a farra da antropologia oportunista)
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Textos da Mdia
1.5.10
A farra da antropologia oportunista
VEJA TAMBM
Quadro: Um pas loteado
Critrios frouxos para a delimitao de reservas indgenas e
quilombos ajudam a engordar as contas de organizaes no
governamentais e diminuem ainda mais o territrio destinado aos
brasileiros que querem produzir
Leonardo Coutinho, Igor Paulin e Jlia de Medeiros
Manoel Marques
LEI DA SELVA
Lula na comemorao da demarcao da Raposa Serra do Sol, que feriu o estado de Roraima
As dimenses continentais do
Brasil costumam ser
apontadas como um dos alicerces da prosperidade presente e futura do
pas. As vastides frteis e inexploradas garantiriam a ampliao do
agronegcio e do peso da nao no comrcio mundial. Mas essas
avaliaes nunca levam em conta a parcela do territrio que no nem ser
explorada, porque j foi demarcada para proteo ambiental ou de grupos
especficos da populao. reas de preservao ecolgica, reservas
indgenas e supostos antigos quilombos abarcam, hoje, 77,6% da extenso
do Brasil. Se a conta incluir tambm os assentamentos de reforma agrria,
as cidades, os portos, as estradas e outras obras de infraestrutura, o total
alcana 90,6% do territrio nacional. Ou seja, as prximas geraes tero de
se contentar em ocupar uma poro do tamanho de So Paulo e Minas
Gerais. E esse naco poder ficar ainda menor. O governo pretende criar
outras 1 514 reservas e destinar mais 50 000 lotes para a reforma agrria.
Juntos, eles consumiro uma rea equivalente de Pernambuco. A maior
parte ser entregue a ndios e comunidades de remanescentes de
quilombos. Com a inteno de proteger e preservar a cultura de povos
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24/6/2010 Textos da Mdia: A farra da antropolo
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nativos e expiar os pecados da escravatura, a legislao brasileira instaurou
um rito sumrio no processo de delimitao dessas reas.
Os motivos, pretensamente nobres, abriram espao para que surgisse uma
verdadeira indstria de demarcao. Pelas leis atuQais, uma comunidade
depende apenas de duas coisas para ser considerada indgena ou
quilombola: uma declarao de seus integrantes e um laudo antropolgico. A
maioria desses laudos elaborada sem nenhum rigor cientfico e com claro
teor ideolgico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o
capitalismo, imobilizando terras para a produo. Alguns relatrios
ressuscitaram povos extintos h mais de 300 anos. Outros encontraram
etnias em estados da federao nos quais no h registro histrico de que
elas tenham vivido l. Ou acharam quilombos em regies que s vieram a
abrigar negros depois que a escravatura havia sido abolida. Nesta
reportagem, VEJA apresenta casos nos quais antroplogos, ativistas
polticos e religiosos se associaram a agentes pblicos para montar
processos e criar reservas. Parte delas destri perspectivas econmicas de
toda uma regio, como ocorreu em Perube, no Litoral Sul de So Paulo.
Outras levam as tintas do teatro do absurdo. Exemplo disso o Parque
Nacional do Ja, no Amazonas, que englobou uma vila criada em 1907 e ps
seus moradores em situao de despejo. A soluo para mant-los l foi
declarar a rea um quilombo do qual no h registro histrico. Certas
iniciativas so motivadas pela ideia maluca de que o territrio brasileiro
deveria pertencer apenas aos ndios, tese refutada pelo Supremo Tribunal
Federal. H, ainda, os que advogam a criao de reservas indgenas como
meio de preservar o ambiente. E h tambm ou principalmente aqueles
que, a pretexto de proteger este ou aquele aspecto, querem to somente
faturar. "Diante desse quadro, preciso dar um basta imediato nos
processos de demarcao", como j advertiu h quatro anos o antroplogo
Mrcio Pereira Gomes, ex-presidente da Funai e professor da Universidade
Federal Fluminense.
Os laudos antropolgicos so encomendados e pagos pela Fundao
Nacional do ndio (Funai). Mas muitos dos antroplogos que os elaboram
so arregimentados em organizaes no governamentais (ONGs) que
sobrevivem do sucesso nas demarcaes. A quantidade de dinheiro que
elas recebem est diretamente relacionada ao nmero de ndios ou
quilombolas que alegam defender. Para vrias dessas entidades, portanto,
criar uma reserva indgena ou um quilombo uma forma de angariar
recursos de outras organizaes estrangeiras e mesmo do governo
brasileiro. No por outro motivo que apenas a causa indgena j tenha
arregimentado 242 ONGs. Em dez anos, a Unio repassou para essas
entidades 700 milhes de reais. A terceira maior beneficiria foi o Conselho
Indgena de Roraima (CIR). A instituio foi criada por padres catlicos de
Roraima com o objetivo de promover a demarcao da reserva Raposa
Serra do Sol, um escndalo de propores literalmente amaznicas.
Instituda em 2005, ela abrange 7,5% do territrio do estado e significou a
destruio de cidades, de lavouras e um ponto final no desenvolvimento do
norte de Roraima que, no total, passou a ter 46% de sua rea constituda
por reservas indgenas. Em dez anos, o CIR recebeu nada menos que 88
milhes de reais da Unio, mais do que a quantia repassada delegacia da
Funai de Roraima no mesmo perodo. No preciso dizer que a organizao
nem sequer prestou contas de como gastou esse dinheiro.
A ganncia e a falta de controle propiciaram o surgimento de uma aberrao
cientfica. Antroplogos e indigenistas brasileiros inventaram o conceito de
"ndios ressurgidos". Eles seriam herdeiros de tribos extintas h 200 ou 300
anos. Os laudos que atestam sua legitimidade no se preocupam em
certificar se esses grupos mantm vnculos histricos ou culturais com suas
pretensas razes. Apresentam somente reivindicaes de seus integrantes e
argumentos estapafrdios para justific-las. A lenincia com que a Funai
analisa tais processos permitiu que comunidades espalhadas pelo pas
passassem a se apresentar como tribos desaparecidas. As regies Nordeste
e Norte lideram os pedidos de reconhecimento apresentados Funai. Em
dez anos, a populao que se declara indgena triplicou. Em 2000, o Cear
contava com seis povos indgenas. Hoje, tem doze. Na Bahia, catorze
populaes reivindicam reservas. Na Amaznia, quarenta grupos de
ribeirinhos de repente se descobriram ndios. Em vrios desses grupos,
ningum capaz de apontar um ancestral indgena nem de citar costumes
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tribais. VEJA deparou com comunidades usando cocares comprados em
lojas de artesanato. Em uma delas, h pessoas que aderiram macumba,
um culto africano, pensando que se tratasse da religio do extinto povo
anac. No Par, um padre ensina aos ribeirinhos catlicos como danar em
honra aos deuses daqueles que seriam seus antepassados.
Casos assim escandalizam at estudiosos benevolentes, que aceitam a tese
dos "ndios ressurgidos". "No basta dizer que ndio para se transformar
em um deles. S ndio quem nasce, cresce e vive num ambiente de cultura
indgena original", diz o antroplogo Eduardo Viveiros de Castro, do Museu
Nacional, no Rio de Janeiro. Declarar-se ndio, no entanto, alm de fcil,
uma farra. No governo do PT, basta ser reconhecido como ndio para ganhar
Bolsa Famlia e cesta bsica. O governo gasta 250% mais com a sade de
um ndio verdadeiro ou das Organizaes Tabajara do que com a de um
cidado que (ainda) no decidiu virar ndio. O paradoxo que, em certas
regies, preciso ser visto como ndio para ter acesso a benesses da
civilizao. As "tribos" tm direito a escolas prprias, o que pode ser
considerado um luxo no interior do Norte e do Nordeste, onde milhes de
crianas tm de andar quilmetros at a sala de aula mais prxima. "Aqui, s
tinha escola at a 8 srie e a duas horas de distncia. Depois que a gente
se tornou ndio, tudo ficou diferente, mais perto", diz Magnlia da Silva,
neotupinamb baiana. Isso para no falar da segurana fornecida pela
Polcia Federal, que protege as terras de invases e conflitos agrrios.
"Essas vantagens fizeram as pessoas assumir artificialmente uma condio
tnica, a fim de obter servios que deveriam ser universais", constata o
socilogo Demtrio Magnoli.
A indstria da demarcao enxergou nas pequenas comunidades negras
mais uma maneira de sair do vermelho e ficar no azul. Para se ter uma ideia,
em 1995, na localidade de Oriximin, no Par, o governo federal reconheceu
oficialmente a existncia de uma comunidade remanescente de um quilombo
e, assim, concedeu um pedao de terra aos supostos herdeiros dos
supostos escravos que supostamente viviam ali. Desde ento, foram
institudas outras 171 reas semelhantes em diversas regies. Em boa parte
delas, os critrios usados foram to arbitrrios quanto os que permitiram a
exploso de reservas indgenas. Tambm no caso dos remanescentes de
quilombolas, a principal prova exigida para a demarcao a
autodeclarao. Como era de esperar, passou a ser mais negcio se dizer
negro do que mulato. "Desde que o governo comeou a financiar esse tipo
de segregao racial, os mestios que moram perto de quilombos passaram
a se declarar negros para no perder dinheiro", diz a presidente do
Movimento Pardo-Mestio Brasileiro, Helderli Alves. ndio que no ndio,
negro que no negro, reservas que abrangem quase 80% do territrio
nacional e podem alcanar uma rea ainda maior: o Brasil mesmo um pas
nico. Para espertinhos e espertalhes.
Manoel Marques
Os novos canibais
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A foto acima parece estranha e . O baiano Jos
Alson da Silva negro e professa o candombl. Seu
cocar de penas de galinha, como os que se usam no
Carnaval. Silva se declarou patax, mas os pataxs
disseram que era mentira. Reapareceu tupinamb, povo
antropfago extinto no sculo XVII. Ele irmo do
tambm autodeclarado cacique Babau, que vive em uma
rea que nunca foi habitada pelos tupinambs. Sua
"tribo" composta de uma maioria de negros e mulatos,
mas tambm tem brancos de cabelos louros. H seis
anos, o grupo invade e saqueia fazendas do sul da
Bahia, crimes que levaram Babau priso. Seu irmo
motorista tambm esteve na cadeia, por jogar o nibus
sobre agricultores. As contradies e os delitos no
impediram a Funai de reconhec-los como ndios
legtimos e de oferecer-lhes uma reserva gigantesca,
que englobaria at a histrica Olivena, um das
primeiras vilas do pas.
