a escrita de sinais

Upload: dhiane-cheila-bergamini

Post on 10-Jan-2016

19 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

XXX

TRANSCRIPT

  • A ESCRITA DE SINAIS (SIGNWRITING)1

    comum as pessoas ignorarem que a lngua de sinais dos surdos seja um sistema lingustico organizado. Entre aqueles que j esto convencidos de seu estatuto lingustico, no entanto, h uma crena dominante de que ela seja uma lngua grafa, como lnguas indgenas e dialetos africanos, por exemplo.

    Justamente para superar esse preconceito, a escrita da lngua de sinais, denominada tambm de Sign Writing (SW), ser o tema desta unidade.

    A escrita da lngua de sinais consiste em um sistema de transcrio que busca representar suas unidades mnimas, ou seja, seus parmetros bsicos constitutivos: as configuraes de mos, os movimentos, os locais de articulao e as expresses manuais, alm de outros elementos que lhes so prprios.

    Em 1974, Valerie Sutton adaptou um sistema de notao da dana para o registro dos sinais, o qual foi aprimorado e transformado em um programa de computador SignWriter para facilitar seu uso, j que o mes-mo tem base ideogrfica, muito prxima das escritas pictogrficas dos homens primitivos.

    Para escrever a lngua de sinais, contamos com um alfabeto visual, formado por um conjunto de smbo-los convencionais, que serve para registrar os movimentos de todas as lnguas de sinais do mundo.

    Observe o fragmento de um texto em escrita de sinais que transcreve uma narrativa em Libras:

    1 A unidade foi elaborada com base no livro Lies sobre o SignWriting. Um sistema de escrita para a lngua de sinais de Valerie Sutton. Traduo de Marianne Stumpf.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    (SUTTON, Marianne. Lies sobre o SignWriting. Um sistema de escrita para a Ln-gua de sinais. Traduo: STUMPF, Marianne.)

    A primeira percepo que temos pode ser a de um sistema ilegvel de escrita, uma grande carta enigmtica, considerando nosso estranhamento em relao s convenes que regem suas regras de organizao. No entanto, observando mais atentamente, comeamos a reconhecer rostos, forma-tos de mos e flechas indicativas de movimentos no preto e branco do papel.

    Nosso objetivo apresentar os smbolos utilizados na escrita de sinais, fazendo relao com seus parmetros constitutivos, oportunizando a ampliao dos conhecimentos da criana em relao lngua que est aprendendo.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • Como o nmero de smbolos que compem o alfabeto da escrita de sinais muito extenso, apresentaremos apenas algumas noes bsicas, a fim de que o professor possa mediar as interaes da criana com esse sistema de escrita, no livro do aluno. A partir desta unidade, todas as lies traro registro na escrita de sinais, familiarizando a criana com mais uma forma de registro das linguagens humanas.

    A primeira regra compreender que os principais smbolos representados so as configuraes de mos, que so representadas desta forma: punho fechado, punho aberto, mo plana, como no exemplo abaixo:

    Punho fechado de frente

    Punho aberto de perfil

    Mo plana de frente

    CONFIGURAO DE MOS

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • Outra conveno importante observar que a pessoa que l e escreve os sinais deve faz-lo como se estivesse olhando suas prprias mos.

    Palma da mo

    Quando voc v a palma de sua prpria mo enquanto est sinalizando, o smbolo para a mo ser branco ou transparente.

    A palma da mo sempre escrita com smbolo branco ou transparente.

    Lado da mo

    Quando voc v o lado de sua mo en-quanto sinaliza, o smbolo ser metade pre-to, metade branco.

    A parte branca do smbolo mostra onde a palma da mo est. A parte escura repre-senta o dorso da mo.

