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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA EMESCAM BRUNO TOSTE HERTEL HENRIQUE DA ROSA LOPES FILHO TAISA SODRÉ PEREIRA A EQUOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA VITÓRIA 2016

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Page 1: A EQUOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA … Henrique e... · A Equoterapia mostra-se como uma possibilidade de tratamento deste paciente dependente químico, com resultados muito

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM

BRUNO TOSTE HERTEL HENRIQUE DA ROSA LOPES FILHO

TAISA SODRÉ PEREIRA

A EQUOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

VITÓRIA 2016

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BRUNO TOSTE HERTEL HENRIQUE DA ROSA LOPES FILHO

TAISA SODRÉ PEREIRA

A EQUOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Graduação em Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - ES, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Prof. Ms. Rubens José Loureiro

VITÓRIA 2016

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BRUNO TOSTE HERTEL HENRIQUE DA ROSA LOPES FILHO

TAISA SODRÉ PEREIRA

A EQUOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Graduação em Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de

Vitória - ES, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em__de_______de_____.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________

Mestre, Rubens José Loureiro

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM

Orientador

______________________________________________ Especialista, Alberto Pereira da Silva

Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar - ES Coorientador

_______________________________________________

Mestre, Loise Cristina Passos Drumond

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM

_______________________________________________

Mestre, Francine Alves Gratival Raposo

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM

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DEDICATÓRIA

Trabalho dedicado à Deus, e a nossos Pais,

fontes de apoio e incentivo nesta caminhada,

dando força, foco e fé.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por nossa vida, pela força e amor

incondicional.

Aos Pais pelo incentivo, a família e amigos

pelo apoio.

A Escola Superior de Ciências da Santa

Casa de Misericórdia de Vitória.

Ao Orientador Mestre Rubens José Loureiro,

pela confiança e ajuda.

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EPÍGRAFE

“Eu vi uma criança que não podia andar, sobre um cavalo, cavalgava por prados floridos que não conhecia. Eu vi uma criança, sem força em seus braços, Sobre um cavalo, o conduzia por lugares nunca imaginados. Eu vi uma criança sem enxergar, sobre um cavalo, galopava rindo do meu espanto, com o vento em seu rosto. Eu vi uma criança renascer, tomar em suas mãos as rédeas da vida e, sem pode falar, com seu sorriso dizer: Obrigado Deus, por me mostrar o caminho.”

- John Anthony Davies –

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ……..……...……….…….......................................................10

1.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................12

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ………………...……………….....……..……..12

1.3 JUSTIFICATIVA ...………………………………………………....……….......12

2 CAMINHO METODOLÓGICO .............................................................................13

2.1 TIPO DE ESTUDO ….…………................................................................13

2.2 CENÁRIO DE ESTUDO ………………….………….………....……...….....14

2.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO NA AMOSTRA ...…………….……….……....14

2.4 INSTRUMENTO NORTEADOR DA PESQUISA ………………….….….....15

3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ......................................................15

3.1 DEPENDÊNCIA QUÍMICA E A EQUOTERAPIA ...........................................15

3.2 CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS ……………….....................18

3.3 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO …………..….………..….……....…...19

3.4 BENEFÍCIOS DA EQUOTERAPIA …........................................................21

4 REFERÊNCIAS..............................................................................................24

5 APÊNDICE………….......................................................................................26

5.1 INSTRUMENTO NORTEADOR DA PESQUISA …....................................26

6 ANEXO………………………………………………………...………..……….....26

6.1 TEXTO 1 BASE DE ANÁLISE TEÓRICA ........................................................26

6.2 TEXTO 2 BASE DE ANÁLISE TEÓRICA ………………….…..……..……..29

6.3 TEXTO 3 BASE DE ANÁLISE TEÓRICA …………………..…………...…..31

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1. INTRODUÇÃO

O uso de drogas constitui um grande problema de saúde pública, pois afeta vários

contextos da vida de uma pessoa e de uma sociedade, além do aumento do tráfico de

drogas que se torna fenômeno de difícil controle social e a dificuldade que os

profissionais encontram para tratar o dependente. Sua magnitude atinge não somente ao

usuário, mas também a família e as comunidades.

A dependência química é o efeito da relação patológica entre um indivíduo e uma

substancia psicoativa. O começo do consumo de substância pode se dar por inúmeros

motivos, que perdurarão provavelmente após a instalação da dependência. Portanto, o

quadro de dependência química, com seus sintomas psicológicos de privação e físicos,

também a característica da substância e o comportamento de consumo, se converte no

principal mantenedor do uso hostil. (SILVA et al., 2009), segundo Lima (2010), a noção

do que é dependência química já é questionada há décadas, e vem a cada nova

abordagem sendo novo alvo de polêmica e disputas na tentativa de defini-la. E os

termos usados são os mais variados, e a associação do uso de drogas com a dependência

química ou psíquica são de imediata discordância e discussões entre os pesquisadores.

Entre vários aspectos apresentados no fenômeno da dependência química a evitável

associação da droga com o dependente, instalou por definitivo a polêmica colocando a

dúvida o caráter patológico das drogas.

Nesse sentido a dependência de drogas é considerada pela Organização Mundial da

Saúde - OMS como uma doença que requer cuidados específicos, podendo ser

controlada e tratada, como qualquer outra doença crônica e com repercussão social.

(PRATTA; SANTOS, 2006)

Nesse aspecto, considerando a dependência química como doença, há a necessidade de

aplicação de tratamento, e quando pensamos no aspecto do tratamento várias

abordagens podem ser aplicadas, como tratamentos farmacológicos e psicológicos.

Dessa forma, o tratamento psicológico pode ser aplicado em diferentes abordagens,

entre elas a Equoterapia se apresenta.

