a evoluÇÃo das terorias administrativas

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VANÍRIA ROCHA LIMA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

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Page 1: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Governador Valadares2013

VANÍRIA ROCHA LIMA

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOBACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Page 2: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Governador Valadares2013

A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Trabalho de Fundamentos em Administração I apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Comunicação e Linguagem, Sociologia e Filosofia.

Orientadores: Professores: Elisa Nantes e Márcia Sanches e Wilson Sanches.

VANÍRIA ROCHA LIMA

Page 3: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................3

2 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO...................................................................4

3 HABILIDADES DO ADMINISTRADOR............................................................4

4 VISÃO SOBRE O SER HUMANA: TEORIA X INDIVÍDUO..............................6

5 CONCEITO DE TRABALHO E A VISÃO CAPITALISTA .............................19

6 CONCEITOS ANOMIA, RACIONALIZAÇÃO E ALIENAÇÃO.......................25

7 TEORIAS MARXISTA, WEBERIANA E POSITIVISTAS................................27

8 A CONCEPÇÃO DE HOMEM NA IDADE MODERNA,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,30

9 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO...................................................................31

10. PESQUISA ..................................................................................................33

11 CONCLUSÃO................................................................................................38

12 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..................................................................39

Page 4: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

1 INTRODUÇÃO

Veremos como foi a evolução do da Teoria da Administração.

Vamos esclarecer como cada um dos clássicos da sociologia explica a nova

realidade de um mundo em que há novas forças sociais e novas classes.

O homem evoluiu durante anos e por isso passou a ser visto de outra maneira.

Passou a agir sobre as coisas do mundo e adquirir características especificas.

E em todos os tempos existiram algumas tentativas de explicar o que leva o

homem a mudar, quais características foram determinantes para essas

mudanças.

Vamos notar no decorre deste trabalho como as obras de

grandes pensadores contribuíram para a formação de condutas e compreensão

da própria existência humana.

A atividade trás ainda uma proposta interessante de pesquisa

através de uma entrevista onde a intenção e aprofundar os conhecimentos

relacionados a profissão do administrador. Será uma entrevista com um

administrador e um trabalhador onde estes vão nos informar suas opiniões

sobre questões do tipo como é o dia-a-dia na empresa que trabalham, como

deve agir um bom administrador,o que motivas as pessoas,como elas devem

ser tratadas. Teremos a oportunidade de saber o que ambos pensam sobre

essas e outras questões.

Após reunir todas as informações solicitadas, o grupo irá fazer

uma reflexão com base no conteúdo pesquisado e nas respostas do

administrador e do trabalhador. Esta é sem dúvida o tipo de atividade que

contribui bastante para o aperfeiçoamento acadêmico do grupo, além de

possibilitar o crescimento pessoal e profissional.

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Page 5: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

2 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO

A palavra administração, vem do latim ad, que significa direção e

minister, subordinação ou obediência; isto é uma atividade realizada por alguém

sob comando de outro. Megginson et al. (1998) conceitua administração como

sendo o trabalho através de recursos humanos, financeiros e materiais a fim de

atingir objetivos organizacionais por meio do desempenho das funções de

planejar, organizar, dirigir e controlar.

Já para Maximiano (2006, p. 6), a administração.

[...] é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos de funções: Planejamento, organização, liderança, execução e controle.

Pode-se entender como administração o emprego de métodos

científicos no ambiente organizacional com vistas à otimização de recursos

humanos e matérias, possibilitando à organização atingir seus objetivos. Para

Silva (2001), administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização

eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar uma situação futura

desejada. Segundo Chiavenato (2000), sua função é interpretar os objetivos

propostos pela organização, direção e controle de todos os esforços realizados

em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais

objetivos da maneira mais adequada à situação.

3 HABILIDADES DO ADMINISTRADOR

Devido ao crescimento das organizações e do alargamento das

fronteiras que delimitam o mercado no qual estão inseridas, a administração

tem se revelado uma ciência impregnada de complexidades e desafios. Por

isso, torna-se essencial que os profissionais que são responsáveis pela

administração dessas organizações sejam capacitados para tal, dominando,

sobretudo, as teorias que envolvem o conhecimento administrativo.

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Page 6: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Chiavenato (2000) diz que, para cada organização, o

administrador tem como papel, entre outros, solucionar problemas, dimensionar

recursos, planejar sua aplicação, desenvolver estratégias, efetuar diagnósticos

de situações, exclusivos de uma organização. A organização é singular e

preciosa, portanto, ser tratada como única, uma vez que tem seus objetivos,

seu ramo de atividade, seus problemas, seu mercado, sua tecnologia e sua

cultura. O administrador precisa desenvolver muitas competências, entre elas a

flexibilidade de adaptar-se à realidade de cada organização por onde passa.

Sem essa flexibilidade, ele tentará aplicar a “mesma receita” a todas elas, e,

possivelmente, obterá sucesso em alguma, mas não em todas.

O trabalho do administrador deve compreender a análise dos

ambientes, seja interno ou externo, diagnosticar problemas e resolvê-los da

melhor maneira possível e buscar constantemente novas informações,

conhecimentos, aprendizagem e inovação.

Segundo Levitt (apud Chiavenato, 2006, p. 3), para ser um bom

profissional, o administrador precisa de três habilidades: conceitual, técnica e

humana:

[...] o conhecimento do administrador é apenas um dos múltiplos aspectos da sua capacidade profissional. Ele é avaliado pelo seu modo de agir e decidir, suas atitudes, conhecimentos, habilidades, competências, personalidade e estilo de trabalho.

O conhecimento significa o acúmulo de informações, as

experiências, as ações, as ideias. E o administrador que aprende a cada

análise sistemática do ambiente em sua volta, como também age de acordo

com sua percepção e compreensão imediata de uma situação. Para administrar

é preciso ter habilidades. De acordo com Katz (apud Chiavenato, 2006) que

classificou em três grandes grupos de habilidades: Habilidade conceitual,

técnica e humana.

A habilidade conceitual são as habilidades mentais necessárias

para se obter, analisar e interpretar informações de várias fontes, e a partir daí

tomar decisões complexas. Envolve a habilidade de compreender a relação das

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Page 7: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

partes com o todo, de identificar e interpretar as informações advindas das

variáveis ambientais que interagem com a organização. Já a habilidade técnica

consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos

necessários para a realização de tarefas específicas por meio da experiência

profissional. E por último a habilidade humana que é a capacidade e

discernimento para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas

atitudes e motivações e desenvolver uma liderança eficaz.

Segundo Faria (2000), para atingir a eficácia na gestão

administrativa é necessário que os administradores que ocupam cargo de

direção ou gerência tenham equilibradas as três habilidades.

O mundo do trabalho mudou drasticamente e está caminhando

para uma globalização e as empresas procurando serem mais diversificadas do

que nunca. As estruturas organizacionais são menos hierárquicas e mais

colaborativas e os escritórios em rede de hoje estão cheios de distrações

tecnológicas que teriam sido inimagináveis para o gestor.

