a falácia do desenvolvimento sustentável

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TL 070 A FALÁCIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL KOITI EGOSHI RESUMO Este presente trabalho efetua uma análise crítica sobre Desenvolvimento Sustentável. Também analisa outros assuntos correlatos, como a tão falada Responsabilidade Social, Ética e Ecológica, bem como o tão promovido e explorado Aquecimento Global. Demonstra que aquecimento global, tanto quanto resfriamento global, são fenômenos pelos quais o planeta Terra já passou e sofreu infinitas vezes, como ainda irá sofrê-los, quer a humanidade queira ou não. E quanto ao Desenvolvimento Sustentável e à Responsabilidade Social, Ética e Ecológica, promovidos em altos brados por aí, não passam de grandes falácias interesseiras do Século 21 – principalmente no Brasil da Nova República, dominado por um Estado Populista-Paternalista em conluio com poderosos grupos de interesse. São mais discursos demagógicos de políticos, e slogans marqueteiros de empresas. Por fim, propõe uma Efetiva Busca do Desenvolvimento Sustentável a partir do Desenvolvimento Auto-Sustentável dos Indivíduos. Palavras-chave: Administração do Bem-Estar Social, Ético e Ecológico; Administração da Infra- estrutura; As Quatro Funções Básicas e Fundamentais do Estado; “Apagão” Aéreo; Aquecimento Global e Resfriamento Global; Civilização; Corrupção; Cumplicidade Estado- Empresas; Desenvolvimento Econômico; Desenvolvimento Sustentável; Diamante de Porter; Ecologia; Educação e Ensino; Jeitinho Brasileiro; Memetismo; Pesquisa da Heritage sobre liberdade de mercado; Selva do Mato e Selva de Pedra.

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  • TL 070

    A FALCIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    KOITI EGOSHI

    RESUMO Este presente trabalho efetua uma anlise crtica sobre Desenvolvimento Sustentvel. Tambm analisa outros assuntos correlatos, como a to falada Responsabilidade Social, tica e Ecolgica, bem como o to promovido e explorado Aquecimento Global. Demonstra que aquecimento global, tanto quanto resfriamento global, so fenmenos pelos quais o planeta Terra j passou e sofreu infinitas vezes, como ainda ir sofr-los, quer a humanidade queira ou no. E quanto ao Desenvolvimento Sustentvel e Responsabilidade Social, tica e Ecolgica, promovidos em altos brados por a, no passam de grandes falcias interesseiras do Sculo 21 principalmente no Brasil da Nova Repblica, dominado por um Estado Populista-Paternalista em conluio com poderosos grupos de interesse. So mais discursos demaggicos de polticos, e slogans marqueteiros de empresas. Por fim, prope uma Efetiva Busca do Desenvolvimento Sustentvel a partir do Desenvolvimento Auto-Sustentvel dos Indivduos. Palavras-chave: Administrao do Bem-Estar Social, tico e Ecolgico; Administrao da Infra-estrutura; As Quatro Funes Bsicas e Fundamentais do Estado; Apago Areo; Aquecimento Global e Resfriamento Global; Civilizao; Corrupo; Cumplicidade Estado-Empresas; Desenvolvimento Econmico; Desenvolvimento Sustentvel; Diamante de Porter; Ecologia; Educao e Ensino; Jeitinho Brasileiro; Memetismo; Pesquisa da Heritage sobre liberdade de mercado; Selva do Mato e Selva de Pedra.

  • NTRODUO fato incontestvel: o homo sapiens triunfou na face da Terra. Hoje ele reina soberanamente sobre demais seres vivos e coisas ao seu redor. Essa existncia de cada vez mais bilhes de humanos pisando a superfcie terrestre, o maior fator de desequilbrio ecolgico. Muito embora, a Natureza, forte e dinamicamente, venha equilibrando ao longo dos tempos, essa cada vez mais crescente distoro. O espcime humano hoje dominante, porque Deus (ou qualquer outro nome do seu agrado) o dotou de uma conscincia superior que o possibilita no s melhor subsistncia, como tambm sonhar, buscar e realizar progresso. O humano o nico animal na face da Terra, que promove o progresso. Progresso em todos os sentidos. A comear pela conscincia superior que ao longo dos tempos, permitiu ao humano ser portador do ato reflexivo, discernimento e bom-senso o que fez desenvolver a Filosofia e outros modos de refletir. A partir da, no s controla mas desenvolve cada vez mais sua mente e seu corao para a realizao de suas necessidades, alm da simples subsistncia. A comear pelo progresso do corao que sente dor e prazer. Conscientemente, o humano sempre procurou eliminar e reduzir a dor fsica e psicolgica. Da, nasceram Eutansia, Enfermagem, Medicina, Odontologia, Religio, Moral e tica, Psiquiatria, Psicologia, Psicanlise e outras cincias e prticas afins. Em contrapartida, o humano sempre procurou aumentar o prazer fsico e psicolgico. Da, nasceram Casamento, Prostituio, Teatro, Rdio, Cinema, Televiso, Esportes, Turismo e outros afazeres e prticas afins. Tambm o progresso da mente foi implementado ao longo dos tempos. Desenvolveu-se Conhecimento que ao longo dos tempos foi se organizando cada vez mais sistematicamente, sob a forma de Cincia, Tecnologia e outras epistemologias e prticas mais mentais. Cincias tais como Fsica, Qumica, Biologia, Geografia, Histria e Administrao, que ao longo da Histria, desenvolveram as tecnologias. Tecnologias tais como ferramentas e armas para lutar e guerrear; alavancas e mquinas, para facilitar a vida, com menos esforos e mais resultados seguindo a lei do menor esforo e do princpio de tirar vantagem em tudo1. Enfim, todas as tecnologias analgicas foram inventadas e desenvolvidas, at se chegar aos dias de hoje, com as tecnologias digitais. 1Dizem por a que esse princpio brasileiro, mas no no. prprio do homem consciente e progressista, querer sempre ganhar mais com menos, tirando vantagem em tudo. No h nada de mal nisso, muito pelo contrrio, isso tudo muito positivo. Porque tudo isso significa produtividade, o princpio bsico e fundamental do progresso e da Cincia da Administrao. Afinal, produtividade significa produzir mais, em menos tempo, com menos custo e melhor que antes. Mas, o prprio brasileiro taxou esse princpio como algo ruim e assim ficou conhecido como jeitinho brasileiro. Tudo comeou com uma propaganda de cigarros Vila Rica veiculada na televiso, na Dcada de 1970, onde Grson, nosso canhotinha de ouro da Copa do Mxico, falava: O importante levar vantagem em tudo, certo? Esse negcio de levar vantagem em tudo acabou virando sinnimo de brasileiro aproveitador, corrupto e sacana. Desde ento, esse princpio conhecido entre ns, como Lei de Grson. Gerson de Oliveira Nunes (1941) e todo o povo brasileiro deveriam se orgulhar dessa filosofia brasileira, que ao mesmo tempo capitalista e existencialista. 2

  • Na realidade, todas essas coisas do humano inventivo, foram criadas e desenvolvidas ao longo dos tempos de forma mais ou menos catica, mas cada vez mais consciente e integrada sob o turbilho de consonncias e dissonncias cognitivas, entre desejos explosivos do corao e glidos interesses da mente. Com guerras e pazes. A todo esse conjunto de coisas criadas e artificiais, denominamos Civilizao. E essa civilizao, foi cada vez mais, desenvolvendo uma pesada Selva de Pedra sobre uma bravia Selva de Mato. Ora, Selva de Pedra sobre Selva de Mato significa destruio do Natural e construo do Artificial. Desde os primrdios, o humano vem destruindo tudo ao seu redor, e se prevalecendo no mundo: derrubando e queimando matas e florestas; alterando correntes de rios e oceanos; usufruindo plantas e matando animais perigosos; invadindo terras alheias, saqueando pertences de outros e matando sem d seus semelhantes; gelando, aquecendo e poluindo a atmosfera. J desequilibrou tudo, a partir do momento em que o humano deixou de ser nmade e cada vez mais, se transformou em sedentrio. A busca de um mundo melhor, no tem sido seno, a destruio da Selva de Mato e a construo da Selva de Pedra esse processo que ns chamamos de Civilizao. E essa civilizao no deixa de ter o seu lado muito egosta do humano, em relao aos demais seres vivos e coisas deste mundo. Conseqncia: o humano bateu o record de 6,6 bilhes de habitantes em 2007. Imagine, que a previso para 2037 de mais de 10 bilhes! E sabe quanto ramos no Ano 1? Uns 250 milhes, estimativamente. Repetindo, essa populao mundial de humanos j antes de tudo, o maior desequilbrio ecolgico a prevalncia do humano em todos os cantos da Terra, em detrimento de outros como lees e outros felinos, hoje quase em extino. Natural seria, que humanos servissem de comida para felinos e outros animais perigosos, mantendo-se assim, o equilbrio ecolgico com muito menos humano, pisando e pesando demasiadamente sobre a superfcie da Terra. Mas, no, temos gente demais, hoje. E seremos insuportveis bilhes uns sobre outros o tempo todo, no futuro prximo. Que a verdade seja dita: pessoas no agentam ficar muito prximos uns aos outros, o tempo todo, em consonncia. Conseqncias: aumentaro na devida proporo mal-estares, conflitos, encrencas e violncias entre humanos, em escala global. Seno, voc ainda no percebeu que vem aumentando barbaramente o trnsito, os acidentes e as brigas de trnsito nas grandes cidades, como tambm vidas matadas em pacatas cidades do interior? Isso sem falar em grandes concentraes humanas de feriados prolongados, seja nas praias ou nas avenidas, onde quase sempre acontecem fatos lamentveis. Pois ento, este presente trabalho analisa que o principal problema do humano a existncia dele mesmo no tanto as aes dele que provocam Aquecimento Global e outros desequilbrios ecolgicos. E que, Desenvolvimento Sustentvel e Responsabilidade Social, tica e Ecolgica, promovidos em altos brados por a, no passam de grandes falcias interesseiras do Sculo 21. Para tanto, primeiramente discorreremos sobre Aquecimento Global, depois sobre o chamado Desenvolvimento Sustentvel e finalmente, sobre a questo da Responsabilidade Social, tica e Ecolgica. 3

