a energia do vento

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MAPA DE OPORTUNIDADES A ENERGIA DO VENTO Investimentos no Brasil podem chegar a R$ 30 bilhões até 2013 A crise europeia e o medo de recessão não foram capazes de frear os investimentos em energia eólica, que apresentou em 2011 um cres- cimento de 21% na capacidade instalada mundial. No ano passado, o total de parques eólicos instalados no mundo foi de 41 mil MW. Atual- mente, cerca de 86 países possuem usinas eólicas comerciais, sendo que 22 delas são capazes de gerar pelo menos 1 GW. A diferena que este crescimento, antes puxado pela Eu- ropa, agora vem sendo conduzido pelos mercados emer- gentes da sia e Amrica Latina. O Brasil apresentou maior taxa de crescimento (63%), saindo de 927 MW para 1.509 MW nos ltimos 12 meses, o que representa praticamente meta- de da energia eólica instalada na região. Esta cifra j coloca o Brasil entre os 10 maiores geradores de energia eólica do mundo. A B2L Corporate ouviu autoridades do segmento de Energias Renovveis e apresenta um amplo panorama deste setor no Brasil. Parque Eólico Bons Ventos (CE) MAPA DE OPORTUNIDADES Parques eólicos previstos: 258 projetos entram em operaão at 2016 Fábricas de equipamentos: *Fonte: Aneel/BIG e CCEE Maiores geradoras: CPFL Energimp Renova 1.º Lugar 2.° Lugar 3° Lugar 258 Brasil Wobben Windpower Impsa Alstom e Gamesa GE Fuhrlander Suzlon WEG Vestas Cear São Paulo Rio Grande do Norte Pernambuco Rio Grande do Sul Bahia São Paulo Bahia Cear Cear Santa Catarina Cear 49 91 3 1 57 52 3 2 RS RN PE SE BA CE PI MA maio 2012 maio 2012 2 3

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MAPA DE OPORTUNIDADES

A EnErgiA do vEntoInvest imentos no Bras i l podem chegar a R$ 30 b i lhões até 2013

A crise europeia e o medo de recessão não foram capazes de frear os investimentos em energia eólica, que apresentou em 2011 um cres-cimento de 21% na capacidade instalada mundial. No ano passado, o total de parques eólicos instalados no mundo foi de 41 mil MW. Atual-mente, cerca de 86 países possuem usinas eólicas comerciais, sendo que 22 delas são capazes de gerar pelo menos 1 GW.

A diferenca e que este crescimento, antes puxado pela Eu-ropa, agora vem sendo conduzido pelos mercados emer-

gentes da Asia e America Latina. O Brasil apresentou maior taxa de crescimento (63%), saindo de 927 MW para 1.509 MW nos ultimos 12 meses, o que representa praticamente meta-de da energia eólica instalada na região. Esta cifra ja coloca o Brasil entre os 10 maiores geradores de energia eólica do mundo.

A B2L Corporate ouviu autoridades do segmento de Energias Renovaveis e apresenta um amplo panorama deste setor no Brasil.

Parque Eólico Bons Ventos (CE)

MAPA DE OPORTUNIDADES

Parques eólicos previstos: 258 projetos entram em operacão ate 2016

Fábricas de equipamentos:

*Fonte: Aneel/BIG e CCEE

Maiores geradoras:

CPFL

Energimp

Renova

1.º Lugar

2.° Lugar

3° Lugar

258Brasil

Wobben WindpowerImpsa

Alstom e Gamesa

GE

FuhrlanderSuzlon

WEG

Vestas

Ceara São Paulo Rio Grande do Norte

Pernambuco Rio Grande do Sul

Bahia

São Paulo Bahia

CearaCeara

Santa Catarina

Ceara

49

91

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1

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RS

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PE

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CE

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maio 2012maio 20122 3

MAPA DE OPORTUNIDADES

A energia eólica entrou definitivamente na matriz energética bra-sileira. Com 71 parques eólicos em operacão e 54 em construcão, o faturamento do setor deve chegar a R$ 3 bilhões ate 2014.

Presidente executiva da Associacão Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo defende a tese do Brasil ser o mercado mais promissor do mundo (por China e Índia serem mercados mais fechados). “A industria eólica veio, esta inserida e vai se sustentar. Não se fala mais em matriz brasileira sem pensar em eólica”.

