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A Fauna Espectral Estelar Daniel R. C. Mello

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Page 1: A Fauna Espectral Estelar Daniel R. C. Mello. Introdução Espectros estelares A classificação de Harvard A classificação de Morgan & Keenan A fauna espectral

A Fauna Espectral Estelar

Daniel R. C. Mello

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Introdução

Espectros estelares

A classificação de Harvard

A classificação de Morgan & Keenan

A fauna espectral I – A Sequência Principal

A fauna espectral II – As outras “espécies”

A fauna espectral III – Peculiaridades

Page 3: A Fauna Espectral Estelar Daniel R. C. Mello. Introdução Espectros estelares A classificação de Harvard A classificação de Morgan & Keenan A fauna espectral

Introdução

Estrelas → Espectrógrafo → (Detector CCD) → Monitor → Informações preciosas

300 anos(Wollaston, Fraunhofer, Kirchhoff, Angstrom,

Secchi, Huggins, Draper, Pickering,

Fleming)Um dos pilares da Astrofísica estelar

Propriedades físicas das estrelas, composições

químicas

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Espectros estelares

Tratamento complexo (ETL ou não-ETL), quantificação dos

coeficientes de absorção, diversos fenômenos de alargamento, efeito

Zeeman, turbulência, etc, etc, etc..

Leis de Kirchhoff

Quantização dos níveis energéticos

Intensidade das linhas espectrais   

Átomo de hidrogênio  

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Classe Temperatura Cor convencional

Cor aparente

Massa(massas solares)

Raio(raio solar) Luminosidade Linhas de

hidrogénio

% das estrelas da sequência principal

O 30000–60000 K azul azul 64 M☉ 16 R☉ 1400000 L☉ Fraco ~0.00003%

B 10000–30000 K azul a azul-branco azul-branco 18 M☉ 7 R☉ 20000 L☉ Médio 0.13%

A 7500–10000 K branco branco 3.1 M☉ 2.1 R☉ 40 L☉ Forte 0.6%

F 6000–7500 K amarelo-branco branco 1.7 M☉ 1.4 R☉ 6 L☉ Médio 3%

G 5000–6000 K amarelo amarelo-branco

1.1 M☉ 1.1 R☉ 1.2 L☉ Fraco 7.6%

K 3500–5000 K laranja amarelo-laranja

0.8 M☉ 0.9 R☉ 0.4 L☉ Muito fraco 12.1%

M 2000–3500 K vermelho laranja-vermelho

0.4 M☉ 0.5 R☉ 0.04 L☉ Muito fraco 76.45%

Classificação Espectral de Harvard ●Introduzida no final do Séc. XIX e aprimorada no início do Séc. XX;

●Classificação unidimensional obedece a escala de cores (intimamente relacionada a temperatura efetiva da estrela) – O,B,A,F,G,K,M

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Classificação Espectral de Morgan & Keenan ● Introduzida em 1943 e revisada em 1953 (Observatório de Yerkes)● Classificação obedece ao esquema de Harvard + caracterização das classes de luminosidade (relacionadas a gravidade superficial)

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A fauna espectral I – Sequência Principal ● Estrelas O: maiores temperaturas efetivas

● Critério de classificação: intensidades das linhas de HeI, HeII

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A fauna espectral I – Sequência Principal ● Estrelas B: Linhas de HeI intensas● Critério de classificação: HeI4471/MgII4481, entre outros.

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A fauna espectral I – Sequência Principal ● Estrelas A: Linhas de Hidrogênio intensas● Critério de classificação: MgII4481, CaII K

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A fauna espectral I – Sequência Principal ● Estrelas F, G, early-K: Linhas metálicas, H fraco ● Critério de classificação: CaII K, FeI4046/Hδ, G-Band (banda molecular CH)

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A fauna espectral I – Sequência Principal ● Estrelas late-K, M: Linhas metálicas, bandas moleculares ● Critério de classificação: CaI4227/FeI4383, TiO, CaOH

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A fauna espectral II – Outras “espécies” ● Efeito logg (evolutivo): Outros habitats no diagrama HR ● Critério de classificação: EW e asas das linhas de H, linhas OII, SiIII

logg=2.70

logg=2.73

logg=3.50

logg=4.12

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A fauna espectral II – “Outras espécies”

● Efeito logg (evolutivo): Outros habitats do diagrama HR ● Estrelas passando por estágios nucleossintéticos diferenciados

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A fauna espectral II – Outras “espécies” ● Efeito logg (evolutivo): Outros habitats do diagrama HR ● Critério de classificação: EW e asas das linhas de H, linhas OII, SiIII

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Ap: Enriquecimento de elementos pesados > forte campo magnético● Critério de classificação: Linhas metálicas incomuns (Si, Sc, Sr, Eu, Mn, Hg) para estrelas A.

