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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2014 A gente pensa melhor quando pensa a partir do que faz: da prática.Paulo Freire

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2014

“A gente pensa melhor quando pensa a partir do que faz: da prática.”

Paulo Freire

FINALIDADES ESTATUTÁRIAS

A Associação Beneficente Assistencial Aquarela há 19 anos tem trabalhado com crianças, adolescentes e

famílias, da comunidade Nova Jaguaré, a maior favela em área contínua da cidade de São Paulo, é localizada no

Bairro do Jaguaré, zona oeste da cidade. Considerada uma área de vulnerabilidade, exposta a uma série de riscos

sociais. Com a iniciativa de diminuir e amenizar tais riscos, a entidade procura realizar um trabalho de formação,

proporcionando junto às crianças e aos adolescentes, seus familiares e comunidade um leque de atividades

culturais, sociais, recreativas e de lazer que possam levar informações, socializações, organização grupal,

integração intra e intergeracional, com vistas à melhoria e ao exercício da cidadania e resgate à dignidade.

Desta maneira, a Associação Aquarela pensa uma proposta pedagógica que visa à formação do ser

humano, isto é, ao mesmo tempo em que lhe proporciona um conjunto de vivências por meio das quais se adquire

os conhecimentos necessários à vida social, procura despertar-lhe as crenças de seus próprios valores e

autoestima.

Assim, objetiva promover um espaço de desenvolvimento das habilidades, estimulando a criatividade, de

aprofundamento do aprendizado, respeitando a especificidade, limitação e potencial de cada indivíduo, procurando

efetivar um espaço de livre expressão, integração e construção coletiva do conhecimento, o que vem de encontro às

necessidades da região, contribuindo para a dinamização das relações entre a população desta faixa etária com

seus familiares. Promovendo a saúde, a cultura e o lazer em parceria com as entidades presentes na região.

MISSÃO

Contribuir na formação de crianças e adolescentes como sujeitos que exerçam a cidadania de forma plena,

conscientes de seus direitos e deveres.

PRINCÍPIOS

A Associação Aquarela tem como premissa o respeito, a solidariedade, a confiança e a ética.

PROPÓSITO

Prestar serviços de educação não formal – sistemática e contínua - a crianças, adolescentes e jovens; em

situação de vulnerabilidade e risco social.

Objetivos:

Atender às necessidades de crianças e adolescentes, visando a redução de sua vulnerabilidade social.

Investir no desenvolvimento das potencialidades de crianças e adolescentes, para que usufruam de seus

direitos sociais, ampliando o acesso a esses direitos, e aprendam os deveres inerentes a cidadania.

Desenvolver competências e talentos sociais, potencialidades cognitivas e afetivas.

Fortalecer vínculos familiares e comunitários.

Origem dos Recursos:

Apesar de se manter com recursos de origem privada, a Associação tem uma função pública, dimensão que

não deve ser esquecida e que insere sua ação no contexto da comunidade Nova Jaguaré, com suas faltas e suas

potencialidades.

Os recursos que sustentaram as atividades da organização foram provenientes de diversos tipos de

doações financeiras e em espécie de parceiros pessoa jurídica e física, nota fiscal paulista e eventos.

PARCEIROS ATUAIS

PARCEIROS FIXOS

PARCEIROS DE PRODUTOS / SERVIÇOS

Infraestrutura

Espaço físico e infraestrutura disponível para o serviço:

Recursos Materiais

Item Quantidade

Acervo Bibliográfico Mais de dois mil livros

Instrumentos musicais Mais de doze

Armários individualizados para a guarda de pertences Quinze

Brinquedos, materiais pedagógicos e culturais Acima de duzentos

Computadores Vinte e dois

Datashow Dois

DVD/Vídeo Cassete Um

Equipamento de Som Quatro

Filmadora Uma

Fogão Um

Geladeira/Freezer dois

Impressora duas

Maquina Copiadora Uma

Maquina fotográfica Uma

Materiais esportivos Vinte

Micro-ondas Um

Mobiliário Sala de atividades: quinze mesas, 75 cadeiras, seis

armários

Sala de educador: uma mesa grande para reunião com

seis cadeiras, uma bancada e três armários.

Sala da administração: uma mesa grande para reunião

com seis cadeiras, duas mesas, dois sofás, duas

cadeiras.

Biblioteca: quatro estantes, oito pufes, vinte tatames,

uma mesa, uma cadeira.

Brinquedoteca: quaro prateleiras, um armário, duas

mesas pequenas e oito cadeiras.

Laboratório: duas bancadas, vinte e seis cadeiras

Cozinha: uma mesa grande com oito cadeiras, dois

armários vazados com doze prateleiras, cinco

prateleiras.

Telefone Uma linha / cinco aparelhos

Estrutura física

Item Quantidade

Almoxarifado ou similar Um

Banheiros Oito

Biblioteca Uma

Brinquedoteca Uma

Copa/cozinha Uma

Instalações elétricas e hidráulicas Acima de cinquenta

Área externa (quintal) Um

Quadras esportivas Uma

Recepção Uma

Refeitório Um para funcionários

Salas de atendimento em grupo/atividades comunitárias Uma

Salas de atendimento individual Uma

Salas exclusivas para administração, coordenação, equipe técnica. Duas

Salas de atividades para crianças Três

Identificação do Serviço

A Associação Aquarela presta serviço socioassistencial de forma inteiramente gratuita, respeitando o nível de complexidade do

Sistema Único de Assistência Social – SUAS, na categoria: Proteção Social Básica, Serviço de Convivência e Fortalecimento

de Vínculos.

1. Público alvo

Crianças e adolescentes de 06 a 14 anos e 11 meses, em situação de vulnerabilidade e risco social, ou seja, crianças e

adolescentes identificadas em situação de trabalho, com fragilidade de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento

social.

2. Capacidade de atendimento

O programa tem capacidade para atender 150 crianças e adolescentes. Fechamos o ano de 2014 com 133 crianças e

adolescentes, como segue:

Masculino Feminino Total

Matrícula inicial 52 39 91

Entradas no período 54 58 112

Saídas no período 32 38 70

Matrícula geral 138 135 273

Matrícula final 74 59 133

RECEITAS

Eventos 476.669,44

Pessoa Jurídica 172.650,00

NF Paulista 147.547,83

Pessoa Física 120.251,63

Donativos em Espécie 96.551,29

Desp pg por terceiros 48.974,04

Reembolso 100,00

Total 1.062.744,23

Eventos 45%

Pessoa Jurídica 16%

NF Paulista 14%

Pessoa Física 11%

Donativos em espécie

9%

Desp pg por terceiros

5%

Reembolso 0%

RECEITAS - 2014

Recursos financeiros utilizados

Pessoal 66%

Donativos em espécie 10%

Servs. terceiros 7%

Desp.pg terceiros 5%

Desp. Adm 5%

Pedagógigo 3%

Eventos 2%

Manut/obras 1%

C. Fixo 1%

Comunicação 0%

APLICAÇÃO DE RECURSOS - 2014

APLICAÇÃO DE RECURSOS

Pessoal 640.216,66

Donativos em espécie 96.551,29

Servs. Terceiros 70.960,73

Desp pg terceiros 48.974,04

Desp Adm 45.861,53

Pedagógico 32.906,26

Eventos 19.981,54

Manut. Obras 13.420,01

Custo Fixo 7.157,86

Comunicação 2.060,07

Total 978.089,99

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3. Recursos humanos envolvidos

Os profissionais são contratados no regime da CLT. A equipe tem a seguinte composição:

Função Nome Escolaridade

01 Coordenação Geral Janete Rios Rocha

Ensino superior – Pedagogia, pós-

graduada em Trabalho Social com

Famílias.

