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^'" MINISTER") DA AGRICULTURA DEPARTAMENTO DE RECUESOS NATURAIS RENOVAVEIS DIVISÄO DE SILVICULTUEA — SECCÄO DE PESQUISAS FLORESTAIS (Setor de Inventärios Florestais) BOLETIM N.° 7 A FLORESTA DO NORTE DO ESPiRITO SANTO Dados e (onclusöes dum inventario florestal pilöto DAMMIS HEINSDIJK Conselheiro técnico da FAO JOSÉ GARCIA DE MACÊDO Engenheiro-agrönomo STEPHANUS ANDEL Engenheiro-florestal ROBERTO BITTÈNCOURT ASCOLY Engenheiro-agrönomo RIO DE JANEIRO BRASIL 1965

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^'"

MINISTER") DA AGRICULTURA

DEPARTAMENTO DE RECUESOS NATURAIS RENOVAVEIS DIVISÄO DE SILVICULTUEA — SECCÄO DE PESQUISAS FLORESTAIS

(Setor de Inventärios Florestais)

BOLETIM N.° 7

A FLORESTA DO NORTE DO ESPiRITO SANTO

Dados e (onclusöes dum inventario florestal pilöto

DAMMIS HEINSDIJK Conselheiro técnico da FAO

JOSÉ GARCIA DE MACÊDO Engenheiro-agrönomo

STEPHANUS ANDEL Engenheiro-florestal

ROBERTO BITTÈNCOURT ASCOLY Engenheiro-agrönomo

RIO DE JANEIRO

B R A S I L

1 9 6 5

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Publkäcöes do Setor de Inventérios Florestais

BOLETIM N. ' 1 — VOLUMES DO PINHEIRO — Tabelas de volumes e outros dados söbre o pinheiro brasileiro em Santa Catar ina — 1959 — Esgotado.

DAMMIS HEINSDIJK.

BOLETIM N.» 2 — A FLORESTA DO AMAPARI-MATAPI-CUPIXI (Território Federal do Amapä) — Inventärio Florestal — 1960 — Es­gotado.

A. DE MIRANDA BASTOS.

BOLETIM N.« 3 — O PINHEIRO BRASILEIRO EM SANTA CATARINA — Da­dos dum inventärio florestal pilöto -— 1960 — Esgotado.

DAMMIS HEINSDIJK — ROBERTO ONETY SOARES — HELMUT HAUFE.

BOLETIM N. ' 4 — ELEMENTOS BÄSICOS DE MATEMÄTICA-ESTAT1STICA NOS TRABALHOS DE INVENTÄRIOS FLORESTAIS — 1961 — Esgotado.

HELMUT HAUFE — ROBERTO ONETY SOARES.

BOLETIM N. ' 5 — PLANTAQÖES DE CONIFERAS NO BRASIL — Estudo pre-liminar sóbre volumes e rendimentos da Araucaria angusti-folia, Cryptomeria japonica, Cunninghamia lanceolata e Pi-nus elliottii — 1962.

DAMMIS HEINSDIJK e ROBERTO ONETY SOARES.

— Com um estudo económieo por A. DE MIRANDA BASTOS e RO­BERTO ONETY SOARES.

BOLETIM N. ' 6 — INVENTÄRIOS FLORESTAIS NA AMAZONIA — 1963.

DAMMIS HEINSDIJK e A. DE MIRANDA BASTOS.

BOLETIM N. ' 7 — A FLORESTA DO NORTE DO ESPiRITO SANTO — Dados e conclusöes dum inventärio florestal pilöto — 1964.

DAMMIS HEINSDIJK- — JOSÉ GARCIA DE MACÊDO — STEPHA-NUS ANDEL — ROBERTO BITTENCOURT ASCOLY

AVULSO — GLOSSÄRIO DOS TERMOS USADOS EM ANATOMIA DE MADEIRAS — 1960. F. R. MILANEZ — A. DE MIRANDA BASTOS.

AVULSO — THE FUTURE OF THE BRAZILIAN PINE FORESTS — Findings of a Pilot Forest Survey in the State of Santa Ca­tar ina. (Contribution to the Fifth World Forest Congress) — 1960.

EM VIAS DE CONCLUSÄO

BOLETIM N. ' 8 — AS AMOSTRAS ZERO EM INVENTÄRIOS FLORESTAIS — ZERO SAMPLING UNITS IN FOREST INVENTORIES.

DAMMIS HEINSDIJK

BOLETIM N. ' 9 — FLORESTAMENTO COM CQNIFERAS NO BRASIL — As-pectos ecológicos dos plantios na Regiäo Sul, part icularmente, com Pinus Elliottii e Araucaria angustifolia.

C. P. VAN GOOR

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

DEPABTAMENTO DE BECUBSOS NATÜBAIS BENOVÄVEIS DIVISÄO DE SILVICUI/TUBA — SECCÄO DE PESQUISAS FLOBESTAIS

(Setor de Inventärios Florestais)

BOLETIM N.° 7

A FLORESTA DO NORTE DO

ESPiRITO SANTO Dados e conclusöes dum inventario florestal pilöto

D A M M I S H E I N S D I J K Conselheiro técnico da FAO

JOSÉ GARCIA D E MACÊDO Engenheiro-agrönomo

S T E P H A N U S ANDEL, Engenheiro-florestal

E O B E B T O B I T T E N C O U B T ASCOLY Engenheiro-agrönomo

RIO DE JANEIRO

B R A S I L

1 9 6 5

IM!

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I N D I CE Päg.

AGRADECIMENTO ESPECIAL 4

APRESENTACÄO 5

AGRADECIMENTO 7

CONSIDERACÖES GERAIS SÖBRE O ESTADO DO ESPIRITO SANTO . . . 9

A FLORESTA 17

MÉTODOS DE TRABALHO 27

Tabela N . ' 1 — Volumes de madeira na Regiäo Amazönica e em Linha-res, por classe de diametro 37

Tabela N . ' 2 — Numero de dormentes 200-16-22 a ser obtido por serra mecäniea de toras de 2 m de comprimento 40

Tabela N.° 3 — Numero suposto de dormentes 200-16-22 a serem ser-rados mecänicamente das ärvores em pé. (Volume por dormente 0,0704 m 3 43

MEDICÄO DOS VOLUMES PELA FOTOGRAFIA AÉREA 46

RESULTADOS DO INVENTÄRIO PILÖTO 48

Tabela N.° 4 — Anälises de variäncia 48

Tabela N.« 5 — Volumes de madeira em pé e sua variagäo 51

Tabela N . ' 6 — Volumes de madeira em pé nos grupos selecionados e

sua variagäo 52

Tabela N.° 7 — Volumes das espécies principals encontradas na Reserva 53

Tabela N . ' 8 — Recapitulagäo dos volumes em m 3 por hec tare n a Flo-resta de Produgäo inteira 54

DISTRIBUICÄO SEGUNDO OS DIÄMETROS 56

Tabela N . ' 9 — Distribuigäo dos diämetros n a Floresta de Produgäo . . 58

CONSIDERACÖES ECONÖMICAS 61

RELACÄO DAS ÄRVORES EXISTENTES NAS FAIXAS INVENTARIADAS DA RESERVA 65

SUMMARY 69

ILUSTRAQÖES

Fig. n.« 1 — Mapa parcial da ärea pilöto 23

Fig. n.« 2 — Curva de freqüência das espécies 25

Fig. n. ' 3 — Coletando amostras de solo 32

Fig. n. ' 4 — Plano de selecionamento das amost ras na Reserva 33

Fig. n.° 5 — Medigäo dum tronco de 2 em 2 metros 34

Fig. n.« 6 — Incêndio num trecho da floresta de Linhares 42

Fig. n.° 7 — Histogramas da distribuigäo de a lgumas espécies florestais, segundo as classes de diametro 57

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A G R A D E C I M E N T O E S P E C I A L

A publicacao do presente trabalho se viu retardada de mais tres mêses, em virtude da falta de recursos especificos no orca-mento do Departamento de Recursos Naturais Renovdveis para 1964- Na emergência, valeu-nos, mais uma vez, o elevado espiri-to de colaboracäo da Companhia Vale do Rio Doce, que, por in-termêdio do seu atual Presidente, professor Oscar de Oliveira, prontamente acedeu, assim Ihe foi pedido, em custear as des-pesos, nada modestas aos precos de agora, da edicäo de "A FLO-RESTA DO ESTADO DO ESP1RIT0 SANTO — Dados dum inventdrio florestal pildto", trabalho a cuja execucao, nas tare-fas de campo, jd antes a emprêsa havia fornecido integral suporte.

A Companhia Vale do Rio Doce, na pessoa do professor Os­car de Oliveira, os profundos agradecimentos do Setor de Inven-tdrios Florestais, falando nöo apenas em seu nome, mas no do Diretor da Divisäo de Silvicultura, dr. Roberto Onety Soares, e do Diretor Geral do DJi.N.R., dr. Joao Maria Belo Lisboa.

Rio, abrü de 1965.

A. DE MIBANDA BASTOS

Encarregado do Servigo de Inventärios Florestais

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APRESENTACÄO

A Divisäo de Silvicultura do Departamento de Recur-sos Naturais Renoväveis do Ministério da Agricultura tem a satisfagäo de apresentar, nesta data, o BOLETIM N." 7, do Setor de Inventärios Florestais, hoje orgäo da Secgäo de Pesquisas Florestais.

E mais um trabalho de envergadura, com que nos*brin-da a equipe que, desde 1958, vem sendo preparada pelo emi­nente especialista, engenheiro-florestal, dos quadros da FAO, Dammis Heinsdijk, a quem tanto devemos, näo só pelos servigos de natureza técnica que vem redlizando entre nós, mas, também, pelo seu grande exemplo de amor ao traba­lho e fé nos resultados.

Êste BOLETIM näo é apenas uma colegäo de nümeros söbre o potencial madeireiro de uma area pïlöto da floresta do rio Doce, como o titulo poderd sugerir, mas ainda urn repositório de preciosos ensinamentos söbre a metodologia a ser aplicada nos inventärios da floresta tropical pluvial.

Parabéns ä Secgäo de Pesquisas Florestais por esta pu-blicagäo.

Parabéns aos silvicultores brasileiros, notadamente aos futuros engenheiros florestais, que teräo mais uma fönte se-gura, onde buscar os conhecimentos necessärios ä sua for-magäo profisional.

Brasilia, dezembro de 1964-

WALTER XAVIER DE ANDRADE

Diretor da Divisäo de Silvicultura

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AGRADECIMENTO

Desde que iniciou suas atividades, o Setor de Inventä-rios Florestais, do antigo Servigo Florestal, hoje órgao da Secgäo de Pesquisas, da Divisäo de Silvicultura do Departa-mento de Recursos Naturais Renoväveis, vinha tentando uma oportunidade para obter informes söbre a composigäo das florestas tropicais pluviais que se encontram no litoral dos Estados do Espïrito Santo e Bahia.

Em agösto de 1963, a Companhia Vale do Rio Doce, re-presentada pelo seu entäo presidente, o ilustre dr. Eliezer Batista da Silva, na data, também Ministro de Minas e Ener-gia, ofereceu essa oportunidade, solicitando a colaboragäo da Secgäo de Pesquisas Florestais para que fösse executado o inventario florestal da Reserva, de aproximadamente 20.000 hectares, que aquela emprêsa possui no Municipio de Li-nhares.

Atendida a solicitagäo, os trabalhos de campo foram iniciados a 15 de agösto de 1963 e concluidos em dezembro do mesmo ano.

A todos que contribuïram para o bom êxito desta tare-fa, os agradecimentos sinceros da Secgäo de Pesquisas Flo­restais, especialmente aos engenheiros-agrönomos Manoel Carneiro de Albuquerque Filho e Moacyr Pompeu Memoria, entäo, respectivamente, Diretor Geral do Departamento de Recursos Naturais Renoväveis e Diretor da Divisäo de Sil­vicultura, que deram integral apöio ä execugäo dos traba­lhos; aos engenheiros-agrönomos Joaó Maria Belo Lisboa e Walter Xavier de Andrade, atuais ocupantes daqueles car-

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gos; ao engenheiro-agronomo Roberto Onety Soares, nosso companheiro de trabalho; ao botänico Arthur de Miranda Bastos, na época, encarregado do Setor de Inventarios Flo-restais; ao naturalista da Reserva Biologica do Estado da Guanabara, José Lanna Sobrinho, que colaborou na iden-tificagäo botanica das espécies encontradas na area inven-tariada.

O nosso reconhecimento é também extensivo ä equipe do Departamento Florestal da Companhia Vale do Rio Doce, constituïda dos engenheiros-agrönomos Radagäsio Vervloet, Chef e; Crysóstomo Valiatti, Chef e substituto, e dos auxilia-res Fritz O. W. Aurich, Florentino Cuzzuel, Hugo Silvério Cuzzuel e Francisco A. Carvalho.

OS AUTORES

Rio, setembro de 1964

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CONSIDERACCES GERAIS SÖBRE O ESTADO DO ESPiRITO SANTO

I — INTRODUCÄO

O Espïrito Santo é urn pequeno Estado para as proporgöes do Brasil, correspondendo a sua superficie a apenas, 0,46 % do território nacional. Esta unidade ocupa urn trecho da fachada tropical atläntica do Pais, entre os paralelos de 17° 55' 21" S e 21° 17' 59" S e entre os meridia-nos 39° 40' 49" O e 41° 52' 32" O.

Tem a forma aproximada de um retängulo, alongado söbre o lite­ral. De norte a sul, a extensäo maxima é de 374 km, e de leste a oeste, de 130 km. As costas alongam-se por 430 km.

A zona norte. do Estado tem por principal base econömica a extra-gäo de madeiras, se bem estejam em expansäo as lavouras de café e cacau.

A falta de transporte é uma das razees pelas quais a agricultura ain-da näo se tern expandido mais. Com a construgäo da rodovia Säo Ma-teus-Nova Venecia foram abertas boas perspectivas ä exploragäo da terra.

Präticamente näo mais existem terras devolutas e, sem embargo, as cidades do litoral têm um aspecto de decadência. Com a ligagäo ro-doviäria entre Colatina e Nova Venecia o centro de gravidade de pro-dugäo estä se deslocando para êstes municipios, dado que o porto de Säo Mateus näo recebe embarcagöes grandes.

II — SUPERFICIE

O Espirito Santo cobre uma superficie de 39.577 km2, dos quais 4.540, sejam, 9,32 % representados pelo municipio de Linhares, o mais expres-sivo do ponto de vista florestal, no qual se localiza a Reserva onde teve lugar o presente estudo.

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m — POPUI^CÄO 1 — POPULACÄO RECENSEADA NOS DOIS ULTIMOS CENSOS

P O P U L Ä C i O

MUNICIPIO Recenseada Anmento ou dimi-nuicäo percentaal de 1960 söbre 1950 Em

l.o-VII-950 Em

l.o-IX-960

Anmento ou dimi-nuicäo percentaal de 1960 söbre 1950

Espirito Santo

Linhares

871 474

29 564

1188 665

65 418

36,40

121,28

2 — POPULACÄO DO MUNICIPIO DE LINHARES, SEGUNDO OS DISTRITOS

POPULACÄO RECENSEADA

MUNICIPIO E DISTRITOS i

Quadro

Urbana Rural

LINHARES

Linhares

Desengano

Regência

Rio Bananal

8 791

5 751

338

435

1793

474

56 627

19 922

3 795

4 486

16 008

12 416

65 418

25 673

4133

4 921

17 801

Säo Rafael

8 791

5 751

338

435

1793

474

56 627

19 922

3 795

4 486

16 008

12 416 12 890

FÖNTE : I.B.G.E.

IV — CLEVÏA

O clima da regiäo costeira setentrional é ümido. A precipitagäo pluviométrica, em certos trechos, vai a mais de 2 metros por ano. Cho-ve, pois, mais do que no litoral sul.

A estacäo sêca näo é acentuada, havendo chuvas fortes tanto no in­verno como no veräo.

A mudanga climätica, que se verifica ä medida que se caminha para o Norte, é revelada pela presenga dos coqueiros no setentrional capixa-ba, söbre aluviöes depositados pela ägua doce. O limite dos coqueiros segue os limites das cheias de veräo e de inverno, segundo Deffontaines.

O clima Aw (Koppen) da baixada litoränea estende-se para o in­terior através dos vales que dessecaram profundamente a encosta rebai-xada dos cêrros costeiros (vales dos rios Mucuri, Doce, Itapemirim, Pa-

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raiba do Sul, etc.). Acentua-se, todavia, a estagäo sêca de outono-inver-no, caracteristica do regime de chuvas tropicais. Também o regime tér-mico se modifica, dando margem a que se tornem mais nitidas as dife-rengas entre as temperaturas médias do mês mais quente e mais frio.