4 VISÃO SOBRE O SER HUMANA: TEORIA X INDIVÍDUO

Conforme Robbins (2003, p. 489),

a abordagem clássica é a perspectiva pela qual profissionais e autores, buscando criar princípios racionais que tornassem as organizações mais eficientes, estabeleceram o fundamento teórico para a disciplina de administração.

No início do século XX, surgem os primeiros trabalhos no campo

da Administração. Nesse momento, podemos destacar dois grandes nomes: o

norte americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915) e o europeu Henri Fayol

(1841-1925). Eles partem de pontos de vista diferentes, mas seus trabalhos

formam a base da Escola Clássica.

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Page 8: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

TAYLOR

Podemos atribuir a Taylor a chamada Escola de Administração

Científica, cuja preocupação básica é o aumento da produtividade da empresa,

por meio da eficiência máxima dos operários.

Taylor era um engenheiro mecânico que iniciou seus trabalhos

no chão de fábrica. Ele enfrentou os problemas decorrentes da Revolução

Industrial. Nessa época, era comum o pagamento por peça ou tarefa. Nesse,

esquema, os patrões tentavam ganhar o máximo no preço das tarefas e os

operários, por sua vez, reduziam o timo de produção para evitar sobrecarga de

trabalho.

Taylor começou seus estudos pelo trabalho do operário,

seguindo o caminho de baixo para cima e das partes para o todo. Ele iniciou

suas pesquisas junto aos operários no nível de execução, analisando as tarefas

de cada operário, através do estudo de tempos e movimentos.

Após os primeiros estudos, Taylor publicou o livro Shop

Management (Administração de Oficinas, 1903) e apresentou algumas idéias:

1º - Uma boa administração era pagar salários altos e ter baixos custos de

produção;

2º - A administração deverá aplicar os métodos científicos de pesquisa para

determinar formular princípios e estabelecer processos padronizados,

permitindo o controle;

3º - Os empregados devem ser colocados cientificamente selecionados e

treinados, de maneira que as pessoas e as tarefas fossem compatíveis;

4º - Atmosfera de cooperação, entre a administração e trabalhadores, é vital

para os princípios mencionados.

Nesse período, Taylor lançou o livro Princípios da Administração

Científica (1911). Ele concluiu que a racionalização do trabalho do operário

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Page 9: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

deveria ser seguida de uma estruturação geral da empresa, permitindo a

aplicação dos seus princípios.

Ele afirmou que as indústrias de sua época apresentavam três

problemas básicos que deveriam ser combatidos: a vadiagem sistêmica dos

funcionários, o desconhecimento das rotinas de trabalho pela gerência e a fala

de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho. Essa vadiagem

sistemática poder ser percebida, segundo Chiavenato (2000), quando os

operários reduziam a produção a cerca de um terço do que seria normal, para

evitar a redução das tarifas de salário pela gerência. Eles acreditavam que,

quanto maior o rendimento do homem e da máquina, maior seria o risco de

ficarem desempregados, por isso, desenvolviam aversão ao trabalho intenso e

produtivo,

Para combater esses male e aumentar a produtividade das

organizações, Taylor realizou o seu mais importe trabalho: o estudo de tempos

e movimentos. Ele defendia que, par a indústria ser capaz de pagar salários

justos e reduzir custos unitários de produção, seria necessário estabelecer

permanente controle das atividades fabris por meio de processos padronizados,

ale de funcionários especializados e treinados. Para isso, Taylor isolou todas as

atividades fabris e as separou em movimentos elementares simples. Os

movimentos julgados inúteis foram descartados; os demais, considerados

indispensáveis, foram aprimorados e padronizados.

Segundo Chiavenato (2000), suas principais vantagens foram:

a. Eliminar movimentos inúteis e os substituir por outros mais eficazes.

b. Racionalizar a seleção e treinamento de pessoal.c. Melhorar a eficiência do operário e o rendimento da

produção.d. Distribuir uniformemente o trabalho, para que não haja

períodos de falta ou excesso de trabalho.e. Oferecer base uniforme para salários eqüitativos e

prêmios de produção.

A administração científica de Taylor baseou-se no conceito de

homo economicus, ou seja, homem econômico, o qual diz que o homem não

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Page 10: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

procura o trabalho por sentir prazer em trabalhar, ele trabalha exclusivamente

em função do salário que ganha, pois ele necessita de sobreviver.

FAYOL

Enquanto isso na Europa, Henry Fayol, um dos integrantes da

escola clássica de administração, buscou estender, da produção à totalidade da

organização, a busca pela efetividade, destacando que a preocupação por

eficiência e eficácia organizacionais é de responsabilidade da administração.

Segundo ele, a administração é uma atividade comum a todos os

empreendimentos humanos, que sempre exigem algum grau de planejamento,

organização, comando, coordenação e controle. Uma vez que está presente em

todos os empreendimentos, a administração precisa tornar-se conhecida por

todos, por isso a necessidade de uma teoria que possa ensiná-la. Para atender

a essa lacuna, surgiu a Teoria Clássica de Fayol (MAXIMIANO, 2008).

Para divulgar os resultados da Teoria Clássica, Fayol publicou

seu livro Administration Industrialle et Généralle (Administração Industrial e

Geral – 1916). Essa obra expõe sua Teoria de Administração.

Pode-se afirmar que Fayol enfatizou a estrutura organizacional e

criou seis funções essenciais da empresa, s separando a administração das

demais funções:

Funções técnicas : relacionadas com a produção de bens ou serviços da

empresa.

Funções comerciais : relacionadas com compra, venda e permutação.

Funções financeiras : relacionada com a procura e gerencia de capitais.

Funções de segurança : relacionada com a proteção e preservação dos bens

e das pessoas.

Funções contábeis : relacionadas com controle, inventários, registros,

balanços, custos e estatísticas.

Funções administrativas : relacionado com a integração das outras cinco

funções. Coordena e sincroniza as demais funções, pairando sempre acima

delas.

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Page 11: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Para Fayol, a função de administração é a única que formula um

programa de ação geral e coordena as demais. A função administrativa precisa,

continuamente, monitorar os ambientes internos e externos da organização e,

em face das oportunidades e ameaças, visualizar o futuro e traçar planos de

ação para que ele se torne realidade.

Segundo Chiavenato (2000), par Fayol existe uma

proporcionalidade da função administrativa, ou seja, ela se concentra

exclusivamente no topo da empresa nem é privilégio dos diretores, mas é

distribuída proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos. À medida que

se desce na escala hierárquica, aumenta a proporção das outras funções da

empresa, e à medida que se sobe na escala hierárquica, aumenta a extensão e

o volume das funções administrativas.

Atualmente, produção, finanças, marketing, recursos humanos,

logística, P&D (pesquisa e desenvolvimento) são áreas muito mais conhecidas

e aplicadas nas organizações. De fato, essas áreas são evoluções da visão de

Fayol.

Fayol criou os elementos ou atos da administração: Prever,

organizar, comandar, coordenar e controlar. Em outras palavras, as funções do

administrador, são elas:

Prever: visualizar o futuro e traçar programa de ação;

Organizar: constituir o organismo material e social da empresa;

Comandar: dirigir a equipe para atingir objetivos globais;

Coordenar: unir e harmonizar as atividades do negócio, sincronizar

coisas e ações, adaptando os meios aos fins;

Controlar. Verificar se o realizado está de acordo com o previsto (regras

e planos).