Assim, a Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo para, uma

abordagem interdisciplinar, nas áreas da saúde e equitação, promovendo o

desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência psicomotora e

psicológicas, através do sistema de troca. (FONTANA et al., 2010)

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Na Equoterapia, o cavalo é considerado uma ferramenta de terapia, esporte e educação,

visando pessoas física e/ou mentalmente necessitadas de cuidados especiais. (SEVERO,

2010)

Até o presente momento, não existem muitos registros na literatura que façam essa

associação entre a dependência química e a Equoterapia. O que se sabe é que o paciente,

que passa a ser chamado praticante, apresenta uma melhora significativa quando

começa a interagir com o animal. Mesmo que, a princípio, ele não monte no cavalo ou

que tenha certo receio de praticar a montaria, mas objetivando o contato do praticante

com o cavalo de forma gradativa, desde sua adesão até a montaria, sendo o contato

olfativo, visual e auditivo também de grande importância para o tratamento.

Os benefícios que a Equoterapia traz para todos os que a praticam, de modo geral,

também podem ser observados no dependente químico.

É possível que através da Equoterapia, o praticante venha adquirir experiências e

habilidades associadas à equitação de maneira geral. Dentre elas, podemos destacar a

experiência tátil, olfativa, visual, auditiva e a psicológica. (SEVERO, 2010)

Podemos então concluir que a proposta de intervenção em dependentes químicos que

estão em tratamento é baseada no programa de Equoterapia, visando promover

estímulos e situações de troca substancial, sendo o cavalo instrumento pedagógico para

alcançar os objetivos esperados no praticante. Sendo assim, qual a perspectiva do

profissional que atua na área? Quais as estratégias utilizadas na Equoterapia aplicada na

Dependência Química? Quais os benefícios observados pelos profissionais?

1.1 OBJETIVO GERAL

Conhecer a Equoterapia aplicada no tratamento da dependência química considerando

conceitos e estratégias de intervenção a partir de análise documental disponível em

plataforma eletrônica do PRESTA.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar as características dos profissionais que atuam na Equoterapia aplicada no

tratamento da dependência química;

Compreender quais são as estratégias de intervenção aplicada pelos profissionais que

atuam na Equoterapia no tratamento da dependência química;

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Conhecer os conceitos e benefícios da Equoterapia aplicada no tratamento da

dependência química.

1.3 JUSTIFICATIVA

Este trabalho visa elencar uma possibilidade terapêutica em cima do foco da

dependência química, tratando-se de um grave problema, muitas vezes visto como

insolucionável, conforme Pratta e Santos (2009), a dependência química é um

correspondente muito discutido e problema social.

A Equoterapia mostra-se como uma possibilidade de tratamento deste paciente

dependente químico, com resultados muito eficazes na prática atual. Hesse (2006) cita a

proposta com o cavalo, com atuações que envolvem os aspectos da aprendizagem,

atividades esportivas, reinserção social e o trabalho com a troca psicológica da droga

pela atividade equina.

De acordo com Hesse (2006), a literatura disponível no Brasil é escassa para esclarecer

a complexidade do método que utiliza o cavalo como agente terapêutico nas

intervenções psicoterapêuticas, entretanto, os benefícios físicos, mentais e psicológicos

tornam-se evidentemente vistos conforme o tratamento tem sua progressão. Juntando

nas atividades a entrega do usuário e o trabalho multiprofissional da equipe de

equitação, estes profissionais adquirem uma visão qualitativa do trabalho prático,

vivenciando o resultado do processo no dependente químico.

Sendo o profissional da área de equitação e profissionais de saúde o principal público

do trabalho, a fim de proporcionar a devida demanda de crescimento da atividade

equestre no Brasil, como tratamento da Dependência química.

2 CAMINHO METODOLÓGICO

2.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de uma pesquisa de análise pública, descritiva - qualitativa, utilizando método

de estudo de análise de conteúdo, acessado por via endereço eletrônico do Programa de

Reabilitação do Toxicômano e Alcoolista - PRESTA, enfatizando os benefícios da

equoterapia diante de textos sobre o tema ali postados pelos profissionais que atuam na

área. A técnica utilizada foi a análise de conteúdo do material acessado, seguido de

análise dos dados, utilizando plano terapêutico e experiências expostas junto as

questionativas norteadoras do processo e análise.

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A pesquisa descritiva observa, registra e correlaciona e descreve fatos ou fenômenos de

uma determinada realidade sem manipulá-los. Procurar entender as diversas situações e

relações que ocorrem na vida social, política, econômica e demais aspectos ocorrem na

sociedade. A característica mais significativa da pesquisa descritiva é o uso de técnicas

padronizadas de observação sistemática. (RODRIGUES, 2007)

Tendo parte na obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do

pesquisador com o objeto de estudo, sendo frequente que o pesquisador procure

entender os fenômenos, segundo a perspectiva dos participantes da situação estudada e,

a partir daí, situe sua interpretação.

A pesquisa qualitativa pode ser conceituada como um conjunto de diferentes técnicas de

interpretação que tem por finalidade descrever e decodificar os componentes de um

sistema de difíceis significados. Seu objetivo é retratar e demonstrar o sentido dos

acontecimentos do mundo social; reduzindo o afastamento entre o indicador e o

indicado, entre a teoria e dados, entre o contexto e a ação. Ressalta-se que grande parte

dos estudos qualitativos são executados no local de origem dos dados; não

interrompendo o pesquisador de utilizar a lógica do empirismo científico, mas sim da

hipótese de que seja mais adequado empregar a perspectiva de análise de fenômenos.