O País precisa colocar por ano 6 GW de energia em geral. “Que-remos vender 30% disso, ou seja, 2 GW”. A meta exige que o modelo comercial precisa ser revisto. “Logística de transporte

O VEntO DA vIRADA

Para Elbia Melo (Abeeólica), o Brasil é hoje o mercado mais promissor

e transmissão de energia são outros pontos, devendo haver melhorias nas estradas para o transporte.”

O desenvolvimento tecnológico tambem tornou as usinas eó-licas mais produtivas. Os ventos brasileiros são melhores que a media mundial. A qualidade do vento e a tecnologia trouxeram descobertas: dos 50 metros, atualmente, podem ser feitas tor-res acima de 100 metros de altura.

MomentoElbia recorda o racionamento de energia em 2001. Surgia ali a possibilidade de investir em outras fontes, dado o grande poten-cial de geracão pela biomassa (vinda da cana-de-acucar). “Os pe-quenos rios que poderiam ser aproveitados, tambem resultaram em incentivo às Pequenas Centrais Hidreletricas (PCHs).”

Em 2004 viria a regulamentacão do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa), resultando em incentivo para biomassa, PCHs e para a energia eólica, que passou a ganhar maior competitividade. Quatro anos depois, foi realizado o primeiro leilão com valor de R$ 180/MWh, contra os R$ 300 praticados ate então.

Os empreendedores venderam por R$ 163, sendo comerciali-zados 1.8 GW, fato que animou o mercado e sinalizou a vinda de mais industrias de equipamentos ao Brasil. Em 2010, outro leilão repetiu o movimento. O Governo estabeleceu teto de R$ 160 e os empreendedores venderam por R$ 143, totalizando 2 GW. “Ja 2011 foi o ano da insercão da eólica e da consolidacão de sua com-petitividade no País”.

O mercado rendeu à energia eólica a segunda fonte de gera-cão mais barata do Brasil, perdendo apenas para as grandes hi-dreletricas. Em dois leilões em agosto do ano passado, foram contratados 2 GW ao preco de R$ 100. No leilão de dezembro, foram comercializados 978 MW, fechando 2011 com a venda da ordem de 3 GW. “O reflexo disso foi uma grande animacão para a industria de capital e investidores.”

MAPA DE OPORTUNIDADES

O Centro de Estrategias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) e o primeiro think tank (usina de ideias) do Nordeste e sua atuacão esta voltada para a inte-gracão dos setores relacionados com a exploracão sustentavel de recursos natu-rais e energeticos.

No início, o objetivo imediato voltava-se para o marco regulatório e suas conse-quentes repercussões regionais. Hoje, com a consolidacão da maioria dos mar-cos legais setoriais, a preocupacão segue para a instalacão e operacão dos empre-endimentos, e seus efeitos junto às co-munidades locais.

Jean-Paul Prates, diretor-geral do CER-NE, vê com otimismo o cenario da ener-gia renovavel no Brasil. Desde 2002, por uma serie de circunstâncias - inclusive geopolíticas (como a intervencão norte--americana no Iraque) - o mundo vive um período de alta sustentada do preco do barril de petróleo. “Este tempo histori-camente inedito permitiu que as tecno-logias e experiências relativas a energias renovaveis se desenvolvessem a ponto de consolidar sua viabilidade econômica, bem como sua acessibilidade tarifaria”, acrescenta.

Na visão do diretor, o Brasil acompanhou de perto essa evolucão e, apostando nos leilões federais e não nos subsídios, pro-jetou-se para a vanguarda da formatacão regulatória incentivadora. O País tem a energia renovavel mais barata (e não sub-

sidiada) do planeta e esta sob o foco de investidores e financiadores do mundo inteiro. “Precisamos assegurar agora um mercado industrial de bens e equipamen-tos compatível com o potencial eólico e solar que o Brasil apresenta. Precisamos tambem garantir qualificacão profissio-nal e empregos para as regiões.”