MAX WEBER E A BUROCRACIA

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Page 12: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Dentro da abordagem clássica, a Escola Científica, representada

por Taylor, preconizava a ênfase nas tarefas. Já a Escola Clássica de Fayol

enfatizava a estrutura. No entanto, há uma outra vertente embasada nas idéias

de Max Weber conhecida como Teoria da Burocracia, cuja ênfase também está

na estrutura, semelhante às idéias de Fayol, mas com algumas peculiaridades.

O estudo da burocracia foi realizado pelo sociólogo Max Weber

(1864-1920) nas primeiras décadas do século XX, visando estabelecer um

modelo de organização racional capaz de atender as empresas, que se

tornavam maiores e mais complexas.

Chiavenato (2000) define burocracia como uma forma de

organização com base na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos

objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível ao

alcança-los. De acordo com Max Weber, burocracia é a organização eficiente

por excelência. Ele destaca que a preocupação primeira da burocracia é

detalhar, com precisão, o passo a passo da forma como as coisas deverão ser

feitas.

TEORIA ESTRUTURALISTA

O nome de maior projeção da Teoria Estruturalista foi Amitai

Etzioni, estudioso que investigou as demais teorias já existentes (cientifica,

administrativa, burocrática) e. julgando-as insatisfatória, criou sua própria, o

estruturalismo.

Os estudos de Etzioni buscavam interpretar de forma como o

poder exercido pela organização pode influenciar no comportamento do

colaborador. O homem visto como máquina passa, gradativamente, a ser

compreendido como gente, e começa a ganhar relevância e a despertar o

interesse dos pesquisadores.

Na Teoria Estruturalista, Etzioni, citado por Chiavenato (2000),

determinou os tipos de poder existentes nas organizações e, sem seguida,

relacionou-os com o nível de envolvimento do colaborador.

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Page 13: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Segundo ele, o poder nas organizações poder ser classificado

em três tipos:

Poder coercitivo: O poder é imposto pela força física ou controle baseado

em prêmios ou punições. Utilizam força como principal controle sobre os

participantes de nível inferior. Exemplos como campos de concentração,

prisões, instituições penais, etc.

Poder remunerativo: O poder se baseia no controle dos incentivos

econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os

participantes de nível inferior contribuem para a organização com um

envolvimento "calculativo", baseado nos benefícios que esperam obter.

As empresas e o comércio estão incluídos nessa classificação.

Poder normativo: O poder baseia-se no consenso sobre objetivos e

métodos da organização. Utilizam o controle moral como principal

influência sobre os participantes, por que eles têm elevado envolvimento

"moral" e motivacional. As organizações normativas são chamadas

"voluntárias" e incluem a igreja, universidades, hospitais e organizações

políticas e sociais.

Etzioni conclui que o poder normativo, ou seja, nas quais o

colaborador contribui voluntariamente e trabalha motivado por valores além do

econômico, o envolvimento é maior. Em contrapartida, o poder coercitivo, onde

tende a ser menor e caracterizado pela alienação, isto é, “faço porque não

tenho outra opção e não posso questionar”.

ABORDAGEM SISTÊMICA

De acordo com a visão sistêmica, tudo depende de tudo. Para a

Abordagem Sistêmica tudo é complexo. Ou seja, compreender e lidar com a

complexidade são as bases do pensamento sistêmico.

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Page 14: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

A complexidade representa o grande número de problemas

existentes dentro de uma organização. É a situação normal que as

organizações e o administrador enfrentam juntos.

Qualquer situação ou problema na organização é um composto

de causas e variáveis interdependentes. O enfoque sistêmico é uma ferramenta

ou uma forma de compreensão da realidade que possibilita:

Visualizar a interação de componentes, formando conjuntos complexos;

Entender a multiplicidade e as interdependências das causas e variáveis;

Criar soluções para problemas complexos;

Completar e integrar conhecimentos especializados da Administração.

Os sistemas são classificados também quanto a sua natureza,

em sistemas abertos e fechados. Enquanto os sistemas fechados não

apresentam qualquer tipo de intercâmbio com o meio no qual se inserem, os

sistemas aberto trocam energia e informações regularmente como meio

ambiente. Na figura 1 o modelo genérico de um sistema aberto, segundo

Chiavenato (2000).

As organizações são classificadas como sistemas abertos, uma

vez que é impensável uma empresa, um centro comunitário, uma ONG ou outra

organização qualquer deixar de se relacionar com os demais sistemas, ou seja,

com seu ambiente externo.

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Page 15: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

De acordo com Chiavenato (2000), como sistemas abertos, as

organizações apresentam algumas características. São:

1. – Comportamento probabilístico e Não Determinístico:

A organização é complexa e influenciada por variáveis

desconhecidas e descontroladas que vem do ambiente. Isso impede uma total

previsibilidade do comportamento. Caracterizando-o como probabilístico e não

determinístico.

2. – As organizações são Partes de uma Sociedade Maior e são

Constituídas de Partes Menores:

Esta característica é uma das três premissas básicas da Teoria

Geral de Sistemas (TGS), onde o sistema contém subsistemas e é contido pelo

supra-sistema.

3. – Interdependência das Partes:

A mudança em uma das partes da organização resulta em efeito

sobre as outras partes. Existe, além da interdependência, uma inter-relação.

Causando a necessidade de integração e controle.

4. – Homeostase ou Estado Firme:

O ciclo de eventos de um sistema pode direcioná-lo a um estado

firme. O estado firme é a constância no intercâmbio de energia com o ambiente

(saída/entrada). Tem com princípio básico a preservação do caráter do sistema,

ou seja, o mesmo continua de acordo, orientado, para os objetivos a serem

alcançados. Possui unidirecionalidade ou constância de direção. Além disto, o

sistema, quando está no estado firme, também mantém um grau de progresso

em relação ao fim almejado.

Homeostasia é o permanecer em equilíbrio. É procurar manter os valores de

variáveis dentro de uma faixa estabelecida, mesmo na presença de estímulos.

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Page 16: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Adaptação é a capacidade que o sistema deve possuir para se

modificar ou modificar seu ambiente quando algum deles sofre uma mudança.

É o ajustar-se para atingir um equilíbrio diante de novidades

5. – Fronteiras ou Limites.

No dia a dia, torna-se mais difícil identificar as fronteiras de uma

organização, ou seja, onde ela começa e onde termina. É o que define e

estabelece o que está dentro e o que está fora do sistema.

6. – Morfogênese

Morfogênese, capacidade de modificar a si próprio, é a

característica que diferencia o sistema organizacional dos sistemas mecânicos

e biológicos. A organização pode alterar sua estrutura. Já uma máquina não

pode mudar o conjunto de peças que a formam, nem um animal pode criar um

membro a mais para seu corpo.

