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A EXPRESSÃO GRÁFICA DO PROJETO DE SINALIZAÇÃO DO COMPLEXO ESPORTIVO DE UM RESORT: ELOS DE REPRESENTAÇÕES RUPESTRES Israel de Alcântara Braglia, MDesign. UFSC, Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento [email protected] Ciliane Pereira Gularte UDESC, Universidade do Estado de Santa Catarina [email protected] Alice T. Cybis Pereira, PhD. UFSC, Programa de Pós-graduação em Design e Expressão Gráfica [email protected] Resumo A sinalização parte de signos e expressão gráfica. O estudo preliminar de sinalização é a associação da informação com o seu suporte: a comunicação visual e sua organização, composta por pictogramas, signos, cores e alfabetos que traduzem a expressão gráfica. Este artigo apresenta o projeto de sinalização do Complexo Esportivo do Costão do Santinho Resort e mostra como ocorreram as conexões cognitivas entre as expressões gráficas dos signos da sinalização com as representações rupestres do litoral de Santa Catarina. Palavras-chave: projeto de sinalização, expressão gráfica, representação rupestre, signo, design. Abstract / resumen The signaling comes of signs and graphic expression. The preliminary study of signaling is the association of information with its support: visual communication and its organization, comprised by pictograms, signs, colors and alphabets that translate the graphic. This paper presents the design project of signaling Sports Complex Costão Santinho Resort and show how to happened the cognitive connections between the graphical expressions of signs signaling with representations of rock coast of Santa Catarina. Keywords: signage design, graphic expression, rock art, sign, design.

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A EXPRESSÃO GRÁFICA DO PROJETO DE

SINALIZAÇÃO DO COMPLEXO ESPORTIVO DE UM

RESORT: ELOS DE REPRESENTAÇÕES RUPESTRES

Israel de Alcântara Braglia, MDesign. UFSC, Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento

[email protected]

Ciliane Pereira Gularte UDESC, Universidade do Estado de Santa Catarina

[email protected]

Alice T. Cybis Pereira, PhD. UFSC, Programa de Pós-graduação em Design e Expressão Gráfica

[email protected]

Resumo

A sinalização parte de signos e expressão gráfica. O estudo preliminar de sinalização é a associação da informação com o seu suporte: a comunicação visual e sua organização, composta por pictogramas, signos, cores e alfabetos que traduzem a expressão gráfica. Este artigo apresenta o projeto de sinalização do Complexo Esportivo do Costão do Santinho Resort e mostra como ocorreram as conexões cognitivas entre as expressões gráficas dos signos da sinalização com as representações rupestres do litoral de Santa Catarina. Palavras-chave: projeto de sinalização, expressão gráfica, representação

rupestre, signo, design.

Abstract / resumen

The signaling comes of signs and graphic expression. The preliminary study of signaling is the association of information with its support: visual communication and its organization, comprised by pictograms, signs, colors and alphabets that translate the graphic. This paper presents the design project of signaling Sports Complex Costão Santinho Resort and show how to happened the cognitive connections between the graphical expressions of signs signaling with representations of rock coast of Santa Catarina.

Keywords: signage design, graphic expression, rock art, sign, design.

1 Introdução

A capacidade da informação visual é muito mais do que as outras informações

transmitidas pelos outros sentidos da percepção e, em muitos casos, ela tem marcante

prioridade sobre as outras. Cada vez mais se acentua sua necessidade, sobretudo,

nas sociedades mais avançadas, que estão mudando da sociedade industrial para

uma sociedade de informação. Hoje nós vivemos uma autêntica época da informação,

composta e veiculada pelos meios mais diversos e avançados, como a tecnologia dos

computadores, a comunicação pelos satélites, as redes mundiais de comunicação e

outros, tudo isso configurado por signos visuais (GOMES FILHO, 2003). Mas,

retoricamente existe um mundo passado, marcado pela expressão visual dos povos

antigos – conhecidas como representações rupestres, signos visuais milenares.

