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A Gestão de Resíduos Sólidos, Tecnologias Aplicadas e seu Licenciamento Ambiental.

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A Gestão de Resíduos Sólidos,

Tecnologias Aplicadas e seu

Licenciamento Ambiental.

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LEI ESTADUAL RESÍDUOS SÓLIDOSDecreto 38.356/98 que regulamenta a Lei 9921/93 que dispõe sobre a gestão dos

resíduos sólidos no Estado do Rio Grande do Sul

Hoje Lei 14.528/14 – institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos

ART.4º - Os sistemas de gerenciamento dos resíduos sólidos de qualquer

natureza terão como instrumentos básicos planos e projetos específicos

de coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação final, a

serem licenciados pela FEPAM, tendo como metas a REDUÇÃO DE

RESÍDUOS GERADOS e o perfeito controle de possíveis efeitos ambientais.

ART.8º - A coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação

final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de

prestação de serviços, inclusive de saúde, são de RESPONSABILIDADE DA

FONTE GERADORA.

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Geração de Resíduos

Matéria prima não utilizada duplo desembolso de capital

GRANDE PARTE DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS QUE VOCÊ ESTÁ

ATUALMENTE PAGANDO PARA

TRATAR OU DISPOR FORAM

ANTERIORMENTE ADQUIRIDOS POR

SUA EMPRESA !!!

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TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Resíduos Urbanos: resíduos de residências ou qualquer outra

atividade que gere resíduos com características domiciliares;

Resíduos Industriais: atividades de pesquisa e produção de bens;

Resíduos de Serviços de Saúde: unidades que executem atividadesde natureza médico-assistencial as populações humana ou animal,centros de pesquisa na área de farmacologia e saúde, incluindomedicamentos vencidos ou deteriorados;

Resíduos de Atividades Rurais: oriundos de atividadesagrosilvopastoril, incluindo os resíduos dos insumos utilizadosnestas atividades (agrotóxicos);

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Resíduos de Serviços de Transporte: decorrentes da atividade de

transporte e os provenientes de portos, aeroportos, terminais

rodoviários, ferroviários e portuários e postos de fronteira;

Resíduos/Rejeitos Radioativos: materiais resultantes de atividades

humanas que contenham radionuclídeos em quantidades

superiores aos limites de isenção especificados de acordo com a

norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, e que seja

de reutilização imprópria ou não prevista.

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CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

ABNT NBR-10.004

Resíduos Classe I – Perigosos: resíduos que em função de suas

características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,

toxicidade e patogenicidade, podem apresentar risco à saúde

pública ou efeitos adversos ao meio ambiente;

Resíduos Classe II A– não Inertes: resíduos que não se enquadram naClasse I – perigosos ou Classe II B – inertes. Podem terpropriedades com combustibilidade, biodegradalibidade ousolubilidade em água;

Resíduos Classe II B– Inertes: resíduos que não solubilizam quandosubmetidos a contato com água destilada ou deionizada, nãoresultando em concentrações superiores aos padrões depotabilidade (restos construção, vidros, certos plásticos eborrachas de difícil decomposição).

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOSLei Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, regulamentada pelo

Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010

Rejeito: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades

de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e

economicamente viáveis, não apresentam outra possibilidade que não a

disposição final ambientalmente adequada.

Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado

resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final

se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos

estados sólido ou semisólido, bem como gases contidos em recipientes

e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na

rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso

soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor

tecnologia disponível.

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Coleta e Segregaçãoidealizar um “almoxarifado” para resíduos sólidos

Otimizar os sistemas de recolhimento dos resíduos objetivando

facilitar a segregação;

Observar a classificação e a compatibilidade entre os resíduos

quando do recolhimento dos mesmos;

Executar a coleta dentro de cada etapa do processo produtivo de

forma individualizada e identificada;

Armazenar os resíduos segregados e identificados para o destino

final.

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Armazenamento Temporário

NBR 12235 - Armazenamento de Resíduos Classe I

NBR 11174 - Armazenamento de Resíduos Classe II A e B

Atentar para não alteração da quantidade/ qualidade do resíduo

Nenhum resíduo deve ser armazenado sem análise prévia de suas

propriedades físicas e químicas

Incompatibilidade de resíduos

Acesso restrito

Iluminação e força de emergência

Treinamento da operação

Distanciamento de núcleos populacionais, mananciais hídricos, etc.

Plano de emergência

Registros de Operação

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Áreas de armazenamento temporário de resíduos

Inconformidades

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Transporte de Resíduos Sólidos

LEI ESTADUAL RESÍDUOS SÓLIDOS

Decreto 38.356/98 que regulamenta a Lei 9921/93

ART.8º - A coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e

a destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos

industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive

de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora.

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Destino Final

ATERROS RESÍDUOS SÓLIDOS

Disposição final baseada em técnicas e critérios operacionais de engenharia,

em que o confinamento dos rejeitos é garantido através do controle da

emissão de odores, fumaça, gases tóxicos ou material particulado e da

proteção das águas superficiais e sub-superficiais da geração de líquidos

percolados ou lixiviados oriundos da massa de resíduos.