    LADO DA MO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    PALMA DA MO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • Quanto s configuraes de mos, as mais bsicas so as seguintes:

    Punho fechado de frente

    Punho fechado, in-dicador estendido

    de frente

    Punho aberto de perfil

    Punho aberto, in-dicador estendido

    de perfil

    Mo plana de frente

    Mo plana aberta forma com 5 de

    frente

    Mo curvada de perfil

    Mo curvada de perfil

    CONFIGURAO DE MOS

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • Um aspecto importante, devido natureza visual-espacial da Libras, que as mos podem estar posicionadas em dois planos: a viso de frente, em que se estabelece o plano de parede para posicio-nar a mo; e a viso de cima, em que o cho tomado como plano de perspectiva. Essa conveno registrada da seguinte maneira:

    Viso de frente mos paralelas parede.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Viso de cima mos paralelas ao cho.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Existem smbolos de contato, utilizados para descrever os tipos de toque que a mo estabelece com a regio da localizao do sinal (contato, deslizar, esfregar, bater, escovar etc.), mas iremos ape-nas destacar o smbolo para o CONTATO, que o asterisco (*), em sinais como DESCULPAR, ESCOLA e SURDO.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    DESCULPAR ESCOLA SURDO

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • O smbolo de contato se coloca perto do lado respectivo.

    VER

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    OLHOS

    Quando a mo toca o nariz, escrevemos uma linha vertical para representar.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    O smbolo de contato se coloca sobre a linha, o mais perto possvel do mesmo lado do rosto, o que torna mais fcil a leitura.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    NARIZ

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • MOVIMENTOSOs movimentos so representados com flechas na escrita de sinais, e podem ser retos, sinuosos,

    circulares etc. O mais importante conhecer a conveno que distingue movimentos no plano de parede e plano de cho, para identificar a perspectiva correta da mo.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • PLANO DE PAREDEO plano de parede corta o corpo como uma porta, de lado a lado. Movimentos paralelos como o

    plano de parede so para cima e para baixo. So escritos com setas de dupla haste.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • PLANO DE CHOO plano de cho corta o corpo como um tampo de mesa, de frente para trs. Movimentos para-

    lelos com o plano de cho so para frente e para trs. So escritos com setas de haste simples.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Outro aspecto interessante e que diferencia a mo sinalizadora: flechas preenchidas (pretas) in-dicam mo direita e flechas no preenchidas (brancas) , indicam mo esquerda, conforme exem-plo no verbo PODER, a seguir:

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • PODER

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Por fim, destacamos a escrita das expresses faciais, muito importantes para diferenciar signifi-cados.

    FRIO MUITO FRIO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • Esperamos que essas diretrizes bsicas possam ser suficientes para esclarecer os critrios de or-ganizao e registro da escrita de sinais, ampliando as possibilidades de aprofundamento da Libras entre os alunos.

    SUGESTES DE ATIVIDADESA partir do momento que os alunos conhecerem as convenes mnimas para registro dos si-

    nais, o professor pode estimular que os sinais aprendidos sejam escritos, iniciando com aspectos bem simples, como as configuraes de mos, por exemplo.

    Uma atividade que cumpre esse objetivo o registro das CMs das letras do alfabeto.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    p

    q

    r

    s

    Na medida em que as crianas estiverem familiarizadas com as CMs, introduzir outras regras, progressivamente, como o plano da mo, a orientao de mo e assim por diante.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • PARA SABER MAISPara aprofundar seus conhecimentos sobre a escrita de sinais, indicamos o site oficial do Sign

    Writing, de Valerie Sutton, que traz inmeras informaes e produtos sobre esse sistema de escrita, disponvel em: .

    Indicamos a leitura do texto traduzido por Marianne Stumpf, pesquisadora surda que introduziu os estudos sobre a escrita de sinais no Brasil, por meio das investigaes que desenvolveu em seu doutoramento na PUCRS, em 1996.