Manoel Marques
Teatrinho na praia
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Os boraris viviam em Alter do Cho, a praia mais
badalada do Par. Com pouco mais 200 pessoas,
a etnia assimilou a cultura dos brancos de tal
forma que desapareceu no sculo XVIII. Em 2005,
Florncio Vaz, frade fundador do Grupo
Conscincia Indgena, persuadiu 47 famlias
caboclas a proclamar sua ascendncia borari. Frei
Florncio ensinou-lhes costumes e coreografias
indgenas. O "cacique" Odair Jos, de28 anos,
reclamou do fato de VEJA t-lo visitado sem
anncio prvio. "A gente se prepara para receber
a imprensa", disse. Seu vizinho Graciano Souza
Filho afirma que "ele se pinta e se fantasia de ndio
para enganar os visitantes". Baslio dos Santos, tio
do "cacique", corrobora essa verso: "No tem
ndio aqui. Os bisavs do Odair nasceram em
Belm".
Leonardo Coutinho
Macumbeiros de cocar
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Os cearenses de So Gonalo do Amarante vivem
um tormento. Sede do Porto de Pecm, o
municpio esperaabrigar uma refinaria, uma
siderrgica e um complexo industrial. Um padre, no
entanto, convenceu seus fiis de que esses
investimentos os expulsaro do local. Sua nica
sada para ficar l seria declararem-se indgenas.
"Querem nos tirar terras que nossos pais e avs
compraram com muito suor", reverbera o agente
de sade Francisco Moraes. Eles, ento,
compraram cocares, maracas e passaram a se
pintar. "A gente sempre foi ndio, s no sabia", diz
Moraes, que agora se apresenta como "Cacique
Jnior" e cultiva supostos hbitos dos ndios
anacs, extintos h 200 anos. "Fao macumba e a
dana de So Gonalo." A questo que a origem
da macumba africana e a da dana, portuguesa.
Leonardo Coutinho
H dezoito anos, o Conselho Indigenista
Missionrio (Cimi) importou ndios paraguaios e
argentinos para o Morro dos Cavalos, em Santa
Catarina. Hoje, vivem l dezessete famlias. A
maioria dos imigrantes s se expressa em
espanhol, mas todos foram orientados a se
declarar brasileiros. "A Funai e o Cimi falam para a
gente dizer que carij", diz o guarani Milton
Moreira, de 49 anos. Paraguaio, ele chegou a
Santa Catarina quando tinha 6 anos, mas foi sua
presena no local que embasou o pedido de
criao da reserva. Curiosamente, Moreira se
ope demarcao. "Cresci aqui porque meu pai
no tinha mais onde me criar. Se esses
antroplogos querem botar ndio em qualquer
lugar, por que no pem a gente para morar no
apartamento deles?", pergunta Moreira.
Made in Paraguai
ndio bom ndio pobre
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Claudio Gatti
Em 2000, cinquenta famlias de guaranis se
mudaram para uma praia em Perube, no Litoral
Sul de So Paulo. A terra que eles ocuparam
infrtil, mas ainda assim poderiam ter feito um
timo negcio. O empresrio Eike Batista queria
construir um porto no local e ofereceu aos ndios
uma fazenda produtiva, com infraestrutura, dois
rios, um pesque-pague e at caa. Mais: daria 1
milho de reais a cada famlia. A tribo tirou a sorte
grande ou quase. A Funai barrou o acordo em
2007. Alegou que os sete anos de ocupao
irregular da rea converteram os ndios em
moradores tradicionais do local. A chefe Llian
Gomes (em p, ao fundo) lamentou. Moradora da
regio desde 2002, ela casada com um
caminhoneiro (branco), tem carro, TV, computador,
faz compras no supermercado e no conseguiu
impedir a Funai de enterrar a melhor oportunidade de ascenso social que seus liderados
tiveram.
Trezentos pequenos agricultores das gachas
Erechim, Erebango e Getlio Vargas esto prestes
a perder suas terras. Em 2006, o Conselho
Indigenista Missionrio (Cimi) transferiu para a
Problema dos brancos
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regio um grupo de 63 guaranis de outros locais
do Rio Grande do Sul. Os ndios ergueram uma
favela em volta de fazendas constitudas por
italianos, alemes e poloneses h mais de 150
anos. Esto vivendo em condies subumanas. "A
gente veio para c porque o Cimi prometeu mais
terras, mas estamos na misria", diz um dos lderes
guarani Severino Moreira (o primeiro
esquerda). Seu sofrimento passageiro. A Funai
declarou que a terra uma rea tradicional dos
ndios, sugeriu a criao de uma reserva no local e
a expulso dos colonos. So esses ltimos, agora,
que tero problemas.
Manoel Marques
Nunca se soube da existncia de quilombos no
Amazonas. Mas h quatro anos apareceu um em
Novo Airo, a noroeste de Manaus. L, 22 famlias
se declararam herdeiras de escravos fugidos. At
ento, elas contavam outra histria: descenderiam
de sergipanos que, h 100 anos, teriam imigrado
para trabalhar na coleta do ltex. Em 1980, a
comunidade entrou em um limbo jurdico. Naquele
ano, o governo incluiu sua vila no Parque Nacional
do Ja. As famlias passaram a viver ilegalmente
na rea. O Ministrio do Desenvolvimento Agrrio
resolveu o problema convertendo-os em
quilombolas ou "carambolas", como eles se
autodenominam. "A gente virou carambola para
no perder a terra", diz Edneu Mendes.
Fotos Liane Neves
Os "carambolas"
No basta ser negro
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Postado por Gusta s 5/01/2010 11:20:00 AM
O Instituto Nacional de Colonizao e Reforma
Agrria (Incra) dividiu uma comunidade negra que
vive na regio central do Rio Grande do Sul desde
o incio do sculo XIX. O Incra demarcou na rea
um quilombo chamado So Miguel. Parte dos
negros se ops ao processo. Jos Adriano
Carvalho explica por qu: "O Incra veio com papo
de regularizar minhas terras, mas, quando mostrei
que a documentao estava em ordem, eles
disseram que a inteno era tirar os brancos
daqui", afirma. Carvalho se recusou a declarar que
era descendente de quilombolas e, por isso, pode
ser expulso da terra onde nasceu, h 68 anos.
120 comentrios:Pedro disse...
Um monte de mentiras! Parabns! Isso revista Veja a direita "culta". OMaluf adorou! Cuidado que o Paj agora conhece seus nomes. No vofaltar feitios, que visam curar a ervilhinha que balana na cabeinhados jornalistas de quadrilha.
5/01/2010 04:52:00 PM
Marcos disse...
Uai s?! A Ku Klux Klan mudou-se para o Brasil aps a eleio doObama?! E encontraram emprego na Veja?!
5/01/2010 07:06:00 PM
Annimo disse...
Recebi por e-mail e disponho aqui no blog o absurdo que representa
esta matria:
Ao Editores da revista Veja:
Na matria "A farra da antropologia oportunista" (Veja ano 43 n 18, de05/05/2010), seus autores colocam em minha boca a seguinte
afirmao: "No basta dizer que ndio para se transformar em um
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deles. S ndio quem nasce, cresce e vive num ambiente culturaloriginal" . Gostaria de saber quando e a quem eu disse isso, uma vezque (1) nunca tive qualquer espcie de contato com os responsveispela matria; (2) no pronunciei em qualquer ocasio, ou publiquei emqualquer veculo, reflexo to grotesca, no contedo como na forma. Na
verdade, a frase a mim mentirosamente atribuda contradiz o esprito detodas declaraes que j tive ocasio de fazer sobre o tema. Assimsendo, cabe perguntar o que mais existiria de "montado" ou desimplesmente inventado na matria. A qual, se me permitem a opinio,achei repugnante. Grato pela ateno,
Eduardo Viveiros de CastroAntroplogo - UFRJ
5/01/2010 08:23:00 PM
~~Gabriel~~ disse...
Eduardo Viveiros de Castro postando comentrio na matria on-line:OWNED!
Depois dessa... XD~~
5/01/2010 10:53:00 PM
TRILHAS ANTROPOLGICAS disse...
Concordo com o Marcos. uma explicita situao de racismo extremo.Conheo duas situaes das sitadas na "reportagem". Em Novo Airo e
no Ja. Ambas so reivindicaes legtimas e temos que cumprir a leireconhecendo seus territrios. Em Novo Airo, basta conversar maisprofunda,ente com as pessoas para percebermos a legitimidadehistrica. Agora, temos que ser um trabalho srio e no meras visitasna rea Como alguns "ambientalistas" e afins contrrios aos direitosconstitucionais desses povos tm feito.
5/01/2010 11:11:00 PM
Juliana disse...
Reportagem absurda. Por tudo o que diz. E por usar mentirosamente as
palavras de um antroplogo como Viveiros de Castro. A reportagem smostra preconceito e discriminao. Estudem antes de falar taisasneiras, que so sensacionalistas, mentirosas e apenas simplificamprocessos complexos, e muitas vezes dolorosos, para os povosindgenas em processo de etnognese.
Juliana MeloDoutora em antropologia social
5/02/2010 10:33:00 AM
odracir disse...
Mais uma vez a Veja se coloca, de forma prepotente e de m f, comodefensora de grandes empresas e do agronegcio em detrimento depopulaes histricamente oprimidas e excludas. A "etnognese" no fenmeno exclusivo do Brasil, mas est associada a complexosprocessos de formao de estados-nao que se constituiram a partir
do etnocdio e da excluso social dos povos originrios.Ricardo Pereira - Mestre em Antropologia Social
5/02/2010 11:06:00 AM
andr-kees schouten disse...
A repugnante matria publicada pela revista Veja pelo menos tem avantagem de ser clara, logo em seu primeiro pargrafo, quanto asopes ideolgicas de seus autores: apontando promessas dedesenvolvimento e progresso para as geraes futuras quer obliterar aconscincia que devamos ter quanto as geraes escravizadas e
oprimidas de nosso passado, que apesar de tudo teimam emreinvindicar justia, justia histrica, no presente. Esta operaoideolgica possui seu equivalente histrico muito conhecido: foi comtais promessas de liberao das geraes futuras que a social-democracia alem dos incios do sculo XX [que, como sabemos,gestou "democraticamente" o hitlerismo] traiu o povo alemo,
mergulhando o mundo inteiro na pior de todas as guerras. Lamentvel...
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5/02/2010 11:36:00 AM
Davi disse...
Qual a surpresa? AVeja representa o que h de pior no " jornalismo"brasileiro.
5/02/2010 01:36:00 PM
Annimo disse...
A imprensa brasileira parece estar caindo de to podre!
5/02/2010 02:26:00 PM
clayton disse...
