreto Regulamentar Regional nordm 242003A de 7 de Agosto

Decreto Regulamentar nordm 181993

D - Relatoacuterios

Ministeacuterio da Administraccedilatildeo Interna 2003 ldquoLivro Branco dos incecircndios florestais ocorridos

no veratildeo de 2003rdquo

E - Documentaccedilatildeo Teacutecnica

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria (2014) ldquoPlano

de Emergecircnciardquo

Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2013)

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Administraccedilatildeo

89

F - Webgrafia

Centro Regional de Informaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Instituto Nacional de Estatiacutestica (2014) acedido a 27 de Abril de 2014

Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2015) acedido a 2 Maio de 2015

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

I

Apecircndices

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

II

Apecircndice I

(Guiatildeo de Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

III

Guiatildeo de Entrevista Coordenadora Do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra

Heroiacutesmo

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave Seguranccedila Social no

acircmbito do plano de emergecircncia municipal

2-Quantos teacutecnicos (Assistentes Sociais Psicoacutelogos Socioacutelogos Educadores Sociaishellip)

trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

a)1 a 10

b)11 a 20

c)21 a 30

d)Mais de 30

3-Para situaccedilotildees de cataacutestrofe a Seguranccedila Social tem formada alguma equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial ou equipa de intervenccedilatildeo em crise (Se natildeo existe nenhuma equipa formada

passar para a questatildeo nordm 4)

Sim Natildeo

31-Se sim esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

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Administraccedilatildeo

IV

32-Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a(Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Educadores Socias nordm

f)Outro Qual

33-Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

34-Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

35 - Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

36- A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

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Administraccedilatildeo

V

37- Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

38-Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 3 anos

39 ndash Quantos teacutecnicos participaram

a)1 a 3

b)4 a 7

b)8 a 11

c)Mais de 11

4- Se natildeo existe nenhuma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial formada na sua opiniatildeo natildeo

seria uacutetil formar uma equipa para estas situaccedilotildees Visto que vivemos numa zona de risco

Sim Natildeo

41 ndash Se sim Quais os motivos porque nunca foi criada uma equipa para intervir neste tipo

de situaccedilotildees

a) A proteccedilatildeo civil jaacute dispotildee de uma equipa para intervir neste tipo de situaccedilotildees

b) Falta de recursos humanos

c) Nunca houve necessidade de criar este tipo de equipa

d) Outras Qual

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Administraccedilatildeo

VI

42 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

43 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

44- Se sim esta equipa foi composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

45- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

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46- Que funccedilotildees desempenharam

47ndash Estes teacutecnicos tinham formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

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Administraccedilatildeo

VII

48ndash Alguma vez tinham participado nalgum simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

5 - Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa da Seguranccedila Social na

elaboraccedilatildeo do plano de emergecircncia

Sim Natildeo

6 - Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel da Seguranccedila Social

7- Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

8-Considera que o sector que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe no

seu acircmbito proacuteprio

Sim Natildeo

81- Se natildeo o que poderia ser feito para ultrapassar esta situaccedilatildeo

9- No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave populaccedilatildeo do Porto-

Judeu

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de informaccedilatildeo

d)Natildeo existecircncia de equipas formadas para intervir neste tipo de situaccedilotildees

e)Pouca experiencia neste tipo de intervenccedilatildeo

f)Formar equipa (s) em poucas horas

g)Teacutecnicos pouco preparados para intervir neste tipo de situaccedilatildeo

h)Recolha de informaccedilatildeo

i)Dificuldades de acesso agrave populaccedilatildeo

J)Funccedilotildees pouco claras

l)Outras Quais

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Administraccedilatildeo

VIII

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10-Na sequecircncias das enxurradas do Porto Judeu Agualva foram feitas algumas propostas

pelo ISSA ao Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

Se sim quais

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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

11- Perante as enxurradas que ocorrerem aqui na ilha foram criadas algumas respostas

perante estas situaccedilotildees

Sim Natildeo

Se sim diga quais

a)Linha de emergecircncia social

b)Centros de acolhimento

c)Base dados

d)Criaccedilatildeo de grelhas de identificaccedilatildeo

e)Outra Quais

12-Nas duas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na ilha o ISSA solicitou

colaboraccedilatildeo agrave sua rede de parceiros

Sim Natildeo

Se sim que tipo de colaboraccedilatildeo foi solicitada

a)Recursos Humanos

b)Recursos materiais (vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores calccedilado camas colchotildees hellip)

c)Alojamento

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Administraccedilatildeo

IX

d)Apoio Financeiro

e)Viaturas

f)Outra Qual

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Administraccedilatildeo

X

Guiatildeo de Entrevista Teacutecnicos Sociais

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Conhece o plano de emergecircncia municipal

Sim Natildeo

11 - Se sim quais as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo confiadas agrave sua instituiccedilatildeo no

plano de emergecircncia municipal

2-A sua instituiccedilatildeo faz parte do Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

3-Neste momento Integra alguma equipa de apoio psicossocial para intervir ir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

4-Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

41- Se sim haacute quanto tempo foi ministrada essa formaccedilatildeo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XI

42-Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma melhoria da sua

praacutetica profissional

Sim Natildeo

421 - Se sim em que medida

5-Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

51 - Se sim haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

6-A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a adotar em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

61-Se natildeo pensa que estes poderiam ser uma mais-valia para a instituiccedilatildeo caso ocorra uma

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

611- Se sim em que medida

a)Mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta

b)Melhor organizaccedilatildeo na resposta

c)Melhor coordenaccedilatildeo

d)Outras Quais

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Administraccedilatildeo

XII

7-Enquanto Assistente Social alguma vez teve de intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe efetiva

Sim Natildeo

71- Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

72 - Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz respeito

agrave sua praacutetica profissional

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)Dificuldade em gerir as emoccedilotildees

e)Nunca ter participado num simulacro

f)Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

g)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

h)Falta de comunicaccedilatildeo

i)Depara-me com a situaccedilatildeo e natildeo saber o que fazer

j)Dificuldades em trabalhar em equipa

l)Dificuldade em identificar as equipas que estatildeo no terreno

m)Outras Quais

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8-Nas enxurradas do Porto-Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por parte da sua

Instituiccedilatildeo

Sim Natildeo

81 - Se sim qual foi a intervenccedilatildeo efetuada pela sua instituiccedilatildeo

a) Apoio Alimentar

b)Apoio Vestuaacuterio

c)Apoio psicoloacutegico

d)Apoio Habitaccedilatildeo alojamento

e)Apoio ao niacutevel da Sauacutede

f)Outro Qual

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XIII

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9 ndash Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Socais estatildeo preparados para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

91 - Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de formaccedilatildeo

b)Falta de informaccedilatildeo

c)Desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

d)Entidade Patronal desvaloriza esta aacuterea de intervenccedilatildeo

e)Natildeo participaccedilatildeo em simulacros

f)Outros Quais

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10- De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Sim Natildeo

101 ndash Caso natildeo concorde que alteraccedilatildeo proponha a este modelo

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XIV

Guiatildeo de Entrevista - Presidente Camara Municipal Angra Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais

e de Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor

Antoacutenio Amaro encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma a

poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu foi acionado o plano de emergecircncia que esta

aprovado

Sim Natildeo

Se natildeo Porquecirc

2-Qual foi a resposta concreta da Cacircmara agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto Judeu

Agualva

3-Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva quais foram as maiores dificuldades com

que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de comunicaccedilatildeo

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de equipamentos (maquinas)

e)Os Recursos humanos natildeo se encontram preparados para trabalhar neste contexto

f)Trabalho Voluntaacuterio

g)Trabalhar sobre pressatildeo

h)As Instituiccedilotildees natildeo se encontram preparadas para trabalhar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XV

i)Outras Quais

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4-Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das Instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Sim Natildeo

Se natildeo qual o motivo

5-Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na

resposta a dar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim indique quais

6-Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees que fazem parte do plano de

emergecircncia na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Sim Natildeo

Se sim quantas instituiccedilotildees estiveram presentes

a)1 a 10

b)11a 20

c) Mais de 20

Este tipo de formaccedilatildeo eacute ministrada com que periodicidade

a)Anualmente

b)Bianualmente

c)Mais de 3 anos

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVI

7-Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

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E com que periodicidade

a) Anual

b) Bianual

c) Outra Qual

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8-Satildeo realizados simulacros

Sim Natildeo

Se sim com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Trianual

d)Outra Qual

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVII

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9-Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim em que medida

10-Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao plano de

emergecircncia e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim quais

11-No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder a

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim esta verba destina-se agrave

a)Prevenccedilatildeo

b)Planeamento

c)Reabilitaccedilatildeo

d)Outra Qual

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12-O Departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara desenvolve algum programa para fazer

face as situaccedilotildees de cataacutestrofes naturais

Sim Natildeo

Se sim que tipo de programa eacute desenvolvido

13- Ao niacutevel do departamento da Accedilatildeo Social que tipo de intervenccedilatildeo foi desenvolvida

na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XVIII

Guiatildeo de Entrevista Responsaacutevel do SRPCBA

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para atuar em

situaccedilotildees de cataacutestrofes (Se natildeo existe passar para questatildeo nordm2)

Sim Natildeo

11 - Se sim esta eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

12- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XIX

13 - Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

14- Se natildeo qual o motivo porque nunca foi ministrada formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos da

Equipa

a) Falta de recursos financeiros

b) Natildeo se justifica ministrar formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos face ao nuacutemero de situaccedilotildees de

cataacutestrofe ocorridas na Ilha

c) Outra Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

15 ndash Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

16 ndash Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

161 ndash Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XX

2-Se natildeo porque nunca foi criada uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

a)Natildeo se justifica a criaccedilatildeo de uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

b)O ISSA jaacute tem uma equipa formada para atuar nestas situaccedilotildees

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de coordenaccedilatildeo entre os serviccedilos

e)Outra Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

21 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

22 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

3- Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

31 -Se sim em que medida

4-Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

41 ndash Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu que meios foram disponibilizados

5- Apoacutes estas enxurradas sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

6- A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XXI

61- Se sim com que periodicidade satildeo realizados os simulacros

a) Anual

b)Bianual

d) Mais de 2 anos

7- Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

71 - Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

72- E com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Outra Qual

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

8-Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XXII

81-Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)A natildeo participaccedilatildeo em simulacros

e)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

f)Falta de comunicaccedilatildeo

g)Dificuldades em trabalhar em equipa

h)Dificuldade em identificar as equipa que estatildeo no terreno

i)Outras Quais

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIII

Apecircndice II

(Transcriccedilatildeo das Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIV

Entrevista Semidirigida - Assistente Social

Entrevista nordm 1

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

natildeo sei quais as funccedilotildees e tarefas que estatildeo atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir nomeadamente na aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo e novos

conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXV

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Estive no local mas natildeo intervim poreacutem nas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe que

existiram aqui na ilha demos apoio em geacuteneros alimentares agraves famiacutelias que ficaram

desalojadas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado Do pouco tempo que estive presente pois apenas fomos levar alguma

alimentaccedilatildeo as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo falta

de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute faacutecil

dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram minimamente preparados para intervir

neste tipo de situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo deve-se a falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e a

natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 2

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVI

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

nem sei quais satildeo as funccedilotildees que nos estatildeo atribuiacutedas no acircmbito do PME

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta permite com que nos Assistentes Sociais fiquem melhor preparados

para agir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a formaccedilatildeo leva tambeacutem agrave aquisiccedilatildeo de mais e novos

conhecimentos nesta aacuterea

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Nunca tive de intervir diretamente em nenhuma situaccedilatildeo de cataacutestrofe a nossa

Instituiccedilatildeo deu apoio em alguns geacuteneros alimentares

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVII

Entrevistado as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute

faacutecil dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno e natildeo ter funccedilotildees e tarefas

atribuiacutedas

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo aplica-se a falta de formaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em

simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo este modelo jaacute bem definido

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 3

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta pode melhorar a nossa formaccedilatildeo base com a formaccedilatildeo deixamos de

agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de uma forma mais racional

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo participei ainda em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim intervim na situaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu e Flores

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado as funccedilotildees desempenhadas foram acalmar as pessoas apoiar o Presidente da

Cacircmara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos levantamento das necessidades a

niacutevel habitacional e estaacutevamos tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacutelias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado as maiores dificuldades foram falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as

emoccedilotildees ateacute ao momento nunca ter participado em nenhum simulacro para mim a

participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do acontecimento facilita em

muito a nossa intervenccedilatildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIX

Outra das dificuldades encontradas no terreno foi o facto de ir para lugares perigosos onde

existe alguma falta de seguranccedila

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo estaacute associada agrave falta de formaccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo das vezes que intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca tive um

modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas situaccedilotildees que intervim passei algumas

destas fases

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 4

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas os procedimentos encontram-se a ser alterados

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXX

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado) sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim na medida em que podemos aprofundar novos conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo

desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo bem como formaccedilatildeo acadeacutemica deveria ter um

moacutedulo que estivesse relacionado com esta temaacutetica

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXI

Entrevistado sim concordo ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 5

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a formaccedilatildeo leva a aquisiccedilatildeo de um maior conhecimento na aacuterea

e ao mesmo tempo serve de complemento agrave formaccedilatildeo acadeacutemica

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim o ultimo simulacro que frequentei foi haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim dispotildee

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado(a) jaacute desempenhei funccedilotildees em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda a fazer trabalho de back office

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado como lhe disse jaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda e fazer trabalho de back office as maiores dificuldades com que

me deparei foram essencialmente falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com falta de formaccedilatildeo e natildeo

participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 6

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIII

Entrevistado natildeo conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim faz parte no contexto da minha atividade profissional nunca foi

partilhado o conteuacutedo do PME nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado sim esta formaccedilatildeo foi ministrada haacute menos de um ano

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a intervenccedilatildeo em cenaacuterios de crise emergecircncia e cataacutestrofe e

marcada pela especificidade diferenciando-se das intervenccedilotildees quotidianas Possui objetivos

propoacutesitos setting de accedilatildeo e teacutecnicas de intervenccedilatildeo particulares que requerem um

complemento da formaccedilatildeo de base sob pena de as intervenccedilotildees poderem ser contra

producentes No meu caso particular a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no que agraves questotildees do

stress traumaacutetico diz respeito

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo nunca participei

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado) natildeo estes podiam melhorar a eficaacutecia e a eficiecircncia da resposta melhorar a

organizaccedilatildeo da resposta e melhorar a coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIV

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 7

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim a instituiccedilatildeo faz parte do PME mas natildeo sei quais as tarefas e funccedilotildees

atribuiacutedas agrave instituiccedilatildeo neste acircmbito

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas

quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXV

Entrevistado sim a formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos fazer

na altura

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim jaacute participei mas haacute mais de 2 anos que estive presente num simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees desempenhadas na Agualva foram providenciar as refeiccedilotildees

no Porto Judeu assentaram no levantamento das necessidades imediatas retirada de uma idosa

de casa com os bombeiros a idosa estava isolada

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo as coisas melhoraram bastante intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos

intervindo na realidade

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico apoio pontual na altura da crise

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os psicoacutelogos encontram-se preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe contudo podemos natildeo dar todas as respostas necessaacuterias

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVI

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 8

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado Natildeo sei responder a essa questatildeo natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados conforme a nossa disponibilidade

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo tirei a formaccedilatildeo haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim a formaccedilatildeo adequa os procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo agraves

necessidades daquele momento

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei num simulacro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVII

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim Na Agualva providenciei refeiccedilotildees no Porto Judeu levantamento de

danos e de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros

e proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isolado outra das funccedilotildees desempenhadas foi a

articulaccedilatildeo com outras entidades Em Angra as funccedilotildees foram essencialmente ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo no caso da Agualva confrontei-me com a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis natildeo

estavam definidos de quem estava a intervir natildeo havia nada preparado para este tipo de

situaccedilotildees natildeo havia documentos intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas

as coisas melhoraram bastante

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar na Casa do Povo e apoio ao niacutevel da sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

natildeo participaccedilatildeo em simulacros os papeis natildeo estatildeo definidos a equipa jaacute deveria estar

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVIII

formada e natildeo deveria ser formada na hora natildeo deve ser no hora do acontecimento que nos

dizem para ir para o terreno

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 9

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim como entidade de primeira linha temos que estar disponiacuteveis para

situaccedilotildees de crise e cataacutestrofe

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada os teacutecnicos satildeo chamados conforme

a nossa disponibilidade contudo existe uma equipa para a ilha das Flores e Corvo

A Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca foi formada quando

acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSA

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar haacute quanto tempo foi ministrada

essa formaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIX

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

como identificar as fases mais agudas encaminhamentos como que entidades a envolver no

encaminhamento das situaccedilotildees

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute participei mas natildeo me recordo quando foi

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo dispotildee mas estes poderiam ser uma mais-valia nomeadamente na eficaacutecia

e eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo na resposta e melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram em fornecer os primeiros socorros psicoloacutegicos

levantamento de danos articulaccedilatildeo com outras entidades acompanhamento poacutes cataacutestrofe a

niacutevel psicoloacutegico os casos satildeo encaminhados para a sauacutede ou seja Centro de Sauacutede ou

Hospital

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo dificuldade

em gerir as emoccedilotildees inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe falta de comunicaccedilatildeo e dificuldades em identificar as equipas que

estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede a intervenccedilatildeo

foi sempre feita em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XL

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Psicoacutelogos natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves

famiacutelias ser termos formaccedilatildeo especiacutefica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para

adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 10

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei quais as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea jaacute fiz esta formaccedilatildeo haacute mais de dois anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas a formaccedilatildeo eacute uma boa

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLI

ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta muitas vezes podemos provocar ainda

mais o caos

Se jaacute tiveacutessemos a equipa formada era mais faacutecil intervir no que concerne agrave formaccedilatildeo soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para frequentarmos o niacutevel II e

III mas natildeo foi aceite

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sabe

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as nossas funccedilotildees foi essencialmente o levantamento de danos e

necessidades articulaccedilatildeo com outras entidades a fim de angariarmos bens necessaacuterios

fizemos equipa com o serviccedilo da habitaccedilatildeo fizemos atendimento direto agraves pessoas poacutes

cataacutestrofe as famiacutelias que jaacute eram acompanhadas pelas teacutecnicas do ISSA foram encaminhadas

para as teacutecnicas das freguesias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo informaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo nunca ter participado em nenhum simulacro

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLII

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida - Ciecircncias Sociais

Entrevista nordm 11

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha neste

acircmbito

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada mas quando acontece alguma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe somos chamados consoante a disponibilidade o superior hieraacuterquico eacute quem

decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da equipa

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea soacute fiz o primeiro moacutedulo jaacute fiz essa formaccedilatildeo haacute 2

anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

com a formaccedilatildeo estamos melhor organizados sabemos como devemos agir na Agualva natildeo

havia nada atualmente jaacute temos uma base de dados jaacute temos ferramentas de trabalho na

Agualva tivemos que construir tudo

Devia ter ido para o segundo moacutedulo mas natildeo foi possiacutevel de vez em quando deviacuteamos fazer

reciclagem se a equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervir

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim como funccedilotildees fiz um pouco de tudo como levantamento de danos e

necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Levamos aacutegua agraves pessoas isoladas levamos medicaccedilatildeo fizemos distribuiccedilatildeo de roupa e

alimentos

Estive na construccedilatildeo da base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo falta de

coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees nunca ter participado em simulacros

inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial deparar-me com a situaccedilatildeo e natildeo

saber o que fazer e dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIV

As tarefas foram atribuiacutedas no momento a niacutevel da sauacutede foi uma situaccedilatildeo mais complicada

ex pessoas que necessitavam de insulina natildeo tinham houve muita dificuldade em articular

com a aacuterea da sauacutede

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

O Assistente Social em si natildeo esta preparado para intervir temos que adquirir conhecimento

nesta aacuterea

Na Agualva natildeo tiacutenhamos roupa adequada neste momento jaacute temos na Agualva por exemplo

vestiacuteamos o vestuaacuterio uns dos outros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 12

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees satildeo intervir na aacuterea social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLV

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo o chefe de divisatildeo eacute quem sinaliza os teacutecnicos mas natildeo existe nenhuma

equipa formada

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois o chefe de divisatildeo natildeo estava na

altura e assumi o papel dela

A formaccedilatildeo eacute importante para capacitar os teacutecnicos para natildeo entrarem em pacircnico nestas

situaccedilotildees bem como gerir as situaccedilotildees de stress

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos foi a simulaccedilatildeo de um incendio no

aeroporto

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estes podem ser uma mais-valia no que concerne agrave melhoria da eficaacutecia e

eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo da resposta melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVI

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe como a chefe de divisatildeo estava

ausente na altura tive que assumir a funccedilatildeo de coordenadora das equipas de Praia e Angra a

minha funccedilatildeo assentou principalmente na coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo inexistecircncia

de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir nestes tipo de situaccedilotildees e falta de comunicaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

A sauacutede pouco fez nos eacute que fizemos o papel deles tivemos que dar medicaccedilatildeo as pessoas

que necessitavam

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 13

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVII

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com os

realojamentos levantamento das necessidades baacutesicas e articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa somos chamados consoante as necessidades

da PC

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea frequentei os 3 moacutedulos mas jaacute tive esta formaccedilatildeo

haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e darmos uma resposta eficaz e

organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

levantamento de danos e necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Na situaccedilatildeo da Agualva havia bastantes teacutecnicos no terreno as pessoas foram bem atendidas

as respostas eram dadas agrave medidas que os problemas iam surgindo ou seja em tempo uacutetil as

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVIII

instalaccedilotildees onde se realizavam os atendimentos era boas nos atendimentos conseguiacuteamos

verificar o estado emocional das pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo Fomos

socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo esteve presente natildeo sabia o que

fazer agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo

exeacutercito que me levou a casa da senhora que era de difiacutecil acesso

A Falta de coordenaccedilatildeo entre os diversos eacute um constrangimento a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das

chefias superiores tem que ficar bem definida

A PC Bombeiros e Exercito cada um deve saber qual o seu papel para natildeo haver atropelos

deve haver uma definiccedilatildeo clara de papeacuteis

O ISSA deve ter um papel privilegiado no apoio psicossocial tem que haver respeito pelos

papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem clara

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIX

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 14

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com as medidas de

primeira linha medidas praacuteticas de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe e medidas de

articulaccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo temos equipa quando foi da situaccedilatildeo da Agualva tivemos que reunir

de urgecircncia natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia temos colegas que

tiveram formaccedilatildeo nesta aacuterea temos equipamento de cataacutestrofe como botas fatos

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo eacute adaptado em situaccedilatildeo

de emergecircncia

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea porem frequentei uma formaccedilatildeo da Cruz

Vermelha apenas uma manhatilde na aacuterea de metodologias de intervenccedilatildeo e participei numa

simulaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode sem duacutevida melhorar a nossa intervenccedilatildeo a formaccedilatildeo leva agrave

facilidade de operacionalizaccedilatildeo a formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

L

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe estive na aacuterea do atendimento

fizemos o levantamento de danos e necessidades reencaminhamos os casos para outras

instituiccedilotildees foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo

As funccedilotildees satildeo dadas na altura quando a equipa eacute reunida e ai satildeo formadas as sub-equipas

cada um tem que ter uma tarefa atribuiacuteda

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foi lidar com o

stress e a inexperiecircncia para mim foi muito complicado

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico alimentar vestuaacuterio alojamento e apoio ao niacutevel da

sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado(a) Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LI

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 15

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode ficamos melhor preparados para agir em situaccedilatildeo de crise e

emergecircncia

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

realojamento de pessoas e averiguar as situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LII

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram dificuldades

em trabalhar em equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Socioacutelogo

Entrevista nordm 16

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado(a) natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode a formaccedilatildeo eacute uma mais-valia no que diz respeito a adequar os

procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo as necessidades da nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo pode ser uma mais-valia na melhoria da eficaacutecia e eficiecircncia da resposta

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a)Nunca trabalhei em contexto de cataacutestrofe

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LIV

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 17

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a)natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LV

Ainda natildeo temos programa especiacutefico face a esta situaccedilatildeo mas jaacute agimos nas chuvadas de dia

4 de Setembro 2015

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado Natildeo estive presente no Porto Judeu nas cheias de 4 de Setembro as funccedilotildees

foram feitas ao niacutevel do sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 18

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LVI

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nessa aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a) sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LVII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ao Presidente do SRPCBA

Entrevista nordm 19

Entrevistador A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para

atuar em situaccedilotildees de cataacutestrofes

Entrevistado A PC dispotildee de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se encontra

organizada jaacute fizemos 3 cursos niacutevel III e II a equipa natildeo se formou porque depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada posso dizer-lhe que assinamos um

protocolo com a ordem dos psicoacutelogos para formar uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores temos 50 teacutecnicos formados os cursos

normalmente tinham 12 teacutecnicos psicoacutelogos assistentes sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os psicoacutelogos vamos buscar ao

centro de sauacutede e os Assistentes Sociais ao ISSA

Entrevistador Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim todos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos 50 teacutecnicos formados

Entrevistador Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

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LVIII

Entrevistado Primeiro sempre a intervenccedilatildeo do socorro e salvamento as funccedilotildees passam

essencialmente pela aacuterea da habitaccedilatildeo

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado As equipas costumam participar em simulacros o ultimo simulacro no qual

participaram foi em Junho na Ilha de Satildeo Miguel ldquo

Entrevistador Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim acho importante o contributo das equipas neste tipo de situaccedilotildees em toda

a sua dimensatildeo na fase de recuperaccedilatildeo tem um papel preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e alimentaccedilatildeo

Entrevistador Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

Entrevistado Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes como

corpo de bombeiros PSP obras puacuteblicas

Temos tendas para desalojados mas neste momento usamos eacute os pavilhotildees existentes Na

Agualva natildeo estava caacute no Porto Judeu foi essencialmente o trabalho em rede usaram a casa

do povo foi aqui que fizemos tudo os desalojados foram realojados em casa de familiares

Entrevistador Apos estas enxurrada sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a

intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistador A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Entrevistado Sim realizamos simulacros anualmente as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

satildeo sempre chamadas para participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistador Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

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Administraccedilatildeo

LIX

Entrevistado sim realizamos os meios utilizados satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos proteccedilatildeo civil +65 onde realizamos accedilotildees nos lares da

Terceira o outro projeto chama-se clubes de proteccedilatildeo civil este projeto desenvolve-se ao

niacutevel das escolas estas accedilotildees satildeo feitas anualmente

Entrevistador Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Com formaccedilatildeo adequada penso que se encontram preparados posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positiva

Entrevista Semidirigida ndash Coordenadora do Nuacutecleo da Accedilatildeo Social

Entrevista nordm 20

Entrevistador Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave seguranccedila

social no acircmbito do PME

Entrevistado Num primeiro momento as funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades mais

emergentes assegurar as questotildees baacutesicas ou seja intervenccedilatildeo das necessidades baacutesicas de

subsistecircncia alimentar e habitaccedilatildeo exemplo uma famiacutelia ficou sem um fogatildeo tivemos que

arranjar um

Num segundo momento eacute feito o acompanhamento agraves famiacutelias e articulaccedilatildeo com outras

entidades

Entrevistador Quantos teacutecnicos trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

Entrevistado Mais de 30 teacutecnicos

Entrevistador Para situaccedilotildees de cataacutestrofe o ISSA tem formada alguma equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial

Entrevistado todos os teacutecnicos podem ser chamados em situaccedilatildeo de cataacutestrofe consoante o

grau da cataacutestrofe esta equipa natildeo tem um nome especiacutefico

Entrevistador Esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

Entrevistado mais de 11

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LX

Entrevistador Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos teacutecnicos

Entrevistado temos psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos Politica Social e

Educadores Sociais e Ciecircncias Sociais natildeo sei precisar o nuacutemero de teacutecnicos por aacuterea

Entrevistador Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado As funccedilotildees satildeo o levantamento das necessidades os psicoacutelogos tem uma

funccedilatildeo mais terapecircutica na Agualva houve muita intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a intervenccedilatildeo

foi feita em equipas de 2 1 psicoacutelogo e um assistente social

Entrevistador Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em cataacutestrofe

Entrevistado Nem todos os teacutecnicos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar ao certo o

nuacutemero de teacutecnicos formados mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi ministrada a estes teacutecnicos

entre 1 ano a 2 anos natildeo sei precisar ao certo

Entrevistador Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistado mais de 11 teacutecnicos

Entrevistador A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

Entrevistado entre 1 ano a 2 anos

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado Sim

Entrevistador Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

Entrevistado 6 meses a 1 ano

Entrevistador Quantos teacutecnicos participaram

Entrevistado Natildeo sei envolveram teacutecnicos de outras ilhas

Entrevistador Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa do ISSA na

elaboraccedilatildeo no PME

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Administraccedilatildeo

LXI

Entrevistado sim houve

Entrevistador Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel do ISSA

Entrevistado Natildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os recursos da comunidade aleacutem disso dispomos dos recursos

humanos (os teacutecnicos) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA neste momento dispotildee de

uma verba para situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistador Considera que o setor que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim estamos preparados para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca

sozinhos sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades e agentes de PC

Entrevistado Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Agualva

Entrevistado Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em permanecircncia no local imediato foram asseguradas as coisas

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do levantamento das

necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir noutras ilhas nas Flores uma famiacutelia ficou sem casa

neste caso o que fizemos foi alojar a idosa em casa de familiares

Entrevistador Nas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na Ilha o ISSA

solicitou a colaboraccedilatildeo da rede de parceiros

Entrevistado Em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio alimentaccedilatildeo e alojamento

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Administraccedilatildeo

LXII

Na Agualva tivemos a necessidade de criar um local para os recursos muitas instituiccedilotildees

foram para o local sem serem chamadas por exemplo a Caacuteritas os recursos mais solicitados

foram ao niacutevel de recursos materiais

Entrevistador No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave

populaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu

Entrevistado Na Agualva as maiores dificuldades foram as condiccedilotildees de trabalho estas

eram muito difiacuteceis havia muitos riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades

pois foi difiacutecil lidar com tanta destruiccedilatildeo

Entrevistador Na sequecircncia das enxurradas da Agualva Porto Judeu foram feitas algumas

propostas pelo ISSA ao PME

Entrevistado Natildeo sei natildeo era coordenadora da altura estive como teacutecnica no terreno

Entrevistador Perante as enxurradas que ocorreram aqui na ilha foram criadas algumas

respostas perante esta situaccedilatildeo

Entrevistado Na Agualva sim foram criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo o que

foi criado na Agualva tem servido para outras situaccedilotildees esta foi um marco pela gravidade da

situaccedilatildeo muitos instrumentos foram criados devido a esta situaccedilatildeo

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Angra Heroiacutesmo

Entrevista nordm 21

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacute

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto

Judeu

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute na altura

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu quais foram as maiores dificuldades com que

se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXIII

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado como lhe disse na altura das enxurradas do Porto-Judeu natildeo estava caacute mas sei

que as instituiccedilotildees fizeram um relatoacuterio

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Natildeo estava caacute As pessoas que estavam caacute na altura das enxurradas do Porto

Judeu jaacute ningueacutem natildeo se encontram na Cacircmara neste momento

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Sim damos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil dependendo das necessidades que os proacuteprios detetam na

formaccedilatildeo ministrada tiveram presentes 20 instituiccedilotildees

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado sim satildeo realizadas accedilotildees usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo

enviadas atraveacutes das faturas da aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas contudo

a PC eacute quem desenvolve mais esse papel esta faz sensibilizaccedilatildeo nas escolas

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado sim anualmente realizaacutemos um simulacro

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim acho importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial neste

tipo de situaccedilotildees relativamente a duas aacutereas levantamento de natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXIV

A accedilatildeo social desempenha um papel muito importante quer no encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas decisotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Entrevistado sim foram essas alteraccedilotildees foram de natureza orgacircnica o plano foi todo

reestruturado

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim temos uma verba para estas situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute necessaacuterio

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado sim temos a atuaccedilatildeo deles faz parte deles

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Natildeo sei

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Praia

Entrevista nordm 22

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Sim foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualva o comando do

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas da Agualva

Entrevistado Numa primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe

salvaguardando sempre a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das

pessoas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXV

Numa segunda fase ativaacutemos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as

estradas desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os

recursos adequados

Entramos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos ajudarem na

desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira

Procedemos agrave ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confeccionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de

apoio psicoloacutegico levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo

centraram-se todos os serviccedilos

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva quais foram as maiores dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

Entrevistado O principal problema foi as dificuldades de acessibilidade agrave residecircncia das

pessoas houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham um

buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila dos

bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa

O que estava no plano funcionou em pleno

A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de solidariedade

toda a gente contribuiu neste tipo de situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chave

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado Natildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da situaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo posso dizer-lhe que em menos de 30 dias jaacute tiacutenhamos todas as obras

adjudicadas

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Eacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo

e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXVI

O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito este plano foi uma mais-valia nesta

intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua execuccedilatildeo este foi muito discutido por

exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos existentes em cada Freguesia para

fazer face a este tipo de situaccedilotildees

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Natildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees tecircm participando nos

simulacros que fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados

duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado Sim temos os puacuteblicos-alvo tem sido crianccedilas jovens e idosos esta

sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet panfletos usamos muito os panfletos palestras os

nossos teacutecnicos dirigem-se as escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo

feitas duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado Sim duas vezes por ano

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Indiscutivelmente eles dispotildeem de competecircncias teacutecnicas e praticas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do apoio social eacute feita toda ela pelos teacutecnicos

sociais satildeo eles que elaboram os processos das famiacutelias aplicam os inqueacuteritos para saber

quais os danos sofridos pela famiacutelia articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees puacuteblicas providenciar

as refeiccedilotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXVII

Entrevistado Natildeo a forma como o plano foi feito determinou o sucesso da nossa accedilatildeo este

foi feito por teacutecnicos da Cacircmara e natildeo por uma empresa estes teacutecnicos conhecem a realidade

do nosso concelho a elaboraccedilatildeo do plano contou com a participaccedilatildeo das instituiccedilotildees que

fazem parte do PME as instituiccedilotildees sabem quais devem ser as suas funccedilotildees neste tipo de

situaccedilotildees face a esta situaccedilatildeo natildeo houve necessidade de proceder a nenhuma alteraccedilatildeo

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim a verba destina-se essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeo

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado Sim este departamento trabalha em conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil

por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas por os dois departamentos existe trabalho de

articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois departamentos

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Realojamento de pessoas inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas logiacutestica nas

refeiccedilotildees apoio na aacuterea humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico este departamento esteve ainda

envolvido nos programas de intervenccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo das habitaccedilotildees

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

LXVIII

Apecircndice III

(Grelha Anaacutelise de Conteuacutedo das

Entrevistas)

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Administraccedilatildeo

LXIX

Anaacutelise de Conteuacutedo - Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de Conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Funccedilotildees e tarefas do ISSA no

acircmbito do PEM

ldquoAs funccedilotildees satildeo assegurar as

questotildees baacutesicas intervenccedilatildeo das

necessidades baacutesicas de subsistecircncia

alimentar e habitaccedilatildeo num primeiro

momento (hellip) num segundo

momento levantamento das

necessidades mais emergentes

articulaccedilatildeo com outras entidades e

acompanhamentordquo

Participaccedilatildeo do ISSA no PEM

ldquoSim tivemos alguma participaccedilatildeordquo

Propostas do ISSA ao PEM

ldquoNatildeo tenho conhecimento natildeo era

coordenadora na alturaldquo

Teacutecnicos Sociais

Nordm de teacutecnicos sociais que trabalham

na aacuterea social na ilha Terceira

ldquoAo certo natildeo sei dizer mas satildeo

mais de 30 teacutecnicosldquo

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da Equipa

ldquoTodos os teacutecnicos podem ser

chamados em situaccedilotildees de

cataacutestrofe o nuacutemero de teacutecnicos

depende do grau da cataacutestrofe esta

equipa natildeo tem um nome

especiacuteficordquo

ldquoA equipa eacute constituiacuteda por mais de

11 pessoas entre eles estatildeo teacutecnicos

de diversas aacutereas psicoacutelogos

Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e

Ciecircncias Sociaisrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXX

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Funccedilotildees desempenhadas pelos

teacutecnicos na equipa

ldquoLevantamento das necessidades

Os Psicoacutelogos tecircm uma funccedilatildeo mais

terapecircutica na Agualva houve muita

intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a

intervenccedilatildeo foi feita em equipas de

2 um psicoacutelogo e um Assistente

Socialrdquo

Formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em

cataacutestrofe intervenccedilatildeo em Crise

ldquoNem todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar

ao certo o nordm de teacutecnicos formados

mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi

ministrada a estes teacutecnicos entre 1

ano a 2 anos natildeo sei precisar ao

certordquo-

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoSim a equipa costuma participar em

simulacros a ultima vez que

participaram em simulacros foi haacute

cerca de 6 meses a um ano natildeo sei

quantos teacutecnicos estiveram

envolvidos estiveram presentes

teacutecnicos de outras ilhasrdquo

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Resposta para fazer face a situaccedilotildees

de cataacutestrofe

ldquoNatildeo temos uma resposta especiacutefica

para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os

recursos da comunidade (hellip) um

rapaz que ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a

articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA

dispotildee de uma verba para situaccedilotildees

de cataacutestrofe e temos ainda a equipa

para intervir nestas situaccedilotildeesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXI

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Preparaccedilatildeo do ISSA para fazer face

a situaccedilotildees da cataacutestrofe

ldquoSim estamos preparados para

responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe

nunca sozinhos mas sempre

trabalhando em articulaccedilatildeo com

outras entidades e agentes de

proteccedilatildeo civil ldquo

Intervenccedilatildeo realizada pelo ISSA na

Agualva e Porto Judeu

ldquoPorto Judeu e Angra natildeo satildeo

comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em

permanecircncia no local no imediato

foram asseguradas as coisas baacutesicas

sempre em articulaccedilatildeo com outras

entidades o nosso papel foi mais ao

niacutevel do acompanhamento

psicoloacutegico e levantamento de

danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a

intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir

nas outras ilhas nas flores uma

famiacutelia ficou sem casa neste caso o

que fizemos foi alojar a idosa na

casa de familiaresrdquo

Rede de parceiros

ldquoEm ambas as situaccedilotildees recorremos

agrave nossa rede de parceiros esta

colaboraccedilatildeo foi dada ao niacutevel de

vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores

alimentaccedilatildeo e alojamento (hellip) Na

Agualva tivemos a necessidade de

criar um local para os recursos

muitas instituiccedilotildees foram para o

local sem serem chamadas como por

ex a Caacuteritasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXII

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Dificuldades sentidas no socorro agrave

Populaccedilatildeo

ldquoAs maiores dificuldades foram as

condiccedilotildees de trabalho estas eram

muito difiacuteceis havia muitos riscos

gerir as emoccedilotildees foi outra das

grandes dificuldades pois foi difiacutecil

lidar com tanta destruiccedilatildeordquo

Criaccedilatildeo de respostas perante a

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

ldquoNa Agualva sim foram criadas

base de dados e grelhas de

identificaccedilatildeo o que foi criado na

Agualva tem servido para outras

situaccedilotildees esta foi um marco pela

gravidade da situaccedilatildeo muitos dos

instrumentos foram criados devido a

esta situaccedilatildeordquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME no Porto

Judeu

ldquoNatildeo sei se foi acionado natildeo estava

caacuterdquo

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

ldquoNatildeo sei natildeo estava na Cacircmara

nessa alturardquo

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoComo lhe disse na altura das

enxurradas do Porto Judeu natildeo

estava caacute mas sei que as instituiccedilotildees

fizeram um relatoacuteriordquo

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo do Porto- Judeu

ldquoSim foram essas alteraccedilotildees foram

de natureza orgacircnica o plano foi

todo reestruturadordquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoNatildeo estava caacute As pessoas que

estavam caacute na altura das enxurradas

do Porto Judeu jaacute ningueacutem se

encontra na Cacircmara neste

momentordquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoSim damos formaccedilatildeo agraves

instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do

que eacute decido no conselho de

proteccedilatildeo civil dependendo das

necessidades que os proacuteprios

detectam na formaccedilatildeo ministrada

tiveram presentes mais de 20

instituiccedilotildeesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIV

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoSim satildeo realizadas acotildees usamos a

internet e panfletos semestralmente

satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de

sensibilizar as pessoas contudo a

proteccedilatildeo civil eacute quem desenvolve

mais este papel esta faz

sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo

Simulacros

Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim anualmente realizamos um

simulacrordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquoSim acho importante o trabalho das

equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

neste tipo de situaccedilotildees relativamente

a duas aacutereas levantamentos de

natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

A Acccedilatildeo Social desempenha um

papel muito importante quer no

encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas

decisotildeesrdquo

Orccedilamento camaraacuterio

Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim temos uma verba para estas

situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute

necessaacuteriordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoSim temos a atuaccedilatildeo deles faz

parte delesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXV

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME na Agualva

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoSim foi instalado na Sociedade

Filarmoacutenica da Agualva o comando

do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo

Civilrdquo

ldquoNuma primeira fase foi feito do

diagnostico do impacto da cataacutestrofe

(hellip) Numa segunda fase ativamos o

plano de evacuaccedilatildeo (hellip)

Por uacuteltimo procedemos agrave ativaccedilatildeo

do serviccedilo de apoio social que se

instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confecionadas e

distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui

funcionava o gabinete de apoio

psicoloacutegico levantamento de perdas

acompanhamento a famiacuteliasrdquo

ldquoO principal problema foi as

dificuldades de acessibilidade agrave

residecircncia das pessoas (hellip) houve

situaccedilotildees que as pessoas natildeo

conseguiam sair de casa porque

tinham um buraco de 2m de

profundidade agrave sua porta outra

dificuldade foi garantir a seguranccedila

das pessoas que eram evacuadas de

casardquo

ldquoNatildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito

foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da

situaccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo posso dizer-

lhe que em menos de 30 dias jaacute

tiacutenhamos todas as obras

adjudicadasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVI

Plano de emergecircncia (cont)

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo da Agualva

ldquoNatildeo a forma como o plano foi

feito determinou o sucesso da nossa

accedilatildeo (hellip)rdquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoEacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo

houve a miacutenima dificuldade de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os

diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

e Instituiccedilotildees (hellip) por exemplo

nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os

recursos existentes em cada

Freguesia para fazer face a este tipo

de situaccedilotildeesrdquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as

instituiccedilotildees tem participado nos

simulacros que fazemos ou seja

acaba por ser uma formaccedilatildeo mas

natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram

presentes 11 a 20 Instituiccedilotildees os

simulacros satildeo realizados duas vezes

por anordquo

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoOs puacuteblicos-alvo tecircm sido crianccedilas

jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute

feita atraveacutes na internet panfletos

usamos muito

os panfletos palestras os nossos

teacutecnicos dirigem-se as escolas lares

para fazer as palestras todas estas

atividades satildeo feitas duas vezes por

anordquo

Simulacros Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim duas vezes por anordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquo(hellip)Eles dispotildeem de competecircncias

teacutecnicas e praticas para intervir neste

tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do

apoio social eacute feita toda ela pelos

teacutecnicos sociais satildeo eles que

elaboram os processos das famiacutelias

aplicam os inqueacuteritos para saber

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVII

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (cont)

quais os danos sofridos pela famiacutelia

Articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees

publicas (hellip)rdquo

Orccedilamento camaraacuterio Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim a verba destina-se

essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoRealojamento de pessoas

inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas

logiacutestica nas refeiccedilotildees apoio na aacuterea

humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico

(hellip)rdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXVIII

Analise Conteuacutedo ndash Teacutecnicos Sociais

Categoria Subcategoria Analise Conteuacutedo

Plano de

Emergecircncia

Conhecimento do

plano de emergecircncia

- Sim (E3E4E5E12)

-Natildeo (E1E2E6E7E8E9E10E11E13E14E15E16E17E18)

A Instituiccedilatildeo integra

o Plano de

Emergecircncia

-Sim

(E1E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

Funccedilotildees e tarefas da

Instituiccedilatildeo no

acircmbito Plano de

Emergecircncia

ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo sabemos ao

certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo (E1E2)

ldquo Esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves funccedilotildees e

tarefas da instituiccedilatildeo no PEMrdquo (E3E4E5)

ldquo Natildeo sei nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel

que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto ldquo (E6)

ldquo Natildeo sei as funccedilotildees ldquo (E7 E8E10E11E15E16E17E18)

ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilatildeo de crise ldquo (E14 E9E12)

ldquo Articulaccedilatildeo com outras entidades ldquo (E13E14)

ldquo As funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo

com outras entidades e realojamentosrdquo (E13)

Equipas de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Integraccedilatildeo dos

teacutecnicos em equipas

de intervenccedilatildeo

psicossocial

- Natildeo (E1E2E6E7 E8E9E11E12E13E14E15E16E17E18)

- Sim (E3E4E5E10E11)

ldquo Esta equipa encontra-se tambeacutem em reestruturaccedilatildeo ldquo (E3E4E5)

ldquoA Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca

foi formada quando acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os

teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSArdquo (E9)

ldquo Natildeo existe equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas quando

acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas ldquo (E7)

ldquoNatildeo existe uma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8

E9E13E11)

ldquo A equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especificas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquo (E10)

ldquo O superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer

parte da equipa ldquo (E11E12)

ldquoQuando foi da Agualva tivemos que reunir de urgecircncia ldquo (E14)

ldquoSomos chamados consoante as necessidades da proteccedilatildeo civil ldquo (E13)

ldquo (hellip) Equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervirhelliprdquo (E11)

ldquo (hellip)natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircnciahellip

(E14)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXIX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Nordm de teacutecnicos com

formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional

Com formaccedilatildeo ndash (E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13)

Sem formaccedilatildeo ndash (E1E2E14E15E16E17E18)

ldquo Tirei esta formaccedilatildeo haacute menos de um anordquo (E5 E6)

ldquoJaacute tirei esta formaccedilatildeo haacute mais de 2 anosrdquo (E3E4E8E10E12E14)

ldquoTirei entre 1 ano a dois anosrdquo (E7E11E9 E13)

ldquoA formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas tirei o primeiro

moacutedulordquo (E7 E8E11)

Sim (E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

E16 E17 E18)

ldquo A formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de Novos conhecimentos ldquo

(E1E2E3E4E5E6)

ldquoCom formaccedilatildeo deixamos de agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de

forma mais racionalrdquo (E3)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante pois ensina-nos a gerir as situaccedilotildees de stressrdquo

(E12)

ldquo A formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos

fazer na altura ldquo (E7E10E12)

ldquoFicamos melhor preparados para agir em situaccedilotildees de crise ldquo

(E3E2E15)

ldquo No meu caso a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no

que agraves questotildees do stress traumaacutetico diz respeito ldquo (E6)

ldquo A formaccedilatildeo nesta aacuterea eacute um complemento agrave nossa formaccedilatildeo de base ldquo

(E5)

ldquo Adequar os procedimentos e nossa intervenccedilatildeo as necessidades

daquele momento ldquo (E8E16)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas

como as entidades a envolver no encaminhamento das situaccedilotildees ldquo (E9)

ldquo A formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir

sem esta muitas vezes podemos provocar ainda mais o caos (hellip) soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para

frequentarmos o niacutevel II e III mas natildeo foi aceite) ldquo (E10)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas na

Agualva natildeo tiacutenhamos nada atualmente jaacute temos ferramentas de

trabalho como uma base de dados (hellip) na Agualva tivemos que

construir tudo (hellip) se tiveacutessemos uma equipa formada era mais faacutecil

intervir (hellip) Gostava de ter frequentado o segundo moacutedulo mas natildeo foi

possiacutevel (hellip)rdquo (E11)

ldquoEm situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo

eacute adaptado em situaccedilatildeo de emergecircncia ldquo( E14)-

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e para

darmos uma resposta eficaz e organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeordquo

(E13E14)

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Administraccedilatildeo

LXXX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (cont)

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional (cont)

ldquo A formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio agraves pessoasrdquo

(E17E18)

Simulacros

Participaccedilatildeo dos

Teacutecnicos em

simulacros

Natildeo participou ndash (E1E2E3E4E6E8E10E15E16E17E18)

Participou ndash (E5E7E9E13E14E11E12)

ldquoParticipei num simulacro haacute mais de 2 anos ldquo

(E5E7E9E13E14E11E12)

Normativos

Internos

As instituiccedilotildees

dispotildeem de

normativos internos

para situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim (E1 E2 E3E4E5E7E8E14)

Natildeo Sabe (E10 E11E13)

ldquoNatildeo dispondo a minha instituiccedilatildeo de normativos internos penso que

estes seriam uma mais-valia na medida em que iriam fazer com que

existisse mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta melhor organizaccedilatildeo na

resposta e melhor coordenaccedilatildeo na ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe ldquo (E6E9E12E15E16E17E18)

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

Participaccedilatildeo dos

teacutecnicos em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Funccedilotildees

desempenhadas

pelos teacutecnicos em

situaccedilatildeo efetiva de

cataacutestrofe

Sim ndash (E3 E5E7E8E9E10E11E12E13E14E15E17E18)

Natildeo ndash (E1E2E3E4E6E16)-

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe na ilha das Flores aqui

na Terceira estive na freguesia da Agualva e no Porto-Judeu nas 3

situaccedilotildees tiacutenhamos como funccedilatildeo acalmar as pessoas apoiar o presidente

da Camara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos

levantamento das necessidades a niacutevel habitacional e estaacutevamos

tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacuteliasrdquo (E3)

ldquoJaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no terreno

estava na retaguarda a fazer trabalho de back office ldquo (E5)

ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento de necessidades imediatas e

retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e proteccedilatildeo civil

que se encontrava num local isoladohelliprdquo (E8)

ldquo Levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras

entidadesrdquo (E9E10E11E13E14)

ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos

atendimento direto agraves pessoas ldquo (E10E14)

ldquoFizemos um pouco de tudo (hellip) levamos agua medicamentos roupa e

alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estive na construccedilatildeo de base de dados e

fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11)

ldquo A minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois a chefe de

divisatildeo natildeo estava na altura e assumi o papel dela ldquo (E12)

ldquoApoio Psicossocialrdquo (E7E13E9)

ldquo Fomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo

esteve presente natildeo sabia o que fazer as 22h00 andava a pedir seringas

e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave

casa da senhora que era de difiacutecil acesso ldquo (E13)

ldquo Averiguar as situaccedilotildees no terreno e realojar pessoas ldquo (E15 E17E18)

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Administraccedilatildeo

LXXXI

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

(cont)

Dificuldades

Encontradas no

Terreno em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Tipo de intervenccedilatildeo

realizada

Falta de formaccedilatildeo (E1E2E5E7E8E10E11E15)

Falta de informaccedilatildeo ndash( E1E2E5E15)

Falta de coordenaccedilatildeo (E3E7E8E9E10E11E12E13E15)

Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (E10E9 E12)

Dificuldades em gerir as emoccedilotildees (E1E3E9 E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E9)

Natildeo ter participado num simulacro (E3E10E15E11)

Natildeo ter funccedilotildees atribuiacutedas (hellip) as funccedilotildees foram atribuiacutedas no terreno

(E1E11E14E15)

Dificuldades em identificar as equipas no terreno (E1E9E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E12)

Dificuldade em gerir as emoccedilotildees (E9)

ldquoDificuldades em trabalhar em equipa mas com outras entidadesrdquo

(E17E18)-

Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E4E6)

ldquo Outra das dificuldades no terreno eacute a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis

de quem esta a intervir natildeo estavam definidos (hellip) natildeo havia nada

preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na

Agualva pois e intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo

mas as coisas melhoraram bastante ldquo (E7E8)

ldquoPara mim as maiores dificuldades foram lidar com stress e com a

inexperiecircncia neste tipo de intervenccedilatildeo (hellip) a Caritas estava muito bem

organizadardquo (E14)

Apoio psicoloacutegico ndash (E7 E10E11E12E13E14)

Apoio Alimentar ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Vestuaacuterio ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Habitaccedilatildeo Alojamento ndash (E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14

E15 E16 E17 E18)

Apoio Sauacutede ndash (E8E9E10E11E12E14)

Preparaccedilatildeo dos

AS para trabalhar

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Fatores associados agrave

falta de preparaccedilatildeo

Natildeo - (E1E2E3E4E5E6E8E9E10E11E15E16E17E18)

Sim ndash (E7E12E13E14)

-Falta de Formaccedilatildeo (E2E3E8E9E10E11E15E16E17E18)

-Falta de participaccedilatildeo em simulacrosrdquo (E1E8E10)

-Falta de informaccedilatildeo (E6E10E11E15E16E17E18)

-Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E3 E6 E9 E11 E15 E16

E17 E18)

ldquoA participaccedilatildeo em simulacros eacute fulcral para o aperfeiccediloamento da

nossa praacutetica profissional ldquo (E5)

ldquo A falta de preparaccedilatildeo na minha opiniatildeo esta relacionada com todos os

itens que apresenta tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica

deveria contemplar um moacutedulo que falasse exatamente desta aacuterea pois

seria uma mais-valia pois assim a nossa intervenccedilatildeo seria muito mais

eficaz ldquo (E4)

ldquo (hellip) Em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias ser

termos formaccedilatildeo especifica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute

essencial para adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeordquo(E9)

ldquo A equipa jaacute devia estar formada natildeo devia ser formada na altura natildeo

deve ser na hora do acontecimento que nos diz vai para o terrenordquo (E8)

Modelo de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Fases do modelo

ldquoConcordo com o modelo e natildeo proponho nenhuma alteraccedilatildeo ao

modelordquo( E1

E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

ldquonunca tive um modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas

situaccedilotildees que intervim passei por algumas destas fasesrdquo(E3)

ldquo (hellip)Ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeordquo(E4)

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LXXXII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente do SRPCBA

Categoria Sub-categoria Analise Conteuacutedo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da equipa

Funccedilotildees da Equipa

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial

Preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

ldquoA PC dispotildee de uma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se

encontra organizada jaacute fizemos 3

cursos niacutevel 1 2 e 3 a equipa natildeo

se formou porque depende de vaacuterios

organismos devido a isto natildeo esta

organizada posso dizer-lhe que

assinamos um protocolo com a

ordem dos psicoacutelogos para formar

uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

temos 50 teacutecnicos formados os

cursos normalmente tinham 12

teacutecnicos psicoacutelogos Assistentes

Sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por

teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os

Psicoacutelogos vamos buscar ao Centro

de Sauacutede e os Assistentes Sociais ao

ISSrdquo

ldquoPrimeiro sempre a intervenccedilatildeo do

socorro e salvamento as funccedilotildees

passam essencialmente na aacuterea da

habitaccedilatildeordquo

ldquoSim acho importante o contributo

das equipas neste tipo de situaccedilotildees

em toda a sua dimensatildeo na fase da

recuperaccedilatildeo tem um papel

preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e

alimentaccedilatildeordquo

ldquoCom formaccedilatildeo adequada penso

que se encontram preparados posso

dizer-lhe que na uacuteltima situaccedilatildeo de

cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos

foi bastante positivardquo

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LXXXIII

Formaccedilatildeo

Nordm de teacutecnicos com formaccedilatildeo

ldquoSim todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos

50 teacutecnicos formadosrdquo

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoAs equipas costumam participar em

simulacros o ultimo simulacro no

qual participaram foi em Junho na

Ilha de Satildeo Miguel ldquo Touro

152rdquo(hellip)rdquo

Proteccedilatildeo Civil Ilha Terceira

Meios disponibilizados pela PC em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Organizaccedilatildeo da intervenccedilatildeo em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Realizaccedilatildeo de Simulacros

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

ldquoCorpo de bombeiros

PSP

Obras Publicas

Tendas para desalojados

Pavilhotildees

Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo

Na Agualva natildeo estava caacute no Porto

Judeu foi essencialmente o trabalho

em rede usaram a casa do povo foi

aqui que fizeram tudo os

desalojados foram realojados em

casa dos familiaresrdquo

ldquoApoacutes as enxurradas do Porto Judeu

natildeo houve a necessidade de

reorganizar e estruturar a nossa

intervenccedilatildeordquo

ldquoRealizamos simulacros anualmente

as equipas de intervenccedilatildeo

psicossocial satildeo sempre chamadas

para a participaccedilatildeo em simulacrosrdquo

ldquoSim realizamos os meios utilizados

satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos

proteccedilatildeo civil + de 65 onde

realizamos accediloes nos lares de

terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de proteccedilatildeo civil

este projeto desenvolve-se a niacutevel

das escolas estas accediloes satildeo feitas

anualmenterdquo

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LXXXIV

Apecircndice nordm 4

(Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em

Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe)

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LXXXV

Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

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LXXXVI

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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Administraccedilatildeo

1

Epiacutegrafe

Ao niacutevel mais dramaacutetico as atividades

humanas estatildeo a alterar o equiliacutebrio do planeta interferindo como

nunca na atmosfera oceanos camadas de gelo polares florestas

estes satildeo os pilares naturais que fazem deste um planeta habitaacutevel

Kofi Annan

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2

Agradecimentos

Agradecerhellipmostrar gratidatildeo porhellipconfessar-se gratohellip

Num trabalho de iacutendole acadeacutemico o esforccedilo e a perspicaacutecia satildeo fatores favoraacuteveis agrave

concretizaccedilatildeo do mesmo

Por isso natildeo posso menosprezar nem deixar de agradecer a todos aqueles que direta

ou indiretamente contribuiacuteram para a sua concretizaccedilatildeo

Agrave invasatildeo de uma vontade de retribuir a todos os que me ensinaram ajudaram e

apoiaram eacute gigantesca Assim desejo expressar os meus mais sinceros agradecimentos

Ao Professor Doutor Antoacutenio Amaro todo o apoio e disponibilidade que me

concedeu bem como as sugestotildees dadas em cada orientaccedilatildeo as suas criacuteticas construtivas que

em muito me ajudaram a refletir tornando realizaacuteveis os primeiros passos de uma longa

caminhada na busca de um sonho

Agrave Caacuteritas da Ilha Terceira especialmente agrave minha Coordenadora Diana Costa que

muitas vezes ficou sobrecarregada de trabalho soacute assim foi possiacutevel deslocar ndash me a Lisboa

Aos Teacutecnicos Sociais Presidentes de Cacircmara Coordenadora do ISSA do Nuacutecleo de

Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo Presidente do SRPCBA (Serviccedilo de Proteccedilatildeo Civil dos

Accedilores) e Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo

obrigada por terem tornado esta investigaccedilatildeo possiacutevel

Aos meus colegas de Mestrado especialmente ao Joatildeo Cordeiro agradeccedilo o amparo e

a forccedila nesta partilha de anguacutestias e preocupaccedilotildees

A concretizaccedilatildeo deste sonho deve-se tambeacutem a uma pessoa muito especial agrave minha

madrinha Ana Maria a ldquopensatildeo estrelinhardquo estava sempre pronta para me receber mesmo nos

momentos mais difiacuteceis quando aquele sarcoma maldito assolou as nossas vidas

Agradeccedilo agrave minha famiacutelia e amigos pela forccedila e apoio incondicional que sempre me

deram natildeo soacute neste ano bem como nos anteriores

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3

Arlindo Brito companheiro de longa data obrigada por acreditares em mim todas as

vitoacuterias que alcanccedilo satildeo por isso tambeacutem tuas obrigada por tudo a concretizaccedilatildeo de mais um

sonho natildeo seria possiacutevel sem a tua ajuda

Agrave famiacutelia agrave amizade agrave cumplicidadehellip

A todos muito obrigada

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Resumo

Com os novos desafios emergentes surgem novos riscos que levam cada vez mais ao

confronto com acontecimentos traacutegicos que pela sua natureza e magnitude afetam a nossa

forma de viver o presente e pensar o futuro Muito embora na lei de bases da Autoridade

Nacional da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm27 de 2006 natildeo seja aprofundado o papel e a importacircncia

da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe dando-se uma maior importacircncia

agraves questotildees do socorro e salvamento natildeo podemos esquecer que aliada a esta vem a

intervenccedilatildeo social e neste sentido necessitamos cada vez mais especializar teacutecnicos nestas

aacutereas nomeadamente Assistentes Sociais pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo eficaz

e eficiente

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira a metodologia integrada

nesta investigaccedilatildeo utilizou instrumentos de cariz qualitativo pesquisa e anaacutelise documental

pesquisa bibliograacutefica e entrevistas estas foram agraves bases metodoloacutegicas fundamentais para

responder aos objetivos desta investigaccedilatildeo

Neste contexto foram aplicadas entrevistas aos teacutecnicos sociais que fazem parte das

instituiccedilotildees que compotildeem o PME (Plano Municipal de Emergecircncia) aos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria Presidente do SRPCBA (Serviccedilo Regional

Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros Accedilores) e agrave Coordenadora do Nuacutecleo Accedilatildeo Social de Angra do

Heroiacutesmo

Da anaacutelise dos resultados concluiu-se que a maior parte dos teacutecnicos entrevistados

natildeo possui formaccedilatildeo especiacutefica na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a Equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira natildeo se encontra organizada as funccedilotildees

desempenhadas pelos Assistentes Sociais em situaccedilotildees de cataacutestrofe incidem essencialmente

no levantamento de necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades as maiores dificuldades

encontradas no terreno pelos Assistentes Sociais em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe remetem agrave

falta de coordenaccedilatildeo falta de formaccedilatildeo e funccedilotildees natildeo atribuiacutedas

Palavras-chave Sociedade de Risco e Riscos Desastres e Cataacutestrofes Proteccedilatildeo

Civil e Serviccedilo Social

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Abstract

With new challenges emerging new risks emerge they are leading increasingly to

confront with the tragic events which by their nature and magnitude affect the way we live

the present and think about the future Although the basic law of Civil Protection National

Authority 2006 Law nordm 27 is not in-depth the role and importance of Social Services

intervention in disaster situations giving a greater importance to issues of relief and rescue

we can not forget that this is combined with social intervention and in this sense we need to

increasingly specialize in these technical areas including Social Workers because only then

we can do an effective and efficient intervention

This work main objective is to know the role of the social worker in Psychosocial

Intervention Teams in Terceira Island the integrated methodology in this research used

qualitative instruments search and documents analyse literature review and interviews these

were the fundamental methodological bases to meet the objectives of this research

In this context interviews were applied to social workers who are part of the

institutions that integrate the MEP (Municipal Emergency Plan) to the Mayors of Angra do

Heroiacutesmo and Praia da Vitoacuteria Chairman of RCFPA (Regional Civil Service and Fire

Protection of Azores) and Coordinator of Social Work of Angra do Heroiacutesmo

Analyzing the results it is concluded that the majority of respondents do not have

specific technical training in the area of intervention in disaster situation Psychosocial

Intervention Team in Terceira Island is not at this moment organized the functions performed

by social workers in disaster situations essentially focus on needs of assessment and

coordination with other entities the major difficulties faced by social workers in real disaster

situations refer to the lack of coordination lack of training and functions not assigned

Keywords Risk Society and Risks Disasters and Catastrophes Civil Protection

Social Work

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Iacutendice Geral

Agradecimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 2

Resumo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 4

Abstract helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 5

Iacutendice de Figuras helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 8

Iacutendice de Quadros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Apecircndices helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Abreviaturas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 10

Introduccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 12

Capitulo I ndash Enquadramento Teoacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 15

1 - A Sociedade de Risco e Riscos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 16

2 - Desastres e Cataacutestrofes helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

3 - Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

31- Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphellip 26

32 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 28

321 - Competecircncia para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 30

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

323 - Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 34

324 - Execuccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

3241- Fase da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

3242 - Fase da Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

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325 - Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

328 ndash Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial em

situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

41

Capitulo II ndash Metodologia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 50

1 - Campo Empiacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

11 ndash Sismos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

12 ndash Enxurradas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

13 ndash Ciclones helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

2 - Tipo de Estudo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

3 - Populaccedilatildeo e Amostra helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 55

4 - Instrumentos de Recolha de Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 56

5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 57

51 - Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 58

52 - Procedimentos Eacuteticos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 59

Capitulo III ndash Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

1 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 61

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 63

3 - Dificuldades Encontradas no Terreno helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 64

4 ndash Intervenccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

5 ndash Formaccedilatildeohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 71

6 ndash Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 73

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

8 - Normativos Internos em situaccedilatildeo de cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de cataacutestrofe com a

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Socialhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

76

Conclusotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 78

Bibliografia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 83

Iacutendice de Figuras

Figura 1 ndash Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

Figura 2 - Organizaccedilatildeo do SRBPCA helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 27

Figura 3 - Aacutereas de Atuaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 31

Figura 4 - Implementaccedilatildeo do PCO helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

Figura 5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

Figura 6 - Gravidade da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Figura 7- Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

Figura 8 - Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 41

Figura 9 ndash Mapa da Ilha Terceira helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

Figura 10 - Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

Figura 11 ndash Conhecimento do PME helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 62

Figura 12 ndash Dificuldades Encontradas no Terrenohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 66

Figura 13 ndash Falta de Preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

Figura 14 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphellip 71

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Figura 15 ndash Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo na aacuterea de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 72

Figura 16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 74

Figura 17 ndash Normativos Internos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 76

Iacutendice de Quadros

Quadro 1 ndash Criteacuterios de Ativaccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

Quadro 2 ndash Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 33

Quadro 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphellip 34

Quadro 4 ndash Procedimentos Inerentes ao estado de alerta helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Quadro 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

Quadro 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphellip 39

Quadro 7 ndash Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphellip 48

Quadro 8 - Intervenccedilatildeo Psicossocial com a intervenccedilatildeo do Assistente Social helliphellip 76

Iacutendice de Apecircndices

Apecircndice 1 Guiatildeo de Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip III

Apecircndice2 Transcriccedilatildeo das Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip XXIV

Apecircndice 3 Grelhas de Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip LXIX

Apecircndice 4 Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe LXXXV

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Iacutendice de Abreviaturas

CMAH- Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

CMPC- Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

CMPV- Camara Municipal da Praia Vitoacuteria

CNPC ndash Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

COE ndash Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia

COM ndash Comando Operacional Municipal

COS ndash Comandante de Operaccedilotildees de Socorro

CRED - Centre for Research on the Epidemi ology of Disasters

ISSA- Instituto Seguranccedila Social Accedilores

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial Sauacutede

PC ndash Proteccedilatildeo Civil

PCO ndash Posto de Comando Operacional

PCMAH- Presidente da Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

PCMPV- Presidente da Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

PME- Plano Municipal de Emergecircncia

PMEAH ndash Plano Municipal Emergecircncia de Angra Heroiacutesmo

PMEPV- Plano Municipal de Emergecircncia Praia Vitoacuteria

PREPCA - Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores

RAA ndash Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

SIOPS ndash Sistema Integrado de Operaccedilotildees Proteccedilatildeo de Socorro

SNCP ndash Serviccedilo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

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SMPC ndash Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

SRPCBA ndash Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

UCT ndash Unidade de Comunicaccedilatildeo e Transmissatildeo

UNISDR - United Nations International Strategy for Disaster Reduction

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Introduccedilatildeo

O conceito de sociedade de risco natildeo passa hoje despercebido no nosso dia-a-dia

pois cada vez que lemos um jornal ou vemos um telejornal estamos a viver essa sociedade de

risco pois temos a noccedilatildeo do perigo que eacute viver na nossa eacutepoca

Nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX e iniacutecio do seacuteculo XXI o conceito do risco tem

ocupado um lugar importante no debate dos grandes temas da teoria social poacutes moderna Os

riscos em especial os ambientais e tecnoloacutegicos foram estudados por teoacutericos influentes

como Beck e Giddens (1995) para obter uma explicaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo dos fenoacutemenos que

atravessam a histoacuteria da modernidade

Atualmente temos a noccedilatildeo dos perigos que corremos por via das alteraccedilotildees

climaacuteticas da poluiccedilatildeo produto da radioatividade das centrais nucleares que explodem ou

podem explodir das contaminaccedilotildees alimentares em larga escala das epidemias modernas

tudo isto pode dar origem a desastres naturais Efetivamente nos uacuteltimos anos temos vindo a

assistir a uma seacuterie de sucessivas cataacutestrofes de diferentes naturezas segundo as Naccedilotildees

Unidas nas uacuteltimas deacutecadas o nuacutemero de registos de desastres naturais em vaacuterias partes do

mundo tem vindo a aumentar significativamente e Portugal natildeo tem sido exceccedilatildeo pois

durante as ultimas duas deacutecadas nove em cada dez destes desastres tecircm estado relacionados

com as alteraccedilotildees climaacuteticas e as atuais projeccedilotildees lembram que esta tendecircncia iraacute continuar e

que as cataacutestrofes naturais com o tempo vatildeo tornar-se cada vez mais frequentes

Os desastres podem ocorrer como consequecircncia do impacto de um risco natural ou

causado por atividades antroacutepicas Os riscos naturais incluem fenoacutemenos como terramotos

atividade vulcacircnica deslizamentos de terra maremotos ciclones tropicais e outras

tempestades intensas tornados e ventos fortes inundaccedilotildees fluviais e costeiras incecircndios

florestais tempestades de areia e infestaccedilotildees Os riscos causados por atividades antroacutepicas

podem ser intencionais (como por exemplo a descarga iliacutecita de petroacuteleo) ou acidentais

(como derrame de produtos toacutexicos ou fusatildeo nuclear) todos estes riscos podem ameaccedilar

pessoas e os ecossistemas (fauna e flora) dando por vezes origem a consequecircncias muito

graves para as comunidades

Segundo a Estrateacutegia Internacional para a Reduccedilatildeo dos Desastres das Naccedilotildees Unidas

durante a uacuteltima deacutecada 4777 desastres naturais fizeram 880 mil mortes afectaram a vida a

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1880 milhotildees de pessoas e provocaram prejuiacutezos na ordem dos 685 mil milhotildees de doacutelares

(708 mil milhotildees de euros)

Neste sentido torna-se essencial que as sociedades estejam preparadas e estruturadas

para fazer face a este tipo de situaccedilotildees tanto ao niacutevel de socorro e salvamento como a niacutevel

da intervenccedilatildeo social as situaccedilotildees de crise exigem cada vez mais que as instituiccedilotildees estejam

preparadas para fazer face a estas situaccedilotildees nomeadamente possuiacuterem teacutecnicos especializados

nestas aacutereas como eacute o caso de Assistentes Sociais pois soacute assim poderatildeo realizar uma

intervenccedilatildeo eficaz e de qualidade

Os grandes impactos socioeconoacutemicos causados pelos desastres naturais levaram a

uma mudanccedila na abordagem poliacutetica para lidar com o conceito de risco nas sociedades

modernas a multiplicidade de riscos que nos dias de hoje eacute vivida pelos cidadatildeos tanto a

niacutevel individual como coletivo deve-se constituir tambeacutem objeto de atenccedilatildeo para o Serviccedilo

Social

Assim os profissionais de Serviccedilo Social vecircm-se hoje obrigados a readaptar a sua

metodologia e teacutecnicas de intervenccedilatildeo face aos novos desafios teoacutericos metodoloacutegicos e

teacutecnicos gerados pelas mudanccedilas sociais

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira tendo como objetivos

especiacuteficos

-Compreender o tipo de intervenccedilatildeo que eacute desenvolvida pelo Serviccedilo Social na Ilha

Terceira

-Mostrar como estatildeo organizadas as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial equipas de

intervenccedilatildeo em crise (composiccedilatildeo funccedilotildees formaccedilatildeo)

-Confirmar se os Assistentes Sociais possuem formaccedilatildeo especiacutefica para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

-Verificar se os Assistentes Sociais intervecircm segundo as etapas de intervenccedilatildeo

psicossocial em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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-Enumerar as funccedilotildees concretas desempenhadas pelos Assistentes Sociais quando

ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

-Identificar quais as principais dificuldades com que se confrontam no terreno

quando intervecircm em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe

Residindo na Ilha Terceira a escolha por este tema fica a dever-se natildeo soacute ao facto

de residir numa zona de risco onde a probabilidade de ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe eacute bastante elevada mas tambeacutem pelo facto de jaacute ter desempenhado funccedilotildees como

Assistente Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe sobretudo nas enxurradas do Porto Judeu em

2013 e tendo tido contacto com esta realidade verifiquei que existe falta de preparaccedilatildeo por

parte dos teacutecnicos para intervir neste tipo de situaccedilotildees

Por fim outro dos fatores que me levou a optar por esta temaacutetica foi o facto de em

Portugal existir pouca investigaccedilatildeo nesta aacuterea e o presente estudo vai servir ainda de

complemento a outra aacuterea de formaccedilatildeo que detenho a de Teacutecnica Superior de Seguranccedila e

Higiene no Trabalho

O presente trabalho encontra-se estruturado em 3 capiacutetulos o primeiro capiacutetulo

reporta-se ao Enquadramento Teoacuterico onde foram definidos os conceitos orientadores que

serviram de pilar teoacuterico ao longo desta dissertaccedilatildeo O segundo capiacutetulo remete-se agrave

metodologia integrada utilizada nesta investigaccedilatildeo que utilizou instrumentos de cariz

qualitativo pesquisa e anaacutelise documental pesquisa bibliograacutefica e entrevistas a entidades

significativas desta aacuterea

No terceiro capiacutetulo faz-se a apresentaccedilatildeo anaacutelise e discussatildeo dos resultados da

investigaccedilatildeo e por uacuteltimo apresentam-se as conclusotildees finais e bibliografia

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Capitulo I

Enquadramento Teoacuterico

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1 - A Sociedade de Risco e Riscos

A noccedilatildeo de risco tem acompanhado desde sempre a humanidade tendo-se assistido

ao longo dos tempos a uma evoluccedilatildeo dos conceitos

Em termos descritivos a definiccedilatildeo de risco foi ao longo do tempo sendo alvo de um

processo de desambiguaccedilatildeo Profissionais e decisores das mais diversas aacutereas bem como a

comunidade cientiacutefica no domiacutenio de diversas aacutereas tecircm abordado este conceito de forma

aplicada e adaptada agrave sua realidade e aos seus objectos de trabalho O resultado desta praacutetica eacute

a formulaccedilatildeo de diferentes conceitos de risco Por norma o risco encontra-se associado agrave

duacutevida em relaccedilatildeo a acontecimentos futuros de cariz negativo para a Humanidade O risco

ldquopode ser tomado como uma categoria de anaacutelise associada agrave priori agraves noccedilotildees de incerteza

exposiccedilatildeo ao perigo perda e prejuiacutezos materiais econoacutemicos e de vidas humanas em funccedilatildeo

de processos de ordem natural (tais como os processos exoacutegenos e endoacutegenos da Terra) eou

daqueles associados agrave accedilatildeo do Homemrdquo (Castro 20052)

Segundo Covello e Mumpower (1985 citado por Proske 2008) as primeiras

preocupaccedilotildees com risco (embora natildeo fosse tratado com este termo) deveratildeo ter ocorrido em

torno do ano 3200 aC no vale do Tigre-Eufrates onde um grupo denominado Asipu

praticava a anaacutelise e o aconselhamento sobre o risco com base em eventos repetidos e

motivados por forccedilas divinas prestando assim apoio agraves populaccedilotildees locais

A noccedilatildeo de risco mais aproximada agrave actualmente utilizada surgiu no seacuteculo XIV

associada agraves viagens mariacutetimas No seacuteculo XVI o termo ldquorischiordquo comeccedilou a ser utilizado nas

liacutenguas romanas para reportar situaccedilotildees de incerteza (Luhmann1993 citado por Proske

2008) Foi durante este periacuteodo e tambeacutem a partir do seacuteculo XVII que o risco ganhou mais

expressatildeo por intermeacutedio de navegadores portugueses e espanhoacuteis No entanto a

proveniecircncia do termo em si acaba por natildeo ser conhecida com certeza absoluta e Proske

(2008) aponta como possiacuteveis origens o grego com ldquorhiziardquo o persa com ldquorozi(k)rdquo ou ainda

o espanhol e as liacutenguas africanas com o termo ldquoareskrdquo Em comum estes termos tinham o

facto de a vida estar dependente de Deus e de um destino impossiacutevel de controlar e contrariar

Segundo Ewald (1993 citado por Mendes 2002) o risco advinha de um ato de Deus uma

forccedila maior de tal ordem que natildeo poderia ser imputada qualquer responsabilidade ao Homem

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Este uacuteltimo pouco poderia fazer tanto na tentativa de prever futuros eventos como na

tentativa de reduzir o seu impacto

Um contributo na evoluccedilatildeo do conceito do risco foi dado pelo sector da banca ainda

no decorrer do seacuteculo XVII Se nos primoacuterdios da utilizaccedilatildeo deste conceito este apenas

incluiacutea a noccedilatildeo de espaccedilo a partir do momento em que comeccedilou a ser utilizado pelo sistema

bancaacuterio viu ser-lhe vinculada a noccedilatildeo de tempo pois esta uacuteltima era tambeacutem imprescindiacutevel

para determinar provaacuteveis consequecircncias de um dado investimento tanto para os credores

como para os devedores (Giddens2000citado por Mendes 2002)

Em meados da deacutecada de oitenta Ulrich Beck (1992) apresenta o inovador conceito

de ldquoSociedade de Riscordquo para alertar sobre os riscos aos quais as sociedades atuais estatildeo

sujeitas particularmente os riscos de caraacutecter tecnoloacutegico e ambiental Para este autor ldquoa

sociedade de risco significa que vivemos na idade dos efeitos secundaacuterios isto eacute habitamos

um mundo fora de controlo onde nada eacute certo aleacutem da incerteza A novidade desta noccedilatildeo

reside no facto de algumas decisotildees humanas poderem envolver consequecircncias e perigos

globais que natildeo reconhecem fronteirasrdquo (Beck200016)

Mendes (2002) considera tambeacutem que vivemos na ldquosociedade do riscordquo devido agrave

dificuldade em quantificar prevenir e anular os riscos agrave natureza global e sua magnitude

Para Almeida (2002) a sociedade do risco eacute uma designaccedilatildeo que pretende apontar um tipo de

sociedade que estaacute atualmente mais exposta a alteraccedilotildees frequentes e agrave incerteza que eacute mais

exigente mas com menos garantias

Para Beck (1992) a caracteriacutestica principal da sociedade de risco eacute que as inovaccedilotildees

tecnoloacutegicas e organizacionais da sociedade moderna tambeacutem acarretaram efeitos colaterais

negativos cada vez mais complexos e imprevisiacuteveis e alguns deles incontrolaacuteveis Uma

parte dos riscos contemporacircneos escaparam do controle do sistema convencional das

instituiccedilotildees da era industrial ldquoO Estado-naccedilatildeo natildeo consegue mais regular os riscos de alta

complexidade principalmente aqueles que tecircm uma espacialidade e uma temporalidade que

vatildeo aleacutem das fronteiras geopoliacuteticas nacionaisrdquo (Beck 1995 210)

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Para Beck alguns dos novos riscos deixaram de poder ser pensados enquanto

fenoacutemenos locais circunscritos a uma determinada aacuterea ou situaccedilatildeo visto que assumiram um

caraacutecter global

O tipo de riscos que temos nas sociedades de hoje difere dos do passado na medida

em que hoje eles satildeo potencialmente ilimitados seja geograficamente (na medida em que os

perigos satildeo globalizados natildeo se limitando ao seu espaccedilo de origem ndash a sociedade de risco eacute

mundial) seja em termos de tempo seja ainda no alcance dos seus danos que podem

perpetuar ndash se por geraccedilotildees ldquoO risco atinge tudo sem distinccedilatildeo de classe eacute democraacutetico

incalculaacutevel (as consequecircncias desconhecidas indesejadas tornam-se uma forccedila dominante na

historia e na sociedade)rdquo (Silveirinha 2007 citado por Amaro 201253)

Hoje os riscos estatildeo em todos os lugares em outros contextos histoacutericos inclusive

em seacuteculos passados a experiecircncia dos riscos nunca foi tatildeo abrangente e profunda como tecircm

sido nas uacuteltimas deacutecadas As situaccedilotildees de risco atuais satildeo portanto quantitativas e

qualitativamente distintas das formas anteriores de risco As mudanccedilas estatildeo acontecendo

cada vez mais raacutepidas e em maior grau e intensidade As mudanccedilas geram situaccedilotildees novas em

que ningueacutem parece ter o controlo A incerteza passou a ser uma caracteriacutestica marcante da

nossa eacutepoca

Na linha de pensamento de Giddens (2012) a ideia de risco andou sempre associada

agrave modernidade mas na eacutepoca atual assume uma importacircncia nova e peculiar O risco era

considerado como um meio de regular o futuro de o normalizar e de o colocar sob o nosso

domiacutenio no entanto as coisas natildeo se passaram assim As tentativas que fazemos para

controlar o futuro acabam por se voltar contra noacutes forccedilando-nos a procurar novas formas de

viver com a incerteza

No presente noacutes natildeo sabemos se vivemos num mundo mais arriscado do que as

geraccedilotildees passadas o problema natildeo esta situado na ldquoquantidaderdquo do risco a grande diferenccedila

histoacuterica entre o passado e o presente eacute que hoje sabemos ser impossiacutevel controlar as

consequecircncias de algumas decisotildees civilizacionais Eacute neste contexto que Beck e Giddens

utilizam o termo incertezas fabricadas

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Giddens (2012) faz a distinccedilatildeo entre dois tipos de risco o risco exterior e o risco

criado

Riscos Externos - Ateacute uma eacutepoca muito recente as sociedades humanas estavam sob

ameaccedila de riscos externos isto eacute que tecircm origem no mundo natural e natildeo estatildeo relacionados

com a accedilatildeo do homem os perigos advecircm secas terramotos tempestades e fome

Riscos Criados - Riscos que resultam do impacto da accedilatildeo do nosso saber e da

tecnologia sobre o mundo natural

Segundo Giddens (2012) no passado a sociedade preocupava ndash se mais com o risco

exterior como resultado de fenoacutemenos impostos pela natureza como secas pragas ou maacutes

colheitas Actualmente a preocupaccedilatildeo recai natildeo apenas neste mas tambeacutem no risco

provocado remetendo para o impacto que o desenvolvimento tecnoloacutegico tem sobre o

ambiente

Na linha de pensamento de (Zecirczere Ferreira amp Rodrigues1999) recorrendo a

conceitos matemaacuteticos o risco eacute entendido como a probabilidade de ocorrecircncia de um efeito

especiacutefico causador de danos graves agrave Humanidade eou ao ambiente num determinado

periacuteodo e em circunstacircncias determinadas Segundo o mesmo autor e numa clara alusatildeo agrave

importacircncia do conceito de risco para a gestatildeo do mesmo ldquoo risco exprime a possibilidade de

ocorrecircncia e a respectiva quantificaccedilatildeo em termos de custos de consequecircncias gravosas

econoacutemicas ou mesmo para a seguranccedila das pessoas em resultado do desencadeamento de

um fenoacutemeno natural ou induzido pela atividade antroacutepicardquo (Zecirczere et al19993) Agrave luz da

variedade de definiccedilotildees existentes pode ainda o risco ser encarado como ldquoa probabilidade de

ocorrecircncia de um processo (ou acccedilatildeo) perigoso e respectiva estimativa das suas consequecircncias

sobre pessoas bens ou ambiente expressas em danos corporais eou prejuiacutezos materiais e

funcionais diretos ou indiretosrdquo (Juliatildeo 200922)

ldquo A noccedilatildeo de risco mais vulgarizada tem a ver com o ldquoperigo que se correrdquo isto eacute

em linhas gerais risco eacute a probabilidade de ocorrecircncia de um perigordquo (Lourenccedilo 2003citado

por Amaro 201254)

Na oacuteptica de Ribeiro (1995) o risco eacute caracterizado pela ameaccedila que causa ou que eacute

sentida pela sociedade face a determinada situaccedilatildeo de rutura Resulta da probabilidade de

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desencadear um fenoacutemeno de ruptura e do grau de impacto associado aos efeitos que

previsivelmente produza no sistema social

De forma integrada ldquoo risco pretende caracterizar a possibilidade de ocorrecircncia de

perturbaccedilotildees que alterem o estado de seguranccedila existente ou previsto e que provoquem os

correspondentes danosrdquo (Amaro 201254)

Na perspectiva de Herculano (2009) a compreensatildeo da dimensatildeo do risco eacute

fundamental Importa conhecer como este se manifesta atraveacutes de que processos quais os

agentes e quais os impactos para que assim a intervenccedilatildeo seja a mais adequada agrave situaccedilatildeo No

entanto o mesmo autor refere ainda que se cada grupo de riscos for considerado

isoladamente tambeacutem eacute possiacutevel agrupar esses mesmos grupos e assim constituiacuterem-se novos

ramos ou sub-ramos de riscos tais como ldquoos riscos naturo-sociais tecno-sociais tecno-

naturais ou entatildeo e porque natildeo o grupo dos riscos soacutecio-ambientais ou naturo-tecno- sociais

na medida em que determinado risco natural se desencadeie por vulnerabilidade a

determinado risco tecnoloacutegico e cujas repercussotildees se verifiquem sobre as sociedadesrdquo

(Herculano 2009 1-2)

Para Douglas o risco eacute uma ldquoteacutecnica moderna de avaliar o perigo em termos de

probabilidade (hellip) e incertezardquo (Rebelo1992 citado por Herculano 20093) Por sua vez

Giddens (1987) considera o risco como aquilo que existe em situaccedilotildees de perigo hoje em dia

enfrenta- se perigos decorrentes de uma incerteza fabricada (produzida pela teacutecnica e pela

ciecircncia modernas) Herculano (2009) menciona que seraacute mais adequado falar de perigos

quando os danos ou perdas estatildeo relacionados com causas fora do proacuteprio controlo Deve-se

falar em riscos quando os possiacuteveis danos satildeo consequecircncia da proacutepria decisatildeo

Independentemente de se poder defender que a teoria do risco estaacute desde sempre

presente na conceptualizaccedilatildeo dos conceitos de perigo e de risco todavia para Rebelo existem

trecircs conceitos que vivem em torno da organizaccedilatildeo desta teoria risco perigo e crise Uma vez

que para este autor ldquoO risco pressupotildee um sistema de processos que o determinam e o

analisam que o perigo pressupotildee um conjunto de percepccedilotildees e de reacccedilotildees de acordo com a

sua evoluccedilatildeo e a manifestaccedilatildeo da crise deve ter presente uma planificaccedilatildeo global dos riscos e

integral dos recursos essenciais agrave sua gestatildeordquo (Rebelo 1999 citado por Herculano 20093-

4)

