a estratificaÇÃo de risco em saÚde mental

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A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA TRANSTORNOS MENTAIS E DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS Objetivo do Planejamento do Sistema de Assistência para a Saúde (WHO, 2004) Profª Gabriella Boska Profª Maria do Perpétuo Nobrega

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Page 1: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA TRANSTORNOS MENTAIS E

DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Objetivo do Planejamento do Sistema de Assistência para a Saúde

(WHO, 2004)

Profª Gabriella Boska

Profª Maria do Perpétuo Nobrega

Page 2: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA TRANSTORNOS MENTAIS E DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Em saúde mental nem sempre os sinais e sintomas definidos como graves e persistentesem determinado grupo exige que a atenção em saúde ocorra num nível secundário outerciário, assim como os sinais e sintomas do grupo definidos como levesnecessariamente não excluem a necessidade de um atendimento em nível secundário

Fatores agravantes + Fatores atenuantes

FATORES QUE PODEM DEFINIR A GRAVIDADE OU O RISCO DA

DOENÇA

Page 3: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

A escolha dos parâmetros foi fundamentada na necessidade de definir o nível em que ocorrerá a assistência em saúde.

Primário

TerciárioSecundárioSinais e sintomas graves

e persistentes

Sinais e sintomas leves e moderados

Page 4: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

Os transtornos mentais, assim como a dependência química, por sua característica de cronicidade, tendem a oscilar em sua necessidade de local

de atenção ao longo da vida.

CAPS

Álcool e outras drogas

UBS

Depressão e

Ansiedade

Psicoses

Hospital

Page 5: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO TRANSTORNOS MENTAIS E DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Objetivo do Planejamento do Sistema de Assistência para a Saúde (WHO, 2004)R

edu

zir

Impacto da doença sobre o individuo, seus familiares e

a sociedade.Incidência

Prevalência

RecorrênciaTempo perdido com

sintomas

Page 6: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

A estratificação de risco da população alvo:

Gravidade dos sinais e sintomas apresentados

+

Condições de vida atual do usuário

Diagnóstico

Page 7: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

GRUPO I – Sintomas relacionados aos transtornos mentais comunsGRUPO II – Sintomas relacionados aos transtornos mentais severos e persistentesGRUPO III – Sintomas relacionados à dependência de álcool e outras drogasGRUPO IV - Sintomas relacionados a alterações na saúde mental que se manifestam nainfância e/ou na adolescênciaGRUPO V – Sintomas relacionados a alterações na saúde mental que se manifestam nosidososGRUPO VI – Fatores que podem se constituir em fatores agravantes ou atenuantes deproblemas de saúde mental já identificados

Os sinais e sintomas foram divididos em 06 grupos, de acordo com a frequência em que se apresentam nas respectivas síndromes psicopatológicas, e foram pontuados de acordo com

o grau de gravidade

(WHO, 2004)

Page 8: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

•Os sinais e sintomas de cada grupo são pontuados de1 a 10 de acordo com o nível de gravidade, porexemplo:

Queixas somáticas – 1 ponto

Medo intenso – 2 pontos

Euforia – 4 pontos

Delirium tremens – 10 pontos

Alucinação – 10 pontos

Page 9: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

Condições especiais Gestação(Sentinelas) População indígena

Deficiência mental

Eventos Agudos Tentativa de suicídio(Urgência) Surto Psicótico

Síndrome de abstinênciaNão faz estratificação

na APS.

Page 10: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

Propostas de ações de acordo com a Estratificação de Risco

Baixo risco: cuidados oferecidos deforma progressiva. Ex: Gruposterapêuticos, terapia medicamentosa,psicoterapia em grupo e/ou individual,compartilhamento de caso com nívelsecundário.

Médio e alto risco: atendimento domiciliarcom usuário e família, suporte de pontos deatenção secundário e terciário quandonecessário. Intervenções psicoeducacionais,cuidado a comorbidades clínicas. Necessáriomatriciamento.

