a entrevista devolutiva
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PROF. MSC. VINICIUS PADILLA
Comunicação verbal discriminada e dosificada dos resultados do psicodiagnóstico feita pelo psicólogo para o paciente, pais e grupo familiar.
Tem como objetivo além da transmissão dos resultados, observar a resposta verbal e pré-verbal dos envolvidos ao receber a mensagem. Além de sintetizar e unir aspectos reparadores e destrutivos com o passado (ruim) com futuro.
Quando envolver criança incluí-la na devolutiva (não ser 3ª excluida)
Do ponto de vista do paciente Necessidade de fechamento de tipo circular Mudar dinâmica interna e devolver ident.
Latente Se não haver, dificulta separação
(privação,divida) Prova de realidade: psicólogo sai ileso Para não fortalecer fantasias de roubo pela
alienação de partes egóicas. Mecanismo reintrojeção.
Para haver colaboração. Devolução pode gerar ansiedade persecutória
Do ponto de vista do paciente Se não devolve, fantasias de doença,
loucura... Oportunidade de se ver com mais
critério da realidade Pacientes adolescentes dever receber
devolutiva Em adultos que vieram por livre vontade
é mais fácil de ser aceita.
Do ponto de vista dos pais do paciente Se não é dito aumenta fantasias da doença Importante para reintegrar uma imagem do
filho, deles e da família:corrigida, ampliada São os pais os responsáveis pela
concretização do tratamento. Silêncio pode ser fatal
Se encaminhado, devolutiva é um insight do real (mostrar o que eles não viram a 1ª vez)
Se não vem, psicologo é para eles um objeto ansiógeno e há ansiedade persecutória
Do ponto de vista do psicólogo Para preservar a saúde mental do
psicólogo (devolver impulsos) Um passo a mais para conhecer o caso e
auxiliar o psicologo que for encaminhado (colaboraçao, duração, interferência ou boicote, estabelecimento de limites, forma que houve verbalização, adequação a frustrações)
Prova de realidade da etapa anterior. Instrumentalização da ansiedade ou raiva
Utilização do latente e do transferencial Bom conhecimento do caso pelo estudo
do material e elaborar hipóteses explicativas.
Material completo: natureza dos vínculos com família, com o casal, psicólogo.
Aspectos mais/menos sadios e adaptativos dos paciente, pais família
O que pode e não pode ser dito sobre o + doente (ver capacidade egóicas)
1) Começa dos aspectos adaptativos para menos adaptativos e patológicos observando a tolerância. ▪ Ind. de intolerância (verbal ou não-verbal): “Não
entendo, é muito difícil, não sou eu, você não entende.▪ T0lerância: novas associações, aceitação de ident.
2) Ser claro sem usar termos técnicos e tentar usar a mesma linguagem do paciente e criança. Pode mostrar um exemplo do material dos testes. Mas não mostrar aos pais, assim como conteúdo das entrevistas.
3) Começar pelo menos ansiogênico (melhor adaptado). Ver o que é ansiogênico (aspectos da saúde ou doença).
4) Fazer sínteses reiteradas e repitir as informações de maior resistência (negação).
5) Pode haver outras entrevistas se necessário
6) Deve estar preparado para surgimento de emoções polares direcionadas ao psicólogo
7) Prepare-se para conflitos inesperados (ex. juiz dos pais, rivalidade, condutas esteriotipadas, raiva, aceitamento total)
8) Psicólogo: catalizador/continente do sistema tensional
9) Ver prognóstico, mudanças de papeis comparados com 1ª sessão
10) Atenção aos depósitos e comportamentos projetivos.
11) No adulto deve prevalecer material verbal. Caso contrário ratificar diagn. de mecanismos regressivos
Procurar o meio adequado para mostra-los os aspectos infantis e outros mais adultos.
Importante ter um bom rapport na devolução pois isto auxiliará na psicoterapia
Assim o que se possa instrumentalizar na devolutiva para conseguir um bom insight, desejo de reparação, e confiança no psicólogo, serão pontos favoráveis ao prognóstico e encaminhamento