    Lies sobre o SignWriting, de Valerie Sutton, disponvel em:

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • ANOTAES

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    ESCRITA DE SINAIS: SIGNWRITINGEste material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 74

    OL, AMIGOS! HOJE VAMOS CONHECER FORMAS DE NOTAO BSICAS DA ES-

    CRITA DE SINAIS. VEJAM ESTE TEXTO, ELE EST ESCRITO NA ESCRITA DE SINAIS, ESSA

    A ESCRITA DE NOSSAS MOS QUANDO SINALIZAM. VAMOS VER COMO ?

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 75

    A PESSOA QUE FALA PORTUGUS,

    ESCREVE EM PORTUGUS?

    A PESSOA QUE FALA INGLS,

    ESCREVE EM INGLS?

    E O SURDO,

    EM QUE LNGUA ESCREVE?

    (CAPOVILLA, FERNANDO CSAR; RAPHAEL, WALkIRIA DUARTE. DICIO-NRIO ENCICLOPDICO ILUSTRADO TRILNGUE: LNGUA DE SINAIS

    BRASILEIRA. SO PAULO: EDUSP, 2002.)

    OBSERVEM AS CONFIGURAES BSICAS DAS MOS:

    PUNhO FEChADO

    PUNhO ABERTO

    MO PLANA

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 76

    O SMBOLO DE CONTATO SE COLOCA PERTO DO LADO RESPECTIVO.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    OLHOS

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    VER

    QUANDO A MO TOCA O NARIZ, ESCREVEMOS UMA LINHA VERTICAL PARA

    REPRESENTAR.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 77

    O SMBOLO DE CONTATO SE COLOCA SOBRE A LINHA, O MAIS PERTO POSSVEL

    DO MESMO LADO DO ROSTO, O QUE TORNA MAIS FCIL A LEITURA.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    NARIZ

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 78

    VEJAM QUANDO H DEDOS, NS ADICIONAMOS LINHAS.

    MO INDICADORA

    MO D

    MO ABERTA

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 79

    CONFIGURAES DE MO

    PUNHO FECHADO DE FRENTE

    PUNHO FECHADO, INDICADOR

    ESTENDIDO DE FRENTE

    PUNHO ABERTO DE PERFIL

    PUNHO ABERTO,

    INDICADOR ESTENDIDO DE

    PERFIL

    MO PLANA DE FRENTE

    MO PLANA ABERTA FORMA COM 5 DE FRENTE

    MO CURVADA DE PERFIL

    MO CURVADA DE PERFIL

    CONFIGURAO DE MOS

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 80

    PONTO DE VISTAPRESTE ATENO NO POSICIONAMENTO DA MO AO SINALIZAR!

    SE VOC OLHA A SUA MO NESTA POSIO, A ESCRITA ESTA, COM A COR

    PRETA:

    DORSO DA MO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 81

    SEMPRE QUE VOC ENXERGAR A PALMA DE SUA MO ASSIM, A ESCRITA CORRE-

    TA ESTA, COM A COR BRANCA.

    PALMA DA MO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 82

    MAS SE A MO EST POSICIONADA DESTA MANEIRA, VOC ENXERGA A PALMA

    (BRANCO) E O DORSO (PRETO), E A MO DIREITA E ESQUERDA SO REPRESENTADAS

    ASSIM:

    PALMA DA MO DORSO DA MO

    MO ESQUERDA MO DIREITA

    LADO DA MO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 83

    ORIENTAO DE MO PLANO DE PAREDEO PLANO DE PAREDE UM PLANO IMAGINRIO PARALELO PAREDE. QUANDO

    A MO FICA PARALELA PAREDE ELA VISTA DE FRENTE. MOS QUE FICAM PARA-

    LELAS PAREDE NO TM ESPAO NAS ARTICULAES DOS DEDOS.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    ESSE SMBOLO REPRESENTA A CM (MOSTRAR), QUE EST POSICIONADA NO

    PLANO DE PAREDE.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 84

    ORIENTAO DE MO PLANO DE CHO O PLANO DE CHO UM PLANO IMAGINRIO PARALELO AO CHO. QUANDO A

    MO FICA PARALELA AO CHO ELA VISTA DE CIMA. ISSO CHAMADO DE VISO

    DE CIMA.