(JARDIM; PEREIRA, 2009)

A análise de conteúdo constitui uma metodologia para descrever e interpretar o

conteúdo de toda classe de documentos e textos e [...] ajuda a reinterpretar as

mensagens de seus significados num nível além de uma leitura comum. (PASSOS;

NARDI; ARRUDA, 2009)

2.2 CENÁRIO DE ESTUDO

O cenário do estudo foi o Programa de Reabilitação do Toxicômano e Alcoolista -

PRESTA através de sua plataforma eletrônica pública, o PRESTA é uma organização

militar que utiliza sessões de Equoterapia na comunidade capixaba, através de uma

equipe especializada. A aplicação da técnica ocorre no Centro de Equoterapia, que

funciona na Sede do RPMont de segunda a sexta-feira, localizada na Avenida Boa

Vista, s/n°, Boa Vista, Serra, ES, CEP 29.161.005, atendendo mensalmente atualmente

cerca de cinquenta praticantes.

Com a constante procura por este tratamento que vem obtendo excelentes resultados, o

RPMont busca parceria com entidades públicas e privadas a fim de capacitar outros

profissionais com o intuito de ampliar seu Centro de Equoterapia. Em 2014 o Programa

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de Reabilitação do Toxicômano e Alcoolista - Presta, firmou parceria com a RPMont,

integrando a Equoterapia como parte do programa de atividades do Presta. Dados

disponíveis em página da PMES.

2.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO NA AMOSTRA

Os critérios de inclusão do material utilizado para análise foram todas as informações

prestadas por via pública, através de perfil eletrônico do PRESTA, que através da

página expõe experiências e curiosidades da equoterapia em tratamento da dependência

química. Todos recortes de citação dos textos base foram nomeados pela utilização do

símbolo-T1, T2 e T3, sendo texto 1, texto 2 e texto 3, respectivamente, todos retirados

da plataforma eletrônica do PRESTA, disponíveis em anexo items 6.1, 6.2 e 6.3.

2.4 INSTRUMENTO NORTEADOR DA PESQUISA

Foram realizadas pesquisas na página do PRESTA para a elaboração do questionário

focalizado, sendo este composto por questões que abordam diretamente o assunto da

Equoterapia no tratamento da dependência química, visando observar a conduta,

idealização e perspectiva do profissional que atua na área de equoterapia no Espirito

Santo, em relação a terapêutica, após a elaboração do questionário norteador do

processo de análise, foi utilizado em unidade com elementos da fundamentação teórica

e os textos disponíveis na plataforma PRESTA, no facebook.

3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

3.1 DEPENDÊNCIA QUÍMICA E A EQUOTERAPIA

A dependência química na atualidade corresponde a um fenômeno amplamente

divulgado e discutido, uma vez que o uso abusivo de substâncias psicoativas se tornou

um grave problema social e de saúde pública em nossa realidade. (PRATTA; SANTOS,

2009)

Para os autores acima os temas como saúde, doença e drogas sempre estiveram

presentes ao longo da história da humanidade e se relacionam diretamente, podendo até

ser comparados com a história da dependência química, corroborando com Toscano

(2001), ao contrário do que se pensa, a dependência química não é um evento novo no

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repertório humano, e sim uma prática milenar e universal, não sendo, portanto, um

fenômeno exclusivo da época em que vivemos.

Conforme Martins e Corrêa (2004), a droga sempre esteve presente na vida do homem

que buscou maneiras de aumentar o seu prazer e diminuir o seu sofrimento. Neste

aspecto, a principal busca e introdução do uso de substâncias na vida do usuário, o fator

causador da complexidade de rejeição da droga após o seu uso indiscriminado. Neste

aspecto o recorte abaixo faz a seguinte consideração.

“A dependência química é um grave problema social, e segundo a

Organização Mundial de saúde (OMS), o uso e abuso de drogas é

considerado um problema de saúde pública independente de raça, idade,

escolaridade e profissão.” (T1)

A dependência química caracteriza-se como uma doença crônica, multicausal,

responsável por consideráveis desorganizações individuais, familiares e sociais,

favorecendo o desgaste familiar e a miséria de milhares de pessoas. (FERREIRA et al.,

2015)

Conforme Almeida, Bressan e Lacerda (2011), atualmente os avanços são evidentes na

área de dependência química, nos possibilitando visualizar as possíveis vertentes que

são base de estudos neurológicos para a dependência química, indo além do uso abusivo

e prolongado das substâncias no cérebro, mas adotando fatores como aspectos culturais,

sociais e educacionais do sujeito, tendo este papel central no desenvolvimento da

dependência química.

As bases de estudos neurobiológicos a partir desses fatores recebem grande mecanismos

de pesquisas e estudos, buscando o melhor entendimento cerebral na dependência

química, sendo o resultado esperado a aquisição de novas medicações mais eficazes e a

possibilidade de novas abordagens terapêuticas como a Equoterapia, esta ideia é muito

bem apoiada por Dhiel (2011) que corrobora, todas aquisições de conhecimento sobre o

funcionamento cerebral e dinâmico, trazem a maior percepção do cuidar no quadro do

dependente químico.

Esses estudos visam o entendimento claro e objetivo das alterações cerebrais e

comportamentais presentes no dependente químico, segundo Almeida, Bressan e

Lacerda (2011), é neste contexto que o sistema dopaminérgico, as vias dopaminérgicas

envolvidas no círculo motor, límbico e cognitivos dos núcleos da base, apresentam-se

como o potencial envolvido no mecanismo das síndromes de dependência química.

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Estas substâncias têm sua produtividade realizada na área tegmental ventral, e na

substância negra, segundo Dhiel (2011), essas substâncias serão projetadas para o centro

de recompensa que faz parte do sistema límbico, e já é de conhecimento cientifico que

as drogas de abuso aumentam os níveis de dopamina no centro de recompensa.