7. – Resiliência

Para Chiavenato (1999, p. 361), resiliência é a "imunidade

organizacional contra o vírus da mudança". Uma organização possui resiliência

quando tema capacidade de resistir a distúrbios impostos por situações

externas, ou seja, ela mantém o potencial de auto-organização.

8. – Equifinalidade

A organização, como sistema aberto, dispõe de diversas

alternativas para alcançar o seus objetivos estabelecidos. Segundo Silva

(2008), a equidadde destaca a flexibilidade na seleção dos meios que serão

utilizados para alcançar os fins.

Pode-se observar que a Teoria Sistêmica contribui

significativamente para a interpretação dinâmica das organizações, sobretudo

no sentido de extrapolar suas fronteiras, inserindo-as no sue ambiente externo.

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Page 17: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

TEORIA DAS CONTINGÊNCIAS

A Teoria das Contingências defende que, nas organizações,

nada é absoluto, ou seja, as ações administrativas são dependentes de forças

externas (ambientais). A Organização, portanto, precisa de se adaptar,

continuamente, a essas forças para atingir seus objetivos.

A Teoria Contingencial também se fundamenta na teoria dos

sistema, defendendo a importância das inter-relações entre as partes da

organização. Procura completar o conhecimento do assunto e se propõe a

analisar a natureza dessas relações.

Alguns estudiosos e precursores da Teoria Contingencial, como

por exemplo: Joan Woodward, Alfred Chandler, Tom Burns, G. M. Stalker e

Lawrence & Lorsch, verificaram que métodos eficientes em certas situações

não apresentavam os mesmos resultados em outros casos. Após diversas

pesquisas, chegou-se a uma conclusão até, aparentemente, simples: os

resultados eram diferentes porque as situações eram diferentes.

A Teoria da Contingência enfatiza que nada é absoluto nas

organizações ou na teoria da administração. Ou seja, “tudo é relativo, tudo

depende”

Sendo assim, as ações do administrador são contingentes,

dependem das características da situação par atingir os objetivos da

organização. Nada há de absoluto nos princípios da administração.

TEORIA COMPORTAMENTAL

A teoria comportamental fundamenta-se no comportamento

individual. Assim, um dos seus temas-chave é a motivação.

Nesse caso, um nome importante nessa abordagem é o do

psicólogo americano Abraham H. Maslow (1908-1970), especialista em

motivação humana.

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Page 18: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Maslow criou a famosa pirâmide da hierarquia das necessidades

humanas. Na base da pirâmide, estão as necessidades mais elementares,

ligadas à sobrevivência do indivíduo e a à preservação da espécie

(necessidades primárias). No topo, encontram-se as necessidades

psicossociais, ou seja, as necessidades do indivíduo em relação ao seu

ambiente social e ao seu próprio crescimento psicológico (necessidades

secundárias).

1 – Necessidades fisiológicas: São aquelas que relacionam-se com o ser

humano como ser biológico. São as mais importantes: necessidades de manter-

se vivo, de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, ter relações

sexuais, etc.

No trabalho: Necessidade de horários flexíveis, conforto físico, intervalos de

trabalho etc.

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Page 19: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

2 – Necessidades de segurança: São aquelas que estão vinculadas com as

necessidades de sentir-se seguros: sem perigo, em ordem, com segurança, de

conservar o emprego etc. No trabalho: emprego estável, plano de saúde,

seguro de vida etc.

No trabalho: Necessidade de estabilidade no emprego, boa remuneração,

condições seguras de trabalho etc.

3 – Necessidades sociais: São necessidades de manter relações humanas

com harmonia: sentir-se parte de um grupo, ser membro de um clube, receber

carinho e afeto dos familiares, amigos e pessoas do sexo oposto.

No trabalho: Necessidade de conquistar amizades, manter boas relações, ter

superiores gentis etc.

4 – Necessidades de estima: Existem dois tipos: o reconhecimento das

nossas capacidades por nós mesmos e o reconhecimento dos outros da nossa

capacidade de adequação. Em geral é a necessidade de sentir-se digno,

respeitado por si e pelos outros, com prestígio e reconhecimento, poder,

orgulho etc. Incluem-se também as necessidades de auto-estima.

No trabalho: Responsabilidade pelos resultados, reconhecimento por todos,

promoções ao longo da carreira, feedback etc.

5 – Necessidades de auto-realização: Também conhecidas como

necessidades de crescimento. Incluem a realização, aproveitar todo o potencial

próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de

conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima: a autonomia, a

independência e o auto controle.

A teoria de Maslow é vista como útil e orientadora para o

comportamento do administrador, porém sofreu algumas críticas como, por

exemplo, o fato de não levar em conta as exceções de comportamento e as

diferenças individuais entre as pessoas, tratando-as como se tivessem um

comportamento mais ou menos padronizado.

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Page 20: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

5 CONCEITO DE TRABALHO E A VISÃO CAPITALISTA

ÉMILE DURKEIM

Emile Durkheim (1858-1917) é considerado como um dos

pioneiros do estudo da Sociologia como ciência independente e se dedicou a

estudas os fenômenos mais marcantes do século XIX, seus processos e

conseqüências para a organização dos grupos sociais da época,

Durkheim analisava com seu método de fatos sociais e sua força

coercitiva, ou seja, a influência que possuem sobre nós. Porá fato social ele

define:

Toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando existência própria, independente das manifestações sociais que possa ter. (DURKHEIM, 1990, P. 11)

Vivendo em sociedade, somos submetidos às suas normas que,

mesmo imperceptivelmente, determinam como devemos agir, ou seja,

podemos, por exemplo, vestirmo-nos, portarmo-nos, falarmos de modo

diferente de todos na nossa comunidade, mas estamos sujeitos a causar

estranheza ou mesmo ser banidos do convívio da sociedade. Se não queremos

estudar, não queremos tomar banho, enfim, desobedecer às regras, precisamos

lutar contra elas, e podemos vence-las ou não.

Os fatos sociais apresentam características que são exteriores

ao indivíduo, são impostos, têm poder coercitivo. Algumas instituições

determinam modos de conduta em sociedade, como a escola, a igreja e a

família.

Da definição de Durkheim, podemos concluir que o fato social

tem características específicas de:

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Page 21: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Exterioridade – os fatos sociais precedem a existência do indivíduo e a ele

sobrevivem;

Coercividade – Impõem-se ao indivíduo, mesmo contra a sua vontade;

Generalidade – os fatos sociais são características gerais de determinada

sociedade ou grupo e ales dão uma feição particular.

Em Lakatos e Marconi (1995, p. 65), vamos encontrar um

exemplo: “As sanções podem ser também diretas. No mundo dos negócios, se

não usarmos as modernas técnicas para vencer nossos concorrentes, a lei não

nos punirá, mas provavelmente iremos à falência”.

Pode-se inferir, portanto, que a compreensão dos fatos sociais

pode em muito auxiliar a analisar os comportamentos, valores, códigos de

conduta e as relações sociais internas às organizações.

Durkheim via as organizações como participantes de um

processo de evolução continuado, adaptando-se (inovando, novas tecnologias e

processos de gestão, desenvolvendo novos valores) conforme a necessidade

de se adaptarem às mudanças que acontecem no ambiente onde estão

inseridas, impondo, consequentemente, a seus colaboradores novas condutas

e valores a serem seguidos.