V — PRODUCÄO AGRICOLA

Dentre as culturas, destacam-se o café, cacau, milho, cana de agücar, arroz, feijäo e mandioca.

De acördo com ö «VII Recenseamento Geral do Brasil em 1960», a produgäo de cacau em 1959 no Municipio de Linhares foi de 88,3 % da safra de todo o Estado.

AREA CULTIVADA E VALOR DA PRODUCÄO DE TÖDAS AS CULTURAS

MUNICIPIO

Area cultivada (ha) Valor da produsäo (Cr$ 1 000)

MUNICIPIO

1959 I960 1961 (1) 1959 I960 1961 (1)

Linhares

ESTADO

37 439

611 450

1 38 733 | 38755

1 641185 | 637 219

1

342 889

5 623 089

377 319

7 340 129

556180

8 021 803

(1) Dados sujeitos a retificacäo.

AREA CULTIVADA, QUANTIDADE PRODUZIDA E VALOR DA PRODUCÄO DAS SEIS PRINCIPAIS CULTURAS — 1959/61

Anos

LINHARES ESTADO

CTJLTURA Anos Produgäo Produgäo cultivada (ha)

cultivada (ha)

cultivada (ha) Quant,

(t) Valor

Cr$ 1000

cultivada (ha) Quant,

(t) Valor

Cr$ 1 000

Café 1959 1960 1961

19 560 20 400 19 200

15 648 15 300 15 000

208640 204 000 150 000

301144 306 372 287 978

287 519 284 730 256 283

2 654 966 3 306 802 2 959167

Milho 1959 1960 1961

240 300 400

252 276 390

1050 1150 1690

148148 163 286 169 227

122 455 148 670 150 175

654 001 699 636

1 006 373

Mandioca .. 1959 1960 1961

230 290 350

4 300 5 860 7 890

5 550 8206 11527

26 723 25138 25 781

462 220 412 780 427 990

457 554 581178 738 666

Feijäo 1959 1960 1961

590 490 580

248 364 391

3 809 10217 11436

48 793 56 941 60 462

28 597 38 635 38 312

586 226 1123 393 959 018

Arroz 1959 1960 1961

160 160 190

276 186 324

1840 1395 2 700

23 291 27134 29 041

34 379 40 735 46 523

279 480 361179 490 397

Cana de acü-car

1959 1960 1961

210 280 300

6100 7 860 8 760

1220 1808 2102

19 738 20 406 21233

598 150 572 908 601840

195 264 255 712 373 903

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VI — PECUÄRIA

A pecuäria vem ganhando importäncia no sul do Estado e no me­dio rio Doce, em conseqüência do abandono das lavouras de café. O seu desenvolvimento reflete um processo de modificagäo da estrutura do se-tor primärio, cuja profundidade näo é possivei precisar.

Essa atividade conquista areas que anteriormente eram exclusiva-mente agricolas, sobretudo com a expansäo da indüstria de carne e la-ticinios. Na regiäo Sul predomina a criagäo de gado leiteiro, enquanto que no Norte se destaca a de gado de corte.

A produgäo leiteira deu margem a que Cachoeiro de Itapemirim desenvolvesse a indüstria de laticinios. Na regiäo mais elevada do Es­tado, a manutengäo do gado é sèriamente prejudicada pela mösca ber-neira (Dermatobia cyaniventris), que ataca duramente os animais, de modo que alguns criadores empregam na defesa dos seus rebanhos, com algum êxito, o mesmo inseticida usado contra a broca do café.

No medio rio Doce, a criagäo é praticada de modo intensivo, as pas-tagens säo bem cuidadas e, freqüentemente, plantadas. O gado é man-tido em boa forma e numerosas fazendas possuem estäbulos e banheiros carrapaticidas.

POPULACÄO PECUÄRIA — 31-12-961

EFETIVOS ESTIMADOS

NUMERO DE CABECAS

MUNIC1PIO Gado maior Gado menor

Bovinos Equinos Asininos Muares Suinos Ovinos Caprinos

Linhares .

Estado . . .

30 000

738100

9 000

139 070

60

2 330

3 200

147 710

25 000

1149 000

1300

28 010

3 500

101 500

VII — EXPLOTAQÄO MADEIKEIKA

É uma das mais importantes do Estado, apenas superada, no comér-cio de exportagäo, pela do minério de ferro (oriundo de Minas) e do café.

O Espïrito Santo é importante supridor de madeiras para o Estado da Guanabara.

A industrializagäo regional, todavia, só é importante no caso dos dor-mentes.

Vale acrescentar que a explotagäo madeireira repousa essencialmen-te em bases capitalistas, estando portanto em condigöes de contornar eer-tas dificuldades, como abiïr estradas, manter caminhöes próprios e final-mente, adquirir ou alugar grandes äreas de mata para explotagäo.

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PBINCIPAIS MADEIRAS EXPOBTADAS

P O R T O D E V I T Ó R I A

1962/1963

1 9 6 2 1 9 6 3

M/3 Valór F o b Cr$ M/3 us$ Valör F o b Cr$

Bicuiba 18 292 000 5 219 100 814

Braüna 77 1 930 035 61 4 097 2 361440

Cedro 20 400 200 — — —

Cerejeira 369 8 136 017 2 155 98 862

Gongalo alves . . 198 4 113 583 231 13 737 7 056 249

Ipê 249 5 100111 335 19 603 9 649 763

Jacarandä 8119 437 255 684 10 510 1 493 501 819 993 661

Jatobä 37 569 959 38 1520 699 200

Jequitibä 699 10 019 216 33 1140 524 382

Louro 1829 36 162 693 1789 111543 63 207 410

Macaranduba . . 166 4 460 693 311 16 754 8 968 166

Macanaiba 154 3 146 952 26 1707 1 024 098

Óleo pardo 10 181350 — — —

Óleo vermelho . . 28 624 493 23 1322 656 512

Pau brasil 1 92 000 7 1400 840 000

Pau marf im . . . . 7 95 212 17 952 532 000

Pau roxo 59 1188 671 134 8 732 4 290 260

Peroba 824 22 194 390 258 18816 10122 031

Sucupira 363 7 247 744 437 22 956 12 288 456

Madeiras näo es-pecificadas . . . 196 4 015 290 22 1700 867 540

TOTAL 13 423 547 235 293 14 239 1719 854 942 280 844

Fonte : I n s t i t u t o Nacional do P i n h o (D.C.E. ) .

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PRODUCÄO DE MADEIRA EM TOROS E LENHA

UNIDADE (m3)

PRODUTOS

P R O D U C Ä O

Quant idade

1 9 5 9 1 9 6 0 1 9 6 1

Valor

Total (Cr$ 1 000)

1 9 5 9 1 9 6 0 1 9 6 1

Média (Cr$)

1 9 5 9 1 9 6 0 1 9 6 1

Madeira em toros

Lenha

247 943

1 656 900

254 271

1 940 940

273 652

1 963 510

239 704

209 916

304 436

308 916

441 778

422 007

967

127

1197

159

1614

215

DISCRIMINACÄO, SEGUNDO AS F O N T E S

MADEIRA EM TOROS (m3)

Quant idade

Valor

MUNICfPIO

Quant idade

Total (Cr$ 1000) Média (Cr$)

1 9 5 9 1 9 6 0 1 9 6 1 1 9 5 9 1 9 6 0 1 9 6 1 1 9 5 9 1 9 6 0 1 9 6 1

Linhares 25 000

247 943

30 000

254 271

40 000

273 652

15 000

239 704

18 000

304 436

32 000

441 778

600

967

600

1197

800

Estado

25 000

247 943

30 000

254 271

40 000

273 652

15 000

239 704

18 000

304 436

32 000

441 778

600

967

600

1197 1614

25 000

247 943

30 000

254 271

40 000

273 652

15 000

239 704

18 000

304 436

32 000

441 778

600

967

600

1197

L E N H A (m3)

80 000 85 000 90 000 4 800 5100 9 000 60 60 100

1 656 900 1 940 940 1 963 510 209 916 308 916 422 007 127 159 215

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15

v m — COMÉRCIO

No intercambio comercial com o estrangeiro, de 1959 a 1961, a exportagäo média somou a importäncia de Cr$ 12.084.306.580,00 contra Cr$ 2.027.000.000,00 em 1956, conforme o quadro abaixo :

EXPORTACÄO PARA O EXTERIOR

PBINCIPAIS MEBCADORIAS EXPORTADAS — 1959/61

MEBCADOBIAS Anos Peso (Kg)

Valör (Cr$)

Berilo

Cacau

Café

Hemati ta

Madeira

Outras mercadorias

TOTAL

1959 1960 1961

1959 1960 1961

1959 1960 1961

1959 1960 1961

1959 1960 1961

1959 1960 1961

1959 1960 1961

1 817 000 4 245 946 2 727 780

3 882 780 1 698 000 7 587 240

69189 120 80 602 260 76 921 980

3 251 002 826 4 243 028 444 5 000 099 748

7 966 117 9 597 272 12 387 521

4 002 842 8 029 318 9 296 553

3 337 860 685 4 347 201 240 5109 020 822

89 297 143 186 524 162 249 552 026

201 482 362 73 773 040 607 811 593

2 489 201 512 3 607 091126 3 984 714 925

3 567 600 528 7 929 967 523 12 485 937 923

66 550 688 142 730 447 312 066 114

45 281 460 98 209490 115 127 677

6459 413 693 12 038 295 788 17 755210 258

FÖNTE : SeQäo de Intercambio Comercial do D.E.E.

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16

EXPORTACÄO PARA O TERRITÓRIO NACIONAL

MERCADOBIAS Anos Peso (Kg)

Valör (Cr$)

Ferro e ago e suas ligas . . r

L

1959 1960 1961

4 418 186 3 595 526 4 036 709

44 792 715 35 027 025 51170 417

Laticinios { 1959 1960 1961

10 321 840 16 586 448 19 876 849

91 256 191 187 604 972 285 117 559

Madeira r \ {

1959 1960 1961

180 856 231 148 097 433 176 203 238

468 224 546 500185 091 988112 738

Maquinaria e veiculos, per-tences e acessórios

\ \ l

1959 1960 1961

2 738 146 582 434 343 337

107 877 952 49 005 680 90179 237

Preparagöes de cereais r \ [

1959 1960 1961

413 556 293 693 321281

11 650 768 14 605 790 21 929 723

Móveis de madeira ... f 1959 1960 1961

372 812 353 352 502 092

15 682 384 19160 472 40 338 421

Produtos quimicos, farmacêu-cos e semelhantes

f

l

1959 1960 1961

1149 747 2 040 905 1 513 691

35 889 863 97 612 275 117 239 810

Sacos de juta i 1959 1960 1961

1101 607 1 493 208 1 638 844

81 698 370 195 996 308 304 320 381

Tacos para assoalho r i

1959 1960 1961

15 221 818 14 821 032 18 532 859

134 950 963 159198 116 286 245 423

Tecidos comuns de algodäo . r •i i

1959 1960 1961

200 577 417 400 389 132

39 407 054 105 424 815 126 204 989

Outras mercadorias r i

1959 1960 1961

101 031 757 113 943 862 186 280574

869 813 069 1153 843 890 2 649 068 577

TOTAL r •i i

1959 1960 1961

398 416 501 469 930 244 538 203 108

3 848 311 489 5 509 635 948 8 141 790102

FÖNTE : Secäo de Intercämbio Comercial do D.E.E.

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A FLORESTA

O inventärio florestal descrito aqui foi feito na floresta de terra firme localizada a mais ou menos 19 graus de latitude e 40 graus de longitude, com uma altitude variävel de 20 até 30 metros acima do nivel do mar. (Ver Fig. 1).

O solo é do tipo tabuleiro, composto de material terciärio näo con-solidado, de serras do oeste. Ä margem leste da floresta, esses tabuleiros foram transformados gradualmente dentro de depósitos quaternärios. Os sedimentos argilo-arenosos foram formados provävelmente em tres ou quatro diferentes terracos. Naturalmente, em conseqüência da erosäo (depois sedimentagäo), a topografia é levemente ondulada. Nos sedimen­tos de tabuleiro, os tipos Regosolic, Yellow, Latosolic, Podsolic (RYLP) têm sido formados sob influência do clima e da vegetagäo. Êsse solo é caracterizado por uma considerävel profundidade (2 - 4 m) com horizon-tes näo distintos nos perfis. Faz-se presente grande quantidade de areia no horizonte A. O aumento de argila ocorre paralelamente com o aumen-to da profundidade. Sua cor é amarela para marrom claro (10 YR, de acördo com Munsell). Dentro dêsse principal grupo de solos, alguns tipos podem ser distinguidos uns dos outros por diferenga de profundidade, teor de argila e cör caracterïstica do horizonte A. Präticamente, nas partes planas, o horizonte A é fundo e arenoso, enquanto que sob condigóes espe-ciais, isto é, quando as camadas superficiais têm leves depressöes, o humus podsol é encontrado, formando urn horizonte B bastante compacto, no qual a ägua fica estagnada. Estas säo as chamadas camadas de ortstein, desfavoräveis, portanto, ao bom desenvolvimento da vegetagäo. Entre-tanto, sob as melhores circunstäncias, isto é, quando o horizonte A é de cör marrom para amarelo, composto de argila arenosa, a floresta alta de terra firme ai se encontra em pleno desenvolvimento.

Para facilitar o levantamento do solo na area pilóto, os tipos de solos säo numerados da seguinte maneira :

Tipo 1 — Argila arenosa com uma cobertura de areia de menos de 50 cm, cör marrom para amarelo-marrom.

Nos distritos 1 e 3 da Reserva (as partes oeste e norte da floresta alta de terra firme), foi encontrado o mesmo tipo

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de solo, näo tendo präticamente areia depositada na superfi-cie. O horizonte A é sempre composto de argila com uma percentagem de 25 a 50 % de areia. No distrito 2 — Pedro e Tamanduä (as partes mais ao sul da Reserva) sempre säo encontrados êsses tipos de solo, porém com uma camada de areia que varia de 10 a 25 cm. Nessa regiäo, a floresta alta de terra firme apresenta-se, substancialmente, de baixo volu­me, tanto quanto nos outros distritos no norte e oeste da mesma Reserva.

Tipo 2 — Argila arenosa, com uma cobertura de menos de 50 cm de areia, de cor cinza ou cinza-amarelado. Em geral o nivel de-ägua do solo apresenta-se bastante superficial.

Nesse tipo, acha-se presente a vegetagäo pantanosa, a quäl näo foi levantada.

Tipo 3 — Cobertura de areia de mais de 50 cm, cor branca ou branco-acinzentado.

Tipo 4 — Cobertura de areia de mais de 50 cm, cor cinzenta ou cin­za-amarelado.

Nesses Ultimos tipos de solos, encontram-se freqüente-mente os tipos de vegetagäo chamados mugununga, nos seus värios aspectos, ou seja, desde floresta alta, a vegetagäo ar-bustiva, savanas ou cerrados.

As formagöes vegetais encontradas na Reserva säo :

a) Floresta da värzea ou floresta pantanosa e vegetagäo pantanosa de arbustos ou gramineas

A floresta pantanosa encontrada tem uma aparência mista, isto é, uma vegetagäo constituida de palmeiras (Euterpe sp.) e de ärvores es-parsas. Em virtude de essas florestas aparecerem em trechos longos e de pouca largura, a mistura das ärvores näo é muito tipica para a forma-gäo. Äs vêzes aqui e ali aparecem as espécies de terra firme.

Quando o päntano é fundo, a vegetagäo florestal desaparece, sendo substituida por tapetes de grama. Ä medida que o päntano vai se apro-fundando, a vegetagäo florestal vai desaparecendo, substituida por tape­tes de grama. Os brejos encontrados e estudados com auxilio das foto-grafias aéreas tornam essa regiäo excepcionalmente muito funda, só que, como é claro, sem cobertura de gramineas, dando ao brejo a aparência de um rio.

b) Floresta e vegetagäo dos cerrados ou savanas

Realmente, näo se trata duma vegetagäo de cerrado, causada por um clima sêco, ou falta de chuva. A vegetagäo parece ser cerrado, näo por

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falta da ägua e sim pelas condigöes do solo ou por causa dos fatores edäficos. As florestas de mugunuriga öcorrem em sölós dós'tipos 3 e 4, de quase areia pura, em pequehas manchas entre a" florèsta altä dé ter­ra firme, quase sempre localizadas nos divisores dé '• agua; éritrë os' igä-rapés ou córregos e flancos levemente ondulados no terrenoque bórdeia êsses igarapés. (1) • '

Em lugares onde a ägua da chuva fica estagnada em conseqüência das camadas de ortstein no sub-solo, essa floresta degenerä cdnsiderävel-mente, transformando-se numa espécié de cerrado ou revestiméntö arbus-tivo. Äs vêzes, por causa do fogo ou talvez, também por fatos natürais, essa vegetagäo pode degenerar ainda mais e transformar-se em «nativbs». Denominam-se nativos certas manchas de solo encontradas em, diversas partes da Reserva, as quais säo constituidas de areia purä, ocupando ge* ralmente areas consideräveis, cuja vegetagäo é formada de grama dura e samambaia, sendo que esta ultima forma verdadeiros tapetes, cobrin-do parcialmente essas manchas.

c) Floresta secundaria ou capoeira

Este tipo de floresta tem uma aparência caracteristica, isto é, mos­tra em todo lugar uma abundancia de imbaüba {Cecro'pia sp.). Quando essas florestas secundärias säo queimadas diversas vêzes, praticamente as ärvores desaparecem e essas areas säo cobertas por samambaia.

d) Floresta alta de terra f irme

Nêste relatório esse tipo de floresta é chamado Floresta de Produ-gäo. Pode ser classificada como floresta tropical pluvial. Algumas vê­zes essa formagäo poderä ser uma floresta sasonal sempre verde («ever­green seasonal forest»).