Sendo assim, grande parte das substâncias abusivas atuam trazendo mais efetividade de

neurotransmissor monoaminérgica, em substâncias como a dopamina, na maioria das

vezes impossibilitando a recaptação desses neurotransmissores. Segundo Dhiel (2011),

“o uso repetido das drogas de abuso ativa o sistema cerebral, e começam a fazer parte

da ativação dos sistemas de motivação, esse esquema passa ao cérebro a falsa

necessidade do uso destas drogas para desempenhar seus estímulos biológicos. E esse

estímulo se sensibiliza a cada uso da droga de abuso. ”

A estimulação desse sistema traz a sensação de bem-estar, aumentando assim o desejo

do reuso da droga. Almeida, Bressan e Lacerda (2011), trazem a possibilidade de a

droga inibir o efeito euforizante, uma vez que mesmo sem o prazer associado, esta

busca a satisfação da adaptação funcional dos circuitos neuronais. Além destes aspectos

fisiológicos somam igualmente os aspectos sociais e psicológicos que tornam a

possibilidade de tratamento complexa e neste sentido a associação de vários elementos

dentro da estratégia de tratamento se faz necessária. (LOUREIRO, 2011)

Para o tratamento da dependência química observamos possibilidades terapêuticas

viáveis e algumas muito utilizadas, dentre estas surge como alvo de nossa discussão a

Equoterapia, no texto base podemos observar o início do trabalho no local de estudo,

buscando ampliar as técnicas e as novas formas terapêuticas, afim de possibilitar maior

demanda de sucesso no quadro do praticante. Esta ideia corrobora com o recorte de

texto abaixo.

“A necessidade de ampliar os recursos terapêuticos foi o motivador inicial

para o trabalho em conjunto das equipes da EQUOBRASIL e PRESTA. A

busca por alternativas que visem o bem-estar do indivíduo é uma

preocupação constante, pois a adesão ao tratamento é fator primordial para o

sucesso de estratégias que busquem a manutenção da abstinência em relação

ao consumo de drogas e álcool.”(T1)

Sendo assim, para o tratamento da dependência química, a equoterapia é uma

possibilidade terapêutica diferenciada e eficaz, pois possibilita estímulos controlados

para liberação de hormônios, causando assim a mesma sensação no sistema de

recompensa que a droga. A observação das reações e sintomas do praticante é o

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regulador da atividade equoterápica. Corroborando com a questão da equoterapia o

recorte abaixo explica o que significa a equoterapia.

“A Equoterapia é um método terapêutico interdisciplinar, que se vale de

técnicas equestres propostas por profissionais das áreas de saúde, educação

e equitação. O objetivo principal da equoterapia é proporcionar o

desenvolvimento das potencialidades de cada praticante, respeitadas suas

limitações, visando a auto aceitação, integração social, além de possibilitar-

lhe o exercício da cidadania.” (T1)

Para Lessick e outros (2004), os problemas comportamentais, em que se inclui o abuso

de substâncias, estão entre as possíveis indicações da equitação terapêutica. A

Equoterapia surge como forma de tratamento deste sujeito exposto ao uso de drogas de

abuso, sua aceitação é ótima pelos praticantes, e seus benefícios evidentes, traz ao

praticante a linha temática de abordagem da equipe, provocando no sistema límbico a

mesma sensação da droga, e causando no sistema de recompensa a terapêutica ideal

para o tratamento.

“Portanto, diante de tantas considerações a técnica tem sido um instrumento

no tratamento de um problema de tamanha complexidade, que é a

dependência química.” (T2)

3.2 CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS

A abordagem do tratamento terapêutico para a dependência química dando ênfase na

equipe multidisciplinar é muito importante visto a complexidade apresentada pela

doença, em que o sujeito apresenta alterações em vários fatores da sua vida,

considerando o social, o psicológico e físico. Neste aspecto o tratamento

multiprofissional é o adequado, trazendo maiores possibilidades de reabilitação deste

dependente, assim como a busca por profissionais com características e experiência na

área, trazendo para o dependente químico uma maior qualidade no processo, Dhiel

(2011) corrobora com esta ideia dizendo, “equipes multiprofissionais são cada vez mais

requisitadas, na busca de soluções para os problemas relacionados à qualidade dos

cuidados oferecidos”. O texto base afirma:

“...os atuantes são multiprofissionais tendo a presença de psicólogo,

educador físico, enfermeiro, equitadores com treinamento específico para

este trabalho.”(T2)

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Segundo Dhiel (2011) em todos os níveis de atenção à saúde, percebe- se a necessidade

do trabalho multiprofissional, que tem como proposito alcançar uma abordagem integral

sobre os fenômenos que interferem no processo saúde-doença da população. Com a

adoção da perspectiva interdisciplinar, almeja-se atingir maior eficiência e eficácia dos

programas e serviços oferecidos à população. São apresentados em uma equipe

multidisciplinar um conjunto de características, olhares diferentes sobre o fenômeno que

acarretará em benefícios para as estratégias propostas.

“Os profissionais ligados ao tratamento da equoterapia voltada para a

dependência química, possuem diferentes níveis de experiência na área de

equitação, chegando a ter mais de 15 anos neste tratamento psicoterápico, e

a quase 3 anos trabalhando com a dependência química envolvida na

equitação prática.”(T2)

Podemos observar a relevância ofertada por profissionais de níveis de conhecimento na

área, sendo diretamente proporcional ao nível qualitativo do tratamento para o

dependente químico, segundo Dhiel (2011), o tempo atuando na área , a experiência na

área de tratamento ao dependente químico, deixam vasto o caminho do saber, aumentam

o desenvolvimento do processo de trabalho e melhora a obtenção de resultados. A

formação do profissional, que possui experiência ou aumenta sua rede de conhecimento

em especializações na área de dependência química trás enriquecimento para o processo

de trabalho no tratamento equoterapico, assim em como todo processos de tratamento

do dependente químico.