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A aproximaccedilatildeo ao fim do uacuteltimo mileacutenio intensificou as preocupaccedilotildees relativas ao

risco natildeo apenas pela comunidade cientiacutefica mas pelo puacuteblico em geral criando a ideia de

que a qualquer momento pode ocorrer um evento negativo provocando rupturas de diversos

niacuteveis e desorientaccedilatildeo geral Segundo Beck (1992como citado em Mendes 2002) todas as

alteraccedilotildees na natureza do risco tornaram-no mais globalizado menos identificaacutevel e com

consequecircncias mais graves criando ansiedade na populaccedilatildeo Este estado de maior alerta e

apreensatildeo face ao risco eacute motivo por parte desta a uma maior solicitaccedilatildeo a quem compete

trabalhar no sentido de prever e avisar para as situaccedilotildees de risco A prevenccedilatildeo quando

devidamente justificada pode constituir a diferenccedila entre o agravamento do risco ou a sua

atenuaccedilatildeo Conforme Mendes (2002) a incerteza associada ao risco cria por vezes situaccedilotildees

de alarmismo e por outras situaccedilotildees de ocultaccedilatildeo de factos ldquoQuando o risco eacute considerado

elevado e muito divulgado e posteriormente se constata que os impactos foram miacutenimos os

envolvidos no processo de prevenccedilatildeo satildeo considerados alarmistas mas quando esse risco natildeo

eacute devidamente acautelado e posteriormente ocorrem situaccedilotildees graves os mesmos satildeo

acusados de menosprezar o risco e de descuido no processo de preparaccedilatildeo para o enfrentarrdquo

(Mendes 20023)

2 - Desastres ou Cataacutestrofes

Os desastres naturais representam um conjunto de fenoacutemenos que fazem parte da

geodinacircmica terrestre portante da natureza do planeta quando ocorrem podem acarretar

consequecircncias catastroacuteficas para o ser-humano

A partir deacutecada de 80 comeccedilou a dar-se um aumento gradual dos prejuiacutezos

econoacutemicos com origem na destruiccedilatildeo provocada por desastres naturais tendo a deacutecada de

1990 marcado a entrada num novo patamar com os valores dos prejuiacutezos a dispararem para

valores nunca antes vistos Terramotos tsunamis ou grandes tempestades em aacutereas fortemente

desenvolvidas e povoadas foram o motor para os elevados prejuiacutezos verificados

Recentemente em 2011 assistiu-se a um valor recorde estimado em 3661 mil milhotildees de

doacutelares (danos provocados pelo terramoto e tsunami que atingiram o Japatildeo) suplantando o

valor atingido em 2005 na ordem dos 2468 mil milhotildees de doacutelares (prejuiacutezos resultantes da

passagem do furacatildeo Katrina na costa leste dos Estados Unidos da Ameacuterica (Guha-sapir Vos

Below amp Ponserre2011)

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Em Portugal as cataacutestrofes da uacuteltima deacutecada foram maioritariamente de origem

natural nomeadamente cheias tufotildees e incecircndios florestais Portugal foi considerado pela

Comissatildeo Europeia como o paiacutes europeu mais afectado pelos incecircndios em 2003 com 20

viacutetimas mortais e com um nuacutemero recorde de 390 146 hectares de terreno florestal e mato

ardido durante o ano de 2003 (Livro Branco dos incecircndios florestais 2003) O sismo de 1755

foi considerado a cataacutestrofe mais mortal no nosso paiacutes sendo responsaacutevel por um elevado

nuacutemero de mortes bem como inuacutemeros estragos materiais as cheias na Ilha Madeira a 20 de

Fevereiro de 2010 foi outra das cataacutestrofes que assolou o nosso paiacutes tendo provocado

tambeacutem inuacutemeros prejuiacutezos materiais e ambientais e viacutetimas mortais

No que concerne agrave Ilha Terceira nos uacuteltimos anos a cataacutestrofe que causou mais

estragos foi o sismo de 1980 morreram cerca de 51 pessoas tendo a cidade de Angra do

Heroiacutesmo ficado praticamente destruiacuteda

Nos uacuteltimos 5 anos na Ilha Terceira ocorreram duas situaccedilotildees de cataacutestrofes

nomeadamente as enxurradas da Agualva em Dezembro de 2009 e Porto Judeu em Marccedilo de

2013 estas provocaram inuacutemeros prejuiacutezos materiais apenas nas enxurradas da Agualva

houve uma viacutetima mortal

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) o nuacutemero de cataacutestrofes naturais

aumentou cerca de 100 para cerca de 400 por ano com o continente Africano a ser o mais

castigado nas uacuteltimas trecircs deacutecadas

As consequecircncias das cataacutestrofes estatildeo diretamente associadas a fatores de

vulnerabilidade das sociedades das quais se destacam a densidade populacional o

aquecimento global e as condiccedilotildees precaacuterias de habitabilidade de grandes aglomerados

populacionais Para Serra (2008) um outro fator a considerar eacute a constante imposiccedilatildeo do

homem nos ecossistemas o desrespeito pela natureza e a desresponsabilizaccedilatildeo dos governos

na prevenccedilatildeo das cataacutestrofes o que leva agrave conclusatildeo de que as cataacutestrofes satildeo cada vez menos

naturais pois ateacute mesmo a origem de um tsunami pode ser imputado ao homem que atraveacutes

da sua accedilatildeo exponencia as fragilidades do ecossistema consequentemente aumenta a

probabilidade de cataacutestrofes naturais (p 37- 47)

Segundo Amaro (201223) ldquoas sociedades modernas nomeadamente as mais

desenvolvidas debatem-se hoje com problemas que natildeo sendo novos assumem por vezes

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uma dimensatildeo redobrada porque os riscos cresceram com o acelerado desenvolvimento

tecnoloacutegico e com a expansatildeo de um urbanismo desenfreadordquo

Nesta perspetiva ldquoHoje as questotildees relativas agraves ameaccedilas provenientes das raacutepidas

mudanccedilas climaacuteticas deve ser encarada do mesmo modo que uma verdadeira guerra que natildeo

podemos perder em termos de planeamento coordenaccedilatildeo e execuccedilatildeordquo (Leandro 2007

citado por Amaro 201227)

Vaacuterios autores colocam desastre e cataacutestrofe com um uacutenico significado enquanto

outros apontam diferenccedilas e distinguem-nos

Segundo a UNISDR (200913) um desastre consiste numa ldquoperturbaccedilatildeo seacuteria do

funcionamento de uma comunidade ou sociedade causando perdas humanas materiais

econoacutemicas e ambientais expressivas que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade

em fazer frente agrave situaccedilatildeo com os seus proacuteprios recursosrdquo Em definiccedilotildees propostas pelo

CRED (Centre for Research on the Epidemiology of Disaters) o desastre surge como ldquouma

situaccedilatildeo ou um evento que supera a capacidade local surgindo a necessidade de pedir ajuda

externa seja a niacutevel nacional ou internacional ou um evento imprevisto que causa grandes

danos destruiccedilatildeo e sofrimento humanordquo (Guha-sapir et al 2011)

Numa perspetiva diferente Pine (2008) aborda os desastres mencionando

genericamente as suas causas referindo que satildeo eventos naturais e causados pelo homem que

tecircm um impacto adverso sobre uma comunidade regiatildeo ou naccedilatildeo Os eventos associados a

um desastre podem sobrecarregar os meios de resposta e provocam danos a niacutevel econoacutemico

social e ambiental

Para (Dilley Chen Deichmann Lerner amp Almond 200519) ldquoos desastres naturais

ocorrem quando um nuacutemero elevado de pessoas ou bens satildeo atingidos por fenoacutemenos de

grande severidade provocando feridos mortes prejuiacutezos econoacutemicos danos ou destruiccedilatildeo

total de estruturasrdquo

No contexto da dinacircmica natural do planeta a ocorrecircncia de fenoacutemenos naturais

extremos eacute muito frequente no entanto quando estes eventos atingem comunidades humanas

de forma grave e extensiva tendo como resultados prejuiacutezos materiais e a perda de vidas

humanas assumem as caracteriacutesticas e a dimensatildeo de uma cataacutestrofe

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De acordo com a OMS uma cataacutestrofe eacute considerada ldquo um acontecimento natural ou

provocado pelo homem cujo a ameaccedila pode justificar a necessidade de socorros de

emergecircncia e no qual os grandes danos materiais satildeo acompanhados de traacutegicas perdas de

vidas humanas e grande numero de vitimas invariavelmente feridas com gravidaderdquo

As cataacutestrofes podem acontecer a qualquer momento Carvalho (2009) define-a em

termos sociais fiacutesicos e sanitaacuterios Eacute uma situaccedilatildeo imprevista e repentina atinge uma

populaccedilatildeo de maioria saudaacutevel que passa a vivenciar uma realidade desorganizada ou

disruptiva que desconcerta a sua vida de forma violenta e traumatizante Bandeira e Pinto

(2001 citado por Sousa200716) referem que o contexto de cataacutestrofe eacute baseado em ldquotrecircs

componentes afluxo intenso de vitimas destruiccedilatildeo de ordem material desproporcionalidade

acentuada entre os meios de socorro e as vitimas a socorrerrdquo

De acordo com a Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm 272006 de 3 de Julho artigo

3ordmnordm2 ldquo cataacutestrofe eacute o acidente grave ou serie de acidentes graves suscetiacuteveis de provocarem

elevados prejuiacutezos materiais e eventualmente vitimas afetando intensamente as condiccedilotildees de

vida e o tecido socioeconoacutemico em aacutereas ou na totalidade do territoacuterio nacional ldquo

As diferenccedilas verificadas entre os conceitos de desastre e cataacutestrofe satildeo

particularmente visiacuteveis ao niacutevel da escala do acontecimento onde no segundo caso as

consequecircncias negativas abrangem aacutereas territoriais maiores afetam um maior nuacutemero de

pessoas e bens requerem ajuda externa suplementar envolvem oacutergatildeos e agecircncias estatais e o

tempo de recuperaccedilatildeo eacute mais longo Neste jogo de semelhanccedilasdisparidades entre definiccedilotildees

Oliver (20115) sugere a cataacutestrofe como ldquoum evento que afeta direta ou indiretamente todo

um paiacutes requerendo resposta nacional ou eventualmente internacional ameaccedilando o bem-

estar de um nuacutemero substancial de pessoas por um longo periacuteodo de tempordquo

Tanto os desastres naturais como as cataacutestrofes satildeo tambeacutem causadores de grandes

impactos a niacutevel econoacutemico sendo responsaacuteveis pela destruiccedilatildeo de diversas estruturas

(habitaccedilotildees equipamentos vias entre outros) encerramento de serviccedilos perda de recursos e

suspensatildeo de atividades produtivas como a agricultura e a induacutestria ou ainda a interrupccedilatildeo da

circulaccedilatildeo e quebras na rede de transportes de pessoas e mercadorias No processo de retoma

da normalidade o apoio agraves viacutetimas e a reconstruccedilatildeo das estruturas danificadas tecircm-se

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perfilado nas uacuteltimas deacutecadas como operaccedilotildees mais complexas e dispendiosas agrave medida que

aumenta a dimensatildeo e o niacutevel de desenvolvimento das aacutereas afetadas

Nesta perspetiva ldquoO Tsunami de Dezembro de 2004 que vitimou mais de 250 mil

pessoas o furacatildeo Katrina que arrasou a cidade de Nova Orleatildees e matou perto de 2000

pessoas o sismo do Paquistatildeo no qual faleceram perto 60 mil pessoas o tufatildeo de Myanmar

(soacute para citar alguns dos mais recentes e devastadores) alertaram-nos para uma nova realidade

a que os Estados modernos natildeo podem fechar os olhos As grandes variaccedilotildees demograacuteficas e

as mudanccedilas climaacuteticas criaram muitas e novas preocupaccedilotildees que remetem para atitudes de

contiacutenua prevenccedilatildeo anaacutelise e gestatildeo de riscordquo (Amaro201223)Em siacutentese a diferenccedila entre

desastre e cataacutestrofe parece-nos pouco mais que semacircntica ou se quisermos diferindo face agrave

amplitude do fenoacutemeno

3 - Proteccedilatildeo Civil

O assistente social ao intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe deve ser conhecedor de

como se encontra estruturada e organizada a Proteccedilatildeo Civil (PC) neste tipo de situaccedilotildees

quando trabalhei na situaccedilatildeo de cataacutestrofe do Porto Judeu uma das maiores dificuldades com

que me deparei no terreno foi perceber como funcionava todo o processo ao niacutevel da

emergecircncia quando ocorria uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe no decorrer das entrevistas aos

teacutecnicos sociais foi-me apercebendo que estes tinham alguma dificuldade em responder agraves

questotildees que estavam relacionadas com a aacuterea da PC neste sentido natildeo eacute excessivo que os

elementos das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam com bastante pormenor o

sistema nacional e regional de PC o desconhecimento por parte do assistente social nesta

mateacuteria pode condicionar o sucesso da sua intervenccedilatildeo face a esta situaccedilatildeo irei desenvolver

de forma mais exaustiva o ponto nordm 3 deste capitulo

A PC segundo o artigoordm1 da Lei nordm 27 de 2006 ldquoeacute a atividade desenvolvida pelo

Estado Regiotildees Autoacutenomas e Autarquias Locais pelos cidadatildeos e por todas as entidades

puacuteblicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situaccedilotildees de

acidente grave ou cataacutestrofe de atenuar os seus efeitos proteger socorrer as pessoas e bens

em perigo quando aquelas situaccedilotildees ocorramrdquo

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Para aleacutem do seu papel especiacutefico de manter a situaccedilatildeo controlada e proteger a

populaccedilatildeo tem tambeacutem como tarefa avaliar a dimensatildeo da cataacutestrofe e contactar as

instituiccedilotildees que devem colaborar em todo o processo de intervenccedilatildeo

Satildeo objetivos fundamentais do PC segundo o artordm 4ordm da Lei nordm 27 2006

Prevenir os riscos coletivos e a ocorrecircncia de acidente grave ou de

cataacutestrofe

Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das

ocorrecircncias descritas no ponto anterior

Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo proteger

bens e valores culturais ambientais e de elevado interesse publico

Apoiar a reposiccedilatildeo da normalidade da vida das pessoas em vaacuterias aacutereas

afetadas por acidente grave ou cataacutestrofe

Ao niacutevel Regional a PC tem caracteriacutesticas organizacionais proacuteprias conforme

Fig1

Fig1- Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil Fonte PREPCA 2013

31 - Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

O Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores (Fig2) eacute o

departamento que depende da Secretaria Regional da Sauacutede (Decreto Regulamentar Regional

nordm 242012 nordm10 aliacutenea d) e tem como atribuiccedilotildees orientar coordenar e fiscalizar a niacutevel da

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Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores (RAA) as atividades de Proteccedilatildeo Civil e dos Corpos de

Bombeiros bem como assegurar o funcionamento de um sistema de transporte terrestre de

emergecircncia meacutedica de forma a garantir aos sinistrados ou viacutetimas de doenccedila suacutebita a pronta

e correta prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede (capitulo I do Decreto Regulamentar Regional nordm

242003A de 7 de Agosto artordm nordm 2)

Fig2- Organizaccedilatildeo SRPCBA Fonte PREPCA 2013

A niacutevel Regional o SRPCBA tem como atribuiccedilotildees de competecircncias

designadamente o Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia (COE) e o Posto de Comando

Operacional (PCO) (PREPCA2013)

O Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia tem como objetivos

-Garantir a gestatildeo e o acompanhamento de todas as ocorrecircncias de acidentes graves e

cataacutestrofes

-Assegurar a coordenaccedilatildeo dos recursos e do apoio logiacutestico das operaccedilotildees de socorro

emergecircncia e assistecircncia decorrentes do acidente grave ou cataacutestrofe

-Proceder agrave recolha de informaccedilatildeo relevante para missotildees de proteccedilatildeo e socorro

recolhidas das entidades intervenientes nas operaccedilotildees

-Recolher e divulgar a situaccedilotildees em curso difundidos comunicados e avisos as

populaccedilotildees e entidades e instituiccedilotildees incluindo oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

O Posto de Comando Operacional instalado funciona como oacutergatildeo diretor das

operaccedilotildees de apoio na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios

A montagem organizaccedilatildeo funcionamento e coordenaccedilatildeo do PCO eacute da

responsabilidade e competecircncia do respetivo COE A implantaccedilatildeo do PCO do teatro de

operaccedilotildees deve ser tendencialmente feita numa infraestrutura ou veiacuteculo apto para o efeito

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Compete ao COS comandar as operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro no teatro de

operaccedilotildees garantindo a montagem de um PCO assegurando a existecircncia de condiccedilotildees de

seguranccedila para todo o pessoal e sectorizando o teatro de operaccedilotildees para que resulte a

hierarquia de comando a delegaccedilatildeo de tarefas e os meacutetodos de

Articulaccedilatildeo dos meios

Controlo dos recursos

Gestatildeo da Informaccedilatildeo

Expansatildeo ou retraccedilatildeo da organizaccedilatildeo no teatro de operaccedilotildees consoante a evoluccedilatildeo da

situaccedilatildeo

32 - Plano de Emergecircncia

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do

Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoria eacute um instrumento que os serviccedilos municipais

passaram a dispor para o desencadeamento de operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil com vista a

possibilitar uma unidade de prevenccedilatildeo direccedilatildeo e controlo Pretende-se atraveacutes desta unidade a

coordenaccedilatildeo das accedilotildees a desenvolver e gestatildeo de meios e recursos mobilizaacuteveis face a

acidente grave ou cataacutestrofe no sentido de minimizar os prejuiacutezos perdas de vidas e o

restabelecimento da normalidade

Um plano por definiccedilatildeo deve ser elaborado antes da ocorrecircncia da situaccedilatildeo a que se

destina Nesta perspetiva os seus pressupostos devem assentar em previsotildees as quais com

base em estudos teacutecnico-cientiacuteficos elaborados antecipadamente deveratildeo indicar com a

maior objetividade possiacutevel as consequecircncias a partir das quais se estabelecem as medidas a

tomar

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria tem os seguintes objetivos gerais

-Providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e os meios

indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo dos efeitos adversos de um acidente grave ou cataacutestrofe

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-Definir as orientaccedilotildees relativamente ao modo de atuaccedilatildeo dos vaacuterios organismos

serviccedilos e estruturas a empenhar em operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil

-Definir a unidade de direccedilatildeo coordenaccedilatildeo e comando das accedilotildees a desenvolver

-Coordenar e sistematizar as accedilotildees de apoio promovendo maior eficaacutecia e rapidez de

intervenccedilatildeo das entidades intervenientes

- Inventariar os meios e recursos disponiacuteveis para acorrer a um acidente grave ou

cataacutestrofe

-Minimizar a perda de vidas e bens atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves

ou cataacutestrofes e restabelecer o mais rapidamente possiacutevel as condiccedilotildees miacutenimas de

normalidade

-Assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e

coordenado de todos os meios e recursos disponiacuteveis num determinado territoacuterio sempre que

a gravidade e dimensatildeo das ocorrecircncias o justifique

-Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparaccedilatildeo e de

prontidatildeo necessaacuterio agrave gestatildeo de acidentes graves ou cataacutestrofes

-Promover a informaccedilatildeo das populaccedilotildees atraveacutes de accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo tendo em

vista a sua preparaccedilatildeo a assunccedilatildeo de uma cultura de autoproteccedilatildeo e entrosamento na estrutura

de resposta agrave emergecircncia

Ambos os PME atraacutes referenciados encontram-se em vigor desde 2003 tendo sido

revisto e atualizado de acordo com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 da Comissatildeo Nacional de

Proteccedilatildeo Civil (CNPC) a qual estabelece a Diretiva relativa aos criteacuterios e normas teacutecnicas

para a elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de Planos de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil

Em conformidade com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 de 18 de Julho da Comissatildeo

Nacional de Proteccedilatildeo Civil o Plano Municipal Emergecircncia Angra Heroiacutesmo (PMEAH) Plano

Municipal Emergecircncia Praia Vitoacuteria (PMEPV) eacute designado como Plano Geral cujo acircmbito de

aplicaccedilatildeo territorial e administrativo circunscreve-se ao Concelho de Angra do Heroiacutesmo e ao

concelho da Praia da Vitoria abrangendo 19 freguesias em Angra do Heroiacutesmo e 11 freguesias

na Praia da Vitoria ambos os planos foram elaborados para enfrentar e dar resposta agrave

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generalidade das ocorrecircncias de emergecircncia adjacentes a todos os riscos de origem natural

assim como tecnoloacutegica com possibilidade de ocorrecircncia nos concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

321 - Competecircncias para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia

De acordo com o nordm 2 do artigo 40ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho bem como a

aliacutenea c) do nordm 3 do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro compete agrave Comissatildeo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil (CMPC) o acionamento do Plano Municipal de Emergecircncia no

caso do Concelho de Angra do Heroiacutesmo eacute a Comissatildeo Municipal Proteccedilatildeo Civil deste

concelho que aciona o plano no caso do concelho da Praia da Vitoria eacute a Comissatildeo Municipal

de Proteccedilatildeo Civil deste concelho que aciona o PME Segundo o artigo 6ordm da Lei nordm 652007

de 12 de Novembro o presidente da Cacircmara Municipal como diretor do PME e apoiado pelo

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil (SMPC) eacute competente para declarar a situaccedilatildeo de alerta

de acircmbito municipal

De acordo com o nordm 1 do artigo 9ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a situaccedilatildeo de

alerta pode ser declarada quando face agrave ocorrecircncia ou iminecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe eacute reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas ou medidas especiais

de reaccedilatildeo Como mecanismo excecional por razotildees de celeridade de ativaccedilatildeo do PME

quando a natureza do acidente grave ou cataacutestrofe assim o justificar a CMPC poderaacute reunir

com composiccedilatildeo reduzida na eventualidade de ser impossiacutevel reunir a totalidade dos seus

membros Esta ativaccedilatildeo seraacute sancionada posteriormente pelo plenaacuterio da Comissatildeo Uma vez

assegurada a reposiccedilatildeo da normalidade no municiacutepio deveraacute ser declarada a desativaccedilatildeo do

PME a qual sucederaacute apoacutes decisatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Para a publicaccedilatildeo da ativaccedilatildeo e desativaccedilatildeo da PME seratildeo utilizados os meios de

comunicaccedilatildeo social locais assim como o siacutete da internet da Cacircmara Municipal de Angra do

Heroiacutesmo ou da Praia Vitoria

Nos termos do nordm 2 do artigo 9ordm da Resoluccedilatildeo nordm 252008 da CNPC os planos de

emergecircncia devem ser objeto de exerciacutecios pelo menos bianualmente A mesma Resoluccedilatildeo

expressa no nordm 3 do artigo 9ordm menciona que deve ser realizado um exerciacutecio no prazo

maacuteximo de 180 dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da revisatildeo do PME O presidente da Cacircmara

Municipal ou a CMPC sob proposta do Coordenador Municipal de Proteccedilatildeo Civil pode

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realizar exerciacutecios com a finalidade de testar a operacionalidade do Plano Municipal de

Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do Concelho da Praia

Vitoria

Nos termos da Lei nordm 1342006 de 25 de Julho o Sistema Integrado de Operaccedilotildees

de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) visa responder a situaccedilotildees de iminecircncia ou de ocorrecircncia de

acidente grave ou cataacutestrofe atraveacutes do conjunto de estruturas normas e procedimentos que

assegurem que todos os agentes de proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional

articuladamente sob um comando uacutenico sem prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e

funcional O conceito de atuaccedilatildeo visa estabelecer os princiacutepios orientadores a aplicar numa

operaccedilatildeo de emergecircncia de proteccedilatildeo civil definindo a missatildeo tarefas e responsabilidades dos

diversos agentes organismos e entidades intervenientes bem como identificar as respetivas

regras de atuaccedilatildeo

Em ordem a assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido e

eficiente dos recursos disponiacuteveis eacute necessaacuterio dividir as aacutereas de atuaccedilatildeo em trecircs fases

distintas (Fig3)

Fig3 Aacutereas de atuaccedilatildeo FontePME2014

-Preacute emergecircncia as entidades desenvolvem a sua regular atividade

-Emergecircncia atuaccedilatildeo articulada e conjunta entre os agentes de proteccedilatildeo civil

-Poacutes emergecircncia reposiccedilatildeo da normalidade

Segundo o princiacutepio da subsidiariedade vigente na aliacutenea d) do artigo 5ordm da Lei nordm

272007 de 3 de Julho o SRPCBA soacute deve intervir se na medida em que os objetivos do

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SMPC natildeo possam ser alcanccedilados atendendo agrave dimensatildeo e gravidade dos efeitos das

ocorrecircncias

Eacute criteacuterio para a ativaccedilatildeo do Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do

concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do concelho da Praia da Vitoacuteria sempre que se verifique

no municiacutepio a iminecircncia ou ocorrecircncia de situaccedilotildees de acidente grave ou cataacutestrofe

definidos no artigo 3ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho (Quadro1)

Quadronordm1 ndash Criteacuterios para ativaccedilatildeo do Plano

Criteacuterio a Considerar para a ativaccedilatildeo do Plano Emergecircncia

Efeitos na populaccedilatildeo Nuacutemero de mortos feridos desalojados desaparecidos

isolados

Danos nos bens e patrimoacutenio

Nuacutemero de habitaccedilotildees danificadas edifiacutecios

indispensaacuteveis agraves operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil afetados

afetaccedilatildeo de monumentos nacionais

Danos nos serviccedilos e infraestruturas

Suspensatildeo do fornecimento de aacutegua energia ou

telecomunicaccedilotildees durante um periacuteodo de tempo

significativo

Danos no ambiente

Descarga de materiais perigosos em aquiacuteferos ou no

solo destruiccedilatildeo de zonas florestais libertaccedilatildeo de

materiais perigosos para a atmosfera

Caracteriacutesticas da ocorrecircncia Caudais registados magnitude ou intensidade siacutesmica

quantidade de substacircncia libertada

Aacuterea do municiacutepio Percentagem da aacuterea territorial coberta pelo plano

afetada pelo acidente grave ou cataacutestrofe

Fonte PME 2014

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Nos termos do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro a CMPC (cujo a

composiccedilatildeo e competecircncias pode ver-se nos quadros 2 e 3) eacute o organismo responsaacutevel pela

articulaccedilatildeo entre todas as entidades e instituiccedilotildees de acircmbito municipal imprescindiacuteveis agraves

operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro emergecircncia e assistecircncia perante um acidente grave ou

cataacutestrofe garantindo os meios e recursos adequados agrave gestatildeo da ocorrecircncia A CMPC eacute

dirigida pelo Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo caso a ocorrecircncia seja

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neste concelho caso a ocorrecircncia seja no concelho da Praia Vitoria a CMPC eacute dirigida pelo

Presidente da Cacircmara da Praia da Vitoria que operaraacute a partir do gabinete do SMPC

localizado no edifiacutecio dos Serviccedilos Municipalizados ou em alternativa no Quartel dos

Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo ou da Praia da Vitoria Pode ainda em uacuteltima

instacircncia ser reunida na viatura Unidade de Comunicaccedilotildees e Transmissotildees (UCT) do Serviccedilo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil

O SMPC estaacute referenciado nos artigos 9ordm e 10ordm da Lei nordm 652007 de 12 de

Novembro este tem a responsabilidade pela prossecuccedilatildeo das atividades de proteccedilatildeo civil de

acircmbito municipal Eacute um oacutergatildeo com dependecircncia direta do Presidente da Cacircmara ou do

Vereador com competecircncias delegadas na Proteccedilatildeo Civil

Quadro nordm 2 Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil

Composiccedilatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria

Comandante da Poliacutecia de Seguranccedila Puacuteblica (PSP) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Regimento de Guarniccedilatildeo nordm 1

Comandante da Capitania do Porto de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Estrutura Operacional de Emergecircncia da Cruz Vermelha de Angra do Heroiacutesmo (CVPAH)

Delegado de Sauacutede do Concelho (Autoridade Sanitaacuteria)

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Hospital de Santo Espiacuterito

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Centro de Sauacutede de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante da Seguranccedila Social

Delegado da Secretaria Regional do Turismo e Transportes da Ilha Terceira (Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas de Angra

do Heroiacutesmo)

Provedor da Santa Casa da Misericoacuterdia de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante dos Presidentes de Juntas de Freguesia

Fonte PME2014

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Quadro nordm 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Fonte PME2014

323 -Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees

Conforme o disposto no nordm1 do artigo 12ordm do Decreto-Lei nordm 1342006 de 25 de

Julho referente ao Sistema Integrado de Operaccedilotildees de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) o sistema

de gestatildeo de operaccedilotildees eacute uma forma de organizaccedilatildeo operacional que se desenvolve de uma

forma modular de acordo com a importacircncia e o tipo de ocorrecircncia Eacute considerada a doutrina

e terminologia padronizada no SIOPS designadamente no que respeita agrave definiccedilatildeo da

organizaccedilatildeo dos teatros de operaccedilotildees e dos postos de comando Assim seraacute possiacutevel utilizar

uma ferramenta de gestatildeo de teatro de operaccedilotildees que permita a adoccedilatildeo de uma estrutura

organizacional integrada de modo a suprir as complexidades de teatros de operaccedilotildees uacutenicos e

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muacuteltiplos independentemente das barreiras administrativas Sempre que seja acionada uma

organizaccedilatildeo integrante do SIOPS o chefe da primeira forccedila de socorro a chegar ao local da

ocorrecircncia assume de imediato o comando da operaccedilatildeo sendo designado como Comandante

das Operaccedilotildees de Socorro (COS) A transferecircncia de comando poderaacute ocorrer por necessidade

de substituiccedilatildeo aquando a chegada de novos meios e recursos para tal eacute imprescindiacutevel a

realizaccedilatildeo de um briefing de forma a notificar toda a estrutura operacional presente Neste

contexto por forma a apoiar o COS na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios no

teatro de operaccedilotildees o SIOPS institui a implementaccedilatildeo de um Posto de Comando Operacional

(PCO) no local da ocorrecircncia de acordo com a ilustraccedilatildeo seguinte (Fig4)

Fig4 ndash Implementaccedilatildeo de PCO Fonte PME2014

324 - Execuccedilatildeo do plano

No uso das competecircncias e responsabilidades que legalmente lhe estatildeo atribuiacutedas no

acircmbito da direccedilatildeo e coordenaccedilatildeo das operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil o presidente da Cacircmara

Municipal (ou o seu legiacutetimo substituto) como diretor do presente plano deveraacute assegurar a

criaccedilatildeo das condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e coordenado natildeo soacute de

todos os meios e recursos disponiacuteveis assim como dos meios de reforccedilo externos que venham

a ser obtidos Para desencadear o processo de execuccedilatildeo do PME teratildeo de se verificar os

seguintes procedimentos (Fig5)

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Fig5-Procedimentos Fonte PME 2014

Apoacutes a averiguaccedilatildeo da necessidade de se ativar o PME e de modo a assegurar que

todos os agentes de proteccedilatildeo civil entidades e organismos intervenientes em operaccedilotildees de

proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional articuladamente sob um comando uacutenico sem

prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e funcional satildeo seguidos os procedimentos

atraacutes referidos A execuccedilatildeo do PME compreende duas fases distintas designadamente a fase

de emergecircncia e a de reabilitaccedilatildeo A fase de emergecircncia tem por objetivo executar as accedilotildees de

resposta a fase de reabilitaccedilatildeo destina-se agraves accedilotildees e medidas da reposiccedilatildeo urgente da

normalidade

3241 Fase da Emergecircncia

A fase de emergecircncia (cujo os diferentes estados podem ver-se na Fig6) caracteriza

as accedilotildees de resposta tomadas e desenvolvidas nas primeiras horas apoacutes um acidente grave ou

cataacutestrofe e destina-se a providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e

meios indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo das consequecircncias nomeadamente as que impactem nos

cidadatildeos no patrimoacutenio e no ambiente Neste acircmbito consideram-se todos os meios e

recursos disponiacuteveis no concelho puacuteblicos ou privados que venham a ser requisitados para

operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil em situaccedilatildeo de emergecircncia Pretende-se assim garantir condiccedilotildees

para prevenir riscos atenuar ou limitar os seus efeitos socorrer as pessoas em perigo e repor a

normalidade no mais curto espaccedilo de tempo

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Fig 6- Gravidade da emergecircncia Fonte PME 2014

Nos termos do Capiacutetulo II da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a qual aprova a Lei de

Bases da Proteccedilatildeo Civil eacute expliacutecito no quadro seguinte (Quadro4) a forma de

desencadeamento dos procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta contingecircncia

ou calamidade face agrave ocorrecircncia iminecircncia ou perigo de ocorrecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe Sem prejuiacutezo do preceituado na Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil e na inexistecircncia de

Governador Civil na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores propotildee-se que tal competecircncia seja

atribuiacuteda ao Governo Regional designadamente ao Secretaacuterio Regional da Sauacutede no ato da

declaraccedilatildeo de contingecircncia

Quadro nordm4 - Procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta

Fonte PME2014

De acordo com o artigo 14ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho o ato que declara a

situaccedilatildeo de alerta menciona expressamente

- A natureza do acontecimento que originou a situaccedilatildeo declarada

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-O acircmbito temporal e territorial

-A estrutura de coordenaccedilatildeo e controlo dos meios e recursos a disponibilizar Eacute de

referir ainda que segundo o nordm 2 do artigo 15ordm da lei mencionada anteriormente a declaraccedilatildeo

de estado de alerta determina uma obrigaccedilatildeo especial de colaboraccedilatildeo dos meios de

comunicaccedilatildeo social em particular das raacutedios e das televisotildees visando a divulgaccedilatildeo das

informaccedilotildees relevantes relativas agrave situaccedilatildeo de emergecircncia

No sentido de criar mecanismos de resposta sustentada e de executar os

procedimentos e responsabilidades agraves solicitaccedilotildees decorrentes de emergecircncias o quadro

seguinte (Quadro5) define quais as autoridades e organismos bem como as entidades

intervenientes face agrave tipologia do risco que pode determinar a ativaccedilatildeo do plano

Quadro nordm 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades

FontePME 2014

3242 Fase da Reabilitaccedilatildeo

A fase de reabilitaccedilatildeo caracteriza-se pelo conjunto de accedilotildees e medidas de

recuperaccedilatildeo destinadas agrave reposiccedilatildeo urgente da normalizaccedilatildeo das condiccedilotildees de vida das

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populaccedilotildees atingidas ao raacutepido restabelecimento das infraestruturas e dos serviccedilos puacuteblicos e

privados essenciais fundamentalmente

- Abastecimento de aacutegua energia comunicaccedilotildees e acessos

- Prevenccedilatildeo de novos acidentes

-Estabelecimento de condiccedilotildees para o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

-Inspeccedilatildeo de edifiacutecios e estruturas assim como a remoccedilatildeo de destroccedilos ou entulhos

-Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais e materiais

- Estimar os prejuiacutezos causados pela emergecircncia O quadro seguinte (Quadro6)

apresenta as accedilotildees a concretizar nomeadamente identificando as autoridades entidades e

organismos a envolver nas operaccedilotildees de reabilitaccedilatildeo e a respetiva cadeia de

responsabilidades

Quadro nordm 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo

PROCEDIMENTOS RESPONSAacuteVEL

Remoccedilatildeo de cadaacuteveres Corpo de BVAH ou BVPV PSP CVPAH Autoridade Sanitaacuteria

Verificaccedilatildeo de risco de epidemia Autoridade Sanitaacuteria

Restabelecimento de aacutegua luz gaacutes e comunicaccedilotildees Teacutecnicas entidades responsaacuteveis

Demoliccedilatildeo e remoccedilatildeo de destroccedilos Corpo de BVAH SMPC

Desobstruccedilatildeo e reparaccedilatildeo das vias de comunicaccedilatildeo SMPC e Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas

Reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos sociais miacutenimos SMPC

Promover o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

SMPC PSP Corpo de BVAH ou BVPV CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila

Social

Controlar acesso agraves zonas sinistradas PSP GNR

Prestar apoio psicossocial agrave populaccedilatildeo CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais materiais SMPC e Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Inspeccedilatildeo de infraestruturas SMPC Outras entidades responsaacuteveis

Fonte PME 2014

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325- Agentes de Proteccedilatildeo Civil

Satildeo agentes de proteccedilatildeo civil as Entidades que exercem funccedilotildees de proteccedilatildeo civil

nos domiacutenios de aviso alerta e intervenccedilatildeo apoio e socorro de acordo com as suas atribuiccedilotildees

proacuteprias ou seja em caso de cataacutestrofe cada agente tem uma missatildeo atribuiacuteda

De acordo com a o previsto no nordm 1 do artigo 46ordm da Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil

(Lei nordm 272006 de 3 de Julho) satildeo agentes de proteccedilatildeo civil de acordo com as suas

atribuiccedilotildees proacuteprias

Corpos de Bombeiros

Forccedilas de Seguranccedila

Forccedilas Armadas

Autoridade Mariacutetima e Aeronaacuteutica

INEM ( Natildeo existe na RAA)

Sapadores Florestais (Natildeo se aplica agrave RAA)

Nos municiacutepios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria segundo o Plano de

Emergecircncia Municipal existem os seguintes agentes de proteccedilatildeo civil (Fig7)

Fig7 ndash Agentes de Proteccedilatildeo Civil Fonte Adaptado PME 2015

326 ndash Organismos de Apoio

Cada Organismo de Apoio exerce colaboraccedilatildeo direta com o plano municipal de

emergecircncia quer seja na fase de emergecircncia quer seja na fase de reabilitaccedilatildeo

Fazem parte integrante do plano as seguintes entidades e organismos de apoio que

numa fase de emergecircncia ou reabilitaccedilatildeo tem por missatildeo a colaboraccedilatildeo com a aacuterea de

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intervenccedilatildeo a que pertencem de acordo com o nordm 3 do artordm 46 da Lei nordm 272006 de 3 de Julho

(Fig8)

Fig 8 ndash Organismos de Apoio Fonte Adaptado de PME2014

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo

Psicossocial em Situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia

Os avanccedilos tecnoloacutegicos a capacidade humana de construir mas tambeacutem a de

destruir provoca com maior ou menor frequecircncia profundas alteraccedilotildees na vida das pessoas

que veem a sua vida afetada por uma situaccedilatildeo de crise ou de emergecircncia estas situaccedilotildees

marcam por vezes de forma traacutegica a vida das pessoas e da comunidade natildeo soacute no plano

material e econoacutemico mas tambeacutem no emocional e psicoloacutegico

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Efetivamenteldquo Nos dias de hoje as pessoas e o meio ambiente satildeo os mais afetados

pelas cataacutestrofes O ser humano perante uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe passa a viver num mundo

que destabiliza o seu equiliacutebrio emocionale ou psiacutequico gerando sentimentos de inseguranccedila

descrenccedila e desamparordquo (Carvalho 20096)

Para Sutton e Tierney (2006) uma cataacutestrofe eacute uma situaccedilatildeo de ameaccedila causadora da

desestruturaccedilatildeo e rutura do tecido social as situaccedilotildees de cataacutestrofe dado agrave sua natureza e agraves

consequecircncias que acarretam conduzem a estados de stress extremo que podem levar ao

desenvolvimento de uma crise no qual o indiviacuteduo se vecirc confrontado com uma situaccedilatildeo que

natildeo consegue lidar por natildeo possuir mecanismos que o permitam e que podem levar ao

desenvolvimento de reaccedilotildees de stress traumaacutetico ou ao desenvolvimento de psicopatologias

mais graves

Segundo Saylor (1993 citado por Rosenfeld 2005) a cataacutestrofe tem um iniacutecio e fim

de identificaccedilatildeo afeta um grupo relativamente grande de pessoas sendo um acontecimento

puacuteblico e compartilhado por mais do que um membro da famiacutelia em termos psicoloacutegicos eacute

suficientemente traumaacutetico para induzir stress em quase todos os que a vivem Satildeo estas

situaccedilotildees que representam uma emergecircncia de caraacutecter psicoloacutegico que pela sua gravidade

excecional necessitam de uma intervenccedilatildeo urgente das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

que devem atuar de forma imediata e num menor tempo possiacutevel de forma a permitir que o

funcionamento emocional do indiviacuteduo mantenha o seu equiliacutebrio normal e adaptativo A

Intervenccedilatildeo em Crise ou Intervenccedilatildeo Psicossocial consiste num conjunto de teacutecnicas que

ajudaraacute a viacutetima a lidar com o acontecimento traumaacutetico facilitando a recuperaccedilatildeo do seu

niacutevel de funcionamento normal e reduzindo os riscos de evoluccedilatildeo de quadros

psicopatoloacutegicos graves

A intervenccedilatildeo psicossocial centra-se na mudanccedila social dos sujeitos e do ambiente

em que vivem A intervenccedilatildeo psicossocial envolve o desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

ajuda que impotildee empatia escuta e natildeo julgamento respeito pelo indiviacuteduo e pelo meio em

que se inserem (Carvalho amp Pinto 201590)

A relaccedilatildeo de ajuda natildeo eacute particular do Serviccedilo Social esta faz parte de todas as

profissotildees de ajuda No acircmbito do Serviccedilo Social a relaccedilatildeo de ajuda adquiriu notoriedade natildeo

haacute intervenccedilatildeo psicossocial sem relaccedilatildeo de ajuda (Carvalho amp Pinto 201591)

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O assistente social tem assim como funccedilatildeo ajudar os indiviacuteduos que sofrem de

dificuldades sociais de modo a estes conseguiram restaurar a sua autonomia e a sua

possibilidade de integraccedilatildeo na sociedade Podemos entatildeo distinguir trecircs tipos de aplicar esta

ajuda que estatildeo associados ao momento em que esta eacute exercida a ajuda preventiva a ajuda

curativa e ajuda promocional A ajuda preventiva eacute aquela que se proporciona previamente a

uma situaccedilatildeo de dificuldade presente como eacute o caso das famiacutelias em risco situaccedilotildees de rutura

e mudanccedilas devido a situaccedilotildees normais da vida como eacute caso da morte desemprego

incapacidade fiacutesica devido a algum acidente cataacutestrofes entre outros A ajuda preventiva visa

tambeacutem evitar que uma situaccedilatildeo se detore concentrando o esforccedilo na manutenccedilatildeo do

equiliacutebrio das pessoas e dos grupos mesmo quando este equiliacutebrio seja reduzido A ajuda

curativa tem como objetivo a melhoria da situaccedilatildeo dos utentes e a resoluccedilatildeo dos seus

problemas pondo os utentes em contato com os recursos existentes e fazer com que estes

faccedilam valer os seus direitos sociais de modo a beneficiarem dos dispositivos de accedilatildeo social

Esta ajuda tem como fim acompanhar orientar informar os utentes durante o processo de

mudanccedila Por fim a ajuda promocional trata-se de desenvolver o crescimento pessoal e o

desenvolvimento das competecircncias dos utentes de modo a atingir a sua autonomia e as suas

capacidades para exercer algo Este processo de ajuda eacute importante no sentido de desenvolver

no indiviacuteduo sentimentos de autovalorizaratildeo afirmaccedilatildeo e de autoconfianccedila ao que

denominamos de empowerment

A relaccedilatildeo de ajuda que se estabelece entre o assistente social e o utente eacute uma accedilatildeo

de transformaccedilatildeo muacutetua onde tanto um como outro sofrem transformaccedilotildees Neste sentido eacute

importante que esta relaccedilatildeo seja regulada de modo a proteger ambos os lados de

envolvimentos fora do acircmbito e de modo a garantir a sua legitimidade baseando-se nos

princiacutepios eacuteticos

A Relaccedilatildeo de ajuda tanto para o utente como para o assistente social eacute um dos

instrumentos mais importantes da intervenccedilatildeo junto do utente (Robertis2003)

Neste sentido ldquoa relaccedilatildeo de ajuda implica acolhimento apoio o estudo da situaccedilatildeo e

a influecircncia direta a exploraccedilatildeo ndash identificaccedilatildeo do problema e desenvolvimento da

compreensatildeo acerca da pessoa em situaccedilatildeo comunicaccedilatildeo e reflexatildeo a discussatildeo reflexiva e

por uacuteltimo a reflexatildeo sobre o desenvolvimento e a evoluccedilatildeo da situaccedilatildeordquo

(Viscarret200797citado por Carvalho amp Pinto 201590)

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Relativamente agraves viacutetimas de uma cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de

ajuda eacute uma abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de

sucesso junto das mesmas

Para Paton e Jonhnston (1990) intervir numa crise significa entrar na vida de um

indiviacuteduo com o intuito de reduzir o choque provocado pelo stress resultante de uma crise

tendo como principais objetivos a mobilizaccedilatildeo dos recursos e capacidades dos indiviacuteduos das

redes de suporte e das redes sociais

Segundo Paton (2003) a intervenccedilatildeo em crise deve ser efetuada em diversas fases

uma fase inicial na qual eacute efetuada a anaacutelise dos riscos e condiccedilotildees de seguranccedila seguindo -se

uma fase dedicada agrave criaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de confianccedila com o indiviacuteduo em seguida

identificam-se os principais problemas a solucionar e na fase posterior pretende-se fornecer

apoio necessaacuterio e lidar com os sentimentos emergentes explorando as alternativas existentes

para que seja possiacutevel formular um plano de accedilatildeo que deveraacute ser continuamente

acompanhado e adaptado de forma adequada agraves necessidades do indiviacuteduo e dos seus

problemas

Segundo a Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de Golan (1978) a intervenccedilatildeo deveraacute

incluir trecircs passos a perceccedilatildeo cognitiva adequada agrave realidade a gestatildeo dos sentimentos de

forma a permitir a aceitaccedilatildeo dos factos e por uacuteltimo a aquisiccedilatildeo de novos comportamentos

que permitam lidar com os problemas existentes Este modelo de intervenccedilatildeo assenta em trecircs

fases distintas implica numa fase inicial a anaacutelise da situaccedilatildeo do indiviacuteduo recolhendo

informaccedilatildeo centrada no ldquoaqui e agorardquo devendo ser tambeacutem neste momento que o assistente

social deveraacute estabelecer uma relaccedilatildeo de qualidade fundamental ao desenvolvimento do

processo baseada na confianccedila e empatia Eacute importante recolher informaccedilatildeo sobre as

respostas emocionais e identificar o niacutevel de tensatildeo e os efeitos dos acontecimentos no estado

de vulnerabilidade do indiviacuteduo nesta fase poderaacute ser utilizada a ldquoReformulaccedilatildeordquo como

forma de facilitar a aceitaccedilatildeo dos acontecimentos o que ao mesmo tempo permite ao

assistente social confirmar a informaccedilatildeo recolhida Concluiacuteda esta recolha de informaccedilatildeo eacute

entatildeo necessaacuterio estabelecer prioridades em conjunto com o indiviacuteduo definir objetivos e

tarefas culminando esta fase com a elaboraccedilatildeo de um contrato formulado em parceria onde

as tarefas a desenvolver e os respetivos tempos ficam estabelecidos e clarificados para ambos

Eacute nesta fase que atraveacutes da recolha de informaccedilatildeo eacute possiacutevel ao indiviacuteduo expressar as suas

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emoccedilotildees sentimentos partilhar pensamentos e condutas com o Assistente Social diminuindo

desta forma a tensatildeo emocional causada pela situaccedilatildeo de crise vivida Essa diminuiccedilatildeo de

tensatildeo emocional permite por sua vez a construccedilatildeo de um projeto que como referido

anteriormente eacute construiacutedo em parceria com o assistente social e baseia-se na anaacutelise do

conjunto de alternativas e possibilidades constituindo um contrato Nesse contrato pretende -

se natildeo soacute a resoluccedilatildeo dos problemas criados pela crise mas tambeacutem a promoccedilatildeo da

autonomia do cliente nunca esquecendo a limitaccedilatildeo temporal desta forma de intervenccedilatildeo

obrigando a uma accedilatildeo contida num espaccedilo de tempo com a ativa procura da resoluccedilatildeo

Segue-se a fase intermeacutedia que poderaacute incluir uma ou mais entrevistas e que tem

como funccedilatildeo a continuaccedilatildeo da recolha de dados e a confirmaccedilatildeo das informaccedilotildees esta deveraacute

tambeacutem englobar a observaccedilatildeo das respostas do cliente as formas de atuar perante os seus

problemas e o estabelecimento de novos objetivos e tarefas fazendo assim uma constante

adaptaccedilatildeo da intervenccedilatildeo agrave realidade vivida pelo indiviacuteduo Nesta fase a intervenccedilatildeo deveraacute

basear-se nas capacidades do indiviacuteduo promovendo a sua estimulaccedilatildeo reorganizando os

seus comportamentos estimulando a perceccedilatildeo real da sua situaccedilatildeo promovendo a busca de

apoio junto da famiacutelia mesmo da mais distante na rede social nos amigos na comunidade

nunca esquecendo o objetivo maacuteximo que seraacute sempre a promoccedilatildeo da autonomia do cliente

Na fase final pretende-se analisar o trabalho realizado as soluccedilotildees encontradas para

os problemas que foram entretanto surgindo todo o percurso percorrido ao longo da

intervenccedilatildeo analisar os progressos tarefas efetuadas e objetivos alcanccedilados bem como as

mudanccedilas operadas pretendendo-se tambeacutem estabelecer e definir uma forma de manter o

acompanhamento do indiviacuteduo A intervenccedilatildeo em crise deveraacute terminar quando o cliente

encontrar soluccedilotildees para os seus problemas novas direccedilotildees e novas formas de funcionamento

e soacute apoacutes isso alcanccedilar a sua reintegraccedilatildeo social Eacute importante fechar o processo e possibilitar

o retorno caso seja necessaacuterio essa constituiraacute pois a tarefa final do assistente social

O assistente social interveacutem de forma a ajudar a famiacutelia a desenvolver capacidades e

competecircncias de subsistirem por si soacute O profissional eacute visto como um agente e instrumento

da famiacutelia (Rosenfeld Caye Ayalon amp Lahad2005) Quanto ao relacionamento entre o

indiviacuteduo e o assistente social eacute importante que este saiba ouvir o outro de modo a perceber o

que se passa e o que ele sente O assistente social deve-se assumir como uma presenccedila de

apoio fundamental Por vezes natildeo importa soacute arranjar soluccedilotildees eacute essencial demonstrar

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interesse pela importacircncia da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima Para um conjunto de referecircncias

teoacutericas (Viscarret2007) este contacto entre profissional e viacutetima possibilita identificar a

gravidade da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima bem como o seu estado emocional

As teacutecnicas e procedimentos a serem usados devem ser aplicados de acordo com o

modelo de intervenccedilatildeo psicossocial de Hollis (Viscarret 2007) por exemplo a teacutecnica de

apoio que incluiacute atividades em que o assistente social mostra interesse desejo de ajudar

entendimento expressotildees de confianccedila nas capacidades e competecircncias do cliente (viacutetima)

Salienta-se a preocupaccedilatildeo pelas questotildees de ansiedade e culpa que o mesmo demonstra com

o fim de promover um apoio emocional O profissional tem influecircncia nas acccedilotildees e decisotildees

que a viacutetima deve tomar para resolver o seu problema especiacutefico (Viscarret 2007) Para

corroborar esta ideia importa referir a perspetiva de Seynaeve (2001) que defende que a

resposta psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia e crise deve ser proacute-ativa em vez de esperar

para reagir a um problema ou necessidade que possa surgir Avaliar de forma contiacutenua a

situaccedilatildeo global eacute necessaacuterio a longo prazo e isso inclui mais do que o acompanhamento de

cada indiviacuteduo afetado Eacute importante que seja claro quem lidera a organizaccedilatildeo de apoio

psicossocial eacute imprescindiacutevel que esse apoio esteja claramente ligado ao funcionamento das

emergecircncias meacutedicas

De acordo com a mesma fonte supramencionada (Seynaeve2001) o objetivo da

intervenccedilatildeo do assistente social eacute ajudar a re-estabilizar e reorganizar o equiliacutebrio mediante a

potencialidade da capacidade adaptativa e de resposta demonstrada por parte das viacutetimas agrave

nova situaccedilatildeo Neste sentido deve haver uma colaboraccedilatildeo de vaacuterios organismos que intervecircm

em contexto de situaccedilotildees de cataacutestrofes de modo a garantir a sustentabilidade da intervenccedilatildeo

pois quando as instituiccedilotildees operam de maneira independente e sem coordenaccedilatildeo eacute criado um

desperdiacutecio de recursos valiosos (OMS 2003) A intervenccedilatildeo em cataacutestrofe radica na crenccedila

que cada pessoa tem um potencial possui capacidade proacutepria para crescer e para resolver os

seus problemas A missatildeo dos assistentes sociais eacute a de facilitar a descoberta de competecircncias

individuais e de reforccedilar as mesmas de forma a que cada viacutetima consiga fazer frente aos

desafios e problemas que surjam deste acontecimento (Viscarret2007131)

Como jaacute foi referido a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe natural deve debruccedilar-

se natildeo soacute sobre o indiviacuteduo mas tambeacutem sobre a comunidade onde se encontram integradas

as viacutetimas de cataacutestrofe natural Comunidade essa que sofre as mesmas consequecircncias de uma

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cataacutestrofe natural que o individuo em si pois a comunidade natildeo eacute mais do que um sistema

social composto por diversos indiviacuteduos que se inter-relacionam Quando o Serviccedilo Social se

debruccedila sobre uma comunidade deveraacute

- Contactar os elementos da comunidade e analisar as necessidades

- Reunir os elementos e fazer sentir a necessidade accedilatildeo

- Promover a passagem da enumeraccedilatildeo das necessidades para a elaboraccedilatildeo de

objetivos a alcanccedilar

- Facilitar a definiccedilatildeo de prioridades avaliando os diferentes meacutetodos de atuaccedilatildeo e

elaborar um plano de accedilatildeo

- Ajudar na definiccedilatildeo das tarefas a efetuar

- Facilitar a partilha dos resultados entre os diferentes elementos do grupo

- Reelaborar a identificaccedilatildeo das necessidades reconstruccedilatildeo de objetivos e planos de

accedilatildeo reconstituir tarefas a concretizar e manter os canais de comunicaccedilatildeo entre os diferentes

elementos do grupo abertos

A intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe (Golan 1978) tambeacutem se estrutura

em trecircs momentos agrave semelhanccedila da Matriz de Haddon

- Fase considerada preacute-impacto deve-se proceder ao alerta das populaccedilotildees o que

aumentaraacute o niacutevel de stress aumentaraacute consequentemente as capacidades de reaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo do individuo

- Fase de impacto durante a cataacutestrofe momento em que devem ser tomadas

medidas de seguranccedila que todos os indiviacuteduos devem efetuar para se proteger das

consequecircncias de uma cataacutestrofe

- Fase apoacutes-impacto cabendo ao profissional de serviccedilo social efetuar uma

intervenccedilatildeo dividida em quatro aacutereas

1) Inventaacuterio (inventory) atraveacutes de uma avaliaccedilatildeo dos danos provocados e das

necessidades dos sobreviventes

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2) Salvamento (Rescue) nesta fase a distribuiccedilatildeo dos bens de primeira necessidade

como a comida abrigo e cuidados meacutedicos satildeo a prioridade deve-se tambeacutem proceder agrave

reunificaccedilatildeo de famiacutelias bem como providenciar apoio emocional agraves viacutetimas

3) Resoluccedilatildeo (Remedy) esta eacute a fase em que os sobreviventes iniciam a reconstruccedilatildeo

das suas vidas reconstruindo fisicamente as habitaccedilotildees e os negoacutecios mas tambeacutem

emocionalmente fazendo o luto das perdas cabe ao Assistente Social ajudar os indiviacuteduos e

famiacutelias a fazer os ajustes necessaacuterios face agraves mudanccedilas sofridas Verifica-se uma tendecircncia

de aproximaccedilatildeo e partilha entre os sobreviventes podendo utilizar-se este momento para

imprimir outras mudanccedilas necessaacuterias relativamente a responsabilidades e comunicaccedilatildeo a

todo um conjunto de indiviacuteduos

4) Recuperaccedilotildees (Recovery) agrave medida que as comunidades voltam agrave normalidade os

teacutecnicos de Serviccedilo Social poderatildeo centrar-se nas consequecircncias a longo prazo fornecendo

apoio emocional e acesso a recursos vaacuterios por forma a promover um crescimento e a

aceitaccedilatildeo do ocorrido

No graacutefico seguinte apresentam-se as etapas de intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (Quadro7)

Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

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Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe (cont)

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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Capitulo I I

Metodologia

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A produccedilatildeo de uma investigaccedilatildeo eficaz cuja recolha de informaccedilatildeo anaacutelise e

apresentaccedilatildeo dos resultados seja fiaacutevel e de qualidade implica que esta assente numa

metodologia adequada ao objeto e objetivos da investigaccedilatildeo

Neste segundo capiacutetulo pretende-se apresentar a metodologia utilizada atraveacutes da

caracterizaccedilatildeo do campo empiacuterico e as teacutecnicas de pesquisa utilizadas na recolha de dados

bem como a respetiva anaacutelise de conteuacutedo

1 - Campo Empiacuterico

A definiccedilatildeo do campo empiacuterico da investigaccedilatildeo estaacute diretamente relacionada com o

objeto Uma primeira formulaccedilatildeo do objeto de estudo eacute entatildeo mais aprofundada definindo-se

mais claramente o que estaacute em anaacutelise ldquo(hellip) atraveacutes da recolha sistemaacutetica de informaccedilatildeo (hellip)

e uma aproximaccedilatildeo agrave problemaacutetica teoacuterica atraveacutes da leitura da bibliografia mais pertinente

para o objeto delimitadordquo (Guerra 2006 37)

O arquipeacutelago dos Accedilores situa-se no nordeste do Oceano Atlacircntico entre o 36ordm e o

43ordm de latitude Norte e o 25ordm e o 31ordm de longitude Oeste Os territoacuterios mais proacuteximos satildeo a

Peniacutensula Ibeacuterica a cerca de 2000 km a leste a Madeira a 1200 km a sueste a Nova Escoacutecia a

2300 km a noroeste e as Bermudas a 3500 km a sudoeste Integra a regiatildeo biogeograacutefica da

Macaroneacutesia

O arquipeacutelago dos Accedilores eacute constituiacutedo por nove ilhas divididas em trecircs grupos

distintos Grupo Ocidental Corvo e Flores Grupo Central Faial Graciosa Pico Satildeo Jorge e

Terceira e o Grupo Oriental Santa Maria e Satildeo Miguel

A ilha Terceira estaacute dividida em 2 concelhos Angra Heroiacutesmo com 19 freguesias e

Praia da Vitoacuteria com 11 freguesias (Fig9) segundo os Censos de 2011 a ilha Terceira conta

com cerca de 60 mil habitantes cuja atividade principal eacute proveniente do setor terciaacuterio

Fig9- Mapa da Ilha Terceira Fonte Google

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As ilhas dos Accedilores emergem de uma plataforma submarina pouco profunda na

crista meacutedia atlacircntica na regiatildeo de junccedilatildeo de trecircs placas tectoacutenicas A placa Norte-Americana

a placa Euro Asiaacutetica e a placa Africana (Fig10) Esta localizaccedilatildeo confere ao Arquipeacutelago

uma grande instabilidade geoloacutegica devido a movimentos de placas entre si sendo uma zona

que apresenta uma sismicidade bastante elevada com ocorrecircncia de sismos frequentes e de

crises siacutesmicas prolongadas aleacutem de manifestaccedilotildees vulcacircnicas perioacutedicas Para aleacutem da

atividade siacutesmica e vulcacircnica a Ilha Terceira eacute afetada por outros riscos naturais como

tempestades que originam inundaccedilotildees e movimentaccedilotildees de massa que incluem

desmoronamentos desabamentos de rochas e deslizamentos de terra

Fig10- Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores Fonte(Google)

11 ndash Sismos

De entre os riscos naturais com maior impacto destacam-se os sismos que se

caracterizam comordquo um fenoacutemeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta

no interior da crosta terrestre correspondendo agrave libertaccedilatildeo de uma grande quantidade de

energia e que provoca vibraccedilotildees que se transmitem a uma vasta aacuterea circundanterdquo

(httwwwprocivgovpt)

Na maior parte dos casos os sismos satildeo devidos a movimentos ao longo de falhas

geoloacutegicas existentes entre as diferentes placas tectoacutenicas que constituem a regiatildeo superficial

terrestre as quais se movimentam entre si

Os sismos tambeacutem podem ser originados em movimentos de falhas existentes no

interior das placas tectoacutenicas A atividade vulcacircnica e os movimentos de material fundido em

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profundidade podem ser outras das causas dos sismos Os sismos raramente podem ser

provocados por deslocamentos superficiais de terreno tais como abatimentos e deslizamentos

12 Enxurradas

Devido agrave latitude em que se encontra a Ilha Terceira esta eacute fustigada por vezes por

longos periacuteodos de pluviosidade o que pode provocar uma enxurrada

13 Ciclones

Outro dos fenoacutemenos possiacuteveis de ocorrer na ilha Terceira satildeo ldquoos ciclones ou

depressotildees satildeo aacutereas de pressatildeo baixa em torno das quais o vento sopra no sentido contraacuterio

ao dos ponteiros do reloacutegio no hemisfeacuterio norte e no sentido do movimento dos ponteiros no

hemisfeacuterio sul O sentido da rotaccedilatildeo eacute consequecircncia direta do efeito de coriolis que reflete a

rotaccedilatildeo da terrardquo (httpprocivazoresgovptsensibilizacaoriscos)

O ciclone pode ser de dois tipos tropical ou extratropical Os ciclones tropicais

como por exemplo os furacotildees formam-se na cintura tropical onde se deslocam geralmente

ocorrendo com maior frequecircncia na parte ocidental das regiotildees tropicais dos oceanos

Atlacircntico e Paciacutefico no hemisfeacuterio norte Os ciclones extratropicais embora muito menos

violentos do que os ciclones tropicais satildeo maiores duram mais tempo ocorrem mais

frequentemente principalmente nas latitudes meacutedias elevadas e afetam o estado do tempo em

aacutereas muito mais vastas

Os ciclones tropicais potencialmente mais devastadores provocam muitas vezes

velocidades sensacionais do vento e precipitaccedilotildees muito intensas A palavra ciclone como se

constata natildeo pressupotildee necessariamente a ocorrecircncia de uma grande tempestade Consiste

isso sim em um fenoacutemeno comum (depressatildeo) que na sua manifestaccedilatildeo mais intensa se

pode tornar devastador (furacatildeo)

2 - Tipo de Estudo

Os estudos qualitativos tecircm como objetivo descrever e definir um problema isto eacute

compreender melhor os factos ou os fenoacutemenos sociais ainda mal elucidados Contudo ldquoos

meacutetodos de investigaccedilatildeo qualitativa assemelham-se aos meacutetodos de investigaccedilatildeo quantitativa

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no que respeita a comportarem uma questatildeo de investigaccedilatildeo ou um problema procedimentos

de colheita e anaacutelise de dados assim como a apresentaccedilatildeo dos resultadosrdquo (Fortin 2009290)

Os estudos qualitativos permitem uma anaacutelise mais aprofundada dos fenoacutemenos

sociais sendo-lhes atribuiacutedos significados ou seja satildeo ldquo (hellip) uma forma de estudo da sociedade

que se centra no modo como as pessoas interpretam e datildeo sentido agraves suas experiecircncias e ao mundo em

que elas vivem Existem diferentes abordagens que se consideram no acircmbito deste tipo de

investigaccedilatildeo mas a maioria tem o mesmo objetivo compreender a realidade social das pessoas grupo

e culturasrdquo (Vilelas 2009 105)

Exigindo geralmente um elevado niacutevel de contacto entre o investigador e os

indiviacuteduos sobretudo nos contextos em que estes se inserem os estudos qualitativos

caracterizam-se pelo seu cariz fortemente descritivo pelo investigador ser o principal

ldquoinstrumentordquo de recolha de informaccedilatildeo e o facto de ser mais importante o processo do que os

resultados alcanccedilados

A metodologia utilizada na presente investigaccedilatildeo foi de cariz qualitativo recorrendo

a teacutecnicas como

Pesquisa bibliograacutefica

Anaacutelise documental

Entrevistas semidirigidas

Anaacutelise de conteuacutedo

A utilizaccedilatildeo das teacutecnicas de pesquisa bibliograacutefica e anaacutelise documental visam

compreender de uma forma global o estado da arte do tema da investigaccedilatildeo em causa

A pesquisa bibliograacutefica teve como objetivo descobrir livros artigos e documentos

que ajudaram a fundamentar e desenvolver a problemaacutetica da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

A Analise documental implica uma pesquisa e leitura de documentos escritos que

constituem uma boa fonte de informaccedilatildeo ao investigador Segundo Fortin (2009300) ldquoa

documentaccedilatildeo existente pode prestar um bom serviccedilo agrave investigaccedilatildeo uma vez que constitui

uma fonte adicional de informaccedilatildeo Permite aos investigadores relacionar-se com a histoacuteria de

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um grupo social com a sua cultura e organizaccedilatildeo ou com os acontecimentos fundamentais

ligados agrave investigaccedilatildeordquo Para a realizaccedilatildeo desta investigaccedilatildeo foi analisada alguma

documentaccedilatildeo nomeadamente o plano de emergecircncia municipal de Angra do Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria bem como documentaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil esta documentaccedilatildeo

foi uma mais-valia para a investigaccedilatildeo pois forneceu informaccedilotildees importantes para a

construccedilatildeo do quadro teoacuterico

3 - Populaccedilatildeo e Amostra

Tendo em conta a populaccedilatildeo alvo da presente dissertaccedilatildeo o tipo de amostra que

melhor se adequa a esta investigaccedilatildeo eacute a amostra natildeo probabiliacutestica por escolha racional uma

vez que todos os elementos que compotildeem a amostra tinham que possuir determinadas

caracteriacutesticas em comum nomeadamente fazerem parte integrante das instituiccedilotildees que

compotildeem PME do concelho de Angra do Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria Segundo Fortin

(2009322) ldquoa amostra por escolha racional tambeacutem designada por amostragem tiacutepica consiste

em escolher certos indiviacuteduos em funccedilatildeo de um traccedilo caracteriacutesticordquo O meacutetodo de

amostragem por escolha racional ldquoeacute tambeacutem empregado em certos estudos qualitativos pela

seleccedilatildeo de participantes que possuem as caracteriacutesticas procuradasrdquo (Fortin 2009322)

De acordo com Fortin (2009312) a ldquoamostra eacute a fraccedilatildeo de uma populaccedilatildeo sobre a

qual se faz o estudo deve ser representativa desta populaccedilatildeo ou seja certas caracteriacutesticas

conhecidas devem estar presentes em todos os elementosrdquo Para Coutinho a amostra eacute ldquoum

subconjunto da populaccedilatildeo que teraacute de a representar ou seja refletir os seus traccedilosrdquo (Coutinho

2013 89)

Por outro lado ldquoUma populaccedilatildeo define-se como um conjunto de elementos que tecircm

caracteriacutesticas comuns sendo a amostragem o processo pelo qual um grupo de pessoas ou

uma porccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute escolhido de forma a representar de forma precisa as

caracteriacutesticas de uma populaccedilatildeo inteirardquo (Fortin 2009310)

A amostra eacute constituiacuteda por 18 teacutecnicos sociais (3 Psicoacutelogos 5 Socioacutelogos e 9

Assistentes Sociais e um teacutecnico formado na aacuterea das Ciecircncias Socais) pelos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria pela Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo

Social de Angra Heroiacutesmo e pelo Presidente do Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e

Bombeiros dos Accedilores

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4 - Instrumentos de Recolha de Dados

Segundo Fortin (2009375) a entrevistardquo eacute o principal meacutetodo de colheita dos dados

nas investigaccedilotildees qualitativas Eacute um modo de comunicaccedilatildeo verbal que se estabelece entre

duas pessoas um entrevistador e um respondente Existem trecircs tipos de entrevistas natildeo

dirigida dirigida e semidirigidardquo

Para Savoiezajc (2003282) a entrevista semidirigida (hellip) eacute uma interaccedilatildeo verbal

animada de forma flexiacutevel pelo investigador Este deixar-se-aacute guiar pelo fluxo da entrevista

com o objetivo de abordar de um modo que se assemelha a uma conversa os temas gerais

sobre os quais deseja ouvir os respondentes permitindo assim destacar uma compreensatildeo rica

do fenoacutemeno em estudo

Nas entrevistas semidirigidas as perguntas satildeo especiacuteficas mas ainda assim o

investigador eacute livre de alterar a sua ordem no decorrer da entrevista bem como formular

novas questotildees pertinentes que surgem no contexto das informaccedilotildees fornecidas pelo

entrevistado (May2006)

As entrevistas pretendem recolher informaccedilatildeo acerca da intervenccedilatildeo do serviccedilo

social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial No que concerne aos

tipos de questotildees podem ser de trecircs tipos questatildeo aberta questatildeo fechada e questatildeo

semiestruturada

Apoacutes a elaboraccedilatildeo da entrevista efetuou-se um preacute teste junto de uma amostra da

populaccedilatildeo O preacute-teste eacute a prova que consiste em verificar a eficaacutecia e o valor do questionaacuterio

junto de uma amostra reduzida da populaccedilatildeo alvo pois permite descobrir os defeitos do

questionaacuterio e fazer as correccedilotildees que se impotildee (Fortin 2009 386)

Inicialmente e apoacutes a realizaccedilatildeo dos guiotildees das entrevistas foram aplicados 3 preacute-

testes o preacute-teste foi aplicado a duas Assistentes Sociais e uma Socioacuteloga depois de

aplicados os preacute-testes foram realizadas as reformulaccedilotildees necessaacuterias em algumas questotildees e

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas Importa realccedilar que as reformulaccedilotildees efetuadas foram

apenas ao niacutevel da redaccedilatildeo e natildeo do conteuacutedo pelo que natildeo houve alteraccedilotildees na questatildeo

inicial do presente estudo

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Relativamente aos dados recolhidos nas entrevistas ldquoestes devem ser transcritos

antes de os analisar Para a anaacutelise dos dados eacute essencial uma anaacutelise de conteuacutedordquo (Fortin

2009379)

Metodologicamente a anaacutelise de conteuacutedo visa medir a frequecircncia a ordem ou a

intensidade de certas palavras frases expressotildees factos e acontecimentos Ordenando-se os

acontecimentos por categorias contudo as caracteriacutesticas do conteuacutedo a avaliar satildeo definidas

e determinadas pelo investigador

Em suma a anaacutelise de conteuacutedo visa entatildeo ldquoa possibilidade de tratar de forma

metoacutedica informaccedilotildees e testemunhos que apresentam um certo grau de complexidade e

profundidaderdquo (Quivy e Campenhoudt 2008227)

5 - Procedimentos

Apoacutes terem sido efetuadas as alteraccedilotildees necessaacuterias suscitadas pelo preacute teste

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas

Para a realizaccedilatildeo das entrevistas aos teacutecnicos do ISSA foi enviado um pedido agrave

Presidente do Conselho Diretivo a solicitar autorizaccedilatildeo para aplicar as entrevistas aos

teacutecnicos depois de ter recebido a autorizaccedilatildeo por parte do Conselho Diretivo entrei em

contacto com o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira afim de agendar as datas para

realizar as entrevistas Poreacutem apenas me foi concedida autorizaccedilatildeo para realizar 9 entrevista

nos dois concelhos muito embora nos dois concelhos existirem mais de 30 teacutecnicos no ativo

na aacuterea social a justificaccedilatildeo dada para esta situaccedilatildeo foi que somente poderia entrevistar os

teacutecnicos afetos ao ISSA inicialmente as entrevistas aos teacutecnicos destinavam-se somente a

assistentes sociais face a esta situaccedilatildeo tive que incluir na amostra outros teacutecnicos tambeacutem

eles da aacuterea social (Socioacutelogos Psicoacutelogos e outros da aacuterea das Ciecircncias Sociais) Na

Autarquia de Angra as entrevistas foram aplicadas a socioacutelogos e natildeo a assistentes sociais

visto que o corpo teacutecnico do departamento Unidade Desenvolvimento Comunitaacuterio eacute

composto somente por socioacutelogos contudo importa referir que estes teacutecnicos natildeo sendo

formados em Serviccedilo Social desempenham funccedilotildees como assistentes sociais agrave exceccedilatildeo dos

Psicoacutelogos a entrevista aos 3 Psicoacutelogos no iniacutecio natildeo estava prevista poreacutem foi importante

realiza-la uma vez que qualquer equipa de intervenccedilatildeo psicossocial tem psicoacutelogos

integrados

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Importa salientar que o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira solicitou o

Guiatildeo de entrevista este foi enviado via correio eletroacutenico Os restantes pedidos para as

restantes Instituiccedilotildees foram realizados via telefone no que concerne agraves entrevistas aos

Presidentes de Cacircmara e Presidente SRPCBA os pedidos foram feitos tambeacutem por via correio

eletroacutenico

A disponibilidade para colaborar nesta investigaccedilatildeo por parte das Instituiccedilotildees foi

imediata em relaccedilatildeo agraves entrevistas dos teacutecnicos por motivos laborais tivemos que remarcar as

datas das entrevistas as entrevistas ao teacutecnicos e agrave coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social

realizaram-se em Outubro

O Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira disponibilizou-se para fazer a

entrevista contudo por motivos pessoais teve que se ausentar da ilha neste sentido a entrevista

foi aplicada agrave Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo

No decorrer das entrevistas aos teacutecnicos fui-me apercebendo que estes natildeo se

ldquosentiam agrave vontaderdquo para responder a certas questotildees que lhe ia colocando natildeo por natildeo

perceber a questatildeo em si mas sim por falta de informaccedilatildeo de alguns conteuacutedos

nomeadamente referentes agrave Proteccedilatildeo Civil

Grande parte das entrevistas natildeo foram gravadas porque natildeo tive autorizaccedilatildeo para

gravar por parte dos participantes embora este facto natildeo tenha levantado quaisquer

dificuldades na recolha de informaccedilatildeo

51- Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo

Apoacutes a realizaccedilatildeo das entrevistas procedeu-se agrave sua transcriccedilatildeo integral e de seguida

procedeu-se agrave categorizaccedilatildeo das questotildees

Como jaacute referido anteriormente a teacutecnica utilizada para proceder agrave anaacutelise de toda a

informaccedilatildeo recolhida foi a anaacutelise de conteuacutedo ou seja ldquoum conjunto de teacutecnicas de anaacutelise

das comunicaccedilotildees visando obter por procedimentos sistemaacuteticos e objetivos de descriccedilatildeo do

conteuacutedo das mensagens indicadores (quantitativos ou natildeo) que permitam a inferecircncia de

conhecimentos relativos agraves condiccedilotildees de produccedilatildeorececcedilatildeo (variaacuteveis inferidas) destas

mensagensrdquo (Bardin 200944)

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Nesta perspetiva a teacutecnica da anaacutelise de conteuacutedo foi utilizada para fazer uma

descriccedilatildeo objetiva e sistemaacutetica do conteuacutedo recolhido das questotildees abertas de modo a

facilitar a sua interpretaccedilatildeo conforme veremos no proacuteximo capiacutetulo onde se vai proceder agrave

apresentaccedilatildeo e anaacutelise dos resultados

Importa ainda realccedilar que o tratamento de algumas questotildees fechadas foi realizado

no programa Excel

52 - Procedimentos Eacuteticos

Qualquer investigaccedilatildeo que inclua pessoas levanta questotildees de ordem moral e eacutetica e

estas estatildeo presentes desde que se determina o problema ateacute agrave conclusatildeo do estudo (Fortin

1999116 citado por Santos 2008) Fortin refere que ldquo () a investigaccedilatildeo aplicada a seres

humanos pode por vezes causar danos aos direitos e liberdades das pessoas Por conseguinte

eacute importante tomar todas as disposiccedilotildees necessaacuterias para proteger os direitos e liberdades das

pessoas que participam nas investigaccedilotildees rdquo

Apoacutes o esclarecimento dos objetivos do estudo foi referenciado aos teacutecnicos que

estava assegurada a confidencialidade do nome dos teacutecnicos nas respostas dadas nas

entrevistas

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Capitulo III

Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados

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Conforme referenciado neste capiacutetulo pretende-se apresentar os dados e resultados

obtidos atraveacutes das entrevistas realizadas

Importa referir que o PCMAH natildeo respondeu a algumas das questotildees colocadas na

entrevista porque na altura das enxurradas do Porto Judeu natildeo exercia ainda funccedilotildees como

Autarca deste municiacutepio mencionou que as pessoas que estavam na altura das enxurradas do

Porto Judeu no SMPC atualmente jaacute natildeo se encontram na CMAH face a esta situaccedilatildeo e a fim

de ver esclarecidas algumas questotildees relacionadas com o funcionamento do PME entrei em

contacto com o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra Heroiacutesmo a

fim de clarificar algumas duvidas que existiam em relaccedilatildeo ao acionamento do PME

dificuldades encontradas no terreno e respostas concretas da CMAH face agrave situaccedilatildeo do Porto

Judeu a resposta dada pelo Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil foi ldquoa

pessoa que estava responsaacutevel na altura das enxurradas do Porto Judeu jaacute natildeo se encontra aqui

na Cacircmara contudo posso fornecer-lhe algumas informaccedilotildees haacute cerca da cheia que houve em

Angra Heroiacutesmo no dia 4 de Setembrordquo (Coordenador SMPCAH) a recolha de informaccedilatildeo

foi feita atraveacutes de uma conversa formal

Ao longo do processo da aplicaccedilatildeo das entrevistas verifiquei que existiu alguma

resistecircncia por parte do Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e do

coordenador do SMPC em se pronunciar sobre certas questotildees relacionadas com as

enxurradas do Porto Judeu

O PCMAH natildeo respondeu agraves questotildees relacionadas com as cheias de 4 de Setembro

uma vez que a entrevista foi realizada antes desta data

No que concerne agraves entrevistas aplicadas aos teacutecnicos sociais (Assistentes Sociais

Socioacutelogos Psicoacutelogoshellip) nas de questotildees de escolha muacuteltipla os teacutecnicos podem ter

assinalado mais do que uma opccedilatildeo

1 ndash Plano de Emergecircncia

Nos uacuteltimos anos a Ilha Terceira foi assolada por duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

(enxurradas) uma no concelho de Angra do Heroiacutesmo (Porto Judeu) outra no concelho da

Praia da Vitoacuteria (Agualva)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe o PME nem sempre eacute acionado pois a

situaccedilatildeo pode natildeo justificar o acionamento do mesmo

Quem aciona o PME eacute o Presidente da Cacircmara Municipal na situaccedilatildeo concreta da

Agualva o PME foi acionadoldquo O PME foi acionado e o Comando do Serviccedilo Municipal de

Proteccedilatildeo Civil foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualvardquo (E22-PCMPV) no Porto

Judeu o PCMAH natildeo sabe se o PME foi acionado ldquo Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacuterdquo

Segundo o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil nas cheias do

passado dia 4 de Setembro em Angra Heroiacutesmo ldquoo PME natildeo foi acionado mas foi acionada a

Estrutura Municipal de Gestatildeo de Emergecircncias no Posto de Comando da Proteccedilatildeo Civil

Municipal estiveram presentes o Presidente da CMAH Vereadores Coordenador SMPC

Chefe Serviccedilos Municipalizados e Chefe da Unidade de Accedilatildeo Social sempre em articulaccedilatildeo

com o Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra de Heroiacutesmo (BVAH) e com a Poliacutecia de

Seguranccedila Puacuteblica (PSP) rdquo

No que diz respeito aos teacutecnicos verificou-se que somente 4 dos teacutecnicos

entrevistados (78) tem conhecimento do PME do concelho onde desempenha funccedilotildees

(Fig11)

Fig11 ndash Conhecimento do PME Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

No que concerne agraves funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves instituiccedilotildees no acircmbito do PME a

maior parte dos teacutecnicos natildeo soube responder qual a funccedilatildeo concreta que a sua instituiccedilatildeo

tem no campo de acccedilatildeo do PME ldquo esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

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funccedilotildees e tarefas da instituiccedilatildeo do PMErdquo questionei e antes da reestruturaccedilatildeo quais eram as

funccedilotildees A resposta obtida foi a mesmaldquo (hellip) esta a haver uma reestruturaccedilatildeordquo (E3E4E5-

Assistentes Sociais)ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestroferdquo (E14 Socioacutelogo E9 Psicoacutelogo E12 Assistente Social)

ldquoDesconheccedilo quais as funccedilotildees que estatildeo atribuiacutedas agrave minha instituiccedilatildeo no PME (hellip) natildeo sei

nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam

nesse contexto ldquo (E6- Psicoacutelogo)rdquonatildeo sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo tem no PMErdquo

(E7E8E10E11E15E15E17E18)

As funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves Instituiccedilotildees no PME assentam essencialmente

nordquo(hellip) levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo com outras entidades e

realojamentordquo (E13-Assistente Social)

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Caso ocorra uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe na Ilha Terceira a equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial eacute organizada na altura do acontecimento ldquoA equipa de intervenccedilatildeo psicossocial

intervenccedilatildeo em crise na Terceira natildeo se encontra organizada (hellip) a equipa natildeo se formou

organizou porque depende de vaacuterios organismosrdquo (E19-Presidente SRPCBA) de momento ldquo

(hellip) natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia helliprdquo (E14-Assistente Social)

Em situaccedilotildees de cataacutestrofe qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir

independentemente que goze ou natildeo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes a

equipa eacute formada por teacutecnicos das diferentes instituiccedilotildees que fazem parte do PME ldquoem

situaccedilotildees de cataacutestrofe a equipa eacute formada por teacutecnicos de vaacuterias instituiccedilotildees os psicoacutelogos

vamos buscar ao Centro de Sauacutede os assistentes sociais ao ISSA e agrave Divisatildeo da Habitaccedilatildeo da

Terceirardquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo (hellip) A equipa quando eacute formada pode ser composta

por teacutecnicos de diferentes aacutereas tais como Psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e Ciecircncias Sociaisrdquo (E20-Coordenadora do ISSA)

Apesar de natildeo existir uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial organizada para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe na Ilha Terceira existem teacutecnicos sociais especiacuteficos para

intervir nestas situaccedilotildees rdquo a equipa natildeo esta formada poreacutem existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildeesldquo (E10- Socioacutelogo) se ldquo (hellip) a equipa tivesse formada era mais

faacutecil depois intervir (hellip) rdquo (E11-Ciecircncias Sociais)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe as primeiras instituiccedilotildees a serem

acionadas satildeo o ISSA e a Divisatildeo da Habitaccedilatildeo estas geralmente satildeo acionadas pela Proteccedilatildeo

Civil ldquosomos chamados consoante as necessidades da Proteccedilatildeo Civilrdquo (E13Assistente Social

E14 Socioacutelogo)

Embora existam teacutecnicos especiacuteficos para intervir neste tipo de situaccedilotildees qualquer

teacutecnico na altura da situaccedilatildeo da crise pode ser chamado para intervir ldquotodos os teacutecnicos podem

ser chamados (hellip) o nuacutemero de teacutecnicos depende do grau da cataacutestroferdquo (E20-Coordenadora

do ISSA) apesar de natildeo existir uma equipa organizadaldquo (hellip) quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8 Assistente Social E9

Psicoacutelogo E11 Ciecircncias Sociais E13Assitente Social) ldquoNatildeo existe uma equipa especiacutefica

vatildeo arrancando por subequipas quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipasrdquo (E7-

Psicoacutelogo)ldquoO superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da

equipardquo( E11 Ciecircncias Sociais E12Assistente Social)

Na situaccedilatildeo da Agualva e do Porto Judeu nem todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME estiveram presentes ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo

sabemos ao certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo(E1E2- Assistentes Sociais)

Nas enxurradas da Agualva os teacutecnicos que estiveram presentes foram os do ISSA e da

Habitaccedilatildeo e os teacutecnicos da CMPV no caso do Porto Judeu apenas estiveram presentes os

teacutecnicos do ISSA e da HabitaccedilatildeoldquoFomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel os serviccedilos de

sauacutedes natildeo estiveram presentes agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi

feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave casa de uma senhora que era de difiacutecil acesso ldquo(

E13- Assistente Social)

Podemos constatar que algumas das instituiccedilotildees que fazem parte do PME

desempenham um papel meramente redutor neste tipo de situaccedilotildees nomeadamente os

Organismos de Apoio a intervenccedilatildeo cinge-se apenas ao niacutevel do ISSA e da Divisatildeo da

Habitaccedilatildeo

3 - Dificuldades encontradas no Terreno

Segundo o PCMPV a maior dificuldade com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do

socorro agrave populaccedilatildeo na Agualva foi o acesso agraves residecircncias pois os caminhos ficaram todos

obstruiacutedos ldquo (hellip) houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham

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um buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila

dos bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa (hellip) o que estava no PME funcionou

em pleno (hellip) A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de

solidariedade toda a gente contribuiu os escuteiros foram uma mais-valia neste tipo de

situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chaverdquo

No que concerne agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro agrave

populaccedilatildeo no Porto-Judeu o PCMAH natildeo respondeu a esta questatildeo ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Nas cheias de 4 de Setembro segundo o Coordenador do SMPC natildeo houve

dificuldades de coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes no que concerne

agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro eacute referido que natildeo houve

dificuldades na prestaccedilatildeo do socorro embora tenham existido alguns contratempos que

rapidamente foram ultrapassados nomeadamente na falta de comunicaccedilatildeo ldquo Embora tenha

ficado sem telemoacutevel devido agrave chuva existe redundacircncia O SMPC dispotildee de rede raacutedio com

frequecircncia proacutepria com cobertura em toda a ilha utilizou-se tambeacutem a viatura Unidade de

Comando e Telecomunicaccedilotildees

No que concerne agrave coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

envolvidos na situaccedilatildeo da Agualva o PCMPV relatou que natildeo houve dificuldades de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes ldquoeacute uma resposta difiacutecil (Risos)

natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de

proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees (hellip) O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito

este plano foi uma mais-valia nesta intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua

execuccedilatildeo este foi muito discutido por exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos

existentes em cada Freguesia para fazer face a este tipo de situaccedilotildeesrdquo

Os teacutecnicos entrevistados reportaram que as maiores dificuldades com que se

confrontaram no terreno assentaram essencialmente na falta de coordenaccedilatildeo (31) falta de

formaccedilatildeo (27) funccedilotildees natildeo atribuiacutedas (14) falta de informaccedilatildeo (14) e natildeo participaccedilatildeo

em simulacros (14) (Fig12)

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Fig12 ndash Dificuldades encontradas no terreno Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

Segundo o PCMPV natildeo houve dificuldades de coordenaccedilatildeo entre os diferentes

intervenientes na situaccedilatildeo da Agualva contudo os teacutecnicos sociais referem que a falta de

coordenaccedilatildeo foi umas das principais dificuldades com que se confrontaram no terreno

(Fig12) outra das dificuldades encontradas no terreno pelos teacutecnicos esta relacionada com a

sobreposiccedilatildeo de papeacuteis e funccedilotildees natildeo atribuiacutedasldquo (hellip) a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das chefias

superiores tem que ficar bem definida (hellip) A Proteccedilatildeo Civil Exercito Bombeiros deve saber

qual o seu papel para natildeo haver atropelos (hellip) O ISSA deve ter um papel privilegiado na

intervenccedilatildeo psicossocial tem que haver respeito pelos papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem

clara (hellip) natildeo havia nada preparado para este tipo de situaccedilotildees natildeo havia documentos isto na

Agualva pois intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas

melhoraram bastanterdquo (E12 E13- Assistentes Sociais)