Das ärvores com diametro na altura do peito de 25 cm e mais, fo-ram encontradas mais de cem espécies, das quais os nomes säo mencio-nados no presente trabalho. De 10.793 ärvores medidas nesse tipo de floresta, só 52 ou seja 0,65 % näo puderam ser identificadas.

Para os värios grupos de amostragens tomadas nos distritos 1, 2 (Pe­dro e Tamanduä) e 3, tragaram-se curvas de freqüência das especies, as quais mostram forma sensivelmente idêntica. No inicio, säo fortemen-te ascendentes até a amostra ou parcela 30 a 35, em seguida, se inclinam, tomando diregäo horizontal.

Na Regiäo Amazönica o mesmo fenömeno foi observado. As curvas tornam-se mais ou menos horizontals nas amostras 15 a 20. As amostras da Amazönia foram de 1,0 hectare e as desta Reserva de 0,2

(1) Da floresta de mugununga foram tornados mais ou menos 7 hectares de amostragens : pelo seu caräter irregular e pelo fato de essa floresta ser uma pequena area da Reserva, de in-significante importäncia econömica, nenhuma anälise foi feita.

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hectare, entäo 30 a 35 amostras da Reserva säo iguais a 6 a 7 da Ama­zonia. Conclui-se que a floresta de terra firme da Reserva de Linhares é de mais simples composigäo que as florestas da Amazonia. Na primei-ra, o numero das espécies encontradas é mais reduzido.

Foi o que assinalämos aträs ao dizer que, com o estudo de apenas 30 a 35 amostras de 0,2 hectare cada uma, podemos ter a representa-gäo das espécies mais freqüentes na floresta de Linhares.

Abaixo dessas curvas, estäo presentes as classes de freqüência até 30 %. Se uma dada espécie se acha incluida numa delas, por exemplo, ou seja, se aparece 65 vêzes em 100 amostras, isto significa que perten-ce ä classe 70-60. (Ver Fig. 2).

Para dar uma idéia meihor de como as espécies se distribuem dentro do tipo florestal, no quadro respectivo, abaixo da curva de freqüência, tragämos linhas grossas mais ou menos interrompidas, para representä-las. Cada interrupgäo corresponde, na linha do gräfico que representa a seqüência das amostras, ä indicagäo de que falta ali a referida espécie.

Para esse levantamento, as anälises das curvas de freqüência dos distritos e sub-distritos justificam nossa convicgäo de que as florestas al-tas de terra firme nos värios lugares da Reserva säo de um ünico tipo florestal.

As espécies que ocorrem freqüentemente säo, pela ordern :

1 — Batinga 2 — Barr iga d'ägua 3 — Mapeba 4 — Tambor 5 — Jataipeba 6 — Milho torrado 7 — Aragä da mata 8 — Paineira 9 — Boleira

10 — Leiteira 11 — Bicuiba

Prät icamente sempre presentes

12 13 14 15 16

Camboatä Caingä Canela Pelada Guaiticica

17 — Cobi 18 — Cubixä 19 — Jequitibä 20 — Pau sangue

21 — Bicuiba branca 22 — Copaiba 23 — Gema de ovo 24 — Macaranduba 25 — Murici 26 — Sucanga 27 — Roxinho

Freqüentes

Este grupo pode certos locais.

ocorrer freqüentemente em

Comparado com os outros, r e menos freqüentemente. säo geralmente encontradas.

êste grupo ocor-mas as espécies

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A vegetagäo baixa (arbustos, plantas rasteiras, etc.) näo é muito compacta ou fechäda, exceto äs margens das estradas ou córregos onde a luz penetra na floresta. Cipós e mata-paus säo abundantes, palmeiras säo escassas. Foi observado no campo e provado pela amostragem que se o fogo penetra regularmente na floresta alta (na parte do distri-to 2 — Tamanduä, a parte sul da Reserva), o que acontece sempre na vizinhanga dos nativos, essa floresta sera paulatinamente destruida. Ela toma um aspecto mais aberto (quando as ärvores novas säo queimadas) e aparece uma densa vegetagäo de samambaia, que sufoca a sucessäo normal.

Comparando as florestas tropicais pluviais do norte do Estado do Espirito Santo com as da Regiäo Amazónica, podemos dizer que elas tern urn «habitat» idêntico. Entretanto, as primeiras mostram-se mais uni­formes e têm menos variedade em espécies de ärvores. A altura destas é também menos variävel, porque as ärvores muito altas e muito gran-des säo excepcionais.

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F R E Q Ü Ê N C I A D A S E S P É C I E S

lOOi

90

80

70

60

50

4 0

30

20

10

98 espec ies l

V o l u m e medio p h o = l 9 8 m3

M e d i a p ha = 133 a r v o r e s

5 10 B 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135

80 BARRIGA D'AGUA BATINGA TAMBOR

70, <6P 60/

50 ,

• Bi • I

I • BBBI • I

• BBBI • •

I Bü • • B i • B •

Bi • B B

BB1 BBBBBB BBi Bi • BB1 MAFEBA I m BBB1 BBBBI I I I Bi S MILHO TOBRADO

BI B B Bi BBBBI Bi Bi B JATA1FEBA I Bi B B Bi BBBBBBB S3 FAINEIBA

B l l l l l BBI B B ABACA • B BBi BBBBI B • BBI B BICUÏBA

• • B • • • BOLEIRA B B B B B I I GUABACUCA

Bi B B Bi B • BK22 PELADA

IB B B

7 ' 3 0

S B l l l l I BB B I BI

• •

• B •

• B B B i I • • Bi

i a • • •

• B a B a i • B B • B

CANELA COBI JEQUITIBA JOÄO MOLE LEITEIBA MURICI SUCANGA

FIG. 2 — Curva de freqüência das ärvores encontradas no inventario do distrito n.v 1. na re-giäo de Linhares, e na qual foram consideradas 135 amostras de 0,2 ha. A média foi de 133 ärvores e de 198 metros cübicos de madeira por ha.

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METODOS DE TRABALHO

O levantamento florestal da Reserva de Linhares teve como prin­cipal finalidade obter uma estimativa do volume de madeira em pé de ärvores economicamente aproveitaveis com um DAP de 25 cm e mais (de classe de diametro 3 e mais). Desde o comêgo, o inventärio foi di-rigido para o fornecimento desta estimativa com uma variagäo de 10 % e com uma probabilidade de êrro de 2 em 3.

Executou-se urn levantamento completo, isto é, urn levantamento da floresta ..acompanhado por urn levantamento do solo. Isto foi possivel gragas ä colaboragäo do dr. C. P. van Goor, um especialista em solos flo-xestais e em plantagöes de coniferas, da Assistência Técnica bi-lateral Brasil-Holanda.

Com .os resultados obtidos e os próprios mapas, objetivou-se fazer um plano de explotagäo racional e de conversäo da Floresta de Produ-gäo em floresta artificial de alta produgäo.

Durante o trabalho, descobrimos que também iamos precisar de ta-belas de volume para estimativa das ärvores em pé, sua potência de pro­dugäo para dormentes pequenos e um plano para a protegäo contra o fogo. No mês de outubro os trabalhos de campo foram interrompidos em virtude da eclosäo de värios incêndios em vastas äreas da regiäo, com seriös prejuizos para a Reserva. Baseado na experiência com êsses incên­dios (extraordinäriamente fortes e extensos), um plano provisório, para proteger as florestas contra o fogo, futuramente, foi elaborado.

Visto que as florestas da regiäo norte do Espirito Santo e sul da Bahia säo os Ultimos macigos das florestas virgens da regiäo leste do Brasil, localizados perto das grandes concentragöes da populagäo do Pais, apresentamos o trabalho como urn exemplo para o levantamento total das florestas da regiäo referida, que säo muito importantes para a indüs-tria madeireira do Pais.

PROJETO

Existe urn mapa geral da «Reserva Florestal de Linhares — plan-ta dos terrenos da Companhia Vale do Rio Doce nos Municipios de Li-

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nhares-Säo Mateus», de 21-5-1962, confeccionado por Francisco A. Car-valho e produzido na escala de 1:20.000.

A esse mapä.acrescehtämos algumas areas ja compradas, porém näo levantadas topogräficamente. Dêsse mapa fizeram-se cópias para os vérios distritos, nas quais se numeraram os marcos dos limites (pedagos de trilhos).

Com o auxilio dessa planta, as amostragens e as picadas foram pla-nejadas. Depois de recebidas as fotografias aéreas na escala 1:25.000, to-madas em 1957 pela Levantamentos Aerofogramétricos S. A. por conta da Petrobräs, Projeto 0-146, tödas as caracteristicas topogräficas impor-tantes e tipos de vegetagäo foram projetados num mapa na escala de 1:50.000. Com a ajuda do comprimento e a forma dos limites (obtidos da planta de 1:20.000), a escala das fotografias foi reduzida para a escala de 1:50.000 e a projegäo, feita com o auxilio de urn «Sketch-Master».

Os caminhos existentes foram copiados dum mapa na escala de 1:20.000 e corrigidos nas fotografias aéreas de acördo com as observagöes de campo.

Os tipos florestais puderam ser mapeados das fotografias aéreas com. alta précisao. O mapa planimétrico, parcialmente representado na Fig. n.9 1, pode servir, sem nenhuma alteragäo, como mapa dos tipos de vegetagäo. A maior parte da Reserva é ocupada pela floresta alta de terra firme ou Floresta de Produgäo, razäo porque ficou em branco.

A planta na escala de 1:20.000 é muito bem feita; sömente nas gran-des distäncias dos limites medidos, algumas corregöes säo necessärias.

Usando fotografias aéreas de 1957, é claro que areas ocupadas por rogados e capoeiras tinham de se apresentar maiores em 1963. Dentro da Reserva enconträmos uma pequena diferenga, que foi controlada.

Sem incluir as grandes areas dos brejos perto do limite leste da Re­serva, a area total é 17.726 hectares, incluindo 15.168 hectares da Flo­resta de Produgäo, correspondentes a 85,56 %.

DESENVOLVIMENTO E OBSERVANCES

De acördo com os dados obtidos, concluïmos que a percentagem de madeira em pé da Floresta de Produgäo de Linhares, para ser usada com propositos economicos, é substancialmente maior do que a percentagem •similar nas florestas da Amazönia. A area planejada.para obtermos êsse objetivo corresponde a uma amostra de 100 hectares.

Para a Regiäo Amazönica, onde a area coberta por floresta é bem maior, uma area dé 200 hectares de amostras foi perfeitamente suficien-te para que pudéssemos ter um conhecimento aproximado do potencial madeireiro existente.

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No caso de Linhares, resolvemos examinar o resultado obtido, con-•tinuamente adotando um sistema de amostragem seqüencial.

Geralmente as amostras tomadas em florestas tropicais säo medidas ao longo de picadas de 10 metros de largura e um comprimento de 1.000 metros, isto é, söbre uma ärea de 10.000 m2. O mesmo foi feito aqui, po-rém, em vez de considerarmos parcelas de 1 hectare, considerämos de 0,2.

As amostras foram tomadas ao acaso, sem restricöes, do tipo cha-mado amostra ao acaso simples.

Söbre o mapa na escala de 1:20.000 (a planta original) foi tragada a linha central rumando na diregäo norte-sul. Essa linha foi dividida em partes iguais de 0,5 milimetro, representando no campo uma distäncia de 10 metros ou a largura de uma amostra. A cada milimetro desta li­nha central foi dado um nümero. No total, foram 2.668 parcelas, nume-radas de 1 a 2.668. Paralelamente a essa linha central, com intervalos de 5 cm, foram tracadas outras, dividindo o mapa em faixas de 5 mili-metros de largura, correspondentes a um comprimento de uma amostra no campo, isto é, 1.000 metros.

A atual selecäo de amostras foi feita com o auxilio de uma lista com nümeros ao acaso («Snedecor G. W. 1948 — Statistical Methods»). Para cada unidade foram escolhidos dois nümeros, um de 1 a 2.668 e outro de 1 a 24. Foi confirmado que os dois nümeros selecionados podem in-dicar uma possivel localizagäo de uma amostra dentro da Floresta de Produgäo.

Quando a combinagäo de dois nümeros podia ser usada, no lugar do nümero da linha central, foi tirada uma perpendicular através da faixa indicada, a quäl da a localizagäo exata da amostra escolhida.

Para um meihor entendimento dêste método de selegäo, parte dês-tes nümeros escolhidos säo representados da seguinte maneira :

DISTRIBUICÄO AO ACASO DE ALGUMAS AMOSTRAS

O

FILA DE NÜMEROS NÜMEBO

DE AMOSTRAS

DE AMOSTRAS , | |

a b c d e f ~~~ ~~"" ""— 1 ~~ 1 —

1 0 5 6 8 0 2 2 1 7 5 2 1 8 3 2 9 3 2 0 9 4 1 3 0 0 2 8 5 0 1 5 7 1 1

Desta fila de nümeros b, c, d e f os nümeros a ser escolhidos ppdem ser 0 até 9, enquanto que nas filas a e e os nümeros sèmente podem ser 0, 1 ou 2. A primeira amostra escolhida tem o nümero 568 para a linha

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central e 2 para o numero de faixas, a segunda tem 1.75S e 18. A ter-ceira teve de ser rejeitada porque o numero 2.932 näo existe na linha central. O mesmo é verdade para a amostra 4, pela razäo de a faixa 28 näo existir.

Em virtude da distribuigäo irregular da floresta da Reserva, muitas das possïveis amostras selecionadas tiveram de ser rejeitadas, porque caï-ram completamente fora da mesma. Este processo de selegäo de amos­tras foi repetido até 30 amostras, localizadas no distrito 1, a parte mais perto da rodovia BR-5 no lado oeste, 25 no distrito 2, as partes Pedro e Tamanduä ou as partes sul da Reserva, e 30 na parte norte ou o dis­trito 3. Isto é, urn total de 85 amostras de urn hectare ou 15 menos o numero planejado de 100. Foi suposto que essas 15 ültimas amostras podem ser obtidas das conexöes ou ligagöes (conforme veremos adiante).

A enumeragäo das amostras, feita ao acaso, sem restrigäo ou seja nos seus exatos locais, pode causar dificuldades particulares. Uma amos­tra pode ser localizada perto dos limites de onde estä e pouco trabalho da para fazer uma picada até o ponto inicial da mesma, ou pode cair muito longe dos limites, nêste caso o trabalho de conexäo torna-se muito mais oneroso que o trabalho de abrir a amostra pröpriamente dita. A firn de evitar a abertura desnecessäria de picadas, o que sairia por demais caro, além de tornar muito tempo, foram tiradas, inicialmente, duas picadas principals cortando-se ao meio, as quais, passando pelo cen­tra da floresta e tocando as partes mais compactas, atingem os pontos mais distantes da mesma. Essas picadas, com 1 metro de largura apro-ximadamente, em linha reta e bem limpas, serviram para o deslocamen-to räpido do pessoal incumbido de fazer os trabalhos de levantamento e receberam a denominagäo de «linhas de base». Ao longo dessas linhas de base foram colocadas, em cada 40 metros, varas numeradas, indican-do o comprimento exato desde a sua origem. Essas linhas de base foram mapeadas na escala de 1:20.000 e seu comprimento total atingiu 34 qui-lömetros.