    MOS QUE FICAM PARALELAS AO CHO TM UM ESPAO NA ARTICULAO

    DOS DEDOS.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 85

    O PEQUENO ESPAO VAZIO NA ALTURA DO PUNHO SIGNIFICA QUA A MO EST PARALELA AO CHO E A VEMOS DE CIMA.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    ORIENTAO DA PALMA

    ORIENTAO DE MO PLANO DE PAREDE

    CARRO

    LARANJA

    SOLTEIRO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 86

    CONFIGURAES DE MO E ORIENTAO DE MO PLANOS DE PAREDE E CHO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 87

    A MO PARALELA PAREDE

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    ORIENTAO DE MO PLANO DE CHO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 88

    ORIENTAO DE MO PLANO DE PAREDE

    UM

    SURDO

    NO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 89

    TIPO DE CONTATOCONTATO DE TOCAR. O CONTATO UM TIPO DE TOQUE QUE ESCRITO COM

    UM ASTERISCO.

    TOQUE DEFINIDO COM A MO GENTILMENTE EM CONTATO COM OUTRA

    PARTE DO CORPO.

    DESCULPAR ExPERIMENTAR

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 90

    TIPO DE CONTATO: TOCAR (*)O SMBOLO DE TOCAR SE COLOCA PERTO DO LUGAR ONDE AS MOS SE TOCAM.

    TEMPO (FUTEBOL)

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    CASA

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    APLAUDIR (OUvINTE)

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 91

    CONFIGURAES DE MOS

    CONFIGURAO ESCREvE-SE ExEMPLO

    NOME

    vER

    NEvE

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    PORTO ALEGRE

    JUSTIA

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 92

    CONFIGURAO ESCREvE-SE ExEMPLO

    FRIO

    GRITAR

    TELEvISO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    BRAvO

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 93

    ORIENTAO DA PALMA VISO DE CIMAA MO FICA PARALELA AO CHO

    O ESPAO NA ARTICULAO DO DEDO SIGNIFICA

    QUE A MO FICA PARALELA AO ChO

    vOC

    MAS

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .IE

    SDE

    Bras

    il S.

    A.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 94

    ORIENTAO DA PALMA VISO DE FRENTEA MO FICA PARALELA PAREDE

    SOzINhO

    DOMINGO

    INvENTAR

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 95

    BOM

    OUTUBRO

    ENSINAR

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    LNGUA DE SINAIS

    AMRICA

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 96

    SENTIDO

    INDICA O SENTIDO DA MO EM RELAO AO PLANO.

    H SINAIS QUE, EMBORA FONOLOGICAMENTE POSSAM SER EXECUTADOS

    INDIFERENTEMENTE COM QUALQUER UMA DAS MOS, A REPRESENTAO ESCRI-

    TA SER, NECESSARIAMENTE, COM A MO DIREITA OU COM A MO ESQUERDA,

    DEVIDO POSIO DOS DEDOS.

    POR EXEMPLO, O SINAL CERTO PODE SER EXECUTADO COM A ESQUERDA OU

    COM A DIREITA, MAS MOSTRAR OS DEDOS POSICIONADOS CONFORME A MO

    QUE FOI USADA NO ENUNCIADO.

    SINAL ESCRITO CERTO ExECUTADO COM A MO

    ESQUERDA

    SINAL ESCRITO CERTO ExECUTADO COM A MO

    DIREITA

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 97

    OBSERVE QUE AS EXPRESSES FACIAIS TAMBM PODEM SER ESCRITAS.