3.3 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

Com a prática do exercício real na terapia com cavalos, são necessários a pesquisar

junto aos praticantes meios para tomada de decisão, isto é fazer um diagnóstico para se

definir a forma terapêutica que será adotada. Com o desenvolvimento do trabalho

fundamentado é possivel traçar o caminho para obter maior aceitação do praticante, com

maior possibilidade de quantificar a qualidade do processo. As intervenções feitas na

equitação terapêutica são de caráter multifocal, ou seja, considerando o diagnóstico,

planejamento das estratégias, bem como o prognóstico. (HESSE, 2006)

Podemos observar este caráter multifocal sendo adotado na prática, onde objetos

teóricos ajudam aos profissionais da área a fundamentar a necessidade de maior

amplitude no cuidado.

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“Na pratica destes profissionais o uso de objetos teóricos é uma constante,

visando uma terapia interdisciplinar, indo desde conceitos de equitação até a

aplicação em psicologia e fisioterapia, absorvendo assim a melhor forma

terapêutica. Este tratamento tem mostrado ótimos níveis de aceitação do

praticante, que mesmo não sendo de carácter obrigatório envolve os

dependentes nas atividades e traz benefícios grandiosos para o mesmo.”(T3)

Contudo, pode-se afirmar que na equitação terapêutica as possibilidades das estratégias

são muitas, porém o profissional deve possuir conhecimento específico da

psicopatologia e psicodinâmica. (HESSE, 2006)

1. Sendo, no entanto, de fácil observação que Hesse(2006) em sua fala, corrobora

com a prática relatada no texto, a Equoterapia possui várias vertentes, para se

chegar ao cuidado ideal do praticante, estas fases são pré determinadas pela

equipe e instituição, sendo este o método terapêutico de cada processo

institucional ao qual o praticante se encontra em tratamento, e a modelagem do

cuidado, conforme afirma Hesse (2006), “as estratégias terapêuticas variam

conforme as situações e os aspectos psicopatológicos de cada praticante, e não

devem ser compreendidas como sequenciais, necessariamente.”

2. Cada processo de trabalho varia com a mudança de praticante, sendo seu

histórico, personalidade e outros, de grande valia para a determinação de cada

método.

“Para a aplicação da técnica utiliza-se estratégias de aproximação e trabalho

em equipe, evidenciando assim a maior aproximação do praticante com o

cavalo, de forma gradativa, superando os limites que o praticante impõe no

inicio. A equoterapia não é de caráter obrigatório e tem mostrado ótimos

níveis de aceitação pelo praticante, sendo o dependente sempre envolvido

nas atividades propostas.”(T2)

Observamos assim, que na prática a adesão do tratamento se torna individual da

instituição, onde se busca maior aceitação do cuidado, a aproximação do praticante ao

cavalo, e as técnicas utilizadas envolvem o caminho posteriormente traçado pelos

profissionais, até a chegada de sucesso deste dependente químico, apoiando esta ideia

cita Hesse (2006), que todas as relações são estabelecidas em contato cavalo e

dependente se torna um dos pilares da adesão do tratamento pelo praticante.”

“A atividade é desenvolvida semanalmente e aposta na possibilidade de

gerar uma mudança de vida a partir do encontro de uma pessoa com um

animal, gerando reflexões. A união da EQUOBRASIL e PRESTA vem

mostrando resultados positivos no tratamento equoterápico, na visão

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profissional dos atuantes diretos com a equoterapia, estes cuidados têm se

tornado essenciais para as fases do processo de tratamento na dependência

química.”(T2)

Conforme Walter (2004), a união pode ser tal que o cavalo é sentido como um

companheiro do então agora praticante da Equoterapia, mesmo como um

prolongamento do corpo, um corpo que move, permitindo talvez, ao praticante, a

descoberta a si mesmo. Corroborando com Walter, Hesse (2006) cita que na terapia

proposta com o cavalo, são possíveis atuações que envolvem os aspectos da

aprendizagem, atividades esportivas e a reinserção social, todas estas práticas sendo já

previamente utilizadas na Europa, e aplicadas no Brasil de acordo com o crescimento da

Equoterapia em âmbito nacional. Dentro da literatura, existem alguns questionamentos

a respeito da indução da equoterapia de maneira geral, inclusive se na verdade os

exercícios são de fato terapias e se esse de fato, é indicado para determinados

praticantes. Estas estratégias terapêuticas podem ser utilizadas de maneira variada numa

mesma sessão. Na literatura são encontrados exemplos que sugerem as estratégias da

equitação terapêutica com os cavalos em liberdade, em que cada pessoa se identifica de

modo subjetivo com as mais diversas características dos animais, das suas andaduras e

os seus fenômenos grupais. O cavalo surge como objeto de identificação em que o

praticante projeta suas demandas psíquicas. (HESSE, 2006)

3.4 BENEFÍCIOS DA EQUOTERAPIA

Todo cuidado gerado no processo de tratamento, trás benefícios citados na literatura e

na prática vivenciada, afirma Pratta e Santos (2009), que por meio do contato com o

cavalo, tratador, terapeuta e grupo, ocorre uma melhora das relações interpessoais do

praticante, ganhando desde a adesão ao tratamento para dependência uma experiência

para reforçar a possibilidade de bem relacionar-se.

“O tratamento da Equoterapia aplicada na Dependência química é ricamente

produtivo tem crescido em qualidade, é real a notoriedade dos benefícios ao

praticante frente a este processo psicoterápico voltado ao tratamento da

dependência química.”(T2)

Isto facilita até os próximos passos do processo terapêutico do dependente químico, o

contato com o cavalo, o cheiro das baias, o toque e o comando do praticante com o

equino, o ato de oferecer feno ao cavalo e outras atividades trazem essa versatilidade,

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facilitando o contato do sujeito, e fortalecendo seus aspectos cognitivos, emocionais ou

racionais, Lessick e outros (2004), apoia esta ideia em que as atividades de equitação

estão voltadas a vários objetivos terapêuticos, incluindo a percepção e reação do sujeito

frente ao aspecto físico, emocional, social, cognitivo, comportamental e educacional,

com ênfase no desenvolvimento do vínculo afetivo entre praticante e o cavalo.