As amostras escolhidas, tödas na diregäo leste-oeste, isto é, projeta-das perpendicularmente ä linha central norte-sul, foram ligadas, pelo caminho mais curto, com um dos trilhos que Servern de limite da Reserva, devidamente numerados, ou com uma das linhas de base. As picadas com as quais as amostras escolhidas foram ligadas com urn mar-co exatamente localizado no campo, foram chamadas «linhas de cone­xäo» ou «ligagöes». Quando uma dessas partes tinha sömente 70 me­tros de comprimento, näo era levantada. Quando tinha 200 metros de comprimento ou mültiplo de 200, era levantada na amostra de 0,2 hectare (200 por 10 metros). Quando uma dessas partes ou a Por­te final tinha quase 200 metros de comprimento, era estendida para obter-mos uma amostra inteira, ou seja de 0,2 hectare. Essa extensäo foi sem-pre feita ultrapassando o ponto de inicio da amostra real (escolhida) de

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1,0 hectare (igual a 5 partes de 0,2 hectare), sem, entretanto, mudar a posigäo da mesma.

Essas conexöes ou ligagoes foram incluidas no levantamento porque podem ser consideradas como mais ou menos escolhidas ao acaso. En­tretanto, o principal argumento foi que, estando incluidas na mesma flo-resta e tendo sido feito um considerävel trabalho de corte de picadas, carïssimo portanto, normal seria êsse aproveitamento, mesmo porque o numero dessas picadas de ligacäo foi relativamente reduzido. Muitas vêzes, o levantamento teve lugar durante o tempo cm que a turma de me-digäo aguardava a mudanga da turma de abertura de picadas.

Depois de haver terminado o primeiro grupo de amostragens no dis­trito 1, tornou-se claro que os outros distritos podiam ser considerados mais ou menos idênticos. De modo que essas amostragens, cobrindo uma area de 100 hectares, eram mais do que suficientes para o firn planejado. Durante o levantamento do distrito 3, feito depois de terminado o pri­meiro distrito, tornou-se evidente que, na realidade, se havia projetado urn excesso de amostragens. Por isto, quando, aqui e ali, parte duma amostra ou uma amostra inteira foi perdida porque estava localizada den-tro duma mugununga ou floresta pantanosa, ela näo foi substituida por outra. Essa perda foi causada pelo fato de que o planejamento da mes­ma fora baseado no mapa na escala 1:20.000, que näo estava ainda corri-gido com o auxilio de fotografias aéreas.

Na realidade, foram levantadas na Floresta de Produgäo da Reser-va 421 amostras de 0,2 hectare cada, correspondendo a uma amostra to­tal de 84,2 hectares. No distrito 1 foram tomadas 170 amostras, com 34,0 hectares, no distrito, 2, 96 amostras ou 19,2 hectares e, no distrito 3, 155 amostras ou 31,0 hectares. Se estas amostras pudessem ter sido bem distribuïdas, ou seja, fössem exatamente proporcionais, no distrito 1, ha-vendo 51,01 hectares da Floresta de Produgäo ou 33,6 % do total, teria-mos apenas 142 amostras em vez de 170.

Para o distrito 2 estas figuras säo : 44,58 hectares ou 29,39 % do total, 124 amostras em vez de 96 e para o distrito 3, 56,09 hectares ou 36,98 % do total, 155 amostras, o numero certo.

Gostarïamos de ter tornado mais algumas amostras no distrito 2, porém, em virtude das continuas interrupgöes da Floresta de Produgäo por pedagos de floresta alta de mugununga, mugununga arbustiva, cla-reiras de savanas de grama ou nativos e abundantes pedagos de flores­ta alta, queimada, isto näo foi possivel. Especialmente na parte do dis­trito 2 chamada Tamanduä, isto poderia ter custado muito tempo e difi-culdades.

As amostras escolhidas foram enumeradas por distrito, enquanto que suas partes (5 por amostra) receberam indicagäo com as letras a, b, c, d e e . As ligagoes foram enumeradas continuamente, por exemplo : L la,

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L lb, L 8a, etc., também por distrito. Para avaliagäo estatistica dos re-sultados do levantamento, reunimos tödas as partes das linhas de conexoes ou ligagöes em urn grupo por distrito.

Se durante o levantamento uma das amostras ou parte delas caïa dentro da floresta alta de mugununga, era enumerada, mas näo inclui-da na avaliagäo estatistica da Floresta de Produgäo. A classificagao de urn pedago de floresta na Floresta de Produgäo ou na floresta de mu­gununga era principalmente baseada na descrigäo dos perfis de solo. Es-sas descrigöes, obtivemos por intermédio do coletor de amostras de solo que trabalhou junto ao grupo de enumeragäo.

Durante êsse levantamento de solo, foram discriminados mais de 600 perfis, feitos com o auxilio de um trado, com a profundidade de 1,5 metro.

Fig. 3 — Coletando amostras de solo (Foto Andel)

Na ärea de amostragens, compreendendo uma extensäo de 5 metros ä esquerda e 5 ä direita do centro da picada, foi medida a altura das är-vores com DAP de 25 cm no minimo, ou uma circunferência de no mi-nimo 80 cm, com fuste aproveitävel. Estimamos altura dêste com aju-da de uma vara de 5 metros de comprimento. A profundidade da copa foi também calculada.

No formulärio original preenchido na floresta, apurämos no escri-tório os seguintes elementos :

1 — Classe de diametro por ärvore; 2 — Altura total da ärvore; 3 — Volume total de madeira em pé por ärvore, obtido da tabela

geral de volume elaborada para a Regiäo Amazönica; 4 — Anälise do volume total por amostra, dividido por espécies

e classes de diametro para tódas as espécies e para espécies selecionadas.

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TABELAS DE VOLUME PARA MADEIRA EM PÉ, SEM CASCA

. Considerando que muitas das espécies de ärvores existentes na Re-serva Florestal de Linhares säo também encontradas na Regiäo Ama-zönica, por conseguinte com «habitat» bem semelhante, desde o comêgo do trabalho, as tabelas de volume geral da Amazönia foram usadas e em seguida comparadas, para ver se era possivel o seu uso em relagäo äs florestas de Linhares e quais os limites de precisäo.

Durante o levantamento, treinämos pessoal para subir nas ärvores. Isto, por duas razöes : primeiro, para obtermos urn bom teste nas esti-

Fig. 5 — Medigäo dum tronco sendo de 2 em 2 metros (Foto Andel)

mativas das alturas dos troncos das ärvores; segundo, para medir o nu­mero de toras de 2 m de comprimento que pode eventualmente ser obtido dos mesmos. Das ärvores-amostras escaladas, foram medidas as seguin-tes partes :

1 — Circunferência ä altura do peito.

2 — Circunferência e espessura da casca a 1 metro acima do nï-vel do chäo, a 3 metros acima do nivel do chäo, a 5 metros

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acirria do nïvel do chäo, etc., em intervalos de 2 metros até o firn do tronco comercialmente aproveitävel. Se êsses inter­valos de 2 metros näo iam até o firn real do tronco e o resto tinha 1 metro ou urn pouco mais, medindo, também a ultima marca de 1 metro.

3 — Se a ärvore apresentava sapopema, a primeira medida era fei-ta a 3 metros acima do nivel do chäo. Como sapopemas gran-des säo raras nessa floresta, as ärvores com grandes sapope­mas näo foram usadas como amostras.

As ärvores-amostras têm. as seguintes dimensöes :

Da classe de d i ame t ro 3 (DAP 25- 34 cm) 14 com um compr imen to en t r e 10 e 17 m 3 (DAP 25- 34 cm) 14 4 (DAP 35- 44 cm) 17 5 (DAP 45- 54 cm) 24 6 (DAP 55- 64 cm) 25 7 (DAP 65- 74 cm) 28 8 (DAP 75- 84 cm) 2» 9 (DAP 85- 94 cm) 1!» 10 (DAP 95-104 cm) 19 11 (DAP 105-114 cm) (i 12 (DAP 115-124 cm) 2

7 e 21 m 7 e 23 m 13 e 32 m 12 e 26 m 12 e 29 m 15 e 27 m 14 e 25 m 17 e 27 m

e 23 m

7 e 32 m 182

As ärvores-amostras foram medidas e seus exatos volumes de ma­deira com casca foram calculados em toras de 1 e 2 metros, aplicando a formula de Smalian :

ab + a4

F l ) V = 2 . A

na qual ab é igual a ärea basal da extremidade mais baixa; a l é igual a ärea basal do töpo da tora; A é igual a 1 ou 2 metros.

Foi estabelecida uma relacäo entre a circunferência ä altura do pei-to e o comprimento total dos troncos de ärvores aproveitäveis das är­vores-amostras, para termos oportunidade de construir tabelas de vo­lumes.

Esta relagäo tem a forma

F J V ou V = A . CAPa i . Aa* 2 c m o

ou transformando em forma logaritmica :

F J log. V ou log. V = a + a, log. CAP + a„ log. A o ° c ° .m o ~ 2 "

na qual V é o volume da ärvore com casca e V é o volume da ^ c m

ärvore sem casca em m3. CAP é a circunferência da ärvore na altura do peito em cm; A é o comprimento de ärvores aprovei­täveis, em metros.

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a = log. A ou uma constante, e a, e a„ säo também constantes. O ° O L i

A relagäo encontrada para as ärvores medidas foi :

F4) Jog. Vc = — 5,1051312 + 1,9091426 . log. CAP +

+ 1,05885599 . log. A

V expressado em m3, CAP em cm, o A em metros.

S x . = 0,024300 ou 4,09 % de log. Vc

R = 0,997613. O numero de ärvores-amostras usado foi 181.

e

P5) log. Vm = — 5,2075044 + 1,9423560 . log. CAP + 1,0418451 . log. A

V expressado em m3, CAP em cm e A em metros.

S = 0,019281 ou 3,52 % de log. V

R = 0,998533. O numero de ärvores-amostras usado foi 181.

A percentagem média da casca é :

11,1 % expressados, em percentagens de madeira sem casca e 10,1 % expressados, em percentagem de madeira com casca.

Comparando os volumes obtidos destas formulas e daquelas da «Ta­bela G'eral de Volume da Regiäo Amazönica» dadas no Boletim N.9 6, «Inventärios Florestais na Amazönia», päginas 32-33, êstes dados säo apresentados na Tabela n." 1.

Estudando esta tabela, pode ser observado que as diferengas apre-sentadas estäo präticamente no mesmo nivel, isto é, menos de 5 % de va-xiagäo. Entre as classes de diämetros, 4 a 10 ou de 5 até 9, justamente onde a maioria das ärvores é encontrada, as diferengas em relagäo äs ta­belas da Amazönia säo muito pequenas, tödas abaixo de 5 % e uma ou outra positiva ou negativa. Nas classes de diametro maiores, esta tabela apresenta constantemente dados mais baixos. Para os comprimentos dos troncos aproximados de 20 metros, as diferengas säo também muito pe­quenas. Considerando a base maior, pela qual as tabelas de volume da Regiäo Amazönica säo construidas e a näo significante diferenga encon­trada, é justificävel o uso desta «Tabela Geral de Volume na Regiäo Ama­zönica», também para o norte do Estado do Espirito Santo.

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(Continuagäo)

CLASSES I Altura

DIAHrETKO | e m m

I

Tabela Linhares

em m3

Tabela Regiao Ama- 1 Diferenca

zönica j % em m3 j

1 11 [ 13

1 17 1 21 | 25 i 29 | 33

7,69 10,17 12,67. 15,20 17,74 20,30

8,04 10,51 12,98 15,46 17,93 20,40

—4,4 - 3 , 2 —2,5 —1,7 —1,1 - 0 , 5

12

13

14

15 17 33

18,47 36,86

19,56 37,97

13 9,06 9,57 —5,3 17 11,98 12,51 —4,2 21 14,94 15,45 —3,3 25 17,91 18,40 —2,7 29 20,91 21,34 —2,0 33 23,92 24,28 —1,5

17 14,07 14,69 —4,2 21 17,54 18,14 —3,3 25 21,03 21,60 —2,6 /9 24,55 25,05 —2,0 33 28,08 28,51 —1,5

17 16,18 17,04 —5,0 33 32,29 33,07 —2,4

—5,6 —2,9

ESTMATIVA DO NUMERO DE DORMENTES A SEREM PRODUZD30S PELA MADED3A EM PÉ

O objetivo seguinte da medigäo de ärvores-amostras foi achar qua! a quantidade de dormentes de 200-16-22 cm que pode ser obtida com ser-ra mecänica com estas ärvores.

Os métodos usados foram : 1) saber quäl a quantidade de dormen­tes que a serraria pode desdobrar das toras procedentes da floresta; 2) substituir as médias achadas das ärvores-amostras; e 3) construir uma. tabela de volume para o numero de dormentes 200-16-22 cm a serem obtidos das ärvores em pé.

Nos terrenos .onde se acham instaladas as serrarias medimos 400 toras de 2 metros de comprimento para serem serradas em dormentes de 200-16-22. Destas toras foi anotado o diametro do töpo dos troncos-e o. numero de dormentes produzidos.

As 400 toras medidas tinham as seguintes dimensöes :

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39

Diametro do Diametro do Diametro do töno em cm Numero töno em cm Numero töpo em cm Numero

30 4 50 9 70 4 31 4 51 11 71 2 . 32 10 52 9 72 1 33 5 53 14 73 2 34 4 54 9 74 3

35 14 55 17 75 2 36 8 56 9 76 1 37 13 57 11 77 — 38 15 58 5 78 1 39 5 59 4 79 —

40 ' 8 60 16 80 5 41 13 61 5 81 1 42 14 62 6 82 — 43 15 63 8 83 1 44 12 64 6 84 1

45 13 65 11 85 1 46 13 66 7 47 11 67 6 90 2 48 11 68 2 96 1 49 10 69 4 108 1

Uma relagäo foi estabelecida entre o diametro do topo dos troncos destas ärvores de 2 metros de comprimento e o numero de dormentes produzidos.

Esta relagäo tem a forma geral :

F6) Y = ao + a1 . X + a2 . X2

Ou nêste caso :

F„) N„ = — 1,40437 + 0,07671 . D + 0,00058078 . D?. 1' d ' ' t ' t

N , é o numero de dormentes 200-16-22. d

D é o diametro do töpo das toras em cm

S x . ou desvio padräo estimado é 0,844426 ou 20,67 % de N d .

R é o coeficiente de correlagäo mültipla que corresponde a 0,906442.

Numero de observagöes, 400.

Na forma de tabela os resultados säo :

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40

TABELA N." 2

NC3IERO DE DOSarENTES 200-l(i-22 A SER OBTIDO POR SEKRA MECANICA DE TORAS DE 2 m D E COMPRIMENTO

Diametro Diametro Diametro Diametro do töpo Numero do töpo Numero do töpo Numero do töpo Numero em cm cm cm em cm em cm

26 0,98 51 4,02 76 7,78 101 12,27 27 1,09 52 4,15 77 7,95 102 12,46 28 1,20 53 4,29 78 8,11 103 12,66 29 1,31 54 4,43 79 8,28 104 12,86 30 1,42 55 4,57 80 8,45 105 13,05

31 1,53 56 4,71 81 8,62 106 13,25 32 1,65 57 4,86 82 8,79 107 13,45 33 1,76 58 5,00 83 8,96 108 13,65 34 1,88 59 5,14 84 9,14 109 13,86 35 1,99 60 5,29 85 9,31 110 14,06

36 2,11 61 5,44 86 9,49 111 14,27 37 2,23 62 5,58 87 9,67 112 14,47 38 2,35 63 5,73 88 9,84 113 14,68 39 2,47 64 5,88 89 10,02 114 14,89 40 2,59 65 6,04 90 10,20 j 115 15,10

41 2,72 66 . 6,19 91 10,39 116 15,31 42 2,84 67 6,34 92 10,57 117 15,52 43 2,97 68 6,50 93 10,75 118 15,73 44 3.10 69 6,65 94 10,94 119 15,95 45 3,22 70 6,81 95 11,12 120 16,16

46 3,35 71 6,97 96 11,31 121 16,38 47 3,48 72 7,13 97 11,50 I 122 16,60 48 3,62 ] 73 7,29 98 11,69 1 123 16,82 49 3,75 74 7,45 I 99 11,88 ! 124 17.04 50 3,88

1 75 7,62 |

1 100 12,07 | 125 17,26

Com a ajuda desta tabela, para tödas as ärvores-amostras foi cal-culada a quantidade de dormentes que pode ser obtida com serra mecä-nica, das mesmas.

Para êste numero total de dormentes a ser produzido por ärvore, estabelecemos uma relacäo para tentar construir uma tabela propria de volume.

Esta relagäo tern a forma geral :

F J N = A . (CAP)ai . Aa, 8 d o

ou dada na forma logaritmica :

F9) log. Nd = ao + a1 . log. CAP + a, . log. A.

ou para esta relagäo especifica :

F10) log. N = - 4,4687938 + 1,9932789 log. CAP + 1,0400911 log. A.