    FRIO MUITO FRIO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    EXPRESSO FACIAL: SOBRANCELHAS

    SOBRANCELhAS PARA BAIxO

    SOBRANCELhAS PARA CIMA

    SOBRANCELhAS PARA CIMA, LADO DE DENTRO

    SOBRANCELhAS PARA CIMA, LADO DE FORA

    SOBRANCELhAS PARA BAIxO, LADO DE FORA

    SOBRANCELhAS PARA BAIxO, LADO DE DENTRO

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 98

    EXPRESSO FACIAL: BOCA

    BOCA RETA, FEChADA

    METADE SORRISO, METADE RETA

    TRISTE FEChADA

    SORRISO FEChADO

    TRISTE ABERTA

    BOCA TENSA

    LBIOS SUGADOS

    BEIJO

    BOCA ABERTA

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    OLHOS E NARIZIE

    SDE

    Bras

    il S.

    A.

    QUANDO SE TEM UM SIGNO PERTO DOS OLHOS, ESCREVEMOS DOIS PEQUENOS

    SEMICRCULOS PARA REPRESENTAR OS OLHOS.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 99

    EXPRESSO FACIAL: OLHOS

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    OLhOS FEChADOS

    OLhOS ABERTOSOLhOS BEM ABERTOS

    OLhOS ESPREMIDOSOLhOS MEIO FEChADOS

    OLhOS MEIO ABERTOS CLIOS

    A MO UMA FORMA SIMPLIFICADA DA ESCRITA PADRO QUE EXCLUI ALGUNS

    SMBOLOS DE MANEIRA A FACILITAR A REDAO ESCRITA MO.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 100

    VEJA, ESTE TEXTO FOI ESCRITO POR CRIANAS SURDAS. VOC TAMBM PODE

    ESCREVER A EM SEU CADERNO. VAMOS FAZER ALGUNS EXERCCIOS?

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 101

    ATIVIDADES1. LIGUE A OPO DE CONFIGURAO AO PLANO CORRETO.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 102

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 103

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 104IE

    SDE

    Bras

    il S.

    A.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 105IE

    SDE

    Bras

    il S.

    A.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 106IE

    SDE

    Bras

    il S.

    A.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 107

    2. CIRCULE O SINAL QUE CORRESPONDE CONFIGURAO DE MO APRESENTADA.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 108IE

    SDE

    Bras

    il S.

    A.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 109

    3. ENUMERE OS REGISTROS DE SIGNWRITING DE ACORDO COM OS PLANOS INDI-CADOS.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    1 2 3

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 110

    4. PINTE A EXPRESSO FACIAL CORRESPONDENTE AO SMBOLO CORRETO.

    Jup

    iter I

    mag

    es.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Jup

    iter I

    mag

    es.

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • 111Ju

    pite

    r Im

    ages

    .

    IESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • Diferentes culturasA cultura pode ser simbolizada como a expresso dos valores, crenas e prticas dos diferentes grupos

    sociais em sua organizao, na produo da vida. Na aula de hoje, cujo tema Diferentes Culturas, apresenta-remos aspectos que expressam a cultura material de alguns grupos tnicos que contriburam para a miscige-nao do povo brasileiro, como um meio de contextualizar o debate sobre a cultura surda.

    Mas existe uma cultura surda? A resposta a essa questo exigiria um aprofundamento relativo ao con-ceito de cultura, o qual no o foco de nossa discusso. Por ora, importante destacar que nosso ponto de partida para a discusso considera que a noo de cultura no est apenas relacionada s etnias, ou naciona-lidades, quase sempre vinculadas a concepes biolgicas (raciais) ou geogrficas (de localizao no espao), mas como elementos materiais e simblicos que no apenas expressam, mas, sobretudo, constituem os vn-culos identitrios que definem a organizao de grupos sociais.

    Os surdos, por exemplo, no possuem nenhuma marca fsica racial que os identifique e, tampouco, ha-bitam um mesmo territrio geogrfico. No entanto, inegvel nossa percepo de que os surdos comparti-lham experincias pautadas em referncias diferenciadas daqueles no surdos, que os identificam como par-te de uma cultura minoritria, cujo maior smbolo identitrio a lngua de sinais. Ainda que a comunicao visual seja a principal marca lingustica que aproxima os membros dessa comunidade, h outros traos que se somam a essa experincia, dependentes das relaes que os surdos vivenciam em meio a outras referncias culturais religiosas, tnico-raciais, econmicas e assim por diante.