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Destino final dos Resíduos Sólidos:

cooperativas de triagem e segregação;

empresas de reciclagem;

aterros sanitários ou industriais;

logística reversa;

unidades de compostagem;

unidades de tratamento de resíduos de saúde;

tratamento térmico (fornos de clínquer, incineradores,...)

NOVAS TECNOLOGIAS (pirólise, gaseificação, carbonização,...)

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Unidade de incineração

Bréscia (Itália)

Incinerador Viena (Áustria)

Rotterdam (Holanda)

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Novas Tecnologias

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Novas Tecnologias

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Novas Tecnologias

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APLICABILIDADE

A presente diretriz técnica aplica-se ao licenciamento ambiental de

tecnologias de processamento de resíduos sólidos, que objetivam a

reutilização e reciclagem dos resíduos gerados, mediante garantia de

condições técnicas e de proteção ambiental.

DIRETRIZES GERAIS

Proceder no licenciamento ambiental conforme legislação vigente, assim como

unidades de processos industriais, contemplando as etapas de licença prévia (LP),

licença de instalação (LI) e licença de operação (LO);

Novas Tecnologias

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Observar o disposto no art. 37 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a saber: “a

instalação e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com

resíduos perigosos, somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades

competentes se o responsável comprovar, no mínimo, capacidade técnica e

econômica, além de condições para prover os cuidados necessários ao

gerenciamento desses resíduos”;

Observar o disposto no art. 40 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a saber: “no

licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com resíduos

perigosos, o órgão licenciador do SISNAMA poderá exigir a contratação de seguro de

responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou à saúde pública,

observadas as regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação fixados em

regulamento”;

Observar o disposto no art. 9º – parágrafo 1º da Política Nacional de Resíduos Sólidos,

a saber: “poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos

resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica

e ambiental, e com a implantação de um programa de monitoramento de emissão de

gases tóxicos aprovados pelo órgão ambiental”.

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DIRETRIZES ESPECÍFICAS

Quando tratar-se de tecnologia não difundida no Brasil ou que segundo

avaliação da equipe multidisciplinar nomeada pela FEPAM para análise,

persistirem questões a serem comprovadas operacionalmente, haverá a

necessidade de desenvolvimento de um projeto piloto;

Sendo este o enquadramento, a FEPAM deverá emitir uma Autorização

para implantação do projeto piloto, devendo, posteriormente, serem

encaminhados os ensaios e estudos solicitados na Autorização a ser

emitida;

A concessão da referida Autorização deverá ser objeto de comunicação

prévia a Comarca Municipal do Ministério Público Estadual;

O empreendedor deverá buscar a parceria de uma Unidade de Pesquisa,

para a realização dos estudos e ensaios a serem solicitados pela

FEPAM, objetivando a comprovação da viabilidade operacional da

tecnologia proposta;

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As condições e restrições a serem estabelecidas pela FEPAM, na concessão da

Autorização para a unidade piloto, serão fixadas em função da complexidade do

projeto solicitado, sendo o prazo de validade não superior a 01 (um) ano, de

efetiva operação da tecnologia, devendo contemplar no mínimo:

✓ Caracterização físico-química do resíduo a ser processado, com o respectivo

laudo analítico de composição e classificação, da descrição do processo de

origem do mesmo, tempo proposto de operação e volume de resíduo

necessário para tal;

✓ Descrição detalhada do projeto piloto a ser instalado e plano operacional,

detalhando todos os aspectos técnicos pertinentes: concepção, capacidade,

acondicionamento do resíduo e produtos derivados do processamento,

temperaturas envolvidas, controle de emissões atmosféricas, de efluentes

líquidos e resíduos gerados, entre outros a serem fixados quando da

manifestação da equipe técnica da FEPAM;

✓ Documentação que comprove a parceria com as unidades de destino,

licenciadas para o aproveitamento do(s) produto(s) gerado(s) na unidade de

processamento, objeto da solicitação de licença;

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Após a realização dos testes na unidade piloto, findado o prazo legal concedido na

Autorização, deverá ser protocolado na FEPAM um “Relatório Técnico” conclusivo,

referendado pela unidade de pesquisa;

Os resultados satisfatórios do projeto piloto autorizado para teste, não pressupõe

licenciamento prévio concedido, devendo, neste momento, ser protocolada uma nova

solicitação de licença prévia. A partir de então, será retomada a avaliação para

licenciamento prévio do empreendimento, para a capacidade plena a ser requerida,

seguindo as etapas decorrentes para o licenciamento da atividade;

No caso do licenciamento de atividade que implicará no processamento de resíduos

perigosos, será observado o disposto na Resolução CONAMA nº 001/1986 (EIA/RIMA,

audiência pública,... etc.);

Deverá ser apresentado um atestado de certificação do produto produzido, a partir do

processamento do resíduo (quando couber), emitido pelo órgão regulamentador

competente, para venda no mercado;

No caso de resultados insatisfatórios do projeto piloto, o empreendedor deverá

providenciar na desmobilização da unidade piloto, com a respectiva limpeza e

descomissionamento da área, assegurando a não existência de contaminação

ambiental.

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Obrigado!!!

Renato das Chagas e Silva- DECONTEng.º Químico

Fones: 51 3288 9446

Fundação Estadual de Proteção Ambiental

Henrique Luiz Roessler – FEPAM

[email protected]