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41s

na qual CAP ou circunferência ä altura do peito, é dada em cm e A, o comprimento dos troncos vendéveis, em metros.

Sxy é 0,99041 ou 6,94 % do log. Nd

R ou coeficiente de correlagäo mültipla é 0,958678.

Numero de observagöes : 176.

Os dados obtidos para diämetros de töpo menores do que 30 cm e maiores do que 108 cm foram interpolados.

Arredondämos o numero de dormentes por ärvore em nümeros in-teiros. A Tabela n.? 3 de volume para o numero de dormentes 200-16-22 é também dada em nümeros inteiros.

Esta tabela foi confeccionada com bastante elasticidade (interpola-göes), prevendo o aparecimento de ärvores bem grossas. Para a Flo-resta de Produgäo, só 0,7 % das ärvores tem uma classe de diametro de 11 e mais, até 18.

Das espécies que podem servir para dormentes em cada unidade de amostra, anotämos o numero de dormentes por ärvore, de acördo com esta tabela :

As ärvores de classe de diametro 3 e 4 de espécies apropriadas para pro­dugäo de dormentes têm urn volume total, de 346 754,17 m3, dando 2 078 596 dormentes

As ärvores que podem ser usadas sö-mente para produgäo de dormentes, da classe de diametro 5 e mais, têm urn volume de 81 280,31 m3, dando 519 785 dormentes

As ärvores que podem produzir ma­deira serrada ou dormentes, da clas­ses de diametro 5, 6 e 7, têm urn volume de 410 703,44 m3, dando 2 754 520 dormentes

As ärvores que podem produzir ma­deira serrada ou dormentes da clas­se de diametro 8 e mais, têm urn vo­lume de 261 091,43 m3, dando 1 719 009 dormentes

O total do volume é 1 099 829,35 m3, dando 7 071 910 dormentes

Urn dormente 200x16x22 cm tem um volume de 0,0704 m3. Conse-qüentemente, 7.071.910 unidades têm urn volume de 497.862,46 m3, dan­do urn rendimento de 45,27 % ou 1 m3 de dormente por 2,21 m3 de ma­deira em pé. Se a mesma madeira för aproveitada para pegas de ser-raria, o rendimento serä apenas de 25 %.

Nas regiöes tropicais, as toras para serraria säo cortadas em geral com o comprimento de 4,50 a 5,00 metros.

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42

Conhecida a quantidade de madeira em pé que pode ser serrada em toras de 2 metros de comprimento, para a produgäo de dormentes, pela divisäo destas ärvores-amostras no numero maior possivel de toras de 5 metros de comprimento, tentämos obter dados pelos quais fosse pos­sivel comparar o rendimento de toras para serraria de 5 metros de com­primento e o rendimento de toras para dormentes de 2 metros de com­primento, pelo volume de madeira em pé. Os resultados foram :

1,00 m3 de madeira em pé pode produzir 0,83 m3 de toras para dormentes de 2 metros de comprimento ou 0,75 m3 de to­ras para serraria de 5 metros de comprimento.

Como vemos acima, 1 m3 de madeira em pé pode produzir 0,45 m3 de dormentes serrados mecänicamente de 200-16-22 cm. Conseqüentemen-

*S ?.',

.y. *-i ^- r i T F T > 'mmn i r *T f V * > * ^-

• • • • ' - : . ' • ^ > ' - . ; •:-- • ï * . . — • • ^ - -

Fig. 6 — Incêndio num trecho da floresta tropical de Linhares (Poto Vervloet)

te, durante êste processo de produgäo, 0,82 m3 menos 0,45 m3 ou 0,37 m3 ou 37 °/o foram perdidos. Dos cälculos acima podemos concluir que a di-ferenga entre a perda de madeira serrada e dormente é apenas 13 %.

Êste fato é perfeitamente claro, principalmente quando se trata de dormentes impregnados, que normalmente incluem o alburno e também levando-se em consideragäo o fato de que näo hä necessidade de as faces dêles serem perfeitas, e ainda, de ser permitido leve curva em uma das faces.

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TABELA N. ' 3

NCMEBO SUPOSTO DE DOBMENTES 200-16-22 P A B A SEKEM SERBADOS MECANICAMENTE DAS ÄBVOKES EM PÊ — VOLUME P O B DOKMENTES 0,0704 m3

Classe de

diametro

Comprimento do iuste aproveitävel

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

1

2

4

6

8

11

13

17

20

25

1

2

4

6

8

11

13

17

20

25

8

12

15

19

24

29

35

41

47

54

8

12

15

19

24

29

35

41

47

54

11

15

20

25

31

38

45

53

62

71

81

91

102

114

127

10 u iz

11

15

20

25

31

38

45

53

62

71

81

91

102

114

127

14

19

25

31

39

47

56

66

76

87

100

112

126

140

156

13 14

14

19

25

31

39

47

56

66

76

87

100

112

126

140

156

4

7

11

16

23

30

37

46

56

66

78

90

104

119

134

150

167

185

4

7

11

16

23

30

37

46

56

15 16 17 18 19 20

66

78

90

104

119

134

150

167

185

4

8

13

19

26

34

43

54

65

77

91

105

121

138

155

174

194

215

4

8

13

19

26

34

43

54

65

77

91

105

121

138

155

174

194

215

4

9

15

21

30

39

49

61

74

88

104

120

138

157

177

199

221

245

9

15

21

30

39

49

61

74

104

120

138

157

177

199

221

245

11

17

25

34

44

56

69

84

99

117

135

155

176

198

223

248

275

21

11

17

25

34

44

56

69

84

99

117

135

155

176

198

223

248

275

5

~\ 19

28

38

49

62

77

93

22

110

130

150

172

196

220

247

275

305

19

28

38

49

62

77

93

23

5

11

21

110

130

150

172

196

220

247

275

305

31

42

54

68

85

102

Ld

24

5

11

21

31

42

54

68

85

102

142

165

189

215

242

272

303

336

121

142

165

189

215

242

272

303

25

D

11

23

33

46

59

74

92

111

132

155

180

206

235

264

297

330

336 366

26

5

11

23

33

46

59

74

92

111

132

155

180

206

235

264

297

330

366

27 28

11

23

36

49

64

81

100

5

11

23

36

49

64

81

100

120 120

143 143

168

195

223

254

286

321

358

397

168

195

223

254

286

321

358

397

29

5

11

23

36

53

3 88

108

130

154

181

210

240

274

308

346

385

427

30

5

11

23

31

5

11

23

36 36

53

69

88

108

130

154

181

210

240

274

308

346

385

427

53

69

88

108

130

154

181

210

240

274

308

346

385

427

Nota: — Os dados fora da linha grossa säo interpolados

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45

Para ilustrar a importäncia de ser dêstes 13 %, daremos os seguin-tes exemplos :

Uma tora com um diametro medio de 50 cm e 5 metros de compri-mento tem um volume de 0,98215 m3; entretanto, se esta tora tem um alburno de 1,7cm (ou 3,4cm por diametro), êste alburno terä um vo­lume de 0,12905 m3 ou 13,1 % do total.

Uma tora com um diametro medio de 70 cm e 10 metros de com-primento tem um volume de 3,85 m3 entretanto, se tem um alburno de 2,35cm (ou 4,7cm por diametro), êste alburno terä um volume de 0,50040 m3 ou 13,0 % do total.

De acördo com o «FAO Yearbook of Forest Products Statistics 1961», dormentes pequenos com urn volume de 0,083 m3 podem ser pro-duzidos de toras equivalentes a 0,142 m3, ou com urn rendimento (das toras) de 58,45 %. Comparando estas percentagens com nossos dados para madeira em pé, teremos : 58,45 multiplicados por 0,82 (fator para rendimento das toras de 2 metros de comprimento, conforme ficou visto aträs) ou 47,93 %, sömente um pouco mais ou präticamente igual que nosso resultado, que é 45,27 %.

Considerando que é da maior importäncia termos a oportunidade de fazer uma boa estimativa do nümero de dormentes a ser produzido por um certo tipo de floresta, fizemos urn trabalho complicado e dificil para obter os dados bäsicos, a fim de possibilitar estas estimativas. Como pode ser visto através das comparagöes feitas e das explanagöes, esta tabela produz dados seguros. Os dados interpolados devem ser aceitos como estäo. Visto as freqüências dos diämetros das ärvores no norte do Estado do Espirito Santo, sömente em casos excepcionais, êstes dados interpolados teräo uso, e quando usados, näo teräo influên-cia nas médias ou nos totais, quando säo consideradas grandes amostras, ou säo feitas no campo estimativas para areas consideräveis.

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MEDICÄO DOS VOLUMES PELA FOTOORAFIA AEREA

Como pode sei' lido no Boletim N.? 6, «Inventärios Florestais na. Amazönia», o Setor fêz muitas pesquisas söbre a determinagäo dos volu­mes das florestas tropicais pluviais, com auxilio das fotografias aéreas.

O fato é que, no presente, em regra, o volume total das florestas tropicais pluviais tem pouco interesse. O interesse comercial é concentra-do num numero limitado de espécies.

Na Regiäo Amazönica ja é possivel obter bons dados söbre os volu­mes de madeira em pé, com auxilio das fotografias aéreas.

Tentämos obter o mesmo resultado para as florestas do norte do Estado do Espirito Santo através dos dados e tabelas da Amazonia. Os-resultados obtidos näo säo satisfatórios. As relagöes entre os volumes-do estrato superior e da floresta total säo diferentes.

Entretanto, a determinagäo dos volumes totais por meio das foto­grafias aéreas, para essas florestas, torna-se, pela primeira vez em nos-sa experiência, extremamente importante, porque a percentagem do vo­lume em pé aproveitävel é präticamente constante.

Para as diferentes partes da Reserva temos : 48,60 % para o dis-trito 1, 48,90 % para o distrito 2 — Pedro, 49,30 % para o distrito 2 — Tamanduä e 48,50 % para o distrito 3. Para a Floresta de Produgäo to­tal da Reserva é de 48,65 %. Em virtude dêste fato, hä possibilidade dfc obtermos uma boa estimativa dos volumes de madeira aproveitävel com auxilio das fotografias aéreas, através da estimativa do volume total da. floresta. Por isto tentämos encontrar uma relagäo entre o volume total de madeira em pé por amostra enumerada, e o volume da madeira em. pé de espécies economicamente importantes.

A relagäo tem a forma :

F n ) V = Ao . V*i ou expressa em forma logarïtmica :

Fa2) log. Vdl = ao + ax log. Vt

na qual V é o volume de madeira em pé de espécies economicamente-importantes indicadas pelas letras dl para «dormentes» e «madeira de lei»..

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AT

V J o volume total de madeira em pé.

a e a, säo constantes. o 1

Para o distrito 1 isto da a formula :

F13) log. Vdl = - 0,5425166 + 1,1253026 . log. Vt

na qual S ou êrro padräo, estimado é 0,152527 ou 12,49 %

do log. V

R ou coeficiente de correlagäo mültipla é 0,792923.

Para o distrito 2 — Pedro, é :

FM) log. Vdl = " 0,6559675 + 2,1038599 . log. Vt

S é 0,146679 ou 12,83 % do log. V xy ' t

R é igual a 0,773909.

Para o distrito 2 — Tamanduä, é :

F l log. V,, = " 0,7023801 + 1,2507201 . log. V 15 D dl t

S é 0,147002 ou 13,22 % do log. V~' xy ' ' ' a t

R é igual a 0,770222.

Para o distrito 3 é :

F16) log. Vdl = - 0,9833886 + 1,3986405 . log. Vt S r é 0,179575 ou 14,91 % de log. V,

xy t

R é igual a 0,741367.

Para o total da Floresta de Produgäo da Reserva é :

F17) log. Vdl = - 0,6728084 + 1,2080686 . log. Vt

Svv é 0,162343 ou 12,76 % do log. V xy t r

R é igual a 0,768202.

Como pode ser observado dos dados acima, a diferenga entre o vo­lume de madeira em pé dos distritos e o total da ärea näo é grande. Para conclusäo definitiva os dados podem ser satisfatórios, mas para a-aplicagäo para töda a regiäo norte do Espïrito Santo e o sul da Bahia é preciso tornar mais amostras, espalhadas em maiores areas. Entre-tanto, êstes resultados nos däo a convicgäo de que é de grande necessidade continuar êste trabalho, näo só para o desenvolvimento da técnica da foto-interpretagäo, mas também para a possibilidade de produzir u n a estimativa certa em menor tempo e com menor custo.

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RESULTADOS DO INVENTÄRIO PILÖTO

Por meio da divisäo, em parcelas de 200 metros de comprimento, •das äreas escolhidas para amostragem, medidas separadamente, foi pos-sivel descobrir, através de métodos matemäticos, se a floresta levan-tada pode ser considerada como homogênea, ou, em outras palavras, se foi levantado um só ou foram levantados diversos tipos de floresta.

Da curva de freqüência das espécies encontradas, por distrito ou sub-distrito, pode ser deduzido que a composigao da Floresta de Produgäo é präticamente sempre a mesma. Entretanto, hä possibilidade de exis-tirem värias classes de densidade e altura, provocando diferenga na ca-pacidade de produgäo expressada em volume de madeira em pé. As anä-lises de variäncia feitas, indicaram que a Floresta de Produgäo em apre-go pode ser considerada como uma unidade.

Os detalhes desta anälise säo dados na Tabela n.u 4.

TABELA N. ' 4 ANALISES DE VARIANCIA

P a r t e s de amost ras

Sub ­to ta l

P a r t e s de

ÜKa-Söes

Tota l

F a t o r F no nivel de 5 %

LOCAL a b

25

c

28

d e

Sub ­to ta l

P a r t e s de

ÜKa-Söes

Tota l Sub- to ta l Tota l a b

25

c

28

d e

Sub ­to ta l

P a r t e s de

ÜKa-Söes

Tota l

a t u a l l imite a tua l l imite

"Distrito 1 25

b

25

c

28 29 30 137 33 170 3,66 -5,66 2,52 4,40

Distrito 2 — Pedro . 9 8 10

8

11

6

11 49 8 57 1,09 5,74 1,18 4,44

Distri to 2 — Taman-

duä . . . 8 8

10

8

11

6 6 36 3 39 1,50 1 5,74 1 1

1,70 4,50

Distrito 3 28 1

26 | 24 I

24 23 125 30 155 1

2,37 1 5,66 1

2,69 4,40

I TOTAL . . i

| 347 74 1 421

1

1

1 1,49 1,60

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49

Como pode ser deduzido desta tabela, os atuais fatöres F — no nï-vel de 5 % — estäo abaixo dos limites, enquanto que a inclusäo das par­tes de conexäo näo modificou a percentagem. Baseadas nestas anälises em todos os cälculos, as partes de amostras escolhidas e as partes de conexäo ou ligagöes foram reunidas por distrito ou sub-distrito.

0 passo seguinte foi calcular o êrro de estimativa dos dados obtidos. Isto foi feito para o total do volume de madeira em pé e para o volume de madeira em pé das espécies econömicamente importantes, que podem ser usadas tanto para dormentes como para madeira para serraria, la-minados e compensadós.

Os resultados obtidos estäo reproduzidos na Tabela n.? 5.

Visto o método pelo qual os volumes de madeira em pé nas regióes tropicais säo obtidos, através de médias aplicadas para urn grande numero de diferentes espécies de ärvores, estas estimativas podem ser consideradas como apresentando alta precisäo. Isto é verdade especial-mente para os volumes de espécies econömicas.

Durante a medigäo das amostras foi observado (através de repeti-göes monótonas) que certos grupos de espécies de ärvores estäo präti-camente sempre presentes em grandes volumes. Êstes grupos säo os se-guintes:

1 — Barriga d'ägua, batinga, milho torrado e tambor, na próxima tabela, chamado BBMT.

2 — Boleira, leiteira e paineira, na referida tabela, chamado BLP.

Tödas essas espécies, presentemente, näo säo usadas. Entretanto, através de pesquisas tecnológicas, poderäo ser aproveitadas.

Os resultados dos cälculos säo apresentados na Tabela n.9 6.

Para demonstrar a importäncia das pesquisas para êstes grupos de ärvores näo aproveitadas, apresentaremos alguns dados.

De acördo com nossos cälculos, a Floresta de Produgäo pode produ-zir uma média de 466 dormentes 200-16-22 por hectare, no caso de apro-veitamento de töda a madeira em pé ora aproveitada para essa finalidade. Entretanto, como uma certa parte dessa madeira, como jacarandä, pe-roba, louro, sucupira, por seu valor, deve ser usada para fins melhores, o numero dos dormentes a ser produzido dessas florestas sera em mé­dia de 326.

Se a madeira dos grupos BBMT e BLP podesse ser usada para algum fim seria possivel uma produgäo adicional equivalente 308 dormentes por hectare.