MAX WEBER

Max Weber (1864-1920) interessava a ele entender como era

possível que os indivíduos estabelecessem relações entre si. Mantendo a

estrutura da sociedade, mesmo sendo extremamente diferentes entre si e

possuindo objetivos de vida dispares.

Weber também se preocupou em verificar os tipos de ações

sociais que compunham uma sociedade, que seriam as condutas humanas, às

quais os sujeitos, como agente destas ações, atribuem significado. Segundo

Castro (2007, p. 67), Weber “considera que a ação humana é social à medida

que, em função do significado subjetivo dado pelo(s) indivíduo(s), cãs um leva

em conta o comportamento dos outros, ocorrendo influências recíprocas”.

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Page 22: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

A sociologia, na interpretação de Weber, é uma ciência que tem por objeto compreender claramente a conduta humana e fornecer explicação causal de sua origem e resultados. Se são atitudes que explicam a conduta social, faz-se necessário pesquisar a natureza e a operação desses fatores, levando-se em consideração, principalmente, serem estas atitudes afetadas ou modificadas por motivos e ações de outros indivíduos. Padrões e categorias de validade sociológica revelar-se-iam através da atividade do indivíduo em suas relações com outras pessoas.(LAKATOS,MARCONI, 1995, P. 69-70)

Weber dividiu as ações humanas em quatro tipos idéias, que

auxiliaram as compreensões da realidade social:

1. Ação tradicional

2. Ação afetiva

3. Ação racional com relação a valores

4. Ação racional com relação a fins

1. Ação Tradicional

É a ação que é guiada pela obediência aos hábitos, costumes, crenças

aprendidas, que estão fortemente enraizados na vida do indivíduo. Este tipo de ação

é mais ou menos inconsciente, e geralmente não é questionada, já que o indivíduo

imagina que agir de tal maneira é correto porque as coisas sempre foram daquele

jeito.

Exemplo

-Entre os estudantes de classe média e alta, é tradicional cursar uma faculdade

simplesmente porque isso é o que se espera que um jovem dessas classes sociais

faça. Na maioria dos casos, tais jovens não questionam a necessidade de se fazer

uma faculdade e sequer pensam nisso.

2. Ação Afetiva

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Page 23: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

É uma ação baseada mais no estado emocional da pessoa do que em

meios racionais. As emoções são uma força muito grande no que diz respeito à

motivação do comportamento humano.

Exemplo

- Mudar de escola porque os amigos, de quem se gosta muito, também o farão;

3. Ação Racional com relação a valores

Ação determinada pela crença num valor considerado importante,

independente do êxito desse valor na realidade. É a ação pela qual se busca um

objetivo que, em si mesmo, pode até não ser racional, mas que é perseguido por meio

racionais.

Exemplo

- O estudante que pretende fazer faculdade de música sabendo que será difícil

conseguir retorno financeiro. O objetivo a ser atingido pode não ser considerado

racional (do ponto de vista financeiro), mas os meios que o estudante vai usar para

atingir seu objetivo devem ser racionais (freqüentar uma escola, estudar todos os

dias, fazer a prova de vestibular, aprender teoria musical, etc.).

4. Ação Racional com relação a fins

Pode ser definida como uma ação na qual o meio utilizado para atingir

um objetivo é sempre e totalmente racional. Nesse caso, a ação não é orientada por

um sentimento ou por um valor pessoal, mas por um fim objetivamente estabelecido.

Esse tipo de ação também é chamado de ação tecnocrática.

Exemplo

- Imagine que o engenheiro tenha como objetivo construir um edifício. Ele se utiliza,

para isso, de vá-rios conhecimentos racionais no campo da matemática, física,

resistência de materiais, etc. A eficiência do engenheiro vai ser medida pelo domínio

técnico usado para atingir o objetivo (construir o edifício).

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Page 24: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Ao estabelecer estes quatro tipos de ações sociais, ele quis determinar

tipos ideais que pudessem auxiliar a análise dos fenômenos sociais, visto que estar

ações não são encontradas em sociedade nesta divisão tipológica pura,mas de forma

combinada, relacionada. Weber acreditava que “com base em qualquer tipo social,

podemos analisar a sociedade como um todo” (CASTRO, 2007, P. 68).

O conceito de dominação weberiano implica, necessariamente, na

existência de dois polis, um referente aos dominantes e outro aos dominados que

sofrem a imposição do poder, ainda que contra a vontade. Weber ainda estabelece

alguns tipos de dominação para a melhor compreensão do tema:

Dominação Legal

A dominação legal tem como idéia base a existência de um

estatuto que pode criar e modificar normas, desde que seu processo (forma)

esteja previamente estabelecido. Portanto, constitui uma relação desprovida de

sentimentos, ou seja, baseia-se unicamente no profissionalismo e na hierarquia

da empresa.

Dominação Tradicional

É a forma mais antiga de dominação. Basicamente é aceita em

nome da tradição e dos níveis de hierarquias, onde o exercício da autoridade se

dá através, por exemplo, do comando do rei aos súditos, do pai aos filhos,

dentre outros.

Dominação Carismática 

A dominação carismática é influenciada diretamente pelos

fatores emocionais e afetivos, e a obediência não é estabelecida por regra ou

cargo, mas sim pela crença nas qualidades do líder, ao caráter sagrado, à força

heróica, ao valor exemplar ou ao poder da palavra que distingue de modo

especial e, é aceita devido a devoção afetiva por parte dos dominados. Esta

devoção deve-se ao reconhecimento que os heróis e demagogos alcançam,

convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que devem ser

seguidos pelos governados.

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Page 25: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Para Weber, as ordens estatais das sociedades ocidentais

modernas eram desdobramentos da “dominação legal” e a legitimidade dessas

ordens depende da fé na legalidade do exercício do poder, das ordens prescritas

e na competência dos que foram chamados a exercer aquele poder.

KARL MARX

Karl Marx (1818-1883), filósofo social e economista alemão,

contribui para o desenvolvimento da Sociologia por meio de suas investigações

acerca das grandes modificações que estavam ocorrendo em toda a sociedade

capitalista da época.

A contribuição dada por Marx para as ciências sociais é de

extrema importância, pois ele apresentou uma nova forma de analisar os

acontecimentos, partindo do estudo dos conflitos entre a classe burguesa,

detentora do capital e dos meios de produção e a classe dos proletários,

detentores da força de trabalho, para compreender as alterações pelas quais a

sociedade historicamente já havia passado.

Para Marx, a sociedade divide-se em infra-estrutura e supra-estrutura. A infra-estrutura é a estrutura econômica, formada das relações de produção e forças produtivas. A supra-estrutura divide-se em dois níveis: o primeiro, a estrutura jurídico-política, é formada pelas normas e leis que correspondem à sistematização das relações já existentes; o segundo, a estrutura ideológica (filosofia, arte, religião etc.), justificativa do real, é formado por um conjunto de idéias de determinada classe social que, através de sua ideologia, defende seus interesses. Sendo a infra-estrutura determinante, toda mudança social se origina das modificações nas forças produtivas e relações de produção. (LAKATOS, 1995, P.45).