  • O FANTASMA DO AQUECIMENTO GLOBAL Pois ento, voc a, no se iluda e nem seja iludido por essas historinhas falaciosas sobre o tal de aquecimento global se no conversa para boi dormir, para algum ganhar dinheiro, muito dinheiro. Ou seno, para algum se projetar na sociedade. Ou ento, de algum bem intencionado, que ainda no despertou e est por fora da real realidade. De qualquer forma, h no mnimo um enorme exagero em todo esse alarde sobre o aquecimento global. Se voc discorda de mim, d uma sapecada no Al Gore, aquele ex-vice-presidente que perdeu a eleio para presidncia dos Estados Unidos, justamente para George Walker Bush que no est nem a, com essa historinha de aquecimento global. Mas quanto a Al Gore, ele ri toa, faturando alto em suas palestras, passeando pelo mundo afora. O pior de tudo que a quase unanimidade da humanidade acredita piamente nele e em alguns cientistas, que vivem tambm faturando livros, jornais e revistas, palestras e consultorias, apregoando que o fim do planeta Terra est prximo, se continuar do jeito que est! Bem que Nelson Rodrigues2 dizia que a unanimidade burra. E eu digo que so todos Maria vai com as outras. Alm deles, toda a indstria apocalptica est ganhando rios de dinheiro com oferta de solues antipoluio. A indstria cinematogrfica nem tanto, porque ela sempre viveu de cenas apocalpticas, e hoje todo mundo j se cansou de assistir filmes onde todo mundo morre queimado nas florestas ou, se afogando em guas. De fato, de tempos em tempos aparecem os profetas do apocalipse, esta que a verdade. E como isso no bastasse, agora a vez de alguns cientistas se portarem como tais por mdias impressas, televisivas, radiofnicas e agora internticas, aparecem eles com seus velhos mtodos cientficos, para provar que o aquecimento global est em nvel intolervel. E at polticos que no sabem mais do que rosnar sofisma que s babaca acredita, esto culpando seus inimigos pela desgraa do uma de entendido, mas nem sabem do que esto falando. A verdade que todo mundo est merc do fantasma do aquecimento global e no propriamente do aquecimento global. Todo mundo imaginando um apocalipse final, um dilvio final, uma desgraa final porque acham que s o humano o grande causador de todo esse mal, e que ir destruir de uma vez por todas, a humanidade. Ledo engano! 2O pernambucano Nelson Rodrigues (1912-1980) foi praticamente um autodidata que se fez jornalista, escritor, dramaturgo e filsofo. Como nos informa TV Cultura, Mesmo sendo bom leitor, Nelson nunca se interessou pelos estudos e menos ainda pela disciplina, tanto que abandonou a escola em 1927. 4

  • Todo mundo est sendo contaminado pelo meme do aquecimento global, por intermdio das mdias que noticiam-no diuturnamente s mentes humanas esta que verdade. Tanto verdade, que muitos sequer sabem o que realmente esse processo de aquecimento global. S entendem que algo ruim para a humanidade, e ponto final. Segundo Dawkins3 (2001, p. 211-222) meme uma idia que uma vez apregoada, ecoa como verdadeira para uma grande parte da sociedade, seno da humanidade como um todo como um vrus, que replica de mente em mente. Exemplos de memes: crer em Deus que todo mundo cr, acreditar em vida aps morte, ter necessidade de professar uma religio porque todo mundo tem, torcer por um time de futebol porque todo mundo torce, assistir a corrida de Frmula-1 porque todo mundo assiste e assim por diante. Tambm Goebbels contribuiu com a memtica, mediante sua tcnica de propaganda nazista, que diz que uma mentira contada mil vezes, torna-se verdade. verdade: se voc insistir por n vezes na imprensa algo como verdade, quase a humanidade inteira tende a ser memetizada. o que acontece com as chamadas listas dos livros mais vendidos e rank das msicas mais tocadas, ou ento de notcias veiculadas sobre os filmes de grande sucesso de bilheteria. A maioria atribui ao mentor nazista Josef Goebbels essa idia de tornar uma mentira como verdade. Porm isso tambm pode ser uma grande mentira histrica: para outros que contestam a maioria, a frase original pode ter sido criada por algum filsofo da Grcia Antiga, ou ento, de um sbio oriental uma mentira contada seis vezes, torna-se verdade. Esse mesmo memetismo est acontecendo com toda essa histria de aquecimento global. Coitadas das crianas de hoje, que esto nascendo com esse estigma vivero a vida inteira pensando que morrero queimadas, seno afogadas pelas guas derretidas das geleiras! Como diz Dawkins, a ameaa do fogo infernal. Muitas crianas e at mesmo alguns adultos acreditam que sofrero tormentos horrveis aps a morte se no obedecerem s regras dos sacerdotes. Esta uma tcnica srdida de persuaso, tendo causado grande angstia psicolgica por toda a Idade Media e at mesmo hoje (DAWKINS, 2001, p. 219). 3Clinton Richard Dawkins (1941), africano filho de pais ingleses, nasceu na Qunia e mudou-se aos 8 anos, para a Inglaterra, onde concluiu seus estudos de Zoologia e Biologia, na Universidade de Oxford. Foi professor na Universidade de Califrnia, em Berkeley, Estados Unidos, de 1967 a 1969. Desde 1970, professor na Universidade de Oxford. Em 1976, o neodarwinista selou para sempre o seu sucesso, com a publicao de sua obra mxima O Gene Egosta. 5

  • Crianas e adultos, no tenham medo de fantasma! Pois ento segue lista de 3 (trs) motivos para voc se relaxar e no se estressar com tanta bobagem que esto falando e escrevendo por a: 1. O humano sozinho no tem toda essa capacidade destrutiva para poluir a atmosfera e danificar a camada de oznio a homeostase (processo natural e dinmico de busca de equilbrio) da Terra e do Universo, infinitamente mais poderosa. Quer uma prova? Aquelas duas bombinhas atmicas que derrubaram em Hiroshima e Nagasaki em 1945, matando uns 220 mil japoneses. Hoje, 62 anos depois, as duas cidades esto completamente recuperadas Hiroshima, com mais de um milho de habitantes e Nagasaki, com mais de 440 mil! Pelo que se depreende, se a atmosfera local foi danificada, ela foi recuperada. 2. A prpria natureza se autopolui ela sim, infinitamente poderosa. o caso de florestas que emitem metano e provocam o efeito-estufa (uma parcela de raios infravermelhos refletidos pela superfcie terrestre absorvida por gases na atmosfera, causando um aquecimento adicional da Terra). No s florestas emitem metano os bilhes de animais e aves tambm poluem a atmosfera, com o metano produzido pela flatulncia que descarregam no ar pela vlvula de escape. E no adianta voc querer fugir responsabilidade, porque voc faz parte da humanidade de mais de 6,6 bilhes de humanos que tambm descarrega metano, e de monte via flatulncia de todos os dias e de todos os momentos! E claro, tudo isso e mais outros fatores, abrem buracos na camada de oznio que nos protege dos raios ultravioleta letais do Sol. 3. A Natureza um processo contnuo de criao e destruio sem fim a Realizao da Vontade de Deus. Hindus que o digam, com os seus deuses Brahman (criador), Vishnu (da manuteno) e Shiva (da destruio). Quer o humano queira ou no, sofremos e sofreremos todas as matizes desse processo de criao e destruio a autotransformao da Natureza, na base do Yang-Yin (processo contnuo de mudanas entre dois plos opostos entre si, segundo a inteligncia chinesa). Alis, ns somos frutos de passagem nesse processo que muda continuamente somos frutos da composio atmosfrica de 21% de oxignio, 78% de nitrognio e o restante de outros gases. Se o oxignio aumentar um pouco acima desse patamar, tendemos a morrer carbonizados; caso contrrio, sofreremos asfixia at morrer. Mesmo que o humano se adapte a essas mudanas, um dia sucumbir de vez, se Deus quiser. Porque tudo muda e tudo est mudando. Tudo vai e vem. Ento no pense voc, que existir para sempre Eterno s e somente s Deus, Infinito no Espao e Eterno no Tempo. Ainda bem que no, seno j pensou, voc pagar infinitamente imposto de renda, IPTU e um monte de contas todo ms? 6