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50

Além dessas espécies, ocorrem freqüentemente outras, que podem ser pesquisadas também. Aplicando uma pesquisa propria, é possivel que a média de dormentes que pode ser produzida por hectare seja aumentada para 400 a 500. Além disso, hä grande possibilidade de multas das ma-deiras moles serem usadas para caixas e chapas de fibras.

Ä base de observagöes feitas durante um longo perïodo, tornou-se-aparente que o levantamento do volume total da floresta tropical plu­vial pode ser feito com um total de amostras comparativamente peque-na em relagäo ä precisäo desejada. Se se tratar apenas do volume das-espécies econömicas, o mesmo poderä ser levantado com precisäo sufi-ciente se dito volume för bastante alto. Isto pode ser verificado pela Ta­bela n.9 5.

Durante o levantamento tivemos a oportunidade de estimar também-a precisäo obtida para os dois grupos de espécies de ärvores, que ocor­rem freqüentemente (dominantes em ocorrência). A precisäo obtida para o total é extremamente alta, observando o fato de que säo na rea-lidade pequenos grupos.

Se as espécies econömicas forem em pequeno numero, grande é a probabilidade de nüo se encontrar alguma ou algumas delas. No inventärio-foram incluïdas algumas unidades chamadas «parcelas zero» (Ver Ta­bela n.? 6).

A ocorrência de parcelas zero depende präticamente do tamanho da amostra. Por exemplo, se numa floresta de 100 hectares de extensäo, en-contram-se sömente 5 ärvores da espécie A, e se elas ocorrem ä mesma. distäncia umas das outras, esta floresta pode ser dividida em 100 parcelas de 1 hectare,das quais 95 poderäo ser parcelas zero. A mesma floresta dividida em partes de 0,2 ha poderä dar 500 partes, das quais 495 pode­räo ser parcelas zero. Quando levantada esta floresta com amostras fei­tas ao acaso, de 20 unidades de urn hectare, podemos ter uma probabili­dade para obter 18 ou 19 unidades zero e uma ou duas amostras com uma ärvore da espécie A. Fazendo o mesmo com 20 amostras de 0,2 ha^. poderä ser bem limitada a probabilidade de obtermos uma unidade con-tendo uma ärvore desta espécie A.

Se as ärvores ou os grupos de ärvores levantados ocorrem freqüen­temente, e näo estäo crescendo muito em colönias, algumas vêzes, é pos­sivel observarmos a quantidade de unidades zero como uma constante.

Para as espécies de ärvores que aparecem isoladas, essas quantidades. de unidades zero tornam-se muito mais importantes e causam conside-räveis dificuldades na obtencäo duma estimativa segura da quantidade de madeira em pé por espécie de ärvore. Na Tabela n.? 7, säo-fornecidos alguns dados söbre as espécies de ärvores que crescem isoladas..

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Ï A B Ë L A N.' 5

VOLUMES 1)E MADEIRA EM PÈ E SUA VAKIA^AO

VOLUME TOTAL DE MADEIRA EM PÉ

N.» de unida-des de 0,2 ha

VOLUME DE MADEIRA EM PÊ DAS ESPÊCIES ECONÓMICAS

NOME DO DISTRITO Volume medio

por uni-dade de 0.2 ha em m3

Desvio padräo em Êrro de estima-

ttva P r o b a b i .

l idade 19/20

N.» de unida-des de 0,2 ha

Volume medio

por uni-dade de 0,2 ha em m3

Desvio padräo em ftrro de estimu-

Volume medio

por uni-dade de 0.2 ha em m3

m3 Coef. de

var iäncia %

Êrro de estima-

ttva P r o b a b i .

l idade 19/20

N.» de unida-des de 0,2 ha

Volume medio

por uni-dade de 0,2 ha em m3

m3 Coef. de

variäncia % •

P r o b a b i . l idade 19/20

Distrito 1 39,61 15,23 38,45 2,34 m3 ou

5,91 %

170 19,25 10,57 54,91 1,62 m3 OU

8,42 % c

39,61 15,23 38,45 2,34 m3 ou

5,91 %

19,25 10,57 54,91 1,62 m3 OU

8,42 %

Distrito 2 — Pedro 33,05 11,54 34,92 3,06 m3 57 16,16 10,24 63,37 2,71 m3 OU

16,76 %

34,92 OU

9,26 %

16,16 10,24 2,71 m3 OU

16,76 %

Distrito 2 — Tamanduä . . . . 29,23 10,46 35,79 3,34 m3 OU

11,44 %

39 14,41 8,17 56,70 2,62 m3 OU

18,18 %

Distrito 3 38,54 12,72 33,00 2,04 m3 155 18,69 10,54 56,39 1,65 m3 OU

5,29 %

'

OU 8,83 %

TOTAL 37,37 13,83 37,01 1,35 m3 OU

3,61 %

421 18,18 10,30 56 66 1,00 m3 37,37 13,83 37,01 1,35 m3 OU

3,61 % OU

5,50 %

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TABELA N. ' 6

VOLUMES DE MADEIRA EM VÊ NOS GKUPOS SELECIONADOS E SUA VARIACAO

N.c de unida-des de 0,2 ha

VOLUME TOTAL DE MADEIRA EM PÉ, GRUPO BBMT

N.« de unidades

«zero» BBMT

VOLUME TOTAL DE MADEIRA EM PÊ, GRUPO H L P

NOME DO DISTRITO N.c de unida-des de 0,2 ha Média

m3 Desvio padrao

m3

Coef. variäncia

%

Êrro de estima-

tiva Probabi-

lidade 19/20

N.« de unidades

«zero» BBMT Média

m3

Desvio padrao

m3

Coef. variäncia

%

Êrro de estima-

tiva Probabi-

lidade 19/20

unidades «zero» BLP

Distrito 1

Distrito 2 — Pedro

D i s t r i t o^ — Tamanduä . . .

Distrito 3

TOTAL

170

57

39

155

421

8,22

7,08

5,14

8,19

7,77

5,48

3,14

2,89

5,58

5,14

66,67

44,35

56,23

68,13

66,15

0,84 OU

10,2 %

0,84 OU

11,9 %

0,92 OU

17,9 %

0,90 OU

11,0 %

0,50

OU 6,44 %

2

0

0

2

4

3,06

3,19

3,60

3,57

3,31

4,18

3,11

3,46

3,41

3,37

136,60

97,49

96,11

95,51

101,81

0,64 OU

20,9 %

0,82 OU

25,7 %

1,10 OU

30,6 %

0,54 OU

15,1 %

0,32

OU 9,67 %

31 OU

1 8 %

11 OU

1 9 %

3 OU

8 %

16 OU

1 0 %

61

170

57

39

155

421

8,22

7,08

5,14

8,19

7,77

5,48

3,14

2,89

5,58

5,14

66,67

44,35

56,23

68,13

66,15

0,84 OU

10,2 %

0,84 OU

11,9 %

0,92 OU

17,9 %

0,90 OU

11,0 %

0,50

OU 6,44 %

2

0

0

2

4

3,06

3,19

3,60

3,57

3,31

4,18

3,11

3,46

3,41

3,37

136,60

97,49

96,11

95,51

101,81

0,64 OU

20,9 %

0,82 OU

25,7 %

1,10 OU

30,6 %

0,54 OU

15,1 %

0,32

OU 9,67 %

OU 1 4 %

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2 o >

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O O O O O O O O O O O O O O O O O M O O O O O O O O M O O O M O M M M O M M p M b b b b ^ N k l O l M M "rfi l o UI l o *» l o l o Ü0 ~-J UI M '*- M' *>. 05 l o l o ** UI *> 00 " ^ * . "rf UI «3 *> ~05 l o l o P i & ^ t O C » U l ^ l N 0 C O C r f 0 0 0 0 O 5 0 0 0 0 O 5 ^ C O 0 0 c O ^ C O C O U I U I < I O 5 U I M ^ O 5 O 5 0 0 ^ M C n M ^ U l t X )

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^ 0 5 0 5 U 1 ^ ^ 0 0 C 0 C O C O C O C O N 3 l N j C 0 I O t O M È s 3 N 3 l \ J t s 3 N J l O N 3 t O t O ( O M M M M M M M M M M M U 1 0 - J ^ O N 3 ! 0 - a O O C 0 0 5 N ! C O C O M U l 0 0 0 5 U l ^ C O i - ' ^ C O t O M O O O ^ I - J - l U 1 0 5 0 0 t O I - ' l \ 3 0

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-54

Na Regiäo Amazönica esse mesmo problema foi encontrado. Tam-bém lä é extremamente dificil obter com uma amostra de tamanho me­dio uma estimativa de alta precisäo de espécies de ärvores que ocorrem ocasional ou raramente. Ao lado destas dificuldades vem o fato de que as ärvores valiosas säo präticamente encontradas apenas nestes grupos de ärvores que näo ocorrem freqüentemente. O mesmo é mais ou menos verdade para a Floresta de Produgäo em discussäo aqui, isto é, para as espécies de ärvores jacarandä, peroba, louro, e algumas outras.

Como foi relatado no Boletim N.? 6, «Inventärios Florestais na Amazönia», pägina 29, também ali foi impossïvel confiar nos métodos de inventärios comuns para obter uma estimativa de alta precisäo (10 % •de oscilagäo em 19/20). Se essa precisäo för necessäria para espécies que ocorrem raramente nessa floresta, a mesma poderä ser levantada divi-dindo-se em quadrados de 1 x 1 quilömetro, e as ärvores desejadas (ra-ras ou ocasionalmente ocorrentes) poderäo ser contadas uma por uma.

Ate agora todos os dados foram apresentados em m3 por amostra de 0,2 ha. Para facilitar a leitura e melhorar o uso dêste relatório na

'Tabela n.' 8, os mesmos dados säo reproduzidos uma vez mais, porém agora expressados em média por hectare, para a Floresta de Produgäo inteira.

TABELA N.° 8

KECAPITUI.AOÄO DOS VOLUMES EM m3 POR HECTARE NA FLORESTA DE PRODUCÄO INTEIRA

NOME

Volumes estimados com seus limites de confianca pro-babilidade 19/20, todos os dados expressos em m3

NOME

Minimo | Média 1

Mäximo

VOLUME TOTAL 180,10

85,90 36,35 14,95

0,75 0,15 2,04 0,90

14,30 5,80 7,72 6,14 2,21 1,71 0,90 1,05 1,90 0,08 2,50 1,80 4,98

186,85

90,90 38,85 16,55

1.25 0,45 2.55 1,40

16,25 6,45 9,30 7,40 2,95 2,25 1,20 1,35 2,35 0,20 3,25 2,25 6,30

193,60

Espécies económicas . . Grupo BBMT Grupo BLP

Angelim amargo Angelim pedra Aracä da mata _Araribä

180,10

85,90 36,35 14,95

0,75 0,15 2,04 0,90

14,30 5,80 7,72 6,14 2,21 1,71 0,90 1,05 1,90 0,08 2,50 1,80 4,98

186,85

90,90 38,85 16,55

1.25 0,45 2.55 1,40

16,25 6,45 9,30 7,40 2,95 2,25 1,20 1,35 2,35 0,20 3,25 2,25 6,30

95,90 41,35 18,15

1,75 0,60 3,56 1,90

Barr iga d'agua ^Batinga TJicuiba "Boleira Braüna Caingä Caixeta

Canela Canjerana

180,10

85,90 36,35 14,95

0,75 0,15 2,04 0,90

14,30 5,80 7,72 6,14 2,21 1,71 0,90 1,05 1,90 0,08 2,50 1,80 4,98

186,85

90,90 38,85 16,55

1.25 0,45 2.55 1,40

16,25 6,45 9,30 7,40 2,95 2,25 1,20 1,35 2,35 0,20 3,25 2,25 6,30

18,20 7,10

10,88 8,63 3,69 2,79 1,50 1,65 2,80 0,32

Cobi Copaiba Cubixä

180,10

85,90 36,35 14,95

0,75 0,15 2,04 0,90

14,30 5,80 7,72 6,14 2,21 1,71 0,90 1,05 1,90 0,08 2,50 1,80 4,98

186,85

90,90 38,85 16,55

1.25 0,45 2.55 1,40

16,25 6,45 9,30 7,40 2,95 2,25 1,20 1,35 2,35 0,20 3,25 2,25 6,30

4,00 2,70 7,62

(Continua)

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(Continuagäo)

55

Volumes estimados com seus l imites de confianca, pro-babilidade 19/20, todos os dados expressos em m3

Mäximo Média Minimo

Garapa Gema d'övo Gibatäo

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

1,70 1,05 3,26

Guaiticica

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

3,10

Jacarandä Jacarandä cipó Jataipeba

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

1,70 1,16

: 5,42" ' •' ' • ..8,90v:';-ii!:

. 2,69 '•'•'- 0,35 '!

Jequitibä Leiteira

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

1,70 1,16

: 5,42" ' •' ' • ..8,90v:';-ii!:

. 2,69 '•'•'- 0,35 '! Louro

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

1,70 1,16

: 5,42" ' •' ' • ..8,90v:';-ii!:

. 2,69 '•'•'- 0,35 '!

Magaranduba Mapeba

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

..:•!•• 2 , 6 5 ; Ü I ! '"• 7,90

Milho torrado Murici Pelada

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

8,72 • 1,15' : -'

8,45 . • Pequi Piquiä

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

4,30 " 1,05

Peroba

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

3,70 ' Pi tomba Saco de mono Sapucaia Tambor

0,70 0,65 1,54 1,70 0,90 0,54

4,18 5,00 1,91 0,05 1,65 6,20 6,38 0,75 6,25 1,90 0,40 1,10 0,99 1,90 2,89 7,43

1,20 0,85 2,40 2,40 1,30 0,85 0,05 4,80 6,95 2,30 0,20 2,15 7,05 7,60 0,95 7,35 3,10 0,65 2,40 1,40 2,80 3,90 , 8,35

. , 1 .81 i V 3,70 ' 5,01: 9i27

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DISTRIBUICÄO SEOUNDO OS DIÄMETROS

Uma das caracteristicas da floresta tropical é que ärvores de tö-das as classes de diametro crescem juntas. A mistura de classes de dia­metro nesta Floresta de Produgäo tem exatamente a mesma aparencia que a encontrada nas florestas da Amazónia. Ela tem também uma dis-tribuigäo dos diämetros balanceada. No Boletim N.9 6, «Inventärios Flo­restais na Amazónia», é explicado o que significa esta expressäo. Em poucas palavras, podemos dizer que estas distribuigöes encontradas obe-decem a algumas regras de matemätica, como vemos abaixo :

F ) .18'

F ) 1 9 '

Y = A . A* ou expressada em forma logarïtmica :

log. Y = ao + a1 . X. Para a distribuicäo dos diämetros na Floresta de Produgäo esta re-

lagäo é :

D . F 2 0 > log. Ndcl = 2,4389816 — 0,2389816 na qual N é o numero de ärvores encontradas por classes de diametro por hectare e Dcl é o valor numérico da classe de dia­metro representada pelos nümeros 3, 4, 5, etc , até 11.

O êrro da estimativa S

R ou o coeficiente de correlagäo mültipla é 0,99122.

Esta relagäo, armada em forma de tabela da os resultados seguintes

xy é 0,00870926 ou 1,14 % de log. NdcI

NUMERO DE ARVOKES ENCONTRADAS POR CEASSE DE DIAMETRO POR HA

Atual De acördo oom a formula

3 56,56 52,69 4 32,17 30,39 5 16,64 17,53 6 10,08 10,11 7 5,53 5,83 8 3,40 1 3,26 9 1,86 1 1,94

10 0,76 1,12 11 e maïs 0,96 0,65

TOTAL

0,96 0,65

TOTAL 128,05 123,62

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°/< 30- B i c u i ba

20-

10-

1 r i—. 3 4 5 6 7 8 9 10 12 13

%

30 T

20

10

Jequ i t i ba

%

30

20H

%

70

60-

50-

40

30-

20-

10

P e r o ba

3 4 5 6 7 8 9 10

J o c a r a n d a o/ /o

40 i

30-

10-

20

10'

Sucupi ra

3 4 5 6 7 8 9 10 II 12 13 3 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 9

ui

Fig. 7 — Histogramas da distribuiqäo de algumas espécies florestais de Linhares, segundo as classes de diametro

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58

Como pode ser visto, as diferengas com a distribuigäo balanceada perfeita säo muito pequenas. Na realidade, a série dada precisa conti-nuar porque de fato estä no infinito. Por esta razäo o total dos resulta-dos da formula ê menor do que o das atuais figuras.

Uma das significantes caracteristicas destas florestas é o fato de quase sempre mostrarem distribuigäo balanceada. As espécies que desta-cämos têm tödas suas especificas misturas de diämetros próprios.