02 Coordenação Pedagógica Luiz Antônio de Freitas Barata * Ensino superior – Ciências Sociais

03 Assistente Administrativa

Financeira

Lourdes Santana Gonçalves de

Jesus Ensino superior – Comunicação Social

04

Assessora de

Desenvolvimento

Institucional

Alessandra Cristine Batista Ensino Superior - Jornalismo

05 Educadora social Luciana Morotomi Kamata Ensino superior – História

06 Educadora social Vanessa Regina Rizardi de Oliveira

* Ensino Superior – Educação Física

07 Educadora social Wanderléia da Rocha Ensino Superior - Pedagogia

08 Agende de leitura/

informática Camila Karen Freiman Trindade * Ensino Superior Incompleto - História

09 Educadora de artes Rosana Leci Andrade Ensino Médio Completo

10 Auxiliar de educador Giovana Proença Tufolo Ensino Superior Incompleto – Ciências

Sociais

11 Cozinheira Maria Aparecida de Souza Ensino Médio Completo

12 Auxiliar de cozinha Teresinha Rios Rocha Paschoaline Ensino Médio Completo

12

13 Auxiliar de limpeza Zelina Gonçalves de Souza Ensino Fundamental Incompleto

14 Auxiliar de limpeza Viviane Xavier da Silva Ensino Fundamental

15 Auxiliar de serviços gerais Fábio Flor dos Santos Ensino Médio Completo

Obs.: Os profissionais sinalizados com * foram desligados do quadro de funcionários em 2014.

VOLUNTARIADO

Em 2014, tivemos um aumento considerável no número de voluntários que contribuíram com a Aquarela, desempenhando

diversas atividades, entre elas: cadastramento de notas fiscais, aula de criatividade, auxílio nas áreas administrativas, etc.

Passando de 08 voluntários para 33. Para isso foi necessário:

Inclusão de vagas de voluntariado em sites de recrutamento de voluntários

Divulgação das vagas em sites

Motivação dos voluntários existentes

Reunião com os voluntários atuais

O envolvimento e comprometimento dos voluntários foi um dos principais responsáveis pela otimização e crescimentos da

captação de recursos por meio da Nota Fiscal Paulista.

Atividade desenvolvida Número

1 Auxiliar desenvolvimento institucional 03

2 Captadora de itens para bazar 03

3 Cadastradores de nota fiscal 14

4 Contador de história 01

5 Designer gráfico 02

6 Eventos 05

7 Fotógrafo 01

8 Oficina de criatividade 02

9 Organizador de biblioteca 01

10 Recreacionista 01

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Parceiros na captação de voluntários:

Atados

Busca Voluntária

Centro de Voluntariado de São Paulo

Voluntários Online

4. Abrangência territorial

A Associação Aquarela está situada na Av. Onófrio Milano nº 239, CEP 05348-030 , no bairro do Jaguaré, nesta Cap i ta l

de São Pau lo , Estado de São Pau lo , inscr i ta no CNPJ/MF sob n º 01 .824 .608 /0001 -01. A comunidade Vila Nova

Jaguaré fica entre as pontes da Fepasa e Jaguaré, ocupando 168.000 m².

O bairro do Jaguaré, Distrito localizado na Zona Oeste da cidade de São Paulo, está subordinado à Subprefeitura da Lapa.

Possui uma área de aproximadamente 6,6 km² e uma população de 42,4 mil habitantes. Assim, o atendimento da Associação

é oferecido a uma parcela representativa do Distrito, como um todo, já que destes 42,4, 15 mil pessoas ou 4.500 famílias têm

baixa renda e são consideradas em situação de vulnerabilidade e risco social.

A parcela da população a qual a Associação Aquarela atende encontra-se em situação de vulnerabilidade muito alta. As

situações de maior ou menor vulnerabilidade às quais a população se encontra exposta estão resumidas em seis grupos do

IPVS - Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, a partir de uma grade das condições socioeconômicas e do perfil

demográfico. As características desses grupos (alta e muito alta vulnerabilidade) podem ser observadas a partir dos dados da

pesquisa realizada em 2010 pelo IBGE no subdistrito da Lapa.

A comunidade está numa localização privilegiada, perto de um grande centro de abastecimento, o CEAGESP, e de um parque,

o Villa-Lobos. Encontra-se próxima também da Universidade de São Paulo e de uma estação de trem (Vila Lobos- Jaguaré).

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5. Forma de participação dos usuários e/ou estratégias que foram utilizadas em todas as etapas do plano: elaboração,

execução, avaliação e monitoramento.

O planejamento anual foi construído coletivamente pelos profissionais; educador social, arte educador, agente de leitura,

coordenador pedagógico e coordenador geral; integrando as áreas de conhecimento e convivência. As práticas

socioeducativas possibilitaram aprendizagens articuladas que contribuíram para o desenvolvimento pessoal e social das

crianças e adolescentes, atualizando e complementando conhecimentos já trazidos por eles de sua vivência familiar e

experiência cultural. As ações socioeducativas tiveram como característica principal o exercício da convivência social. Do

ponto de vista da proteção social, sua efetividade ocorreu a partir de todo um conjunto de intervenções que evitassem

situações de risco, exclusão e vulnerabilidade.

É importante destacar que, em acordo com a Política Nacional de Assistência Social, a família e comunidade também

integraram a nossa proposta socioeducativa, sendo a família a unidade de referência para o desenvolvimento do trabalho.

A avaliação, compreendida como uma etapa metodológica capaz de realizar diagnósticos aconteceu seguindo as seguintes

questões: como foi a convivência, como se deu a integração, como interagimos com os valores: ética, respeito, solidariedade,

cooperação e responsabilidade. Os indicadores de avaliação qualitativos e quantitativos foram definidos através de registros

diários dos educadores, diário de bordo dos beneficiários, livros atas, fichas de matriculas e demanda.

A Associação Aquarela realizou avaliações técnicas e administrativas com acompanhamento contínuo e reuniões periódicas.

Realizamos avaliação sistemática das crianças, adolescentes e suas famílias, conforme indicadores estabelecidos para

identificação da frequência e participação das famílias.