No pude deixar de me manifestar tambm, como um etnlogo emincio de carreira e conhecendo os processos de conflito agrrio, culturale social destes povos na Amaznia, no acredito que haja nestaEMPRESA Revista VEJA, algum que possa definir o teor cientfico dos
mtodos antropolgicos das Polticas Pblicas do Estado Brasileiro.So apenas jornalistas que para tambm ganhar o seu ($$$) utilizam deum meio de comunicao de massa para apresentar seu preconceitoracial, cultural e poltico. Os pases que chamamos de maisdesenvolvidos, como os nrdicos (Noruega, Dinamarca...) no deixaramde ser capitalistas para assegurarem direitos imprescindveis aos seus
cidados, a ver que a equipe da VEJA ainda est historicamente"atrasada" discutindo queda do Capitalismo, emancipao doSocialismo... de assustar a ignorncia desses profissionais, mesmoque eu saiba que ignorncia no , mesmo posicionamento e comoeles abertamente se declaram defensores do Capitalismo Selvagem,como Extraterrestres que necessitam absorver todas as potencialidades
do pas, sem se preocupar com os resduos que nossas geraesfuturas tero. Hoje no sculo XXI sabe-se que no se necessita degrandes latifndios para se ter uma produo como as que elesalmejam. Genteeeeeee, enquanto os europeus se arrependem erediscutem suas aes com relao aos seus ambientes, eles (A VEJAe seus financiadores) querem como burrice utilizar os mtodos
impertinentes de "desenvolvimento" econmico??? Pena saber que agrande "massa" vtima das ondas de ideologias mentirosas como estada VEJA no tem ferramentas pra refletir sobre tal polmica. E quemno da Antropologia nunca vai ter ferramentas suficientes parapolemizar e at mesmo discutir tais parmetros. A VEJA por sua vez,
no apresenta tambm o outro lado do agronegcio e do supostodesenvolvimento que prega. Com relao a este tema, claro h doislados tambm, mas aqui qual somente foi apresentado VEJA??? Mas aVEJA quer que vejamos com os seus olhos (seus que no sabemos aocerto de quem so) nominalmente... Uma lstima ter um produto destesendo veiculado no pas... Uma vergonha ler um material dessa estirpe!
5/02/2010 02:39:00 PM
Alzira disse...
A VEJA em campanha...
5/02/2010 03:07:00 PM
Vale disse...
Fala srio!! 90 por cento do territrio brasileiro de terras indgenas,quilombolas e de reservas ambientais? e isso equivale ao estado de so
paulo e minas gerais juntos? kkk.... no deu nem vontade de ler o restodas mentiras que esse projeto de manipulador tentou escrever!!!!! Voltapara aula de matemtica e histria.. se conseguir se d bem nessasdisciplinas, pode at chegar a estudar um pouco de antropologia!!Essa direita um dia ainda me mata de rir!!!
5/02/2010 03:19:00 PM
si disse...
Onde a VEJA pensa que est? No pas dos "puros"? Negando umadiversidade de povos e comunidades tradicionais que vive com to
pouco num pas que lhe concede quase nada!!!! reportagem absurda quereproduz o mais ridculo racismo!!!!
24/6/2010 Textos da Mdia: A farra da antropolo
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5/02/2010 04:29:00 PM
Annimo disse...
Alguns sabero que sou...LSBNo sei se ainda vale escrever algo nesse blog ou dar qualquer ibope aisso. Sou cientista social com habilitao em atropologia e indigenista a15 anos. Lendo atentamente as reportagens percebo no mentiras, masuma falta total de conhecimento do pais em que o escritor vive. Uma
falta de cultura e conhecimento na rea de histria que assusta.Qualquer pessoa que tenha estudado um pouquinho de nossa histriasabe que somos um povo miscigenado (graas a Deus) e que em suamaioria contamos com ndios e negros (graas a Deus de novo). Sim,vrios quilombos foram descobertos depois do fim daescravatura...bvio...nada de novo.
E os ndios...ah esses sempre explorados, expropriados, escravizados,esbulhados em seus direitos. Apenas a ttulo de informao para o (a)escritor (a)desse blog, a temtica indgena tratada no art 231 e 239 daConstituio Federal do Brasil e a demarcao de terras normatizadapor meio de Devreto do Ministrio da Justia. E todos os profissionais
que avaliam relatrios so srios e capacitados para uma avaliaosria. E coitado de quem acha que antroplogo rico....rsrsrApenas aqueles que trabalham contra a questo indgena e fazemcontra laudos, ganhando de fazendeiros e grandes empreendedoresficam riocs...tipo Hilario Rosa da vida...A Veja sempre foi e sempre ser um veculo muito ruim e com
profissionais terrives, mal formados e mal amados.
5/02/2010 07:18:00 PM
Annimo disse...
E o Eike Batista dando dinheiro por a? Que tal? Eles pelo menos socriativos nas piadas, se esforando pra fazer com que todos percebamo absurdo
5/02/2010 08:24:00 PM
Menu del dia disse...
Ol a todos. Tambm me impressionou essa reportagem e sabemosque em se tratando da Veja, fcil diagnosticar por onde sopram essesventos. No entanto, fico me perguntando onde se sustenta esse tipo deargumento, o que o motiva e o que o faz ter alguma legitimidade e
ressonncia. Qual a proporo entre processos de emergncia tnicaacolhidos positivamente pelo estado e os considerados improcedentes?O que motiva essa onda de etnizao? Quais os interesses nisso?Fao essas perguntas porque realmente muito questionvel, no paraos antroplogos que defendem a etnizao praticamente como ofcio,mas para vrios setores da sociedade. E se todos os ribeirinhos,
mestios, negros, camponeses etc desse pas demandaremreconhecimento por identidade tnica diferenciada? o que de algummodo possvel tal reao em cadeia. legtimo? Sim, legtimo. procedente? No necessariamente. A que mora o cerne dadiscusso. Seria a antropologia a cincia do reconhecimento a qualquercusto? No poder discricionrio demais e interferncia desregrada
sobre questo que deveria ser tratada com desapego, iseno eprofissionalismo? Repudio o vis escolhido pela veja para diagnosticar aproblemtica, mas no acho a motivao absurda. O que faz com queos antroplogos se movimentem para contra-argumentar e aprimorar areflexo e a prtica de defesa etnognica...
5/02/2010 08:33:00 PM
Gabriel disse...
O que me espantaria, no fosse o amplo histrico de absurdoscometidos pela imprensa tendenciosa e conservadora representada pela
Veja na ltima dcada.
Mais do que deplorvel, mais do que esperado. O que me consola que, a cada dia que passa, as pessoas cada vez mais se do conta deque esse falacionismo irresponsvel no pode ser chamado dejornalismo.
Sds,
5/02/2010 08:48:00 PM
24/6/2010 Textos da Mdia: A farra da antropolo
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Honey Honey disse...
A Veja preconceituosa, racista, no possui nenhum embasamentoantropolgioco em suas afirmaes, citaram o prof. Eduardo Viveiros deCastro de uma forma totalmente descontextualizada e sem suapermisso e ainda mais: toda essa reportagem no passa de apoiopoltico (politicagem) aos latifundirios, monocultores do agronegcioque em nada dizem respeito ao povo brasileiro. Por essas e outras
que sou adepta ao ditado contemporneo: "Leu na Veja, azar o seu!"Essa revista uma vergonha nacional.
5/02/2010 08:50:00 PM
Annimo disse...
Resposta do professor Viveiros de Castro a essa matria falaciosa:
http://docs.google.com/View?id=dgnk7jn8_6573h5fcp
Aos Editores da revista Veja:
Na matria "A farra da antropologia oportunista" (Veja ano 43 n 18, de05/05/2010), seus autores colocam em minha boca a seguinteafirmao: "No basta dizer que ndio para se transformar em umdeles. S ndio quem nasce, cresce e vive num ambiente cultural
original".
Gostaria de saber quando e a quem eu disse isso, uma vez que (1)nunca tive qualquer espcie de contato com os responsveis pelamatria; (2) no pronunciei em qualquer ocasio, ou publiquei emqualquer veculo, reflexo to grotesca, no contedo como na forma.
Na verdade, a frase a mim mentirosamente atribuda contradiz o espritode todas declaraes que j tive ocasio de fazer sobre o tema. Assimsendo, cabe perguntar o que mais existiria de "montado" ou desimplesmente inventado na matria. A qual, se me permitem a opinio,achei repugnante.
Grato pela ateno,
Eduardo Viveiros de Castro
5/02/2010 08:52:00 PM
Nikolas Mendes disse...
Absurdo o que a Veja mais uma vez publica. E o pior de tudo saberque um veculo de comunicao dos mais lidos no pas. A Veja tinha que ter vergonha na cara e parar de inventar tamanhas
mentiras s pra tentar apoiar os seus interesses, bastante partticularese preconceituosos por sinal.
5/02/2010 09:07:00 PM
Nathlia disse...
Uau! Poxa, o Eike Batista realmente se mostrou um visionrio,almejando o desenvolvimento do pas ao construir um porto, hein?! Quegrande patriota ele ! Como a FUNAI e o estrato social que ela protegeso capazes de rejeitar uma oferta to generosa, "uma fazendaprodutiva, com infraestrutura, dois rios, um pesque-pague e at caa.
Mais: daria 1 milho de reais a cada famlia"?Essas linhas so vergonhosas, tristes.Tenho medo de at onde o panfletinho Civita pode ir, a julgar pelasrecentes matrias en volvendo o ensino da Sociologia no EnsinoMdio...
5/02/2010 09:09:00 PM
Annimo disse...
Revista Veja:
RACISTA E TENDENCIOSA
5/02/2010 10:32:00 PM
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Thiago Santello disse...
No sei a viabilidade, mas gostaria de denunciar a Veja por racismo...
toda essa reportagem me deu nojo.Revista preconceituosa, deturpadora de fatos... os escrpulos doseditores da VEJA foram todos pro espao...
5/03/2010 01:56:00 AM
Annimo disse...
Sei que muito do que foi dito no tem fundamento, mas infelizmenteexiste, sim, pessoas e entidades que utilizam a poltica pblica para sefavorecerem. Criando Quilombos, dando assim margem para
reportagens com essa. Posso afirmar pois sou servidor do INCRA.
5/03/2010 08:09:00 AM
Mauricio Acua disse...