  • Ento, para que se preocupar tanto, se o homo sapiens est com os dias contados? A verdade que a Natureza um infinito processo de aquecimento e resfriamento na eternidade do tempo. Somos frutos de desastres ecolgicos na base do aquecimento e do resfriamento, desde o big-bang do nosso Universo que de tanto esquentar na mxima densidade da matria no ponto zero, explodiu em uma labareda de detritos de fogo. E um desses detritos transformou-se na Terra, cuja superfcie se resfriou, onde os gases se combinaram para formar a atmosfera que hoje abriga incontveis vidas orgnicas e inorgnicas que por sinal, esto em profunda transformao inclusive ns humanos, que um dia desapareceremos enquanto espcie, para dar lugar a outra. Porque esta a regra geral da vida no Universo de Deus, que no privilegia ningum nem coisa nenhuma. Ou voc ainda no percebeu que vrios outros homos (Cro-Magnon, Neanderthal, Erectus etc) vaguearam pela Terra, antes de ceder lugar ao famigerado homo sapiens, como bem nos mostra Capra4(1996)? Pois ento, no tenha tamanha pretenso para ad eternamente preservar a sua espcie! Nem se frustre por no conseguir preservar outros seres vivos, porque no conseguir! J pensou se tivessem preservado os dinossauros do tipo Tyrannosaurus Rex? No estaramos aqui discutindo sobre aquecimento global h muito tempo, porque todos ns teramos servido de comida a eles e eles no estariam nem a, preocupados em preservar a espcie homo sapiens... Em outras palavras, impossvel controlar coisas globais como aquecimento global e resfriamento global porque no temos controle da homeostase da Terra, e muito menos do Universo, que ela e ns todos estamos inseridos! Mas, como diz Dawkins (2001), somos um amontoado de genes egostas, que querem a todo custo preservar e multiplicar a espcie. 4Frtijof Capra (1939), austraco, doutorou-se em Fsica pela Universidade de Viena em 1966, mas radicou-se e vive nos Estado Unidos. Atualmente diretor-fundador do Center of Ecoliteracy, em Berkeley, California. Fez fama ao relacionar misticismo com cincia, na sua obra mxima O Tao da Fsica, em 1975. 7

  • Sim, somos egostas, gostamos do conforto e evitamos a dor e o sofrimento Sim, no s somos egostas por natureza, como tambm gostamos de conforto e temos medo de perd-lo. Alm disso, buscamos a todo custo, evitar a dor e o sofrimento que so prprios da vida. Esta a grande razo pela qual gritamos, e nos preocupamos tanto, em prol da preservao do meio-ambiente e do desenvolvimento sustentvel. Mas no podemos controlar o macrocosmo da homeostase da Terra e do Universo jamais conseguiremos isso! Pobres daqueles humanos que pensam que com polticas governamentais e atitudes de mobilizao ecolgicas, podero evitar o presumvel aquecimento global! Quem somos ns, seno mseros humanos merc de foras csmicas incognoscvel e infinitamente poderosas? Fatalmente teremos sim, o aquecimento global e at o resfriamento global porque fazem parte da Natureza de Deus. Com aquecimento global teremos sim as geleiras se derretendo e avolumando rios, mares e oceanos, como tambm provocando reduo de terras habitveis isso j aconteceu outrora, inmeras vezes na face da Terra! No se iluda no, com o que dizem os ambientalistas e os salvadores da ptria que apregoam por a, que a coitadinha da Terra est a perigo, e voc poder salv-la, tomando uma atitude ecolgica assim, e assado! Porque com certeza, a humanidade futura passar por apocalipses, tanto quanto a humanidade passada j passou, quer queira ou no! Tambm passar pelo resfriamento global, como tambm j passou, em vrias eras glaciais que dizimaram inclusive, os gigantescos dinossauros! Mesmo no nosso perodo histrico, como analisam a astrofsica Sallie Baliunas e o astrofsico Willie Soon, ambos de Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, houve um e outro fenmenos climticos: o Perodo de Aquecimento Medieval, entre 800 e 1300, e a Pequena Idade do Gelo, de 1300 a 1900 ocorreram globalmente e numa poca em que a emisso de gases industriais com efeito estufa ainda no se tinha tornado abundante (APPELL, 2003, p. 10-11). Alias, como diz Lovelock5, a Terra no tem nada de coitadinha: O ambientalista que gosta de acreditar que a vida frgil e delicada e que est em perigo diante da brutalidade do homem, no gosta do que v quando olha o mundo atravs de Gaia. A donzela desamparada que ele esperava resgatar, surge como uma me canibal saudvel e robusta (LOVELOCK, 2001, p. 89-90). Ento, ns que somos uns coitadinhos! Em seguida, vamos tentar entender essa outra falcia chamada Desenvolvimento Sustentvel. 5James Ephraim Lovelock (1919), ingls, qumico pela Universidade de Manchester e doutor em Medicina pela Universidade de Londres. Nos anos 60 prestou consultoria NASA National Aeronautics and Space Adminstration. Realizou pesquisas com a norte-americana Lynn Margulis (1938) doutora em Gentica pela Universidade de Califrnia, e ambos lanaram a Hiptese Gaia a idia de que a Terra um organismo vivo. Para gregos da Antiguidade, Gaia era a deusa da Terra. 8

  • O CHAMADO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL Entendendo Desenvolvimento Sustentvel com base na filosofia de Hegel Nada como entender de Desenvolvimento Sustentvel, tomando por base a Dialtica Hegeliana6 j que como bem define Gaarder (1996), o que chamamos de filosofia de Hegel, de fato, um mtodo para se entender o curso da histria. Ento, seguindo essa lgica de Hegel, deduzimos que Desenvolvimento Sustentvel sntese. Seno, analisemos: 1. Ao (Tese): (movimento de) DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL O humano na face da Terra, sempre promoveu o desenvolvimento econmico e social, a torto e direito. O que Desenvolvimento Econmico e Social? progresso material com destruio da Selva de Mato e construo da Selva de Pedra, seguindo a Cincia da Economia que considera recursos naturais como inesgotveis e se necessrio, renovveis. 2. Reao (Anttese): (movimento ) PROTEO AMBIENTAL Como humano portador de conscincia, ele sente que recursos naturais esto se esgotando, poluio est tomando conta e cada vez mais gente ocupando espao ao seu redor. Da, ele imagina que o futuro prximo ser ruim. Ento, ele parte em defesa da a proteo ambiental. O que Proteo Ambiental? manuteno da Selva de Mato e bloqueio Selva de Pedra que pode resultar em estagnao e retrocesso material humanidade. 3. Soluo (Sntese): DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL De um lado, desenvolvimento econmico. De outro, proteo ambiental. O humano entra em dissonncia cognitiva cada vez mais. Que fazer? Soluo: desenvolvimento sustentvel. E o que Desenvolvimento Sustentvel? 6Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), filsofo alemo, lanou sua idia que hoje conhecida como Dialtica Hegeliana, cujos elementos bsicos so tese, anttese e sntese. 9

  • a tentativa de Equilbrio e Conciliao entre DESENVOLVIMENTO ECONMICO e PROTEO AMBIENTAL o grande paradoxo da humanidade. Em outras palavras, DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL aquele que atende necessidades presentes, sem comprometer necessidades futuras da humanidade. Contrariando a Cincia da Economia que considera recursos naturais como inesgotveis e renovveis, e reconhecendo que tais recursos so esgotveis e uma vez explorados arbitrariamente, pode resultar em desequilbrio ecolgico prejudicial humanidade. Atendendo a apelos dos jovens da Contracultura em protesto em festivais como a de Woodstock7, a partir dos Anos 60. preocupao da ONU Organizao das Naes Unidas a partir dos anos 70. Sim, ns coitadinhos podemos sim, controlar este nosso microcosmo de nossas atividades no nosso cotidiano, de imediato e em curto prazo para que soframos menos e vivamos confortavelmente cada vez mais. Conciliando Desenvolvimento Econmico e Social com Proteo Ambiental. Reforando: desenvolvimento sustentvel aquele desenvolvimento econmico-social que tanto satisfaz a necessidades presentes da Humanidade, quanto as presumveis necessidades futuras dela. Nesse sentido, so admirveis e de grande valor os movimentos ecolgicos e ambientais, sim. Da, tanto quanto possvel, devemos nos conscientizar do desenvolvimento sustentvel, evitando ao mximo: 1. A poluio atmosfrica, no porque iremos destruir a atmosfera, mas sim para continuarmos respirando bem, e com um mnimo de problemas de sade. Deveremos ento, controlar a emisso de poluentes industriais, mas sem comprometer o progresso das empresas desenvolvendo e aplicando tecnologias ecolgicas. Iniciativas como Protocolo de Kyoto que estabelece limites para a emisso de gases industriais, devem ser seguidas mas tambm quem for contra merece ser respeitado, porque deve ter suas razes. O mais importante encontrar o caminho do meio que satisfaa ambas necessidades. 7Woodstock Music and Art Fair: an Aquarian Exposition, foi um evento musical de protesto, notadamente contra a Guerra do Vietn (1965-1975). Em 3 dias de Paz, Amor e Msica, de 15 a 17 de agosto de 1969 em uma fazenda do Estado de Nova York , mais de 400 mil jovens curtiram as apresentaes das maiores bandas, astros e estrelas dos Anos 60 como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joan Baez, Joe Cocker, Creedence Clearwater Revival, The Who, Santana, Jefferson Airplane e Grateful Dead. Saiba mais em http://www.egoshi.com.br/espiritual/Woodstock.html. 10