Realizamos sistematicamente o gerenciamento e acompanhamento das ações a fim de planejá-las e replanejá-las sempre que

necessário, com propostas apresentadas pelos usuários.

Deste modo, foram considerados os resultados parciais, podendo ser feito intervenções ao longo do processo, identificando

sucessos e fracassos. Aplicando medidas corretivas para aperfeiçoar os resultados esperados.

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6. Relatório de atividades desenvolvidas em 2014- crianças e adolescentes

E foi com o sorriso estampado no rosto que crianças e adolescentes da Aquarela tiveram a oportunidade de socializar e

ampliar seus saberes. Mas o caminho do conhecimento não traz em seu percurso apenas algodão ou flores, em muitos

trechos o que se encontra são pedras representadas pela insegurança, medo de errar ou se expor. Então, para facilitar este

caminho o projeto de 2014 teve como proposta a aprendizagem por meio do Rir e Brincar.

Cada turma seguiu sua estrada, porém ao final encontraram-se na mesma rotatória, cheios de novidades a serem

compartilhadas.

A casa verde, com seus bonecos gigantes, dançantes e pensantes desenvolveu a capacidade da paciência em uma

construção lenta, que exigiu disciplina, flexibilidade, movimentação, repetição, organização e socialização. Concluindo seu

percurso, tão grandes quanto os bonecos que confeccionaram.

Já a casa vermelha treinou o espirito de equipe, a tolerância, a confiança em si e no outro, a solidariedade, juntamente com os

malabares, piadas e cambalhotas. De rosto pintado e nariz vermelho incorporaram as aprendizagens circenses.

A casa azul teve como desafio compreender o humor como algo inerente ao ser humano, sendo assim a proposta para os

meninos e meninas da casa azul possibilitou a reflexão sobre o que é divertido, engraçado e o que é humilhante e vexatório.

Um caminho que demandou superação de limites, quebra de preconceitos, respeito e humildade. Foi através do estudo e

encenações dos textos “O rico avarento” e “Torturas de um coração ou em boca fechada não entra mosquito” que os

adolescentes puderam experimentar de forma cômica estar no lugar do outro, não apenas “vestindo” um personagem, mas

abrindo as portas da alma para liberar sentimentos tão presentes em cada um de nós, o sentir-se só, a rejeição, a alegria e a

dor, o arrependimento e o perdão.

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Casa Verde

Educadora: Vanessa Rizardi

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Casa Verde

Caracterização da turma: 50 crianças na faixa etária entre 06 e 09 anos, período da manhã e tarde.

Nome do Projeto: Bonecos Pensantes, Dançantes, Gigantes

Responsável pelo projeto: Vanessa Rizardi

O projeto Bonecos Pensantes, Dançantes, Gigantes desenvolvido durante o ano de 2014, teve como proposta utilizar a

imaginação, a criatividade e o brincar como ferramentas para aquisição de novas aprendizagens.

E foi ouvindo a história da manifestação cultural do Boi de Mamão e Papangu, que as crianças fizeram uso de sua criatividade

e imaginação para a confecção destes e de novos personagens dando a cada um deles características bem peculiares.

As cantigas, jogos e brincadeiras que envolveram este cenário de fantasia possibilitaram um melhor entrosamento entre as

crianças favorecendo uma convivência mais respeitosa.

Este trabalho proporcionou ao grupo a oportunidade de novas experiências e experimentações, cantaram, tocaram e

dançaram incorporando-se aos personagens confeccionados de forma alegre e espontânea.

O estimulo a leitura e a escrita, de maneira prazerosa também foram contemplados, as leituras em roda, em pequenos grupos,

de acordo com o interesse da criança, que em alguns momentos, movidos pela curiosidade buscavam leituras que

apresentassem em seu enredo seres misteriosos e fantásticos que serviram como alimento para o imaginário criativo.

Ações socioeducativas

Área: Linguagem Verbal

Objetivos propostos:

Conhecer as principais lendas e contos da tradição popular;

Despertar o imaginário;

Explorar diferentes maneiras de expressar-se e comunicar-se.

Conteúdos trabalhados:

Escrita e leitura de lendas, contos, histórias, adivinhas, parlendas e travas-línguas;

Escrita e leitura espontâneas;

Ampliação do vocabulário.

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Metodologia utilizada:

Através de rodas de conversa com apresentação das mais variadas histórias, contos e lendas, o grupo pôde ouvir, narrar,

discutir, comparar e descrever histórias e situações.

Produção de histórias a partir daquelas que lhes foram contadas, utilizando os personagens já conhecidos, como: Papangu,

Maricota, Bernuncia, Bernuncinha, etc. Além da produção de paródias, partindo também dos personagens já conhecidos.

Resultados obtidos:

Crianças se interessando por diversos tipos de materiais impressos: livros, gibis, revistas, atividades e desafios

impressos;

Interesse em músicas da tradição popular;

Ampliação de repertório verbal.

Área: História

Objetivos propostos:

Participar de momentos para conhecimento das manifestações populares brasileiras;

Conhecer brincadeiras da cultura popular brasileira.

Conteúdos trabalhados:

Personagens folclóricos;

Índios no Brasil;

Chegada dos portugueses;

Brincadeiras populares.

Metodologia trabalhada:

Rodas de conversa para leitura das principais lendas do folclore brasileiro. Apreciação de vídeos sobre cultura popular

brasileira: índios e seus costumes, chegada dos portugueses, ou seja, a formação do povo brasileiro. E por fim, brincadeiras

de roda e jogos simbólicos.

Resultados obtidos:

Crianças apropriadas das lendas e histórias apresentadas;

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Comparando fatos e situações;

Valorização da cultura popular;

Reconhecendo as diferentes regiões do Brasil.

Área: Saúde e Meio Ambiente

Objetivos propostos:

Conhecer a importância de cada personagem do folclore em meio a natureza;

Desenvolver e aprimorar hábitos de higiene.

Conteúdos trabalhados:

Natureza;

Higiene e saúde corporal;

Organização de espaços de uso coletivo.

Metodologia utilizada:

Apresentação do filme Tainá: uma aventura na Amazônia e Hugo um tesouro da Amazônia para conhecer, discutir e comparar

aspectos ambientais como desmatamento e poluição. Apresentação de fotos da floresta amazônica, de sua fauna e flora, dos

desmatamentos e comparação ao cotidiano, ao rio Pinheiros que está bem próximo da comunidade em que vivem. Fotos de

poluição da comunidade Vila Nova Jaguaré.

Hábitos de higiene e organização do espaço todos os dias, como: lavar as mãos antes do lanche, após o uso do banheiro,

varrer a sala de atividades quando a sujam. Discussões acerca da falta de água e o que cada um pode fazer. Apreciação de

portadores de imagens também foi utilizada.

Resultados obtidos:

Melhor respeito ao ambiente de convívio;

Conhecendo a diversidade ambiental;

Cuidando e preocupando-se em manter o asseio pessoal;

Mantendo a higiene e organização da sala.