Gomes Filho (2010) cita que de acordo com alguns autores, a palavra signo

comporta em diferentes definições. Para Juan E. D. Bordenave “signo é qualquer coisa

que faz referência a outra coisa ou ideia. E a atribuição de significados a determinados

signos é precisamente a base de comunicação, em geral da linguagem, em particular”.

Já Décio Pignatari diz que “convém reter a ideia de signo enquanto alguma coisa que

substitui outra. De nossa parte, reservamos a palavra sinal para designar a

manifestação física concreta, de um signo”. Assim, a palavra sinal pode também ser

usada como sinônimo de signo quando se analisam coisas.

Abrindo um pouco mais o conceito de signo, Hamaguchi (apud Gomes Filho,

2010) afirma que este é um processo e um mecanismo pelo qual a informação é

transmitida para o centro do cérebro através do sensor dos cinco sentidos humanos.

Todas as coisas da natureza que nós percebemos com nossos cinco sentidos são

signos e nós reavaliamos tais signos em nosso cérebro sobre bases de valores

padronizados e os reconstruímos. O que é formado dessa maneira a informação. O

signo, de acordo com as definições colocadas, cobre um amplo escopo, porque se

pode deduzir que ele aparece em todo lugar da vida, sobretudo em relação ao homem.

Em resumo, todos os signos têm um objetivo, uma intenção e um significado. Em

outras palavras, os signos são produzidos para transmitir alguma coisa.

2 As representações rupestres na Ilha de Santa Catarina

Neste sentido, as artes rupestres são signos de representação. O termo arte rupestre

(rock art, art rupestre) tem sido aplicado distintamente de arte parietal (cave art, art

parietal), que seria uma arte em abrigos em condição de penumbra ou em grutas com

nenhuma luz natural (VIALOU, 1999). Para Comerlato (2005) a arte rupestre (da

palavra latina que significa rocha) é:

constituída de imagens (ou representações) materializadas sobre os suportes rochosos imóveis: seja de paredes, mais frequentemente areníticas ou calcárias, de abrigos sob rocha e de tetos ou de entradas de grutas, seja em rochas ao ar livre, seja de superfícies endurecidas.

Entretanto, optamos por utilizar aqui o conceito de representação rupestre por estar

isento de conotação artística (COMERLATO, 2005). Contudo, outras definições

também são utilizadas: registro rupestre (Pessis, 1993; Martin: 1997, 245; Pessis e

Guidon, 2000), registro gráfico (Pessis, 2003) e expressão rupestre (Soares, 2003).

Podemos definir representação rupestre como: a manifestação gráfica de uma

representação mental (VIALOU, 1999). Por sua vez, Colin Renfew & Paul Bahn (1993)

definem representação como qualquer objeto ou qualquer desenho ou pintura sobre

uma superfície que pode se reconhecida como uma imagem, sem denotar, com isso

uma reprodução mecânica. Para Comerlato (2005) os critérios para a identificação das

representações rupestres em um sítio arqueológico são: unidade gráfica, gravura,

conjunto gráfico, painel e dispositivo parietal. A figura a seguir ilustra este processo:

Figura 1: unidade gráfica identificada em amarelo, gravuras tracejadas em vermelho e o

conjunto delimitado em linha azul, Morro das Aranhas II, Ilha de Santa Catarina. Fonte: Comerlato (2005).

A unidade gráfica é a menor parte visível e tem uma disposição espacial (VIALOU,

2000). Uma gravura pode ser formada por uma ou mais unidades gráficas de apenas

um tipo ou tipos combinados; como exemplo, se examinarmos um conjunto de linhas

onduladas verticais (como na figura 1), cada linha é uma unidade gráfica se apenas

observarmos do ponto de vista conceitual. O conjunto gráfico é um conjunto de

unidades gráficas que pode ser lido em conjunto podendo formar uma cena (VIALOU,

2003). Já um painel é formado por representações agrupadas em um espaço natural

delimitado ou que definem um espaço gráfico próprio, único ou distinto de todos os

outros de um mesmo lugar (VIALOU, 1999). Por fim, entendemos por dispositivo

parietal um conjunto sequencial de painéis e conjuntos gráficos. Segundo Vialou

(1999) a noção de dispositivo parietal recobre a distribuição de um sítio, considerada

como uma unidade de lugar, um conjunto de representações que foram executadas

em uma ou várias etapas.

