a ferro & a fogo nr 048.2012

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PARA CONHECIMENTO E REFLEXÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 18/9/2012 1 [email protected]

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A FERRO & A FOGO NR 048.2012. PARA CONHECIMENTO E REFLEXÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA. Comissão da Verdade restringe investigação a agentes públicos. - PowerPoint PPT Presentation

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PARA CONHECIMENTO E REFLEXÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

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Foi publicada nesta segunda-feira (17) no Diário Oficial da União resolução da Comissão Nacional da Verdade (CVN), que restringe as investigações do grupo a agentes públicos ou a serviço do Estado. Com isso, ficam excluídas apurações sobre crimes cometidos por opositores do regime militar durante a ditadura.

Segundo a assessoria de imprensa do colegiado, a decisão segue entendimento, já previsto em leis anteriores e em acordos internacionais, de que violações aos direitos humanos são somente praticadas pelo Estado. Com isso, atentados e roubos a bancos, por exemplo, cometidos por grupos armados de esquerda, ficarão de fora das apurações.

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O alvo das investigações foi objeto de polêmica durante a elaboração da lei no Executivo e na discussão no Legislativo. Antes mesmo de o projeto de lei que criava a Comissão da Verdade ser enviada ao Congresso, em 2010, o texto foi alterado para retirar a expressão "repressão política" da parte que falava sobre o contexto do que seria investigado.

A mudança, feita sob pressão de setores militares, visava deixar em aberto o foco das apurações, na expectativa de incluir também delitos cometidos por grupos de guerrilha. Outra exigência foi a de que a comissão se limitasse a examinar os fatos, sem propor ou levar a condenações de envolvidos, o que foi atendido em respeito à Lei da Anistia (1979), que perdoou os crimes políticos cometidos à época.

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Noutro ponto da resolução, a comissão reconhece também como vítimas pessoas mortas pela repressão policial durante conflitos armados com agentes do poder público ou em manifestações públicas e as que tenham cometido suicídio por iminência de prisão ou decorrência de sequelas psicológicas advindas de tortura.

A resolução publicada nesta segunda também estabelece que não cabe à Comissão Nacional da Verdade revisar decisões já tomadas pela Comissão de Anistia (que concede indenizações às vítimas da ditadura) ou pela Comissão de Mortos e Desaparecidos (que reconhece as vítimas).

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VIVIAM NOS ESGOTOS, SÓ SAIAM PARA PRATICAR MALDADE COM INOCENTES AÇÃO COVARDE DE TERRORISTA

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GILSON PEREIRA NUNES – Capitão-de-Corveta (T-RM1)

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Nunca esperei que houvesse coerência ou mesmo honestidade, por parte de FACÍNORAS INESCRUPULOSOS que estão em franca campanha e tentativa de desmoralizar as FORÇAS ARMADAS e destruir a democracia  do pais!

O único ente Institucional que restou neste mar de lama em que se tornou este desgoverno, em que a única ação efetiva é vilipendiar as Honradas Instituições, e saquear os cofres públicos com uma volúpia jamais vista na História deste País...

Instituições estas que, sempre garantiram em todas as épocas, a existência e mesmo, a permanência da Democracia que existe hoje, e que, permite e nos obriga a assitir até o fim, a esta vergonha Nacional, a que está acometido o país neste momento!

Que DEUS, em sua infinita misericordia, tenha piedade de nós e nos proteja, a todos, do triste destino que se projeta no horizonte.

 

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 Que a solução para este mal não exija o derramamento de sangue de irmãos contra irmãos, que estão sendo enganados e privados do que existe de mais sagrado a uma Nação....a garantia de sua existência e progressos contínuos, para o bem estar da sua população!

Eis, as verdadeiras intenções dos petralhas desde o inicio!!!!!!!!!!!! Comissão da meia verdade! Só se poderá apurar o que fizeram os militares!!!!!!!!!!!

A verdade é um fator inexorável do passar do tempo!   

Até se pode conseguir enganar alguns por pouco tempo! Ou mesmo muitos, por longo tempo! 

Mais não se conseguirá enganar a todos, por todo o tempo!

Para reflexão de todos!

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Cel JOSÉ BATISTA PINHEIRO

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ÁREA CIVIL: 1.    “O Brasil não é um país sério”, famosa frase do general

francês Charles De Gaulle, apreciando o Brasil, e que virou piada de botequim.

Realmente, temos muito que fazer para aprimorar os nossos costumes e as nossas leis. Morre mais gente assassinada anualmente aqui na nossa terra do que em muitas guerras e guerrilhas mundo a fora, sem contar as vítimas do trânsito em ruas e rodovias, que atingem a incrível estatística de 60 mil por ano de vidas ceifadas. As nossas leis penais são muito benevolentes. Os criminosos precisam de castigo para reparar os seus delitos. Não precisa a pena de morte, comum em outros países, basta que se faça cumprir integralmente a pena a que eles foram condenados seja de um mês, seja de 30 anos, de preferência varrendo praças e jardins para justificar a comida, a roupa lavada e a dormida nos estabelecimentos penais pagos pelos contribuintes.