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Área: Linguagem Matemática

Objetivos propostos:

Apropriar-se da utilização dos números no cotidiano;

Realizar cálculo;

Resolver situações lógico-matemáticas envolvendo as quatro operações.

Conteúdos trabalhados:

Calendário;

Semelhanças e diferenças;

Tamanhos;

Formas geométricas

Cores;

Jogos pedagógicos.

Metodologia utilizada:

Através de brincadeiras os educandos realizaram a contagem oral, utilizamos a contagem para contabilizar objetos, materiais a

foram utilizados para realização de atividades, contagem para formação de grupos. Utilização de quebra cabeça, confecção de

quebra-cabeça e jogos da memória, onde se utilizou régua para calcular as peças de forma igual. Utilização de brinquedos de

diferentes formas, tamanhos e pesos para comparação e organização.

Resultados obtidos:

Crianças sabendo contar;

Reconhecendo e entendendo a lógica do relógio de ponteiro;

Distinguindo cores, formas e pesos;

Identificando figuras geométricas;

Resolução de situações problemas que envolvem as quatro operações

Área: Convivência

Objetivos propostos:

Desenvolver a consciência crítica;

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Desenvolver o uso natural de palavras e atitudes de respeito.

Conteúdos trabalhados:

Diversidade;

Semelhanças e diferenças;

Respeito;

Solidariedade;

Cordialidade.

Metodologia utilizada:

Promoção de rodas de conversa sobre convivência e acordo de convivência, jogos com utilização de palavras de respeito e

cordialidade, como o bingo de palavras, jogos de faz de conta, utilização dos bonecos para vivenciar e exemplificar atitudes

respeitosas e cordiais, e uso de palavras “mágicas” para pedir objetos emprestados, pedir para que seja servido, etc.

Resultados obtidos:

Melhora na convivência;

Uso autônomo e natural de palavras “magicas”;

Crianças mais cordiais e solidários uns com os outros.

Meios de verificação:

Relatórios mensais;

Fotografias;

Produções artísticas;

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Casa Verde

Arte educadora: Rosana Andrade

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Expressão Artística

Educadora de artes: Rosana Leci Andrade

BONECOS PENSANTES, DANÇANTES, GIGANTES!

“Boa noite dona da casa, boa noite dona da casa, como

vai como passou? Como está sua família, que a minha

boa ficou!”

Um cortejo de bonecos, boi e seres fantásticos. Canto, música e diversão. Sejam todos muito bem vindos à nossa brincadeira!

Usamos nossa imaginação e transformamos o improvável em brinquedos. Com papel, cola, tinta e muita criatividade, aos

poucos, foram nascendo nossos bonecos gigantes. São como nós, os seres humanos, bonecos únicos, nenhum igual ao outro!

Área: Teatro

Objetivos propostos:

Potencializar a capacidade de leitura do mundo e a iniciação à reflexão de questões cotidianas por meio do fantástico

e do faz de conta.

Iniciar o contato com a linguagem teatral, por meio do universo da contação de histórias.

Utilizar o teatro de bonecos como possibilidade de apresentação narrativa.

Conteúdos Trabalhados:

Contos da tradição oral;

A história – começo, meio e fim;

Os personagens – principais e secundários;

Jogos teatrais;

Metodologia utilizada:

A roda sempre foi o ponto de partida, nela o encontro no tempo e espaço foi possível. Ela, a roda, propiciou o refinamento da

qualidade de presença: olhar, palavra, corporeidade, individual e coletivamente.

Na empreitada de criar e descobrir personagens, a imaginação foi ativada. A contação de história feita a partir do livro: “O

menino que se transformou em vento” alimentou as possibilidades de imagens, abrindo o portal das capacidades criativas.

Partindo do jogo: “E se eu me transformasse em...” o corpo foi trazido para a ludicidade e objetos foram ressignificados.

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Objetos foram oferecidos para a ressignificação, bem como o estímulo para que as próprias crianças pesquisassem em suas

casas objetos que pudessem se transformar.

Bonecos com diferentes formas de manipulação também compuseram a pesquisa das personagens. A exploração foi

estimulada de forma espontânea, a partir do contato com o objeto e suas possibilidades.

Outra fonte para a construção de um repertório imagético foi a apresentação de vídeos em Movie Maker. Imagens, canções e

textos escritos e narrados compuseram o formato adotado. Neles, personagens da cultura popular foram apresentados ao

grupo. Boi, bernúncia, Mateus, Maricota... O fio condutor não foi uma manifestação, mas fundamentalmente a multiplicidade de

figuras oferecidas pelo vasto repertório cultural brasileiro.

As apresentações aconteceram em dois momentos: a Festa Junina e a Mostra de Trabalho, ao final do primeiro e segundo

semestre, respectivamente. Em ambas as apresentações o princípio foi o mesmo, brincar.

Resultados alcançados:

Crianças:

Descobrindo e potencializando as capacidades imaginativas e criativas;

Iniciando um processo de correlação entre saberes;

Experienciando a manipulação de objetos e ou bonecos como potenciais portadores de histórias;

Se apropriando da manipulação dos bonecos construídos, bem como recriando o trabalho a partir do conhecimento

prévio;

Dividindo as experiências com colegas da própria instituição, bem como com suas famílias e comunidade do entorno;

Iniciando e avançando o reconhecimento das tradições populares brasileiras.

Área: Movimento e som

Objetivos propostos:

Conhecer o corpo e suas potencialidades.

Compreender e utilizar a capacidade de comunicação corporal a serviço da palavra.

Conteúdos Trabalhados:

Corpo e estrutura física: pés, pernas, bacia, coluna, tronco, braços e cabeça.

O corpo no espaço e tempo – lateralidade, locomoção, planos, direções, velocidade, peso, ritmo, força.

Movimento expressivo: desenho, gesto e ação.

A manipulação dos bonecos – movimento, interpretação e voz.

Tempo, pausa e ritmo – voz e percussão.

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Metodologia utilizada:

Percorremos por estímulos sonoros e musicais para a “autotransformação”. Cantigas populares foram utilizadas como fonte

imagética, o corpo respondendo a partir das imagens propostas pela canção para que uma nova corporeidade pudesse ser

explorada, tanto individualmente, como em duplas; de modo que pudessem trocar imagens por meio do toque, em si e no

outro. A percepção sensorial também foi estimulada com elementos como o sol, a chuva, o vento, o fogo; sendo condutores

das composições corporais.

A percepção do boneco como “extensão” do próprio corpo também foi evidenciada de modo lúdico e natural, por meio da

experimentação e troca. A espontaneidade das tradições populares se fez presente nessa pesquisa, pois não houve um

estudo detalhado, mas fundamentalmente a pesquisa por meio do brincar.

A preparação das apresentações com os bonecos explorou a questão espacial. O que em princípio, era feito em sala fechada,

posteriormente ganhou os corredores e quadras da instituição. A percepção espacial com a utilização das cabeças gigantes foi

desafiadora, pois as referências para a mobilidade são outras.