FinanciamentosPara o diretor, o governo acertou ao incluir as eólicas nos leilões a partir de 2009. “Acertou tambem ao fazê-lo gra-dualmente: primeiro, testando o com-portamento delas em termos tarifarios isoladamente (leilão exclusivo) e logo a seguir, inserindo fontes competitivas como a biomassa e as PCHs em 2010 e, finalmente, tudo junto em 2011.”

O acesso a fontes diretas de capitaliza-cão, seja nos bancos de fomento como o BNDES, seja no mercado de acões nacio-nal ou estrangeiro, mudou os horizontes do empreendedor nacional.

Do investidor estrangeiro, mesmo consi-derando a crise internacional, e possível perceber a movimentacão de espanhóis, escandinavos, alemães, franceses, ingle-ses e portugueses no setor eólico e so-lar brasileiro. Em paralelo, Prates aponta norte-americanos ressurgindo na esteira da política energetica do presidente Oba-ma, claramente a favor das renovaveis, e os asiaticos, em especial os chineses, buscando diversificar mercados e inter-

cambiar investimentos por commodities. “Ha, portanto, muitas oportunidades no ar. Mas tambem ha muitos riscos e embos-cadas. É preciso ter expertise e cuidado ao acessa-las”, orienta.

OportunidadesCom relacão à possibilidade do Brasil che-gar este ano ao quarto maior mercado de geracão eólica, Prates define o fato como resultado de uma corajosa política seto-rial empreendida a partir de 2003, e de um marco regulatório (inclusive os leilões e contratos) que conciliaram competitivi-dade e modicidade tarifaria.

“Não quer dizer que os outros erraram, ao adotar o feed in ou os subsídios em outros momentos. Estas etapas foram necessa-rias para viabilizar a evolucão tecnológica das eólicas, por exemplo. Mas o Brasil sur-fou a onda certa e tinha cacife para isso”. A autosuficiência em petróleo, a maior ma-triz energetica limpa do mundo e o adven-to do Pre-Sal fizeram do País um horizonte energetico confortavel e multiplo.

Entre as regiões com maiores oportunida-des, o diretor aponta Estados com maior concentracão de projetos e parques, de-vido às melhores condicões tecnicas. São elas: o Nordeste Setentrional, com ênfase para o Rio Grande do Norte e Ceara; Bahia e Rio Grande do Sul. “Ha tambem os polos onde estão instaladas as fabricas de equi-pamento, como Sorocaba, Cubatão, Reci-fe/Suape e Fortaleza.”

BrAsil surfOu A ONDA cERTA

Jean-Paul Prates, diretor-geral do CErnE

maio 2012maio 2012 54

No interior da Bahia, ja ha quem chame as eólicas de ‘Pre-Sal do sertão’. Com três projetos de gera-cão eólica, a carteira de investimentos na região chega a R$ 6,5 bilhões. Apenas atras do Rio Grande do Norte, a grandiosidade das operacões prome-te virar o jogo. O governo do Estado ja conta com 16 grupos prospectando os ventos baianos, com potencial de geracão de energia de 20 a 25 GW – quase uma vez e meia a potência de Itaipu. Para os próximos dez anos, o calculo de investimentos pode alcancar R$ 42 bilhões.

Se os olhos do mundo estão voltados ao sertão, vale o mesmo com os players nacionais. Presente no mercado desde 2008 como uma holding para investimentos em geracão de energia renovavel, a EPP - Empresa Paranaense de Participacões S/A comprou cerca de 40 mil hectares de terras em três regiões da Bahia.

No sertão baiano, a velocidade media do vento de 10 metros por segundo e cerca de 30% acima do que e considerado ideal.

Instrumento seguro, a medicão dos ventos con-siste na instalacão de equipamentos que devem aferir ‘in loco’ o potencial pré-identificado nos atlas eólicos e demais estudos indicativos. Estes equipamentos devem despachar dados diarios sobre intensidade e direcão dos ventos, umidade e densidade do ar 24 horas por dia, durante no míni-mo 12 meses, para que uma empresa certificadora independente possa atestar a curva de producão de energia para aquele parque.

“Hoje, 604 MW de nossos parques eólicos ja têm licenca ambiental”, comemora o engenheiro Luiz Fernando Cordeiro, diretor-executivo da EPP. A

companhia conta com projetos que somarão cer-ca de 1.800 MW de potência instalada ao sistema nacional.