Um desses conjuntos gráficos pode ser visto na Praia do Costão do Santinho na

ilha de Santa Catarina. Os primeiros estudos sobre essas gravuras litorâneas tiveram

início com a atuação de João Alfredo Rohr no Estado. No ano de 1946, Pe. Rohr, que

nesta época não tinha ainda voltado sua vida à arqueologia, retira da praia do

Santinho um bloco de diabásio com gravura de representação humana, que gerou

grande revolta na comunidade local e, posteriormente, opiniões divergentes entre os

arqueólogos (COMERLATO, 2005). Hoje são patrimônio histórico da cidade de

Florianópolis, capital do Estado. As representações rupestres ali encontradas se

tornaram o grafismo da marca do Costão do Santinho Resort – um resort de praia

instalado no local em que o projeto de sinalização foi construído a partir destes

grafismos.

3 Sinalização: expressões em ambientes

Chamma e Pastorelo (2007) dizem que podemos definir projetos de sinalização como

uma associação de formas escultóricas informativas distribuídas num determinado

espaço físico, aberto ou fechado. Suas características mais importantes são a

legibilidade e a veiculação de informações compreensíveis e fidedignas que antecipem

as necessidades de esclarecimento dos usuários. Já Gomes Filho (2010) cita que

sistema de orientação e de sinalização são os elementos constituídos por placas,

faixas, quadros, totens, displays e outros, que possibilitam informar as pessoas sobre

como devem se orientar em seu percurso, estada e circulação das empresas ou locais

onde se divulgam a avisos, mensagens e outro tipo de prestação de serviços fora de

sua sede. Neste interim, Frutiger (2007) em posição aos outros sinais, os que fazem

parte da sinalização possuem uma função de comunicação menos passiva ou

informativa. Representando uma indicação, uma ordem, uma advertência, uma

proibição ou uma instrução, seu objetivo não é apenas comunicar, mas sobretudo

produzir uma reação imediata no observador.

Os sistemas de orientação são concebidos e planejados para informar e guiar a

decisão de locomoção de pessoas andando a pé ou conduzindo veículos em espaços

ambientais: internos, externos e de transição (de um campo fechado para um espaço

aberto, ao ar livre e vice-versa). Para Chammas e Pastorelo (2007) o principal objetivo

da sinalização é este: informar, os usuários não frequentes. Aqueles que não têm o

domínio do espaço e/ ou ambiente. Nossa missão é tornar a visita do novo usuário

confortável, prescindindo da comunicação verbal e boa vontade de terceiros em

informar. No inicio de qualquer projeto, o primeiro passo a ser dado é entender como o

espaço está organizado e distribuído. Para Chamma e Pastorelo (2007) o projeto

gráfico de informação tem os seguintes componentes:

• definição das famílias tipográficas para os signos nominativos;

• código cromático a ser utilizado em todo o projeto;

• sistema de signos direcionais e iconográficos;

• diagramação básica para os diferentes tipos de informações classificadas.

Por fim, com base nessa metodologia citada acima, teremos inicialmente que listar

todas as placas que serão instaladas, seus textos e sua localização no espaço.