Segundo a Coordenadora do ISSA ldquo as maiores dificuldades sentidas na prestaccedilatildeo do

socorro aacute populaccedilatildeo foram as condiccedilotildees de trabalho estas eram muito difiacuteceis havia muitos

riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades pois foi difiacutecil lidar com tanta

destruiccedilatildeordquo

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 14 (78) referiram que os assistentes sociais natildeo se

encontram preparados para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a falta de preparaccedilatildeo estaacute

associada a vaacuterios fatores tais como falta de formaccedilatildeo falta de informaccedilatildeo desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros (Fig13)

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Fig13 ndash Falta de preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Como podemos observar atraveacutes da figura acima apresentada (Fig13) a falta de

formaccedilatildeo (36) eacute o fator mais apontado pelos teacutecnicos como uma das principais causas da

natildeo preparaccedilatildeo dos assistentes sociais para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofeldquo (hellip) em

situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias sem termos formaccedilatildeo especifica

perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para adquirir ferramentas para nossa

intervenccedilatildeordquo (E9-Psicologo)

Um dos teacutecnicos entrevistados relatou que o proacuteprio curso de Serviccedilo Social deveria

ter um moacutedulo que abordasse a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe ldquo a

falta de preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais (hellip) esta relacionada com todos os itens acima

descritos tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica deveria contemplar um moacutedulo que

falasse exatamente nesta aacuterea pois seria uma mais-valia tornando a nossa intervenccedilatildeo mais

eficazldquo (E14- Assistente Social)

4 - Intervenccedilatildeo

Atraveacutes da apresentaccedilatildeo dos resultados verificamos que a intervenccedilatildeo das Autarquias

nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe centrou-se particularmente nos trabalhos de desobstruccedilatildeo

das vias de modo a permitir a circulaccedilatildeo dos meios de apoio e salvamento para a realizaccedilatildeo

recorreram a maquinaria de empresas privadas

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A resposta da CMPV face agrave situaccedilatildeo da Agualva assentou essencialmente em 3

fatores diagnoacutestico da situaccedilatildeo plano de evacuaccedilatildeo e ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social

ldquoNuma primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe salvaguardando sempre

a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das pessoas Numa segunda

fase ativamos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as estradas

desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os recursos

adequados (hellip) entraacutemos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos

ajudarem na desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira Por uacuteltimo procedemos agrave

ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da Agualva aqui eram

confecionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de apoio psicoloacutegico

levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo centraram-se todos os

serviccedilosrdquo (E22-PCMPV)

No caso de Porto-Judeu o PCMAH natildeo soube responder qual a resposta concreta da

CMAH face a esta situaccedilatildeo de cataacutestrofe alegando que na altura natildeo era Presidente da

Cacircmara ldquo Natildeo sei natildeo estava caacuteldquo

No que diz respeito agraves cheias de Angra Heroiacutesmo segundo o Coordenador do SMPC

a resposta da CMAH assentou essencialmente em

- Intervenccedilatildeo no extravasamento de 3 linhas de aacutegua recorrendo a maquinaria de

empresas privadas

-Apoio na desobstruccedilatildeo de canalizaccedilotildees de moradias inundadas

- Desobstruccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo devido a pequenos movimentos de vertente

- Desmoronamento de muros e abatimento de vias

A Proteccedilatildeo Civil Municipal participou em aproximadamente 20 ocorrecircncias no dia 2

de Setembro e em cerca de 50 ocorrecircncias no dia 4 de Setembro De referir que no dia 4 de

Setembro registou-se 157 mm de precipitaccedilatildeo acumulada com maior incidecircncia entre as

15h00 e as 16h00

As freguesias mais afetadas foram Conceiccedilatildeo Seacute Satildeo bento Terra Chatilde Posto

Santo Ribeirinha Feteira e Porto Judeu

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Para fazer face agraves situaccedilotildees de cataacutestrofe ambos os municiacutepios dispotildeem de uma verba

camaraacuteria para este tipo de situaccedilotildees em Angra ldquoesta verba eacute usada consoante as necessidades

que existemrdquo (E21-PCMAH) enquanto na Praia da Vitoacuteria ldquoa verba destina-se essencialmente

agrave Reabilitaccedilatildeordquo (E22-PCMPV)

Ao niacutevel da intervenccedilatildeo Social esta assenta na Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de

Golan (1978) ldquoas situaccedilotildees do Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis na Agualva

estivemos laacute em permanecircncia no local no imediato foram asseguradas as necessidades

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos (hellip) No Porto Judeu a situaccedilatildeo natildeo foi

tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi ao niacutevel do levantamento das necessidadesrdquo (E20- Coordenadora

ISSA)

No que respeita agraves funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos perante estas duas

situaccedilotildees assentaram principalmente em

- Acalmar as viacutetimas

-Assegurar as necessidades baacutesicas de subsistecircncia e realojamento

-Atendimento agraves famiacutelias

-Levantamento das necessidades

-Articulaccedilatildeo com outras entidades

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe nas Flores na Agualva e no Porto

Judeu tiacutenhamos como funccedilotildees acalmar as pessoas apoiar o Presidente da Cacircmara (faziacuteamos

a ponte entre a comunidade e os serviccedilos) levantamento das necessidades ao niacutevel

habitacional ldquo (E3- Assistente Social) Por outro lado ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento

de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e

proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isoladordquo (E8-Assistente Social)

Outra das funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

recaiu no ldquo levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras entidadesrdquo (E9

Psicoacutelogo E10 Socioacutelogo E11Ciencias Sociais E13E14 Assistentes Sociais)

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ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos atendimento direto

agraves pessoas ldquo (E10Socioologo e E14 Assistente Social) ldquo (hellip) fizemos um pouco de tudo (hellip)

levaacutemos aacutegua medicamentos roupa e alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estivemos na construccedilatildeo

de uma base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11-Ciencias Sociais)

A intervenccedilatildeo realizada pelas instituiccedilotildees recaiu essencialmente no apoio

psicoloacutegico apoio alimentar apoio em vestuaacuterio apoio para a habitaccedilatildeo e apoios na aacuterea da

sauacutede

No que diz respeito agraves respostas existentes por parte do ISSA para fazer face a

situaccedilotildees de cataacutestrofe a Coordenadora verbalizou que natildeo existe uma resposta especiacutefica para

este tipo de situaccedilotildees ldquonatildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

encaminhamos usamos os recursos da comunidade (hellip) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos uma residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA dispotildee de

uma verba para este tipo de situaccedilotildees e temos ainda teacutecnicos que intervecircm neste tipo de

situaccedilotildees (hellip) em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores alojamentordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco para a ocorrecircncia de situaccedilotildees de

cataacutestrofes verifiquei que ateacute agraves enxurradas da Agualva ainda natildeo tinham sido criados

instrumentos de trabalho ao niacutevel social para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquoNa Agualva

tiveram que ser criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo (hellip) a situaccedilatildeo da Agualva foi

um marco pela gravidade da situaccedilatildeo muitos dos instrumentos foram criados devido agrave

situaccedilatildeordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Em bom rigor podemos concluir que ateacute aqui a existecircncia de uma verdadeira

cataacutestrofe era considerada natildeo relevante a intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial foi

necessaacuterio existir uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe para serem tomadas medidas para colmatar este

tipo de situaccedilotildees

Para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe o departamento de Accedilatildeo Social da CMPV

trabalha em articulaccedilatildeo com o gabinete de Proteccedilatildeo Civil ldquoeste departamento trabalha em

conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas pelos

dois departamentos existe trabalho de articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois

departamentosrdquo (E22-PCMPV)

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No que concerne agrave CMAH a Unidade de Desenvolvimento Comunitaacuterio natildeo

desenvolve ainda nenhum programa especiacutefico para fazer frente a este tipo de situaccedilotildees

ldquoainda natildeo temos programa especiacutefico face a estas situaccedilotildees mas jaacute agimos nas chuvadas de

dia 4 de Setembro 2015rdquo (E14- Socioacutelogo)

Importa salientar que o PCMAH natildeo estava informado se a sua Autarquia disponha

ou natildeo de um programa ao niacutevel da intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquosim temos a

atuaccedilatildeo deles faz parte delesrdquo (E21-PCMAH) verifica-se que a Autarquia da Praia da Vitoria

valoriza a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe enquanto que a Autarquia

de Angra do Heroiacutesmo encontra-se ainda a dar os primeiros passos no que concerne agrave

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe

5 - Formaccedilatildeo

Ao niacutevel da formaccedilatildeo e da sua relevacircncia para a intervenccedilatildeo a maior parte dos

teacutecnicos entrevistados jaacute participaram em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe (Fig14)

Fig14 ndash Participaccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Contudo nem todos os teacutecnicos frequentaram formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe (Fig15)

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Fig15- Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo Efetiva de Cataacutestrofes Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Dos 7 teacutecnicos entrevistados (39) que natildeo possuem formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe poreacutem 4 deles jaacute desempenharam funccedilotildees em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe (E14 Assistente Social E15E16E17 Socioacutelogos) importa referir que a

maior parte dos teacutecnicos que goza de formaccedilatildeo nesta aacuterea apenas frequentou o I moacutedulo do

curso ldquo (hellip) jaacute fizemos trecircs cursos niacutevel I II e III (hellip) o curso eacute frequentado por enfermeiros

assistentes socais e psicoacutelogoshellip ldquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo A formaccedilatildeo era composta por

3 moacutedulos apenas tirei o moacutedulo Irdquo (E7E8E11) ldquo (hellip) soacute tenho o primeiro moacutedulo fizemos

um pedido superiormente para frequentarmos os moacutedulos II e III mas natildeo foi aceiterdquo (E10-

Socioacutelogo)

Face a esta situaccedilatildeo podemos concluir que os teacutecnicos veem a formaccedilatildeo como um

valor acrescentado na melhoria da sua praacutetica profissional ldquoa formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de

novos conhecimentosrdquo (E1E2E3E4E5E6 Assistentes Sociais Psicoacutelogo) para outros ldquo a

formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas como as entidades a

envolver no encaminhamento das situaccedilotildeesrdquo (E9-Psicologo) a formaccedilatildeo serve ainda para ldquo

(hellip) para natildeo confundirmos os papeacuteis e para darmos uma resposta eficaz e organizada ao

niacutevel da intervenccedilatildeordquo (E13E14-Assistente Social) ldquo a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o

apoio agraves pessoasrdquo (E17E18- Socioacutelogos)

Poreacutem algumas chefias natildeo veem a formaccedilatildeo como uma mais-valia segundo os

teacutecnicos a falta de preparaccedilatildeo dos mesmos para trabalhar em contexto de cataacutestrofe deve-se

principalmente agrave falta de formaccedilatildeo (Fig13) neste sentido seria necessaacuterio que os teacutecnicos

frequentassem os restantes moacutedulos do curso bem como alargar a formaccedilatildeo a um maior

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nuacutemero de teacutecnicos visto que qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir neste tipo de

situaccedilotildees ldquoa formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14-Assistente

Social) sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel termos teacutecnicos

preparados para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquocom formaccedilatildeo adequada penso que os

teacutecnicos se encontram preparados para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofes posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positivardquo (E19-

Presidente do SRPCBA)

De acordo com os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas aos Presidentes de

Cacircmara ambos verbalizam que as instituiccedilotildees que fazem parte do PME do concelho de Angra

do Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoacuteria recebem formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes ldquoDamos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil depende das necessidades que os proacuteprios detetam na uacuteltima

formaccedilatildeo estiveram presentes mais de 20 instituiccedilotildeesrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees participam nos simulacros que

fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala Nestes simulacros

estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados duas vezes por

anohelliprdquo (E22-PCMPV)

Todos os teacutecnicos comungam da mesma opiniatildeo a formaccedilatildeo contribui para a

melhoria da praacutetica profissional ldquoA formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o

que vamos fazer na alturardquo (E7 Psicoacutelogo E10 Assistente Social E12 Assistente Social) ldquoA

formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta podemos

provocar ainda mais o caosrdquo (E10- Socioacutelogo)

6 - Simulacros

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 11 (61) referiram que nunca participaram em

simulacros contudo jaacute trabalharam em situaccedilotildees efetivas de cataacutestrofe (Fig16)

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Fig16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais em simulacros Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

ldquo (hellip) a participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do

acontecimento facilita em muito a nossa intervenccedilatildeo (E3- Assistente Social)

O PCMAH referiu que o concelho de Angra do Heroiacutesmo realiza um simulacro por

ano o PCMPV verbalizou que o concelho da Praia da Vitoria realiza 2 simulacros por ano a

Proteccedilatildeo Civil pratica um simulacro por anoldquo realizamos simulacros anualmente as equipas

de intervenccedilatildeo psicossocial satildeo sempre chamadas para participarrdquo (E19-Presidente SRPCBA)

Segundo a Resoluccedilatildeo nordm 302015 da Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil a qual

revoga a Resoluccedilatildeo nordm 252008 ambas referentes aos criteacuterios e normas teacutecnicas para a

elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil refere na aliacutenea a)

os planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil devem ser objeto de realizaccedilatildeo de exerciacutecios com

periodicidade maacutexima de 2 anos (o ultimo exerciacutecio realizado em Angra foi a 20 de Maio de

2015 e o da Praia em Junho de 2015) face a esta situaccedilatildeo ambas as autarquias estatildeo a agir em

conformidade segundo a lei acima mencionada

Ao analisarmos as respostas dadas pelos teacutecnicos verificaacutemos que os teacutecnicos que

jaacute participaram em simulacros participaram no simulacro haacute mais de dois anos conclui-se

entatildeo que nem todas as Instituiccedilotildees estatildeo a participar nos simulacros promovidos tanto pelas

Autarquias como pela Proteccedilatildeo Civil

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo

No que diz respeito agraves accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo verificou-se que tanto a

CMAH e CMPV e Proteccedilatildeo Civil realizam frequentemente accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo junto da

comunidade para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe essas accedilotildees satildeo realizadas junto das

escolas lares atraveacutes de coloacutequios palestras contudo a informaccedilatildeo pode chegar a toda a

sociedade civil atraveacutes da internet e panfletos ldquoRealizaacutemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas para estas questotildees (hellip) A Proteccedilatildeo

Civil eacute quem desenvolve mais este papel faz sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNeste momento temos dois projetos onde fazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo o

proteccedilatildeo civil mais 65 onde realizamos accedilotildees nos lares de terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de Proteccedilatildeo Civil este projeto desenvolve-se ao niacutevel das escolas estas accedilotildees

satildeo realizadas anualmenterdquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquoFazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo os

puacuteblicos-alvo satildeo crianccedilas jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet

panfletos usamos muito os panfletos fazemos palestras os nossos teacutecnicos dirigem-se agraves

escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo feitas duas vezes por ano ldquo

(E22-PCMPV)

Verificou-se que existe por parte dos serviccedilos a preocupaccedilatildeo de informar alertar a

sociedade civil para este tipo de situaccedilotildees

8 - Normativos Internos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe

No que concerne aos normativos internos (procedimentos a adotar em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe) 3 teacutecnicos (17) mencionaram que as Instituiccedilotildees a que pertencem natildeo dispotildeem

de normativos internos para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe (Fig17)

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Fig17 Normativos internos Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe com a Intervenccedilatildeo do

Assistente Social

Verifica-se que existe relaccedilatildeo entre as caracteriacutesticas da atuaccedilatildeo do assistente social e

as etapas da intervenccedilatildeo psicossocial O quadro 8 mostra a relaccedilatildeo das etapas da intervenccedilatildeo

psicossocial com a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Estabelecer contacto Acolhimento

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe eacute necessaacuterio estabelecer um

contacto Acolhimento com as pessoas de forma a

perceber o que aconteceu e providenciar as

necessidades imediatas

ldquo Quando chegamos ao local tentamos acalmar as

pessoasrdquo (E3 ndash Assistente Social)

(hellip) ldquoLevantamento de necessidades imediatashelliprdquo (E8-

Assistente Social)

(hellip) Levamos aacutegua medicamentos alimentaccedilatildeo

vestuaacuteriohellip (E11-Ciencias Sociais)

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Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social (cont)

Analisar o Problema

Nesta fase o AS deve tentar perceber quais os

problemas que necessitam de uma intervenccedilatildeo imediata

e quais os que podem ter uma intervenccedilatildeo posterior

nesta fase devem tambeacutem ser identificadas as

prioridades

ldquoFomos socorrer um diabeacutetico (hellip) natildeo sabia o que

fazer (hellip) andei a pedir seringas e insulina (hellip) foi

horriacutevel os serviccedilos de sauacutede natildeo estiveram presenteshellip

(E13-Assistente Social)

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Nesta fase o AS deve analisar que possiacuteveis soluccedilotildees

existem para aquela situaccedilatildeo problema e verificar o

que jaacute foi feito pela famiacutelia para ultrapassar a situaccedilatildeo

ldquoHouve famiacutelias que ficaram desalojadas umas

famiacutelias por iniciativa proacutepria ficaram alojadas em casa

de familiares outras foram realojadasrdquo (E3-Assistente

Social)

Executar accedilotildees concretas

Nesta etapa o As deve proceder agrave execuccedilatildeo de accedilotildees

concretas para ajudar a famiacutelia a resolver a situaccedilatildeo

problema

ldquo (hellip) Um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos uma

pensatildeo para ficar depois fizemos a articulaccedilatildeo com a

Divisatildeo da Habitaccedilatildeordquohellip (E20-Coordenadora Accedilatildeo

Social)

Acompanhamento

Esta etapa tem a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito ateacute

ao momento prestando especial atenccedilatildeo agraves tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

ldquoPoacutes cataacutestrofe as famiacutelias que ainda necessitam de

acompanhamento satildeo encaminhadas para teacutecnicas da

freguesiardquo (E-20 Coordenadora ISSA)

Os utentes que necessitam de intervenccedilatildeo poacutes

cataacutestrofe passam a ser seguidos pelo centro de sauacutede ldquo

(E9- Psicoacutelogo)

Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria a partir da sistematizaccedilatildeo das entrevistas realizadas2015

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Conclusotildees

Portugal tem tido nos uacuteltimos anos um aumento significativo de desastres naturais os

quais deram origem a viacutetimas mortais e a grandes prejuiacutezos econoacutemicos sociais e

psicoloacutegicos

As pessoas e o ambiente satildeo cada vez mais punidas pelos efeitos nefastos dos

desastres naturais isto deve-se segundo vaacuterios autores entre os quais Giddens (2012) a altas

taxas de crescimento populacional e elevada densidade demograacutefica migraccedilatildeo e urbanizaccedilatildeo

natildeo planeada ou desordenada degradaccedilatildeo ambiental e alteraccedilotildees climaacuteticas As populaccedilotildees

carentes satildeo as mais vulneraacuteveis aos desastres porque dispotildeem de menos recursos e

capacidade para lidar com os impactos ou evitaacute-los

Quantas vezes temos testemunhado a forccedila da natureza ou a ldquomatildeordquo do homem a

despoletarem grandes adversidades que deixam o ser humano impotente cataacutestrofes naturais

atentados terrorista acidentes rodoviaacuterios violaccedilotildees tiroteios acontecimentos que natildeo

conseguimos controlar aos quais muitas vezes natildeo sabemos como reagir nem como ajudar

Parafraseando Maia (2009) em situaccedilotildees de cataacutestrofes a intervenccedilatildeo eacute efetuada por

dois grupos de profissionais distintos aqueles cuja funccedilatildeo principal eacute intervir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe com o objetivo de restabelecer recursos materiais e organizar infraestruturas como

eacute o caso dos poliacutecias bombeiros meacutedicos entre outros o outro grupo eacute constituiacutedo pelos

profissionais preparados para intervir em situaccedilotildees de crise psicoloacutegica e social como eacute o

caso das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial constituiacutedas por psicoacutelogos e assistentes sociais

considerando-se que o apoio psicossocial eacute um dos maiores preditores de bem-estar

As equipas de apoio psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia prestam os designados

Primeiros Socorros Psicoloacutegicos que correspondem a teacutecnicas que visam ajudar

sobreviventes familiares e profissionais de emergecircncia em momentos de crise imediatamente

apoacutes um desastre Estas teacutecnicas visam reduzir o distress (stress negativo) inicial provocado

por eventos traumaacuteticos e desenvolver o funcionamento adaptativo e capacidade de gestatildeo do

stress a curto e longo prazo

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel proceder de

imediato agrave organizaccedilatildeo da equipa de intervenccedilatildeo psicossocial A justificaccedilatildeo dada pelo

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Presidente SPCBA de que a equipa natildeo esta organizada natildeo eacute plausiacutevel ldquo (hellip) depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada (hellip) rdquo nenhum paiacutes estaacute imune agraves

cataacutestrofes naturais as emergecircncias e cataacutestrofes satildeo acontecimentos que pela sua proacutepria

natureza natildeo podem ser predeterminados o que obriga a estejamos devidamente preparados

para fazer face a estas situaccedilotildees a existecircncia de uma equipa jaacute organizada eacute a chave do

sucesso para a nossa intervenccedilatildeo

Eacute inaceitaacutevel que soacute a partir das enxurradas da Agualva em 2009 se comeccedilou a

organizar a atuaccedilatildeo ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquo (hellip) natildeo havia

nada preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na Agualva pois

intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas melhoraram bastante ldquo

(E7E8 Assistentes Sociais)

A CMAH soacute comeccedilou a dar os primeiros passos ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em

situaccedilotildees de cataacutestrofe nas enxurradas de Angra do Heroiacutesmo a 4 de Setembro de 2015ldquo (hellip)

mas jaacute agimos nas chuvadas de dia 4 de Setembro 2015helliprdquo (E17-Sociologo)

Apoacutes a equipa intervenccedilatildeo psicossocial estar devidamente organizada eacute necessaacuterio

ministrar formaccedilatildeo aos teacutecnicos na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofes a maior

parte dos teacutecnicos entrevistados referiu que um dos fatores relacionados com a sua falta de

preparaccedilatildeo para trabalhar em situaccedilotildees de cataacutestrofe bem como as dificuldades encontradas

no terreno deve-se particularmente agrave falta de formaccedilatildeo nesta aacuterea todos os teacutecnicos que sejam

chamados para intervir nestas situaccedilotildees devem gozar de formaccedilatildeo nesta aacuterea nas duas

situaccedilotildees de cataacutestrofe ocorridas na Ilha Terceira foram acionados teacutecnicos para intervir que

natildeo gozavam de qualquer tipo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes neste

sentido haacute que sensibilizar as chefias para estas questotildees possuir recursos humanos

preparados melhor seraacute a qualidade das suas respostas A falta de formaccedilatildeo dos recursos

humanos ou inclusivamente a inadequaccedilatildeo dos mesmos pode levar a que um pequeno

sinistro se possa tornar numa enorme cataacutestrofe

Na linha de pensamento de Golan (1978) as situaccedilotildees de crise exigem a intervenccedilatildeo

de teacutecnicos especializados nomeadamente de assistentes sociais A cataacutestrofe natural pela sua

magnitude e imprevisibilidade eacute considerada uma crise que necessita de intervenccedilatildeo

especializada na maioria das vezes

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As situaccedilotildees de crise aleacutem de exigirem teacutecnicos especializados exigem tambeacutem que

os teacutecnicos sejam conhecedores da comunidade onde estatildeo inseridos de forma a poder efetuar

a caracterizaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis na comunidade pelo que a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees

de crise deve ser desenvolvida preferencialmente por um teacutecnico com relaccedilotildees jaacute

estabelecidas na comunidade

Nesta preceptiva eacute extremamente necessaacuterio que em situaccedilotildees de cataacutestrofe os

assistentes sociais que integram as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam qual o papel

que cada instituiccedilatildeo desempenha no terreno e quais os recursos que disponibilizam neste tipo

de situaccedilotildees Para isso eacute necessaacuterio que sejam conhecedores do PME do concelho bem como

de alguma legislaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil pelo que a participaccedilatildeo em simulacros

pode ser uma forma de colmatar este tipo de situaccedilotildees todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME devem ser convidadas a participar em simulacros a realizaccedilatildeo de simulacros natildeo se

deve cingir somente a algumas instituiccedilotildees pois em situaccedilatildeo de cataacutestrofe qualquer uma

instituiccedilatildeo pode ser acionada para intervir

Apoacutes a cataacutestrofe na fase considerada poacutes-critica a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

pretende por um lado promover a recuperaccedilatildeo da comunidade a curto e meacutedio prazo atraveacutes

da reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos essenciais da reconstruccedilatildeo do tecido social nomeadamente

sistemas de saneamento eletricidade comunicaccedilotildees serviccedilos de sauacutede por outro lado poderaacute

o assistente social neste momento centrar-se no trabalho de recuperaccedilatildeo psicoloacutegica social e

econoacutemica dos indiviacuteduos

No campo especiacutefico da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe a

meta principal eacute ajudar a pessoa a recuperar o niacutevel de vida que possuiacutea antes do evento

desencadeante da crise

A relaccedilatildeo de ajuda eacute um dos instrumentos fundamentais para uma intervenccedilatildeo eficaz

em situaccedilotildees de crise esta soacute eacute possiacutevel se estabelecer uma relaccedilatildeo de confianccedila Podemos

definir esta relaccedilatildeo como uma troca de conhecimento e influecircncia muacutetua onde o assistente

social tem que estar disponiacutevel e ter curiosidade de descobrir a sua pessoa os seus desejos as

suas ambiccedilotildees e os seus obstaacuteculos Para tal o assistente social tem que recorrer agrave escuta agrave

observaccedilatildeo fazer perguntas pertinentes onde o utente exprime os seus interesses que vai

facilitar a sua capacidade de exprimir e melhorar a comunicaccedilatildeo entre os dois

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Em situaccedilotildees de cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de ajuda eacute uma

abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de sucesso junto das

viacutetimas

Deste estudo surgem algumas propostas tais como

- A intervenccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilotildees de cataacutestrofe deve seguir o modelo de

anaacutelise referente agraves etapas da intervenccedilatildeo psicossocial

-A elaboraccedilatildeo do PME bem como as leis em mateacuteria de proteccedilatildeo civil devem contar

com a participaccedilatildeo dos assistentes sociais pois o contributo oferecido pelo Serviccedilo Social

seraacute uma mais-valia

- Introduzir no plano de estudos do curso de Serviccedilo Social uma disciplina ou um

moacutedulo acerca desta temaacutetica considerando que as situaccedilotildees de cataacutestrofe cada vez mais

suscetiacuteveis de acontecer precisam de teacutecnicos com conhecimentos nesta aacuterea

- Uma outra proposta seria a construccedilatildeo de um manual de procedimentos numa visatildeo

mais alargada e mais abrangente da intervenccedilatildeo social aplicaacutevel agraves diferentes situaccedilotildees

possiacuteveis agrave semelhanccedila dos procedimentos protocolos e planos de accedilatildeo jaacute determinados e

preacute-estabelecidos pelos diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

-Apenas devem intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe teacutecnicos que tenham formaccedilatildeo

nesta aacuterea pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo de sucesso

Tendo em conta que uma boa preparaccedilatildeo envolve um certo grau de atividade

educacional e formativa e um conhecimento vaacutelido e empiacuterico baseado em conhecimento

social e cientiacutefico satildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees neste sentido O contributo acadeacutemico e

cientiacutefico de investigaccedilotildees centradas na preparaccedilatildeo aos desastres natildeo deve apenas limitar ndash se

a algumas aacutereas como eacute o caso da Psicologia e Proteccedilatildeo Civil devendo expandir-se por outras

aacutereas nomeadamente pela aacuterea do Serviccedilo Social para que de forma articulada e coordenada

possam combinar esforccedilos para uma resposta agrave crise cada vez mais estruturada sistemaacutetica e

eficaz suscetiacutevel de reduzir impactos e minimizar consequecircncias quer em termos materiais

quer em termos psicoloacutegicos e sociais

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Para garantir uma resposta operacional adequada e eficaz perante as situaccedilotildees de

cataacutestrofe haacute que apostar numa fase de preacute-preparaccedilatildeo que contemple o planeamento e a

prevenccedilatildeo o treino contiacutenuo de equipas a educaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo acerca dos riscos planos

e treinos de simulaccedilotildees de situaccedilotildees reais no sentido de corrigir inadequaccedilotildees e reforccedilar o

que estaacute adequado e eficiente O planeamento da resposta aos desastres eacute essencial para uma

adequada recuperaccedilatildeo da crise minimizando a disrupccedilatildeo do funcionamento de toda uma

sociedade uma comunidade ou um indiviacuteduo

Assim a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe natildeo deve reduzir

ndash se apenas ao levantamento de necessidades e ao assegurar as necessidades baacutesicas de

subsistecircncia e articulaccedilatildeo com outras entidades Deve ainda desempenhar um papel mais proacute-

ativo centrando a sua accedilatildeo natildeo soacute na fase de emergecircncia e poacutes emergecircncia mas tambeacutem

particularmente na fase da preacute emergecircncia pois qualquer cataacutestrofe eacute possiacutevel de acontecer

mais cedo ou mais tarde aconteceraacute por isso temos que estar prevenidos

Em Portugal a investigaccedilatildeo na aacuterea da emergecircncia em situaccedilotildees de cataacutestrofe eacute

urgente e prioritaacuteria Poreacutem a literatura relativa agrave intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees

de cataacutestrofe eacute escassa ou praticamente inexistente no nosso paiacutes o que leva a considerar que

sejam desenvolvidas mais investigaccedilotildees nesta aacuterea neste sentido torna-se imprescindiacutevel criar

um instrumento que indique em que medida os diferentes intervenientes da resposta agrave crise

estatildeo preparados para gerir toda uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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de Emergecircnciardquo

Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2013)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

89

F - Webgrafia

Centro Regional de Informaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Instituto Nacional de Estatiacutestica (2014) acedido a 27 de Abril de 2014

Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2015) acedido a 2 Maio de 2015

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

I

Apecircndices

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

II

Apecircndice I

(Guiatildeo de Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

III

Guiatildeo de Entrevista Coordenadora Do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra

Heroiacutesmo

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave Seguranccedila Social no

acircmbito do plano de emergecircncia municipal

2-Quantos teacutecnicos (Assistentes Sociais Psicoacutelogos Socioacutelogos Educadores Sociaishellip)

trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

a)1 a 10

b)11 a 20

c)21 a 30

d)Mais de 30

3-Para situaccedilotildees de cataacutestrofe a Seguranccedila Social tem formada alguma equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial ou equipa de intervenccedilatildeo em crise (Se natildeo existe nenhuma equipa formada

passar para a questatildeo nordm 4)

Sim Natildeo

31-Se sim esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

IV

32-Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a(Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Educadores Socias nordm

f)Outro Qual

33-Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

34-Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

35 - Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

36- A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

V

37- Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

38-Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 3 anos

39 ndash Quantos teacutecnicos participaram

a)1 a 3

b)4 a 7

b)8 a 11

c)Mais de 11

4- Se natildeo existe nenhuma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial formada na sua opiniatildeo natildeo

seria uacutetil formar uma equipa para estas situaccedilotildees Visto que vivemos numa zona de risco

Sim Natildeo

41 ndash Se sim Quais os motivos porque nunca foi criada uma equipa para intervir neste tipo

de situaccedilotildees

a) A proteccedilatildeo civil jaacute dispotildee de uma equipa para intervir neste tipo de situaccedilotildees

b) Falta de recursos humanos

c) Nunca houve necessidade de criar este tipo de equipa

d) Outras Qual

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

VI

42 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

43 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

44- Se sim esta equipa foi composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

45- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

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46- Que funccedilotildees desempenharam

47ndash Estes teacutecnicos tinham formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

VII

48ndash Alguma vez tinham participado nalgum simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

5 - Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa da Seguranccedila Social na

elaboraccedilatildeo do plano de emergecircncia

Sim Natildeo

6 - Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel da Seguranccedila Social

7- Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

8-Considera que o sector que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe no

seu acircmbito proacuteprio

Sim Natildeo

81- Se natildeo o que poderia ser feito para ultrapassar esta situaccedilatildeo

9- No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave populaccedilatildeo do Porto-

Judeu

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de informaccedilatildeo

d)Natildeo existecircncia de equipas formadas para intervir neste tipo de situaccedilotildees

e)Pouca experiencia neste tipo de intervenccedilatildeo

f)Formar equipa (s) em poucas horas

g)Teacutecnicos pouco preparados para intervir neste tipo de situaccedilatildeo

h)Recolha de informaccedilatildeo

i)Dificuldades de acesso agrave populaccedilatildeo

J)Funccedilotildees pouco claras

l)Outras Quais

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Administraccedilatildeo

VIII

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10-Na sequecircncias das enxurradas do Porto Judeu Agualva foram feitas algumas propostas

pelo ISSA ao Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

Se sim quais

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11- Perante as enxurradas que ocorrerem aqui na ilha foram criadas algumas respostas

perante estas situaccedilotildees

Sim Natildeo

Se sim diga quais

a)Linha de emergecircncia social

b)Centros de acolhimento

c)Base dados

d)Criaccedilatildeo de grelhas de identificaccedilatildeo

e)Outra Quais

12-Nas duas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na ilha o ISSA solicitou

colaboraccedilatildeo agrave sua rede de parceiros

Sim Natildeo

Se sim que tipo de colaboraccedilatildeo foi solicitada

a)Recursos Humanos

b)Recursos materiais (vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores calccedilado camas colchotildees hellip)

c)Alojamento

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Administraccedilatildeo

IX

d)Apoio Financeiro

e)Viaturas

f)Outra Qual

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Administraccedilatildeo

X

Guiatildeo de Entrevista Teacutecnicos Sociais

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Conhece o plano de emergecircncia municipal

Sim Natildeo

11 - Se sim quais as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo confiadas agrave sua instituiccedilatildeo no

plano de emergecircncia municipal

2-A sua instituiccedilatildeo faz parte do Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

3-Neste momento Integra alguma equipa de apoio psicossocial para intervir ir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

4-Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

41- Se sim haacute quanto tempo foi ministrada essa formaccedilatildeo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XI

42-Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma melhoria da sua

praacutetica profissional

Sim Natildeo

421 - Se sim em que medida

5-Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

51 - Se sim haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

6-A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a adotar em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

61-Se natildeo pensa que estes poderiam ser uma mais-valia para a instituiccedilatildeo caso ocorra uma

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

611- Se sim em que medida

a)Mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta

b)Melhor organizaccedilatildeo na resposta

c)Melhor coordenaccedilatildeo

d)Outras Quais

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XII

7-Enquanto Assistente Social alguma vez teve de intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe efetiva

Sim Natildeo

71- Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

72 - Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz respeito

agrave sua praacutetica profissional

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)Dificuldade em gerir as emoccedilotildees

e)Nunca ter participado num simulacro

f)Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

g)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

h)Falta de comunicaccedilatildeo

i)Depara-me com a situaccedilatildeo e natildeo saber o que fazer

j)Dificuldades em trabalhar em equipa

l)Dificuldade em identificar as equipas que estatildeo no terreno

m)Outras Quais

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8-Nas enxurradas do Porto-Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por parte da sua

Instituiccedilatildeo

Sim Natildeo

81 - Se sim qual foi a intervenccedilatildeo efetuada pela sua instituiccedilatildeo

a) Apoio Alimentar

b)Apoio Vestuaacuterio

c)Apoio psicoloacutegico

d)Apoio Habitaccedilatildeo alojamento

e)Apoio ao niacutevel da Sauacutede

f)Outro Qual

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XIII

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9 ndash Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Socais estatildeo preparados para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

91 - Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de formaccedilatildeo

b)Falta de informaccedilatildeo

c)Desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

d)Entidade Patronal desvaloriza esta aacuterea de intervenccedilatildeo

e)Natildeo participaccedilatildeo em simulacros

f)Outros Quais

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10- De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Sim Natildeo

101 ndash Caso natildeo concorde que alteraccedilatildeo proponha a este modelo

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XIV

Guiatildeo de Entrevista - Presidente Camara Municipal Angra Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais

e de Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor

Antoacutenio Amaro encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma a

poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu foi acionado o plano de emergecircncia que esta

aprovado

Sim Natildeo

Se natildeo Porquecirc

2-Qual foi a resposta concreta da Cacircmara agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto Judeu

Agualva

3-Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva quais foram as maiores dificuldades com

que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de comunicaccedilatildeo

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de equipamentos (maquinas)

e)Os Recursos humanos natildeo se encontram preparados para trabalhar neste contexto

f)Trabalho Voluntaacuterio

g)Trabalhar sobre pressatildeo

h)As Instituiccedilotildees natildeo se encontram preparadas para trabalhar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XV

i)Outras Quais

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4-Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das Instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Sim Natildeo

Se natildeo qual o motivo

5-Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na

resposta a dar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim indique quais

6-Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees que fazem parte do plano de

emergecircncia na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Sim Natildeo

Se sim quantas instituiccedilotildees estiveram presentes

a)1 a 10

b)11a 20

c) Mais de 20

Este tipo de formaccedilatildeo eacute ministrada com que periodicidade

a)Anualmente

b)Bianualmente

c)Mais de 3 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVI

7-Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

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E com que periodicidade

a) Anual

b) Bianual

c) Outra Qual

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8-Satildeo realizados simulacros

Sim Natildeo

Se sim com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Trianual

d)Outra Qual

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVII

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9-Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim em que medida

10-Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao plano de

emergecircncia e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim quais

11-No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder a

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim esta verba destina-se agrave

a)Prevenccedilatildeo

b)Planeamento

c)Reabilitaccedilatildeo

d)Outra Qual

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12-O Departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara desenvolve algum programa para fazer

face as situaccedilotildees de cataacutestrofes naturais

Sim Natildeo

Se sim que tipo de programa eacute desenvolvido

13- Ao niacutevel do departamento da Accedilatildeo Social que tipo de intervenccedilatildeo foi desenvolvida

na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XVIII

Guiatildeo de Entrevista Responsaacutevel do SRPCBA

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para atuar em

situaccedilotildees de cataacutestrofes (Se natildeo existe passar para questatildeo nordm2)

Sim Natildeo

11 - Se sim esta eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

12- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XIX

13 - Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

14- Se natildeo qual o motivo porque nunca foi ministrada formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos da

Equipa

a) Falta de recursos financeiros

b) Natildeo se justifica ministrar formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos face ao nuacutemero de situaccedilotildees de

cataacutestrofe ocorridas na Ilha

c) Outra Qual

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15 ndash Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

16 ndash Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

161 ndash Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XX

2-Se natildeo porque nunca foi criada uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

a)Natildeo se justifica a criaccedilatildeo de uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

b)O ISSA jaacute tem uma equipa formada para atuar nestas situaccedilotildees

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de coordenaccedilatildeo entre os serviccedilos

e)Outra Qual

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21 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

22 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

3- Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

31 -Se sim em que medida

4-Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

41 ndash Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu que meios foram disponibilizados

5- Apoacutes estas enxurradas sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

6- A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXI

61- Se sim com que periodicidade satildeo realizados os simulacros

a) Anual

b)Bianual

d) Mais de 2 anos

7- Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

71 - Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

72- E com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Outra Qual

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

8-Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXII

81-Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)A natildeo participaccedilatildeo em simulacros

e)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

f)Falta de comunicaccedilatildeo

g)Dificuldades em trabalhar em equipa

h)Dificuldade em identificar as equipa que estatildeo no terreno

i)Outras Quais

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIII

Apecircndice II

(Transcriccedilatildeo das Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIV

Entrevista Semidirigida - Assistente Social

Entrevista nordm 1

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

natildeo sei quais as funccedilotildees e tarefas que estatildeo atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir nomeadamente na aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo e novos

conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXV

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Estive no local mas natildeo intervim poreacutem nas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe que

existiram aqui na ilha demos apoio em geacuteneros alimentares agraves famiacutelias que ficaram

desalojadas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado Do pouco tempo que estive presente pois apenas fomos levar alguma

alimentaccedilatildeo as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo falta

de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute faacutecil

dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram minimamente preparados para intervir

neste tipo de situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo deve-se a falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e a

natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 2

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVI

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

nem sei quais satildeo as funccedilotildees que nos estatildeo atribuiacutedas no acircmbito do PME

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta permite com que nos Assistentes Sociais fiquem melhor preparados

para agir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a formaccedilatildeo leva tambeacutem agrave aquisiccedilatildeo de mais e novos

conhecimentos nesta aacuterea

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Nunca tive de intervir diretamente em nenhuma situaccedilatildeo de cataacutestrofe a nossa

Instituiccedilatildeo deu apoio em alguns geacuteneros alimentares

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVII

Entrevistado as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute

faacutecil dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno e natildeo ter funccedilotildees e tarefas

atribuiacutedas

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo aplica-se a falta de formaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em

simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo este modelo jaacute bem definido

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 3

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta pode melhorar a nossa formaccedilatildeo base com a formaccedilatildeo deixamos de

agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de uma forma mais racional

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo participei ainda em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim intervim na situaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu e Flores

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado as funccedilotildees desempenhadas foram acalmar as pessoas apoiar o Presidente da

Cacircmara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos levantamento das necessidades a

niacutevel habitacional e estaacutevamos tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacutelias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado as maiores dificuldades foram falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as

emoccedilotildees ateacute ao momento nunca ter participado em nenhum simulacro para mim a

participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do acontecimento facilita em

muito a nossa intervenccedilatildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIX

Outra das dificuldades encontradas no terreno foi o facto de ir para lugares perigosos onde

existe alguma falta de seguranccedila

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo estaacute associada agrave falta de formaccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo das vezes que intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca tive um

modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas situaccedilotildees que intervim passei algumas

destas fases

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 4

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas os procedimentos encontram-se a ser alterados

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXX

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado) sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim na medida em que podemos aprofundar novos conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo

desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo bem como formaccedilatildeo acadeacutemica deveria ter um

moacutedulo que estivesse relacionado com esta temaacutetica

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXI

Entrevistado sim concordo ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 5

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a formaccedilatildeo leva a aquisiccedilatildeo de um maior conhecimento na aacuterea

e ao mesmo tempo serve de complemento agrave formaccedilatildeo acadeacutemica

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim o ultimo simulacro que frequentei foi haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim dispotildee

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado(a) jaacute desempenhei funccedilotildees em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda a fazer trabalho de back office

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado como lhe disse jaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda e fazer trabalho de back office as maiores dificuldades com que

me deparei foram essencialmente falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com falta de formaccedilatildeo e natildeo

participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 6

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIII

Entrevistado natildeo conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim faz parte no contexto da minha atividade profissional nunca foi

partilhado o conteuacutedo do PME nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado sim esta formaccedilatildeo foi ministrada haacute menos de um ano

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a intervenccedilatildeo em cenaacuterios de crise emergecircncia e cataacutestrofe e

marcada pela especificidade diferenciando-se das intervenccedilotildees quotidianas Possui objetivos

propoacutesitos setting de accedilatildeo e teacutecnicas de intervenccedilatildeo particulares que requerem um

complemento da formaccedilatildeo de base sob pena de as intervenccedilotildees poderem ser contra

producentes No meu caso particular a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no que agraves questotildees do

stress traumaacutetico diz respeito

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo nunca participei

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado) natildeo estes podiam melhorar a eficaacutecia e a eficiecircncia da resposta melhorar a

organizaccedilatildeo da resposta e melhorar a coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIV

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 7

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim a instituiccedilatildeo faz parte do PME mas natildeo sei quais as tarefas e funccedilotildees

atribuiacutedas agrave instituiccedilatildeo neste acircmbito

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas

quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXV

Entrevistado sim a formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos fazer

na altura

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim jaacute participei mas haacute mais de 2 anos que estive presente num simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees desempenhadas na Agualva foram providenciar as refeiccedilotildees

no Porto Judeu assentaram no levantamento das necessidades imediatas retirada de uma idosa

de casa com os bombeiros a idosa estava isolada

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo as coisas melhoraram bastante intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos

intervindo na realidade

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico apoio pontual na altura da crise

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os psicoacutelogos encontram-se preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe contudo podemos natildeo dar todas as respostas necessaacuterias

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVI

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 8

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado Natildeo sei responder a essa questatildeo natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados conforme a nossa disponibilidade

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo tirei a formaccedilatildeo haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim a formaccedilatildeo adequa os procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo agraves

necessidades daquele momento

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei num simulacro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVII

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim Na Agualva providenciei refeiccedilotildees no Porto Judeu levantamento de

danos e de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros

e proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isolado outra das funccedilotildees desempenhadas foi a

articulaccedilatildeo com outras entidades Em Angra as funccedilotildees foram essencialmente ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo no caso da Agualva confrontei-me com a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis natildeo

estavam definidos de quem estava a intervir natildeo havia nada preparado para este tipo de

situaccedilotildees natildeo havia documentos intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas

as coisas melhoraram bastante

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar na Casa do Povo e apoio ao niacutevel da sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

natildeo participaccedilatildeo em simulacros os papeis natildeo estatildeo definidos a equipa jaacute deveria estar

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVIII

formada e natildeo deveria ser formada na hora natildeo deve ser no hora do acontecimento que nos

dizem para ir para o terreno

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 9

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim como entidade de primeira linha temos que estar disponiacuteveis para

situaccedilotildees de crise e cataacutestrofe

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada os teacutecnicos satildeo chamados conforme

a nossa disponibilidade contudo existe uma equipa para a ilha das Flores e Corvo

A Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca foi formada quando

acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSA

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar haacute quanto tempo foi ministrada

essa formaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIX

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

como identificar as fases mais agudas encaminhamentos como que entidades a envolver no

encaminhamento das situaccedilotildees

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute participei mas natildeo me recordo quando foi

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo dispotildee mas estes poderiam ser uma mais-valia nomeadamente na eficaacutecia

e eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo na resposta e melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram em fornecer os primeiros socorros psicoloacutegicos

levantamento de danos articulaccedilatildeo com outras entidades acompanhamento poacutes cataacutestrofe a

niacutevel psicoloacutegico os casos satildeo encaminhados para a sauacutede ou seja Centro de Sauacutede ou

Hospital

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo dificuldade

em gerir as emoccedilotildees inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe falta de comunicaccedilatildeo e dificuldades em identificar as equipas que

estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede a intervenccedilatildeo

foi sempre feita em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XL

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Psicoacutelogos natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves

famiacutelias ser termos formaccedilatildeo especiacutefica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para

adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 10

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei quais as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea jaacute fiz esta formaccedilatildeo haacute mais de dois anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas a formaccedilatildeo eacute uma boa

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XLI

ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta muitas vezes podemos provocar ainda

mais o caos

Se jaacute tiveacutessemos a equipa formada era mais faacutecil intervir no que concerne agrave formaccedilatildeo soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para frequentarmos o niacutevel II e

III mas natildeo foi aceite

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sabe

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as nossas funccedilotildees foi essencialmente o levantamento de danos e

necessidades articulaccedilatildeo com outras entidades a fim de angariarmos bens necessaacuterios

fizemos equipa com o serviccedilo da habitaccedilatildeo fizemos atendimento direto agraves pessoas poacutes

cataacutestrofe as famiacutelias que jaacute eram acompanhadas pelas teacutecnicas do ISSA foram encaminhadas

para as teacutecnicas das freguesias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo informaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo nunca ter participado em nenhum simulacro

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLII

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida - Ciecircncias Sociais

Entrevista nordm 11

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha neste

acircmbito

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada mas quando acontece alguma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe somos chamados consoante a disponibilidade o superior hieraacuterquico eacute quem

decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da equipa

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea soacute fiz o primeiro moacutedulo jaacute fiz essa formaccedilatildeo haacute 2

anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

com a formaccedilatildeo estamos melhor organizados sabemos como devemos agir na Agualva natildeo

havia nada atualmente jaacute temos uma base de dados jaacute temos ferramentas de trabalho na

Agualva tivemos que construir tudo

Devia ter ido para o segundo moacutedulo mas natildeo foi possiacutevel de vez em quando deviacuteamos fazer

reciclagem se a equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervir

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim como funccedilotildees fiz um pouco de tudo como levantamento de danos e

necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Levamos aacutegua agraves pessoas isoladas levamos medicaccedilatildeo fizemos distribuiccedilatildeo de roupa e

alimentos

Estive na construccedilatildeo da base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo falta de

coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees nunca ter participado em simulacros

inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial deparar-me com a situaccedilatildeo e natildeo

saber o que fazer e dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XLIV

As tarefas foram atribuiacutedas no momento a niacutevel da sauacutede foi uma situaccedilatildeo mais complicada

ex pessoas que necessitavam de insulina natildeo tinham houve muita dificuldade em articular

com a aacuterea da sauacutede

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

O Assistente Social em si natildeo esta preparado para intervir temos que adquirir conhecimento

nesta aacuterea

Na Agualva natildeo tiacutenhamos roupa adequada neste momento jaacute temos na Agualva por exemplo

vestiacuteamos o vestuaacuterio uns dos outros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 12

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees satildeo intervir na aacuterea social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLV

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo o chefe de divisatildeo eacute quem sinaliza os teacutecnicos mas natildeo existe nenhuma

equipa formada

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois o chefe de divisatildeo natildeo estava na

altura e assumi o papel dela

A formaccedilatildeo eacute importante para capacitar os teacutecnicos para natildeo entrarem em pacircnico nestas

situaccedilotildees bem como gerir as situaccedilotildees de stress

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos foi a simulaccedilatildeo de um incendio no

aeroporto

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estes podem ser uma mais-valia no que concerne agrave melhoria da eficaacutecia e

eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo da resposta melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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XLVI

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe como a chefe de divisatildeo estava

ausente na altura tive que assumir a funccedilatildeo de coordenadora das equipas de Praia e Angra a

minha funccedilatildeo assentou principalmente na coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo inexistecircncia

de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir nestes tipo de situaccedilotildees e falta de comunicaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

A sauacutede pouco fez nos eacute que fizemos o papel deles tivemos que dar medicaccedilatildeo as pessoas

que necessitavam

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 13

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XLVII

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com os

realojamentos levantamento das necessidades baacutesicas e articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa somos chamados consoante as necessidades

da PC

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea frequentei os 3 moacutedulos mas jaacute tive esta formaccedilatildeo

haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e darmos uma resposta eficaz e

organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

levantamento de danos e necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Na situaccedilatildeo da Agualva havia bastantes teacutecnicos no terreno as pessoas foram bem atendidas

as respostas eram dadas agrave medidas que os problemas iam surgindo ou seja em tempo uacutetil as

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVIII

instalaccedilotildees onde se realizavam os atendimentos era boas nos atendimentos conseguiacuteamos

verificar o estado emocional das pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo Fomos

socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo esteve presente natildeo sabia o que

fazer agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo

exeacutercito que me levou a casa da senhora que era de difiacutecil acesso

A Falta de coordenaccedilatildeo entre os diversos eacute um constrangimento a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das

chefias superiores tem que ficar bem definida

A PC Bombeiros e Exercito cada um deve saber qual o seu papel para natildeo haver atropelos

deve haver uma definiccedilatildeo clara de papeacuteis

O ISSA deve ter um papel privilegiado no apoio psicossocial tem que haver respeito pelos

papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem clara

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XLIX

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 14

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com as medidas de

primeira linha medidas praacuteticas de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe e medidas de

articulaccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo temos equipa quando foi da situaccedilatildeo da Agualva tivemos que reunir

de urgecircncia natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia temos colegas que

tiveram formaccedilatildeo nesta aacuterea temos equipamento de cataacutestrofe como botas fatos

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo eacute adaptado em situaccedilatildeo

de emergecircncia

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea porem frequentei uma formaccedilatildeo da Cruz

Vermelha apenas uma manhatilde na aacuterea de metodologias de intervenccedilatildeo e participei numa

simulaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode sem duacutevida melhorar a nossa intervenccedilatildeo a formaccedilatildeo leva agrave

facilidade de operacionalizaccedilatildeo a formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

L

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe estive na aacuterea do atendimento

fizemos o levantamento de danos e necessidades reencaminhamos os casos para outras

instituiccedilotildees foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo

As funccedilotildees satildeo dadas na altura quando a equipa eacute reunida e ai satildeo formadas as sub-equipas

cada um tem que ter uma tarefa atribuiacuteda

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foi lidar com o

stress e a inexperiecircncia para mim foi muito complicado

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico alimentar vestuaacuterio alojamento e apoio ao niacutevel da

sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado(a) Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LI

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 15

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode ficamos melhor preparados para agir em situaccedilatildeo de crise e

emergecircncia

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

realojamento de pessoas e averiguar as situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LII

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram dificuldades

em trabalhar em equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Socioacutelogo

Entrevista nordm 16

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado(a) natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode a formaccedilatildeo eacute uma mais-valia no que diz respeito a adequar os

procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo as necessidades da nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo pode ser uma mais-valia na melhoria da eficaacutecia e eficiecircncia da resposta

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a)Nunca trabalhei em contexto de cataacutestrofe

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIV

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 17

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a)natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LV

Ainda natildeo temos programa especiacutefico face a esta situaccedilatildeo mas jaacute agimos nas chuvadas de dia

4 de Setembro 2015

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado Natildeo estive presente no Porto Judeu nas cheias de 4 de Setembro as funccedilotildees

foram feitas ao niacutevel do sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 18

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LVI

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nessa aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a) sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LVII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ao Presidente do SRPCBA

Entrevista nordm 19

Entrevistador A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para

atuar em situaccedilotildees de cataacutestrofes

Entrevistado A PC dispotildee de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se encontra

organizada jaacute fizemos 3 cursos niacutevel III e II a equipa natildeo se formou porque depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada posso dizer-lhe que assinamos um

protocolo com a ordem dos psicoacutelogos para formar uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores temos 50 teacutecnicos formados os cursos

normalmente tinham 12 teacutecnicos psicoacutelogos assistentes sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os psicoacutelogos vamos buscar ao

centro de sauacutede e os Assistentes Sociais ao ISSA

Entrevistador Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim todos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos 50 teacutecnicos formados

Entrevistador Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LVIII

Entrevistado Primeiro sempre a intervenccedilatildeo do socorro e salvamento as funccedilotildees passam

essencialmente pela aacuterea da habitaccedilatildeo

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado As equipas costumam participar em simulacros o ultimo simulacro no qual

participaram foi em Junho na Ilha de Satildeo Miguel ldquo

Entrevistador Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim acho importante o contributo das equipas neste tipo de situaccedilotildees em toda

a sua dimensatildeo na fase de recuperaccedilatildeo tem um papel preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e alimentaccedilatildeo

Entrevistador Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

Entrevistado Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes como

corpo de bombeiros PSP obras puacuteblicas

Temos tendas para desalojados mas neste momento usamos eacute os pavilhotildees existentes Na

Agualva natildeo estava caacute no Porto Judeu foi essencialmente o trabalho em rede usaram a casa

do povo foi aqui que fizemos tudo os desalojados foram realojados em casa de familiares

Entrevistador Apos estas enxurrada sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a

intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistador A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Entrevistado Sim realizamos simulacros anualmente as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

satildeo sempre chamadas para participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistador Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

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Administraccedilatildeo

LIX

Entrevistado sim realizamos os meios utilizados satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos proteccedilatildeo civil +65 onde realizamos accedilotildees nos lares da

Terceira o outro projeto chama-se clubes de proteccedilatildeo civil este projeto desenvolve-se ao

niacutevel das escolas estas accedilotildees satildeo feitas anualmente

Entrevistador Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Com formaccedilatildeo adequada penso que se encontram preparados posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positiva

Entrevista Semidirigida ndash Coordenadora do Nuacutecleo da Accedilatildeo Social

Entrevista nordm 20

Entrevistador Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave seguranccedila

social no acircmbito do PME

Entrevistado Num primeiro momento as funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades mais

emergentes assegurar as questotildees baacutesicas ou seja intervenccedilatildeo das necessidades baacutesicas de

subsistecircncia alimentar e habitaccedilatildeo exemplo uma famiacutelia ficou sem um fogatildeo tivemos que

arranjar um

Num segundo momento eacute feito o acompanhamento agraves famiacutelias e articulaccedilatildeo com outras

entidades

Entrevistador Quantos teacutecnicos trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

Entrevistado Mais de 30 teacutecnicos

Entrevistador Para situaccedilotildees de cataacutestrofe o ISSA tem formada alguma equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial

Entrevistado todos os teacutecnicos podem ser chamados em situaccedilatildeo de cataacutestrofe consoante o

grau da cataacutestrofe esta equipa natildeo tem um nome especiacutefico

Entrevistador Esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

Entrevistado mais de 11

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LX

Entrevistador Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos teacutecnicos

Entrevistado temos psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos Politica Social e

Educadores Sociais e Ciecircncias Sociais natildeo sei precisar o nuacutemero de teacutecnicos por aacuterea

Entrevistador Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado As funccedilotildees satildeo o levantamento das necessidades os psicoacutelogos tem uma

funccedilatildeo mais terapecircutica na Agualva houve muita intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a intervenccedilatildeo

foi feita em equipas de 2 1 psicoacutelogo e um assistente social

Entrevistador Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em cataacutestrofe

Entrevistado Nem todos os teacutecnicos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar ao certo o

nuacutemero de teacutecnicos formados mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi ministrada a estes teacutecnicos

entre 1 ano a 2 anos natildeo sei precisar ao certo

Entrevistador Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistado mais de 11 teacutecnicos

Entrevistador A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

Entrevistado entre 1 ano a 2 anos

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado Sim

Entrevistador Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

Entrevistado 6 meses a 1 ano

Entrevistador Quantos teacutecnicos participaram

Entrevistado Natildeo sei envolveram teacutecnicos de outras ilhas

Entrevistador Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa do ISSA na

elaboraccedilatildeo no PME

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Administraccedilatildeo

LXI

Entrevistado sim houve

Entrevistador Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel do ISSA

Entrevistado Natildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os recursos da comunidade aleacutem disso dispomos dos recursos

humanos (os teacutecnicos) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA neste momento dispotildee de

uma verba para situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistador Considera que o setor que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim estamos preparados para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca

sozinhos sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades e agentes de PC

Entrevistado Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Agualva

Entrevistado Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em permanecircncia no local imediato foram asseguradas as coisas

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do levantamento das

necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir noutras ilhas nas Flores uma famiacutelia ficou sem casa

neste caso o que fizemos foi alojar a idosa em casa de familiares

Entrevistador Nas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na Ilha o ISSA

solicitou a colaboraccedilatildeo da rede de parceiros

Entrevistado Em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio alimentaccedilatildeo e alojamento

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Administraccedilatildeo

LXII

Na Agualva tivemos a necessidade de criar um local para os recursos muitas instituiccedilotildees

foram para o local sem serem chamadas por exemplo a Caacuteritas os recursos mais solicitados

foram ao niacutevel de recursos materiais

Entrevistador No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave

populaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu

Entrevistado Na Agualva as maiores dificuldades foram as condiccedilotildees de trabalho estas

eram muito difiacuteceis havia muitos riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades

pois foi difiacutecil lidar com tanta destruiccedilatildeo

Entrevistador Na sequecircncia das enxurradas da Agualva Porto Judeu foram feitas algumas

propostas pelo ISSA ao PME

Entrevistado Natildeo sei natildeo era coordenadora da altura estive como teacutecnica no terreno

Entrevistador Perante as enxurradas que ocorreram aqui na ilha foram criadas algumas

respostas perante esta situaccedilatildeo

Entrevistado Na Agualva sim foram criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo o que

foi criado na Agualva tem servido para outras situaccedilotildees esta foi um marco pela gravidade da

situaccedilatildeo muitos instrumentos foram criados devido a esta situaccedilatildeo

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Angra Heroiacutesmo

Entrevista nordm 21

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacute

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto

Judeu

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute na altura

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu quais foram as maiores dificuldades com que

se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXIII

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado como lhe disse na altura das enxurradas do Porto-Judeu natildeo estava caacute mas sei

que as instituiccedilotildees fizeram um relatoacuterio

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Natildeo estava caacute As pessoas que estavam caacute na altura das enxurradas do Porto

Judeu jaacute ningueacutem natildeo se encontram na Cacircmara neste momento

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Sim damos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil dependendo das necessidades que os proacuteprios detetam na

formaccedilatildeo ministrada tiveram presentes 20 instituiccedilotildees

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado sim satildeo realizadas accedilotildees usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo

enviadas atraveacutes das faturas da aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas contudo

a PC eacute quem desenvolve mais esse papel esta faz sensibilizaccedilatildeo nas escolas

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado sim anualmente realizaacutemos um simulacro

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim acho importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial neste

tipo de situaccedilotildees relativamente a duas aacutereas levantamento de natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXIV

A accedilatildeo social desempenha um papel muito importante quer no encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas decisotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Entrevistado sim foram essas alteraccedilotildees foram de natureza orgacircnica o plano foi todo

reestruturado

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim temos uma verba para estas situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute necessaacuterio

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado sim temos a atuaccedilatildeo deles faz parte deles

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Natildeo sei

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Praia

Entrevista nordm 22

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Sim foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualva o comando do

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas da Agualva

Entrevistado Numa primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe

salvaguardando sempre a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das

pessoas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXV

Numa segunda fase ativaacutemos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as

estradas desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os

recursos adequados

Entramos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos ajudarem na

desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira

Procedemos agrave ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confeccionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de

apoio psicoloacutegico levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo

centraram-se todos os serviccedilos

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva quais foram as maiores dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

Entrevistado O principal problema foi as dificuldades de acessibilidade agrave residecircncia das

pessoas houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham um

buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila dos

bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa

O que estava no plano funcionou em pleno

A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de solidariedade

toda a gente contribuiu neste tipo de situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chave

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado Natildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da situaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo posso dizer-lhe que em menos de 30 dias jaacute tiacutenhamos todas as obras

adjudicadas

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Eacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo

e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees

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LXVI

O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito este plano foi uma mais-valia nesta

intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua execuccedilatildeo este foi muito discutido por

exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos existentes em cada Freguesia para

fazer face a este tipo de situaccedilotildees

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Natildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees tecircm participando nos

simulacros que fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados

duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado Sim temos os puacuteblicos-alvo tem sido crianccedilas jovens e idosos esta

sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet panfletos usamos muito os panfletos palestras os

nossos teacutecnicos dirigem-se as escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo

feitas duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado Sim duas vezes por ano

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Indiscutivelmente eles dispotildeem de competecircncias teacutecnicas e praticas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do apoio social eacute feita toda ela pelos teacutecnicos

sociais satildeo eles que elaboram os processos das famiacutelias aplicam os inqueacuteritos para saber

quais os danos sofridos pela famiacutelia articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees puacuteblicas providenciar

as refeiccedilotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

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Administraccedilatildeo

LXVII

Entrevistado Natildeo a forma como o plano foi feito determinou o sucesso da nossa accedilatildeo este

foi feito por teacutecnicos da Cacircmara e natildeo por uma empresa estes teacutecnicos conhecem a realidade

do nosso concelho a elaboraccedilatildeo do plano contou com a participaccedilatildeo das instituiccedilotildees que

fazem parte do PME as instituiccedilotildees sabem quais devem ser as suas funccedilotildees neste tipo de

situaccedilotildees face a esta situaccedilatildeo natildeo houve necessidade de proceder a nenhuma alteraccedilatildeo

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim a verba destina-se essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeo

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado Sim este departamento trabalha em conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil

por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas por os dois departamentos existe trabalho de

articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois departamentos

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Realojamento de pessoas inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas logiacutestica nas

refeiccedilotildees apoio na aacuterea humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico este departamento esteve ainda

envolvido nos programas de intervenccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo das habitaccedilotildees

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LXVIII

Apecircndice III

(Grelha Anaacutelise de Conteuacutedo das

Entrevistas)

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Anaacutelise de Conteuacutedo - Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de Conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Funccedilotildees e tarefas do ISSA no

acircmbito do PEM

ldquoAs funccedilotildees satildeo assegurar as

questotildees baacutesicas intervenccedilatildeo das

necessidades baacutesicas de subsistecircncia

alimentar e habitaccedilatildeo num primeiro

momento (hellip) num segundo

momento levantamento das

necessidades mais emergentes

articulaccedilatildeo com outras entidades e

acompanhamentordquo

Participaccedilatildeo do ISSA no PEM

ldquoSim tivemos alguma participaccedilatildeordquo

Propostas do ISSA ao PEM

ldquoNatildeo tenho conhecimento natildeo era

coordenadora na alturaldquo

Teacutecnicos Sociais

Nordm de teacutecnicos sociais que trabalham

na aacuterea social na ilha Terceira

ldquoAo certo natildeo sei dizer mas satildeo

mais de 30 teacutecnicosldquo

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da Equipa

ldquoTodos os teacutecnicos podem ser

chamados em situaccedilotildees de

cataacutestrofe o nuacutemero de teacutecnicos

depende do grau da cataacutestrofe esta

equipa natildeo tem um nome

especiacuteficordquo

ldquoA equipa eacute constituiacuteda por mais de

11 pessoas entre eles estatildeo teacutecnicos

de diversas aacutereas psicoacutelogos

Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e

Ciecircncias Sociaisrdquo

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LXX

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Funccedilotildees desempenhadas pelos

teacutecnicos na equipa

ldquoLevantamento das necessidades

Os Psicoacutelogos tecircm uma funccedilatildeo mais

terapecircutica na Agualva houve muita

intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a

intervenccedilatildeo foi feita em equipas de

2 um psicoacutelogo e um Assistente

Socialrdquo

Formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em

cataacutestrofe intervenccedilatildeo em Crise

ldquoNem todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar

ao certo o nordm de teacutecnicos formados

mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi

ministrada a estes teacutecnicos entre 1

ano a 2 anos natildeo sei precisar ao

certordquo-

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoSim a equipa costuma participar em

simulacros a ultima vez que

participaram em simulacros foi haacute

cerca de 6 meses a um ano natildeo sei

quantos teacutecnicos estiveram

envolvidos estiveram presentes

teacutecnicos de outras ilhasrdquo

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Resposta para fazer face a situaccedilotildees

de cataacutestrofe

ldquoNatildeo temos uma resposta especiacutefica

para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os

recursos da comunidade (hellip) um

rapaz que ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a

articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA

dispotildee de uma verba para situaccedilotildees

de cataacutestrofe e temos ainda a equipa

para intervir nestas situaccedilotildeesrdquo

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LXXI

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Preparaccedilatildeo do ISSA para fazer face

a situaccedilotildees da cataacutestrofe

ldquoSim estamos preparados para

responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe

nunca sozinhos mas sempre

trabalhando em articulaccedilatildeo com

outras entidades e agentes de

proteccedilatildeo civil ldquo

Intervenccedilatildeo realizada pelo ISSA na

Agualva e Porto Judeu

ldquoPorto Judeu e Angra natildeo satildeo

comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em

permanecircncia no local no imediato

foram asseguradas as coisas baacutesicas

sempre em articulaccedilatildeo com outras

entidades o nosso papel foi mais ao

niacutevel do acompanhamento

psicoloacutegico e levantamento de

danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a

intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir

nas outras ilhas nas flores uma

famiacutelia ficou sem casa neste caso o

que fizemos foi alojar a idosa na

casa de familiaresrdquo

Rede de parceiros

ldquoEm ambas as situaccedilotildees recorremos

agrave nossa rede de parceiros esta

colaboraccedilatildeo foi dada ao niacutevel de

vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores

alimentaccedilatildeo e alojamento (hellip) Na

Agualva tivemos a necessidade de

criar um local para os recursos

muitas instituiccedilotildees foram para o

local sem serem chamadas como por

ex a Caacuteritasrdquo

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LXXII

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Dificuldades sentidas no socorro agrave

Populaccedilatildeo

ldquoAs maiores dificuldades foram as

condiccedilotildees de trabalho estas eram

muito difiacuteceis havia muitos riscos

gerir as emoccedilotildees foi outra das

grandes dificuldades pois foi difiacutecil

lidar com tanta destruiccedilatildeordquo

Criaccedilatildeo de respostas perante a

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

ldquoNa Agualva sim foram criadas

base de dados e grelhas de

identificaccedilatildeo o que foi criado na

Agualva tem servido para outras

situaccedilotildees esta foi um marco pela

gravidade da situaccedilatildeo muitos dos

instrumentos foram criados devido a

esta situaccedilatildeordquo

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LXXIII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME no Porto

Judeu

ldquoNatildeo sei se foi acionado natildeo estava

caacuterdquo

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

ldquoNatildeo sei natildeo estava na Cacircmara

nessa alturardquo

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoComo lhe disse na altura das

enxurradas do Porto Judeu natildeo

estava caacute mas sei que as instituiccedilotildees

fizeram um relatoacuteriordquo

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo do Porto- Judeu

ldquoSim foram essas alteraccedilotildees foram

de natureza orgacircnica o plano foi

todo reestruturadordquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoNatildeo estava caacute As pessoas que

estavam caacute na altura das enxurradas

do Porto Judeu jaacute ningueacutem se

encontra na Cacircmara neste

momentordquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoSim damos formaccedilatildeo agraves

instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do

que eacute decido no conselho de

proteccedilatildeo civil dependendo das

necessidades que os proacuteprios

detectam na formaccedilatildeo ministrada

tiveram presentes mais de 20

instituiccedilotildeesrdquo

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LXXIV

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoSim satildeo realizadas acotildees usamos a

internet e panfletos semestralmente

satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de

sensibilizar as pessoas contudo a

proteccedilatildeo civil eacute quem desenvolve

mais este papel esta faz

sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo

Simulacros

Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim anualmente realizamos um

simulacrordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquoSim acho importante o trabalho das

equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

neste tipo de situaccedilotildees relativamente

a duas aacutereas levantamentos de

natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

A Acccedilatildeo Social desempenha um

papel muito importante quer no

encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas

decisotildeesrdquo

Orccedilamento camaraacuterio

Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim temos uma verba para estas

situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute

necessaacuteriordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoSim temos a atuaccedilatildeo deles faz

parte delesrdquo

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LXXV

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME na Agualva

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoSim foi instalado na Sociedade

Filarmoacutenica da Agualva o comando

do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo

Civilrdquo

ldquoNuma primeira fase foi feito do

diagnostico do impacto da cataacutestrofe

(hellip) Numa segunda fase ativamos o

plano de evacuaccedilatildeo (hellip)

Por uacuteltimo procedemos agrave ativaccedilatildeo

do serviccedilo de apoio social que se

instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confecionadas e

distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui

funcionava o gabinete de apoio

psicoloacutegico levantamento de perdas

acompanhamento a famiacuteliasrdquo

ldquoO principal problema foi as

dificuldades de acessibilidade agrave

residecircncia das pessoas (hellip) houve

situaccedilotildees que as pessoas natildeo

conseguiam sair de casa porque

tinham um buraco de 2m de

profundidade agrave sua porta outra

dificuldade foi garantir a seguranccedila

das pessoas que eram evacuadas de

casardquo

ldquoNatildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito

foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da

situaccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo posso dizer-

lhe que em menos de 30 dias jaacute

tiacutenhamos todas as obras

adjudicadasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVI

Plano de emergecircncia (cont)

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo da Agualva

ldquoNatildeo a forma como o plano foi

feito determinou o sucesso da nossa

accedilatildeo (hellip)rdquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoEacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo

houve a miacutenima dificuldade de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os

diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

e Instituiccedilotildees (hellip) por exemplo

nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os

recursos existentes em cada

Freguesia para fazer face a este tipo

de situaccedilotildeesrdquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as

instituiccedilotildees tem participado nos

simulacros que fazemos ou seja

acaba por ser uma formaccedilatildeo mas

natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram

presentes 11 a 20 Instituiccedilotildees os

simulacros satildeo realizados duas vezes

por anordquo

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoOs puacuteblicos-alvo tecircm sido crianccedilas

jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute

feita atraveacutes na internet panfletos

usamos muito

os panfletos palestras os nossos

teacutecnicos dirigem-se as escolas lares

para fazer as palestras todas estas

atividades satildeo feitas duas vezes por

anordquo

Simulacros Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim duas vezes por anordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquo(hellip)Eles dispotildeem de competecircncias

teacutecnicas e praticas para intervir neste

tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do

apoio social eacute feita toda ela pelos

teacutecnicos sociais satildeo eles que

elaboram os processos das famiacutelias

aplicam os inqueacuteritos para saber

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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LXXVII

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (cont)

quais os danos sofridos pela famiacutelia

Articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees

publicas (hellip)rdquo

Orccedilamento camaraacuterio Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim a verba destina-se

essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoRealojamento de pessoas

inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas

logiacutestica nas refeiccedilotildees apoio na aacuterea

humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico

(hellip)rdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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LXXVIII

Analise Conteuacutedo ndash Teacutecnicos Sociais

Categoria Subcategoria Analise Conteuacutedo

Plano de

Emergecircncia

Conhecimento do

plano de emergecircncia

- Sim (E3E4E5E12)

-Natildeo (E1E2E6E7E8E9E10E11E13E14E15E16E17E18)

A Instituiccedilatildeo integra

o Plano de

Emergecircncia

-Sim

(E1E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

Funccedilotildees e tarefas da

Instituiccedilatildeo no

acircmbito Plano de

Emergecircncia

ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo sabemos ao

certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo (E1E2)

ldquo Esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves funccedilotildees e

tarefas da instituiccedilatildeo no PEMrdquo (E3E4E5)

ldquo Natildeo sei nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel

que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto ldquo (E6)

ldquo Natildeo sei as funccedilotildees ldquo (E7 E8E10E11E15E16E17E18)

ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilatildeo de crise ldquo (E14 E9E12)

ldquo Articulaccedilatildeo com outras entidades ldquo (E13E14)

ldquo As funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo

com outras entidades e realojamentosrdquo (E13)

Equipas de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Integraccedilatildeo dos

teacutecnicos em equipas

de intervenccedilatildeo

psicossocial

- Natildeo (E1E2E6E7 E8E9E11E12E13E14E15E16E17E18)

- Sim (E3E4E5E10E11)

ldquo Esta equipa encontra-se tambeacutem em reestruturaccedilatildeo ldquo (E3E4E5)

ldquoA Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca

foi formada quando acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os

teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSArdquo (E9)

ldquo Natildeo existe equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas quando

acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas ldquo (E7)

ldquoNatildeo existe uma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8

E9E13E11)

ldquo A equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especificas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquo (E10)

ldquo O superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer

parte da equipa ldquo (E11E12)

ldquoQuando foi da Agualva tivemos que reunir de urgecircncia ldquo (E14)

ldquoSomos chamados consoante as necessidades da proteccedilatildeo civil ldquo (E13)

ldquo (hellip) Equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervirhelliprdquo (E11)

ldquo (hellip)natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircnciahellip

(E14)

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Administraccedilatildeo

LXXIX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Nordm de teacutecnicos com

formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional

Com formaccedilatildeo ndash (E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13)

Sem formaccedilatildeo ndash (E1E2E14E15E16E17E18)

ldquo Tirei esta formaccedilatildeo haacute menos de um anordquo (E5 E6)

ldquoJaacute tirei esta formaccedilatildeo haacute mais de 2 anosrdquo (E3E4E8E10E12E14)

ldquoTirei entre 1 ano a dois anosrdquo (E7E11E9 E13)

ldquoA formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas tirei o primeiro

moacutedulordquo (E7 E8E11)

Sim (E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

E16 E17 E18)

ldquo A formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de Novos conhecimentos ldquo

(E1E2E3E4E5E6)

ldquoCom formaccedilatildeo deixamos de agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de

forma mais racionalrdquo (E3)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante pois ensina-nos a gerir as situaccedilotildees de stressrdquo

(E12)

ldquo A formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos

fazer na altura ldquo (E7E10E12)

ldquoFicamos melhor preparados para agir em situaccedilotildees de crise ldquo

(E3E2E15)

ldquo No meu caso a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no

que agraves questotildees do stress traumaacutetico diz respeito ldquo (E6)

ldquo A formaccedilatildeo nesta aacuterea eacute um complemento agrave nossa formaccedilatildeo de base ldquo

(E5)

ldquo Adequar os procedimentos e nossa intervenccedilatildeo as necessidades

daquele momento ldquo (E8E16)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas

como as entidades a envolver no encaminhamento das situaccedilotildees ldquo (E9)

ldquo A formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir

sem esta muitas vezes podemos provocar ainda mais o caos (hellip) soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para

frequentarmos o niacutevel II e III mas natildeo foi aceite) ldquo (E10)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas na

Agualva natildeo tiacutenhamos nada atualmente jaacute temos ferramentas de

trabalho como uma base de dados (hellip) na Agualva tivemos que

construir tudo (hellip) se tiveacutessemos uma equipa formada era mais faacutecil

intervir (hellip) Gostava de ter frequentado o segundo moacutedulo mas natildeo foi

possiacutevel (hellip)rdquo (E11)

ldquoEm situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo

eacute adaptado em situaccedilatildeo de emergecircncia ldquo( E14)-

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e para

darmos uma resposta eficaz e organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeordquo

(E13E14)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (cont)

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional (cont)

ldquo A formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio agraves pessoasrdquo

(E17E18)

Simulacros

Participaccedilatildeo dos

Teacutecnicos em

simulacros

Natildeo participou ndash (E1E2E3E4E6E8E10E15E16E17E18)

Participou ndash (E5E7E9E13E14E11E12)

ldquoParticipei num simulacro haacute mais de 2 anos ldquo

(E5E7E9E13E14E11E12)

Normativos

Internos

As instituiccedilotildees

dispotildeem de

normativos internos

para situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim (E1 E2 E3E4E5E7E8E14)

Natildeo Sabe (E10 E11E13)

ldquoNatildeo dispondo a minha instituiccedilatildeo de normativos internos penso que

estes seriam uma mais-valia na medida em que iriam fazer com que

existisse mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta melhor organizaccedilatildeo na

resposta e melhor coordenaccedilatildeo na ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe ldquo (E6E9E12E15E16E17E18)

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

Participaccedilatildeo dos

teacutecnicos em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Funccedilotildees

desempenhadas

pelos teacutecnicos em

situaccedilatildeo efetiva de

cataacutestrofe

Sim ndash (E3 E5E7E8E9E10E11E12E13E14E15E17E18)

Natildeo ndash (E1E2E3E4E6E16)-

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe na ilha das Flores aqui

na Terceira estive na freguesia da Agualva e no Porto-Judeu nas 3

situaccedilotildees tiacutenhamos como funccedilatildeo acalmar as pessoas apoiar o presidente

da Camara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos

levantamento das necessidades a niacutevel habitacional e estaacutevamos

tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacuteliasrdquo (E3)

ldquoJaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no terreno

estava na retaguarda a fazer trabalho de back office ldquo (E5)

ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento de necessidades imediatas e

retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e proteccedilatildeo civil

que se encontrava num local isoladohelliprdquo (E8)

ldquo Levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras

entidadesrdquo (E9E10E11E13E14)

ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos

atendimento direto agraves pessoas ldquo (E10E14)

ldquoFizemos um pouco de tudo (hellip) levamos agua medicamentos roupa e

alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estive na construccedilatildeo de base de dados e

fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11)

ldquo A minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois a chefe de

divisatildeo natildeo estava na altura e assumi o papel dela ldquo (E12)

ldquoApoio Psicossocialrdquo (E7E13E9)

ldquo Fomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo

esteve presente natildeo sabia o que fazer as 22h00 andava a pedir seringas

e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave

casa da senhora que era de difiacutecil acesso ldquo (E13)

ldquo Averiguar as situaccedilotildees no terreno e realojar pessoas ldquo (E15 E17E18)

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LXXXI

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

(cont)

Dificuldades

Encontradas no

Terreno em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Tipo de intervenccedilatildeo

realizada

Falta de formaccedilatildeo (E1E2E5E7E8E10E11E15)

Falta de informaccedilatildeo ndash( E1E2E5E15)

Falta de coordenaccedilatildeo (E3E7E8E9E10E11E12E13E15)

Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (E10E9 E12)

Dificuldades em gerir as emoccedilotildees (E1E3E9 E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E9)

Natildeo ter participado num simulacro (E3E10E15E11)

Natildeo ter funccedilotildees atribuiacutedas (hellip) as funccedilotildees foram atribuiacutedas no terreno

(E1E11E14E15)

Dificuldades em identificar as equipas no terreno (E1E9E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E12)

Dificuldade em gerir as emoccedilotildees (E9)

ldquoDificuldades em trabalhar em equipa mas com outras entidadesrdquo

(E17E18)-

Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E4E6)

ldquo Outra das dificuldades no terreno eacute a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis

de quem esta a intervir natildeo estavam definidos (hellip) natildeo havia nada

preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na

Agualva pois e intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo

mas as coisas melhoraram bastante ldquo (E7E8)

ldquoPara mim as maiores dificuldades foram lidar com stress e com a

inexperiecircncia neste tipo de intervenccedilatildeo (hellip) a Caritas estava muito bem

organizadardquo (E14)

Apoio psicoloacutegico ndash (E7 E10E11E12E13E14)

Apoio Alimentar ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Vestuaacuterio ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Habitaccedilatildeo Alojamento ndash (E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14

E15 E16 E17 E18)

Apoio Sauacutede ndash (E8E9E10E11E12E14)

Preparaccedilatildeo dos

AS para trabalhar

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Fatores associados agrave

falta de preparaccedilatildeo

Natildeo - (E1E2E3E4E5E6E8E9E10E11E15E16E17E18)

Sim ndash (E7E12E13E14)

-Falta de Formaccedilatildeo (E2E3E8E9E10E11E15E16E17E18)

-Falta de participaccedilatildeo em simulacrosrdquo (E1E8E10)

-Falta de informaccedilatildeo (E6E10E11E15E16E17E18)

-Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E3 E6 E9 E11 E15 E16

E17 E18)

ldquoA participaccedilatildeo em simulacros eacute fulcral para o aperfeiccediloamento da

nossa praacutetica profissional ldquo (E5)

ldquo A falta de preparaccedilatildeo na minha opiniatildeo esta relacionada com todos os

itens que apresenta tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica

deveria contemplar um moacutedulo que falasse exatamente desta aacuterea pois

seria uma mais-valia pois assim a nossa intervenccedilatildeo seria muito mais

eficaz ldquo (E4)

ldquo (hellip) Em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias ser

termos formaccedilatildeo especifica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute

essencial para adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeordquo(E9)

ldquo A equipa jaacute devia estar formada natildeo devia ser formada na altura natildeo

deve ser na hora do acontecimento que nos diz vai para o terrenordquo (E8)

Modelo de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Fases do modelo

ldquoConcordo com o modelo e natildeo proponho nenhuma alteraccedilatildeo ao

modelordquo( E1

E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

ldquonunca tive um modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas

situaccedilotildees que intervim passei por algumas destas fasesrdquo(E3)

ldquo (hellip)Ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeordquo(E4)

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LXXXII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente do SRPCBA

Categoria Sub-categoria Analise Conteuacutedo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da equipa

Funccedilotildees da Equipa

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial

Preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

ldquoA PC dispotildee de uma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se

encontra organizada jaacute fizemos 3

cursos niacutevel 1 2 e 3 a equipa natildeo

se formou porque depende de vaacuterios

organismos devido a isto natildeo esta

organizada posso dizer-lhe que

assinamos um protocolo com a

ordem dos psicoacutelogos para formar

uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

temos 50 teacutecnicos formados os

cursos normalmente tinham 12

teacutecnicos psicoacutelogos Assistentes

Sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por

teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os

Psicoacutelogos vamos buscar ao Centro

de Sauacutede e os Assistentes Sociais ao

ISSrdquo

ldquoPrimeiro sempre a intervenccedilatildeo do

socorro e salvamento as funccedilotildees

passam essencialmente na aacuterea da

habitaccedilatildeordquo

ldquoSim acho importante o contributo

das equipas neste tipo de situaccedilotildees

em toda a sua dimensatildeo na fase da

recuperaccedilatildeo tem um papel

preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e

alimentaccedilatildeordquo

ldquoCom formaccedilatildeo adequada penso

que se encontram preparados posso

dizer-lhe que na uacuteltima situaccedilatildeo de

cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos

foi bastante positivardquo

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LXXXIII

Formaccedilatildeo

Nordm de teacutecnicos com formaccedilatildeo

ldquoSim todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos

50 teacutecnicos formadosrdquo

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoAs equipas costumam participar em

simulacros o ultimo simulacro no

qual participaram foi em Junho na

Ilha de Satildeo Miguel ldquo Touro

152rdquo(hellip)rdquo

Proteccedilatildeo Civil Ilha Terceira

Meios disponibilizados pela PC em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Organizaccedilatildeo da intervenccedilatildeo em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Realizaccedilatildeo de Simulacros

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

ldquoCorpo de bombeiros

PSP

Obras Publicas

Tendas para desalojados

Pavilhotildees

Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo

Na Agualva natildeo estava caacute no Porto

Judeu foi essencialmente o trabalho

em rede usaram a casa do povo foi

aqui que fizeram tudo os

desalojados foram realojados em

casa dos familiaresrdquo

ldquoApoacutes as enxurradas do Porto Judeu

natildeo houve a necessidade de

reorganizar e estruturar a nossa

intervenccedilatildeordquo

ldquoRealizamos simulacros anualmente

as equipas de intervenccedilatildeo

psicossocial satildeo sempre chamadas

para a participaccedilatildeo em simulacrosrdquo

ldquoSim realizamos os meios utilizados

satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos

proteccedilatildeo civil + de 65 onde

realizamos accediloes nos lares de

terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de proteccedilatildeo civil

este projeto desenvolve-se a niacutevel

das escolas estas accediloes satildeo feitas

anualmenterdquo

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LXXXIV

Apecircndice nordm 4

(Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em

Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe)

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LXXXV

Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

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LXXXVI

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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2

Agradecimentos

Agradecerhellipmostrar gratidatildeo porhellipconfessar-se gratohellip

Num trabalho de iacutendole acadeacutemico o esforccedilo e a perspicaacutecia satildeo fatores favoraacuteveis agrave

concretizaccedilatildeo do mesmo

Por isso natildeo posso menosprezar nem deixar de agradecer a todos aqueles que direta

ou indiretamente contribuiacuteram para a sua concretizaccedilatildeo

Agrave invasatildeo de uma vontade de retribuir a todos os que me ensinaram ajudaram e

apoiaram eacute gigantesca Assim desejo expressar os meus mais sinceros agradecimentos

Ao Professor Doutor Antoacutenio Amaro todo o apoio e disponibilidade que me

concedeu bem como as sugestotildees dadas em cada orientaccedilatildeo as suas criacuteticas construtivas que

em muito me ajudaram a refletir tornando realizaacuteveis os primeiros passos de uma longa

caminhada na busca de um sonho

Agrave Caacuteritas da Ilha Terceira especialmente agrave minha Coordenadora Diana Costa que

muitas vezes ficou sobrecarregada de trabalho soacute assim foi possiacutevel deslocar ndash me a Lisboa

Aos Teacutecnicos Sociais Presidentes de Cacircmara Coordenadora do ISSA do Nuacutecleo de

Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo Presidente do SRPCBA (Serviccedilo de Proteccedilatildeo Civil dos

Accedilores) e Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo

obrigada por terem tornado esta investigaccedilatildeo possiacutevel

Aos meus colegas de Mestrado especialmente ao Joatildeo Cordeiro agradeccedilo o amparo e

a forccedila nesta partilha de anguacutestias e preocupaccedilotildees

A concretizaccedilatildeo deste sonho deve-se tambeacutem a uma pessoa muito especial agrave minha

madrinha Ana Maria a ldquopensatildeo estrelinhardquo estava sempre pronta para me receber mesmo nos

momentos mais difiacuteceis quando aquele sarcoma maldito assolou as nossas vidas

Agradeccedilo agrave minha famiacutelia e amigos pela forccedila e apoio incondicional que sempre me

deram natildeo soacute neste ano bem como nos anteriores

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3

Arlindo Brito companheiro de longa data obrigada por acreditares em mim todas as

vitoacuterias que alcanccedilo satildeo por isso tambeacutem tuas obrigada por tudo a concretizaccedilatildeo de mais um

sonho natildeo seria possiacutevel sem a tua ajuda

Agrave famiacutelia agrave amizade agrave cumplicidadehellip

A todos muito obrigada

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4

Resumo

Com os novos desafios emergentes surgem novos riscos que levam cada vez mais ao

confronto com acontecimentos traacutegicos que pela sua natureza e magnitude afetam a nossa

forma de viver o presente e pensar o futuro Muito embora na lei de bases da Autoridade

Nacional da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm27 de 2006 natildeo seja aprofundado o papel e a importacircncia

da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe dando-se uma maior importacircncia

agraves questotildees do socorro e salvamento natildeo podemos esquecer que aliada a esta vem a

intervenccedilatildeo social e neste sentido necessitamos cada vez mais especializar teacutecnicos nestas

aacutereas nomeadamente Assistentes Sociais pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo eficaz

e eficiente

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira a metodologia integrada

nesta investigaccedilatildeo utilizou instrumentos de cariz qualitativo pesquisa e anaacutelise documental

pesquisa bibliograacutefica e entrevistas estas foram agraves bases metodoloacutegicas fundamentais para

responder aos objetivos desta investigaccedilatildeo

Neste contexto foram aplicadas entrevistas aos teacutecnicos sociais que fazem parte das

instituiccedilotildees que compotildeem o PME (Plano Municipal de Emergecircncia) aos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria Presidente do SRPCBA (Serviccedilo Regional

Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros Accedilores) e agrave Coordenadora do Nuacutecleo Accedilatildeo Social de Angra do

Heroiacutesmo

Da anaacutelise dos resultados concluiu-se que a maior parte dos teacutecnicos entrevistados

natildeo possui formaccedilatildeo especiacutefica na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a Equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira natildeo se encontra organizada as funccedilotildees

desempenhadas pelos Assistentes Sociais em situaccedilotildees de cataacutestrofe incidem essencialmente

no levantamento de necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades as maiores dificuldades

encontradas no terreno pelos Assistentes Sociais em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe remetem agrave

falta de coordenaccedilatildeo falta de formaccedilatildeo e funccedilotildees natildeo atribuiacutedas

Palavras-chave Sociedade de Risco e Riscos Desastres e Cataacutestrofes Proteccedilatildeo

Civil e Serviccedilo Social

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

5

Abstract

With new challenges emerging new risks emerge they are leading increasingly to

confront with the tragic events which by their nature and magnitude affect the way we live

the present and think about the future Although the basic law of Civil Protection National

Authority 2006 Law nordm 27 is not in-depth the role and importance of Social Services

intervention in disaster situations giving a greater importance to issues of relief and rescue

we can not forget that this is combined with social intervention and in this sense we need to

increasingly specialize in these technical areas including Social Workers because only then

we can do an effective and efficient intervention

This work main objective is to know the role of the social worker in Psychosocial

Intervention Teams in Terceira Island the integrated methodology in this research used

qualitative instruments search and documents analyse literature review and interviews these

were the fundamental methodological bases to meet the objectives of this research

In this context interviews were applied to social workers who are part of the

institutions that integrate the MEP (Municipal Emergency Plan) to the Mayors of Angra do

Heroiacutesmo and Praia da Vitoacuteria Chairman of RCFPA (Regional Civil Service and Fire

Protection of Azores) and Coordinator of Social Work of Angra do Heroiacutesmo

Analyzing the results it is concluded that the majority of respondents do not have

specific technical training in the area of intervention in disaster situation Psychosocial

Intervention Team in Terceira Island is not at this moment organized the functions performed

by social workers in disaster situations essentially focus on needs of assessment and

coordination with other entities the major difficulties faced by social workers in real disaster

situations refer to the lack of coordination lack of training and functions not assigned

Keywords Risk Society and Risks Disasters and Catastrophes Civil Protection

Social Work

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

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Iacutendice Geral

Agradecimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 2

Resumo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 4

Abstract helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 5

Iacutendice de Figuras helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 8

Iacutendice de Quadros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Apecircndices helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Abreviaturas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 10

Introduccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 12

Capitulo I ndash Enquadramento Teoacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 15

1 - A Sociedade de Risco e Riscos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 16

2 - Desastres e Cataacutestrofes helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

3 - Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

31- Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphellip 26

32 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 28

321 - Competecircncia para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 30

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

323 - Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 34

324 - Execuccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

3241- Fase da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

3242 - Fase da Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

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325 - Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

328 ndash Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial em

situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

41

Capitulo II ndash Metodologia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 50

1 - Campo Empiacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

11 ndash Sismos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

12 ndash Enxurradas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

13 ndash Ciclones helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

2 - Tipo de Estudo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

3 - Populaccedilatildeo e Amostra helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 55

4 - Instrumentos de Recolha de Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 56

5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 57

51 - Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 58

52 - Procedimentos Eacuteticos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 59

Capitulo III ndash Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

1 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 61

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 63

3 - Dificuldades Encontradas no Terreno helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 64

4 ndash Intervenccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

5 ndash Formaccedilatildeohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 71

6 ndash Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 73

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

8 - Normativos Internos em situaccedilatildeo de cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de cataacutestrofe com a

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Socialhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

76

Conclusotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 78

Bibliografia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 83

Iacutendice de Figuras

Figura 1 ndash Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

Figura 2 - Organizaccedilatildeo do SRBPCA helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 27

Figura 3 - Aacutereas de Atuaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 31

Figura 4 - Implementaccedilatildeo do PCO helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

Figura 5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

Figura 6 - Gravidade da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Figura 7- Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

Figura 8 - Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 41

Figura 9 ndash Mapa da Ilha Terceira helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

Figura 10 - Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

Figura 11 ndash Conhecimento do PME helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 62

Figura 12 ndash Dificuldades Encontradas no Terrenohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 66

Figura 13 ndash Falta de Preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

Figura 14 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphellip 71

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Figura 15 ndash Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo na aacuterea de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 72

Figura 16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 74

Figura 17 ndash Normativos Internos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 76

Iacutendice de Quadros

Quadro 1 ndash Criteacuterios de Ativaccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

Quadro 2 ndash Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 33

Quadro 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphellip 34

Quadro 4 ndash Procedimentos Inerentes ao estado de alerta helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Quadro 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

Quadro 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphellip 39

Quadro 7 ndash Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphellip 48

Quadro 8 - Intervenccedilatildeo Psicossocial com a intervenccedilatildeo do Assistente Social helliphellip 76

Iacutendice de Apecircndices

Apecircndice 1 Guiatildeo de Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip III

Apecircndice2 Transcriccedilatildeo das Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip XXIV

Apecircndice 3 Grelhas de Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip LXIX

Apecircndice 4 Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe LXXXV

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Iacutendice de Abreviaturas

CMAH- Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

CMPC- Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

CMPV- Camara Municipal da Praia Vitoacuteria

CNPC ndash Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

COE ndash Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia

COM ndash Comando Operacional Municipal

COS ndash Comandante de Operaccedilotildees de Socorro

CRED - Centre for Research on the Epidemi ology of Disasters

ISSA- Instituto Seguranccedila Social Accedilores

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial Sauacutede

PC ndash Proteccedilatildeo Civil

PCO ndash Posto de Comando Operacional

PCMAH- Presidente da Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

PCMPV- Presidente da Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

PME- Plano Municipal de Emergecircncia

PMEAH ndash Plano Municipal Emergecircncia de Angra Heroiacutesmo

PMEPV- Plano Municipal de Emergecircncia Praia Vitoacuteria

PREPCA - Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores

RAA ndash Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

SIOPS ndash Sistema Integrado de Operaccedilotildees Proteccedilatildeo de Socorro

SNCP ndash Serviccedilo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

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SMPC ndash Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

SRPCBA ndash Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

UCT ndash Unidade de Comunicaccedilatildeo e Transmissatildeo

UNISDR - United Nations International Strategy for Disaster Reduction

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Introduccedilatildeo

O conceito de sociedade de risco natildeo passa hoje despercebido no nosso dia-a-dia

pois cada vez que lemos um jornal ou vemos um telejornal estamos a viver essa sociedade de

risco pois temos a noccedilatildeo do perigo que eacute viver na nossa eacutepoca

Nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX e iniacutecio do seacuteculo XXI o conceito do risco tem

ocupado um lugar importante no debate dos grandes temas da teoria social poacutes moderna Os

riscos em especial os ambientais e tecnoloacutegicos foram estudados por teoacutericos influentes

como Beck e Giddens (1995) para obter uma explicaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo dos fenoacutemenos que

atravessam a histoacuteria da modernidade

Atualmente temos a noccedilatildeo dos perigos que corremos por via das alteraccedilotildees

climaacuteticas da poluiccedilatildeo produto da radioatividade das centrais nucleares que explodem ou

podem explodir das contaminaccedilotildees alimentares em larga escala das epidemias modernas

tudo isto pode dar origem a desastres naturais Efetivamente nos uacuteltimos anos temos vindo a

assistir a uma seacuterie de sucessivas cataacutestrofes de diferentes naturezas segundo as Naccedilotildees

Unidas nas uacuteltimas deacutecadas o nuacutemero de registos de desastres naturais em vaacuterias partes do

mundo tem vindo a aumentar significativamente e Portugal natildeo tem sido exceccedilatildeo pois

durante as ultimas duas deacutecadas nove em cada dez destes desastres tecircm estado relacionados

com as alteraccedilotildees climaacuteticas e as atuais projeccedilotildees lembram que esta tendecircncia iraacute continuar e

que as cataacutestrofes naturais com o tempo vatildeo tornar-se cada vez mais frequentes

Os desastres podem ocorrer como consequecircncia do impacto de um risco natural ou

causado por atividades antroacutepicas Os riscos naturais incluem fenoacutemenos como terramotos

atividade vulcacircnica deslizamentos de terra maremotos ciclones tropicais e outras

tempestades intensas tornados e ventos fortes inundaccedilotildees fluviais e costeiras incecircndios

florestais tempestades de areia e infestaccedilotildees Os riscos causados por atividades antroacutepicas

podem ser intencionais (como por exemplo a descarga iliacutecita de petroacuteleo) ou acidentais

(como derrame de produtos toacutexicos ou fusatildeo nuclear) todos estes riscos podem ameaccedilar

pessoas e os ecossistemas (fauna e flora) dando por vezes origem a consequecircncias muito

graves para as comunidades

Segundo a Estrateacutegia Internacional para a Reduccedilatildeo dos Desastres das Naccedilotildees Unidas

durante a uacuteltima deacutecada 4777 desastres naturais fizeram 880 mil mortes afectaram a vida a

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1880 milhotildees de pessoas e provocaram prejuiacutezos na ordem dos 685 mil milhotildees de doacutelares

(708 mil milhotildees de euros)

Neste sentido torna-se essencial que as sociedades estejam preparadas e estruturadas

para fazer face a este tipo de situaccedilotildees tanto ao niacutevel de socorro e salvamento como a niacutevel

da intervenccedilatildeo social as situaccedilotildees de crise exigem cada vez mais que as instituiccedilotildees estejam

preparadas para fazer face a estas situaccedilotildees nomeadamente possuiacuterem teacutecnicos especializados

nestas aacutereas como eacute o caso de Assistentes Sociais pois soacute assim poderatildeo realizar uma

intervenccedilatildeo eficaz e de qualidade

Os grandes impactos socioeconoacutemicos causados pelos desastres naturais levaram a

uma mudanccedila na abordagem poliacutetica para lidar com o conceito de risco nas sociedades

modernas a multiplicidade de riscos que nos dias de hoje eacute vivida pelos cidadatildeos tanto a

niacutevel individual como coletivo deve-se constituir tambeacutem objeto de atenccedilatildeo para o Serviccedilo

Social

Assim os profissionais de Serviccedilo Social vecircm-se hoje obrigados a readaptar a sua

metodologia e teacutecnicas de intervenccedilatildeo face aos novos desafios teoacutericos metodoloacutegicos e

teacutecnicos gerados pelas mudanccedilas sociais

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira tendo como objetivos

especiacuteficos

-Compreender o tipo de intervenccedilatildeo que eacute desenvolvida pelo Serviccedilo Social na Ilha

Terceira

-Mostrar como estatildeo organizadas as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial equipas de

intervenccedilatildeo em crise (composiccedilatildeo funccedilotildees formaccedilatildeo)

-Confirmar se os Assistentes Sociais possuem formaccedilatildeo especiacutefica para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

-Verificar se os Assistentes Sociais intervecircm segundo as etapas de intervenccedilatildeo

psicossocial em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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-Enumerar as funccedilotildees concretas desempenhadas pelos Assistentes Sociais quando

ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

-Identificar quais as principais dificuldades com que se confrontam no terreno

quando intervecircm em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe

Residindo na Ilha Terceira a escolha por este tema fica a dever-se natildeo soacute ao facto

de residir numa zona de risco onde a probabilidade de ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe eacute bastante elevada mas tambeacutem pelo facto de jaacute ter desempenhado funccedilotildees como

Assistente Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe sobretudo nas enxurradas do Porto Judeu em

2013 e tendo tido contacto com esta realidade verifiquei que existe falta de preparaccedilatildeo por

parte dos teacutecnicos para intervir neste tipo de situaccedilotildees

Por fim outro dos fatores que me levou a optar por esta temaacutetica foi o facto de em

Portugal existir pouca investigaccedilatildeo nesta aacuterea e o presente estudo vai servir ainda de

complemento a outra aacuterea de formaccedilatildeo que detenho a de Teacutecnica Superior de Seguranccedila e

Higiene no Trabalho

O presente trabalho encontra-se estruturado em 3 capiacutetulos o primeiro capiacutetulo

reporta-se ao Enquadramento Teoacuterico onde foram definidos os conceitos orientadores que

serviram de pilar teoacuterico ao longo desta dissertaccedilatildeo O segundo capiacutetulo remete-se agrave

metodologia integrada utilizada nesta investigaccedilatildeo que utilizou instrumentos de cariz

qualitativo pesquisa e anaacutelise documental pesquisa bibliograacutefica e entrevistas a entidades

significativas desta aacuterea

No terceiro capiacutetulo faz-se a apresentaccedilatildeo anaacutelise e discussatildeo dos resultados da

investigaccedilatildeo e por uacuteltimo apresentam-se as conclusotildees finais e bibliografia

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Capitulo I

Enquadramento Teoacuterico

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1 - A Sociedade de Risco e Riscos

A noccedilatildeo de risco tem acompanhado desde sempre a humanidade tendo-se assistido

ao longo dos tempos a uma evoluccedilatildeo dos conceitos

Em termos descritivos a definiccedilatildeo de risco foi ao longo do tempo sendo alvo de um

processo de desambiguaccedilatildeo Profissionais e decisores das mais diversas aacutereas bem como a

comunidade cientiacutefica no domiacutenio de diversas aacutereas tecircm abordado este conceito de forma

aplicada e adaptada agrave sua realidade e aos seus objectos de trabalho O resultado desta praacutetica eacute

a formulaccedilatildeo de diferentes conceitos de risco Por norma o risco encontra-se associado agrave

duacutevida em relaccedilatildeo a acontecimentos futuros de cariz negativo para a Humanidade O risco

ldquopode ser tomado como uma categoria de anaacutelise associada agrave priori agraves noccedilotildees de incerteza

exposiccedilatildeo ao perigo perda e prejuiacutezos materiais econoacutemicos e de vidas humanas em funccedilatildeo

de processos de ordem natural (tais como os processos exoacutegenos e endoacutegenos da Terra) eou

daqueles associados agrave accedilatildeo do Homemrdquo (Castro 20052)

Segundo Covello e Mumpower (1985 citado por Proske 2008) as primeiras

preocupaccedilotildees com risco (embora natildeo fosse tratado com este termo) deveratildeo ter ocorrido em

torno do ano 3200 aC no vale do Tigre-Eufrates onde um grupo denominado Asipu

praticava a anaacutelise e o aconselhamento sobre o risco com base em eventos repetidos e

motivados por forccedilas divinas prestando assim apoio agraves populaccedilotildees locais

A noccedilatildeo de risco mais aproximada agrave actualmente utilizada surgiu no seacuteculo XIV

associada agraves viagens mariacutetimas No seacuteculo XVI o termo ldquorischiordquo comeccedilou a ser utilizado nas

liacutenguas romanas para reportar situaccedilotildees de incerteza (Luhmann1993 citado por Proske

2008) Foi durante este periacuteodo e tambeacutem a partir do seacuteculo XVII que o risco ganhou mais

expressatildeo por intermeacutedio de navegadores portugueses e espanhoacuteis No entanto a

proveniecircncia do termo em si acaba por natildeo ser conhecida com certeza absoluta e Proske

(2008) aponta como possiacuteveis origens o grego com ldquorhiziardquo o persa com ldquorozi(k)rdquo ou ainda

o espanhol e as liacutenguas africanas com o termo ldquoareskrdquo Em comum estes termos tinham o

facto de a vida estar dependente de Deus e de um destino impossiacutevel de controlar e contrariar

Segundo Ewald (1993 citado por Mendes 2002) o risco advinha de um ato de Deus uma

forccedila maior de tal ordem que natildeo poderia ser imputada qualquer responsabilidade ao Homem

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Este uacuteltimo pouco poderia fazer tanto na tentativa de prever futuros eventos como na

tentativa de reduzir o seu impacto

Um contributo na evoluccedilatildeo do conceito do risco foi dado pelo sector da banca ainda

no decorrer do seacuteculo XVII Se nos primoacuterdios da utilizaccedilatildeo deste conceito este apenas

incluiacutea a noccedilatildeo de espaccedilo a partir do momento em que comeccedilou a ser utilizado pelo sistema

bancaacuterio viu ser-lhe vinculada a noccedilatildeo de tempo pois esta uacuteltima era tambeacutem imprescindiacutevel

para determinar provaacuteveis consequecircncias de um dado investimento tanto para os credores

como para os devedores (Giddens2000citado por Mendes 2002)

Em meados da deacutecada de oitenta Ulrich Beck (1992) apresenta o inovador conceito

de ldquoSociedade de Riscordquo para alertar sobre os riscos aos quais as sociedades atuais estatildeo

sujeitas particularmente os riscos de caraacutecter tecnoloacutegico e ambiental Para este autor ldquoa

sociedade de risco significa que vivemos na idade dos efeitos secundaacuterios isto eacute habitamos

um mundo fora de controlo onde nada eacute certo aleacutem da incerteza A novidade desta noccedilatildeo

reside no facto de algumas decisotildees humanas poderem envolver consequecircncias e perigos

globais que natildeo reconhecem fronteirasrdquo (Beck200016)

Mendes (2002) considera tambeacutem que vivemos na ldquosociedade do riscordquo devido agrave

dificuldade em quantificar prevenir e anular os riscos agrave natureza global e sua magnitude

Para Almeida (2002) a sociedade do risco eacute uma designaccedilatildeo que pretende apontar um tipo de

sociedade que estaacute atualmente mais exposta a alteraccedilotildees frequentes e agrave incerteza que eacute mais

exigente mas com menos garantias

Para Beck (1992) a caracteriacutestica principal da sociedade de risco eacute que as inovaccedilotildees

tecnoloacutegicas e organizacionais da sociedade moderna tambeacutem acarretaram efeitos colaterais

negativos cada vez mais complexos e imprevisiacuteveis e alguns deles incontrolaacuteveis Uma

parte dos riscos contemporacircneos escaparam do controle do sistema convencional das

instituiccedilotildees da era industrial ldquoO Estado-naccedilatildeo natildeo consegue mais regular os riscos de alta

complexidade principalmente aqueles que tecircm uma espacialidade e uma temporalidade que

vatildeo aleacutem das fronteiras geopoliacuteticas nacionaisrdquo (Beck 1995 210)

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Para Beck alguns dos novos riscos deixaram de poder ser pensados enquanto

fenoacutemenos locais circunscritos a uma determinada aacuterea ou situaccedilatildeo visto que assumiram um

caraacutecter global

O tipo de riscos que temos nas sociedades de hoje difere dos do passado na medida

em que hoje eles satildeo potencialmente ilimitados seja geograficamente (na medida em que os

perigos satildeo globalizados natildeo se limitando ao seu espaccedilo de origem ndash a sociedade de risco eacute

mundial) seja em termos de tempo seja ainda no alcance dos seus danos que podem

perpetuar ndash se por geraccedilotildees ldquoO risco atinge tudo sem distinccedilatildeo de classe eacute democraacutetico

incalculaacutevel (as consequecircncias desconhecidas indesejadas tornam-se uma forccedila dominante na

historia e na sociedade)rdquo (Silveirinha 2007 citado por Amaro 201253)

Hoje os riscos estatildeo em todos os lugares em outros contextos histoacutericos inclusive

em seacuteculos passados a experiecircncia dos riscos nunca foi tatildeo abrangente e profunda como tecircm

sido nas uacuteltimas deacutecadas As situaccedilotildees de risco atuais satildeo portanto quantitativas e

qualitativamente distintas das formas anteriores de risco As mudanccedilas estatildeo acontecendo

cada vez mais raacutepidas e em maior grau e intensidade As mudanccedilas geram situaccedilotildees novas em

que ningueacutem parece ter o controlo A incerteza passou a ser uma caracteriacutestica marcante da

nossa eacutepoca

Na linha de pensamento de Giddens (2012) a ideia de risco andou sempre associada

agrave modernidade mas na eacutepoca atual assume uma importacircncia nova e peculiar O risco era

considerado como um meio de regular o futuro de o normalizar e de o colocar sob o nosso

domiacutenio no entanto as coisas natildeo se passaram assim As tentativas que fazemos para

controlar o futuro acabam por se voltar contra noacutes forccedilando-nos a procurar novas formas de

viver com a incerteza

No presente noacutes natildeo sabemos se vivemos num mundo mais arriscado do que as

geraccedilotildees passadas o problema natildeo esta situado na ldquoquantidaderdquo do risco a grande diferenccedila

histoacuterica entre o passado e o presente eacute que hoje sabemos ser impossiacutevel controlar as

consequecircncias de algumas decisotildees civilizacionais Eacute neste contexto que Beck e Giddens

utilizam o termo incertezas fabricadas

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Giddens (2012) faz a distinccedilatildeo entre dois tipos de risco o risco exterior e o risco

criado

Riscos Externos - Ateacute uma eacutepoca muito recente as sociedades humanas estavam sob

ameaccedila de riscos externos isto eacute que tecircm origem no mundo natural e natildeo estatildeo relacionados

com a accedilatildeo do homem os perigos advecircm secas terramotos tempestades e fome

Riscos Criados - Riscos que resultam do impacto da accedilatildeo do nosso saber e da

tecnologia sobre o mundo natural

Segundo Giddens (2012) no passado a sociedade preocupava ndash se mais com o risco

exterior como resultado de fenoacutemenos impostos pela natureza como secas pragas ou maacutes

colheitas Actualmente a preocupaccedilatildeo recai natildeo apenas neste mas tambeacutem no risco

provocado remetendo para o impacto que o desenvolvimento tecnoloacutegico tem sobre o

ambiente

Na linha de pensamento de (Zecirczere Ferreira amp Rodrigues1999) recorrendo a

conceitos matemaacuteticos o risco eacute entendido como a probabilidade de ocorrecircncia de um efeito

especiacutefico causador de danos graves agrave Humanidade eou ao ambiente num determinado

periacuteodo e em circunstacircncias determinadas Segundo o mesmo autor e numa clara alusatildeo agrave

importacircncia do conceito de risco para a gestatildeo do mesmo ldquoo risco exprime a possibilidade de

ocorrecircncia e a respectiva quantificaccedilatildeo em termos de custos de consequecircncias gravosas

econoacutemicas ou mesmo para a seguranccedila das pessoas em resultado do desencadeamento de

um fenoacutemeno natural ou induzido pela atividade antroacutepicardquo (Zecirczere et al19993) Agrave luz da

variedade de definiccedilotildees existentes pode ainda o risco ser encarado como ldquoa probabilidade de

ocorrecircncia de um processo (ou acccedilatildeo) perigoso e respectiva estimativa das suas consequecircncias

sobre pessoas bens ou ambiente expressas em danos corporais eou prejuiacutezos materiais e

funcionais diretos ou indiretosrdquo (Juliatildeo 200922)

ldquo A noccedilatildeo de risco mais vulgarizada tem a ver com o ldquoperigo que se correrdquo isto eacute

em linhas gerais risco eacute a probabilidade de ocorrecircncia de um perigordquo (Lourenccedilo 2003citado

por Amaro 201254)

Na oacuteptica de Ribeiro (1995) o risco eacute caracterizado pela ameaccedila que causa ou que eacute

sentida pela sociedade face a determinada situaccedilatildeo de rutura Resulta da probabilidade de

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desencadear um fenoacutemeno de ruptura e do grau de impacto associado aos efeitos que

previsivelmente produza no sistema social

De forma integrada ldquoo risco pretende caracterizar a possibilidade de ocorrecircncia de

perturbaccedilotildees que alterem o estado de seguranccedila existente ou previsto e que provoquem os

correspondentes danosrdquo (Amaro 201254)

Na perspectiva de Herculano (2009) a compreensatildeo da dimensatildeo do risco eacute

fundamental Importa conhecer como este se manifesta atraveacutes de que processos quais os

agentes e quais os impactos para que assim a intervenccedilatildeo seja a mais adequada agrave situaccedilatildeo No

entanto o mesmo autor refere ainda que se cada grupo de riscos for considerado

isoladamente tambeacutem eacute possiacutevel agrupar esses mesmos grupos e assim constituiacuterem-se novos

ramos ou sub-ramos de riscos tais como ldquoos riscos naturo-sociais tecno-sociais tecno-

naturais ou entatildeo e porque natildeo o grupo dos riscos soacutecio-ambientais ou naturo-tecno- sociais

na medida em que determinado risco natural se desencadeie por vulnerabilidade a

determinado risco tecnoloacutegico e cujas repercussotildees se verifiquem sobre as sociedadesrdquo

(Herculano 2009 1-2)

Para Douglas o risco eacute uma ldquoteacutecnica moderna de avaliar o perigo em termos de

probabilidade (hellip) e incertezardquo (Rebelo1992 citado por Herculano 20093) Por sua vez

Giddens (1987) considera o risco como aquilo que existe em situaccedilotildees de perigo hoje em dia

enfrenta- se perigos decorrentes de uma incerteza fabricada (produzida pela teacutecnica e pela

ciecircncia modernas) Herculano (2009) menciona que seraacute mais adequado falar de perigos

quando os danos ou perdas estatildeo relacionados com causas fora do proacuteprio controlo Deve-se

falar em riscos quando os possiacuteveis danos satildeo consequecircncia da proacutepria decisatildeo

Independentemente de se poder defender que a teoria do risco estaacute desde sempre

presente na conceptualizaccedilatildeo dos conceitos de perigo e de risco todavia para Rebelo existem

trecircs conceitos que vivem em torno da organizaccedilatildeo desta teoria risco perigo e crise Uma vez

que para este autor ldquoO risco pressupotildee um sistema de processos que o determinam e o

analisam que o perigo pressupotildee um conjunto de percepccedilotildees e de reacccedilotildees de acordo com a

sua evoluccedilatildeo e a manifestaccedilatildeo da crise deve ter presente uma planificaccedilatildeo global dos riscos e

integral dos recursos essenciais agrave sua gestatildeordquo (Rebelo 1999 citado por Herculano 20093-

4)

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A aproximaccedilatildeo ao fim do uacuteltimo mileacutenio intensificou as preocupaccedilotildees relativas ao

risco natildeo apenas pela comunidade cientiacutefica mas pelo puacuteblico em geral criando a ideia de

que a qualquer momento pode ocorrer um evento negativo provocando rupturas de diversos

niacuteveis e desorientaccedilatildeo geral Segundo Beck (1992como citado em Mendes 2002) todas as

alteraccedilotildees na natureza do risco tornaram-no mais globalizado menos identificaacutevel e com

consequecircncias mais graves criando ansiedade na populaccedilatildeo Este estado de maior alerta e

apreensatildeo face ao risco eacute motivo por parte desta a uma maior solicitaccedilatildeo a quem compete

trabalhar no sentido de prever e avisar para as situaccedilotildees de risco A prevenccedilatildeo quando

devidamente justificada pode constituir a diferenccedila entre o agravamento do risco ou a sua

atenuaccedilatildeo Conforme Mendes (2002) a incerteza associada ao risco cria por vezes situaccedilotildees

de alarmismo e por outras situaccedilotildees de ocultaccedilatildeo de factos ldquoQuando o risco eacute considerado

elevado e muito divulgado e posteriormente se constata que os impactos foram miacutenimos os

envolvidos no processo de prevenccedilatildeo satildeo considerados alarmistas mas quando esse risco natildeo

eacute devidamente acautelado e posteriormente ocorrem situaccedilotildees graves os mesmos satildeo

acusados de menosprezar o risco e de descuido no processo de preparaccedilatildeo para o enfrentarrdquo

(Mendes 20023)

2 - Desastres ou Cataacutestrofes

Os desastres naturais representam um conjunto de fenoacutemenos que fazem parte da

geodinacircmica terrestre portante da natureza do planeta quando ocorrem podem acarretar

consequecircncias catastroacuteficas para o ser-humano

A partir deacutecada de 80 comeccedilou a dar-se um aumento gradual dos prejuiacutezos

econoacutemicos com origem na destruiccedilatildeo provocada por desastres naturais tendo a deacutecada de

1990 marcado a entrada num novo patamar com os valores dos prejuiacutezos a dispararem para

valores nunca antes vistos Terramotos tsunamis ou grandes tempestades em aacutereas fortemente

desenvolvidas e povoadas foram o motor para os elevados prejuiacutezos verificados

Recentemente em 2011 assistiu-se a um valor recorde estimado em 3661 mil milhotildees de

doacutelares (danos provocados pelo terramoto e tsunami que atingiram o Japatildeo) suplantando o

valor atingido em 2005 na ordem dos 2468 mil milhotildees de doacutelares (prejuiacutezos resultantes da

passagem do furacatildeo Katrina na costa leste dos Estados Unidos da Ameacuterica (Guha-sapir Vos

Below amp Ponserre2011)

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Em Portugal as cataacutestrofes da uacuteltima deacutecada foram maioritariamente de origem

natural nomeadamente cheias tufotildees e incecircndios florestais Portugal foi considerado pela

Comissatildeo Europeia como o paiacutes europeu mais afectado pelos incecircndios em 2003 com 20

viacutetimas mortais e com um nuacutemero recorde de 390 146 hectares de terreno florestal e mato

ardido durante o ano de 2003 (Livro Branco dos incecircndios florestais 2003) O sismo de 1755

foi considerado a cataacutestrofe mais mortal no nosso paiacutes sendo responsaacutevel por um elevado

nuacutemero de mortes bem como inuacutemeros estragos materiais as cheias na Ilha Madeira a 20 de

Fevereiro de 2010 foi outra das cataacutestrofes que assolou o nosso paiacutes tendo provocado

tambeacutem inuacutemeros prejuiacutezos materiais e ambientais e viacutetimas mortais

No que concerne agrave Ilha Terceira nos uacuteltimos anos a cataacutestrofe que causou mais

estragos foi o sismo de 1980 morreram cerca de 51 pessoas tendo a cidade de Angra do

Heroiacutesmo ficado praticamente destruiacuteda

Nos uacuteltimos 5 anos na Ilha Terceira ocorreram duas situaccedilotildees de cataacutestrofes

nomeadamente as enxurradas da Agualva em Dezembro de 2009 e Porto Judeu em Marccedilo de

2013 estas provocaram inuacutemeros prejuiacutezos materiais apenas nas enxurradas da Agualva

houve uma viacutetima mortal

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) o nuacutemero de cataacutestrofes naturais

aumentou cerca de 100 para cerca de 400 por ano com o continente Africano a ser o mais

castigado nas uacuteltimas trecircs deacutecadas

As consequecircncias das cataacutestrofes estatildeo diretamente associadas a fatores de

vulnerabilidade das sociedades das quais se destacam a densidade populacional o

aquecimento global e as condiccedilotildees precaacuterias de habitabilidade de grandes aglomerados

populacionais Para Serra (2008) um outro fator a considerar eacute a constante imposiccedilatildeo do

homem nos ecossistemas o desrespeito pela natureza e a desresponsabilizaccedilatildeo dos governos

na prevenccedilatildeo das cataacutestrofes o que leva agrave conclusatildeo de que as cataacutestrofes satildeo cada vez menos

naturais pois ateacute mesmo a origem de um tsunami pode ser imputado ao homem que atraveacutes

da sua accedilatildeo exponencia as fragilidades do ecossistema consequentemente aumenta a

probabilidade de cataacutestrofes naturais (p 37- 47)

Segundo Amaro (201223) ldquoas sociedades modernas nomeadamente as mais

desenvolvidas debatem-se hoje com problemas que natildeo sendo novos assumem por vezes

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uma dimensatildeo redobrada porque os riscos cresceram com o acelerado desenvolvimento

tecnoloacutegico e com a expansatildeo de um urbanismo desenfreadordquo

Nesta perspetiva ldquoHoje as questotildees relativas agraves ameaccedilas provenientes das raacutepidas

mudanccedilas climaacuteticas deve ser encarada do mesmo modo que uma verdadeira guerra que natildeo

podemos perder em termos de planeamento coordenaccedilatildeo e execuccedilatildeordquo (Leandro 2007

citado por Amaro 201227)

Vaacuterios autores colocam desastre e cataacutestrofe com um uacutenico significado enquanto

outros apontam diferenccedilas e distinguem-nos

Segundo a UNISDR (200913) um desastre consiste numa ldquoperturbaccedilatildeo seacuteria do

funcionamento de uma comunidade ou sociedade causando perdas humanas materiais

econoacutemicas e ambientais expressivas que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade

em fazer frente agrave situaccedilatildeo com os seus proacuteprios recursosrdquo Em definiccedilotildees propostas pelo

CRED (Centre for Research on the Epidemiology of Disaters) o desastre surge como ldquouma

situaccedilatildeo ou um evento que supera a capacidade local surgindo a necessidade de pedir ajuda

externa seja a niacutevel nacional ou internacional ou um evento imprevisto que causa grandes

danos destruiccedilatildeo e sofrimento humanordquo (Guha-sapir et al 2011)

Numa perspetiva diferente Pine (2008) aborda os desastres mencionando

genericamente as suas causas referindo que satildeo eventos naturais e causados pelo homem que

tecircm um impacto adverso sobre uma comunidade regiatildeo ou naccedilatildeo Os eventos associados a

um desastre podem sobrecarregar os meios de resposta e provocam danos a niacutevel econoacutemico

social e ambiental

Para (Dilley Chen Deichmann Lerner amp Almond 200519) ldquoos desastres naturais

ocorrem quando um nuacutemero elevado de pessoas ou bens satildeo atingidos por fenoacutemenos de

grande severidade provocando feridos mortes prejuiacutezos econoacutemicos danos ou destruiccedilatildeo

total de estruturasrdquo

No contexto da dinacircmica natural do planeta a ocorrecircncia de fenoacutemenos naturais

extremos eacute muito frequente no entanto quando estes eventos atingem comunidades humanas

de forma grave e extensiva tendo como resultados prejuiacutezos materiais e a perda de vidas

humanas assumem as caracteriacutesticas e a dimensatildeo de uma cataacutestrofe

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De acordo com a OMS uma cataacutestrofe eacute considerada ldquo um acontecimento natural ou

provocado pelo homem cujo a ameaccedila pode justificar a necessidade de socorros de

emergecircncia e no qual os grandes danos materiais satildeo acompanhados de traacutegicas perdas de

vidas humanas e grande numero de vitimas invariavelmente feridas com gravidaderdquo

As cataacutestrofes podem acontecer a qualquer momento Carvalho (2009) define-a em

termos sociais fiacutesicos e sanitaacuterios Eacute uma situaccedilatildeo imprevista e repentina atinge uma

populaccedilatildeo de maioria saudaacutevel que passa a vivenciar uma realidade desorganizada ou

disruptiva que desconcerta a sua vida de forma violenta e traumatizante Bandeira e Pinto

(2001 citado por Sousa200716) referem que o contexto de cataacutestrofe eacute baseado em ldquotrecircs

componentes afluxo intenso de vitimas destruiccedilatildeo de ordem material desproporcionalidade

acentuada entre os meios de socorro e as vitimas a socorrerrdquo

De acordo com a Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm 272006 de 3 de Julho artigo

3ordmnordm2 ldquo cataacutestrofe eacute o acidente grave ou serie de acidentes graves suscetiacuteveis de provocarem

elevados prejuiacutezos materiais e eventualmente vitimas afetando intensamente as condiccedilotildees de

vida e o tecido socioeconoacutemico em aacutereas ou na totalidade do territoacuterio nacional ldquo

As diferenccedilas verificadas entre os conceitos de desastre e cataacutestrofe satildeo

particularmente visiacuteveis ao niacutevel da escala do acontecimento onde no segundo caso as

consequecircncias negativas abrangem aacutereas territoriais maiores afetam um maior nuacutemero de

pessoas e bens requerem ajuda externa suplementar envolvem oacutergatildeos e agecircncias estatais e o

tempo de recuperaccedilatildeo eacute mais longo Neste jogo de semelhanccedilasdisparidades entre definiccedilotildees

Oliver (20115) sugere a cataacutestrofe como ldquoum evento que afeta direta ou indiretamente todo

um paiacutes requerendo resposta nacional ou eventualmente internacional ameaccedilando o bem-

estar de um nuacutemero substancial de pessoas por um longo periacuteodo de tempordquo

Tanto os desastres naturais como as cataacutestrofes satildeo tambeacutem causadores de grandes

impactos a niacutevel econoacutemico sendo responsaacuteveis pela destruiccedilatildeo de diversas estruturas

(habitaccedilotildees equipamentos vias entre outros) encerramento de serviccedilos perda de recursos e

suspensatildeo de atividades produtivas como a agricultura e a induacutestria ou ainda a interrupccedilatildeo da

circulaccedilatildeo e quebras na rede de transportes de pessoas e mercadorias No processo de retoma

da normalidade o apoio agraves viacutetimas e a reconstruccedilatildeo das estruturas danificadas tecircm-se

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perfilado nas uacuteltimas deacutecadas como operaccedilotildees mais complexas e dispendiosas agrave medida que

aumenta a dimensatildeo e o niacutevel de desenvolvimento das aacutereas afetadas

Nesta perspetiva ldquoO Tsunami de Dezembro de 2004 que vitimou mais de 250 mil

pessoas o furacatildeo Katrina que arrasou a cidade de Nova Orleatildees e matou perto de 2000

pessoas o sismo do Paquistatildeo no qual faleceram perto 60 mil pessoas o tufatildeo de Myanmar

(soacute para citar alguns dos mais recentes e devastadores) alertaram-nos para uma nova realidade

a que os Estados modernos natildeo podem fechar os olhos As grandes variaccedilotildees demograacuteficas e

as mudanccedilas climaacuteticas criaram muitas e novas preocupaccedilotildees que remetem para atitudes de

contiacutenua prevenccedilatildeo anaacutelise e gestatildeo de riscordquo (Amaro201223)Em siacutentese a diferenccedila entre

desastre e cataacutestrofe parece-nos pouco mais que semacircntica ou se quisermos diferindo face agrave

amplitude do fenoacutemeno

3 - Proteccedilatildeo Civil

O assistente social ao intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe deve ser conhecedor de

como se encontra estruturada e organizada a Proteccedilatildeo Civil (PC) neste tipo de situaccedilotildees

quando trabalhei na situaccedilatildeo de cataacutestrofe do Porto Judeu uma das maiores dificuldades com

que me deparei no terreno foi perceber como funcionava todo o processo ao niacutevel da

emergecircncia quando ocorria uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe no decorrer das entrevistas aos

teacutecnicos sociais foi-me apercebendo que estes tinham alguma dificuldade em responder agraves

questotildees que estavam relacionadas com a aacuterea da PC neste sentido natildeo eacute excessivo que os

elementos das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam com bastante pormenor o

sistema nacional e regional de PC o desconhecimento por parte do assistente social nesta

mateacuteria pode condicionar o sucesso da sua intervenccedilatildeo face a esta situaccedilatildeo irei desenvolver

de forma mais exaustiva o ponto nordm 3 deste capitulo

A PC segundo o artigoordm1 da Lei nordm 27 de 2006 ldquoeacute a atividade desenvolvida pelo

Estado Regiotildees Autoacutenomas e Autarquias Locais pelos cidadatildeos e por todas as entidades

puacuteblicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situaccedilotildees de

acidente grave ou cataacutestrofe de atenuar os seus efeitos proteger socorrer as pessoas e bens

em perigo quando aquelas situaccedilotildees ocorramrdquo

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Para aleacutem do seu papel especiacutefico de manter a situaccedilatildeo controlada e proteger a

populaccedilatildeo tem tambeacutem como tarefa avaliar a dimensatildeo da cataacutestrofe e contactar as

instituiccedilotildees que devem colaborar em todo o processo de intervenccedilatildeo

Satildeo objetivos fundamentais do PC segundo o artordm 4ordm da Lei nordm 27 2006

Prevenir os riscos coletivos e a ocorrecircncia de acidente grave ou de

cataacutestrofe

Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das

ocorrecircncias descritas no ponto anterior

Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo proteger

bens e valores culturais ambientais e de elevado interesse publico

Apoiar a reposiccedilatildeo da normalidade da vida das pessoas em vaacuterias aacutereas

afetadas por acidente grave ou cataacutestrofe

Ao niacutevel Regional a PC tem caracteriacutesticas organizacionais proacuteprias conforme

Fig1

Fig1- Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil Fonte PREPCA 2013

31 - Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

O Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores (Fig2) eacute o

departamento que depende da Secretaria Regional da Sauacutede (Decreto Regulamentar Regional

nordm 242012 nordm10 aliacutenea d) e tem como atribuiccedilotildees orientar coordenar e fiscalizar a niacutevel da

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Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores (RAA) as atividades de Proteccedilatildeo Civil e dos Corpos de

Bombeiros bem como assegurar o funcionamento de um sistema de transporte terrestre de

emergecircncia meacutedica de forma a garantir aos sinistrados ou viacutetimas de doenccedila suacutebita a pronta

e correta prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede (capitulo I do Decreto Regulamentar Regional nordm

242003A de 7 de Agosto artordm nordm 2)

Fig2- Organizaccedilatildeo SRPCBA Fonte PREPCA 2013

A niacutevel Regional o SRPCBA tem como atribuiccedilotildees de competecircncias

designadamente o Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia (COE) e o Posto de Comando

Operacional (PCO) (PREPCA2013)

O Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia tem como objetivos

-Garantir a gestatildeo e o acompanhamento de todas as ocorrecircncias de acidentes graves e

cataacutestrofes

-Assegurar a coordenaccedilatildeo dos recursos e do apoio logiacutestico das operaccedilotildees de socorro

emergecircncia e assistecircncia decorrentes do acidente grave ou cataacutestrofe

-Proceder agrave recolha de informaccedilatildeo relevante para missotildees de proteccedilatildeo e socorro

recolhidas das entidades intervenientes nas operaccedilotildees

-Recolher e divulgar a situaccedilotildees em curso difundidos comunicados e avisos as

populaccedilotildees e entidades e instituiccedilotildees incluindo oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

O Posto de Comando Operacional instalado funciona como oacutergatildeo diretor das

operaccedilotildees de apoio na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios

A montagem organizaccedilatildeo funcionamento e coordenaccedilatildeo do PCO eacute da

responsabilidade e competecircncia do respetivo COE A implantaccedilatildeo do PCO do teatro de

operaccedilotildees deve ser tendencialmente feita numa infraestrutura ou veiacuteculo apto para o efeito

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Compete ao COS comandar as operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro no teatro de

operaccedilotildees garantindo a montagem de um PCO assegurando a existecircncia de condiccedilotildees de

seguranccedila para todo o pessoal e sectorizando o teatro de operaccedilotildees para que resulte a

hierarquia de comando a delegaccedilatildeo de tarefas e os meacutetodos de

Articulaccedilatildeo dos meios

Controlo dos recursos

Gestatildeo da Informaccedilatildeo

Expansatildeo ou retraccedilatildeo da organizaccedilatildeo no teatro de operaccedilotildees consoante a evoluccedilatildeo da

situaccedilatildeo

32 - Plano de Emergecircncia

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do

Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoria eacute um instrumento que os serviccedilos municipais

passaram a dispor para o desencadeamento de operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil com vista a

possibilitar uma unidade de prevenccedilatildeo direccedilatildeo e controlo Pretende-se atraveacutes desta unidade a

coordenaccedilatildeo das accedilotildees a desenvolver e gestatildeo de meios e recursos mobilizaacuteveis face a

acidente grave ou cataacutestrofe no sentido de minimizar os prejuiacutezos perdas de vidas e o

restabelecimento da normalidade

Um plano por definiccedilatildeo deve ser elaborado antes da ocorrecircncia da situaccedilatildeo a que se

destina Nesta perspetiva os seus pressupostos devem assentar em previsotildees as quais com

base em estudos teacutecnico-cientiacuteficos elaborados antecipadamente deveratildeo indicar com a

maior objetividade possiacutevel as consequecircncias a partir das quais se estabelecem as medidas a

tomar

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria tem os seguintes objetivos gerais

-Providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e os meios

indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo dos efeitos adversos de um acidente grave ou cataacutestrofe

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-Definir as orientaccedilotildees relativamente ao modo de atuaccedilatildeo dos vaacuterios organismos

serviccedilos e estruturas a empenhar em operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil

-Definir a unidade de direccedilatildeo coordenaccedilatildeo e comando das accedilotildees a desenvolver

-Coordenar e sistematizar as accedilotildees de apoio promovendo maior eficaacutecia e rapidez de

intervenccedilatildeo das entidades intervenientes

- Inventariar os meios e recursos disponiacuteveis para acorrer a um acidente grave ou

cataacutestrofe

-Minimizar a perda de vidas e bens atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves

ou cataacutestrofes e restabelecer o mais rapidamente possiacutevel as condiccedilotildees miacutenimas de

normalidade

-Assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e

coordenado de todos os meios e recursos disponiacuteveis num determinado territoacuterio sempre que

a gravidade e dimensatildeo das ocorrecircncias o justifique

-Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparaccedilatildeo e de

prontidatildeo necessaacuterio agrave gestatildeo de acidentes graves ou cataacutestrofes

-Promover a informaccedilatildeo das populaccedilotildees atraveacutes de accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo tendo em

vista a sua preparaccedilatildeo a assunccedilatildeo de uma cultura de autoproteccedilatildeo e entrosamento na estrutura

de resposta agrave emergecircncia

Ambos os PME atraacutes referenciados encontram-se em vigor desde 2003 tendo sido

revisto e atualizado de acordo com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 da Comissatildeo Nacional de

Proteccedilatildeo Civil (CNPC) a qual estabelece a Diretiva relativa aos criteacuterios e normas teacutecnicas

para a elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de Planos de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil

Em conformidade com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 de 18 de Julho da Comissatildeo

Nacional de Proteccedilatildeo Civil o Plano Municipal Emergecircncia Angra Heroiacutesmo (PMEAH) Plano

Municipal Emergecircncia Praia Vitoacuteria (PMEPV) eacute designado como Plano Geral cujo acircmbito de

aplicaccedilatildeo territorial e administrativo circunscreve-se ao Concelho de Angra do Heroiacutesmo e ao

concelho da Praia da Vitoria abrangendo 19 freguesias em Angra do Heroiacutesmo e 11 freguesias

na Praia da Vitoria ambos os planos foram elaborados para enfrentar e dar resposta agrave

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generalidade das ocorrecircncias de emergecircncia adjacentes a todos os riscos de origem natural

assim como tecnoloacutegica com possibilidade de ocorrecircncia nos concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

321 - Competecircncias para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia

De acordo com o nordm 2 do artigo 40ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho bem como a

aliacutenea c) do nordm 3 do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro compete agrave Comissatildeo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil (CMPC) o acionamento do Plano Municipal de Emergecircncia no

caso do Concelho de Angra do Heroiacutesmo eacute a Comissatildeo Municipal Proteccedilatildeo Civil deste

concelho que aciona o plano no caso do concelho da Praia da Vitoria eacute a Comissatildeo Municipal

de Proteccedilatildeo Civil deste concelho que aciona o PME Segundo o artigo 6ordm da Lei nordm 652007

de 12 de Novembro o presidente da Cacircmara Municipal como diretor do PME e apoiado pelo

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil (SMPC) eacute competente para declarar a situaccedilatildeo de alerta

de acircmbito municipal

De acordo com o nordm 1 do artigo 9ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a situaccedilatildeo de

alerta pode ser declarada quando face agrave ocorrecircncia ou iminecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe eacute reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas ou medidas especiais

de reaccedilatildeo Como mecanismo excecional por razotildees de celeridade de ativaccedilatildeo do PME

quando a natureza do acidente grave ou cataacutestrofe assim o justificar a CMPC poderaacute reunir

com composiccedilatildeo reduzida na eventualidade de ser impossiacutevel reunir a totalidade dos seus

membros Esta ativaccedilatildeo seraacute sancionada posteriormente pelo plenaacuterio da Comissatildeo Uma vez

assegurada a reposiccedilatildeo da normalidade no municiacutepio deveraacute ser declarada a desativaccedilatildeo do

PME a qual sucederaacute apoacutes decisatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Para a publicaccedilatildeo da ativaccedilatildeo e desativaccedilatildeo da PME seratildeo utilizados os meios de

comunicaccedilatildeo social locais assim como o siacutete da internet da Cacircmara Municipal de Angra do

Heroiacutesmo ou da Praia Vitoria

Nos termos do nordm 2 do artigo 9ordm da Resoluccedilatildeo nordm 252008 da CNPC os planos de

emergecircncia devem ser objeto de exerciacutecios pelo menos bianualmente A mesma Resoluccedilatildeo

expressa no nordm 3 do artigo 9ordm menciona que deve ser realizado um exerciacutecio no prazo

maacuteximo de 180 dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da revisatildeo do PME O presidente da Cacircmara

Municipal ou a CMPC sob proposta do Coordenador Municipal de Proteccedilatildeo Civil pode

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realizar exerciacutecios com a finalidade de testar a operacionalidade do Plano Municipal de

Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do Concelho da Praia

Vitoria

Nos termos da Lei nordm 1342006 de 25 de Julho o Sistema Integrado de Operaccedilotildees

de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) visa responder a situaccedilotildees de iminecircncia ou de ocorrecircncia de

acidente grave ou cataacutestrofe atraveacutes do conjunto de estruturas normas e procedimentos que

assegurem que todos os agentes de proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional

articuladamente sob um comando uacutenico sem prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e

funcional O conceito de atuaccedilatildeo visa estabelecer os princiacutepios orientadores a aplicar numa

operaccedilatildeo de emergecircncia de proteccedilatildeo civil definindo a missatildeo tarefas e responsabilidades dos

diversos agentes organismos e entidades intervenientes bem como identificar as respetivas

regras de atuaccedilatildeo

Em ordem a assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido e

eficiente dos recursos disponiacuteveis eacute necessaacuterio dividir as aacutereas de atuaccedilatildeo em trecircs fases

distintas (Fig3)

Fig3 Aacutereas de atuaccedilatildeo FontePME2014

-Preacute emergecircncia as entidades desenvolvem a sua regular atividade

-Emergecircncia atuaccedilatildeo articulada e conjunta entre os agentes de proteccedilatildeo civil

-Poacutes emergecircncia reposiccedilatildeo da normalidade

Segundo o princiacutepio da subsidiariedade vigente na aliacutenea d) do artigo 5ordm da Lei nordm

272007 de 3 de Julho o SRPCBA soacute deve intervir se na medida em que os objetivos do

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SMPC natildeo possam ser alcanccedilados atendendo agrave dimensatildeo e gravidade dos efeitos das

ocorrecircncias

Eacute criteacuterio para a ativaccedilatildeo do Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do

concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do concelho da Praia da Vitoacuteria sempre que se verifique

no municiacutepio a iminecircncia ou ocorrecircncia de situaccedilotildees de acidente grave ou cataacutestrofe

definidos no artigo 3ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho (Quadro1)

Quadronordm1 ndash Criteacuterios para ativaccedilatildeo do Plano

Criteacuterio a Considerar para a ativaccedilatildeo do Plano Emergecircncia

Efeitos na populaccedilatildeo Nuacutemero de mortos feridos desalojados desaparecidos

isolados

Danos nos bens e patrimoacutenio

Nuacutemero de habitaccedilotildees danificadas edifiacutecios

indispensaacuteveis agraves operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil afetados

afetaccedilatildeo de monumentos nacionais

Danos nos serviccedilos e infraestruturas

Suspensatildeo do fornecimento de aacutegua energia ou

telecomunicaccedilotildees durante um periacuteodo de tempo

significativo

Danos no ambiente

Descarga de materiais perigosos em aquiacuteferos ou no

solo destruiccedilatildeo de zonas florestais libertaccedilatildeo de

materiais perigosos para a atmosfera

Caracteriacutesticas da ocorrecircncia Caudais registados magnitude ou intensidade siacutesmica

quantidade de substacircncia libertada

Aacuterea do municiacutepio Percentagem da aacuterea territorial coberta pelo plano

afetada pelo acidente grave ou cataacutestrofe

Fonte PME 2014

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Nos termos do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro a CMPC (cujo a

composiccedilatildeo e competecircncias pode ver-se nos quadros 2 e 3) eacute o organismo responsaacutevel pela

articulaccedilatildeo entre todas as entidades e instituiccedilotildees de acircmbito municipal imprescindiacuteveis agraves

operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro emergecircncia e assistecircncia perante um acidente grave ou

cataacutestrofe garantindo os meios e recursos adequados agrave gestatildeo da ocorrecircncia A CMPC eacute

dirigida pelo Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo caso a ocorrecircncia seja

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neste concelho caso a ocorrecircncia seja no concelho da Praia Vitoria a CMPC eacute dirigida pelo

Presidente da Cacircmara da Praia da Vitoria que operaraacute a partir do gabinete do SMPC

localizado no edifiacutecio dos Serviccedilos Municipalizados ou em alternativa no Quartel dos

Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo ou da Praia da Vitoria Pode ainda em uacuteltima

instacircncia ser reunida na viatura Unidade de Comunicaccedilotildees e Transmissotildees (UCT) do Serviccedilo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil

O SMPC estaacute referenciado nos artigos 9ordm e 10ordm da Lei nordm 652007 de 12 de

Novembro este tem a responsabilidade pela prossecuccedilatildeo das atividades de proteccedilatildeo civil de

acircmbito municipal Eacute um oacutergatildeo com dependecircncia direta do Presidente da Cacircmara ou do

Vereador com competecircncias delegadas na Proteccedilatildeo Civil

Quadro nordm 2 Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil

Composiccedilatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria

Comandante da Poliacutecia de Seguranccedila Puacuteblica (PSP) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Regimento de Guarniccedilatildeo nordm 1

Comandante da Capitania do Porto de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Estrutura Operacional de Emergecircncia da Cruz Vermelha de Angra do Heroiacutesmo (CVPAH)

Delegado de Sauacutede do Concelho (Autoridade Sanitaacuteria)

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Hospital de Santo Espiacuterito

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Centro de Sauacutede de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante da Seguranccedila Social

Delegado da Secretaria Regional do Turismo e Transportes da Ilha Terceira (Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas de Angra

do Heroiacutesmo)

Provedor da Santa Casa da Misericoacuterdia de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante dos Presidentes de Juntas de Freguesia

Fonte PME2014

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Quadro nordm 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Fonte PME2014

323 -Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees

Conforme o disposto no nordm1 do artigo 12ordm do Decreto-Lei nordm 1342006 de 25 de

Julho referente ao Sistema Integrado de Operaccedilotildees de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) o sistema

de gestatildeo de operaccedilotildees eacute uma forma de organizaccedilatildeo operacional que se desenvolve de uma

forma modular de acordo com a importacircncia e o tipo de ocorrecircncia Eacute considerada a doutrina

e terminologia padronizada no SIOPS designadamente no que respeita agrave definiccedilatildeo da

organizaccedilatildeo dos teatros de operaccedilotildees e dos postos de comando Assim seraacute possiacutevel utilizar

uma ferramenta de gestatildeo de teatro de operaccedilotildees que permita a adoccedilatildeo de uma estrutura

organizacional integrada de modo a suprir as complexidades de teatros de operaccedilotildees uacutenicos e

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muacuteltiplos independentemente das barreiras administrativas Sempre que seja acionada uma

organizaccedilatildeo integrante do SIOPS o chefe da primeira forccedila de socorro a chegar ao local da

ocorrecircncia assume de imediato o comando da operaccedilatildeo sendo designado como Comandante

das Operaccedilotildees de Socorro (COS) A transferecircncia de comando poderaacute ocorrer por necessidade

de substituiccedilatildeo aquando a chegada de novos meios e recursos para tal eacute imprescindiacutevel a

realizaccedilatildeo de um briefing de forma a notificar toda a estrutura operacional presente Neste

contexto por forma a apoiar o COS na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios no

teatro de operaccedilotildees o SIOPS institui a implementaccedilatildeo de um Posto de Comando Operacional

(PCO) no local da ocorrecircncia de acordo com a ilustraccedilatildeo seguinte (Fig4)

Fig4 ndash Implementaccedilatildeo de PCO Fonte PME2014

324 - Execuccedilatildeo do plano

No uso das competecircncias e responsabilidades que legalmente lhe estatildeo atribuiacutedas no

acircmbito da direccedilatildeo e coordenaccedilatildeo das operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil o presidente da Cacircmara

Municipal (ou o seu legiacutetimo substituto) como diretor do presente plano deveraacute assegurar a

criaccedilatildeo das condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e coordenado natildeo soacute de

todos os meios e recursos disponiacuteveis assim como dos meios de reforccedilo externos que venham

a ser obtidos Para desencadear o processo de execuccedilatildeo do PME teratildeo de se verificar os

seguintes procedimentos (Fig5)

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Fig5-Procedimentos Fonte PME 2014

Apoacutes a averiguaccedilatildeo da necessidade de se ativar o PME e de modo a assegurar que

todos os agentes de proteccedilatildeo civil entidades e organismos intervenientes em operaccedilotildees de

proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional articuladamente sob um comando uacutenico sem

prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e funcional satildeo seguidos os procedimentos

atraacutes referidos A execuccedilatildeo do PME compreende duas fases distintas designadamente a fase

de emergecircncia e a de reabilitaccedilatildeo A fase de emergecircncia tem por objetivo executar as accedilotildees de

resposta a fase de reabilitaccedilatildeo destina-se agraves accedilotildees e medidas da reposiccedilatildeo urgente da

normalidade

3241 Fase da Emergecircncia

A fase de emergecircncia (cujo os diferentes estados podem ver-se na Fig6) caracteriza

as accedilotildees de resposta tomadas e desenvolvidas nas primeiras horas apoacutes um acidente grave ou

cataacutestrofe e destina-se a providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e

meios indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo das consequecircncias nomeadamente as que impactem nos

cidadatildeos no patrimoacutenio e no ambiente Neste acircmbito consideram-se todos os meios e

recursos disponiacuteveis no concelho puacuteblicos ou privados que venham a ser requisitados para

operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil em situaccedilatildeo de emergecircncia Pretende-se assim garantir condiccedilotildees

para prevenir riscos atenuar ou limitar os seus efeitos socorrer as pessoas em perigo e repor a

normalidade no mais curto espaccedilo de tempo

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Fig 6- Gravidade da emergecircncia Fonte PME 2014

Nos termos do Capiacutetulo II da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a qual aprova a Lei de

Bases da Proteccedilatildeo Civil eacute expliacutecito no quadro seguinte (Quadro4) a forma de

desencadeamento dos procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta contingecircncia

ou calamidade face agrave ocorrecircncia iminecircncia ou perigo de ocorrecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe Sem prejuiacutezo do preceituado na Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil e na inexistecircncia de

Governador Civil na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores propotildee-se que tal competecircncia seja

atribuiacuteda ao Governo Regional designadamente ao Secretaacuterio Regional da Sauacutede no ato da

declaraccedilatildeo de contingecircncia

Quadro nordm4 - Procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta

Fonte PME2014

De acordo com o artigo 14ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho o ato que declara a

situaccedilatildeo de alerta menciona expressamente

- A natureza do acontecimento que originou a situaccedilatildeo declarada

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-O acircmbito temporal e territorial

-A estrutura de coordenaccedilatildeo e controlo dos meios e recursos a disponibilizar Eacute de

referir ainda que segundo o nordm 2 do artigo 15ordm da lei mencionada anteriormente a declaraccedilatildeo

de estado de alerta determina uma obrigaccedilatildeo especial de colaboraccedilatildeo dos meios de

comunicaccedilatildeo social em particular das raacutedios e das televisotildees visando a divulgaccedilatildeo das

informaccedilotildees relevantes relativas agrave situaccedilatildeo de emergecircncia

No sentido de criar mecanismos de resposta sustentada e de executar os

procedimentos e responsabilidades agraves solicitaccedilotildees decorrentes de emergecircncias o quadro

seguinte (Quadro5) define quais as autoridades e organismos bem como as entidades

intervenientes face agrave tipologia do risco que pode determinar a ativaccedilatildeo do plano

Quadro nordm 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades

FontePME 2014

3242 Fase da Reabilitaccedilatildeo

A fase de reabilitaccedilatildeo caracteriza-se pelo conjunto de accedilotildees e medidas de

recuperaccedilatildeo destinadas agrave reposiccedilatildeo urgente da normalizaccedilatildeo das condiccedilotildees de vida das

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populaccedilotildees atingidas ao raacutepido restabelecimento das infraestruturas e dos serviccedilos puacuteblicos e

privados essenciais fundamentalmente

- Abastecimento de aacutegua energia comunicaccedilotildees e acessos

- Prevenccedilatildeo de novos acidentes

-Estabelecimento de condiccedilotildees para o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

-Inspeccedilatildeo de edifiacutecios e estruturas assim como a remoccedilatildeo de destroccedilos ou entulhos

-Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais e materiais

- Estimar os prejuiacutezos causados pela emergecircncia O quadro seguinte (Quadro6)

apresenta as accedilotildees a concretizar nomeadamente identificando as autoridades entidades e

organismos a envolver nas operaccedilotildees de reabilitaccedilatildeo e a respetiva cadeia de

responsabilidades

Quadro nordm 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo

PROCEDIMENTOS RESPONSAacuteVEL

Remoccedilatildeo de cadaacuteveres Corpo de BVAH ou BVPV PSP CVPAH Autoridade Sanitaacuteria

Verificaccedilatildeo de risco de epidemia Autoridade Sanitaacuteria

Restabelecimento de aacutegua luz gaacutes e comunicaccedilotildees Teacutecnicas entidades responsaacuteveis

Demoliccedilatildeo e remoccedilatildeo de destroccedilos Corpo de BVAH SMPC

Desobstruccedilatildeo e reparaccedilatildeo das vias de comunicaccedilatildeo SMPC e Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas

Reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos sociais miacutenimos SMPC

Promover o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

SMPC PSP Corpo de BVAH ou BVPV CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila

Social

Controlar acesso agraves zonas sinistradas PSP GNR

Prestar apoio psicossocial agrave populaccedilatildeo CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais materiais SMPC e Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Inspeccedilatildeo de infraestruturas SMPC Outras entidades responsaacuteveis

Fonte PME 2014

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325- Agentes de Proteccedilatildeo Civil

Satildeo agentes de proteccedilatildeo civil as Entidades que exercem funccedilotildees de proteccedilatildeo civil

nos domiacutenios de aviso alerta e intervenccedilatildeo apoio e socorro de acordo com as suas atribuiccedilotildees

proacuteprias ou seja em caso de cataacutestrofe cada agente tem uma missatildeo atribuiacuteda

De acordo com a o previsto no nordm 1 do artigo 46ordm da Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil

(Lei nordm 272006 de 3 de Julho) satildeo agentes de proteccedilatildeo civil de acordo com as suas

atribuiccedilotildees proacuteprias

Corpos de Bombeiros

Forccedilas de Seguranccedila

Forccedilas Armadas

Autoridade Mariacutetima e Aeronaacuteutica

INEM ( Natildeo existe na RAA)

Sapadores Florestais (Natildeo se aplica agrave RAA)

Nos municiacutepios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria segundo o Plano de

Emergecircncia Municipal existem os seguintes agentes de proteccedilatildeo civil (Fig7)

Fig7 ndash Agentes de Proteccedilatildeo Civil Fonte Adaptado PME 2015

326 ndash Organismos de Apoio

Cada Organismo de Apoio exerce colaboraccedilatildeo direta com o plano municipal de

emergecircncia quer seja na fase de emergecircncia quer seja na fase de reabilitaccedilatildeo

Fazem parte integrante do plano as seguintes entidades e organismos de apoio que

numa fase de emergecircncia ou reabilitaccedilatildeo tem por missatildeo a colaboraccedilatildeo com a aacuterea de

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intervenccedilatildeo a que pertencem de acordo com o nordm 3 do artordm 46 da Lei nordm 272006 de 3 de Julho

(Fig8)

Fig 8 ndash Organismos de Apoio Fonte Adaptado de PME2014

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo

Psicossocial em Situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia

Os avanccedilos tecnoloacutegicos a capacidade humana de construir mas tambeacutem a de

destruir provoca com maior ou menor frequecircncia profundas alteraccedilotildees na vida das pessoas

que veem a sua vida afetada por uma situaccedilatildeo de crise ou de emergecircncia estas situaccedilotildees

marcam por vezes de forma traacutegica a vida das pessoas e da comunidade natildeo soacute no plano

material e econoacutemico mas tambeacutem no emocional e psicoloacutegico

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Efetivamenteldquo Nos dias de hoje as pessoas e o meio ambiente satildeo os mais afetados

pelas cataacutestrofes O ser humano perante uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe passa a viver num mundo

que destabiliza o seu equiliacutebrio emocionale ou psiacutequico gerando sentimentos de inseguranccedila

descrenccedila e desamparordquo (Carvalho 20096)

Para Sutton e Tierney (2006) uma cataacutestrofe eacute uma situaccedilatildeo de ameaccedila causadora da

desestruturaccedilatildeo e rutura do tecido social as situaccedilotildees de cataacutestrofe dado agrave sua natureza e agraves

consequecircncias que acarretam conduzem a estados de stress extremo que podem levar ao

desenvolvimento de uma crise no qual o indiviacuteduo se vecirc confrontado com uma situaccedilatildeo que

natildeo consegue lidar por natildeo possuir mecanismos que o permitam e que podem levar ao

desenvolvimento de reaccedilotildees de stress traumaacutetico ou ao desenvolvimento de psicopatologias

mais graves

Segundo Saylor (1993 citado por Rosenfeld 2005) a cataacutestrofe tem um iniacutecio e fim

de identificaccedilatildeo afeta um grupo relativamente grande de pessoas sendo um acontecimento

puacuteblico e compartilhado por mais do que um membro da famiacutelia em termos psicoloacutegicos eacute

suficientemente traumaacutetico para induzir stress em quase todos os que a vivem Satildeo estas

situaccedilotildees que representam uma emergecircncia de caraacutecter psicoloacutegico que pela sua gravidade

excecional necessitam de uma intervenccedilatildeo urgente das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

que devem atuar de forma imediata e num menor tempo possiacutevel de forma a permitir que o

funcionamento emocional do indiviacuteduo mantenha o seu equiliacutebrio normal e adaptativo A

Intervenccedilatildeo em Crise ou Intervenccedilatildeo Psicossocial consiste num conjunto de teacutecnicas que

ajudaraacute a viacutetima a lidar com o acontecimento traumaacutetico facilitando a recuperaccedilatildeo do seu

niacutevel de funcionamento normal e reduzindo os riscos de evoluccedilatildeo de quadros

psicopatoloacutegicos graves

A intervenccedilatildeo psicossocial centra-se na mudanccedila social dos sujeitos e do ambiente

em que vivem A intervenccedilatildeo psicossocial envolve o desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

ajuda que impotildee empatia escuta e natildeo julgamento respeito pelo indiviacuteduo e pelo meio em

que se inserem (Carvalho amp Pinto 201590)

A relaccedilatildeo de ajuda natildeo eacute particular do Serviccedilo Social esta faz parte de todas as

profissotildees de ajuda No acircmbito do Serviccedilo Social a relaccedilatildeo de ajuda adquiriu notoriedade natildeo

haacute intervenccedilatildeo psicossocial sem relaccedilatildeo de ajuda (Carvalho amp Pinto 201591)

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O assistente social tem assim como funccedilatildeo ajudar os indiviacuteduos que sofrem de

dificuldades sociais de modo a estes conseguiram restaurar a sua autonomia e a sua

possibilidade de integraccedilatildeo na sociedade Podemos entatildeo distinguir trecircs tipos de aplicar esta

ajuda que estatildeo associados ao momento em que esta eacute exercida a ajuda preventiva a ajuda

curativa e ajuda promocional A ajuda preventiva eacute aquela que se proporciona previamente a

uma situaccedilatildeo de dificuldade presente como eacute o caso das famiacutelias em risco situaccedilotildees de rutura

e mudanccedilas devido a situaccedilotildees normais da vida como eacute caso da morte desemprego

incapacidade fiacutesica devido a algum acidente cataacutestrofes entre outros A ajuda preventiva visa

tambeacutem evitar que uma situaccedilatildeo se detore concentrando o esforccedilo na manutenccedilatildeo do

equiliacutebrio das pessoas e dos grupos mesmo quando este equiliacutebrio seja reduzido A ajuda

curativa tem como objetivo a melhoria da situaccedilatildeo dos utentes e a resoluccedilatildeo dos seus

problemas pondo os utentes em contato com os recursos existentes e fazer com que estes

faccedilam valer os seus direitos sociais de modo a beneficiarem dos dispositivos de accedilatildeo social

Esta ajuda tem como fim acompanhar orientar informar os utentes durante o processo de

mudanccedila Por fim a ajuda promocional trata-se de desenvolver o crescimento pessoal e o

desenvolvimento das competecircncias dos utentes de modo a atingir a sua autonomia e as suas

capacidades para exercer algo Este processo de ajuda eacute importante no sentido de desenvolver

no indiviacuteduo sentimentos de autovalorizaratildeo afirmaccedilatildeo e de autoconfianccedila ao que

denominamos de empowerment

A relaccedilatildeo de ajuda que se estabelece entre o assistente social e o utente eacute uma accedilatildeo

de transformaccedilatildeo muacutetua onde tanto um como outro sofrem transformaccedilotildees Neste sentido eacute

importante que esta relaccedilatildeo seja regulada de modo a proteger ambos os lados de

envolvimentos fora do acircmbito e de modo a garantir a sua legitimidade baseando-se nos

princiacutepios eacuteticos

A Relaccedilatildeo de ajuda tanto para o utente como para o assistente social eacute um dos

instrumentos mais importantes da intervenccedilatildeo junto do utente (Robertis2003)

Neste sentido ldquoa relaccedilatildeo de ajuda implica acolhimento apoio o estudo da situaccedilatildeo e

a influecircncia direta a exploraccedilatildeo ndash identificaccedilatildeo do problema e desenvolvimento da

compreensatildeo acerca da pessoa em situaccedilatildeo comunicaccedilatildeo e reflexatildeo a discussatildeo reflexiva e

por uacuteltimo a reflexatildeo sobre o desenvolvimento e a evoluccedilatildeo da situaccedilatildeordquo

(Viscarret200797citado por Carvalho amp Pinto 201590)

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Relativamente agraves viacutetimas de uma cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de

ajuda eacute uma abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de

sucesso junto das mesmas

Para Paton e Jonhnston (1990) intervir numa crise significa entrar na vida de um

indiviacuteduo com o intuito de reduzir o choque provocado pelo stress resultante de uma crise

tendo como principais objetivos a mobilizaccedilatildeo dos recursos e capacidades dos indiviacuteduos das

redes de suporte e das redes sociais

Segundo Paton (2003) a intervenccedilatildeo em crise deve ser efetuada em diversas fases

uma fase inicial na qual eacute efetuada a anaacutelise dos riscos e condiccedilotildees de seguranccedila seguindo -se

uma fase dedicada agrave criaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de confianccedila com o indiviacuteduo em seguida

identificam-se os principais problemas a solucionar e na fase posterior pretende-se fornecer

apoio necessaacuterio e lidar com os sentimentos emergentes explorando as alternativas existentes

para que seja possiacutevel formular um plano de accedilatildeo que deveraacute ser continuamente

acompanhado e adaptado de forma adequada agraves necessidades do indiviacuteduo e dos seus

problemas

Segundo a Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de Golan (1978) a intervenccedilatildeo deveraacute

incluir trecircs passos a perceccedilatildeo cognitiva adequada agrave realidade a gestatildeo dos sentimentos de

forma a permitir a aceitaccedilatildeo dos factos e por uacuteltimo a aquisiccedilatildeo de novos comportamentos

que permitam lidar com os problemas existentes Este modelo de intervenccedilatildeo assenta em trecircs

fases distintas implica numa fase inicial a anaacutelise da situaccedilatildeo do indiviacuteduo recolhendo

informaccedilatildeo centrada no ldquoaqui e agorardquo devendo ser tambeacutem neste momento que o assistente

social deveraacute estabelecer uma relaccedilatildeo de qualidade fundamental ao desenvolvimento do

processo baseada na confianccedila e empatia Eacute importante recolher informaccedilatildeo sobre as

respostas emocionais e identificar o niacutevel de tensatildeo e os efeitos dos acontecimentos no estado

de vulnerabilidade do indiviacuteduo nesta fase poderaacute ser utilizada a ldquoReformulaccedilatildeordquo como

forma de facilitar a aceitaccedilatildeo dos acontecimentos o que ao mesmo tempo permite ao

assistente social confirmar a informaccedilatildeo recolhida Concluiacuteda esta recolha de informaccedilatildeo eacute

entatildeo necessaacuterio estabelecer prioridades em conjunto com o indiviacuteduo definir objetivos e

tarefas culminando esta fase com a elaboraccedilatildeo de um contrato formulado em parceria onde

as tarefas a desenvolver e os respetivos tempos ficam estabelecidos e clarificados para ambos

Eacute nesta fase que atraveacutes da recolha de informaccedilatildeo eacute possiacutevel ao indiviacuteduo expressar as suas

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emoccedilotildees sentimentos partilhar pensamentos e condutas com o Assistente Social diminuindo

desta forma a tensatildeo emocional causada pela situaccedilatildeo de crise vivida Essa diminuiccedilatildeo de

tensatildeo emocional permite por sua vez a construccedilatildeo de um projeto que como referido

anteriormente eacute construiacutedo em parceria com o assistente social e baseia-se na anaacutelise do

conjunto de alternativas e possibilidades constituindo um contrato Nesse contrato pretende -

se natildeo soacute a resoluccedilatildeo dos problemas criados pela crise mas tambeacutem a promoccedilatildeo da

autonomia do cliente nunca esquecendo a limitaccedilatildeo temporal desta forma de intervenccedilatildeo

obrigando a uma accedilatildeo contida num espaccedilo de tempo com a ativa procura da resoluccedilatildeo

Segue-se a fase intermeacutedia que poderaacute incluir uma ou mais entrevistas e que tem

como funccedilatildeo a continuaccedilatildeo da recolha de dados e a confirmaccedilatildeo das informaccedilotildees esta deveraacute

tambeacutem englobar a observaccedilatildeo das respostas do cliente as formas de atuar perante os seus

problemas e o estabelecimento de novos objetivos e tarefas fazendo assim uma constante

adaptaccedilatildeo da intervenccedilatildeo agrave realidade vivida pelo indiviacuteduo Nesta fase a intervenccedilatildeo deveraacute

basear-se nas capacidades do indiviacuteduo promovendo a sua estimulaccedilatildeo reorganizando os

seus comportamentos estimulando a perceccedilatildeo real da sua situaccedilatildeo promovendo a busca de

apoio junto da famiacutelia mesmo da mais distante na rede social nos amigos na comunidade

nunca esquecendo o objetivo maacuteximo que seraacute sempre a promoccedilatildeo da autonomia do cliente

Na fase final pretende-se analisar o trabalho realizado as soluccedilotildees encontradas para

os problemas que foram entretanto surgindo todo o percurso percorrido ao longo da

intervenccedilatildeo analisar os progressos tarefas efetuadas e objetivos alcanccedilados bem como as

mudanccedilas operadas pretendendo-se tambeacutem estabelecer e definir uma forma de manter o

acompanhamento do indiviacuteduo A intervenccedilatildeo em crise deveraacute terminar quando o cliente

encontrar soluccedilotildees para os seus problemas novas direccedilotildees e novas formas de funcionamento

e soacute apoacutes isso alcanccedilar a sua reintegraccedilatildeo social Eacute importante fechar o processo e possibilitar

o retorno caso seja necessaacuterio essa constituiraacute pois a tarefa final do assistente social

O assistente social interveacutem de forma a ajudar a famiacutelia a desenvolver capacidades e

competecircncias de subsistirem por si soacute O profissional eacute visto como um agente e instrumento

da famiacutelia (Rosenfeld Caye Ayalon amp Lahad2005) Quanto ao relacionamento entre o

indiviacuteduo e o assistente social eacute importante que este saiba ouvir o outro de modo a perceber o

que se passa e o que ele sente O assistente social deve-se assumir como uma presenccedila de

apoio fundamental Por vezes natildeo importa soacute arranjar soluccedilotildees eacute essencial demonstrar

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interesse pela importacircncia da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima Para um conjunto de referecircncias

teoacutericas (Viscarret2007) este contacto entre profissional e viacutetima possibilita identificar a

gravidade da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima bem como o seu estado emocional

As teacutecnicas e procedimentos a serem usados devem ser aplicados de acordo com o

modelo de intervenccedilatildeo psicossocial de Hollis (Viscarret 2007) por exemplo a teacutecnica de

apoio que incluiacute atividades em que o assistente social mostra interesse desejo de ajudar

entendimento expressotildees de confianccedila nas capacidades e competecircncias do cliente (viacutetima)

Salienta-se a preocupaccedilatildeo pelas questotildees de ansiedade e culpa que o mesmo demonstra com

o fim de promover um apoio emocional O profissional tem influecircncia nas acccedilotildees e decisotildees

que a viacutetima deve tomar para resolver o seu problema especiacutefico (Viscarret 2007) Para

corroborar esta ideia importa referir a perspetiva de Seynaeve (2001) que defende que a

resposta psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia e crise deve ser proacute-ativa em vez de esperar

para reagir a um problema ou necessidade que possa surgir Avaliar de forma contiacutenua a

situaccedilatildeo global eacute necessaacuterio a longo prazo e isso inclui mais do que o acompanhamento de

cada indiviacuteduo afetado Eacute importante que seja claro quem lidera a organizaccedilatildeo de apoio

psicossocial eacute imprescindiacutevel que esse apoio esteja claramente ligado ao funcionamento das

emergecircncias meacutedicas

De acordo com a mesma fonte supramencionada (Seynaeve2001) o objetivo da

intervenccedilatildeo do assistente social eacute ajudar a re-estabilizar e reorganizar o equiliacutebrio mediante a

potencialidade da capacidade adaptativa e de resposta demonstrada por parte das viacutetimas agrave

nova situaccedilatildeo Neste sentido deve haver uma colaboraccedilatildeo de vaacuterios organismos que intervecircm

em contexto de situaccedilotildees de cataacutestrofes de modo a garantir a sustentabilidade da intervenccedilatildeo

pois quando as instituiccedilotildees operam de maneira independente e sem coordenaccedilatildeo eacute criado um

desperdiacutecio de recursos valiosos (OMS 2003) A intervenccedilatildeo em cataacutestrofe radica na crenccedila

que cada pessoa tem um potencial possui capacidade proacutepria para crescer e para resolver os

seus problemas A missatildeo dos assistentes sociais eacute a de facilitar a descoberta de competecircncias

individuais e de reforccedilar as mesmas de forma a que cada viacutetima consiga fazer frente aos

desafios e problemas que surjam deste acontecimento (Viscarret2007131)

Como jaacute foi referido a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe natural deve debruccedilar-

se natildeo soacute sobre o indiviacuteduo mas tambeacutem sobre a comunidade onde se encontram integradas

as viacutetimas de cataacutestrofe natural Comunidade essa que sofre as mesmas consequecircncias de uma

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cataacutestrofe natural que o individuo em si pois a comunidade natildeo eacute mais do que um sistema

social composto por diversos indiviacuteduos que se inter-relacionam Quando o Serviccedilo Social se

debruccedila sobre uma comunidade deveraacute

- Contactar os elementos da comunidade e analisar as necessidades

- Reunir os elementos e fazer sentir a necessidade accedilatildeo

- Promover a passagem da enumeraccedilatildeo das necessidades para a elaboraccedilatildeo de

objetivos a alcanccedilar

- Facilitar a definiccedilatildeo de prioridades avaliando os diferentes meacutetodos de atuaccedilatildeo e

elaborar um plano de accedilatildeo

- Ajudar na definiccedilatildeo das tarefas a efetuar

- Facilitar a partilha dos resultados entre os diferentes elementos do grupo

- Reelaborar a identificaccedilatildeo das necessidades reconstruccedilatildeo de objetivos e planos de

accedilatildeo reconstituir tarefas a concretizar e manter os canais de comunicaccedilatildeo entre os diferentes

elementos do grupo abertos

A intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe (Golan 1978) tambeacutem se estrutura

em trecircs momentos agrave semelhanccedila da Matriz de Haddon

- Fase considerada preacute-impacto deve-se proceder ao alerta das populaccedilotildees o que

aumentaraacute o niacutevel de stress aumentaraacute consequentemente as capacidades de reaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo do individuo

- Fase de impacto durante a cataacutestrofe momento em que devem ser tomadas

medidas de seguranccedila que todos os indiviacuteduos devem efetuar para se proteger das

consequecircncias de uma cataacutestrofe

- Fase apoacutes-impacto cabendo ao profissional de serviccedilo social efetuar uma

intervenccedilatildeo dividida em quatro aacutereas

1) Inventaacuterio (inventory) atraveacutes de uma avaliaccedilatildeo dos danos provocados e das

necessidades dos sobreviventes

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2) Salvamento (Rescue) nesta fase a distribuiccedilatildeo dos bens de primeira necessidade

como a comida abrigo e cuidados meacutedicos satildeo a prioridade deve-se tambeacutem proceder agrave

reunificaccedilatildeo de famiacutelias bem como providenciar apoio emocional agraves viacutetimas

3) Resoluccedilatildeo (Remedy) esta eacute a fase em que os sobreviventes iniciam a reconstruccedilatildeo

das suas vidas reconstruindo fisicamente as habitaccedilotildees e os negoacutecios mas tambeacutem

emocionalmente fazendo o luto das perdas cabe ao Assistente Social ajudar os indiviacuteduos e

famiacutelias a fazer os ajustes necessaacuterios face agraves mudanccedilas sofridas Verifica-se uma tendecircncia

de aproximaccedilatildeo e partilha entre os sobreviventes podendo utilizar-se este momento para

imprimir outras mudanccedilas necessaacuterias relativamente a responsabilidades e comunicaccedilatildeo a

todo um conjunto de indiviacuteduos

4) Recuperaccedilotildees (Recovery) agrave medida que as comunidades voltam agrave normalidade os

teacutecnicos de Serviccedilo Social poderatildeo centrar-se nas consequecircncias a longo prazo fornecendo

apoio emocional e acesso a recursos vaacuterios por forma a promover um crescimento e a

aceitaccedilatildeo do ocorrido

No graacutefico seguinte apresentam-se as etapas de intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (Quadro7)

Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

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Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe (cont)

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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Capitulo I I

Metodologia

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A produccedilatildeo de uma investigaccedilatildeo eficaz cuja recolha de informaccedilatildeo anaacutelise e

apresentaccedilatildeo dos resultados seja fiaacutevel e de qualidade implica que esta assente numa

metodologia adequada ao objeto e objetivos da investigaccedilatildeo

Neste segundo capiacutetulo pretende-se apresentar a metodologia utilizada atraveacutes da

caracterizaccedilatildeo do campo empiacuterico e as teacutecnicas de pesquisa utilizadas na recolha de dados

bem como a respetiva anaacutelise de conteuacutedo

1 - Campo Empiacuterico

A definiccedilatildeo do campo empiacuterico da investigaccedilatildeo estaacute diretamente relacionada com o

objeto Uma primeira formulaccedilatildeo do objeto de estudo eacute entatildeo mais aprofundada definindo-se

mais claramente o que estaacute em anaacutelise ldquo(hellip) atraveacutes da recolha sistemaacutetica de informaccedilatildeo (hellip)

e uma aproximaccedilatildeo agrave problemaacutetica teoacuterica atraveacutes da leitura da bibliografia mais pertinente

para o objeto delimitadordquo (Guerra 2006 37)

O arquipeacutelago dos Accedilores situa-se no nordeste do Oceano Atlacircntico entre o 36ordm e o

43ordm de latitude Norte e o 25ordm e o 31ordm de longitude Oeste Os territoacuterios mais proacuteximos satildeo a

Peniacutensula Ibeacuterica a cerca de 2000 km a leste a Madeira a 1200 km a sueste a Nova Escoacutecia a

2300 km a noroeste e as Bermudas a 3500 km a sudoeste Integra a regiatildeo biogeograacutefica da

Macaroneacutesia

O arquipeacutelago dos Accedilores eacute constituiacutedo por nove ilhas divididas em trecircs grupos

distintos Grupo Ocidental Corvo e Flores Grupo Central Faial Graciosa Pico Satildeo Jorge e

Terceira e o Grupo Oriental Santa Maria e Satildeo Miguel

A ilha Terceira estaacute dividida em 2 concelhos Angra Heroiacutesmo com 19 freguesias e

Praia da Vitoacuteria com 11 freguesias (Fig9) segundo os Censos de 2011 a ilha Terceira conta

com cerca de 60 mil habitantes cuja atividade principal eacute proveniente do setor terciaacuterio