Aos Editores da Revista Veja,Infelizmente, as pretensas provocaes a opinio pblica que aimprensa deveria promover, apenas acontecem por meio de reportagensfalaciosas. Uma prola de superficialidade jornalstica que tenta jogarcontra a opinio das classes mdias e elite contra comunidades hmuitos anos violentadas pela ao colonizadora e ainda hoje espoliadas
pelo "direito" que as tornaram brasileiras. No basta apenas apelar parao nacionalismo pobre, que no capaz de reconhecer a imensadiversidade presente no s no paraso da mestiagem, mas em todasas naes de hoje. Tem que se apelar tambm para o questionamentocientfico,dos antroplogos, profissionais, que no sem seus problemas(parte de todos os campos de trabalho) vem se esforando h muito
tempo para compreender e mediar a relao com comunidadesindgenas e quilombolas.Lamentvel reflexo esta da reportagem, que inclui aos territriosdemarcados os assentamentos de reforma agrria, uma tima relaopara entender qual o progresso defendido pela revista, o progresso doagronegcio, curiosamente cultivando campos at os confins da
amaznia, para levar a produo para longe, muito longe dasnecessidades locais, da nao inventada pelos reprteres da Veja.Lamentvel,Atenciosamente.Mauricio Acua
5/03/2010 10:08:00 AM
Annimo disse...
Essa matria se podemos chamar disso, porque no passa de umamatria racista e tendenciosa o que na verdade um desrespeito contra
o Brasil, os povos indigenas, quilombolas e todos os antroplogos.Essa "coisa poltica" nojenta, forjando dados e tentando darcredibilidade com pessoas importantes que no disseram nada daquilo.O que isso? Acho que a VEJA veio num navio expedicionrio doagrobussines com uma bandeira de um partido l em cima...talvez pordobres... por tentar deslegitimar territrios que querem explorar... que
vergonha.
5/03/2010 10:30:00 AM
Annimo disse...
Quantos absurdos nesta vil reportagem. Vocs deveriam no mnimo sermultados por racismo. O racismo no Brasil crime mas to sutil quea nossa justia tem dificuldades de identificar estes atos. Ilka Oliveira
5/03/2010 10:48:00 AM
Maira disse...
A revista (in)veja continua prestando seus desservios naobrasileira, desdenhando de suas mltiplas origens culturais e de suasociodiversidade, patrimnio desse territrio complexo que constitui o
Brasil. Sou ecloga e trabalho com seringueiros e indgenas naAmaznia h mais de 15 anos. Mesmo no sendo antroploga, estouperplexa com tanto preconceito e ignorncia disseminados por essa
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mdia inescrupulosa.
5/03/2010 12:03:00 PM
Annimo disse...
At onde a matria mentirosa? Ou os q a acusam acreditam que oextremo interior do pas perfeito e longe de golpistas e corrupo,onde pessoas tentam a todo custo mamar nas tetas do governo e de
quem no pode se defender...
se 10% do q foi dito verdade, j um grande absurdo...
5/03/2010 12:32:00 PM
antropologando disse...
Os Espertalhes e a Veja-I
Acabei de ler o artigo da veja A Farra da Antropologia Oportunista efiquei estarrecida com a forma bem articulada e ordenada de encobrir
verdades, explicitar meias palavras e escancarar depoimentos escolhidos a dedo de supostas autoridades discursivas.
Como antroploga e jornalista percebo, como muitos de vocs, ocarter declaradamente parcial da linha editorial da revista, que de fatono pretende se apresentar como um meio de comunicao que ponha
em discusso os dois ou mais lados de uma questo. Sua pretenso a da formao de opinio a partir de um posicionamento parcial,enftico e carregado de uma expressividade de dona da verdade,baseada na longa data de existncia e, para grande parte do pblicoque a l, na suposta seriedade de seus artigos j que no podemoschamar de matria jornalstica escritos to escancaradamente
opinativos como os deste peridico.
At a nada de errado, j que a revista se declara abertamente opinativa,no escondendo portanto sua parcialidade. Escrevo, no entanto, a fimde percebermos a forma como a revista pega cada uma dasinformaes e cuidadosamente as seleciona para ir alm da opinio e
distorcer, omitir e comprometer o posicionamento tico quesupostamente acalenta. Comeando com as autoridades discursivascitadas Mrcio Pereira Gomes e Eduardo Viveiros de Castro quedemonstram um olhar no s reconhecidamente parcial com relao aoprocesso de fortalecimento de identidades tnicas no pas, comotiveram suas frases escolhidas a dedo para corroborar com uma
perspectiva de originalidade cultural e de deslegitimao do processode regularizao de territrios indgenas se que foram mesmo frasesdeles, pois o Viveiros de Castro j desmentiu a presena de qualquerfala sua no artigo.
Por outro lado, o artigo explicita meias verdades, ao citar no box ndio
bom ndio pobre, o caso de um grupo que, por culpa da Funai, teriaperdido a oportunidade de vender seu territrio, em troca de 1 milho dereais para cada famlia. Ora, sabemos que, por lei as terras indgenasso propriedade da Unio e de posse coletiva dos Guarani, sendoinalienveis, o que evidentemente mas no to evidentemente noartigo impossibilita qualquer tipo de negociao. Por outro lado, ficou
explcita a perspectiva preconceituosa como foi caracterizada aliderana do grupo, que segundo a revista casada com umcaminhoneiro (branco), tem carro, tv, computador, faz compras nosupermercado fiquei pensando se ela seria mais poupada se fizessecompras em alguma vendinha local.
So tantas as meias verdades, que parece difcil numerar todas. Temos,por exemplo, o momento em que so citados os Anac (CE), comogrupo que faz macumba por achar que seria indgena, o que o artigotrata de declarar como um erro, j que se trataria de um culto africano.Omitindo, de forma perspicaz, o fato de que os grupos indgenas aolongo dos anos no viveram envoltos em uma bolha cultural, mas
estabeleceram relaes de forma enftica naquela regio compopulaes de origem africana, do que derivaram formas culturaisampliadas, englobando a realidade religiosa dessas pessoas.
5/03/2010 01:34:00 PM
antropologando disse...
Os Espertalhes e a Veja-II
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Curiosamente, ao citar os laudos antropolgicos, segundo a Vejaelaborados sem nenhum rigor cientfico e com claro teor ideolgico de
uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo,imobilizando terras para a produo, se depe de forma criminosa que seria melhor ressaltada atravs de um processo movido pela ABA contra o trabalho de profissionais que tm no rigor cientfico sua basede ao, desmerecendo processos reflexivos multidisciplinares, que voalm da antropologia, englobando saberes no s das cincias sociais,
como tambm histricos, geogrficos, ambientais e jurdicos, para citarapenas algumas das disciplinas envolvidas na feio do documento.
Os ataques foram bem alimentados com informaes cuidadosamenteembaralhadas como a de englobar em um mesmo percentual (77,6%)as terras indgenas, quilombolas, assentamentos e reservas florestais,
como de reas improdutivas (e o montante sobe para 90,6% quandoincluem cidades e infraestrutura). Fiquei me perguntando o que, afinal,seria o que o artigo chama de territrio para produo edesenvolvimento. Porque produtivas as terras indgenas, quilombolas eos assentamentos tambm so, como temos centenas de exemplos. Eat mesmo em reas de preservao, onde est crescendo a
conscincia de um manejo sustentvel para as famlias que tiram seusustento das florestas. Afinal, para quem se geraria renda com o que foidefinido como agronegcio pela veja? A grandes conglomeradosempresariais? A mega empresrios que pouco ou nada trazem em trocapara o pas, alm de seus nomes divulgados na lista dos mais ricos domundo (e o que afinal isso contribui para a vida dos brasileiros???)
A Veja parte de uma imoralidade tica e ofensiva no s scomunidades tradicionais, antroplogos e indigenistas como tambm aoprprio jornalismo. Um olhar preconceituoso, tanto do que seria ascomunidades tradicionais e assentados rurais quanto da perspectiva dedesenvolvimento, que pelo que pude ver se refere a uma viso elitista e
antiquada, destinada a negcios que gerem renda para a pequenaparcela de privilegiados economicamente. Desmerecendo inclusive acrescente onda de valorizao pela comunidade internacional dotrabalho familiar e do comrcio responsvel, que incentiva a produolocal e o manejo tradicional de recursos naturais.
Beira a vergonha a forma escancarada como se ataca os personagensapresentados na matria, e como se transforma uma reivindicao que,evidentemente, tem tambm seu carter poltico, em uma estratgia deespertalhes, para se apossarem de terras que poderiam estar nasmos produtivas do agronegcio. Uma jogada de mestre desta revista,que transforma a reivindicao de grupos tradicionais em um simples
jogo por dinheiro, e que coloca os cidados brasileiros como vtimasde ndios, quilombolas e assentados que, pelo visto, no sobrasileiros, e muito menos cidados.
5/03/2010 01:36:00 PM
Annimo disse...
HAHAHAHAHAHAHAAH! Gente, que isso. S indo mesmo. O cara"prometeu um rio" pros ndios? Isso quer dizer que ele tinha um rio?
Estado-multi-tnico s l na casa do chapu: aqui somos todos
"brasileiros" (estilo Veja).
5/03/2010 02:00:00 PM
Annimo disse...
HAHAHAHAHAHAHAAH! Gente, que isso. S indo mesmo. O cara"prometeu um rio" pros ndios? Isso quer dizer que ele tinha um rio?
Estado-multi-tnico s l na casa do chapu: aqui somos todos"brasileiros" (estilo Veja).
5/03/2010 02:00:00 PM
Sandra Terena disse...
Lamentvel essa matria... Totalmente tendenciosa.
5/03/2010 02:34:00 PM
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Ninno Amorim disse...
Texo infeliz, medocre e altamente tendencioso. No entendo (bem... euentendo) como a Veja pode acusar os laudos antropolgicos de
"tendenciosos", defensores ideolgicos dessas populaes. E a Vejadefende quem? Esto todos putos com inegvel melhora do pas a partirdo governo Lula e no aceitam, isso.
Sade e liberdade!
5/03/2010 03:54:00 PM
Zeh disse...
Se a Veja deseja ver,deveria por um monculo no 3o. olho, s pra ver o temanho da
defecada.
5/03/2010 06:42:00 PM
Natlia Maria disse...
N! to bizarro que podamos at nem dar ateno, essa galera sedetona por conta prpria! Porm, seguimos dialogando, tentando evitarestragos por ausncias, mesmo que assim levemos essas porradas noolho de nossa ao... continuamos.
5/03/2010 07:08:00 PM
moacir disse...
Conforme diria Viveiros de Castro:"Tudo igualmente diferente"
5/03/2010 08:26:00 PM
Annimo disse...
incrvelcomo essa lgica burguesa pode dominar os meios de comunicao
ditos"refinados" na sociedade de brasileira, influnciando e reforandocada vez mais um modo de vida no qual produo significa "latifndio"e cidadania se destina "gente de bem".No somosapenas ns antroplogos enquanto categoria os antingidos por esta
matria insana. So todas as minorias "improdutivas"(ndios e quilmbolas) que tomam "mais de 70% das terras do pas", sotodos os futuros beneficirios de uma possvel reforma agrria que soatingidos por esta reportagem indecentemente burguesa.