4 A sinalização no Complexo Esportivo do Costão do Santinho Resort

A função básica de um bom projeto de sinalização é distribuir informação no

espaço; qualquer que seja ele: um shopping, hospital ou até mesmo uma rodoviária. A

informação tem que ser visível e legível. E para ser de boa qualidade tem de estar no

lugar certo. A elaboração de propostas para projetos de sinalizações é uma das

tarefas mais complexas do processo. Ainda que o desenvolvimento seja bastante

lógico e racional, existem fatores que demandam experiência (CHAMMA e

PASTORELO, 2007). E para a avaliação do posicionamento ideal para cada item de

sinalização é imprescindível à ida ao campo (local de pesquisa onde irá ser aplicado a

sinalização).

O projeto de sinalização para o Complexo Esportivo do Costão do Santinho

Resort1 pode ser utilizado para exemplificar os conceitos mencionados. O Costão do

Santinho Resort está localizado na Praia do Santinho no norte da Ilha de Florianópolis

– Santa Catarina. Possui uma ampla estrutura, composta por 14 Vilas onde estão

distribuídos 575 apartamentos, ala Internacional formada por 120 suítes, 6

restaurantes, bares, fitness center, complexo esportivo, complexo aquático, SPA,

marina e centro de convenções. O público do resort é formado por famílias na faixa

etária entre 30 e 50 anos com até dois filhos. Classes sociais A, B e em alguns

períodos classe C. O resort recebe também público de eventos, possuindo completa

estrutura para atender eventos de pequeno, médio e grande porte. Os hóspedes de

lazer e eventos dividem espaço durante o ano, sendo a divisão em torno de 50% de

1 Projeto desenvolvido pela aluna Revisão Cega, na Disciplina de Prática Projetual em Design Gráfico V,

no curso de Design Gráfico da Universidade Revisão Cega. Disciplina ministrada pelos professores Revisão Cega e Revisão Cega.

ocupação para cada setor. O projeto em questão concentrou-se no Complexo

Esportivo, por ser o ponto com a maior deficiência na sinalização.

Na etapa de levantamento de dados foi realizada uma visita ao empreendimento,

para análise da sinalização existente. Constatou-se que a sinalização do resort (Figura

2) atende às principais demandas dos hóspedes, mas apresenta falhas em alguns

pontos específicos, como no Hotel Internacional (Figura 3) e, principalmente no

Complexo Esportivo (Figura 4).

Figura 2: sinalização do resort

Figura 3: sinalização do Hotel Internacional

Figura 4: sinalização do Complexo Esportivo

O Complexo Esportivo conta com oito quadras mais um estádio de tênis, quadra

poliesportiva, campo de futebol, parede de escalada, circuito de arvorismo (o maior do

sul do Brasil), choupana que serve de apoio a eventos e uma central de

gerenciamento do complexo – que comumente recebe pessoas que buscam a prática

de esportes e aventura. As quadras são de uso exclusivo dos hóspedes do resort,

porém o Complexo Esportivo recebe também público externo, pois o circuito de

arvorismo é realizado por uma empresa terceirizada, que atende tanto hóspedes

quanto o público externo.

Por ser um local de realização de esportes e lazer, o projeto buscou enriquecer o

espaço existente, criando espaços para a prática de ginástica e alongamentos, bem

como pensando em um espaço para a diversão das crianças, pois não existe hoje no

Complexo Esportivo um ambiente pensado para elas, onde possam passar o tempo

enquanto seus pais jogam uma partida de tênis, por exemplo. Pensando na proposta

de um Complexo Esportivo, que visa o esporte e o lazer e recebe pessoas de diversas

idades, buscou-se trabalhar o conceito do lúdico, palavra originada do latim ludus, que

significa jogo, divertimento e distração – princípios que devem estar presentes nesse

espaço.

O conceito estético utilizado no projeto partiu das representações rupestres,

elementos significativos na história do resort que reforçam o quanto essas expressões

gráficas são relevantes para o empreendimento. A partir disso foi feito um painel

semântico (Figura 5), referência fundamental para as escolhas (da paleta cromática,

formas das placas e totens e estética dos pictogramas / ou / estéticas utilizadas no

projeto).

