a formação dos reinos bárbaros...divisões do reino dos francos (511 –687) com a morte de...
TRANSCRIPT
Reinos Bárbaros
Após a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C)Ruralização da Europa, com grande êxodo urbanoComeça a se formar a Ordem Feudal
As invasões de vários povos, especialmente germânicos, sobre os territórios de Roma, reconfigura a Europa Ocidental
De um lado, as expansões árabe e bizantina, de outro, a germânica
Os “bárbaros” chegaram
Vândalos, liderados por Genserico, conquistam o Norte da ÁfricaSão absorvidos durante a Reconquista de Justiniano
Ostrogodos se fixam na Península Itálica, sob o comando de Teodorico, depois conquistados pelos Bizantinos
Lombardos invadem o norte da Itália fixando capital em Pavia
Visigodos se fixam na Península Ibérica e sul da Gália, sendo expulsos desta última região, pelos Francos
A Britânia
Ocupada por três povos germânicosJutos, fixando-se ao Sul (Reino de Kent)Saxões, também ao Sul (Reinos de Essex, Wessex e Sussex)Anglos, no centro e nordeste (Reinos de East Anglia, Nortúmbria,
Bernícia e Deira)
Esses reinos pré-ingleses formavam a Heptarquia Anglo-Saxônica
Com a união deles, em 902, surgiria a Inglaterra
Os MerovíngiosA Dinastia Merovíngia teve seu início com Clóvis, neto do chefe tribal Meroveu.
Clóvis, primeiro rei Franco (481 – 511):Comandou os Francos Sálios (Canal da Mancha)Incorporou os Francos Ripuários (Interior)Conquistou o Reino de Siágrio (um general Romano)Venceu os AlamanosConverteu-se ao cristianismo em Reims, tendo a Igreja se transformado em
sua aliadaCombateu o arianismo
O Reino Franco era, assim, o primeiro reino bárbaro-cristão
Divisões do Reino dos Francos (511 – 687)Com a morte de Clóvis, em 511, o Reino foi dividido em 4 partes.
As partes foram divididas entre os herdeiros varões, de Clóvis.
A divisão viria a enfraquecer o poderoso reino
Destacaram-se os Estados francos da Austrásia e a Nêustria
Os Prefeitos do Palácio (640 –751)Com o enfraquecimento Merovíngio, o poder foi deixado nas mãos do Prefeito do Paço ou major domus (mordomos)Foi a fase dos reis indolentes
Carlos Martel, filho do major domus na Austrásia reunifica o Reino, criando a França.Foi Carlos Martel que, em 732, venceu os árabes na Batalha de Poitiers,
detendo o avanço islâmico
O filho de Carlos Martel, Pepino “o breve”, encerraria a Dinastia Merovíngia iniciando a Dinastia Carolíngia
O Império Carolíngio (800 –843)Com a morte de Pepino “o breve”, seu filho, Carlos e o irmão Carlomano, assumem o reino.
Carlomano morre e Carlos, depois Carlos Magno assume sozinho o Reino Franco.
Carlos MagnoEstabeleceu com a Igreja uma aliança, sendo Coroado, em 800, Imperador dos Romanos, pelo papa Leão III.
Carlos Magno também:◦ Lutou contra os lombardos, tomando a Coroa de Ferro (dos Reis da Itália)
◦ Criou as Marcas, áreas administrativas comandadas por marqueses
◦ Ampliou o território do Império sobre a Germânia
O Governo de Carlos MagnoAdministração centralizada no palácio imperial, e complementada por:
◦ Conde palatino, que tratava da administração
◦ Arquicapelão, que cuidava de assuntos eclesiásticos
◦ Chanceler, encarregado da legislação e diplomacia
◦ Camareiro, responsável pelo Tesouro
◦ Senescal, que tratava do abastecimento e
◦ Condestável, responsável pela força militar
Outros destaques do Império CarolíngioMissi dominiciInspetores imperiais
Assembléias de MaioPara o levantamento sobre a situação das administrações locais
Capitulares (um conjunto de leis)
Renascimento Carolíngio
O fim do Império CarolíngioCom a morte de Carlos Magno, assume seu filho, Luís “o piedoso” que falece prematuramente
◦ O Império é, então, dividido entre os netos de Carlos Magno, que lutaram pelo poder, fato só resolvido com o Tratado de Verdun (843)
◦ França Ocidental – Carlos “o calvo”
◦ França Oriental – Luís “o germânico”
◦ Itália Setentrional e Mar do Norte (Lotaríngia) - Lotário
Cai o último CarolíngioQuando o último Carolíngio morre, sem herdeiros
◦ Nobreza aclamou o conde de Paris, Hugo Capeto, como o novo monarca
◦ Era o começo da Dinastia Capetíngia
Origens do FeudalismoContexto:
◦ Após a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) e as invasões germânicas
◦ Ocorre uma grande sensação de insegurança na Europa
◦ Isso leva a um êxodo urbano e um consequente processo de ruralização na Europa Ocidental
Fatores Estruturais e Conjunturais na formação do FeudalismoFatores Estruturais:
◦ As instituições econômicas, sociais, políticas e culturais dos Romanos, e dos povos Germânicos.