No que tange a questão musical, foi oferecido um período para a audição e a exploração de diferentes instrumentos: xilofone,

pandeiro, agogô e caixa do divino. Posteriormente iniciamos um estudo da célula rítmica do Cocô (ritmo brasileiro proveniente

da região nordeste), de modo bastante tradicional, passando pela produção sonora corporal com palmeados e sapateados,

para que pudessem então transferir o ritmo aos instrumentos estudados.

Resultados alcançados:

Crianças:

Iniciando e aprimorando o reconhecimento da estrutura corporal e suas potencialidades;

Despertando para a execução de sequências de movimentos, de forma organizada e clara;

Reconhecendo a estrutura de começo, meio e fim; a importância dos comandos sincronizados para a realização de

trabalhos coletivos;

Percebendo a importância de se relacionar com respeito e cooperação;

Investigando e reconhecendo o corpo como fonte sonora;

Executando sequencias rítmicas em instrumentos de percussão;

Ampliando e se apropriando de cantigas do cancioneiro popular, bem como criando canções a partir do repertório

prévio.

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Área: Artes visuais

Objetivos propostos:

Aguçar e desenvolver o senso estético.

Utilizar a plasticidade do teatro de bonecos para ampliar o repertório estético.

Conteúdos Trabalhados:

O boneco e a cena.

Metodologia utilizada:

Para a feitura dos bonecos a técnica utilizada foi a papietagem associada ao papel maché. Em etapas, cabeças pequenas e

gigantes foram confeccionadas, utilizando a bexiga como base. Com a apresentação da técnica a utilização de saberes foi

acionada ou o saneamento da falta de experiências anteriores, fazendo uso de cola, pincéis, tinta. O processo de construção

foi realizado coletivamente, de modo que todos dividiam o material e colaboravam mutuamente. O nascimento das

personagens aconteceu democraticamente e, as referências estéticas foram trazidas pelas próprias crianças do grupo, bem

como figuras apresentadas nos vídeos que contextualizaram as manifestações populares.

Resultados alcançados:

Crianças:

Experimentando e produzindo a partir de matérias primas básicas;

Aprimorando a coordenação motora fina;

Reconhecendo a produção artística popular;

Criando e se apropriando das peças produzidas;

Ampliando e valorizando o repertório imagético a cerca das Culturas Tradicionais.

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Casa Vermelha

Educadora: Giovana Tufolo

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Casa Vermelha

Nome do projeto: “Hoje Tem Marmelada?’’

Caracterização da turma: 50 crianças na faixa etária entre 09 e 11 anos, divididas em dois períodos: manhã e tarde.

Responsável pelo projeto: Giovana Proença Tufolo

A proposta de trabalho em 2014 teve como tema o circo. A pergunta que deu início ao trabalho foi exatamente o nome do

projeto “Hoje tem Marmelada?”, partindo desta pergunta as crianças começaram a levantar suas hipóteses sobre qual seria a

resposta. E foi por meio da pesquisa junto à família que a turma obteve a resposta e conheceu o tema a ser estudado neste

ano.

Conhecer a origem da arte circense por meio de pesquisa, de sessão de filmes, leitura de textos, releitura de imagem, jogos e

brincadeiras que contemplam e enriquecem o espaço do picadeiro através de seus mais diferentes artistas, principalmente o

palhaço maior representante deste lugar de encantamento e alegria propiciou ao grupo a oportunidade de ampliar seus

conhecimentos de maneira lúdica e divertida.

A pesquisa sobre o tema Circo possibilitou discussões e reflexões sobre o modo de vida, manutenção da tradição, conceito de

família, cidadania, direitos, convivência e respeito.

Ações socioeducativas

Área: Convivência

Cultura

Objetivo proposto:

Pesquisar dados históricos acerca da identidade da comunidade circense e sua produção cultural.

Conteúdos trabalhados:

Historia pessoal e de grupos

Arte de circo x Arte de rua

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Metodologia utilizada:

Através de apresentação de textos, documentários e debates em roda de conversa.

Resultados obtidos:

Crianças:

Compreendendo o surgimento das comunidades circenses dentro do processo histórico social

Reconhecendo na comunidade circense uma forma de representação familiar e social

Reconhecendo a família como responsável pela manutenção da tradição circense

Área: História

Objetivos propostos:

Conhecer aspectos característicos da comunidade circense.

Conhecer a origem do circo e sua historia no Brasil.

Conhecer o surgimento e simbologia do palhaço.

Conteúdos trabalhados:

Conceito de circo, circo itinerante, circo atual e circo contemporâneo.

Representação sócio cultural do circo

O Palhaço

Metodologia utilizada:

Através de rodas de conversa, debate, socialização de conhecimentos prévios, pesquisa na internet, dicionários, leitura de

textos, apresentação em power point, documentários, filmes, apresentação de imagens e textos sobre alguns dos principais

palhaços brasileiros.

Resultados obtidos:

Crianças:

Utilizando informações adquiridas na confecção de brinquedos e jogos temáticos.

Conhecendo personagens importantes da historia do Circo no Brasil

Reconhecimento do circo como espaço de alegria e diversão

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Pesquisando

Utilizando diferentes ferramentas como fonte de pesquisa

Comparando informações

Socializando opiniões, debatendo e defendendo seu ponto de vista

Área: Linguagem Verbal

Objetivos propostos:

Aperfeiçoar a comunicação e a expressão.

Ampliar o universo cultural

Estimular o interesse pela leitura

Exercitar a escrita

Conteúdos trabalhados:

Leitura

Oralidade

Produção de textos

Interpretação de textos

Ortografia

Pontuação e coerência textual

Metodologia utilizada:

Através de rodas de leituras compartilhadas e silenciosas, mediação de leituras e contação de histórias, caça-palavras, jogos

com palavras, produção de textos, utilização de dicionário.

Resultados obtidos:

Crianças:

Expondo suas ideias

Argumentando

Fazendo leitura silenciosa e socializando o que leu

Lendo em voz alta para o grupo

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Emprestando livros

Interessados pela leitura

Compreendendo o que lê

Comparando informações

Produzindo textos individualmente e coletivamente

Área: Artes Plásticas

Objetivos propostos:

Despertar a sensibilidade e percepção através de experiências estéticas

Estimular a criatividade

Conteúdos trabalhados:

Desenho

Pintura

Criação de jogos e personagens

Metodologia utilizada:

Produção de desenhos livres, utilização de modelo para produção artística, experimentação de diferentes materiais artísticos,

releitura de imagem, reaproveitamento de materiais recicláveis, experimentação de criação da pintura de rosto e

caracterização do palhaço.

Pesquisando e compreendendo informações sobre o tema para confecção de jogos: percurso, memoria, jogo da velha.