Para o dono da floresta ou explotador, estas distribuigöes por espé­cies säo da maior importäncia. Como regra geral pode ser dito que a madeira tem mais valor nas ärvores mais grossas.

De algumas espécies selecionadas, foram feitas anälises da distribui­gäo de diämetros, as quais estäo reproduzidas na Tabela n.° 9.

TABELA N. ' 9

DISTRIBUICAO DOS DIÄMETROS NA FJ.ORESTA DE PRODUCAO

Numero de ärvores e volume por hectare

DISTRITOS

1. n %

m3 %

2. n Pedro %

m3 %

2. n Tamanduä %

Classes de diametro

7 8 9 10 11 12 13 m a ï s

de 13

3.

Total

n %

m3 %

n %

m3 %

61,65 46,28

33,71 17,01

52,72 41,72

24,70 14,94

52,82 45,47

m3 23,76 % 16,26

53,58 42,55

26,55 13,78

56,65 44,25

28,93 15,49

33,47 25,11

38.13 19,24

33,33 26,37

30,62 18,52

30,26 26,05

28,54 19,53

30,81 24,46

30,67 15,92

32,17 25,12

33,48 17.92

17,09 12,82

32,36 16,34

17,46 13,81

27,32 16,52

9,26 5,94 6,95 4,46

26,98 13,62

25,06 12,65

11,49 4,82 9,091 3,81

28,09 16,99

14,49 8,72 12,48 7,51

23,79 16,28

16,39 13,01

28,58 14,84

16,64 12,99

29,49 15,78

22,13 15,15

10,81 8,58

28,80 14,95

10,08 7,87

27,36 14,64

16,59 10,03

4,23 3,64

14,27 9,77

5,68 4,51

21,18 11,00

5,53 4,32

21,49 11,50

2,97 2,23

1,59 1,19

0,68 0,47

15,68 7,92

10,87 5,49

5,42 2,74

3,16 2,50

1,93 1,53

0,79 0,62

14,09 8,52

10,59 6,40

5,73 3,47

2,69 2,32

1,79 1,54

0,64 0,55

11,47 7,85

9,43 6,45

5,04 3,45

4,13 3,28

2.16 1,71

0,87 0,69

19,79 10,27

13,29 6,90

6,95 3,61

3,40 2,66

1,86 1,45

0.76 0,59

16,59 8,88

11,59 6,20

5,99 3,21

0,56 0,49

2,78| 2,71| 0,97| 3,42 1,40| 1,37| 0,49| 1,73

0,70 0,55

1,731 2,97| 1,05| 1,80|

—I 2,91 —i 1,76

0,51 0,44

2,77| 1.90|

1,44) 3,47 0,99) 2,37

1,52 1,21

7,361' 4,72| 0,751 3,99 3,82| 2,45| 0,39| 2,07

0,96 0,75

4,32 2,31

3,23 1,73

0,80 0,43

3,56 1,91

(Continuo}

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TABELA N. ' 9

59

(Continuagäo)

E S

Cla sses de d iamet ro

KSPÊCI E S 3

1

4 | 5 6 7 8 9 10 11 1 12 13 ma i s

de 13

A r a r i b ä n %

0 , 2 8 3 7 , 7 0

0.21] 0 , 0 8 2 9 , 5 1 1 1 1 , 4 9

0 , 0 7 9 ,83

0 ,05 6 ,55

0 ,02 3 ,28

0 ,01 1,64

m 3

% 0,15

1 1 , 5 1 0.251 0 .20

1 9 , 4 6 1 1 5 , 5 6 0 ,20

1 5 , 6 3 0 .24

1 9 , 2 0 0 1 3

1 0 , 1 1 0 .11 8 ,53

B r a ü n a n

% 0 .32

2 8 , 1 2 0.201 0 21

1 7 . 7 1 U 8 . 7 5 0 .12

10 ,42 0 .13

11 ,46 0 1 0 8,33

0 0 6 5 ,21

m 3 %

0.18 6,38

0.24I 0 4 3 8 .64115 .34

0 .36 1 3 . 0 3

0 5 9 2 1 . 2 6

0 5 0 18 ,08

0 .48 1 7 , 2 7

B i c u i b a n

% 0 .56

2 0 , 7 0 0.581 0.44

2 1 , 6 0 1 1 6 , 3 0 0 .39

1 4 , 5 4 0,31

1 1 , 4 5 0 21 7 , 9 3

0 . 0 7 2 .64

0 .70 2 6 4

0.051 1.761

0 .01 0 ,44

m 3

% 0 .41 4.41

0.941 1 2 1 1 0 . 1 7 1 1 3 , 1 3

1.54

1 6 , 7 8

1.59 1 7 , 2 2

1.47 1 5 , 9 1

0.61 6 .61

0 .63 6 ,85

0.641 6,931

0 .18 1,99

C e d r o n %

0 . 0 5 1 4 , 2 9

0.101 OOR 2 8 , 5 6 1 1 7 8 6

0 06 1 7 , 8 6

0 .05 1 4 2 9

— 0 01 3 ,57

0 0 1 !

3.571

m 3 %

0 0 3

3 .47 0 1 0 1 0 1 1

1 1 . 9 9 1 1 3 . 9 5 0 1 6

1 9 . 7 5 0 2 0

24.3R — 0.1 n

11 .16 0 1 2 1

15.321

G u a r i b u n %

0 .25 1 9 . 6 3

0 271 0 .22 2 1 . 5 0 1 1 7 . 7 6

om 1 4 . 9 5

0 .15 1 2 , 1 5

0 0 7

5,61

OOR

4 6 7

0 .04

2 . 8 0 0 011 0 9 3 1

m 3

% 0.1« 4 ,15

0.331 r>51 8.731 13 .46

0 .60 16 ,04

0 .73 19.41

0 .43 1 1 5 6

0 5 2 1 3 8 6

0 .33

8 8 8 0 .15! 3 . 9 1 '

I p ê •n

% 0 3 6

4 2 . 2 5 0 291 n i 4

3 3 . 8 0 1 1 6 . 9 0 0 .02 2 8 2

0 0 2 2 .82 —

0 01

1.41

in.3 0 2 4 2 0 . 4 7

0.351 0 3 3

28.761 97 6 8 OOR 5 .30

0 .12 9 .96

— OOQ

7 . 8 3

J a c a r a n d ä n

%

0 .43

5 4 . 4 2

0.171 AfiR

2 0 5 9 1 1 0 29

0.04 4.41

0 0 4 4 . 4 1

0 " 4

4 .41 O.ni 1.47

m 3

% 0 1 8

1 9 . 7 4

0 151 n i 3

17 .27 ! 14 7 8

0 0 7

8 .29

0 1 3

1 4 . 3 7

0 1 6 1 8 36

OOR 7 .19

J e q u i t i b ä n

% 0 3 0

1 8 6 5 o 9Rl o OA

1 6 4 2 1 1 4 . 9 3 0 .18

1 1 . 1 9 0 1 8

1 1 . 1 9

0 1 7

1 0 . 4 5

o - i p

8 21 OOG 3 . 7 8

0 0 1 !

0 .75 !

0 .04

2 .24 0.01 0 .75

0 .02 1.49

m 3

% 0 .19 2 .84

0.39I 0.5-5 5 .17! 8 .06

O R i

9.1 P

r \ 7 0

1 1 8 9

1 93

1 8 R?

1 0 3 1 5 4 7

OR«

8 7 0 0 1RI 2.67I

0 54

8 .18

0 1 5

2 . 3 2

0.46

6 .89

(Continua)

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60

TABELA N. ' 9

(Continuaeäo)

ES

Cla »ses de diametro

KSPÊCI ES 3 4 5 6 7 8 9 10 i l 12 13

mais de 13

Magaran-duba

n %

1,31 67,48

0,44 22,70

0,07 3,68

0,06 3,07

0,02 1,23

— 0,04 1,84

m3 %

0,88 42,15

0,54 26,17

0,16 7,71

0,17 7,96

0,11 5,14 —

0,23 10,87

Peroba n %

0,06 14,29

0,11 25,72

0,07 17,14

0,07 17,14

0,04 8,57

0,01 2,86

0,04 8,57

0,02 5,71

m3 %

0,04 2,78

0,13 9,78

0,22 15,95

0,21 15,16

0,16 11,53

0,06 4,55

0,30 21,S9

0,25 18,26

Pequiä n %

m3 %

0,24 46,51

0,17 26,13

0,21 41,86

0,32 49,55

0,02 4,65

0,06 9,26

0,04 6,98

0,10 15,06

'

Roxinho n %

0,07 19,35

0,06 16,13

0,09 25,80

0,05 12,90

0.04 9,68

0,01 3,23

0,04 9,68

0 01 3,23

m3 %

0,05 4,49

0,09 8,52

0,19 18,16

0,15 14,46

0,16 15,26

0.08 726

0,26 23,90

0,08 7,95

Sucupira n %

0,05 21,05

0,07 31,58

0,02 10,53

0,02 10,53

0,05 21,05 —

0.01 5,26

m3 %

0,02 4,98

0,11 20,70

0,04 8,71

0,05 10,44

0,20 38,48

—| 0,09 —| 16,69

Comparando os dados da Tabela n.° 9 e o histograma com os dados idênticos apresentados no Boletim N.? 6, «Inventärios Florestais na Ama­zonia», pagina 59, pode ser observado que alguns dêles säo do mes-mo tipo. Pequiä aqui tem o tipo da envira da Regiäo Amazönica, en­quanto que na Regiäo Amazönica pequiä tem mais o tipo de castanhei-ra, isto é, abundäncia de ärvores grandes. Aqui êste ultimo tipo pode sömente ser observado para jequitibä. Entretanto, é necessärio ter mui-to cuidado com as conclusöes baseadas nêsses dados, enquanto estas se basearem em poucas ärvores. No futuro esperamos obter oportunidade de colhêr dados mais completos.

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CONSIDERACÖES ECONÖMICAS

Na regiäo onde se realizou o inventärio pilöto cujos dados constituem o presente trabalho, a extracao de madeira é a principal atividade. Ao longo da estrada de rodagem BR-5, que a atravessa, dia e noite trafe-gam dezenas e dezenas de caminhöes ransportando madeira, vindos do norte do Estado e sul da Bahia.

Parte dêsse material sai do Estado, diretamente em toras, parte passa pelas serrarias, onde é transformado, sobretudo, em dormentes.

As serrarias, via de regra instaladas na propria margem da estrada, multiplicam-se constantemente. Só no trecho entre Vitória e Linhares contämos 124, tödas em funcionamento. Em töda a regiäo, o total vai a cêrca de 1.500. Das 124 que registrämos, 33 tanto fazem pranchas, tä-buas, etc , como dormentes. As outras 81, de tipo menor, fazem apenas dormentes.

Na faixa de 20.000 hectares, inventariada, föram identificadas cen­to e poucas espécies botanicas (Ver lista no final), das quais säo atual-mente aproveitadas, pela indüstria local ou a exportagäo, as 50 madei­ras seguintes :

1) Angelim amargo 18) Gibatäo 35) Mapeba 2) Angelim pedra 19) Guaiticica 36) ó leo pardo 3) Araribä rosa 20) Guaribu 37) Óleo vermelho

4) Bicuiba vermelha 21) Imbiriba 38) Orelha de onga

5) Braüna 22) Inhoiba 39) Para ju 6) Caburitinga

7) Caingä 8) Canela 9) C a m e de vaca

10) Cedro

23) 24) 25) 26)

27)

Ipê

Irapagu Jacarandä Ja ta i

Jataipeba

40) 41) 42) 43)

Pelada Pequi Pequiä Peroba (peroba amare la ou de Cam­pos) Pimentinha Pi tomba

11) Cinco fölhas 12) Cobi

28) 29)

Jatobä Jequitibä

44) 45)

Pelada Pequi Pequiä Peroba (peroba amare la ou de Cam­pos) Pimentinha Pi tomba

13) Cóco de óleo 30) Juna 46) Roxinho 14) Copaiba 31) Jureana 47) Saco de mono 15) Faia 32) Louro 48) Sapucaia 16) Garapa 33) Macanaiba 49) Sucupira 17) Genipapo 34) Magaranduba 50) Trangadinho

Dessas madeiras, a mais importante é o jacarandä (Daïbergia nigra) que, em toras (limpas da casca e alburno), tern, desde muito tern-

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po, mercado em värios paises, e obtém, para as pegas de boa coloragao e bem desenhadas, pregos bastante altos, sendo também bastante procura-da pela indüstria de laminados do Rio de Janeiro, Säo Paulo e Parana.

As outras principals espécies com boa aceitagäo no mercado inter-no como externo, säo : araribä rosa, cedro, guaribu, jequitibä, louro, macanaiba, óleo vermelho, orelha de onga, pequiä, peroba, roxinho e su-cupira.

Outras espécies, ainda mal conhecidas no exterior, como angelim ämargo, angëlim pedra, braüna, copaiba, garapa, guaribu, ipê, jatai, ma-caranduba, óleo pardo, pequiä e sapucaia, säo de regular consumo no mercado interno. As dèmais, por enquanto, säo apenas aproveitadas para a 'produgäo de dormentes, indüstria que recentemente tomou maior im-pulso, com a instalagäo de mais uma grande usina de tratamento pre­servative.

Se tödas as ärvores da relagäo aeima, de classes de diametro 3 e 4 (diämetros 24 a 44 cm) — salvo bicuiba vermelha, cedro, jacarandä, je-nipapo, jequitibä, juerana, louro e macanaiba, que ja têm aplicagöes melhores -.— fössem aproveitadas para dormentes, só por êste lado a Re-serva de Linhares contribuiria com um volume de 346.754 metros cübi-cos de madeira em pé, correspondentes a 12,4 % do volume total esti-mado da mesma.

Se considerarmos, agora, as espécies caingä, cuburitinga, cobi, ira-pagu, saco de mono e trangadinho, que por enquanto só säo cortadas para dormentes, teremos que só as ärvores dessas espécies de classe de diametro 5 em diante forneceriam urn total de 81.280 metros cübicos, correspondentes a 2,9 % do volume total estimado da Reserva.

Em principio, a partir da classe de diametro 5, seja de 45 cm de diametro a altura do peito, tödas as ärvores podem ser empregadas em serraria e fabricagäo de laminados e compensados, dependendo, natural-mente, da qualidade do fuste. Quando os fustes näo säo bem formados ou quando apresentam defeitos (buracos, e tc ) , muitas vêzes seu apro-veitamento pode ser feito, cortando toras de 2 metros para a produgäo de dormentes.

De aeördo com nossas estimativas :

1 — Das ärvores das espécies de nümeros 1, 2, 5, 8, 9, 11, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 26, 27, 28, 30, 34, 35, 36, 39, 40, 41, 42, 44, 45 e 48, da relagäo aeima, das classes de diame­tro 5, 6 e 7 (diametro de 45 a 74 cm), 40 °/b podem ser apro­veitadas para serraria, laminados, compensados, etc., e 60 %,

•' ..v;;;. ipara dormentes, êstes 6 0 % correspondendo a 246.422 metros •<:l"':|' cübicos, ou 8,8 % do volume total da Reserva.

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2 — Das ärvores das mesmas espécies, da classe de diametro 8 e acima (75 cm de diametro para diante), 60 % podem ser apro-veitados para serraria, etc , e 40 %, para dormentes, êstes 40 % correspondendo a 104.437 metros cübicos, ou, 3,7 % do volu­me total da Reserva.

Concluindo, podemos dizer que os 778.893 m3 de madeira em pé, das espécies aproveitäveis para dormentes, mencionadas nos itens acima, e cor­respondentes a 27,86 % do volume total estimado da Reserva, produziriam 4 938 697 dormentes 200-16-22, serrados mecänicamente. Para esta apli-cagäo, o rendimento da madeira em pé é 44,64 %, com um aproveita-mento de 326 dormentes por hectare.

As madeiras em pé de classe de diametro 5, inclusive, e acima, uti-lizäveis em serraria, laminados, compensados, e tc , têm urn volume de 582.778 m3, correspondentes a 20,85 % do volume total da Reserva. Apli-cando o fator de rendimento para florestas tropicais pluviais (25 %), te-remos uma produgäo de 145.694 m3 de serrada, laminada, compensada ou de outro tipo semelhante, seja, um rendimento de 9,61 m3 por hectare, neste total, incluidos 3,90 m3 ou 40,58 % de madeira de exportagäo.

-Evidentemente, em muitos casos, sera dificil decidir se sera meihor cortar as ärvores em toras de 4 - 5 metros ou mais, para colocä-las em serrarias ou outras indüstrias, ou tragar toras de 2 metros, para dor­mentes. Na realidade :

1 m3 de dormentes 200-16-22 corresponde a 14 pegas;

1 m3 de madeira em pé da classe de diametro 5 em diante produz, aproximadamente, 0,25 m3 de madeira serrada, laminada, e tc ;

1 m3 de madeira em pé da classe de diametro 5 e mais produz 0,47 m3 de dormentes.