Fig9- Mapa da Ilha Terceira Fonte Google

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As ilhas dos Accedilores emergem de uma plataforma submarina pouco profunda na

crista meacutedia atlacircntica na regiatildeo de junccedilatildeo de trecircs placas tectoacutenicas A placa Norte-Americana

a placa Euro Asiaacutetica e a placa Africana (Fig10) Esta localizaccedilatildeo confere ao Arquipeacutelago

uma grande instabilidade geoloacutegica devido a movimentos de placas entre si sendo uma zona

que apresenta uma sismicidade bastante elevada com ocorrecircncia de sismos frequentes e de

crises siacutesmicas prolongadas aleacutem de manifestaccedilotildees vulcacircnicas perioacutedicas Para aleacutem da

atividade siacutesmica e vulcacircnica a Ilha Terceira eacute afetada por outros riscos naturais como

tempestades que originam inundaccedilotildees e movimentaccedilotildees de massa que incluem

desmoronamentos desabamentos de rochas e deslizamentos de terra

Fig10- Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores Fonte(Google)

11 ndash Sismos

De entre os riscos naturais com maior impacto destacam-se os sismos que se

caracterizam comordquo um fenoacutemeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta

no interior da crosta terrestre correspondendo agrave libertaccedilatildeo de uma grande quantidade de

energia e que provoca vibraccedilotildees que se transmitem a uma vasta aacuterea circundanterdquo

(httwwwprocivgovpt)

Na maior parte dos casos os sismos satildeo devidos a movimentos ao longo de falhas

geoloacutegicas existentes entre as diferentes placas tectoacutenicas que constituem a regiatildeo superficial

terrestre as quais se movimentam entre si

Os sismos tambeacutem podem ser originados em movimentos de falhas existentes no

interior das placas tectoacutenicas A atividade vulcacircnica e os movimentos de material fundido em

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profundidade podem ser outras das causas dos sismos Os sismos raramente podem ser

provocados por deslocamentos superficiais de terreno tais como abatimentos e deslizamentos

12 Enxurradas

Devido agrave latitude em que se encontra a Ilha Terceira esta eacute fustigada por vezes por

longos periacuteodos de pluviosidade o que pode provocar uma enxurrada

13 Ciclones

Outro dos fenoacutemenos possiacuteveis de ocorrer na ilha Terceira satildeo ldquoos ciclones ou

depressotildees satildeo aacutereas de pressatildeo baixa em torno das quais o vento sopra no sentido contraacuterio

ao dos ponteiros do reloacutegio no hemisfeacuterio norte e no sentido do movimento dos ponteiros no

hemisfeacuterio sul O sentido da rotaccedilatildeo eacute consequecircncia direta do efeito de coriolis que reflete a

rotaccedilatildeo da terrardquo (httpprocivazoresgovptsensibilizacaoriscos)

O ciclone pode ser de dois tipos tropical ou extratropical Os ciclones tropicais

como por exemplo os furacotildees formam-se na cintura tropical onde se deslocam geralmente

ocorrendo com maior frequecircncia na parte ocidental das regiotildees tropicais dos oceanos

Atlacircntico e Paciacutefico no hemisfeacuterio norte Os ciclones extratropicais embora muito menos

violentos do que os ciclones tropicais satildeo maiores duram mais tempo ocorrem mais

frequentemente principalmente nas latitudes meacutedias elevadas e afetam o estado do tempo em

aacutereas muito mais vastas

Os ciclones tropicais potencialmente mais devastadores provocam muitas vezes

velocidades sensacionais do vento e precipitaccedilotildees muito intensas A palavra ciclone como se

constata natildeo pressupotildee necessariamente a ocorrecircncia de uma grande tempestade Consiste

isso sim em um fenoacutemeno comum (depressatildeo) que na sua manifestaccedilatildeo mais intensa se

pode tornar devastador (furacatildeo)

2 - Tipo de Estudo

Os estudos qualitativos tecircm como objetivo descrever e definir um problema isto eacute

compreender melhor os factos ou os fenoacutemenos sociais ainda mal elucidados Contudo ldquoos

meacutetodos de investigaccedilatildeo qualitativa assemelham-se aos meacutetodos de investigaccedilatildeo quantitativa

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no que respeita a comportarem uma questatildeo de investigaccedilatildeo ou um problema procedimentos

de colheita e anaacutelise de dados assim como a apresentaccedilatildeo dos resultadosrdquo (Fortin 2009290)

Os estudos qualitativos permitem uma anaacutelise mais aprofundada dos fenoacutemenos

sociais sendo-lhes atribuiacutedos significados ou seja satildeo ldquo (hellip) uma forma de estudo da sociedade

que se centra no modo como as pessoas interpretam e datildeo sentido agraves suas experiecircncias e ao mundo em

que elas vivem Existem diferentes abordagens que se consideram no acircmbito deste tipo de

investigaccedilatildeo mas a maioria tem o mesmo objetivo compreender a realidade social das pessoas grupo

e culturasrdquo (Vilelas 2009 105)

Exigindo geralmente um elevado niacutevel de contacto entre o investigador e os

indiviacuteduos sobretudo nos contextos em que estes se inserem os estudos qualitativos

caracterizam-se pelo seu cariz fortemente descritivo pelo investigador ser o principal

ldquoinstrumentordquo de recolha de informaccedilatildeo e o facto de ser mais importante o processo do que os

resultados alcanccedilados

A metodologia utilizada na presente investigaccedilatildeo foi de cariz qualitativo recorrendo

a teacutecnicas como

Pesquisa bibliograacutefica

Anaacutelise documental

Entrevistas semidirigidas

Anaacutelise de conteuacutedo

A utilizaccedilatildeo das teacutecnicas de pesquisa bibliograacutefica e anaacutelise documental visam

compreender de uma forma global o estado da arte do tema da investigaccedilatildeo em causa

A pesquisa bibliograacutefica teve como objetivo descobrir livros artigos e documentos

que ajudaram a fundamentar e desenvolver a problemaacutetica da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

A Analise documental implica uma pesquisa e leitura de documentos escritos que

constituem uma boa fonte de informaccedilatildeo ao investigador Segundo Fortin (2009300) ldquoa

documentaccedilatildeo existente pode prestar um bom serviccedilo agrave investigaccedilatildeo uma vez que constitui

uma fonte adicional de informaccedilatildeo Permite aos investigadores relacionar-se com a histoacuteria de

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um grupo social com a sua cultura e organizaccedilatildeo ou com os acontecimentos fundamentais

ligados agrave investigaccedilatildeordquo Para a realizaccedilatildeo desta investigaccedilatildeo foi analisada alguma

documentaccedilatildeo nomeadamente o plano de emergecircncia municipal de Angra do Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria bem como documentaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil esta documentaccedilatildeo

foi uma mais-valia para a investigaccedilatildeo pois forneceu informaccedilotildees importantes para a

construccedilatildeo do quadro teoacuterico

3 - Populaccedilatildeo e Amostra

Tendo em conta a populaccedilatildeo alvo da presente dissertaccedilatildeo o tipo de amostra que

melhor se adequa a esta investigaccedilatildeo eacute a amostra natildeo probabiliacutestica por escolha racional uma

vez que todos os elementos que compotildeem a amostra tinham que possuir determinadas

caracteriacutesticas em comum nomeadamente fazerem parte integrante das instituiccedilotildees que

compotildeem PME do concelho de Angra do Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria Segundo Fortin

(2009322) ldquoa amostra por escolha racional tambeacutem designada por amostragem tiacutepica consiste

em escolher certos indiviacuteduos em funccedilatildeo de um traccedilo caracteriacutesticordquo O meacutetodo de

amostragem por escolha racional ldquoeacute tambeacutem empregado em certos estudos qualitativos pela

seleccedilatildeo de participantes que possuem as caracteriacutesticas procuradasrdquo (Fortin 2009322)

De acordo com Fortin (2009312) a ldquoamostra eacute a fraccedilatildeo de uma populaccedilatildeo sobre a

qual se faz o estudo deve ser representativa desta populaccedilatildeo ou seja certas caracteriacutesticas

conhecidas devem estar presentes em todos os elementosrdquo Para Coutinho a amostra eacute ldquoum

subconjunto da populaccedilatildeo que teraacute de a representar ou seja refletir os seus traccedilosrdquo (Coutinho

2013 89)

Por outro lado ldquoUma populaccedilatildeo define-se como um conjunto de elementos que tecircm

caracteriacutesticas comuns sendo a amostragem o processo pelo qual um grupo de pessoas ou

uma porccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute escolhido de forma a representar de forma precisa as

caracteriacutesticas de uma populaccedilatildeo inteirardquo (Fortin 2009310)

A amostra eacute constituiacuteda por 18 teacutecnicos sociais (3 Psicoacutelogos 5 Socioacutelogos e 9

Assistentes Sociais e um teacutecnico formado na aacuterea das Ciecircncias Socais) pelos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria pela Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo

Social de Angra Heroiacutesmo e pelo Presidente do Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e

Bombeiros dos Accedilores

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4 - Instrumentos de Recolha de Dados

Segundo Fortin (2009375) a entrevistardquo eacute o principal meacutetodo de colheita dos dados

nas investigaccedilotildees qualitativas Eacute um modo de comunicaccedilatildeo verbal que se estabelece entre

duas pessoas um entrevistador e um respondente Existem trecircs tipos de entrevistas natildeo

dirigida dirigida e semidirigidardquo

Para Savoiezajc (2003282) a entrevista semidirigida (hellip) eacute uma interaccedilatildeo verbal

animada de forma flexiacutevel pelo investigador Este deixar-se-aacute guiar pelo fluxo da entrevista

com o objetivo de abordar de um modo que se assemelha a uma conversa os temas gerais

sobre os quais deseja ouvir os respondentes permitindo assim destacar uma compreensatildeo rica

do fenoacutemeno em estudo

Nas entrevistas semidirigidas as perguntas satildeo especiacuteficas mas ainda assim o

investigador eacute livre de alterar a sua ordem no decorrer da entrevista bem como formular

novas questotildees pertinentes que surgem no contexto das informaccedilotildees fornecidas pelo

entrevistado (May2006)

As entrevistas pretendem recolher informaccedilatildeo acerca da intervenccedilatildeo do serviccedilo

social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial No que concerne aos

tipos de questotildees podem ser de trecircs tipos questatildeo aberta questatildeo fechada e questatildeo

semiestruturada

Apoacutes a elaboraccedilatildeo da entrevista efetuou-se um preacute teste junto de uma amostra da

populaccedilatildeo O preacute-teste eacute a prova que consiste em verificar a eficaacutecia e o valor do questionaacuterio

junto de uma amostra reduzida da populaccedilatildeo alvo pois permite descobrir os defeitos do

questionaacuterio e fazer as correccedilotildees que se impotildee (Fortin 2009 386)

Inicialmente e apoacutes a realizaccedilatildeo dos guiotildees das entrevistas foram aplicados 3 preacute-

testes o preacute-teste foi aplicado a duas Assistentes Sociais e uma Socioacuteloga depois de

aplicados os preacute-testes foram realizadas as reformulaccedilotildees necessaacuterias em algumas questotildees e

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas Importa realccedilar que as reformulaccedilotildees efetuadas foram

apenas ao niacutevel da redaccedilatildeo e natildeo do conteuacutedo pelo que natildeo houve alteraccedilotildees na questatildeo

inicial do presente estudo

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Relativamente aos dados recolhidos nas entrevistas ldquoestes devem ser transcritos

antes de os analisar Para a anaacutelise dos dados eacute essencial uma anaacutelise de conteuacutedordquo (Fortin

2009379)

Metodologicamente a anaacutelise de conteuacutedo visa medir a frequecircncia a ordem ou a

intensidade de certas palavras frases expressotildees factos e acontecimentos Ordenando-se os

acontecimentos por categorias contudo as caracteriacutesticas do conteuacutedo a avaliar satildeo definidas

e determinadas pelo investigador

Em suma a anaacutelise de conteuacutedo visa entatildeo ldquoa possibilidade de tratar de forma

metoacutedica informaccedilotildees e testemunhos que apresentam um certo grau de complexidade e

profundidaderdquo (Quivy e Campenhoudt 2008227)

5 - Procedimentos

Apoacutes terem sido efetuadas as alteraccedilotildees necessaacuterias suscitadas pelo preacute teste

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas

Para a realizaccedilatildeo das entrevistas aos teacutecnicos do ISSA foi enviado um pedido agrave

Presidente do Conselho Diretivo a solicitar autorizaccedilatildeo para aplicar as entrevistas aos

teacutecnicos depois de ter recebido a autorizaccedilatildeo por parte do Conselho Diretivo entrei em

contacto com o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira afim de agendar as datas para

realizar as entrevistas Poreacutem apenas me foi concedida autorizaccedilatildeo para realizar 9 entrevista

nos dois concelhos muito embora nos dois concelhos existirem mais de 30 teacutecnicos no ativo

na aacuterea social a justificaccedilatildeo dada para esta situaccedilatildeo foi que somente poderia entrevistar os

teacutecnicos afetos ao ISSA inicialmente as entrevistas aos teacutecnicos destinavam-se somente a

assistentes sociais face a esta situaccedilatildeo tive que incluir na amostra outros teacutecnicos tambeacutem

eles da aacuterea social (Socioacutelogos Psicoacutelogos e outros da aacuterea das Ciecircncias Sociais) Na

Autarquia de Angra as entrevistas foram aplicadas a socioacutelogos e natildeo a assistentes sociais

visto que o corpo teacutecnico do departamento Unidade Desenvolvimento Comunitaacuterio eacute

composto somente por socioacutelogos contudo importa referir que estes teacutecnicos natildeo sendo

formados em Serviccedilo Social desempenham funccedilotildees como assistentes sociais agrave exceccedilatildeo dos

Psicoacutelogos a entrevista aos 3 Psicoacutelogos no iniacutecio natildeo estava prevista poreacutem foi importante

realiza-la uma vez que qualquer equipa de intervenccedilatildeo psicossocial tem psicoacutelogos

integrados

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Importa salientar que o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira solicitou o

Guiatildeo de entrevista este foi enviado via correio eletroacutenico Os restantes pedidos para as

restantes Instituiccedilotildees foram realizados via telefone no que concerne agraves entrevistas aos

Presidentes de Cacircmara e Presidente SRPCBA os pedidos foram feitos tambeacutem por via correio

eletroacutenico

A disponibilidade para colaborar nesta investigaccedilatildeo por parte das Instituiccedilotildees foi

imediata em relaccedilatildeo agraves entrevistas dos teacutecnicos por motivos laborais tivemos que remarcar as

datas das entrevistas as entrevistas ao teacutecnicos e agrave coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social

realizaram-se em Outubro

O Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira disponibilizou-se para fazer a

entrevista contudo por motivos pessoais teve que se ausentar da ilha neste sentido a entrevista

foi aplicada agrave Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo

No decorrer das entrevistas aos teacutecnicos fui-me apercebendo que estes natildeo se

ldquosentiam agrave vontaderdquo para responder a certas questotildees que lhe ia colocando natildeo por natildeo

perceber a questatildeo em si mas sim por falta de informaccedilatildeo de alguns conteuacutedos

nomeadamente referentes agrave Proteccedilatildeo Civil

Grande parte das entrevistas natildeo foram gravadas porque natildeo tive autorizaccedilatildeo para

gravar por parte dos participantes embora este facto natildeo tenha levantado quaisquer

dificuldades na recolha de informaccedilatildeo

51- Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo

Apoacutes a realizaccedilatildeo das entrevistas procedeu-se agrave sua transcriccedilatildeo integral e de seguida

procedeu-se agrave categorizaccedilatildeo das questotildees

Como jaacute referido anteriormente a teacutecnica utilizada para proceder agrave anaacutelise de toda a

informaccedilatildeo recolhida foi a anaacutelise de conteuacutedo ou seja ldquoum conjunto de teacutecnicas de anaacutelise

das comunicaccedilotildees visando obter por procedimentos sistemaacuteticos e objetivos de descriccedilatildeo do

conteuacutedo das mensagens indicadores (quantitativos ou natildeo) que permitam a inferecircncia de

conhecimentos relativos agraves condiccedilotildees de produccedilatildeorececcedilatildeo (variaacuteveis inferidas) destas

mensagensrdquo (Bardin 200944)

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Nesta perspetiva a teacutecnica da anaacutelise de conteuacutedo foi utilizada para fazer uma

descriccedilatildeo objetiva e sistemaacutetica do conteuacutedo recolhido das questotildees abertas de modo a

facilitar a sua interpretaccedilatildeo conforme veremos no proacuteximo capiacutetulo onde se vai proceder agrave

apresentaccedilatildeo e anaacutelise dos resultados

Importa ainda realccedilar que o tratamento de algumas questotildees fechadas foi realizado

no programa Excel

52 - Procedimentos Eacuteticos

Qualquer investigaccedilatildeo que inclua pessoas levanta questotildees de ordem moral e eacutetica e

estas estatildeo presentes desde que se determina o problema ateacute agrave conclusatildeo do estudo (Fortin

1999116 citado por Santos 2008) Fortin refere que ldquo () a investigaccedilatildeo aplicada a seres

humanos pode por vezes causar danos aos direitos e liberdades das pessoas Por conseguinte

eacute importante tomar todas as disposiccedilotildees necessaacuterias para proteger os direitos e liberdades das

pessoas que participam nas investigaccedilotildees rdquo

Apoacutes o esclarecimento dos objetivos do estudo foi referenciado aos teacutecnicos que

estava assegurada a confidencialidade do nome dos teacutecnicos nas respostas dadas nas

entrevistas

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Capitulo III

Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados

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Conforme referenciado neste capiacutetulo pretende-se apresentar os dados e resultados

obtidos atraveacutes das entrevistas realizadas

Importa referir que o PCMAH natildeo respondeu a algumas das questotildees colocadas na

entrevista porque na altura das enxurradas do Porto Judeu natildeo exercia ainda funccedilotildees como

Autarca deste municiacutepio mencionou que as pessoas que estavam na altura das enxurradas do

Porto Judeu no SMPC atualmente jaacute natildeo se encontram na CMAH face a esta situaccedilatildeo e a fim

de ver esclarecidas algumas questotildees relacionadas com o funcionamento do PME entrei em

contacto com o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra Heroiacutesmo a

fim de clarificar algumas duvidas que existiam em relaccedilatildeo ao acionamento do PME

dificuldades encontradas no terreno e respostas concretas da CMAH face agrave situaccedilatildeo do Porto

Judeu a resposta dada pelo Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil foi ldquoa

pessoa que estava responsaacutevel na altura das enxurradas do Porto Judeu jaacute natildeo se encontra aqui

na Cacircmara contudo posso fornecer-lhe algumas informaccedilotildees haacute cerca da cheia que houve em

Angra Heroiacutesmo no dia 4 de Setembrordquo (Coordenador SMPCAH) a recolha de informaccedilatildeo

foi feita atraveacutes de uma conversa formal

Ao longo do processo da aplicaccedilatildeo das entrevistas verifiquei que existiu alguma

resistecircncia por parte do Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e do

coordenador do SMPC em se pronunciar sobre certas questotildees relacionadas com as

enxurradas do Porto Judeu

O PCMAH natildeo respondeu agraves questotildees relacionadas com as cheias de 4 de Setembro

uma vez que a entrevista foi realizada antes desta data

No que concerne agraves entrevistas aplicadas aos teacutecnicos sociais (Assistentes Sociais

Socioacutelogos Psicoacutelogoshellip) nas de questotildees de escolha muacuteltipla os teacutecnicos podem ter

assinalado mais do que uma opccedilatildeo

1 ndash Plano de Emergecircncia

Nos uacuteltimos anos a Ilha Terceira foi assolada por duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

(enxurradas) uma no concelho de Angra do Heroiacutesmo (Porto Judeu) outra no concelho da

Praia da Vitoacuteria (Agualva)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe o PME nem sempre eacute acionado pois a

situaccedilatildeo pode natildeo justificar o acionamento do mesmo

Quem aciona o PME eacute o Presidente da Cacircmara Municipal na situaccedilatildeo concreta da

Agualva o PME foi acionadoldquo O PME foi acionado e o Comando do Serviccedilo Municipal de

Proteccedilatildeo Civil foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualvardquo (E22-PCMPV) no Porto

Judeu o PCMAH natildeo sabe se o PME foi acionado ldquo Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacuterdquo

Segundo o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil nas cheias do

passado dia 4 de Setembro em Angra Heroiacutesmo ldquoo PME natildeo foi acionado mas foi acionada a

Estrutura Municipal de Gestatildeo de Emergecircncias no Posto de Comando da Proteccedilatildeo Civil

Municipal estiveram presentes o Presidente da CMAH Vereadores Coordenador SMPC

Chefe Serviccedilos Municipalizados e Chefe da Unidade de Accedilatildeo Social sempre em articulaccedilatildeo

com o Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra de Heroiacutesmo (BVAH) e com a Poliacutecia de

Seguranccedila Puacuteblica (PSP) rdquo

No que diz respeito aos teacutecnicos verificou-se que somente 4 dos teacutecnicos

entrevistados (78) tem conhecimento do PME do concelho onde desempenha funccedilotildees

(Fig11)

Fig11 ndash Conhecimento do PME Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

No que concerne agraves funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves instituiccedilotildees no acircmbito do PME a

maior parte dos teacutecnicos natildeo soube responder qual a funccedilatildeo concreta que a sua instituiccedilatildeo

tem no campo de acccedilatildeo do PME ldquo esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

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funccedilotildees e tarefas da instituiccedilatildeo do PMErdquo questionei e antes da reestruturaccedilatildeo quais eram as

funccedilotildees A resposta obtida foi a mesmaldquo (hellip) esta a haver uma reestruturaccedilatildeordquo (E3E4E5-

Assistentes Sociais)ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestroferdquo (E14 Socioacutelogo E9 Psicoacutelogo E12 Assistente Social)

ldquoDesconheccedilo quais as funccedilotildees que estatildeo atribuiacutedas agrave minha instituiccedilatildeo no PME (hellip) natildeo sei

nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam

nesse contexto ldquo (E6- Psicoacutelogo)rdquonatildeo sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo tem no PMErdquo

(E7E8E10E11E15E15E17E18)

As funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves Instituiccedilotildees no PME assentam essencialmente

nordquo(hellip) levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo com outras entidades e

realojamentordquo (E13-Assistente Social)

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Caso ocorra uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe na Ilha Terceira a equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial eacute organizada na altura do acontecimento ldquoA equipa de intervenccedilatildeo psicossocial

intervenccedilatildeo em crise na Terceira natildeo se encontra organizada (hellip) a equipa natildeo se formou

organizou porque depende de vaacuterios organismosrdquo (E19-Presidente SRPCBA) de momento ldquo

(hellip) natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia helliprdquo (E14-Assistente Social)

Em situaccedilotildees de cataacutestrofe qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir

independentemente que goze ou natildeo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes a

equipa eacute formada por teacutecnicos das diferentes instituiccedilotildees que fazem parte do PME ldquoem

situaccedilotildees de cataacutestrofe a equipa eacute formada por teacutecnicos de vaacuterias instituiccedilotildees os psicoacutelogos

vamos buscar ao Centro de Sauacutede os assistentes sociais ao ISSA e agrave Divisatildeo da Habitaccedilatildeo da

Terceirardquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo (hellip) A equipa quando eacute formada pode ser composta

por teacutecnicos de diferentes aacutereas tais como Psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e Ciecircncias Sociaisrdquo (E20-Coordenadora do ISSA)

Apesar de natildeo existir uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial organizada para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe na Ilha Terceira existem teacutecnicos sociais especiacuteficos para

intervir nestas situaccedilotildees rdquo a equipa natildeo esta formada poreacutem existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildeesldquo (E10- Socioacutelogo) se ldquo (hellip) a equipa tivesse formada era mais

faacutecil depois intervir (hellip) rdquo (E11-Ciecircncias Sociais)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe as primeiras instituiccedilotildees a serem

acionadas satildeo o ISSA e a Divisatildeo da Habitaccedilatildeo estas geralmente satildeo acionadas pela Proteccedilatildeo

Civil ldquosomos chamados consoante as necessidades da Proteccedilatildeo Civilrdquo (E13Assistente Social

E14 Socioacutelogo)

Embora existam teacutecnicos especiacuteficos para intervir neste tipo de situaccedilotildees qualquer

teacutecnico na altura da situaccedilatildeo da crise pode ser chamado para intervir ldquotodos os teacutecnicos podem

ser chamados (hellip) o nuacutemero de teacutecnicos depende do grau da cataacutestroferdquo (E20-Coordenadora

do ISSA) apesar de natildeo existir uma equipa organizadaldquo (hellip) quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8 Assistente Social E9

Psicoacutelogo E11 Ciecircncias Sociais E13Assitente Social) ldquoNatildeo existe uma equipa especiacutefica

vatildeo arrancando por subequipas quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipasrdquo (E7-

Psicoacutelogo)ldquoO superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da

equipardquo( E11 Ciecircncias Sociais E12Assistente Social)

Na situaccedilatildeo da Agualva e do Porto Judeu nem todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME estiveram presentes ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo

sabemos ao certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo(E1E2- Assistentes Sociais)

Nas enxurradas da Agualva os teacutecnicos que estiveram presentes foram os do ISSA e da

Habitaccedilatildeo e os teacutecnicos da CMPV no caso do Porto Judeu apenas estiveram presentes os

teacutecnicos do ISSA e da HabitaccedilatildeoldquoFomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel os serviccedilos de

sauacutedes natildeo estiveram presentes agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi

feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave casa de uma senhora que era de difiacutecil acesso ldquo(

E13- Assistente Social)

Podemos constatar que algumas das instituiccedilotildees que fazem parte do PME

desempenham um papel meramente redutor neste tipo de situaccedilotildees nomeadamente os

Organismos de Apoio a intervenccedilatildeo cinge-se apenas ao niacutevel do ISSA e da Divisatildeo da

Habitaccedilatildeo

3 - Dificuldades encontradas no Terreno

Segundo o PCMPV a maior dificuldade com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do

socorro agrave populaccedilatildeo na Agualva foi o acesso agraves residecircncias pois os caminhos ficaram todos

obstruiacutedos ldquo (hellip) houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham

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um buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila

dos bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa (hellip) o que estava no PME funcionou

em pleno (hellip) A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de

solidariedade toda a gente contribuiu os escuteiros foram uma mais-valia neste tipo de

situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chaverdquo

No que concerne agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro agrave

populaccedilatildeo no Porto-Judeu o PCMAH natildeo respondeu a esta questatildeo ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Nas cheias de 4 de Setembro segundo o Coordenador do SMPC natildeo houve

dificuldades de coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes no que concerne

agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro eacute referido que natildeo houve

dificuldades na prestaccedilatildeo do socorro embora tenham existido alguns contratempos que

rapidamente foram ultrapassados nomeadamente na falta de comunicaccedilatildeo ldquo Embora tenha

ficado sem telemoacutevel devido agrave chuva existe redundacircncia O SMPC dispotildee de rede raacutedio com

frequecircncia proacutepria com cobertura em toda a ilha utilizou-se tambeacutem a viatura Unidade de

Comando e Telecomunicaccedilotildees

No que concerne agrave coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

envolvidos na situaccedilatildeo da Agualva o PCMPV relatou que natildeo houve dificuldades de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes ldquoeacute uma resposta difiacutecil (Risos)

natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de

proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees (hellip) O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito

este plano foi uma mais-valia nesta intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua

execuccedilatildeo este foi muito discutido por exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos

existentes em cada Freguesia para fazer face a este tipo de situaccedilotildeesrdquo

Os teacutecnicos entrevistados reportaram que as maiores dificuldades com que se

confrontaram no terreno assentaram essencialmente na falta de coordenaccedilatildeo (31) falta de

formaccedilatildeo (27) funccedilotildees natildeo atribuiacutedas (14) falta de informaccedilatildeo (14) e natildeo participaccedilatildeo

em simulacros (14) (Fig12)

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Fig12 ndash Dificuldades encontradas no terreno Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

Segundo o PCMPV natildeo houve dificuldades de coordenaccedilatildeo entre os diferentes

intervenientes na situaccedilatildeo da Agualva contudo os teacutecnicos sociais referem que a falta de

coordenaccedilatildeo foi umas das principais dificuldades com que se confrontaram no terreno

(Fig12) outra das dificuldades encontradas no terreno pelos teacutecnicos esta relacionada com a

sobreposiccedilatildeo de papeacuteis e funccedilotildees natildeo atribuiacutedasldquo (hellip) a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das chefias

superiores tem que ficar bem definida (hellip) A Proteccedilatildeo Civil Exercito Bombeiros deve saber

qual o seu papel para natildeo haver atropelos (hellip) O ISSA deve ter um papel privilegiado na

intervenccedilatildeo psicossocial tem que haver respeito pelos papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem

clara (hellip) natildeo havia nada preparado para este tipo de situaccedilotildees natildeo havia documentos isto na

Agualva pois intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas

melhoraram bastanterdquo (E12 E13- Assistentes Sociais)

Segundo a Coordenadora do ISSA ldquo as maiores dificuldades sentidas na prestaccedilatildeo do

socorro aacute populaccedilatildeo foram as condiccedilotildees de trabalho estas eram muito difiacuteceis havia muitos

riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades pois foi difiacutecil lidar com tanta

destruiccedilatildeordquo

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 14 (78) referiram que os assistentes sociais natildeo se

encontram preparados para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a falta de preparaccedilatildeo estaacute

associada a vaacuterios fatores tais como falta de formaccedilatildeo falta de informaccedilatildeo desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros (Fig13)

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Fig13 ndash Falta de preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Como podemos observar atraveacutes da figura acima apresentada (Fig13) a falta de

formaccedilatildeo (36) eacute o fator mais apontado pelos teacutecnicos como uma das principais causas da

natildeo preparaccedilatildeo dos assistentes sociais para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofeldquo (hellip) em

situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias sem termos formaccedilatildeo especifica

perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para adquirir ferramentas para nossa

intervenccedilatildeordquo (E9-Psicologo)

Um dos teacutecnicos entrevistados relatou que o proacuteprio curso de Serviccedilo Social deveria

ter um moacutedulo que abordasse a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe ldquo a

falta de preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais (hellip) esta relacionada com todos os itens acima

descritos tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica deveria contemplar um moacutedulo que

falasse exatamente nesta aacuterea pois seria uma mais-valia tornando a nossa intervenccedilatildeo mais

eficazldquo (E14- Assistente Social)

4 - Intervenccedilatildeo

Atraveacutes da apresentaccedilatildeo dos resultados verificamos que a intervenccedilatildeo das Autarquias

nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe centrou-se particularmente nos trabalhos de desobstruccedilatildeo

das vias de modo a permitir a circulaccedilatildeo dos meios de apoio e salvamento para a realizaccedilatildeo

recorreram a maquinaria de empresas privadas

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A resposta da CMPV face agrave situaccedilatildeo da Agualva assentou essencialmente em 3

fatores diagnoacutestico da situaccedilatildeo plano de evacuaccedilatildeo e ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social

ldquoNuma primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe salvaguardando sempre

a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das pessoas Numa segunda

fase ativamos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as estradas

desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os recursos

adequados (hellip) entraacutemos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos

ajudarem na desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira Por uacuteltimo procedemos agrave

ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da Agualva aqui eram

confecionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de apoio psicoloacutegico

levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo centraram-se todos os

serviccedilosrdquo (E22-PCMPV)

No caso de Porto-Judeu o PCMAH natildeo soube responder qual a resposta concreta da

CMAH face a esta situaccedilatildeo de cataacutestrofe alegando que na altura natildeo era Presidente da

Cacircmara ldquo Natildeo sei natildeo estava caacuteldquo

No que diz respeito agraves cheias de Angra Heroiacutesmo segundo o Coordenador do SMPC

a resposta da CMAH assentou essencialmente em

- Intervenccedilatildeo no extravasamento de 3 linhas de aacutegua recorrendo a maquinaria de

empresas privadas

-Apoio na desobstruccedilatildeo de canalizaccedilotildees de moradias inundadas

- Desobstruccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo devido a pequenos movimentos de vertente

- Desmoronamento de muros e abatimento de vias

A Proteccedilatildeo Civil Municipal participou em aproximadamente 20 ocorrecircncias no dia 2

de Setembro e em cerca de 50 ocorrecircncias no dia 4 de Setembro De referir que no dia 4 de

Setembro registou-se 157 mm de precipitaccedilatildeo acumulada com maior incidecircncia entre as

15h00 e as 16h00

As freguesias mais afetadas foram Conceiccedilatildeo Seacute Satildeo bento Terra Chatilde Posto

Santo Ribeirinha Feteira e Porto Judeu

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Para fazer face agraves situaccedilotildees de cataacutestrofe ambos os municiacutepios dispotildeem de uma verba

camaraacuteria para este tipo de situaccedilotildees em Angra ldquoesta verba eacute usada consoante as necessidades

que existemrdquo (E21-PCMAH) enquanto na Praia da Vitoacuteria ldquoa verba destina-se essencialmente

agrave Reabilitaccedilatildeordquo (E22-PCMPV)

Ao niacutevel da intervenccedilatildeo Social esta assenta na Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de

Golan (1978) ldquoas situaccedilotildees do Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis na Agualva

estivemos laacute em permanecircncia no local no imediato foram asseguradas as necessidades

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos (hellip) No Porto Judeu a situaccedilatildeo natildeo foi

tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi ao niacutevel do levantamento das necessidadesrdquo (E20- Coordenadora

ISSA)

No que respeita agraves funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos perante estas duas

situaccedilotildees assentaram principalmente em

- Acalmar as viacutetimas

-Assegurar as necessidades baacutesicas de subsistecircncia e realojamento

-Atendimento agraves famiacutelias

-Levantamento das necessidades

-Articulaccedilatildeo com outras entidades

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe nas Flores na Agualva e no Porto

Judeu tiacutenhamos como funccedilotildees acalmar as pessoas apoiar o Presidente da Cacircmara (faziacuteamos

a ponte entre a comunidade e os serviccedilos) levantamento das necessidades ao niacutevel

habitacional ldquo (E3- Assistente Social) Por outro lado ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento

de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e

proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isoladordquo (E8-Assistente Social)

Outra das funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

recaiu no ldquo levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras entidadesrdquo (E9

Psicoacutelogo E10 Socioacutelogo E11Ciencias Sociais E13E14 Assistentes Sociais)

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ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos atendimento direto

agraves pessoas ldquo (E10Socioologo e E14 Assistente Social) ldquo (hellip) fizemos um pouco de tudo (hellip)

levaacutemos aacutegua medicamentos roupa e alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estivemos na construccedilatildeo

de uma base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11-Ciencias Sociais)

A intervenccedilatildeo realizada pelas instituiccedilotildees recaiu essencialmente no apoio

psicoloacutegico apoio alimentar apoio em vestuaacuterio apoio para a habitaccedilatildeo e apoios na aacuterea da

sauacutede

No que diz respeito agraves respostas existentes por parte do ISSA para fazer face a

situaccedilotildees de cataacutestrofe a Coordenadora verbalizou que natildeo existe uma resposta especiacutefica para

este tipo de situaccedilotildees ldquonatildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

encaminhamos usamos os recursos da comunidade (hellip) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos uma residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA dispotildee de

uma verba para este tipo de situaccedilotildees e temos ainda teacutecnicos que intervecircm neste tipo de

situaccedilotildees (hellip) em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores alojamentordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco para a ocorrecircncia de situaccedilotildees de

cataacutestrofes verifiquei que ateacute agraves enxurradas da Agualva ainda natildeo tinham sido criados

instrumentos de trabalho ao niacutevel social para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquoNa Agualva

tiveram que ser criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo (hellip) a situaccedilatildeo da Agualva foi

um marco pela gravidade da situaccedilatildeo muitos dos instrumentos foram criados devido agrave

situaccedilatildeordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Em bom rigor podemos concluir que ateacute aqui a existecircncia de uma verdadeira

cataacutestrofe era considerada natildeo relevante a intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial foi

necessaacuterio existir uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe para serem tomadas medidas para colmatar este

tipo de situaccedilotildees

Para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe o departamento de Accedilatildeo Social da CMPV

trabalha em articulaccedilatildeo com o gabinete de Proteccedilatildeo Civil ldquoeste departamento trabalha em

conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas pelos

dois departamentos existe trabalho de articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois

departamentosrdquo (E22-PCMPV)

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No que concerne agrave CMAH a Unidade de Desenvolvimento Comunitaacuterio natildeo

desenvolve ainda nenhum programa especiacutefico para fazer frente a este tipo de situaccedilotildees

ldquoainda natildeo temos programa especiacutefico face a estas situaccedilotildees mas jaacute agimos nas chuvadas de

dia 4 de Setembro 2015rdquo (E14- Socioacutelogo)

Importa salientar que o PCMAH natildeo estava informado se a sua Autarquia disponha

ou natildeo de um programa ao niacutevel da intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquosim temos a

atuaccedilatildeo deles faz parte delesrdquo (E21-PCMAH) verifica-se que a Autarquia da Praia da Vitoria

valoriza a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe enquanto que a Autarquia

de Angra do Heroiacutesmo encontra-se ainda a dar os primeiros passos no que concerne agrave

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe

5 - Formaccedilatildeo

Ao niacutevel da formaccedilatildeo e da sua relevacircncia para a intervenccedilatildeo a maior parte dos

teacutecnicos entrevistados jaacute participaram em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe (Fig14)

Fig14 ndash Participaccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Contudo nem todos os teacutecnicos frequentaram formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe (Fig15)

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Fig15- Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo Efetiva de Cataacutestrofes Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Dos 7 teacutecnicos entrevistados (39) que natildeo possuem formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe poreacutem 4 deles jaacute desempenharam funccedilotildees em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe (E14 Assistente Social E15E16E17 Socioacutelogos) importa referir que a

maior parte dos teacutecnicos que goza de formaccedilatildeo nesta aacuterea apenas frequentou o I moacutedulo do

curso ldquo (hellip) jaacute fizemos trecircs cursos niacutevel I II e III (hellip) o curso eacute frequentado por enfermeiros

assistentes socais e psicoacutelogoshellip ldquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo A formaccedilatildeo era composta por

3 moacutedulos apenas tirei o moacutedulo Irdquo (E7E8E11) ldquo (hellip) soacute tenho o primeiro moacutedulo fizemos

um pedido superiormente para frequentarmos os moacutedulos II e III mas natildeo foi aceiterdquo (E10-

Socioacutelogo)

Face a esta situaccedilatildeo podemos concluir que os teacutecnicos veem a formaccedilatildeo como um

valor acrescentado na melhoria da sua praacutetica profissional ldquoa formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de

novos conhecimentosrdquo (E1E2E3E4E5E6 Assistentes Sociais Psicoacutelogo) para outros ldquo a

formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas como as entidades a

envolver no encaminhamento das situaccedilotildeesrdquo (E9-Psicologo) a formaccedilatildeo serve ainda para ldquo

(hellip) para natildeo confundirmos os papeacuteis e para darmos uma resposta eficaz e organizada ao

niacutevel da intervenccedilatildeordquo (E13E14-Assistente Social) ldquo a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o

apoio agraves pessoasrdquo (E17E18- Socioacutelogos)

Poreacutem algumas chefias natildeo veem a formaccedilatildeo como uma mais-valia segundo os

teacutecnicos a falta de preparaccedilatildeo dos mesmos para trabalhar em contexto de cataacutestrofe deve-se

principalmente agrave falta de formaccedilatildeo (Fig13) neste sentido seria necessaacuterio que os teacutecnicos

frequentassem os restantes moacutedulos do curso bem como alargar a formaccedilatildeo a um maior

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nuacutemero de teacutecnicos visto que qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir neste tipo de

situaccedilotildees ldquoa formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14-Assistente

Social) sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel termos teacutecnicos

preparados para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquocom formaccedilatildeo adequada penso que os

teacutecnicos se encontram preparados para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofes posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positivardquo (E19-

Presidente do SRPCBA)

De acordo com os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas aos Presidentes de

Cacircmara ambos verbalizam que as instituiccedilotildees que fazem parte do PME do concelho de Angra

do Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoacuteria recebem formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes ldquoDamos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil depende das necessidades que os proacuteprios detetam na uacuteltima

formaccedilatildeo estiveram presentes mais de 20 instituiccedilotildeesrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees participam nos simulacros que

fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala Nestes simulacros

estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados duas vezes por

anohelliprdquo (E22-PCMPV)

Todos os teacutecnicos comungam da mesma opiniatildeo a formaccedilatildeo contribui para a

melhoria da praacutetica profissional ldquoA formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o

que vamos fazer na alturardquo (E7 Psicoacutelogo E10 Assistente Social E12 Assistente Social) ldquoA

formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta podemos

provocar ainda mais o caosrdquo (E10- Socioacutelogo)

6 - Simulacros

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 11 (61) referiram que nunca participaram em

simulacros contudo jaacute trabalharam em situaccedilotildees efetivas de cataacutestrofe (Fig16)

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Fig16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais em simulacros Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

ldquo (hellip) a participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do

acontecimento facilita em muito a nossa intervenccedilatildeo (E3- Assistente Social)

O PCMAH referiu que o concelho de Angra do Heroiacutesmo realiza um simulacro por

ano o PCMPV verbalizou que o concelho da Praia da Vitoria realiza 2 simulacros por ano a

Proteccedilatildeo Civil pratica um simulacro por anoldquo realizamos simulacros anualmente as equipas

de intervenccedilatildeo psicossocial satildeo sempre chamadas para participarrdquo (E19-Presidente SRPCBA)

Segundo a Resoluccedilatildeo nordm 302015 da Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil a qual

revoga a Resoluccedilatildeo nordm 252008 ambas referentes aos criteacuterios e normas teacutecnicas para a

elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil refere na aliacutenea a)

os planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil devem ser objeto de realizaccedilatildeo de exerciacutecios com

periodicidade maacutexima de 2 anos (o ultimo exerciacutecio realizado em Angra foi a 20 de Maio de

2015 e o da Praia em Junho de 2015) face a esta situaccedilatildeo ambas as autarquias estatildeo a agir em

conformidade segundo a lei acima mencionada

Ao analisarmos as respostas dadas pelos teacutecnicos verificaacutemos que os teacutecnicos que

jaacute participaram em simulacros participaram no simulacro haacute mais de dois anos conclui-se

entatildeo que nem todas as Instituiccedilotildees estatildeo a participar nos simulacros promovidos tanto pelas

Autarquias como pela Proteccedilatildeo Civil

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo

No que diz respeito agraves accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo verificou-se que tanto a

CMAH e CMPV e Proteccedilatildeo Civil realizam frequentemente accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo junto da

comunidade para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe essas accedilotildees satildeo realizadas junto das

escolas lares atraveacutes de coloacutequios palestras contudo a informaccedilatildeo pode chegar a toda a

sociedade civil atraveacutes da internet e panfletos ldquoRealizaacutemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas para estas questotildees (hellip) A Proteccedilatildeo

Civil eacute quem desenvolve mais este papel faz sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNeste momento temos dois projetos onde fazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo o

proteccedilatildeo civil mais 65 onde realizamos accedilotildees nos lares de terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de Proteccedilatildeo Civil este projeto desenvolve-se ao niacutevel das escolas estas accedilotildees

satildeo realizadas anualmenterdquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquoFazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo os

puacuteblicos-alvo satildeo crianccedilas jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet

panfletos usamos muito os panfletos fazemos palestras os nossos teacutecnicos dirigem-se agraves

escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo feitas duas vezes por ano ldquo

(E22-PCMPV)

Verificou-se que existe por parte dos serviccedilos a preocupaccedilatildeo de informar alertar a

sociedade civil para este tipo de situaccedilotildees

8 - Normativos Internos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe

No que concerne aos normativos internos (procedimentos a adotar em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe) 3 teacutecnicos (17) mencionaram que as Instituiccedilotildees a que pertencem natildeo dispotildeem

de normativos internos para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe (Fig17)

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Fig17 Normativos internos Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe com a Intervenccedilatildeo do

Assistente Social

Verifica-se que existe relaccedilatildeo entre as caracteriacutesticas da atuaccedilatildeo do assistente social e

as etapas da intervenccedilatildeo psicossocial O quadro 8 mostra a relaccedilatildeo das etapas da intervenccedilatildeo

psicossocial com a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Estabelecer contacto Acolhimento

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe eacute necessaacuterio estabelecer um

contacto Acolhimento com as pessoas de forma a

perceber o que aconteceu e providenciar as

necessidades imediatas

ldquo Quando chegamos ao local tentamos acalmar as

pessoasrdquo (E3 ndash Assistente Social)

(hellip) ldquoLevantamento de necessidades imediatashelliprdquo (E8-

Assistente Social)

(hellip) Levamos aacutegua medicamentos alimentaccedilatildeo

vestuaacuteriohellip (E11-Ciencias Sociais)

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Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social (cont)

Analisar o Problema

Nesta fase o AS deve tentar perceber quais os

problemas que necessitam de uma intervenccedilatildeo imediata

e quais os que podem ter uma intervenccedilatildeo posterior

nesta fase devem tambeacutem ser identificadas as

prioridades

ldquoFomos socorrer um diabeacutetico (hellip) natildeo sabia o que

fazer (hellip) andei a pedir seringas e insulina (hellip) foi

horriacutevel os serviccedilos de sauacutede natildeo estiveram presenteshellip

(E13-Assistente Social)

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Nesta fase o AS deve analisar que possiacuteveis soluccedilotildees

existem para aquela situaccedilatildeo problema e verificar o

que jaacute foi feito pela famiacutelia para ultrapassar a situaccedilatildeo

ldquoHouve famiacutelias que ficaram desalojadas umas

famiacutelias por iniciativa proacutepria ficaram alojadas em casa

de familiares outras foram realojadasrdquo (E3-Assistente

Social)

Executar accedilotildees concretas

Nesta etapa o As deve proceder agrave execuccedilatildeo de accedilotildees

concretas para ajudar a famiacutelia a resolver a situaccedilatildeo

problema

ldquo (hellip) Um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos uma

pensatildeo para ficar depois fizemos a articulaccedilatildeo com a

Divisatildeo da Habitaccedilatildeordquohellip (E20-Coordenadora Accedilatildeo

Social)

Acompanhamento

Esta etapa tem a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito ateacute

ao momento prestando especial atenccedilatildeo agraves tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

ldquoPoacutes cataacutestrofe as famiacutelias que ainda necessitam de

acompanhamento satildeo encaminhadas para teacutecnicas da

freguesiardquo (E-20 Coordenadora ISSA)

Os utentes que necessitam de intervenccedilatildeo poacutes

cataacutestrofe passam a ser seguidos pelo centro de sauacutede ldquo

(E9- Psicoacutelogo)

Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria a partir da sistematizaccedilatildeo das entrevistas realizadas2015

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Conclusotildees

Portugal tem tido nos uacuteltimos anos um aumento significativo de desastres naturais os

quais deram origem a viacutetimas mortais e a grandes prejuiacutezos econoacutemicos sociais e

psicoloacutegicos

As pessoas e o ambiente satildeo cada vez mais punidas pelos efeitos nefastos dos

desastres naturais isto deve-se segundo vaacuterios autores entre os quais Giddens (2012) a altas

taxas de crescimento populacional e elevada densidade demograacutefica migraccedilatildeo e urbanizaccedilatildeo

natildeo planeada ou desordenada degradaccedilatildeo ambiental e alteraccedilotildees climaacuteticas As populaccedilotildees

carentes satildeo as mais vulneraacuteveis aos desastres porque dispotildeem de menos recursos e

capacidade para lidar com os impactos ou evitaacute-los

Quantas vezes temos testemunhado a forccedila da natureza ou a ldquomatildeordquo do homem a

despoletarem grandes adversidades que deixam o ser humano impotente cataacutestrofes naturais

atentados terrorista acidentes rodoviaacuterios violaccedilotildees tiroteios acontecimentos que natildeo

conseguimos controlar aos quais muitas vezes natildeo sabemos como reagir nem como ajudar

Parafraseando Maia (2009) em situaccedilotildees de cataacutestrofes a intervenccedilatildeo eacute efetuada por

dois grupos de profissionais distintos aqueles cuja funccedilatildeo principal eacute intervir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe com o objetivo de restabelecer recursos materiais e organizar infraestruturas como

eacute o caso dos poliacutecias bombeiros meacutedicos entre outros o outro grupo eacute constituiacutedo pelos

profissionais preparados para intervir em situaccedilotildees de crise psicoloacutegica e social como eacute o

caso das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial constituiacutedas por psicoacutelogos e assistentes sociais

considerando-se que o apoio psicossocial eacute um dos maiores preditores de bem-estar

As equipas de apoio psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia prestam os designados

Primeiros Socorros Psicoloacutegicos que correspondem a teacutecnicas que visam ajudar

sobreviventes familiares e profissionais de emergecircncia em momentos de crise imediatamente

apoacutes um desastre Estas teacutecnicas visam reduzir o distress (stress negativo) inicial provocado

por eventos traumaacuteticos e desenvolver o funcionamento adaptativo e capacidade de gestatildeo do

stress a curto e longo prazo

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel proceder de

imediato agrave organizaccedilatildeo da equipa de intervenccedilatildeo psicossocial A justificaccedilatildeo dada pelo

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Presidente SPCBA de que a equipa natildeo esta organizada natildeo eacute plausiacutevel ldquo (hellip) depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada (hellip) rdquo nenhum paiacutes estaacute imune agraves

cataacutestrofes naturais as emergecircncias e cataacutestrofes satildeo acontecimentos que pela sua proacutepria

natureza natildeo podem ser predeterminados o que obriga a estejamos devidamente preparados

para fazer face a estas situaccedilotildees a existecircncia de uma equipa jaacute organizada eacute a chave do

sucesso para a nossa intervenccedilatildeo

Eacute inaceitaacutevel que soacute a partir das enxurradas da Agualva em 2009 se comeccedilou a

organizar a atuaccedilatildeo ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquo (hellip) natildeo havia

nada preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na Agualva pois

intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas melhoraram bastante ldquo

(E7E8 Assistentes Sociais)

A CMAH soacute comeccedilou a dar os primeiros passos ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em

situaccedilotildees de cataacutestrofe nas enxurradas de Angra do Heroiacutesmo a 4 de Setembro de 2015ldquo (hellip)

mas jaacute agimos nas chuvadas de dia 4 de Setembro 2015helliprdquo (E17-Sociologo)

Apoacutes a equipa intervenccedilatildeo psicossocial estar devidamente organizada eacute necessaacuterio

ministrar formaccedilatildeo aos teacutecnicos na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofes a maior

parte dos teacutecnicos entrevistados referiu que um dos fatores relacionados com a sua falta de

preparaccedilatildeo para trabalhar em situaccedilotildees de cataacutestrofe bem como as dificuldades encontradas

no terreno deve-se particularmente agrave falta de formaccedilatildeo nesta aacuterea todos os teacutecnicos que sejam

chamados para intervir nestas situaccedilotildees devem gozar de formaccedilatildeo nesta aacuterea nas duas

situaccedilotildees de cataacutestrofe ocorridas na Ilha Terceira foram acionados teacutecnicos para intervir que

natildeo gozavam de qualquer tipo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes neste

sentido haacute que sensibilizar as chefias para estas questotildees possuir recursos humanos

preparados melhor seraacute a qualidade das suas respostas A falta de formaccedilatildeo dos recursos

humanos ou inclusivamente a inadequaccedilatildeo dos mesmos pode levar a que um pequeno

sinistro se possa tornar numa enorme cataacutestrofe

Na linha de pensamento de Golan (1978) as situaccedilotildees de crise exigem a intervenccedilatildeo

de teacutecnicos especializados nomeadamente de assistentes sociais A cataacutestrofe natural pela sua

magnitude e imprevisibilidade eacute considerada uma crise que necessita de intervenccedilatildeo

especializada na maioria das vezes

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As situaccedilotildees de crise aleacutem de exigirem teacutecnicos especializados exigem tambeacutem que

os teacutecnicos sejam conhecedores da comunidade onde estatildeo inseridos de forma a poder efetuar

a caracterizaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis na comunidade pelo que a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees

de crise deve ser desenvolvida preferencialmente por um teacutecnico com relaccedilotildees jaacute

estabelecidas na comunidade

Nesta preceptiva eacute extremamente necessaacuterio que em situaccedilotildees de cataacutestrofe os

assistentes sociais que integram as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam qual o papel

que cada instituiccedilatildeo desempenha no terreno e quais os recursos que disponibilizam neste tipo

de situaccedilotildees Para isso eacute necessaacuterio que sejam conhecedores do PME do concelho bem como

de alguma legislaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil pelo que a participaccedilatildeo em simulacros

pode ser uma forma de colmatar este tipo de situaccedilotildees todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME devem ser convidadas a participar em simulacros a realizaccedilatildeo de simulacros natildeo se

deve cingir somente a algumas instituiccedilotildees pois em situaccedilatildeo de cataacutestrofe qualquer uma

instituiccedilatildeo pode ser acionada para intervir

Apoacutes a cataacutestrofe na fase considerada poacutes-critica a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

pretende por um lado promover a recuperaccedilatildeo da comunidade a curto e meacutedio prazo atraveacutes

da reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos essenciais da reconstruccedilatildeo do tecido social nomeadamente

sistemas de saneamento eletricidade comunicaccedilotildees serviccedilos de sauacutede por outro lado poderaacute

o assistente social neste momento centrar-se no trabalho de recuperaccedilatildeo psicoloacutegica social e

econoacutemica dos indiviacuteduos

No campo especiacutefico da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe a

meta principal eacute ajudar a pessoa a recuperar o niacutevel de vida que possuiacutea antes do evento

desencadeante da crise

A relaccedilatildeo de ajuda eacute um dos instrumentos fundamentais para uma intervenccedilatildeo eficaz

em situaccedilotildees de crise esta soacute eacute possiacutevel se estabelecer uma relaccedilatildeo de confianccedila Podemos

definir esta relaccedilatildeo como uma troca de conhecimento e influecircncia muacutetua onde o assistente

social tem que estar disponiacutevel e ter curiosidade de descobrir a sua pessoa os seus desejos as

suas ambiccedilotildees e os seus obstaacuteculos Para tal o assistente social tem que recorrer agrave escuta agrave

observaccedilatildeo fazer perguntas pertinentes onde o utente exprime os seus interesses que vai

facilitar a sua capacidade de exprimir e melhorar a comunicaccedilatildeo entre os dois

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Em situaccedilotildees de cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de ajuda eacute uma

abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de sucesso junto das

viacutetimas

Deste estudo surgem algumas propostas tais como

- A intervenccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilotildees de cataacutestrofe deve seguir o modelo de

anaacutelise referente agraves etapas da intervenccedilatildeo psicossocial

-A elaboraccedilatildeo do PME bem como as leis em mateacuteria de proteccedilatildeo civil devem contar

com a participaccedilatildeo dos assistentes sociais pois o contributo oferecido pelo Serviccedilo Social

seraacute uma mais-valia

- Introduzir no plano de estudos do curso de Serviccedilo Social uma disciplina ou um

moacutedulo acerca desta temaacutetica considerando que as situaccedilotildees de cataacutestrofe cada vez mais

suscetiacuteveis de acontecer precisam de teacutecnicos com conhecimentos nesta aacuterea

- Uma outra proposta seria a construccedilatildeo de um manual de procedimentos numa visatildeo

mais alargada e mais abrangente da intervenccedilatildeo social aplicaacutevel agraves diferentes situaccedilotildees

possiacuteveis agrave semelhanccedila dos procedimentos protocolos e planos de accedilatildeo jaacute determinados e

preacute-estabelecidos pelos diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

-Apenas devem intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe teacutecnicos que tenham formaccedilatildeo

nesta aacuterea pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo de sucesso

Tendo em conta que uma boa preparaccedilatildeo envolve um certo grau de atividade

educacional e formativa e um conhecimento vaacutelido e empiacuterico baseado em conhecimento

social e cientiacutefico satildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees neste sentido O contributo acadeacutemico e

cientiacutefico de investigaccedilotildees centradas na preparaccedilatildeo aos desastres natildeo deve apenas limitar ndash se

a algumas aacutereas como eacute o caso da Psicologia e Proteccedilatildeo Civil devendo expandir-se por outras

aacutereas nomeadamente pela aacuterea do Serviccedilo Social para que de forma articulada e coordenada

possam combinar esforccedilos para uma resposta agrave crise cada vez mais estruturada sistemaacutetica e

eficaz suscetiacutevel de reduzir impactos e minimizar consequecircncias quer em termos materiais

quer em termos psicoloacutegicos e sociais

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Para garantir uma resposta operacional adequada e eficaz perante as situaccedilotildees de

cataacutestrofe haacute que apostar numa fase de preacute-preparaccedilatildeo que contemple o planeamento e a

prevenccedilatildeo o treino contiacutenuo de equipas a educaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo acerca dos riscos planos

e treinos de simulaccedilotildees de situaccedilotildees reais no sentido de corrigir inadequaccedilotildees e reforccedilar o

que estaacute adequado e eficiente O planeamento da resposta aos desastres eacute essencial para uma

adequada recuperaccedilatildeo da crise minimizando a disrupccedilatildeo do funcionamento de toda uma

sociedade uma comunidade ou um indiviacuteduo

Assim a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe natildeo deve reduzir

ndash se apenas ao levantamento de necessidades e ao assegurar as necessidades baacutesicas de

subsistecircncia e articulaccedilatildeo com outras entidades Deve ainda desempenhar um papel mais proacute-

ativo centrando a sua accedilatildeo natildeo soacute na fase de emergecircncia e poacutes emergecircncia mas tambeacutem

particularmente na fase da preacute emergecircncia pois qualquer cataacutestrofe eacute possiacutevel de acontecer

mais cedo ou mais tarde aconteceraacute por isso temos que estar prevenidos

Em Portugal a investigaccedilatildeo na aacuterea da emergecircncia em situaccedilotildees de cataacutestrofe eacute

urgente e prioritaacuteria Poreacutem a literatura relativa agrave intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees

de cataacutestrofe eacute escassa ou praticamente inexistente no nosso paiacutes o que leva a considerar que

sejam desenvolvidas mais investigaccedilotildees nesta aacuterea neste sentido torna-se imprescindiacutevel criar

um instrumento que indique em que medida os diferentes intervenientes da resposta agrave crise

estatildeo preparados para gerir toda uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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Decreto Lei 1632014 de 31 de Outubro

Decreto-Lei nordm 722013

Decreto Regulamentar Regional nordm 24 2012A de 27 de Novembro

Resoluccedilatildeo nordm 25 2008 de 18 de Julho Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

Lei nordm 652007 de 12 de Novembro

Decreto Regulamentar Regional nordm 112007A

Lei nordm 1342006 de 25 de Julho

Lei nordm 272006 de 3 de Julho

Decreto Regulamentar Regional nordm 242003A de 7 de Agosto

Decreto Regulamentar nordm 181993

D - Relatoacuterios

Ministeacuterio da Administraccedilatildeo Interna 2003 ldquoLivro Branco dos incecircndios florestais ocorridos

no veratildeo de 2003rdquo

E - Documentaccedilatildeo Teacutecnica

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria (2014) ldquoPlano

de Emergecircnciardquo

Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2013)

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Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Instituto Nacional de Estatiacutestica (2014) acedido a 27 de Abril de 2014

Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2015) acedido a 2 Maio de 2015

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I

Apecircndices

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II

Apecircndice I

(Guiatildeo de Entrevistas)

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Administraccedilatildeo

III

Guiatildeo de Entrevista Coordenadora Do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra

Heroiacutesmo

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave Seguranccedila Social no

acircmbito do plano de emergecircncia municipal

2-Quantos teacutecnicos (Assistentes Sociais Psicoacutelogos Socioacutelogos Educadores Sociaishellip)

trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

a)1 a 10

b)11 a 20

c)21 a 30

d)Mais de 30

3-Para situaccedilotildees de cataacutestrofe a Seguranccedila Social tem formada alguma equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial ou equipa de intervenccedilatildeo em crise (Se natildeo existe nenhuma equipa formada

passar para a questatildeo nordm 4)

Sim Natildeo

31-Se sim esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

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Administraccedilatildeo

IV

32-Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a(Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Educadores Socias nordm

f)Outro Qual

33-Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

34-Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

35 - Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

36- A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

V

37- Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

38-Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 3 anos

39 ndash Quantos teacutecnicos participaram

a)1 a 3

b)4 a 7

b)8 a 11

c)Mais de 11

4- Se natildeo existe nenhuma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial formada na sua opiniatildeo natildeo

seria uacutetil formar uma equipa para estas situaccedilotildees Visto que vivemos numa zona de risco

Sim Natildeo

41 ndash Se sim Quais os motivos porque nunca foi criada uma equipa para intervir neste tipo

de situaccedilotildees

a) A proteccedilatildeo civil jaacute dispotildee de uma equipa para intervir neste tipo de situaccedilotildees

b) Falta de recursos humanos

c) Nunca houve necessidade de criar este tipo de equipa

d) Outras Qual

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

VI

42 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

43 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

44- Se sim esta equipa foi composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

45- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

46- Que funccedilotildees desempenharam

47ndash Estes teacutecnicos tinham formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

VII

48ndash Alguma vez tinham participado nalgum simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

5 - Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa da Seguranccedila Social na

elaboraccedilatildeo do plano de emergecircncia

Sim Natildeo

6 - Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel da Seguranccedila Social

7- Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

8-Considera que o sector que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe no

seu acircmbito proacuteprio

Sim Natildeo

81- Se natildeo o que poderia ser feito para ultrapassar esta situaccedilatildeo

9- No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave populaccedilatildeo do Porto-

Judeu

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de informaccedilatildeo

d)Natildeo existecircncia de equipas formadas para intervir neste tipo de situaccedilotildees

e)Pouca experiencia neste tipo de intervenccedilatildeo

f)Formar equipa (s) em poucas horas

g)Teacutecnicos pouco preparados para intervir neste tipo de situaccedilatildeo

h)Recolha de informaccedilatildeo

i)Dificuldades de acesso agrave populaccedilatildeo

J)Funccedilotildees pouco claras

l)Outras Quais

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

VIII

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10-Na sequecircncias das enxurradas do Porto Judeu Agualva foram feitas algumas propostas

pelo ISSA ao Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

Se sim quais

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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

11- Perante as enxurradas que ocorrerem aqui na ilha foram criadas algumas respostas

perante estas situaccedilotildees

Sim Natildeo

Se sim diga quais

a)Linha de emergecircncia social

b)Centros de acolhimento

c)Base dados

d)Criaccedilatildeo de grelhas de identificaccedilatildeo

e)Outra Quais

12-Nas duas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na ilha o ISSA solicitou

colaboraccedilatildeo agrave sua rede de parceiros

Sim Natildeo

Se sim que tipo de colaboraccedilatildeo foi solicitada

a)Recursos Humanos

b)Recursos materiais (vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores calccedilado camas colchotildees hellip)

c)Alojamento

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

IX

d)Apoio Financeiro

e)Viaturas

f)Outra Qual

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

X

Guiatildeo de Entrevista Teacutecnicos Sociais

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Conhece o plano de emergecircncia municipal

Sim Natildeo

11 - Se sim quais as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo confiadas agrave sua instituiccedilatildeo no

plano de emergecircncia municipal

2-A sua instituiccedilatildeo faz parte do Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

3-Neste momento Integra alguma equipa de apoio psicossocial para intervir ir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

4-Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

41- Se sim haacute quanto tempo foi ministrada essa formaccedilatildeo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XI

42-Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma melhoria da sua

praacutetica profissional

Sim Natildeo

421 - Se sim em que medida

5-Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

51 - Se sim haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

6-A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a adotar em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

61-Se natildeo pensa que estes poderiam ser uma mais-valia para a instituiccedilatildeo caso ocorra uma

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

611- Se sim em que medida

a)Mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta

b)Melhor organizaccedilatildeo na resposta

c)Melhor coordenaccedilatildeo

d)Outras Quais

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XII

7-Enquanto Assistente Social alguma vez teve de intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe efetiva

Sim Natildeo

71- Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

72 - Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz respeito

agrave sua praacutetica profissional

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)Dificuldade em gerir as emoccedilotildees

e)Nunca ter participado num simulacro

f)Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

g)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

h)Falta de comunicaccedilatildeo

i)Depara-me com a situaccedilatildeo e natildeo saber o que fazer

j)Dificuldades em trabalhar em equipa

l)Dificuldade em identificar as equipas que estatildeo no terreno

m)Outras Quais

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8-Nas enxurradas do Porto-Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por parte da sua

Instituiccedilatildeo

Sim Natildeo

81 - Se sim qual foi a intervenccedilatildeo efetuada pela sua instituiccedilatildeo

a) Apoio Alimentar

b)Apoio Vestuaacuterio

c)Apoio psicoloacutegico

d)Apoio Habitaccedilatildeo alojamento

e)Apoio ao niacutevel da Sauacutede

f)Outro Qual

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XIII

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9 ndash Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Socais estatildeo preparados para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

91 - Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de formaccedilatildeo

b)Falta de informaccedilatildeo

c)Desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

d)Entidade Patronal desvaloriza esta aacuterea de intervenccedilatildeo

e)Natildeo participaccedilatildeo em simulacros

f)Outros Quais

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10- De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Sim Natildeo

101 ndash Caso natildeo concorde que alteraccedilatildeo proponha a este modelo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XIV

Guiatildeo de Entrevista - Presidente Camara Municipal Angra Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais

e de Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor

Antoacutenio Amaro encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma a

poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu foi acionado o plano de emergecircncia que esta

aprovado

Sim Natildeo

Se natildeo Porquecirc

2-Qual foi a resposta concreta da Cacircmara agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto Judeu

Agualva

3-Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva quais foram as maiores dificuldades com

que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de comunicaccedilatildeo

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de equipamentos (maquinas)

e)Os Recursos humanos natildeo se encontram preparados para trabalhar neste contexto

f)Trabalho Voluntaacuterio

g)Trabalhar sobre pressatildeo

h)As Instituiccedilotildees natildeo se encontram preparadas para trabalhar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XV

i)Outras Quais

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4-Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das Instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Sim Natildeo

Se natildeo qual o motivo

5-Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na

resposta a dar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim indique quais

6-Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees que fazem parte do plano de

emergecircncia na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Sim Natildeo

Se sim quantas instituiccedilotildees estiveram presentes

a)1 a 10

b)11a 20

c) Mais de 20

Este tipo de formaccedilatildeo eacute ministrada com que periodicidade

a)Anualmente

b)Bianualmente

c)Mais de 3 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVI

7-Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

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E com que periodicidade

a) Anual

b) Bianual

c) Outra Qual

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8-Satildeo realizados simulacros

Sim Natildeo

Se sim com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Trianual

d)Outra Qual

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVII

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------

9-Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim em que medida

10-Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao plano de

emergecircncia e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim quais

11-No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder a

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim esta verba destina-se agrave

a)Prevenccedilatildeo

b)Planeamento

c)Reabilitaccedilatildeo

d)Outra Qual

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12-O Departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara desenvolve algum programa para fazer

face as situaccedilotildees de cataacutestrofes naturais

Sim Natildeo

Se sim que tipo de programa eacute desenvolvido

13- Ao niacutevel do departamento da Accedilatildeo Social que tipo de intervenccedilatildeo foi desenvolvida

na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XVIII

Guiatildeo de Entrevista Responsaacutevel do SRPCBA

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para atuar em

situaccedilotildees de cataacutestrofes (Se natildeo existe passar para questatildeo nordm2)

Sim Natildeo

11 - Se sim esta eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

12- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XIX

13 - Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

14- Se natildeo qual o motivo porque nunca foi ministrada formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos da

Equipa

a) Falta de recursos financeiros

b) Natildeo se justifica ministrar formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos face ao nuacutemero de situaccedilotildees de

cataacutestrofe ocorridas na Ilha

c) Outra Qual

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15 ndash Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

16 ndash Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

161 ndash Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XX

2-Se natildeo porque nunca foi criada uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

a)Natildeo se justifica a criaccedilatildeo de uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

b)O ISSA jaacute tem uma equipa formada para atuar nestas situaccedilotildees

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de coordenaccedilatildeo entre os serviccedilos

e)Outra Qual

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21 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

22 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

3- Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

31 -Se sim em que medida

4-Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

41 ndash Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu que meios foram disponibilizados

5- Apoacutes estas enxurradas sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

6- A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXI

61- Se sim com que periodicidade satildeo realizados os simulacros

a) Anual

b)Bianual

d) Mais de 2 anos

7- Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

71 - Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

72- E com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Outra Qual

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

8-Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXII

81-Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)A natildeo participaccedilatildeo em simulacros

e)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

f)Falta de comunicaccedilatildeo

g)Dificuldades em trabalhar em equipa

h)Dificuldade em identificar as equipa que estatildeo no terreno

i)Outras Quais

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIII

Apecircndice II

(Transcriccedilatildeo das Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIV

Entrevista Semidirigida - Assistente Social

Entrevista nordm 1

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

natildeo sei quais as funccedilotildees e tarefas que estatildeo atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir nomeadamente na aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo e novos

conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXV

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Estive no local mas natildeo intervim poreacutem nas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe que

existiram aqui na ilha demos apoio em geacuteneros alimentares agraves famiacutelias que ficaram

desalojadas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado Do pouco tempo que estive presente pois apenas fomos levar alguma

alimentaccedilatildeo as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo falta

de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute faacutecil

dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram minimamente preparados para intervir

neste tipo de situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo deve-se a falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e a

natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 2

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVI

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

nem sei quais satildeo as funccedilotildees que nos estatildeo atribuiacutedas no acircmbito do PME

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta permite com que nos Assistentes Sociais fiquem melhor preparados

para agir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a formaccedilatildeo leva tambeacutem agrave aquisiccedilatildeo de mais e novos

conhecimentos nesta aacuterea

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Nunca tive de intervir diretamente em nenhuma situaccedilatildeo de cataacutestrofe a nossa

Instituiccedilatildeo deu apoio em alguns geacuteneros alimentares

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVII

Entrevistado as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute

faacutecil dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno e natildeo ter funccedilotildees e tarefas

atribuiacutedas

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo aplica-se a falta de formaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em

simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo este modelo jaacute bem definido

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 3

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta pode melhorar a nossa formaccedilatildeo base com a formaccedilatildeo deixamos de

agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de uma forma mais racional

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo participei ainda em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim intervim na situaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu e Flores

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado as funccedilotildees desempenhadas foram acalmar as pessoas apoiar o Presidente da

Cacircmara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos levantamento das necessidades a

niacutevel habitacional e estaacutevamos tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacutelias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado as maiores dificuldades foram falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as

emoccedilotildees ateacute ao momento nunca ter participado em nenhum simulacro para mim a

participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do acontecimento facilita em

muito a nossa intervenccedilatildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIX

Outra das dificuldades encontradas no terreno foi o facto de ir para lugares perigosos onde

existe alguma falta de seguranccedila

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo estaacute associada agrave falta de formaccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo das vezes que intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca tive um

modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas situaccedilotildees que intervim passei algumas

destas fases

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 4

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas os procedimentos encontram-se a ser alterados

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXX

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado) sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim na medida em que podemos aprofundar novos conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo

desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo bem como formaccedilatildeo acadeacutemica deveria ter um

moacutedulo que estivesse relacionado com esta temaacutetica

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXI

Entrevistado sim concordo ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 5

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a formaccedilatildeo leva a aquisiccedilatildeo de um maior conhecimento na aacuterea

e ao mesmo tempo serve de complemento agrave formaccedilatildeo acadeacutemica

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim o ultimo simulacro que frequentei foi haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim dispotildee

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado(a) jaacute desempenhei funccedilotildees em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda a fazer trabalho de back office

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado como lhe disse jaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda e fazer trabalho de back office as maiores dificuldades com que

me deparei foram essencialmente falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com falta de formaccedilatildeo e natildeo

participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 6

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIII

Entrevistado natildeo conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim faz parte no contexto da minha atividade profissional nunca foi

partilhado o conteuacutedo do PME nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado sim esta formaccedilatildeo foi ministrada haacute menos de um ano

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a intervenccedilatildeo em cenaacuterios de crise emergecircncia e cataacutestrofe e

marcada pela especificidade diferenciando-se das intervenccedilotildees quotidianas Possui objetivos

propoacutesitos setting de accedilatildeo e teacutecnicas de intervenccedilatildeo particulares que requerem um

complemento da formaccedilatildeo de base sob pena de as intervenccedilotildees poderem ser contra

producentes No meu caso particular a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no que agraves questotildees do

stress traumaacutetico diz respeito

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo nunca participei

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado) natildeo estes podiam melhorar a eficaacutecia e a eficiecircncia da resposta melhorar a

organizaccedilatildeo da resposta e melhorar a coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIV

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 7

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim a instituiccedilatildeo faz parte do PME mas natildeo sei quais as tarefas e funccedilotildees

atribuiacutedas agrave instituiccedilatildeo neste acircmbito

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas

quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXV

Entrevistado sim a formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos fazer

na altura

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim jaacute participei mas haacute mais de 2 anos que estive presente num simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees desempenhadas na Agualva foram providenciar as refeiccedilotildees

no Porto Judeu assentaram no levantamento das necessidades imediatas retirada de uma idosa

de casa com os bombeiros a idosa estava isolada

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo as coisas melhoraram bastante intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos

intervindo na realidade

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico apoio pontual na altura da crise

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os psicoacutelogos encontram-se preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe contudo podemos natildeo dar todas as respostas necessaacuterias

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVI

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 8

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado Natildeo sei responder a essa questatildeo natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados conforme a nossa disponibilidade

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo tirei a formaccedilatildeo haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim a formaccedilatildeo adequa os procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo agraves

necessidades daquele momento

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei num simulacro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVII

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim Na Agualva providenciei refeiccedilotildees no Porto Judeu levantamento de

danos e de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros

e proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isolado outra das funccedilotildees desempenhadas foi a

articulaccedilatildeo com outras entidades Em Angra as funccedilotildees foram essencialmente ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo no caso da Agualva confrontei-me com a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis natildeo

estavam definidos de quem estava a intervir natildeo havia nada preparado para este tipo de

situaccedilotildees natildeo havia documentos intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas

as coisas melhoraram bastante

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar na Casa do Povo e apoio ao niacutevel da sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

natildeo participaccedilatildeo em simulacros os papeis natildeo estatildeo definidos a equipa jaacute deveria estar

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVIII

formada e natildeo deveria ser formada na hora natildeo deve ser no hora do acontecimento que nos

dizem para ir para o terreno

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 9

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim como entidade de primeira linha temos que estar disponiacuteveis para

situaccedilotildees de crise e cataacutestrofe

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada os teacutecnicos satildeo chamados conforme

a nossa disponibilidade contudo existe uma equipa para a ilha das Flores e Corvo

A Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca foi formada quando

acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSA

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar haacute quanto tempo foi ministrada

essa formaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIX

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

como identificar as fases mais agudas encaminhamentos como que entidades a envolver no

encaminhamento das situaccedilotildees

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute participei mas natildeo me recordo quando foi

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo dispotildee mas estes poderiam ser uma mais-valia nomeadamente na eficaacutecia

e eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo na resposta e melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram em fornecer os primeiros socorros psicoloacutegicos

levantamento de danos articulaccedilatildeo com outras entidades acompanhamento poacutes cataacutestrofe a

niacutevel psicoloacutegico os casos satildeo encaminhados para a sauacutede ou seja Centro de Sauacutede ou

Hospital

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo dificuldade

em gerir as emoccedilotildees inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe falta de comunicaccedilatildeo e dificuldades em identificar as equipas que

estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede a intervenccedilatildeo

foi sempre feita em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XL

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Psicoacutelogos natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves

famiacutelias ser termos formaccedilatildeo especiacutefica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para

adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 10

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei quais as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea jaacute fiz esta formaccedilatildeo haacute mais de dois anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas a formaccedilatildeo eacute uma boa

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLI

ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta muitas vezes podemos provocar ainda

mais o caos

Se jaacute tiveacutessemos a equipa formada era mais faacutecil intervir no que concerne agrave formaccedilatildeo soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para frequentarmos o niacutevel II e

III mas natildeo foi aceite

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sabe

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as nossas funccedilotildees foi essencialmente o levantamento de danos e

necessidades articulaccedilatildeo com outras entidades a fim de angariarmos bens necessaacuterios

fizemos equipa com o serviccedilo da habitaccedilatildeo fizemos atendimento direto agraves pessoas poacutes

cataacutestrofe as famiacutelias que jaacute eram acompanhadas pelas teacutecnicas do ISSA foram encaminhadas

para as teacutecnicas das freguesias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo informaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo nunca ter participado em nenhum simulacro

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLII

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida - Ciecircncias Sociais

Entrevista nordm 11

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha neste

acircmbito

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada mas quando acontece alguma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe somos chamados consoante a disponibilidade o superior hieraacuterquico eacute quem

decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da equipa

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea soacute fiz o primeiro moacutedulo jaacute fiz essa formaccedilatildeo haacute 2

anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

com a formaccedilatildeo estamos melhor organizados sabemos como devemos agir na Agualva natildeo

havia nada atualmente jaacute temos uma base de dados jaacute temos ferramentas de trabalho na

Agualva tivemos que construir tudo

Devia ter ido para o segundo moacutedulo mas natildeo foi possiacutevel de vez em quando deviacuteamos fazer

reciclagem se a equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervir

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim como funccedilotildees fiz um pouco de tudo como levantamento de danos e

necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Levamos aacutegua agraves pessoas isoladas levamos medicaccedilatildeo fizemos distribuiccedilatildeo de roupa e

alimentos

Estive na construccedilatildeo da base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo falta de

coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees nunca ter participado em simulacros

inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial deparar-me com a situaccedilatildeo e natildeo

saber o que fazer e dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIV

As tarefas foram atribuiacutedas no momento a niacutevel da sauacutede foi uma situaccedilatildeo mais complicada

ex pessoas que necessitavam de insulina natildeo tinham houve muita dificuldade em articular

com a aacuterea da sauacutede

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

O Assistente Social em si natildeo esta preparado para intervir temos que adquirir conhecimento

nesta aacuterea

Na Agualva natildeo tiacutenhamos roupa adequada neste momento jaacute temos na Agualva por exemplo

vestiacuteamos o vestuaacuterio uns dos outros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 12

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees satildeo intervir na aacuterea social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLV

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo o chefe de divisatildeo eacute quem sinaliza os teacutecnicos mas natildeo existe nenhuma

equipa formada

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois o chefe de divisatildeo natildeo estava na

altura e assumi o papel dela

A formaccedilatildeo eacute importante para capacitar os teacutecnicos para natildeo entrarem em pacircnico nestas

situaccedilotildees bem como gerir as situaccedilotildees de stress

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos foi a simulaccedilatildeo de um incendio no

aeroporto

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estes podem ser uma mais-valia no que concerne agrave melhoria da eficaacutecia e

eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo da resposta melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVI

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe como a chefe de divisatildeo estava

ausente na altura tive que assumir a funccedilatildeo de coordenadora das equipas de Praia e Angra a

minha funccedilatildeo assentou principalmente na coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo inexistecircncia

de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir nestes tipo de situaccedilotildees e falta de comunicaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

A sauacutede pouco fez nos eacute que fizemos o papel deles tivemos que dar medicaccedilatildeo as pessoas

que necessitavam

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 13

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVII

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com os

realojamentos levantamento das necessidades baacutesicas e articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa somos chamados consoante as necessidades

da PC

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea frequentei os 3 moacutedulos mas jaacute tive esta formaccedilatildeo

haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e darmos uma resposta eficaz e

organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

levantamento de danos e necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Na situaccedilatildeo da Agualva havia bastantes teacutecnicos no terreno as pessoas foram bem atendidas

as respostas eram dadas agrave medidas que os problemas iam surgindo ou seja em tempo uacutetil as

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVIII

instalaccedilotildees onde se realizavam os atendimentos era boas nos atendimentos conseguiacuteamos

verificar o estado emocional das pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo Fomos

socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo esteve presente natildeo sabia o que

fazer agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo

exeacutercito que me levou a casa da senhora que era de difiacutecil acesso

A Falta de coordenaccedilatildeo entre os diversos eacute um constrangimento a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das

chefias superiores tem que ficar bem definida

A PC Bombeiros e Exercito cada um deve saber qual o seu papel para natildeo haver atropelos

deve haver uma definiccedilatildeo clara de papeacuteis

O ISSA deve ter um papel privilegiado no apoio psicossocial tem que haver respeito pelos

papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem clara

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIX

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 14

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com as medidas de

primeira linha medidas praacuteticas de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe e medidas de

articulaccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo temos equipa quando foi da situaccedilatildeo da Agualva tivemos que reunir

de urgecircncia natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia temos colegas que

tiveram formaccedilatildeo nesta aacuterea temos equipamento de cataacutestrofe como botas fatos

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo eacute adaptado em situaccedilatildeo

de emergecircncia

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea porem frequentei uma formaccedilatildeo da Cruz

Vermelha apenas uma manhatilde na aacuterea de metodologias de intervenccedilatildeo e participei numa

simulaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode sem duacutevida melhorar a nossa intervenccedilatildeo a formaccedilatildeo leva agrave

facilidade de operacionalizaccedilatildeo a formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

L

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe estive na aacuterea do atendimento

fizemos o levantamento de danos e necessidades reencaminhamos os casos para outras

instituiccedilotildees foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo

As funccedilotildees satildeo dadas na altura quando a equipa eacute reunida e ai satildeo formadas as sub-equipas

cada um tem que ter uma tarefa atribuiacuteda

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foi lidar com o

stress e a inexperiecircncia para mim foi muito complicado

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico alimentar vestuaacuterio alojamento e apoio ao niacutevel da

sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado(a) Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LI

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 15

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode ficamos melhor preparados para agir em situaccedilatildeo de crise e

emergecircncia

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

realojamento de pessoas e averiguar as situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LII

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram dificuldades

em trabalhar em equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Socioacutelogo

Entrevista nordm 16

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado(a) natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode a formaccedilatildeo eacute uma mais-valia no que diz respeito a adequar os

procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo as necessidades da nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo pode ser uma mais-valia na melhoria da eficaacutecia e eficiecircncia da resposta

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a)Nunca trabalhei em contexto de cataacutestrofe

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIV

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 17

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a)natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LV

Ainda natildeo temos programa especiacutefico face a esta situaccedilatildeo mas jaacute agimos nas chuvadas de dia

4 de Setembro 2015

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado Natildeo estive presente no Porto Judeu nas cheias de 4 de Setembro as funccedilotildees

foram feitas ao niacutevel do sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 18

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LVI

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nessa aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a) sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

LVII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ao Presidente do SRPCBA

Entrevista nordm 19

Entrevistador A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para

atuar em situaccedilotildees de cataacutestrofes

Entrevistado A PC dispotildee de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se encontra

organizada jaacute fizemos 3 cursos niacutevel III e II a equipa natildeo se formou porque depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada posso dizer-lhe que assinamos um

protocolo com a ordem dos psicoacutelogos para formar uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores temos 50 teacutecnicos formados os cursos

normalmente tinham 12 teacutecnicos psicoacutelogos assistentes sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os psicoacutelogos vamos buscar ao

centro de sauacutede e os Assistentes Sociais ao ISSA

Entrevistador Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim todos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos 50 teacutecnicos formados

Entrevistador Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

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Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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LVIII

Entrevistado Primeiro sempre a intervenccedilatildeo do socorro e salvamento as funccedilotildees passam

essencialmente pela aacuterea da habitaccedilatildeo

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado As equipas costumam participar em simulacros o ultimo simulacro no qual

participaram foi em Junho na Ilha de Satildeo Miguel ldquo

Entrevistador Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim acho importante o contributo das equipas neste tipo de situaccedilotildees em toda

a sua dimensatildeo na fase de recuperaccedilatildeo tem um papel preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e alimentaccedilatildeo

Entrevistador Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

Entrevistado Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes como

corpo de bombeiros PSP obras puacuteblicas

Temos tendas para desalojados mas neste momento usamos eacute os pavilhotildees existentes Na

Agualva natildeo estava caacute no Porto Judeu foi essencialmente o trabalho em rede usaram a casa

do povo foi aqui que fizemos tudo os desalojados foram realojados em casa de familiares

Entrevistador Apos estas enxurrada sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a

intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistador A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Entrevistado Sim realizamos simulacros anualmente as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

satildeo sempre chamadas para participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistador Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

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LIX

Entrevistado sim realizamos os meios utilizados satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos proteccedilatildeo civil +65 onde realizamos accedilotildees nos lares da

Terceira o outro projeto chama-se clubes de proteccedilatildeo civil este projeto desenvolve-se ao

niacutevel das escolas estas accedilotildees satildeo feitas anualmente

Entrevistador Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Com formaccedilatildeo adequada penso que se encontram preparados posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positiva

Entrevista Semidirigida ndash Coordenadora do Nuacutecleo da Accedilatildeo Social

Entrevista nordm 20

Entrevistador Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave seguranccedila

social no acircmbito do PME

Entrevistado Num primeiro momento as funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades mais

emergentes assegurar as questotildees baacutesicas ou seja intervenccedilatildeo das necessidades baacutesicas de

subsistecircncia alimentar e habitaccedilatildeo exemplo uma famiacutelia ficou sem um fogatildeo tivemos que

arranjar um

Num segundo momento eacute feito o acompanhamento agraves famiacutelias e articulaccedilatildeo com outras

entidades

Entrevistador Quantos teacutecnicos trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

Entrevistado Mais de 30 teacutecnicos

Entrevistador Para situaccedilotildees de cataacutestrofe o ISSA tem formada alguma equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial

Entrevistado todos os teacutecnicos podem ser chamados em situaccedilatildeo de cataacutestrofe consoante o

grau da cataacutestrofe esta equipa natildeo tem um nome especiacutefico

Entrevistador Esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

Entrevistado mais de 11

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LX

Entrevistador Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos teacutecnicos

Entrevistado temos psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos Politica Social e

Educadores Sociais e Ciecircncias Sociais natildeo sei precisar o nuacutemero de teacutecnicos por aacuterea

Entrevistador Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado As funccedilotildees satildeo o levantamento das necessidades os psicoacutelogos tem uma

funccedilatildeo mais terapecircutica na Agualva houve muita intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a intervenccedilatildeo

foi feita em equipas de 2 1 psicoacutelogo e um assistente social

Entrevistador Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em cataacutestrofe

Entrevistado Nem todos os teacutecnicos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar ao certo o

nuacutemero de teacutecnicos formados mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi ministrada a estes teacutecnicos

entre 1 ano a 2 anos natildeo sei precisar ao certo

Entrevistador Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistado mais de 11 teacutecnicos

Entrevistador A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

Entrevistado entre 1 ano a 2 anos

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado Sim

Entrevistador Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

Entrevistado 6 meses a 1 ano

Entrevistador Quantos teacutecnicos participaram

Entrevistado Natildeo sei envolveram teacutecnicos de outras ilhas

Entrevistador Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa do ISSA na

elaboraccedilatildeo no PME

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LXI

Entrevistado sim houve

Entrevistador Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel do ISSA

Entrevistado Natildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os recursos da comunidade aleacutem disso dispomos dos recursos

humanos (os teacutecnicos) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA neste momento dispotildee de

uma verba para situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistador Considera que o setor que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim estamos preparados para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca

sozinhos sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades e agentes de PC