  • 2. A poluio hdrica, no porque iremos destruir rios, mares e oceanos, mas sim para continuarmos a usufruir gua potvel e fauna aqutica sem contaminao. Deveremos ento, definitivamente, cercear a prtica de jogar detritos industriais em rios, mares e oceanos, bem como desenvolvendo e aplicando tecnologias ecolgicas. 3. A poluio do solo, no porque iremos contaminar a terra, mas sim para evitar proliferao de doenas e anomalias provocadas por lixos e detritos qumicos perniciosos. Deveremos ento, cercear a prtica de jogar detritos qumicos perniciosos, bem como promover o controle e o tratamento de lixos urbanos desenvolvendo e aplicando tecnologias ecolgicas. 4. A poluio trmica, no porque acabaremos com a gua, mas sim para manter a sua pureza tanto quanto possvel, para satisfazer a necessidade de oxignio da biosfera. Deveremos ento, estabelecer limites do volume de gua quente sobre gua fria desenvolvendo e aplicando tecnologias ecolgicas de resfriamento de gua quente, purificao de gua poluda e por que no, tecnologia de fabricao de gua potvel. Entretanto, tudo isso somente deixar de ser apenas falcia, se os humanos realmente necessitarem de preservar o meio-ambiente em um mundo dominado por interesses econmico-financeiros. Seno, a falcia tende a continuar. Por que o mundo assim to conturbado? Porque sim! Esta a resposta mais verdadeira a resposta de uma criana. E eu fico com a pureza da resposta das crianas, como canta Gonzaguinha8 e afirma taxativamente Osho9 em seus livros! Porque assim mesmo! A Natureza assim mesmo. O nosso intelecto que classifica a Natureza de ambgua, contraditria e paradoxal, por ela se comportar como tais. O nosso intelecto que tenta enquadrar a Natureza no limitado molde da Cincia. 8O carioca Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (1945-1991), o famoso cantor e compositor Gonzaguinha, era filho do pernambucano e tambm cantor e compositor Gonzago Luiz Gonzaga (1912-1989), o rei do baio, ainda mais famoso que ele. 9O indiano Osho (1931-1990) foi um dos maiores, seno o maior mestre de auto-conhecimento, auto-direo e auto-administrao da vida, que este mundo j conheceu. 11

  • Mas a Cincia e a sua filha Tecnologia tm a soluo da maioria dos problemas humanos. Ao mesmo tempo, ambgua, contraditria e paradoxalmente, geram problemas. Quer um exemplo? A Cincia da Medicina reduziu a dor e o sofrimento, como tambm aumentou o tempo mdio de vida de cada um, de tal sorte que um indivduo tende a viver mais com mais sade. Mas ao mesmo tempo, tende a gera uma srie de problemas para esse mesmo indivduo e tambm, humanidade. O indivduo tende a se cansar da vida, porque quanto mais vive, mais desgraa sente de si e presencia a dos outros e quanto mais avanar na idade, tende a se frustrar cada vez mais, porque se torna cada vez mais impotente em todos os sentidos, em um mundo cada vez mais dinmico que exige rapidez na tomada de decises e na prtica de aes. A animao da vida se exaure fsica e emocionalmente, ao longo do tempo. E no adianta contrariar, porque a Lei da Vida. No toa que Bruce Lee10 dizia que no queria viver muito feliz dele, porque morreu jovem e no auge, antes de completar 33 anos. Quanto humanidade, fatalmente sofrer o desequilbrio ecolgico causado pelo humano sobre si mesmo, que tem como conseqncia a superpopulao que se estende cada vez mais. Porque antes o equilbrio estava nas mortes mais rpidas (por doenas e guerras), acompanhando o crescimento vertiginoso da prole. Hoje, com o avano da Medicina e da Paz sem Guerra, tendemos a morrer velhos e fracos aos poucos, e no novos e fortes. Essa superpopulao acarretar e j est acarretando desequilbrio no s ecolgico, como econmico-social e psicossocial. J estamos sofrendo isso nas grandes cidades: trnsito infernal e violncia cada vez mais comum na selva de pedra que so apenas dois dos inmeros problemas que tendem a se avolumar, porque cada vez mais, o espao terrestre reduzido para cada indivduo. Assim, ningum agenta o outro, e vai pro pau mesmo! Isso sem falar no desemprego em massa, e no rombo cada vez maior da previdncia social. Mas no se preocupe e deixe de se estressar, porque assim mesmo! Goze da alegria de viver. Enquanto e quanto puder. Mesmo na desgraa, se conforme, porque assim mesmo. Seja uma criana feliz. Let it be11. Fique com a pureza da resposta das crianas, como gostosa e sabiamente cantou Gonzaguinha: 10Bruce Lee (1940-1973), o mais famoso astro de Kung Fu e artes marciais de todos os tempos, nasceu em San Francisco, California. Pela histria oficial, morreu de edema cerebral provocado por um analgsico fornecido por uma amiga artista, quando sentiu forte dor de cabea. Foi um verdadeiro rebelde e revolucionrio das artes marciais, criando um estilo sem estilo que denominou de Jeet Kune Do. 11Let it be aquela adorvel msica dos Beatles que foi gravada na sua ltima sesso de gravao de estdio em janeiro de 1969, e lanada em maio de 1970. 12

  • VIVER E NO TER A VERGONHA DE SER FELIZ Eu fico Com a pureza da resposta das crianas a vida, bonita e bonita Viver, e no ter a vergonha de ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser um eterno aprendiz Ah meu Deus eu sei, eu sei Que a vida devia ser bem melhor e ser Mas isso no impede que eu repita bonita, bonita e bonita Tambm entoe aquele trecho de uma antiga msica do Ney Matogrosso12: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas, infelizmente, depois de desfrutar a alegria de viver feito criana, retornemos ao chato e falacioso mundo dos adultos, analisando o social, o tico e o ecolgico. 12O matogrossense Ney de Souza Pereira (1941) ou melhor, Ney Matogrosso, mudou-se para So Paulo em 1971, e foi convidado a compor o grupo musical (que na poca recebia o nome de conjunto) Secos & Molhados, que fez um tremendo dum sucesso por uns 3 anos e depois, se dissolveu. 13

  • A QUESTO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL, TICA E ECOLGICA Responsabilidade Social, tica e Ecolgica um IDEAL. Um Ideal que todos devemos seguir porque necessitamos SOBREVIVER e PROGREDIR. Para SOBREVIVER e PROGREDIR necessrio no s PAZ e HARMONIA entre humanos, como tambm promover o BEM-ESTAR GERAL com o ECOSSISTEMA que fazemos parte. Fazemos parte de um Todo. As Partes constituem o Todo. O Todo importante, as Partes tambm, igualmente. Cada um Parte de um Todo. Uma Parte interage com as outras, e com o Todo. Uma depende das outras, e do Todo. Para termos PAZ e HARMONIA entre humanos, necessrio ter Responsabilidade Social, seguindo a tica. tica um conjunto de valores humanos em comum coletivo, que pessoas tentam seguir em um determinado contexto social e nem todos conseguem e seguem, porque cada um regido por sua individualidade de impulsos e intenes em causa prpria. Justamente porque cada um busca e obrigado a buscar o progresso. Para promovermos o BEM-ESTAR GERAL com o ECOSSISTEMA que fazemos parte, necessrio agir com Responsabilidade Ecolgica e promover Desenvolvimento Sustentvel. Responsabilidade Ecolgica pressupe no agredir nem destruir integrantes e componentes do ecossistema atual, sem real necessidade. Desenvolvimento Sustentvel agir pela sobrevivncia e promover o progresso, sem comprometer o ecossistema futuro, como analisamos anteriormente. Mas, entretanto, o real est sempre bem distante do ideal. Empresas e governos fazem tremendo dum alarde, anunciando-se promotores de Responsabilidade Social, tica e Ecolgica. Mas paradoxalmente, fazem exatamente o contrrio quanto mais alardeiam, menos fazem o que promovem. Acabam sendo os mais irresponsveis sociais, ticos e ecolgicos. Vale a pena aqui conferir alguns exemplos notrios de hoje: 14

  • 1. Apago Areo De 1970 a 2007 a populao aumentou de 90 milhes para quase 190 milhes de habitantes no Brasil um tremendo de um acrscimo de 100 milhes, isto , 111%. O movimento dos aeroportos aumentou na devida proporo e at mais mais pessoas circulando e viajando, mais empresas operando, mais avies decolando e aterrissando. Mas, a infra-estrutura aeroporturia do Brasil no acompanhou esse gigantesco crescimento. Principalmente So Paulo, que continuou com o mesmo nmero de aeroportos: Viracopos, criado na dcada de 1930 para transporte de carga e homologada em 1960 para passageiros; Congonhas, inaugurada em 1936; e Cumbica em 1985. S se aumentou o nmero de empresas, profissionais, passageiros, bagagens e cargas no mesmo espao delimitado h umas trs dcadas atrs. No poderia ocorrer outra coisa pior, seno a queda do avio Airbus A320 da TAM, no vo JJ-3054 em 17 de julho de 2007, que vitimou 199 pessoas. E desde ento, o que presenciamos social, tica e ecologicamente? Empresas, funcionrios (pblicos e particulares), amigos e familiares de vtimas, uns culpando outros em meio a agresses verbais e at fsicas em aeroportos de forma mais anti-social e antitica possvel. Seria tudo muito lindo e maravilhoso se todos solidariamente lamentassem a tragdia e cada um assumisse parte da culpa isso sim, seria um comportamento social e tico exemplar de uma nao superior, de pessoas conscientes. Mas no. Nem mesmo o Governo da Repblica que de cara deveria prestar apoio a familiares e parentes, fez de conta que nada houve nos primeiros dias aps o acidente, para depois, descaradamente, sair se defendendo e querendo achar culpados da tragdia. Foi um verdadeiro pandemnio de sucessivas acusaes e improprios uns sobre outros, de um tal de salve-se quem puder entre Presidente da Repblica e seus ministros, ministros e funcionrios da INFRAERO Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroporturia, entre INFRAERO e a TAM Linhas Areas. Enfim, os mais fortes demitiram e os mais fracos foram demitidos, como se fossem os nicos culpados. Alm destes, os que sempre realmente botam a mo na massa e trabalham, foram presos, como alguns pobres controladores de vo. Alm disso tudo, ningum tomou nenhuma providncia sobre overbookings que acontecem h muito tempo, excesso de atrasos e cancelamentos de vos, desvios e perdas de malas que tanto prejudicaram e prejudicam os viajantes. lamentvel constatar que desde 1985, aps o ciclo militar e incio da redemocratizao do Brasil, os cegos dos sucessivos governos brasileiros vm ignorando os preceitos do Diamante de Porter (PORTER, 1989). Pelo que se depreende desse modelo de Diamante de Porter, criar infra-estrutura para desenvolver insumos bsicos, um fator de diferencial competitivo para o progresso de um pas. 15