Independentemente da sociedade a ser considerada, existem

nela lutas entre grupos com pontos de vista diferente no intuito de se imporem

uns sobre os outros.

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Page 26: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Outro ponto que Marx defendia era o falto de que, para ele, a

burguesia, ao dignificar o trabalho como único meio de alçar degraus na escala

social, deixa os proletários sem escolha, pois a não ser que ele trabalhe, nunca

conseguirá melhorar de vida. Considerando que, na época, esse era o grande

desejo dos proletários, fica fácil imaginar que não houve grande resistência por

parte deles em aceitar seu novo destino: usar sua força de trabalho em troca de

sustento para si e par sua família, mas logo se percebeu que ainda que muito

trabalhassem, os meios de produção continuariam nas mãos da burguesia.

6 CONCEITOS   - ANOMIA, RACIONALIZAÇÃO E ALIENAÇÃO

ANOMIA

A palavra tem origem grega e vem de a + nomos, donde a

significa ausência, falta, privação, inexistência; e nomos quer dizer lei, norma.

Etimologicamente, portanto, anomia significa falta de lei ou ausência de norma

de conduta. Foi com esse entendimento que Durkheim usou a palavra pela

primeira vez, em seu famoso estudo sobre a divisão do trabalho social, num

esforço para explicar certos fenômenos que ocorrem na sociedade.

Um bom exemplo é o caso das sociedades que viveram o

anarquismo, um movimento ideológico que se baseava na rejeição de qualquer

tutela do governo. Podemos imaginar um país sem leis e o povo fazendo o que

bem entender, isto é uma sociedade com anomia social.

RACIONALIZAÇÃO

Na sociologia, racionalização se refere a um processo no qual

um número crescente de ações sociais se baseia em considerações de

eficiência teleológica ou de cálculo, em vez de motivações derivadas da moral,

da emoção, do costume ou da tradição. Muitos sociólogos consideram a

racionalização como um aspecto central da modernidade, que se manifesta

especialmente na sociedade ocidental, em aspectos como o comportamento no

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Page 27: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

mercado capitalista, a administração racional do Estado e a expansão da

ciência e tecnologia modernas.

De fato, Weber não escreve textos que tratam especificamente

de educação, mas fornece indicações que contribuem para a formulação de

tipologias pedagógicas. Há passagens, por exemplo, em que explicita qual

deveria ser o papel do professor. Para Weber, o objetivo fundamental do

educador é proporcionar aos alunos um conteúdo que incentive a reflexão

própria, mas, para que isso aconteça não basta somente estar atento ao

conteúdo, mas também à maneira como este é transmitido. É preciso que o

professor adote uma ética não-partidária na sala de aula, ou seja, que não

exponha a sua opinião ao apresentar um conteúdo e, caso o faça, ter a

honestidade de dizer que o está fazendo. É preciso incentivar o aluno a adotar

uma opinião condizente com a sua compreensão, de modo que a posição

“neutra” do professor permita que, também fora da sala de aula, o aluno tenha a

capacidade crítica de refletir sobre o que observa, experimenta e decide.

Somente assim a conduta do professor estaria condizente com o processo de

racionalização de nossa cultura.

ALIENAÇÃO

Capaz de ameaçar o trabalho e a consciência humana desde

seus primórdios, a alienação afeta principalmente o homem do mundo

moderno, em que as relações sociais se tornam cada vez mais determinadas

por seu aspecto mercantil ou econômico-financeiro.

Alienação é a condição psico-sociológica de perda da identidade

individual ou coletiva decorrente de uma situação global de falta de autonomia.

Encerra portanto uma dimensão objetiva -- a realidade alienante -- e a uma

dimensão subjetiva -- o sentimento do sujeito privado de algo que lhe é próprio.

O conceito de alienação é comum a vários domínios do saber.

Em psicologia e psiquiatria, fala-se de alienação para designar o estado mental

da pessoa cuja ligação com o mundo circundante está enfraquecida. Em

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Page 28: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

antropologia, a alienação é o estado de um povo forçado a abandonar seus

valores culturais para assumir os do colonizador. Em sociologia e comunicação,

discute-se a alienação que a publicidade e os meios de comunicação suscitam,

dirigindo a vontade das massas, criando necessidades de consumo artificiais e

desviando o interesse das pessoas para atividades passivas e não

participativas.

A alienação social se exprime numa "teoria" do conhecimento

espontânea, formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são

imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente

percebida e vivida.

Um exemplo desse senso comum aparece no caso da

"explicação" da pobreza, em que o pobre é pobre por sua própria culpa

(preguiça, ignorância) ou por vontade divina ou por inferioridade natural. Esse

senso comum social, na verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual

sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais da sociedade –

sacerdotes, filósofos, cientistas, professores, escritores, escritores, jornalistas,

artistas -, que descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista da

classe a que pertencem e que é a classe dominante da sua sociedade.

Essa elaboração intelectual incorporada pelo senso comum

social é a ideologia. Por meio dela, o ponto de vista, as opiniões e as idéias de

uma das classes sociais – a dominante e a dirigente – tornam-se o ponto de

vista e a opinião de todas as classes e de toda a sociedade.

7 TEORIAS MARXISTA, WEBERIANA E POSITIVISTAS.

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Page 29: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

MARXISTA

Marx pode ser considerado como tendo oferecido dois conjuntos

de idéias, a primeira das quais podemos aceitar se quisermos, sem aceitar o

segundo.

1. Marx nos deu uma teoria da sociedade, ou seja, uma explicação

de como a sociedade funciona, de como e por que a história se

desenrolou e, especialmente, um relato sobre a natureza do

capitalismo. Estes são de grande valia para a tarefa de descrever

o que está acontecendo no mundo e para a compreensão dos

problemas e rumos da nossa sociedade hoje.

2. Mas Marx também considerado o capitalismo como extremamente

insatisfatório e ele estava muito preocupado com livrar-se dele,

por meio de uma revolução violenta e da criação de uma

sociedade comunista. O marxismo é, portanto, também sobre os

objetivos políticos e de ação.

Pode-se aceitar os conceitos de Marx como sendo muito útil

para o propósito de entender a nossa sociedade sem aceitar a sua condenação

do capitalismo, seus valores políticos ou suas recomendações para a ação

política.

WEBERIANA

Weber cunhou o termo "ética protestante do trabalho" para

descrever a dedicação para a simplicidade e trabalho duro que os ramos

protestantes da igreja cristã defendida.

O paradoxo da ética protestante do trabalho foi a de que o

trabalho duro, enquanto levou ao sucesso comercial, foi um pecado

(particularmente no calvinismo) para gastar o dinheiro em si mesmo ou ícones

religiosos (igrejas protestantes são muito simples, ao contrário dos católicos). A

saída foi o investimento, que simplesmente levou ao sucesso ainda mais

comercial.