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2.    Quando saímos à rua sentimos uma sensação de insegurança a cada passo quando andamos a pé, e a cada sinal luminoso nas esquinas quando estamos dentro de um veículo. Até mesmo dentro das nossas moradias o fantasma da insegurança nos amedronta. Isso tudo, sem falarmos das casas de comércio, bancos, indústrias, fazendas rurais e quaisquer setores que produzem riquezas e que correm perigo constante de assaltos e violência contra pessoas e bens. Há que se tomar uma decisão drástica antes que esse estado de anarquia ameace até mesmo o desenvolvimento do país e a estabilidade das instituições democráticas brasileiros. Trata-se de um grave problema de defesa interna.

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3.    A educação básica brasileira está muito aquém das nossas necessidades. Proliferam colégios e faculdades particulares apenas com interesse pecuniário do que interesse no ensino de qualidade. Os nossos colégios militares do Exército ganham disparados em qualidade e as vagas para matrículas são iguais para filhos de militares e civis, apenas os filhos de militares transferidos têm vagas garantidas nos CM. São poucas as nossas grandes universidades federais, estaduais e particulares que possuem adiantados centros de pesquisas. Estamos muito necessitados de ensino de qualidade em todos os níveis.

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ÁREA POLÍTICA: 1.     O Poder Executivo tem ministérios em demasia, além das

Agências de Controle, com superposição de poderes e de comandos. Verdadeiro turbilhão de empreguismo para os apaniguados, que exercem importantes cargos públicos, muitas vezes, sem a devida capacitação para os mesmos.

Apesar da grande geração de receita da nossa área econômica, os gastos com pessoal consomem etapas de dinheiro que poderiam ser carreadas para outros empregos, mormente na Defesa.

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2.     O Poder Legislativo é lastimável tanto na sua quantificação, qualificação como na sua atuação. Existe um legislador eleito que tem dificuldades na leitura de texto e, até, em assinar o nome. Uma aberração. O efetivo de ambas as Casas Legislativas poderia ser de um terço do atual. O sistema de escolha, apesar de democrático, não preenche os requisitos necessários para se possuir um bom legislador.

Deveria se fazer uma varredura da vida pregressa do candidato e um teste de capacitação. Acabar com o festival de verbas para os legisladores entupir os seus gabinetes com parentes e amigos e ajudar os seus “currais” eleitorais. O detentor de mandato legislativo teria direito a um salário compatível e os funcionários dos gabinetes nomeados através de concursos.

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3.     O Poder Judiciário é o único que segue carreira normal dentro de suas áreas. São todos concursados e com competência comprovada. É um poder independente e que não depende de eleições gerais pelo povão.

Quase todos os cargos de Ministros das várias instâncias são indicados e nomeados pelo Presidente da República, tirando-lhes um pouco de sua independência, pois ficam devendo o favor de suas nomeações ao presidente que os nomeou.

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ÁREA MILITAR: 1.     Sendo o Brasil um país considerado “em desenvolvimento”,

por isso, fazendo parte do (BRICS), grupo do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, destes, o Brasil é o único ainda muito pobre em armamento convencional e que não possui Bomba Atômica, artefato nuclear ainda em moda destinado à dissuasão, como também à agressão. Porque moramos num condomínio onde um dos moradores “é o melhor armado do mundo, não nos dá o direito de andarmos por aí sem uma arma na cintura”. As nossas riquezas naturais e o nosso alto desenvolvimento industrial falam por si, não podemos ficar desarmados à mercê da nossa sorte e/ou da bondade dos outros.

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2.     A nossa fronteira seca com os países da América do Sul ainda é considerada uma região sem maiores conflitos internacionais, todavia é uma porta aberta para traficantes e contrabandistas dos outros países que fazem do tamanho descomunal do Brasil uma ponte para os seus negócios sujos. As nossas Forças Armadas atuam na área com quadros de pessoal, bem preparados, mas com armamento obsoleto, muitos ainda da 2ª Guerra Mundial. Ainda nos fazemos respeitar pela liderança que mantemos através dos tempos. Segundo declarações de uma alta autoridade militar, embora tenhamos tropas bem adestradas, só temos munição para uma hora de combate sério. Não temos aviação de caça nem de combate estratégico, nem aeronaves velhas nem novas, em matéria de aviação militar estamos quase a zero. A nossa gloriosa Marinha de Tamandaré não possui belonaves nem para vigiar a rede de navegação da Bacia Amazônica. Quantos aos mares e oceanos, nem pensar como será a nossa atuação.