  • No caso do Brasil, a falta de infra-estrutura, notadamente na rea aeroporturia, como tambm na porturia e rodoviria, tem emperrado o progresso do pas. E causado inmeros problemas, inclusive do j famoso apago areo que resultou no maior acidente areo que este nosso pas sofreu, que ora acabamos de analisar. 2. Procon A Telefnica foi campe de reclamaes do Procon Fundao de Defesa e Proteo do Consumidor em 2006 conforme noticiou o tradicional e fidedigno jornal O Estado de S. Paulo em 15 de maro de 2007 (FREITAS e FRANA, 2007). Deu um jeito de sair da incmoda situao. Promoveu uma festinha de integrao da diretoria da Telefnica com mais de cem funcionrios da Procon de todo o Brasil, no dia 6 de dezembro de 2007. Com almoo nobre, vinho e presentes para todos no Hotel Mercure na zona norte da cidade de So Paulo. Tudo pago pela Telefnica conforme noticiado pelo tambm tradicional e fidedigno jornal Folha de S. Paulo em 7 de dezembro de 2007 (PINHO, 2007). Realmente Governo e seus rgos de proteo e defesa da cidadania fazem tudo pelo social. Se rgos de proteo e defesa da cidadania fazem tudo pelo social como Procon, pobres de ns simples cidados indefesos, merc das empresas e dos grandes grupos de interesse econmico que tomaram conta do Brasil! 3. Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira Itamar Franco criou o IPMF Imposto sobre Movimentao Financeira em 1993, para fazer caixa e sair gastando. Adib Jatene no governo FHC Fernando Henrique Cardoso teve a idia de ressuscit-lo em 1996, talvez com a justa idia de favorecer a Sade do Brasil. Com outro nome: CPMF Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira. Trocou imposto por contribuio, justamente para se desviar de melindres legais e direcionar a aludida receita somente para a Sade. Mas acabaram dando um jeito mesmo, para cobrir o rombo dos cofres pblicos, seno parte da fortuna foi parar em mos sujas da corrupo. Para a Sade mesmo, praticamente nada. Lula que foi frontalmente contra CPMF quando no era Governo, ao final de 2007 brigou com unhas e dentes, negociou cargos e benefcios junto a partidos e polticos para que fosse aprovada a sua prorrogao. Ainda bem que no conseguiu. Bem que ele tentou descaradamente com muita cara de pau, tornar permanente o provisrio. 16

  • Para compensar essa perda da fortuna do CPMF, ele tentar aumentar IOF Imposto sobre Operaes Financeiras, IRPF Imposto de Renda de Pessoas Fsicas, IRPJ Imposto de Renda de Pessoas Jurdicas e outros impostos e alm disso, tentar reduzir o oramento de reas prioritrias como a da prpria Sade, da Educao e da Infra-Estrutura. E a Sade Pblica continua precria com tantos governantes e polticos fazendo tudo pelo social e com muita responsabilidade social, tica e ecolgica. Imaginem se no fizessem seria melhor. 4. Congestionamento de Trnsito Outro exemplo notrio o cada vez maior congestionamento de trnsito na cidade de So Paulo. E os crescentes problemas da maior megalpolis do Brasil, da decorrentes. Mas, o que isso tudo tem a ver com responsabilidade social, tica e ecolgica? Muito a ver. Porque tanto quanto em aeroportos, ferrovias e portos, o movimento de rodovias do Brasil e vias pblicas de So Paulo aumentou nos ltimos 30 anos, mas no tivemos a necessria ampliao da infra-estrutura, muito menos providncias para evitar o caos em que se transforma Sampa, principalmente em dias e noites de chuva. Muito pelo contrrio, empresas vendem carros e mais carros, sabendo que iro entupir vias pblicas querem mesmo faturar. E o governo e seus rgos pblicos, por sua vez, querem mesmo faturar impostos, taxas e contribuies que incidem sobre a venda de carros. Assim, empresas vociferam que seguem preceitos de responsabilidade social, tica e ecolgica; governos e polticos alardeiam e dizem fazer tudo pelo social. Nada mais mentiroso, enganador, hipcrita e falacioso. O Estado Brasileiro de hoje, como escreveu com muita propriedade Machado (1993, p. 132) sobre o fim do Governo Militar e o incio da Nova Repblica: estvamos em fins da ditadura militar, entrando na ditadura empresarial. Realmente o Brasil de hoje, est merc da ditadura empresarial de poderosos grupos de interesse (nacionais e internacionais) que tomaram conta do Estado em conluio com polticos populistas e paternalistas, que sempre aparecem na democracia. Em outras palavras, de um lado, polticos populistas que ganham votos dando peixe, ao invs de ensinar o povo a pescar; de outro, empresrios oportunistas e empresas que doam dinheiro para campanhas eleitorais de candidatos fortes e / ou fazem negociatas com funcionrios pblicos governantes, para deitar e rolar no mercado. esta a triste realidade que se tem desvelado, sempre que incontveis maracutaias foram descobertas no Brasil. O mais curioso, que, justamente aqueles polticos populistas, demaggicos e corruptos que os militares expulsaram do cenrio poltico em 1964, retornaram com roupa nova e discursos libertrios e eloqentes a partir de 1985. Pobres de ns brasileiros: samos da ditadura dos militares, para nos afogarmos em um sufocante mar de lamas putrefatas e ftidas da democratura. 17

  • Sim, democratura um misto de democracia com ditadura. Talvez isso que Aristteles13 quis dizer, quando disse que democracia tende anarquia. De um lado, democracia de votos onde polticos populistas e corruptos so eleitos por milhes de cidados fracos, ingnuos e incautos, que apostam tudo em um governo paternalista do tipo salvador da ptria, paizo e provedor de necessidades de sobrevivncia e progresso. Por outro lado, ditadura de empresas (tomando aqui emprestado o termo de Machado) que investe e financia polticos mais fortes e populares. Todos eles, com um interesse comum: dinheiro, poder e sucesso. Principalmente dinheiro, que compra poder e sucesso. Essa democratura em que o Brasil est se afogando extremamente sufocante porque maracutais satisfazem apenas uma nfima parcela da populao extremamente privilegiada (polticos, funcionrios pblicos e empresrios corruptos) enquanto cada um dos indivduos honestos que pagam tributos, no recebe a devida compensao pelo que duramente paga. Lamentavelmente o Brasil da Nova Repblica, das maracutaias dos sacanas que metem a mo no dinheiro pblico, e da, cada vez mais uma nao de indivduos (em relao aos indivduos dos pases desenvolvidos como Estados Unidos) que no usufrui melhoria no bem-estar do seu dia a dia, porque: 1. A infra-estrutura ao seu redor fica estagnada cada vez mais. No sobra dinheiro para a infra-estrutura de benfeitorias sociais (estradas, ruas, avenidas, praas, rodovirias, portos e aeroportos; hospitais, clnicas, pronto-socorros, ambulatrios, laboratrios e farmcias); cemitrios, velrios, crematrios e servios funerrios; escolas; creches, asilos e orfanatos; foras armadas, polcias e outros servios de segurana pessoal e patrimonial. 2. Como conseqncia da falta de uma melhor infra-estrutura, o custo de vida (dinheiro e tempo) do cidado comum aumenta, alavancando o j alto Custo Brasil que alm do mais, tem prejudicado a nossa competitividade internacional. 3. A sua renda no cresce tanto quanto a dos indivduos, dos pases desenvolvidos como Estados Unidos. Ao contrrio, cresce sim, a renda de grandes empresas e pessoas mais ricas, contribuindo mais ainda para a concentrao da renda. 13Aristteles (384 a.C 322 a.C) foi discpulo de Plato (429 a.C 347 a.C) que por sua vez foi de Scrates (470 a.C 399 a.C). Aristteles no seu livro Poltica, estuda a organizao do Estado e distingue trs formas de Administrao pblica, a saber: 1. Monarquia ou governo de um s (que pode redundar em tirania). 2. Aristocracia ou governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia). 3. Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anarquia) (CHIAVENATO, 1983, p. 22). 18