5/03/2010 11:31:00 PM
Priscila disse...
leu na veja? azar o seu!
5/04/2010 09:22:00 AM
Annimo disse...
PUTA MERDA!
5/04/2010 09:24:00 AM
Gusta disse...
Veja escancarou o que h muito alguns sabiam.
Est no livro Tribalismo Indgena Ideal comuno-missionrio
para o Brasil no sculo XXI, de Plinio Corra de Oliveira,lanado h mais de 30 anos, no qual o autor previu toda a tramaque est por traz do movimento indigenista. Nas duas ltimasedies, Nelson Ramos Barretto e Paulo Henrique Chavesatualizam os dados e demonstram como 30 anos depois a obraest atualssima, constituindo-se esse movimento numa ofensiva
radical para levar fragmentao social e poltica da nao.
No livro A Revoluo Quilombola Guerra Racial, confisco
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agrrio e urbano, Coletivismo, Nelson Ramos Barretto mostracomo est sendo preparado um conflito de raas no Pas queatinge tambm as cidades e implanta um feroz coletivismo no
Pas.
5/04/2010 09:46:00 AM
antropologando disse...
Gusta,infelizmente escritos como os que voc cita so tomados por algunscomo verdades. No basta estar publicado em livro para ser real, ouHittler estaria feito com "Minha Luta". Certamente os interesseseconmicos de uma elite que se beneficia de grandes glebas de terradevem ter servido como incentivadores dessas publicaes. Tem que
conhecer os povos, dialogar com ele, para depois sair falando.
5/04/2010 10:02:00 AM
Annimo disse...
Ento, a Veja no responde ningum? Nem o Edurdo Viveiros de Castro(que por sinal deveria processar a revista)? Acabou a cara de pau?
5/04/2010 10:53:00 AM
Vale disse...
olha o tipo de resposta do caro escritor deste blog:
Seu comentrio em http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2010/05/farra-da-antropologia-oportunista.html de dar d. Como pode escrever em
tantos blogs, querer ensinar os outros a fazer um blog, tendo umacabecinha to estupidificamente BURRA. Acusou um erro dematemtica que s prova o quanto ignorante, apressada e que julgapreciptadamente e sem entender o que se passa. Volte l, leianovamente o comeo do texto e analise a imensa asneira q escreveu.Espero que voce se cure de sua doena ou ento, melhor p/ a
humanidade, se mate.
burrinha eu????no preciso reler nada do que escreveu, voc que precisa comear aler!!!! v ler joo pacheco de oliveira e os dados do incra que claramentedemonstram que as terras indgenas correspondem 18% das reas de
latifndio..... as reas socialmente no-produtivas...
5/04/2010 01:08:00 PM
Barba disse...
Gusta,
Faa-me o favor e pare de citar esses panfletos. Eu QUERO FATOS:CAD ESSA EXTENSO DE TERRAS RESERVADA? DE QUALFONTE OS JORNALISTAS TIRARAM ISSO?
Uma matria com uma denncia to sria como a extino dapropriedade de imveis rurais no Brasil deveria contar com pelo menosdepoimentos de especialistas, polticos, autoridades quaisquer. ASNICAS PESSOAS CITADAS SO DOIS ANTROPLOGOS QUENO FORAM ENTREVISTADOS PELA REVISTA E TIVERAM SEUSDEPOIMENTOS INVENTADOS.
Seria um deleite para as reinaldetes e olavetes se o governo Brasileirofosse realmente comprometer qualquer coisa prxima de 70% parandios, quilombolas, reas de conservao, assentamentos agrrios,etc... No entanto, a informao presente na reportagem absolutamente falaciosa e desmentida em dois segundos de pesquisa
no Google.
AS TERRAS INDGENAS NO BRASIL CORRESPONDEM A 13% DOTERRITRIO NACIONAL, e 98% parte delas est na regio amaznica.As unidades de conservao no correspondem nem a 20% e TAMBMESTO NA REGIO AMAZNICA, MUITAS VEZES SOBREPOSTAS
A TERRAS INDGENAS.
OS FATOS ESTO AQUI:
24/6/2010 Textos da Mdia: A farra da antropolo
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http://www4.fct.unesp.br/nera/atlas/configuracao_territorial.htm#ucs
http://pib.socioambiental.org/pt/c/terras-indigenas/demarcacoes/localizacao-e-extensao-das-tis
O RESTO MENTIRA!
Vocs querem os militares de volta a qualquer custo, nem que
seja atravs de uma campanha de desinformao absurda comoessa. Mas vocs no os tero.
5/04/2010 01:10:00 PM
z disse...
Vale,
onde est a resposta do caro escritor desse blog?
Ele te chamou de burrinha.
Gostaria de ler esta resposta
5/04/2010 01:47:00 PM
Annimo disse...
Descobriram nossa Festinha...
A reportagem A Farra da Antropologia Oportunista", retrata apenas aponta de um enorme iceberg de desmandos, adulteraes de dadossociolgicos, mentiras deslavadas mesmo, mal-entendidos resultantes
de um histrico compromisso da antropologia com qualquer movimentosocial minoritrio que agora levanta a bandeira indgena na tentativa deobter qualquer benefcio, seja do Governo, seja de ONGs nacionais ouinternacionais.
5/04/2010 02:39:00 PM
Annimo disse...
Sobre nossa orgia...
Ao contrrio do que imagina a Justia, o Ministrio Pblico e parcela da
populao brasileira desinformada, os antroplogos no so parte isentaem qualquer processo. Pelo contrrio, como bem expressa Viveiros deCastro em uma de suas mais reveladoras obras: "Para o antroplogo,ndio como cliente, tem sempre razo". a verdade, pura, nua ecrua!!! Portanto, o comprometimento histrico desta classe deprofissionais seria o suficiente para torn-los legal e teoricamente
impossibilitados de emitir qualquer parecer, laudo ou posicionamentojusto e imparcial acerca de qualquer conflito que envolva qualquermovimento social indgena em questo, alm de compromenter emacular a histria e o legado da Antropologia na construo de umanao socialmente diversa e pluritnica. Fazendo coro com Viveiro deCastro, e com muitos movimentos indgenas do Nordeste venho solicitar
a mudana da postura da ABA para as regras no processo deIdentificao e Delimitao de Terras indgenas, no sentido de proibir aparticipao de Antroplogos no referido processo. Isto por vriosmotivos dentre os quais, principal deles bem exposto na fala deViveiros de Castro: a sua total inutilidade no processo, que na verdades serve para emprestar sua legitimidade cientfica etrea e j
desacreditada aos laudos, ou seja, NAAAAADA.
5/04/2010 02:40:00 PM
Barba disse...
Annimo,
O que um antroplogo faz num relatrio antropolgico descrever emque termos se d a referida comunidade. O relatrio dele umadescrio, ele no legaliza (com o perdo da palavra) porra nenhuma .
No h festinha em lugar nenhum. um Relatrio Tcnico de Delimitaoe Identificao no lucrativo e nem mesmo fcil de ser feito.
24/6/2010 Textos da Mdia: A farra da antropolo
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Mas se o senhor, que desconfio ser um "antroplogo de gabinete", contra esse procedimento, melhor se basear em fatos. Do contrriopode concordar com as mentiras perpetradas pela reportagem e almejar
pelo dia que o cadver de Mdici vai voltar pra reinar sob a trevas deignorncia os reinaldetes e olavetes gostam de criar.
5/04/2010 03:14:00 PM
Gusta disse...
Veja desmente antroplogo:
3 de maio de 2010
O antroplogo Eduardo Viveiros de Castro enviou a VEJA uma carta -
divulgada amplamente na internet - sobre a reportagem "A farraantropolgica oportunista", publicada nesta edio da revista. Na carta,Viveiros de Castro diz: "(1) nunca tive qualquer espcie de contato comos responsveis pela matria; (2) no pronunciei em qualquer ocasio,ou publiquei em qualquer veculo, reflexo to grotesca, no contedocomo na forma".
Sua primeira afirmao no condiz com a verdade. No incio de maro,VEJA fez contato com Viveiros de Castro por intermdio da assessoriade imprensa do Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde ele trabalha.Por meio da assessoria, Viveiros de Castro recomendou a leitura de umartigo seu intitulado "No Brasil todo mundo ndio, exceto quem no ",
que expressaria sua opinio de forma sistematizada e autorizou VEJA ausar o texto na reportagem de uma maneira sinttica.
Tambm no condiz com a verdade a afirmao feita por Viveiros deCastro no item (2) de sua carta. A frase publicada por VEJA espelhaopinio escrita mais de uma vez em seu texto ("No qualquer um; e
no basta achar ou dizer; s ndio, como eu disse, quem se garante"e "pode-se dizer que ser ndio como aquilo que Lacan dizia sobre serlouco: no o quem quer. Nem quem simplesmente o diz. Pois s ndio quem se garante").
O antroplogo Viveiros de Castro pode no corroborar integralmente o
contedo da reportagem, mas concorda, sim, como est demonstradaem sua produo intelectual, que a autodeclarao no critriosuficiente para que uma pessoa seja considerada indgena. Abaixo, antegra do texto que ele autorizou que VEJA usasse da forma que bementendesse:http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2010/05/no-brasil-todo-mundo-e-
indio-exceto.html
5/04/2010 03:34:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
Tirando uns dois ou trs tolos que, como eu, somos contra qualquertipo de privilgio obtido pela cor da pele ou por uma suposta dvidahistrica, todos os outros que comentaram aqui primam pelocomportamento-padro dos verdadeiros idiotas latino-americanos, malque se originou no final do sculo passado, fartamente disseminadoentre os mequetrefes do politicamente correto, cabeas-ocas e afins.
Eu s no sabia que h tantos antroplogos comprometidos com aburrice histrica e com o racismo vingativo vigente, o que complicaainda mais o caso, visto que eles so essenciais na elaborao dosequestro de terras, cujas vtimas so consideradas por eles comorus.
Desafio a todos os que aqui se mostraram favorveis involuohumana a citar algum argumento lgico que justifique tamanhas reasreservadas para ndios e quilombolas. Desafio tambm, qualquer um,provar que a atual gerao de tataranetos de escravocratas ou deexterminadores de ndios tem o dever legal de pagar aos tataranetos
das supostas vtimas. Desafio ainda, que me dm uma aula de Histriadocumentada sobre a autenticidade dos quilombos que alegam terexistido.
Quanto ao ltimo desafio, dou at uma dica: consultem documentos daIgreja Catlica, que at o incio do sculo dezenove era a nica
instituio a registrar as localizaes, transaes e posses de terras.Faam isso e depois me digam o que encontraram. Vo dar com osburros ngua.