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3.     A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, foi criada e, ainda, anda preocupada com escaramuças armadas internas acontecidas há mais de 40 anos, com injustificado revanchismo. Perde tempo em querer punir militares amparados pela Lei da Anistia, quase todos, com mais de 80 anos e quase 100% dos envolvidos já prestando contas ao Criador.

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ÁREA ECONÔMICA:   1.     Somos um país abençoado por Deus, pois temos todos os

climas do mundo sem os invernos rigorosos, tufões, tsunamis, terremotos e vulcões e outras desgraças da natureza. A Embrapa é um dos maiores centros de pesquisa em produção agrícola do mundo. Nossos agronegócios são muito bem administrados e, praticamente, somos os abastecedores em alimentos da humanidade. Nem possuímos concorrentes nessa área, reinamos com absoluta imponência. Num futuro próximo a água potável e para a indústria será o grande trunfo da nossa riqueza, uma vez que possuímos 30% da água de superfície de todo o planeta terra, sem contar com a água subterrânea ainda desconhecida e/ou inexplorada.

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2.     O nosso parque industrial se equipara aos melhores do mundo, mas temos muita concorrência e poucos centros de pesquisa. Sofremos os efeitos e as oscilações das balanças comerciais mundiais. As nossas leis sociais protegem e amparam os trabalhadores brasileiros em seus direitos trabalhistas.

  Fortaleza 11 de setembro de 2012

  José Batista Pinheiro - Cel

 

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AUGUSTO NUNES – Revista Veja – 16/09/2012

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O tumor da corrupção impune assumiu dimensões tão perturbadoras que talvez só possa ser lancetado por um quadrilheiro de grosso calibre ─ alguém como Marcos Valério”. Foi esse o fecho do post publicado em 26 de agosto , que resume num dos parágrafos o que ocorreria se o publicitário vigarista que virou diretor-financeiro da quadrilha do mensalão resolvesse abrir o bico.

“As revelações de Roberto Jefferson abalaram as fundações do governo Lula e devassaram o bordel das messalinas disfarçado de templo das vestais. O teor explosivo das histórias que Valério tem para contar é infinitamente maior. Depois da primeira prisão preventiva, ele avisou mais de uma vez que, se fosse abandonado no barco a caminho do naufrágio, afundaria atirando ─ e tinha balas na agulha tanto para mensaleiros juramentados quanto para Lula”.

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Não era blefe, atesta mais uma histórica edição de VEJA. Embora não tenha esgotado seu estoque de segredos, o que Marcos Valério já contou é suficiente para convencer o mais fanático petista de que o mensalão existiu, apertar a corda que envolve o pescoço dos antigos comparsas e devolver o ex-presidente Lula ao olho do furacão que quase o levou para longe do poder em 2005.

As revelações começam já na capa ─ “Não podem condenar só os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos” ─ e se estendem pela reportagem de oito páginas assinada por Rodrigo Rangel. Confiram sete disparos de grosso calibre:

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(GUSHIKEN, LULA E DIRCEU) 29

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“Lula era o chefe”. “Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”. “O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar

baralho com o Lula à noite”. “O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”. “(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT

era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”. “O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles

se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”. “Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”.

A caixa-preta foi aberta. Só poderá ser fechada por meio da violência. Para impedir que o pior aconteça, basta que as autoridades policiais completem o serviço, o Ministério Público cumpra seu dever e o Judiciário inteiro se mire no exemplo dos oito do Supremo.

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FONTE: JORNAL “O GLOBO ONLINE” EM 18/09/2012

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RIO - Dos 54 prefeitos candidatos à reeleição no Estado do Rio, 42 ficaram mais ricos durante o último mandato. O aumento do poder aquisitivo dos políticos fica mais claro quando a totalidade do patrimônio é posta em cima da mesa. Segundo levantamento do GLOBO com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 2008 a 2012, o montante de bens dos prefeitos passou de R$ 23,2 milhões para R$ 37,4 milhões, um avanço de 60%.

O recordista de evolução patrimonial, em números percentuais, foi Juarez Corguinha (PMDB), prefeito de Sumidouro, na Região Serrana. Em 2008, ele declarou R$ 12.855,35. Quatro anos depois, seu patrimônio chegou a R$ 330.889,08, uma evolução de 2.500%. Entre as duas declarações, somente duas novidades: R$ 200 mil em espécie e R$ 96.879,18 em uma conta no Banco do Brasil. Levando em conta que, de acordo com a assessoria da prefeitura, o salário do prefeito é de R$ 12 mil, ele precisaria ter economizado metade de seu rendimento todos os meses para acumular seu patrimônio atual. Segundo Juarez, tudo não passou de um mal entendido.