  • Em outras palavras, a tal ditadura empresarial significa mais interferncia do Estado na economia brasileira por parte dos polticos corruptos no poder, em causa prpria que prejudica toda a nao como um todo. Tanto verdade que, Guandalini (2007) destaca que: At 1980, o Brasil ponteava entre as naes que mais cresciam no planeta. O pas chegou a exibir taxas de crescimento anuais superiores a 10% em 1973, bateu em 14%. Hoje os brasileiros amargam um dos piores desempenhos comparativos. De 1996 a 2005, China e ndia avanaram a um ritmo anual de 9% e 6%, respectivamente. No mesmo perodo, a mdia brasileira foi pouco superior a 2%, enquanto a renda per capita nacional, um dos principais indicadores do padro de vida de uma sociedade, permanecia estagnada. Ento, a tradicional revista Veja foi perguntar aos sete ganhadores do Prmio Nobel de Economia (Douglas North, Edward Prescott, Gary Becker, James Heckman, Paul Samuleson, Robert Mundell e Robert Solow) por que o Brasil parou de crescer e no consegue acompanhar o mirabolante ritmo da China e da ndia. Cada qual com sua fundamentao terica prpria explicou a causa, mas todos convergiram para o mesmo ponto: ditadura empresarial de poderosos grupos de interesse (nacionais e internacionais) que tomaram conta do Estado em conluio com polticos populistas e paternalistas, que sempre aparecem na democracia. Analisando-se cada uma das idias desses autores que as expuseram ao jornalista Guandalini (2007), conclumos que elas so complementares, conforme expomos a seguir: Becker: H ainda o que eu chamaria de "capitalismo de compadres" algumas famlias ou setores privilegiados conseguem favores e emprstimos do governo. No caso mexicano, no setor televisivo e nas telecomunicaes. Suspeito que isso tambm seja verdadeiro em outros pases da Amrica Latina, como o Brasil. North: Brasil um pas cheio de promessas e possibilidades, mas que foi tomado de assalto por grupos de interesse que souberam se aproveitar do Estado para seus prprios benefcios. E ainda se aproveitam. Esses grupos se protegem da competio, numa ao que tende a fechar a economia e barrar a eficincia. Mundell: O Brasil um dos pases mais fechados do mundo, ficou em 81 lugar em um ranking de abertura econmica elaborado pela Heritage Foundation, com informaes de 157 pases (o mais aberto Hong Kong). A caracterstica comum a todos os pases fechados, como o Brasil, que eles tm baixa renda per capita. No h como ter crescimento sem empresrios, sem pessoas que iniciem novos negcios. Samuelson: Quanto Amrica Latina e ao Brasil, surpreendente que nunca tenham se beneficiado desse processo de forma integral, apesar de surtos episdicos de crescimento. O padro poltico de democracias populistas parece ter sido um fator que inibiu o desenvolvimento. 19

  • Solow: No h nenhuma razo intrnseca para que o Brasil no tenha o sucesso dos asiticos. uma questo de seguir polticas adequadas, o que mais difcil quando o governo no tem uma maioria estvel no Congresso. Nenhum pas com tradies democrticas, como o Brasil, poderia manter, como faz a China, uma enorme populao rural em situao de extrema pobreza. Ser um pas democrtico traz certas limitaes. Aqui no vai uma crtica democracia s um registro de que, apesar dos mritos inegveis desse sistema, mais difcil para o Brasil ter a estabilidade poltica que lhe permitiria crescer rapidamente. Prescott: Ainda que sensibilidades possam se ouriar, preciso reconhecer que regimes democrticos, como o brasileiro, no so precondies para o sucesso econmico. Pelo contrrio: muitos pases saram da pobreza sob regimes autoritrios. Vejam os casos de Pinochet, no Chile, Franco, na Espanha, Park, na Coria do Sul, ou Chiang Kai-shek, em Taiwan. Para selar de vez essa nossa assertiva sobre a ditadura empresarial de poderosos grupos de interesse (nacionais e internacionais) que tomaram conta do Estado em conluio com polticos populistas e paternalistas, que sempre aparecem na democracia que prejudica toda a nao como um todo, oportunamente apresentamos aqui a ltima pesquisa da Heritage (que inclusive, Mundell mencionou) de 2008. Por uma feliz sincronicidade, quando se estava fechando o presente trabalho, a Internet trouxe em primeira mo, o resultado da pesquisa que foi divulgada nestes primeiros dias de 2008. Essa pesquisa da Heritage Foundation em parceria com Wall Street Journal, veio a corroborar essa assertiva, ao classificar o Brasil entre 163 pases, na 101 posio em liberdade de mercado, atribuindo como principal causa a corrupo, conforme noticiado no site UOL Online (CLETO, 2008). E assim, o Brasil no pra de cair no precipcio do Livre Mercado da Heritage: 58 posio em 2003, 60 em 2004, 62 em 2005, 70 em 2006, 99 em 2007 e 101 em 2008. Como resultado disso tudo, o padro de vida do cidado comum brasileiro cai principalmente a classe mdia que paga tributos. Na melhor da hipteses, no melhora tanto quanto poderia melhorar em relao a outros mais desenvolvidos que so os primeiros da Heritage (como Austrlia, Canad, Estados Unidos, Gr-Bretanha, Irlanda, Japo, Nova Zelndia, Sua e outros) e / ou em desenvolvimento que tambm esto bem colocados e muito frente do Brasil (como Hong Kong (1 colocada na Heritage), Cingapura, Chile, Trinidad e Tobago, Bahamas, Barbados, El Salvador, Uruguai, Jamaica e Panam). difcil acreditar, mas outra notcia lastimvel aquela que acaba de se receber da Agncia Estado: O grupo especial de fiscalizao mvel do Ministrio do Trabalho e Emprego libertou no ano passado 5.877 trabalhadores mantidos em condies anlogas de escravos em fazendas do Pas (PEREIRA, 2008). Sim, parece notcia de 1888, mas de 2008, mesmo! Pelo jeito, mesmo 120 anos depois da Lei urea que legalmente aboliu a escravido no Brasil, ainda persiste a escravido enrustida e sacana no Brasil Selva de Mato onde ainda vivenciamos muito de selvageria, barbrie e violncia que sem dvida, tambm contribuem para a inferior posio do Brasil na pesquisa da Heritage. 20

  • Empresas querem mesmo faturar e no h nada de errado nisso. Afinal, a maior responsabilidade social, tica e ecolgica de uma empresa a de gerar lucro. Drucker vem nos corroborar nessa assertiva, afirmando que o primeiro dever e a responsabilidade permanente do gerente da empresa a de lutar pelos resultados econmicos melhores possveis a partir de recursos empregados ou disponveis. Tudo o mais que se espera dos gerentes, ou que eles possam querer fazer, depende do bom desempenho econmico e de resultados lucrativos ao longo dos prximos anos (DRUCKER, 2002, p. 61). Friedman, o grande defensor do livre mercado, tambm tem a idia de que empresas vivem para lucro, e no propriamente para gerar riqueza para acionistas ou tampouco para fins sociais, conforme atesta Guandalini (2006, p. 140-141). Ento, que fazer para que no s o trnsito de So Paulo, como tambm o Brasil como um todo no se transforme num caos, com a natural e permissvel atuao desenfreada das empresas? A soluo ao mesmo tempo muito simples e quase impossvel: a atuao do Estado como rbitro imparcial, conciliador e moderador entre os mais diversos agentes da sociedade e da economia. Embora um mal necessrio, o Estado Brasileiro seria promissor se retornasse s suas origens e voltasse a desempenhar to somente suas mais puras quatro funes bsicas e fundamentais. Essas quatro funes bsicas e fundamentais, so: 1) Conciliar as foras econmico-sociais sempre em choque entre si Muito provavelmente foi assim que se desenvolveu a primeira grande funo do Estado, encarnada em um terceiro, homem forte, esperto e inteligente acima da mdia, para exercer o poder que hoje denominamos Judicirio de um monto de juizes, desembargadores, promotores e outros funcionrios pblicos auxiliares, em esferas federal, estadual e municipal. A melhor metfora talvez seja aquele troglodita mais forte, esperto e inteligente acima da mdia, que se intrometeu entre outros dois que brigavam pela mesma mulher e fez a conciliao que possibilitou uma convivncia pacfica entre os quatro. 2) Legislar em prol de uma vida em comum em uma populao cada vez maior, para desenvolver uma sociedade mais justa Esse homem forte, esperto e inteligente, com a ajuda de seus seguidores, comeou a formalizar a prtica de conciliao, mediante algo escrito e aplicvel para o bem-estar comum e da, desenvolveu-se o Direito Positivo to comum hoje em dia. Nasceu ento um Moiss (outra metfora) para impor seus Dez Mandamentos sua gente selvagem, brbara e violenta. E por tabela, a humanidade criou o Poder Legislativo de um monto de senadores (na esfera federal), deputados (nas esferas federal e estadual), vereadores (esfera municipal) e outros funcionrios pblicos auxiliares (em esferas federal, estadual e municipal). 21