Entrevistado Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Agualva

Entrevistado Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em permanecircncia no local imediato foram asseguradas as coisas

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do levantamento das

necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir noutras ilhas nas Flores uma famiacutelia ficou sem casa

neste caso o que fizemos foi alojar a idosa em casa de familiares

Entrevistador Nas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na Ilha o ISSA

solicitou a colaboraccedilatildeo da rede de parceiros

Entrevistado Em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio alimentaccedilatildeo e alojamento

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LXII

Na Agualva tivemos a necessidade de criar um local para os recursos muitas instituiccedilotildees

foram para o local sem serem chamadas por exemplo a Caacuteritas os recursos mais solicitados

foram ao niacutevel de recursos materiais

Entrevistador No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave

populaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu

Entrevistado Na Agualva as maiores dificuldades foram as condiccedilotildees de trabalho estas

eram muito difiacuteceis havia muitos riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades

pois foi difiacutecil lidar com tanta destruiccedilatildeo

Entrevistador Na sequecircncia das enxurradas da Agualva Porto Judeu foram feitas algumas

propostas pelo ISSA ao PME

Entrevistado Natildeo sei natildeo era coordenadora da altura estive como teacutecnica no terreno

Entrevistador Perante as enxurradas que ocorreram aqui na ilha foram criadas algumas

respostas perante esta situaccedilatildeo

Entrevistado Na Agualva sim foram criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo o que

foi criado na Agualva tem servido para outras situaccedilotildees esta foi um marco pela gravidade da

situaccedilatildeo muitos instrumentos foram criados devido a esta situaccedilatildeo

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Angra Heroiacutesmo

Entrevista nordm 21

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacute

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto

Judeu

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute na altura

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu quais foram as maiores dificuldades com que

se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

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LXIII

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado como lhe disse na altura das enxurradas do Porto-Judeu natildeo estava caacute mas sei

que as instituiccedilotildees fizeram um relatoacuterio

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Natildeo estava caacute As pessoas que estavam caacute na altura das enxurradas do Porto

Judeu jaacute ningueacutem natildeo se encontram na Cacircmara neste momento

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Sim damos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil dependendo das necessidades que os proacuteprios detetam na

formaccedilatildeo ministrada tiveram presentes 20 instituiccedilotildees

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado sim satildeo realizadas accedilotildees usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo

enviadas atraveacutes das faturas da aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas contudo

a PC eacute quem desenvolve mais esse papel esta faz sensibilizaccedilatildeo nas escolas

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado sim anualmente realizaacutemos um simulacro

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim acho importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial neste

tipo de situaccedilotildees relativamente a duas aacutereas levantamento de natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

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LXIV

A accedilatildeo social desempenha um papel muito importante quer no encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas decisotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Entrevistado sim foram essas alteraccedilotildees foram de natureza orgacircnica o plano foi todo

reestruturado

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim temos uma verba para estas situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute necessaacuterio

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado sim temos a atuaccedilatildeo deles faz parte deles

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Natildeo sei

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Praia

Entrevista nordm 22

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Sim foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualva o comando do

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas da Agualva

Entrevistado Numa primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe

salvaguardando sempre a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das

pessoas

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LXV

Numa segunda fase ativaacutemos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as

estradas desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os

recursos adequados

Entramos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos ajudarem na

desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira

Procedemos agrave ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confeccionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de

apoio psicoloacutegico levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo

centraram-se todos os serviccedilos

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva quais foram as maiores dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

Entrevistado O principal problema foi as dificuldades de acessibilidade agrave residecircncia das

pessoas houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham um

buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila dos

bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa

O que estava no plano funcionou em pleno

A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de solidariedade

toda a gente contribuiu neste tipo de situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chave

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado Natildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da situaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo posso dizer-lhe que em menos de 30 dias jaacute tiacutenhamos todas as obras

adjudicadas

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Eacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo

e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees

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Administraccedilatildeo

LXVI

O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito este plano foi uma mais-valia nesta

intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua execuccedilatildeo este foi muito discutido por

exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos existentes em cada Freguesia para

fazer face a este tipo de situaccedilotildees

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Natildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees tecircm participando nos

simulacros que fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados

duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado Sim temos os puacuteblicos-alvo tem sido crianccedilas jovens e idosos esta

sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet panfletos usamos muito os panfletos palestras os

nossos teacutecnicos dirigem-se as escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo

feitas duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado Sim duas vezes por ano

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Indiscutivelmente eles dispotildeem de competecircncias teacutecnicas e praticas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do apoio social eacute feita toda ela pelos teacutecnicos

sociais satildeo eles que elaboram os processos das famiacutelias aplicam os inqueacuteritos para saber

quais os danos sofridos pela famiacutelia articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees puacuteblicas providenciar

as refeiccedilotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXVII

Entrevistado Natildeo a forma como o plano foi feito determinou o sucesso da nossa accedilatildeo este

foi feito por teacutecnicos da Cacircmara e natildeo por uma empresa estes teacutecnicos conhecem a realidade

do nosso concelho a elaboraccedilatildeo do plano contou com a participaccedilatildeo das instituiccedilotildees que

fazem parte do PME as instituiccedilotildees sabem quais devem ser as suas funccedilotildees neste tipo de

situaccedilotildees face a esta situaccedilatildeo natildeo houve necessidade de proceder a nenhuma alteraccedilatildeo

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim a verba destina-se essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeo

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado Sim este departamento trabalha em conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil

por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas por os dois departamentos existe trabalho de

articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois departamentos

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Realojamento de pessoas inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas logiacutestica nas

refeiccedilotildees apoio na aacuterea humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico este departamento esteve ainda

envolvido nos programas de intervenccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo das habitaccedilotildees

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

LXVIII

Apecircndice III

(Grelha Anaacutelise de Conteuacutedo das

Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXIX

Anaacutelise de Conteuacutedo - Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de Conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Funccedilotildees e tarefas do ISSA no

acircmbito do PEM

ldquoAs funccedilotildees satildeo assegurar as

questotildees baacutesicas intervenccedilatildeo das

necessidades baacutesicas de subsistecircncia

alimentar e habitaccedilatildeo num primeiro

momento (hellip) num segundo

momento levantamento das

necessidades mais emergentes

articulaccedilatildeo com outras entidades e

acompanhamentordquo

Participaccedilatildeo do ISSA no PEM

ldquoSim tivemos alguma participaccedilatildeordquo

Propostas do ISSA ao PEM

ldquoNatildeo tenho conhecimento natildeo era

coordenadora na alturaldquo

Teacutecnicos Sociais

Nordm de teacutecnicos sociais que trabalham

na aacuterea social na ilha Terceira

ldquoAo certo natildeo sei dizer mas satildeo

mais de 30 teacutecnicosldquo

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da Equipa

ldquoTodos os teacutecnicos podem ser

chamados em situaccedilotildees de

cataacutestrofe o nuacutemero de teacutecnicos

depende do grau da cataacutestrofe esta

equipa natildeo tem um nome

especiacuteficordquo

ldquoA equipa eacute constituiacuteda por mais de

11 pessoas entre eles estatildeo teacutecnicos

de diversas aacutereas psicoacutelogos

Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e

Ciecircncias Sociaisrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXX

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Funccedilotildees desempenhadas pelos

teacutecnicos na equipa

ldquoLevantamento das necessidades

Os Psicoacutelogos tecircm uma funccedilatildeo mais

terapecircutica na Agualva houve muita

intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a

intervenccedilatildeo foi feita em equipas de

2 um psicoacutelogo e um Assistente

Socialrdquo

Formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em

cataacutestrofe intervenccedilatildeo em Crise

ldquoNem todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar

ao certo o nordm de teacutecnicos formados

mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi

ministrada a estes teacutecnicos entre 1

ano a 2 anos natildeo sei precisar ao

certordquo-

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoSim a equipa costuma participar em

simulacros a ultima vez que

participaram em simulacros foi haacute

cerca de 6 meses a um ano natildeo sei

quantos teacutecnicos estiveram

envolvidos estiveram presentes

teacutecnicos de outras ilhasrdquo

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Resposta para fazer face a situaccedilotildees

de cataacutestrofe

ldquoNatildeo temos uma resposta especiacutefica

para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os

recursos da comunidade (hellip) um

rapaz que ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a

articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA

dispotildee de uma verba para situaccedilotildees

de cataacutestrofe e temos ainda a equipa

para intervir nestas situaccedilotildeesrdquo

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Administraccedilatildeo

LXXI

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Preparaccedilatildeo do ISSA para fazer face

a situaccedilotildees da cataacutestrofe

ldquoSim estamos preparados para

responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe

nunca sozinhos mas sempre

trabalhando em articulaccedilatildeo com

outras entidades e agentes de

proteccedilatildeo civil ldquo

Intervenccedilatildeo realizada pelo ISSA na

Agualva e Porto Judeu

ldquoPorto Judeu e Angra natildeo satildeo

comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em

permanecircncia no local no imediato

foram asseguradas as coisas baacutesicas

sempre em articulaccedilatildeo com outras

entidades o nosso papel foi mais ao

niacutevel do acompanhamento

psicoloacutegico e levantamento de

danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a

intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir

nas outras ilhas nas flores uma

famiacutelia ficou sem casa neste caso o

que fizemos foi alojar a idosa na

casa de familiaresrdquo

Rede de parceiros

ldquoEm ambas as situaccedilotildees recorremos

agrave nossa rede de parceiros esta

colaboraccedilatildeo foi dada ao niacutevel de

vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores

alimentaccedilatildeo e alojamento (hellip) Na

Agualva tivemos a necessidade de

criar um local para os recursos

muitas instituiccedilotildees foram para o

local sem serem chamadas como por

ex a Caacuteritasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXII

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Dificuldades sentidas no socorro agrave

Populaccedilatildeo

ldquoAs maiores dificuldades foram as

condiccedilotildees de trabalho estas eram

muito difiacuteceis havia muitos riscos

gerir as emoccedilotildees foi outra das

grandes dificuldades pois foi difiacutecil

lidar com tanta destruiccedilatildeordquo

Criaccedilatildeo de respostas perante a

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

ldquoNa Agualva sim foram criadas

base de dados e grelhas de

identificaccedilatildeo o que foi criado na

Agualva tem servido para outras

situaccedilotildees esta foi um marco pela

gravidade da situaccedilatildeo muitos dos

instrumentos foram criados devido a

esta situaccedilatildeordquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME no Porto

Judeu

ldquoNatildeo sei se foi acionado natildeo estava

caacuterdquo

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

ldquoNatildeo sei natildeo estava na Cacircmara

nessa alturardquo

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoComo lhe disse na altura das

enxurradas do Porto Judeu natildeo

estava caacute mas sei que as instituiccedilotildees

fizeram um relatoacuteriordquo

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo do Porto- Judeu

ldquoSim foram essas alteraccedilotildees foram

de natureza orgacircnica o plano foi

todo reestruturadordquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoNatildeo estava caacute As pessoas que

estavam caacute na altura das enxurradas

do Porto Judeu jaacute ningueacutem se

encontra na Cacircmara neste

momentordquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoSim damos formaccedilatildeo agraves

instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do

que eacute decido no conselho de

proteccedilatildeo civil dependendo das

necessidades que os proacuteprios

detectam na formaccedilatildeo ministrada

tiveram presentes mais de 20

instituiccedilotildeesrdquo

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIV

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoSim satildeo realizadas acotildees usamos a

internet e panfletos semestralmente

satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de

sensibilizar as pessoas contudo a

proteccedilatildeo civil eacute quem desenvolve

mais este papel esta faz

sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo

Simulacros

Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim anualmente realizamos um

simulacrordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquoSim acho importante o trabalho das

equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

neste tipo de situaccedilotildees relativamente

a duas aacutereas levantamentos de

natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

A Acccedilatildeo Social desempenha um

papel muito importante quer no

encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas

decisotildeesrdquo

Orccedilamento camaraacuterio

Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim temos uma verba para estas

situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute

necessaacuteriordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoSim temos a atuaccedilatildeo deles faz

parte delesrdquo

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Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXV

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME na Agualva

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoSim foi instalado na Sociedade

Filarmoacutenica da Agualva o comando

do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo

Civilrdquo

ldquoNuma primeira fase foi feito do

diagnostico do impacto da cataacutestrofe

(hellip) Numa segunda fase ativamos o

plano de evacuaccedilatildeo (hellip)

Por uacuteltimo procedemos agrave ativaccedilatildeo

do serviccedilo de apoio social que se

instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confecionadas e

distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui

funcionava o gabinete de apoio

psicoloacutegico levantamento de perdas

acompanhamento a famiacuteliasrdquo

ldquoO principal problema foi as

dificuldades de acessibilidade agrave

residecircncia das pessoas (hellip) houve

situaccedilotildees que as pessoas natildeo

conseguiam sair de casa porque

tinham um buraco de 2m de

profundidade agrave sua porta outra

dificuldade foi garantir a seguranccedila

das pessoas que eram evacuadas de

casardquo

ldquoNatildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito

foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da

situaccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo posso dizer-

lhe que em menos de 30 dias jaacute

tiacutenhamos todas as obras

adjudicadasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVI

Plano de emergecircncia (cont)

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo da Agualva

ldquoNatildeo a forma como o plano foi

feito determinou o sucesso da nossa

accedilatildeo (hellip)rdquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoEacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo

houve a miacutenima dificuldade de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os

diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

e Instituiccedilotildees (hellip) por exemplo

nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os

recursos existentes em cada

Freguesia para fazer face a este tipo

de situaccedilotildeesrdquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as

instituiccedilotildees tem participado nos

simulacros que fazemos ou seja

acaba por ser uma formaccedilatildeo mas

natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram

presentes 11 a 20 Instituiccedilotildees os

simulacros satildeo realizados duas vezes

por anordquo

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoOs puacuteblicos-alvo tecircm sido crianccedilas

jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute

feita atraveacutes na internet panfletos

usamos muito

os panfletos palestras os nossos

teacutecnicos dirigem-se as escolas lares

para fazer as palestras todas estas

atividades satildeo feitas duas vezes por

anordquo

Simulacros Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim duas vezes por anordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquo(hellip)Eles dispotildeem de competecircncias

teacutecnicas e praticas para intervir neste

tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do

apoio social eacute feita toda ela pelos

teacutecnicos sociais satildeo eles que

elaboram os processos das famiacutelias

aplicam os inqueacuteritos para saber

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVII

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (cont)

quais os danos sofridos pela famiacutelia

Articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees

publicas (hellip)rdquo

Orccedilamento camaraacuterio Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim a verba destina-se

essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoRealojamento de pessoas

inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas

logiacutestica nas refeiccedilotildees apoio na aacuterea

humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico

(hellip)rdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXVIII

Analise Conteuacutedo ndash Teacutecnicos Sociais

Categoria Subcategoria Analise Conteuacutedo

Plano de

Emergecircncia

Conhecimento do

plano de emergecircncia

- Sim (E3E4E5E12)

-Natildeo (E1E2E6E7E8E9E10E11E13E14E15E16E17E18)

A Instituiccedilatildeo integra

o Plano de

Emergecircncia

-Sim

(E1E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

Funccedilotildees e tarefas da

Instituiccedilatildeo no

acircmbito Plano de

Emergecircncia

ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo sabemos ao

certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo (E1E2)

ldquo Esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves funccedilotildees e

tarefas da instituiccedilatildeo no PEMrdquo (E3E4E5)

ldquo Natildeo sei nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel

que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto ldquo (E6)

ldquo Natildeo sei as funccedilotildees ldquo (E7 E8E10E11E15E16E17E18)

ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilatildeo de crise ldquo (E14 E9E12)

ldquo Articulaccedilatildeo com outras entidades ldquo (E13E14)

ldquo As funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo

com outras entidades e realojamentosrdquo (E13)

Equipas de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Integraccedilatildeo dos

teacutecnicos em equipas

de intervenccedilatildeo

psicossocial

- Natildeo (E1E2E6E7 E8E9E11E12E13E14E15E16E17E18)

- Sim (E3E4E5E10E11)

ldquo Esta equipa encontra-se tambeacutem em reestruturaccedilatildeo ldquo (E3E4E5)

ldquoA Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca

foi formada quando acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os

teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSArdquo (E9)

ldquo Natildeo existe equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas quando

acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas ldquo (E7)

ldquoNatildeo existe uma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8

E9E13E11)

ldquo A equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especificas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquo (E10)

ldquo O superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer

parte da equipa ldquo (E11E12)

ldquoQuando foi da Agualva tivemos que reunir de urgecircncia ldquo (E14)

ldquoSomos chamados consoante as necessidades da proteccedilatildeo civil ldquo (E13)

ldquo (hellip) Equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervirhelliprdquo (E11)

ldquo (hellip)natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircnciahellip

(E14)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

LXXIX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Nordm de teacutecnicos com

formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional

Com formaccedilatildeo ndash (E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13)

Sem formaccedilatildeo ndash (E1E2E14E15E16E17E18)

ldquo Tirei esta formaccedilatildeo haacute menos de um anordquo (E5 E6)

ldquoJaacute tirei esta formaccedilatildeo haacute mais de 2 anosrdquo (E3E4E8E10E12E14)

ldquoTirei entre 1 ano a dois anosrdquo (E7E11E9 E13)

ldquoA formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas tirei o primeiro

moacutedulordquo (E7 E8E11)

Sim (E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

E16 E17 E18)

ldquo A formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de Novos conhecimentos ldquo

(E1E2E3E4E5E6)

ldquoCom formaccedilatildeo deixamos de agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de

forma mais racionalrdquo (E3)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante pois ensina-nos a gerir as situaccedilotildees de stressrdquo

(E12)

ldquo A formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos

fazer na altura ldquo (E7E10E12)

ldquoFicamos melhor preparados para agir em situaccedilotildees de crise ldquo

(E3E2E15)

ldquo No meu caso a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no

que agraves questotildees do stress traumaacutetico diz respeito ldquo (E6)

ldquo A formaccedilatildeo nesta aacuterea eacute um complemento agrave nossa formaccedilatildeo de base ldquo

(E5)

ldquo Adequar os procedimentos e nossa intervenccedilatildeo as necessidades

daquele momento ldquo (E8E16)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas

como as entidades a envolver no encaminhamento das situaccedilotildees ldquo (E9)

ldquo A formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir

sem esta muitas vezes podemos provocar ainda mais o caos (hellip) soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para

frequentarmos o niacutevel II e III mas natildeo foi aceite) ldquo (E10)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas na

Agualva natildeo tiacutenhamos nada atualmente jaacute temos ferramentas de

trabalho como uma base de dados (hellip) na Agualva tivemos que

construir tudo (hellip) se tiveacutessemos uma equipa formada era mais faacutecil

intervir (hellip) Gostava de ter frequentado o segundo moacutedulo mas natildeo foi

possiacutevel (hellip)rdquo (E11)

ldquoEm situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo

eacute adaptado em situaccedilatildeo de emergecircncia ldquo( E14)-

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e para

darmos uma resposta eficaz e organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeordquo

(E13E14)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (cont)

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional (cont)

ldquo A formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio agraves pessoasrdquo

(E17E18)

Simulacros

Participaccedilatildeo dos

Teacutecnicos em

simulacros

Natildeo participou ndash (E1E2E3E4E6E8E10E15E16E17E18)

Participou ndash (E5E7E9E13E14E11E12)

ldquoParticipei num simulacro haacute mais de 2 anos ldquo

(E5E7E9E13E14E11E12)

Normativos

Internos

As instituiccedilotildees

dispotildeem de

normativos internos

para situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim (E1 E2 E3E4E5E7E8E14)

Natildeo Sabe (E10 E11E13)

ldquoNatildeo dispondo a minha instituiccedilatildeo de normativos internos penso que

estes seriam uma mais-valia na medida em que iriam fazer com que

existisse mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta melhor organizaccedilatildeo na

resposta e melhor coordenaccedilatildeo na ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe ldquo (E6E9E12E15E16E17E18)

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

Participaccedilatildeo dos

teacutecnicos em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Funccedilotildees

desempenhadas

pelos teacutecnicos em

situaccedilatildeo efetiva de

cataacutestrofe

Sim ndash (E3 E5E7E8E9E10E11E12E13E14E15E17E18)

Natildeo ndash (E1E2E3E4E6E16)-

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe na ilha das Flores aqui

na Terceira estive na freguesia da Agualva e no Porto-Judeu nas 3

situaccedilotildees tiacutenhamos como funccedilatildeo acalmar as pessoas apoiar o presidente

da Camara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos

levantamento das necessidades a niacutevel habitacional e estaacutevamos

tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacuteliasrdquo (E3)

ldquoJaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no terreno

estava na retaguarda a fazer trabalho de back office ldquo (E5)

ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento de necessidades imediatas e

retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e proteccedilatildeo civil

que se encontrava num local isoladohelliprdquo (E8)

ldquo Levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras

entidadesrdquo (E9E10E11E13E14)

ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos

atendimento direto agraves pessoas ldquo (E10E14)

ldquoFizemos um pouco de tudo (hellip) levamos agua medicamentos roupa e

alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estive na construccedilatildeo de base de dados e

fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11)

ldquo A minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois a chefe de

divisatildeo natildeo estava na altura e assumi o papel dela ldquo (E12)

ldquoApoio Psicossocialrdquo (E7E13E9)

ldquo Fomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo

esteve presente natildeo sabia o que fazer as 22h00 andava a pedir seringas

e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave

casa da senhora que era de difiacutecil acesso ldquo (E13)

ldquo Averiguar as situaccedilotildees no terreno e realojar pessoas ldquo (E15 E17E18)

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Administraccedilatildeo

LXXXI

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

(cont)

Dificuldades

Encontradas no

Terreno em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Tipo de intervenccedilatildeo

realizada

Falta de formaccedilatildeo (E1E2E5E7E8E10E11E15)

Falta de informaccedilatildeo ndash( E1E2E5E15)

Falta de coordenaccedilatildeo (E3E7E8E9E10E11E12E13E15)

Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (E10E9 E12)

Dificuldades em gerir as emoccedilotildees (E1E3E9 E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E9)

Natildeo ter participado num simulacro (E3E10E15E11)

Natildeo ter funccedilotildees atribuiacutedas (hellip) as funccedilotildees foram atribuiacutedas no terreno

(E1E11E14E15)

Dificuldades em identificar as equipas no terreno (E1E9E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E12)

Dificuldade em gerir as emoccedilotildees (E9)

ldquoDificuldades em trabalhar em equipa mas com outras entidadesrdquo

(E17E18)-

Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E4E6)

ldquo Outra das dificuldades no terreno eacute a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis

de quem esta a intervir natildeo estavam definidos (hellip) natildeo havia nada

preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na

Agualva pois e intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo

mas as coisas melhoraram bastante ldquo (E7E8)

ldquoPara mim as maiores dificuldades foram lidar com stress e com a

inexperiecircncia neste tipo de intervenccedilatildeo (hellip) a Caritas estava muito bem

organizadardquo (E14)

Apoio psicoloacutegico ndash (E7 E10E11E12E13E14)

Apoio Alimentar ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Vestuaacuterio ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Habitaccedilatildeo Alojamento ndash (E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14

E15 E16 E17 E18)

Apoio Sauacutede ndash (E8E9E10E11E12E14)

Preparaccedilatildeo dos

AS para trabalhar

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Fatores associados agrave

falta de preparaccedilatildeo

Natildeo - (E1E2E3E4E5E6E8E9E10E11E15E16E17E18)

Sim ndash (E7E12E13E14)

-Falta de Formaccedilatildeo (E2E3E8E9E10E11E15E16E17E18)

-Falta de participaccedilatildeo em simulacrosrdquo (E1E8E10)

-Falta de informaccedilatildeo (E6E10E11E15E16E17E18)

-Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E3 E6 E9 E11 E15 E16

E17 E18)

ldquoA participaccedilatildeo em simulacros eacute fulcral para o aperfeiccediloamento da

nossa praacutetica profissional ldquo (E5)

ldquo A falta de preparaccedilatildeo na minha opiniatildeo esta relacionada com todos os

itens que apresenta tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica

deveria contemplar um moacutedulo que falasse exatamente desta aacuterea pois

seria uma mais-valia pois assim a nossa intervenccedilatildeo seria muito mais

eficaz ldquo (E4)

ldquo (hellip) Em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias ser

termos formaccedilatildeo especifica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute

essencial para adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeordquo(E9)

ldquo A equipa jaacute devia estar formada natildeo devia ser formada na altura natildeo

deve ser na hora do acontecimento que nos diz vai para o terrenordquo (E8)

Modelo de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Fases do modelo

ldquoConcordo com o modelo e natildeo proponho nenhuma alteraccedilatildeo ao

modelordquo( E1

E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

ldquonunca tive um modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas

situaccedilotildees que intervim passei por algumas destas fasesrdquo(E3)

ldquo (hellip)Ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeordquo(E4)

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LXXXII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente do SRPCBA

Categoria Sub-categoria Analise Conteuacutedo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da equipa

Funccedilotildees da Equipa

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial

Preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

ldquoA PC dispotildee de uma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se

encontra organizada jaacute fizemos 3

cursos niacutevel 1 2 e 3 a equipa natildeo

se formou porque depende de vaacuterios

organismos devido a isto natildeo esta

organizada posso dizer-lhe que

assinamos um protocolo com a

ordem dos psicoacutelogos para formar

uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

temos 50 teacutecnicos formados os

cursos normalmente tinham 12

teacutecnicos psicoacutelogos Assistentes

Sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por

teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os

Psicoacutelogos vamos buscar ao Centro

de Sauacutede e os Assistentes Sociais ao

ISSrdquo

ldquoPrimeiro sempre a intervenccedilatildeo do

socorro e salvamento as funccedilotildees

passam essencialmente na aacuterea da

habitaccedilatildeordquo

ldquoSim acho importante o contributo

das equipas neste tipo de situaccedilotildees

em toda a sua dimensatildeo na fase da

recuperaccedilatildeo tem um papel

preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e

alimentaccedilatildeordquo

ldquoCom formaccedilatildeo adequada penso

que se encontram preparados posso

dizer-lhe que na uacuteltima situaccedilatildeo de

cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos

foi bastante positivardquo

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LXXXIII

Formaccedilatildeo

Nordm de teacutecnicos com formaccedilatildeo

ldquoSim todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos

50 teacutecnicos formadosrdquo

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoAs equipas costumam participar em

simulacros o ultimo simulacro no

qual participaram foi em Junho na

Ilha de Satildeo Miguel ldquo Touro

152rdquo(hellip)rdquo

Proteccedilatildeo Civil Ilha Terceira

Meios disponibilizados pela PC em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Organizaccedilatildeo da intervenccedilatildeo em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Realizaccedilatildeo de Simulacros

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

ldquoCorpo de bombeiros

PSP

Obras Publicas

Tendas para desalojados

Pavilhotildees

Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo

Na Agualva natildeo estava caacute no Porto

Judeu foi essencialmente o trabalho

em rede usaram a casa do povo foi

aqui que fizeram tudo os

desalojados foram realojados em

casa dos familiaresrdquo

ldquoApoacutes as enxurradas do Porto Judeu

natildeo houve a necessidade de

reorganizar e estruturar a nossa

intervenccedilatildeordquo

ldquoRealizamos simulacros anualmente

as equipas de intervenccedilatildeo

psicossocial satildeo sempre chamadas

para a participaccedilatildeo em simulacrosrdquo

ldquoSim realizamos os meios utilizados

satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos

proteccedilatildeo civil + de 65 onde

realizamos accediloes nos lares de

terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de proteccedilatildeo civil

este projeto desenvolve-se a niacutevel

das escolas estas accediloes satildeo feitas

anualmenterdquo

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LXXXIV

Apecircndice nordm 4

(Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em

Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe)

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LXXXV

Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

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LXXXVI

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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3

Arlindo Brito companheiro de longa data obrigada por acreditares em mim todas as

vitoacuterias que alcanccedilo satildeo por isso tambeacutem tuas obrigada por tudo a concretizaccedilatildeo de mais um

sonho natildeo seria possiacutevel sem a tua ajuda

Agrave famiacutelia agrave amizade agrave cumplicidadehellip

A todos muito obrigada

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4

Resumo

Com os novos desafios emergentes surgem novos riscos que levam cada vez mais ao

confronto com acontecimentos traacutegicos que pela sua natureza e magnitude afetam a nossa

forma de viver o presente e pensar o futuro Muito embora na lei de bases da Autoridade

Nacional da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm27 de 2006 natildeo seja aprofundado o papel e a importacircncia

da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe dando-se uma maior importacircncia

agraves questotildees do socorro e salvamento natildeo podemos esquecer que aliada a esta vem a

intervenccedilatildeo social e neste sentido necessitamos cada vez mais especializar teacutecnicos nestas

aacutereas nomeadamente Assistentes Sociais pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo eficaz

e eficiente

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira a metodologia integrada

nesta investigaccedilatildeo utilizou instrumentos de cariz qualitativo pesquisa e anaacutelise documental

pesquisa bibliograacutefica e entrevistas estas foram agraves bases metodoloacutegicas fundamentais para

responder aos objetivos desta investigaccedilatildeo

Neste contexto foram aplicadas entrevistas aos teacutecnicos sociais que fazem parte das

instituiccedilotildees que compotildeem o PME (Plano Municipal de Emergecircncia) aos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria Presidente do SRPCBA (Serviccedilo Regional

Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros Accedilores) e agrave Coordenadora do Nuacutecleo Accedilatildeo Social de Angra do

Heroiacutesmo

Da anaacutelise dos resultados concluiu-se que a maior parte dos teacutecnicos entrevistados

natildeo possui formaccedilatildeo especiacutefica na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a Equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira natildeo se encontra organizada as funccedilotildees

desempenhadas pelos Assistentes Sociais em situaccedilotildees de cataacutestrofe incidem essencialmente

no levantamento de necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades as maiores dificuldades

encontradas no terreno pelos Assistentes Sociais em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe remetem agrave

falta de coordenaccedilatildeo falta de formaccedilatildeo e funccedilotildees natildeo atribuiacutedas

Palavras-chave Sociedade de Risco e Riscos Desastres e Cataacutestrofes Proteccedilatildeo

Civil e Serviccedilo Social

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5

Abstract

With new challenges emerging new risks emerge they are leading increasingly to

confront with the tragic events which by their nature and magnitude affect the way we live

the present and think about the future Although the basic law of Civil Protection National

Authority 2006 Law nordm 27 is not in-depth the role and importance of Social Services

intervention in disaster situations giving a greater importance to issues of relief and rescue

we can not forget that this is combined with social intervention and in this sense we need to

increasingly specialize in these technical areas including Social Workers because only then

we can do an effective and efficient intervention

This work main objective is to know the role of the social worker in Psychosocial

Intervention Teams in Terceira Island the integrated methodology in this research used

qualitative instruments search and documents analyse literature review and interviews these

were the fundamental methodological bases to meet the objectives of this research

In this context interviews were applied to social workers who are part of the

institutions that integrate the MEP (Municipal Emergency Plan) to the Mayors of Angra do

Heroiacutesmo and Praia da Vitoacuteria Chairman of RCFPA (Regional Civil Service and Fire

Protection of Azores) and Coordinator of Social Work of Angra do Heroiacutesmo

Analyzing the results it is concluded that the majority of respondents do not have

specific technical training in the area of intervention in disaster situation Psychosocial

Intervention Team in Terceira Island is not at this moment organized the functions performed

by social workers in disaster situations essentially focus on needs of assessment and

coordination with other entities the major difficulties faced by social workers in real disaster

situations refer to the lack of coordination lack of training and functions not assigned

Keywords Risk Society and Risks Disasters and Catastrophes Civil Protection

Social Work

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6

Iacutendice Geral

Agradecimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 2

Resumo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 4

Abstract helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 5

Iacutendice de Figuras helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 8

Iacutendice de Quadros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Apecircndices helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 9

Iacutendice de Abreviaturas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 10

Introduccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 12

Capitulo I ndash Enquadramento Teoacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 15

1 - A Sociedade de Risco e Riscos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 16

2 - Desastres e Cataacutestrofes helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

3 - Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

31- Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphellip 26

32 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 28

321 - Competecircncia para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 30

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

323 - Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 34

324 - Execuccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

3241- Fase da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

3242 - Fase da Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

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Administraccedilatildeo

7

325 - Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

328 ndash Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial em

situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

41

Capitulo II ndash Metodologia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 50

1 - Campo Empiacuterico helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

11 ndash Sismos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

12 ndash Enxurradas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

13 ndash Ciclones helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

2 - Tipo de Estudo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 53

3 - Populaccedilatildeo e Amostra helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 55

4 - Instrumentos de Recolha de Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 56

5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 57

51 - Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 58

52 - Procedimentos Eacuteticos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 59

Capitulo III ndash Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

1 - Plano de Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 61

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 63

3 - Dificuldades Encontradas no Terreno helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 64

4 ndash Intervenccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

5 ndash Formaccedilatildeohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 71

6 ndash Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 73

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

8 - Normativos Internos em situaccedilatildeo de cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 75

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de cataacutestrofe com a

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Socialhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

76

Conclusotildees helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 78

Bibliografia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 83

Iacutendice de Figuras

Figura 1 ndash Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

Figura 2 - Organizaccedilatildeo do SRBPCA helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 27

Figura 3 - Aacutereas de Atuaccedilatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 31

Figura 4 - Implementaccedilatildeo do PCO helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 35

Figura 5 - Procedimentos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 36

Figura 6 - Gravidade da Emergecircncia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Figura 7- Agentes de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 40

Figura 8 - Organismos de Apoio helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 41

Figura 9 ndash Mapa da Ilha Terceira helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 51

Figura 10 - Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 52

Figura 11 ndash Conhecimento do PME helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 62

Figura 12 ndash Dificuldades Encontradas no Terrenohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 66

Figura 13 ndash Falta de Preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 67

Figura 14 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphellip 71

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9

Figura 15 ndash Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo na aacuterea de Cataacutestrofe helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 72

Figura 16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos em Simulacros helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 74

Figura 17 ndash Normativos Internos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 76

Iacutendice de Quadros

Quadro 1 ndash Criteacuterios de Ativaccedilatildeo do Plano helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 32

Quadro 2 ndash Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 33

Quadro 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil helliphelliphelliphelliphellip 34

Quadro 4 ndash Procedimentos Inerentes ao estado de alerta helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 37

Quadro 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 38

Quadro 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo helliphelliphelliphellip 39

Quadro 7 ndash Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe helliphelliphellip 48

Quadro 8 - Intervenccedilatildeo Psicossocial com a intervenccedilatildeo do Assistente Social helliphellip 76

Iacutendice de Apecircndices

Apecircndice 1 Guiatildeo de Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip III

Apecircndice2 Transcriccedilatildeo das Entrevistas helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip XXIV

Apecircndice 3 Grelhas de Analise de Conteuacutedo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip LXIX

Apecircndice 4 Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe LXXXV

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Iacutendice de Abreviaturas

CMAH- Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

CMPC- Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

CMPV- Camara Municipal da Praia Vitoacuteria

CNPC ndash Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

COE ndash Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia

COM ndash Comando Operacional Municipal

COS ndash Comandante de Operaccedilotildees de Socorro

CRED - Centre for Research on the Epidemi ology of Disasters

ISSA- Instituto Seguranccedila Social Accedilores

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial Sauacutede

PC ndash Proteccedilatildeo Civil

PCO ndash Posto de Comando Operacional

PCMAH- Presidente da Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

PCMPV- Presidente da Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

PME- Plano Municipal de Emergecircncia

PMEAH ndash Plano Municipal Emergecircncia de Angra Heroiacutesmo

PMEPV- Plano Municipal de Emergecircncia Praia Vitoacuteria

PREPCA - Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores

RAA ndash Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

SIOPS ndash Sistema Integrado de Operaccedilotildees Proteccedilatildeo de Socorro

SNCP ndash Serviccedilo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

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SMPC ndash Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

SRPCBA ndash Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

UCT ndash Unidade de Comunicaccedilatildeo e Transmissatildeo

UNISDR - United Nations International Strategy for Disaster Reduction

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Introduccedilatildeo

O conceito de sociedade de risco natildeo passa hoje despercebido no nosso dia-a-dia

pois cada vez que lemos um jornal ou vemos um telejornal estamos a viver essa sociedade de

risco pois temos a noccedilatildeo do perigo que eacute viver na nossa eacutepoca

Nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX e iniacutecio do seacuteculo XXI o conceito do risco tem

ocupado um lugar importante no debate dos grandes temas da teoria social poacutes moderna Os

riscos em especial os ambientais e tecnoloacutegicos foram estudados por teoacutericos influentes

como Beck e Giddens (1995) para obter uma explicaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo dos fenoacutemenos que

atravessam a histoacuteria da modernidade

Atualmente temos a noccedilatildeo dos perigos que corremos por via das alteraccedilotildees

climaacuteticas da poluiccedilatildeo produto da radioatividade das centrais nucleares que explodem ou

podem explodir das contaminaccedilotildees alimentares em larga escala das epidemias modernas

tudo isto pode dar origem a desastres naturais Efetivamente nos uacuteltimos anos temos vindo a

assistir a uma seacuterie de sucessivas cataacutestrofes de diferentes naturezas segundo as Naccedilotildees

Unidas nas uacuteltimas deacutecadas o nuacutemero de registos de desastres naturais em vaacuterias partes do

mundo tem vindo a aumentar significativamente e Portugal natildeo tem sido exceccedilatildeo pois

durante as ultimas duas deacutecadas nove em cada dez destes desastres tecircm estado relacionados

com as alteraccedilotildees climaacuteticas e as atuais projeccedilotildees lembram que esta tendecircncia iraacute continuar e

que as cataacutestrofes naturais com o tempo vatildeo tornar-se cada vez mais frequentes

Os desastres podem ocorrer como consequecircncia do impacto de um risco natural ou

causado por atividades antroacutepicas Os riscos naturais incluem fenoacutemenos como terramotos

atividade vulcacircnica deslizamentos de terra maremotos ciclones tropicais e outras

tempestades intensas tornados e ventos fortes inundaccedilotildees fluviais e costeiras incecircndios

florestais tempestades de areia e infestaccedilotildees Os riscos causados por atividades antroacutepicas

podem ser intencionais (como por exemplo a descarga iliacutecita de petroacuteleo) ou acidentais

(como derrame de produtos toacutexicos ou fusatildeo nuclear) todos estes riscos podem ameaccedilar

pessoas e os ecossistemas (fauna e flora) dando por vezes origem a consequecircncias muito

graves para as comunidades

Segundo a Estrateacutegia Internacional para a Reduccedilatildeo dos Desastres das Naccedilotildees Unidas

durante a uacuteltima deacutecada 4777 desastres naturais fizeram 880 mil mortes afectaram a vida a

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1880 milhotildees de pessoas e provocaram prejuiacutezos na ordem dos 685 mil milhotildees de doacutelares

(708 mil milhotildees de euros)

Neste sentido torna-se essencial que as sociedades estejam preparadas e estruturadas

para fazer face a este tipo de situaccedilotildees tanto ao niacutevel de socorro e salvamento como a niacutevel

da intervenccedilatildeo social as situaccedilotildees de crise exigem cada vez mais que as instituiccedilotildees estejam

preparadas para fazer face a estas situaccedilotildees nomeadamente possuiacuterem teacutecnicos especializados

nestas aacutereas como eacute o caso de Assistentes Sociais pois soacute assim poderatildeo realizar uma

intervenccedilatildeo eficaz e de qualidade

Os grandes impactos socioeconoacutemicos causados pelos desastres naturais levaram a

uma mudanccedila na abordagem poliacutetica para lidar com o conceito de risco nas sociedades

modernas a multiplicidade de riscos que nos dias de hoje eacute vivida pelos cidadatildeos tanto a

niacutevel individual como coletivo deve-se constituir tambeacutem objeto de atenccedilatildeo para o Serviccedilo

Social

Assim os profissionais de Serviccedilo Social vecircm-se hoje obrigados a readaptar a sua

metodologia e teacutecnicas de intervenccedilatildeo face aos novos desafios teoacutericos metodoloacutegicos e

teacutecnicos gerados pelas mudanccedilas sociais

A presente dissertaccedilatildeo tem como objetivo geral conhecer o Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial na Ilha Terceira tendo como objetivos

especiacuteficos

-Compreender o tipo de intervenccedilatildeo que eacute desenvolvida pelo Serviccedilo Social na Ilha

Terceira

-Mostrar como estatildeo organizadas as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial equipas de

intervenccedilatildeo em crise (composiccedilatildeo funccedilotildees formaccedilatildeo)

-Confirmar se os Assistentes Sociais possuem formaccedilatildeo especiacutefica para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

-Verificar se os Assistentes Sociais intervecircm segundo as etapas de intervenccedilatildeo

psicossocial em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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-Enumerar as funccedilotildees concretas desempenhadas pelos Assistentes Sociais quando

ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

-Identificar quais as principais dificuldades com que se confrontam no terreno

quando intervecircm em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe

Residindo na Ilha Terceira a escolha por este tema fica a dever-se natildeo soacute ao facto

de residir numa zona de risco onde a probabilidade de ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe eacute bastante elevada mas tambeacutem pelo facto de jaacute ter desempenhado funccedilotildees como

Assistente Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe sobretudo nas enxurradas do Porto Judeu em

2013 e tendo tido contacto com esta realidade verifiquei que existe falta de preparaccedilatildeo por

parte dos teacutecnicos para intervir neste tipo de situaccedilotildees

Por fim outro dos fatores que me levou a optar por esta temaacutetica foi o facto de em

Portugal existir pouca investigaccedilatildeo nesta aacuterea e o presente estudo vai servir ainda de

complemento a outra aacuterea de formaccedilatildeo que detenho a de Teacutecnica Superior de Seguranccedila e

Higiene no Trabalho

O presente trabalho encontra-se estruturado em 3 capiacutetulos o primeiro capiacutetulo

reporta-se ao Enquadramento Teoacuterico onde foram definidos os conceitos orientadores que

serviram de pilar teoacuterico ao longo desta dissertaccedilatildeo O segundo capiacutetulo remete-se agrave

metodologia integrada utilizada nesta investigaccedilatildeo que utilizou instrumentos de cariz

qualitativo pesquisa e anaacutelise documental pesquisa bibliograacutefica e entrevistas a entidades

significativas desta aacuterea

No terceiro capiacutetulo faz-se a apresentaccedilatildeo anaacutelise e discussatildeo dos resultados da

investigaccedilatildeo e por uacuteltimo apresentam-se as conclusotildees finais e bibliografia

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Capitulo I

Enquadramento Teoacuterico

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1 - A Sociedade de Risco e Riscos

A noccedilatildeo de risco tem acompanhado desde sempre a humanidade tendo-se assistido

ao longo dos tempos a uma evoluccedilatildeo dos conceitos

Em termos descritivos a definiccedilatildeo de risco foi ao longo do tempo sendo alvo de um

processo de desambiguaccedilatildeo Profissionais e decisores das mais diversas aacutereas bem como a

comunidade cientiacutefica no domiacutenio de diversas aacutereas tecircm abordado este conceito de forma

aplicada e adaptada agrave sua realidade e aos seus objectos de trabalho O resultado desta praacutetica eacute

a formulaccedilatildeo de diferentes conceitos de risco Por norma o risco encontra-se associado agrave

duacutevida em relaccedilatildeo a acontecimentos futuros de cariz negativo para a Humanidade O risco

ldquopode ser tomado como uma categoria de anaacutelise associada agrave priori agraves noccedilotildees de incerteza

exposiccedilatildeo ao perigo perda e prejuiacutezos materiais econoacutemicos e de vidas humanas em funccedilatildeo

de processos de ordem natural (tais como os processos exoacutegenos e endoacutegenos da Terra) eou

daqueles associados agrave accedilatildeo do Homemrdquo (Castro 20052)

Segundo Covello e Mumpower (1985 citado por Proske 2008) as primeiras

preocupaccedilotildees com risco (embora natildeo fosse tratado com este termo) deveratildeo ter ocorrido em

torno do ano 3200 aC no vale do Tigre-Eufrates onde um grupo denominado Asipu

praticava a anaacutelise e o aconselhamento sobre o risco com base em eventos repetidos e

motivados por forccedilas divinas prestando assim apoio agraves populaccedilotildees locais

A noccedilatildeo de risco mais aproximada agrave actualmente utilizada surgiu no seacuteculo XIV

associada agraves viagens mariacutetimas No seacuteculo XVI o termo ldquorischiordquo comeccedilou a ser utilizado nas

liacutenguas romanas para reportar situaccedilotildees de incerteza (Luhmann1993 citado por Proske

2008) Foi durante este periacuteodo e tambeacutem a partir do seacuteculo XVII que o risco ganhou mais

expressatildeo por intermeacutedio de navegadores portugueses e espanhoacuteis No entanto a

proveniecircncia do termo em si acaba por natildeo ser conhecida com certeza absoluta e Proske

(2008) aponta como possiacuteveis origens o grego com ldquorhiziardquo o persa com ldquorozi(k)rdquo ou ainda

o espanhol e as liacutenguas africanas com o termo ldquoareskrdquo Em comum estes termos tinham o

facto de a vida estar dependente de Deus e de um destino impossiacutevel de controlar e contrariar

Segundo Ewald (1993 citado por Mendes 2002) o risco advinha de um ato de Deus uma

forccedila maior de tal ordem que natildeo poderia ser imputada qualquer responsabilidade ao Homem

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Este uacuteltimo pouco poderia fazer tanto na tentativa de prever futuros eventos como na

tentativa de reduzir o seu impacto

Um contributo na evoluccedilatildeo do conceito do risco foi dado pelo sector da banca ainda

no decorrer do seacuteculo XVII Se nos primoacuterdios da utilizaccedilatildeo deste conceito este apenas

incluiacutea a noccedilatildeo de espaccedilo a partir do momento em que comeccedilou a ser utilizado pelo sistema

bancaacuterio viu ser-lhe vinculada a noccedilatildeo de tempo pois esta uacuteltima era tambeacutem imprescindiacutevel

para determinar provaacuteveis consequecircncias de um dado investimento tanto para os credores

como para os devedores (Giddens2000citado por Mendes 2002)

Em meados da deacutecada de oitenta Ulrich Beck (1992) apresenta o inovador conceito

de ldquoSociedade de Riscordquo para alertar sobre os riscos aos quais as sociedades atuais estatildeo

sujeitas particularmente os riscos de caraacutecter tecnoloacutegico e ambiental Para este autor ldquoa

sociedade de risco significa que vivemos na idade dos efeitos secundaacuterios isto eacute habitamos

um mundo fora de controlo onde nada eacute certo aleacutem da incerteza A novidade desta noccedilatildeo

reside no facto de algumas decisotildees humanas poderem envolver consequecircncias e perigos

globais que natildeo reconhecem fronteirasrdquo (Beck200016)

Mendes (2002) considera tambeacutem que vivemos na ldquosociedade do riscordquo devido agrave

dificuldade em quantificar prevenir e anular os riscos agrave natureza global e sua magnitude

Para Almeida (2002) a sociedade do risco eacute uma designaccedilatildeo que pretende apontar um tipo de

sociedade que estaacute atualmente mais exposta a alteraccedilotildees frequentes e agrave incerteza que eacute mais

exigente mas com menos garantias

Para Beck (1992) a caracteriacutestica principal da sociedade de risco eacute que as inovaccedilotildees

tecnoloacutegicas e organizacionais da sociedade moderna tambeacutem acarretaram efeitos colaterais

negativos cada vez mais complexos e imprevisiacuteveis e alguns deles incontrolaacuteveis Uma

parte dos riscos contemporacircneos escaparam do controle do sistema convencional das

instituiccedilotildees da era industrial ldquoO Estado-naccedilatildeo natildeo consegue mais regular os riscos de alta

complexidade principalmente aqueles que tecircm uma espacialidade e uma temporalidade que

vatildeo aleacutem das fronteiras geopoliacuteticas nacionaisrdquo (Beck 1995 210)

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Para Beck alguns dos novos riscos deixaram de poder ser pensados enquanto

fenoacutemenos locais circunscritos a uma determinada aacuterea ou situaccedilatildeo visto que assumiram um

caraacutecter global

O tipo de riscos que temos nas sociedades de hoje difere dos do passado na medida

em que hoje eles satildeo potencialmente ilimitados seja geograficamente (na medida em que os

perigos satildeo globalizados natildeo se limitando ao seu espaccedilo de origem ndash a sociedade de risco eacute

mundial) seja em termos de tempo seja ainda no alcance dos seus danos que podem

perpetuar ndash se por geraccedilotildees ldquoO risco atinge tudo sem distinccedilatildeo de classe eacute democraacutetico

incalculaacutevel (as consequecircncias desconhecidas indesejadas tornam-se uma forccedila dominante na

historia e na sociedade)rdquo (Silveirinha 2007 citado por Amaro 201253)

Hoje os riscos estatildeo em todos os lugares em outros contextos histoacutericos inclusive

em seacuteculos passados a experiecircncia dos riscos nunca foi tatildeo abrangente e profunda como tecircm

sido nas uacuteltimas deacutecadas As situaccedilotildees de risco atuais satildeo portanto quantitativas e

qualitativamente distintas das formas anteriores de risco As mudanccedilas estatildeo acontecendo

cada vez mais raacutepidas e em maior grau e intensidade As mudanccedilas geram situaccedilotildees novas em

que ningueacutem parece ter o controlo A incerteza passou a ser uma caracteriacutestica marcante da

nossa eacutepoca

Na linha de pensamento de Giddens (2012) a ideia de risco andou sempre associada

agrave modernidade mas na eacutepoca atual assume uma importacircncia nova e peculiar O risco era

considerado como um meio de regular o futuro de o normalizar e de o colocar sob o nosso

domiacutenio no entanto as coisas natildeo se passaram assim As tentativas que fazemos para

controlar o futuro acabam por se voltar contra noacutes forccedilando-nos a procurar novas formas de

viver com a incerteza

No presente noacutes natildeo sabemos se vivemos num mundo mais arriscado do que as

geraccedilotildees passadas o problema natildeo esta situado na ldquoquantidaderdquo do risco a grande diferenccedila

histoacuterica entre o passado e o presente eacute que hoje sabemos ser impossiacutevel controlar as

consequecircncias de algumas decisotildees civilizacionais Eacute neste contexto que Beck e Giddens

utilizam o termo incertezas fabricadas

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Giddens (2012) faz a distinccedilatildeo entre dois tipos de risco o risco exterior e o risco

criado

Riscos Externos - Ateacute uma eacutepoca muito recente as sociedades humanas estavam sob

ameaccedila de riscos externos isto eacute que tecircm origem no mundo natural e natildeo estatildeo relacionados

com a accedilatildeo do homem os perigos advecircm secas terramotos tempestades e fome

Riscos Criados - Riscos que resultam do impacto da accedilatildeo do nosso saber e da

tecnologia sobre o mundo natural

Segundo Giddens (2012) no passado a sociedade preocupava ndash se mais com o risco

exterior como resultado de fenoacutemenos impostos pela natureza como secas pragas ou maacutes

colheitas Actualmente a preocupaccedilatildeo recai natildeo apenas neste mas tambeacutem no risco

provocado remetendo para o impacto que o desenvolvimento tecnoloacutegico tem sobre o

ambiente

Na linha de pensamento de (Zecirczere Ferreira amp Rodrigues1999) recorrendo a

conceitos matemaacuteticos o risco eacute entendido como a probabilidade de ocorrecircncia de um efeito

especiacutefico causador de danos graves agrave Humanidade eou ao ambiente num determinado

periacuteodo e em circunstacircncias determinadas Segundo o mesmo autor e numa clara alusatildeo agrave

importacircncia do conceito de risco para a gestatildeo do mesmo ldquoo risco exprime a possibilidade de

ocorrecircncia e a respectiva quantificaccedilatildeo em termos de custos de consequecircncias gravosas

econoacutemicas ou mesmo para a seguranccedila das pessoas em resultado do desencadeamento de

um fenoacutemeno natural ou induzido pela atividade antroacutepicardquo (Zecirczere et al19993) Agrave luz da

variedade de definiccedilotildees existentes pode ainda o risco ser encarado como ldquoa probabilidade de

ocorrecircncia de um processo (ou acccedilatildeo) perigoso e respectiva estimativa das suas consequecircncias

sobre pessoas bens ou ambiente expressas em danos corporais eou prejuiacutezos materiais e

funcionais diretos ou indiretosrdquo (Juliatildeo 200922)

ldquo A noccedilatildeo de risco mais vulgarizada tem a ver com o ldquoperigo que se correrdquo isto eacute

em linhas gerais risco eacute a probabilidade de ocorrecircncia de um perigordquo (Lourenccedilo 2003citado

por Amaro 201254)

Na oacuteptica de Ribeiro (1995) o risco eacute caracterizado pela ameaccedila que causa ou que eacute

sentida pela sociedade face a determinada situaccedilatildeo de rutura Resulta da probabilidade de

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desencadear um fenoacutemeno de ruptura e do grau de impacto associado aos efeitos que

previsivelmente produza no sistema social

De forma integrada ldquoo risco pretende caracterizar a possibilidade de ocorrecircncia de

perturbaccedilotildees que alterem o estado de seguranccedila existente ou previsto e que provoquem os

correspondentes danosrdquo (Amaro 201254)

Na perspectiva de Herculano (2009) a compreensatildeo da dimensatildeo do risco eacute

fundamental Importa conhecer como este se manifesta atraveacutes de que processos quais os

agentes e quais os impactos para que assim a intervenccedilatildeo seja a mais adequada agrave situaccedilatildeo No

entanto o mesmo autor refere ainda que se cada grupo de riscos for considerado

isoladamente tambeacutem eacute possiacutevel agrupar esses mesmos grupos e assim constituiacuterem-se novos

ramos ou sub-ramos de riscos tais como ldquoos riscos naturo-sociais tecno-sociais tecno-

naturais ou entatildeo e porque natildeo o grupo dos riscos soacutecio-ambientais ou naturo-tecno- sociais

na medida em que determinado risco natural se desencadeie por vulnerabilidade a

determinado risco tecnoloacutegico e cujas repercussotildees se verifiquem sobre as sociedadesrdquo

(Herculano 2009 1-2)

Para Douglas o risco eacute uma ldquoteacutecnica moderna de avaliar o perigo em termos de

probabilidade (hellip) e incertezardquo (Rebelo1992 citado por Herculano 20093) Por sua vez

Giddens (1987) considera o risco como aquilo que existe em situaccedilotildees de perigo hoje em dia

enfrenta- se perigos decorrentes de uma incerteza fabricada (produzida pela teacutecnica e pela

ciecircncia modernas) Herculano (2009) menciona que seraacute mais adequado falar de perigos

quando os danos ou perdas estatildeo relacionados com causas fora do proacuteprio controlo Deve-se

falar em riscos quando os possiacuteveis danos satildeo consequecircncia da proacutepria decisatildeo

Independentemente de se poder defender que a teoria do risco estaacute desde sempre

presente na conceptualizaccedilatildeo dos conceitos de perigo e de risco todavia para Rebelo existem

trecircs conceitos que vivem em torno da organizaccedilatildeo desta teoria risco perigo e crise Uma vez

que para este autor ldquoO risco pressupotildee um sistema de processos que o determinam e o

analisam que o perigo pressupotildee um conjunto de percepccedilotildees e de reacccedilotildees de acordo com a

sua evoluccedilatildeo e a manifestaccedilatildeo da crise deve ter presente uma planificaccedilatildeo global dos riscos e

integral dos recursos essenciais agrave sua gestatildeordquo (Rebelo 1999 citado por Herculano 20093-

4)

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A aproximaccedilatildeo ao fim do uacuteltimo mileacutenio intensificou as preocupaccedilotildees relativas ao

risco natildeo apenas pela comunidade cientiacutefica mas pelo puacuteblico em geral criando a ideia de

que a qualquer momento pode ocorrer um evento negativo provocando rupturas de diversos

niacuteveis e desorientaccedilatildeo geral Segundo Beck (1992como citado em Mendes 2002) todas as

alteraccedilotildees na natureza do risco tornaram-no mais globalizado menos identificaacutevel e com

consequecircncias mais graves criando ansiedade na populaccedilatildeo Este estado de maior alerta e

apreensatildeo face ao risco eacute motivo por parte desta a uma maior solicitaccedilatildeo a quem compete

trabalhar no sentido de prever e avisar para as situaccedilotildees de risco A prevenccedilatildeo quando

devidamente justificada pode constituir a diferenccedila entre o agravamento do risco ou a sua

atenuaccedilatildeo Conforme Mendes (2002) a incerteza associada ao risco cria por vezes situaccedilotildees

de alarmismo e por outras situaccedilotildees de ocultaccedilatildeo de factos ldquoQuando o risco eacute considerado

elevado e muito divulgado e posteriormente se constata que os impactos foram miacutenimos os

envolvidos no processo de prevenccedilatildeo satildeo considerados alarmistas mas quando esse risco natildeo

eacute devidamente acautelado e posteriormente ocorrem situaccedilotildees graves os mesmos satildeo

acusados de menosprezar o risco e de descuido no processo de preparaccedilatildeo para o enfrentarrdquo

(Mendes 20023)

2 - Desastres ou Cataacutestrofes

Os desastres naturais representam um conjunto de fenoacutemenos que fazem parte da

geodinacircmica terrestre portante da natureza do planeta quando ocorrem podem acarretar

consequecircncias catastroacuteficas para o ser-humano

A partir deacutecada de 80 comeccedilou a dar-se um aumento gradual dos prejuiacutezos

econoacutemicos com origem na destruiccedilatildeo provocada por desastres naturais tendo a deacutecada de

1990 marcado a entrada num novo patamar com os valores dos prejuiacutezos a dispararem para

valores nunca antes vistos Terramotos tsunamis ou grandes tempestades em aacutereas fortemente

desenvolvidas e povoadas foram o motor para os elevados prejuiacutezos verificados

Recentemente em 2011 assistiu-se a um valor recorde estimado em 3661 mil milhotildees de

doacutelares (danos provocados pelo terramoto e tsunami que atingiram o Japatildeo) suplantando o

valor atingido em 2005 na ordem dos 2468 mil milhotildees de doacutelares (prejuiacutezos resultantes da

passagem do furacatildeo Katrina na costa leste dos Estados Unidos da Ameacuterica (Guha-sapir Vos

Below amp Ponserre2011)

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Em Portugal as cataacutestrofes da uacuteltima deacutecada foram maioritariamente de origem

natural nomeadamente cheias tufotildees e incecircndios florestais Portugal foi considerado pela

Comissatildeo Europeia como o paiacutes europeu mais afectado pelos incecircndios em 2003 com 20

viacutetimas mortais e com um nuacutemero recorde de 390 146 hectares de terreno florestal e mato

ardido durante o ano de 2003 (Livro Branco dos incecircndios florestais 2003) O sismo de 1755

foi considerado a cataacutestrofe mais mortal no nosso paiacutes sendo responsaacutevel por um elevado

nuacutemero de mortes bem como inuacutemeros estragos materiais as cheias na Ilha Madeira a 20 de

Fevereiro de 2010 foi outra das cataacutestrofes que assolou o nosso paiacutes tendo provocado

tambeacutem inuacutemeros prejuiacutezos materiais e ambientais e viacutetimas mortais

No que concerne agrave Ilha Terceira nos uacuteltimos anos a cataacutestrofe que causou mais

estragos foi o sismo de 1980 morreram cerca de 51 pessoas tendo a cidade de Angra do

Heroiacutesmo ficado praticamente destruiacuteda

Nos uacuteltimos 5 anos na Ilha Terceira ocorreram duas situaccedilotildees de cataacutestrofes

nomeadamente as enxurradas da Agualva em Dezembro de 2009 e Porto Judeu em Marccedilo de

2013 estas provocaram inuacutemeros prejuiacutezos materiais apenas nas enxurradas da Agualva

houve uma viacutetima mortal

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) o nuacutemero de cataacutestrofes naturais

aumentou cerca de 100 para cerca de 400 por ano com o continente Africano a ser o mais

castigado nas uacuteltimas trecircs deacutecadas

As consequecircncias das cataacutestrofes estatildeo diretamente associadas a fatores de

vulnerabilidade das sociedades das quais se destacam a densidade populacional o

aquecimento global e as condiccedilotildees precaacuterias de habitabilidade de grandes aglomerados

populacionais Para Serra (2008) um outro fator a considerar eacute a constante imposiccedilatildeo do

homem nos ecossistemas o desrespeito pela natureza e a desresponsabilizaccedilatildeo dos governos

na prevenccedilatildeo das cataacutestrofes o que leva agrave conclusatildeo de que as cataacutestrofes satildeo cada vez menos

naturais pois ateacute mesmo a origem de um tsunami pode ser imputado ao homem que atraveacutes

da sua accedilatildeo exponencia as fragilidades do ecossistema consequentemente aumenta a

probabilidade de cataacutestrofes naturais (p 37- 47)

Segundo Amaro (201223) ldquoas sociedades modernas nomeadamente as mais

desenvolvidas debatem-se hoje com problemas que natildeo sendo novos assumem por vezes

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uma dimensatildeo redobrada porque os riscos cresceram com o acelerado desenvolvimento

tecnoloacutegico e com a expansatildeo de um urbanismo desenfreadordquo

Nesta perspetiva ldquoHoje as questotildees relativas agraves ameaccedilas provenientes das raacutepidas

mudanccedilas climaacuteticas deve ser encarada do mesmo modo que uma verdadeira guerra que natildeo

podemos perder em termos de planeamento coordenaccedilatildeo e execuccedilatildeordquo (Leandro 2007

citado por Amaro 201227)

Vaacuterios autores colocam desastre e cataacutestrofe com um uacutenico significado enquanto

outros apontam diferenccedilas e distinguem-nos

Segundo a UNISDR (200913) um desastre consiste numa ldquoperturbaccedilatildeo seacuteria do

funcionamento de uma comunidade ou sociedade causando perdas humanas materiais

econoacutemicas e ambientais expressivas que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade

em fazer frente agrave situaccedilatildeo com os seus proacuteprios recursosrdquo Em definiccedilotildees propostas pelo

CRED (Centre for Research on the Epidemiology of Disaters) o desastre surge como ldquouma

situaccedilatildeo ou um evento que supera a capacidade local surgindo a necessidade de pedir ajuda

externa seja a niacutevel nacional ou internacional ou um evento imprevisto que causa grandes

danos destruiccedilatildeo e sofrimento humanordquo (Guha-sapir et al 2011)

Numa perspetiva diferente Pine (2008) aborda os desastres mencionando

genericamente as suas causas referindo que satildeo eventos naturais e causados pelo homem que

tecircm um impacto adverso sobre uma comunidade regiatildeo ou naccedilatildeo Os eventos associados a

um desastre podem sobrecarregar os meios de resposta e provocam danos a niacutevel econoacutemico

social e ambiental

Para (Dilley Chen Deichmann Lerner amp Almond 200519) ldquoos desastres naturais

ocorrem quando um nuacutemero elevado de pessoas ou bens satildeo atingidos por fenoacutemenos de

grande severidade provocando feridos mortes prejuiacutezos econoacutemicos danos ou destruiccedilatildeo

total de estruturasrdquo

No contexto da dinacircmica natural do planeta a ocorrecircncia de fenoacutemenos naturais

extremos eacute muito frequente no entanto quando estes eventos atingem comunidades humanas

de forma grave e extensiva tendo como resultados prejuiacutezos materiais e a perda de vidas

humanas assumem as caracteriacutesticas e a dimensatildeo de uma cataacutestrofe

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De acordo com a OMS uma cataacutestrofe eacute considerada ldquo um acontecimento natural ou

provocado pelo homem cujo a ameaccedila pode justificar a necessidade de socorros de

emergecircncia e no qual os grandes danos materiais satildeo acompanhados de traacutegicas perdas de

vidas humanas e grande numero de vitimas invariavelmente feridas com gravidaderdquo

As cataacutestrofes podem acontecer a qualquer momento Carvalho (2009) define-a em

termos sociais fiacutesicos e sanitaacuterios Eacute uma situaccedilatildeo imprevista e repentina atinge uma

populaccedilatildeo de maioria saudaacutevel que passa a vivenciar uma realidade desorganizada ou

disruptiva que desconcerta a sua vida de forma violenta e traumatizante Bandeira e Pinto

(2001 citado por Sousa200716) referem que o contexto de cataacutestrofe eacute baseado em ldquotrecircs

componentes afluxo intenso de vitimas destruiccedilatildeo de ordem material desproporcionalidade

acentuada entre os meios de socorro e as vitimas a socorrerrdquo

De acordo com a Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil Lei nordm 272006 de 3 de Julho artigo

3ordmnordm2 ldquo cataacutestrofe eacute o acidente grave ou serie de acidentes graves suscetiacuteveis de provocarem

elevados prejuiacutezos materiais e eventualmente vitimas afetando intensamente as condiccedilotildees de

vida e o tecido socioeconoacutemico em aacutereas ou na totalidade do territoacuterio nacional ldquo

As diferenccedilas verificadas entre os conceitos de desastre e cataacutestrofe satildeo

particularmente visiacuteveis ao niacutevel da escala do acontecimento onde no segundo caso as

consequecircncias negativas abrangem aacutereas territoriais maiores afetam um maior nuacutemero de

pessoas e bens requerem ajuda externa suplementar envolvem oacutergatildeos e agecircncias estatais e o

tempo de recuperaccedilatildeo eacute mais longo Neste jogo de semelhanccedilasdisparidades entre definiccedilotildees

Oliver (20115) sugere a cataacutestrofe como ldquoum evento que afeta direta ou indiretamente todo

um paiacutes requerendo resposta nacional ou eventualmente internacional ameaccedilando o bem-

estar de um nuacutemero substancial de pessoas por um longo periacuteodo de tempordquo

Tanto os desastres naturais como as cataacutestrofes satildeo tambeacutem causadores de grandes

impactos a niacutevel econoacutemico sendo responsaacuteveis pela destruiccedilatildeo de diversas estruturas

(habitaccedilotildees equipamentos vias entre outros) encerramento de serviccedilos perda de recursos e

suspensatildeo de atividades produtivas como a agricultura e a induacutestria ou ainda a interrupccedilatildeo da

circulaccedilatildeo e quebras na rede de transportes de pessoas e mercadorias No processo de retoma

da normalidade o apoio agraves viacutetimas e a reconstruccedilatildeo das estruturas danificadas tecircm-se

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perfilado nas uacuteltimas deacutecadas como operaccedilotildees mais complexas e dispendiosas agrave medida que

aumenta a dimensatildeo e o niacutevel de desenvolvimento das aacutereas afetadas

Nesta perspetiva ldquoO Tsunami de Dezembro de 2004 que vitimou mais de 250 mil

pessoas o furacatildeo Katrina que arrasou a cidade de Nova Orleatildees e matou perto de 2000

pessoas o sismo do Paquistatildeo no qual faleceram perto 60 mil pessoas o tufatildeo de Myanmar

(soacute para citar alguns dos mais recentes e devastadores) alertaram-nos para uma nova realidade

a que os Estados modernos natildeo podem fechar os olhos As grandes variaccedilotildees demograacuteficas e

as mudanccedilas climaacuteticas criaram muitas e novas preocupaccedilotildees que remetem para atitudes de

contiacutenua prevenccedilatildeo anaacutelise e gestatildeo de riscordquo (Amaro201223)Em siacutentese a diferenccedila entre

desastre e cataacutestrofe parece-nos pouco mais que semacircntica ou se quisermos diferindo face agrave

amplitude do fenoacutemeno

3 - Proteccedilatildeo Civil

O assistente social ao intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe deve ser conhecedor de

como se encontra estruturada e organizada a Proteccedilatildeo Civil (PC) neste tipo de situaccedilotildees

quando trabalhei na situaccedilatildeo de cataacutestrofe do Porto Judeu uma das maiores dificuldades com

que me deparei no terreno foi perceber como funcionava todo o processo ao niacutevel da

emergecircncia quando ocorria uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe no decorrer das entrevistas aos

teacutecnicos sociais foi-me apercebendo que estes tinham alguma dificuldade em responder agraves

questotildees que estavam relacionadas com a aacuterea da PC neste sentido natildeo eacute excessivo que os

elementos das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam com bastante pormenor o

sistema nacional e regional de PC o desconhecimento por parte do assistente social nesta

mateacuteria pode condicionar o sucesso da sua intervenccedilatildeo face a esta situaccedilatildeo irei desenvolver

de forma mais exaustiva o ponto nordm 3 deste capitulo

A PC segundo o artigoordm1 da Lei nordm 27 de 2006 ldquoeacute a atividade desenvolvida pelo

Estado Regiotildees Autoacutenomas e Autarquias Locais pelos cidadatildeos e por todas as entidades

puacuteblicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situaccedilotildees de

acidente grave ou cataacutestrofe de atenuar os seus efeitos proteger socorrer as pessoas e bens

em perigo quando aquelas situaccedilotildees ocorramrdquo

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Para aleacutem do seu papel especiacutefico de manter a situaccedilatildeo controlada e proteger a

populaccedilatildeo tem tambeacutem como tarefa avaliar a dimensatildeo da cataacutestrofe e contactar as

instituiccedilotildees que devem colaborar em todo o processo de intervenccedilatildeo

Satildeo objetivos fundamentais do PC segundo o artordm 4ordm da Lei nordm 27 2006

Prevenir os riscos coletivos e a ocorrecircncia de acidente grave ou de

cataacutestrofe

Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das

ocorrecircncias descritas no ponto anterior

Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo proteger

bens e valores culturais ambientais e de elevado interesse publico

Apoiar a reposiccedilatildeo da normalidade da vida das pessoas em vaacuterias aacutereas

afetadas por acidente grave ou cataacutestrofe

Ao niacutevel Regional a PC tem caracteriacutesticas organizacionais proacuteprias conforme

Fig1

Fig1- Organizaccedilatildeo da Proteccedilatildeo Civil Fonte PREPCA 2013

31 - Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores

O Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e Bombeiros dos Accedilores (Fig2) eacute o

departamento que depende da Secretaria Regional da Sauacutede (Decreto Regulamentar Regional

nordm 242012 nordm10 aliacutenea d) e tem como atribuiccedilotildees orientar coordenar e fiscalizar a niacutevel da

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Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores (RAA) as atividades de Proteccedilatildeo Civil e dos Corpos de

Bombeiros bem como assegurar o funcionamento de um sistema de transporte terrestre de

emergecircncia meacutedica de forma a garantir aos sinistrados ou viacutetimas de doenccedila suacutebita a pronta

e correta prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede (capitulo I do Decreto Regulamentar Regional nordm

242003A de 7 de Agosto artordm nordm 2)

Fig2- Organizaccedilatildeo SRPCBA Fonte PREPCA 2013

A niacutevel Regional o SRPCBA tem como atribuiccedilotildees de competecircncias

designadamente o Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia (COE) e o Posto de Comando

Operacional (PCO) (PREPCA2013)

O Centro de Operaccedilotildees de Emergecircncia tem como objetivos

-Garantir a gestatildeo e o acompanhamento de todas as ocorrecircncias de acidentes graves e

cataacutestrofes

-Assegurar a coordenaccedilatildeo dos recursos e do apoio logiacutestico das operaccedilotildees de socorro

emergecircncia e assistecircncia decorrentes do acidente grave ou cataacutestrofe

-Proceder agrave recolha de informaccedilatildeo relevante para missotildees de proteccedilatildeo e socorro

recolhidas das entidades intervenientes nas operaccedilotildees

-Recolher e divulgar a situaccedilotildees em curso difundidos comunicados e avisos as

populaccedilotildees e entidades e instituiccedilotildees incluindo oacutergatildeos de comunicaccedilatildeo social

O Posto de Comando Operacional instalado funciona como oacutergatildeo diretor das

operaccedilotildees de apoio na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios

A montagem organizaccedilatildeo funcionamento e coordenaccedilatildeo do PCO eacute da

responsabilidade e competecircncia do respetivo COE A implantaccedilatildeo do PCO do teatro de

operaccedilotildees deve ser tendencialmente feita numa infraestrutura ou veiacuteculo apto para o efeito

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Compete ao COS comandar as operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro no teatro de

operaccedilotildees garantindo a montagem de um PCO assegurando a existecircncia de condiccedilotildees de

seguranccedila para todo o pessoal e sectorizando o teatro de operaccedilotildees para que resulte a

hierarquia de comando a delegaccedilatildeo de tarefas e os meacutetodos de

Articulaccedilatildeo dos meios

Controlo dos recursos

Gestatildeo da Informaccedilatildeo

Expansatildeo ou retraccedilatildeo da organizaccedilatildeo no teatro de operaccedilotildees consoante a evoluccedilatildeo da

situaccedilatildeo

32 - Plano de Emergecircncia

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do

Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoria eacute um instrumento que os serviccedilos municipais

passaram a dispor para o desencadeamento de operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil com vista a

possibilitar uma unidade de prevenccedilatildeo direccedilatildeo e controlo Pretende-se atraveacutes desta unidade a

coordenaccedilatildeo das accedilotildees a desenvolver e gestatildeo de meios e recursos mobilizaacuteveis face a

acidente grave ou cataacutestrofe no sentido de minimizar os prejuiacutezos perdas de vidas e o

restabelecimento da normalidade

Um plano por definiccedilatildeo deve ser elaborado antes da ocorrecircncia da situaccedilatildeo a que se

destina Nesta perspetiva os seus pressupostos devem assentar em previsotildees as quais com

base em estudos teacutecnico-cientiacuteficos elaborados antecipadamente deveratildeo indicar com a

maior objetividade possiacutevel as consequecircncias a partir das quais se estabelecem as medidas a

tomar

O Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria tem os seguintes objetivos gerais

-Providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e os meios

indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo dos efeitos adversos de um acidente grave ou cataacutestrofe

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-Definir as orientaccedilotildees relativamente ao modo de atuaccedilatildeo dos vaacuterios organismos

serviccedilos e estruturas a empenhar em operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil

-Definir a unidade de direccedilatildeo coordenaccedilatildeo e comando das accedilotildees a desenvolver

-Coordenar e sistematizar as accedilotildees de apoio promovendo maior eficaacutecia e rapidez de

intervenccedilatildeo das entidades intervenientes

- Inventariar os meios e recursos disponiacuteveis para acorrer a um acidente grave ou

cataacutestrofe

-Minimizar a perda de vidas e bens atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves

ou cataacutestrofes e restabelecer o mais rapidamente possiacutevel as condiccedilotildees miacutenimas de

normalidade

-Assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e

coordenado de todos os meios e recursos disponiacuteveis num determinado territoacuterio sempre que

a gravidade e dimensatildeo das ocorrecircncias o justifique

-Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparaccedilatildeo e de

prontidatildeo necessaacuterio agrave gestatildeo de acidentes graves ou cataacutestrofes

-Promover a informaccedilatildeo das populaccedilotildees atraveacutes de accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo tendo em

vista a sua preparaccedilatildeo a assunccedilatildeo de uma cultura de autoproteccedilatildeo e entrosamento na estrutura

de resposta agrave emergecircncia

Ambos os PME atraacutes referenciados encontram-se em vigor desde 2003 tendo sido

revisto e atualizado de acordo com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 da Comissatildeo Nacional de

Proteccedilatildeo Civil (CNPC) a qual estabelece a Diretiva relativa aos criteacuterios e normas teacutecnicas

para a elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de Planos de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil

Em conformidade com a Resoluccedilatildeo nordm 252008 de 18 de Julho da Comissatildeo

Nacional de Proteccedilatildeo Civil o Plano Municipal Emergecircncia Angra Heroiacutesmo (PMEAH) Plano

Municipal Emergecircncia Praia Vitoacuteria (PMEPV) eacute designado como Plano Geral cujo acircmbito de

aplicaccedilatildeo territorial e administrativo circunscreve-se ao Concelho de Angra do Heroiacutesmo e ao

concelho da Praia da Vitoria abrangendo 19 freguesias em Angra do Heroiacutesmo e 11 freguesias

na Praia da Vitoria ambos os planos foram elaborados para enfrentar e dar resposta agrave

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generalidade das ocorrecircncias de emergecircncia adjacentes a todos os riscos de origem natural

assim como tecnoloacutegica com possibilidade de ocorrecircncia nos concelhos de Angra do

Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

321 - Competecircncias para a ativaccedilatildeo do Plano de Emergecircncia

De acordo com o nordm 2 do artigo 40ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho bem como a

aliacutenea c) do nordm 3 do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro compete agrave Comissatildeo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil (CMPC) o acionamento do Plano Municipal de Emergecircncia no

caso do Concelho de Angra do Heroiacutesmo eacute a Comissatildeo Municipal Proteccedilatildeo Civil deste

concelho que aciona o plano no caso do concelho da Praia da Vitoria eacute a Comissatildeo Municipal

de Proteccedilatildeo Civil deste concelho que aciona o PME Segundo o artigo 6ordm da Lei nordm 652007

de 12 de Novembro o presidente da Cacircmara Municipal como diretor do PME e apoiado pelo

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil (SMPC) eacute competente para declarar a situaccedilatildeo de alerta

de acircmbito municipal

De acordo com o nordm 1 do artigo 9ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a situaccedilatildeo de

alerta pode ser declarada quando face agrave ocorrecircncia ou iminecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe eacute reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas ou medidas especiais

de reaccedilatildeo Como mecanismo excecional por razotildees de celeridade de ativaccedilatildeo do PME

quando a natureza do acidente grave ou cataacutestrofe assim o justificar a CMPC poderaacute reunir

com composiccedilatildeo reduzida na eventualidade de ser impossiacutevel reunir a totalidade dos seus

membros Esta ativaccedilatildeo seraacute sancionada posteriormente pelo plenaacuterio da Comissatildeo Uma vez

assegurada a reposiccedilatildeo da normalidade no municiacutepio deveraacute ser declarada a desativaccedilatildeo do

PME a qual sucederaacute apoacutes decisatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Para a publicaccedilatildeo da ativaccedilatildeo e desativaccedilatildeo da PME seratildeo utilizados os meios de

comunicaccedilatildeo social locais assim como o siacutete da internet da Cacircmara Municipal de Angra do

Heroiacutesmo ou da Praia Vitoria

Nos termos do nordm 2 do artigo 9ordm da Resoluccedilatildeo nordm 252008 da CNPC os planos de

emergecircncia devem ser objeto de exerciacutecios pelo menos bianualmente A mesma Resoluccedilatildeo

expressa no nordm 3 do artigo 9ordm menciona que deve ser realizado um exerciacutecio no prazo

maacuteximo de 180 dias apoacutes a aprovaccedilatildeo da revisatildeo do PME O presidente da Cacircmara

Municipal ou a CMPC sob proposta do Coordenador Municipal de Proteccedilatildeo Civil pode

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realizar exerciacutecios com a finalidade de testar a operacionalidade do Plano Municipal de

Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do Concelho da Praia

Vitoria

Nos termos da Lei nordm 1342006 de 25 de Julho o Sistema Integrado de Operaccedilotildees

de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) visa responder a situaccedilotildees de iminecircncia ou de ocorrecircncia de

acidente grave ou cataacutestrofe atraveacutes do conjunto de estruturas normas e procedimentos que

assegurem que todos os agentes de proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional

articuladamente sob um comando uacutenico sem prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e

funcional O conceito de atuaccedilatildeo visa estabelecer os princiacutepios orientadores a aplicar numa

operaccedilatildeo de emergecircncia de proteccedilatildeo civil definindo a missatildeo tarefas e responsabilidades dos

diversos agentes organismos e entidades intervenientes bem como identificar as respetivas

regras de atuaccedilatildeo

Em ordem a assegurar a criaccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido e

eficiente dos recursos disponiacuteveis eacute necessaacuterio dividir as aacutereas de atuaccedilatildeo em trecircs fases

distintas (Fig3)

Fig3 Aacutereas de atuaccedilatildeo FontePME2014

-Preacute emergecircncia as entidades desenvolvem a sua regular atividade

-Emergecircncia atuaccedilatildeo articulada e conjunta entre os agentes de proteccedilatildeo civil

-Poacutes emergecircncia reposiccedilatildeo da normalidade

Segundo o princiacutepio da subsidiariedade vigente na aliacutenea d) do artigo 5ordm da Lei nordm

272007 de 3 de Julho o SRPCBA soacute deve intervir se na medida em que os objetivos do

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SMPC natildeo possam ser alcanccedilados atendendo agrave dimensatildeo e gravidade dos efeitos das

ocorrecircncias

Eacute criteacuterio para a ativaccedilatildeo do Plano Municipal de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil do

concelho de Angra do Heroiacutesmo ou do concelho da Praia da Vitoacuteria sempre que se verifique

no municiacutepio a iminecircncia ou ocorrecircncia de situaccedilotildees de acidente grave ou cataacutestrofe

definidos no artigo 3ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho (Quadro1)

Quadronordm1 ndash Criteacuterios para ativaccedilatildeo do Plano

Criteacuterio a Considerar para a ativaccedilatildeo do Plano Emergecircncia

Efeitos na populaccedilatildeo Nuacutemero de mortos feridos desalojados desaparecidos

isolados

Danos nos bens e patrimoacutenio

Nuacutemero de habitaccedilotildees danificadas edifiacutecios

indispensaacuteveis agraves operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil afetados

afetaccedilatildeo de monumentos nacionais

Danos nos serviccedilos e infraestruturas

Suspensatildeo do fornecimento de aacutegua energia ou

telecomunicaccedilotildees durante um periacuteodo de tempo

significativo

Danos no ambiente

Descarga de materiais perigosos em aquiacuteferos ou no

solo destruiccedilatildeo de zonas florestais libertaccedilatildeo de

materiais perigosos para a atmosfera

Caracteriacutesticas da ocorrecircncia Caudais registados magnitude ou intensidade siacutesmica

quantidade de substacircncia libertada

Aacuterea do municiacutepio Percentagem da aacuterea territorial coberta pelo plano

afetada pelo acidente grave ou cataacutestrofe

Fonte PME 2014

322 - Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Nos termos do artigo 3ordm da Lei nordm 652007 de 12 de Novembro a CMPC (cujo a

composiccedilatildeo e competecircncias pode ver-se nos quadros 2 e 3) eacute o organismo responsaacutevel pela

articulaccedilatildeo entre todas as entidades e instituiccedilotildees de acircmbito municipal imprescindiacuteveis agraves

operaccedilotildees de proteccedilatildeo e socorro emergecircncia e assistecircncia perante um acidente grave ou

cataacutestrofe garantindo os meios e recursos adequados agrave gestatildeo da ocorrecircncia A CMPC eacute

dirigida pelo Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo caso a ocorrecircncia seja

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neste concelho caso a ocorrecircncia seja no concelho da Praia Vitoria a CMPC eacute dirigida pelo

Presidente da Cacircmara da Praia da Vitoria que operaraacute a partir do gabinete do SMPC

localizado no edifiacutecio dos Serviccedilos Municipalizados ou em alternativa no Quartel dos

Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo ou da Praia da Vitoria Pode ainda em uacuteltima

instacircncia ser reunida na viatura Unidade de Comunicaccedilotildees e Transmissotildees (UCT) do Serviccedilo

Municipal de Proteccedilatildeo Civil

O SMPC estaacute referenciado nos artigos 9ordm e 10ordm da Lei nordm 652007 de 12 de

Novembro este tem a responsabilidade pela prossecuccedilatildeo das atividades de proteccedilatildeo civil de

acircmbito municipal Eacute um oacutergatildeo com dependecircncia direta do Presidente da Cacircmara ou do

Vereador com competecircncias delegadas na Proteccedilatildeo Civil

Quadro nordm 2 Composiccedilatildeo da Comissatildeo de Proteccedilatildeo Civil

Composiccedilatildeo da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria

Comandante da Poliacutecia de Seguranccedila Puacuteblica (PSP) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante do Regimento de Guarniccedilatildeo nordm 1

Comandante da Capitania do Porto de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Comandante da Estrutura Operacional de Emergecircncia da Cruz Vermelha de Angra do Heroiacutesmo (CVPAH)

Delegado de Sauacutede do Concelho (Autoridade Sanitaacuteria)

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Hospital de Santo Espiacuterito

Presidente do Conselho de Administraccedilatildeo do Centro de Sauacutede de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante da Seguranccedila Social

Delegado da Secretaria Regional do Turismo e Transportes da Ilha Terceira (Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas de Angra

do Heroiacutesmo)

Provedor da Santa Casa da Misericoacuterdia de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria

Representante dos Presidentes de Juntas de Freguesia

Fonte PME2014

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Quadro nordm 3 ndash Competecircncias da Comissatildeo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Fonte PME2014

323 -Sistema de Gestatildeo de Operaccedilotildees

Conforme o disposto no nordm1 do artigo 12ordm do Decreto-Lei nordm 1342006 de 25 de

Julho referente ao Sistema Integrado de Operaccedilotildees de Proteccedilatildeo e Socorro (SIOPS) o sistema

de gestatildeo de operaccedilotildees eacute uma forma de organizaccedilatildeo operacional que se desenvolve de uma

forma modular de acordo com a importacircncia e o tipo de ocorrecircncia Eacute considerada a doutrina

e terminologia padronizada no SIOPS designadamente no que respeita agrave definiccedilatildeo da

organizaccedilatildeo dos teatros de operaccedilotildees e dos postos de comando Assim seraacute possiacutevel utilizar

uma ferramenta de gestatildeo de teatro de operaccedilotildees que permita a adoccedilatildeo de uma estrutura

organizacional integrada de modo a suprir as complexidades de teatros de operaccedilotildees uacutenicos e

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muacuteltiplos independentemente das barreiras administrativas Sempre que seja acionada uma

organizaccedilatildeo integrante do SIOPS o chefe da primeira forccedila de socorro a chegar ao local da

ocorrecircncia assume de imediato o comando da operaccedilatildeo sendo designado como Comandante

das Operaccedilotildees de Socorro (COS) A transferecircncia de comando poderaacute ocorrer por necessidade

de substituiccedilatildeo aquando a chegada de novos meios e recursos para tal eacute imprescindiacutevel a

realizaccedilatildeo de um briefing de forma a notificar toda a estrutura operacional presente Neste

contexto por forma a apoiar o COS na preparaccedilatildeo das decisotildees e na articulaccedilatildeo dos meios no

teatro de operaccedilotildees o SIOPS institui a implementaccedilatildeo de um Posto de Comando Operacional

(PCO) no local da ocorrecircncia de acordo com a ilustraccedilatildeo seguinte (Fig4)

Fig4 ndash Implementaccedilatildeo de PCO Fonte PME2014

324 - Execuccedilatildeo do plano

No uso das competecircncias e responsabilidades que legalmente lhe estatildeo atribuiacutedas no

acircmbito da direccedilatildeo e coordenaccedilatildeo das operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil o presidente da Cacircmara