Dentre as perspectivas para 2012, a empresa ja re-cebeu três licencas ambientais para PCHs no Esta-do do Parana, e objetiva entrar nos leilões do Go-verno Federal com cerca de 300 MW em parques eólicos. “Nossos projetos são viabilizados com recursos próprios e financiamentos de longo pra-zo, havendo espaco tambem para parcerias estra-tegicas com outras empresas do ramo de energia”, esclarece.

O empresario diz acreditar muito na energia de matriz hidraulica, uma energia limpa e renovavel, com reservatórios a fio d’água, com baixo impacto e pequena area alagada. “O problema e que o custo de implantacão das PCHs esta muito acima das ou-tras fontes, como a eólica”. Atualmente, o custo do megawatt instalado na construcão de uma PCH e de R$ 6 milhões – exatamente o dobro do custo da geracão eólica. No caso da energia eólica, 70% do custo de implantacão e o aerogerador, que devi-do à entrada de grandes fabricantes no Brasil, vem caindo a cada leilão.

Para Cordeiro, a crise financeira mundial e o alto potencial eólico do Brasil permitiram esta migra-cão da industria para ca, o que explica os precos competitivos. Mas ressalta que a matriz eletrica nacional deve ser um mix de varias fontes. A EPP acredita que cada area do País deva explorar sua vocacão energetica: no Parana a hidraulica, no Nordeste a eólica. Ha ainda o interior paulista com a biomassa de cana e o gas natural no Maranhão, por exemplo.

A fOrçA dOs vENTOS BAIANOS

MAPA DE OPORTUNIDADES

Mire na terceirizacão. Considere trabalhar para ser fornecedor e como empresa de servicos subcon-tratados: construcão, manutencão, fornecimento de equipamentos, entre outras atividades;

General Electric (GE)Produto: aerogeradoresInvestimento: R$ 45 milhões

José Henrique Azeredo

Especialista em energia renovável. Di-retor da Wind Energy Brazil e do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) e sócio da B2L.

Investimentos na Bahia

Dicas para as médias empresas

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MAPA DE OPORTUNIDADES

TorrebrásProduto: torres eólicas Investimento: R$ 21 milhões

GamesaProduto: turbinas eólicasInvestimento: R$ 50 milhões

Alstom Produto: aerogeradoresInvestimento: R$ 50 milhões

A instalar: Inauguradas:

Mire um alvo. Outra opcão e a de investir diretamen-te, como minoritario, em projetos ja consolidados ou indo a leilão;

Veja toda a cadeia. Ao mapear o negócio, analise toda a cadeia produtiva que o setor industrial en-volve, e não apenas as grandes “grifes”;

Invista no desenvolvimento de projetos. Como porta de entrada no mercado, você pode asso-ciar-se aos grupos tecnicos competentes para in-vestir no desenvolvimento de bons projetos, que poderão ser vendidos para empresas maiores quando finalizados. Ao investir R$ 10 mil por MW, ao final de dois anos é possível ter um produto de R$ 100 mil por MW;

Tenha uma boa assessoria. Essa e a maior estrategia. As empresas que não têm experiência no mercado, mas desejam obter os benefícios dos investimentos “verdes”, devem respaldar-se com bons contratos e boas orientacões de assessores jurídicos com conhe-cimento técnico e expertise no setor, dada a especifi-cidade dos instrumentos e das praticas diferenciadas.

maio 20126 7maio 2012

MAPA DE OPORTUNIDADES

r$ 389 milhõesValor aprovado pelo BNDES para a construcão de cinco parques eólicos no Nordeste este ano. O montante envolve quatro parques no Rio Grande do Norte e um na Bahia, cujas capacidades instaladas somam 138 MW. As usinas são controladas pela Neoenergia e pela Iberdrola Renovaveis do Brasil, com participacão de 50% cada

us$ 263 bilhõesFoi o montante dos investimentos atraídos pelo setor de energia limpa em 2011 no mundo. Fora os gastos com pesquisa e desenvolvimento, o investimento no setor e 600% maior do que o registrado em 2004

top 10Ocupando o 10º lugar no ranking de investimentos em ener-gia limpa, em 2010 o Brasil recebeu US$ 6,9 bilhões. No ano passado, os investimentos saltaram para US$ 8 bilhões. Líder do ranking, os Estados Unidos receberam em 2010 a soma de US$ 33,7 bilhões passando a US$ 48 bilhões em 2011