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Page 30: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

De produção em massa também apoiou as idéias protestantes

de igualdade e rebateu individualismo. O sucesso comercial e simplicidade

pessoal eram visto como uma demonstração particular de piedade. Se você

pode ser rico ainda resistir à tentação fácil que ela traz, então certamente você

vai entrar no céu.

Desta forma, o capitalismo moderno, na verdade, cresceu de

busca religiosa de riqueza como um símbolo de trabalho. Ao longo do tempo

na sociedade ocidental as tentações de gastar dinheiro em si mesmo aumentada

e, talvez, levou ao declínio no elemento religioso. O capitalismo foi assim

estabelecido como uma "religião" própria.

Weber descreveu o espírito do capitalismo como as idéias e

hábitos que sustentam a busca racional de ganho econômico. Sem as

restrições da religião, a ganância e a preguiça levam a fazer o máximo de

dinheiro para o mínimo esforço.

POSITIVISTA

O positivismo é uma linha teórica da sociologia, criada pelo

francês Auguste Comte (1798-1857), que começou a atribuir fatores humanos

nas explicações dos diversos assuntos, contrariando o primado da razão, da

teologia e da metafísica.

Em outras palavras, os positivistas abandonaram a busca pela

explicação de fenômenos externos, como a criação do homem, por exemplo,

para buscar explicar coisas mais práticas e presentes na vida do homem, como

no caso das leis, das relações sociais e da ética.

Para Comte, o método positivista consiste na observação dos

fenômenos, subordinando a imaginação à observação. O fundador da linha de

pensamento sintetizou seu ideal em sete palavras: real, útil, certo, preciso,

relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em tentar elaborar um

sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da

Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.

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Page 31: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

O positivismo teve fortes influências no Brasil, tendo como sua

representação máxima, o emprego da frase positivista “Ordem e Progresso”,

extraída da fórmula máxima do Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por

base, o progresso por fim", em plena bandeira brasileira. A frase tenta passar a

imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria para a perfeita

orientação ética da vida social.

8 A CONCEPÇÃO DE HOMEM NA IDADE MODERNA

Durante a Idade Moderna surgiram novas concepções sobre

esta temática impulsionada pela reforma protestante e pela ascensão social

burguesa, na Europa Ocidental, a partir do século XVI. O trabalho adquiriu nova

importância. O Calvinismo, religião protestante, pregava o sucesso econômico

como bênção divina, para a qual o homem estaria destinado antes mesmo de

nascer. Também seria obrigação do homem ter uma vida ativa e lucrativa,

pautada pelo trabalho. Esta visão encontra-se intimamente relacionada com o

forte desenvolvimento capitalista dos países que a adotaram. Porém, esta ideia

ficou mais forte apenas nas classes que realmente foram “abençoadas” e

“predestinadas” ao sucesso financeiro.

Para definir as visões contemporâneas de trabalho, usemos as

visões de dois filósofos contemporâneos: Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770

– Alemanha,1831) e Karl Marx (1818 – Alemanha,1883):

Friedrich Hegel definiu o trabalho como elemento de

autoconstrução do homem, destacando o seu lado positivo. Através do trabalho

o homem pode se formar e se aperfeiçoar, mas também se libertar, pelo

domínio que exerce sobre a natureza.

Marx também enfatiza este lado, porém dá relevo ao papel

negativo que o trabalho tomou nas sociedades capitalistas. Para Marx, o

trabalho (usa-se o termo força de trabalho para tal fim) passou a ser

considerado mercadoria, com a qual o trabalhador sem opção precisaria vender

a quem pudesse custeá-la. Fica difícil, para alguns, falar que pelo seu trabalho

se auto-constroem, pois o trabalho é tido unicamente como algo penoso pelo

qual todos têm de passar, pois “quem não trabalha não come”.

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Page 32: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

O século passado foi marcado por grandiosas transformações

político-econômicas e sociais com a queda da URSS, vista como uma

alternativa de trabalho com distribuição de renda, o que não aconteceu de

forma plena. Guerras civis e conflitos étnicos e religiosos ganharam fôlego.

Essas mudanças, em conjunto com a revolução tecno-científica e a

globalização comercial e de informações; originaram uma massa de excluídos

nos países centrais, semi-periféricos e periféricos, caracterizada pela extinção

de vários postos de trabalho. O desafio mundial é que a sociedade do

conhecimento seja a do pleno emprego associado à qualidade de vida da

população em sua totalidade.

9 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

LINGUAGEM

Há várias maneiras de nos comunicarmos oralmente ou de

forma escrita, pois depende da situação que nos encontramos. Falamos, por

exemplo, de um jeito mais solto com as pessoas mais próximas, como nossos

amigos e familiares, e falamos de outro em situações formais, numa reunião de

trabalho, por exemplo, com o chefe ou cliente. A essas maneiras utilizadas por

um determinado grupo da sociedade, denominamos norma. Podemos, ainda,

reunir todas essas maneiras em dois grandes grupos: a chamada nora coloquial

ou popular, que é o modo como as pessoas falam diariamente, mais

espontânea, direta; e a norma culta, utilizada pelo segmento considerado culto

de uma sociedade, é a que segue as regras da gramática normativa, é

empregada em situações formais e a mais valorizada pela pessoas.

A linguagem formal é burocrática, artificial, conservadora, precisa, impessoal. A situação condiciona os falantes de tal forma que são obrigados a praticar uma linguagem técnica ou formal fora de seus hábitos normais (MEDEIROS e OMASI. Português forense. 3ªedição, São Paulo: Atlas, 2007, p. 27).

COMUNICAÇÃO

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Page 33: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

O termo comunicar vem do latim comunicare, que significa

“colocar em comum”. Segundo Magalhães (2007), comunicar é:

Disponibilizar o conhecido, reduzir o desconhecido e proporcionar entre atores sociais. É, também, buscar a ordem, estabelecer padrões de poder, é formalizar instrumentos de convívio e aproximação. È a capacidade de abstração, a imaginação. É interpretar o mundo e ser interpretado, por ela.

Mas para o mesmo autor, não são bem definidos o sujeito ao

qual se destina, o objeto e os meios. Isso porque todos são um pouco de cada

um, e a cada um parte indivisível do todo. Equivale dizer que a comunicação

humana é um fenômeno complexo, em que os subsistemas que a compõem

interagem entre si e apresentam relações de mútua dependência, em que o

todo è maior do que a soma das partes.

Os processos de comunicação têm sido vistos como

estratégicos no enfrentamento das turbulências de mercado e nos processos de

mudança organizacional, necessários para as adaptações das organizações a

tais turbulências.

No contexto das organizações, a comunicação não se restringe

ao ambiente interno, caracterizado pelo envio de mensagens impressas ou

eletrônicas entre os diferentes setores ou departamentos, ao jornalzinho da

empresa, às normas de conduta e procedimentos técnicos afixadas em quadros

e painéis ou divulgadas ou aos sistemas de símbolos e sinais. Ela ultrapassa os

muros da empresa para chegar onde se faz necessária, passando a se ocupar,

segundo Fonseca (2002), de:

Instantâneas e efêmeras coalizões sociais políticas, com a formação de tribos virtuais, com a criação de novas sensações que posam atrair o insaciável ser consumidor, com a diversidade de públicos ameaçados pelas incertezas e riscos que compõem uma sociedade que vivencia aquilo que Brauman (1998) denomina mal-estar da pós-modernidade.