Municipal (ou o seu legiacutetimo substituto) como diretor do presente plano deveraacute assegurar a

criaccedilatildeo das condiccedilotildees favoraacuteveis ao empenhamento raacutepido eficiente e coordenado natildeo soacute de

todos os meios e recursos disponiacuteveis assim como dos meios de reforccedilo externos que venham

a ser obtidos Para desencadear o processo de execuccedilatildeo do PME teratildeo de se verificar os

seguintes procedimentos (Fig5)

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Fig5-Procedimentos Fonte PME 2014

Apoacutes a averiguaccedilatildeo da necessidade de se ativar o PME e de modo a assegurar que

todos os agentes de proteccedilatildeo civil entidades e organismos intervenientes em operaccedilotildees de

proteccedilatildeo civil atuem no plano operacional articuladamente sob um comando uacutenico sem

prejuiacutezo da respetiva dependecircncia hieraacuterquica e funcional satildeo seguidos os procedimentos

atraacutes referidos A execuccedilatildeo do PME compreende duas fases distintas designadamente a fase

de emergecircncia e a de reabilitaccedilatildeo A fase de emergecircncia tem por objetivo executar as accedilotildees de

resposta a fase de reabilitaccedilatildeo destina-se agraves accedilotildees e medidas da reposiccedilatildeo urgente da

normalidade

3241 Fase da Emergecircncia

A fase de emergecircncia (cujo os diferentes estados podem ver-se na Fig6) caracteriza

as accedilotildees de resposta tomadas e desenvolvidas nas primeiras horas apoacutes um acidente grave ou

cataacutestrofe e destina-se a providenciar atraveacutes de uma resposta concertada as condiccedilotildees e

meios indispensaacuteveis agrave minimizaccedilatildeo das consequecircncias nomeadamente as que impactem nos

cidadatildeos no patrimoacutenio e no ambiente Neste acircmbito consideram-se todos os meios e

recursos disponiacuteveis no concelho puacuteblicos ou privados que venham a ser requisitados para

operaccedilotildees de proteccedilatildeo civil em situaccedilatildeo de emergecircncia Pretende-se assim garantir condiccedilotildees

para prevenir riscos atenuar ou limitar os seus efeitos socorrer as pessoas em perigo e repor a

normalidade no mais curto espaccedilo de tempo

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Fig 6- Gravidade da emergecircncia Fonte PME 2014

Nos termos do Capiacutetulo II da Lei nordm 272006 de 3 de Julho a qual aprova a Lei de

Bases da Proteccedilatildeo Civil eacute expliacutecito no quadro seguinte (Quadro4) a forma de

desencadeamento dos procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta contingecircncia

ou calamidade face agrave ocorrecircncia iminecircncia ou perigo de ocorrecircncia de acidente grave ou

cataacutestrofe Sem prejuiacutezo do preceituado na Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil e na inexistecircncia de

Governador Civil na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores propotildee-se que tal competecircncia seja

atribuiacuteda ao Governo Regional designadamente ao Secretaacuterio Regional da Sauacutede no ato da

declaraccedilatildeo de contingecircncia

Quadro nordm4 - Procedimentos inerentes agrave declaraccedilatildeo do estado de alerta

Fonte PME2014

De acordo com o artigo 14ordm da Lei nordm 272006 de 3 de Julho o ato que declara a

situaccedilatildeo de alerta menciona expressamente

- A natureza do acontecimento que originou a situaccedilatildeo declarada

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-O acircmbito temporal e territorial

-A estrutura de coordenaccedilatildeo e controlo dos meios e recursos a disponibilizar Eacute de

referir ainda que segundo o nordm 2 do artigo 15ordm da lei mencionada anteriormente a declaraccedilatildeo

de estado de alerta determina uma obrigaccedilatildeo especial de colaboraccedilatildeo dos meios de

comunicaccedilatildeo social em particular das raacutedios e das televisotildees visando a divulgaccedilatildeo das

informaccedilotildees relevantes relativas agrave situaccedilatildeo de emergecircncia

No sentido de criar mecanismos de resposta sustentada e de executar os

procedimentos e responsabilidades agraves solicitaccedilotildees decorrentes de emergecircncias o quadro

seguinte (Quadro5) define quais as autoridades e organismos bem como as entidades

intervenientes face agrave tipologia do risco que pode determinar a ativaccedilatildeo do plano

Quadro nordm 5 ndash Procedimentos e Responsabilidades

FontePME 2014

3242 Fase da Reabilitaccedilatildeo

A fase de reabilitaccedilatildeo caracteriza-se pelo conjunto de accedilotildees e medidas de

recuperaccedilatildeo destinadas agrave reposiccedilatildeo urgente da normalizaccedilatildeo das condiccedilotildees de vida das

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populaccedilotildees atingidas ao raacutepido restabelecimento das infraestruturas e dos serviccedilos puacuteblicos e

privados essenciais fundamentalmente

- Abastecimento de aacutegua energia comunicaccedilotildees e acessos

- Prevenccedilatildeo de novos acidentes

-Estabelecimento de condiccedilotildees para o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

-Inspeccedilatildeo de edifiacutecios e estruturas assim como a remoccedilatildeo de destroccedilos ou entulhos

-Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais e materiais

- Estimar os prejuiacutezos causados pela emergecircncia O quadro seguinte (Quadro6)

apresenta as accedilotildees a concretizar nomeadamente identificando as autoridades entidades e

organismos a envolver nas operaccedilotildees de reabilitaccedilatildeo e a respetiva cadeia de

responsabilidades

Quadro nordm 6 ndash Accedilotildees e Responsabilidades nas Operaccedilotildees de Reabilitaccedilatildeo

PROCEDIMENTOS RESPONSAacuteVEL

Remoccedilatildeo de cadaacuteveres Corpo de BVAH ou BVPV PSP CVPAH Autoridade Sanitaacuteria

Verificaccedilatildeo de risco de epidemia Autoridade Sanitaacuteria

Restabelecimento de aacutegua luz gaacutes e comunicaccedilotildees Teacutecnicas entidades responsaacuteveis

Demoliccedilatildeo e remoccedilatildeo de destroccedilos Corpo de BVAH SMPC

Desobstruccedilatildeo e reparaccedilatildeo das vias de comunicaccedilatildeo SMPC e Delegaccedilatildeo de Obras Puacuteblicas

Reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos sociais miacutenimos SMPC

Promover o regresso das populaccedilotildees bens e animais

deslocados

SMPC PSP Corpo de BVAH ou BVPV CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila

Social

Controlar acesso agraves zonas sinistradas PSP GNR

Prestar apoio psicossocial agrave populaccedilatildeo CVPAH Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Avaliaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos danos pessoais materiais SMPC e Secretaria Solidariedade e Seguranccedila Social

Inspeccedilatildeo de infraestruturas SMPC Outras entidades responsaacuteveis

Fonte PME 2014

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325- Agentes de Proteccedilatildeo Civil

Satildeo agentes de proteccedilatildeo civil as Entidades que exercem funccedilotildees de proteccedilatildeo civil

nos domiacutenios de aviso alerta e intervenccedilatildeo apoio e socorro de acordo com as suas atribuiccedilotildees

proacuteprias ou seja em caso de cataacutestrofe cada agente tem uma missatildeo atribuiacuteda

De acordo com a o previsto no nordm 1 do artigo 46ordm da Lei de Bases da Proteccedilatildeo Civil

(Lei nordm 272006 de 3 de Julho) satildeo agentes de proteccedilatildeo civil de acordo com as suas

atribuiccedilotildees proacuteprias

Corpos de Bombeiros

Forccedilas de Seguranccedila

Forccedilas Armadas

Autoridade Mariacutetima e Aeronaacuteutica

INEM ( Natildeo existe na RAA)

Sapadores Florestais (Natildeo se aplica agrave RAA)

Nos municiacutepios de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria segundo o Plano de

Emergecircncia Municipal existem os seguintes agentes de proteccedilatildeo civil (Fig7)

Fig7 ndash Agentes de Proteccedilatildeo Civil Fonte Adaptado PME 2015

326 ndash Organismos de Apoio

Cada Organismo de Apoio exerce colaboraccedilatildeo direta com o plano municipal de

emergecircncia quer seja na fase de emergecircncia quer seja na fase de reabilitaccedilatildeo

Fazem parte integrante do plano as seguintes entidades e organismos de apoio que

numa fase de emergecircncia ou reabilitaccedilatildeo tem por missatildeo a colaboraccedilatildeo com a aacuterea de

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intervenccedilatildeo a que pertencem de acordo com o nordm 3 do artordm 46 da Lei nordm 272006 de 3 de Julho

(Fig8)

Fig 8 ndash Organismos de Apoio Fonte Adaptado de PME2014

4 - A Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo

Psicossocial em Situaccedilotildees de Cataacutestrofe Crise e Emergecircncia

Os avanccedilos tecnoloacutegicos a capacidade humana de construir mas tambeacutem a de

destruir provoca com maior ou menor frequecircncia profundas alteraccedilotildees na vida das pessoas

que veem a sua vida afetada por uma situaccedilatildeo de crise ou de emergecircncia estas situaccedilotildees

marcam por vezes de forma traacutegica a vida das pessoas e da comunidade natildeo soacute no plano

material e econoacutemico mas tambeacutem no emocional e psicoloacutegico

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Efetivamenteldquo Nos dias de hoje as pessoas e o meio ambiente satildeo os mais afetados

pelas cataacutestrofes O ser humano perante uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe passa a viver num mundo

que destabiliza o seu equiliacutebrio emocionale ou psiacutequico gerando sentimentos de inseguranccedila

descrenccedila e desamparordquo (Carvalho 20096)

Para Sutton e Tierney (2006) uma cataacutestrofe eacute uma situaccedilatildeo de ameaccedila causadora da

desestruturaccedilatildeo e rutura do tecido social as situaccedilotildees de cataacutestrofe dado agrave sua natureza e agraves

consequecircncias que acarretam conduzem a estados de stress extremo que podem levar ao

desenvolvimento de uma crise no qual o indiviacuteduo se vecirc confrontado com uma situaccedilatildeo que

natildeo consegue lidar por natildeo possuir mecanismos que o permitam e que podem levar ao

desenvolvimento de reaccedilotildees de stress traumaacutetico ou ao desenvolvimento de psicopatologias

mais graves

Segundo Saylor (1993 citado por Rosenfeld 2005) a cataacutestrofe tem um iniacutecio e fim

de identificaccedilatildeo afeta um grupo relativamente grande de pessoas sendo um acontecimento

puacuteblico e compartilhado por mais do que um membro da famiacutelia em termos psicoloacutegicos eacute

suficientemente traumaacutetico para induzir stress em quase todos os que a vivem Satildeo estas

situaccedilotildees que representam uma emergecircncia de caraacutecter psicoloacutegico que pela sua gravidade

excecional necessitam de uma intervenccedilatildeo urgente das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

que devem atuar de forma imediata e num menor tempo possiacutevel de forma a permitir que o

funcionamento emocional do indiviacuteduo mantenha o seu equiliacutebrio normal e adaptativo A

Intervenccedilatildeo em Crise ou Intervenccedilatildeo Psicossocial consiste num conjunto de teacutecnicas que

ajudaraacute a viacutetima a lidar com o acontecimento traumaacutetico facilitando a recuperaccedilatildeo do seu

niacutevel de funcionamento normal e reduzindo os riscos de evoluccedilatildeo de quadros

psicopatoloacutegicos graves

A intervenccedilatildeo psicossocial centra-se na mudanccedila social dos sujeitos e do ambiente

em que vivem A intervenccedilatildeo psicossocial envolve o desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

ajuda que impotildee empatia escuta e natildeo julgamento respeito pelo indiviacuteduo e pelo meio em

que se inserem (Carvalho amp Pinto 201590)

A relaccedilatildeo de ajuda natildeo eacute particular do Serviccedilo Social esta faz parte de todas as

profissotildees de ajuda No acircmbito do Serviccedilo Social a relaccedilatildeo de ajuda adquiriu notoriedade natildeo

haacute intervenccedilatildeo psicossocial sem relaccedilatildeo de ajuda (Carvalho amp Pinto 201591)

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O assistente social tem assim como funccedilatildeo ajudar os indiviacuteduos que sofrem de

dificuldades sociais de modo a estes conseguiram restaurar a sua autonomia e a sua

possibilidade de integraccedilatildeo na sociedade Podemos entatildeo distinguir trecircs tipos de aplicar esta

ajuda que estatildeo associados ao momento em que esta eacute exercida a ajuda preventiva a ajuda

curativa e ajuda promocional A ajuda preventiva eacute aquela que se proporciona previamente a

uma situaccedilatildeo de dificuldade presente como eacute o caso das famiacutelias em risco situaccedilotildees de rutura

e mudanccedilas devido a situaccedilotildees normais da vida como eacute caso da morte desemprego

incapacidade fiacutesica devido a algum acidente cataacutestrofes entre outros A ajuda preventiva visa

tambeacutem evitar que uma situaccedilatildeo se detore concentrando o esforccedilo na manutenccedilatildeo do

equiliacutebrio das pessoas e dos grupos mesmo quando este equiliacutebrio seja reduzido A ajuda

curativa tem como objetivo a melhoria da situaccedilatildeo dos utentes e a resoluccedilatildeo dos seus

problemas pondo os utentes em contato com os recursos existentes e fazer com que estes

faccedilam valer os seus direitos sociais de modo a beneficiarem dos dispositivos de accedilatildeo social

Esta ajuda tem como fim acompanhar orientar informar os utentes durante o processo de

mudanccedila Por fim a ajuda promocional trata-se de desenvolver o crescimento pessoal e o

desenvolvimento das competecircncias dos utentes de modo a atingir a sua autonomia e as suas

capacidades para exercer algo Este processo de ajuda eacute importante no sentido de desenvolver

no indiviacuteduo sentimentos de autovalorizaratildeo afirmaccedilatildeo e de autoconfianccedila ao que

denominamos de empowerment

A relaccedilatildeo de ajuda que se estabelece entre o assistente social e o utente eacute uma accedilatildeo

de transformaccedilatildeo muacutetua onde tanto um como outro sofrem transformaccedilotildees Neste sentido eacute

importante que esta relaccedilatildeo seja regulada de modo a proteger ambos os lados de

envolvimentos fora do acircmbito e de modo a garantir a sua legitimidade baseando-se nos

princiacutepios eacuteticos

A Relaccedilatildeo de ajuda tanto para o utente como para o assistente social eacute um dos

instrumentos mais importantes da intervenccedilatildeo junto do utente (Robertis2003)

Neste sentido ldquoa relaccedilatildeo de ajuda implica acolhimento apoio o estudo da situaccedilatildeo e

a influecircncia direta a exploraccedilatildeo ndash identificaccedilatildeo do problema e desenvolvimento da

compreensatildeo acerca da pessoa em situaccedilatildeo comunicaccedilatildeo e reflexatildeo a discussatildeo reflexiva e

por uacuteltimo a reflexatildeo sobre o desenvolvimento e a evoluccedilatildeo da situaccedilatildeordquo

(Viscarret200797citado por Carvalho amp Pinto 201590)

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Relativamente agraves viacutetimas de uma cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de

ajuda eacute uma abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de

sucesso junto das mesmas

Para Paton e Jonhnston (1990) intervir numa crise significa entrar na vida de um

indiviacuteduo com o intuito de reduzir o choque provocado pelo stress resultante de uma crise

tendo como principais objetivos a mobilizaccedilatildeo dos recursos e capacidades dos indiviacuteduos das

redes de suporte e das redes sociais

Segundo Paton (2003) a intervenccedilatildeo em crise deve ser efetuada em diversas fases

uma fase inicial na qual eacute efetuada a anaacutelise dos riscos e condiccedilotildees de seguranccedila seguindo -se

uma fase dedicada agrave criaccedilatildeo de uma relaccedilatildeo de confianccedila com o indiviacuteduo em seguida

identificam-se os principais problemas a solucionar e na fase posterior pretende-se fornecer

apoio necessaacuterio e lidar com os sentimentos emergentes explorando as alternativas existentes

para que seja possiacutevel formular um plano de accedilatildeo que deveraacute ser continuamente

acompanhado e adaptado de forma adequada agraves necessidades do indiviacuteduo e dos seus

problemas

Segundo a Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de Golan (1978) a intervenccedilatildeo deveraacute

incluir trecircs passos a perceccedilatildeo cognitiva adequada agrave realidade a gestatildeo dos sentimentos de

forma a permitir a aceitaccedilatildeo dos factos e por uacuteltimo a aquisiccedilatildeo de novos comportamentos

que permitam lidar com os problemas existentes Este modelo de intervenccedilatildeo assenta em trecircs

fases distintas implica numa fase inicial a anaacutelise da situaccedilatildeo do indiviacuteduo recolhendo

informaccedilatildeo centrada no ldquoaqui e agorardquo devendo ser tambeacutem neste momento que o assistente

social deveraacute estabelecer uma relaccedilatildeo de qualidade fundamental ao desenvolvimento do

processo baseada na confianccedila e empatia Eacute importante recolher informaccedilatildeo sobre as

respostas emocionais e identificar o niacutevel de tensatildeo e os efeitos dos acontecimentos no estado

de vulnerabilidade do indiviacuteduo nesta fase poderaacute ser utilizada a ldquoReformulaccedilatildeordquo como

forma de facilitar a aceitaccedilatildeo dos acontecimentos o que ao mesmo tempo permite ao

assistente social confirmar a informaccedilatildeo recolhida Concluiacuteda esta recolha de informaccedilatildeo eacute

entatildeo necessaacuterio estabelecer prioridades em conjunto com o indiviacuteduo definir objetivos e

tarefas culminando esta fase com a elaboraccedilatildeo de um contrato formulado em parceria onde

as tarefas a desenvolver e os respetivos tempos ficam estabelecidos e clarificados para ambos

Eacute nesta fase que atraveacutes da recolha de informaccedilatildeo eacute possiacutevel ao indiviacuteduo expressar as suas

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emoccedilotildees sentimentos partilhar pensamentos e condutas com o Assistente Social diminuindo

desta forma a tensatildeo emocional causada pela situaccedilatildeo de crise vivida Essa diminuiccedilatildeo de

tensatildeo emocional permite por sua vez a construccedilatildeo de um projeto que como referido

anteriormente eacute construiacutedo em parceria com o assistente social e baseia-se na anaacutelise do

conjunto de alternativas e possibilidades constituindo um contrato Nesse contrato pretende -

se natildeo soacute a resoluccedilatildeo dos problemas criados pela crise mas tambeacutem a promoccedilatildeo da

autonomia do cliente nunca esquecendo a limitaccedilatildeo temporal desta forma de intervenccedilatildeo

obrigando a uma accedilatildeo contida num espaccedilo de tempo com a ativa procura da resoluccedilatildeo

Segue-se a fase intermeacutedia que poderaacute incluir uma ou mais entrevistas e que tem

como funccedilatildeo a continuaccedilatildeo da recolha de dados e a confirmaccedilatildeo das informaccedilotildees esta deveraacute

tambeacutem englobar a observaccedilatildeo das respostas do cliente as formas de atuar perante os seus

problemas e o estabelecimento de novos objetivos e tarefas fazendo assim uma constante

adaptaccedilatildeo da intervenccedilatildeo agrave realidade vivida pelo indiviacuteduo Nesta fase a intervenccedilatildeo deveraacute

basear-se nas capacidades do indiviacuteduo promovendo a sua estimulaccedilatildeo reorganizando os

seus comportamentos estimulando a perceccedilatildeo real da sua situaccedilatildeo promovendo a busca de

apoio junto da famiacutelia mesmo da mais distante na rede social nos amigos na comunidade

nunca esquecendo o objetivo maacuteximo que seraacute sempre a promoccedilatildeo da autonomia do cliente

Na fase final pretende-se analisar o trabalho realizado as soluccedilotildees encontradas para

os problemas que foram entretanto surgindo todo o percurso percorrido ao longo da

intervenccedilatildeo analisar os progressos tarefas efetuadas e objetivos alcanccedilados bem como as

mudanccedilas operadas pretendendo-se tambeacutem estabelecer e definir uma forma de manter o

acompanhamento do indiviacuteduo A intervenccedilatildeo em crise deveraacute terminar quando o cliente

encontrar soluccedilotildees para os seus problemas novas direccedilotildees e novas formas de funcionamento

e soacute apoacutes isso alcanccedilar a sua reintegraccedilatildeo social Eacute importante fechar o processo e possibilitar

o retorno caso seja necessaacuterio essa constituiraacute pois a tarefa final do assistente social

O assistente social interveacutem de forma a ajudar a famiacutelia a desenvolver capacidades e

competecircncias de subsistirem por si soacute O profissional eacute visto como um agente e instrumento

da famiacutelia (Rosenfeld Caye Ayalon amp Lahad2005) Quanto ao relacionamento entre o

indiviacuteduo e o assistente social eacute importante que este saiba ouvir o outro de modo a perceber o

que se passa e o que ele sente O assistente social deve-se assumir como uma presenccedila de

apoio fundamental Por vezes natildeo importa soacute arranjar soluccedilotildees eacute essencial demonstrar

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interesse pela importacircncia da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima Para um conjunto de referecircncias

teoacutericas (Viscarret2007) este contacto entre profissional e viacutetima possibilita identificar a

gravidade da situaccedilatildeo vivida pela viacutetima bem como o seu estado emocional

As teacutecnicas e procedimentos a serem usados devem ser aplicados de acordo com o

modelo de intervenccedilatildeo psicossocial de Hollis (Viscarret 2007) por exemplo a teacutecnica de

apoio que incluiacute atividades em que o assistente social mostra interesse desejo de ajudar

entendimento expressotildees de confianccedila nas capacidades e competecircncias do cliente (viacutetima)

Salienta-se a preocupaccedilatildeo pelas questotildees de ansiedade e culpa que o mesmo demonstra com

o fim de promover um apoio emocional O profissional tem influecircncia nas acccedilotildees e decisotildees

que a viacutetima deve tomar para resolver o seu problema especiacutefico (Viscarret 2007) Para

corroborar esta ideia importa referir a perspetiva de Seynaeve (2001) que defende que a

resposta psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia e crise deve ser proacute-ativa em vez de esperar

para reagir a um problema ou necessidade que possa surgir Avaliar de forma contiacutenua a

situaccedilatildeo global eacute necessaacuterio a longo prazo e isso inclui mais do que o acompanhamento de

cada indiviacuteduo afetado Eacute importante que seja claro quem lidera a organizaccedilatildeo de apoio

psicossocial eacute imprescindiacutevel que esse apoio esteja claramente ligado ao funcionamento das

emergecircncias meacutedicas

De acordo com a mesma fonte supramencionada (Seynaeve2001) o objetivo da

intervenccedilatildeo do assistente social eacute ajudar a re-estabilizar e reorganizar o equiliacutebrio mediante a

potencialidade da capacidade adaptativa e de resposta demonstrada por parte das viacutetimas agrave

nova situaccedilatildeo Neste sentido deve haver uma colaboraccedilatildeo de vaacuterios organismos que intervecircm

em contexto de situaccedilotildees de cataacutestrofes de modo a garantir a sustentabilidade da intervenccedilatildeo

pois quando as instituiccedilotildees operam de maneira independente e sem coordenaccedilatildeo eacute criado um

desperdiacutecio de recursos valiosos (OMS 2003) A intervenccedilatildeo em cataacutestrofe radica na crenccedila

que cada pessoa tem um potencial possui capacidade proacutepria para crescer e para resolver os

seus problemas A missatildeo dos assistentes sociais eacute a de facilitar a descoberta de competecircncias

individuais e de reforccedilar as mesmas de forma a que cada viacutetima consiga fazer frente aos

desafios e problemas que surjam deste acontecimento (Viscarret2007131)

Como jaacute foi referido a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe natural deve debruccedilar-

se natildeo soacute sobre o indiviacuteduo mas tambeacutem sobre a comunidade onde se encontram integradas

as viacutetimas de cataacutestrofe natural Comunidade essa que sofre as mesmas consequecircncias de uma

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cataacutestrofe natural que o individuo em si pois a comunidade natildeo eacute mais do que um sistema

social composto por diversos indiviacuteduos que se inter-relacionam Quando o Serviccedilo Social se

debruccedila sobre uma comunidade deveraacute

- Contactar os elementos da comunidade e analisar as necessidades

- Reunir os elementos e fazer sentir a necessidade accedilatildeo

- Promover a passagem da enumeraccedilatildeo das necessidades para a elaboraccedilatildeo de

objetivos a alcanccedilar

- Facilitar a definiccedilatildeo de prioridades avaliando os diferentes meacutetodos de atuaccedilatildeo e

elaborar um plano de accedilatildeo

- Ajudar na definiccedilatildeo das tarefas a efetuar

- Facilitar a partilha dos resultados entre os diferentes elementos do grupo

- Reelaborar a identificaccedilatildeo das necessidades reconstruccedilatildeo de objetivos e planos de

accedilatildeo reconstituir tarefas a concretizar e manter os canais de comunicaccedilatildeo entre os diferentes

elementos do grupo abertos

A intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe (Golan 1978) tambeacutem se estrutura

em trecircs momentos agrave semelhanccedila da Matriz de Haddon

- Fase considerada preacute-impacto deve-se proceder ao alerta das populaccedilotildees o que

aumentaraacute o niacutevel de stress aumentaraacute consequentemente as capacidades de reaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo do individuo

- Fase de impacto durante a cataacutestrofe momento em que devem ser tomadas

medidas de seguranccedila que todos os indiviacuteduos devem efetuar para se proteger das

consequecircncias de uma cataacutestrofe

- Fase apoacutes-impacto cabendo ao profissional de serviccedilo social efetuar uma

intervenccedilatildeo dividida em quatro aacutereas

1) Inventaacuterio (inventory) atraveacutes de uma avaliaccedilatildeo dos danos provocados e das

necessidades dos sobreviventes

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2) Salvamento (Rescue) nesta fase a distribuiccedilatildeo dos bens de primeira necessidade

como a comida abrigo e cuidados meacutedicos satildeo a prioridade deve-se tambeacutem proceder agrave

reunificaccedilatildeo de famiacutelias bem como providenciar apoio emocional agraves viacutetimas

3) Resoluccedilatildeo (Remedy) esta eacute a fase em que os sobreviventes iniciam a reconstruccedilatildeo

das suas vidas reconstruindo fisicamente as habitaccedilotildees e os negoacutecios mas tambeacutem

emocionalmente fazendo o luto das perdas cabe ao Assistente Social ajudar os indiviacuteduos e

famiacutelias a fazer os ajustes necessaacuterios face agraves mudanccedilas sofridas Verifica-se uma tendecircncia

de aproximaccedilatildeo e partilha entre os sobreviventes podendo utilizar-se este momento para

imprimir outras mudanccedilas necessaacuterias relativamente a responsabilidades e comunicaccedilatildeo a

todo um conjunto de indiviacuteduos

4) Recuperaccedilotildees (Recovery) agrave medida que as comunidades voltam agrave normalidade os

teacutecnicos de Serviccedilo Social poderatildeo centrar-se nas consequecircncias a longo prazo fornecendo

apoio emocional e acesso a recursos vaacuterios por forma a promover um crescimento e a

aceitaccedilatildeo do ocorrido

No graacutefico seguinte apresentam-se as etapas de intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (Quadro7)

Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

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Quadro nordm7 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe (cont)

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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Capitulo I I

Metodologia

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A produccedilatildeo de uma investigaccedilatildeo eficaz cuja recolha de informaccedilatildeo anaacutelise e

apresentaccedilatildeo dos resultados seja fiaacutevel e de qualidade implica que esta assente numa

metodologia adequada ao objeto e objetivos da investigaccedilatildeo

Neste segundo capiacutetulo pretende-se apresentar a metodologia utilizada atraveacutes da

caracterizaccedilatildeo do campo empiacuterico e as teacutecnicas de pesquisa utilizadas na recolha de dados

bem como a respetiva anaacutelise de conteuacutedo

1 - Campo Empiacuterico

A definiccedilatildeo do campo empiacuterico da investigaccedilatildeo estaacute diretamente relacionada com o

objeto Uma primeira formulaccedilatildeo do objeto de estudo eacute entatildeo mais aprofundada definindo-se

mais claramente o que estaacute em anaacutelise ldquo(hellip) atraveacutes da recolha sistemaacutetica de informaccedilatildeo (hellip)

e uma aproximaccedilatildeo agrave problemaacutetica teoacuterica atraveacutes da leitura da bibliografia mais pertinente

para o objeto delimitadordquo (Guerra 2006 37)

O arquipeacutelago dos Accedilores situa-se no nordeste do Oceano Atlacircntico entre o 36ordm e o

43ordm de latitude Norte e o 25ordm e o 31ordm de longitude Oeste Os territoacuterios mais proacuteximos satildeo a

Peniacutensula Ibeacuterica a cerca de 2000 km a leste a Madeira a 1200 km a sueste a Nova Escoacutecia a

2300 km a noroeste e as Bermudas a 3500 km a sudoeste Integra a regiatildeo biogeograacutefica da

Macaroneacutesia

O arquipeacutelago dos Accedilores eacute constituiacutedo por nove ilhas divididas em trecircs grupos

distintos Grupo Ocidental Corvo e Flores Grupo Central Faial Graciosa Pico Satildeo Jorge e

Terceira e o Grupo Oriental Santa Maria e Satildeo Miguel

A ilha Terceira estaacute dividida em 2 concelhos Angra Heroiacutesmo com 19 freguesias e

Praia da Vitoacuteria com 11 freguesias (Fig9) segundo os Censos de 2011 a ilha Terceira conta

com cerca de 60 mil habitantes cuja atividade principal eacute proveniente do setor terciaacuterio

Fig9- Mapa da Ilha Terceira Fonte Google

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As ilhas dos Accedilores emergem de uma plataforma submarina pouco profunda na

crista meacutedia atlacircntica na regiatildeo de junccedilatildeo de trecircs placas tectoacutenicas A placa Norte-Americana

a placa Euro Asiaacutetica e a placa Africana (Fig10) Esta localizaccedilatildeo confere ao Arquipeacutelago

uma grande instabilidade geoloacutegica devido a movimentos de placas entre si sendo uma zona

que apresenta uma sismicidade bastante elevada com ocorrecircncia de sismos frequentes e de

crises siacutesmicas prolongadas aleacutem de manifestaccedilotildees vulcacircnicas perioacutedicas Para aleacutem da

atividade siacutesmica e vulcacircnica a Ilha Terceira eacute afetada por outros riscos naturais como

tempestades que originam inundaccedilotildees e movimentaccedilotildees de massa que incluem

desmoronamentos desabamentos de rochas e deslizamentos de terra

Fig10- Estruturaccedilatildeo Tectoacutenica da Falha dos Accedilores Fonte(Google)

11 ndash Sismos

De entre os riscos naturais com maior impacto destacam-se os sismos que se

caracterizam comordquo um fenoacutemeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta

no interior da crosta terrestre correspondendo agrave libertaccedilatildeo de uma grande quantidade de

energia e que provoca vibraccedilotildees que se transmitem a uma vasta aacuterea circundanterdquo

(httwwwprocivgovpt)

Na maior parte dos casos os sismos satildeo devidos a movimentos ao longo de falhas

geoloacutegicas existentes entre as diferentes placas tectoacutenicas que constituem a regiatildeo superficial

terrestre as quais se movimentam entre si

Os sismos tambeacutem podem ser originados em movimentos de falhas existentes no

interior das placas tectoacutenicas A atividade vulcacircnica e os movimentos de material fundido em

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profundidade podem ser outras das causas dos sismos Os sismos raramente podem ser

provocados por deslocamentos superficiais de terreno tais como abatimentos e deslizamentos

12 Enxurradas

Devido agrave latitude em que se encontra a Ilha Terceira esta eacute fustigada por vezes por

longos periacuteodos de pluviosidade o que pode provocar uma enxurrada

13 Ciclones

Outro dos fenoacutemenos possiacuteveis de ocorrer na ilha Terceira satildeo ldquoos ciclones ou

depressotildees satildeo aacutereas de pressatildeo baixa em torno das quais o vento sopra no sentido contraacuterio

ao dos ponteiros do reloacutegio no hemisfeacuterio norte e no sentido do movimento dos ponteiros no

hemisfeacuterio sul O sentido da rotaccedilatildeo eacute consequecircncia direta do efeito de coriolis que reflete a

rotaccedilatildeo da terrardquo (httpprocivazoresgovptsensibilizacaoriscos)

O ciclone pode ser de dois tipos tropical ou extratropical Os ciclones tropicais

como por exemplo os furacotildees formam-se na cintura tropical onde se deslocam geralmente

ocorrendo com maior frequecircncia na parte ocidental das regiotildees tropicais dos oceanos

Atlacircntico e Paciacutefico no hemisfeacuterio norte Os ciclones extratropicais embora muito menos

violentos do que os ciclones tropicais satildeo maiores duram mais tempo ocorrem mais

frequentemente principalmente nas latitudes meacutedias elevadas e afetam o estado do tempo em

aacutereas muito mais vastas

Os ciclones tropicais potencialmente mais devastadores provocam muitas vezes

velocidades sensacionais do vento e precipitaccedilotildees muito intensas A palavra ciclone como se

constata natildeo pressupotildee necessariamente a ocorrecircncia de uma grande tempestade Consiste

isso sim em um fenoacutemeno comum (depressatildeo) que na sua manifestaccedilatildeo mais intensa se

pode tornar devastador (furacatildeo)

2 - Tipo de Estudo

Os estudos qualitativos tecircm como objetivo descrever e definir um problema isto eacute

compreender melhor os factos ou os fenoacutemenos sociais ainda mal elucidados Contudo ldquoos

meacutetodos de investigaccedilatildeo qualitativa assemelham-se aos meacutetodos de investigaccedilatildeo quantitativa

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no que respeita a comportarem uma questatildeo de investigaccedilatildeo ou um problema procedimentos

de colheita e anaacutelise de dados assim como a apresentaccedilatildeo dos resultadosrdquo (Fortin 2009290)

Os estudos qualitativos permitem uma anaacutelise mais aprofundada dos fenoacutemenos

sociais sendo-lhes atribuiacutedos significados ou seja satildeo ldquo (hellip) uma forma de estudo da sociedade

que se centra no modo como as pessoas interpretam e datildeo sentido agraves suas experiecircncias e ao mundo em

que elas vivem Existem diferentes abordagens que se consideram no acircmbito deste tipo de

investigaccedilatildeo mas a maioria tem o mesmo objetivo compreender a realidade social das pessoas grupo

e culturasrdquo (Vilelas 2009 105)

Exigindo geralmente um elevado niacutevel de contacto entre o investigador e os

indiviacuteduos sobretudo nos contextos em que estes se inserem os estudos qualitativos

caracterizam-se pelo seu cariz fortemente descritivo pelo investigador ser o principal

ldquoinstrumentordquo de recolha de informaccedilatildeo e o facto de ser mais importante o processo do que os

resultados alcanccedilados

A metodologia utilizada na presente investigaccedilatildeo foi de cariz qualitativo recorrendo

a teacutecnicas como

Pesquisa bibliograacutefica

Anaacutelise documental

Entrevistas semidirigidas

Anaacutelise de conteuacutedo

A utilizaccedilatildeo das teacutecnicas de pesquisa bibliograacutefica e anaacutelise documental visam

compreender de uma forma global o estado da arte do tema da investigaccedilatildeo em causa

A pesquisa bibliograacutefica teve como objetivo descobrir livros artigos e documentos

que ajudaram a fundamentar e desenvolver a problemaacutetica da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

A Analise documental implica uma pesquisa e leitura de documentos escritos que

constituem uma boa fonte de informaccedilatildeo ao investigador Segundo Fortin (2009300) ldquoa

documentaccedilatildeo existente pode prestar um bom serviccedilo agrave investigaccedilatildeo uma vez que constitui

uma fonte adicional de informaccedilatildeo Permite aos investigadores relacionar-se com a histoacuteria de

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um grupo social com a sua cultura e organizaccedilatildeo ou com os acontecimentos fundamentais

ligados agrave investigaccedilatildeordquo Para a realizaccedilatildeo desta investigaccedilatildeo foi analisada alguma

documentaccedilatildeo nomeadamente o plano de emergecircncia municipal de Angra do Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria bem como documentaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil esta documentaccedilatildeo

foi uma mais-valia para a investigaccedilatildeo pois forneceu informaccedilotildees importantes para a

construccedilatildeo do quadro teoacuterico

3 - Populaccedilatildeo e Amostra

Tendo em conta a populaccedilatildeo alvo da presente dissertaccedilatildeo o tipo de amostra que

melhor se adequa a esta investigaccedilatildeo eacute a amostra natildeo probabiliacutestica por escolha racional uma

vez que todos os elementos que compotildeem a amostra tinham que possuir determinadas

caracteriacutesticas em comum nomeadamente fazerem parte integrante das instituiccedilotildees que

compotildeem PME do concelho de Angra do Heroiacutesmo e da Praia da Vitoria Segundo Fortin

(2009322) ldquoa amostra por escolha racional tambeacutem designada por amostragem tiacutepica consiste

em escolher certos indiviacuteduos em funccedilatildeo de um traccedilo caracteriacutesticordquo O meacutetodo de

amostragem por escolha racional ldquoeacute tambeacutem empregado em certos estudos qualitativos pela

seleccedilatildeo de participantes que possuem as caracteriacutesticas procuradasrdquo (Fortin 2009322)

De acordo com Fortin (2009312) a ldquoamostra eacute a fraccedilatildeo de uma populaccedilatildeo sobre a

qual se faz o estudo deve ser representativa desta populaccedilatildeo ou seja certas caracteriacutesticas

conhecidas devem estar presentes em todos os elementosrdquo Para Coutinho a amostra eacute ldquoum

subconjunto da populaccedilatildeo que teraacute de a representar ou seja refletir os seus traccedilosrdquo (Coutinho

2013 89)

Por outro lado ldquoUma populaccedilatildeo define-se como um conjunto de elementos que tecircm

caracteriacutesticas comuns sendo a amostragem o processo pelo qual um grupo de pessoas ou

uma porccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute escolhido de forma a representar de forma precisa as

caracteriacutesticas de uma populaccedilatildeo inteirardquo (Fortin 2009310)

A amostra eacute constituiacuteda por 18 teacutecnicos sociais (3 Psicoacutelogos 5 Socioacutelogos e 9

Assistentes Sociais e um teacutecnico formado na aacuterea das Ciecircncias Socais) pelos Presidentes de

Cacircmara de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoria pela Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo

Social de Angra Heroiacutesmo e pelo Presidente do Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil e

Bombeiros dos Accedilores

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4 - Instrumentos de Recolha de Dados

Segundo Fortin (2009375) a entrevistardquo eacute o principal meacutetodo de colheita dos dados

nas investigaccedilotildees qualitativas Eacute um modo de comunicaccedilatildeo verbal que se estabelece entre

duas pessoas um entrevistador e um respondente Existem trecircs tipos de entrevistas natildeo

dirigida dirigida e semidirigidardquo

Para Savoiezajc (2003282) a entrevista semidirigida (hellip) eacute uma interaccedilatildeo verbal

animada de forma flexiacutevel pelo investigador Este deixar-se-aacute guiar pelo fluxo da entrevista

com o objetivo de abordar de um modo que se assemelha a uma conversa os temas gerais

sobre os quais deseja ouvir os respondentes permitindo assim destacar uma compreensatildeo rica

do fenoacutemeno em estudo

Nas entrevistas semidirigidas as perguntas satildeo especiacuteficas mas ainda assim o

investigador eacute livre de alterar a sua ordem no decorrer da entrevista bem como formular

novas questotildees pertinentes que surgem no contexto das informaccedilotildees fornecidas pelo

entrevistado (May2006)

As entrevistas pretendem recolher informaccedilatildeo acerca da intervenccedilatildeo do serviccedilo

social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe nas equipas de intervenccedilatildeo psicossocial No que concerne aos

tipos de questotildees podem ser de trecircs tipos questatildeo aberta questatildeo fechada e questatildeo

semiestruturada

Apoacutes a elaboraccedilatildeo da entrevista efetuou-se um preacute teste junto de uma amostra da

populaccedilatildeo O preacute-teste eacute a prova que consiste em verificar a eficaacutecia e o valor do questionaacuterio

junto de uma amostra reduzida da populaccedilatildeo alvo pois permite descobrir os defeitos do

questionaacuterio e fazer as correccedilotildees que se impotildee (Fortin 2009 386)

Inicialmente e apoacutes a realizaccedilatildeo dos guiotildees das entrevistas foram aplicados 3 preacute-

testes o preacute-teste foi aplicado a duas Assistentes Sociais e uma Socioacuteloga depois de

aplicados os preacute-testes foram realizadas as reformulaccedilotildees necessaacuterias em algumas questotildees e

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas Importa realccedilar que as reformulaccedilotildees efetuadas foram

apenas ao niacutevel da redaccedilatildeo e natildeo do conteuacutedo pelo que natildeo houve alteraccedilotildees na questatildeo

inicial do presente estudo

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Relativamente aos dados recolhidos nas entrevistas ldquoestes devem ser transcritos

antes de os analisar Para a anaacutelise dos dados eacute essencial uma anaacutelise de conteuacutedordquo (Fortin

2009379)

Metodologicamente a anaacutelise de conteuacutedo visa medir a frequecircncia a ordem ou a

intensidade de certas palavras frases expressotildees factos e acontecimentos Ordenando-se os

acontecimentos por categorias contudo as caracteriacutesticas do conteuacutedo a avaliar satildeo definidas

e determinadas pelo investigador

Em suma a anaacutelise de conteuacutedo visa entatildeo ldquoa possibilidade de tratar de forma

metoacutedica informaccedilotildees e testemunhos que apresentam um certo grau de complexidade e

profundidaderdquo (Quivy e Campenhoudt 2008227)

5 - Procedimentos

Apoacutes terem sido efetuadas as alteraccedilotildees necessaacuterias suscitadas pelo preacute teste

procedeu-se agrave aplicaccedilatildeo das entrevistas

Para a realizaccedilatildeo das entrevistas aos teacutecnicos do ISSA foi enviado um pedido agrave

Presidente do Conselho Diretivo a solicitar autorizaccedilatildeo para aplicar as entrevistas aos

teacutecnicos depois de ter recebido a autorizaccedilatildeo por parte do Conselho Diretivo entrei em

contacto com o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira afim de agendar as datas para

realizar as entrevistas Poreacutem apenas me foi concedida autorizaccedilatildeo para realizar 9 entrevista

nos dois concelhos muito embora nos dois concelhos existirem mais de 30 teacutecnicos no ativo

na aacuterea social a justificaccedilatildeo dada para esta situaccedilatildeo foi que somente poderia entrevistar os

teacutecnicos afetos ao ISSA inicialmente as entrevistas aos teacutecnicos destinavam-se somente a

assistentes sociais face a esta situaccedilatildeo tive que incluir na amostra outros teacutecnicos tambeacutem

eles da aacuterea social (Socioacutelogos Psicoacutelogos e outros da aacuterea das Ciecircncias Sociais) Na

Autarquia de Angra as entrevistas foram aplicadas a socioacutelogos e natildeo a assistentes sociais

visto que o corpo teacutecnico do departamento Unidade Desenvolvimento Comunitaacuterio eacute

composto somente por socioacutelogos contudo importa referir que estes teacutecnicos natildeo sendo

formados em Serviccedilo Social desempenham funccedilotildees como assistentes sociais agrave exceccedilatildeo dos

Psicoacutelogos a entrevista aos 3 Psicoacutelogos no iniacutecio natildeo estava prevista poreacutem foi importante

realiza-la uma vez que qualquer equipa de intervenccedilatildeo psicossocial tem psicoacutelogos

integrados

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Importa salientar que o Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira solicitou o

Guiatildeo de entrevista este foi enviado via correio eletroacutenico Os restantes pedidos para as

restantes Instituiccedilotildees foram realizados via telefone no que concerne agraves entrevistas aos

Presidentes de Cacircmara e Presidente SRPCBA os pedidos foram feitos tambeacutem por via correio

eletroacutenico

A disponibilidade para colaborar nesta investigaccedilatildeo por parte das Instituiccedilotildees foi

imediata em relaccedilatildeo agraves entrevistas dos teacutecnicos por motivos laborais tivemos que remarcar as

datas das entrevistas as entrevistas ao teacutecnicos e agrave coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social

realizaram-se em Outubro

O Chefe de Divisatildeo da Accedilatildeo Social da Terceira disponibilizou-se para fazer a

entrevista contudo por motivos pessoais teve que se ausentar da ilha neste sentido a entrevista

foi aplicada agrave Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra do Heroiacutesmo

No decorrer das entrevistas aos teacutecnicos fui-me apercebendo que estes natildeo se

ldquosentiam agrave vontaderdquo para responder a certas questotildees que lhe ia colocando natildeo por natildeo

perceber a questatildeo em si mas sim por falta de informaccedilatildeo de alguns conteuacutedos

nomeadamente referentes agrave Proteccedilatildeo Civil

Grande parte das entrevistas natildeo foram gravadas porque natildeo tive autorizaccedilatildeo para

gravar por parte dos participantes embora este facto natildeo tenha levantado quaisquer

dificuldades na recolha de informaccedilatildeo

51- Procedimentos Estatiacutesticos e Analise de Conteuacutedo

Apoacutes a realizaccedilatildeo das entrevistas procedeu-se agrave sua transcriccedilatildeo integral e de seguida

procedeu-se agrave categorizaccedilatildeo das questotildees

Como jaacute referido anteriormente a teacutecnica utilizada para proceder agrave anaacutelise de toda a

informaccedilatildeo recolhida foi a anaacutelise de conteuacutedo ou seja ldquoum conjunto de teacutecnicas de anaacutelise

das comunicaccedilotildees visando obter por procedimentos sistemaacuteticos e objetivos de descriccedilatildeo do

conteuacutedo das mensagens indicadores (quantitativos ou natildeo) que permitam a inferecircncia de

conhecimentos relativos agraves condiccedilotildees de produccedilatildeorececcedilatildeo (variaacuteveis inferidas) destas

mensagensrdquo (Bardin 200944)

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Nesta perspetiva a teacutecnica da anaacutelise de conteuacutedo foi utilizada para fazer uma

descriccedilatildeo objetiva e sistemaacutetica do conteuacutedo recolhido das questotildees abertas de modo a

facilitar a sua interpretaccedilatildeo conforme veremos no proacuteximo capiacutetulo onde se vai proceder agrave

apresentaccedilatildeo e anaacutelise dos resultados

Importa ainda realccedilar que o tratamento de algumas questotildees fechadas foi realizado

no programa Excel

52 - Procedimentos Eacuteticos

Qualquer investigaccedilatildeo que inclua pessoas levanta questotildees de ordem moral e eacutetica e

estas estatildeo presentes desde que se determina o problema ateacute agrave conclusatildeo do estudo (Fortin

1999116 citado por Santos 2008) Fortin refere que ldquo () a investigaccedilatildeo aplicada a seres

humanos pode por vezes causar danos aos direitos e liberdades das pessoas Por conseguinte

eacute importante tomar todas as disposiccedilotildees necessaacuterias para proteger os direitos e liberdades das

pessoas que participam nas investigaccedilotildees rdquo

Apoacutes o esclarecimento dos objetivos do estudo foi referenciado aos teacutecnicos que

estava assegurada a confidencialidade do nome dos teacutecnicos nas respostas dadas nas

entrevistas

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Capitulo III

Apresentaccedilatildeo e Anaacutelise dos Resultados

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Conforme referenciado neste capiacutetulo pretende-se apresentar os dados e resultados

obtidos atraveacutes das entrevistas realizadas

Importa referir que o PCMAH natildeo respondeu a algumas das questotildees colocadas na

entrevista porque na altura das enxurradas do Porto Judeu natildeo exercia ainda funccedilotildees como

Autarca deste municiacutepio mencionou que as pessoas que estavam na altura das enxurradas do

Porto Judeu no SMPC atualmente jaacute natildeo se encontram na CMAH face a esta situaccedilatildeo e a fim

de ver esclarecidas algumas questotildees relacionadas com o funcionamento do PME entrei em

contacto com o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra Heroiacutesmo a

fim de clarificar algumas duvidas que existiam em relaccedilatildeo ao acionamento do PME

dificuldades encontradas no terreno e respostas concretas da CMAH face agrave situaccedilatildeo do Porto

Judeu a resposta dada pelo Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil foi ldquoa

pessoa que estava responsaacutevel na altura das enxurradas do Porto Judeu jaacute natildeo se encontra aqui

na Cacircmara contudo posso fornecer-lhe algumas informaccedilotildees haacute cerca da cheia que houve em

Angra Heroiacutesmo no dia 4 de Setembrordquo (Coordenador SMPCAH) a recolha de informaccedilatildeo

foi feita atraveacutes de uma conversa formal

Ao longo do processo da aplicaccedilatildeo das entrevistas verifiquei que existiu alguma

resistecircncia por parte do Presidente da Cacircmara Municipal de Angra do Heroiacutesmo e do

coordenador do SMPC em se pronunciar sobre certas questotildees relacionadas com as

enxurradas do Porto Judeu

O PCMAH natildeo respondeu agraves questotildees relacionadas com as cheias de 4 de Setembro

uma vez que a entrevista foi realizada antes desta data

No que concerne agraves entrevistas aplicadas aos teacutecnicos sociais (Assistentes Sociais

Socioacutelogos Psicoacutelogoshellip) nas de questotildees de escolha muacuteltipla os teacutecnicos podem ter

assinalado mais do que uma opccedilatildeo

1 ndash Plano de Emergecircncia

Nos uacuteltimos anos a Ilha Terceira foi assolada por duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

(enxurradas) uma no concelho de Angra do Heroiacutesmo (Porto Judeu) outra no concelho da

Praia da Vitoacuteria (Agualva)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe o PME nem sempre eacute acionado pois a

situaccedilatildeo pode natildeo justificar o acionamento do mesmo

Quem aciona o PME eacute o Presidente da Cacircmara Municipal na situaccedilatildeo concreta da

Agualva o PME foi acionadoldquo O PME foi acionado e o Comando do Serviccedilo Municipal de

Proteccedilatildeo Civil foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualvardquo (E22-PCMPV) no Porto

Judeu o PCMAH natildeo sabe se o PME foi acionado ldquo Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacuterdquo

Segundo o Coordenador do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil nas cheias do

passado dia 4 de Setembro em Angra Heroiacutesmo ldquoo PME natildeo foi acionado mas foi acionada a

Estrutura Municipal de Gestatildeo de Emergecircncias no Posto de Comando da Proteccedilatildeo Civil

Municipal estiveram presentes o Presidente da CMAH Vereadores Coordenador SMPC

Chefe Serviccedilos Municipalizados e Chefe da Unidade de Accedilatildeo Social sempre em articulaccedilatildeo

com o Corpo de Bombeiros Voluntaacuterios de Angra de Heroiacutesmo (BVAH) e com a Poliacutecia de

Seguranccedila Puacuteblica (PSP) rdquo

No que diz respeito aos teacutecnicos verificou-se que somente 4 dos teacutecnicos

entrevistados (78) tem conhecimento do PME do concelho onde desempenha funccedilotildees

(Fig11)

Fig11 ndash Conhecimento do PME Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

No que concerne agraves funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves instituiccedilotildees no acircmbito do PME a

maior parte dos teacutecnicos natildeo soube responder qual a funccedilatildeo concreta que a sua instituiccedilatildeo

tem no campo de acccedilatildeo do PME ldquo esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

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funccedilotildees e tarefas da instituiccedilatildeo do PMErdquo questionei e antes da reestruturaccedilatildeo quais eram as

funccedilotildees A resposta obtida foi a mesmaldquo (hellip) esta a haver uma reestruturaccedilatildeordquo (E3E4E5-

Assistentes Sociais)ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestroferdquo (E14 Socioacutelogo E9 Psicoacutelogo E12 Assistente Social)

ldquoDesconheccedilo quais as funccedilotildees que estatildeo atribuiacutedas agrave minha instituiccedilatildeo no PME (hellip) natildeo sei

nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam

nesse contexto ldquo (E6- Psicoacutelogo)rdquonatildeo sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo tem no PMErdquo

(E7E8E10E11E15E15E17E18)

As funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas agraves Instituiccedilotildees no PME assentam essencialmente

nordquo(hellip) levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo com outras entidades e

realojamentordquo (E13-Assistente Social)

2 - Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Caso ocorra uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe na Ilha Terceira a equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial eacute organizada na altura do acontecimento ldquoA equipa de intervenccedilatildeo psicossocial

intervenccedilatildeo em crise na Terceira natildeo se encontra organizada (hellip) a equipa natildeo se formou

organizou porque depende de vaacuterios organismosrdquo (E19-Presidente SRPCBA) de momento ldquo

(hellip) natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia helliprdquo (E14-Assistente Social)

Em situaccedilotildees de cataacutestrofe qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir

independentemente que goze ou natildeo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes a

equipa eacute formada por teacutecnicos das diferentes instituiccedilotildees que fazem parte do PME ldquoem

situaccedilotildees de cataacutestrofe a equipa eacute formada por teacutecnicos de vaacuterias instituiccedilotildees os psicoacutelogos

vamos buscar ao Centro de Sauacutede os assistentes sociais ao ISSA e agrave Divisatildeo da Habitaccedilatildeo da

Terceirardquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo (hellip) A equipa quando eacute formada pode ser composta

por teacutecnicos de diferentes aacutereas tais como Psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e Ciecircncias Sociaisrdquo (E20-Coordenadora do ISSA)

Apesar de natildeo existir uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial organizada para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe na Ilha Terceira existem teacutecnicos sociais especiacuteficos para

intervir nestas situaccedilotildees rdquo a equipa natildeo esta formada poreacutem existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildeesldquo (E10- Socioacutelogo) se ldquo (hellip) a equipa tivesse formada era mais

faacutecil depois intervir (hellip) rdquo (E11-Ciecircncias Sociais)

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Quando ocorre uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe as primeiras instituiccedilotildees a serem

acionadas satildeo o ISSA e a Divisatildeo da Habitaccedilatildeo estas geralmente satildeo acionadas pela Proteccedilatildeo

Civil ldquosomos chamados consoante as necessidades da Proteccedilatildeo Civilrdquo (E13Assistente Social

E14 Socioacutelogo)

Embora existam teacutecnicos especiacuteficos para intervir neste tipo de situaccedilotildees qualquer

teacutecnico na altura da situaccedilatildeo da crise pode ser chamado para intervir ldquotodos os teacutecnicos podem

ser chamados (hellip) o nuacutemero de teacutecnicos depende do grau da cataacutestroferdquo (E20-Coordenadora

do ISSA) apesar de natildeo existir uma equipa organizadaldquo (hellip) quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8 Assistente Social E9

Psicoacutelogo E11 Ciecircncias Sociais E13Assitente Social) ldquoNatildeo existe uma equipa especiacutefica

vatildeo arrancando por subequipas quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipasrdquo (E7-

Psicoacutelogo)ldquoO superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da

equipardquo( E11 Ciecircncias Sociais E12Assistente Social)

Na situaccedilatildeo da Agualva e do Porto Judeu nem todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME estiveram presentes ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo

sabemos ao certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo(E1E2- Assistentes Sociais)

Nas enxurradas da Agualva os teacutecnicos que estiveram presentes foram os do ISSA e da

Habitaccedilatildeo e os teacutecnicos da CMPV no caso do Porto Judeu apenas estiveram presentes os

teacutecnicos do ISSA e da HabitaccedilatildeoldquoFomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel os serviccedilos de

sauacutedes natildeo estiveram presentes agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi

feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave casa de uma senhora que era de difiacutecil acesso ldquo(

E13- Assistente Social)

Podemos constatar que algumas das instituiccedilotildees que fazem parte do PME

desempenham um papel meramente redutor neste tipo de situaccedilotildees nomeadamente os

Organismos de Apoio a intervenccedilatildeo cinge-se apenas ao niacutevel do ISSA e da Divisatildeo da

Habitaccedilatildeo

3 - Dificuldades encontradas no Terreno

Segundo o PCMPV a maior dificuldade com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do

socorro agrave populaccedilatildeo na Agualva foi o acesso agraves residecircncias pois os caminhos ficaram todos

obstruiacutedos ldquo (hellip) houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham

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um buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila

dos bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa (hellip) o que estava no PME funcionou

em pleno (hellip) A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de

solidariedade toda a gente contribuiu os escuteiros foram uma mais-valia neste tipo de

situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chaverdquo

No que concerne agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro agrave

populaccedilatildeo no Porto-Judeu o PCMAH natildeo respondeu a esta questatildeo ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Nas cheias de 4 de Setembro segundo o Coordenador do SMPC natildeo houve

dificuldades de coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes no que concerne

agraves dificuldades com que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro eacute referido que natildeo houve

dificuldades na prestaccedilatildeo do socorro embora tenham existido alguns contratempos que

rapidamente foram ultrapassados nomeadamente na falta de comunicaccedilatildeo ldquo Embora tenha

ficado sem telemoacutevel devido agrave chuva existe redundacircncia O SMPC dispotildee de rede raacutedio com

frequecircncia proacutepria com cobertura em toda a ilha utilizou-se tambeacutem a viatura Unidade de

Comando e Telecomunicaccedilotildees

No que concerne agrave coordenaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

envolvidos na situaccedilatildeo da Agualva o PCMPV relatou que natildeo houve dificuldades de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes ldquoeacute uma resposta difiacutecil (Risos)

natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de

proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees (hellip) O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito

este plano foi uma mais-valia nesta intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua

execuccedilatildeo este foi muito discutido por exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos

existentes em cada Freguesia para fazer face a este tipo de situaccedilotildeesrdquo

Os teacutecnicos entrevistados reportaram que as maiores dificuldades com que se

confrontaram no terreno assentaram essencialmente na falta de coordenaccedilatildeo (31) falta de

formaccedilatildeo (27) funccedilotildees natildeo atribuiacutedas (14) falta de informaccedilatildeo (14) e natildeo participaccedilatildeo

em simulacros (14) (Fig12)

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Fig12 ndash Dificuldades encontradas no terreno Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

Segundo o PCMPV natildeo houve dificuldades de coordenaccedilatildeo entre os diferentes

intervenientes na situaccedilatildeo da Agualva contudo os teacutecnicos sociais referem que a falta de

coordenaccedilatildeo foi umas das principais dificuldades com que se confrontaram no terreno

(Fig12) outra das dificuldades encontradas no terreno pelos teacutecnicos esta relacionada com a

sobreposiccedilatildeo de papeacuteis e funccedilotildees natildeo atribuiacutedasldquo (hellip) a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das chefias

superiores tem que ficar bem definida (hellip) A Proteccedilatildeo Civil Exercito Bombeiros deve saber

qual o seu papel para natildeo haver atropelos (hellip) O ISSA deve ter um papel privilegiado na

intervenccedilatildeo psicossocial tem que haver respeito pelos papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem

clara (hellip) natildeo havia nada preparado para este tipo de situaccedilotildees natildeo havia documentos isto na

Agualva pois intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas

melhoraram bastanterdquo (E12 E13- Assistentes Sociais)

Segundo a Coordenadora do ISSA ldquo as maiores dificuldades sentidas na prestaccedilatildeo do

socorro aacute populaccedilatildeo foram as condiccedilotildees de trabalho estas eram muito difiacuteceis havia muitos

riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades pois foi difiacutecil lidar com tanta

destruiccedilatildeordquo

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 14 (78) referiram que os assistentes sociais natildeo se

encontram preparados para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a falta de preparaccedilatildeo estaacute

associada a vaacuterios fatores tais como falta de formaccedilatildeo falta de informaccedilatildeo desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros (Fig13)

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Fig13 ndash Falta de preparaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Como podemos observar atraveacutes da figura acima apresentada (Fig13) a falta de

formaccedilatildeo (36) eacute o fator mais apontado pelos teacutecnicos como uma das principais causas da

natildeo preparaccedilatildeo dos assistentes sociais para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofeldquo (hellip) em

situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias sem termos formaccedilatildeo especifica

perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para adquirir ferramentas para nossa

intervenccedilatildeordquo (E9-Psicologo)

Um dos teacutecnicos entrevistados relatou que o proacuteprio curso de Serviccedilo Social deveria

ter um moacutedulo que abordasse a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe ldquo a

falta de preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais (hellip) esta relacionada com todos os itens acima

descritos tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica deveria contemplar um moacutedulo que

falasse exatamente nesta aacuterea pois seria uma mais-valia tornando a nossa intervenccedilatildeo mais

eficazldquo (E14- Assistente Social)

4 - Intervenccedilatildeo

Atraveacutes da apresentaccedilatildeo dos resultados verificamos que a intervenccedilatildeo das Autarquias

nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe centrou-se particularmente nos trabalhos de desobstruccedilatildeo

das vias de modo a permitir a circulaccedilatildeo dos meios de apoio e salvamento para a realizaccedilatildeo

recorreram a maquinaria de empresas privadas

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A resposta da CMPV face agrave situaccedilatildeo da Agualva assentou essencialmente em 3

fatores diagnoacutestico da situaccedilatildeo plano de evacuaccedilatildeo e ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social

ldquoNuma primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe salvaguardando sempre

a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das pessoas Numa segunda

fase ativamos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as estradas

desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os recursos

adequados (hellip) entraacutemos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos

ajudarem na desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira Por uacuteltimo procedemos agrave

ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da Agualva aqui eram

confecionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de apoio psicoloacutegico

levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo centraram-se todos os

serviccedilosrdquo (E22-PCMPV)

No caso de Porto-Judeu o PCMAH natildeo soube responder qual a resposta concreta da

CMAH face a esta situaccedilatildeo de cataacutestrofe alegando que na altura natildeo era Presidente da

Cacircmara ldquo Natildeo sei natildeo estava caacuteldquo

No que diz respeito agraves cheias de Angra Heroiacutesmo segundo o Coordenador do SMPC

a resposta da CMAH assentou essencialmente em

- Intervenccedilatildeo no extravasamento de 3 linhas de aacutegua recorrendo a maquinaria de

empresas privadas

-Apoio na desobstruccedilatildeo de canalizaccedilotildees de moradias inundadas

- Desobstruccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo devido a pequenos movimentos de vertente

- Desmoronamento de muros e abatimento de vias

A Proteccedilatildeo Civil Municipal participou em aproximadamente 20 ocorrecircncias no dia 2

de Setembro e em cerca de 50 ocorrecircncias no dia 4 de Setembro De referir que no dia 4 de

Setembro registou-se 157 mm de precipitaccedilatildeo acumulada com maior incidecircncia entre as

15h00 e as 16h00

As freguesias mais afetadas foram Conceiccedilatildeo Seacute Satildeo bento Terra Chatilde Posto

Santo Ribeirinha Feteira e Porto Judeu

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Para fazer face agraves situaccedilotildees de cataacutestrofe ambos os municiacutepios dispotildeem de uma verba

camaraacuteria para este tipo de situaccedilotildees em Angra ldquoesta verba eacute usada consoante as necessidades

que existemrdquo (E21-PCMAH) enquanto na Praia da Vitoacuteria ldquoa verba destina-se essencialmente

agrave Reabilitaccedilatildeordquo (E22-PCMPV)

Ao niacutevel da intervenccedilatildeo Social esta assenta na Teoria de Intervenccedilatildeo em Crise de

Golan (1978) ldquoas situaccedilotildees do Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis na Agualva

estivemos laacute em permanecircncia no local no imediato foram asseguradas as necessidades

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos (hellip) No Porto Judeu a situaccedilatildeo natildeo foi

tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi ao niacutevel do levantamento das necessidadesrdquo (E20- Coordenadora

ISSA)

No que respeita agraves funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos perante estas duas

situaccedilotildees assentaram principalmente em

- Acalmar as viacutetimas

-Assegurar as necessidades baacutesicas de subsistecircncia e realojamento

-Atendimento agraves famiacutelias

-Levantamento das necessidades

-Articulaccedilatildeo com outras entidades

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe nas Flores na Agualva e no Porto

Judeu tiacutenhamos como funccedilotildees acalmar as pessoas apoiar o Presidente da Cacircmara (faziacuteamos

a ponte entre a comunidade e os serviccedilos) levantamento das necessidades ao niacutevel

habitacional ldquo (E3- Assistente Social) Por outro lado ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento

de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e

proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isoladordquo (E8-Assistente Social)

Outra das funccedilotildees desempenhadas pelos teacutecnicos nestas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe

recaiu no ldquo levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras entidadesrdquo (E9

Psicoacutelogo E10 Socioacutelogo E11Ciencias Sociais E13E14 Assistentes Sociais)

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ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos atendimento direto

agraves pessoas ldquo (E10Socioologo e E14 Assistente Social) ldquo (hellip) fizemos um pouco de tudo (hellip)

levaacutemos aacutegua medicamentos roupa e alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estivemos na construccedilatildeo

de uma base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11-Ciencias Sociais)

A intervenccedilatildeo realizada pelas instituiccedilotildees recaiu essencialmente no apoio

psicoloacutegico apoio alimentar apoio em vestuaacuterio apoio para a habitaccedilatildeo e apoios na aacuterea da

sauacutede

No que diz respeito agraves respostas existentes por parte do ISSA para fazer face a

situaccedilotildees de cataacutestrofe a Coordenadora verbalizou que natildeo existe uma resposta especiacutefica para

este tipo de situaccedilotildees ldquonatildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

encaminhamos usamos os recursos da comunidade (hellip) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos uma residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA dispotildee de

uma verba para este tipo de situaccedilotildees e temos ainda teacutecnicos que intervecircm neste tipo de

situaccedilotildees (hellip) em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores alojamentordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco para a ocorrecircncia de situaccedilotildees de

cataacutestrofes verifiquei que ateacute agraves enxurradas da Agualva ainda natildeo tinham sido criados

instrumentos de trabalho ao niacutevel social para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquoNa Agualva

tiveram que ser criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo (hellip) a situaccedilatildeo da Agualva foi

um marco pela gravidade da situaccedilatildeo muitos dos instrumentos foram criados devido agrave

situaccedilatildeordquo (E20-Coordenadora ISSA)

Em bom rigor podemos concluir que ateacute aqui a existecircncia de uma verdadeira

cataacutestrofe era considerada natildeo relevante a intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial foi

necessaacuterio existir uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe para serem tomadas medidas para colmatar este

tipo de situaccedilotildees

Para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe o departamento de Accedilatildeo Social da CMPV

trabalha em articulaccedilatildeo com o gabinete de Proteccedilatildeo Civil ldquoeste departamento trabalha em

conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas pelos

dois departamentos existe trabalho de articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois

departamentosrdquo (E22-PCMPV)

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No que concerne agrave CMAH a Unidade de Desenvolvimento Comunitaacuterio natildeo

desenvolve ainda nenhum programa especiacutefico para fazer frente a este tipo de situaccedilotildees

ldquoainda natildeo temos programa especiacutefico face a estas situaccedilotildees mas jaacute agimos nas chuvadas de

dia 4 de Setembro 2015rdquo (E14- Socioacutelogo)

Importa salientar que o PCMAH natildeo estava informado se a sua Autarquia disponha

ou natildeo de um programa ao niacutevel da intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquosim temos a

atuaccedilatildeo deles faz parte delesrdquo (E21-PCMAH) verifica-se que a Autarquia da Praia da Vitoria

valoriza a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe enquanto que a Autarquia

de Angra do Heroiacutesmo encontra-se ainda a dar os primeiros passos no que concerne agrave

intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe

5 - Formaccedilatildeo

Ao niacutevel da formaccedilatildeo e da sua relevacircncia para a intervenccedilatildeo a maior parte dos

teacutecnicos entrevistados jaacute participaram em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe (Fig14)

Fig14 ndash Participaccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilatildeo efetiva de cataacutestrofe Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Contudo nem todos os teacutecnicos frequentaram formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe (Fig15)

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Fig15- Formaccedilatildeo em Situaccedilatildeo Efetiva de Cataacutestrofes Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

Dos 7 teacutecnicos entrevistados (39) que natildeo possuem formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe poreacutem 4 deles jaacute desempenharam funccedilotildees em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe (E14 Assistente Social E15E16E17 Socioacutelogos) importa referir que a

maior parte dos teacutecnicos que goza de formaccedilatildeo nesta aacuterea apenas frequentou o I moacutedulo do

curso ldquo (hellip) jaacute fizemos trecircs cursos niacutevel I II e III (hellip) o curso eacute frequentado por enfermeiros

assistentes socais e psicoacutelogoshellip ldquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquo A formaccedilatildeo era composta por

3 moacutedulos apenas tirei o moacutedulo Irdquo (E7E8E11) ldquo (hellip) soacute tenho o primeiro moacutedulo fizemos

um pedido superiormente para frequentarmos os moacutedulos II e III mas natildeo foi aceiterdquo (E10-

Socioacutelogo)

Face a esta situaccedilatildeo podemos concluir que os teacutecnicos veem a formaccedilatildeo como um

valor acrescentado na melhoria da sua praacutetica profissional ldquoa formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de

novos conhecimentosrdquo (E1E2E3E4E5E6 Assistentes Sociais Psicoacutelogo) para outros ldquo a

formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas como as entidades a

envolver no encaminhamento das situaccedilotildeesrdquo (E9-Psicologo) a formaccedilatildeo serve ainda para ldquo

(hellip) para natildeo confundirmos os papeacuteis e para darmos uma resposta eficaz e organizada ao

niacutevel da intervenccedilatildeordquo (E13E14-Assistente Social) ldquo a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o

apoio agraves pessoasrdquo (E17E18- Socioacutelogos)

Poreacutem algumas chefias natildeo veem a formaccedilatildeo como uma mais-valia segundo os

teacutecnicos a falta de preparaccedilatildeo dos mesmos para trabalhar em contexto de cataacutestrofe deve-se

principalmente agrave falta de formaccedilatildeo (Fig13) neste sentido seria necessaacuterio que os teacutecnicos

frequentassem os restantes moacutedulos do curso bem como alargar a formaccedilatildeo a um maior

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nuacutemero de teacutecnicos visto que qualquer teacutecnico pode ser chamado para intervir neste tipo de

situaccedilotildees ldquoa formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14-Assistente

Social) sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel termos teacutecnicos

preparados para intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquocom formaccedilatildeo adequada penso que os

teacutecnicos se encontram preparados para intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofes posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positivardquo (E19-

Presidente do SRPCBA)

De acordo com os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas aos Presidentes de

Cacircmara ambos verbalizam que as instituiccedilotildees que fazem parte do PME do concelho de Angra

do Heroiacutesmo e do concelho da Praia da Vitoacuteria recebem formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes ldquoDamos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil depende das necessidades que os proacuteprios detetam na uacuteltima

formaccedilatildeo estiveram presentes mais de 20 instituiccedilotildeesrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees participam nos simulacros que

fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala Nestes simulacros

estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados duas vezes por

anohelliprdquo (E22-PCMPV)

Todos os teacutecnicos comungam da mesma opiniatildeo a formaccedilatildeo contribui para a

melhoria da praacutetica profissional ldquoA formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o

que vamos fazer na alturardquo (E7 Psicoacutelogo E10 Assistente Social E12 Assistente Social) ldquoA

formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta podemos

provocar ainda mais o caosrdquo (E10- Socioacutelogo)

6 - Simulacros

Dos 18 teacutecnicos entrevistados 11 (61) referiram que nunca participaram em

simulacros contudo jaacute trabalharam em situaccedilotildees efetivas de cataacutestrofe (Fig16)

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Fig16 ndash Participaccedilatildeo dos Teacutecnicos Sociais em simulacros Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria 2015

ldquo (hellip) a participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do

acontecimento facilita em muito a nossa intervenccedilatildeo (E3- Assistente Social)

O PCMAH referiu que o concelho de Angra do Heroiacutesmo realiza um simulacro por

ano o PCMPV verbalizou que o concelho da Praia da Vitoria realiza 2 simulacros por ano a

Proteccedilatildeo Civil pratica um simulacro por anoldquo realizamos simulacros anualmente as equipas

de intervenccedilatildeo psicossocial satildeo sempre chamadas para participarrdquo (E19-Presidente SRPCBA)

Segundo a Resoluccedilatildeo nordm 302015 da Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil a qual

revoga a Resoluccedilatildeo nordm 252008 ambas referentes aos criteacuterios e normas teacutecnicas para a

elaboraccedilatildeo e operacionalizaccedilatildeo de planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil refere na aliacutenea a)

os planos de emergecircncia de proteccedilatildeo civil devem ser objeto de realizaccedilatildeo de exerciacutecios com

periodicidade maacutexima de 2 anos (o ultimo exerciacutecio realizado em Angra foi a 20 de Maio de

2015 e o da Praia em Junho de 2015) face a esta situaccedilatildeo ambas as autarquias estatildeo a agir em

conformidade segundo a lei acima mencionada

Ao analisarmos as respostas dadas pelos teacutecnicos verificaacutemos que os teacutecnicos que

jaacute participaram em simulacros participaram no simulacro haacute mais de dois anos conclui-se

entatildeo que nem todas as Instituiccedilotildees estatildeo a participar nos simulacros promovidos tanto pelas

Autarquias como pela Proteccedilatildeo Civil

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7 - Accedilotildees de Sensibilizaccedilatildeo junto da Populaccedilatildeo

No que diz respeito agraves accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo verificou-se que tanto a

CMAH e CMPV e Proteccedilatildeo Civil realizam frequentemente accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo junto da

comunidade para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe essas accedilotildees satildeo realizadas junto das

escolas lares atraveacutes de coloacutequios palestras contudo a informaccedilatildeo pode chegar a toda a

sociedade civil atraveacutes da internet e panfletos ldquoRealizaacutemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas para estas questotildees (hellip) A Proteccedilatildeo

Civil eacute quem desenvolve mais este papel faz sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo (E21-PCMAH)

ldquoNeste momento temos dois projetos onde fazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo o

proteccedilatildeo civil mais 65 onde realizamos accedilotildees nos lares de terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de Proteccedilatildeo Civil este projeto desenvolve-se ao niacutevel das escolas estas accedilotildees

satildeo realizadas anualmenterdquo (E19-Presidente SRPCBA)ldquoFazemos accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo os

puacuteblicos-alvo satildeo crianccedilas jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet

panfletos usamos muito os panfletos fazemos palestras os nossos teacutecnicos dirigem-se agraves

escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo feitas duas vezes por ano ldquo

(E22-PCMPV)

Verificou-se que existe por parte dos serviccedilos a preocupaccedilatildeo de informar alertar a

sociedade civil para este tipo de situaccedilotildees

8 - Normativos Internos em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe

No que concerne aos normativos internos (procedimentos a adotar em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe) 3 teacutecnicos (17) mencionaram que as Instituiccedilotildees a que pertencem natildeo dispotildeem

de normativos internos para fazer face a situaccedilotildees de cataacutestrofe (Fig17)

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Fig17 Normativos internos Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria 2015

9 - Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe com a Intervenccedilatildeo do

Assistente Social

Verifica-se que existe relaccedilatildeo entre as caracteriacutesticas da atuaccedilatildeo do assistente social e

as etapas da intervenccedilatildeo psicossocial O quadro 8 mostra a relaccedilatildeo das etapas da intervenccedilatildeo

psicossocial com a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

Estabelecer contacto Acolhimento

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe eacute necessaacuterio estabelecer um

contacto Acolhimento com as pessoas de forma a

perceber o que aconteceu e providenciar as

necessidades imediatas

ldquo Quando chegamos ao local tentamos acalmar as

pessoasrdquo (E3 ndash Assistente Social)

(hellip) ldquoLevantamento de necessidades imediatashelliprdquo (E8-

Assistente Social)

(hellip) Levamos aacutegua medicamentos alimentaccedilatildeo

vestuaacuteriohellip (E11-Ciencias Sociais)

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Quadro 8 ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial com a Intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social (cont)

Analisar o Problema

Nesta fase o AS deve tentar perceber quais os

problemas que necessitam de uma intervenccedilatildeo imediata

e quais os que podem ter uma intervenccedilatildeo posterior

nesta fase devem tambeacutem ser identificadas as

prioridades

ldquoFomos socorrer um diabeacutetico (hellip) natildeo sabia o que

fazer (hellip) andei a pedir seringas e insulina (hellip) foi

horriacutevel os serviccedilos de sauacutede natildeo estiveram presenteshellip

(E13-Assistente Social)

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Nesta fase o AS deve analisar que possiacuteveis soluccedilotildees

existem para aquela situaccedilatildeo problema e verificar o

que jaacute foi feito pela famiacutelia para ultrapassar a situaccedilatildeo

ldquoHouve famiacutelias que ficaram desalojadas umas

famiacutelias por iniciativa proacutepria ficaram alojadas em casa

de familiares outras foram realojadasrdquo (E3-Assistente

Social)

Executar accedilotildees concretas

Nesta etapa o As deve proceder agrave execuccedilatildeo de accedilotildees

concretas para ajudar a famiacutelia a resolver a situaccedilatildeo

problema

ldquo (hellip) Um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos uma

pensatildeo para ficar depois fizemos a articulaccedilatildeo com a

Divisatildeo da Habitaccedilatildeordquohellip (E20-Coordenadora Accedilatildeo

Social)

Acompanhamento

Esta etapa tem a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito ateacute

ao momento prestando especial atenccedilatildeo agraves tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

ldquoPoacutes cataacutestrofe as famiacutelias que ainda necessitam de

acompanhamento satildeo encaminhadas para teacutecnicas da

freguesiardquo (E-20 Coordenadora ISSA)

Os utentes que necessitam de intervenccedilatildeo poacutes

cataacutestrofe passam a ser seguidos pelo centro de sauacutede ldquo

(E9- Psicoacutelogo)

Fonte Elaboraccedilatildeo Proacutepria a partir da sistematizaccedilatildeo das entrevistas realizadas2015

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Conclusotildees

Portugal tem tido nos uacuteltimos anos um aumento significativo de desastres naturais os

quais deram origem a viacutetimas mortais e a grandes prejuiacutezos econoacutemicos sociais e

psicoloacutegicos

As pessoas e o ambiente satildeo cada vez mais punidas pelos efeitos nefastos dos

desastres naturais isto deve-se segundo vaacuterios autores entre os quais Giddens (2012) a altas

taxas de crescimento populacional e elevada densidade demograacutefica migraccedilatildeo e urbanizaccedilatildeo

natildeo planeada ou desordenada degradaccedilatildeo ambiental e alteraccedilotildees climaacuteticas As populaccedilotildees

carentes satildeo as mais vulneraacuteveis aos desastres porque dispotildeem de menos recursos e

capacidade para lidar com os impactos ou evitaacute-los

Quantas vezes temos testemunhado a forccedila da natureza ou a ldquomatildeordquo do homem a

despoletarem grandes adversidades que deixam o ser humano impotente cataacutestrofes naturais

atentados terrorista acidentes rodoviaacuterios violaccedilotildees tiroteios acontecimentos que natildeo

conseguimos controlar aos quais muitas vezes natildeo sabemos como reagir nem como ajudar

Parafraseando Maia (2009) em situaccedilotildees de cataacutestrofes a intervenccedilatildeo eacute efetuada por

dois grupos de profissionais distintos aqueles cuja funccedilatildeo principal eacute intervir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe com o objetivo de restabelecer recursos materiais e organizar infraestruturas como

eacute o caso dos poliacutecias bombeiros meacutedicos entre outros o outro grupo eacute constituiacutedo pelos

profissionais preparados para intervir em situaccedilotildees de crise psicoloacutegica e social como eacute o

caso das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial constituiacutedas por psicoacutelogos e assistentes sociais

considerando-se que o apoio psicossocial eacute um dos maiores preditores de bem-estar

As equipas de apoio psicossocial em situaccedilotildees de emergecircncia prestam os designados

Primeiros Socorros Psicoloacutegicos que correspondem a teacutecnicas que visam ajudar

sobreviventes familiares e profissionais de emergecircncia em momentos de crise imediatamente

apoacutes um desastre Estas teacutecnicas visam reduzir o distress (stress negativo) inicial provocado

por eventos traumaacuteticos e desenvolver o funcionamento adaptativo e capacidade de gestatildeo do

stress a curto e longo prazo

Sendo a Ilha Terceira uma zona de risco torna-se imprescindiacutevel proceder de

imediato agrave organizaccedilatildeo da equipa de intervenccedilatildeo psicossocial A justificaccedilatildeo dada pelo

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Presidente SPCBA de que a equipa natildeo esta organizada natildeo eacute plausiacutevel ldquo (hellip) depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada (hellip) rdquo nenhum paiacutes estaacute imune agraves

cataacutestrofes naturais as emergecircncias e cataacutestrofes satildeo acontecimentos que pela sua proacutepria

natureza natildeo podem ser predeterminados o que obriga a estejamos devidamente preparados

para fazer face a estas situaccedilotildees a existecircncia de uma equipa jaacute organizada eacute a chave do

sucesso para a nossa intervenccedilatildeo

Eacute inaceitaacutevel que soacute a partir das enxurradas da Agualva em 2009 se comeccedilou a

organizar a atuaccedilatildeo ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em situaccedilotildees de cataacutestrofe ldquo (hellip) natildeo havia

nada preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na Agualva pois

intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas as coisas melhoraram bastante ldquo

(E7E8 Assistentes Sociais)

A CMAH soacute comeccedilou a dar os primeiros passos ao niacutevel da intervenccedilatildeo social em

situaccedilotildees de cataacutestrofe nas enxurradas de Angra do Heroiacutesmo a 4 de Setembro de 2015ldquo (hellip)

mas jaacute agimos nas chuvadas de dia 4 de Setembro 2015helliprdquo (E17-Sociologo)

Apoacutes a equipa intervenccedilatildeo psicossocial estar devidamente organizada eacute necessaacuterio

ministrar formaccedilatildeo aos teacutecnicos na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofes a maior

parte dos teacutecnicos entrevistados referiu que um dos fatores relacionados com a sua falta de

preparaccedilatildeo para trabalhar em situaccedilotildees de cataacutestrofe bem como as dificuldades encontradas

no terreno deve-se particularmente agrave falta de formaccedilatildeo nesta aacuterea todos os teacutecnicos que sejam

chamados para intervir nestas situaccedilotildees devem gozar de formaccedilatildeo nesta aacuterea nas duas

situaccedilotildees de cataacutestrofe ocorridas na Ilha Terceira foram acionados teacutecnicos para intervir que

natildeo gozavam de qualquer tipo de formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes neste

sentido haacute que sensibilizar as chefias para estas questotildees possuir recursos humanos

preparados melhor seraacute a qualidade das suas respostas A falta de formaccedilatildeo dos recursos

humanos ou inclusivamente a inadequaccedilatildeo dos mesmos pode levar a que um pequeno

sinistro se possa tornar numa enorme cataacutestrofe

Na linha de pensamento de Golan (1978) as situaccedilotildees de crise exigem a intervenccedilatildeo

de teacutecnicos especializados nomeadamente de assistentes sociais A cataacutestrofe natural pela sua

magnitude e imprevisibilidade eacute considerada uma crise que necessita de intervenccedilatildeo

especializada na maioria das vezes

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As situaccedilotildees de crise aleacutem de exigirem teacutecnicos especializados exigem tambeacutem que

os teacutecnicos sejam conhecedores da comunidade onde estatildeo inseridos de forma a poder efetuar

a caracterizaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis na comunidade pelo que a intervenccedilatildeo em situaccedilotildees

de crise deve ser desenvolvida preferencialmente por um teacutecnico com relaccedilotildees jaacute

estabelecidas na comunidade

Nesta preceptiva eacute extremamente necessaacuterio que em situaccedilotildees de cataacutestrofe os

assistentes sociais que integram as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial conheccedilam qual o papel

que cada instituiccedilatildeo desempenha no terreno e quais os recursos que disponibilizam neste tipo

de situaccedilotildees Para isso eacute necessaacuterio que sejam conhecedores do PME do concelho bem como

de alguma legislaccedilatildeo em mateacuteria de proteccedilatildeo civil pelo que a participaccedilatildeo em simulacros

pode ser uma forma de colmatar este tipo de situaccedilotildees todas as instituiccedilotildees que fazem parte

do PME devem ser convidadas a participar em simulacros a realizaccedilatildeo de simulacros natildeo se

deve cingir somente a algumas instituiccedilotildees pois em situaccedilatildeo de cataacutestrofe qualquer uma

instituiccedilatildeo pode ser acionada para intervir

Apoacutes a cataacutestrofe na fase considerada poacutes-critica a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social

pretende por um lado promover a recuperaccedilatildeo da comunidade a curto e meacutedio prazo atraveacutes

da reabilitaccedilatildeo dos serviccedilos essenciais da reconstruccedilatildeo do tecido social nomeadamente

sistemas de saneamento eletricidade comunicaccedilotildees serviccedilos de sauacutede por outro lado poderaacute

o assistente social neste momento centrar-se no trabalho de recuperaccedilatildeo psicoloacutegica social e

econoacutemica dos indiviacuteduos

No campo especiacutefico da intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe a

meta principal eacute ajudar a pessoa a recuperar o niacutevel de vida que possuiacutea antes do evento

desencadeante da crise

A relaccedilatildeo de ajuda eacute um dos instrumentos fundamentais para uma intervenccedilatildeo eficaz

em situaccedilotildees de crise esta soacute eacute possiacutevel se estabelecer uma relaccedilatildeo de confianccedila Podemos

definir esta relaccedilatildeo como uma troca de conhecimento e influecircncia muacutetua onde o assistente

social tem que estar disponiacutevel e ter curiosidade de descobrir a sua pessoa os seus desejos as

suas ambiccedilotildees e os seus obstaacuteculos Para tal o assistente social tem que recorrer agrave escuta agrave

observaccedilatildeo fazer perguntas pertinentes onde o utente exprime os seus interesses que vai

facilitar a sua capacidade de exprimir e melhorar a comunicaccedilatildeo entre os dois

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Em situaccedilotildees de cataacutestrofe podemos considerar que a relaccedilatildeo de ajuda eacute uma

abordagem de grande importacircncia para que se consiga uma intervenccedilatildeo de sucesso junto das

viacutetimas

Deste estudo surgem algumas propostas tais como

- A intervenccedilatildeo dos teacutecnicos em situaccedilotildees de cataacutestrofe deve seguir o modelo de

anaacutelise referente agraves etapas da intervenccedilatildeo psicossocial

-A elaboraccedilatildeo do PME bem como as leis em mateacuteria de proteccedilatildeo civil devem contar

com a participaccedilatildeo dos assistentes sociais pois o contributo oferecido pelo Serviccedilo Social

seraacute uma mais-valia

- Introduzir no plano de estudos do curso de Serviccedilo Social uma disciplina ou um

moacutedulo acerca desta temaacutetica considerando que as situaccedilotildees de cataacutestrofe cada vez mais

suscetiacuteveis de acontecer precisam de teacutecnicos com conhecimentos nesta aacuterea