Page 11: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

PONTO DE ATENÇÃO

COMPETÊNCIAS TERRITÓRIO SANITÁRIO

UBS / ESF Acolhimento

Estratificação de risco

Ordenadora do Cuidado Articulação da Rede Intra e Intersetorial

Cadastramento

Vínculo Responsabilidade pelos usuários do seu território

Garantir o cuidado e a resolubilidade da atenção para usuário de baixo e médio risco

Compartilhamento com o CAPS do cuidado ao usuário de alto risco

Educação em saúde

Atividades coletivas

Território de abrangência

Território de abrangência

Page 12: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

• Caso A:

G.P.S 17 anos, estudante do ensino médio, mora com os pais e a avó,aparenta não ter um bom relacionamento com o pai. Foi uma criançamais isolada, não interagia com os colegas da forma comum para suafaixa etária. Apresentou ao longo do seu desenvolvimento humordepressivo e pensamentos de negatividade com relação a si mesma.Tem o hábito de automutilação e quando questionada, refere que issoalivia seu sofrimento. Tentou suicídio pela segunda vez com ingestamedicamentosa, os quais comprou pela internet. Foi encontrada nasala de sua casa, com sinais de intoxicação, encaminhada ao prontosocorro. Retorna para a UBS para retirada de pontos em pulsos,apresenta choro frequente e não quer verbalizar seus sentimentos.

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Page 15: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ASPECTOS IMPORTANTES

A estratificação de risco em saúde mental é uma estratégia para identificar as pessoas que sofrem

mentalmente, ofertar um cuidado mais adequado e auxiliar as equipes a se organizarem para possibilitar este

cuidado.

Portanto, não podemos nos “prender” somente à estratificação porque jamais vai representar a pessoa, ela é muito mais do que aparecerá na estratificação.

Page 16: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ASPECTOS IMPORTANTES

A maioria dos sinais e sintomas do instrumento podem ser interpretados a partir da subjetividade do avaliador, por

isso é importante procurar minimizar as inferências pessoais e se concentrar no histórico da pessoa.

Iniciar a estratificação pelos usuários já identificados e/ou em acompanhamento na UBS.

Page 17: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ASPECTOS IMPORTANTES

A estratificação pode ser realizada conjuntamente pela equipe.

Em caso de divergências, pontuando para mais, não há tanto problema, mas há a necessidade de discutir o

caso.

Pois, poderá ocasionar uma pontuação super valorizada e encaminhamentos desnecessários ao especialista.

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Page 19: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

RASTREIO OU CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PARA

USO DE ÁLCOOL

Page 20: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL
Page 21: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

POSSÍVEIS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA

USO DE ÁLCOOL NA ABS

Uso de baixo risco: Orientação básica

Uso de risco/moderado: Aconselhamento

Uso nocivo/abusivo/alto risco: Intervenção breve

Uso dependente/severo: serviço especializado

Page 22: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

ACONSELHAMENTO

Como fazer?

Você se sente a vontade com seu consumo

atual de AOD?

Reflexão

O que vocêpretende

fazer com o seu consumo

Responsabilização

E se você mudasse o caminho da sua casa?

Menu de escolhas

Na minha opiniãoeste uso esta

prejudicando você, parece que esta

perdendo o controlenão acha?

Opine (se autorizado)

Vamos encontrar

juntos uma forma de eu

poder ajudar.

Interesse

Tudo bem se vocêacredita que tem controle, o que

podemos fazer entãopara resolver a situação atual?

Evite confronto

Page 23: A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL

Referências

Nutt DJ, King LA, Phillips LD. Drug Harms in the UK: a multicriteria decision analysis. The Lancet.

V316, November 6 2010. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(10)61462-

6/abstract

Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. SVS/CN-DST/AIDS. A Política do

Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas/Ministério da Saúde.

2.ed. rev. ampl.– Brasília:Ministério da Saúde, 2004.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS (Coord.). Classificação de Transtornos Mentais e de

Comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas,

1993.