◦ Tratava-se assim, de um conjunto de “heranças” desses povos, à nova configuração social e política da Europa Ocidental
Fatores Conjunturais:
◦ As sucessivas ondas de invasões dos mais diferentes povos e culturas sobre a Europa.
Normandos, Varegues, Magiares e Eslavos...
Normandos: Vindos da Escandinávia, especialmente Noruega e Dinamarca, invadiram as Ilhas Britânicas e o Noroeste da França
Varegues: eram normandos suecos que invadiram áreas das atuais Rússia e Ucrânia
Magiares: também conhecidos como húngaros, vieram da Ásia Central invadindo a Europa e aumentando a sensação de insegurança no Continente.
Eslavos: oriundos das estepes russas, também invadem o continente europeu.
Forma-se o Sistema FeudalUnindo elementos Romanos
◦ Colonato
◦ Regime Servil
◦ A idéia de Estado
Com elementos Germânicos◦ Uso coletivo da terra
◦ Juramento de lealdade (comitatus)
Cristianismo: elementos agregador
O feudo seria uma unidade auto-suficiente de natureza rural, controlada por um Senhor Feudal
R R RG G G
Cristianismo
Sistema Feudal
Característica do Sistema Feudal
Se trata de um sistema fundamentalmente caracterizado pela
economia de consumo, trocas naturais, sociedade estática e poder político descentralizado em torno, sobretudo, dos Senhores Feudais.
A sociedade Feudal
Sociedade Estamental
Orientada por relações de Vassalagem
Vinculação do servo ao feudo
Sem mobilidade Social
Os grupos sociais na Alta Idade Média
Camadas sociais básicas: Senhores
Servos
Outras: Vilões – Camponeses livres que
trabalhavam no feudo, em terras arrendadas
Ministeriais (também chamados de bailios ou senescais) – Funcionários livres, do senhor
O clero tinha fundamental importância
“Na Idade Média haviam os que rezavam, os que combatiam e os que
trabalhavam”
O Feudo O servo deveria pagar tributos ao senhor:
Corvéia: trabalho do servo nas terras do senhor
Talha: metade da produção do manso servil vai para o senhor
Banalidades: cobrança pelo uso de instalações do feudo
Vintém ou Tostão-de-Pedro: imposto da Igreja
Mão-morta: taxa de transmissão de herança
A Vassalagem Relação dividida em: Suserano:
Aquele que concede um benefício
Vassalo:Aquele que recebe o benefício
O Rei era o 1º suseranoNessa época, porém, o poder não estava
concentrado no rei, mas descentralizado entre os Senhores Feudais que prestavam juramento de lealdade ao monarca
Igreja no período MedievalFoi a “maior senhora feudal da Europa”
Dividia-se em:◦ Clero regular: monges
◦ Clero secular: padres
◦ Alto clero: bispos e abades
O papa concentrava um poder enorme◦ Poderia regular ações de Reis e Imperadores
Socialmente, a Igreja também condenava práticas como a usura, e defendia um mercado regulado pelo preço justo
Instituições Políticas O sistema feudal contava com divisões internas em sua organização,
como no caso da nobreza que poderia ser
Alta Nobreza: que prestavam vassalagem direta ao Rei Baixa Nobreza: que prestavam vassalagem a outros Senhores
Essas relações eram consolidadas em uma Cerimônia de Investiduracomposta de:
Homenagem: reconhecimento da superioridade do Suserano Investidura: quando o vassalo era empossado do Feudo Juramento de Lealdade: prestado pelo Vassalo, ao Suserano
Cultura na Alta Idade MédiaNão foi uma “Idade das Trevas”
◦ Nela estão as raízes para o Renascimento Cultural
◦ Filosofia:
◦ Escolástica (São Tomás de Aquino)
◦ Ideal Tomista: racionalismo aristotélico + espiritualismo cristão
◦ Funda-se a 1ª Universidade (Bolonha)
◦ Na educação, a Igreja manteve grande presença na organização do curriculum base com
◦ Trivium (Gramática, Dialética e Retórica)
◦ Quadrivium (Aritmética, Geometria, Astronomia e Música)