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Ap: Enriquecimento de elementos pesados > forte campo magnético● Critério de classificação: Linhas metálicas incomuns para estrelas A. Variação nas intensidades das linhas é relacionada a variação do campo magnético global;Variabilidade espectral e fotométrica detectada;Teorias nucleossintéticas e não-nucleossíntéticas;

Cvn53 Cam

Borra & Landstreet (1977)

Pyper (1969)

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Ap: Enriquecimento de elementos pesados > forte campo magnético● Critério de classificação: Linhas metálicas incomuns para estrelas A. Variação nas intensidades das linhas é relacionada a variação do campo magnético global;Variabilidade espectral e fotométrica detectada;

Stibbs (1950)Fraga (2006)

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Ap: Enriquecimento de elementos pesados > forte campo magnético● Critério de classificação: Linhas metálicas incomuns para estrelas A.

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Carbonadas (C): Forte enriquecimento C e elementos pesados● Critério de classificação: Bandas: C2, G-band(CH), CN, elementos processo-lento

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Mira: Variáveis pulsantes de longo período● Critério de classificação: Bandas moleculares, linha hidrogênio, variação espectralParte extrema do ramo AGB; Atmosferas aquecidas por choques;

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Wolf-Rayet (WR): Estrelas quentes com massivo envelope em expansão● Critério de classificação: linhas em emissão (WN ou WC)

EZ Cma (WR) – Crédito: Don Goldman: http://dg-imaging.astrodon.com

Precursoras das SN tipo Ib, IcM > 20MSol

Teff: (30 – 60000K)(dM/dt) ~ 10-5 Msol/ano

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Wolf-Rayet (WR): Estrelas quentes com massivo envelope em expansão● Critério de classificação: linhas em emissão (WN ou WC)

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Be, B[e]: Estrelas quentes com linhas em emissões● Critério de classificação: Alto vseni, emissão H, He, linhas proibidas

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Be, B[e]: Estrelas quentes com linhas em emissões● Critério de classificação: Alto vseni, emissão H, He, linhas proibidas

Disco circumstelar gerado por perda de massa e alta rotação; Podem abranger as classes III, IV e V;Perfil da linha de emissão depende da inclinação do disco.

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A fauna espectral III – Peculiaridades

● Estrelas Anãs marrons (Late dwarfs): Extremidade inferior DHR, convectivas● Critério de classificação: rico espectro metálico no IV, bandas moleculares, VO

Júpiter

1MJ

10-

3MS

Anã marron

(13-80)MJ

10-2 MS

Sol

103 MJ

1MS

2200 > Teff > 700K

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas T-Tauri (TTS): Pré-SP (→F,G,K,M), disco de acréscimo, ventos ● Critério de classificação: Li I 6708, emissões em H, eventualmente CaII, [OI], K ● Podem atingir a SP em aproximadamente 100 milhões anos; M < 2MSol

● Percentual significativo formando sistema binários;● Alvos potenciais para a descoberta de discos proto-planetários;

Corral et al., (2006)

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Estrelas Herbig-Ae/Be: Pré-Sequência Principal (→A, B), envelope gás-poeira, ventos ● Critério de classificação: emissões em Hidrogênio, eventualmente CaII, Fe, Bd

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A fauna espectral III – Peculiaridades ● Supernovas: restos da morte estelar (tipo II, Ia, Ib, Ic) ● Critério de classificação: linhas de Hidrogênio, linhas metálicas (Silício)● Taxa estimada: 3 SN /1000 anos em cada galáxia (última Galáctica em 1604)

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Espectro solar. Crédito: The National Solar Observatory.