Resultados obtidos:

Crianças:

Comunicando sua percepção com criatividade e sensibilidade

Valorizando suas produções tanto individuais como em grupo

Criando e recriando com confiança e autonomia

Respeitando a produção do outro

Trabalhando em grupo

Criativas

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Lendo

Compreendendo as informações

Criando estratégias

Meios de verificação:

Relatórios mensais;

Fotografias;

Produções artísticas;

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Casa Vermelha

Arte educadora: Rosana Andrade

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Expressão Artística

Educadora de artes: Rosana Leci Andrade

“Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror”

Charles Chaplin

Preparem-se senhoras e senhores! Vai começar o maior espetáculo da Terra! Não, da terra não, da galáxia! Que rufem os

tambores! Toques as cornetas! Nossos palhaços renomados, de fama internacional, já viajaram os cinco continentes, se

apresentaram em Netuno, Mercúrio e fizeram história nos anéis de Saturno!

ARTES DO CORPO / TEATRO

Objetivos propostos:

Compreender a estrutura corporal, bem como potencializar as capacidades, desafiar e avançar limites.

Potencializar a capacidade criativa e expressiva, tanto individual quanto coletiva.

Conteúdos Trabalhados:

Corpo e estrutura física;

Corpo no espaço e no tempo;

Movimento expressivo: desenho, gesto e ação;

Acrobacias – saltos, rolamentos, paradas de mão e cabeça;

Malabares – bolinha e diabolô;

Jogos dramáticos e teatrais;

O palhaço – no mundo r no Brasil;

A máscara – da comédia dell’arte a menor máscara do mundo;

A cena circense – a poética a serviço do riso.

Metodologia utilizada:

O conhecimento prévio foi investigado nas rodas de conversa, todavia era necessário estruturar referências mais sólidas a

cerca do palhaço. Para isso assistiram ao filme “O Palhaço”, indicando inicialmente paradigmas brasileiros. A pesquisa de

campo foi feita por meio do espetáculo da Cia Suno, colocando-os frente a frente com palhaços profissionais, num contato

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bastante significativo. Como continuidade da oferta de referências, Charles Chaplin foi apresentado por meio do filme “Circo do

Chaplin”. O direcionamento para uma observação mais minuciosa de referências da TV também foi importante, como Chaves

e Tom e Jerry.

No que se refere à construção do palhaço individual a investigação se deu por meio de jogos. A utilização da lógica, da

inteligência cênica, da capacidade de improviso foram questões apontadas no processo. Utilizando brincadeiras já conhecidas

como pega-pega, o foco foi a assimilação do jogo como metáfora da cena, o estado de permanente prontidão inerente ao

palhaço.

Para a construção do “corpo” do palhaço a busca pela dança pessoal teve papel fundamental. Canções de diferentes origens e

estilos foram empregadas na exploração corporal, na expectativa de aflorar o ridículo, item condicional para o nascimento do

palhaço.

Após o período de pesquisa e experimentação passamos para a concretização das cenas, a partir dos desejos e aptidões.

Trios e quartetos foram organizados e passaram então a trabalhar com um roteiro simplificado, de modo que conduzisse o

processo à criação cênica. A orientação aconteceu, nesse momento, de modo mais distanciado, permitindo uma maior

autonomia dos grupos de trabalho.

Resultados alcançados:

Investigando e se apropriando do universo circense;

Pesquisando e avançando corporalmente;

Valorizando as conquistas individuais e coletivas;

Reconhecendo e ressignificando os jogos e brincadeiras como fonte cênica

Criando cenas coletivamente;

Respeitando os processos individuais e coletivos no trabalho de criação

Sonoridades/Música

Objetivos propostos:

Experimentar a música à serviço da cena teatral.

Participar ativamente como pesquisadores da linguagem sonora e musical.

Conteúdos Trabalhados:

O silêncio e o som;

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Notas musicais;

Instrumentos de percurssão;

Metodologia utilizada:

O princípio foi a experimentação. Partindo do questionamento: como associar os sons às cenas? A observação da criação

cênica determinou a criação sonora, numa busca de potencializar a comicidade da ação sincronizando gesto e som.

Resultados alcançados:

Educandos

Pesquisando e se apropriando de instrumentos de percussão;

Reconhecendo ritmo, pausa, tempo e contra tempo;

Aceitando outras referências musicais para a pesquisa do palhaço;

Associando a musicalidade à cena;

Criando sonoridades a partir da cena.

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Casa Azul Educadora: Luciana Kamata

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Casa Azul

Caracterização da turma: 50 crianças e adolescentes de 12 anos a 14 anos e 11 meses, período da manhã e tarde.

Nome do Projeto: O humor na formação da identidade nacional

Educadora social: Luciana Morotomi Kamata

Adolescência, um momento pelo qual todas as pessoas passam. Momento de questionar o que foi ensinado, vontade de nos

fazer ser ouvidos somado ao fervor dos hormônios em seu pico máximo. Criamos e consolidamos nossos círculos de amigos

nos sentindo únicos e importantes aprendemos a nos defender inclusive verbalmente utilizando nossas inteligências e nossas

capacidades argumentativas.

E pensando nesta fase de conflito, ansiedade e impaciência que o tema escolhido para trabalhar com os meninos e meninas

da casa azul foi o humor na formação da identidade nacional.

O riso é uma forma de comunicação e sociabilização inerente em qualquer grupo humano. Ele se torna coletivo quando

utilizamos experiências referenciais comuns presentes nos indivíduos.

Rir é um meio de aliviar as tensões e facilitar a forma com que enxergamos certo acontecimento. Assim, ao longo da história

rimos das dificuldades sociais de cada época, geralmente utilizando um ícone podendo ser um fato, uma pessoa ou até um

dito popular.

Os meios de comunicação como o teatro, rádio, televisão, internet ou mídia impressa são de extrema importância para a

divulgação da comicidade diante ao desenvolvimento da informação desde o surgimento das primeiras mídias de massa até os

dias de hoje.

Difundindo-se nacionalmente, as piadas ditam o perfil do humor do brasileiro que começa a ganhar forma assim como a

construção de estereótipos, inclusive o do brasileiro.

Este, por sua vez, ganha uma generalização jocosa e carregada de preconceitos como nossa fama de povo malandro, festeiro,

aproveitador, preguiçoso, com vícios e manhas...

Diante disso foi de grande valia refletirmos sobre como construímos nossas referências sobre o rir.

Ações socioeducativas:

Área: Convivência

Objetivos propostos:

Possibilitar a experimentação de diversas formas de interações sociais;

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Proporcionar situações de convivência e enriquecimento pessoal, crítico e participativo na construção da

autenticidade e do protagonismo juvenil;

Contribuir para a valorização da liberdade de expressão atrelada ao conhecimento dos direitos e deveres, da

cidadania, coletividade e boa convivência no cotidiano.

Conteúdos Trabalhados:

Humor, Cômico, Riso e Piada;

Perfis de Humor;

Desdobramentos do Humor;

Comunicação intra e interpessoal;

Comunicação verbal e não-verbal;

Valores e Atitudes de Convívio;

Meios de Comunicação e Tecnologia.