O texto base acentua a grande forma benéfica ao praticante da Equoterapia, e corrobora

com a fala de Lessick.

“O trabalhar em conjunto foi idealizado para complementar a rotina

terapêutica voltada para a busca da independência, valendo-se de sessões

semanais de Equoterapia para os internos do PRESTA. O contato com os

equinos visa a participação em rotinas que vão desde o conhecimento de

regras de segurança até a participação na alimentação e limpeza dos

equinos. O interno é incentivado a progredir em suas questões pessoais,

com a aproximação gradual e voluntária para interação com os cavalos, e

dependendo do objetivo terapêutico, pode realizar atividades montado,

individualmente ou em grupo, possibilitando a reflexão de suas ações para a

superação da insegurança e isolamento social. Os internos são recebidos no

RPMont e participam de atividades equestres e de horsemanship (processo

de relacionamento entre as pessoas e os cavalos), orientadas pelas equipes

da EQUOBRASIL e PRESTA, objetivando o fortalecimento da autoestima,

a independência e a reflexão. As atividades visam o bem-estar e a

participação dos indivíduos para a coletividade, fundamentada em um

pensamento cooperativo e voltado ao cuidado de si e do outro.”(T1)

O cavalo ajuda na identificação de conflitos, medos e angústias. Identificar pontos fortes

e fracos facilita o desenvolvimento de habilidades para lidar com as emoções e,

consequentemente, autoconfiança frente ás situações de risco. (HESSE, 2006). Neste

aspecto o sujeito que participa do tratamento oportuniza reflexões e possibilidades de

ver a vida de uma forma consciente, interagindo com os estímulos que se apresentam na

sua realidade de forma participativa. Este aspecto é corroborado com o recorte abaixo:

“Com o trabalho em conjunto, foi possível a oferta do espaço da

EQUOBRASIL para implementar as atividades terapêuticas desenvolvidas

no PRESTA, criando novos espaços de discussão e uma nova perspectiva

no atendimento a pessoas com dependência química no Estado, mantendo a

filosofia da abstinência com base em práticas terapêuticas em detrimento ao

paradigma psiquiátrico de tratamento medicamentoso.”(T1)

Entre seus benefícios físicos e educacionais, estão os psicossociais: melhora de

autoconfiança, autoestima, autoimagem e autodisciplina, desenvolvimento de paciência,

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controle emocional, melhora na conduta de decisão, socialização e competências

interpessoais, aumento da qualidade de vida e redução do estresse, relata Hesse (2006),

os cuidados apresentados no processo terapêutico, proporcionam ao praticante melhora

gradativa e benefícios grandiosos em temas da sua rede social, emocional e até

profissional.

“O objetivo principal da equoterapia é proporcionar o desenvolvimento das

potencialidades de cada praticante, respeitando suas limitações, visando a

auto aceitação, integração social, além de possibilitar-lhe o exercício da

cidadania. Nela, o cavalo é o elemento que incentiva o praticante,

oferecendo-lhe ganhos físicos e psicológicos.”

(T1)

Segundo Severo (2010), “como objetivo na prática da Equoterapia, observamos o ato de

proporcionar ao praticante a compreensão dos fatos no seu tratamento, visando sua auto

percepção, reintegração no meio social, e desenvolver neste mais do que a experiência

no sistema de recompensa, trazendo o dependente químico de volta para sua vida

social.” Sendo assim, todo cuidado referente ao praticante aprimora o tratamento, não

sendo este o único meio no processo de reabilitação, mas o cavalo por meio da prática

da equitação, oferece estes ganhos visíveis e pontuais, e possibilita maior julgamento

frente as causas da dependência química.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da reflexão acima, é possível concluir que a questão do uso de substâncias

psicoativas sofre uma influência direta do contexto histórico, cultural e social, o que

pode ser verificado analisando os principais aspectos da evolução do homem, uma vez

que essas questões sempre permearam a vida humana. Assim, a dependência química

tornou-se um grande fator preocupante para a saúde pública. A Equoterapia surge como

parte do processo de recuperação do usuário, podendo ser envolvida de forma

efetiva no tratamento da dependência química, se apresentando como uma parte

eficiente do processo de recuperação do quadro de um usuário exposto ao uso

indiscriminado das drogas, se mostrando efetivamente influente no processo de cuidado

com o praticante da técnica, pois este posteriormente é envolvido de benefícios

vísiveis, melhora das relações interpessoais, obtendo melhorias desde a adesão ao

tratamento.

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Todo processo de tratamento equoterápico é embasado em termos teóricos, com a

vivência prática, observou-se através deste artigo a necessidade da equipe

multidisciplinar no processo de cuidado, ampliando as visões de abordagem e

melhorando as técnicas utilizadas na prática. Os praticantes não apresentam recusa ao

tratamento, sendo sua abordagem gradativa e cuidadosa, agindo de forma específica a

cada praticante. O fato é que a prática da Equoterapia amplia as possibilidades de

tratamento do usuário e que as abordagens disciplinares são de grande importância

prática no tratamento.

.

5 REFERÊNCIAS

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6 APÊNDICE

6.1 INSTRUMENTO NORTEADOR DA PESQUISA

- Como se define Equoterapia ?

- Como é a Equoterapia aplicada no tratamento da dependência química?

- Quais os requisitos teóricos que são utilizados na pratica da Equoterapia?

- Como ocorre a Equoterapia no tratamento da Dependência Química?

- Quais benefícios da Equoterapia no tratamento da dependência química?

- Quais as estratégias da Equoterapia no tratamento da dependência química?