    Karin Strobel, pesquisadora surda da Universidade Federal de Santa Catarina e autora do livro Imagens do Outro sobre a Cultura Surda (2008), afirma que h vrios artefatos culturais que diferenciam os sujeitos surdos

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • dos sujeitos ouvintes. A autora indica a centralidade da experincia visual nas interaes e percep-es dos surdos sobre o mundo e indica a lngua de sinais como o principal artefato da cultura surda, alm dos gestos naturais e sinais caseiros prprios de surdos que vivem isolados, em zonas rurais ou da comunidade surda. Em sntese, essa experincia visual est presente nos movimentos surdos, na sua lngua, na arte e literatura e em outros artefatos que materializam sua cultura.

    A seguir uma sntese dos principais artefatos culturais dos surdos, apresentados pela autora:

    ArtEFAtO CUltUrAl: liNgUStiCOA lngua de sinais uma das principais marcas da identidade de um povo surdo, por ser uma

    forma de comunicao que capta as experincias visuais dos sujeitos surdos e possibilita a apro-priao e transmisso do conhecimento universal. Decorrente de sua modalidade visual-espacial, a lngua de sinais possui um sistema de escrita de base ideogrfica, denominado SignWriting (SW)1, contribuindo para superar o mito de seu carter grafo.

    Observe um texto na escrita de sinais, a qual representa os principais parmetros articulat-rios da libras: configurao de mos, locao, movimento, orientao das mos e expresses no manuais.

    1 A pesquisa do sistema SignWriting (SW) no Brasil foi desenvolvida pela doutora Marianne Stumpf, que surda, e outros, o primeiro contato que ela teve com esse sistema foi no ano de 1996 e em 2005 defendeu a sua tese com esse tema. Esse sistema agora conhecido no Brasil como ElS Escrita em lngua de Sinais.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • Dicionrio de sinais

    iESD

    E Br

    asil

    S.A

    .

    Famlia

    Papai

    Mame

    Chinelo

    Menino

    Menina

    Cachorro

    Papai

    Mame

    Casa

    Papai

    Mame

    Amigo

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • ArtEFAtO CUltUrAl: FAMiliArA experincia de mais de 90% dos surdos pertencerem a famlias ouvintes cria uma forma de

    interao tpica, marcada pela carncia de dilogo e entendimento da questo da cultura surda e da lngua de sinais. Em contrapartida, famlias surdas apresentam modos interativos muito singulares em relao questo da surdez de seus filhos. Na comunidade surda comum o casamento entre surdos e o debate sobre a identidade cultural dos filhos surdos de pais surdos, fazendo com que mui-tos casais almejem ter filhos surdos, como decorrncia natural da vida comunitria.

    ArtEFAtO CUltUrAl: litErAtUrA SUrDAA literatura surda traduz a memria das vivncias atravs das vrias geraes dos povos surdos

    e se materializa em diferentes gneros: poesia, histria de surdos, piadas, literatura infantil, clssicos, fbulas, contos, romances, lendas e outras manifestaes culturais. Essa produo transmitida de gerao em gerao pela lngua de sinais, a maioria delas parte de experincias das comunidades surdas que transmitem seus valores e orgulho da cultura surda que refora os vnculos que une as geraes surdas mais jovens. A literatura surda faz referencia s aes de grandes lderes e militantes surdos e a valorizao de suas identidades na luta contra a opresso de uma sociedade majoritaria-mente ouvinte.