  • 3) Implementar e administrar infra-estrutura comum a todos ou condies gerais de produo14 A partir do momento em que o homem deixou de ser nmade e se transformou em sedentrio, ele comeou a plantar vegetais, criar animais para abate e produzir as primeiras tecnologias. E da, quando comeou a efetuar trocas comerciais com seus excedentes de produo domstica, ele sentiu a necessidade de se deslocar de um lugar a outro. Mas s havia a bravia Selva de Mato, para atrapalhar. Tinha que venc-la a qualquer custo, abrindo estradas, construindo pontes etc, entre um local e outro de produo. E como ningum queria arcar permanentemente com esse trabalho sujo, pesado e perigoso (que os japoneses denominam de 3 Ks Kitai, Kitsui e Kiken, respectivamente) mais uma vez, um terceiro (prestador de servio pblico) foi contratado em comum acordo entre os demais desta vez, para destruir a Selva de Mato e construir a Selva de Pedra. 4) Promover e administrar o bem-estar social, tico e ecolgico Muito cedo, o humano descobriu que no bastava to somente implementar e administrar infra-estrutura comum a todos. Necessitaria cuidar de algo mais. Algo mais, que sempre sobra dentro da infra-estrutura vivos e mortos. Com o tempo, na medida em que aumentou a complexidade de trabalhos 3 Ks15 conforme ia aumentando a populao, cada vez mais se necessitou de grupos de profissionais especializados para administr-los de forma mais efetiva. No deu outra, desenvolveu-se a terceira funo do Estado, ou o Poder Executivo de hoje, de um monto de executivos pblicos (Presidente da Repblica e seus ministros, na esfera federal; governadores e seus secretrios na esfera estadual; prefeitos e seus secretrios na esfera municipal) e outros funcionrios pblicos auxiliares (em esferas federal, estadual e municipal). 14Condies Gerais de Produo um termo aqui emprestado do portugus Joo Bernardo (1946), grande pesquisador e terico autodidata do marxismo. Como destaca Costa Pinto (2008), por causa de sua militncia poltica foi-lhe negado o acesso s universidades portuguesas e da, at hoje, Joo Bernardo no tem qualquer ttulo universitrio, tem apenas um curso secundrio. Porm seus resultados de pesquisa so de elevado nvel cientfico e epistemolgico, sem dvida tanto que so estudados em nvel de ps-graduao stricto sensu como o da EAESP/FGV Escola de Administrao de Empresas de So Paulo da Fundao Getlio Vargas. Segundo Joo Bernardo, Condies Gerais de Produo so de carter tecnolgico material: infra-estruturas de transportes de matrias-primas, infra-estruturas extractivas, infra-estruturas de energia e transportadoras de energia, etc., bem como s de carter burocrtico-administrativo (BERNARDO, 1977, p. 80) que propiciam a integrao tecnolgica entre empresas (Bernardo, 1977, p. 66). O prprio processo de educao e ensino passou a ser uma das condies gerais de produo (Bernardo, 1977, p. 79). 15Justamente por falta de mo de obra 3 Ks, que hoje em dia desde a dcada de 1980, mais de 300 mil descendentes de japoneses e assemelhados do Brasil esto trabalhando no Japo. Esses trabalhadores so chamados de dekasseguis. Dekassegui significa em japons, qualquer pessoa que deixa o pas onde vive, para trabalhar em outro, para ganhar dinheiro. 22

  • O ser humano nasce, vive e morre, como todos os outros seres vivos e coisas. Se morrer, no pode deixar o corpo por a, porque apodrece, derrete e fede, a ponto de atrapalhar a vida dos vivos da, o humano teve que aprender a enterrar os mortos por debaixo da terra, ao invs de deixar seus restos mortais aos urubus, que incomodam que est vivo. Nascia assim a importante profisso de coveiro, e se criava uma estrutura pblica chamada cemitrio. Depois o velrio, e outras estruturas e servios agregados. Portanto, aquilo que tanto falam de agregar valor (ao produto original ou principal), vem de longa data! Mas, caramba, nasce-se e vive-se sofrendo, at morrer! Na maioria das vezes, tem-se mesmo dor fsica por doenas e ferimentos. Ento, fez-se de tudo para estancar essas dores no princpio, de improviso e depois, cada vez mais, com conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais, originando profisses de enfermeiras, mdicos e paramdicos, bem como se construindo asilos para idosos alquebrados sem famlia e orfanatos para crianas abandonadas, hospitais para doentes e feridos. At se chegar aos dias de hoje, com mais servios agregados: farmcias, ambulatrios mdicos, laboratrios de exames e toda uma rede de indstria farmacutica que conhecemos. Depois, o humano descobriu que tambm tinha dor sentimental e emocional, e que tal natureza psicossomtica poderia at acarretar doenas e dores fsicas, alm de faz-lo sofrer assim ao longo dos tempos, foram criadas cincias e terapias da Psicologia, Psiquiatria, Psicanlise e outras correlatas. Resolvidos todos os problemas dos mortos e dos vivos? No! No, porque desde que o humano se transformou em sedentrio, ele demarcou um frtil territrio e disse de forma bem egosta para os outros: isto meu! Pior: aquele mais forte, esperto e inteligente tomou territrios, e roubou outros pertences de outros mais fracos, ingnuos e incautos, e disse: tudo isso meu! minha propriedade! E assim, sucessivamente, os mais fortes foram tomando, roubando e saqueando at formar reinados e monarquias em nome de Deus, que perduram at hoje. Se no formaram reinados e monarquias, criaram imprios de empresas, propriedades e posses. Ainda bem que quase todos reinados e monarquias absolutistas se transformaram em repblicas democrticas assim, em tese, todos comearam a ter a oportunidade de usufruir de propriedades e posses, sem serem aqueles abenoados por Deus. Afinal, todos tm o direito natural de viverem em paz e com sade, seja quem forem pois todos ns somos filhos de Deus, no mesmo? Mas, o tudo isso meu! individual evoluiu para o tudo isso nosso! coletivo movido pela necessidade de expandir negcios que resultou em centenas de pases de hoje. E para assegurar a posse de um territrio perante os possveis invasores vidos por tomar, roubar e saquear, cada pas criou suas cada vez mais sofisticadas equipes de segurana tanto para proteger o territrio conquistado e demarcado, quanto para roubar e anexar novos territrios. Assim nasceram as milcias de antigamente, que evoluram de forma civilizada para as Foras Armadas (Exrcito, Marinha e Aeronutica) de hoje. No s pases, mas indivduos, quanto mais posse e dinheiro tm, mais necessitam de correspondentes foras armadas. 23

  • Alm de Foras Armadas para proteger e assegurar as demarcaes territoriais, necessria tambm a Polcia (em esferas municipal, estadual e federal) para manter a ordem social porque o humano por natureza, tende a fazer aos outros, aquilo que taxamos de maldades. No s aqueles que praticam maldades, mas aqueles transgressores da ordem social constituda (ladres de propriedades e bens em geral, bem como arruaceiros que atrapalham a produo econmica da sociedade) so mantidos prisioneiros em cadeias pblicas originando os excludos da sociedade civilizada. Mas, apesar disso tudo, faltava algo mais a chave do progresso com bem-estar de cada humano e da humanidade como um todo. Desde Moiss (uma metfora legislativa) o humano, a duras penas, foi se conscientizando que havia necessidade de impor um Sistema de Recompensas e Punies (Os Dez Mandamentos) para frear o mpeto selvagem, brbaro e violento da natureza humana para que todos uns com outros, pudessem viver em paz, com um mnimo de sofrimento fsico e psicolgico. Da, alm da Legislao (e do Estado de Direito) desenvolveu-se aquilo que chamamos de Educao com suas leis, regras e atitudes cada vez mais padronizadas na crescente sociedade. E essa educao foi sendo cada vez mais ensinada, replicada e eternizada da o j tradicional termo corrente Educao e Ensino. O processo de educao (o ato de despertar valores humanos, de dentro para fora) e ensino (o ato de incutir conhecimentos, de fora para dentro) se expandiu tanto, que hoje faz a Escola que o humano freqenta e faz alavancar a Cincia e a Tecnologia. Assim nasceram as vrias atividades que perfazem a quarta funo do Estado que a de promover e administrar o bem-estar social, tico e ecolgico de toda uma sociedade cada vez mais civilizada. 24

  • CONSIDERAES FINAIS Como se depreende de toda a anlise efetuada, o Estado um mal necessrio para promover e administrar o bem-estar social, tico e ecolgico ecolgico de toda uma sociedade cada vez mais civilizada. E claro, isso significa mais do que nunca, tentar a to difcil, seno praticamente impossvel realizao do desenvolvimento sustentvel. Porque, como bem defendeu Hobbes (1988), Natureza o estado de guerra de todos contra todos (Omnium contra omnes) e o mundo onde o homem o lobo do homem (Homo homini lupus), de um lado; por outro lado, cada indivduo busca sua auto-preservao conatus ou endeavour e auto-perseverar para si. Da, a soluo o Estado, acima de indivduos e empresas, para controlar o estado da natureza e assegurar a paz, a segurana e o conforto, instituindo uma Sociedade Civil e um homem artificial ou civilizado. Para garantir a paz, a segurana e o conforto, os homens devem renunciar ao seu direito natural sobre todas as coisas, desistindo cada um, de ser obstculo auto-preservao dos outros. Essa renncia mtua o contrato, e a promessa de seu cumprimento, chama-se pacto. A partir desses dois princpios, nasce todo um sistema de recompensas e punies na sociedade civil, com analisamos, citando Moiss. Seno, retornaremos selvageria, barbrie e violncia natural da Selva de Mato. Queremos sim, Selva de Pedra com sua Civilizao, Cincia,Tecnologia e Todo o Bem-Estar que temos hoje, com tudo que restou hoje de Selva de Mato. Se no utopia, querer demais. Mas, podemos tentar. Podemos tentar a busca de um concreto e efetivo desenvolvimento sustentvel. Que concreto e efetivo desenvolvimento sustentvel seria? Seria um Desenvolvimento Sustentvel que na medida do possvel, realize a manuteno e a melhoria do nosso habitat (Selva de Mato) para vivermos bem hoje, com sade e dinheiro suficiente para usufruir a Civilizao (Selva de Pedra) em franco progresso. E se realizarmos isso hoje, estaremos agindo tambm em prol da humanidade futura. Como se pode depreender, a questo para ns, pobres e mseros humanos, no o aquecimento global. Nem tampouco o resfriamento global. Por qu? Porque, lembrando o que j expusemos anteriormente, ambos fenmenos so regidos pela homeostase da Terra, que por sua vez regida pela homeostase csmica, infinitamente mais poderosa que toda e qualquer providncia da humanidade. Terra e outros astros do Universo e o prprio Universo, sempre foram catastrficos, trgicos e calamitosos. Alis, ns somos produtos desses fenmenos. E esses fenmenos fazem parte da Natureza, quer a humanidade queira ou no. de muita infantilidade, a humanidade querer controlar e frear esses fenmenos so irreversveis. Os espertos que ganham fama e dinheiro, aproveitando da infantilidade e da ignorncia de bilhes de humanos. 25