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5/04/2010 04:03:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
Sem esquecer que desafio que algum prove que a reportagem da Veja mentirosa.
5/04/2010 04:11:00 PM
Lupo disse...
Bem, para comear, no gasto um tosto e nunca gastei com umveculo de informao mope, desatualizado em suas convices e comtamanha deformao de contedo. uma pena que uma revista comoessa, apesar de sua histria, tenha descambado to vulgarmente para o
panfletarismo ingnuo, nas ltimas duas dcadas.Para falarmos desse primor de ignorncia e desinformao comecemosno pelos casos exeplificados (que demandaram meses e anos deestudo e do aporte de toda uma disciplina para serem compreendidosem sua complexidade - e no em mseras linhas de uma rporterzinha).Comecemos pelas pessoas citadas:
Viveiros de Castro - absurdo, inclusive nos comentrios, acusarem umantroplogo como ele de culturalista. Em sua trajetria temdemonstrado o exerccio superao total do racismo a partir da noode perspectivismo.Esse mesmo Viveiros de Castro foi apontado por Levi-Strauss (o mais
renomado do sculo XX e cone da luta intelectual contra o racismo) deseu imediato sucessor.Ora, como um neo estruturalista pode seracusado de racista e culturalista?Ah...quero dizer que no me alio a sua perspectiva terica, ainda querespeite profundamente seu trabalho e de sua equipe.Recomendaria a reporterzinha que, no mnimo, leia os textos de
Viveiros de Castro com ateno, para depois poder cit-lo compropriedade. Ah! reporterzinha, adorei tua declarao nos comentrios: "Abaixo, antegra do texto que ele autorizou que VEJA usasse da forma que bementendesse". E isso autoriza ento um nacional-socialista a transformarum texto de Martir Luther King em um lbelo fascista? A transformar a
relatividade de Einstein em conta de baco? Faa-me o favor...Segundo - para quem no sabe como a reporterzinha da reportagem(suponho que tenha faltado a todas as aulas de histria e geografia, nfilha?) - o citado na reportagem - presidente do Movimento Pardomestio do Brasil, um integralista, que nada mais que a versobrasileira do nazismo. O dito daqueles que gritam ANAU pela rua.
logo um cara desses que chamado para opinar em uma reportagemsupostamente universalista, anti-racista?
Bom, como minha v j me dizia:
Leu na VEJA ? PROBLEMA SEU...
5/04/2010 04:37:00 PM
Lupo disse...
Ah!!!! Antes que me esquea...MACUMBA?????
PELAMORDEDEUS???/ Isso jeito de chamar os cultos de matrizafricana realizados no Brasil - bem GUSTA, isso demonstra a qualidadede sua reportagem...E Ponte Preta: quem tem raiz rvore, ok?
5/04/2010 04:46:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
Como sempre, os que nada tm a declarar, se atm a miudezas ertulos. O seu Lupo acima, faz questo de frisar que Viveiros de Castrono culturalista e que tem demonstrado exerccio superao total
do racismo a partir da noo de perspectivismo, alm de afirmar queele foi apontado por Levi-Strauss de(sic) seu imediato sucessor,portanto ele um neo estruturalista.
Afinal das contas, seu Lupo, ele o qu? E o que que o furifunfas tema ver com as calas?
Depois ele fala que o presidente do Movimento Pardo-Mestio umintegralista que anda gritando Anau pelas ruas. Mas ser que isso
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ainda existe?
Em todo caso, o que que a declarao dele (desde que o governo
comeou a financiar esse tipo de segregao racial, os mestios quemoram perto de quilombos passaram a se declarar negros para noperder dinheiro) tem a ver com o contexto da reportagem paracomprometer tanto sua ntegra?
E foi s o que o seu Lupo falou, apesar de ter escrito um monte. Ora,
por favor, senhores politicamente corretos, sejam mais abrangentes nassuas argumentaes e no me venham com blablabls supostamenteeruditos e completamente inteis!
5/04/2010 05:10:00 PM
Annimo disse...
Brilhante a ltima reportagem de Veja sobre a farra da "pilantropologia"nacional, que pretende transformar nosso Pas num imenso Brasilisto,os bantustes dos ndios, quilombolas e MST.
Tal crime de lesa-ptria encontra arrimo na ideologia esquerdista dogoverno Lula, que pretende transformar o Brasil em inmeros guetostnicos, como era o caso do antigo Apartheid sulafricano de tristememria, dentro dos mesmos moldes das antigas comunas soviticas,em que o nico proprietrio o Estado. Alm de atentar contra oagronegcio, pedra angular da estabilidade econmica, e contra 190
milhes de brasilieiros, essa nefasta prtica racista vai contra a ordemnatural da Histria do Brasil, que se tornou, irrefutavelmente, em apenascinco sculos, num pas miscigenado que exemplo para o mundo.Brasilisto rima com Afeganisto e Hamasto. O Brasil no merece terseu destino traado por patifes!
Atenciosamente,
Flix Maierwww.midiasemmascara.org
5/04/2010 06:41:00 PM
Annimo disse...
OLAVETES ENCAREM OS FATOS!
A revista Veja dessa semana publicou uma matria intitulada A farra da
antropologia oportunista. Aparentemente os jornalistas LeonardoCoutinho, Jlia de Medeiros e Igor Paulin desejavam denunciar o queseria uma espcie de esquema entre ONGs internacionais,antroplogos e o Governo Federal para extinguir a propriedade privadade imveis rurais no Brasil atravs da demarcao de terras indgenas eterras de quilombo, alm da criao de unidades de conservao.
Comento a matria aqui sem entrar no mrito de outras questes maisprofundas, abordando dois aspectos da reportagem que soabsolutamente hediondos para os padres de qualquer tipo dejornalismo.A falcia
Os reprteres abrem a matria com a seguinte afirmao:
reas de preservao ecolgica, reservas indgenas e supostos antigosquilombos abarcam, hoje, 77,6% da extenso do Brasil.
Qualquer alma com dois dedos de bom senso questionaria essaafirmao. Uma vez que as terras indgenas correspondem a 13% darea do pas, sobretudo na regio amaznica. Coloco aqui dados doInstituto Socioambiental acerca dessa extenso:
O Brasil tem uma extenso territorial de 851.196.500 hectares, ou seja,
8.511.965 km2. As terras indgenas (TIs) somam 653 reas, ocupandouma extenso total de 110.500.556 hectares ( 1.105.006 km2). Assim,13% das terras do pas so reservados aos povos indgenas.
A maior parte das TIs concentra-se na Amaznia Legal: so 409 reas,108.720.018 hectares, representando 21.67% do territrio amaznico e
98.61% da extenso de todas as TIs do pas. O restante, 1.39%,espalha-se pelas regies Nordeste, Sudeste, Sul e estado do MatoGrosso do Sul.
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Digamos ento, que o restante dessa porcentagem absurda levantadapelos jornalistas, agora 64,6%, estivesse relacionado s terras de
quilombo ou s unidades de conservao. Ainda assim os nmerosparecem no bater, j que segundo o Atlas da Questo AgrriaBrasileira, organizado pela UNESP, as reas das unidades deconservao federais e estaduais em 2007
5/04/2010 07:37:00 PM
Annimo disse...
totalizavam 99,7 milhes de hectares, sendo 98 milhes referentes sunidades de conservao em ambientes terrestres. Dessas unidades,310 (41,5 milhes de ha) so de proteo integral e 286 (58,2 milhes
de ha) de uso sustentvel. Entre 1997 e 2007 foram criadas 251unidades de conservao e acrescidos 51,35 milhes de hectares deunidades em ambientes terrestres. A distribuio territorial dasunidades de conservao desigual e a maior parte est no biomaamaznico, que concentra 74,2 milhes de hectares 75,7% do total.
Lembrando o Brasil tem uma extenso territorial de 851.196.500hectares, os 98 milhes de hectares, j que estamos excluindo asunidades de conservao ocenicas, corresponderiam aaproximadamente 11,71% do territrio nacional. Boa parte dessasterras no improdutiva, mas so as chamadas reas de usosustentvel que seguem regras especiais para a explorao, como
demonstra o mapa abaixo.
Ento, temos 24,7 1% do Brasil dedicado a terras indgenas e unidadesde conservao, correto? No necessariamente. Se sobrepusermos osdois mapas possvel perceber que h sobreposio de reas deunidades de conservao e terras indgenas em vrios pontos do pas, o
que diminuiria esse percentual. Mas, vamos supor que h 24% doterritrio nacional, sobretudo na Amaznia Legal, dedicado a unidadesde conservao e terras indgenas.
Para chegar ento aos 53,6% restantes (77,6% 24%) serianecessrio que as terras de quilombo abarcassem estrondosos 459
milhes de hectares o que no verdade. Segundo a comisso Pr-ndio de So Paulo
Em setembro de 2008, os territrios quilombolas titulados somavam1.171.213 hectares. At essa data, o Par continuava como o estadocom a maior extenso titulada: 628.674,7 hectares, o que corresponde
a cerca de 54% do total j regularizado.
[Para os mais interessados, aqui h uma tabela onde esto os nomes,localizao, e rea de todas as comunidades.]
Logo, temos 1.171.213 hectares em terras de quilombo tituladas, o que
corresponde a, vejam s, 0,13% do territrio nacional. E as maioresterras tambm esto na rea da Amaznia Legal novamentedesconsiderando sobreposies com unidades de conservao.
Com base nesses dados, a porcentagem de 77,6% alegada nareportagem da revista Veja no se sustenta sob qualquer argumento.
Alm disso, a matria d a entender que basta requerer a terra para seter acesso a ela, ou mesmo que o governo em exerccio estaria sendouma espcie de facilitador do processo. Isso no se sustenta no casodas terras de quilombo e nem das terras indgenas, uma vez que ogoverno em exerccio demarcou e homologou menos terras (emextenso e quantidade) do que o governo anterior!
A matemtica esotrica dessa reportagem parece estar baseada numaalegao da Senadora Ktia Abreu, de que 90% do territrio brasileiroestaria congelado e inacessvel ao progresso, como terras indgenas,quilombos, parques, cidades e infra-estrutura. A Senadora disse terencomendado uma pesquisa junto Embrapa que provaria isso
espero que os pesquisadores em questo saibam soma, subtrao eporcentagem.
5/04/2010 07:37:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
Um annimo contesta a matemtica da Veja citando um tal de InstitutoSocioambiental.
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E o que esse Instituto Socioambiental, o ISA? Nada mais que umadas 232 ONGs que tm interesses clarssimos na bufunfa gorda que
gerada por essas transaes de terras.
Fez um monte de contas para nada. Baseado em dados de uma parteinteressadssima, as contas so pra l de suspeitas.
