a fuga da ervilha cortezas comidas da avó . enquanto um deles beliscava distraído um cacho de...
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Era uma vez uma ervilha chamada Elvira que vivia num
canto da cozinha da Avó .
Naquela cozinha, onde os cheiros, os sabores e as cores
se misturavam alegremente, as horas passavam e a
ervilha começ ava a sentir-se velha, dura e sozinha.
Suas irmã s tinham partido numa travessa colorida,
mas ela havia ficado para trá s, num prato quase vazio.
Como gostaria de saber por onde andavam as irmã s...
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Os netos, sentados à volta da mesa da cozinha, brincavam e saboreavam
as comidas da Avó . Enquanto um deles beliscava distraído um cacho de
uvas, a ervilha teve uma ideia:
– Se é para ficar aqui quieta e aborrecida,
mais vale ser engolida!
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– Lá vou eu outra vez! – gritou a
ervilha ao chegar ao DUODENO. –
Mas que nome esquisito! Por acaso
você faz parte de um duo musical?
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Destemida e impulsiva, Elvira nã o se deu por vencida.
Inclinou-se para trá s e, fazendo do garfo uma catapulta,
jogou-se para dentro da BOCA do menino. Quando ele a
fechou, já era tarde demais!
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Mergulhou toda contente na saliva, mas só entã o
se lembrou que nã o sabia nadar! A pequena ervilha
entrou em pâ nico e começou a esbracejar.
– Ai, quem me ajuda?! – gritava
Elvira enquanto caía rodopiando.
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A sorte foi que uma enorme bola se aproximou dela rolando:
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A ervilha estava convencida de que a
situaç ã o nã o poderia piorar. Mas não
é que as GLÂNDULAS SALIVARES
começ aram a funcionar, o ní vel de á gua
subiu e a LÍ NGUA se moveu por inteira?
Abriu-se entã o um alç apã o, a
EPIGLOTE se fechou, e a ervilha e
o BOLO ALIMENTAR escorregaram
para um tubo chamado FARINGE,
onde não dá pra contar até trê s
sem se ser aspirado!
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1, 2 e... Elvira desceu descontrolada
pelas paredes do ESÔFAGO, que nã o
paravam de se contrair e ondular como
grandes ondas de um mar agitado.
Como o BOLO ALIMENTAR navegava
a grande velocidade, a ervilha, que
ia agarrada a ele, fechou os olhos e
se deixou levar.
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