  • Mesmo porque, a desgraa j est feita, conforme analisamos anteriormente: excesso de humanos, com 6,6 bilhes de habitantes no planeta, em 2007. E a perspectiva para o futuro, a de insuportvel superpopulao. Sem dvida, a humanidade com sua Selva de Pedra sobre Selva de Mato que propiciou tamanho resultado. E no tem como brecar o desenvolvimento da Selva de Pedra no tem como frear o progresso do humano, que irreversvel. Mas por outro lado, teremos de fazer algo para que a Selva de Mato no chegue a zero porque se deixar, o humano detona e polui tudo, at morrer asfixiado. Da, o sonho ou a utopia do Desenvolvimento Sustentvel, que s poder ser na medida do possvel, porque: 1. Humanos tendem a realizar providncias necessrias, somente se a necessidade impuser. 2. Humanos tanto quanto outros seres, tendem sempre a entrar em conflitos e desavenas, fazer maldades e crueldades, e so de difcil conciliao uns com outros porque so diferentes entre si em tudo. Alis, o universo todo repleto de diferenas, que constituem toda a diversidade. isso que faz este nosso mundo ter graa! A diversidade de diferenas. 3. Nessa diversidade de diferenas, h sempre aqueles mais ambiciosos e egostas, com desenfreado desejo de exercer poder sobre outros e crescente avidez por posses materiais ora, isso de um lado alavanca o progresso, mas de outro cria disputas e conflitos, alm causar desgraa aos mais fracos, ingnuos e incautos. 4. H cada vez menos espao para cada um viver, em funo da crescente superpopulao assim, tenderemos a sofrer mais conflitos. Da, necessitar-se- cada vez mais da Selva de Pedra sobre Selva de Mato. Mesmo que humanos migrem para outros planetas audaciosamente indo aonde nenhum humano jamais esteve, dar no mesmo: mais um humano no Universo sempre resultar na destruio de mato para construo de pedra tambm em orbes extraterrestres. Mais do que nunca, imprescindvel que o Estado efetivamente (de forma eficaz e eficiente) desempenhe suas funes de Conciliao, Legislao, Administrao das Condies Gerais de Produo e Administrao do Bem-Estar Social, tico e Ecolgico seguindo conhecimentos, habilidades e atitudes promovidas pela Cincia da Administrao. Por outro lado, imprescindvel desmantelar seno reduzir ao mnimo, a atual e perversa cumplicidade do Estado Populista-Paternalista com a ditadura empresarial de poderosos grupos de interesse (nacionais e internacionais). Ambos vivem em funo do mesmo objetivo: a fora dos milhares e milhes de cidados. Polticos populista-paternalistas buscam a grande massa popular e se fortalecem, com os milhares e milhes de votos de cidados. Empresas, idem: por sua vez, buscam esses mesmos milhares e milhes de cidados, para vender seus produtos e torn-los seus fieis consumidores. Da, um apia o outro para tirar proveito para si. Que fazer para quebra essa corrente para frente, que extremamente perniciosa para a grande classe mdia brasileira? H duas formas: uma, pela fora das armas;outra, de forma pacfica. 26

  • A primeira forma foi deflagrada no Brasil dos Anos 60, mas s obteve um sucesso relativo nos primeiros dez anos do Regime Militar (1964-1985) pois depois de Geisel (1974-1979), o pas desandou e teve que desembocar para a democracia de votos em 1985. Embora se concorde com a assertiva de Solow que afirma que ser um pas democrtico traz certas limitaes e com Prescott, que percebe que : muitos pases saram da pobreza sob regimes autoritrios, a melhor sada ainda a pacfica. Pacfica, de que forma? Pacfica em longo prazo, promovendo e implementando o processo de Educao e Ensino s camadas menos intelectualizadas da nao. E no Brasil, pelo que se consta, temos ainda muito que fazer com a cabea do brasileiro. o que mostra a Pesquisa Social Brasileira que realizou 2.363 entrevistas, entre 18 de julho e 5 de outubro de 2002. Analisando os resultados dessa pesquisa, Almeida (2007, p. 18) analisa que: 1. A qualidade da democracia aumenta quando a populao mais escolarizada e que a democracia s possvel em sociedade com nveis mais elevados de escolarizao. 2. Em estudo recente baseado em uma notavel pesquisa empirica, Ronald Inglehart demonstrou, juntamente com Christian Welzel, que mais riqueza e mais educao levam pessoas a rejeitar a autoridade superior e a buscar formas de auto-expresso. Pessoas mais educadas tendem a se afastar da autoridade superior e a rejeitar relaes sociais verticais em beneficio de relaes de poder mais horizontais. E por fim, Almeida (2007, p. 26-27) conclui sobre a cabea do brasileiro: 1. Como a maior parte da populao brasileira tem escolaridade baixa, pode-se afirmar que o Brasil arcaico. Assim a mentalidade de grande parte de sua populao obedece s seguintes caractersticas:

    apia o jeitinho brasileiro;

    hierrquico;

    patrimonialista;

    fatalista;

    no confia nos amigos;

    no tem esprito pblico;

    defende a lei do Talio;

    contra o liberalismo sexual;

    a favor de mais interveno do Estado na economia;

    a favor da censura.

    2. Para a populao de baixa escolaridade, que apia a quebra de regras patrocinada pelo jeitinho brasileiro, h tambm uma tendncia em mostrar-se tolerante com a corrupo. 27

  • Com se percebe, o que na verdade necessitamos de uma profunda transformao interna dos indivduos. O desenvolvimento sustentvel s ser possvel a partir do Desenvolvimento Auto-Sustentvel dos Indivduos. Claro que ningum jamais ser totalmente auto-sustentvel por excelncia porque somos irremediavelmente dependentes de outros seres e outras coisas deste mundo. Mas a auto- sustentabilidade que aqui se prope, aquela onde um individuo tenha a maior autonomia possvel, no que concerne ao econmico-financeiro e social. Isto , no sentido de saber usar a vara para pescar, sobreviver e progredir, e no no sentido de s esperar o peixe de governos para continuar simplesmente a sobreviver e continuar dependente. Nesta Selva de Pedra dominando sobre Selva de Mato, s possvel ter indivduos altamente auto-sustentveis com Educao e Ensino direcionado para a auto-reflexo, o auto-conhecimento e a auto-direo em sntese, a alta espiritualidade. Quanto mais uma nao for composta de indivduos auto-sustentveis, mais trabalhadores srios teremos, e estes mais conscientes, deixaro de ouvir falcias e discursos demaggicos de polticos ao contrrio, exigiro resultados positivos e se necessrio for, faro recall (um recurso constitucional que 18 estados norte-americanos tm, para impor impeachment por voto popular a um governante por m gesto como aconteceu com o governador da Califrnia Gray Daves, que foi substitudo por Arnold Schwarzenegger em 2003). Quanto mais uma nao for composta de indivduos auto-sustentveis, menos necessidade haver de polticos populistas e paternalistas em conluio com poderosos grupos de interesse que s manipulam a grande massa de fracos, ingnuos e incautos, para tirar proveito prprio. Ao contrrio, quanto menos indivduos auto-sustentveis, mais haver necessidade de dar o peixe a eles o que dar vazo perversa atuao daqueles polticos populistas e paternalistas em conluio com poderosos grupos de interesse. E ao longo do tempo, tudo isso vira uma bola de neve de tal magnitude que, a classe mdia (que paga tributos) acaba pagando no s pelo dinheiro pblico que vai parar no bolso dos polticos, como tambm o peixe que o Leviat distribui aos desocupados e acomodados cada vez mais numerosos. Pode ser pura e radical ideologia capitalista, mas o trabalho legal o principal e o mais salutar elo de relacionamento social entre indivduos. Ao contrrio, cio em demasia via de regra pernicioso pessoas desocupadas tendem a pensar e fazer bobagens. Afinal, neste mundo tudo tem que se mover e fluir, seno estagna e apodrece. Aquela frase que cantamos h pouco ensina bem isso: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Se ficar o bicho come, ento, melhor correr. Se cansar, pra, para depois correr de novo. Correr de novo e sempre, em busca do Progresso e do Efetivo Desenvolvimento Sustentvel enquanto Gaia permitir. 28

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