Nestas condigöes, o equivalente de 1 m3 de madeira serrada, lami­nada, etc , é aproximadamente igual a 1,9 m3 de dormentes, se jam 27 dormentes (1,9 x 14).

Se o prego de urn metro cübico de madeira serrada for substancial-mente maior que o de 27 dormentes, claro estä que é meihor produzir toras para serraria.

Usando o mesmo raciocinio, poderemos fazer uma estimativa bas-tante aproximada do valor da madeira em pé de florestas dêste tipo :

Sendo o prego dum dormente Cr$ 1.200,00, e incluindo-se Cr$ 150,00 para o tracamento da tora, Cr$ 250,00 para os gastos de transporte, Cr$ 200,00 para as despesas de serragem, o valor mïnimo da madeira em pé por hectare pode ser estimado em :

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326 (dormentes p / h a ) x 600 (lucro liquido por dormente) + 9-61 (rendimento em madeira serrada p /ha ) x 27 (numero de dormen­tes equivalente a 1 m de madeira serrada) x 600 — Cr$ 351.282,00.

Conforme a lista apresentada no firn dêste trabalho, maior é, pre-sentemente, o numero das espécies arbóreas ainda näo aproveitadas do que o numero daquelas que säo cortadas, pelo menos, para a transfor-magäo em dormentes. Entre as espécies sem uso atual, destacam-se, pela sua freqüência, barriga d'ägua, batinga, boleira, leiteira, milho torrado, paineira e tambor.

O volume em pé da madeira destas sete espécies, da classe de dia­metro 3 em diante, é de 835.079 m3, sejam, 29,9 % do volume total es-timado da Reserva. Se estas espécies förem também cortadas, teremos uma produgäo de mais 13,76 m3 de madeira serrada, ou 306 dormentes por hectare. Em geral, säo espécies de madeira leve, que poderäo. ser usadas para compensados, caixas, chapas de fibra, chapas de particulas, celulose, etc.

Menos freqüentes, porém ainda bastante abundantes, säo : aragä da mata, bicuiba branca, camboatä, cubixä, gema de övo, murici, pau san-gue e sucanga. A realizagäo dos ensaios fisico-mecänicos e de aprovei-tamento da? 7"'"as existentes na Reserva näo só multiplicarä os em-pregos das .. ja conhecidas, em maior ou menor escala, pelo co-mércio, como ^.escobrira aplicagöes para quase tödas as demais.

A técnica moderna se baseia no principio de que as florestas, para a produgäo de madeira, devem ser tratadas por processos de manejo di-rigidos para uma produgäo contïnua. Isto significa que, se uma reserva é cortada parcial ou totalmente, o trabalho tem de ser feito no sentido de que a madeira extraida seja reposta ao firn de algum tempo, seja pela regeneragäo natural, seja através de reflorestamento sistemätico.

Sendo dificeis e onerosos os cuidados a serem dispensados em favor da regeneragäo natural de florestas tropicais pluviais, pelo grande nume­ro de espécies que contém e pela tendência de serem as de menor inte­resse económico que predominam na floresta secundaria, o que de pre-ferência se recomenda para a regiäo de Linhares é o reflorestamento em areas selecionadas, com espécies cuidadosamente escolhidas, indïge-nas ou exóticas.

Tendo em conta as condigöes locais, bem assim, as solicitagöes e ten-dências dos mercados consumidores, inclusive a indüstria do papel, so-mos de parecer que, entre outras, a serem melhor consideradas, se reco-mendam para o reflorestamento na regiäo, o jacarandä (Daïbergia nigra), jequitibä (Cariniana spp.), peroba (Paratecoma peroba), Eucalyptus ci-triodora, e as coniferas Pinus caribaea var. cubensis, P. khasya. P. oari-beae var. hondurensis, P. merkusü, P. oocarpa e P. insularis.

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Uma separata com os nomes das madeiras do Espirito Santo e a

respectiva classificagäo botanica, feita ä base do estudo do material de

herbärio ou do material lenhoso, estä sendo preparada, sob responsabi-

lidade direta do Setor de Inventärios Florestais.

RELAQÄO DAS ÄRVORES EXISTENTES NAS FAIXAS INVENTA-RIADAS DA RESERVA FLORESTAL DE LINHARES

(Classificagäo feita pelo Servigo Florestal da Companhia Vale do Rio Doce, controlada pelo natural is ta J. P. Lanna Sobrinho)

NOME VU-LGAR

Agä Agoniada Almécega

Andä-agu

Angelica

Angelim

Angelim amargoso

Angelim pedra Araribä de fölha miüda . . . Araribä rosa

Aragä Araga da mata Bagona Bandara Bapeba Barr iga d'ägua

Batinga Bicuiba branca . . Bicuiba vermelha Boleiro Bomba d'ägua . .

Braüna parda

Braüna preta Braüna preta Caingä

Cajä Cajä da mata Caixeta Camboatä . . . Canjerana . .

NOME CIENT1FICO F A D H U A

Pacystoma ilicifoliu-ni Muell. Sapotaceae Plumeria lancifolia Muell. Apocynaceae Protium brasiliensis Engl., Burseraceae P. heptaphyllum March. Burseraceae Joannesi::. princeps Veil. Euphorbiaceae Guettarda angelica

Mart, ex Muell. Rubiaceae Guettarda angelica

Mart, ex Muell. Rubiaceae Andira anthelmintica Benth. Leguminosae

A. spectabilis Said, da Gama Leflïfn inosae

Sickingia glaziovii Schum. Rubiaceae Centrolobium robustum

Mart, ex Benth. " Leguminosae C. tomentoswm Guill ex Benth. Leguminosae

Psidium sp. Myrtaceae Psidium sp. Myrtaceae Joannesic princeps Veil. Euphorbiaceae

Lucuma sp. Sapotaceae Eriodendron pubiflorum St.

Hil. Bombacaceae Chorivia speciosa St. Hil. Bombacaceae Eugenia sp. Myrtaceae Myristica sp. Myristicaceae Myristica bicuhyba Schott Myristicaceae Joannesia princeps Veil. Euphorbiaceae Eriodendron pubiflorum St.

Hil. Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Bombacaceae Quebrachia brasiliensis' (Engl.)

Griseb. Anacardiaceae Melanoxylum braüna Schott Leguminosae Piptadenic. sp. Leguminosae Pithecolobium sanguineum

Bénth. Leguminosae Spondias sp. Anacardiaceae Spondias sr. Anacardiaceae Tabebuia casuinoides DC. Bignoniaceae Cnpanic. vernalis Carab. Sapindaceae Cabralea cangerana Said. Meliaceae C. laevis C. DC. Meliaceae C. oblongifolia D. C. Meliaseae

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NOME VULGAR NOME CIENTfFICO FAM1LIA

Canela preta Nectandra mollis Nees Lauraceae N. villosa Nees et Mart. Lauraceae N. sanguinea Roland, ex Rottb. Lauraceae

Canela tapinhoä Silvia navalium Allem., Lauraceae Ocotea glaucina Mez Lauraceae

Carne de vaca Roupala brasiliensis Klotz. Proteaceae Styrax leprosa Hook et Arn. Proteaceae

Carobinhä Jacaranda decurrens Cham. Bignoniaceae Casca dóce (buranhem) . . . . Pradosia glycyphloea, Kuhlm. Sapotaceae Cedro Cedrela fissilis Veil. Meliaceae Cinco fdlhas Cybistax anticyphilitica Mart., Bignoniaceae

Sparathosperma vermicosum Leguminosae Bureau et Schum. Bignoniaceae

Cobi Pouteria sp. Sapotaceae Cassia multijuga Rich. Leguminosae

Cöco de óleo Poeppigia procera Presl Leguminosae Copaiba Copaifera langsdorjii Desf., Leguminosae

Copaifera officinalis Linn. Leguminosae Cubixä Crubixä Sideroxylon gardnerianum Sapotaceae Emburema Parkia pendula Benth. Leguminosae Faia Roupala brasiliensis Klotz. Proteaceae Far inha sêca Basiloxylon brasiliensis ( ? ) Sterculiaceae

Machaerium glabrum Vog. Leguminosae Figueira Ficus pohliana Miq. Moraceae Mata pau Ficus pohliana Miq. Moraceae Gameleira Ficus eximia Schott, Moraceae

Ficus anthelminthica Mart. Moraceae Ficus doliaria Mart. Moraceae

Garapa amarela Apuleia praecox Mart. Leguminosae Gema de övo (arapoca) . . . . Raputia magnifica Engl. Rutaceae Genipapo Genipa americana Linn. Rubiaceae Gibatäo Astronium gracile Engl. Anacardiaceae Gibatäo vermelho Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae Gramarim Esembeckia fasciculata Rutaceae

B. Rodr. Grumari Esembeckia fasciculata

B. Rodr. Rutaceae Guaiti Moquilea tomentosa Benth. Rosaceae Guaiticica Clarisia racemosa Ruiz et

Pav. Moraceae Guamande Guaraguca Vochysia laurifolia Warm. Vochysiaceae Guaricica Vochysia laurifolia Warm. Vochysiaceae Guarataia Raputia magnifica Engl. Rutaceae Guaribu amarelo Goniorrhachis marginata Leguminosae

Taub. Leguminosae Peltogyne discolor Vog. Leguminosae

Guaribu prêto Astronium fraxinifolium Schott Anacardiaceae

Imbaüba branca Cecropia leucocoma Miq. Moraceae Imbaüba preta C. obtusa Tree. Moraceae Imbirema (imbirarema, im- Gallezia gorazema (Veil.) Moraceae

buracema, gorarema) . . . . Moq. Phytolacaceae Imbiriba Guazuma ulmifolia Lam. Sterculiaceae Inga Inga sp. Leguminosae Inuiba do régo Eschweilera sp. Lecythidaceae

Laurus subscadens Veil. Bignoniaceae Ipa pardo Tecoma obtusata DC. Bignoniaceae Ipê röxo Tecoma heptaphylla Mart. Bignoniaceae Irapagu '. Jacarandä da Bahia Dalbergia nigra Fr. Allem. Leguminosae

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NOME VULGAR NOME CIKNT1FICO FAMII.IA

Jacarandä caviuna Dalbergia nigra Fr. Allem. Leguminosae Jacarandä cipó Machaerium leucopterum Vog. Leguminosae Jataipeba Dialium divaricatum Vahl. Leguminosae

•Jataï rosa Dialium sp. Leguminosae Jatobä roxo - Hymenaea stilbocarpa Hayne Leguminosae Jequitibä (cravinho branco) . Cariniana legalis Mart. Lecythidaceae Jequitibä rosa Cariniana estrellensis Raddi Lecythidaceae Joäo mole Pisonia tomentosa Casar. Nyctaginaceae Juerana Parkia pendula Benth. Leguminosae Juna Leiteira Sapium sp. Euphorbiaceae Limäo do mato (mororó) . . . Basanacantha spinosa Schum. Rubiaceae Louro pardo Cordia trichotoma Veil, ex Boraginaceae

Steud. Macanaiba Bowdiehia virgilioides H. B. K. Leguminosae

Andira spectabilis Said. Leguminosae Mantegueira Mapeba Lucuma sp. Sapotaceae Mapeba sapucaia : Lucuma sp. Sapotaceae Macaranduba Mimusops elata Allem, ex Miq. Sapotaceae

Lucuma procera Mart. Sapotaceae Milho torrado (milho cozido) Licania incana Aubl. Rosaceae Milho torrado vermelho . . . . Licania sp. Rosaceae Molemba Ficus eximia Schott. Moraceae

F. anthelminthica Mart. Moraceae Murici Vochysia sp. Vochysiaceae Murta da mata Coutarea speciosa Aubl. Rubiaceae Oiti Moquilea tomentosa Benth. Rosaceae Oiticica '. Clarisia racemosa Ruiz et

Pav. • Moraceae Soaresia nitida Fr. All.

Óleo de copaiba Copaifera langisdorfii Desf., Leguminosae O. officinalis Linn. Leguminosae

Óleo pardo Myrocarpus frondosus e Leguminosae M. fastigiatus Fr. Allem. Leguminosae

Óleo vermelho Myroxylon peruiferum Linn. Leguminosae Myrospermum erytroxylum Leguminosae

Fi\ All. Orelha de onga Zollernia sp. Leguminosae Paineira Bombax sp. Bombacaceae

Chorisia speciosa St. Hil. Bombacaceae Para ju (macaranduba) Mimusops sp. Sapotaceae P a r a tudo Drimys wintert Forst. Magnoliaceae Pau de anta Drimys -wintert Forst. Magnoliaceae Pau carneiro Pau pereira Geissospermum veUosii Fr. All. Apocynaceae

Aspidosperma subincanum Mart. Apocynaceae

Platycyamus regnetti Benth. Leguminosae Pau sangue Pau de tucano Vochysia tucanorum Mart. Vochysiaceae Pelada Terminalia sp. Combretaceae Pequi Caryocar barbinerve Miq. Caryocaraceae Pequiä Caryocar sp. Caryocaraceae Pequiä sabre Caryocar sp. Caryocaraceae

Aspidosperma gomesianum D. C. Apocynaceae

Peroba amarela Paratecoma peroba (Record) Kuhlm. Bignoniaceae

Peroba candeia Aspidosperma sp. Apocynaceae Peroba rosa • Aspidosperma peroba Fr. All. Apocynaceae Pêssego do mato

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68

NOME VULGAR NOME CIENT1FICO FA3HLIA

Pimentinha Capsicum, microcarpum Cav. Pindaiba Duguetia lanceolata St. Hil

Xylopia marginata Mart. X. frutescenc; Aubl.

. A.", brasiliensia Spreng. Pinna da mata Anona sp. Pitomba Sapindus esculentus St. Hil.,

Talisic esculenta Radlk. Puruna ( ta raranga) Pouroumc guianensis Aubl. Quina rosa Sickingia rubescens Schum. Roxinho (Päu röxo) Peltogyne confertiflora Benth.

P. dtócolor Vog. Saco de mono Sangue de gato (pau de san­

gue) Pterocarpus violaceus Vog. Sapucaia vermelha Lecythis ollaria Linn.,

L. velloziana Miers, L. urnigera Mart.

Sucanga (guarapoca, arapoca) Sucupira amarela

Sucupira branca Sucupira preta

Tacuririba Tambor (tamboril) Tento Trangadinho Urucu da mata Uva da mata

Raputia magnifica Engl. Ferreirea &pectabilis Fr.

Allem., Bawdichia virgilioides H.B.K., Bowdichia major Mart. Pterodor. pubescens Benth. Andira spectabilis Said, da

Gam?.

Enterolobium timbouva Mart. Ormosia nitida Fr. All.

Birca sp.

Solanaceae Anonaceae Anonaceae Anonaceae Anonaceae Anonaceae Sapindaceae Sapindaceae Moraceae Rubiaceae Leguminosae Leguminosae

Leguminosae Lecythidaceae Lecythidaceae Lecythidaceae

Rutaceae

Leguminosae Leguminosae Leguminosae Leguminosae Leguminosae Leguminosae

Leguminosae Leguminosae

Bixaceae

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S U M M A R Y

The Sector for Forestry Inventories of the Federal Forest Division performed a detailed survey of the Forest Reserve belonging to the Com-panhia Vale do Rio Doce (owned for 80 % by the Federal Government of Brazil) located in the municipality of Linhares in the State of Espirito Santo.

A simple random sample was taken of 421 units of 0.2 hectare each. The results of the survey are given in Table No. 8.

Parallel with the Forest survey a Soil survey was performed which proved that the different soil types found coincided with the different vegetation types.

For the volume estimates of the standing timber the volume tables of the Amazon Region were used. A check performed with trees from the Reserve pointed out that it is statistically fully justified to use these tables also for this Region.

It came out that half of the standing timber of D.B.H.25 cm and more could be used either for sawn timber, veneer, plywood or sleepers. To be able to make reliable estimates of the production possibilities of mechanically sawn sleepers of 200-16-22 cm from standing timber it be­came necessary to construct a special volume table for this purpose, as shown in the Table No. 3.

A map was drawn with the help of aerial photographs 1:25,000 based on an existing ground survey of the borders of the Forest Reserve.

The results of the survey were used to draw a management plan for the initial period of the conversion of the natural grown forests into pure stands of Conifers, Eucalyptus and other species.

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COMPOSTO E IMPRESSO POS IBMÄOS D l GlOROIO & C U . LiTDA. • E D I T O B E S R U A C A N I N D É , 32 — R i o DE J A N E I R O — B R A S I L

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