10. PESQUISA

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Page 34: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Pesquisa realizada no Lar Fabiano de Cristo.

QUESTÕES APLICADAS AO ADMINISTRADOR

Empresa: Lar Fabiano de Cristo

Administrador(a): Maria Madalena Freitas Pinheiro

Função: Supervisora da unidade em Governador Valadares

1. Há quanto tempo é gestor da empresa?

Trabalho na empresa a 13 anos, porém tem 07 anos que sou administradora da

unidade em Governador Valadares.

2. Você é graduado em administração? Se não, possui outra graduação? Qual?

Estou em curso na graduação em Bacharel em Administração na Faculdade de

Administração de Governador Valadares. Possuo outro curso superior, sou

formada em Serviço Social pela Universidade Vale do Rio Doce.

3. No seu ponto de vista, quais habilidades são importantes hoje para um

gestor?

Habilidade social, habilidade de comunicação. Espírito de liderança e gestão

pessoal

4. Estas habilidades se alteraram desde que começou a trabalhar?

Houve uma melhoria nas habilidades, pois todo cargo exige.

5. Na sua opinião, por que as pessoas trabalham?

Algumas por necessidade, outras porque gostam de serem úteis e outras

acreditam que vão contribuir com desenvolvimento humano.

6. O que, para você, motiva as pessoas no trabalho?

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Page 35: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Reconhecimento pessoal e profissional

7. Qual sua percepção sobre as mudanças na administração desde que

começou a trabalhar?

Conseguimos ter uma visão diferenciada dos colaboradores, principalmente

daqueles que estão comigo nestes 07 anos de Lar Fabiano de Cristo.

8. Como estas mudanças refletiram para os trabalhadores?

Uma mudança no comportamento interpessoal

9. Você muda o modo de falar (de maneira formal e informal) conforme a

pessoa e a situação dentro da empresa?

Conforme a situação, tenho que ter uma visão do todo.

QUESTÕES APLICADAS AO FUNCIONÁRIO

Empresa: Lar Fabiano de Cristo

Funcionário: Edílson Faria Lima

Função: Assistente Administrativo

1. Como o gestor da empresa conversa com você? Com linguagem técnica,

popular ou formal?

Com linguagem popular

2. Quais foram as mudanças nas condições de trabalho desde que começou a

trabalhar?

A liberdade de poder dar sugestões e elas serem analisadas e colocadas em

prática e no momento a questão do plano de carreira

3. Como estas mudanças nas condições de trabalho refletiram na sua vida?

Fico mais animado e com muito mais prazer em trabalhar, procurando sempre

fazer o melhor.

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Page 36: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

4. Por que as pessoas trabalham?

Elas têm obrigações a cumprir: Alimentar, divertir, pagar a contas e tantas

outras coisas mais.

5. O que te motiva a realizar seu trabalho?

De poder mostrar que sei fazer o trabalho da melhor maneira possível e ele ser

reconhecido.

6. Na sua opinião, para ser um bom chefe, quais habilidades uma pessoa deve

ter?

Ser comunicativo, bom ouvinte, paciente, saber lidar com as pessoas de modo

geral, isso é muito importante.

7. Que habilidades são necessárias para manter um bom relacionamento com

as pessoas que trabalham com você?

Sinceridade, saber ouvir, procurar fazer o seu trabalho da melhor maneira

possível.

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

O administrador viu mudanças nas habilidades do administrador nos últimos

anos?

Sim.

O melhor exemplo disso é a evolução do tempo e as conquistas realizadas em

todas as áreas, pois contribuíram para o conhecimento e a busca de fazer o

melhor

O trabalhador viu mudanças nas habilidades do administrador nos últimos

anos?

Sim

Atualmente tudo é mais dinâmico e todos os problemas e situações adversas

têm que ser resolvidas da melhor maneira possível e em tempo hábil.

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Page 37: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Comparação das respostas:

Tanto o administrador quanto ao trabalhador concordaram que o tempo evolui e

contribuiu para que os processos tornem mais ágeis e dinâmicos.

Qual a visão que o administrador tem sobre o ser humano?

Um ser capaz de evoluir e conseguir seus objetivos, desde que seja da melhor

maneira possível.

Qual a visão que o funcionário tem sobre o ser humano?

O mundo de hoje é mais acessível às informações, com o advento da

tecnologia tudo ficou fácil e possibilita a busca do conhecimento e crescimento

pessoal.

As visões são compatíveis? Há diferenças de visão sobre o ser humano entre

administrador e trabalhador? Quais?

Não

Conforme os dados coletados com relação a visão sobre o ser humano, qual

teoria da administração norteia as suas ações e por quê?

Teoria do Desenvolvimento Organizacional (D.O): são as mudanças que

ocorrem dentro de uma organização. Segundo essa teoria aberta, democrática

e participativa, as organizações devem se voltar mais às pessoas do que às

técnicas e recursos para conseguir uma maior capacidade de realizar as

mudanças necessárias ao desenvolvimento organizacional.

Qual das teorias sociológicas melhor se aplica ao conceito de Administração

encontrado em sua pesquisa?

Karl Marx.

O ponto de partida do pensamento marxista é a consciência de que toda

história humana parte da existência de seres humanos vivos, onde, partindo

deste princípio valorização do homem buscam alcançar as transformações

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Page 38: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

necessárias para uma sociedade mais justa, igualitária e humana. A teoria

marxista também procura explicar a evolução das relações econômicas nas

sociedades humanas ao longo da história a história da humanidade seria

constituída por uma permanente luta de classes.

11 CONCLUSÃO

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Page 39: A EVOLUÇÃO DAS TERORIAS ADMINISTRATIVAS

Teorias da Administração são extremamente novas, datam de

menos de cem anos. Com o estudo delas conseguimos compreender os

principais aspectos e a importância que cada abordagem teve para a evolução

e melhoria das organizações da época relacionadas aos trabalhos humanos e a

visão do individuo que cada uma define. Elas continuam tendo grande

importância para as organizações atuais, afinal as organizações ainda utilizam

grande parte do que estudamos neste trabalho para se firmarem no mercado de

trabalho e manterem competitivas diante de tantas outras.

Os estudos da sociologia têm a definição do trabalho feita por

três clássicos de forma distinta. Segundo Marx, a divisão social do trabalho

segue todo um arranjo de tal forma que sempre haja classes dominantes e

classes dominadas, e que necessariamente essas classes estão em conflito

entre si. Para Weber, a sociedade era composta de partes cuja constituição

depende fundamentalmente do indivíduo. As relações entre esses indivíduos

seguiriam suas quatro formas de ação social (racional orientada a fins, racional

orientada a valores, afetiva, tradicional). Para Durkheim, para quem a

sociedade era um organismo constituído de partes identificáveis e com relações

bem definidas entre essas partes, a divisão social do trabalho significava o

funcionamento, a princípio harmônico, desse organismo.

12 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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