- Quais são os aspectos abordados na aplicação da Equoterapia aplicada no tratamento

da dependência química?

7 ANEXO

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7.1 TEXTO 1 BASE DE ANÁLISE TEÓRICA

“A Equoterapia do Regimento de Policia Montada (EQUOBRASIL) e o Programa de

Reabilitação ao Toxicômano e Alcoolista (PRESTA) são programas sociais da PMES

que atendem públicos específicos que surgiram por volta de 1995, se configurando em

iniciativas com grande procura pelo público capixaba, pela excelência dos serviços

oferecidos. Apesar de existirem a quase 20 anos no cenário capixaba e pertencem a

mesma corporação (PMES), as iniciativas não possuíam articulação em suas atividades.

A partir de estudos da coordenação dos projetos, uma aproximação formal ocorreu, e

após reuniões para verificar a possibilidade de trabalho em conjunto, objetivando um

atendimento em rede que ampliasse os recursos terapêuticos de ambas iniciativas, por

meio de Comunicação Interna, em 08 de março de 2013. A aproximação deu-se

gradualmente pelo interesse nas atividades desenvolvidas pelas equipes de trabalho, e

para possibilitar o início dos atendimentos, foi necessário a capacitação mútua das

equipes, no sentido de conhecer a dinâmica do funcionamento das propostas

terapêuticas e unificar as ações. A iniciativa é inédita no Estado, o que gerou a

necessidade de estudos e preparação para possibilitar o atendimento ao grupo de

internos, que passou a ocorrer no decorrer de 2014.

A Equoterapia é um método terapêutico interdisciplinar, que se vale de técnicas

equestres propostas por profissionais das áreas de saúde, educação e equitação. O

objetivo principal da equoterapia é proporcionar o desenvolvimento das potencialidades

de cada praticante, respeitando suas limitações, visando a auto aceitação, integração

social, além de possibilitar-lhe o exercício da cidadania. Nela, o cavalo é o elemento

que incentiva o praticante, oferecendo-lhe ganhos físicos e psicológicos.

A dependência química é um grave problema social, e segundo a Organização Mundial

de saúde (OMS), o uso e abuso de drogas é considerado um problema de saúde pública

independente de raça, idade, escolaridade e profissão. No Espírito Santo, o PRESTA

oferece o atendimento a dependentes químicos, e dispõe de práticas terapêuticas

organizadas por profissionais que são responsáveis pela internação de pessoas que

buscam voluntariamente tratamento. A necessidade de ampliar os recursos terapêuticos

foi o motivador inicial para o trabalho em conjunto das equipes da EQUOBRASIL e

PRESTA. A busca por alternativas que visem o bem-estar do indivíduo é uma

preocupação constante, pois a adesão ao tratamento é fator primordial para o sucesso de

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estratégias que busquem a manutenção da abstinência em relação ao consumo de drogas

e álcool.

Os internos que participam das atividades do PRESTA são o alvo da iniciativa; após as

reuniões iniciais para ajustar o trabalho terapêutico e posteriormente a capacitação

mútua das equipes, foram definidos os moldes da intervenção, baseada em encontros

semanais no Quartel do RPMont. Com a experiência de profissionais do PRESTA, a

equipe de Equoterapia passou a ter condições de oferecer um plano de terapia voltado às

necessidades de pessoas com dependência química, pois apesar de possuir uma equipe

interdisciplinar composta por educadores físicos, psicólogo, fisioterapeuta e outros

profissionais, a proposta de trabalho é inédita no Espírito santo, e requer

acompanhamento constante das coordenações dos projetos.

O trabalhar em conjunto foi idealizado para complementar a rotina terapêutica voltada

para a busca da independência, valendo-se de sessões semanais de Equoterapia para os

internos do PRESTA,. O contato com os equinos visa a participação em rotinas que vão

desde o conhecimento de regras de segurança até a participação na alimentação e

limpeza dos equinos. O interno é incentivado a progredir em suas questões pessoais,

com a aproximação gradual e voluntária para interação com os cavalos, e dependendo

do objetivo terapêutico, pode realizar atividades montado, individualmente ou em

grupo, possibilitando a reflexão de suas ações para a superação da insegurança e

isolamento social. Os internos são recebidos no RPMont e participam de atividades

equestres e de horsemanship (processo de relacionamento entre as pessoas e os cavalos),

orientadas pelas equipes da EQUOBRASIL e PRESTA, objetivando o fortalecimento da

autoestima, a independência e a reflexão. As atividades visam o bem-estar e a

participação dos indivíduos para a coletividade, fundamentada em um pensamento

cooperativo e voltado ao cuidado de si e do outro.

Com o trabalho em conjunto, foi possível a oferta do espaço da EQUOBRASIL para

implementar as atividades terapêuticas desenvolvidas no PRESTA, criando novos

espaços de discussão e uma nova perspectiva no atendimento a pessoas com

dependência química no Estado, mantendo a filosofia da abstinência com base em

práticas terapêuticas em detrimento ao paradigma psiquiátrico de tratamento

medicamentoso.

Integrantes da equipe do PRESTA organizam o deslocamento dos internos ao RPMont,

e são recebidos pela equipe da EQUOBRASIL para as atividades programadas

previamente em um plano de terapia. Os internos, que passam por um período de 45

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dias no programa, passam por atividades que gradualmente os aproximam

voluntariamente do convívio com os cavalos, que são voltadas para a reflexão de

problemas enfrentados em seu contexto familiar e social. Inicialmente os internos

participam de atividades de acordo com o seu tempo de internação em grupos distintos,

sendo acolhidos para uma apresentação sobre conceitos e regras de segurança; são

posteriormente convidados para interagir progressivamente com os cavalos, podendo no

momento final da terapia participar de atividades montados, em um plano que é

dividido em encontros semanais, totalizando quatro encontros por ciclo de internação. A

aproximação gradual com a rotina dos equinos oferece diversas ferramentas

terapêuticas, que vão da alimentação e manuseio dos equinos até a atividade montada,

em propostas que visem a compreensão de aspectos ligados ao relacionamento social

após a internação.