Metodologia utilizada:

Atividades com vídeos, imagens, internet e textos;

Debates e rodas de conversa;

Dinâmica de comunicação, interação, trabalho em equipe e convivência;

Resultados obtidos:

Adolescentes:

Aprimorando a consciência corporal por meio dos processos de comunicação intra e interpessoal;

Compreendendo a capacidade individual e coletiva de autonomia, mobilização e transformação social;

Valorizando a expressão individual e a construção de atitudes de convívio com base nos valores humanos;

Buscando a boa convivência e afetividade nas relações;

Respeitando seus talentos físicos e mentais;

Amadurecendo a Autoconfiança.

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Área: História

Objetivos propostos:

Compreender a própria realidade a partir de acontecimentos no Brasil e no Mundo em paralelo com sua própria

história;

Conhecer a diversidade cultural brasileira através de suas manifestações e ideologias.

Conteúdos Trabalhados:

O Humor e a Crítica;

Publicidade e comunicação de massa;

O fato pelo cômico nos meios de comunicação;

Conceitos histórico-sociais sobre o Brasil e sobre a história individual;

Homem como elemento ativo na construção de sua própria cultura e história.

Metodologia utilizada:

Atividades de reflexão, sociabilização, cooperação e não-violência;

Atividades de pesquisa envolvendo aspectos históricos e sociais do grupo.

Saída para Peça “Rádio Show” no Teatro do Céu Jaguaré para turma da manhã, Peça “Menino Deus Dionísio” no

Teatro Virada Lata para turma da tarde

Resultados obtidos:

Adolescentes:

Conhecendo com criticidade as diversidades culturais do país que estruturam a identidade brasileira no passado e no

presente;

Entendendo a relação individuo-sociedade-espaço;

Posicionando-se diante sua realidade;

Compreendendo seu potencial de alteração do seu presente e do seu futuro.

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Área: Artes visuais

Objetivos propostos:

Proporcionar o exercício da imaginação, interpretação e composição de conteúdos pautados no respeito e

democracia.

Conteúdos Trabalhados:

Formas gráficas do humor: Caricatura, Charge, História em Quadrinhos, tiras e cartuns:

Cinema e animação com humor

Arte e expressão;

Técnicas de modalidades das artes visuais.

Metodologia utilizada:

Bibliografia: “Os Zeróis” do Cartunista Ziraldo“, Depósito de Tirinhas” e “Humor Inteligente”

Comunidades do Facebook Bibliografia

Blog “Teatro de Bonecos” do Dublador Guilherme Briggs

Vídeos “Rio” Produtora Disney, “Alô Amigos – Zé Carioca e Pato Donald” Produtora Disney

Vídeos do You Tube “Não é por eu ser gay” e “Não é por eu ser lésbica”

Utilização do recurso da informática e internet;

Apreciação de diferentes formas gráficas de humor.

Resultados obtidos:

Adolescentes:

Compreendendo as diferentes formas de se expressar dentro das artes plásticas;

Relativizando o conceito de estética no campo artístico;

Valorizando a própria arte.

Área: Linguagem verbal

Objetivos propostos:

Oportunizar a interpretação, construção e avaliação de textos através do trabalho com diferentes gêneros textuais;

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Possibilitar o aprimoramento da linguagem oral culta e o desenvolvimento do código escrito.

Conteúdos Trabalhados:

Gêneros textuais: Comédia, sátira, biografias, paródia e poesia;

Música brasileira;

Música e corpo;

Vocabulário;

Escrita de textos individuais e coletivos;

Pontuação, dicção, timbre, ritmo, entonação adequada;

Regras ortográficas.

Metodologia utilizada:

Promoção de momentos de leitura individual e compartilhada;

Leitura silenciosa;

Conversa em grupo para compreensão de texto;

Debates e construção de opinião, expressão de pontos de vista;

Dinâmicas de grupos, percepção e trabalho com o corpo;

Experimentação musical;

Momentos para compreensão e interpretação;

Produção de textos, observando o princípio alfabético e regras ortográficas.

Resultados obtidos:

Adolescentes:

Diversificando os tipos de leitura;

Lendo e compreendendo diversos gêneros textuais;

Lendo com mais fluência;

Manifestando suas ideias;

Usando a argumentação;

Entendendo a música como fenômeno cultural e crítico.

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Meios de verificação:

Relatórios da educadora;

Fotografias das atividades;

Filmagens das atividades;

Produções artísticas e cinematográficas dos educandos.

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Casa Azul Arte educadora: Rosana Andrade

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Expressão Artística

Educadora de artes: Rosana Leci Andrade

O RICO AVARENTO, de Ariano Suassuna

“Meus senhores e minhas senhoras, vai começar o

espetáculo. E, para começar, apresento uma comédia

demorosa, chamada o Rico avarento...”

Tirateima um típico nordestino desempregado, aceita, por não ter opção, o trabalho de mestre sala do Rico avarento. Dia após

dia, Tirateima recebe uma série de pedintes: cegos, mendigos, desempregados e tenta intermediar o diálogo com seu patrão

que sempre cria subterfúgios para não ajudar ninguém. Esses pedintes ao ouvirem as explicações dadas pelo mestre sala

rogam pragas e amaldiçoam o coronel por sua avareza. O texto propõe um misto de comicidade e revelação das mazelas

humanas...

TORTURAS DE UM CORAÇÃO OU EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSQUITO, de Ariano Suassuna

“Respeitável público! A história que em breve irão

assistir, ou melhor, observar, passa-se como sempre,

na terra de Taperoá! Várias autoridades de critério e

respeitabilidade assistiram aos acontecimentos e sua

veracidade poderão atestar.”

Benedito é o personagem central e toda a história se dá a partir de suas tramoias! Marieta é a fina flor, cobiçada por Cabo 70 a

autoridade e Vicentão, o valentão da cidade. Ambos não respeitam Benedito, o ridicularizam e o diminuem, mas o amor por

Marieta abre precedentes para súbitas amizades, a título de que Benedito entregue presentes e faça juras de amor em nome

dos conquistadores...

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ARTES DO CORPO / TEATRO / LINGUAGEM VERBAL

Objetivos propostos:

Compreender a estrutura corporal, bem como potencializar suas capacidades, desafiar e avançar limites;

Potencializar a capacidade criativa e expressiva, tanto individual quanto coletivamente;

Descobrir o Brasil e as diferentes “brasilidades” a partir da obra literária;

Trabalhar o texto como fonte de produção cênica.

Conteúdos Trabalhados:

Corpo e estrutura física;

O corpo no espaço e no tempo;

Movimento expressivo: desenho, gesto e ação;

A palavra falada e a palavra cantada;

Jogos dramáticos e teatrais;

O personagem;

A cena;

O espetáculo;

O autor;

Cultura local e sua influência sobre as personagens.

Metodologia utilizada:

O trabalho teve início por meio de uma pesquisa entre o próprio grupo a cerca dos conhecimentos prévios sobre o teatro.