    ArtEFAtO CUltUrAl: viDA SOCiAl E ESPOrtivAA vida social e esportiva do povo surdo marcada por acontecimentos culturais, como casa-

    mentos entre os surdos, festas, lazeres e atividades nas associaes de surdos, eventos esportivos e outros. As associaes de surdos funcionaram, historicamente, como espaos de recreao e lazer e, mais recentemente, como espao de organizao de suas lutas polticas. A Confederao Brasileira

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • de Desportos de Surdos (CBDS), o Comit internacional de Esportes dos Surdos (CiSS), o Panamerica-no de Deportes de Surdos (Panamdes), a Confederao Sudamericana Deportiva de Surdos (Consu-des), so entidades que buscam a difuso das atividades culturais e esportivas dos surdos.

    ArtEFAtO CUltUrAl: ArtES viSUAiSAs artes visuais so um meio para criaes artsticas que sintetizam emoes, histrias, subje-

    tividades e cultura do povo surdo. O artista surdo cria a arte para explorar novas formas de olhar e interpretar a cultura surda, alm da denncia de cenas de opresses ouvinistas.

    ArtEFAtO CUltUrAl: POltiCAOutro artefato cultural influente das comunidades surdas so as lutas polticas organizadas pe-

    los movimentos e lutas do povo surdo em favor de seus direitos. Os movimentos surdos so orga-nizados politicamente no mundo todo, como, por exemplo, na Federao Nacional de Educao e integrao dos Surdos (Feneis), a principal entidade representativa no Brasil, filiada Federation of the Deaf (WFD), com sede na Finlndia.

    Div

    ulga

    o.

    Div

    ulga

    o.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • ArtEFAtO CUltUrAl: MAtEriAiSO tDD (telephone Device for the Deaf ) um pouco maior que um telefone convencional, na

    parte de cima h um encaixe de fone e embaixo um visor onde aparece escrito o que foi digitado e, mais abaixo, as teclas para digitar , instrumentos luminosos como a campainha em casas e escolas de surdos, despertadores com vibradores, legendas closed caption, bab-sinalizadores, so exemplos de artefatos materiais da comunidade surda.

    Diante do exposto, esta unidade tem como finalidade fornecer subsdios compreenso do status dos surdos como um grupo cultural minoritrio, a fim de buscar alternativas para legitimar sua experincia social no currculo escolar.

    SUgEStES DE AtiviDADESComo sugesto de atividades sugerimos a confeco de um grande painel visual cujo tema seja

    Diversidade Cultural, com a finalidade de destacar as diferenas tnico-raciais, culturais, de gnero, socioeconmico, entre outras possibilidades. Com orientao do professor, os alunos faro pesquisas e recortes em meios impressos e digitais para compor a atividade. No esquecer de destacar elemen-tos da cultura surda, referenciados nesta unidade.

    Uma outra possibilidade muito enriquecedora procurar se informar se h uma associao de surdos no municpio e convidar seus membros para fazer uma palestra sobre cultura surda para as crianas.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • PARA SABER MAISrecomendamos a leitura do artigo Existe uma cultura surda? da professora doutora Ndia li-

    meira de S2, no qual a autora expe argumentos em favor de os surdos apresentarem processos culturais especficos, em oposio a serem tratados apenas como um grupo de deficientes ou inca-pacitados. Disponvel em: .

    O livro Imagens do Outro sobre a Cultura Surda, de autoria da doutora em Educao Karin Strobel, narra a experincia visual dos surdos e os diferentes artefatos culturais que corroboram a existncia de uma cultura surda, buscando inverter a lgica da viso patolgica que v os surdos apenas como um grupo de deficientes para a compreenso dos mesmos como um povo que, organizados em co-munidades, produzem uma cultura prpria.

    (StrOBEl, Karin. As Imagens do Outro sobre a Cultura Surda. Florianpo-lis: Editora da UFSC, 2008.)

    2 Me de surda, psicloga, mestre e doutora em Educao, professora da Faculdade de Educao da Universidade Federal da Bahia, coordenadora do Espao Universitrio de Estudos Surdos (Eu surdo).

    Div

    ulga

    o.

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br

  • anotaes

    Este material parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.iesde.com.br