Perspectivas12% da demanda eletrica mundial em 2020 devera ser atendida pela energia eólica. É o que aponta o estudo do Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC), po-dendo chegar a 22% em 2030

41 mil MWÉ o total de parques eólicos instalados no mundo em 2011. Dados da Global Wind Energy Council

QuedaEntre 2009 e 2011, o custo da geracão eólica no Brasil caiu vertiginosamente – hoje e o mais baixo do mundo

liderançaChina e o maior produtor de energia eólica, seguido dos EUA, Alemanha, Espanha e Índia. Juntos, respon-dem por 74% da capacidade eólica global

rankingO Brasil lidera mercado eólico na America Latina, com 50%. Na segunda posicão esta o Mexico, com 31%, se-guido por Honduras, que responde por 9%; Argentina responde com 7% e Chile, com 3%

PotencialA energia eólica e a fonte de geracão de energia eletrica que mais cresce no Brasil. Os cerca de 7 GW de potência nova ja contratada a ser instalada garantem negócios da ordem de US$ 18 bilhões nos próximos anos

O potencial eólico brasileiro e estimado em 300 GW e a expectativa do setor eletrico brasileiro e de contratar pelo menos 2,5 GW por ano ate 2020, acrescentando, a partir de 2012, mais 20 GW de energia eólica ao sistema e movimentando cerca de US$ 50 bilhões

turbinasA chinesa Sinovel e hoje a produtora de turbinas eólicas asiatica mais próxima de se instalar no Brasil. A empresa tem escritório em São Paulo e ja fechou um contrato para 23 maquinas com a Engevix

Osório150 MW e a capacidade do maior centro de geracão de energia eó-

lica do Brasil. Trata-se do Parque eólico de Osório (RS)

Mais parquesUm complexo de 14 parques eólicos na Bahia deve entrar em operacão em

julho deste ano e sera ainda maior, podendo produzir ate 300 MW

ConsolidaçãoNo ano passado, a CPFL se fundiu à Energias Renovaveis S.A.

(ERSA) e comprou a SiifÉnergies, enquanto a Light entrou no bloco de controle da Renova Energia

PlayersO governo vem percebendo o numero cada vez

maior de players brasileiros e internacionais de renome. Espanhóis, como Iberdrola, Elecnor e

Gestamp, ganharam forca, assim como as es-tatais nacionais CHESF, Furnas e Eletrosul, e o setor privado, a exemplo da EDP e Odebrecht

fusões“Os grandes players não vão entrar no mercado eólico – eles já estão”, afirma Caio David, diretor de Operacões da SiifÉnergies, incorporada pela CPFL, ao analisar a competicão de um mercado

cada vez mais acirrado

novos horizontesUm nicho que comeca a ser observado pela Renova e o de projetos

menores, de 20 e 30MW, atrelados a objetivos mais específicos. A empresa diz ter encontrado opcões melhores que as do BNDES.

Na mira, bancos chineses, norte-americanos, alemães ou empres-timos obtidos junto aos fornecedores

us$ 55 milhõesÉ o valor do emprestimo obtido pela Desenvix, que faz parte do grupo Engevix junto ao China Development Bank Corporation. O montante

sera utilizado por sua subsidiaria Energen na construcão de um parque eólico de 34 MW em Sergipe. A usina tera turbinas da tambem chinesa

Sinovel – serão 23 maquinas com 1,5 MW cada

AtrativosO Brasil ficou entre os 10 países mais atrativos para investimentos

de energias limpas em 2011, segundo o relatório Índice de Atrati-vidade das Energias Renovaveis por País, da Ernst & Young Terco.

A principal responsavel foi a energia eólica, cujo preco alcancou patamares mais baixos (R$ 99,56/MWh) que o do gas natural

(R$ 103/MWh) em leilões de energia

MAPA DE OPORTUNIDADES

Fonte dos dados: geoamb.wordpress.com; gwec.net; greenpeace; Revista Exame; Jornal da Energia, Ambiente Energia

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