Quais as informações que, individualmente, eles possuíam. A partir desta pesquisa e da constatação de que existiam lacunas,

um vídeo-apresentação foi fonte de informações fundamentais sobre a história do teatro, suas possibilidades e modos de

realização. Como fonte textual, Ariano Suassuna foi o escritor escolhido. A leitura compartilhada de “O rico avarento” foi o

ponto de partida.

Concomitante a leitura e estudo do texto, jogos teatrais compuseram o panorama das atividades práticas. Individualmente, em

duplas e coletivamente foi possível experimentar jogos corporais e vocais, de modo que uma construção cênica fosse

investigada, resultando na criação de um corpo “extra-cotidiano” para a edificação da personagem.

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Em paralelo, tendo em vista o aprofundamento no estudo textual, as discussões em roda de conversa fizeram parte da

construção criativa. Questões como a função social do humor e a importância de sair das camadas superficiais revelaram a

necessidade de conhecer os “subtextos”, a alma reveladora das mazelas humanas trazidas pelo autor e a palavra foi a base

sustentadora dessa empreitada.

Para desenvolver a capacidade de improviso, bem como ampliar a apropriação do texto e das personagens, uma primeira

apresentação foi preparada para a Festa Junina, sob a forma de uma quadrilha tradicional. Um roteiro foi construído

coletivamente, utilizando como ponto de partidas as personalidades primordiais de cada personagem desembocando na

criação de uma quadrilha cômica, com um pré-texto simplificado, indicando caminhos, no entanto permitindo possíveis

improvisos.

Para cada período, a partir das características da composição coletiva de cada grupo, os textos foram sugeridos. O rico

avarento e Torturas de um coração, manhã e tarde, respectivamente. No início do segundo semestre a montagem foi o foco do

trabalho. Coletivamente, com direcionamento da arte-educadora, as composições cênicas foram criadas de modo espontâneo

e fluídas, a responsabilidade foi evocada na medida em que as individualidades eram necessárias para a obtenção do todo.

As questões histórico-sociais e geográficas também foram objetos de discussão e reflexão, essencialmente a partir da

apreciação de imagens que retratam a seca nordestina e seus desdobramentos, bem como a correlatar com questões

contemporâneas e locais.

Resultados alcançados:

Educandos:

Ressignificando o humor e seus possíveis desdobramentos;

Compreendendo e interpretando os textos estudados;

Investigando os arquétipos apresentados pelo texto;

Correlacionando questões sociais contemporâneas com o texto em questão;

Refletindo criticamente a cerca das questões propostas pelos textos;

Construindo individual e coletivamente os personagens e cenas;

Se apropriando do fazer teatral;

Compartilhando os saberes adquiridos.

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49

Famílias

Fechamos o ano de 2014 atendendo 106 famílias.

Objetivos propostos:

Possibilitar a participação das famílias no processo socioeducativo por meio de momentos planejados e regulares.

Fortalecer a família por meio da conversa, valorizando a escuta acerca de preocupações relacionadas ao convívio

familiar e relacionamento com os filhos.

Metodologia Utilizada:

Durante o ano de 2014, realizamos reuniões de pais/responsáveis no intúito de manter uma relação mais proxima entre

instituição e família no que se refere ao cuidado e responsabilidade de ambos com as crianças/adolescentes atendidos pela

Associação Aquarela.

A primeira reunião realizada apresentamos em power point a proposta de trabalho da Associação Aquarela, calendário

incluindo datas de reunião de pais e eventos, tanto abertos a família/comunidade quanto eventos direcionados apenas as

crianças/adolescentes, regras e combinados a serem seguidos e respeitados visando um melhor desenvolvimento do trabalho

e uma melhor convivência no espaço intitucional. Durante o período conversamos com as famílias sobre a importancia da

presença das mesmas em reuniões e eventos realizados na instituição, a necessidade de maior atenção quanto ao número de

faltas das crianças/adolescentes nas atividades pois o número de ausência compromete a qualidade do trabalho desenvolvido

pelos educadores.

Apresentamos e discutimos sobre o documentário : “Saúde-Dengue” tendo em vista o número de casos constatados e

confirmados na região, as familias foram orientadas quanto aos cuidados a serem adquiridos para controle e prevenção da

doença.

Em outro momento discutimos sobre o conceito de família e a importância da mesma na vida da criança/adolescente no que

diz respeito a colaboração para seu desenvolvimento pessoal, social e cognitivo como ferramenta para contribuir para esta

reflexão assistimos ao video: “Era uma vez uma família parte I” .

A última reunião com as famílias em 2014, trouxe a apresentação de um vídeo com algumas das atividades pedagógicas

realizadas na Aquarela, oportunizando a reflexão e a discussão sobre a proposta de trabalho e a importância/necessidade do

mesmo tanto para crianças/adolescentes quanto para suas familias. Realizando assim uma avaliação do trabalho realizada.

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Resultados obtidos:

Famílias:

Participando de forma mais assídua de reuniões e eventos promovidos pela instituição

Disponibilidade e interesse para conversas individuais tanto sobre o trabalho quanto sobre seu filho.

Reconhecimento do trabalho como colaborador no desenvolvimento pessoal, social e cognitivo da criança

/adolescente.

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Formação continuada com Profissionais da Equipe

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Educadores

Objetivos propostos:

Assegurar a utilização do planejamento como intrumento de trabalho.

Assegurar a prática de pesquisa e estudo para aprimorar a metodologia.

Assegurar o registro sistemático do processo de desenvolvimento das criaças e adolescentes.

Assegurar a análise e estudo do processo de avaliação das atividades socioeducativas.

Metodologia utilizada:

No ano de 2014, foram realizadas reuniões pedagógicas com discussões, atividades e textos relacionados ao aperfeiçoamento

da prática pedagógica de acordo com as necessidades apresentadas pelo grupo de funcionários. Além do acompanhamento

do projeto, leitura e devolutiva dos planejamentos e relatórios de cada educador, conversas individuais também ocorreram

sempre que necessário ou solicitado.

Toda equipe de funcionários tiveram a oportunidade de participar de uma formação planejada e realizada pela Profª Elizabete

Rosa, conhecendo e refletindo sobre os conceitos norteadores da Política Nacional de Assistência Social. Foram quatro

encontros de 4h00 mensais, nos quais discutimos e refletimos os temas abaixo:

Processo histórico pelo qual passou a Assistência Social- o ser humano como sujeito histórico.

O perfil do educador – presença. Conceito desenvolvido por Antônio Carlos Gomes da Costa.

As transformações da família no Brasil.

O papel da família, do educador e da sociedade na garantia e efetivação de direitos da criança e do adolescente.

Resultados obtidos:

Realizando atividades com intencionalidade.

Escrevendo planejamentos e relatórios mensais de maneira mais organizada.

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www.associacaoaquarela.org.br www.facebook.com/aquarelaassociacao