A partir da sistematização do trabalho em conjunto, um profissional da EQUOBRASIL

participa das reuniões semanais do PRESTA, para oferecer feedback da terapia e ajustar

os atendimentos seguintes. O atendimento é voltado para o grupo, porém a avaliação é

individual e dinâmica, voltado para as necessidades que surgem durante as atividades

propostas. O indivíduo é incentivado a participar ativamente, apesar de ser livre a sua

decisão de prosseguir nas propostas apresentadas, no sentido de fortalecer a

independência individual e o convívio saudável em grupo.”

6.2 TEXTO 2 BASE DE ANÁLISE TEÓRICA

“Uma pratica desenvolvida pelas equipes do programa de reabilitação à saúde do

toxicômano e alcoolista- PRESTA. A atividade é desenvolvida semanalmente e aposta

na possibilidade de gerar uma mudança de vida a partir do encontro de uma pessoa com

um animal, gerando reflexões. A união da EQUOBRASIL e PRESTA vem mostrando

resultados positivos no tratamento equoterápico, na visão profissional dos atuantes

diretos com a equoterapia, estes cuidados têm se tornado essenciais para as fases do

processo de tratamento na dependência química, os atuantes são multiprofissionais

tendo a presença de psicólogo, educador físico, enfermeiro, equitadores com

treinamento específico para este trabalho.

Os profissionais ligados ao tratamento da equoterapia voltada para a dependência

química, possuem diferentes níveis de experiência na área de equitação, chegando a ter

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mais de 15 anos neste tratamento psicoterápico, e a quase 3 anos trabalhando com a

dependencia química envolvida na equitação prática.

Na prática o uso de teoria e objetos científicos textuais é constante e de importância

crucial para eficácia do tratamento, visando o aspecto da visão interdisciplinar, partindo

de conceitos básicos de equitação, até a aplicação em psicologia e fisioterapia,

absorvendo assim o melhor método terapêutico. Na aplicação prática da técnica

equoterápica, os riscos observados se limitam basicamente ao manuseio do cavalo,

sendo a falta de profissionais capacitados a maior limitação de melhora do processo, no

entanto, os benefícios são gratificantes e visíveis para estes pacientes que experimentam

a terapia com cavalos, a técnica mostra a repentina melhora da autoestima, melhor

trabalho em grupo, maior cuidado de si, maior respeito as regras, sendo estes anteriores

os maiores aspectos abordados na aplicação da técnica.

Para a aplicação da técnica utiliza-se estratégias de aproximação e trabalho em equipe,

evidenciando assim a maior aproximação do praticante com o cavalo, de forma

gradativa, superando os limites que o praticantes impõe no inicio. A equoterapia não é

de caráter obrigatório e tem mostrado ótimos níveis de aceitação pelo praticante, sendo

o dependente sempre envolvido nas atividades propostas.

Esta terapia específica no tratamento da dependência química tem por pressupostos

trabalhar a técnica dividida em etapas, no primeiro momento objetiva preencher os

vazios deixados pela abstinência da droga de abuso, na entrada do processo de

tratamento, o praticante recebe da equipe o primeiro de quatro encontros, nesta primeira

instância são informados quanto as possíveis experiências em campo prático,

curiosidades sobre o cavalo e a prática da equitação. No segundo momento os

praticantes são guiados até os cavalos, onde podem realizar a escovação, ofertar o feno.

Em um terceiro momento os praticantes são apresentados aos materiais de preparo para

a manobra de equitação, posteriormente podendo conduzir as rédeas do cavalo. No

quarto encontro é disponível a montaria, e a interação livre do praticante com o cavalo.

Durante estes momentos os praticantes são observados e pontuados o tempo todo e tudo

que ocorre durante a terapia acaba se tornando uma possibilidade de ressignificação de

vida e portanto, de mudanças. Geralmente durante a prática ocorre a externalização de

emoções, que são expressões de emoções e o estado de ser de cada um.

As dificuldades de se aplicar a técnica envolvem a diversidade do grupo de praticantes e

a grande ausência literária, sendo pouco conteúdo disponível. O tratamento da

Equoterapia aplicada na Dependência química é ricamente produtivo tem crescido em

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qualidade, é real a notoriedade dos benefícios ao praticante frente a este processo

psicoterápico voltado ao tratamento da dependência química.”

6.3 TEXTO 3 BASE DE ANÁLISE TEÓRICA

“Os profissionais atuantes na área de Equoterapia da RPmont são multiprofissionais

com presença atuante de psicólogo, educador físico, enfermeiros, equitadores com

treinamento específico para o trabalho no tratamento da dependência química. Os

profissionais ligados no tratamento da equoterapia possuem diferentes níveis de

experiências na área equina com ênfase em algum tipo de treinamento, chegando a cerca

de 15 anos de experiência em alguns profissionais atuantes da Equobrasil.

Na pratica destes profissionais o uso de objetos teóricos é uma constante, visando uma

terapia interdisciplinar, indo desde conceitos de equitação até a aplicação em psicologia

e fisioterapia, absorvendo assim a melhor forma terapêutica. Este tratamento tem

mostrado ótimos níveis de aceitação do praticante, que mesmo não sendo de carácter

obrigatório envolve os dependentes nas atividades e traz benefícios grandiosos para o

mesmo.

O trabalho Equoterapico aplicado ao Dependente químico é ricamente produtivo e tem

crescido em qualidade, se tornando notório os benefícios no praticante envolvido neste

processo terápico voltado a dependência química.”