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— Não tenho tanto dinheiro assim. Com certeza, foi o contador que fez confusão — argumentou o prefeito, que, por conta da reportagem, enviou um documento ao TSE pedindo a retificação de seu patrimônio. Segundo Juarez, seu patrimônio atual é de R$ 148 mil.

— Moro na casa do meu sogro, por isso não pago aluguel, conta de luz e de água. Uso o carro da prefeitura e não gasto com gasolina. Além disso, antes de ser prefeito, era funcionário do INSS e ganhava só R$ 2 mil por mês. Não tinha nem dinheiro para ir de Sumidouro a Friburgo. Minha vida é simples, na roça. Quando tenho que ir pro Rio de Janeiro, sou eu mesmo que vou dirigindo. E nem vou à churrascaria - garante.

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O segundo colocado no ranking teve menos tempo à frente da prefeitura, mas conseguiu valorizar seu patrimônio em 13 vezes. Amaro Fernandes (PRB) foi eleito, em Carapebus, no Norte Fluminense, em fevereiro de 2010, após o ex-prefeito Eduardo Cordeiro (PT) ter suas contas rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e sua candidatura cassada. Para as eleições de 2008, quando se candidatou à prefeitura e perdeu, sua declaração somava R$ 61,4 mil. Este ano, Amaro declarou terrenos em Macaé e Carapebus no valor de R$ 630 mil e o total de seu patrimônio chega a R$ 817 mil. O motivo desse avanço?

- Com certeza, é um erro do TSE. Já tenho essas terras desde 2005, antes de ser prefeito. Meu salário é de R$ 9 mil, quase o mesmo de antes da minha vida política, quando era comerciante. Não mudou nada na minha vida — alega Amaro.

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Cientista alerta para políticos profissionais

Geralmente associada a práticas ilícitas, a ascensão econômica dos políticos pode ser explicada por uma série de razões, que variam de acordo com o município e o político. Para a cientista política e professora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da (Iesp-Uerj, Argelina Cheibub, o salário de prefeito, principalmente em cidades pequenas e sem pujança econômica, pode mudar a vida de um prefeito eleito pela primeira vez.

- Nem sempre o avanço patrimonial é relacionado com casos de corrupção e desvio de verbas públicas. Isso até pode ocorrer, mas o que podemos perceber é que a maioria dos prefeitos do estado, principalmente o de cidades pequenas, não vem de classes altas e acabam encarando a política como profissão, por conta dos bons salários — explica a professora, que considera importante um debate sobre o salário dos políticos.

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- Por conta da proximidade entre o prefeito e a câmara, muitos políticos de cidades menores ganham quase o mesmo que políticos de grandes metrópoles, que tem funções bem mais complexas.

Há ainda dois candidatos, Andinho (PMDB), de Arraial do Cabo, e Arlei Rosa (PMDB), de Teresópolis, que não declararam bens em 2008 e, agora, possuem R$ 181.593,37 e R$ 541.631,85, respectivamente. Enquanto Andinho permaneceu no mandato nos últimos quatro anos, Arlei Rosa era presidente da Câmara de Vereadores da cidade e só assumiu a prefeitura em agosto de 2011, após o afastamento do então prefeito Jorge Mário (sem partido) por suspeita de desviar as verbas de recuperação de Teresópolis, após as chuvas de janeiro de 2011. O único candidato à reeleição que não declarou bens em nenhuma das duas eleições foi Valdeir de Jesus (PSB), de Iguaba Grande.

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Valor de mercado Contudo, nem todos os candidatos à reeleição tiveram vida financeira

fácil no último mandato. Ao todo, 11 prefeitos declararam menos este ano do que em 2008. O político que mais perdeu, em números totais, foi Evandro Capixaba (PSD), de Mangaratiba: R$ 470 mil, sendo que o político só assumiu a prefeitura em março de 2011, após a realização de novas eleições por conta da cassação do ex-prefeito Aarão de Moura Brito Neto (PMDB) por abuso de poder político.

Na comparação entre as declarações, duas mudanças saltam aos olhos: um imóvel rural de R$ 200 mil em Itacuruçá, fora da lista deste ano, e uma casa avaliada em R$ 71 mil em Mangaratiba, que, em 2008, foi declarada no valor de R$ 200 mil.

Procurada para esclarecer o que ocorreu, a assessoria do prefeito alegou que o imóvel de Itacuruçá foi doado para o filho do candidato. Já a mudança de valores da casa foi justificada pelos critérios utilizados pelo político para declarar seus bens: em 2008, ele “optou por arbitrar o valor de mercado de seus bens” e, em 2012, o valor passou a reproduzir sua declaração de Imposto de Renda.

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