Meu caro annimo: conta outra. Baseie-se em dados insuspeitos. Alis,
voc to suspeito que nem o nome revela.
5/04/2010 08:18:00 PM
Z disse...
Sr. Rosamundo,como o sr. gosta de DESAFIO, fazemos assim:os antroplogos e historiadores levam a farta e exaustiva documentaolevantada em cada caso e o sr. naturalmente levar a espada, umascaixas de fsforo alm da susticaacredito mesmo que o sr. tenha medo da pontepreta daquele nego que
paquerava sua mulher
5/04/2010 08:18:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
Seu Z:
A burrice leva as pessoas ao desespero de, por falta absoluta de poderargumentativo, quererem atingir a honra dos seus opositores.
O "nego que paquerava a minha mulher", por ela ser digna, desistiu e
comeu a sua.
No assim que vocs gostam do dilogo?
5/04/2010 08:23:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
J que no saiu, eu repito:
Su Z:
A burrice de gente que no tem nada a acrescentar leva s ofensaspessoais, como o senhor o faz. Mas at nisso o senhor burro porqueo nego que paquerava minha mulher, por ela ser digna, desistiu ecomeu a sua.
No desse tipo de baixaria que vocs gostam? Se ficasse calado, seu
Z, o senhor seria um poeta.
5/04/2010 08:33:00 PM
FASSHEBER disse...
Sr. Rosamundo,no esquea de levar seu gardenal e a cuequinha com a sustica
5/04/2010 08:44:00 PM
Annimo disse...
Pontepreta
Se voc no est satisfeito com os dados do ISA, olha no IBGE.Ningum demarcou 50% do Brasil em terras indgenas da noite pro diasem passar pelo judicirio, isso impossvel, delirante, absurdo.
5/04/2010 09:14:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
Sr. Fassheber:
Levo o gardenal e a sustica se voc levar a foice, o martelo e a suarao de capim.
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Agora, annimo, demarcar, demarcaram. S no foram legalizadas.Ainda.
s comprar uma meia dzia de juizinhos aqui e ali que, com essagrana toda nas mos, vai tudo.
Governinho chinfrim assim: at o Judicirio faz mutreta.
5/04/2010 09:49:00 PM
Annimo disse...
"Agora, annimo, demarcar, demarcaram. S no foram legalizadas.Ainda."
Filho... isso no aconteceu, nem vai acontecer. Isso no existe, no interesse de ningum, nem de ndios, nem do PT, nem da Ktia Abreu,nem Hugo Chavez, nem do Obama, nem do Olavo de Carvalho... Sevoc me conseguir uma prova, uma nica prova de que isso verdadeque no seja um desses folhetins escritos pelos lunticos do Paz no
Campo, eu agradeo.
O problema grave em ignorar os fatos, ou inventar conspiraesfantsticas como essa da demarcao do Brazzzil que vocs tiram delugar um debate vlido criando fantasias como essas.
Se querem ser contra a demarcao e terras indgenas ou qualquercoisa do tipo, combatam com FATOS. Inventar uma porcentagem erepetir que ela existe ad infinitum no vai torn-la real...
...ou vai ver vocs de fato aprenderam algumas coisas com o Goebels.
5/04/2010 09:57:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
tanto annimo que eu no entendo mais nada.
Quem tirou fantasias de onde, eu?! Pirou de vez...
E filho o afilhado da comadre da sua me.
5/04/2010 10:11:00 PM
Rosamundo Pontepreta disse...
"Se voc me conseguir uma prova, uma nica prova de que isso verdade que no seja um desses folhetins escritos pelos lunticos doPaz no Campo, eu agradeo."
Isso o qu, seu annimo?
O problema de vocs comea pela imensa dificuldade que tm com alngua portuguesa, passa pelo desvario esquerdista e desemboca naestultcia absoluta.
5/04/2010 10:20:00 PM
Olavete disse...
Rosamundo... sem trollar o annimo v. Apresente pra gente uma provade que o Brasil est todo demarcado. Acusar o alheio de
"esquerdopatia" quando no h sada no jeito de discutir.
5/04/2010 10:33:00 PM
Annimo disse...
"Isso o qu, seu annimo?"
Jesus! O problema de vocs comea com a completa ignorncia do que um CONTEXTO. No estvamos falando sobre a suposio de que asterras indgenas, terras de quilombo e unidades de conservao jocupariam 77,6% do territrio nacional? Onde est a prova? Onde est
a fonte? Onde est o relatrio?
No existem. Tudo no passa de mais uma conspirao imaginria que,
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na cabea da olavetagem safada, justifica um novo golpe militar.
5/04/2010 11:31:00 PM
Tatiana Soares disse...
Senhor Rosamundo Pontepreta,
Bem, no sou esquerdista, no sou anarquista, no sou nada mais do
que estudante, trabalhadora e cidad brasileira.
Acho que em algum momento o senhor cometeu alguns equvocos noque refere a sua defesa da revista que tanto estima (em no sendointegrante do corpo de funcionrios da mesma e ignorando apossibilidade se suborno de uma pessoa honesta como o senhor, s
pedria ser estima mesmo, certo?).Acredito, na minha humilde opinio, que o senhor foi muito "de direita"no seu discurso, o que reflete todo o seu direito de o s-lo, mastambm de no criticar algum que estivesse sendo de esquerda, a seuver.Acho tambm que a discusso se perdeu justamente por focar todos os
seus arugumentos em refutas aos dos colegas que postaraminformaes ou opinies anteriormente.O seu direito de expresso omesmo que o dos demais.E caso algum lhe ofendesse com palavras(o que, devido a uma guerra de acusaes de esquerda comunistaversus direita latifundiria, acabou acontecendo, infelizmente), cabia aoseu bom senso no se utilizar de palavras baixas, o que fez perder
concerteza a fora de qualquer argumento de sua parte, assim como osarugumentos dos demais.O que eu acredito que deveria ser levado MUITO em considerao aqui,e o propsito do debate, creio, o contedo da matria, as fontes, osdados.Por exemplo, o texto do Professor Eduardo Viveiro de Castro.Eu o li,
por curiosidade, porque muito me admira que algum do conhecimentoacadmico que ele tem proferisse tais falcias.E descobri que foi umerro de contextualizao.O Texto a que ele faz as citaes destacadase utilizadas na matria ocorreram em outro contexto mesmo, que falavajustamente o oposto do que trata a matria.J os dados estatsticos eu confesso no ter ido em busca de
resultados, mas, por uma anlise de puro "achismo", 77,6% muitacoisa, acho que a proporo pode ter sido um tanto quanto equivocada.Assim como o Professor Eduardo, outro professor doutor, o Mrcio,tambm citado na revista, que inclusive d aulas na mesma faculdadeem que eu estudo (UFF), tambm lanou uma nota, digamos que derepdio, a citao que a Revista Veja fez a respeito dele e de suas
publicaes acadmicas.Particularmente, acredito que acusarmeramente algum de algo muito forte, mas penso que, no mnimo,aconteceu outro erro de contextualizao nesse caso tambm.
Tento feitas as elocubraes que me cabiam, fao outras, de cunho umpouco menos acadmico, ao senhor Rosamundo Pontepreta.
Se o Pontepreta que eu imagino que seja, trata-se de Stalislaw PontePreta, ou Srgio Porto, um escritor, jornalista, e dentre outras coisas,comediante assumido, que tinha como principal motivao as mulherese dizia que jamais teve qualquer opinio poltica formada sobre qualquerfiguro da vida poltica, seja nacional ou internacional, que declaravaexplicitamente ter dio de racismo, puxa-saco e "burro metido a
sabido".Isso tudo dito pelo prprio Ponte Preta.E se o Rosamundo que eu imagino que seja, um personagem deum dos romances-comdia de Stanislaw Ponte Preta, que eraesuqecido, preguioso e atrapalhado.
Como quer que, aps inferir tais conhecimentos a cerca de um suposto
pseudnimo, os leitores de seus comentrios os levem a srio, aindamais depois de tantas acusaes, crticas e bate-bocas, levando-nos acrer que se trata de uma pessoa que traduz exatamente o que o seunome apresentado reflete.
Gostaria de estar equivocada.
Grata.
5/05/2010 12:54:00 AM
Tatiana Soares disse...
Aqui segue a resposta do Professor Mrcio Revista Veja.
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Resposta matria da VEJA A farra da antropologia oportunista
Mais uma vez a revista VEJA traz em suas pginas matria cheia deinjrias aos povos indgenas brasileiros.No pode passar despercebido ao mais desavisado e ingnuo leitordessa revista o rano, o azedume de preconceitos e vcios jornalsticosapresentados sobre a questo indgena brasileira. Porm a factualidadedo texto tambm est comprometida por desvirtuamentos de pesquisa,
compreenso e anlise que certamente intencionam provocar umaimpresso extremamente negativa da questo indgena em nosso pas.Os autores da matria A farra da antropologia oportunista, ao que tudoindica jornalistas jejunos no trato de tais assuntos, parecem perseguiruma linha editorial ou um estilo jornalstico em que a busca deobjetividade possvel relegada ao interesse ideolgico de denegrir as
conquistas dos segmentos mais oprimidos do povo brasileiro edemonstrar o seu favorecimento aos poderosos da nao. Primam porum estilo sardnico, prprio de jornalistas que fazem de seu ofcio adefesa inquestionvel do status quo social e econmico brasileiro,aludem a supostos fatos a partir de evidncias descontextualizadas eapresentam citaes sem a mnima preocupao com comprovao.
Falta-lhes sobretudo compreenso histrica da questo indgenabrasileira, do papel da antropologia e da condio contempornea daascenso dos povos indgenas no Brasil e no mundo. Empatia scausas populares e gestos positivos em relao ascenso dascamadas sociais mais oprimidas da nao so atitudes ausentes nessetipo de jornalismo.
Ao contrrio, esto do lado dos que consideram a nao um quintal aser usado (e abusado) ao seu bel prazer. Um repertrio acanhado,porm virulento, de asseres deslocadas do processo histricotenciona incutir no leitor uma viso de que os povos indgenas etambm os descendentes de quilombolas esto a para surrupiar asriquezas da nao dos destemidos fazendeiros, madeireiros,
mineradores e empreiteiros da nao. A continuar esse processo nosobraro terras nem riquezas naturais para a continuada exploraoeconmica da nao!Os antroplogos estariam a servio de uma espcie de subverso darealidade emprica, afeitos criao imaginativa de identidades tnicase dispostos a reverter o processo histrico nacional. Nem os mais
afoitos de ns sonham com tamanho poder!J os ndios e quilombolas esto em marcha guerreira para varrer dopas aqueles que dariam sustento e sentido nao.
demais.
Apresento aqui o meu repdio a esse tipo de jornalismo.