- Uma outra proposta seria a construccedilatildeo de um manual de procedimentos numa visatildeo

mais alargada e mais abrangente da intervenccedilatildeo social aplicaacutevel agraves diferentes situaccedilotildees

possiacuteveis agrave semelhanccedila dos procedimentos protocolos e planos de accedilatildeo jaacute determinados e

preacute-estabelecidos pelos diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

-Apenas devem intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe teacutecnicos que tenham formaccedilatildeo

nesta aacuterea pois soacute assim podemos fazer uma intervenccedilatildeo de sucesso

Tendo em conta que uma boa preparaccedilatildeo envolve um certo grau de atividade

educacional e formativa e um conhecimento vaacutelido e empiacuterico baseado em conhecimento

social e cientiacutefico satildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees neste sentido O contributo acadeacutemico e

cientiacutefico de investigaccedilotildees centradas na preparaccedilatildeo aos desastres natildeo deve apenas limitar ndash se

a algumas aacutereas como eacute o caso da Psicologia e Proteccedilatildeo Civil devendo expandir-se por outras

aacutereas nomeadamente pela aacuterea do Serviccedilo Social para que de forma articulada e coordenada

possam combinar esforccedilos para uma resposta agrave crise cada vez mais estruturada sistemaacutetica e

eficaz suscetiacutevel de reduzir impactos e minimizar consequecircncias quer em termos materiais

quer em termos psicoloacutegicos e sociais

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Para garantir uma resposta operacional adequada e eficaz perante as situaccedilotildees de

cataacutestrofe haacute que apostar numa fase de preacute-preparaccedilatildeo que contemple o planeamento e a

prevenccedilatildeo o treino contiacutenuo de equipas a educaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo acerca dos riscos planos

e treinos de simulaccedilotildees de situaccedilotildees reais no sentido de corrigir inadequaccedilotildees e reforccedilar o

que estaacute adequado e eficiente O planeamento da resposta aos desastres eacute essencial para uma

adequada recuperaccedilatildeo da crise minimizando a disrupccedilatildeo do funcionamento de toda uma

sociedade uma comunidade ou um indiviacuteduo

Assim a intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees de cataacutestrofe natildeo deve reduzir

ndash se apenas ao levantamento de necessidades e ao assegurar as necessidades baacutesicas de

subsistecircncia e articulaccedilatildeo com outras entidades Deve ainda desempenhar um papel mais proacute-

ativo centrando a sua accedilatildeo natildeo soacute na fase de emergecircncia e poacutes emergecircncia mas tambeacutem

particularmente na fase da preacute emergecircncia pois qualquer cataacutestrofe eacute possiacutevel de acontecer

mais cedo ou mais tarde aconteceraacute por isso temos que estar prevenidos

Em Portugal a investigaccedilatildeo na aacuterea da emergecircncia em situaccedilotildees de cataacutestrofe eacute

urgente e prioritaacuteria Poreacutem a literatura relativa agrave intervenccedilatildeo do Serviccedilo Social em situaccedilotildees

de cataacutestrofe eacute escassa ou praticamente inexistente no nosso paiacutes o que leva a considerar que

sejam desenvolvidas mais investigaccedilotildees nesta aacuterea neste sentido torna-se imprescindiacutevel criar

um instrumento que indique em que medida os diferentes intervenientes da resposta agrave crise

estatildeo preparados para gerir toda uma situaccedilatildeo de cataacutestrofe

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Decreto Lei 1632014 de 31 de Outubro

Decreto-Lei nordm 722013

Decreto Regulamentar Regional nordm 24 2012A de 27 de Novembro

Resoluccedilatildeo nordm 25 2008 de 18 de Julho Comissatildeo Nacional de Proteccedilatildeo Civil

Lei nordm 652007 de 12 de Novembro

Decreto Regulamentar Regional nordm 112007A

Lei nordm 1342006 de 25 de Julho

Lei nordm 272006 de 3 de Julho

Decreto Regulamentar Regional nordm 242003A de 7 de Agosto

Decreto Regulamentar nordm 181993

D - Relatoacuterios

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no veratildeo de 2003rdquo

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Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil de Angra do Heroiacutesmo e Praia da Vitoacuteria (2014) ldquoPlano

de Emergecircnciardquo

Plano Regional de Emergecircncia de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2013)

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Centro Regional de Informaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2014) acedido a 28 de Abril de 2014

Instituto Nacional de Estatiacutestica (2014) acedido a 27 de Abril de 2014

Serviccedilo Regional de Proteccedilatildeo Civil dos Accedilores (2015) acedido a 2 Maio de 2015

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I

Apecircndices

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II

Apecircndice I

(Guiatildeo de Entrevistas)

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III

Guiatildeo de Entrevista Coordenadora Do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social de Angra

Heroiacutesmo

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave Seguranccedila Social no

acircmbito do plano de emergecircncia municipal

2-Quantos teacutecnicos (Assistentes Sociais Psicoacutelogos Socioacutelogos Educadores Sociaishellip)

trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

a)1 a 10

b)11 a 20

c)21 a 30

d)Mais de 30

3-Para situaccedilotildees de cataacutestrofe a Seguranccedila Social tem formada alguma equipa de intervenccedilatildeo

psicossocial ou equipa de intervenccedilatildeo em crise (Se natildeo existe nenhuma equipa formada

passar para a questatildeo nordm 4)

Sim Natildeo

31-Se sim esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

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IV

32-Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a(Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Educadores Socias nordm

f)Outro Qual

33-Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

34-Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

35 - Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

36- A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

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V

37- Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

38-Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 3 anos

39 ndash Quantos teacutecnicos participaram

a)1 a 3

b)4 a 7

b)8 a 11

c)Mais de 11

4- Se natildeo existe nenhuma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial formada na sua opiniatildeo natildeo

seria uacutetil formar uma equipa para estas situaccedilotildees Visto que vivemos numa zona de risco

Sim Natildeo

41 ndash Se sim Quais os motivos porque nunca foi criada uma equipa para intervir neste tipo

de situaccedilotildees

a) A proteccedilatildeo civil jaacute dispotildee de uma equipa para intervir neste tipo de situaccedilotildees

b) Falta de recursos humanos

c) Nunca houve necessidade de criar este tipo de equipa

d) Outras Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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VI

42 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

43 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

44- Se sim esta equipa foi composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

45- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

46- Que funccedilotildees desempenharam

47ndash Estes teacutecnicos tinham formaccedilatildeo na aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

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VII

48ndash Alguma vez tinham participado nalgum simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

5 - Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa da Seguranccedila Social na

elaboraccedilatildeo do plano de emergecircncia

Sim Natildeo

6 - Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel da Seguranccedila Social

7- Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

8-Considera que o sector que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe no

seu acircmbito proacuteprio

Sim Natildeo

81- Se natildeo o que poderia ser feito para ultrapassar esta situaccedilatildeo

9- No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave populaccedilatildeo do Porto-

Judeu

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de informaccedilatildeo

d)Natildeo existecircncia de equipas formadas para intervir neste tipo de situaccedilotildees

e)Pouca experiencia neste tipo de intervenccedilatildeo

f)Formar equipa (s) em poucas horas

g)Teacutecnicos pouco preparados para intervir neste tipo de situaccedilatildeo

h)Recolha de informaccedilatildeo

i)Dificuldades de acesso agrave populaccedilatildeo

J)Funccedilotildees pouco claras

l)Outras Quais

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

VIII

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10-Na sequecircncias das enxurradas do Porto Judeu Agualva foram feitas algumas propostas

pelo ISSA ao Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

Se sim quais

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11- Perante as enxurradas que ocorrerem aqui na ilha foram criadas algumas respostas

perante estas situaccedilotildees

Sim Natildeo

Se sim diga quais

a)Linha de emergecircncia social

b)Centros de acolhimento

c)Base dados

d)Criaccedilatildeo de grelhas de identificaccedilatildeo

e)Outra Quais

12-Nas duas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na ilha o ISSA solicitou

colaboraccedilatildeo agrave sua rede de parceiros

Sim Natildeo

Se sim que tipo de colaboraccedilatildeo foi solicitada

a)Recursos Humanos

b)Recursos materiais (vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores calccedilado camas colchotildees hellip)

c)Alojamento

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

IX

d)Apoio Financeiro

e)Viaturas

f)Outra Qual

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

X

Guiatildeo de Entrevista Teacutecnicos Sociais

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Conhece o plano de emergecircncia municipal

Sim Natildeo

11 - Se sim quais as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo confiadas agrave sua instituiccedilatildeo no

plano de emergecircncia municipal

2-A sua instituiccedilatildeo faz parte do Plano de Emergecircncia

Sim Natildeo

3-Neste momento Integra alguma equipa de apoio psicossocial para intervir ir em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

4-Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

41- Se sim haacute quanto tempo foi ministrada essa formaccedilatildeo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XI

42-Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma melhoria da sua

praacutetica profissional

Sim Natildeo

421 - Se sim em que medida

5-Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

51 - Se sim haacute quanto tempo

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

6-A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a adotar em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

61-Se natildeo pensa que estes poderiam ser uma mais-valia para a instituiccedilatildeo caso ocorra uma

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

611- Se sim em que medida

a)Mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta

b)Melhor organizaccedilatildeo na resposta

c)Melhor coordenaccedilatildeo

d)Outras Quais

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XII

7-Enquanto Assistente Social alguma vez teve de intervir numa situaccedilatildeo de cataacutestrofe efetiva

Sim Natildeo

71- Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

72 - Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz respeito

agrave sua praacutetica profissional

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)Dificuldade em gerir as emoccedilotildees

e)Nunca ter participado num simulacro

f)Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

g)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

h)Falta de comunicaccedilatildeo

i)Depara-me com a situaccedilatildeo e natildeo saber o que fazer

j)Dificuldades em trabalhar em equipa

l)Dificuldade em identificar as equipas que estatildeo no terreno

m)Outras Quais

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8-Nas enxurradas do Porto-Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por parte da sua

Instituiccedilatildeo

Sim Natildeo

81 - Se sim qual foi a intervenccedilatildeo efetuada pela sua instituiccedilatildeo

a) Apoio Alimentar

b)Apoio Vestuaacuterio

c)Apoio psicoloacutegico

d)Apoio Habitaccedilatildeo alojamento

e)Apoio ao niacutevel da Sauacutede

f)Outro Qual

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XIII

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9 ndash Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Socais estatildeo preparados para trabalhar em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

91 - Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de formaccedilatildeo

b)Falta de informaccedilatildeo

c)Desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

d)Entidade Patronal desvaloriza esta aacuterea de intervenccedilatildeo

e)Natildeo participaccedilatildeo em simulacros

f)Outros Quais

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10- De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo de uma equipa psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Sim Natildeo

101 ndash Caso natildeo concorde que alteraccedilatildeo proponha a este modelo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XIV

Guiatildeo de Entrevista - Presidente Camara Municipal Angra Heroiacutesmo e

Praia da Vitoacuteria

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais

e de Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor

Antoacutenio Amaro encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma a

poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu foi acionado o plano de emergecircncia que esta

aprovado

Sim Natildeo

Se natildeo Porquecirc

2-Qual foi a resposta concreta da Cacircmara agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto Judeu

Agualva

3-Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva quais foram as maiores dificuldades com

que se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

a)Falta de coordenaccedilatildeo

b)Falta de comunicaccedilatildeo

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de equipamentos (maquinas)

e)Os Recursos humanos natildeo se encontram preparados para trabalhar neste contexto

f)Trabalho Voluntaacuterio

g)Trabalhar sobre pressatildeo

h)As Instituiccedilotildees natildeo se encontram preparadas para trabalhar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XV

i)Outras Quais

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4-Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das Instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Sim Natildeo

Se natildeo qual o motivo

5-Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na

resposta a dar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim indique quais

6-Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees que fazem parte do plano de

emergecircncia na aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Sim Natildeo

Se sim quantas instituiccedilotildees estiveram presentes

a)1 a 10

b)11a 20

c) Mais de 20

Este tipo de formaccedilatildeo eacute ministrada com que periodicidade

a)Anualmente

b)Bianualmente

c)Mais de 3 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVI

7-Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

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E com que periodicidade

a) Anual

b) Bianual

c) Outra Qual

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8-Satildeo realizados simulacros

Sim Natildeo

Se sim com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Trianual

d)Outra Qual

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

XVII

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9-Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim em que medida

10-Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao plano de

emergecircncia e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes na situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim quais

11-No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder a

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se sim esta verba destina-se agrave

a)Prevenccedilatildeo

b)Planeamento

c)Reabilitaccedilatildeo

d)Outra Qual

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12-O Departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara desenvolve algum programa para fazer

face as situaccedilotildees de cataacutestrofes naturais

Sim Natildeo

Se sim que tipo de programa eacute desenvolvido

13- Ao niacutevel do departamento da Accedilatildeo Social que tipo de intervenccedilatildeo foi desenvolvida

na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu Agualva

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XVIII

Guiatildeo de Entrevista Responsaacutevel do SRPCBA

Eu Florbela Reis licenciada em Serviccedilo Social e Poacutes Graduada em Seguranccedila e

Higiene no Trabalho aluna do Mestrado em Serviccedilo Social Gestatildeo de Unidades Sociais e de

Bem-Estar na Universidade Lusoacutefona sob a orientaccedilatildeo do Professor Doutor Antoacutenio Amaro

encontro-me a realizar uma dissertaccedilatildeo sobre ldquoO Papel do Assistente Social nas Equipas de

Intervenccedilatildeo Psicossocialrdquo

Assim solicito a vossa colaboraccedilatildeo e disponibilidade na resposta agrave entrevista de forma

a poder concretizar este trabalho de pesquisa

1-A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para atuar em

situaccedilotildees de cataacutestrofes (Se natildeo existe passar para questatildeo nordm2)

Sim Natildeo

11 - Se sim esta eacute composta por quantos teacutecnicos

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

12- Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos Teacutecnicos

a)Psicoacutelogos nordm

b)Assistentes Sociais nordm

c)Socioacutelogos nordm

d)Politica Social nordm

e)Outro Qual

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Administraccedilatildeo

XIX

13 - Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo

a)1 a 3

b)4 a 7

c)8 a 11

d)Mais de 11

14- Se natildeo qual o motivo porque nunca foi ministrada formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos da

Equipa

a) Falta de recursos financeiros

b) Natildeo se justifica ministrar formaccedilatildeo a todos os teacutecnicos face ao nuacutemero de situaccedilotildees de

cataacutestrofe ocorridas na Ilha

c) Outra Qual

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15 ndash Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

16 ndash Esta equipa costuma participar em simulacros

Sim Natildeo

161 ndash Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

a)Haacute menos de 6 meses

b)6 Meses a 1 ano

c)1 Ano a 2 anos

d)Mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XX

2-Se natildeo porque nunca foi criada uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

a)Natildeo se justifica a criaccedilatildeo de uma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial

b)O ISSA jaacute tem uma equipa formada para atuar nestas situaccedilotildees

c)Falta de recursos humanos

d)Falta de coordenaccedilatildeo entre os serviccedilos

e)Outra Qual

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21 - No caso das enxurradas do Porto ndash Judeu Agualva natildeo existindo nenhuma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial foi formada alguma equipa especiacutefica para atuar naquela situaccedilatildeo

Sim Natildeo

22 ndash Se sim quais foram as maiores dificuldades com que se confrontaram na formaccedilatildeo da

equipa

3- Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim Natildeo

31 -Se sim em que medida

4-Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

41 ndash Nas enxurradas da Agualva Porto Judeu que meios foram disponibilizados

5- Apoacutes estas enxurradas sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

6- A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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Administraccedilatildeo

XXI

61- Se sim com que periodicidade satildeo realizados os simulacros

a) Anual

b)Bianual

d) Mais de 2 anos

7- Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e autoproteccedilatildeo

Sim Natildeo

71 - Se sim que meios usam

a) Internet

b) Panfletos

c) Palestras

d) Outras quais

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72- E com que periodicidade

a)Anual

b)Bianual

c)Outra Qual

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8-Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Sim Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

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Administraccedilatildeo

XXII

81-Se natildeo que fatores estatildeo associados a esta falta de preparaccedilatildeo

a)Falta de informaccedilatildeo

b)Falta de formaccedilatildeo

c)Falta de coordenaccedilatildeo

d)A natildeo participaccedilatildeo em simulacros

e)Natildeo ter funccedilotildees e tarefas atribuiacutedas

f)Falta de comunicaccedilatildeo

g)Dificuldades em trabalhar em equipa

h)Dificuldade em identificar as equipa que estatildeo no terreno

i)Outras Quais

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Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIII

Apecircndice II

(Transcriccedilatildeo das Entrevistas)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIV

Entrevista Semidirigida - Assistente Social

Entrevista nordm 1

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

natildeo sei quais as funccedilotildees e tarefas que estatildeo atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir nomeadamente na aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo e novos

conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXV

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Estive no local mas natildeo intervim poreacutem nas duas situaccedilotildees de cataacutestrofe que

existiram aqui na ilha demos apoio em geacuteneros alimentares agraves famiacutelias que ficaram

desalojadas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado Do pouco tempo que estive presente pois apenas fomos levar alguma

alimentaccedilatildeo as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo falta

de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute faacutecil

dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram minimamente preparados para intervir

neste tipo de situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo deve-se a falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e a

natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 2

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVI

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado fazemos parte do plano de emergecircncia mas nunca fomos chamadas a intervir

nem sei quais satildeo as funccedilotildees que nos estatildeo atribuiacutedas no acircmbito do PME

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta permite com que nos Assistentes Sociais fiquem melhor preparados

para agir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe a formaccedilatildeo leva tambeacutem agrave aquisiccedilatildeo de mais e novos

conhecimentos nesta aacuterea

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Nunca tive de intervir diretamente em nenhuma situaccedilatildeo de cataacutestrofe a nossa

Instituiccedilatildeo deu apoio em alguns geacuteneros alimentares

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVII

Entrevistado as maiores dificuldades que senti foram a falta de informaccedilatildeo e formaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees pois ao ver tanta destruiccedilatildeo natildeo eacute

faacutecil dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno e natildeo ter funccedilotildees e tarefas

atribuiacutedas

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo natildeo se encontram preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees esta falta de preparaccedilatildeo aplica-se a falta de formaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em

simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo este modelo jaacute bem definido

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 3

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXVIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim esta pode melhorar a nossa formaccedilatildeo base com a formaccedilatildeo deixamos de

agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de uma forma mais racional

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo participei ainda em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim intervim na situaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu e Flores

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado as funccedilotildees desempenhadas foram acalmar as pessoas apoiar o Presidente da

Cacircmara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos levantamento das necessidades a

niacutevel habitacional e estaacutevamos tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacutelias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado as maiores dificuldades foram falta de coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as

emoccedilotildees ateacute ao momento nunca ter participado em nenhum simulacro para mim a

participaccedilatildeo em simulacros eacute uma mais-valia pois na altura do acontecimento facilita em

muito a nossa intervenccedilatildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXIX

Outra das dificuldades encontradas no terreno foi o facto de ir para lugares perigosos onde

existe alguma falta de seguranccedila

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo estaacute associada agrave falta de formaccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo das vezes que intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca tive um

modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas situaccedilotildees que intervim passei algumas

destas fases

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 4

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas os procedimentos encontram-se a ser alterados

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXX

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado) sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim na medida em que podemos aprofundar novos conhecimentos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo

desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo bem como formaccedilatildeo acadeacutemica deveria ter um

moacutedulo que estivesse relacionado com esta temaacutetica

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXI

Entrevistado sim concordo ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 5

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado sim conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim neste momento esta a haver uma restruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves

tarefas e funccedilotildees atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado sim

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a formaccedilatildeo leva a aquisiccedilatildeo de um maior conhecimento na aacuterea

e ao mesmo tempo serve de complemento agrave formaccedilatildeo acadeacutemica

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim o ultimo simulacro que frequentei foi haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim dispotildee

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Se sim quais as funccedilotildees que desempenhou

Entrevistado(a) jaacute desempenhei funccedilotildees em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda a fazer trabalho de back office

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua praacutetica profissional

Entrevistado como lhe disse jaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no

terreno estava na retaguarda e fazer trabalho de back office as maiores dificuldades com que

me deparei foram essencialmente falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do apoio psicoloacutegico e habitacional

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os AS natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com falta de formaccedilatildeo e natildeo

participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 6

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIII

Entrevistado natildeo conheccedilo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim faz parte no contexto da minha atividade profissional nunca foi

partilhado o conteuacutedo do PME nem o papel que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado sim esta formaccedilatildeo foi ministrada haacute menos de um ano

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado claro que sim a intervenccedilatildeo em cenaacuterios de crise emergecircncia e cataacutestrofe e

marcada pela especificidade diferenciando-se das intervenccedilotildees quotidianas Possui objetivos

propoacutesitos setting de accedilatildeo e teacutecnicas de intervenccedilatildeo particulares que requerem um

complemento da formaccedilatildeo de base sob pena de as intervenccedilotildees poderem ser contra

producentes No meu caso particular a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no que agraves questotildees do

stress traumaacutetico diz respeito

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo nunca participei

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado) natildeo estes podiam melhorar a eficaacutecia e a eficiecircncia da resposta melhorar a

organizaccedilatildeo da resposta e melhorar a coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIV

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e desconhecimento

da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 7

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim a instituiccedilatildeo faz parte do PME mas natildeo sei quais as tarefas e funccedilotildees

atribuiacutedas agrave instituiccedilatildeo neste acircmbito

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas

quando acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXV

Entrevistado sim a formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos fazer

na altura

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim jaacute participei mas haacute mais de 2 anos que estive presente num simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees desempenhadas na Agualva foram providenciar as refeiccedilotildees

no Porto Judeu assentaram no levantamento das necessidades imediatas retirada de uma idosa

de casa com os bombeiros a idosa estava isolada

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo as coisas melhoraram bastante intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos

intervindo na realidade

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico apoio pontual na altura da crise

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os psicoacutelogos encontram-se preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe contudo podemos natildeo dar todas as respostas necessaacuterias

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVI

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 8

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado Natildeo sei responder a essa questatildeo natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados conforme a nossa disponibilidade

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea a formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas

tirei o primeiro moacutedulo tirei a formaccedilatildeo haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim a formaccedilatildeo adequa os procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo agraves

necessidades daquele momento

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei num simulacro

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVII

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim Na Agualva providenciei refeiccedilotildees no Porto Judeu levantamento de

danos e de necessidades imediatas e retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros

e proteccedilatildeo civil que se encontrava num local isolado outra das funccedilotildees desempenhadas foi a

articulaccedilatildeo com outras entidades Em Angra as funccedilotildees foram essencialmente ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo e falta de

coordenaccedilatildeo no caso da Agualva confrontei-me com a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis natildeo

estavam definidos de quem estava a intervir natildeo havia nada preparado para este tipo de

situaccedilotildees natildeo havia documentos intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo mas

as coisas melhoraram bastante

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar na Casa do Povo e apoio ao niacutevel da sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

natildeo participaccedilatildeo em simulacros os papeis natildeo estatildeo definidos a equipa jaacute deveria estar

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXVIII

formada e natildeo deveria ser formada na hora natildeo deve ser no hora do acontecimento que nos

dizem para ir para o terreno

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Psicoacutelogo

Entrevista nordm 9

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim como entidade de primeira linha temos que estar disponiacuteveis para

situaccedilotildees de crise e cataacutestrofe

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa formada os teacutecnicos satildeo chamados conforme

a nossa disponibilidade contudo existe uma equipa para a ilha das Flores e Corvo

A Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca foi formada quando

acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSA

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar haacute quanto tempo foi ministrada

essa formaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XXXIX

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

como identificar as fases mais agudas encaminhamentos como que entidades a envolver no

encaminhamento das situaccedilotildees

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute participei mas natildeo me recordo quando foi

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo dispotildee mas estes poderiam ser uma mais-valia nomeadamente na eficaacutecia

e eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo na resposta e melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Psicoacutelogo alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram em fornecer os primeiros socorros psicoloacutegicos

levantamento de danos articulaccedilatildeo com outras entidades acompanhamento poacutes cataacutestrofe a

niacutevel psicoloacutegico os casos satildeo encaminhados para a sauacutede ou seja Centro de Sauacutede ou

Hospital

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo dificuldade

em gerir as emoccedilotildees inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe falta de comunicaccedilatildeo e dificuldades em identificar as equipas que

estatildeo no terreno

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede a intervenccedilatildeo

foi sempre feita em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os psicoacutelogos estatildeo preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XL

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Psicoacutelogos natildeo se encontram preparados para intervir em

situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves

famiacutelias ser termos formaccedilatildeo especiacutefica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute essencial para

adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 10

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei quais as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especiacuteficas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea jaacute fiz esta formaccedilatildeo haacute mais de dois anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas a formaccedilatildeo eacute uma boa

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLI

ferramenta para sabermos como devemos agir sem esta muitas vezes podemos provocar ainda

mais o caos

Se jaacute tiveacutessemos a equipa formada era mais faacutecil intervir no que concerne agrave formaccedilatildeo soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para frequentarmos o niacutevel II e

III mas natildeo foi aceite

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado nunca participei em nenhum simulacro

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sabe

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as nossas funccedilotildees foi essencialmente o levantamento de danos e

necessidades articulaccedilatildeo com outras entidades a fim de angariarmos bens necessaacuterios

fizemos equipa com o serviccedilo da habitaccedilatildeo fizemos atendimento direto agraves pessoas poacutes

cataacutestrofe as famiacutelias que jaacute eram acompanhadas pelas teacutecnicas do ISSA foram encaminhadas

para as teacutecnicas das freguesias

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo informaccedilatildeo

falta de coordenaccedilatildeo nunca ter participado em nenhum simulacro

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLII

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistado natildeo estatildeo preparados essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e natildeo participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida - Ciecircncias Sociais

Entrevista nordm 11

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado natildeo conheccedilo o PME nem sei as funccedilotildees que a instituiccedilatildeo desempenha neste

acircmbito

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado sim a equipa natildeo esta formada mas quando acontece alguma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe somos chamados consoante a disponibilidade o superior hieraacuterquico eacute quem

decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer parte da equipa

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea soacute fiz o primeiro moacutedulo jaacute fiz essa formaccedilatildeo haacute 2

anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional

com a formaccedilatildeo estamos melhor organizados sabemos como devemos agir na Agualva natildeo

havia nada atualmente jaacute temos uma base de dados jaacute temos ferramentas de trabalho na

Agualva tivemos que construir tudo

Devia ter ido para o segundo moacutedulo mas natildeo foi possiacutevel de vez em quando deviacuteamos fazer

reciclagem se a equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervir

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim como funccedilotildees fiz um pouco de tudo como levantamento de danos e

necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Levamos aacutegua agraves pessoas isoladas levamos medicaccedilatildeo fizemos distribuiccedilatildeo de roupa e

alimentos

Estive na construccedilatildeo da base de dados e fizemos tambeacutem o realojamento de pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de formaccedilatildeo falta de

coordenaccedilatildeo dificuldade em gerir as emoccedilotildees nunca ter participado em simulacros

inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial deparar-me com a situaccedilatildeo e natildeo

saber o que fazer e dificuldades em identificar as equipas que estatildeo no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIV

As tarefas foram atribuiacutedas no momento a niacutevel da sauacutede foi uma situaccedilatildeo mais complicada

ex pessoas que necessitavam de insulina natildeo tinham houve muita dificuldade em articular

com a aacuterea da sauacutede

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais natildeo se encontram preparados para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe esta falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo e desconhecimento desta aacuterea de intervenccedilatildeo

O Assistente Social em si natildeo esta preparado para intervir temos que adquirir conhecimento

nesta aacuterea

Na Agualva natildeo tiacutenhamos roupa adequada neste momento jaacute temos na Agualva por exemplo

vestiacuteamos o vestuaacuterio uns dos outros

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida Assistente Social

Entrevista nordm 12

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Sim

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees satildeo intervir na aacuterea social em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLV

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo o chefe de divisatildeo eacute quem sinaliza os teacutecnicos mas natildeo existe nenhuma

equipa formada

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea haacute mais de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois o chefe de divisatildeo natildeo estava na

altura e assumi o papel dela

A formaccedilatildeo eacute importante para capacitar os teacutecnicos para natildeo entrarem em pacircnico nestas

situaccedilotildees bem como gerir as situaccedilotildees de stress

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos foi a simulaccedilatildeo de um incendio no

aeroporto

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo estes podem ser uma mais-valia no que concerne agrave melhoria da eficaacutecia e

eficiecircncia da resposta melhor organizaccedilatildeo da resposta melhor coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir numa situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVI

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe como a chefe de divisatildeo estava

ausente na altura tive que assumir a funccedilatildeo de coordenadora das equipas de Praia e Angra a

minha funccedilatildeo assentou principalmente na coordenaccedilatildeo

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo inexistecircncia

de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir nestes tipo de situaccedilotildees e falta de comunicaccedilatildeo

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio alimentar vestuaacuterio psicoloacutegico habitaccedilatildeo e sauacutede os apoios

foram dados em articulaccedilatildeo com outras entidades

A sauacutede pouco fez nos eacute que fizemos o papel deles tivemos que dar medicaccedilatildeo as pessoas

que necessitavam

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo os Assistente Sociais estatildeo preparados para intervir

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 13

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVII

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com os

realojamentos levantamento das necessidades baacutesicas e articulaccedilatildeo com outras entidades

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo existe nenhuma equipa somos chamados consoante as necessidades

da PC

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado jaacute tive formaccedilatildeo nesta aacuterea frequentei os 3 moacutedulos mas jaacute tive esta formaccedilatildeo

haacute cerca de 2 anos

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode contribuir em muito para a melhoria da nossa praacutetica profissional a

formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e darmos uma resposta eficaz e

organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute intervim em situaccedilatildeo de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

levantamento de danos e necessidades e articulaccedilatildeo com outras entidades

Na situaccedilatildeo da Agualva havia bastantes teacutecnicos no terreno as pessoas foram bem atendidas

as respostas eram dadas agrave medidas que os problemas iam surgindo ou seja em tempo uacutetil as

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLVIII

instalaccedilotildees onde se realizavam os atendimentos era boas nos atendimentos conseguiacuteamos

verificar o estado emocional das pessoas

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades foram ao niacutevel da falta de coordenaccedilatildeo Fomos

socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo esteve presente natildeo sabia o que

fazer agraves 22h00 andava a pedir seringas e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo

exeacutercito que me levou a casa da senhora que era de difiacutecil acesso

A Falta de coordenaccedilatildeo entre os diversos eacute um constrangimento a coordenaccedilatildeo ao niacutevel das

chefias superiores tem que ficar bem definida

A PC Bombeiros e Exercito cada um deve saber qual o seu papel para natildeo haver atropelos

deve haver uma definiccedilatildeo clara de papeacuteis

O ISSA deve ter um papel privilegiado no apoio psicossocial tem que haver respeito pelos

papeacuteis a definiccedilatildeo tem que ficar bem clara

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico e alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

XLIX

Entrevista Semidirigida ndash Assistente Social

Entrevista nordm 14

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim as funccedilotildees atribuiacutedas agrave Instituiccedilatildeo estatildeo relacionadas com as medidas de

primeira linha medidas praacuteticas de intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe e medidas de

articulaccedilatildeo

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo natildeo temos equipa quando foi da situaccedilatildeo da Agualva tivemos que reunir

de urgecircncia natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircncia temos colegas que

tiveram formaccedilatildeo nesta aacuterea temos equipamento de cataacutestrofe como botas fatos

Em situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo eacute adaptado em situaccedilatildeo

de emergecircncia

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea porem frequentei uma formaccedilatildeo da Cruz

Vermelha apenas uma manhatilde na aacuterea de metodologias de intervenccedilatildeo e participei numa

simulaccedilatildeo

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode sem duacutevida melhorar a nossa intervenccedilatildeo a formaccedilatildeo leva agrave

facilidade de operacionalizaccedilatildeo a formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim mas jaacute participei haacute mais de 2 anos

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

L

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe estive na aacuterea do atendimento

fizemos o levantamento de danos e necessidades reencaminhamos os casos para outras

instituiccedilotildees foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo

As funccedilotildees satildeo dadas na altura quando a equipa eacute reunida e ai satildeo formadas as sub-equipas

cada um tem que ter uma tarefa atribuiacuteda

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foi lidar com o

stress e a inexperiecircncia para mim foi muito complicado

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim apoio psicoloacutegico alimentar vestuaacuterio alojamento e apoio ao niacutevel da

sauacutede

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado(a) Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LI

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 15

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim natildeo sei as funccedilotildees

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode ficamos melhor preparados para agir em situaccedilatildeo de crise e

emergecircncia

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim jaacute trabalhei em contexto de cataacutestrofe as funccedilotildees foram ao niacutevel do

realojamento de pessoas e averiguar as situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LII

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram dificuldades

em trabalhar em equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo deve-se agrave falta de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo e

desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida Socioacutelogo

Entrevista nordm 16

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIII

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado(a) natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado sim pode a formaccedilatildeo eacute uma mais-valia no que diz respeito a adequar os

procedimentos e a nossa intervenccedilatildeo as necessidades da nossa intervenccedilatildeo

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo pode ser uma mais-valia na melhoria da eficaacutecia e eficiecircncia da resposta

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a)Nunca trabalhei em contexto de cataacutestrofe

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LIV

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 17

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado(a) natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado(a)natildeo sei

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LV

Ainda natildeo temos programa especiacutefico face a esta situaccedilatildeo mas jaacute agimos nas chuvadas de dia

4 de Setembro 2015

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado Natildeo estive presente no Porto Judeu nas cheias de 4 de Setembro as funccedilotildees

foram feitas ao niacutevel do sim ao niacutevel do alojamento

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado(a) sim concordo

Entrevista Semidirigida ndash Socioacutelogo

Entrevista nordm 18

Entrevistadora Conhece o Plano de Emergecircncia Municipal

Entrevistado Natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo faz parte do plano de emergecircncia municipal

Entrevistado sim desconheccedilo as funccedilotildees que lhe estatildeo atribuiacutedas

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LVI

Entrevistadora Neste momento integra alguma equipa de intervenccedilatildeo Psicossocial para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social jaacute fez formaccedilatildeo especiacutefica para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofes

Entrevistado natildeo fiz formaccedilatildeo nessa aacuterea

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que a formaccedilatildeo nesta aacuterea pode contribuir para uma

melhoria da sua praacutetica profissional

Entrevistado natildeo tenho formaccedilatildeo sim pode a formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio

agraves pessoas

Entrevistadora Jaacute participou alguma vez num simulacro em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora A sua Instituiccedilatildeo dispotildee de normativos internos quanto aos procedimentos a

adotar em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado natildeo

Entrevistadora Enquanto Assistente Social alguma vez teve que intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado(a) sim as funccedilotildees assentaram no realojamento de pessoas e averiguar as

situaccedilotildees no terreno

Entrevistadora Se sim quais as maiores dificuldades com que se confrontou no que diz

respeito agrave sua pratica profissional

Entrevistado As maiores dificuldades encontradas no terreno para mim foram trabalhar em

equipa com outras entidades

Entrevistadora Nas enxurradas do Porto Judeu Agualva foi feita alguma intervenccedilatildeo por

parte da sua Instituiccedilatildeo

Entrevistado sim ao niacutevel do alojamento

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Administraccedilatildeo

LVII

Entrevistadora Na sua opiniatildeo acha que os AS estatildeo preparados para intervir em situaccedilotildees

de cataacutestrofe

Entrevistado Na minha opiniatildeo acho que os AS estatildeo natildeo estatildeo preparados para intervir em

situaccedilatildeo de cataacutestrofe essa falta de preparaccedilatildeo esta relacionada com a falta de formaccedilatildeo e

informaccedilatildeo desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo

Entrevistadora De seguida vou apresentar um modelo de intervenccedilatildeo psicossocial este

modelo eacute constituiacutedo por vaacuterias fases Concorda com estas fases

Entrevistado sim concordo

Entrevista Semidirigida ao Presidente do SRPCBA

Entrevista nordm 19

Entrevistador A proteccedilatildeo Civil dispotildee de alguma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial para

atuar em situaccedilotildees de cataacutestrofes

Entrevistado A PC dispotildee de uma equipa de intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se encontra

organizada jaacute fizemos 3 cursos niacutevel III e II a equipa natildeo se formou porque depende de

vaacuterios organismos devido a isto natildeo esta organizada posso dizer-lhe que assinamos um

protocolo com a ordem dos psicoacutelogos para formar uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores temos 50 teacutecnicos formados os cursos

normalmente tinham 12 teacutecnicos psicoacutelogos assistentes sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os psicoacutelogos vamos buscar ao

centro de sauacutede e os Assistentes Sociais ao ISSA

Entrevistador Todos os teacutecnicos da equipa tecircm formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim todos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos 50 teacutecnicos formados

Entrevistador Quais as funccedilotildees que esta equipa desempenha quando interveacutem em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

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Administraccedilatildeo

LVIII

Entrevistado Primeiro sempre a intervenccedilatildeo do socorro e salvamento as funccedilotildees passam

essencialmente pela aacuterea da habitaccedilatildeo

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado As equipas costumam participar em simulacros o ultimo simulacro no qual

participaram foi em Junho na Ilha de Satildeo Miguel ldquo

Entrevistador Considera importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo social nas

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim acho importante o contributo das equipas neste tipo de situaccedilotildees em toda

a sua dimensatildeo na fase de recuperaccedilatildeo tem um papel preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e alimentaccedilatildeo

Entrevistador Em situaccedilotildees de cataacutestrofe que meios (humanos materiais e

Equipamentos) satildeo disponibilizados pela Proteccedilatildeo Civil

Entrevistado Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo entre os diferentes intervenientes como

corpo de bombeiros PSP obras puacuteblicas

Temos tendas para desalojados mas neste momento usamos eacute os pavilhotildees existentes Na

Agualva natildeo estava caacute no Porto Judeu foi essencialmente o trabalho em rede usaram a casa

do povo foi aqui que fizemos tudo os desalojados foram realojados em casa de familiares

Entrevistador Apos estas enxurrada sentiu necessidade de reorganizar e estruturar a

intervenccedilatildeo em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Natildeo

Entrevistador A Proteccedilatildeo Civil realiza simulacros

Entrevistado Sim realizamos simulacros anualmente as equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

satildeo sempre chamadas para participaccedilatildeo em simulacros

Entrevistador Satildeo realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

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LIX

Entrevistado sim realizamos os meios utilizados satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos proteccedilatildeo civil +65 onde realizamos accedilotildees nos lares da

Terceira o outro projeto chama-se clubes de proteccedilatildeo civil este projeto desenvolve-se ao

niacutevel das escolas estas accedilotildees satildeo feitas anualmente

Entrevistador Na sua opiniatildeo acha que os Assistentes Sociais estatildeo preparados para intervir

em situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Com formaccedilatildeo adequada penso que se encontram preparados posso dizer-lhe

que na uacuteltima situaccedilatildeo de cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos foi bastante positiva

Entrevista Semidirigida ndash Coordenadora do Nuacutecleo da Accedilatildeo Social

Entrevista nordm 20

Entrevistador Pode elencar as principais funccedilotildees e tarefas que estatildeo cometidas agrave seguranccedila

social no acircmbito do PME

Entrevistado Num primeiro momento as funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades mais

emergentes assegurar as questotildees baacutesicas ou seja intervenccedilatildeo das necessidades baacutesicas de

subsistecircncia alimentar e habitaccedilatildeo exemplo uma famiacutelia ficou sem um fogatildeo tivemos que

arranjar um

Num segundo momento eacute feito o acompanhamento agraves famiacutelias e articulaccedilatildeo com outras

entidades

Entrevistador Quantos teacutecnicos trabalham na aacuterea social na Ilha Terceira

Entrevistado Mais de 30 teacutecnicos

Entrevistador Para situaccedilotildees de cataacutestrofe o ISSA tem formada alguma equipa de

Intervenccedilatildeo Psicossocial

Entrevistado todos os teacutecnicos podem ser chamados em situaccedilatildeo de cataacutestrofe consoante o

grau da cataacutestrofe esta equipa natildeo tem um nome especiacutefico

Entrevistador Esta equipa eacute composta por quantos teacutecnicos

Entrevistado mais de 11

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LX

Entrevistador Quais as aacutereas de formaccedilatildeo dos teacutecnicos

Entrevistado temos psicoacutelogos Assistentes Sociais Socioacutelogos Politica Social e

Educadores Sociais e Ciecircncias Sociais natildeo sei precisar o nuacutemero de teacutecnicos por aacuterea

Entrevistador Quais as principais funccedilotildees que estes desempenham em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Entrevistado As funccedilotildees satildeo o levantamento das necessidades os psicoacutelogos tem uma

funccedilatildeo mais terapecircutica na Agualva houve muita intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a intervenccedilatildeo

foi feita em equipas de 2 1 psicoacutelogo e um assistente social

Entrevistador Todos os teacutecnicos que compotildeem a equipa tecircm formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em cataacutestrofe

Entrevistado Nem todos os teacutecnicos tecircm formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar ao certo o

nuacutemero de teacutecnicos formados mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi ministrada a estes teacutecnicos

entre 1 ano a 2 anos natildeo sei precisar ao certo

Entrevistador Se natildeo quantos teacutecnicos tem formaccedilatildeo nesta aacuterea

Entrevistado mais de 11 teacutecnicos

Entrevistador A formaccedilatildeo foi ministrada haacute quanto tempo

Entrevistado entre 1 ano a 2 anos

Entrevistador Esta equipa costuma participar em simulacros

Entrevistado Sim

Entrevistador Quando foi a ultima vez que a equipa participou num simulacro

Entrevistado 6 meses a 1 ano

Entrevistador Quantos teacutecnicos participaram

Entrevistado Natildeo sei envolveram teacutecnicos de outras ilhas

Entrevistador Relativamente ao sector que coordena houve participaccedilatildeo ativa do ISSA na

elaboraccedilatildeo no PME

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LXI

Entrevistado sim houve

Entrevistador Caso exista uma cataacutestrofe quais as respostas que existem ao niacutevel do ISSA

Entrevistado Natildeo temos uma resposta especiacutefica para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os recursos da comunidade aleacutem disso dispomos dos recursos

humanos (os teacutecnicos) um rapaz ficou sem habitaccedilatildeo arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA neste momento dispotildee de

uma verba para situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistador Considera que o setor que dirige este preparado para responder a situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Entrevistado Sim estamos preparados para responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe nunca

sozinhos sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades e agentes de PC

Entrevistado Que tipo de intervenccedilatildeo foi realizada na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Agualva

Entrevistado Porto Judeu e Agualva natildeo satildeo comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em permanecircncia no local imediato foram asseguradas as coisas

baacutesicas sempre em articulaccedilatildeo com outras entidades o nosso papel foi mais ao niacutevel do

acompanhamento psicoloacutegico e levantamento de danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do levantamento das

necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir noutras ilhas nas Flores uma famiacutelia ficou sem casa

neste caso o que fizemos foi alojar a idosa em casa de familiares

Entrevistador Nas uacuteltimas situaccedilotildees de cataacutestrofe que ocorreram aqui na Ilha o ISSA

solicitou a colaboraccedilatildeo da rede de parceiros

Entrevistado Em ambas as situaccedilotildees recorremos agrave nossa rede de parceiros esta colaboraccedilatildeo

foi dada ao niacutevel de vestuaacuterio alimentaccedilatildeo e alojamento

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LXII

Na Agualva tivemos a necessidade de criar um local para os recursos muitas instituiccedilotildees

foram para o local sem serem chamadas por exemplo a Caacuteritas os recursos mais solicitados

foram ao niacutevel de recursos materiais

Entrevistador No terreno quais foram as maiores dificuldades sentidas no socorro agrave

populaccedilatildeo da Agualva Porto Judeu

Entrevistado Na Agualva as maiores dificuldades foram as condiccedilotildees de trabalho estas

eram muito difiacuteceis havia muitos riscos gerir as emoccedilotildees foi outra das grandes dificuldades

pois foi difiacutecil lidar com tanta destruiccedilatildeo

Entrevistador Na sequecircncia das enxurradas da Agualva Porto Judeu foram feitas algumas

propostas pelo ISSA ao PME

Entrevistado Natildeo sei natildeo era coordenadora da altura estive como teacutecnica no terreno

Entrevistador Perante as enxurradas que ocorreram aqui na ilha foram criadas algumas

respostas perante esta situaccedilatildeo

Entrevistado Na Agualva sim foram criadas base de dados grelhas de identificaccedilatildeo o que

foi criado na Agualva tem servido para outras situaccedilotildees esta foi um marco pela gravidade da

situaccedilatildeo muitos instrumentos foram criados devido a esta situaccedilatildeo

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Angra Heroiacutesmo

Entrevista nordm 21

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Natildeo sei se foi acionado natildeo estava caacute

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas do Porto

Judeu

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute na altura

Entrevistador Nas enxurradas do Porto Judeu quais foram as maiores dificuldades com que

se confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

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LXIII

Entrevistado Natildeo sei natildeo estava caacute

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado como lhe disse na altura das enxurradas do Porto-Judeu natildeo estava caacute mas sei

que as instituiccedilotildees fizeram um relatoacuterio

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Natildeo estava caacute As pessoas que estavam caacute na altura das enxurradas do Porto

Judeu jaacute ningueacutem natildeo se encontram na Cacircmara neste momento

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Sim damos formaccedilatildeo agraves instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do que eacute decidido no

conselho de proteccedilatildeo civil dependendo das necessidades que os proacuteprios detetam na

formaccedilatildeo ministrada tiveram presentes 20 instituiccedilotildees

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado sim satildeo realizadas accedilotildees usamos a internet e panfletos semestralmente satildeo

enviadas atraveacutes das faturas da aacutegua informaccedilatildeo no sentido de sensibilizar as pessoas contudo

a PC eacute quem desenvolve mais esse papel esta faz sensibilizaccedilatildeo nas escolas

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado sim anualmente realizaacutemos um simulacro

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado sim acho importante o contributo das equipas de intervenccedilatildeo psicossocial neste

tipo de situaccedilotildees relativamente a duas aacutereas levantamento de natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

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LXIV

A accedilatildeo social desempenha um papel muito importante quer no encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas decisotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

Entrevistado sim foram essas alteraccedilotildees foram de natureza orgacircnica o plano foi todo

reestruturado

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim temos uma verba para estas situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute necessaacuterio

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado sim temos a atuaccedilatildeo deles faz parte deles

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Natildeo sei

Entrevista Semidirigida ao Presidente da Cacircmara da Praia

Entrevista nordm 22

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva foi acionado o PEM que esta aprovado

Entrevistado Sim foi instalado na Sociedade Filarmoacutenica da Agualva o comando do

Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo Civil

Entrevistador Qual foi a resposta concreta da CMPV agrave situaccedilatildeo das enxurradas da Agualva

Entrevistado Numa primeira fase foi feito o diagnoacutestico do impacto da cataacutestrofe

salvaguardando sempre a seguranccedila das pessoas a aacutegua da ribeira entrou dentro da casa das

pessoas

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LXV

Numa segunda fase ativaacutemos o plano de evacuaccedilatildeo as condiccedilotildees na altura eram peacutessimas as

estradas desapareceram foi muito difiacutecil mas conseguimos ultrapassar esta situaccedilatildeo com os

recursos adequados

Entramos em contacto com as empresas de construccedilatildeo civil da aacuterea para nos ajudarem na

desobstruccedilatildeo das vias e caminhos e limpeza da ribeira

Procedemos agrave ativaccedilatildeo do serviccedilo de apoio social que se instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confeccionadas e distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui funcionava o gabinete de

apoio psicoloacutegico levantamento de perdas acompanhamento a famiacutelias na Caso do Povo

centraram-se todos os serviccedilos

Entrevistador Nas enxurradas da Agualva quais foram as maiores dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do socorro

Entrevistado O principal problema foi as dificuldades de acessibilidade agrave residecircncia das

pessoas houve situaccedilotildees que as pessoas natildeo conseguiam sair de casa porque tinham um

buraco de 2m de profundidade agrave sua porta outra das dificuldades foi garantir a seguranccedila dos

bens das pessoas que eram evacuadas da sua casa

O que estava no plano funcionou em pleno

A limpeza foi muito raacutepida neste tipo de trabalhos existiu muito o espiacuterito de solidariedade

toda a gente contribuiu neste tipo de situaccedilotildees as primeiras 48h00 satildeo chave

Entrevistador Foi elaborado algum relatoacuterio por parte das instituiccedilotildees que estiveram no

terreno relativamente as dificuldades com que se confrontaram

Entrevistado Natildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da situaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo posso dizer-lhe que em menos de 30 dias jaacute tiacutenhamos todas as obras

adjudicadas

Entrevistador Considera que houve dificuldades de coordenaccedilatildeo dos diferentes

intervenientes na resposta a dar em situaccedilatildeo de emergecircncia

Entrevistado Eacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo houve a miacutenima dificuldade de articulaccedilatildeo

e coordenaccedilatildeo entre os diferentes agentes de proteccedilatildeo civil e Instituiccedilotildees

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O plano de emergecircncia demorou muito tempo a ser feito este plano foi uma mais-valia nesta

intervenccedilatildeo todas as Instituiccedilotildees participaram na sua execuccedilatildeo este foi muito discutido por

exemplo nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os recursos existentes em cada Freguesia para

fazer face a este tipo de situaccedilotildees

Entrevistador Foi ministrada alguma formaccedilatildeo agraves Instituiccedilotildees que fazem parte do PME na

aacuterea de intervenccedilatildeo em cataacutestrofes

Entrevistado Natildeo demos formaccedilatildeo mas todas as Instituiccedilotildees tecircm participando nos

simulacros que fazemos ou seja acaba por ser uma formaccedilatildeo mas natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram presentes entre 11 a 20 Instituiccedilotildees os simulacros satildeo realizados

duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizadas accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo na aacuterea da prevenccedilatildeo e

autoproteccedilatildeo

Entrevistado Sim temos os puacuteblicos-alvo tem sido crianccedilas jovens e idosos esta

sensibilizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes da internet panfletos usamos muito os panfletos palestras os

nossos teacutecnicos dirigem-se as escolas lares para fazer as palestras todas estas atividades satildeo

feitas duas vezes por ano

Entrevistador Satildeo Realizados simulacros

Entrevistado Sim duas vezes por ano

Entrevistador Considera importante o contributo das Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

em situaccedilatildeo de cataacutestrofe

Entrevistado Indiscutivelmente eles dispotildeem de competecircncias teacutecnicas e praticas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do apoio social eacute feita toda ela pelos teacutecnicos

sociais satildeo eles que elaboram os processos das famiacutelias aplicam os inqueacuteritos para saber

quais os danos sofridos pela famiacutelia articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees puacuteblicas providenciar

as refeiccedilotildees

Entrevistador Apoacutes as enxurradas foram realizadas algumas alteraccedilotildees relativamente ao

PME e agrave coordenaccedilatildeo dos diferentes intervenientes

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LXVII

Entrevistado Natildeo a forma como o plano foi feito determinou o sucesso da nossa accedilatildeo este

foi feito por teacutecnicos da Cacircmara e natildeo por uma empresa estes teacutecnicos conhecem a realidade

do nosso concelho a elaboraccedilatildeo do plano contou com a participaccedilatildeo das instituiccedilotildees que

fazem parte do PME as instituiccedilotildees sabem quais devem ser as suas funccedilotildees neste tipo de

situaccedilotildees face a esta situaccedilatildeo natildeo houve necessidade de proceder a nenhuma alteraccedilatildeo

Entrevistador No vosso orccedilamento camaraacuterio existe alguma verba especiacutefica para responder

a situaccedilotildees de cataacutestrofe

Entrevistado Sim a verba destina-se essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeo

Entrevistador O Departamento de accedilatildeo Social da Cacircmara Municipal da CMPV desenvolve

algum programa especiacutefico para fazer face a situaccedilotildees da cataacutestrofe

Entrevistado Sim este departamento trabalha em conjunto com o gabinete de proteccedilatildeo civil

por ex as accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo satildeo feitas por os dois departamentos existe trabalho de

articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre estes dois departamentos

Entrevistador Ao niacutevel do departamento de Accedilatildeo Social da Cacircmara que tipo de intervenccedilatildeo

foi desenvolvido pela Cacircmara na situaccedilatildeo concreta do Porto Judeu

Entrevistado Realojamento de pessoas inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas logiacutestica nas

refeiccedilotildees apoio na aacuterea humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico este departamento esteve ainda

envolvido nos programas de intervenccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo das habitaccedilotildees

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

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LXVIII

Apecircndice III

(Grelha Anaacutelise de Conteuacutedo das

Entrevistas)

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LXIX

Anaacutelise de Conteuacutedo - Coordenadora do Nuacutecleo de Accedilatildeo Social Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de Conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Funccedilotildees e tarefas do ISSA no

acircmbito do PEM

ldquoAs funccedilotildees satildeo assegurar as

questotildees baacutesicas intervenccedilatildeo das

necessidades baacutesicas de subsistecircncia

alimentar e habitaccedilatildeo num primeiro

momento (hellip) num segundo

momento levantamento das

necessidades mais emergentes

articulaccedilatildeo com outras entidades e

acompanhamentordquo

Participaccedilatildeo do ISSA no PEM

ldquoSim tivemos alguma participaccedilatildeordquo

Propostas do ISSA ao PEM

ldquoNatildeo tenho conhecimento natildeo era

coordenadora na alturaldquo

Teacutecnicos Sociais

Nordm de teacutecnicos sociais que trabalham

na aacuterea social na ilha Terceira

ldquoAo certo natildeo sei dizer mas satildeo

mais de 30 teacutecnicosldquo

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da Equipa

ldquoTodos os teacutecnicos podem ser

chamados em situaccedilotildees de

cataacutestrofe o nuacutemero de teacutecnicos

depende do grau da cataacutestrofe esta

equipa natildeo tem um nome

especiacuteficordquo

ldquoA equipa eacute constituiacuteda por mais de

11 pessoas entre eles estatildeo teacutecnicos

de diversas aacutereas psicoacutelogos

Assistentes Sociais Socioacutelogos

Politica Social Educadores Sociais e

Ciecircncias Sociaisrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXX

Equipa de Intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Funccedilotildees desempenhadas pelos

teacutecnicos na equipa

ldquoLevantamento das necessidades

Os Psicoacutelogos tecircm uma funccedilatildeo mais

terapecircutica na Agualva houve muita

intervenccedilatildeo dos psicoacutelogos a

intervenccedilatildeo foi feita em equipas de

2 um psicoacutelogo e um Assistente

Socialrdquo

Formaccedilatildeo em intervenccedilatildeo em

cataacutestrofe intervenccedilatildeo em Crise

ldquoNem todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea natildeo sei precisar

ao certo o nordm de teacutecnicos formados

mas satildeo mais de 11 a formaccedilatildeo foi

ministrada a estes teacutecnicos entre 1

ano a 2 anos natildeo sei precisar ao

certordquo-

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoSim a equipa costuma participar em

simulacros a ultima vez que

participaram em simulacros foi haacute

cerca de 6 meses a um ano natildeo sei

quantos teacutecnicos estiveram

envolvidos estiveram presentes

teacutecnicos de outras ilhasrdquo

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Resposta para fazer face a situaccedilotildees

de cataacutestrofe

ldquoNatildeo temos uma resposta especiacutefica

para estas situaccedilotildees articulamos

reencaminhamos usamos os

recursos da comunidade (hellip) um

rapaz que ficou sem habitaccedilatildeo

arranjamos um siacutetio para ficar uma

residencial depois fizemos a

articulaccedilatildeo com a habitaccedilatildeo o ISSA

dispotildee de uma verba para situaccedilotildees

de cataacutestrofe e temos ainda a equipa

para intervir nestas situaccedilotildeesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXI

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Preparaccedilatildeo do ISSA para fazer face

a situaccedilotildees da cataacutestrofe

ldquoSim estamos preparados para

responder a situaccedilotildees de cataacutestrofe

nunca sozinhos mas sempre

trabalhando em articulaccedilatildeo com

outras entidades e agentes de

proteccedilatildeo civil ldquo

Intervenccedilatildeo realizada pelo ISSA na

Agualva e Porto Judeu

ldquoPorto Judeu e Angra natildeo satildeo

comparaacuteveis

Na Agualva estivemos laacute em

permanecircncia no local no imediato

foram asseguradas as coisas baacutesicas

sempre em articulaccedilatildeo com outras

entidades o nosso papel foi mais ao

niacutevel do acompanhamento

psicoloacutegico e levantamento de

danos

No Porto Judeu natildeo foi tatildeo grave a

intervenccedilatildeo foi mais ao niacutevel do

levantamento das necessidades

Tambeacutem somos chamados a intervir

nas outras ilhas nas flores uma

famiacutelia ficou sem casa neste caso o

que fizemos foi alojar a idosa na

casa de familiaresrdquo

Rede de parceiros

ldquoEm ambas as situaccedilotildees recorremos

agrave nossa rede de parceiros esta

colaboraccedilatildeo foi dada ao niacutevel de

vestuaacuterio mobiliaacuterio cobertores

alimentaccedilatildeo e alojamento (hellip) Na

Agualva tivemos a necessidade de

criar um local para os recursos

muitas instituiccedilotildees foram para o

local sem serem chamadas como por

ex a Caacuteritasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXII

Intervenccedilatildeo do ISSA perante

situaccedilotildees de cataacutestrofe (cont)

Dificuldades sentidas no socorro agrave

Populaccedilatildeo

ldquoAs maiores dificuldades foram as

condiccedilotildees de trabalho estas eram

muito difiacuteceis havia muitos riscos

gerir as emoccedilotildees foi outra das

grandes dificuldades pois foi difiacutecil

lidar com tanta destruiccedilatildeordquo

Criaccedilatildeo de respostas perante a

situaccedilatildeo de cataacutestrofe

ldquoNa Agualva sim foram criadas

base de dados e grelhas de

identificaccedilatildeo o que foi criado na

Agualva tem servido para outras

situaccedilotildees esta foi um marco pela

gravidade da situaccedilatildeo muitos dos

instrumentos foram criados devido a

esta situaccedilatildeordquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal de Angra Heroiacutesmo

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME no Porto

Judeu

ldquoNatildeo sei se foi acionado natildeo estava

caacuterdquo

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

ldquoNatildeo sei natildeo estava na Cacircmara

nessa alturardquo

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

ldquoNatildeo sei natildeo estava caacuterdquo

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoComo lhe disse na altura das

enxurradas do Porto Judeu natildeo

estava caacute mas sei que as instituiccedilotildees

fizeram um relatoacuteriordquo

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo do Porto- Judeu

ldquoSim foram essas alteraccedilotildees foram

de natureza orgacircnica o plano foi

todo reestruturadordquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoNatildeo estava caacute As pessoas que

estavam caacute na altura das enxurradas

do Porto Judeu jaacute ningueacutem se

encontra na Cacircmara neste

momentordquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoSim damos formaccedilatildeo agraves

instituiccedilotildees a formaccedilatildeo depende do

que eacute decido no conselho de

proteccedilatildeo civil dependendo das

necessidades que os proacuteprios

detectam na formaccedilatildeo ministrada

tiveram presentes mais de 20

instituiccedilotildeesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXIV

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoSim satildeo realizadas acotildees usamos a

internet e panfletos semestralmente

satildeo enviadas atraveacutes das faturas da

aacutegua informaccedilatildeo no sentido de

sensibilizar as pessoas contudo a

proteccedilatildeo civil eacute quem desenvolve

mais este papel esta faz

sensibilizaccedilatildeo nas escolasrdquo

Simulacros

Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim anualmente realizamos um

simulacrordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquoSim acho importante o trabalho das

equipas de intervenccedilatildeo psicossocial

neste tipo de situaccedilotildees relativamente

a duas aacutereas levantamentos de

natureza social e resoluccedilatildeo de

problemas de natureza social

A Acccedilatildeo Social desempenha um

papel muito importante quer no

encaminhamento para outros

serviccedilos quer na tomada de algumas

decisotildeesrdquo

Orccedilamento camaraacuterio

Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim temos uma verba para estas

situaccedilotildees esta eacute usada com grande

flexibilidade depende daquilo que eacute

necessaacuteriordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoSim temos a atuaccedilatildeo deles faz

parte delesrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXV

Analise Conteuacutedo ndash Presidente Cacircmara Municipal da Praia da Vitoacuteria

Categoria Sub-categoria Anaacutelise de conteuacutedo

Plano de emergecircncia

Acionamento do PME na Agualva

Resposta dada pela Cacircmara nas

enxurradas do Porto Judeu

Dificuldades com que se

confrontaram na prestaccedilatildeo do

Socorro

Realizaccedilatildeo de relatoacuterio por parte das

instituiccedilotildees que estiveram no terreno

relativamente agraves dificuldades com

que se confrontaram

ldquoSim foi instalado na Sociedade

Filarmoacutenica da Agualva o comando

do Serviccedilo Municipal de Proteccedilatildeo

Civilrdquo

ldquoNuma primeira fase foi feito do

diagnostico do impacto da cataacutestrofe

(hellip) Numa segunda fase ativamos o

plano de evacuaccedilatildeo (hellip)

Por uacuteltimo procedemos agrave ativaccedilatildeo

do serviccedilo de apoio social que se

instalou na Casa do Povo da

Agualva aqui eram confecionadas e

distribuiacutedas as refeiccedilotildees aqui

funcionava o gabinete de apoio

psicoloacutegico levantamento de perdas

acompanhamento a famiacuteliasrdquo

ldquoO principal problema foi as

dificuldades de acessibilidade agrave

residecircncia das pessoas (hellip) houve

situaccedilotildees que as pessoas natildeo

conseguiam sair de casa porque

tinham um buraco de 2m de

profundidade agrave sua porta outra

dificuldade foi garantir a seguranccedila

das pessoas que eram evacuadas de

casardquo

ldquoNatildeo o uacutenico relatoacuterio que foi feito

foi um relatoacuterio teacutecnico acerca da

situaccedilatildeo da reabilitaccedilatildeo posso dizer-

lhe que em menos de 30 dias jaacute

tiacutenhamos todas as obras

adjudicadasrdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVI

Plano de emergecircncia (cont)

Alteraccedilotildees ao plano de emergecircncia

apoacutes a situaccedilatildeo da Agualva

ldquoNatildeo a forma como o plano foi

feito determinou o sucesso da nossa

accedilatildeo (hellip)rdquo

Coordenaccedilatildeo

Dificuldades de coordenaccedilatildeo dos

diferentes intervenientes

ldquoEacute uma resposta difiacutecil (Risos) natildeo

houve a miacutenima dificuldade de

articulaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo entre os

diferentes agentes de proteccedilatildeo civil

e Instituiccedilotildees (hellip) por exemplo

nestas situaccedilotildees sabemos ao certo os

recursos existentes em cada

Freguesia para fazer face a este tipo

de situaccedilotildeesrdquo

Formaccedilatildeo

Nordm de Instituiccedilotildees com formaccedilatildeo na

aacuterea de intervenccedilatildeo em situaccedilotildees de

cataacutestrofe

ldquoNatildeo demos formaccedilatildeo mas todas as

instituiccedilotildees tem participado nos

simulacros que fazemos ou seja

acaba por ser uma formaccedilatildeo mas

natildeo em contexto de sala

Nestes simulacros estiveram

presentes 11 a 20 Instituiccedilotildees os

simulacros satildeo realizados duas vezes

por anordquo

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

Meios utilizados e periodicidade

ldquoOs puacuteblicos-alvo tecircm sido crianccedilas

jovens e idosos esta sensibilizaccedilatildeo eacute

feita atraveacutes na internet panfletos

usamos muito

os panfletos palestras os nossos

teacutecnicos dirigem-se as escolas lares

para fazer as palestras todas estas

atividades satildeo feitas duas vezes por

anordquo

Simulacros Realizaccedilatildeo de simulacros e

periodicidade

ldquoSim duas vezes por anordquo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe

ldquo(hellip)Eles dispotildeem de competecircncias

teacutecnicas e praticas para intervir neste

tipo de situaccedilotildees a parte logiacutestica do

apoio social eacute feita toda ela pelos

teacutecnicos sociais satildeo eles que

elaboram os processos das famiacutelias

aplicam os inqueacuteritos para saber

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do

Serviccedilo Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais

Educaccedilatildeo e Administraccedilatildeo

LXXVII

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

(cont)

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial em situaccedilatildeo

de cataacutestrofe (cont)

quais os danos sofridos pela famiacutelia

Articulaccedilatildeo com outras instituiccedilotildees

publicas (hellip)rdquo

Orccedilamento camaraacuterio Aplicaccedilatildeo da verba do orccedilamento

camaraacuterio

ldquoSim a verba destina-se

essencialmente agrave Reabilitaccedilatildeordquo

Accedilatildeo

Social da Cacircmara

Programa para fazer face a

cataacutestrofes

ldquoRealojamento de pessoas

inventaacuterio do patrimoacutenio de perdas

logiacutestica nas refeiccedilotildees apoio na aacuterea

humanitaacuteria e apoio psicoloacutegico

(hellip)rdquo

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXVIII

Analise Conteuacutedo ndash Teacutecnicos Sociais

Categoria Subcategoria Analise Conteuacutedo

Plano de

Emergecircncia

Conhecimento do

plano de emergecircncia

- Sim (E3E4E5E12)

-Natildeo (E1E2E6E7E8E9E10E11E13E14E15E16E17E18)

A Instituiccedilatildeo integra

o Plano de

Emergecircncia

-Sim

(E1E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

Funccedilotildees e tarefas da

Instituiccedilatildeo no

acircmbito Plano de

Emergecircncia

ldquo Fazemos parte do plano mas nunca fomos chamados natildeo sabemos ao

certo quais as funccedilotildees atribuiacutedas agrave nossa Instituiccedilatildeordquo (E1E2)

ldquo Esta a haver uma reestruturaccedilatildeo no que diz respeito agraves funccedilotildees e

tarefas da instituiccedilatildeo no PEMrdquo (E3E4E5)

ldquo Natildeo sei nunca me foi partilhado o conteuacutedo do plano nem o papel

que os serviccedilos de sauacutede teriam nesse contexto ldquo (E6)

ldquo Natildeo sei as funccedilotildees ldquo (E7 E8E10E11E15E16E17E18)

ldquoComo entidades de primeira linha temos que estar prontos para intervir

em situaccedilatildeo de crise ldquo (E14 E9E12)

ldquo Articulaccedilatildeo com outras entidades ldquo (E13E14)

ldquo As funccedilotildees satildeo levantamento das necessidades baacutesicas articulaccedilatildeo

com outras entidades e realojamentosrdquo (E13)

Equipas de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Integraccedilatildeo dos

teacutecnicos em equipas

de intervenccedilatildeo

psicossocial

- Natildeo (E1E2E6E7 E8E9E11E12E13E14E15E16E17E18)

- Sim (E3E4E5E10E11)

ldquo Esta equipa encontra-se tambeacutem em reestruturaccedilatildeo ldquo (E3E4E5)

ldquoA Proteccedilatildeo Civil deu formaccedilatildeo para formar a equipa mas esta nunca

foi formada quando acontece alguma coisa satildeo chamados apenas os

teacutecnicos da habitaccedilatildeo e do ISSArdquo (E9)

ldquo Natildeo existe equipa especiacutefica vatildeo arrancando por sub-equipas quando

acontece alguma coisa satildeo formadas as equipas ldquo (E7)

ldquoNatildeo existe uma equipa formada quando existe uma cataacutestrofe os

teacutecnicos satildeo chamados consoante a nossa disponibilidaderdquo (E8

E9E13E11)

ldquo A equipa natildeo esta formada contudo existem pessoas especificas para

intervir neste tipo de situaccedilotildees ldquo (E10)

ldquo O superior hieraacuterquico eacute quem decide quais os teacutecnicos que vatildeo fazer

parte da equipa ldquo (E11E12)

ldquoQuando foi da Agualva tivemos que reunir de urgecircncia ldquo (E14)

ldquoSomos chamados consoante as necessidades da proteccedilatildeo civil ldquo (E13)

ldquo (hellip) Equipa tivesse formada era mais faacutecil depois intervirhelliprdquo (E11)

ldquo (hellip)natildeo temos nenhuma equipa formada na aacuterea da emergecircnciahellip

(E14)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXIX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Nordm de teacutecnicos com

formaccedilatildeo na aacuterea de

intervenccedilatildeo em

cataacutestrofes

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional

Com formaccedilatildeo ndash (E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13)

Sem formaccedilatildeo ndash (E1E2E14E15E16E17E18)

ldquo Tirei esta formaccedilatildeo haacute menos de um anordquo (E5 E6)

ldquoJaacute tirei esta formaccedilatildeo haacute mais de 2 anosrdquo (E3E4E8E10E12E14)

ldquoTirei entre 1 ano a dois anosrdquo (E7E11E9 E13)

ldquoA formaccedilatildeo era composta por 3 moacutedulos apenas tirei o primeiro

moacutedulordquo (E7 E8E11)

Sim (E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

E16 E17 E18)

ldquo A formaccedilatildeo traz-nos aquisiccedilatildeo de Novos conhecimentos ldquo

(E1E2E3E4E5E6)

ldquoCom formaccedilatildeo deixamos de agir por intuiccedilatildeo e comeccedilamos a agir de

forma mais racionalrdquo (E3)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante pois ensina-nos a gerir as situaccedilotildees de stressrdquo

(E12)

ldquo A formaccedilatildeo eacute muito importante para sabermos delinear o que vamos

fazer na altura ldquo (E7E10E12)

ldquoFicamos melhor preparados para agir em situaccedilotildees de crise ldquo

(E3E2E15)

ldquo No meu caso a formaccedilatildeo foi fundamental para apreender os

fundamentos da intervenccedilatildeo e para potenciar a intervenccedilatildeo mormente no

que agraves questotildees do stress traumaacutetico diz respeito ldquo (E6)

ldquo A formaccedilatildeo nesta aacuterea eacute um complemento agrave nossa formaccedilatildeo de base ldquo

(E5)

ldquo Adequar os procedimentos e nossa intervenccedilatildeo as necessidades

daquele momento ldquo (E8E16)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para identificarmos as etapas mais agudas

como as entidades a envolver no encaminhamento das situaccedilotildees ldquo (E9)

ldquo A formaccedilatildeo eacute uma boa ferramenta para sabermos como devemos agir

sem esta muitas vezes podemos provocar ainda mais o caos (hellip) soacute

tenho o primeiro moacutedulo fizemos um pedido superiormente para

frequentarmos o niacutevel II e III mas natildeo foi aceite) ldquo (E10)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para o niacutevel da organizaccedilatildeo das equipas na

Agualva natildeo tiacutenhamos nada atualmente jaacute temos ferramentas de

trabalho como uma base de dados (hellip) na Agualva tivemos que

construir tudo (hellip) se tiveacutessemos uma equipa formada era mais faacutecil

intervir (hellip) Gostava de ter frequentado o segundo moacutedulo mas natildeo foi

possiacutevel (hellip)rdquo (E11)

ldquoEm situaccedilatildeo de cataacutestrofe temos algumas pessoas com formaccedilatildeo tudo

eacute adaptado em situaccedilatildeo de emergecircncia ldquo( E14)-

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para natildeo confundirmos os papeacuteis e para

darmos uma resposta eficaz e organizada ao niacutevel da intervenccedilatildeordquo

(E13E14)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXX

Formaccedilatildeo na aacuterea

de intervenccedilatildeo

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (cont)

Contributo da

formaccedilatildeo para a

melhoria da praacutetica

profissional (cont)

ldquo A formaccedilatildeo deveria abranger um maior nuacutemero de teacutecnicos ldquo (E14)

ldquo A formaccedilatildeo eacute importante para melhorar o apoio agraves pessoasrdquo

(E17E18)

Simulacros

Participaccedilatildeo dos

Teacutecnicos em

simulacros

Natildeo participou ndash (E1E2E3E4E6E8E10E15E16E17E18)

Participou ndash (E5E7E9E13E14E11E12)

ldquoParticipei num simulacro haacute mais de 2 anos ldquo

(E5E7E9E13E14E11E12)

Normativos

Internos

As instituiccedilotildees

dispotildeem de

normativos internos

para situaccedilotildees de

cataacutestrofe

Sim (E1 E2 E3E4E5E7E8E14)

Natildeo Sabe (E10 E11E13)

ldquoNatildeo dispondo a minha instituiccedilatildeo de normativos internos penso que

estes seriam uma mais-valia na medida em que iriam fazer com que

existisse mais eficaacutecia e eficiecircncia na resposta melhor organizaccedilatildeo na

resposta e melhor coordenaccedilatildeo na ocorrecircncia de uma situaccedilatildeo de

cataacutestrofe ldquo (E6E9E12E15E16E17E18)

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

Participaccedilatildeo dos

teacutecnicos em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Funccedilotildees

desempenhadas

pelos teacutecnicos em

situaccedilatildeo efetiva de

cataacutestrofe

Sim ndash (E3 E5E7E8E9E10E11E12E13E14E15E17E18)

Natildeo ndash (E1E2E3E4E6E16)-

ldquo Jaacute estive presente em 3 situaccedilotildees de cataacutestrofe na ilha das Flores aqui

na Terceira estive na freguesia da Agualva e no Porto-Judeu nas 3

situaccedilotildees tiacutenhamos como funccedilatildeo acalmar as pessoas apoiar o presidente

da Camara faziacuteamos a ponte entre a comunidade e os serviccedilos

levantamento das necessidades a niacutevel habitacional e estaacutevamos

tambeacutem responsaacuteveis pelo realojamento das famiacuteliasrdquo (E3)

ldquoJaacute trabalhei em situaccedilatildeo de cataacutestrofe mas nunca estive no terreno

estava na retaguarda a fazer trabalho de back office ldquo (E5)

ldquo Providencie refeiccedilotildees levantamento de necessidades imediatas e

retiramos uma idosa de casa com a ajuda dos bombeiros e proteccedilatildeo civil

que se encontrava num local isoladohelliprdquo (E8)

ldquo Levantamento de danos e necessidades articulaccedilatildeo com outras

entidadesrdquo (E9E10E11E13E14)

ldquo Foram formadas equipas com a divisatildeo da habitaccedilatildeo e fizemos

atendimento direto agraves pessoas ldquo (E10E14)

ldquoFizemos um pouco de tudo (hellip) levamos agua medicamentos roupa e

alimentaccedilatildeo agraves pessoas (hellip) estive na construccedilatildeo de base de dados e

fizemos tambeacutem o realojamento de pessoasrdquo (E11)

ldquo A minha funccedilatildeo foi mais de coordenaccedilatildeo das equipas pois a chefe de

divisatildeo natildeo estava na altura e assumi o papel dela ldquo (E12)

ldquoApoio Psicossocialrdquo (E7E13E9)

ldquo Fomos socorrer um diabeacutetico foi horriacutevel o serviccedilo de sauacutede natildeo

esteve presente natildeo sabia o que fazer as 22h00 andava a pedir seringas

e insulina este trabalho foi feito por mim e pelo exeacutercito que me levou agrave

casa da senhora que era de difiacutecil acesso ldquo (E13)

ldquo Averiguar as situaccedilotildees no terreno e realojar pessoas ldquo (E15 E17E18)

Florbela Romeira Reis ndash A Gestatildeo do Socorro em Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe na Ilha Terceira ndash O Papel do Serviccedilo

Social nas Equipas de Intervenccedilatildeo Psicossocial

Universidade Lusoacutefona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa ndash Faculdade de Ciecircncias Sociais Educaccedilatildeo e

Administraccedilatildeo

LXXXI

Intervenccedilatildeo em

situaccedilatildeo efetiva

de cataacutestrofe

(cont)

Dificuldades

Encontradas no

Terreno em situaccedilatildeo

efetiva de cataacutestrofe

Tipo de intervenccedilatildeo

realizada

Falta de formaccedilatildeo (E1E2E5E7E8E10E11E15)

Falta de informaccedilatildeo ndash( E1E2E5E15)

Falta de coordenaccedilatildeo (E3E7E8E9E10E11E12E13E15)

Inexistecircncia de uma equipa de intervenccedilatildeo para intervir em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe (E10E9 E12)

Dificuldades em gerir as emoccedilotildees (E1E3E9 E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E9)

Natildeo ter participado num simulacro (E3E10E15E11)

Natildeo ter funccedilotildees atribuiacutedas (hellip) as funccedilotildees foram atribuiacutedas no terreno

(E1E11E14E15)

Dificuldades em identificar as equipas no terreno (E1E9E11)

Falta de comunicaccedilatildeo (E12)

Dificuldade em gerir as emoccedilotildees (E9)

ldquoDificuldades em trabalhar em equipa mas com outras entidadesrdquo

(E17E18)-

Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E4E6)

ldquo Outra das dificuldades no terreno eacute a sobreposiccedilatildeo de papeis os papeis

de quem esta a intervir natildeo estavam definidos (hellip) natildeo havia nada

preparado para este tipo de situaccedilotildees (hellip) natildeo havia documentos isto na

Agualva pois e intervimos numa coisa que nunca tiacutenhamos intervindo

mas as coisas melhoraram bastante ldquo (E7E8)

ldquoPara mim as maiores dificuldades foram lidar com stress e com a

inexperiecircncia neste tipo de intervenccedilatildeo (hellip) a Caritas estava muito bem

organizadardquo (E14)

Apoio psicoloacutegico ndash (E7 E10E11E12E13E14)

Apoio Alimentar ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Vestuaacuterio ndash (E8E9E10E11E12E14)

Apoio Habitaccedilatildeo Alojamento ndash (E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14

E15 E16 E17 E18)

Apoio Sauacutede ndash (E8E9E10E11E12E14)

Preparaccedilatildeo dos

AS para trabalhar

em situaccedilatildeo de

cataacutestrofe

Fatores associados agrave

falta de preparaccedilatildeo

Natildeo - (E1E2E3E4E5E6E8E9E10E11E15E16E17E18)

Sim ndash (E7E12E13E14)

-Falta de Formaccedilatildeo (E2E3E8E9E10E11E15E16E17E18)

-Falta de participaccedilatildeo em simulacrosrdquo (E1E8E10)

-Falta de informaccedilatildeo (E6E10E11E15E16E17E18)

-Desconhecimento da aacuterea de intervenccedilatildeo (E3 E6 E9 E11 E15 E16

E17 E18)

ldquoA participaccedilatildeo em simulacros eacute fulcral para o aperfeiccediloamento da

nossa praacutetica profissional ldquo (E5)

ldquo A falta de preparaccedilatildeo na minha opiniatildeo esta relacionada com todos os

itens que apresenta tenho a acrescentar que a formaccedilatildeo acadeacutemica

deveria contemplar um moacutedulo que falasse exatamente desta aacuterea pois

seria uma mais-valia pois assim a nossa intervenccedilatildeo seria muito mais

eficaz ldquo (E4)

ldquo (hellip) Em situaccedilotildees de crise eacute complicado dar apoio agraves famiacutelias ser

termos formaccedilatildeo especifica perdemo-nos um pouco a formaccedilatildeo eacute

essencial para adquirir ferramentas para nossa intervenccedilatildeordquo(E9)

ldquo A equipa jaacute devia estar formada natildeo devia ser formada na altura natildeo

deve ser na hora do acontecimento que nos diz vai para o terrenordquo (E8)

Modelo de

Intervenccedilatildeo

Psicossocial

Fases do modelo

ldquoConcordo com o modelo e natildeo proponho nenhuma alteraccedilatildeo ao

modelordquo( E1

E2E3E4E5E6E7E8E9E10E11E12E13E14E15E16E17E18)

ldquonunca tive um modelo pelo qual me guiasse posso dizer-lhe que nas

situaccedilotildees que intervim passei por algumas destas fasesrdquo(E3)

ldquo (hellip)Ainda natildeo intervim em situaccedilotildees de cataacutestrofe mas este modelo

pode servir como um modelo orientador da nossa intervenccedilatildeordquo(E4)

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LXXXII

Analise Conteuacutedo ndash Presidente do SRPCBA

Categoria Sub-categoria Analise Conteuacutedo

Equipas de intervenccedilatildeo Psicossocial

Composiccedilatildeo da equipa

Funccedilotildees da Equipa

Contributo das equipas de

intervenccedilatildeo psicossocial

Preparaccedilatildeo dos teacutecnicos sociais para

intervir em situaccedilotildees de cataacutestrofe

ldquoA PC dispotildee de uma equipa de

intervenccedilatildeo psicossocial mas natildeo se

encontra organizada jaacute fizemos 3

cursos niacutevel 1 2 e 3 a equipa natildeo

se formou porque depende de vaacuterios

organismos devido a isto natildeo esta

organizada posso dizer-lhe que

assinamos um protocolo com a

ordem dos psicoacutelogos para formar

uma bolsa para intervir neste tipo de

situaccedilotildees

Na Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

temos 50 teacutecnicos formados os

cursos normalmente tinham 12

teacutecnicos psicoacutelogos Assistentes

Sociais e enfermeiros

As equipas satildeo formadas por

teacutecnicos de varias instituiccedilotildees os

Psicoacutelogos vamos buscar ao Centro

de Sauacutede e os Assistentes Sociais ao

ISSrdquo

ldquoPrimeiro sempre a intervenccedilatildeo do

socorro e salvamento as funccedilotildees

passam essencialmente na aacuterea da

habitaccedilatildeordquo

ldquoSim acho importante o contributo

das equipas neste tipo de situaccedilotildees

em toda a sua dimensatildeo na fase da

recuperaccedilatildeo tem um papel

preponderante ao niacutevel do apoio

psicoloacutegico alojamento logiacutestica e

alimentaccedilatildeordquo

ldquoCom formaccedilatildeo adequada penso

que se encontram preparados posso

dizer-lhe que na uacuteltima situaccedilatildeo de

cataacutestrofe a intervenccedilatildeo dos teacutecnicos

foi bastante positivardquo

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LXXXIII

Formaccedilatildeo

Nordm de teacutecnicos com formaccedilatildeo

ldquoSim todos os teacutecnicos tecircm

formaccedilatildeo nesta aacuterea na RAA temos

50 teacutecnicos formadosrdquo

Simulacros

Participaccedilatildeo em simulacros

ldquoAs equipas costumam participar em

simulacros o ultimo simulacro no

qual participaram foi em Junho na

Ilha de Satildeo Miguel ldquo Touro

152rdquo(hellip)rdquo

Proteccedilatildeo Civil Ilha Terceira

Meios disponibilizados pela PC em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Organizaccedilatildeo da intervenccedilatildeo em

situaccedilotildees de cataacutestrofe

Realizaccedilatildeo de Simulacros

Accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo agrave

populaccedilatildeo

ldquoCorpo de bombeiros

PSP

Obras Publicas

Tendas para desalojados

Pavilhotildees

Fazemos um trabalho de articulaccedilatildeo

Na Agualva natildeo estava caacute no Porto

Judeu foi essencialmente o trabalho

em rede usaram a casa do povo foi

aqui que fizeram tudo os

desalojados foram realojados em

casa dos familiaresrdquo

ldquoApoacutes as enxurradas do Porto Judeu

natildeo houve a necessidade de

reorganizar e estruturar a nossa

intervenccedilatildeordquo

ldquoRealizamos simulacros anualmente

as equipas de intervenccedilatildeo

psicossocial satildeo sempre chamadas

para a participaccedilatildeo em simulacrosrdquo

ldquoSim realizamos os meios utilizados

satildeo essencialmente a internet neste

momento temos dois projetos

proteccedilatildeo civil + de 65 onde

realizamos accediloes nos lares de

terceira idade o outro projeto

chama-se clubes de proteccedilatildeo civil

este projeto desenvolve-se a niacutevel

das escolas estas accediloes satildeo feitas

anualmenterdquo

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LXXXIV

Apecircndice nordm 4

(Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em

Situaccedilatildeo de Cataacutestrofe)

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LXXXV

Etapas da Intervenccedilatildeo Psicossocial em Situaccedilatildeo Cataacutestrofe

Estabelecer contacto Acolhimento

Nesta etapa os teacutecnicos acolhem o individuo logo no primeiro

momento poacutes cataacutestrofe permitindo que o sujeito compreenda

e decirc significado ao que vivenciou eacute necessaacuterio estabelecer

contacto com a viacutetima para perceber a gravidade da situaccedilatildeo

deste modo deve-se deixar o individuo expressar os seus

sentimentos

O objetivo eacute auxiliar o processo de representaccedilatildeo mental do

que acabou de acontecer

Apos ter sido assegurada a sua seguranccedila a prioridade eacute

fornecer agraves pessoas apoio compreensatildeo aceitaccedilatildeo apoio

incondicional confianccedila demostrando preocupaccedilatildeo pelo seu

problema deve-se criar uma relaccedilatildeo de empatia com as

pessoas esta relaccedilatildeo permite que a pessoa perceba o que a

situaccedilatildeo representa e assim possa sair da anguacutestia e devastaccedilatildeo

que o torna vulneraacutevel

Nesta fase devemos estar atentos se estatildeo reunidas todas as

condiccedilotildees de seguranccedila bem como verificar quais as

necessidades imediatas da viacutetima

Analisar o Problema

O foco de anaacutelise centra-se em 3 aacutereas Passado imediato

presente e futuro imediato O passado imediato remete aos

acontecimentos que conduziram ao estado de crise

(cataacutestrofes episoacutedios de violecircncia etc) O presente debruccedila-

se sobre as perguntas ldquo quem o quecirc onde quando e comordquo Eacute

necessaacuterio saber quem esta implicado o que aconteceu

quando etc

O futuro imediato foca-se nas eventuais dificuldades que se

estabelecem nas pessoas e nas suas famiacutelias O objetivo eacute

conhecer quais satildeo os conflitos ou problemas que necessitam

de intervenccedilatildeo imediata e quais os que podem ter uma

intervenccedilatildeo posterior

O fundamental eacute atraveacutes da informaccedilatildeo recolhida junto das

viacutetimas poder compreender qual o problema principal e

identificar prioridades de modo a que seja possiacutevel fixar

tarefas tanto para o assistente social como para a viacutetima

Analisar possiacuteveis Soluccedilotildees

Verificar o que as pessoas tecircm feito ateacute ao momento para

enfrentar o problema assim como o que podem ou poderiam

fazer propor novas alternativas viaacuteveis para alcanccedilar soluccedilotildees

Executar accedilotildees concretas

O responsaacutevel pela intervenccedilatildeo deveraacute ter uma atitude

facilitadora e diretiva para ajudar a alcanccedilar accedilotildees concretas

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LXXXVI

Acompanhamento

Colaborar com o restabelecimento das redes de apoio social

que podem estar danificadas devido ao acontecimento

Estabelecer procedimentos que permitam o acompanhamento

das pessoas para verificar o progresso pessoal em termos

psicoloacutegicos e sociais

Este acompanhamento tem como objetivo verificar se as metas

estabelecidas foram alcanccediladas aquando do iniacutecio da

intervenccedilatildeo

Esta etapa tem por base a revisatildeo de tudo aquilo que foi feito

ateacute ao momento prestando especial atenccedilatildeo as tarefas

realizadas metas alcanccediladas e mudanccedilas produzidas

Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria2015

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