Figura 5: painel semântico

A família de pictogramas e signos (Figura 6) foi inspirada nas figuras que

representam o Homem do Sambaqui, localizadas em trilhas mantidas pelo resort

(imagem presente no painel semântico).

Figura 6: família de pictogramas

A paleta cromática adotada foi criada a partir de cores presentes na natureza

(Figura 7), onde as cores captadas na fotografia foram trabalhadas de modo a ficarem

mais equilibradas, proporcionando um bom contraste com o ambiente onde a

sinalização será aplicada.

Figura 7: paleta cromática

Os totens e placas possuem formas irregulares (Figura 8), inspiradas também em

representações rupestres. Foram utilizadas as cores azul, verde, amarelo e laranja

para os totens e placas gerais e o vermelho foi reservado para as placas de avisos e

atenção. As placas são projetadas em aço inox com proteção antiferrugem em um

suporte de madeira envernizada com proteção contra raios UV. A tipografia é bastante

legível, adotada pela fonte Helvética e contrasta com a linguagem gráfica dos

pictogramas.

Figura 8: Formas inspiradas em inscrições rupestres

O proposta do lúdico começa a aparecer no ambiente a partir do totem principal

(Figura 8), localizado na primeira bifurcação, ele contém a maioria das informações

direcionais do Complexo Esportivo.

Figura 9: totem principal

Um problema existente na usabilidade do local é encontrar a entrada das quadras

de tênis pois não existe nenhuma sinalização indicando as entradas, que são

praticamente encobertas pela vegetação. Para resolver este problema foram criados

totens bastante altos para serem visíveis à distância. O totem (Figura 10) mostra a

numeração das quadras bem como já pontua a localização da entrada, direcionando

facilmente o caminho a ser percorrido. As demais placas (Figura 11) foras criadas

mantendo o padrão estético.

Figura 10: Totem indicativo das quadras de tênis

Figura 11: exemplos de placas

Para finalizar a ambientação, além dos espaços já mencionados, a Estação

Ginástica e o Espaço Kids (Figura 12), o Complexo Esportivo terá placas contendo

informações sobre a fauna e flora local (Figura 13), destacando o compromisso que o

resort tem com a preservação da natureza, contará também com pictogramas

esculturas (Figura 14), reafirmando a proposta de transformar o local em um ambiente

lúdico, onde as pessoas não estão apenas de passagem, mas sim interagindo com o

ambiente.

Figura 12: sugestão de novos brinquedos: jogo da memória, quebra-cabeça e jogo da velha

Figura 13: exemplo das placas informativas de fauna e flora local

Figura 14: pictograma escultura

Conclusão

A partir da necessidade de composição de um projeto de sinalização de um

Complexo Esportivo e de uma revisão das pesquisas existentes sobre as gravuras

rupestres do litoral de Santa Catarina, percebeu-se que existia um campo de estudo

que poderia ser retomado: os elos das representações rupestres com as expressões

gráficas de um projeto de design. A preocupação era transformar o Complexo

Esportivo em um ambiente lúdico que propiciasse momentos de lazer, prática de

esportes, diversão e informação. Além disso, o projeto de sinalização partiu da

expressão gráfica das representações rupestres encontradas no local.

O presente trabalho partiu do questionamento de uma generalização (síntese) das

representações rupestres sem que, todavia, as parcialidades (sítios) tivessem sido

estudadas com maior detalhamento. A proposta foi, justamente, à análise do micro

para que a partir das realidades estudadas tivéssemos condições de estabelecer uma

síntese que fosse representativa do conjunto estudado. Desse modo, a metodologia

desta pesquisa teve como um dos resultados a geração de alternativas sobre

gravuras, painéis, totens e elementos visuais de sinalização partindo de dispositivos

parietais e conjuntos gráficos. Por fim, o resultado se mostrou satisfatório por

contemplar a identidade gráfica do resort em questão e por fazer as conexões

cognitivas entre as expressões gráficas dos signos do projeto de sinalização com as

representações rupestres.

Referências

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