Denego-lhe o falso direito jornalstico de atribuir a mim uma fraseimpronunciada e um sentido desvirtuante daquilo que penso sobre aquesto indgena brasileira.
Portanto, conclamo os editores da VEJA a rever sua viso mipica eestigmatizada do processo histrico brasileiro. Fariam bem ao seusleitores se se concentrassem na busca de objetividade jornalstica enuma compreenso humanista, cientfica e hiperdialtica da histria donosso pas.
Atenciosamente,
Mrcio Pereira Gomes, antroplogo, professor da Universidade FederalFluminense e ex-presidente da Funai
5/05/2010 01:05:00 AM
RR3C disse...
Pois , Tatiana....
Li com ateno seu texto contestando o senhor Pontepreta. Gostaria dedestacar um de seus argumentos.
1 O que eu acredito que deveria ser levado MUITO em consideraoaqui, e o propsito do debate, creio, o contedo da matria, as
fontes, os dados.
As fontes e os dados aos quais voc se refere so os cientistas e
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antoplogos brasileiros e os dados que os mesmos obtm. Noprocesso cientfico, veja Lyotard e a condio ps-moderna, a prova confirmado pela experincia, via de regra fenmeno fsico e
materialmente mensurvel. Pergunto voc, e aos antroplogos queaqui se manifestaram, se os dados foram analisados por outrasinstncias, se os estudos realizados tm pacfica aceitao nacomunidade cientfica. No se esquea que, aps um sculo e meio,Darwin ainda motivo de controvrsia e contestao.
Existe por acaso algum instituto, entidade tcnica, alguma HarvardUniversitynacional que detenha autoridade tcnica e cientfica, derivada de mritoreconhecido internacionalmente, sobre os trabalhos desenvolvidos quegeram os dados, bem como as fontes, s quais voc se refere.
Como no existe nada disso, os senhores antroplogos merecem tantocrdito quantos o achismo do pipoqueiro da esquina. O mesmo crditoque mereceria a revista Veja, se estivesse tratando da matria comouma produo cientfica.
No entanto, o pipoqueiro da esquina, assim como o Pontepreta e eu,
sabe que tem um emaranhado de ONGs, que usam fraudulentasquestes sociais para roubar descaradamente o povo brasileiro. Creiono ser necessrio um postulado cientfico para demonstrar que esta uma verdade.
Se o senhor Pontepreta relaciona os antroplogos com as ONGs
pilantras por que tem razes de sobra para isto. A primeira obrigaode tais pessoas deveria ser a de impedir que os ndios sejam usadospara este tipo fraude. Como no o fazem e vicejam ONGs por todo opas, Pontepreta nada mais faz do que relatar o que qualquer pessoa debom senso conclui.
2 Pergunte a seu professor de portugus se sua redao, do ponto devista ortogrfico, precisa de algum reparo. Garanto-lhe que concertezaser glosado.
3 Pergunte ao ex-presidente da Funai o que significa, dentro da
hiperdialtica dele, a palavra MIPICA. Se idioma portugus, ticunaou outro.
Estude Tatiana. Estude o mais que puder e garanta para si o livrepensar. Procure no se prender a conceitos e opinies. Esteja sempre
o mais isenta possvel ao analisar fatos e processos, quaisquer quesejam estes, se cientficos, sociais, familiares, cotidianos e,principalmente, os imprevisveis.
Renato Emydio (RR3C)
5/05/2010 02:15:00 AM
alexandre disse...
PARABENS REVISTA VEJA, MEUS PARABENS para a REVISTAVEJA, que que faz aparecer a verdade para todos verem.
5/05/2010 10:29:00 AM
Annimo disse...
Ridculo os comentrios dos "especialista em culturas e costumesbrasileiros" do ptralhismo/lullismo criminoso que querem dividir o pas a
qualquer custo (deve ser porque assim fica mais fcil vend-lo para asONGs gringas. Bando de canalhas! O Brasil maior que vcs seuspilantras! Paredo pra vcs!!
5/05/2010 10:46:00 AM
Rosamundo Pontepreta disse...
E continua o blablabl, no mesmo Tatiana? Fui dormir e, ao acordar,deparo com seu texto quilomtrico e alambicado a me contestar. Sque, no caso, no sou eu ou, pelo menos, no deveria ser quemest em evidncia e sim a reportagem da Veja, a qual voc dedicou
muito pouco espao e contedo em detrimento de loas a Viveiros deCastro e Mrcio Pereira Gomes, alm de ter traado um perfil razoveldo meu alter ego, Rosamundo.
24/6/2010 Textos da Mdia: A farra da antropolo
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Mas j que o Mrcio mereceu tanto espao e tambm no apresentounenhuma contestao relevante matria da revista, vou me ater
apenas a uma frase dele, dita a respeito dos jornalistas que aelaboraram:
Falta-lhes sobretudo compreenso histrica da questo indgenabrasileira. (...)Empatia s causas populares e gestos positivos emrelao ascenso das camadas sociais mais oprimidas da nao so
atitudes ausentes nesse tipo de jornalismo.
Empatia s causas populares? Por que ser que os jornalistas quelidaram apenas com fatos e dados precisariam disso? De mais a mais,a matria no pretende ser nenhum compndio de Antropologia. Elaapenas afirma que alguns antroplogos oportunistas se prestam a
papis duvidosos nessa farra demarcatria.
Quanto tal compreenso histrica, exigncia vinda de quem veio, fcil concluir que ela tem que passar forosamente pela interpretaocanhestra da esquerda e do seu inseparvel companheiro, opoliticamente correto, no fosse Mrcio um notrio admirador e antigo
colaborador de Darci Ribeiro. Portanto, a expresso mais correta paraessa vertente da Antropologia deturpao histrica, aquela quetransforma os que realmente trabalham fazendeiros, madeireiros,mineradores e empreiteiros da nao em inimigos dos ndios e dosquilombolas, quando estes na verdade, no passam de instrumentos demanipulao na mo de gente inescrupulosa, cujo poder desmesurado
a eles concedido por um governo idem, transforma suas canetas empoderosas armas usadas para assaltar o Estado e o povo, o verdadeiro,e no os mentirosos que at negam suas origens com fins lucrativos.
Coitada da dona Antropologia, to prostituda...
5/05/2010 10:47:00 AM
Annimo disse...
Um absurdo de matria! Claro, tinha que ser dessa merda de revista,manipuladora, mentirosa e com fins meramente polticos.
Ridicularizou a Antropologia...
5/05/2010 02:59:00 PM
Fabio disse...
Que a revista Veja um veculo parcial, todo mundo sabe. O problema que aqueles que discordam das afirmaes da revista ao invs demostrar de forma objetiva as incoerncias da reportagem, fazem umdiscurso carregado de ideologia que no desfaz as informaesapresentadas na Veja. A revista deu exemplos claros de possveisirregularidades e de grupos que se beneficiariam atravs dos processo
de demarcao das terras. Cabe aos opositores provar que no houvetais irregularidades com argumentos to objetivos quanto os do textooriginal.
5/05/2010 04:05:00 PM
Luis Felipe disse...
Pessoal Posto abaixo a nota da Diretoria da Associao Brasileira de Antropologia sobrematria publicada pela revista Veja (Veja ano 43 n 18, de 05/05/2010)Frente publicao de matria intitulada "A farra da antropologia
oportunista" (Veja ano 43 n 18, de 05/05/2010), a diretoria daAssociao Brasileira de Antropologia (ABA), em nome de seusassociados, clama pelo exerccio de jornalismo responsvel, exigindorespeito atuao profissional do quadro de antroplogos disponvel noBrasil, formados pelos mais rigorosos cnones cientficos e regidos porestritas diretrizes ticas, tericas, epistemolgicas e metodolgicas,
reconhecidas internacionalmente e avaliadas por pares da mais elevadaestatura cientifica, bem como por autoridades de reas afins.A ABA reserva-se ao direito de exigir dos editores da revista semanalVeja que publique matria em desagravo pelo desrespeito generalizadoaos profissionais e acadmicos da rea.
5/05/2010 07:14:00 PM
24/6/2010 Textos da Mdia: A farra da antropolo
blogspot.com//farra-da-antropolo 29/39
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Luis Felipe disse...
Pessoal Posto abaixo a nota da Comisso de Assuntos Indgenas-CAI/ABA Parte I
A reportagem divulgada pelo ltimo nmero da revista Veja,provocativamente intitulada Farra da Antropologia oportunista,acarretou uma ampla e profunda indignao entre os antroplogos,especialmente aqueles que pesquisam e trabalham com temasrelacionados aos povos indgenas. Dados quantitativos inteiramente
equivocados e fantasiosos (como o de que menos de 10% das terrasestariam livres para usos econmicos, pois 90% estariam em mos deindgenas, quilombolas e unidades ambientais!!!) conjugam-se sistemtica deformao da atuao dos antroplogos em processosadministrativos e jurdicos relativos a definio de terras indgenas.Afirmaes como a de que laudos e percias seriam encomendados
pela FUNAI a antroplogos das ONGs e pagos em funo do nmero deindgenas e terras identificadas (!) so obviamente falsas eirresponsveis. As percias so contrataes realizadas pelos juzesvisando subsidiar tcnica e cientificamente os casos em exame, comoquaisquer out ras percias usuais em procedimentos legais. Para isto ojuiz seleciona currculos e se apia na experincia da PGR e em
consultas a ABA para a indicao de profissionais habilitados. Quandoa FUNAI seleciona antroplogos para trabalhos antropolgicos o fazseguindo os procedimentos e cautelas da administrao pblica. Osprofissionais que realizam tais tarefas foram todos formados e treinadosnas universidades e programas de ps-graduao existentes no pas,como parte integrante do sistema brasileiro de cincia e tecnologia. A
imagem que a reportagem tenta criar da poltica indigenista como umaverdadeira terra de ningum, ao sabor do arbtrio e das negociatas, umabsurdo completo e tem apenas por finalidade deslegitimar o direito decoletividades anteriormente subalternizadas e marginalizadas.No h qualquer esforo em ser analtico, em ouvir os argumentos dosque ali foram violentamente criticados e ridicularizados. A maneira
insultuosa com que so referidas diver sas lideranas indgenas equilombolas, bem como truncadas as suas declaraes, tambmsurpreende e causa revolta. Subttulos como os novos canibais,macumbeiros de cocar, teatrinho na praia, made in Paraguai, oscarambolas, explicitam o desprezo e o preconceito com que foram
tratadas tais pessoas. Enquanto nas criticas aos antroplogosraramente so mencionados nomes (possivelmente para no gerardemandas por direito de resposta), para os indgenas o tratamentoultrajante na maioria das vezes individualizado e a pessoa